SUMÁRIO
EDIÇÃO 77
ANO 7
ABRIL 2014
08 | Total Saúde
40 | Comportamento
PARECE CHOCOLATE, MAS NÃO É
PRATELEIRAS DE OPORTUNIDADE
12 | Total Saúde
44 | Comportamento
GORDURA DO BEM
CONHECIMENTO GRATUITO A UM CLIQUE
16 | Total Saúde
46 | Casa Cor 2014
BYE BYE FLACIDEZ!
CASA COR 2014 É LANÇADA OFICIALMENTE EM MATO GROSSO DO SUL
18 | Total Saúde
50 | Viaje Bem
FOLHAS DA SAÚDE
MONTEVIDÉU - A CIDADE QUE O BRASIL
20 | Qualidade de Vida
ESTÁ APRENDENDO A AMAR
ELAS AMAM TPMs
22 | Qualidade de Vida TUDO É UMA QUESTÃO DE MANTER A MENTE QUIETA E A ESPINHA ERETA
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60
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24 | Qualidade de Vida
54 | 7 anos de Total Saúde
EQUILÍBRIO, FORÇA E MÚSCULOS DEFINIDOS
O DIA DO LEITOR
26 | Qualidade de Vida
56 | Literatura
FILMES PARA UMA VIDA MELHOR
DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL
28 | Qualidade de Vida
58 | Literatura
AS DIVERSAS VERTENTES DA QUALIDADE DE VIDA
SEMANA LITERÁRIA ENSINA O VALOR DA LEITURA ÀS CRIANÇAS
30 | Qualidade de Vida TRÊS EM UM
32 | Qualidade de Vida YOGA TERAPIA
34 | Qualidade de Vida MÚSCULOS NA PONTA DOS PÉS
38 | Qualidade de Vida MANUAL DO VIAJANTE SOLITÁRIO
60 | Cultura CAMPO GRANDE TEM TEATRO, SIM SENHOR!
64 | Sustentabilidade PAREDES SUSTENTÁVEIS
66 | Meio Ambiente CRAS MS
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editorial
A
Revista Cinco+ Total Saúde está completando sete anos neste mês. Em comemoração a data, fizemos uma singela homenagem ao nosso querido leitor Joel Bertho do Nascimento, que nos acompanha fielmente desde o início desta trajetória. Além disso, escolhemos o tema qualidade de vida para o especial da edição de abril, porque tem tudo a ver com a nossa proposta editorial. O grande desafio foi sair em busca das diversas facetas deste termo subjetivo que motiva milhares de pessoas na era da informação e da tecnologia. E para começar é importante ressaltar que qualidade de vida é sinônimo de bem-estar e de satisfação. O tema engloba saúde, família, trabalho, comportamento, educação, dentre muitos outros, ou seja, estamos falando da alegria de viver bem, o que pode mudar de acordo com o momento de cada indivíduo. Eu, por exemplo, sinto-me muito bem lendo um livro, indo ao cinema com amigos, fazendo uma viagem com o marido ou depois de um dia de muito trabalho, simplesmente chegar em casa e encontrar minha cadelinha a minha espera. Já você pode preferir cozinhar, jogar futebol, dar um mergulho na piscina, comprar um carro novo, fazer um churrasco com os amigos... Poderia citar uma infinidade de outros afazeres com os quais você, leitor, vai se identificar ou não. Por isso nossa mensagem nesta edição é que qualidade de vida é o jeito que cada um escolhe para viver bem. Claro, que é importante fazer as escolhas conscientes, do bem, e sempre positivas! Kátia Kuratone
Coordenação de Comunicação: Kátia Kuratone (DRT/MS 293) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Oscar Diego de La Rubia e Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e TIS Publicidade e Propaganda - Redação: Andréia Nunes (DRT/MS 1013); Carol Alencar (DRT/MS 593); Fernanda Valetin (DRT/MS 419); Jacklin Andreucce (DRT/MS 095); Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Patrícia Belarmino (DRT/MS 1211); Renato Lima (MTB/MS 489) - Revisão: Dayne Saibert - Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone, Oscar Diego de La Rubia.
Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio - Planejamento e Operações: Henrique Attilio - Fotografias: Henrique Attilio, Renato Lima, Jacklin Andreucce, Andréia Nunes, Letícia Sicsú e Fabi Fernandes.
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Participaram nesta edição: Cinéfilo e Jornalista, Airton Raes; Psiquiatra, doutor e PhD em saúde mental. Autor do livro Qualidade de Vida e Saúde. Dr. José Carlos Souza CRM/ MS 2671.
Tiragem: 10.000 exemplares
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{ TOTAL SAÚDE / PÁSCOA }
Parece chocolate, mas não é Para ser considerado chocolate, produto precisa ter ao menos 25% de cacau em sua composição. por MARINA BASTOS
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em cor de chocolate, cheirinho de chocolate e só de imaginar o gosto os amantes dessa guloseima já ficam com a boca cheia d´água. Mas para ser considerado um chocolate legítimo, é preciso conter ao menos 25% de cacau em sua composição, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Um em cada três chocolates comuns vendidos no Brasil, produzidos pelas grandes indústrias, não deveria ter esse nome porque não é feito com o percentual mínimo de cacau exigido pela legislação. Quem alerta é Marco Lessa, produtor de cacau, presidente da Associação de Turismo de Ilhéus (BA) e organizador da Feira de Chocolate, que reúne agricultores e pequenas indústrias. “O que o brasileiro encontra nas prateleiras de supermercados, vendido como chocolate, é apenas doce, não chocolate”, afirma. “Estimo que um terço dos chocolates esteja nessa situação. Esses não devem ter nem 5% de cacau”. Em 2013, a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) emitiu uma nota, dizendo que os produtos feitos com menos de 25% de cacau são considerados doces com “sabor de chocolate”, registrou o documento da entidade, que não comentou possíveis irregularidades no percentual de chocolates amargos nas marcas nacionais.
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FALTA INFORMAÇÃO NOS RÓTULOS Uma pesquisa divulgada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) concluiu que falta informação nos rótulos dos chocolates brasileiros. Entre 11 marcas de chocolate ao leite pesquisadas, apenas uma informou o percentual de cacau na embalagem. De acordo com o Idec, ainda não existe nenhuma lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas para o instituto, seria “razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes”.
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DICIONÁRIO DO CHOCOLATE: Cacaueiro: Planta originária da América Central e Brasil, cujo fruto é o cacau. Vegeta bem em sub-bosques e matas raleadas. No Brasil, encontrou na Mata Atlântica, principalmente no sul da Bahia, um dos melhores solos e clima para o seu desenvolvimento. Chocolate amargo ou meio-amargo: Elaborado com os grãos de cacau torrados sem adição de leite, apenas açúcar e manteiga de cacau. A quantidade de açúcar vai definir se o chocolate será amargo ou meio-amargo. Segundo as normas europeias, deve-se usar, no mínimo, 35% de puro cacau para ser considerado chocolate meio-amargo. Chocolate ao leite: Elaborado com leite ou leite em pó acrescido ao cacau. As normas europeias estabelecem um mínimo de 25% de puro cacau, para que seja considerado chocolate. Chocolate branco: Diferente dos demais chocolates é feito com a manteiga de cacau, leite e açúcar podendo ser acrescentados aromas, como o de baunilha. Foi inventado na Suíça após a I Guerra Mundial. Choclatier: Em português, chocolateiro. Profissional especializado na produção de chocolate. Conchagem: Processo usado na fabricação do chocolate, onde o gosto e o aroma característico do chocolate são desenvolvidos. Este processo consiste em agitar por várias horas (às vezes dias) os ingredientes do chocolate (manteiga de cacau e açúcar), mantendo as pás da máquina em constante agitação até que parte da acidez e umidade seja eliminada. O nome de conchagem se deve ao fato de que as pás que mexem e refinam o produto possuem formato de conchas.
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ue lugar o azeite ocupa no seu prato? Se o óleo extraído da azeitona é mero coadjuvante em suas refeições, é bom rever alguns conceitos. O principal deles é a associação do azeite a um tipo de gordura prejudicial. Por mais paradoxal que possa parecer, estamos falando de uma gordura do bem. Se até o épico poeta grego, Homero, tratou de atribuir ao azeite o status de “ouro líquido”, melhor entender um pouco mais sobre seus benefícios. “Sua alta quantidade de gordura monoinsaturada protege as paredes dos vasos sanguíneos, reduzindo a formação de placas que podem bloquear a circulação”, esclarece a nutricionista Claudete Borges. Isso significa um risco menor de doença cardíaca, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) – o derrame. O azeite também possui função antioxidante e reduz a formação dos radicais livres, que causam dano celular e são os grandes vilões do envelhecimento e das doenças crônico-degenerativas, como o câncer e o mal de Alzheimer. Não por acaso, o azeite tem papel de destaque na chamada dieta mediterrânea, aclamada como uma das mais saudáveis do mundo. Os hábitos alimentares cultivados em países da orla do
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Mar Mediterrâneo, além de estarem associados ao consumo de frutas, verduras, legumes, peixes, aves e até mesmo de vinho tinto em quantidades moderadas, têm no azeite a principal fonte de lipídios.
ACIDEZ Claudete explica que, apesar de mais caro, é preferível consumir o azeite extravirgem, obtido na primeira pressão e com o teor de acidez igual ou menor a 1%. E evite usá-lo para fritar os alimentos. “Ao submeter o azeite a um processo de fritura, ele sofre uma transformação química que o torna saturado, perdendo seu potencial de proteção à saúde”, lembra a nutricionista. O mercado brasileiro é totalmente abastecido por azeites importados. Espanha, Itália e Grécia são os três maiores produtores mundiais. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira, Rita Bassi, o importante é o consumidor sempre escolher um azeite de qualidade, de marca tradicional e, de preferência, verificar se faz parte do Programa de Controle de Pureza, que segue as diretrizes do Conselho Oleícola Internacional.
SAIBA QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE OS AZEITES
AZEITE EXTRAVIRGEM Obtido por meio da primeira prensagem mecânica das azeitonas. Apresenta menos de 1% de acidez. Tem sabor e odor mais acentuados. AZEITE VIRGEM Também é obtido com a prensagem mecânica das azeitonas, embora a acidez possa chegar a 2%, o que interfere no sabor. AZEITE PURO Composto por azeite virgem e azeite refinado – processo que elimina parcialmente as impurezas. Possui menos de 1,5% de acidez.
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{ TOTAL SAÚDE / BEM-ESTAR }
Bye bye flacidez!
É possível dar aquele “tchauzinho” com o braço esticado sem passar vergonha. por RENATO LIMA
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udo parece estar no lugar até o momento em que você estende o braço para cumprimentar uma pessoa à distância. Enquanto sua mão coreografa um elegante movimento em meia lua, uma mistura de pele e gordura instaladas no seu braço, contra a sua vontade, parece sambar no seu corpo. O nome disso é flacidez! “Mais de 80% das mulheres chegam à academia pedindo exercícios para o “músculo do tchauzinho”, conta a bacharel em Educação Física, Vanessa Leandro da Silva. Com quase dez anos de experiência em musculação, atuando como personal trainner e instrutora em academia, Vanessa já traçou um perfil das vítimas desse tipo de flacidez. “Geralmente são mulheres acima dos 40 anos, ou então aquelas que tiveram um emagrecimento muito rápido, nesse caso a flacidez ocorre em qualquer idade”. Gravidez, idade, genética, má alimentação e o efeito sanfona são os responsáveis pela flacidez, que além dos braços, incomodam principalmente no interior das coxas (músculo adutor), no glúteos e no abdômen. Eliminá-la totalmente é uma tarefa difícil, mas não impossível. Vanessa explica que o “músculo do tchauzinho” é formado
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pelo tríceps (músculo composto por três porções), mas é importante que seja trabalhado também o deltoide (músculo do ombro) e o bíceps. Os exercícios mais indicados são a musculação e ginástica localizada. No entanto, não vale jogar toda a responsabilidade na academia. É necessário reduzir a gordura localizada (dizendo adeus aos doces e frituras), fortalecer o músculo (de três a cinco vezes de malhação por semana) e também aumentar o tônus da pele (isso significa maior ingestão de colágeno e elastina). “Com três meses de treino já é possível ver os primeiros resultados”, alivia a personal. Com uma receita tão simples como esta, o que você está esperando para sair dando aquele “tchau” bem exagerado, sem medo de passar vergonha?
COLÁGENO O colágeno é uma proteína formada pelos aminoácidos glicina, prolina e lisina que dão firmeza e sustentação à pele e à cartilagem. A partir dos 30 anos começa uma queda natural e gradual da produção de colágeno pelo organismo. Com uma alimentação rica em proteínas (peixes, frango, carne magra, ovos, cogumelos, leite), o corpo se encarregará de formar colágeno. A gelatina leva muita fama, mas possui pouquíssimo teor de colágeno. Para aquelas pessoas que consomem pouco destes alimentos, pode ser indicada a inclusão de um colágeno hidrolisado em pó, ou em cápsulas na dieta.
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{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }
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Verduras com coloração verde-escura possuem substâncias anti-inflamatórias. por PATRÍCIA BELARMINO
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aúde é o que todo mundo quer. E ela pode estar muito mais ao nosso alcance do que imaginamos. Na verdade, basta estender a mão a verduras com coloração mais escura. Fonte de vitaminas, como outros alimentos, essas verduras possuem substâncias anti-inflamatórias, que ajudam na prevenção de muitas doenças. Além, claro, de abastecerem nosso organismo de vitaminas e nutrientes. Responsável por desenvolver refeições em uma empresa de alimentação saudável, a nutricionista Marúbia Chimenes explica que incluir no cardápio diário folhas verdes é fundamental para fortalecer o organismo e propiciar melhores condições de vida. “As verduras em especial possuem em sua composição vitaminas, fibras e minerais que, além de garantir uma alimentação saudável, ajudam a prevenir doenças no futuro”, diz a profissional. Cada verdura tem qualidades específicas para o organismo. Quanto mais escura as folhas, maior a quantidade de cálcio e ácido fólico, além de vitaminas A e C, que fortalecem o sistema imunológico e renovam as células. No organismo, elas auxiliam no controle das doenças respiratórias, exatamente por contarem com substâncias anti-inflamatórias, segundo a nutricionista. Os benefícios não param por aí: eles também combatem o mau colesterol e os triglicérides. “São fundamentais no combate à anemia e excelentes fonte de fibras, o que acaba auxiliando no funcionamento do intestino”, pontua Marúbia. Para mulheres que querem engravidar, o consumo de ácido fólico é fundamental. Conforme a nutricionista, o ácido fólico é um suplemento que deve ser consumido cerca de três meses antes da concepção do bebê por ajudar a preve-
nir más formações do sistema nervoso. Muitas vezes, lembra a profissional, só a alimentação não oferece a quantidade suficiente de ácido fólico que a mulher precisa ingerir diariamente. Por isso, é necessário o acompanhamento médico que pode recomendar, se necessário, uma suplementação desta vitamina. Mas os benefícios do ácido fólico não param por aí. Ele também tem um papel importante na produção dos glóbulos vermelhos, podendo ajudar a prevenir ataques cardíacos, por exemplo. Marúbia lembra ainda, que alguns cuidados são necessários na hora de manipular esses alimentos. “Quando cozinhamos os alimentos, já perdemos grande parte dos nutrientes nesse processo. Por isso, é necessário adotar alguns cuidados”, explica. A dica é utilizar uma quantidade mínima de água ou nenhuma. Há também a opção de cozinhá-los no vapor. Para os refogados, a dica é que eles sejam salteados em pouca gordura. “Muitas pessoas não conseguem introduzir esses alimentos em suas refeições até mesmo pelo seu sabor não agradar a todos. Mas, existe uma variedade enorme de sugestões de pratos para incluir as folhas verdes e as verduras e deixá-las super saborosas, como suflês, saladas, tortas, bolos salgados com folhas verde, lanches naturais e sucos com couve”, recomenda. Se tudo isso ainda não foi suficiente para lhe convencer a ingerir este tipo de verdura, aqui vai o último argumento: baixa quantidade de caloria. Além de muito saborosas, essas folhagens são pouco calóricas, não engordam e ajudam no emagrecimento.
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{ QUALIDAE DE VIDA }
Elas amam TPMs Grupo de mulheres taradas por musculação (TPM) se reúne para a prática de exercícios e confraria da vida. por JACKLIN ANDREUCCEÒÒjÒÒfotos JACKLIN ANDREUCCE
N
a intenção de criar uma rede feminina de motivação para atividade física, há 1 ano a personal trainer de Campo Grande, Andrea Filapovith, formou um grupo chamado TPMs - Taradas Por Musculação. Quatorze alunas da academia onde trabalha, mulheres com idades semelhantes e afinidades participam do grupo. “Elas fazem academia pelo menos 4 vezes na semana. Na hora que é para treinar estou em cima, pego pesado como profissional, mas tem o momento de ser amiga. Além de nos reunirmos para malhar, aos sábados corremos no Parque dos Poderes. E pelo menos uma vez por mês fazemos um chá da tarde, conta Andrea. Antes de ir para a academia, as TPMs se comunicam pelo aplicativo de celular whatsapp. “É muito legal porque se alguém está com preguiça ou desmotivada, a outra chama e faz a amiga se animar. Eu acho ótimo, além de criar parceria para a qualidade de vida e prática de exercícios, montamos um grupo de amigas que conversa
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de tudo. Trocamos figurinhas sobre filhos, maridos, profissão e desejos, papo de mulher”, relata a blogueira Vanessa Chinaglia de 32 anos que está na TPMs desde o começo do grupo. Como as reuniões entre as 14 integrantes não são frequentes, a conversa diária é pelo grupo no whatsapp. E a motivação é feita também pelos assuntos trocados em mensagens. As amigas TPMs compartilham receitas de alimentação saudável, cuidados com o corpo, além da marca de tempo das corridas ou o peso puxado na academia. E a TPM dessas mulheres atingiu os companheiros. Neste caso de uma forma mais positiva que a tensão pré-menstrual tão temida por maridos e namorados. Alguns começaram a se reunir, para assim como as mulheres, cuidar da saúde. “O meu marido começou a fazer personal com o marido da Andrea. E ele parou de fumar depois que corri a meia maratona. Inconscientemente acho que percebeu que era importante se cuidar também de tanto me ver a caminho da academia ou indo correr”, ressalta a zootecnista Assyleia Etges Coelho
de 39 anos. E o resultado positivo foi com praticamente todos os maridos e namorados das mulheres do grupo, completa a personal trainer Andrea. “A maioria dos maridos que já treinaram e estão parados ou nunca treinaram começaram a querer nos acompanhar. O meu marido falou esses dias que queria ir correr comigo de tanto me ouvir falar - 'amor estou saindo, vou correr' - deu super certo incentivar os outros, é muito legal”. Para Vanessa, TPM é também um momento de trabalhar a individualidade da mulher casada. “Hoje em dia temos que cuidar de casa, família, marido e profissão. Este tempo na academia é só meu. É um tempo que eu cuido de mim e converso com as meninas tranquilamente. Tempo que eu não tenho que ficar olhando se a criança está correndo, comendo direito, tempo que não tenho que me preocupar com outras coisas. É um momento reservado para mim com minha malhação. Eu penso em ser parte da TPMs por muito tempo. TPM também pode ser sinônimo de qualidade de vida”,
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{ QUALIDADE DE VIDA }
Tudo é uma questão de manter a mente quieta e a espinha ereta Má postura pode afetar não só a coluna, mas a digestão e até a respiração. por MARINA BASTOS
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uando a cantora Leila Pinheiro gravou os versos da canção Serra do Luar que diz “Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”, provavelmente a referência à espinha dorsal tinha a ver com encarar as coisas de frente, mas o que muita gente não sabe é que manter a espinha, de fato, ereta é primordial para a qualidade de vida. A boa postura é também uma atitude preventiva. Se ossos, músculos e articulações não estão alinhados corretamente, as dores pelo corpo e principalmente nas costas, aparecem e tiram a disposição de qualquer um. Até zelar pelos gestos mais simples como andar, sentar, dirigir o carro e dormir é importante para manter uma coluna saudável.
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PRINCIPAIS PROBLEMAS DA MÁ POSTURA: Lordose É o aumento anormal da curva lombar levando a uma acentuação da lordose lombar normal (hiperlordose). Músculos abdominais fracos e um abdômen protuberante podem provocar esse desvio.
Cifose A corcunda. Aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, causada pela má postura e por pouca atividade física.
Com o passar do tempo esses problemas provocam o desgaste das articulações da coluna, podendo levar à degeneração dos discos intervertebrais (hérnia de disco) e à osteofitose (bico de papagaio). Mas é importante ressaltar que além dessas complicações, a má postura pode afetar a digestão, por conta da distribuição incorreta e pressão nos órgãos internos e também a respiração, já que o ar não é inspirado corretamente e não chega às partes mais baixas dos pulmões. Sem falar naquela “dorzinha” de cabeça que você não sabe de onde vem, pode ser tensão no pescoço. Os médicos estão cada vez mais convencidos de que, sem uma boa postura, não dá nem para sonhar com um corpo saudável. “As evidências de que muitas doenças nos órgãos estão ligadas à posição do corpo tornaram-se incontestáveis”, salientou o ortopedista Ronaldo Azze. “Sabemos que enfermidades nos pulmões, rins e no estômago estão associados à coluna”, afirmou, ao concluir que “Não há mais dúvidas de que uma boa saúde depende também da postura”.
Escoliose É a curvatura lateral da coluna vertebral. As causas mais comuns são: uma perna maior que a outra, carregar bolsa do mesmo lado e mal formação das vértebras.
DICAS QUE AJUDAM MANTER SUA COLUNA ALINHADA NO DIA A DIA: - Quando estiver lendo, procure sentar com a coluna reta e as pernas bem apoiadas; - Ficar em pé numa fila pode tencionar os músculos das costas. Passar o peso de uma perna para a outra alternadamente, colocando uma perna na frente da outra e mantendo os joelhos semiflexionados, previne essa tensão; - Ao pegar ou guardar qualquer objeto em prateleiras ou armários em lugares altos, suba em uma cadeira, mantendo a coluna alinhada. Não eleve os braços acima da cabeça, nem fique na ponta dos pés; - Ao calçar ou amarrar o sapato, não incline o tronco à frente. Para isso, flexione as duas pernas ou sente num banco, mantendo a coluna reta; - Ao pegar um objeto no chão, flexione as duas pernas e traga-o próximo a você, mantendo sempre a coluna reta; - Ao carregar bolsas, sacolas, procure dividir o peso em ambos os lados.
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{ QUALIDADE DE VIDA }
Equilíbrio, força e músculos definidos Treinamento faz do corpo uma ferramenta para se fortalecer sem lesões.
por ANDRÉIA NUNESÒÒjÒÒfotos HENRIQUE ATTILIO
KRISTOFER PACHELLI CREF 4036 G/MS Personal Trainer e Sócio proprietário do Centro Stoffer de Treinamento Fisico Personalizado 067 9277-2713 / 3305-8099 www.clubestoffer.com.br
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ma prática que usa do próprio corpo para atingir um resultado que muita gente almeja: a definição muscular. Por meio da instabilidade das posições em que os exercícios são feitos e com o uso da força despendida para realizá-los, o treinamento funcional também reduz os casos de lesões, muito comum na musculação não assistida. Feita sempre acompanhada de um personal trainer, esse tipo de treinamento não utiliza sobrepeso na realização das séries e é por isso que se pode dizer que o peso do corpo é a referência de força para cada exercício. Um físico mais harmonioso também é o objetivo do público que procura o funcional. “O treinamento é uma boa opção para quem quer emagrecer, definir os músculos e, claro, manter a saúde. Esse tipo de exercício físico proporciona mais harmonia à estética do corpo, já que a finalidade não é a hipertrofia muscular”, explica Kristofer Pachelli, proprietário do Centro Stoffer A hipertrofia muscular, na qual Kristofer se refere, é o crescimento dos músculos ou de grupos de músculos individuais, onde é possível que a pessoa adquira um corpo com mais volume. Geralmente, esse resultado é alcançado com a prática da musculação tradicional,
que segundo o proprietário, pode gerar lesões por conta do uso do peso e de movimentos errados. “Por mais que a pessoa faça a musculação, nós incorporamos o treinamento funcional. Isso significa que a pessoa não sai do objetivo dela, que é hipertrofiar, mas evita lesionar a musculatura. Uma vez que o funcional trabalha equilíbrio, força, estabilidade, propriocepção, coordenação motora e prevenção de lesões”. Em ascensão há quatro anos, esse tipo de exercício ganha cada vez mais adeptos, tanto por proporcionar segurança como resultados mais rápidos e efetivos. Mas Kristofer lembra. “Cada organismo tem seu tempo. Se a pessoa já for magra, não tiver tanta gordura, ela ganha um definição muscular muito forte. O funcional tem essa característica por conseguir trabalhar um grupo maior de músculos”, revela. Respeitar a individualidade biológica é um dos pontos mais defendidos por Kristofer, pois cada pessoa exige um tempo para alcançar o corpo desejado. Outros fatores determinantes são a genética e a idade. “Tem que se respeitar isso e é importante salientar que: quando o trabalho é personalizado aumenta-se em mais de 50 por cento as chances do cliente ter resultados rápidos. Isso é certo”.
Rua Arthur Jorge, 622, Centro, em frente ao Belmar - (67) 3305 8099
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{ QUALIDADE DE VIDA }
por AIRTON RAES Jornalista, produtor AUDIOVISUALÒEÒCIN”¾ÒLO
a r a p s e m a l d i i F uma v melhor
O
cinema sempr e retratou de diversas form a busca pela as muitos le felicidade e qu vam, junto co al idade de vida m a insatisfaçã Os filmes tam . nista pass o. O protagobĂŠm nos ajud a por provaçþe am a esquecer problemas do s dessa jornad dos cotidiano cotidiano. a adentro do atĂŠ quando de O cinema em scobre o verd diversas ocasiĂľ da ad vida. “Mary Po eiro sentido es associa a qu ppinsâ€? ĂŠ um ex de vida junto alidade onde Ă busca pela em pl o. U ma famĂlia, o pai banqueiro felicidade. Um rotina desenfre nĂŁo encontra a parada na ada da falta de te lh m os. AtĂŠ o surg po para os fitempo, trabal imento de um de espaço. O ho e falta m a babĂĄ encant executivo ou os tr a que a felicidad ada que empresĂĄria qu tempo para os e estĂĄ nas pequ e nĂŁo tĂŞm filhos. O casa en as Fi co lm is es as. l no de sucesso qu s fazem sentir que algo estĂĄ e percebe da bem. O proces errado em suas na so rrativa cinemat catĂĄrtico vidas. O homem uma epifania ogrĂĄfica serve que tem nĂł e sai em busc co m o s es m pe es lho para m a os. Servindo pa de um sonho. tuaçþes que tr VĂĄrias si- O ra refletir e no ansmitem a id s s fil sentir bem. mes tambĂŠm eia da busca po podem servir pa nĂŁo pode ser r algo que m comprado, m ra alcançarmos elhor qualidad as deve ser en uma e de vida, nos contrado. Essa busca sem deixando feliz pre ĂŠ antagoni estressados e es , m en os mais calmos. sta do modo de predominante NĂŁo existe na vida zeroso . Sempre mos da m do trando situaçþe ais praque apĂłs um expectador irĂĄ s em que o dia cansativo, se identificar. sofĂĄ, pegarmos sentarmos no Cenas de um um balde de a vida que pipoca e assist filme com um irmos um a mensagem otimista.
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, média e s s a l de c ar de ) casal e cuid nal. URE m d u T a i o U c ã i ter) s a experiên fase term HE F ” (T Linkla r y m h O l guse s e t i n u R o a m J se a gat TU (Ha idem s d c U e n m l e n F o u e d s a , r a r e recita ta “O : Mi a July) e J rios, e qu resen do amadu rá r ado o p o ã e p r ç d ó am at daí, r vivo Dire ie (Miran oloca satisf or isso opt um se . A partir e, o que c e p d Soph gos pouco , o o o t e temp adoçã e escapism adicalmen empr e um ade que a t ar n ed com a r l mud ilid ilidad o du a b b i h s a l s i a s s f c n o do um rp espo busca e vida tros. e da r Diant omeçam a rspectiva d s e nos ou ec , a pe róprio tiam rçado les em si p o f o t men fé de rova a p m e
ERFUL LIFE) (IT’S A WOND ” A R P M CO E NÃO SE “A FELICIDAD e ajudou a tok Capra ewart), que sempr St es m Direção: Fran (Ja y ile Ba de Henry Natal, George o das maquinações zã ra Em Bedford Falls, no em e, nt po a um pessoas oram por icidar saltando de região. Mas tantas dos, pensa em se su da o ric ais m em m para ganhar asas, more), o ho pera há 220 anos es Potter (Lionel Barry e qu jo an um do sua imporenry Travers), ideia, demonstran de ar ele que Clarence (H ud m ge or ra tentar fazer Ge mandado Terra, pa shbacks. tância através de fla
HUCKABEES - A VIDA É UMA COMÉDIA (I HE ART HUCKABEES) Direção: David O. Russe ll Albert Markovski (Jason Sch wartzman) é um poeta de cor ação mole que decide contratar dois detetives, Bernar d (Dustin Hoffman) e Vivian (Lily Tomlin), para investigar três coincidências que, seg undo ele, podem ser o segred o da vida. A investigação logo envolve outros clientes da dupla, como o vulnerável bom beiro Tommy Corn (Mark Wahlberg), o executivo de ven das Brad Stand (Jude Law) e a modelo Dawn Campbell (Naomi Watts), que está em cris e de identidade. A situação se com plica quando a sedutora Caterine Vauban (Isabelle Huppert), inimiga da dupla de detetive, passa a seduzir Albert e Tommy na intenção de que eles passem a ver a vida sob o seu ponto de vista.
O POR TO (LE HAVRE Direçã ) o: Aki Kauris Marcel M m ä k arx é um portuária boêmio de Le Ha ex-escrito vre, ond r, que se feliz em e exerce uma roti exilou vo a profiss na que c luntariam letty qua ão de en onsiste e ente na ndo, ine g m ra cidade x s e s ate de s peradam u trabalh africano apatos. ente, o d o, seu ba Idrissa. E M a e r rx vive stino colo preferido nquanto hospital, ca em se e sua esp sua espo a única u caminh o sa fica g sa Arcoisa qu para ten o o jovem ravemen e Marx p tar ajuda te im o d ig d o r rante e e o n fa jovem im te e inte lhe resta zer é co rnada em igrante a : O otim mbater a ismo e a c fria indif hegar a s um solidarie erença h eu destin dade de umana o, com o seus vizin único rec hos. urso que
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{ QUALIDADE DE VIDA }
DR. JOSÉ CARLOS SOUZA CRM/MS 2671 0SIQUIATRA Ă’DOUTORĂ’EĂ’0H$Ă’EMĂ’SAÂœDEĂ’MENTAL Ă’!UTORĂ’DOĂ’LIVROĂ’1UALIDADEĂ’DEĂ’6IDAĂ’EĂ’3AÂœDE
As diversas vertentes da qualidade de vida B por DR. JOSÉ CARLOS SOUZA
eck, BudĂł e Bracini (1999) referem que o termo Qualidade de Vida (QV) surgiu antes de AristĂłteles associado a palavras como “felicidade e virtudeâ€?, as quais, quando alcançadas, proporcionariam ao indivĂduo “boa vidaâ€?. Veiculava, tambĂŠm, o termo como bem-estar, necessidade, aspiração e satisfação. Em 1947, a Organização Mundial da SaĂşde (OMS) tomou como referĂŞncia de QV a definição de saĂşde, abrangendo tambĂŠm padrĂľes de vida, de moradia, condiçþes de trabalho, acesso mĂŠdico, entre outros. Para Yamada (2001) foi Arthur Cecil Pigou, em The Economics of Welfare (1920), livro que tratava sobre economia e bem-estar, quem mencionou pela primeira vez o termo QV. Este ganhou destaque na mĂdia em 1964, quando Lyndon Johnson, presidente dos Estados Unidos, referindo-se ao sistema bancĂĄrio, o utilizou para dizer que os objetivos sĂł podem ser medidos por meio da QV que proporcionam Ă s pessoas (FLECK et al., 1999). JĂĄ Gonçalves e Vilarta (2004) definem QV como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano. QV envolve saĂşde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisĂľes que lhes dizem respeito e que determinam como vivem no mundo. O termo QV ĂŠ usado em vĂĄrios setores da sociedade e campos de estudos: saĂşde, filosofia, polĂtica, cidadania, religiĂŁo, economia, cultura, entre outros. A QV relacionada ao trabalho (QVRT), segundo Goulart e Sampaio
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(1999), foi representada, no passado, pela busca de satisfação do trabalhador e pela tentativa de redução do mal estar pelo excessivo esforço físico. O trabalho é um componente essencial para a saúde do indivíduo, se não é fonte de prazer/satisfação, torna-se um perigo à saúde. A QVRT tenta conciliar os interesses dos trabalhadores e das organizações, além de melhorar a satisfação profissional e a produtividade na organização (FERNANDES, 1996). Para a OMS (1994) a saúde é uma das dimensões de QV, qualidade de vida não é sinônimo de saúde. “QV é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Neste construto de definição de QV da OMS (1994) há 3 tópicos essenciais: Subjetividade, Multidimensionalidade: saúde física e mental, trabalho, etc ; Bipolaridade: aspectos positivos e negativos (ex: dor). A partir dessa definição, pode ser compreendido como o indivíduo percebe os fatores intrínsecos a sua vida. Esses fatores podem ser entendidos como: familiares, sociais, ambientais e afetivos (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000).
DALKEY, 1972 - relacionou como preditores de QV:
1 - SAÚDE 2 - ATIVIDADE (TRABALHO) 3 - LIBERDADE 4 - SEGURANÇA 5 - INOVAÇÃO 6 - STATUS 7 - SOCIABILIDADE 8 - AFLUÊNCIA 9 - AGRESSÃO
HÁ VÁRIOS CONTEXTOS A SEREM ABORDADOS NOS ESTUDOS DE QV, ENTRE ELES PODEM-SE CITAR: Ecologia: o homem como parte integrante e responsável pela preservação do ecossistema Saúde: a importância de se preservar a integridade física, mental e social do ser humano Ergonomia: as condições de conforto, esforço e resultado das normas e postos de trabalho Psicologia: a influência das atitudes internas e perspectiva de vida de cada pessoa em seu trabalho Sociologia: as crenças, os valores e as intermediações culturais Economia: distribuição de recursos e de bens finitos Administração: busca de eficiência e eficácia, nas atividades organizacionais, com vistas à sobrevivência da empresa ou instituição Engenharia: métodos, formas de produção, tecnologia e organização do trabalho com vistas à produtividade
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{ QUALIDADE DE VIDA }
Três em um
O triathlon, esporte que une natação, ciclismo e corrida, como atividade para qualidade de vida.
por JACKLIN ANDREUCCEÒÒjÒÒfotos ARQUIVO PESSOAL
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”Minha meta agora é fazer provas importantes como de Santos, Brasília e Rio de Janeiro. Cada vez que participo de uma competição, procuro melhorar meu tempo e aumentar a distância da prova, isto me faz estar motivado,” afirma Marcelo.
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DJ e empresário de Campo Grande, Marcelo Natureza, é um apaixonado por exercícios físicos e preza pela qualidade de vida. Formado em Educação Física, é personal trainer há 10 anos e há 15 pratica Jiu Jitsu. “Gosto de esporte, se eu pudesse fazia de tudo, de preferência na água”, conta Marcelo Natureza. E foi com este pensamento que há 3 anos encarou o triathlon, pratica três esportes em um, na terra e na água. O triathlon é uma modalidade esportiva que combina provas de natação, ciclismo e corrida. Surgiu na década de 1970, na cidade de San Diego. Em 1978, foi organizada a primeira competição de grande porte de triathlon no estado norte-americano do Havaí. Esta competição ganhou o nome de Ironman (homem de ferro). Em uma competição, a prática dos três esportes é feita sem interrupção das modalidades. Para Natureza, o triathlon é uma modalidade que possibilita quebrar a rotina da prática de esportes. “Um dia treino a corrida, no outro com bike e depois vou para a piscina. Treino uma hora e meia por dia, mas pego sempre um dia para fazer os três juntos, não me vejo um cara sedentário. Não tem nada melhor do que correr na chuva ou em um dia de calor treinar na água, garanto minha saúde e vou treinando para as provas”. Marcelo é quem faz a própria planilha de treinos. E quando se fala em competições, Marcelo é direto ao dizer. “Eu não vivo disso, gostaria de ser campeão, mas não posso me iludir. Precisaria de mais tempo de treino”. Como Marcelo tem outras atividades profissionais, não se dedica
apenas à prática do esporte, além de atleta, é personal trainer e à noite toca como DJ. Mas as competições são uma forma de estabelecer ideais e motivação para a atividade. “Minha meta agora é fazer provas importantes como de Santos, Brasília e Rio de Janeiro. Cada vez que participo de uma competição, procuro melhorar meu tempo e aumentar a distância da prova, isto me faz estar motivado,” afirma Marcelo. Em Mato Grosso do Sul, a prática do triathlon ainda não é muito representativa. Apesar disso, um campeão leva o nome da capital do Estado para as competições. Sidney Menezes há mais de 20 anos pratica o esporte. No ano passado conquistou a medalha de ouro no Troféu Brasil de Triathlon, com provas realizadas em São Paulo e Santos. Em média, em todo o Estado, 20 atletas participam de provas seja por lazer ou não, de acordo com o vice-campeão de 2012 do Troféu Brasil de Triathlon, Raphael Bittencourt. “Tem bastante gente querendo participar, mas tem mais gente treinando. Como o esporte ainda está engatinhando aqui em MS, não há muitos adeptos. Isso porque não temos a disponibilidade de lugar com águas abertas para competições. A única prova realizada no Estado foi em 2012, em Três Lagoas”, afirma o treinador e praticante de triathlon, Raphael Bittencourt. Para garantir a participação em provas, Marcelo Natureza e todos os que praticam o triathlon, têm de ir para fora do Estado. Para quem gosta de desafios, este é um obstáculo que não desmotiva o DJ/atleta que nada, pedala e corre pela qualidade de vida.
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{ QUALIDADE DE VIDA }
Yoga terapia A prática personalizada da terapia milenar, o yoga, para pessoas com deficiência física ajuda na recuperação da autoestima, autoconfiança e centralidade. por JACKLIN ANDREUCCEÒÒjÒÒfotos JACKLIN ANDREUCCE
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á sete anos, a instrutora de yoga, Mariana Rondon, começou a trabalhar com Yoga terapia para gestantes e idosos. A formação no yoga terapia foi em Nova Zelândia, no IYTA - International Yoga Teachers Association. Quando voltou para Campo Grande, era a única instrutora que trabalhava com este público. Desde outubro do ano passado, Mariana voltou a inovar. Instrui pessoas com deficiência na prática do yoga. A estudante Angel Campos Magalhães, de 20 anos, perdeu a perna esquerda em um acidente de trânsito em Campo Grande, em abril do ano passado. Foi a primeira aluna de Mariana na yoga terapia. “Eu nunca imaginei que poderia fazer yoga sendo deficiente. A yoga terapia me ajuda trabalhar a respiração, me trouxe tranquilidade, melhorou minha autoestima e quando estou sozinha sem fazer nada consigo estar em paz comigo mesma”, conta a paratleta de canoagem. Angel ganhou em março deste ano a Copa Brasil de Paracanoagem representando Mato Grosso do Sul. A paratleta foi selecionada para a competição Mundial que será realizada na Rússia em Junho deste ano e para o Parapan Americano em setembro, no México. A terapia com yoga ajuda a paratleta na preparação para a prática do esporte e competições. “O yoga me deu possibilidades que eu não sabia que tinha. Você se vê fazendo coisas que nunca imaginou fazer, é muito legal. Então me ajuda no treino da canoagem, me deu muita confiança. Com a yoga terapia trabalho a mente e o corpo. O equilíbrio que eu perdi, consegui recuperar”, afirma Angel. Na yoga terapia as aulas são individuais, forma que Mariana encontrou para dar atenção a cada pessoa de acordo com as limitações. “Teria como ser mais de um por aula se a gente conseguisse montar um grupo homogêneo com as mesmas necessidades, mas como cada caso é um caso, não tem como trabalhar o mesmo exercício com uma pessoa que não tem uma perna e com quem não tem um braço, então é um trabalho específico”, explica a instrutora.
Na atividade, são usados vários equipamentos do yoga. Entre eles o Sling, equipamento de yoga para realizar postura invertida e suspensa. No sling, Angel trabalha a circulação, que no caso do deficiente físico, é bastante comprometida, ganha força e também a confiança nela e no próximo. “Quando a pessoa se torna um deficiente físico, passa a ser dependente e acaba tendo que confiar no outro. Esta troca é muito legal, por que você vê a pessoa perdendo medo de se entregar e ela começa a conhecer o próprio corpo”, conta Mariana. E Mariana acrescenta. “A yoga terapia trabalha as limitações dos deficientes. Ajuda a conhecer limites, a explorá-los e ver se os bloqueios não estão na mente, na cabeça. Quando uma pessoa está numa cadeira de rodas ou andando com uma muleta, acaba tencionando demais o corpo, ficando muito tempo numa só posição, sobrecarregando partes do corpo, o yoga ajuda a liberar este corpo. E quero que um cadeirante, uma pessoa com deficiência entenda que yoga é para ela também”, explica Mariana. Para a instrutora, o desafio do trabalho é gratificante com resultados positivos dos alunos com a atividade e só a faz ter certeza que está no caminho certo ao oferecer esta terapia às pessoas com limitações físicas. “Não é porque você não tem os movimentos de um membro que vai deixar seu corpo parar. Um cadeirante que não tem movimento nenhum, pode estar trabalhando meditação, respiração, a capacidade pulmonar, fortalecendo essa flexibilidade dos pulmões e se autoconhecer. Muitas vezes, o corpo pode estar travado em consequência de algum problema, mas a cabeça está pensando, seus órgãos estão funcionando, você está respirando, então você ainda precisa de cuidados. Repito, não é por que o corpo está com alguma limitação que a pessoa vai parar de se autoconhecer e de se explorar. Meu objetivo é fazer que a pessoa confie mais em si independente da situação que se encontre”, encerra Mariana Rondon.
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{ QUALIDADE DE VIDA }
Músculos na ponta dos pés Nova modalidade mistura a leveza do Ballet e o ganho de tono muscular da ginástica localizada e do pilates. por JACKLIN ANDREUCCEÒÒjÒÒfotos JACKLIN ANDREUCCE
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magine uma aula que mistura ballet, pilates e ginástica localizada. Pois é, esta é a modalidade que está começando a ganhar muitas adeptas em Campo Grande - o ballet fit. A estudante de fisioterapia e formada em pilates, Natalia Espíndola, começou a pesquisar há 1 ano junto com um grupo de bailarinas de uma escola de dança os passos para criar a atividade física. Uma mistura de exercícios tendo como base o ballet clássico. As primeiras alunas para a modalidade foram as professoras da escola de dança. “O retorno foi muito positivo. Nós vimos que estávamos no caminho certo. Todas disseram que gostaram da aula. Percebemos que conseguimos aliar a hora do dia que a pessoa vem para ganhar o condicionamento físico com o bem-estar”, relatou a instrutora de ballet Natalia Espíndola. Há 2 meses, as pesquisas foram para a prática. A aula de ballet fit começa com o aquecimento. Um trabalho cardiovascular. Os exercícios são com elementos do ballet clássico com músicas agitadas. Depois vai para a barra com trabalho isométrico com movimentos do pilates e do balé, nesta fase a trilha é a música clássica. São trabalhados ainda no solo, exercícios da ginástica localizada. As atividades são separadas por grupos musculares e no final da aula é feita uma sequência de saltos do ballet. “É uma mistura
de condicionamento físico com a graça do ballet. A ideia é não ser uma aula maçante. Isso por que o público que veio procurar o ballet fit é de pessoas que estão cansadas do clima de academia”, explica. Em uma hora de aula, duas vezes por semana, os benefícios são ganho de resistência, tonos muscular, correção da postura, consciência corporal e trabalho com a respiração. O bem-estar de uma forma mais divertida. A diretora da escola e bailarina, Flávia Abreu Siufi, começou a fazer a aula e não saiu da turma. “Estou adorando. E a gente que trabalha com atividades de corpo, geralmente não consegue ter tempo para se cuidar, separei este tempo para mim”, afirma. E a aula não é só para quem é bailarina. “Tem quem nunca fez ballet e fica meio perdida e descoordenada com alguns movimentos, mas que se diverte com a aula. Até por que se torna um desafio”, completa Flávia. A turma, por enquanto, é de 15 pessoas. A advogada, Mariana Santos, fazia ballet quando era pequena. Buscou o ballet para ter uma atividade física frequente. “É um ótimo momento para distrair a cabeça e fazer os exercícios. E tem gente que pensa que é algo leve por conta do ballet, mas não, é bem puxado. Trabalha o abdômen, a perna e a cabeça também”. Para a prática do ballet fit, a única restrição é para quem tem algum tipo de lesão ou está gestante. A instrutora pede para apresentar a liberação do médico. A advogada Mariana Vecchiato fez ballet por muito tempo e estava com vontade de voltar à prática da dança, mas encontrou no ballet fit o que procurava para relaxar também a mente. “É um momento que não penso em nada, por que além dos exercícios tem a música. É bom para o corpo e para a alma”, encerra Mariana.
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INFORME PUBLICITÁRIO
Alimentos selecionados resultam em qualidade e sabor Di Pizza investe em nutricionista pensando no bem-estar do cliente. por KÁTIA KURATONE ÒjÒÒfotos HENRIQUE ATTILIO
Cuidados com a escolha do fornecedor, com o recebimento das matériasprimas, o armazenamento dos produtos, o controle das temperaturas e a manipulação dos alimentos são parte do trabalho diário da nutricionista Ester Souza dos Santos na Di Pizza. A funcionária é um diferencial na equipe da empresa que atua há 12 anos em Campo Grande. “A Di Pizza tem essa preocupação com a saúde do consumidor, e por isso toda a produção é monitorada no intuito de proporcionar boas condições higiênicas e sanitárias, o que garante a qualidade e o sabor dos alimentos que serão entregues aos clientes”, ressalta a proprietária Débora Coene Paisano Silva. Tradicional na região da Avenida Júlio de Castilho e com uma recente filial aberta no bairro Coronel Antonino, a Di Pizza só trabalha com delivery, ou seja, as entregas. “Temos uma preocupação com o transporte, a higienização das caixas e o tempo de entrega. Acompanho todo o processo desde a chegada das matérias-primas, a produção e a entrega
ao cliente. Sempre pensando na qualidade e no bem-estar do nosso consumidor”, garante a nutricionista Ester Souza dos Santos. Como o próprio nome diz, a Di Pizza disponibiliza no cardápio vários sabores de pizzas salgadas e doces, feitas com massa fresca, além da batata recheada e o famoso mega lanche, que é uma criação do proprietário José Vitorino da Silva Neto. “Queria criar um lanche para toda a família, mas que também fosse acessível”, lembra Neto. Com 35 cm, o mega lanche enche os olhos. As opções de recheio, assim como as pizzas, fica ao gosto do cliente, podendo ser de frango, bacon ou até de ponta de costela, um dos mais vendidos. Vale ressaltar que o pedido ainda inclui uma porção de batata frita e um refrigerante de 2 litros. “O mega lanche equivale a oito lanches normais”, compara Débora. Outra opção é o mega júnior que tem 25 cm e equivale a quatro lanches. Pioneira na criação do mega lanche, a Di Pizza comemora o sucesso do produto que agrada os clientes. “Somos os únicos que fazemos com o pão de hambúrguer", revela a
proprietária. E mesmo quem mora em outra região da cidade pode pedir. A entrega é grátis até 5 km das lojas.
SERVIÇO Faça seu pedido online no www.deliveryfacil.com ou em uma das lojas. Matriz: Av. Júlio de Castilho, 2.958, telefone 3361-5050 ou na filial: Av. Presidente Castelo Branco, 331, telefone 3351-3030 Aceitamos os cartões VISA e MASTER em domicílio
Até 5 km entrega GRÁTIS. Apenas Delivery (não servimos no local).
{ QUALIDADE DE VIDA }
Manual do viajante solitário Embarcar em uma viagem sozinho, sem companhia, pode garantir experiências surpreendentes! por LUIZ FELIPE FERNANDES
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oragem, disposição e um pouco de sorte. Estes são alguns dos itens que não podem faltar na bagagem de quem embarca sozinho para uma viagem. Pode parecer estranho encarar um lugar desconhecido sem companhia, sobretudo um país diferente, mas acredite, a experiência costuma ser surpreendente! Além do mais, ficar um tempo sozinho, longe da rotina, é um incentivo à reflexão e à superação de medos e desafios. Para ajudar quem tem receio de colocar o pé na estrada sozinho, a Revista Cinco+ listou algumas dicas para que a jornada seja bem-sucedida, mesmo quando não há ninguém ao lado. Siga o manual do viajante solitário e boa viagem!
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LEITURA E ROTEIRO A orientação, claro, vale para qualquer turista, mas deve ser seguida rigorosamente por quem vai viajar sozinho. Devore informações sobre o lugar de destino e faça um pré-roteiro, com atividades a serem realizadas a cada dia de viagem. É uma forma de não ficar perdido, sem saber o que fazer.
NÃO EXAGERE NA BAGAGEM Viajando sozinho, é preciso ter menos distrações e preocupações. Afinal, você não vai ter alguém para olhar sua mala enquanto você vai ao banheiro do aeroporto ou rodoviária, ou que ajude a carregá-la de vez em quando. Uma bagagem compacta, mais leve, é mais fácil de ser transportada e de ser cuidada.
ABRA A BOCA Se você é tímido ou pouco comunicativo, trabalhe isso antes de viajar. Você vai precisar se comunicar, seja para pedir informação, para que tirem uma foto sua (você não vai querer registrar sua viagem apenas com “selfies”, vai?) e, o principal, para conhecer pessoas. Deixe a vergonha de lado e não se furte de trocar uma ideia com a velhinha que pegar o elevador do hotel com você, com os outros hóspedes do albergue ou com o vendedor ambulante da esquina. Se estiver em outro país e não dominar a língua, lance mão dos gestos. As pessoas podem ser mais ou menos receptivas, mas desse contato podem surgir informações valiosas para a viagem e, quem sabe, uma companhia. Mas nunca aceite bala de estranhos, ok?
INFORMAÇÃO TURÍSTICA Em viagens dentro do Brasil, quase não damos importância aos quiosques ou estandes de informações turísticas. Em outros países, dirija-se obrigatoriamente a locais como esses, assim que desembarcar. Sempre solícitos, os atendentes explicam direitinho sobre os principais pontos turísticos, fornecem mapas e ainda podem esclarecer dúvidas sobre transporte público, câmbio ou até eventos e atrações para o período de sua viagem. Recepcionistas de hotéis e albergues também costumam ter boa vontade e até têm parceria com agências de turismo.
FAÇA EXERCÍCIOS Parece uma dica boba, mas pode garantir um melhor aproveitamento da viagem. É que, sozinho, tudo é mais caro, inclusive o táxi. Você não vai ter com quem dividir a corrida. Se o destino turístico permite ir aos lugares a pé, é mais econômico e até mais interessante caminhar. E é aí que entra a importância de ter um bom condicionamento físico, já que você vai querer continuar inteiro para os outros dias de viagem.
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{ COMPORTAMENTO }
Prateleiras de oportunidade Com preços mais baratos, sebos são alternativa para quem precisa de livros. por PATRÍCIA BELARMINO
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omprar um livro, às vezes, pela metade do preço e em bom estado. Essa é uma das vantagens dos sebos. Além do preço mais baixo, os sebos proporcionam livros com uma história também. Agora, os sebos não se resumem a prédios cheios de prateleiras recheadas de livros. Eles apostaram na modernização e podem vender para o país inteiro, graças à internet. Funcionário de um sebo campo-grandense há 17 anos, Máquir Vilanova diz que normalmente o público que procura esses locais é formado por universitários e professores. Os estudantes vão atrás de livros específicos para fazer um trabalho e para uso em determinadas disciplinas, enquanto professores têm um leque maior de busca.
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“O livro usado tem vantagem porque vai com uma conservação bacana, em boas condições, mas com um preço, às vezes, 50% menor do que o de um novo”, diz o gerente da Maciel Livros Usados. Máquir conta, ainda, que como é uma pequena parcela da população que realmente lê no país, o público dos sebos acaba sendo fiel e assíduo. Muitas vezes, eles levam livros que já leram para trocar por outros. Tudo em nome da leitura. O sebo, que conta com aproximadamente 80 mil exemplares, também é recheado de história. Há alguns anos, funcionários encontraram dólares em um livro usado. A história é praticamente única, já que não voltou a se repetir. Mas, frequentemente são encontrados rascunhos dentro
dos livros ou anotações na própria publicação. Caso seja um livro com dedicatória do próprio autor podem ser valorizados, se o escritor for reconhecido, principalmente. “É importante para quem coleciona”, explica Máquir. Sobre livros raros, ele explica que por Campo Grande ser uma cidade nova não existe um mercado forte deste tipo de produto. Contudo, vez ou outra, aparece uma raridade. “A gente tem alguma coisa, mas o público é muito pequeno. Não é muito fácil encontrar este tipo de livro”. A empresária Márcia Brito apostou no ramo de livros usados, mas de uma forma diferente, via internet. A ideia surgiu quando ela fazia mestrado em Estudos de Linguagens na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS). Quando o mestrado chegou ao fim, em 2012, ela começou a se organizar para abrir o sebo. Hoje, o sebo virtual está funcionando, mas comercializa vários artigos novos ou usados, além de livros. Márcia diz que a vantagem do sebo virtual está na mobilidade. ”Estamos de portas abertas 24 horas, ao passo que muitos parceiros precisam fechar suas portas às 18h durante a semana. Isso faz muita diferença nos dias de hoje, em que o ritmo de vida é bem acelerado”, lembra a empresária. Entre os livros mais vendidos, ela diz que varia muito, mas vai desde didáticos até religiosos. “Nossa política de vendas não gira apenas em torno de estoque físico, mas também por meio de encomendas”.
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Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você.
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Com novas instalações, salas maiores e um amplo estacionamento próprio, a Angiocentro muda de endereço e reforça a preocupação que tem com o seu conforto e saúde. São mais de sete anos no mercado campo-grandense, trabalhando com equipamentos modernos e profissionais qualificados, tudo para o seu bem-estar. » Ecografia Vascular com Doppler » Angiorradiologia » Cirurgia Endovascular » Cardiologia Intervencionista » Neurorradiologia Intervencionista Fábio Moron | CRM-MS 3309 Giuliano Paiva | CRM-MS 3533 Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Mauri Comparin | CRM-MS 1975 Maurício Jafar | CRM-MS 2073 José Fábio Almiro | CRM-MS 6302 Marcos Franchetti | CRM-MS 6057 Julio de Paiva Maia | CRM-MS 6281 Aliomar Coelho Pereira CRM-MS 3793 Edgard Nasser | CRM-MS 4806 Flávio Senefonte | CRM-MS 4918
Dr. Maurício de Barros Jafar Responsável Técnico CRM-MS 2073
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Rua Antonio Maria Coelho, 2.728 - Jd. dos Estado - Campo Grande-MS - Fone: 67 3027.1900
{ COMPORTAMENTO }
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Conhecimento gratuito a um clique Cursos de capacitação online são ótimas opções para aprimorar o conhecimento. por FERNANDA VALENTIN
A
s notícias são boas para quem quer voltar aos estudos, melhorar o currículo e a ampliação das capacidades pessoais, seja para o trabalho, lazer ou para encontrar novos interesses. Há atualmente milhares de cursos, oficinas, guias e palestras gratuitas disponíveis a um clique de distância. E além de fornecer informação e conhecimento, muitos ainda dão certificados de participação oficiais, como alguns dos treinamentos do Google AdWords, ferramenta de publicidade do Google. Essa capacitação online está dividida em sete vídeoaulas disponíveis no site Veduca (www.veduca.com.br). É possível se cadastrar para ter a certificação do Google Partners ou apenas acompanhar o conteúdo. As aulas são apresentadas pelo professor de mídia digital da
ESPM (Escola Superior de Propaganda e Markenting) e pela instrutora de marketing digital Isabel Furtado. Navegando pelo Veduca é possível encontrar desde cursos de filosofia, matemática e religião até ciência política, com certificação pela ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP (Universidade de São Paulo). Em todos os casos, o certificado só é possível para quem puder comparecer presencialmente para uma prova final. O conteúdo, no entanto, é online e está livre e, para quem tiver interesse em aprender, vale um passeio pelas ofertas de cursos do site. Na área de finanças, a FGV (Fundação Getulio Vargas) também oferece periodicamente conteúdos e materiais didáticos sem custo. É possível consultar os cursos em andamento no site www5.fgv.br/fgvonline/Cursos/Gratui-
tos/. Há cursos para quem quer entrar no mundo dos investimentos ou planejar a aposentadoria. Para quem pretende abrir um negócio ou já é empresário e quer melhorar os processos da empresa, o Sebrae mantém uma página de Educação a Distância. O interessado pode acessar os cursos que tenham mais identificação com seu perfil: “Quero empreender”, “Sou um microempreendedor individual”, “Tenho uma microempresa” ou “Tenho uma empresa de pequeno porte”. O Portal da Educação também mantém, além de cursos e capacitações, uma página de palestras com acesso gratuito. No www.portaleducacao.com.br/palestras, é possível assistir simpósios, conferência, dicas de redação, guias de viagens e até palestras com chefs de cozinha.
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{ DECORAÇÃO }
Casa Cor 2014 é lançada oficialmente em Mato Grosso do Sul Evento acontece em julho em nova sede do Hospital do Câncer Alfredo Abrão. por ANDRÉIA NUNESÒÒjÒÒfotos HENRIQUE ATTILIO
Luciana Mamoré - Diretora Comercial da Casa Cor MS.
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Jamil Paroschi Junior - Arquiteto responsável pelo espaço da Gráfica e Editora Alvorada na Casa Cor 2014.
a última semana de março aconteceu a primeira reunião da Casa Cor Mato Grosso do Sul com arquitetos e empresas parceiras. O encontro definiu as diretrizes da mostra que acontece em julho, em Campo Grande. A Gráfica e Editora Alvorada estará presente na Casa Cor 2014 como parceira e também terá um espaço, definido como livraria, a ser projetado pelo arquiteto Jamil Paroschi Junior. Descontração e leitura são as principais proposta do arquiteto para as pessoas que passarem por ali. “O objetivo é trazer um ambiente em que as pessoas possam ler, divertir e relaxar”, explica Jamil. Ele ainda revela que uma de suas inspirações para projetar o ambiente será a tecnologia. “Será um ambiente que navega pela tecnologia, quero muito utilizar projeção de vídeo em vidros onde o caminho final são os livros. Pretendo unir a tecnologia com a história dos livros em um ambiente que enalteça o livro como uma ferramenta para aprender!”, revela o arquiteto, que já foi premiado em Milão no quesito tecnologia e inovação por seus projetos. Como uma das parceiras da Casa Cor, a Gráfica Editora Alvorada, oferece aos arquitetos participantes um cartão de cliente vip, onde poderão utilizar o serviço de gráfica com prioridade durante a montagem da mostra. A revista Cinco+ Total Saúde também apoia a Casa Cor, sendo um dos veículos de mídia instantânea que cobrirá todos os acontecimentos, principalmente na livraria da Editora Alvorada. Luciane Mamoré, diretora comercial da Casa Cor, explica que essa é uma oportunidade única, onde arquitetos, decoradores e paisagistas vão realizar um trabalho especial e de forma particular, onde vão projetar de forma livre os ambientes dentro do Hospital. Mas que por enquanto, têm muito a pensar: “Esse é apenas o pontapé inicial, nós temos muito trabalho pela frente, mas ao mesmo tempo muito carinho. Estamos trazendo novos olhares, principalmente para esse projeto desenvolvido aqui no Hospital do Câncer, estamos animados”, conta Luciane Mamoré.
Janete Padilha designer de interiores e a marchand Mara Dolzan.
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Adines Ferreira - Paisagista e decoradora.
Fátima Bernabé coordenadora de eventos da DECA, a designer Bia Meneghini e a arquiteta Paula Magalhães.
CASA PAROSCHI
Os arquitetos Talitha Andrekowisk, Mariana Dauzaker, Rodrigo Lima, Márcio Mareco com a Dir. Comercial da CCMS Luciane Mamoré.
Taças, cristais, enxovais e metais de requinte. A Casa Paroschi, que em breve será inaugurada em Campo Grande, vai trazer para o Estado uma nova gama de artigos de luxo para casa. Como carro chefe da loja, a marca Trousseau será uma das exclusividades da casa, revela o proprietário Jamil Paroschi Junior. “Estamos trazendo para Mato Grosso do Sul a Trousseau, marca renomada, com matriz no Rio de Janeiro, de enxovais sofisticados. A Scavone é outra marca que vamos trabalhar também. A Casa Paroschi é uma loja que veio para ficar em Campo Grande e que vai mudar muitos conceitos em relação ao assunto em MS”, conta Jamil.
Rua 7 de setembro, 2.317 - Centro
As arquitetas Giovana Rottili, Débora Nunes e Malu Bernardes.
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{ VIAJE BEM }
Montevidéu a cidade que o Brasil está aprendendo a amar História, cultura e diversão fazem da capital uruguaia um destino turístico barato e descomplicado. por ,5): &%,)0% &%2.!.$%3 p fotos LUIZ FELIPE FERNANDES
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rgentina e Chile são lembrados pelo charme de bairros históricos que remetem à Europa. Peru, pelos remanescentes de civilizações milenares que desafiam a lógica. A Bolívia, com seus lagos e desertos, abriga paisagens naturais surpreendentes. Mas a América do Sul tem mais. História, cultura, diversão e um momento político e social alheio a crises têm chamado a atenção para o
nosso vizinho Uruguai. Assim como para Buenos Aires e Santiago, companhias aéreas brasileiras lançam promoções frequentes de passagens para Montevidéu. É possível pagar cerca de 600 reais, ida e volta, saindo de Campo Grande, com escala em São Paulo. Em pouco mais de três horas, o turista desembarca no pequeno - mas moderno - aeroporto de Carrasco. Outra vantagem em pagar pouco pelo deslocamento é poder se dar ao luxo de fazer uma viagem curta, de fim de semana, e conhecer a acolhedora Montevidéu. Com seus 1,3 milhão de habitantes, a capital do Uruguai é uma cidade descomplicada, sem segredos. Com a boa vontade que não falta aos uruguaios, é possível percorrer tudo de ônibus. Com o câmbio a favor - um real equivale a mais de oito pesos uruguaios - pegar táxi também não é caro. Mas o melhor mesmo é percorrer a pé a Avenida 18 de Julio, desde a área comercial, chegando à Plaza Independência, com sua imponente estátua de José Artigas, o mártir uruguaio. A poucos metros, é impossível passar despercebido pela beleza do Teatro Solís. A visita guiada é interativa e pode ser feita em português. Com sorte, dá para acompanhar o ensaio da Orquestra Filarmônica de Montevidéu.
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CIDADE VELHA Ainda na Plaza Independência, a Puerta de la Ciudadela surge não apenas como monumento histórico. A ruína do que, no século XVIII, protegeu a então colônia espanhola é, de fato, um portal para uma outra Montevidéu. A rua Sarandí é reservada aos pedestres. O ritmo é outro, mais lento. Em cada esquina, artesãos expõem seus produtos ou antiguarias e, com seus instrumentos artesanais, criam a trilha sonora para o agradável passeio. As praças - com sinal de internet liberado - são um convite à contemplação de antigos moradores, do vaivém de turistas ou dos enormes cães de rua, que ignoram o movimento e parecem estar sempre repousando. É claro que, em meio às construções históricas, lá estão Mc Donald’s e Burger King. Mas é fácil ignorá-los quando se tem à disposição o Mercado del Puerto. É bom preparar o estômago para uma verdadeira farra gastronômica. Definitivamente, não é lugar para vegetarianos. Os mais diferentes tipos de carnes são assados por atacado, em grandes churrasqueiras, por simpáticos e habilidosos senhores. Para acompanhar a refeição, a famosa cerveja Patrícia ou o Medio y Medio - bebida que mistura vinho branco com espumante. Além da parte histórica, Montevidéu ainda tem parques, bairros com construções modernas, feiras, museus e as famosas ramblas - as orlas das praias. No verão, dá até para dar um mergulho. Para os baladeiros, vale dizer que na noite, em dias de semana, predomina a calmaria típica de Montevidéu, com mais opções de restaurantes. Balada mesmo, segundo os nativos, só aos fins de semana. Mas para uma capital com tantos atrativos, é melhor reservar as noites só mesmo para descansar.
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{ ANIVERSÁRIO TOTAL SAÚDE }
O Dia do Leitor
A história dos sete anos da Revista Cinco+ Total Saúde contada por um ilustre protagonista. por RENATO LIMAÒÒjÒÒfotos RENATO LIMA
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ou contar uma história real. Que tem nome, data, endereço e personagem. Mas esta história é tão fantástica que poderia ser uma daquelas fábulas de seres inanimados, que se conta de geração em geração para marcar feitos e fatos que muitas vezes transcendem a realidade. Em abril, a Revista Cinco+ Total Saúde completa sete anos de existência e lá se vão 84 edições com milhares de reportagens, artigos e informações de utilidade pública. Um trabalho feito a dezenas de mãos, mentes e corações que só faz sentido por causa de pessoas como o Sr. Joel. Quem é Joel? Poderia ser um ilustre desconhecido, mas é o protagonista desta história. Joel Bertho do Nascimento é o herói deste enredo cuja figura representa todos os leitores
da nossa revista, inclusive você, que neste momento divide seu tempo e atenção com a gente. Assim como toda boa história que se preze, esta também é carregada de símbolos. Joel é um distinto senhor aposentado, de 77 anos, que há sete conheceu a Revista Total Saúde em um consultório médico. O ano era 2007, nosso personagem trabalhava na clínica do renomado Dr. João Ilgenfritz e se encarregava de substituir e manter sempre as revistas mais novas na sala de espera. As mais antigas ele levava para casa, onde, usando suas próprias, palavras “lia devagar e em vários dias”. Com o tempo Joel deixou o emprego, mas não a leitura da revista. “Nunca fui muito de ler jornais, livros, mas gostei da revista. Aprendia muito sobre cuidados com a saúde, informações sobre doenças, como tratar, conheci muita coisa. Aos
poucos a leitura da Total Saúde foi virando um hobby. Não parei até hoje”, confessa com satisfação estampada no rosto e na postura. O Sr. Joel abriu sua casa para receber a reportagem da Cinco+ com honra de autoridade. Muito bem alinhado, vestindo calça e camisas bem passadas, não poupou formalidades. Mal sabia que receber um repórter da revista não passava de encontro de dois velhos amigos. Afinal, quem poderia conhecer mais a Total Saúde do que o primogênito dos leitores? Conhecer o leitor que há sete anos vai, religiosamente, um mês sim e o outro também, buscar pessoalmente a revista na porta da redação, já seria um grande final feliz para toda e qualquer publicação. Mas quando disse que Joel é o herói desta história não foi por acaso. Assim como os heróis, Joel transborda generosidade, altruísmo e discrição. Já algum tempo ele não busca apenas uma revista para ler em casa. Ele pede 26 exemplares de cada edição. Da gráfica, ele passa na casa de amigos e distribui dez exemplares. Leitores que ele conquistou e fidelizou por conta própria. As outras 16 também vão para amigos, mas em endereços que ficam em São Paulo, Bauru, Sete Lagoas e Belo Horizonte. Joel se encarrega de postar cada revista nos Correios e alimenta a leitura dos amigos distantes até mil e trezentos quilômetros. “Faço questão de ir aos Correios e postar as revistas. Pago cerca de R$ 60 do meu bolso todos os meses, e com o maior prazer. Me sinto útil fazendo isso. Já faz parte da minha rotina”, conta. Com o mesmo carinho em que ele mobiliza tempo e recursos para distribuir as revistas, ele também demonstra com as próprias. Perguntei se Joel guardava alguns exemplares da Total Saúde. Foi então que ele me levou para o escritório e me apresentou uma estante com duas pilhas de revistas organizadas por data. Sete anos de história em um acervo inigualável. Não havia sinal de poeira, amassados, nenhuma típica orelha sequer. Ousei contar, cheguei ao número 95. Surpreso, ele logo me interrompeu. “Eu sempre guardo algumas repetidas para dar para alguém que vem me visitar.” Em Joel habitam os muitos leitores e leitoras que fazem valer a pena o jornalismo, que justificam o compromisso da Editora Alvorada de não deixar parar as máquinas, que inspira toda nossa equipe a buscar fazer cada vez mais e melhor. É em nome de Joel Bertho do Nascimento que a Revista Cinco+ Total Saúde celebra seus sete anos, homenageando e reconhecendo o Sr. Joel, e nele todos os nossos leitores e leitoras.
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{ LITERATURA }
P Dia Nacional do Livro Infantil Data valoriza as publicações nacionais e incentiva novos leitores. por ANDRÉIA NUNES
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orta de entrada para a fantasia, o livro infantil leva os leitores a circunstâncias inusitadas, pois são comuns neste mundo de imaginação, animais falantes, dragões mitológicos, heróis com superpoderes e reinos de açúcar. Imaginar é a grande diversão da leitura, seja para os adultos, que contam as histórias, ou para as crianças, que as escutam atentas. E é isso que o Dia Nacional do Livro Infantil sugere: uma boa história e bons ouvintes para um futuro com mais leitores no Brasil. A data 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, foi instituída por Lei há 12 anos, em homenagem ao escritor Monteiro Lobato. Essa era a sua data de nascimento. Por isso, várias instituições, como escolas, bibliotecas e brinquedotecas, livrarias, comemoram o dia, assim como a Editora Alvorada. “Um país se faz com homens e livros”, dizia Lobato. Geralmente muito bem ilustrados, os livros infantis são uma maneira saudável de estimular vários aspectos
da educação, pois geram o interesse dos pequenos por cultura, costumes e reforçam a identidade cultural, além de despertá-los para um universo de outros assuntos. “A leitura é um instrumento de cidadania e de formação. Por meio dela a criança tem acesso ao conhecimento e à herança cultural da humanidade, compõe suas leituras do mundo, amplia seus horizontes e a sua capacidade crítica”, esclarece Cleomar Herculano de Souza Pesente, pedagoga e coordenadora de conteúdos da Editora Alvorada. Mas as ilustrações, as cores, e até mesmo o formato dos livros infantis, passam pelo crivo de profissionais que trabalham para que as crianças se tornem adeptas à leitura. “Tão importante é o ato de ler, que importância igual deve ser dada à produção das obras literárias infantis. Na Editora, a produção de livros é cercada de cuidados, que vão desde a qualidade do texto até o projeto gráfico, passando pela ilustração, qualidade do papel e impressão. Tudo é pensado para possibilitar ao leitor uma experiência única e intensa com a obra, mobilizando seus sentidos, sensações, senti-
mentos e imaginação”, explica Cleomar. Com um leque de livros, o mercado brasileiro possui inúmeras publicações que proporcionam diversão, imaginação e aprendizado. A “Coleção Aprender Fazendo” e a “Coleção Lê-Re-Lê”, ambas escritas por Mirian Montanari Grüdtner, são exemplos de publicações infantis que sugerem isso. A primeira coleção aborda a Língua Portuguesa de um jeito divertido, fazendo com que o aprendizado de nossa idioma se torne natural. Já a segunda apresenta narrativas que provocam reflexão. Para a autora Mirian, o livro é uma forma de a criança acumular vivências, mesmo que imaginárias, e de se distinguir também, à medida que se identifica com a publicação. “Nessa viagem, o pequeno leitor acumula experiências vividas imaginariamente, capacitando-o a ser mais crítico e criativo, além de ajudá-lo a resolver seus próprios conflitos existenciais típicos da infância, como sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor e perda”, exemplifica a escritora.
Coleção Lê-re-lê Quatro livros fazem parte da Coleção Lê-ReLê. Os enredos estimulam a criança a refletir sobre várias questões, como a otimização do tempo, em “Cadê a TV Que Tava Aqui?”; o respeito às diferenças, em “As Duas Roseiras”; a determinação, que é tema central de “Vicente” e a amizade retratada em “Tião e Fidel”.
Coleção Aprender Fazendo Composta pelos livros “Não Chame Mexilhão de Peixe”, “Família Baunilha”, “A Viagem de Jéssica” e “Sítio Independência”, a “Coleção Aprender Fazendo” ensina a ortografia da Língua Portuguesa por meio de trocadilhos e de um enredo divertido que torna a aprendizagem fácil e natural.
SERVIÇO Você conhece melhor as coleções citadas no texto e outros títulos infantis no site da loja da Editora Alvorada pelo site www.alvoradadireto.com.br
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{ LITERATURA }
Semana literária ensina o valor da leitura às crianças
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Evento em escola da Capital contou com apoio da Editora Alvorada. por ANDRÉIA NUNESÒÒjÒÒfotos ANDRÉIA NUNES
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uvir uma história e imaginar os personagens faz parte de um processo que estimula a cognição social, a autoexpressão e a autoconfiança das crianças. Esse é um olhar que muitos educadores priorizam e um dos trabalhos desenvolvidos pela Escola Máxima, em Campo Grande, que há 10 anos realiza a Semana Literária. Este ano o evento teve apoio da Editora Alvorada, que levou uma contadora de histórias e muitos livros para a alegria da garotada. “Cada Um Com Seu Jeito, Cada Jeito é de Um”, “Planeta dos Carecas”, “As Aventuras de Catií” e “Tião e Fidel”, foram as histórias contadas por Camila Torres. Especialista em prender a atenção dos pequeninos, ela divertiu as crianças com seu jeito tradicional de contar histórias: silêncio e imaginação. “A contação aguça a curiosidade das crianças em relação ao livro, porque elas sabem que as histórias saem de lá. E como a criança de hoje está acostumada com o imediatismo, quando ela ouve e vê que tem o poder de imaginar, e que isso é muito mais interessante que a mídia, também descobre um novo mundo”, ressalta a contadora Camila Torres. Para as coordenadoras Alessandra Serafim Satuno Andrade e Andrea Cristina Carvalhal, o grande objetivo da Semana é estimular a arte e difundir a cultura brasileira. “Há muitos anos acontece a Semana Literária aqui na escola. O
grande objetivo é desenvolver o lado cultural dos alunos. É uma semana onde os alunos descobrem o valor do livro, da poesia e das artes”, explicam. Poemas de Cecília Meireles, que escreveu uma série infantil, Ana Maria Machado, Sylvia Orthof - escritoras renomadas quando se fala em literatura para crianças, enfeitavam o salão onde acontecia o evento. Os pequenos estudantes estavam animados e, ao entrarem no local, paravam em frente aos cartazes para relembrar as aulas que tiveram sobre a temática. Durante a Feira do Livro, que aconteceu um dia depois à contação, a Editora Alvorada levou um estande com livros e estimulou os pequenos a lerem por conta própria as histórias que já haviam imaginado com a contadora Camila. Outras publicações inéditas da Editora também foram muito cotadas pelos pequeninos.
SERVIÇO Você pode encontrar os livros citados no texto na loja virtual da Editora Alvorada www.editoraalvorada.com.br. A contadora Camila Torres pode ser contatada pelo e-mail piatorres4@gmail.com ou pelo telefone 9104-2565
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{ CULTURA }
Campo Grande tem teatro, sim senhor! Em homenagem ao dia mundial do teatro, Campo Grande sediou uma semana inteira de espetáculos gratuitos no Festival Boca de Cena. por CAROL ALENCARÒÒjÒÒfotos LETÍCIA SICSÚ E FABI FERNANDES
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ma semana inteira dedicada à dramaturgia. A Semana do Teatro de Campo Grande, carinhosamente chamada de Festival Boca de Cena, trouxe uma nova realidade para a organização do evento: a superlotação do público em praticamente todas as apresentações. Com o intuito de homenagear o Dia Internacional do Teatro, realizado todo dia 27 de março, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e o Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande, por meio de edital, propiciou mais uma semana inteira de espetáculos gratuitos. “O público sul-mato-grossense ainda tem uma restrição em compactuar com a produção do teatro local, mas espetáculos gratuitos fazem parte de uma vitrine de possibilidade de que há sim, teatro para a apreciação, de graça e de muita qualidade”, avalia Márcio Veiga, coordenador do evento. Ao todo, oito espetáculos entre, infantil, intervenção, adulto e um de circo foram selecionados para prestar essa homenagem. Destes, subdivididos em até três horários por dia, levavam um pouco da arte dos palcos e da rua para o público em geral. “Por incrível que pareça, tivemos superlotação em praticamente todas as apresentações... chegamos a
botar cerca de 40 pessoas a mais, sentadas nas escadas do teatro [Aracy Balabanian] no dia da abertura oficial do evento... conquistas como essa, só tem a ser comemoradas pela classe, que é unida e que tem uma responsabilidade tanto na qualidade da produção como a finalização, que é o público assistindo”, indaga Veiga. A peça encenada pelo Grupo Fulano Di Tal – O Santo e a Porca, foi a responsável pela abertura oficial do Festival. Antes, na parte da tarde, o Grupo Identidade apresentou o espetáculo Chuvisco, Chuva, Chuvarada, que rendeu público infantil até mesmo de escolas da região central da cidade, que contataram a organização para propiciarem uma tarde cultural a seus alunos. Já no dia 26, os espetáculos “O Mágico de Oz”, do Prisma e “Quem Matou o Morto”, da Cia de Teatro Circo M’Boitatá foram as atrações principais. No dia 27, o Unicórnio apresentou “A Roupa Nova do Imperador” e a Cia Aplausos apresentou a peça “Cadê?”. Quem passou pelas praças do Rádio Clube e Ary
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Coelho puderam trombar com as intervenções “À Copa às Favas” da atriz Lígia Marina e “Areôtorare”, do Teatro Imaginário Maracangalha, que levaram um pouco da dramaturgia às ruas de Campo Grande. O encerramento ficou com a peça Godgle, do Grupo Flor e Espinho, que também lotou as cadeiras do Teatro Aracy Balabanian no prestígio ao teatro local. Na visão do diretor Breno Moroni, espetáculos com entrada franca tendem a lotar mesmo, até porque o público que não costuma frequentar teatro, comparece e isso é uma grande oportunidade de aproximação de ambos. “Tanto para nós, que produzimos o teatro quanto para eles, o público que está nos assistindo, a avaliação é mais que positiva, porque essa é a base do nosso trabalho, indica que nós podemos mais e que estamos prontos para ir para o mercado sem depender de edital”, avalia.
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{ SUSTENTABILIDADE }
Pesquisa comprova produção de tijolos a partir de casca da castanha. por PATRICIA BELARMINO
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que fazer com as cascas de uma castanha? A resposta mais óbvia é: jogar fora! E pronto. Mas a casca de uma castanha pode ter funcionalidades que muita gente ainda duvida. Para isso, existe a Ciência. Pesquisa desenvolvida no Centro de Tecnologia Agropecuária da Universidade Católica Dom Bosco (CENTEAGROUCDB), mostra que é possível usar a casca da castanha da palmeira murumuru para a fabricação de tijolos. A palmeira murumuru é nativa da região norte do Brasil, especificamente do Pará. A ideia de usar os resíduos da castanha na fabricação de tijolos surgiu em um dos maiores eventos de sustentabilidade do País, a Rio +20. “A ideia surgiu num encontro entre a professora Marney Cereda, coordenadora do CETEAGRO e representantes da Natura e da Eco Máquinas. A Natura tem uma fábrica de cosméticos e utiliza a castanha do murumuru em alguns de seus produtos, ficando a casca disposta no meio ambiente”, explica
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a professora Rocheli Carnaval Cavalcanti, que desenvolve a pesquisa durante o doutorado. Depois da ideia sustentável e a escolha do resíduo a ser utilizado, a pesquisa finalmente começou no fim de 2012. Desde então, Rocheli e mais quatro alunos do curso de Engenharia Civil da UCDB têm se debruçado sobre os estudos, sob a coordenação da professora Marney Cereda. As cascas usadas são aquelas que eram descartadas na fábrica da Natura. Com a utilização dos resíduos da castanha de murumuru na fábrica paraense, a ideia é prensar os tijolos de solo cimento com as cascas e utilizá-los na construção de casas em assentamentos rurais do Pará. “É um produto nativo da região Norte Amazônica. A pesquisa foi feita com o intuito de utilização na região do Pará mesmo”, conta Rocheli. E completa: “a expectativa é que empresas e cooperativas de lá utilizem a metodologia desenvolvida.”
PRODUTO Sobre a resistência do tijolo de solo-cimento com resíduos de murumuru, Rocheli diz que está dentro de um intervalo seguro, mas frisa que ainda são necessários mais testes para se chegar à dosagem exata de material. “Precisamos garantir uma resistência que atenda a norma, já que esta é apenas para confecção de tijolos de solo-cimento puro, sem adição de resíduos. Por isso, a importância da nossa pesquisa: chegarmos a uma resistência ideal para construção em áreas rurais”, pontua a pesquisadora. Sem citar números, Rocheli Carnaval diz que, em relação ao preço final do tijolo com resíduos de murumuru, existe “um ganho real”. Este ganho, explica, é referente à utilização de 6,5% de resíduo à mistura de solo-cimento, ou seja, já reduz em 6,5% a utilização de solo. Além disso, há incrementos de redução de energia e diminuição da emissão de CO2, comparado a um processo de produção normal. O tijolo de solo-cimento, ao contrário dos outros, não necessita da queima em fornos para ficar pronto. Assim, sai na frente quando o assunto é preservação do meio ambiente.
DIVERSIFICAÇÃO Além do uso da castanha do murumuru, a professora do curso de Engenharia Civil também pesquisa a utilização de outros resíduos, aqui de Mato Grosso do Sul, na confecção dos tijolos de solo-cimento. Agora, os pesquisadores se debruçam sobre o desempenho térmico destes resíduos para a construção. “Mas este já é um novo projeto que está em andamento. A pesquisa não para. Estamos aguardando também um novo projeto que irá incorporar o bambu nos tijolos de solo cimento”, adianta.
A iniciativa do grupo de pesquisa já rendeu frutos. Um deles é o prêmio da Bayer e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), na 10ª edição do Bayer Jovens Embaixadores Ambientais. A professora Rocheli Carnaval Cavalcanti, que desenvolve a pesquisa durante o doutorado, explica que o premiado foi o estudante de Engenharia Civil, Lucas Castro da Silva, 20 anos. O estudante inscreveu a pesquisa no programa durante as férias. Depois, a iniciativa passou por votação na internet e recebeu a visita de um representante da Bayer, que conheceu todos os processos da pesquisa. A iniciativa ficou com o terceiro lugar e, por isso, recebeu um prêmio de R$ 12 mil. Além disso, um representante do grupo foi ao Rio de Janeiro e a Foz do Iguaçu (PR).
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{ MEIO AMBIENTE }
Um trabalho referência em todo o País. por JACKLIN ANDREUCCE
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ma onça parda foi vítima de uma armadilha de caçadores à beira do Rio Dourados em Fátima do Sul. Histórias como esta fazem parte da trajetória do belo trabalho de recuperação de animais do CRAS. O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de MS foi fundado em julho de 1987. Está localizado no Parque Estadual do Prosa, em Campo Grande. É o mais antigo do País. Dos 43 mil animais que chegaram para serem reabilitados, em 26 anos de funcionamento, 70% foram recuperados e devolvidos à natureza. O CRAS de Mato Grosso do Sul é referência no Brasil, e internacionalmente, pelos trabalhos já realizados. “Devido à variedade de animais que recebemos, a gente acaba conhecendo todos eles e trabalhando com situações diferentes. No Sudeste, por exemplo, tem muita ocorrência de passarinhos, mas é muito difícil a região receber anta, onça, macacos ou tucanos. Então a nossa biodiversidade variada, e por sermos um corredor de tráfico de animais, nos dá uma experiência maior que outras regiões e levamos isto adiante”- explica o biólogo, Élcio Borges, coordenador do CRAS. O CRAS/MS foi convidado recentemente para participar de um encontro nacional em São Paulo. Élcio Borges falou sobre a experiência da avaliação e tratamento feitos para o animal ficar apto para ser reintroduzido à natureza, apresentada no evento. “Levamos a experiência de soltura de mamíferos, pássaros e répteis. Os macacos, por exemplo, não podem ser soltos sozinhos, senão são mortos por outros bandos. A soltura dos macacos-prego só pode ser realizada depois de um grupo formado no cativeiro”, explica o biólogo. Hoje são 750 animais “internados” nos 3 hectares do CRAS/MS. Belíssimas espécies, que
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para se recuperar precisam ficar em jaulas ao invés de estar soltas na natureza: tucanos, araras, papagaios, macacos, antas, onças... Alguns foram vítimas de tráfico de animais, outros de maus tratos, entrega voluntária ou resgate. Deste total, mais da metade não deve ser solta na natureza, ou por não ter condições físicas ou por ter comportamento alterado, como mansidão e sequelas. E têm ainda os animais exóticos, que não fazem parte da fauna brasileira e não podem ser soltos na nossa natureza. Por causa do tráfico, chegam muitos filhotes de aves que são os que têm maiores chances de ser soltos. “Quando o animal chega filhote para nós, é mais fácil prepará-lo e levar para a natureza, do que o bicho que chega em uma entrega voluntária e fica muito manso por conta do contato com o homem. Aí fica mais difícil”, explica o coordenador do CRAS. É o caso das onças pardas. Hoje o CRAS está com 11 onças, nenhuma delas deve ser reintroduzida. “Como estão há muito tempo aqui, perderam o medo de chegar próximo do homem, então a gente acha que quando elas voltarem para a natureza podem se aproximar de uma casa ou voltar para a cidade. Não é o risco que elas oferecem, e sim o risco que elas correm”, acrescenta o coordenador do Centro de Reabilitação. O CRAS não tem o objetivo de permanecer com os animais por longo período. Os funcionários ficam sempre em busca de uma destinação, seja um zoológico ou um fiel depositário. Em 7 anos de trabalho, o médico veterinário Álvaro Cavalcanti relata que ainda fica aflito com a chegada dos animais em situação de necessidade de recuperação. “Quando o animal chega aqui, você fica naquela agonia pra salvá-lo e a gente sofre junto. Tem sempre que tentar o melhor, da melhor maneira possível e com a consciência tranquila.” O CRAS recebe visitas terça, quinta e sábado, das 8h às 15h. As visitas têm de ser agendadas no Parque do Prosa, pelo telefone 3326-1370.
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Qualidade
Barato Rรกpido
Ligue agora e faรงa um orรงamento
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{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }
Suplemento alimentar Cada vez é maior a procura por suplementos alimentares para emagrecimento e bons hábitos de alimentação. por JACKLIN ANDREUCCE
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epois de passar duas fases da vida, adolescência e juventude, sofrendo com problemas como depressão e bulimia, pelo fato de estar acima do peso ideal, Franciele Rosalen Eves, aos 33 anos, encontrou a harmonia consigo, com o corpo e com a saúde. Há 10 anos mudou os hábitos alimentares. Come de três em três horas, pratica exercícios e faz uso de suplemento alimentar. Emagreceu 10 quilos em dois meses “Eu pesava 63 quilos e usava manequim 42. Hoje uso manequim 36. A minha vida mudou. Posso dizer que me sinto mais nova do que quando tinha 16 anos”, conta Franciele. O uso de suplementos alimentares vem aumentando a cada dia, e não é só pelos atletas profissionais, mas também por pessoas comuns, como Franciele, que buscavam saúde e qualidade no estilo de vida. Nas lojas especializadas a procura tem sido alta: “As pessoas entenderam o valor da proteína para o organismo e a importância de se alimentar bem para se sentir bem consigo. Aqui na loja a procura pelos suplementos, por atletas de fim de semana ou pessoas obesas que querem perder peso, aumentou significativamente” - diz Angela Werdemberg, dona de uma loja de suplementos alimentares em Campo Grande.
Os suplementos são indicados por profissionais, desde que o uso seja com orientação profissional. A nutricionista esportiva Caroline Kratz explica que “Se utilizados de maneira correta e para a devida finalidade, os suplementos alimentares podem atuar na melhora da saúde, tratamento de patologias, redução da fadiga e cansaço, melhora do sistema imunológico e da performance, ganho de massa magra e redução no percentual de gordura. E além disso, pode trazer praticidade para os lanches intermediários daquelas pessoas que não dispõem de tempo para as refeições ou querem um nutriente isolado, ou que absorva de maneira mais rápida. Os suplementos aprovados pela ANVISA são seguros e devem ser consumidos em quantidades adequadas e de acordo com a necessidade de cada indivíduo.” A nutricionista acres-
centa ainda que “De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas, os suplementos nutricionais são alimentos que servem para complementar, com calorias e ou nutrientes a dieta diária de uma pessoas saudável, em casos onde a ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer suplementação”. Na hora de receitar o suplemento o profissional vai avaliar o histórico do paciente “A recomendação não é realizada por idade, mas sim por necessidade deve-se considerar diagnósticos, laudos. Avaliar quais nutrientes possam eventualmente estar em falta no organismo por deficiência de consumo ou distúrbios de biodisponibilidade.” Explica a nutricionista.
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