Índice 10
Você Sabia?
Medicina 15
Cirurgia plástica: prótese mamária
22
18
O toque do bem-estar
23
Corrida do bem
34
Viaje pelo mundo encantado da leitura
41 42
Cultura Raquel Naveira artesã das letras
Informe publicitário 16
Saúde suplementar movimenta segmento hospitalar
Viaje bem 36
Viagens curtas
Comportamento 44
O lado bom da angústia
Medicina veterinária 46
Zoonoses O que realmente sabemos?
Receita 49
Bolo de mandioca
24
Capacidade de se adaptar às mudanças
25
Protesto da cartolina
26
“Tudo o que está por aí ... não me representa”.
28
Os manifestos que pararam Campo Grande e o Brasil
29
Os protestos visam organizar o Brasil
Caminhada Exercício poderoso para emagrecer
Infecção urinária nas crianças
12
Especial do Mês: Mudanças
Bem-estar
Rock you
Nutrição
48
30 0DQLIHVWDomR SDFtÀFD WHP apoio da polícia Ao contrário dos vinhos, quanto mais jovem, melhor o azeite 38 Mudanças na sua alimentação
50 Endereços úteis
40
Transição para um novo mundo
Editorial | Ao leitor
Mudança! O tema da edição do mĂŞs de junho da revista Total SaĂşde estĂĄ fervilhando nas ruas do PaĂs. ImpossĂvel, inclusive, passar despercebido por ele. Tudo começou nas redes sociais, mas acabou envolvendo os outros meios de comunicação tambĂŠm. A manifestação contra o aumento da tarifa do transporte pĂşblico em SĂŁo Paulo foi o start para impulsionar os brasileiros. A hashtag #vemprarua virou febre nas pĂĄginas dos facenautas. Nas principais cidades, o que se vĂŞ sĂŁo pessoas com cartazes com muitos dizeres diferentes e inĂşmeros motivos para protestar, mas o que e onde querem mudar os que protestam? Depois dessas manifestaçþes, o que vai acontecer com o Brasil? Nossos colaboradores Benedito Tadeu CĂŠsar, cientista polĂtico, professor universitĂĄrio e diretor do InPro (Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais) e Eronildo Barbosa, professor universitĂĄrio e doutor em Educação, analisam o assunto com propriedade nas colunas de opiniĂŁo. O mĂŠdico Eduardo Aratangy tambĂŠm fala da capacidade do ser humano de se adaptar Ă mudança. &RQÂż UD D HQWUHYLVWD FRP R FRPDQGDQWH JHUDO GD SROtFLD PLOLWDU GH 0DWR *URVVR GR 6XO FRURQHO Carlos Alberto David dos Santos, que ressalta o papel da polĂcia de apoiar todo tipo de manifestação democrĂĄtica com ordem e decĂŞncia. Os resultados dos protestos por todo o Brasil ainda estĂŁo sendo avaliados, mas, como disse o inglĂŞs Winston Churchill, “se vocĂŞ nĂŁo ĂŠ um liberal aos 20 anos, nĂŁo tem coração; se nĂŁo se torna um conservador aos 40, vocĂŞ nĂŁo tem cĂŠrebroâ€?. Pense nisso! Nesta edição o leitor da Total SaĂşde tambĂŠm poderĂĄ saborear uma matĂŠria sobre o azeite. VocĂŞ sabia que, ao contrĂĄrio dos vinhos, quanto mais jovem melhor o azeite? JĂĄ para quem quer quebrar D URWLQD H UHQRYDU DV HQHUJLDV D GLFD p XPD YLDJHP QR Âż P GH VHPDQD &RQÂż UD QRVVDV VXJHVW}HV H embarque neste passeio! Com as fĂŠrias de julho chegando, a sugestĂŁo ĂŠ preparar os pequenos para uma viagem encantada pelo mundo mĂĄgico da literatura. Com os livros, ĂŠ possĂvel divertir e ensinar. Por isso, solte a criatividade e aposte em uma boa histĂłria! Equipe Revista Total SaĂşde
08|TotalSaĂşde
junho, 2013
VocĂŞ Sabia? Vacina contra HPV deve ser incorporada ao calendĂĄrio de vacinação em 2014 De acordo com a AgĂŞncia Brasil, a vacina contra o PapilomavĂrus Humano (HPV) deve ser incorporada ao calendĂĄrio nacional de vacinação em 2014. O anĂşncio foi feito pelo ministro da saĂşde, Alexandre Padilha. Atualmente, a dose contra o HPV ĂŠ aplicada somente nas escolas pĂşblicas e privadas do Distrito Federal, em meninas de 11 a 13 anos, com uma sequĂŞncia de trĂŞs etapas e a devida autorização dos pais. A imunização tambĂŠm pode ser realizada em laboratĂłrios particulares. Durante audiĂŞncia pĂşblica no Senado, o ministro Padilha explicou sobre a negociação com dois produtores mundiais da vacina para a produção de uma dose que proteja, principalmente, contra os subtipos do HPV que DWLQJHP DV EUDVLOHLUDV $V PDLRUHV GLĂ€FXOGDGHV SRQWXDGDV pelo ministro da saĂşde, que impediram o acesso Ă vacina DQWHULRUPHQWH IRUDP D FREHUWXUD H R SHUĂ€O GDV YDFLQDV a proteção contra um tipo de vĂrus que impedisse o nĂŁo IRUWDOHFLPHQWR GH RXWURV D FRQVFLHQWL]DomR GH TXH VH GHYH XVDU FDPLVLQKD PHVPR TXH VHMD YDFLQDGR RV GHVDĂ€RV propostos aos fabricantes das vacinas contra HPV.
10|TotalSaĂşde
PrĂłteses mamĂĄrias podem atrasar diagnĂłstico de câncer de mama, aponta estudo PrĂłteses mamĂĄrias podem atrasar o diagnĂłstico de câncer de mama. Esta foi a conclusĂŁo de um estudo realizado por pesquisadores canadenses e publicado no Ă€QDO GR PrV GH DEULO QR British Medical Journal (BMJ). A equipe de pesquisadores queria descobrir se o estĂĄgio em que o câncer de mama ĂŠ descoberto, assim como a taxa de sobrevivĂŞncia apĂłs o diagnĂłstico, era diferente em mulheres que tinham ou nĂŁo prĂłteses nas mamas. Por isso, foram analisados vĂĄrios estudos mĂŠdicos quanto Ă relação entre implantes mamĂĄrios de silicone e câncer de mama. Pesquisas demonstram que os implantes de VLOLFRQH GLĂ€FXOWDP R GLDJQyVWLFR GR FkQFHU GH PDPD em estĂĄgio inicial, porque eles criam uma espĂŠcie de ´VRPEUDÂľ GXUDQWH R H[DPH GH PDPRJUDĂ€D GLĂ€FXOWDQGR a observação de algumas ĂĄreas da mama. Assim, o diagnĂłstico pode ser tardio e com poucas chances de cura e sobrevivĂŞncia. PorĂŠm, os autores alertam para o fato de que os resultados devem ser interpretados com bastante cuidado, jĂĄ que nĂŁo foi possĂvel padronizar todas as variĂĄveis presentes nos documentos.
junho, 2013
PressĂŁo alta em crianças afeta os rins e aproxima doenças graves A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta que em quase 70% das consultas mĂŠdicas a avaliação da pressĂŁo arterial ĂŠ esquecida. A hipertensĂŁo infantil jĂĄ atinge um nĂşmero grande de crianças e adolescentes no Brasil, o que corresponde a uma mĂŠdia de 5 milhĂľes de menores de 18 anos. O agravante ĂŠ que a pressĂŁo alta compromete o funcionamento dos rins e, em casos raros, aproxima doenças graves que sĂł apareceriam na vida adulta, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). 3RU LVVR QR Ă€QDO GR PrV GH DEULO QR 'LD 1DFLRQDO GR Combate e Prevenção Ă HipertensĂŁo Arterial, a SBC teve como uma das principais metas conscientizar nĂŁo VRPHQWH R S~EOLFR HP JHUDO PDV WDPEpP SURĂ€VVLRQDLV de saĂşde sobre a necessidade do diagnĂłstico precoce da hipertensĂŁo infantil. A intenção ĂŠ conseguir reverter o quadro alarmante, alĂŠm de instruir mĂŠdicos de todo o PaĂs a sempre medir a pressĂŁo em crianças a partir de trĂŞs anos de idade.
VocĂŞ Sabia?
Cultura | Raquel Naveira Kátia Kuratone
Artesã das letras Escritora campo-grandense Raquel Naveira leva pelo Brasil a arte literária de MS Uma artista que trabalha com as letras. Com elas, a escritora Raquel Naveira se entende bem. O talento para tecer pensamentos, emoções, metáforas, belezas e como uma verdadeira artesã das palavras, transformar tudo em uma obra. Apaixonada pela poesia, que ela considera seu gênero preferido, aos 55 anos, destes 35 dedicados à literatura, Raquel é autora de quase duas dezenas de livros, isso sem contar as participações em coletâneas. Raquel nasceu em Campo Grande no dia 23 de setembro, segundo ela: “Um dia de primavera e um belo dia para nascer poeta”. Seu mais recente livro é “Álbuns da Lusitânia”, que leva a marca da Editora Alvorada. A obra, que foi lançada na Livraria Martins Fontes Paulista em São Paulo, é o primeiro romance da carreira. Nele, a autora navega pelos mares das recordações da família da protagonista de voz narrativa em primeira pessoa, os Figueira e utiliza a linguagem poética apresentada em prosa para contar a história. Neta de portugueses, o tema lusitano é bastante frequente e mexe com o imaginário da autora. “Sem dúvida, a imigração portuguesa é um tema forte, que está dentro do meu imaginário narrativo. É uma metáfora das minhas buscas existenciais, da minha origem e do processo de autoconhecimento”, destaca. A primeira formação foi Direito, mas ela não parou de estudar. Advogada, professora, mestre em Foto Comunicação Luciano Muta e 12|TotalSaúde
junho, 2013
Raquel Naveira | Cultura
Letras, doutora em Literatura Francesa, diretora da UniĂŁo Brasileira de Escritores de SĂŁo Paulo e Imortal da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. “Minha primeira formação foi o Direito. Tinha uma visĂŁo romântica de que SRHWDV HVWXGDYDP 'LUHLWR FRPR XP &DVWUR $OYHV XP ĂˆOYDUHV GH $]HYHGR 'HSRLV Âż] /HWUDV DFUHGLWR TXH VHMD minha verdadeira vocação e Mestrado em Comunicação e Letras. Tenho mente estudiosa e me dediquei a uma FDUUHLUD GH PDJLVWpULR H Mi VmR DQRV´ Raquel ĂŠ uma grande ativista cultural, por isso estĂĄ sempre participando do circuito literĂĄrio. Atualmente, ela mora em SĂŁo Paulo, onde representa seu Estado com muito orgulho. “SaĂ de Campo Grande, mas Campo Grande nĂŁo saiu de mim. Sinto-me uma espĂŠcie de embaixadora do meu Estado, aonde quer que eu vĂĄ. Uma imigranteâ€?, UHVVDOWD 1R PrV GH MXQKR HOD IRL FRQYLGDGD SDUD SDUWLFLSDU GD )HLUD /LWHUiULD GH 5LEHLUmR 3UHWR TXH p FRQVLGHrada uma das maiores do interior do Estado. Na ocasiĂŁo, ela realizou um bate-papo com o pĂşblico sobre a obra â€œĂ lbuns da Lusitâniaâ€?. Raquel tambĂŠm ĂŠ autora das obras “Guto e os Bichinhos 1â€? e “Guto e os Bichinhos 2â€?, que tem ilustraçþes do VHX ÂżOKR *XWR 1DYHLUD $PEDV ODQoDGDV SHOD (GLWRUD $OYRUDGD QD %LHQDO ,QWHUQDFLRQDO GR /LYUR GH 6mR 3DXOR HP 2012. “Escrevi ‘Guto e os Bichinhos’ quando Guto era criança e OtĂĄvio, o Taio, um bebĂŞ. Como a dona Aranha GR SRHPD SURIHWL]HL TXH PHX ÂżOKR WLUDULD GH GHQWUR GHOH XPD OLJD XPD WHLD GH VREUHYLYrQFLD H IRUoD TXH R IDULDP criar uma obra. O fato do livro ter sido publicado tantos anos depois de escrito foi mais um presente: a realização da profecia. ( FODUR IRL XP HQFRQWUR PDUDYLOKRVR 3RHPDV PHXV H GHVHQKRV GR PHX ÂżOKR *XWR 1DYHLUD DUWLVWD SOiVWLFR´
Primeira obra “Meu primeiro livro publicado foi “Via Sacraâ€? em 1988. Um livro de poemas publicado de forma independente. Depois vieram mais vinte e participaçþes em antologias e revistasâ€?. Inspiração “Minha inspiração ĂŠ a prĂłpria vida, o ar que respiro, um olhar sensĂvel e observador sobre tudo que me rodeia: a realidade, a terra Ă€UPH RV PLVWpULRV GDV SHVVRDV H DV HVWUHlasâ€?. Temas “HĂĄ alguns temas recorrentes em minha poHVLD H QD SRHVLD XQLYHUVDO D UHĂ H[mR VREUH o prĂłprio fazer poĂŠtico, a morte e a busca de Deus e de mim mesma, o fascĂnio pela natureza toda, o estudo da HistĂłria e da Mitologia Grega, a paixĂŁo pelos textos bĂblicos, a vontade de amar e ser amadaâ€?.
junho, 2013
TotalSaĂşde|13
Bem-estar | Doula
Doula, o que ĂŠ e para que serve? 'RXOD p XPD SURÂż VVmR WmR QRYD PDV tĂŁo nova, que quase sempre que digo que sou doula as pessoas nĂŁo sabem o que isso quer dizer. 'RXOD VLJQLÂż FD ÂłVHUYD´ HP KHEUDLFR QR sentido da escrava mesmo. 1D SUiWLFD p D SURÂż VVLRQDOL]DomR GH XPD Âż JXUD EHP FRPXP QD VRFLHGDGH rural atĂŠ a bem pouco tempo atrĂĄs: as comadres da gestante. Isso mesmo. A doula, antigamente, era a função exercida pelas mulheres da comunidade. Eram mulheres mais experientes, TXH Âż FDYDP DR ODGR GD JHVWDQWH H GD SDU WXULHQWH MXQWDPHQWH FRP D SDUWHLUD DX[L liando, oferecendo conforto Ă mulher para ela ter ânimo e disposição para chegar atĂŠ R Âż P DWp R QDVFLPHQWR GR EHEr Elas ainda continuavam o seu trabalho apĂłs o nascimento, auxiliando nos serviços domĂŠsticos e, se necessĂĄrio, nos cuidados com o bebĂŞ. Atualmente a doula se inclui na assistĂŞncia Ă gestante, numa lacuna gerada pelo sistema de atendimento. O mĂŠdico cuida do parto, a enfermeira de auxiliar o mĂŠdico, o pediatra do bebĂŞ... E quem cuida da mulher? Quem cuida do acompanhante da gestante? (Sim, acompanhantes tambĂŠm precisam ser cuidados). A doula vem preencher essa lacuna, com informaçþes sobre a sexualidade da mulher e da famĂlia DÂż QDO R SDUWR p XP HYHQWR VH[XDO LQIRU maçþes sobre as fases do trabalho de parto, FRPR SODQHMi OR H[HUFtFLRV H SRVLo}HV TXH favorecem este processo e os primeiros cuidados com o bebĂŞ, alĂŠm de auxĂlio no estabelecimento do vĂnculo mĂŁe-bebĂŞ e 14|TotalSaĂşde
amamentação. $ SURÂż VVmR p WmR QRYD TXH HQWURX QR Cadastro Brasileiro de Ocupaçþes neste ano de 2013, mas a função ĂŠ tĂŁo antiga, que remonta os primĂłrdios da humanidade. HĂĄ, ainda, recomendação expressa pelo MinistĂŠrio da SaĂşde quanto ao suporte da doula: “O apoio da doula, alĂŠm de melhorar a vivĂŞncia experimentada pelas mulheUHV TXH GmR j OX] SDUHFH WHU XPD LQĂ€ X ĂŞncia direta e positiva sobre a saĂşde das mulheres e dos recĂŠm-nascidos. Deve, portanto, ser estimulado em todas as situaçþes possĂveisâ€?. (...) O acompanhamento da parturiente pela doula reduz a duração do trabalho de parto, o uso de medicaçþes para alĂvio da dor e o nĂşmero de partos operatĂłrios. Alguns estudos tambĂŠm mostram a redução do nĂşmero de cesĂĄreas. “Ainda ĂŠ observado que os grupos de parturientes acompanhadas durante o parto pela doula tĂŞm menos depressĂŁo pĂłs-parto e amamentam seus recĂŠm-nascidos nas primeiras seis semanas de vida em maior proporção que as parturientes dos grupos de controle.â€? (MinistĂŠrio da SaĂşde. Parto, Aborto e PuerpĂŠrio - AssistĂŞncia Humanizada Ă Mulher, 2001). Saiba mais sobre o trabalho da doula e o movimento de humanização do parto: http://doulascampogrande.blogspot.com.br/ http://doulascentrooeste.blogspot.com.br/ KWWS ELEOLRJUDĂ€ DGDGRXOD ZRUGSUHVV FRP http://www.partodoprincipio.com.br/
Texto de Fernanda Leite Colaboração de Eleonora de Moraes www.doulasbrasil.com.br
junho, 2013
Cirurgia plĂĄstica | Medicina
Cirurgia plĂĄstica: prĂłtese mamĂĄria 6DLU GHVÂż ODQGR SRU Dt HVEDQMDQGR XP VHLR VHQVXDO H PDUFDQWH FRP FHUWH]D p R GHVHMR GH WRGD PXOKHU 1mR Gi SDUD HVFDSDU +RMH VHLV HP FDGD GH] PXOKHUHV TXH SUR curam um cirurgiĂŁo plĂĄstico querendo mexer nos seios GHVHMDP PDPDV PDLRUHV 3RGHU HQWmR FRORFDU XPD roupa que valorize os seios e passear tranquila, sabendo que estĂĄ arrasando, ĂŠ um sonho feminino. O motivo que leva as mulheres a recorrerem a uma cirurgia de aumenWR GDV PDPDV JHUDOPHQWH p D KLSRPDVWLD RX VHMD VHLRV pequenos ou que diminuĂram apĂłs a amamentação ou perda severa de peso. A prĂłtese tambĂŠm pode ser usada FRP VXFHVVR SDUD FRUULJLU SHTXHQDV TXHGDV RX Ă€ DFLGH] mamĂĄria. Na cirurgia, o tecido mamĂĄrio ĂŠ deslocado do mĂşsculo peitoral, sendo criado um espaço abaixo ou acima desta regiĂŁo, onde ĂŠ colocada a prĂłtese de silicone. Existem trĂŞs tĂŠcnicas cirĂşrgicas para a inclusĂŁo mamĂĄria: Via periareolar:
Dr Sandro Raphael Martins Startari CRM/SP 106.149 – CRM/MS 4.313 Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plåstica
$ FLFDWUL] À FD HP WRUQR GD PHWDGH LQIHULRU GD DUpROD PDV hå limitaçþes para a inclusão da prótese - de acordo com o tamanho da arÊola da paciente.
Via axilar: $ FLFDWUL] À FD HP WRUQR GD PHWDGH LQIHULRU GD DUpROD PDV hå limitaçþes para a inclusão da prótese - de acordo com o tamanho da arÊola da paciente. Via Inframamåria: e DSOLFiYHO HP WRGRV RV FDVRV H D FLFDWUL] À FD ´HVFRQGL da� no sulco da mama.
HĂĄ vĂĄrios tipos de implantes utilizados, mas o mais comum ĂŠ a prĂłtese de silicone microtexturizada, contendo em seu interior silicone em gel, altamente coesivo. Quanto Ă forma, tipo e tamanho do implante de silicone, existem diversos, e vocĂŞ discutirĂĄ com seu cirurgiĂŁo plĂĄstico o que se adequa melhor ao seu corpo e DRV VHXV GHVHMRV 2 UHVXOWDGR p GH LPSUHVVLRQDQWH QD turalidade. Do dia para a noite, literalmente, a paciente JDQKD QRYRV VHLRV FRPR VH Mi WLYHVVH QDVFLGR FRP HOHV Bem feita e bem indicada, a cirurgia de aumento mamĂĄrio representa um ganho para a autoestima. junho, 2013
TotalSaĂşde|15
Informe PublicitĂĄrio | Sindhesul
SaĂşde suplementar movimenta segmento hospitalar Em 2010, a AgĂŞncia Nacional de SaĂşde Suplementar (ANS) deu inĂcio a um trabalho de revisĂŁo do Sistema de SaĂşde Suplementar do Brasil, sistema este que engloba o universo de planos de saĂşde. Para tal, criou um grupo de trabalho formado pelas principais entidades representativas dos agentes que atuam no segmento e pĂ´s em discussĂŁo diversos temas importantes, como, por exemplo, as formas de pagamento pelos serviços que prestam os KRVSLWDLV TXH DVVLVWHP RV EHQHÂżFLiULRV GRV planos de saĂşde. Preocupada com o impacto das mudanoDV Mi HP YLJRU H GDTXHODV TXH HVWDUmR em uso num futuro prĂłximo, a presidente do Sindicato de Hospitais e Serviços de SaĂşde do Mato Grosso do Sul (SINDHE68/ )iWLPD GR &DUPR $OELQR 0DLD MXQWDPHQWH FRP VXD DVVHVVRUD MXUtGLFD 'UD Rosely Coelho Scandola, promoverĂĄ o 3° workshop sobre a saĂşde suplementar do Mato Grosso do Sul, no prĂłximo dia 28 de MXQKR SDUD OHYDU D VHXV DVVRFLDGRV HVVDV mudanças e com eles discutir impactos e açþes futuras para a adaptação aos novos tempos. O workshop abordarĂĄ quatro temas centrais e dois auxiliares, porĂŠm nĂŁo menos importantes. Os temas principais sĂŁo: mudanças no modelo de remuneração – uma visĂŁo da AgĂŞncia Nacional de SaĂşde, conduzido pelo Dr. Carlos Figueiredo, gerente de prestadores de serviços da ANS, TXH DSUHVHQWDUi DV PXGDQoDV GHÂżQLGDV H seus impactos no funcionamento das instituiçþes prestadoras; regulação e contratualização na saĂşde suplementar, tema que foca as novas regras dos contratos entre operadoras e prestadores, seus efeitos no dia a dia das empresas, apresentado pelo empresĂĄrio e consultor CĂcero Andrade; apuração de custos – a importância dessa ferramenta no novo momento da saĂşde suplementar, ancorada pelo administrador Marcelo SimĂľes, especialista em sistemas 16|TotalSaĂşde
de apuração de custos para a ĂĄrea da saĂşde; e TISS e TUSS Hospital – o que muda nesses programas - conduzido pelo Dr. JoĂŁo Lucena. Trata-se dos dois sistemas fundamentais para o funcionamento da saĂşde suplementar: a TUSS (TerminoloJLD 8QLÂżFDGD GD 6D~GH 6XSOHPHQWDU WUDWD GD XQLÂżFDomR GH WRGDV DV GHQRPLQDo}HV H FRGLÂżFDo}HV GRV VHUYLoRV SURFHGLPHQtos mĂŠdicos, medicamentos e matĂŠrias, e a TISS trata da Troca de Informaçþes na SaĂşde Suplementar. Ăšnico veĂculo para os Ă€X[RV GH LQIRUPDo}HV HQWUH SUHVWDGRUHV H compradores de serviços (operadoras), a TISS envolverĂĄ a solicitação de autorizaçþes de consultas, cirurgias, internaçþes clĂnicas, exames diagnĂłsticos e apresentaomR GDV FRQWDV SDUD SDJDPHQWR DR ÂżQDO GRV tratamentos. AlĂŠm desses quatro temas centrais, o workshop ainda apresentarĂĄ um inovador sistema americano de gerenciamento de contratos, que acaba de chegar ao Brasil, denominado Medtrack, e a apresentação de um dos principais cases de sucesso no PaĂs em gestĂŁo de suprimentos, da Santa Casa de MisericĂłrdia de MaceiĂł. O SINDHESUL, na oportunidade, levarĂĄ ao conhecimento dos seus associados LQ~PHUDV SDUFHULDV ÂżUPDGDV SDUD TXH HOHV possam equilibrar as despesas com as receitas nos vĂĄrios serviços que prestam Ă comunidade, visando, assim, melhor qualidade no atendimento Ă comunidade, bem FRPR D TXDOLÂżFDomR SURÂżVVLRQDO GH VHXV colaboradores. Segundo Dra. Rosely Scandola, assesVRUD MXUtGLFD GR 6,1'+(68/ ÂłFRP HVVH evento o Sindicato cumpre um de seus principais deveres, o de informar a seus associados o que se passa na ĂĄrea da saĂşde no PaĂs e, no caso desse workshop, antecipar os acontecimentos futuros, dando FKDQFH SDUD TXH VHXV ÂżOLDGRV VH SUHSDUHP SDUD HQIUHQWDU RV QRYRV WHPSRV´ ÂżQDOL]D Dra. Rosely. junho, 2013
3ยบ
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Bem-estar | Gestos
Renato Lima
O toque do bem-estar Repensar os gestos valoriza o contato com o outro e consigo mesmo, trazendo a sensação de conforto e VLJQLĂ&#x20AC;FDGR SDUD WRTXHV VLPSOHV GR GLD D GLD
2 JHVWR VHPSUH IRL HVVHQFLDO VHMD HOH fĂsico - como meio de expressĂŁo do corpo humano - ou social - como atitude que expressa uma opiniĂŁo, uma postura diante da vida. Os esquimĂłs se cumprimentam tocando os narizes; os italianos, com abraços apertados... O aperto de mĂŁos ĂŠ o toque mais comum, com diferentes variaçþes em cada cultura. JĂĄ os brasileiros VmR FRQKHFLGRV SHOR EHLMR QR URVWR TXH pode chegar a trĂŞs; este Ăşltimo, dedicado ao casamento. O fato ĂŠ que os gestos aproximam as pessoas, fortalecem os relacionamentos, provocam sorrisos e atĂŠ fecham negĂłcios. No entanto, a correria do mundo pĂłs-moderno tem mecanizado esses gestos simples e ancestrais, anulando o sigQLÂżFDGR H R YDORU GH FDGD WRTXH â&#x20AC;&#x153;O gesto ĂŠ a expressĂŁo de um corpo. Uma das grandes liçþes que a experiĂŞncia me revelou ĂŠ que o corpo ĂŠ habitado pela nossa consciĂŞncia, que lhe proporciona vida. Ă&#x20AC; medida que a gente se descobre morando nesse corpo, o nosso gesto ĂŠ mais forte, mais expressivo em relação Ă quele que tem um gesto mecânico. Todos nĂłs temos uma mĂŁo de beleza, uma mĂŁo de amor. Isso vai permear o toque, no prĂłprio corpo, no corpo dos TotalSaĂşde|18 18|TotalSaĂşde
RXWURV QD QDWXUH]D HQÂżP HP WXGR RQGH FRORFDPRV QRVVDV PmRV´ GHÂżQH /XL] Seabra, estudioso e apaixonado pelas relaçþes. Pesquisas recentes realizadas por proÂżVVLRQDLV GD iUHD GH &LrQFLD GR EHP-estar, em parceria com especialistas de diferentes disciplinas relacionadas ao corpo e Ă mente, vĂŞm incorporando saberes ancestrais e tĂŠcnicas de descobertas recentes a insights de expressĂŁo artĂstica para dar forma a um repertĂłrio de gestuais simples, de aplicação cotidiana (massagens, tĂŠcnicas de respiração, toques e gestos), que pode melhorar a qualidade de vida das pessoas. No cuidado com o prĂłprio corpo e com o outro, percebemos que ĂŠ possĂvel construir relaçþes valiosas nas quais o sentir, o perceber e o respeitar podem ser materializados nos gestos diĂĄrios.
Autoconexão Qualquer pessoa pode colocar em pråtica esse novo olhar sobre os gestos, e isso pode começar por você! A autoconexão Ê um gesto feito individualmente. A revista Total Saúde mostra o passo a passo para você aprender e sentir o bem-estar: maio,2013 2013 junho,
Gestos | Bem-estar
Friccione as mãos e coloque-as sobre os olhos. Inspire e espire. Em seguida, coloque as mãos nos ouvidos, procure se desligar dos sons ao redor. Sinta o pulsar do seu coração. Suavemente, desça as mãos e se abrace, acolha você. Depois coloque as duas mãos no coração, sinta seu coração. Desça suavemente as mãos até o umbigo, conforte-se. Com esses gestos você vai conscientizar o seu corpo e sentir-se melhor.
junho, 2013
TotalSaúde|19
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Medicina | Infecção urinåria
Camila Cruz
Infecção urinåria nas crianças
Cuidado! Dor, ardĂŞncia e vontade constante de ID]HU [L[L 4XHP Mi WHYH LQIHFomR XULQiria sabe bem do que estamos falando. E VH SDUD QyV DGXOWRV HVVHV Mi VmR VLQWRmas que incomodam bastante, imagine para as crianças! Infecçþes urinĂĄrias nos pequenos quase sempre sĂŁo sinais de problemas no aparelho urinĂĄrio, e exigem atenção. Uma das causas mais IUHTXHQWHV p R FKDPDGR UHĂ&#x20AC;X[R YHVLFR-ureteral e, se nĂŁo cuidado a tempo, pode causar sequelas para a vida toda. De acordo com a Sociedade BrasileiUD GH 8URORJLD 6%8 R UHĂ&#x20AC;X[R YHVLFR-ureteral ocorre quando a vĂĄlvula do aparelho urinĂĄrio apresenta mĂĄ formação, fazendo com que a urina da bexiga faça R FDPLQKR UHWUyJUDGR RX VHMD UHWRUQH DR ULP 2V ULVFRV VmR PXLWRV Mi TXH HVVH UHĂ&#x20AC;X[R SRGH QmR DSUHVHQWDU VLQWRPD DOgum, causar infecção urinĂĄria baixa (na bexiga, mais conhecida como cistite), infecção urinĂĄria alta (no rim), produção de cĂĄlculo renal, cicatrizes ou atĂŠ mesPR FKHJDU j LQVXÂżFLrQFLD GR ULP VH QmR diagnosticado a tempo. 22|TotalSaĂşde
O tratamento depende do grau do reĂ&#x20AC;X[R GD LQWHQVLGDGH H GRV VLQWRPDV podendo ser feito apenas o uso de antiELyWLFRV FRQWtQXRV FRPR SURÂżOD[LD RX atĂŠ procedimentos cirĂşrgicos para a reconstituição da vĂĄlvula da bexiga. Geralmente, opera-se ainda quando bebĂŞ, pois quanto mais cedo for descoberto, maiores sĂŁo as chances de tratar e acaEDU GHÂżQLWLYDPHQWH FRP R SUREOHPD 2 UHĂ&#x20AC;X[R DWLQJH DWp GD SRSXODomR H incide quatro vezes mais nas meninas, atĂŠ porque o canal da urina e o ânus sĂŁo bastante prĂłximos no corpo feminino, o que facilita a entrada de bactĂŠrias e fungos na bexiga. e PXLWR LPSRUWDQWH ÂżFDU DWHQWR D TXDOquer sinal de infecção urinĂĄria nas crianças, e ĂŠ fundamental levĂĄ-las ao mĂŠdico HVSHFLDOLVWD SDUD TXH VHMDP UHDOL]DGRV H[DPHV HVSHFtÂżFRV 2 PDLV FRPXP p R FKDPDGR XUHWR FLVWRJUDÂżD SRU PHLR GR qual o contraste aplicado demarca, nas imagens, todo o caminho da urina dentro do organismo. Outros exames devem ser pedidos de acordo com cada caso. junho, 2013
Corrida do bem | Bem-estar Elaine Valdez
Corrida do Bem muda a data para o dia 25 de agosto Na vĂŠspera do aniversĂĄrio, corrida de rua vai celebrar os 114 anos da Capital praticando uma boa ação 6H ID]HU R EHP Mi p XP ERP PRWLYR SDUD UHXQLU DWOHWDV H SUDWLFDQWHV GH FRUULGD GH UXD FRPHPRUDU R DQLYHUViULR GD &LGDGH 0RUHQD p PHOKRU DLQGD 3URJUDPDGD SDUD RFRUUHU QR GLD GH MXOKR D RUJDQL]DomR GD &RUULGD GR %HP GHYLGR Ă proximidade dos 114 anos de Campo Grande, transferiu a corrida para o dia 25 de agosto, vĂŠspera do aniversĂĄrio. Somando forças, o evento ganhou mais dois importantes parceiros, a Prefeitura Municipal de Campo Grande e a Federação de Atletismo de Mato Grosso do Sul. Portanto, no dia 25 de agosto, Ă s 8 horas, o Centro Stoffer em parceria com a Th2, realiza a Corrida do Bem, evento que visa unir esporte e solidariedade. AlĂŠm da inscrição, o participante colabora com um quilo de alimento nĂŁo perecĂvel que serĂĄ doado Ă s instituiçþes de caridade. Uma forma de homenagear a cidade atravĂŠs de uma boa ação, celebrando o esporte e a cidadania. SerĂŁo trĂŞs percursos: caminhada de 5 km, corrida de 5 km e corrida de 10 km. A largada acontece na rua Dom AquiQR HP IUHQWH DR %HOPDU )LGDOJR H VHJXH SRU DOJXPDV UXDV FRPR GH MXQKR %DUmR GR 5LR %UDQFR GH GH]HPEUR Rua Bahia e Avenida Ricardo BrandĂŁo onde serĂĄ feito o retorno apĂłs Ă Câmara municipal e volta pelas Ruas Bahia, 7 de setembro, Rua BarĂŁo do Rio Branco e 25 de dezembro, com chegada em frente ao Centro Stoffer, na Rua Dom Aquino. Os participantes que optarem pelo percurso de 5 km serĂĄ feita uma volta, enquanto o de 10 km serĂŁo duas voltas. A premiação serĂĄ feita por faixa etĂĄria, sendo que os trĂŞs primeiros colocados de ambas as categorias receberĂŁo trofĂŠus e premiação especial. De acordo com o idealizador do evento, Kristofer Pachelli, outro detalhe ĂŠ que todas as pessoas que completarem o percurso ganharĂŁo medalhas de participação. â&#x20AC;&#x153;ApĂłs a prova, o evento vai contemplar ainda todos os participantes com kits de hidratação contendo frutas e isotĂ´nicosâ&#x20AC;?, reforça. $ H[SHFWDWLYD GD RUJDQL]DomR p TXH DSUR[LPDGDPHQWH TXDWUR PLO FRUUHGRUHV SDUWLFLSHP GHVWD ERD DomR 1R Âż QDO GD corrida haverĂĄ show FRP D GXSOD 7KLDJR H *UDFLDQR H RXWUDV DWUDo}HV D FRQÂż UPDU 7UDQVPLVVmR DR YLYR GD FRUULGD SDUD todo o Brasil atravĂŠs do site RBV NEWS HD e cobertura pelo programa Camarim. $V LQVFULo}HV Mi HVWmR DEHUWDV H SRGHP VHU IHLWDV DWp R GLD GH MXOKR QR &HQWUR 6WRIIHU TXH Âż FD QD 5XD $UWKXU -RUJH DR LQYHVWLPHQWR GH 5 $ SDUWLU GR GLD GH MXOKR DWp R GLD GH DJRVWR R YDORU SDVVD D VHU 5 ,QIRUPD o}HV
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Especial do Mês | Mudanças Dr. Eduardo Wagner Aratangy
Capacidade de se adaptar Ă s mudanças Mudanças sĂŁo o que hĂĄ de mais constante no mundo... NĂłs gostamos de acreditar na estabilidade e continuidade das coisas, mas tanto na natureza quanto na vida humana as metamorfoses sĂŁo inevitĂĄveis. A nossa mente se apega Ă ilusĂŁo de permanĂŞncia das coisas como uma forma de tentar prever os eventos VHJXLQWHV H SODQHMDU DV Do}HV IXWXUDV Obviamente, a vida nĂŁo ĂŠ tĂŁo previsĂvel, mas ĂŠ aĂ que surge uma das mais belas virtudes de nossa espĂŠcie: a capacidade de se adaptar Ă mudança. Algumas mudanças sĂŁo graduais e imperceptĂveis no cotidiano, como o envelhecimento. Nesse caso temos tendĂŞncia a imaginar a mudança â&#x20AC;&#x153;completaâ&#x20AC;?, aquele futuro longĂnquo da velhice, por exemplo... Isso promove a perspectiva de mudança para um futuro distante, quase como se fosse outra vida, desviando parte da carga de ansiedade que essa perspectiva pode gerar. Com o tempo, vamos construindo esse futuro por meio dos nossos planos e açþes... O mais curioso sobre isso ĂŠ que o futuro quase nunca ĂŠ como o indivĂduo planeMRX Em outras situaçþes a mudança vem de repente, mudando a rotina que acreditĂĄvamos ser imutĂĄvel. Isso ocorre o 24|T otalSaĂşde
tempo todo, mas alguns desses fatos nos marcam profundamente, alterando a nossa forma de ver a vida. Quando trocamos de escola ou de cidade, quando alguĂŠm da famĂlia morre, quando batemos o carro, mudamos de emprego RX TXDQGR QDVFH XP ÂżOKR (P JUDXV variĂĄveis, deixamos de ser o que ĂŠramos. Precisamos lidar com as novas situaçþes e fatos para seguir adiante. Na maioria das vezes saĂmos fortalecidos desse processo, crescendo e aprendenGR PDV HYHQWXDOPHQWH ÂżFDP PDUFDV O luto, os transtornos de adaptação e alguns quadros ansiosos sĂŁo ligados a mudanças que nĂŁo conseguimos assimilar. SĂŁo quadros psiquiĂĄtricos que surgem quando o aparelho psĂquico â&#x20AC;&#x153;quebraâ&#x20AC;? por alguma mudança muito intensa ou insuportĂĄvel. Quando estamos submetidos a fatores muito desgastantes ou desestruturantes, temos nossa capacidade de adaptação a novas situaçþes preMXGLFDGD 3RU LVVR XPD GDV IRUPDV GH GHÂżQLU D GRHQoD PHQWDO p SHOR JUDX GH LQFDSDFLGDGH TXH HOD JHUD j QRVVD HÂżFicia de nos adaptarmos Ă s mudanças. Do mesmo modo, podemos considerar uma mente saudĂĄvel aquela que possui bons recursos para se adaptar Ă s contĂnuas mudanças da vida.
Dr. Eduardo Wagner Aratangy CRM/SP 116020 MĂŠdico psiquiatra e supervisor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das ClĂnicas da Faculdade de Medicina da USP.
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Mudanças | Especial do Mês Renato Lima
Protesto da cartolina Elas ganham as ruas de todo o PaĂs e protagonizam o novo protesto nacional. Em Campo Grande, as palavras tambĂŠm viraram manifestos no papel. LĂĄ na China, no ano de 450 a.C., ConfĂşcio dizia, pela primeira vez, que â&#x20AC;&#x153;uma imagem vale mais que mil palavrasâ&#x20AC;?... De fato. Mas as frases, slogans, menVDJHQV SHUJXQWDV H DÂżUPDo}HV HVFULWDV em pedaços de papel, distribuĂdos aos milhares pelas ruas de Campo Grande, formavam uma imagem que certamenWH FRQIXQGLULD D PDWHPiWLFD GR ÂżOyVRIR chinĂŞs. Eles estavam lĂĄ, aos montes, cada um com sua identidade prĂłpria. A encarnação da diversidade. Sustentados por mĂŁos suadas que tensionavam os mĂşsculos dos braços, costas e ombros para manter os cartazes mais perto do cĂŠu. Era como se cada cartaz fosse mais um manifestante, com voz prĂłpria, opiniĂŁo e, assim, multiplicando o nĂşmero de indignaçþes e protestos. O gigante acordou, depois de um sono de 21 anos. NĂŁo se via tanta gente nas ruas em oposição ao governo desde o im-
junho, 2013
peachment contra o presidente Fernando &ROORU GH 0HOOR HP $QWHV GHVVH foi o movimento pelas Diretas JĂĄ, e lĂĄ se vĂŁo cerca de 30 anos... Cada protesto, ao seu tempo, foi escrito pelo povo da manifestação e, por que nĂŁo, da â&#x20AC;&#x153;opiniĂŁo pĂşblicaâ&#x20AC;?. As Diretas JĂĄ foi o manifesto das mĂşsicas, das letras de ChiFR %XDUTXH *HUDOGR 9DQGUp +HQÂżO HQtre outros, cantas em coro, cada um com seu sotaque. O protesto do impeachment entrou para a histĂłria como o movimento dos â&#x20AC;&#x153;caras pintadasâ&#x20AC;?. O verde e amarelo estampados no rosto daqueles que pediam de volta o orgulho de serem brasileiros. E o protesto de 2013. Este, certamente, serĂĄ o protesto da cartolina, com suas frases FULDWLYDV LU{QLFDV H UHĂ&#x20AC;H[LYDV As ruas serĂŁo desocupadas, as pessoas vĂŁo voltar para suas casas, mas cada carWD] YDL ÂżFDU QD PHPyULD H QD OHPEUDQoD de que um dia o Brasil escreveu, Ă mĂŁo, os seus mais puros sentimentos.
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Especial do Mês | Mudanças Benedito Tadeu CÊsar
â&#x20AC;&#x153;Tudo o que estĂĄ por aĂ ... nĂŁo me representaâ&#x20AC;?.
Benedito Tadeu CĂŠsar Cientista polĂtico, professor universitĂĄrio, diretor do InPrO Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais.
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â&#x20AC;&#x153;Contra tudo o que estĂĄ por aĂâ&#x20AC;?. Esta frase, que circulou intensamente nas redes sociais nos Ăşltimos dias, ĂŠ a sĂntese das manifestaçþes de rua que eclodiram no paĂs. A ela pode ser associada outra frase insistentemente postada nos Ăşltimos meses: â&#x20AC;&#x153;NĂŁo me representaâ&#x20AC;?. O alto preço dos transportes pĂşblicos, bem PDLV GR TXH PRWLYR GHĂ&#x20AC;DJUDGRU GR PRYLPHQWR forneceu a senha para a explosĂŁo das insatisfaçþes latentes. A repressĂŁo brutal exercida pela PM de SĂŁo Paulo forneceu o combustĂvel da revolta. O sentimento de solidariedade cresceu HQWUH RV MRYHQV H HP SRXFRV GLDV PLOKDUHV GHOHV e tambĂŠm pessoas de meia idade e atĂŠ de â&#x20AC;&#x153;mais idadeâ&#x20AC;? saĂram Ă s ruas. Indo alĂŠm da â&#x20AC;&#x153;tarifa zeroâ&#x20AC;? e/ou do â&#x20AC;&#x153;passe livreâ&#x20AC;?, bandeiras empunhadas pelos iniciadores do movimento, inĂşmeros motivos foram agregados aos protestos. Cada manifestante ou grupo de PDQLIHVWDQWHV FDUUHJD KRMH XPD UHLYLQGLFDomR e expressa sua insatisfação ao mesmo tempo e num mesmo espaço (com)partilhado por todos. NĂŁo hĂĄ uma bandeira Ăşnica comum e todas as bandeiras estĂŁo presentes. Sobretudo, contra os polĂticos e as instituiçþes polĂticas. A vaia Ă presidenta Dilma, na abertura RÂżFLDO GD &RSD GDV &RQIHGHUDo}HV IRL GLULJLGD â&#x20AC;&#x153;contra tudo o que estĂĄ por aĂâ&#x20AC;?. Encarnados na presidenta da RepĂşblica estavam e continuam estando todos os polĂticos brasileiros, mesmo que Dilma detenha, num aparente paradoxo, os mais altos Ăndices de aprovação popular alcançados em pesquisas de opiniĂŁo por um presidente no SDtV 1D WRPDGD VLPEyOLFD GD ODMH GR &RQJUHVso Nacional, em BrasĂlia, na tentativa de invasĂŁo GRV MDUGLQV GR 3DOiFLR GRV %DQGHLUDQWHV VHGH GR Governo de SĂŁo Paulo, e no ataque Ă Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro expressou-se o repĂşdio Ă s instituiçþes polĂticas brasileiras. â&#x20AC;&#x153;NĂŁo me representa!â&#x20AC;? Foram excluĂdos, de acordo com informaçþes divulgadas, durante junho, 2013
Mudanças | Especial do Mês
os preparativos das manifestaçþes nas cidades do paĂs onde elas aconteceram atĂŠ aqui, os representantes de todos e de quaisquer partidos polĂticos. As entidades estudantis foram igualmente LPSHGLGDV GH SDUWLFLSDU RÂżFLDOPHQWH dos atos e banidas de sua organização. As exclusĂľes realizaram-se em nome da â&#x20AC;&#x153;horizontalidadeâ&#x20AC;?. O movimento e seus SDUWLFLSDQWHV UHDÂżUPDP DVVLP R FDUiWHU nĂŁo hierĂĄrquico de suas açþes. NĂŁo hĂĄ organização e nĂŁo hĂĄ lĂderes. Tal como numa imensa rede social da web, todos sĂŁo iguais. NĂŁo hĂĄ â&#x20AC;&#x153;superioresâ&#x20AC;? ou â&#x20AC;&#x153;inferioresâ&#x20AC;?. 2 SRGHU TXDOTXHU TXH VHMD HOH p FRQsiderado sempre corrupto e sempre corruptor daqueles que dele se aproximam. Todo o mal, acreditam, brota dos polĂticos e da polĂtica. OpiniĂŁo expressa pelas mĂdias sociais, incentivada e alimentada pelas mĂdias tradicionais e potencializada por integrantes de diferentes poderes pĂşblicos que se consideram e se portam como se nĂŁo fossem, eles prĂłprios, partes de um sistema polĂtico. $ ÂłFULVH GH UHSUHVHQWDomR´ TXH KRMH LUrompe no Brasil ocorre, de fato, em todo o mundo. As antigas formas de expressĂŁo dos anseios polĂticos tornaram-se LQHÂżFLHQWHV QmR PDLV RV DQWLJRV SDUWLGRV polĂticos, nĂŁo mais as antigas formas de organização social, nĂŁo mais os antigos polĂticos. â&#x20AC;&#x153;Tudo o que estĂĄ por aĂ ... nĂŁo me representaâ&#x20AC;?, nem expressa os novos DQVHLRV GRV MRYHQV GRV GH PHLD LGDGH H atĂŠ dos de â&#x20AC;&#x153;mais idadeâ&#x20AC;?. Neste momento, as manifestaçþes de rua expressam o mesmo desencanto JOREDO WDQWR GRV SUHMXGLFDGRV SHOD FULVH provocada pelo colapso do sistema neoliberal, nos EUA e na Europa, quanto GRV EHQHÂżFLDGRV SHOR SHUtRGR GH SURVSHridade e inserção social no Brasil e que querem avançar em suas conquista. Nos (8$ H QD (XURSD MRYHQV j IUHQWH PLOKDUHV WRPDP DV UXDV HP QRPH GRV Âł excluĂdosâ&#x20AC;?. SĂŁo os Indignados, da Espanha e de Portugal, entre outros. SĂŁo os junho, 2013
integrantes do Occupy Wall Street, que se disseminaram pelo mundo, a partir de Nova Iorque. No Brasil, sĂŁo os â&#x20AC;&#x153;recĂŠm incluĂdosâ&#x20AC;?, integrantes das â&#x20AC;&#x153;novas classes mĂŠdiasâ&#x20AC;?, que adquiriram seu primeiro carro e/ou sua primeira casa prĂłpria, que ingresVDUDP ÂżQDOPHQWH QDV XQLYHUVLGDGHV pĂşblicas ou principalmente naquelas mantidas com as bolsas de custeio do governo federal, e que querem conquistar serviços pĂşblicos de qualidade. SĂŁo, tambĂŠm, os integrantes das â&#x20AC;&#x153;classes mĂŠdias tradicionaisâ&#x20AC;? que nĂŁo viram, nos ĂşlWLPRV DQRV PHOKRULDV VLJQLÂżFDWLYDV QDV suas condiçþes de vida. Unem-se todos, lĂĄ e cĂĄ, na condição de integrantes das legiĂľes de Anonymous, com suas mĂĄscaras e seus V, de vingança! â&#x20AC;&#x153;Contra tudo o que estĂĄ por aĂâ&#x20AC;?! Contra os polĂticos e as instituiçþes do Estado. Por mais e melhores serviços pĂşblicos, por mais e melhor transporte pĂşblico, por melhor mobilidade urbana, por saĂşde, por educação. Pelo respeito aos direitos dos cidadĂŁos. Pelo respeito Ă s coisas pĂşblicas. Pela RepĂşblica que, mais do que uma forma de governo, ĂŠ a essĂŞncia da polĂtica democrĂĄtica. De modo aparentemente paradoxal, em QRPH GD QHJDomR GD SROtWLFD UHDÂżUPDP a polĂtica em seu mais alto nĂvel: a polĂtica do respeito aos direitos dos cidadĂŁos e dos bens pĂşblicos. Mesmo que a imensa maioria dos manifestantes nĂŁo chegue a sintetizar nestes termos suas demandas e possa estar sendo utilizada, involuntariamente, por agitadores com posturas fascista que precisam ser contidos. Mesmo que as manifestaçþes arrefeçam em pouco tempo, suas consequĂŞnFLDV ÂżFDUmR (ODV VHUmR EHQpÂżFDV VH RV polĂticos e todos os que integram as instituiçþes constituĂdas tiverem a capacidade GH PROGDU HP FRQMXQWR FRP DV JUDQGHV maiorias, novas e melhores instituiçþes pĂşblicas. Caso contrĂĄrio, suas consequĂŞncias poderĂŁo vir a ser trĂĄgicas e, quem sabe, incontrolĂĄveis. TotalSaĂşde|27
Especial do Mês | Mudanças Rafael Stangarlin
Os manifestos que pararam Campo Grande
e o Brasil
$ ~OWLPD TXLQWD IHLUD GLD GH MXQKR GH Âż FDUi marcada na histĂłria da cidade de Campo Grande e na do Brasil. Uma manifestação dotada de muita organização, reivindicaçþes plausĂveis e muita garra do cidadĂŁo brasileiro. O movimento, que contou com mais de 15 mil pessoas, representou a insatisfação do cidadĂŁo campo-grandense frente a tudo o que vem ocorrendo no cenĂĄrio nacional, que ĂŠ digno de muito descontentamento. 1D QRLWH GR SURWHVWR YL PDMRULWDULDPHQWH MRYHQV $FD dĂŞmicos das mais variadas instituiçþes de ensino saĂram Ă s ruas para lutar por seus direitos. Essa luta, que ĂŠ ditada SHOD IRUoD GD MXYHQWXGH H VHX DQVHLR SRU PXGDQoDV WHYH sua primeira vitĂłria na noite de ontem. O que vi durante a manifestação foi algo que me deixou com muito orgulho de ser brasileiro, de saber que as pessoas nĂŁo estĂŁo mais â&#x20AC;&#x153;dormindoâ&#x20AC;?, que existe algo SHOR TXDO YDOH D SHQD OXWDU )RL PRVWUDGR TXH QyV MRYHQV WHPRV IRUoD DÂż QDO D FLGDGH SDURX SDUD TXH SDVViVVHPRV Como acadĂŞmico de Direito da UFMS e um dos diretores do centro acadĂŞmico do meu curso, analiso que as manifestaçþes tĂŞm um excelente resultado. O protesto teve muitos focos, dentre eles o repĂşdio Ă corrupção e ao PEC 37, bem como ao enorme volume de impostos que SDJDPRV VHP R PtQLPR UHWRUQR MXVWR O que aconteceu na noite em que todos os grandes FHQWURV VDtUDP jV UXDV p GHÂż QLWLYDPHQWH DOJR SDUD VHU lembrado. Um começo. Um levante contra o sistema que nos sufoca, que nĂŁo investe um centavo em favor do seu povo. Garantias que nos foram asseguradas constitucionalmente e que sĂł sĂŁo realidade na teoria. A luta, felizmente, sĂł começou. Tenho a forte impressĂŁo de que depois desse solavanco, a população brasileira, SULQFLSDOPHQWH QyV MRYHQV LUHPRV FRQWUD WRGDV DV H[ pectativas, pelo sonho de um paĂs melhor, sem nunca desistir, ou Ă luta fugir.
Rafael Stangarlin Acadêmico de Direito do 3° semestre da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
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Mudanças | Especial do Mês
Eronildo Barbosa
Os protestos visam organizar o Brasil Os protestos que estĂŁo sendo realizados no Brasil, pelo que parece, indicam que a paciĂŞncia de uma parte importante da população estĂĄ chegando ao limite. A histĂłria do Brasil, diferente do que o senso comum acusa, ĂŠ recheada de muita luta. NĂŁo foram poucos os momentos em que o povo foi para as ruas para exigir com suor e sangue mudanças nas UHODo}HV VRFLDLV H HFRQ{PLFDV $ FRQTXLVWD GD UHS~EOLFD R ÂżP GR HVFUDYLVPR D UHYROXomR GH R UHWRUQR GD GHPRFUDFLD QD GpFDGD GH EHP FRPR D GHUUXEDGD GR SUHVLGHQWH &ROORU GH 0HOOR VmR PRPHQWRV JORULRVRV GD nossa histĂłria. DaĂ que nĂŁo ĂŠ novidade nenhuma o povo voltar Ă s ruas. Apesar de o Brasil ter crescido e distribuĂdo renda, nos Ăşltimos anos, a situação continua muito difĂcil. As distorçþes sĂŁo graves e visĂveis. Em qualquer dimensĂŁo podemos ver como a grande maioria da população ĂŠ tratada com discriminação. As elites, que controlam a produção de riqueza, os parlamentos e a mĂdia, na prĂĄtica, acham que pode manipular a situação como quer. Fazem de tudo para deixar o povo distante dos mecanismos de poder e de decisĂŁo. 1R FDVR GRV MRYHQV R TXDGUR p PXLWR GUDPiWLFR 2 GHVHPSUHJR SRU H[HPSOR HQWUH HOHV FKHJD DR SDWDPDU GH TXDVH QR %UDVLO &ODUR TXH LVVR LQGLFD XP KRUL]RQWH FRPSOLFDGR 3RU LVVR LQLFLDOPHQWH VmR HOHV TXH HVWmR LQGR D OXWD (VVD p XPD UHDOLGDGH TXH SRGH VHU YLVWD HP TXDOTXHU SDtV ( QmR VH WUDWD GH EUDYDWD MXYHQLO 2 MRYHP TXHU FRQTXLVWDU XP OXJDU VHJXUR 4XHU WHU XPD SURÂżVVmR H XP HPSUHJR 'DL TXH YHMR LVVR WXGR FRP PXLWR UHVSHLWR 5HVSHLWR TXH WHQKR WDPEpP TXDQGR YHMR RV MRYHQV LPSRQGR WHQGrQFLDV QRV PDLV GLYHUVRV FDPSRV Inclusive na moda e nos cuidados com o corpo e com a saĂşde. Benditos Protestos. O autor ĂŠ professor universitĂĄrio e doutor em educação.
Foto Luciano Muta Eronildo Barbosa
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Especial do Mês | Mudanças Renato Lima
Manifestação pacĂfica tem apoio da polĂcia Coronel Carlos Alberto David dos Santos
Comandante geral da PolĂcia Militar do Estado defende a liberdade de expressĂŁo com ordem e decĂŞncia
Foto Luciano Muta
Diferente das imagens que estampam os noticiĂĄrios ĂŠ possĂvel fazer um manifesto pĂşblico de protesto sem violĂŞncia, vandalismo e melhor, sem vĂtimas. Ă&#x2030; o que acredita e defende o Coronel Carlos Alberto David dos Santos. O Comandante Geral da PolĂcia Militar de Mato Grosso do Sul, fala com segurança, tranqĂźilidade e experiĂŞncia de quem tambĂŠm preside o Conselho Nacional dos Comandantes da PolĂcia Militar e Bombeiros Militar (CNCG), e acompanha de perto os Ăşltimos acontecimentos. â&#x20AC;&#x153;A Constituição garante a liberdade de expressĂŁo e de pensamento, porĂŠm veda o anonimato, no artigo quinto inciso quatro. 7DPEpP QR LQFLVR IDOD VREUH D PDQL festação de grupos reunidos e a necessidade de se comunicar a autoridade competente. Diante disso, por se tratar de uma garantia constitucional, a corporação deve garantir que as manifestaçþes aconteçam de forma ordeira e sem quebra da ordem pĂşblicaâ&#x20AC;?, esclarece. A fronteira entre uma manifestação de protesto e uma ação de vandalismo ĂŠ deÂż QLGD SHOR UHVLGXDO RX VHMD GHVWUXLomR GH prĂŠdios pĂşblicos e particulares, saques e atear fogo entram no hall da desordem e vai acionar a interferĂŞncia da PolĂcia Militar. JĂĄ passeatas com faixas, cartazes e palavras de ordem estĂŁo liberadas pela Lei 30|TotalSaĂşde
e pela polĂcia. Aglomeração em espaço pĂşblico tambĂŠm ĂŠ permitido, sem riscos de gĂĄs ou bala de borracha. Sobre a atuação do batalhĂŁo de choque, HYLGHQFLDGD QRV ~OWLPRV FRQĂ&#x20AC; LWRV HP 6mR Paulo e Rio de Janeiro, Cel. David enfatiza que a polĂcia sempre buscarĂĄ garantir a ordem e a segurança da sociedade e a atuação do Choque deve ser reativa. â&#x20AC;&#x153;A instituição segue um protocolo e quando a manifestação ultrapassa a legaOLGDGH HOD Mi VH GHVYLRX GR UHDO SURSyVLWR e exige a atuação da polĂcia. Nesse caso, de dispersar a aglomeração e restabelecer a ordemâ&#x20AC;?, esclarece o Comandante. Sobre esse protocolo, Cel. David explica que a primeira ação ĂŠ esgotar o diĂĄlogo e, na impossibilidade de uma negociação SDFtÂż FD SDUWH VH HQWmR SDUD RXWURV LQVWUX mentos permitidos como bomba de luz e som e bomba de gĂĄs de efeito moral, estes para intimidação. NĂŁo surtindo efeito, a Ăşltima instância ĂŠ a bala de borracha. Mas para o Comandante, estas Ăşltimas instâncias podem ser evitadas. Palavras GH TXHP Mi HVWHYH GR RXWUR ODGR 1D Gp FDGD GH R MRYHP &DUORV $OEHUWR 'DYLG GRV 6DQWRV IRL HQJDMDGR QR PRYLPHQWR estudantil da UniĂŁo Campo-grandense de Estudantes (UCE), participou de muitas manifestaçþes e experimentou da reivindiFDomR SDFtÂż FD FRP UHVXOWDGRV junho, 2013
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Bem-estar | Viagem literĂĄria
KĂĄtia Kuratone
Viaje pelo mundo encantado da leitura FĂŠrias de julho ĂŠ perĂodo ideal para divertir e ensinar as crianças com criatividade e atividade lĂşdica 2 PrV GH MXOKR FKHJRX H MXQWR FRP HOH as tĂŁo esperadas fĂŠrias escolares! Para as crianças, ĂŠ hora de descansar das atividades escolares e curtir os momentos de lazer. Para os pais, uma excelente oporWXQLGDGH GH SURSRUFLRQDU DRV Âż OKRV XPD viagem pelo mundo da leitura e, claro, continuar estimulando o aprendizado de VHXV Âż OKRV FRP PXLWD FULDWLYLGDGH SDUD conseguir entretĂŞ-los ao mesmo tempo. Por isso, a boa dica das fĂŠrias ĂŠ soltar a imaginação! Os livros nos dĂŁo essa liEHUGDGH GH YLDMDU SHOR PXQGR QR WHPSR por onde o leitor quiser, basta escolher uma boa histĂłria. A psicĂłloga Suelen Sirugi, coordenadora do nĂşcleo de pesquisas da Editora Alvorada, destaca os benefĂcios da leitura em famĂlia. â&#x20AC;&#x153;A leitura incentiva a criatividade, a imaginação e fomenta o desenvolvimento cultural. Este hĂĄbito propicia melhoria na pronĂşncia das palavras e, consequentemente, na comunicação de quem lĂŞ. A leitura ĂŠ um hĂĄbito como outro qualquer e, para existir, deve ser cultivado. Muitos pais acreditam ser WDUHID GD HVFROD IRUQHFHU D VHXV Âż OKRV R primeiro contato com a alfabetização e, consequentemente, com os livros e materiais didĂĄticos. Entretanto, a criança pode começar a aprender a ler em famĂlia, adquirindo os hĂĄbitos de leitura dos adultos que a cercam na primeira infância, arquitetando suas hipĂłteses iniciais 34|TotalSaĂşde
junho, 2013
Viagem literĂĄria | Bem-estar
sobre o funcionamento da escrita ainda em casaâ&#x20AC;?. Reunir as crianças para contar a histĂłria de um livro pode ser uma grande aventura. A coleção â&#x20AC;&#x153;Aprender Fazendoâ&#x20AC;?, escrita por Mirian Montanari GrĂźdtner e lançada pela Editora Alvorada, mostra que ĂŠ mais atrativo aprender a gramĂĄtica da lĂngua portuguesa por meio de histĂłrias divertidas. O livro â&#x20AC;&#x153;SĂtio IndependĂŞnciaâ&#x20AC;?, por exemplo, traz a histĂłria de Sara, MĂĄrcia, Ceila, Decinha e Saulinho, irmĂŁos que aguardam ansiosamente as fĂŠrias SDUD YLDMDUHP DR VtWLR GR YRY{ 6HEDV tiĂŁo. AlĂŠm de apresentar virtudes como o respeito e amor na convivĂŞncia familiar, tambĂŠm sĂŁo trabalhados o emprego correto dos grafemas que apresentam o fonema â&#x20AC;&#x153;Sâ&#x20AC;?. O livro â&#x20AC;&#x153;Musicandoâ&#x20AC;? tambĂŠm ĂŠ uma boa opção para brincar e aprender. A obra apresenta uma coletânea completa de cantigas de roda, cançþes populares e tradicionais cantos. Acompanhado de um CD, o livro estimula o desenvolvimento da arte musical, assim como o conhecimento cultural. JĂĄ a coleção â&#x20AC;&#x153;Conhecendo o Meio Ambienteâ&#x20AC;? retrata, na linguagem infantil e de forma lĂşdica, a importância da preservação ambiental, ensinando os pequenos desde cedo a cuidarem da natureza. â&#x20AC;&#x153;Uma dica importante ĂŠ que escolham junho, 2013
livros com temas atraentes e linguagem adequada para cada idade; que as obras SURSRQKDP DOJXP WLSR GH UHĂ&#x20AC; H[mR H VH MDP UHYLVDGDV SRU HTXLSH SHGDJyJLFD editorial. Em tese, toda leitura ĂŠ bem-vinda, entretanto, escolher um material adequado pode auxiliar no processo de aquisição de valoresâ&#x20AC;?, pondera Suelen.
Ensine a criança a ir Ă s bibliotecas e livrarias Levar a criança atĂŠ uma biblioteca ou mesmo a uma livraria para que ela escolha um livro e conheça muitos outros p XPD ERD SHGLGD SRUTXH Mi GHVSHUWD D curiosidade por esse mundo encantado da leitura. Em Campo Grande existem vĂĄrias opçþes, escolha a sua! Depois de escolhidos os livros, um bom parque ou praça perto de casa tambĂŠm pode ser uma opção de lugar para toda a famĂlia ir ler. 3DUD RV SDLV TXH SUHIHUHP Âż FDU HP casa, a proposta ĂŠ que organizem um â&#x20AC;&#x153;cantinho da leituraâ&#x20AC;?. â&#x20AC;&#x153;Este ambiente nĂŁo precisa ser algo dispendioso, basta ser acolhedor e confortĂĄvel para que se possa passar determinado tempo diariamente. Almofadas, tapetes antialĂŠrgicos, claridade e ventilação sĂŁo alguns dos itens indispensĂĄveis para este local, que pode ser individual ou para toda a famĂliaâ&#x20AC;?, indica Suelen. TotalSaĂşde|35
Viaje Bem | Pocket Trip Renato Lima
Viagens curtas podem ser uma boa opção para sair da rotina e renovar as energias 7UDEDOKDPRV GXUDQWH XP DQR LQWHLUR SODQHMDQGR DV WmR HVSHUDGDV IpULDV ,QYHVWLPRV HP JUDQGHV YLDJHQV H TXDQGR as fĂŠrias terminam, muitas vezes voltamos cansados para o trabalho. IrĂ´nico isso, nĂŁo ĂŠ mesmo? Uma maneira de aliviar a tensĂŁo de doze meses de trabalho ĂŠ criando pequenos intervalos para descansar, recarregar as energias e, principalmente, quebrar a rotina. O resultado vocĂŞ sente no prĂłprio rendimento no trabalho, em estudos e atĂŠ no relacionamento familiar. 6H QmR p SRVVtYHO IUDFLRQDU DV VXDV IpULDV D FROXQD 9LDMH %HP DSUHVHQWD DOJXQV URWHLURV SUiWLFRV H LQWHUHVVDQWHV SDUD YLDJHQV FXUWDV LGHDLV SDUD ÂżQV GH VHPDQD H IHULDGRV H FRP WRGDV DV YDQWDJHQV GDV IpULDV SURSRUFLRQDOPHQWH p FODUR As trĂŞs sugestĂľes de roteiros que apresento a seguir foram testadas e aprovadas para uma viagem de duas ou trĂŞs QRLWHV 9RFr QmR YDL SUHFLVDU GH PXLWD EDJDJHP H DLQGD FRQWDUi FRP XPD SURJUDPDomR Ă&#x20AC;H[tYHO &RQÂżUD DV GLFDV
Bonito 2SomR LGHDO SDUD TXHP GHVHMD ÂżFDU QR Estado. DĂĄ pra ir de carro, sĂŁo cerca de trĂŞs horas e meia de viagem, e oferece diversos atrativos naturais. Mesmo quem Mi IRL DOJXPDV YH]HV FHUWDPHQWH DLQGD nĂŁo conheceu todos os passeios. Bonito ĂŠ um destino que oferece Ăłtimas opçþes de hospedagem, de hostel a resort; a cidade ĂŠ tranquila, com culinĂĄria rica em peixes e as tradicionais receitas Ă base de carne de MDFDUp 3DUD TXHP GHVHMD FXUWLU D QDWXUH]D as grutas, arvorismo e balneĂĄrios sĂŁo superindicados. Para quem busca certa dose de adrenalina, tem ainda os passeios nas corredeiras, rota de quadricĂculos e abisPR FRP UDSHO H Ă&#x20AC;XWXDomR -i TXHP TXHU VLPSOHVPHQWH ÂżFDU off-line da correria da cidade, o turismo rural ĂŠ a opção ideal nos hotĂŠis-fazenda, que oferecem um atendimento aconchegante, com comidinha caseira... Tudo sem pressa. 36|TotalSaĂşde
junho, 2013
Pocket Trip | Viaje Bem
SĂŁo Paulo Para uma viagem de bolso, a sugestĂŁo ĂŠ o roteiro cultural. Para quem tem apenas um ÂżP GH VHPDQD QmR p LQGLFDGR LU GH FDUUR alĂŠm de ganhar tempo, as companhias aĂŠreas disponibilizam muitas promoçþes interesVDQWHV ( Mi TXH p SUD LU GH DYLmR RSWH SRU desembarcar no aeroporto de Congonhas, vocĂŞ sai no centro da cidade e evita o tĂpico e demorado trânsito paulistano. Uma sugestĂŁo interessante ĂŠ o museu durante o dia; o MASP e o da LĂngua Portuguesa sĂŁo opçþes que sempre surpreendem. Ă&#x20AC; tarde, um passeio no Parque do Ibirapuera e, claro, fazer compras em algum shopping Mi TXH D FLGDGH tem a maior concentração de malls do Brasil. Desfrutar da diversidade gastronĂ´mica de Sampa ĂŠ obrigatĂłrio, principalmente para encerrar a noite depois de ter assistido a uma peça de teatro ou algum espetĂĄculo da Broadway Brasil; esta, aliĂĄs, ĂŠ uma programação que vale a pena. Recentemente, a Capital paulista tem oferecido Ăłtimas opçþes de musicais, coisa que nĂŁo se vĂŞ em Mato Grosso do Sul (ainda).
Buenos Aires Para quem tem atĂŠ trĂŞs noites disponĂveis, vale a pena dar um pulo na capital da Argentina. Sim, ĂŠ possĂvel desfrutar de uma viagem internacional em pouco tempo. Centro histĂłrico, com os cartĂľes-postais mais famosos da cidade, ĂŠ o programa diurno. E quando o sol se pĂľe surge o espĂrito portenho, com as casas de tango e a famosa Parrilladas, como sĂŁo chamados os churrascos argentinos. A valorização do real frente ao peso argentino nos faz sentir como europeus no Brasil. Ideal para comprinhas na Calle Florida e La Boca, alĂŠm de artigos de couro, ĂŠ claro. Algumas agĂŞncias oferecem voos fretados saindo de Campo Grande. Mas algumas companhias aĂŠreas internacionais oferecem voos saindo de SĂŁo Paulo a preços imbatĂveis. junho, 2013
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Especial do Mês | Mudanças
Dra. Tatiane Savarese Attilio
Mudanças na sua alimentação
Rua Franklin Roosevelt, 61 Sala 08 (67) 3306 0608 e 9128 8484 www.atitudesaude.com.br
Dra. Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175 Nutricionista. Especialista em Nutrição ClĂnica, Obesidade e Emagrecimento. Docente em cursos de extensĂŁo na ĂĄrea da saĂşde.
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Toda mudança ĂŠ um processo que neFHVVLWD VHU HQFDUDGR FRP FDOPD Mi TXH p muito confortĂĄvel estarmos em determiQDGD VLWXDomR PHVPR TXH HVWD QmR VHMD WmR EHQpÂż FD DVVLP ( TXDQGR IDODPRV em mudanças na alimentação ou no hĂĄbito alimentar, nossa primeira impressĂŁo ĂŠ a de que nĂŁo vai ser bom, nĂŁo serĂĄ saboroso e que vai ser difĂcil e/ou restritivo. Preocupamo-nos tanto em manter a nossa â&#x20AC;&#x153;rotinaâ&#x20AC;? de alimentação, que quanGR PDUFDPRV XPD YLDJHP VHMD SDUD R H[WHULRU RX GHQWUR GR %UDVLO Mi TXHUHPRV saber o que se vai comer, se vai ser saboroso e atĂŠ mesmo se as comidas rotineiras estarĂŁo disponĂveis. A mudança na alimentação ĂŠ tĂŁo â&#x20AC;&#x153;assustadoraâ&#x20AC;? que, mesmo quando temos que fazĂŞ-la para D UHDOL]DomR GH XP H[DPH Mi QmR QRV agrada. Por isso, muitas pessoas buscam mudar a sua alimentação rotineira, muitas vezes inadequada ou atĂŠ mesmo LQVXÂż FLHQWH SDUD DV VXDV QHFHVVLGDGHV H ĂŠ quando o organismo começa a emitir sinais de que algo nĂŁo vai bem, como, SRU H[HPSOR GLÂż FXOGDGH GH GLJHVWmR queimação no estĂ´mago; azia; problemas no intestino; diabetes; pressĂŁo alta; colesterol elevado e daĂ por diante. VocĂŞ pode atĂŠ se convencer de que ĂŠ assim
mesmo... De que, com o avanço da idade, essas mudanças sĂŁo naturais; de que todo mundo vai passar pela mesma coisa e que o melhor ĂŠ aproveitar enquanto se pode. SerĂĄ? Gosto de dizer aos meus pacientes que o melhor sempre ĂŠ o caminho do meio. O radicalismo ĂŠ uma estrada muito complicada de se seguir, principalmente quando falamos em pra]HU DOLPHQWDU ( p MXVWDPHQWH SRUTXH OH vamos conosco, por toda a vida, o prazer de comer, que devemos saber como consumir os alimentos para poder comer GH WXGR VHPSUH Âł4XH VHX UHPpGLR VHMD VHX DOLPHQWR H TXH VHX DOLPHQWR VHMD VHX UHPpGLR´ Mi GL]LD +LSyFUDWHV 3RU LVVR QmR Âż TXH UHFHRVR HP DOWHUDU SHTXHQRV hĂĄbitos alimentares, o seu organismo vai receber essa mudança com muita saĂşde e disposição! Tratar de uma doença - e aqui podemos (e devemos) incluir as doenças nutricionais - ĂŠ sempre mais fĂĄcil quando o diagnĂłstico ĂŠ feito no inĂcio, e o tratamento ĂŠ bem direcionado. NĂŁo adie a sua mudança de comportamento alimentar esperando o seu organismo exigir isso de vocĂŞ. Surpreenda-se com o prazer que uma alimentação saudĂĄvel pode lhe proporcionar, de forma leve, saborosa e nutritiva! junho, 2013
Especial do Mês | Mudanças
Dr. JosĂŠ Neder Junior
Transição para
um novo mundo A adolescĂŞncia ĂŠ um perĂodo de transição da infância para a idade adulta, mais ou menos situado entre os 10 e 20 anos. Nesse perĂodo acontecem mudanças extraordinĂĄrias no corpo e na esfera psicoemocional; mudanças que, se tiverem sucesso, resultarĂŁo em um adulto com consciĂŞncia de identidade e que assume suas prĂłprias caracterĂsticas pessoais, pronto para a construção de uma vida independente, sendo capaz de atuar de forma satisfatĂłria no ambiente em que vive.
0RGLĂ&#x20AC; FDo}HV FRUSRUDLV O corpo se transforma em tĂŁo pouco tempo e de maneira tĂŁo abrupta, que a criança de ontem nĂŁo tem percepção e controle sobre ele. Aqueles pĂŠs que crescem desproporcionalmente, os braços que se alongam, tornando o indivĂduo GHVDMHLWDGR H GHVDVWUDGR $V PHQLQDV subitamente percebem que as mamas se avolumam e, muitas vezes, tentam HVFRQGr ODV GREUDQGR RV RPEURV Âż cando corcundas. Os pelos e a genitĂĄlia crescem e a criança percebe-se em uma transformação inexorĂĄvel, sobre a qual ela nĂŁo tem o mĂnimo controle. Tudo isso causa grande ansiedade, e um sentimento de perda do conhecido.
0RGLĂ&#x20AC; FDo}HV SVLFROyJLFDV Decorrentes dessa ansiedade pelo desconhecido e pelo sentimento de luto originado pela perda do corpo e da identida40|TotalSaĂşde
de infantil, alĂŠm da progressiva noção da sua separação da segurança dos pais. As transformaçþes agressivas a que ĂŠ submetido deixam o adolescente perplexo e impotente. A autoimagem construĂda na LQIkQFLD p GHVWUXtGD H Mi QmR VDEHQGR R TXH p HOH HQWUD HP FRQĂ&#x20AC; LWR RVFLODQGR HQWUH R GHVHMR GD VHJXUDQoD GD LQIkQFLD em famĂlia e o de voar e alcançar outros KRUL]RQWHV (VVH FRQĂ&#x20AC; LWR H[SOLFD D LPSH tuosidade, a sensação de imortalidade e da consequente exposição a armadilhas que podem resultar em acidentes, algumas vezes fatais. Na realidade, o sucesso de um adolescente em transformação começa bem DQWHV ,QLFLD VH QD JUDYLGH] GHVHMDGD Mi sendo amado dentro do Ăştero... Continua num ambiente que oferece educação com amor e exigĂŞncia, que ensina responsabilidades e limites, respeito a si SUySULR H D RXWURV HP XP ODU FXMRV SDLV tĂŞm perfeita noção do tesouro Ăşnico que a vida lhes presenteou e que serĂĄ a Ăşnica coisa de si que deixarĂŁo para o futuro: VHXV Âż OKRV H Âż OKDV
Dr. JosĂŠ Neder Junior CRM/MS 738 Pediatra e Hebiatra
7HXV Ă&#x20AC; OKRV ´7HXV Ă&#x20AC; OKRV QmR VmR WHXV Ă&#x20AC; OKRV 6mR RV Ă&#x20AC; OKRV H DV Ă&#x20AC; OKDV GD kQVLD GH YLYHU SRU VL mesmo. VĂŞm atravĂŠs de ti, mas nĂŁo de ti e, embora vivam contigo, nĂŁo te pertencem. Podes outorgar-lhes teu amor, mas nĂŁo teus pensamentos, porque eles tĂŞm seus prĂłprios pensamentosâ&#x20AC;?. Khalil Gibran
junho, 2013
Caminhada | Bem-estar Fernanda Monteiro
Caminhada ExercĂcio poderoso para emagrecer Pode acreditar: a mais simples, fĂĄcil, barata e democrĂĄtica das atividades fĂsiFDV p WDPEpP XPD IRUPD HÂż FD] GH JD nhar fĂ´lego, proteger o coração, mandar o estresse para bem longe e perder peso. â&#x20AC;&#x153;VocĂŞ começa a queimar caloria desde o primeiro passo, o primeiro momento; mas, se pretende emagrecer caminhando, quanto mais intenso for o exercĂcio, maior serĂĄ o gasto calĂłrico e a gordura TXHLPDGD´ LQGLFD R SURÂż VVLRQDO GH HGX FDomR ItVLFD SyV JUDGXDGR HP Âż VLRORJLD do exercĂcio, Alberto Zeolla Vieira. A caminhada faz com que vocĂŞ emaJUHoD H DLQGD GLPLQXD D LQGHVHMDGD EDUUL ga. Especialistas americanos comprovam que uma mĂŠdia de duas horas e meia do exercĂcio por semana pode exterminar as sobras nessa regiĂŁo, e diminuir atĂŠ 2,5 centĂmetros em um mĂŞs. Segundo Tim Church, da Louisiana State University, HVVH WLSR GH DWLYLGDGH DMXGD D UHGX]LU a gordura abdominal profunda; sĂł que, para obter esse resultado, tambĂŠm ĂŠ preciso se dedicar a uma dieta saudĂĄvel. Mas os benefĂcios nĂŁo param por aĂ! Caminhar acelera o metabolismo, melhora a circulação sanguĂnea, o sistema cardiorrespiratĂłrio e o humor. SĂł que as inĂşmeras vantagens podem ser comprometidas se vocĂŞ caminhar sempre no mesmo ritmo e no mesmo tipo de terreno. â&#x20AC;&#x153;Ă&#x2030; o efeito platĂ´ RX VHMD R FRUSR Mi se acostumou, e a diminuição de peso junho, 2013
Âż FD HVWDELOL]DGD DSHQDV VH PDQWpP R TXH Mi SHUGHX 'Dt p KRUD GH PXGDU GH nĂvelâ&#x20AC;?, orienta Alberto Zeolla Vieira. A caminhada ĂŠ uma atividade aerĂłbica que ainda oferece a vantagem de ser a mais segura de todas, do ponto de vista ortopĂŠdico, e, utilizando velocidade e terrenos com subidas e descidas ou elevação na esteira, tambĂŠm ĂŠ possĂvel toQLÂż FDU RV P~VFXORV &DPLQKDU HP ULWPRV alternados â&#x20AC;&#x201C; ora mais lento, ora mais rĂĄpido â&#x20AC;&#x201C; gasta mais energia e queima mais calorias. â&#x20AC;&#x153;Com o exercĂcio intervalado, o esforço ĂŠ maior, assim como o condicionamento e a circulação aumentam. O seu FRUSR Âż FD PDLV HÂż FLHQWH´ UHYHOD =HROOD JĂĄ interromper a atividade por mais de trĂŞs dias causa perda do condicionamento fĂsico. E outra: o treino nĂŁo pode ser intenso a ponto de impedir que vocĂŞ FKHJXH j UHWD Âż QDO QHP WmR OHYH TXH QmR estimule a sua função cardiorrespiratĂłria. Depois dessas informaçþes, aumente em 25 vezes a sua chance de emagrecer, comparada Ă de um sedentĂĄrio. PorĂŠm, antes de sair dando os primeiros passos para um visual mais enxuto, prepare o seu corpo com um alongamento dinâmico: alongue os mĂşsculos enquanto se move dando chutes no ar e pulando, por exemplo. VocĂŞ ainda pode escolher um lugar com uma bela paisagem (cenĂĄrio fĂĄcil em Campo Grande) para renovar a energia com ar fresco.
Caminhar em ritmos alternados â&#x20AC;&#x201C; ora mais lento, ora mais rĂĄpido â&#x20AC;&#x201C; gasta mais energia e queima mais calorias. â&#x20AC;&#x153;Com o exercĂcio intervalado, o esforço ĂŠ maior, assim como o condicionamento e a circulação aumentam. 2 VHX FRUSR Ă&#x20AC; FD PDLV HĂ&#x20AC; FLHQWHÂľ UHYHOD Zeolla.
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Bem-estar | Rock´n´roll Fernanda Monteiro
Rock you O grito do negro e as notas melancĂłlicas do blues incrivelmente se harmonizaram com a guitarra elĂŠtrica para surgir, em 50, o ritmo marcado tambĂŠm pela irreverĂŞncia e muita atitude. Desde o rei Elvis Presley, passando pela dĂŠcada do â&#x20AC;&#x153;sexo, drogas e rock´n´rollâ&#x20AC;?, embalada por The Beatles, Rolling Stones, The Doors e Pink Floyd, seguindo pela fase mais agressiva, com The Ramones, Sex Pistols, Led Zeppelin e Black Sabbath, pesando com o heavy metal de Iron Maiden, caindo nas letras depressivas e angustiadas do hard rock liderado por Guns Nâ&#x20AC;&#x2122;Roses, chega-se ao cenĂĄrio atual de aceitação do heterogĂŞnio e exaltação de toda essa cĂŠlebre histĂłria. O rock sempre foi muito mais que um estilo musiFDO FRP GDQoD LQĂ&#x20AC;DPDGD &DWLYDQWH p XPD IRUPD GH VH comportar, de enxergar o mundo, de respirar, de viver. Claro que alguns lendĂĄrios foram pegos pela atribulação, pelo envolvimento com drogas, por relacionamenWRV GHVIHLWRV H XP WULVWH ÂżP FRPR RV SLRQHLURV Jerry Lee Lewis e Elvis Presley e os Ădolos Paz e Amor Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, que compĂľem a santĂssima trindade trĂĄgica do rock. Mas sua essĂŞncia ĂŠ a melodia rica e o conteĂşdo igualmente nobre que levam Ă crença de que, ao contrĂĄrio de muitos de seus Ădolos, o rock nunca vai morrer, ĂŠ o que FHUWLÂżFD D KLVWyULD H DÂżUPD R URTXHLUR FDPSR JUDQGHQse Rod Rivers. Ele e sua mulher, Gi, sĂŁo do tempo das EDQGDV EUDVLOHLUDV 8OWUDMH D 5LJRU /HJLmR 8UEDQD 7LWmV BarĂŁo Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso. â&#x20AC;&#x153;Trintinhasâ&#x20AC;?, Rod e Gi levam uma das vidas mais rock´n´roll da cidade.
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junho, 2013
Rockâ&#x20AC;&#x2122;nâ&#x20AC;&#x2122;roll | Bem-estar
Normal ĂŠ ser rock´n´roll NĂŁo ĂŠ pra menos. O casal se conheceu na escola hĂĄ 14 anos. Ela pediu o violĂŁo dele e tocou Stairway to Heaven, uma das maiores cançþes de rock de todos os tempos. â&#x20AC;&#x153;Achei a mulher da minha vidaâ&#x20AC;?, sentiu Rod. Desde quando dividiram Led Zeppelin HVWmR MXQWRV 1HVVH PHVPR HPEDOR QDVFHX 6DUDK Gabriella, que ĂŠ eletrizada pelos pais. â&#x20AC;&#x153;Um dia minhas amigas me perguntaram quem eram meus pais e apontei para o palco... Elas acharam superlegalâ&#x20AC;?, conta a adolescente que presenteou a mĂŁe com um colar da clave de sol, sĂmbolo musical, para asseverar a uniĂŁo. Na famĂlia, todos tocam e sĂŁo autodidatas; talento que fez com que Rod e Gi montassem uma banda de rock clĂĄssico e, melhor, vivessem da mĂşsica. NotĂvagos por conta do trabalho, sĂŁo impecĂĄveis em relação Ă atitude roqueira. Com visual excĂŞntrico, manifestam a linha do â&#x20AC;&#x153;politicamente correto e sem ĂĄlcoolâ&#x20AC;?. â&#x20AC;&#x153;FĂŁs que nĂŁo embarcaram na mesma tragĂŠdia de Jim, Janis e Jimi devido Ă consciĂŞncia que vem crescendo entre a nova geração de roqueirosâ&#x20AC;?, ĂŠ o que garante o casal. Ainda dividem a ideia de que o pĂşblico que foi chegando de fora fez o rock JDQKDU HVSDoR QD ÂłFDSLWDO GR VHUWDQHMR´ $ banda deles, que se apresenta muito em motoclubes, como o pub da Vila Jacy, onde deram essa entrevista, tem mais de uma dĂŠcada iniciada por covers e marcada por mĂşsicas prĂłprias. â&#x20AC;&#x153;JĂĄ pensamos em desistir, mas a experiĂŞncia numa apresentação no Parque das Naçþes, com a galera cantando nossas composiçþes, fez a gente acreditar que estĂĄ fazendo o melhorâ&#x20AC;?, desabafa Gi. 3RU LVVR WXGR 5RG TXHU ÂżFDU YHOKLQKR WRFDQGR H GHIHQGHQGR sua paixĂŁo pelo rock. â&#x20AC;&#x153;Nesse estilo nĂŁo tem meio termo, somos por inteiroâ&#x20AC;?, eterniza Gi. (P GH MXOKR p FRPHPRUDGR R 'LD 0XQGLDO GR Rock. EntĂŁo, rock on RX VHMD ERD VRUWH jV EDQGDV H ERP HVSHWiFXOR D todos! Rebeldes sem causa? Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show VLPXOWkQHR HP /RQGUHV H QD )LODGpOĂ&#x20AC;D 2 REMHWLYR SULQFLSDO HUD R Ă&#x20AC;P GD IRPH QD (WLySLD H FRQWRX FRP D SUHVHQoD GH IHras como The Who, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, David Bowie, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Phil Collins, Eric Clapton e Black Sabbath. Duas dĂŠcadas depois o mesmo Bob organizou nova edição, com estrutura maior e shows em vĂĄrios paĂses a favor da erradicação da misĂŠria. Desde entĂŁo, 13 de julho passou a ser conhecido como o Dia Mundial do Rock.
junho, 2013
TotalSaĂşde|43
Comportamento | AngĂşstia Renato Lima
O lado bom da angĂşstia Aquele mal-estar que nĂŁo tem nome e nem cura ĂŠ o que pode dar sentido Ă vida, explicam os psicanalistas. Uns dizem que viver ĂŠ complicado, outros dizem que a vida ĂŠ simples e que somos nĂłs, seres humanos, quem a comSOLFD 6REUH DV GLYHUVDV FRQMXJDo}HV GR viver, Clarice Lispector encerra o embate com requintes de elegância: â&#x20AC;&#x153;NĂŁo se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimentoâ&#x20AC;?, dispara. Ă&#x2030; no viver que se encontra um dos mais complexos conceitos freudianos: o LQFXUiYHO PDO HVWDU 'H )UHXG SUD Fi Mi se passaram mais de cem anos e surgiram novas expressĂľes do desconforto nosso de cada dia. Para a doutora em psicanĂĄlise e professora do curso de Psicologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Rosilene Caramalac, um mal-estar do mundo pĂłs-moderno estĂĄ na tendĂŞncia aos discursos generalistas. â&#x20AC;&#x153;Em XP PXQGR JOREDOL]DGR EXVFDP VH VXMHL WRV XQLÂż FDGRV %XVFDU HVWD XQLÂż FDomR p anular a falta, a incompletude do ser. A psicanĂĄlise nasceu na contraordem dessa YLVmR XQLÂż FDGRUD 1mR VH SRGH H[WLQJXLU D angĂşstia. Por exemplo, a angĂşstia de nĂŁo saber. A sociedade contemporânea tenta DEROLU D LGHLD GH FRQĂ&#x20AC; LWR VRPRV GR SRQ to de vista psicanalĂtico - absolutamente FRQĂ&#x20AC; LWDGRV VRPRV GLYLGLGRV´ H[SOLFD Caramalac. Em uma ĂŠpoca em que o comportamento do homem ĂŠ visto apenas pela DomR GH XP FpUHEUR FXMD YHUGDGH HVWD ria apenas em seu funcionamento, hĂĄ um GLVWDQFLDPHQWR GD HVVrQFLD GR VXMHLWR Para a psicanalista, se o problema ĂŠ um neurotransmissor, logo o ser humano nĂŁo tem responsabilidade sobre isto, e acrescenta: â&#x20AC;&#x153;Observamos esse fato de forma muito acentuada nos diagnĂłsticos, mui44|TotalSaĂşde
tas vezes apressados sobre depressĂŁo. Ă&#x2030; salutar a vantagem do avanço da ciĂŞncia e dos medicamentos, e ĂŠ tolice ignorar o DX[tOLR TXH HOHV SRGHP WUD]HU DR VXMHLWR mas ĂŠ preciso lembrar que, muitas vezes, aceita-se a medicação, o diagnĂłstico, sem nenhuma crĂtica ao uso, por exemplo, desses medicamentos. EntĂŁo, ĂŠ preciso cautela. JĂĄ houve caso de paciente dizer que estava deprimido e tomando medicamento porque sua mĂŁe morreu ontem. No entanto, ĂŠ extremamente norPDO DOJXpP Âż FDU WULVWH GHSULPLGR Mi TXH perdeu a mĂŁe um dia antesâ&#x20AC;?. E assim multiplicam-se os sintomas como o discurso generalista, citado anteriormente. A depressĂŁo, exemplo clĂĄsVLFR GRV QRYRV GHVFRQIRUWRV GR VXMHLWR aparece na categoria de uma â&#x20AC;&#x153;epidemiaâ&#x20AC;?, MXQWDPHQWH FRP R GpÂż FLW de atenção e hiperatividade, com a bulimia, anorexia, a famosa crise de pânico... E para a psicanĂĄlise isto nada mais seria do que uma FULVH GH DQJ~VWLD PDV KRMH HVWi QD FDWH goria psiquiĂĄtrica amplamente difundida como um transtorno. Para Rosilene, a cultura se defende dessa angĂşstia e, assim, por tabela, defende-se da psicanĂĄlise, pois ela aponta MXVWDPHQWH D DQJ~VWLD FRPR LQHUHQWH â&#x20AC;&#x153;Creio que podemos perguntar: por que precisamos manter o mal-estar sobre um controle? Ă&#x2030; preciso aprender a viver. Este aprender nĂŁo estĂĄ ligado a fĂłrmulas e receitas, mas a encontrar algo novo no dizer. EntĂŁo, o mal-estar incurĂĄvel deve nos fazer criar algo novo para a vida. HĂĄ um valor na diferença, no particular de cada um, no particular de cada sintomaâ&#x20AC;?, Âż QDOL]D junho, 2013
A importância de ser honesto | Comportamento Camila Cruz
A Importância de ser honesto (P WHPSRV GH WDQWDV PDQLIHVWDo}HV FRQWUD D FRUUXSomR H SRU PHOKRULDV QR 3DtV YRFr Mi SDURX SDUD SHQVDU TXDO D importância de ser honesto? O que vocĂŞ e sua saĂşde podem ganhar com isso? A honestidade ĂŠ sinĂ´nimo de verdade, o que deixa a consciĂŞncia naturalmente tranquila e, assim, as pessoas vivem menos estressadas e menos nervosas. 3RU RXWUR ODGR QmR VHU KRQHVWR UHVXOWD TXDVH VHPSUH HP SUHMXGLFDU R RXWUR GH DOJXPD PDQHLUD Quando falamos em honestidade, existe aquela forma no sentido amplo (quando se tem grande responsabilidade em mĂŁos) e tambĂŠm em ocasiĂľes simples do dia a dia. Mas quem disse mesmo que ser honesto ĂŠ fĂĄcil? SĂŁo vĂĄrias as circunstâncias que colocam nosso carĂĄter Ă prova o tempo todo, como, por exemplo, devolver aqueles 10 centavos de troco que recebeu errado ou nĂŁo parar o carro em lugar preferencial, se nĂŁo for o caso. Açþes pequenas que precisam de atenção atĂŠ que se tornem uma rotina. Pensando assim, pesquisadores da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, realizaram um estudo para VDEHU FRPR D KRQHVWLGDGH LQĂ&#x20AC;XHQFLD R QRVVR RUJDQLVPR 2 UHVXOWDGR IRL TXH PHQWLUDV DSDUHQWHPHQWH LQRIHQVLYDV SRGHP VLP SUHMXGLFDU D VD~GH Mi TXH SHVVRDV PDLV KRQHVWDV WHQGHP D VHU PDLV VDXGiYHLV TXH DTXHODV DFRVWXPDGDV a mentir â&#x20AC;&#x201C; mesmo quando se trata de â&#x20AC;&#x153;mentiras pequenasâ&#x20AC;?. Para chegar a essa conclusĂŁo, os pesquisadores americanos acompanharam 110 participantes, com idade entre 18 e 71 anos. O estudo funcionou assim: enquanto uns foram orientados a nĂŁo mentir durante o perĂodo de estudo, os GHPDLV QmR UHFHEHUDP QHQKXPD LQVWUXomR HVSHFtÂżFD 6HPDQDOPHQWH WRGRV SDVVDYDP SRU XPD DYDOLDomR GH VD~GH falavam de seus relacionamentos e diziam se haviam contado mentiras. Isso tudo era monitorado por um polĂgrafo (detector de mentiras). Os participantes orientados a nĂŁo mentir, embora nĂŁo tenham seguido o pedido Ă risca, contaram menos mentiras e relataram menos incĂ´modos fĂsicos (como tensĂŁo) e mentais (como tristeza e apatia), em comparação ao outro grupo que nĂŁo recebeu orientação alguma. Por isso, a dica ĂŠ que quanto mais honestos e dignos nĂłs formos, melhor para as pessoas que vivem ao nosso redor e para nĂłs mesmos! A saĂşde e a consciĂŞncia agradecem.
junho, 2013
TotalSaĂşde|45
Medicina | Zoonoses
Dra. Vilma dos Santos Fahed
Zoonoses O que realmente sabemos? As zoonoses sĂŁo doenças ou infecçþes que acometem os animais e que sĂŁo transmissĂveis ao homem por micro-organismos como bactĂŠrias, vĂrus, fungos ou helmintos. Podem ser adquiridas por meio do contato com animais de estimação ou pela ingestĂŁo de carne contaminada (bovina e suĂna). Outros casos tambĂŠm podem ocorrer pelo contato com ratos, moscas e baratas, principalmente pela ingestĂŁo de ĂĄgua ou alimentos infecWDGRV 6HJXQGR GDGRV GD 2UJDQL]DomR 0XQGLDO GD 6D~GH 206 GDV SDWRJHQLDV humanas sĂŁo zoonĂłticas. HĂĄ uma grande quantidade dessas enfermidades, mas elucidaremos apenas as mais frequentes e de maior importância para a nossa realidade. O termo â&#x20AC;&#x153;antropozoonoseâ&#x20AC;? ĂŠ aplicado a doenças das quais o homem participa apenas acidentalmente do ciclo. JĂĄ o termo â&#x20AC;&#x153;zooantroponoseâ&#x20AC;? ĂŠ relativo a parasitas prĂłprios do homem, por meio dos quais o animal ĂŠ acometido casualmente. 46|TotalSaĂşde
junho, 2013
Zoonoses | Medicina
Toxoplasmose
Leptospirose
Leishmaniose
Ă&#x2030; uma infecção provocada por um protozoĂĄrio, o Toxoplasma gondii, cujos principais hospedeiros podem ser os felinos - que excretam os cistos em suas fezes e sobrevivem por diversos meses. A contaminação humana ocorre pela ingestĂŁo de carne crua ou mal cozida, ou ainda por meio do contato direto com as fezes desses animais. A infecção do feto humano ocorre por via placentĂĄria. Os sintomas sĂŁo: afecçþes oculares (com a perda da visĂŁo), abortos, natimortos, hidrocefalia nos animais, alteraçþes neuromusculares, oculares e reprodutivas.
Ă&#x2030; uma enfermidade endĂŞmica que ocorre na ĂŠpoca de chuvas, e ĂŠ causada pela bactĂŠria Leptospira sp, transmitida pela urina e restos fecais provenientes de animais contaminados (principalmente ratos), que penetram na pele lesada. Esse mal acomete roedores sinantrĂłpicos (principais reservatĂłrios), humanos, animais domĂŠsticos e silvestres. A vacina estĂĄ disponĂvel por mĂŠdicos veterinĂĄrios, imuniza os animais domĂŠsticos e ĂŠ uma Ăłtima aliada na SURĂ&#x20AC;OD[LD GHVVD HQIHUPLGDGH
Trata-se de uma doença silvestre causada por um protozoĂĄrio, cujo ciclo de desenvolvimento ĂŠ realizado entre os roedores (hospedeiros), Leishmania SDUDVLWD H Ă HEyWRmos (transmissores), que sĂŁo pequenos insetos hematĂłfagos. Essa doença chegou atĂŠ o homem por meio de desmatamentos, os quais ocasionaram essa mudança de habitat dos parasitas e transmissores e uma consequente adaptação destes ao ambiente urbano. HĂĄ suspeitas de que os cĂŁes possam atuar como reservatĂłrios de Leishmania sp. A ocorrĂŞncia simultânea em humanos e caninos indica a necessidade de estudos adicionais para esclarecer o papel do cĂŁo no ciclo de transmissĂŁo do parasita. No Estado do ParanĂĄ, estudos vĂŞm demonstrando que o cĂŁo ĂŠ tĂŁo hospedeiro quanto o homem, pois desenvolve lesĂľes clĂnicas clĂĄssicas da doença. Por isso, antes de atribuir o papel de reservatĂłrio a uma determinada espĂŠcie, ĂŠ preciso observar as recomendaçþes da OMS, que listam as condiçþes necessĂĄrias para tal. Hoje jĂĄ podemos contar com vacinas para a prevenção dessa doença nos cĂŁes.
Brucelose Os sintomas mais comuns no humano sĂŁo insĂ´nia, impotĂŞncia sexual, constipação, anorexias e dores generalizadas. O homem se infecta principalmente por meio do contato com animais ou, indiretamente, pela ingestĂŁo de produtos de origem animal contaminados. Os grupos ocupacionais mais expostos ao risco sĂŁo criadores e mĂŠdicos veterinĂĄrios, pelo contato com a placenta, as fezes e descargas vaginais de animais contaminados. Evitar a ingestĂŁo de leite e derivados sem pasteurização, alĂŠm de manter a utilização de equipamentos de proteção (os grupos ocupacionais) sĂŁo algumas mediGDV HĂ&#x20AC;FD]HV $ SUHYHQomR GHVVD GRHQoD nos bovinos ĂŠ feita por meio de vacinação, que ĂŠ preconizada pelo governo.
Bicho geogrĂĄfico A Larva Migrans Cutânea, conhecida popuODUPHQWH FRPR ´ELFKR JHRJUiĂ&#x20AC;FRÂľ p XPD sĂndrome que acomete seres humanos, causada por ovos de larvas de helmintos do gĂŞnero Ancylostoma sp, que penetram na pele do homem e vagueiam pelo tecido subcutâneo, provocando erupção linear e tortuosa, geralmente pruriginosa. Os animais domĂŠsticos podem albergar esses ovos, eliminando-os em suas fezes, que, por sua vez, sĂŁo enterrados em praias, areia de parques e praças, lugares onde crianças costumam brincar, correndo o risco de adquirir a sĂndrome.
Vilma dos Santos Fahed CRMV/MS 1008. MĂŠdica VeterinĂĄria graduada pela UFMS PĂłs - graduação em Vigilância SanitĂĄria PĂłs - graduação em ClĂnica e Cirurgia de Pequenos Animais SecretĂĄria Geral do CRMV/MS Presidente da ComissĂŁo de Bem-Estar Animal. Atua como clĂnica de pequenos animais.
junho, 2013
TotalSaĂşde|47
Nutrição | Azeite
Fernanda Monteiro
Ao contrĂĄrio dos vinhos, quanto mais jovem,
melhor o azeite â&#x20AC;&#x153;O azeite de oliva serĂĄ sempre melhor no começo de sua existĂŞncia do que ao Âż P GHOD LGDGH EHP GLIHUHQWH GRV YL nhos mais apreciados mundo aforaâ&#x20AC;?. A DÂż UPDomR p GD QXWULFLRQLVWD 'HERUD 6y ria, que orienta ainda como comprar um bom azeite e colher todos os seus beQHItFLRV SDUD D VD~GH Mi TXH LQVHULQGR esse ingrediente saboroso no cardĂĄpio, comprovadamente vocĂŞ terĂĄ proteção extra para o coração e cĂŠrebro e contra a osteoporose, mau colesterol e cânceres. Motivos de sobra para procurar saber qual a melhor diante de tantas opçþes e levar essa gordura do bem para a casa. Na gĂ´ndola do supermercado, dĂŞ preferĂŞncia ao azeite que estiver mais ao fundo da prateleira, por estar menos exposto Ă luz e, logo, menos oxidado. Sempre que possĂvel, compre azeites em embaODJHQV GH YLGUR HVFXUR TXH DMXGDP D proteger o lĂquido da oxidação. Sem dĂşvida, ĂŠ preciso muita calma SDUD DQDOLVDU D HPEDODJHP 9HMD QR rĂłtulo se hĂĄ algum outro Ăłleo em sua FRPSRVLomR FRPR VRMD RX JLUDVVRO R que indica que nĂŁo ĂŠ um azeite genuĂno, mas um Ăłleo composto. O azeite de oliva ĂŠ produzido unicamente a partir
48|TotalSaĂşde
de azeitonas. Preste atenção, ainda, aos produtos importados. Deve-se dar prioridade aos embalados no paĂs de origem. Os que sĂŁo produzidos num local e embalados em outro podem perder a qualidade nutricional. ApĂłs abrir o azeite, a validade usual ĂŠ de trĂŞs meses. Ă&#x2030; importante saber que D OX] R DU H R FDORU SRGHP SUHMXGLFDU a qualidade do produto. Assim, sempre feche adequadamente o vidro e guarde R HP ORFDO IUHVFR 2X VHMD PDQWHQKD R azeite longe do forno, do micro-ondas ou forno elĂŠtrico.
Virgem ou extravirgem? ApĂłs uma prensagem a frio da azeitona, obtĂŠm-se o azeite extravirgem. Ă&#x2030; o mais puro, e sua acidez alcança, no mĂĄximo, 1% (os melhores estĂŁo entre 0,4 e 0,5%). O seu consumo ĂŠ recomendado cru, em saladas, queijos, pĂŁes ou em receitas que nĂŁo precisam ir ao fogo. JĂĄ o virgem tem sabor menos acentuado e um pouco mais adocicado. Ă&#x2030; apropriado para os processos de cozimento no fogo. Sua acidez pode ser de atĂŠ 2%.
junho, 2013
Bolo de mandioca | Receita
Bolo de
mandioca Ingredientes:
Modo de preparo:
1kg de mandioca crua ralada 3 ovos inteiros 3 colheres de sopa de manteiga 2 xícaras de açúcar 4 colheres de sopa (bem cheias) de trigo 2 colheres de sopa de fermento em pó 3 xícaras de queijo ralado 2 xícaras de leite
Coloque a mandioca ralada em um pano de prato e esprema todo o líquido até que reste apenas a massa. Reserve. Em um recipiente, bata os ovos, a manteiga e o açúcar. Acrescente a massa da mandioca, o trigo e o fermento em pó. Despeje em forma untada e leve para assar em forno pré-aquecido.
junho, 2013
TotalSaúde|49
Endereços úteis CONTATOS
Cirurgia plĂĄstica
Produtos naturais
Dr Fe Aratangy Dr. Eduardo Wagner rraz CRM/SP 116020 a Supervisor do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto SĂŁo F de Psiquiatria do Hospital das ClĂnicas da USP. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.121 CJ 72 SĂŁo Paulo/SP (11) 3812 3711
Dr. Sandro Startari CRM/MS 4313 CRM/SP 106149 Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia PlĂĄstica. Rua Euclides da Cunha, 1.912 Campo Grande/MS (67) 4141 0707 / 8154 7788 www.drsandrostartari.com.br
Dr. Orlando Monteiro JĂşnior CRM/MS 3256 CRM/SP 73.806 Ginecologista ClĂnica Gazineu Rua SĂŁo Paulo, 907 7 Campo Grande/MS (67) 3382 5484 www.projetoalfa.com.br
Ginecologia
Condicionamento fĂsico
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Dr. JosĂŠ Neder Junior CRM/MS 738 Pediatra e Hebiatra Rua Euclides da Cunha, 58 Campo Grande/MS (67) 3321 1626
Odontologia
Aparelhos auditivos
Dr. Radi Jafar Rua AntĂ´nio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3324 9802 Dr. MaurĂcio de Barros Jafar Rua AntĂ´nio Maria Coelho, 2.912 Jardim dos Estados Campo Grande/MS (67) 3321 8921
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junho, 2013