Doenças Respiratórias [Junho/2014]

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SUMÁRIO

EDIÇÃO 79

ANO 7

JUNHO 2014

44 | Sustentabilidade

08 | Total Saúde CUIDADOS COM A PELE NO INVERNO

A SELEÇÃO DO ARTESANATO NA COPA

12 | Total Saúde

46 | Cidadania

PARKLETS OFERECEM UMA PAUSA NA CORRERIA

LIVRO QUE ABORDA SEGURANÇA PÚBLICA

DE CENTROS URBANOS

PROPÕE REFLEXÃO SOBRE O TEMA

16 | Total Saúde

48 | Cidadania VAQUINHA SOCIAL ATIVA PRIMEIRA ESCOLA

DOCE VICIA?

DE POLO EM MS

18 | Total Saúde

52 | LITERATURA

CHÁS E SEUS BENEFÍCIOS

COLEÇÃO HISTÓRIA DA MÚSICA

22 | Total Saúde MICROFISIOTERAPIA

24 | Negócios ENTRE FRANQUIA OU NEGÓCIO PRÓPRIO, QUE TAL OS DOIS?

26 | Total Saúde Quanto custa um aparelho auditivo?

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32

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28 | Sustentabilidade

54 | Cultura

ÁGUA, O BEM MAIS PRECIOSO

FESTA VERDE-AMARELA

32 | Sustentabilidade

56 | Cultura

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ISAAC DE OLIVEIRA

34 | Sustentabilidade

58 | Cultura

MORANDO SUSTENTÁVEL

CHOQUE DE HIPER-REALIDADE

38 | Sustentabilidade

62 | Cultura

CINEMA E SUSTENTABILIDADE

EDUCAÇÃO, DIVERSÃO E ARTE

42 | Sustentabilidade

68 | Viaje bem

PROGRAMA RECEBE ALIMENTOS QUE IRIAM PARA O LIXO E OS DISTRIBUI

SOB O SOL DE PUNTA

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editorial

M

uito debatido e pouco colocado em prática, o tema sustentabilidade ainda é um grande desafio para todos nós! O assunto está ligado à conscientização, à educação e ao futuro das novas gerações. Por isso, o especial do mês da Revista Cinco+ Total Saúde vem com dicas importantes para aprendermos a utilizar de forma adequada e inteligente os recursos naturais. Na matéria “Educação Ambiental”, por exemplo, descobrimos o projeto Ecoplantar, dos amigos Marcos Eduardo Kirst e Rodrigo Albuquerque. A proposta implantada na Capital visa mobilizar a população a responsabilizar-se pela correta destinação de seus resíduos recicláveis, e vem conquistando adeptos em várias regiões da Cidade Morena. Em “Morando Sustentável”, Márcia Ribeiro, arquiteta e designer de interiores coloca algumas ideias possíveis para se ter uma casa ecologicamente correta e colaborar com o futuro do planeta. O hábito diário de abrir a torneira e ver cair água pode nos deixar em uma situação muito cômoda, mas e se um dia a água “não cair do céu”? Na matéria “Água, o bem precioso” um alerta para que tenhamos o devido cuidado com nossos recursos naturais. Vale a pena conferir! Mais que uma leitura, a edição deste mês propõe a você, leitor, uma mudança de hábito. Comece com coisas simples, como fechar a torneira na hora de escovar os dentes. Você sabia que ao deixá-la aberta por 5 minutos são gastos cerca de 12 litros de água? Já uma pessoa que fecha a torneira gasta, em média, menos de 1 litro. Além de contribuir com o Planeta, o gesto também refletirá em sua conta de água mensal. Boa Leitura!

Kátia Kuratone

Coordenação de Comunicação: Kátia Kuratone (DRT/MS 293) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Oscar Diego de La Rubia e Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e TIS Publicidade e Propaganda - Redação: Andréia Nunes (DRT/MS 1013); Carol Alencar (DRT/MS 593); Claudia Malfatti DRT/MS; Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Patrícia Belarmino (DRT/MS 1211); Renato Lima (MTB/MS 489) - Revisão: Dafini Lisboa - Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone, Oscar Diego de La Rubia.

Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio - Planejamento e Operações: Henrique Attilio - Fotografias: Henrique Attilio, Fábio Arantes, Vânia Jucá, Helton Perez, Higor Blancot, Luiz Felipe Fernandes e Fundação Cartier para a Arte Contemporânea.

www.revistatotalsaude.com.br Participaram nesta edição: Dermatologista, Membro da Sociedade Brasileira de DerNutricionista, Tatiane Savarese Attilio CRN ato o ia r usta o otfi C 44 3/12175; Nutricionista, Débora Sória CRN 3/28674; Fisioterapeuta, Tainá Varesqui Zeferino Crefito 13-12 9438;Cinéfilo e Jornalista, Airton Raes. Tiragem: 10.000 exemplares

Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Total Saúde é uma publicação da Editora Total Saúde Ltda, com periodicidade mensal com distribuição dirigida gratuita e mediante assinatura anual.

REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500

Diretor: Mirched Jafar Junior Gerente de Produção: Paul Hudson

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{ TOTAL SAÚDE }

Cuidados com a

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DR. GUSTAVO LOTFI er ato o ista C 44 Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

a pele no inverno por DR. GUSTAVO LOTFI - CRM-MS 4466 • foto HENRIQUE ATTILIO

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om a chegada do inverno, o frio, o vento e a baixa umidade podem provocar irritações e descamações, além de algumas doenças na pele. Em virtude do tempo seco e da baixa umidade, vários cuidados têm de ser redobrados. Quando a temperatura está mais baixa, as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados e sem circulação de ar. Além de ressecar a pele, esses dois fatores aumentam a exposição a vírus e bactérias. Por isso, em épocas frias, os cuidados devem ser redobrados, para manter a cútis livre do ressecamento. Para evitar o ressecamento, não existe outra escapatória a não ser a hidratação. Das peles normais às levemente ressecadas, a hidratação deve ser realizada pelo menos uma vez ao dia, sempre após o banho. Já as peles com maior tendência ao ressecamento precisam de mais hidratação.

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- Beba no mínimo 2 litros de água: é uma recomendação importante não apenas no verão. E coma frutas, legumes e verduras. - Evite banhos quentes e muito demorados. A água quente retira a oleosidade natural da pele. - Evite se ensaboar demais e usar buchas, que também contribuem para alterar a composição do manto hidrolipídico (hidratante natural produzido pelo organismo) que protege a pele. Prefira sabonetes suaves e hidratantes, e evite os bactericidas. - Caso for tomar mais de um banho por dia, use sabonetes em apenas um, e, no outro, se não tiver feito exercícios físicos, apenas ensaboe as áreas de dobras (axilas, virilha e nádegas) e os pés. - Use o hidratante logo após o banho, ainda no banheiro, com a pele úmida no pós-banho, já que ajuda na penetração do creme. - Se a pele for oleosa, com acne, evite hidratante comum no rosto, use oil-free nas áreas de maior oleosidade (rosto e tórax); evite lavar a face com água quente, pois isso estimula a produção de mais oleosidade; evite alimentos gordurosos e, se a pele descama ou fica avermelhada na região

central da face, você pode estar com dermatite seborreica. - Os lábios também costumam ressecar muito no inverno. Em locais de clima frio e seco, é importante usar hidratantes labiais para evitar rachaduras. Existem alguns umectantes (compostos com substâncias que mantêm a pele umedecida) para lábios, além de batons hidratantes, que, além de hidratar, deixam os lábios mais bonitos. Não passe a língua sobre os lábios para molhá-los, isso só vai piorar o ressecamento. - Os cremes à base de silicone, alantoina, ureia, pantenol e ceramidas conferem proteção contra ressecamento e aspereza. - Use filtro solar diariamente. O sol do outono e do inverno é uma delícia, mas ele não é inofensivo. Nesta época, apesar de uma menor incidência dos raios UVB, responsáveis pela queimadura solar, a radiação UVA, principal causadora do envelhecimento cutâneo, continua forte. Portanto, apesar de você não se “queimar”, o sol danifica a sua pele, e você deve protegê-la com filtros solares de FPS 30 ou maior, sempre que ficar exposto ao sol.

O inverno é a estação do ano mais indicada para tratamentos estéticos. A baixa incidência de raios solares viabiliza procedimentos, cujos resultados são potencializados ao se evitar exposição solar. Além do mais, algumas aplicações deixam a pele vermelha e sensível. Procure sempre seu dermatologista para um exame detalhado.

Doenças no inverno Com as baixas temperaturas, as pessoas ficam mais predispostas a desencadear algumas doenças de pele. A mais frequente é a dermatite atópica, que afeta principalmente as crianças, podendo, em alguns casos, chegar à idade adulta. Outras dermatites comuns são o eczema seborreico e a psoríase, e, menos frequentes, urticária ao frio e eritema pérnio. A pele com uma deficiência de hidratação e em contato com produtos irritantes, como tecidos sintéticos ou lã, irá apresentar alterações como coceira, descamação, vermelhidão, ardência, dor, inchaço e rachaduras ou fissuras, que caracterizam as dermatites. O caráter de gravidade destas doenças vai variar de acordo com cada indivíduo, com a predisposição genética, ambientes em que vivem e fatores psicológicos; isso por serem, em sua maioria, de etiologia multifatorial.

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{ TOTAL SAÚDE / BEM-ESTAR }

Parklets oferecem uma pausa na correria de centros urbanos A vaga verde ou parklet substitui espaço de carros por áreas de convivência por MARINA BASTOS • foto FÁBIO ARANTES - SECOM- SP (SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DE SÃO PAULO)

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s parklets foram criados em São Francisco, nos Estados Unidos, e surgiram como forma de converter o espaço do estacionamento de automóvel, na via pública, em área recreativa temporária. A intenção da iniciativa é promover a discussão sobre a divisão justa do espaço público entre carros e pessoas,

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e, ainda, trazer um pouquinho de verde a lugares onde o cinza predomina. O espaço de convivência, com plantas, bancos e mesinhas, tornou-se uma opção de descanso, lazer e encontro, numa cidade tão habituada à falta de tempo. Os parklets conquistaram os moradores e vieram para ficar, em um dos maiores centros urbanos do País. Em São Paulo, foi feita uma assinatura do decreto que vai regulamentar o conceito de parklet como instrumento urbanístico na cidade.“Nós conseguimos transformar uma ocupação do espaço em política pública”, comemorou Lincoln Paiva, presidente do Instituto Mo-

bilidade Verde, que, em parceria com o Design Ok, concretizou o projeto. De acordo com a SMDU (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo), a ideia é melhorar a qualidade de vida das pessoas; para isso, não basta projetar uma praça ou um parque. É preciso entender a dinâmica de cidade que se deseja e a vida das pessoas no seu dia a dia. “Os espaços públicos devem refletir as necessidades e os anseios dos seus usuários, para, só assim, serem realmente utilizados. É uma questão física. Repare: enquanto o carro passa a maior parte do dia estacionado, o espaço ocupado por ele pode ser usado de forma qualitativa por pedestres e ciclistas. É só pensar em alternativas para o uso dos espaços públicos. Nesse sentido, os parklets proporcionam maior interação social entre os cidadãos e suas comunidades. É melhor que cada um trancado em seu carro, não?

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Como aproveitar melhor os parklets? Não tem muito segredo. Nas cidades do interior, ainda podemos ver as pessoas sentadas em cadeiras nas calçadas, batendo um dedinho de prosa. As vagas verdes apenas tentam resgatar esse hábito natural, mas que se tornou raro em São Paulo: conversar e conviver. Para a SMDU, os parklets são extensões temporárias de calçada e promovem o uso do espaço público de forma democrática, permitindo à comunidade construir seu próprio espaço de convívio e, de quebra, melhorar a paisagem urbana. Agora, que tal uma pausa de alguns minutinhos, para deixar a pressa de lado e contemplar a beleza da cidade, que, muitas vezes, não vemos porque passamos correndo?

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{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }

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Doce vicia? por DRA. TATIANE ATTILIO PASSONI - CRN 3/12175 • foto LUCIANO MUTA

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paladar adocicado é a preferência quase na totalidade das mulheres, principalmente no período que antecede o ciclo menstrual, a tão famosa e difamada TPM (tensão pré-menstrual). Comer um doce passa a ser tão ou mais importante que ter uma refeição equilibrada, e não é incomum eu ouvir de uma paciente que ela “trocou o almoço por uma barra de chocolate, porque era simplesmente impossível ficar sem comer o doce”. Outras frases que ouço com frequência são: - Olha, Dra., pode tirar tudo do meu cardápio, menos o doce. - Não consumo adoçante de forma alguma, amo açúcar. - Preciso comer doce todos os dias ou fico de mau humor. - Na sua dieta, posso comer doce, né?

açúcar chega à corrente sanguínea rapidamente, o que faz com que a glicemia se eleve; desta forma, o pâncreas produz insulina para carrear a glicose para dentro das células e, quando a glicose abaixa, advinha? A vontade de comer mais doce aparece. Ou seja, interpretando desta forma, podemos dizer, sim, que o doce é viciante. Isso não significa que devemos abolir o doce da nossa alimentação, mas que, assim como qualquer alimento, devemos saber como inseri-lo no cardápio, de forma a ajudar e não prejudicar nosso metabolismo. Comer corretamente é, antes de tudo, saber combinar os alimentos e variar o cardápio diariamente, sempre contemplando suas necessidades nutricionais!

E assim por diante. Parece que o doce é peça fundamental para que o plano alimentar possa ser incorporado na vida diária do paciente. O doce realmente foi relacionado ao sentimento em nossa cultura. No Dia dos Namorados, o chocolate é um presente de grande importância. Comer brigadeiro de colher com as amigas para contar as novidades, ou na noite de pijama, faz parte da adolescência; comer um doce como recompensa por um dia chato é muito comum; presentear com um bombom é sinal de carinho. Ou seja, o doce é agradável, mas será que também vicia? Sim, a resposta é esta mesmo, o doce vicia. É claro que o mecanismo deste vício funciona de uma forma especial, acompanhe: quando comemos um doce cheio de açúcar, também chamado de carboidrato de alto índice glicêmico, de estômago vazio, este

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{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }

Chás e seus benefícios por DÉBORA SORIA NUTRICIONISTA - CRN 3/28674 • foto HENRIQUE ATTILIO

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chá, nos dias frios, serve para aquecer, mas não apenas para isso. São inúmeros os benefícios que essa bebida nos oferece, desde o emagrecimento até amenizar a ansiedade; porém, a forma correta de preparo é importante, para poder usufruir ao máximo de tudo o que ela tem a oferecer. Aí vão algumas dicas importantes: desligue o fogo, assim que a água começar a ferver, e acrescente duas colheres de sopa para um litro, ou duas colheres de chá para cada 250 ml. Os chás de frutas podem ficar em infusão de oito a dez minutos. Já o chá-verde deve ficar imerso por, no máximo, cinco minutos, pois, após esse tempo, a planta libera uma substância chamada tanino, que dá o sabor amargo à bebida. Beba chá fresco. Não guarde para o dia seguinte. Não prepare o chá em vasilhas de alumínio: pode perder a eficácia. Coloque folhas frescas de hortelã, elas amenizam o sabor amargo. E ainda é aconselhável armazenar sempre na geladeira, ou na garrafa térmica, e jamais reaquecer a bebida, porque parte de suas propriedades serão perdidas. Conserve por até 24h na geladeira.

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AGORA, VAMOS A ALGUNS CHÁS E SEUS BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS:

Chá de hibisco Efeito: reduz a gordura e a retenção de líquidos. Tem ação anti-inflamatória. O chá ajuda a diminuir a inflamação da obesidade, que é considerada um estado inflamatório do corpo. Combate os radicais livres, protegendo a pele do envelhecimento precoce. Ajuda no controle do colesterol e é muito diurético, capaz de fazer uma varredura de toxinas no organismo. Além disso, pode ser uma boa opção para hipertensos. Como usar: 4 vezes ao dia, entre as refeições.

Chá de boldo Efeito: é um calmante para o fígado e o estômago. É indicado para quem tem problemas de digestão, e para a ressaca.

Cavalinha Efeito: essa erva atua diretamente nas inflamações, exterminando os nódulos de celulite. Isso porque a cavalinha ativa a circulação sanguínea, acelera o metabolismo e é desintoxicante.

Capim-cidreira Efeito: essa erva é aliada do sistema digestivo e ainda ajuda a aliviar gases. É um chá ótimo para ser tomado depois das refeições, por pessoas que têm problemas de digestão.

Camomila Efeito: tem ação calmante. A camomila é boa para combater ansiedade e insônia, e tem sido muito usada para aliviar a enxaqueca. Essa opção é muito indicada no período da TPM, já que ajuda a amenizar cólicas, além da ação calmante. A pessoa que quiser dormir melhor à noite pode misturar uma colher de camomila e outra de erva-cidreira, para um efeito sedativo melhor.

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Hortelã Efeito: essa folhinha de aroma revigorante serve como antiparasita e antifúngico; ou seja, ajuda a matar bactérias ruins, principalmente do intestino, e auxilia pessoas que estão com complicações de gases.

Alecrim Efeito: é um chá digestivo excelente, melhor ainda do que a hortelã. O alecrim também é muito usado para ajudar pessoas que querem controlar o peso, pois aumenta a sensação de saciedade. Este chá ainda tem ações antiespasmódicas e anti-inflamatórias – boas para cólica renal e menstrual –, ação antifúngica, ótima para ajudar a mandar embora o fungo cândida do organismo, e ação desintoxicante. É um verdadeiro tônico para o fígado.

Chá de canela Efeito: a canela pode ser uma ótima aliada no controle de diabetes. Ajuda na redução da glicemia, regulando o açúcar no sangue. Além disso, ajuda a diminuir a vontade de comer doces e melhora a circulação.

Chá-verde Efeito: este é mais um chá desintoxicante, ajuda a fortalecer o sistema imunológico, previne problemas cardiovasculares, por controlar o colesterol, e ainda tem vários princípios ativos que ajudam na prevenção do câncer. Ajuda a combater cáries – basta fazer bochechos com ela – e serve de protetor solar interno, ajudando a proteger a pele contra raios ultravioletas. O chá-verde também é muito famoso pela ação termogênica; ou seja, acelera o metabolismo na queima de gorduras e pode contribuir para quem quer perder os quilos extras. Mas vale lembrar que a bebida não é milagrosa e nem ajuda a emagrecer sozinha.

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{ TOTAL SAÚDE }

Microfisioterapia A cura dentro de cada um

por TAINÁ VARESQUI ZEFERINO • foto HENRIQUE ATTILIO

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microfisioterapia ou microkinesitherapie é uma técnica manual da fisioterapia, criada na França, que utiliza toques sutis para identificar, na memória biológica dos tecidos corporais, marca de eventos ou agressões que ocorreram com o indivíduo, e, a partir disso, estimular a sua autocura, fazendo com que o corpo reconheça o agressor e desencadeie a sua eliminação. Quando essas agressões ultrapassam o limiar de defesa do organismo, a vitalidade dos tecidos é alterada, e surgem vários sintomas e doenças. Assim, por meio da microfisioterapia, é possível restabelecer o equilíbrio do organismo, identificando a causa primária de um sintoma ou doença, restaurando a

TAINÁ VARESQUI ZEFERINO Fisioterapeuta - Crefito 13- 12 9438

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vitalidade dos tecidos do corpo que foram afetados, seja por agressão traumática, tóxica, viral, ambiental ou emocional. Cada sessão leva em média uma hora. Após a avaliação inicial, o paciente é colocado em uma maca, necessitando apresentar-se apenas com uma roupa confortável. Geralmente, após uma sessão, já é possível sentir alguma diferença no estado geral do organismo. A microfisioterapia não tem contraindicação, pode ser aplicada em pessoas de todas as idades, de bebês a idosos. O tratamento pode ser preventivo ou curativo, com objetivo terapêutico ou não, a fim de promover a saúde e o bem-estar. “Técnica maravilhosa e realmente eficaz para tudo que se propõe, minha vida está muito melhor, e ainda falta uma sessão.” Relata a paciente Sirley Tomassini. Reações adversas, como mudanças de sono, vômito, alterações de humor e aumento do problema, podem surgir nos primeiros dias após as sessões, em alguns pacientes. A técnica tem seus princípios semelhantes aos da homeopatia, usando o semelhante para promover a cura; por

isso, às vezes, as complicações pioram para, depois, regredirem. Para um tratamento completo de algum problema, aconselha-se entre três e quatro sessões, feitas com intervalos de um a dois meses. A microfisioterapia é uma técnica complementar, que não visa substituir métodos convencionais. É indicada para tratar alergias, enxaquecas, depressão, distúrbios do sono, distúrbios hormonais, síndrome do pânico, traumas emocionais e físicos, dores crônicas e agudas, ansiedade, fobias, hiperatividade, falta de atenção e concentração, agressividade e, também, alteração no funcionamento dos órgãos (azia, constipação, entre outros).

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{ NEGÓCIOS }

Entre franquia ou negócio próprio, que tal os dois? por RENATO LIMA • foto HENRIQUE ATTILIO

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uem circula pelo Centro de Campo Grande acompanha o crescimento do número de farmácias trazendo novas bandeiras e disputando as esquinas da Capital. De acordo com a Associação Comercial de Campo Grande, já são mais de 300 farmácias espalhadas pela cidade. No ramo há 25 anos, o empresário Lodomilson Alexandre foi um empreendedor desbravador na região do Coophavilla II. Com a sócia e farmacêutica Sônia Maria Schiavo, abriram uma farmácia que é, hoje, a mais antiga do bairro. O segredo para o sucesso empresarial nessas mais de duas décadas está na experiência e capacitação profissional.

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“Antes de abrir meu próprio negócio, já trabalhava 10 anos em farmácia, por isso, adquiri experiência e conhecimento prático do setor, o que me ajudou a definir o tipo de negócio. Depois, buscamos inovar e começamos a oferecer serviços que só havia nas farmácias do Centro, como entrega, promoções, cadastro de clientes, coisas que há 20 anos não eram comuns”, explica Lodomilson. Ele conta que mais difícil que abrir o negócio próprio foi mantê-lo e, para isso, recorreu à ajuda especializada em busca de consultoria empresarial. “O Sebrae/MS sempre foi um grande parceiro. Depois do treinamento, tivemos uma consultoria em Recursos Huma-

nos e em Gestão Financeira, que nos ajudou a organizar nosso setor administrativo, e, com isso, capacitamos os nossos colaboradores para melhores resultados. Sempre buscamos estar à frente neste ramo, com ideias inovadoras e novos serviços. Por isso, o Sebrae nos ajudou a ver a nossa empresa por um lado mais profissional, sem tirar a essência de ser uma empresa familiar; e isso foi o diferencial no nosso negócio. Aprendemos o jeito certo de lidar com a empresa e não ter medo de crescer. A meu ver, o pequeno empresário peca em não buscar ajuda quando precisa. O Sebrae nos abriu muitas portas e oportunidades, principalmente na gestão do nosso negócio.”


LODOMILSON ALEXANDRE Empreendedor desbravador na região do Coophavilla II

EXPANSÃO Com a chegada das grandes redes de farmácia, Lodomilson viu na concorrência uma oportunidade para expandir a empresa. “Compramos uma franquia da maior rede de farmácias do Brasil, com mais de 500 lojas espalhadas pelo País. Atuar nesses dois polos só veio nos trazer coisas novas e estamos muito bem, pois, desde condições comerciais, até administrativamente falando, estamos somando tudo ao nosso negócio e a cada dia nos profissionalizando mais”, conta. Atualmente, ele emprega 28 pessoas e conta com mais de 14 mil clientes cadastrados nas duas farmácias. Segundo Lodomilson, o proprie-

tário de empresa familiar só sobrevive com muita dedicação e organização, qualidades sem as quais, na opinião dele, torna-se impossível sobreviver em um mercado tão competitivo. “Procurar ajuda profissional, no meu caso, foi um divisor de águas. Por meio do Sebrae, tive a certeza de que o investimento que fiz iria render frutos em médio e longo prazo. Mesmo eu já conhecendo o ramo, tive diversas consultorias para chegar a uma decisão definitiva e, sem elas, não poderia chegar aonde cheguei. Minha opinião, como empresário, é que ter sucesso é uma questão de tempo, e ter uma empresa de sucesso é uma questão de dedicação”, finaliza.

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por NELSON LAM KOWAI FOOK • foto HENRIQUE ATTILIO

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{ SUSTENTABILIDADE }

Água, o bem precioso. por MARINA BASTOS

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estado de São Paulo vive a maior crise hídrica das últimas décadas e é obrigado a repensar sua relação com esse recurso. O ato de acordar, escovar os dentes, tomar banho e fazer um café faz parte da rotina de muitas pessoas. Mas, por muitas vezes, não paramos para pensar que a água utilizada para tudo isso é um bem precioso. E que um dia pode não estar sempre presente para ações tão essenciais do nosso dia a dia. No início de fevereiro, os paulistanos levaram um grande susto. Após o verão mais quente e seco, em sete décadas, o nível do principal conjunto de reservatórios da região metropolitana, o Sistema Cantareira, atingiu os níveis mais baixos desde que foi criado, em 1974. A cada medição, uma nova e má notícia. Os reservatórios chegaram a operar em menos de 10% de sua capacidade. O governo de São Paulo apontou como razão o clima. “Com mudanças climáticas, tem ano em que chove demais e, em outros, menos”, afirmou o governador Geraldo Alckmin, em entrevista à rádio Bandeirantes. Já para Maria Assunção Silva Dias, pesquisadora de Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo), isso não é novidade. Ela afirmou que a cidade já viveu períodos graves de escassez. “Não é nem preciso falar em mudanças climáticas. Desde 1930, tivemos vários anos de precipitação bem abaixo da média, alguns deles seguidos. Não é surpresa.” Entre 2009 e 2013, São Paulo viveu a situação contrária, com chuvas até 30% acima da média. Era natural, diz a especialista, que em seguida viesse um período de seca. “Tinha-se a ideia de que havia autossuficiência de água em São Paulo, mas não é verdade.”

Medidas em curto e longo prazo Uma das medidas adotadas para conter a crise de água em São Paulo foi oferecer desconto: quem consumir 20% menos água ganha desconto de 30% na conta seguinte. Além disso, o governo iniciou obras importantes para ampliação de captação de água em represas no interior do estado. Porém, especialistas afirmam que seriam necessários mais dois sistemas como o Cantareira para afastar o risco de escassez de água. E que faltou planejamento, pois uma situação dramática como a atual poderia ter sido evitada. Hoje, mesmo com algumas medidas paliativas, como desconto ou campanhas contra o desperdício, algumas regiões não escaparam do racionamento. Apesar de os paulistanos viverem a crise mais grave das últimas décadas, há nela uma grande oportunidade de mudar o formato de consumo de água, com o engajamento cidadão de todos a uma postura mais consciente. Prudência é a palavra-chave nesse momento, em São Paulo, onde cada morador desta cidade que nunca para deve mostrar força, e sem aguardar uma solução divina ou governamental. Pois ficou claro para todos que água é um bem valioso e, infelizmente, finito.

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Desperdício e exploração desordenada de água também são vilões desse colapso A ONU já alertou: se não houver mudanças de hábitos desde já, até 2030, quase metade da população global terá problemas de abastecimento – sem contar as 768 milhões de pessoas que já não possuem acesso à água potável e podem ficar em situação ainda mais complicada. Mas, pelo exemplo de São Paulo, vemos que as estimativas da ONU estão muito mais próximas. O problema da falta de abastecimento já afeta 1 bilhão de indivíduos, principalmente no Oriente Médio e norte da África. O sistema de distribuição d’água, que já é precário, tende a acabar. “Nos últimos cinquenta anos, a população mundial triplicou, e o consumo de água aumentou seis vezes”, sintetizou o ecólogo paulista José Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia.

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O aumento demasiado da população já bastaria para tornar a situação complicada. Para piorar, a saúde dos rios – as principais fontes de água doce da Terra – não é tratada com a devida atenção. As previsões assustam, mas ainda existe esperança. Os mananciais degradados têm chance de serem despoluídos. Novas técnicas de tratamento, cada vez mais, reutilizam a água do esgoto em países desenvolvidos e melhoraram, bastante, as condições técnicas e econômicas para a exploração de fontes alternativas. Hoje, o Brasil não usa nem a metade do seu potencial de água doce. Ainda assim, metrópoles como São Paulo e Recife enfrentam colapso no abastecimento público. Para especialistas, o problema é mau gerenciamento. “Temos

rios degradados, índices de perda assustadores nas companhias de água e um desperdício inconcebível por parte da população”, elencou José Almir Cirilo, presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, no Recife. O desperdício começa na própria rede de distribuição, por conta de problemas como vazamentos e “gatos”. De cada 100 litros de água coletados, apenas 64 chegam sãos e salvos à casa do brasileiro, em média. O restante fica pelo caminho. Um desperdício imperdoável para um recurso tão essencial e cada vez mais escasso. O alerta foi feito pelo Instituto Trata Brasil, que periodicamente divulga relatórios sobre a situação do saneamento e do acesso à água nos estados brasileiros.


1. Banho rápido

Desperdício não tem vez. E que São Paulo sirva de exemplo. Veja essas dicas para economizar água e faça sua parte:

Se você demora no banho, você gasta de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos rápidos (de no máximo 15 minutos) economizam água e energia.

2. Escovando os dentes Se a torneira ficar aberta enquanto você escova os dentes, você gasta até 25 litros de água. Então, o melhor é primeiro escovar e, depois, abrir a torneira.

3. Torneira fechada Torneira aberta é igual a desperdício. Com a torneira aberta, você gasta de 12 a 20 litros de água por minuto. Se deixar pingando, são desperdiçados 46 litros por dia.

4. Descarga Uma descarga chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto! Então, aperte a descarga apenas o tempo necessário.

5. Lavando louça Ao lavar louças, não deixe a torneira aberta o tempo todo (assim, você desperdiça até 105 litros). Primeiro passe a esponja e ensaboe, e depois enxágue tudo de uma só vez.

6. Lavando o carro Lavar o carro com uma mangueira gasta até 560 litros de água em 30 minutos. Quando precisar lavar o carro, use um balde!

7. Mangueira, vassoura e balde Ao lavar a calçada, não utilize a mangueira como se fosse vassoura. Utilize uma vassoura de verdade e, depois, jogue um balde d’água (assim, você economiza até 250 litros de água).

8. Jardim Regando plantas, você gasta cerca de 186 litros de água limpa em 30 minutos. Para economizar, guarde a água da chuva e regue sempre de manhã cedo, evitando que a água evapore com o calor do dia.

9. Aquário Se tiver aquário em casa, quando for limpá-lo, aproveite a água para regar as plantas. Esta água está enriquecida com nitrogênio e fósforo, o que faz muito bem para as plantas.

10. Pressão política É justo que cada um faça sua parte, mas não adianta só economizar: é preciso brigar por políticas públicas que cuidem dos rios, lagos e reservatórios, e garantam água potável para todos. C I N C O + | JU N H O 2 0 1 4 | 31


{ SUSTENTABILIDADE }

Educação Ambiental Drive Thru Ecológico Reciclagem, reflorestamento e sustentabilidade por CAROL ALENCAR • foto HENRIQUE ATTILIO

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ransformar em realidade o que antes ficava apenas na teoria. A busca pela conscientização ambiental, por meio de uma prática simples, que consiste em mobilizar a população a responsabilizar-se pela correta destinação de seus resíduos recicláveis, tem sido uma meta do projeto Ecoplantar. Recentemente, eles lançaram a ação social: Drive Thru Ecológico. O “negócio” funciona da seguinte forma: você se cadastra no site do projeto (ecoplantar.eco.br/ecossistema), separa os recicláveis da sua casa e os entrega no Drive Thru Ecoplantar, acumulando pontos para trocar por brindes, oferecidos por outras empresas com responsabilidade socioambiental. O projeto foi criado pelos amigos Marcos Eduardo Kirst e Rodrigo Albuquerque, donos do viveiro Ecoplantar, o qual segue o conceito de sustentabilidade reutilizando garrafas PETs arrecadadas em campanhas de educação ambiental, substituindo os saquinhos na produção de suas mudas. Tais campanhas ampliaram ao ponto de a prefeitura, em 2012, propor a cedência do espaço para o trabalho com a comunidade. “A ideia é promover a educação para a responsabilidade ambiental, de modo que as pessoas separem e destinem corretamente seus lixos recicláveis, colaborando para a elevação do volume de material que chega até as cooperativas e aumentando, assim, a quantidade de vagas para novos cooperados, sem redução de receita”, explica Marcos, avaliando que, enquanto houver ma-

terial no lixão, haverá pessoas catando ali, em condição arriscada e insalubre. O conceito de ajudar o catador, abastecendo a cooperativa, é só um perante outras linhas de raciocínio do projeto, que resolveu, também, agregar arte e reciclagem. “Firmamos parceria com artistas plásticos locais, para grafitar os latões de lixo que a gente disponibiliza em eventos. Isso, sem dúvida, chama atenção das pessoas”, diz. Guto Naveira é um dos artistas convidados.

Ainda de acordo com Marcos, atualmente somam-se 500 famílias, quase 2 mil pessoas ativas no projeto. “Esse volume de material a menos no lixão pode ser a salvação de uma criança que estaria lá para coletar algum resíduo reciclável. O problema do lixo é mais sério do que imaginamos.” O Drive Thru Ecológico funciona todos os dias, em um espaço cedido pela prefeitura, no Parque Linear do Segredo. Os idealizadores pretendem, futuramente, multiplicar o projeto para as demais regiões da cidade, a fim de que toda a população possa participar e para que o descarte correto torne-se uma ação espontânea.

Você sabia? De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil joga no lixo cerca de R$ 8 bilhões/ ano, por deixar de reciclar os resíduos que são encaminhados aos aterros ou lixões. Perdas assim, por falta de reciclagem ou destinação adequada do lixo reciclável. Imaginem onde isso vai parar no futuro, se nós não nos mobilizarmos?

Para participar, você deve juntar o lixo reciclável de sua residência e levar até o posto de arrecadação da Ecoplantar, que fica no Parque Linear do Segredo, ou pode obter mais informações no site www. ecoplantar.eco.br

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{ SUSTENTABILIDADE }

Morando sustentável

MÁRCIA RIBEIRO, r uiteta ra ua a e Design de Interiores

por ANDRÉIA NUNES foto VÂNIA JUCÁ

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alar de arquitetura e sustentabilidade nos dias atuais continua em alta. O assunto vem à cabeça sempre que precisamos investir na construção, reforma e decoração, assim como equipar a casa. A tarefa é difícil, porque o momento envolve várias práticas, que vão desde a escolha dos materiais ao descarte do lixo. O tema, que já faz parte de uma consciência presente na vida de muitos, gera dúvidas em relação a custos e preocupa quem pensa em sustentabilidade e tem intuito de preservar recursos para as gerações futuras. Este pensamento é um caminho que leva ao desenvolvimento de produtos que diminuem impactos ambientais, de tecnologias mais inteligentes e que mudam a produção industrial, tornando os materiais ecologicamente corretos, acessíveis. Para Márcia Ribeiro, arquiteta, também graduada em Design de Interiores, em Barcelona, uma das maneiras de viabilizar a sustentabilidade, com preços honestos, é optar por um profissional para auxiliar no projeto arquitetônico. “Estamos sempre em busca de novas tecnologias e materiais que deem sustentabilidade a todo tipo de projeto. Desta forma, qualquer pessoa que queira construir tem referências das novidades”, conta Márcia. Além disso, ela também alerta o quanto o consumo responsável é importante para estimular a preservação: “Toda inovação tecnológica, a princípio, apresenta um custo elevado; porém, ao decorrer do tempo, traz vantagens. À medida que a população tem a preocupação sustentável, o mercado oferece as alternativas”, ressalta, referindo-se à “lei da oferta e da procura”. Portanto, ter um lar ou um empreendimento sustentável, que reaproveite e proteja os recursos naturais para outras gerações, pode ser a alternativa mais importante a se fazer. Ilustrando melhor as atitudes que se pode tomar para uma moradia ecologicamente correta, Márcia Ribeiro cita ideias que valem a pena serem conversadas com um arquiteto:


Casa fresquinha “Dentro do tema, podemos falar também da ‘arquitetura bioclimática’, usada como meio de reduzir o consumo energético. Essa arquitetura estuda as condições climáticas para oferecer o conforto térmico em todas as estações do ano”, esclarece a arquiteta. Um exemplo? O telhado verde. Composto por gramíneas que acumulam a água, é uma das saídas que resfriam a casa e combatem ilhas de calor.

Aquecimento ideal As placas solares são um dos meios mais populares de economizar energia e de aproveitar o sol. “Muito eficiente e economicamente viável”, como recomenda Márcia, as placas já são de uso comum no Brasil. Um bom exemplo são os residenciais do programa “Minha Casa, Minha Vida”, da Caixa Econômica Federal. Mais de 183 mil casas foram construídas com sistemas de aquecimento solar, em dez estados. De acordo a Caixa, a economia na conta de luz pode ser de até 30%.

Luzes A arquiteta também destaca a iluminação como um ponto importante para a economia. “As lâmpadas eletrônicas substituem as lâmpadas incandescentes. Assim como a utilização das luminárias de LED, que têm melhor eficiência energética, com uma tecnologia que supera a iluminação convencional e gera uma redução que varia de 50% a 80% no consumo.”

Água reutilizável “Usualmente, já se utiliza nos projetos arquitetônicos o reuso da água servida, bem como o sistema de captação e armazenamento de água da chuva, gerando economia de toda ordem, pois se evita o consumo da rede concessionária”, sugere a profissional.

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Filmes falam do impacto das ações do homem e de suas consequências

por AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo

por AirTon rAes - AIRTONRAES@GMAIL.COM

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Terra tão poluída que os humanos vão morar no espaço. Um robô com a missão de limpar o lixo para que o planeta volte a ser habitável. Assim começa o filme “Wall-e”. Uma forma de mostrar o que pode acontecer se a sociedade mantiver um modo de vida sem se preocupar com o meio ambiente e sem tomar medidas sustentáveis. O cinema tem a capacidade de poder mostrar possibilidades de futuro como forma de reflexão para a vida cotidiana. Em vários momentos, a sétima arte levou até o espectador previsões de como o mundo pode ficar, caso os recursos naturais não sejam preservados de forma adequada. Um dos episódios da animação nacional “Uma Historia de Amor e Fúria” apresenta um Brasil no qual, em 2096, a água é escassa. Uma estatal chamada “Aquabrás” controla o aquífero Guarani. Um copo de água custa mais caro que whisky em bares, e cada cidadão tem sua cota de consumo. A polícia detém quem portar o líquido sem autorização. Em “Lorax – Em Busca da Trúfula Perdida”, é apresentada uma sociedade sem árvores, em que tudo é feito de metal e plástico. Esses são alguns exemplos

entre um universo de películas que já mostraram desde o planeta em uma nova era glacial, em razão dos efeitos climáticos, a um mundo sem alimentos. Também podemos encontrar filmes que mostram e denunciam situações de desrespeito ao meio ambiente e suas consequências. O vencedor do Oscar de melhor documentário “Uma Verdade Inconveniente” mostra o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore analisando a questão do aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e, também, possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas. Já o documentário “The Great Global Warming Swindle” apresenta a tese de que o aquecimento global não é causado pelo homem. Alguns filmes destacam a nossa relação com a indústria de consumo, como por exemplo, o filme “Bag it!”, que traz à tona a discussão sobre as sacolas plásticas e a dificuldade em aboli-las de nossas vidas. “Alimentos S.A” tenta desconstruir a imagem que temos sobre os alimentos que consumimos. A sustentabilidade não está restrita apenas nas temáticas dos filmes. Em São Paulo, foi montado o primeiro cinema sustentável do Brasil. O projeto “Cinesolar” é uma estação móvel equipada com placas solares que possibilitam, por meio de um sistema conversor de energia solar para elétrica, a exibição de filmes utilizando energia limpa e renovável. O diferencial é que o próprio veículo possui toda a estrutura para realizar esse tipo de ação.

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“O Veneno Está na Mesa” Direção: Silvio Tendler O filme mostra o perigo a que se está exposto por conta do emprego de agrotóxicos na agricultura, e como este modelo beneficia as grandes transnacionais do veneno, em detrimento da saúde da população.

“Nosso Planeta, Nossa Casa” (Home) Direção: Yann Arthus-Bertrand O filme é inteiramente composto de imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico.

“A Era da Estupidez” (The Age of Stupid) Direção: Franny Armstrong Filmado um pouco por todo o mundo, a história coloca o espectador em 2055, em que, perante um mundo destruído e olhando em retrospectiva, um homem solitário se questiona sobre o porquê de se terem ignorado os avisos sobre alterações climáticas enquanto ainda era tempo.

“No Mundo de 2020” (Soylent Green) Direção: Richard Fleischer No ano de 2022, a cidade de Nova Iorque conta com 40 milhões de habitantes. Para alimentar as inúmeras pessoas pobres e desempregadas, existem tabletes verdes chamados de Soylent Green, produzidos inicialmente por meio da industrialização de algas. Somente os ricos têm acesso a comidas raras, como carnes, frutas e legumes.

“Saneamento Básico” Direção: Jorge Furtado Os moradores da fictícia Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos, localizada na Serra Gaúcha, reúnem-se para tomar providências a respeito da construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Entretanto, a prefeitura dispõe de quase R$10.000 para a produção de um filme. Surge, então, a ideia de usar a quantia para realizar a obra e rodar um filme sobre a própria obra.

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{ SUSTENTABILIDADE }

Programa recebe alimentos que iriam para o lixo e os distribui No ano passado, foram mais de 2 mil toneladas de alimentos reaproveitados por PATRÍCIA BELARMINO • foto DIVULGAÇÃO

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ma mesa sustentável, do começo ao fim. É isso que o Programa Mesa Brasil oferece a centenas de sul-mato-grossenses, todos os dias. Alimentos que seriam descartados, jogados no lixo, vão parar na mesa de quem precisa e teria dificuldade de alimentar-se sem a ajuda de empresas voluntárias que fazem a doação. Coordenado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), o programa baseia-se no princípio de que a alimentação é um direito fundamental de todo e qualquer cidadão, além de ser uma necessidade básica para a sobrevivência e qualidade de vida. O foco são pessoas carentes e em situação de vulnerabilidade, que são atendidas por instituições sociais cadastradas pelo programa. A elas, é garantido o acesso à alimentação, agregando valor nutricional e melhora na qualidade da alimentação. Hoje, o programa tem 30 doadores cadastrados e 123 instituições sociais que são atendidas. “Vários alimentos podem ser doados, desde que estejam próprios para o consumo, com embalagens íntegras e dentro do prazo de validade. Alimentos como frutas, verduras, legumes, frios, laticínios, carnes, ovos, pães, massas e alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, óleo, sal, açúcar e farináceos, podem ser doados”, explica Michelli Dadamo, integrante da equipe do Programa Mesa Brasil. Entre os alimentos que não podem ser doados, estão refeições prontas e pães com recheios cremosos à base de queijos, presuntos e patês. Os alimentos doados são utilizados no preparo das refeições: desde o café da manhã até o almoço e lanches intermediários. “Eles podem ser distribuídos a famílias cadastradas nas instituições”, explica Michelli. Se não bastasse evitar que toneladas de alimentos fossem parar no lixo, o programa também promove treinamento nas instituições participantes, para que cada produto seja usado na totalidade. O objetivo é aproveitar integralmente os alimentos, para garantir melhor valor nutricional das refeições oferecidas, além de reforçar esta prática para diminuição do desperdício durante os processos de recebimento, armazenamento, preparo e distribuição. No ano passado, foram arrecadadas e distribuídas 988 toneladas de alimentos. Em Dourados, foram 704 toneladas e, em Três Lagoas, 308,6 toneladas.

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{ SUSTENTABILIDADE }

A seleção do artesanato na Copa por CLAUDIA MALFATTI • foto DIVULGAÇÃO

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ransformar o lixo em luxo, reaproveitar o que a natureza proporciona como matéria-prima para a produção de peças artesanais. Formas criativas encontradas por artesãos de Mato Grosso do Sul e que fazem sucesso. O aperfeiçoamento do trabalho tem rendido bons frutos, com vendas até no exterior. Atualmente, diversos produtos podem ser encontrados nas cidades-sede da Copa do Mundo. São bolsas, utilitários em cerâmica, biojoias em chifre e vidro, sacolas, jogos americanos, suvenires, entre outros artigos fabricados de forma sustentável. De acordo com a consultoria do Sebrae/ MS, cerca de 80 artesãos do Estado, participantes do projeto Brasil Original (Expoart), criado pelo Sebrae Nacional, foram preparados, desde 2012, para os eventos esportivos realizados no País, como a Copa das Confederações, ocorrida no ano passado, e, agora, a Copa do Mundo. Durante a capacitação, foram realizadas oficinas para desenvolvimento dos produtos, consultoria, visita a feiras nacionais, rodada de negócios, além da exposição e comercialização por meio de showrooms. Até o dia 13 de julho, as peças sul-mato-grossenses

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estarão em Brasília, Natal, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo, em lojas do Brasil Original, montadas pelo Sebrae, geralmente nos shoppings dessas capitais - locais de bastante fluxo a todo o momento, durante os eventos. Conforme a consultora do Sebrae/MS, Patrícia Caldas, o projeto contribuiu para que os artesãos se tornassem competitivos no mercado. Cerca de 30 unidades produtivas participaram, envolvendo um total de 80 profissionais. “Fizemos a avaliação das peças e verificamos a possibilidade de melhoria. Trouxemos designers e foram realizadas oficinas. Junto do artesão, criou-se um novo produto ou foi melhorado o que já existia”, explica. Além do produto em si, outro aspecto trabalhado foi o da gestão, no que se refere ao planejamento da produção, estoque de matéria-prima, custo e formação do preço de venda. “O objetivo é desenvolver o artesanato com foco em negócio e empreendedorismo, garantindo renda e melhor qualidade de vida. A partir disso, evidencia-se o que há no Estado e que pode ser o diferencial. Trabalhamos com fibra de bananeira, osso, couro, argila, madeira, sempre buscando o que encontramos em abundância em nosso Estado. Quanto mais natural, mais tem valor o produto artesanal”, esclarece Patrícia. Entre os participantes do projeto Expoart, está a Associação Milagre da Fibra, do município de Itaquiraí-MS, que reúne mulheres de assentamentos da região. Elas utilizam a fibra retirada do tronco da bananeira para a fabricação de bolsa, chapéu, mochila, jogo americano e porta-passaporte.

A produção das peças começou há 14 anos, por brincadeira, segundo a artesã Fátima Eleutério Sotani. “Ficamos apaixonadas e não conseguimos mais parar”, conta. Com o apoio da prefeitura e de outras instituições, como o Sebrae/MS, o grupo, formado hoje por seis pessoas, progrediu. “O remédio contra a depressão são a fibra de bananeira e o tear”, afirma a artesã. Além de utilizarem o que é oferecido pela natureza, conquistaram reconhecimento e fonte de renda. “Enviamos 150 peças para serem vendidas na Copa”, conta. Outra artesã que também tem artigos sendo comercializados no maior evento de futebol do mundo é Monique Klein. Ela utiliza materiais que iriam para o lixo, para transformar em peças que chamam atenção pela beleza e qualidade. Proprietária da Campo Grande a Tiracolo, Monique fabrica sacolas retornáveis, com banners e bolsas de lona reciclada. Para a Copa do Mundo, desenvolveu quatro modelos de bolsas, entre elas, a bolsa hexa, em formato de hexágono. “A proposta foi levar uma bolsa prática, a qual o torcedor pode utilizar o dia todo”, comenta.

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{ CIDADANIA }

Livro que aborda segurança pública propõe reflexão sobre

o tema

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Agente da Polícia Federal, André Salineiro lança obra ‘Gestão Estratégica em Segurança Pública’ na Capital por KÁTIA KURATONE foto HENRIQUE ATTILIO


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aumento da criminalidade no Brasil é retratado diariamente pelas mídias. Tragédias que marcam famílias, enchem as páginas dos jornais e assustam cada vez mais a população. Foi acompanhando esse cenário caótico, o qual assombra o País, que o agente da Polícia Federal (PF) André Salineiro resolveu analisar de uma forma diferente como o governo trata a segurança pública. O resultado está no seu primeiro livro, “Gestão Estratégica em Segurança Pública”, lançado recentemente, na Capital. O evento contou com a presença de familiares e amigos. “Há dois anos, comecei a escrever o livro. Procurei fazer uma análise das políticas de segurança pública que já foram desenvolvidas

no Brasil, que estão sendo desenvolvidas e que, hoje, tornaram o País um caos, porque vivemos números de índices de criminalidade nunca vistos, e o pior é que tendem a crescer”, afirma o autor. Crítico, Salineiro fala com propriedade, por ser um grande estudioso do assunto. É especialista em Sistemas e Gestão em Segurança Pública, e, também, no Uso da Informação na Gestão da Segurança Pública. “No livro, tomei o cuidado de não contar somente os problemas detectados, e sim colocar soluções, ou qual seria a solução mais adequada, o que poderia ser feito e que não está sendo feito. O intuito da obra é levar para a população a importância e a conscientização pela segurança pública. Somente a

sociedade conscientizada vai conseguir mudar alguma coisa”, ressalta. A obra é direcionada ao público em geral. “O livro não é técnico, não é burocrático, e, mesmo a pessoa não sendo da área, ela vai ler com tranquilidade e entender”, reforça. Atuante na proposta da prevenção para combater a violência, Salineiro também é membro do G.P.R.E.D. (Grupo de Prevenção ao Uso de Drogas da Polícia Federal) e realiza um trabalho voluntário de palestras, em escolas públicas e instituições. O projeto aborda temas como prevenção ao uso de drogas, combate ao crime, segurança pública, enfim, informações que podem fazer a diferença na vida das pessoas.

SERVIÇO Quem quiser mais informações pode entrar em contato pelo e-mail: andresalineiro@hotmail.com.

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{ CIDADANIA }

Vaquinha social ativa primeira escola de polo em MS Charity Game recebeu celebridades em apoio a projetos sociais por RENATO LIMA • foto HIGOR BLANCOT

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ara celebrar dois anos do Vaquinha Social – associação civil sem fins lucrativos, destinada à captação de recursos para projetos sociais –, foi realizado um quadrangular de Polo Equestre, que contou com a presença ilustre da ex-modelo internacional e jogadora de polo Kristie Hanbury, e do ator da Rede Globo Nando Rodrigues. O evento reuniu centenas de convidados no campo do Toca da Onça Esporte Clube, no dia 31 de maio, e destinou todo o dinheiro arrecadado para os projetos sociais do site www. vaquinhasocial.com.br. Kristie, que também é a embaixadora do Vaquinha Social, destacou o objetivo do projeto. “Uma das coisas

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que me encanta em relação a esse projeto é que o auxílio é pontual e diversificado. Isso permite que as pessoas ajudem projetos com os quais elas se identificam, sejam de crianças, mulheres, idosos, ou pessoas com deficiência. Assim, a ajuda é livre e democrática. Não se pode construir um castelo de ouro em um depósito de lixo, e isso é o que esses jovens empresários, que fundaram o Vaquinha Social, estão propagando; uma proposta em que toda a sociedade cresce a fim de criar um ambiente positivo para todos. É muito importante essa mentalidade, que começou com um pequeno grupo de lideranças e, hoje, permite que qualquer pessoa participe.” A Editora Alvorada, a Gráfica Al-

vorada e a Revista Cinco+ Total Saúde estão entre as empresas parceiras do Vaquinha Social, que, desde a fundação, apoiam os projetos acolhidos pelo site. A partir de junho, o projeto ganha o reforço do ator sul-mato-grossense Nando Rodrigues, que foi anunciado como “Amigo do Vaquinha Social”. “A responsabilidade social é quase uma obrigação, não só da pessoa pública, mas para todas as pessoas que têm condições de ajudar. Principalmente sendo um projeto sério como este. Estou muito feliz por estar aqui e poder usar a minha imagem e o meu nome para propagar esta ação por todo Brasil, ainda mais sediada aqui, no meu Estado”, ressalta Nando.


Escolinha A sinergia entre o Vaquinha e o polo equestre resultou na criação da primeira escolinha civil do esporte, até então praticado no Estado somente por militares. O presidente da Federação de Polo de MS, Fernando Fernandes, explica que o Toca da Onça Polo Clube foi criado em parceria com a Federação de Polo de Mato Grosso do Sul, para oferecer aulas para todas as pessoas, a partir dos seis anos de idade. “Campo Grande está ajudando a mudar a imagem do polo no Brasil. Atualmente, o cenário do polo brasileiro é o praticado em São Paulo, que é muito parecido com o da Inglaterra, onde o esporte é elitizado e carregado de glamour. Mas, na verdade, o polo tem raiz popular. Em países como Paquistão, Índia e Argentina, por exemplo, a prática é acessível a qualquer pessoa, ou seja, é um esporte inclusivo e democrático, e isso é muito bom”, explica Kristie, que já jogou polo nos cinco continentes do planeta.

PARTICIPE DA VAQUINHA SOCIAL, COM UM CLIQUE: Acesse o site www.vaquinhasocial.com.br; Escolha um ou mais projetos contemplados; Faça seu cadastro e a doação a partir de R$ 1; Assim que for atingido o valor do projeto, a equipe do Vaquinha faz o repasse.

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Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você.

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Com novas instalações, salas maiores e um amplo estacionamento próprio, a Angiocentro muda de endereço e reforça a preocupação que tem com o seu conforto e saúde. São mais de sete anos no mercado campo-grandense, trabalhando com equipamentos modernos e profissionais qualificados, tudo para o seu bem-estar. » Ecografia Vascular com Doppler » Angiorradiologia » Cirurgia Endovascular » Cardiologia Intervencionista » Neurorradiologia Intervencionista Fábio Moron | CRM-MS 3309 Giuliano Paiva | CRM-MS 3533 Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Mauri Comparin | CRM-MS 1975 Maurício Jafar | CRM-MS 2073 José Fábio Almiro | CRM-MS 6302 Marcos Franchetti | CRM-MS 6057 Julio de Paiva Maia | CRM-MS 6281 Aliomar Coelho Pereira CRM-MS 3793 Edgard Nasser | CRM-MS 4806 Flávio Senefonte | CRM-MS 4918

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{ LITERATURA }

Coleção História da Música Autores clássicos consagrados, que vão levar a imaginação a mundos mágicos

Música clássica para crianças sempre é uma boa ideia. Mas, agora, com a Coleção História da Música, as crianças se divertem muito mais, porque, além de ser uma coleção única em todo o Brasil, ela traz livros cheios de ilustrações e comentários acerca dos autores e dos concertos por eles escritos. A coleção completa contém 12 livros e 12 CDs, que contam histórias

com os principais astros da música clássica de todos os tempos, inclusive os brasileiros, e trazem as suas respectivas biografias. Para adquirir os exemplares da coleção, pode-se optar em apreciar três autores por vez, divididos em kits, escolhidos de acordo com a preferência, ou ter a coleção completa de uma vez, com várias vantagens.

Beethoven, Brahms, Chiquinha Gonzaga e Carlos Gomes

Chopin, Schubert, Ernesto Nazareth e Camargo Guarnieri

Grieg, Bach, Vivaldi

Mozart, Tchaikovsky, Villa Lobos

Coleção

O circo de TrazoM Este CD é parte da coleção História da Música e não pode ser vendido separadamente.

Ref. 313-12

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Antonio Vivaldi e a Caixa Mágica de Pintura O italiano tinha a cabeleira da cor do fogo e também era conhecido como il Rosso (o Vermelho, em italiano). Antonio Lucio Vivaldi viveu em Veneza com a sua família, boa parte também composta por músicos, e ficou muito conhecido pela série de concerconcer tos “As Quatro Estações”, em que buscava imitar os sons da natureza. Se prestarmos atenção em suas canções, é possível imagiimagi nar pássaros e o barulho das árvores. Considerado mestre dos violinos, Vivaldi quase se tornou sacerdote, mas, em virtude de problemas de saúde, passou a ministrar aulas de música em um orfanato de menimeni nas, onde também deu o seu último concerconcer to. Na narrativa do livro, Vivaldi e suas primas vivem aventuras misteriosas ao descobrirem uma caixa que faz magia.

Bach, o Descobridor de Sons Alemão, o pequeno Johann Sebastian Bach nasceu em uma casa rodeada de músicos. Naturalmente, tornou-se um deles quando cresceu, porém, destacou-se como o gênio mundialmente conhecido. Também foi compositor. Dentre as suas músicas mais conhecidas, “O Pequeno Caderno”, escrita no décimo aniversário de seu filho

mais velho, é uma de suas obras-primas mais contempladas. De infância feliz a uma vida plena, cheia de criatividade. A história deste músico é tão emocionante quanto as suas músicas. No livro, o personagem Bach descobre os sons por meio de objetos de seu cotidiano e propõe brincadeiras auditivas.

Grieg e os Gnomos De suma importância para o povo norueguês, Edvard Grieg, conhecido apenas por Grieg, nasceu em 1909 e viveu boa parte da juventude na Alemanha. Então, motivado pela saudade de seu país natal, expressou na música o imenso amor que sentia, promovendo as peculiaridades da música norueguesa em concertos simples e brilhantes. Aprendeu a tocar piano aos seis anos de idade, com a sua mãe, e foi influenciado por outros sábios ONDE ENCONTRAR?

da música erudita, como Mozart, Weber e Chopin. A maioria das crianças que aprendem piano tem contato com suas composições por serem músimúsi cas curtas e fáceis. Seu trabalho também é conhecido e admirado por grandes músicos. O Grieg na história do livro é muito especial e, por esse motivo, é destinado a conhecer seres diferentes e amistosos, os gnomos.

Você encontra a Coleção História da Música completa no site da Alvorada Direto, www.alvoradadireto.com.br ou ligue (67) 3316 5500 C I N C O + | JU N H O 2 0 1 4 | 53


{ CULTURA }

Brazil Day em Londres foi comemorado no dia da abertura da Copa do Mundo e reuniu centenas de pessoas na capital inglesa por LUIZ FELIPE FERNANDES • foto LUIZ FELIPE FERNANDES o

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os arredores da imponente Trafalgar Square, no centro de Londres, já era possível ouvir o batuque encorpado do samba. Se a memória auditiva falhasse, o inconfundível cheiro de carne assada era capaz de aguçar os sentidos mesmo de quem está há muito tempo longe de casa. Até o céu encoberto da capital inglesa deu lugar ao sol forte, como se a natureza tivesse entendido o recado: aquela era uma festa brasileira. Este ano, o Brazil Day em Londres teve um gostinho ainda mais especial. O tradicional evento, que reúne os brasileiros que vivem na capital inglesa, foi realizado no dia da abertura da Copa do Mundo e da primeira partida disputada pelo Brasil no Mundial. O jogo não foi transmitido em telões, mas, durante toda a tarde do dia 12 de junho, atrações artísticas e culturais se revezaram no palco montado em uma das mais belas praças de Londres, em frente à National Gallery. Em barracas montadas nos dois lados da praça, eram vendidos churrasco com arroz e mandioca, feijoada, acarajé, açaí na tigela e até churros recheados. Uma das barracas mais disputadas oferecia um kit tipicamente brasileiro, com porções de coxinha de frango, pão de queijo e brigadeiro. Pelos diferentes idiomas que se ouviam na fila, deu para perceber que não só os brasileiros apreciam as iguarias nacionais. De óculos escuros em formato de bola de futebol, a mineira Maria Luiza Freitas, 51, chamava atenção em frente ao palco. “A festa é maravilhosa, venho todo ano. Neste momento, dá muita saudade do Brasil”. Ela se mudou para Londres em 2002 e, assim como a amiga cearense Eleni Félix, 46, trabalha como cleaner (diarista). Elas garantem que, com o emprego, é possível ter uma vida melhor do que se estivessem no Brasil, motivo pelo qual não pensam em deixar o Reino Unido. Um DJ remixou hits da música popular brasileira, mas o ponto alto da festa veio com os versos de Gonzaguinha, que ecoaram como um hino não oficial do País. “Viver e não ter a vergonha de ser feliz...” Na sequência, a bateria abriu alas para passistas de escola de samba, que encerraram a festa com a expressão viva da tão admirada brasilidade.

TEVE COPA! Intencionalmente ou não, a sergipana Aricelle Paulino, 29, acabou virando o centro das atenções no Brazil Day em Londres. Devidamente trajada em verde-amarelo, a bela loira, estudante de Engenharia de Petróleo, levou para a praça uma réplica do troféu da Copa do Mundo. O resultado foram poses para dezenas de fotos. Há oito anos na Inglaterra, a jovem disse ter apoiado a realização do Mundial no Brasil. Segundo ela, o evento esportivo não teve relação com os problemas do País, embora as falhas na execução tenham comprometido os benefícios que ele poderia trazer. Leandro Alonso, 41, pensa diferente. Ele está há oito anos em Londres, trabalha como motorista e, para o Brazil Day, preparou uma faixa preta em protesto à Copa do Mundo. “É uma forma de apoio às manifestações que ocorreram no Brasil. Não é por eu estar aqui que não vou dividir esse sentimento”, disse. Alheio a polêmicas, o pequeno londrino Frank, de apenas 5 anos, orgulhava-se de estar com o uniforme completo da seleção brasileira. Munido de uma bandeira do Brasil, fez pose para ser fotografado pelo pai. Ele contou que, mais cedo, o garoto disse que não gostava da Inglaterra. “Today I’m brazilian (Hoje, eu sou brasileiro)!”, exclamou o mais brasileiro dos ingleses. C I N C O + | JU N H O 2 0 1 4 | 55


{ CULTURA }

Isaac de Oliveira Nova galeria da cidade traz acrílicos de Isaac de Oliveira e peças ilustradas com suas pinceladas por ANDRÉIA NUNES • foto HENRIQUE ATTILIO

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esejo de todo artista é ter um espaço para expor arte, expressar cores e aproximar quem passa. Essa sugestão da galeria Isaac de Oliveira não só cumpre este papel, como também sugere novas ideias de aplicação para as telas, como almofadas, utensílios de porcelana e itens de decoração. A inauguração da galeria abriu o mês de junho e presenteou a Capital com mais um local referência da cultura sul-mato-grossense. A proposta do artista é de que a galeria seja um espaço às inspirações e que, acima de tudo, esclareça conceitos quanto à escolha das telas. “Sempre tive dificuldade em explicar para as pessoas como as telas iriam ficar bem, então, criamos na galeria vários ambientes onde é possível visualizá-las melhor. Essa foi a ideia básica”, explica Isaac de Oliveira. Para o publicitário Flávio Vinha, presente na festa inaugural, a galeria fazia falta na cidade. “Eu acho que o Isaac precisa e a cidade também necessita de um espaço especializado em arte, que possua essa gama de produtos. Acredito que o Isaac irá ter muito sucesso e prestígio artístico. O que eu posso dizer é que sou parceiro deste projeto e desejo muita sorte.” Outra proposta que estreia o espaço são os objetos es-

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tampados com as obras do artista, o que os tornam pequenos elementos de arte. Ideia que Isaac atribui à esposa Secel. Canecas, blocos de anotação, squeezes, almofadas, bandejas, pratos, vasos e até o livro “Acrílicos”, da Editora Alvorada. Tudo, ali, é proposta, compõe a decoração da galeria - Isaac dá vazão à criatividade de quem olha. “Não tem para ninguém, não é simplesmente vir aqui e ver uma coisa colorida. Falo isso porque já imprimi alguns trabalhos em fotografia, e todos os detalhes da arte são perfeitamente impressos”, avalia Kilza Mathias Souza, apreciadora do artista Isaac de Oliveira. Para a maioria dos transeuntes da galeria, naquele três de junho, a iniciativa de consagrar um espaço voltado para as artes plásticas é um desafio do artista; mas as pessoas atestam sobre o padrão das obras e consideram que o local se torna um dos mais representativos em relação à cultura, fauna e flora, principalmente de MS. “A qualidade que se vê nessas telas está na qualidade do artista, e eu sei que o Isaac prima por tintas muito boas, importadas. Isso faz muita diferença juntar-se com o talento que ele tem. Você pode olhar de perto, e dá para ver pela pincelada a grandeza do artista”, completa Kilza.


Acrílicos Com um estilo inconfundível, Isaac de Oliveira reúne, em um único livro, maravilhosas telas de um universo de tons que provocam os sentidos. Pássaros, flores, peixes, ipês e pinturas abstratas registram o trabalho deste habilidoso artista plástico, que concebe em telas e tinta acrílica explosões de cores e a rica natureza do Centro-Oeste. O livro é uma publicação da Editora Alvorada. Mais informações, acesse:

www.alvoradadireto.com.br

Serviço A Galeria Isaac de Oliveira fica na Rua Antonio Theodorovick, 125, Carandá Bosque.

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{ CULTURA }

Choque de hiper-realidade Aclamado pela crítica, artista plástico Ron Mueck encerra sua primeira exposição no Brasil com sucesso de público por LUIZ FELIPE FERNANDES • foto FUNDAÇÃO CARTIER PARA A ARTE CONTEMPORÂNEA o o o

“Olha o joelho, o pé, o queixo... é tudo igualzinho!”, exclama a mulher que observa o casal de idosos que relaxa numa invejável paz de espírito sob a sombra de um guarda-sol. A surpresa com os detalhes tem explicação: os simpáticos velhinhos são, na verdade, esculturas que reproduzem a realidade de forma absurdamente fiel. Não por acaso, a reação do espectador é quase sempre resumida numa frase recorrente: “É tudo muito perfeito!”. O responsável pelo deslumbramento de milhares de pessoas ao redor do mundo é o artista plástico Ron Mueck. Australiano radicado em Londres, ele cria esculturas hiper-

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-realistas, em sua maioria de pessoas, nas mais variadas situações. Não bastasse a proeza de conferir às obras detalhes mínimos, Mueck brinca com as proporções ao fazer esculturas bem maiores ou bem menores que o normal. Durante dois meses, nove obras do artista foram expostas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Com ingressos a 14 reais, a espera na fila chegava a meia hora no último fim de semana da mostra. Por não ter restrição de público, chamou atenção a presença de uma grande quantidade de famílias com crianças, quase sempre com a curiosidade aguçada diante de uma arte tão provocativa.


PROVOCAÇÃO Ao subir as escadas do salão principal, o visitante já se deparava com a intrigante escultura de uma enorme galinha abatida e depenada, amarrada de cabeça para baixo. Da repulsa à admiração, o impacto inicial ia ganhando proporção equivalente à grandiosidade das obras. O casal de velhinhos, estrela da exposição, foi criado para a mostra brasileira. Além dele, os namorados adolescentes, a mulher carregando um pesado feixe de lenha, o homem curtindo um dia de sol na piscina... todos parecem ter sido congelados no tempo, embora a sensação seja de que vão se mexer a qualquer momento, tamanho o realismo.

A arte de Mueck revela toda sua complexidade ao provocar, no espectador, as mais diferentes sensações. O rosto da mulher que envolve seu bebê no colo deixa transparecer todo o peso de um cotidiano opressor, assim como o velho homem nu, sentado num barco, fechado em sua própria solidão, transmite uma melancolia desoladora. Numa das esculturas mais intrigantes, Mueck projeta seu autorretrato por meio de um rosto descontinuado, à semelhança de uma máscara, em profundo repouso. A exposição ainda incluía um documentário rodado no estúdio do artista, enquanto ele produzia suas novas obras. Para o presidente do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand, mostrar o artista recluso, trabalhando, enfatiza ainda mais a sensibilidade e o poder das esculturas, e destaca seu significado especial em nossos dias.

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{ CULTURA }

Educação, diversão e arte por ANDRÉIA NUNES • foto HELTON PEREZ

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SÉRGIO BACELAR Coordenador do Festival de Teatro Brasileiro

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uinze de maio de dois mil e quatorze, no calçadão da Rua Barão do Rio Branco, apresentou-se a peça “Remendo Remendó”, no seu melhor estilo popular. Quem estava disposto parou. Foram 55 minutos de pausa na rotina, que abriram espaço para cultura e marcaram a abertura do Festival Brasileiro de Teatro (FBT) por Campo Grande. Pela segunda vez na Capital, o FBT contou com o apoio da Editora Alvorada, presente nos dias de evento, levando a literatura para mais perto do público. Idealizador do projeto, que já tem 15 anos, Sérgio Bacelar é quem coordena o festival, que roda o País levando educação, diversão e arte para quem tem sede de movimentos completos como este. Em sua 16ª edição, o Festival de Teatro Brasileiro - Cena Baiana trouxe ciclo de dramaturgos, oficinas para os profissionais da área, programas educativos e encontros de artistas.


Para ele, o projeto também casa com as propostas dos parceiros, o que inclui a Editora Alvorada. “Para a gente, é fundamental ter parceiros que estão presentes e que acreditam no processo educativo. São parcerias muito fortes, ricas e valiosas para nós. Um exemplo é essa ação que a gente faz, de formação nas escolas, em que trabalhamos com arte-educadores capacitados e a oficina de ‘Introdução de Técnicas de Artes Cênicas’ para os jovens. A parceria com a editora é fundamental,

porque temos a mesma compreensão, sabemos que uma mudança estrutural só vem pela educação.” Este ano, o FTB, além de promover estes encontros de artistas e trazer oficinas aos jovens, trouxe seis espetáculos baianos, apresentados ao público em geral, com entrada gratuita ou a preços módicos. Ao final das peças, um bate-papo acontecia com a plateia, um momento de grande valia cultural e que consolida o festival e as suas propostas determinantes. Bacelar avaliou os encontros e o FTB em Campo Grande, e destacou a dança como um ponto alto desta edição, para a Capital. “Os encontros foram muito felizes. A vinda de Cristina

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Castro, a qual é diretora do ‘Festival Internacional Vivadança’, que tem um formato bem contemporâneo, foi um dos encontros mais legais. Eu destaco isso. Foi muito importante, porque a produção de dança de MS é muito forte”, revela. Ano que vem, o festival não deve aparecer por aqui, pois uma das propostas é justamente essa, rodar e integrar a arte País afora. “O Brasil é muito grande, precisamos circular e ir a outros estados. Como eu tenho falado, fizemos 15 estados e o Distrito Federal, tem mais outros oito para irmos. Posso adiantar, então, que no próximo ano vamos ter uma cena pernambucana em um estado do Norte, em Mato Grosso e Santa Catarina, que é por onde o festival ainda não passou”, esclarece o idealizador.

SERVIÇO Para quem foi ao Festival de Teatro Brasileiro e não teve tempo para olhar os livros da Editora Alvorada, acesse www.alvoradadireto.com.br e conheça as publicações.

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{ VIAJE BEM }

Sob o sol A de Punta Da tranquilidade das praias ao agito da noite, Punta del Este, no Uruguai, tem opções para todo tipo de turista por LUIZ FELIPE FERNANDES • foto LUIZ FELIPE FERNANDES

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fartura litorânea que faz do Brasil o país detentor das mais belas praias do mundo pode nos levar a ignorar destinos igualmente interessantes nos nossos vizinhos sul-americanos, tão ou mais acessíveis financeira e geograficamente. “Quintal” de gaúchos e argentinos, Punta del Este, no Uruguai, é uma excelente opção para quem já perdeu as contas de quantas vezes foi ao Rio de Janeiro ou que já conheceu as principais cidades litorâneas do Nordeste. Não é exagero dizer que o verão de Punta “bomba” e que, por isso, essa é a melhor época do ano para visitá-la. Cidade essencialmente turística, o agito está garantido entre dezembro e março, justamente quando o clima permite diversão para todas as idades e para todos os perfis de turista. É possível ir de avião do Brasil a Punta del Este, mas o melhor é desembarcar em Montevidéu e aproveitar um ou dois dias para conhecer a capital uruguaia. Do moderno terminal Tres Cruces, há ônibus regulares até Punta. A viagem é tranquila e leva cerca de uma hora e meia. Para quem incluir a Argentina no roteiro, também dá para chegar de barco.


Luxo O glamour de Punta del Este não passa despercebido nem aos mais desavisados. Do terminal de ônibus, já é possível enxergar o letreiro luminoso no alto da torre do restaurante giratório. É só seguir o fluxo de turistas para encontrar a famosa Avenida Gorlero, com cassinos, restaurantes, lojas e galerias. Paralela à avenida, a Calle 20 é uma verdadeira passarela da moda, com lojas de grifes internacionais. Apartamentos luxuosíssimos podem ser vistos em sequência nas orlas. São duas faixas de praias - a que é banhada pelo Rio da Prata, chamada Playa Mansa, e a que é banhada pelo mar, a Playa Brava. A de águas calmas é ideal para famílias com crianças, e a outra, com ondas, é reduto dos mais jovens. É na Playa Brava que está o Monumento al Ahogado, do artista chileno Mario Irarrázabal. Não volte de Punta sem tirar foto dos cinco dedos “saindo” da areia. Praias mais afastadas garantem mais tranquilidade, mas, para chegar até elas, é preciso pegar ônibus ou, o mais comum entre os turistas, alugar um carro. Na Playa Chihuahua, mais deserta, famílias e grupos menores praticam o naturismo. O turista não é obrigado a tirar a roupa, mas a placa avisa - nada de olhares constrangedores! Na programação diurna, destaque para a Casapueblo, do artista plástico Carlos Páez Vilaró. A arquitetura inusitada que se desenha na encosta é conhecida mundialmente, e o local funciona como museu, galeria de arte e até hotel. Este é um dos pontos preferidos para apreciar um pôr do sol de tirar o fôlego.

Agito Como toda cidade turística que se preze, Punta del Este conta com uma noite agitada. Próximo ao porto, turistas e nativos se revezam em três pubs, um ao lado do outro, em que só se paga a consumação. O mais cheio é o Moby Dick, que embala os frequentadores com música eletrônica, pop internacional e, acredite, sertanejo universitário “made in” Brasil. Para quem realmente quer experimentar um pouco do glamour de Punta, vale gastar alguns pesos no Conrad, o maior cassino da América Latina, e emendar com a balada na boate do próprio hotel. Além do padrão internacional na decoração dos ambientes, por lá, passam atrações de peso. No começo deste ano, apresentaram-se no Conrad cantores como Rick Martin, Ivete Sangalo e Michel Teló, além de vários DJs de renome mundial.

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