Edição 81 | Ano 7 | Agosto | 2014
A nova cara da Odontologia Samurai do fotojornalismo Pilates para gestantes La Bella Firenze
SUMÁRIO
EDIÇÃO 81
ANO 7
AGOSTO 2014
42 | Campo Grande,
08 | Total Saúde
capital do sucesso
NUTRIÇÃO NO COMBATE AO ENVELHECIMENTO
A VENCEDORA JUDOCA PARAOLÍMPICA
10 | Total Saúde O SIGNIFICADO DOS SONHOS
43 | Campo Grande,
12 | Total Saúde
RENATO RATIER, LEGADO DE SUCESSO
A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA NO ACOMPANHAMENTO PRÉ E PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA
44 | Decoração
capital do sucesso
ALVORECER DOS SENTIMENTOS É DESTAQUE NA CASA COR MS
14 | Total Saúde
48 | Literatura
PILATES PARA GESTANTES
SAMURAI DO FOTOJORNALISMO
16 | Total Saúde
50 | Total Saúde
A NOVA CARA DA ODONTOLOGIA
UMA AVENTURA DE PAI E FILHO A BORDO DE UM FUSQUINHA 1984
18 | Total Saúde PALADAR INFANTIL
20 | Total Saúde SANTO CIÁTICO
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14
22 | Total Saúde O REMÉDIO VENCEU, E AGORA?
26 | Campo Grande,
capital do sucesso
CAMPO GRANDE DA IMAGEM E DO SOM
28 | Campo Grande,
capital do sucesso
NUNCA DESISTA DE SEUS SONHOS!
32 | Campo Grande,
capital do sucesso
ORGULHO DA TERRA
36 | Campo Grande,
capital do sucesso
42
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52 | Literatura
INCENTIVAR OS PEQUENOS A OUVIREM MÚSICA CLÁSSICA
54 | Viaje Bem LA BELLA FIRENZE
58 | Cultura CIRCO DO MATO, 10 ANOS
60 | Cultura JARDS MACALÉ
64 | Comportamento MÉTODO MONTESSORIANO
66 | Comportamento NA GASTRONOMIA, ELA ENCONTROU UM NOVO SABOR DA VIDA!
NAS MÃOS DA ARQUITETURA
68 | Comportamento
38 | Campo Grande,
MÃE DE MIGUEL
capital do sucesso
MARIA CECÍLIA E RODOLFO
54
editorial
A
gosto é um mês especial para Campo Grande. É quando se comemora o aniversário da cidade, que, neste ano, completou 115 anos no dia 26. E, para homenagear os campo-grandenses, a equipe da Revista Cinco+ Total Saúde traz um especial recheado de matérias com pessoas que são sucesso pelo mundo afora e que representam Campo Grande com muito amor por onde passam. Nascidos e criados na Cidade Morena, os amigos de infância Raphael e Ricardo, mais conhecidos como a dupla sertaneja Munhoz & Mariano, conheceram o gostinho da fama recentemente. Em 2012, eles gravaram a música “Camaro Amarelo”, que estourou nas paradas, e, desde então, viajam o Brasil todo fazendo shows. Ainda na lista de sucessos do celeiro sertanejo local, estão grandes artistas como Michel Teló, que ficou internacionalmente conhecido após gravar a música “Ai, Se Eu Te Pego”, e Maria Cecília & Rodolfo, que se conheceram em uma universidade da Capital. Em entrevista exclusiva à Cinco+, eles falaram sobre o orgulho e a forte ligação com Campo Grande. O arquiteto Luis Pedro Scalise, que nasceu em Santa Catarina, mas adotou Campo Grande como sua “casa”, também é um dos destaques desta edição. Ainda temoso lançamento do livro “Olhar”, do fotojornalista Roberto Higa, que retrata 45 anos da trajetória da capital sul-mato-grossense pelas lentes do autor e é uma verdadeira aula de história sobre a evolução da nossa cidade. Vale a pena conferir!
Coordenação de Comunicação: Kátia Kuratone (DRT/MS 293) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Oscar Diego de La Rubia e Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e TIS Publicidade e Propaganda - Redação: Andréia Nunes (DRT/MS 1013); Caio César de Souza Luiz (MTB 72642 SP); Carol Alencar (DRT/MS 593); Claudia Malfatti DRT/MS; Jacklin Andreuce (DRT/MS 095); Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Patrícia Belarmino (DRT/MS 1211); Renato Lima (MTB/MS 489) - Revisão: Dafini Lisboa Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone, Oscar Diego de La Rubia. Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio - Planejamento e Operações: Henrique Attilio - Fotografias: Henrique Attilio, Perazzolo/OMA Galeria, Fabio Nunes, Vânia Jucá, Luiz Felipe Fernandes, Laila Pulchério e Deise Sinésio.
www.editoraalvorada.com.br Participaram nesta edição: Nutricionistas, Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175 e Laurinete Delalata da Silva CRN 3/15797; Odontologistas, Dr. Rafael Medeiros CRO/MS 4073 e Marcia Lessonier Medeiros CRO/MS 4072; Cinéfilo e Jornalista, Airton Raes.
Tiragem: 10.000 exemplares
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Boa leitura! Kátia Kuratone
ATENDIMENTO AO LEITOR Críticas, dúvidas, sugestões e comercial Fale com a gente: contato@revistacincomais.com.br Cartas: Rua Antônio Maria Coelho, 623 - Centro - CEP 79.008-450 - Campo Grande/MS Telefone: (67) 3313-6200 / 9254-4524
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{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }
Nutrição no combate ao envelhecimento por DRA. TATIANE ATTILIO PASSONI - CRN3 12175 • foto LUCIANO MUTA
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aúde, vitalidade e beleza são desejos de todos. Os banhos de leite, realizados por Cleópatra, demonstram claramente a busca do homem em manter-se jovem, desde o início dos tempos. Atualmente, podemos constatar os inúmeros tratamentos que prometem o que Cleópatra já buscava na época do Egito Antigo. A questão é: funciona? Para explicar melhor, vou utilizar um velho ditado, que diz: “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. Retirando os excessos do ditado, o que quero dizer é que todo e qualquer tratamento de beleza terá melhores benefícios se o organismo estiver “limpo” e funcionando adequadamente. Em outras palavras, bem nutrido. Entenda um pouco melhor:
Evite: Os alimentos pró-oxidantes e pró-inflamatórios, por gerarem maior produção de radicais livres. Eles são ricos em aditivos químicos (adoçantes, estabilizantes, antiumectantes e corantes) presentes na maioria dos produtos industrializados, açúcar refinado, cereais refinados e gordura saturada, trans e interesterificada (óleos modificados quimicamente).
estamos envelhecendo rapidamente, isso é realidade. E este envelhecimento deve-se ao fato de que estamos expostos a inúmeros agentes nocivos à nossa saúde. Entre eles, estão os radicais livres, que deterioram nossas células, deixando-as envelhecidas, e isso gera como consequência o desenvolvimento de diversas doenças e, também, o envelhecimento precoce, interno e externo. Externamente, podemos notar este envelhecimento por meio da pele, que perde sua luminosidade, elasticidade e hidratação. O cabelo e as unhas também sofrem com o ataque dos radicais livres. Por isso, a alimentação ajuda, e muito, no combate ao envelhecimento. Confira as dicas:
Use e abuse: De alimentos ricos em vitaminas, minerais, fibras e substâncias bioativas que combatem os radicais livres. Veja alguns alimentos e um de seus antioxidantes: mamão (betacaroteno), uva (ácido elágico), brócolis (flavonoides), goiaba (vitamina C), chá-verde (catequinas), curry (curcumina), nozes (polifenóis), tomate (licopeno), açaí (vitamina), goji berry (flavonoides) e abacate (glutationa). Agora, nada disso irá adiantar se você não tomar água. Sem a água, o organismo não conseguirá eliminar as toxinas do organismo, pois os antioxidantes apenas “reúnem” os radicais livres (em uma forma simples de expor o processo). É necessário retirar estes compostos tóxicos do corpo, e isso a água faz muito bem. Por isso, hidrate-se.
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{ TOTAL SAÚDE / BEM-ESTAR }
O significado dos sonhos por CLAUDIA MALFATTI
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s sonhos podem parecer incompreensíveis, mas as “histórias” que criamos ao dormir trazem conteúdos reveladores e têm, sim, significados. Na Antiguidade, eram relacionados a algo sobrenatural. Existia, também, a concepção de que serviam para prever o futuro. Em 1900, Sigmund Freud publicou uma de suas obras mais importantes, “A Interpretação dos Sonhos”, que se tornou pilar da teoria psicanalítica, classificando os sonhos como fenômenos psíquicos. O tema até hoje desperta curiosidade. É comum, numa roda de amigos, o assunto ser abordado com alguém contando sobre o sonho e tentando entender o porquê. A psicanalista Juliana Costa esclarece que os sonhos são formações do inconsciente, que vêm à tona quando adormecemos.
“Segundo Freud, o sonho é a realização de um desejo inconsciente e nos traz mensagens, muitas vezes, cifradas e de difícil entendimento” Todos nós sonhamos, mas nem sempre lembramos. A psicanalista comenta que os conteúdos dos sonhos estão repletos de
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significados relacionados à pessoa que sonhou, e sua compreensão depende de interpretação. “Nem sempre é um trabalho fácil, pois o relato vem repleto de conteúdos emocionais, de signos e atos falhos; muitas vezes, enigmáticos. Contudo, a verbalização conduz a um lampejo que fornece pistas esclarecedoras, e, baseada na experiência da pessoa, traz algo novo do saber”, explica Juliana Costa. No tratamento psicanalítico, o sonho do paciente é uma ferramenta imprescindível. Juliana observa, ainda, que é importante deixar claro que não há uma regra estabelecida quando falamos de significado dos sonhos. “A interpretação diz respeito à vida de cada sonhador. As crenças ajudaram os antigos nas questões em que não tinham respostas, e ainda hoje herdamos esses resquícios da história”, diz. E como explicar o sonho com pessoas que nem conhecemos? Conforme a psicanalista, em geral, as cenas em que se passam os sonhos, os lugares, as pessoas envolvidas, nem sempre são conhecidos. “Esses podem vir carregados de conteúdos de um passado remoto, ou restos diurnos, que presenciamos, vivenciamos e, posteriormente, registramos no inconsciente, mas que, naquele momento, não fez sentido; então, o sonho se apresenta no intuito de revelar, fazer sentido a algo ainda não sabido,” conclui Juliana Costa.
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{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }
A importância do nutricionista no acompanhamento pré e pós-cirurgia bariátrica por LAURINETE DELALATA DA SILVA - NUTRICIONISTA CRN 3/15797
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acompanhamento nutricional inicia-se antes da cirurgia. Um indivíduo que se submete à cirurgia bariátrica, seja ela qual for, vem de uma série de tentativas frustradas para emagrecer, submetendo-se a todos os tipos de desequilíbrios nutricionais e, na maior parte das vezes, enxerga na cirurgia o milagre procurado a vida inteira, imaginando que, após o procedimento, não precisará mais se preocupar em fazer dieta. O nutricionista tem como finalidade abordar princípios básicos da nutrição, ensinar “comportamentos magros” e iniciar a intervenção nutricional sugerindo mudanças alimentares imediatas, que promovam implantação de hábitos saudáveis, como planejamento e fracionamento alimentar, exercícios de mastigação correta e desintoxicação orgânica. Na prática clínica, é comum encontrarmos pacientes obesos desnutridos. A falta de nutrientes nos obesos está ligada a erros alimentares diários, consumo de alimentos com calorias vazias (fast-food, gorduras trans, alimentos industrializados), dietas da moda e medicações, com chances de causar uma gastrite, úlcera ou infecções por bactérias no estômago, impedindo, assim, a absorção adequada de nutrientes. A gordura corporal também colabora para deficiência de vitamina D. A falta de ferro, vitamina B12, zinco e ácido fólico proporciona risco à saúde, por isso, a importância da suplementação antes da cirurgia, visando: • Corrigir desequilíbrio nutricional; • Evitar desnutrição precoce após cirurgia; • Estimular as defesas do organismo; • Ampliar reservas de nutrientes; • Melhorar o processo de cicatrização e recuperação cirúrgica. A sequência no uso de vitaminas e minerais é para toda a
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vida, mesmo que em doses moderadas, de acordo com a necessidade de cada paciente. Eles servem para proporcionar equilíbrio, vitalidade, e evitar anemia, entre outras complicações. Após o procedimento cirúrgico, o paciente deverá criar novos hábitos e adquirir um novo comportamento. É possível, junto ao nutricionista, planejar cardápios saborosos e atrativos, sem que haja prejuízos na perda de peso. O abandono do acompanhamento nutricional abre possibilidades para o paciente retornar aos velhos hábitos e, assim, interromper a perda de peso ou recuperar alguns quilos. Entre as principais funções do nutricionista, destacam-se: a elaboração do plano alimentar; análise de exames laboratoriais junto ao médico-cirurgião e prescrição de suplemento (vitaminas, minerais, proteínas); além de acompanhamento da perda de peso, reforçando incansavelmente a importância das escolhas saudáveis, pois são atitudes nutricionais inteligentes que ajudarão na sustentação do novo corpo pelo resto da vida.
LAURINETE DELALATA DA SILVA Nutricionista CRN 3 15797 - Especializada em obesidade e emagrecimento - Especialista em obesidade e cirurgia bariátrica e metabólica - Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica
Atendimento na Clínica Palliare Tel.: 3026-3329 R. Antonio Maria Coelho, 2709 - Centro E-mail: nutry_silva@hotmail.com
{ TOTAL SAÚDE / BEM-ESTAR }
Pilates para gestantes Descubra como o método pode auxiliar antes, durante e após a gestação por JACKLIN ANDREUCCE • foto HENRIQUE ATTILIO
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imone está entrando no oitavo mês de gestação e, agora, terá de parar com as atividades de pilates que tanto a fortaleceram durante todos esses meses. As comuns dores lombares, que praticamente toda gestante sente, foram aliviadas a cada sessão com a fisioterapeuta Nádia Bitencourt. “O Pilates alivia totalmente as dores lombares, próprias da gestação, por conta do peso da barriga. A atividade me ajudou, ainda, a manter o equilíbrio, a flexibilidade e a minha postura, porque os exercícios fortaleceram meu abdômen. Vou sentir falta da prática de pilates. Terei que dar uma parada, já que vou entrar no 8º mês de gestação,” diz a dentista Simone Veronez Zan. A fisioterapeuta Nádia Bitencourt explica que o pilates é uma atividade completa, a qual alia a prática física ao relaxamento mental. O ideal é se preparar antes da gestação para iniciar o trabalho de fortalecimento muscular da região abdominal, indicado até o final do 7° mês e após o nascimento
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do bebê. É necessário que o profissional tenha muito cuidado com algumas posturas e exercícios que serão oferecidos à paciente, mas a prática é muito indicada.“O pilates oferece um conjunto de exercícios de alongamento, fortalecimento, flexibilidade e respiração, que faz bem para a mulher e para o bebê, como também de consciência corporal, o qual permite que a aluna estaja preparada para esta nova etapa. Além disso, a prática do pilates, antes do período gestacional, auxilia a mulher a recuperar seu corpo novamente, por conta do fortalecimento muscular e das posturas exigidas durante a realização dos exercícios”, explica a fisioterapeuta Nádia Bitencourt. O ideal é a mulher se preparar para a gestação. “Se ela pensar: ‘Quero engravidar’! Assim que for ao médico e for orientada, poderá dar início às aulas de pilates. No pilates, trabalhamos muito em cima da ‘casa de força’, que é o fortalecimento da musculatura do abdômen, do glúteo e dos músculos lombares; e por isso é interessante que a mulher
NÁDIA BITENCOURT fisioterapeuta/Crefito 106481 – F E-mail: nadiabiterncourt@gmail.com Tel.: (67) 9253-0525
inicie o trabalho ao pensar em engravidar, pois já estará com a musculatura fortalecida, diminuindo o risco de lesão na coluna e, assim, gerando mais qualidade de vida”, completa a fisioterapeuta. Já pensando, também, no preparo da gestante quando for desempenhar a função de mãe, a fisioterapeuta trabalha ainda o fortalecimento muscular dos braços e ombros. “Ela precisa desenvolver força nos membros superiores, pois o bebê permanecerá em seu colo durante um bom tempo e, por este motivo, ela necessita estar preparada para esta nova etapa”, diz Nádia. A fisioterapeuta orienta aquelas gestantes que têm vontade de iniciar a prática do pilates a buscar, primeiro, orientação médica. Caso a mulher não estiver praticando o método, é necessário iniciar o trabalho após o 3º mês de gestação, garantindo, assim, benefícios à saúde dela e da vida que está gerando.
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{ TOTAL SAÚDE / ODONTOLOGIA }
A nova cara da Odontologia Odontologia Multidisciplinar por CLÍNICA IMPRO
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té pouco tempo atrás, quem procurava um dentista não tinha dúvida: dentista bom é aquele que resolve tudo! O mesmo dentista que extraía o dente fazia a limpeza, restauração, prótese, canal e, algumas vezes, até aparelho. Quanto mais procedimentos realizados, mais completo era o dentista. Acontece que, nos últimos anos, essa ideia mudou completamente. Com o avanço nos campos científicos e tecnológicos, a especialização de cada área da Odontologia tem sido tanta, que é impossível um mesmo profissional exercer com excelência todas elas. São anos e anos de estudos, treinamento, sem falar nos investimentos em cursos, congressos e equipamentos. Ao mesmo tempo, o cotidiano das pessoas tem se tornado mais e mais corrido, com grande dificuldade de gerenciamento de tempo. Tudo o que elas querem é aquele profissional de
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antigamente para resolver todos os seus problemas bucais, sejam eles funcionais ou estéticos, em um só lugar. Buscando juntar o melhor das duas eras, a facilidade do tratamento completo em um único lugar e a qualidade de um tratamento altamente especializado, a nova Odontologia é o que chamamos, hoje, de Odontologia Multidisciplinar. É, sem dúvida, uma mudança de paradigma, um mesmo tratamento ser conduzido ao mesmo tempo por diversos profissionais especialistas, tudo na mesma clínica. A clínica Impro, na vanguarda da Odontologia, já adota essa nova abordagem no tratamento de seus pacientes, com especialistas em diversas áreas da Odontologia, estando sempre prontos para não só iden-
tificar as necessidades e os anseios de seus pacientes, mas preparados para expor todas as possibilidades de resolução do caso, que nunca é única, absoluta, e o paciente toma parte nesse processo de decisão. Essa Odontologia de time é o que há de mais moderno nos tratamentos bucais e é perfeitamente sintetizada pela simbólica frase do psicólogo e consultor norte-americano Warren Bennis:“Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos”.
{ TOTAL SAÚDE }
Paladar infantil por CLAUDIA MALFATI
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ocê sabia que o paladar da criança se forma até os dois anos de idade? Isso significa que, nesse período, é fundamental oferecer o maior número de alimentos possíveis ao bebê e, claro, priorizar sempre as refeições saudáveis. Normalmente, aos seis meses de vida, os alimentos sólidos começam, aos poucos, a fazer parte do cardápio. Variá-los é essencial para habituar o paladar. Quem tem ou conhece alguma criança percebe as mudanças dos pequenos à mesa. Primeiro, recebem o alimento na boca; depois, querem “assumir” sozinhos a colher e começam a se interessar pela comida dos pais. Outro comportamento é quererem
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escolher o próprio alimento. “Chega uma faixa etária, em que a criança tem vontade própria e opta pelo o que irá comer. É mais difícil ela recusar o que já conhecia. Tende a rejeitar os novos alimentos. Às vezes, aceita ou não experimenta”, explica a nutricionista Lidiane Britts. Por isso, os pais devem apresentar aos filhos, já nos primeiros anos de vida, as mais variadas verduras, legumes e frutas. Os especialistas reforçam que, caso ocorra recusa, insista. “Você tem que tentar pelo menos seis vezes a oferta do alimento. Se hoje não funcionou, aguarde três dias, tempo necessário para aparecer a intolerância. Depois, tente novamente, com outra forma de apresentação”, orienta.
Ela comenta, ainda, que é preciso ter criatividade na alimentação infantil. “Quanto mais colorida, mais chama atenção; só que isso exige dedicação, e os pais acabam optando pelo mais prático, em virtude da falta de tempo”, comenta a nutricionista. Os genitores também precisam ter ciência de que é impossível o filho gostar de tudo. Lidiane Britts esclarece que as preferências existem e se devem a um conjunto de fatores, entre eles, o hábito familiar e o gosto pessoal. Se a família não tem costume de consumir gordura, por exemplo, a criança tende a crescer com essa tradição. E mais, a formação do paladar começa dentro do útero. “Se você tem hábitos saudáveis na
gestação, está incutindo isso no bebê”, afirma a profissional. Na gravidez, a sugestão é que as mães deixem de fazer uso de qualquer produto que contenha açúcar adicionado, seja mascavo ou refinado. “Na fase embrionária, o feto que recebe muito açúcar nasce agitado e tem mais possibilidade de desenvolver diabetes infantil”, alerta. O exemplo continua sendo a maior referência. Então, não adianta seguir o ditado popular “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Por mais difícil que seja admitir isso, o fato é: se o seu filho come mal, é porque você contribuiu para isso. Afinal, os pequenos não são os responsáveis pelas compras de casa e, no começo da vida, só comem o que você oferece.
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{ TOTAL SAÚDE / BEM-ESTAR }
Santo ciático
Fortalecer os músculos da coluna previne dores e garante uma postura melhor por RENATO LIMA • foto HENRIQUE ATTILIO
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região lombar, aquela parte das costas próxima às nádegas, possui um conjunto de mais de dez músculos; mas, na hora da dor, quem leva a fama é o nervo ciático. Também, pudera, é o principal nervo dos membros inferiores. Ele controla as articulações do quadril, joelho e tornozelo, e também os músculos posteriores da coxa e os músculos da perna e do pé. Segundo estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde), 85% da população sofre ou ainda vai sofrer de dor nas costas. “O típico mau jeito, aquela sensação de coluna travada e a dor forte que surge com movimentos simples, como se agachar ou estender uma roupa no varal, por exemplo, é, na maioria das vezes, sinal de musculatura fraca ou encurtada”, explica o profissional de educação física e especialista em medicina desportiva Kristofer Alencar. Uma opção para alongar e fortalecer esse conjunto muscular é a musculação, a partir de exercícios funcionais, em que é utilizado o peso do próprio corpo. Segundo o especialista, estes exercícios ajudam não só na prevenção de dores, como também auxiliam no tratamento de lesões. “É fato que as pessoas estão mais sedentárias, passam muito tempo sentadas, trabalhando e dirigindo; assim, a
KRISTOFER PACHELLI CREF 4036 G/MS Personal Trainer e Sócio-proprietário do Centro Stoffer de Treinamento Físico Personalizado 067 9277 2713 / 3305 8099 www.clubestoffer.com.br
falta de alongamento e o condicionamento muscular vão causando uma atrofia natural. Por isso, a necessidade de trabalhar todo esse conjunto muscular, que não está apenas na coluna, mas também nas coxas e nos abdominais, inclusive”, acrescenta Kristofer. HIPERTROFIA O alerta também fica para quem está acostumado a “puxar ferro” e se concentra apenas nos treinos de ganho de massa muscular. Kristofer, que também é preparador físico, explica que a falta do fortalecimento muscular e do alongamento correto é a maior responsável pelas “lesões de academia”. “É muito importante ter um acompanhamento de um profissional com experiência na área; cada corpo é individual e é preciso olhá-lo como um todo, não apenas trabalhar áreas isoladamente”, defende. Exercícios simples de alongamento podem ser feitos em qualquer lugar, a qualquer hora do dia, e podem tanto prevenir quanto aliviar as dores, mas é preciso fazê-los de maneira correta. Portanto, nada melhor que aprender com um especialista.
SERVIÇO A Stoffer está localizada na Rua Arthur Jorge, 622 - Centro - Campo Grande-MS. (em frente ao Belmar Fidalgo)
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{ TOTAL SAÚDE }
O remédio venceu,
e agora?
por PATRÍCIA BELARMINO
Veja como descartar medicamentos com prazo de validade expirado; por ano, cerca de 34 toneladas desses produtos são jogadas fora no País
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ocê fica doente, vai ao médico e ele te receita um medicamento. Dias depois, sara. O medicamento fica lá, guardado. Dias, meses e anos se passam. Quando vai ver, o remédio venceu. E agora? Por ano, chega a 34 toneladas a quantia de remédios descartados no Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso consumidos, apesar de vencidos, os medicamentos podem causar danos à saúde. E, se descartados inadequadamente, podem provocar danos ao meio ambiente. Jogá-los no lixo não é a solução mais adequada também: outra pessoa pode consumi-los e sofrer as consequências. No Brasil, a Lei 12.305/2010 regulamentou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ou seja, definiu como deve ser o descarte de diversos produtos em todo o território nacional. A legislação, porém, deixou de fora o descarte de medicamentos. Enquanto a indústria farma-
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cêutica, governo e comerciantes não chegam a um consenso sobre como esses medicamentos devem ser descartados e quem deve arcar com os custos desse serviço, o consumidor tem de buscar alternativas. A forma mais adequada, hoje, de se livrar de um medicamento vencido é levá-lo até uma farmácia que recolhe esses produtos ou a uma unidade de saúde. Lá, eles terão um destino adequado. Quem não conseguir levar a um destes locais deve tomar alguns cuidados e jamais descartar os medicamentos no
lixo doméstico. No caso de comprimidos, uma alternativa é jogá-los no vaso sanitário, sem a embalagem, que pode ser deixada no lixo de casa mesmo. No caso de remédios líquidos, eles podem ser deixados no vaso também. As embalagens, contudo, devem ser lavadas com água fervente e, somente então, descartadas. Em nenhuma hipótese, essas embalagens devem ser reutilizadas. Embalagens de pomadas e loções também devem ser lavadas antes do descarte. Caso isso não ocorra, pode haver contaminação do solo, em razão das substâncias presentes nesses produtos. Uma alternativa para quem não quer ter dor de cabeça é comprar medicamento fracionado. No Brasil, já existe uma lei que permite a venda de medicamento dessa forma. Assim, o consumidor só leva para casa a quantia que precisa para o tratamento. Apenas medicamentos de tarja preta não podem ser comercializados fracionados.
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SURDEZ – Quanto custa um aparelho auditivo? Os aparelhos auditivos do básico ao mais avançado estão dentro de uma faixa de R$ 2.000,00 a R$ 5.000,00 cada. Quanto vale ouvir bem? Um dos maiores desafios em relação à surdez é o preconceito que ainda envolve o uso das próteses ou aparelhos auditivos. Muitas pessoas guardam a imagem de equipamentos grandes e pesados que eram utilizados há muitos anos atrás, mas que nada têm em comum com os aparelhos auditivos modernos de hoje. A tecnologia evoluiu e os aparelhos são praticamente invisíveis, seu uso é confortável e de fácil adaptação. Você tem ou deve conhecer alguém que tem perda auditiva. Mude esta situação, a vida pode ser muito mais feliz com o uso de aparelho auditivo, além de necessário, ele traz inúmeros benefícios em qualidade de vida como:
• Ter uma conversa ao telefone normalmente, sem ter que pedir para que a pessoa do outro lado da linha grite; • Não se sentir isolado; • Não pedir para que as pessoas repitam o que falaram; • Ouvir claramente sem muito esforço, mesmo em ambientes com ruídos; • Ouvir e entender o que é dito na tv e rádio facilmente, etc. A falta de informação, o preconceito, o preço e a expectativa em usar um aparelho auditivo fazem com que a maioria dos pacientes demore a tomar uma atitude e quanto mais o tempo passa, mais o problema pode se agravar. O primeiro passo é consultar seu médico e/ou fonoaudiólogo o quanto antes e escolher uma empresa de aparelhos auditivos de confiança e credibilidade. Sua audição perfeita e plena é mais fácil do que você imagina e vale muito porque tem o poder de mudar a sua vida. Procure a Prologic, cuidado, atenção e profissionalismo te esperam.
Nelson Lam K. Fook Fonoaudiólogo - Especialização em Audiologia Clínica CRFa. 2818 MS
IMPORTANTE: Não compre aparelhos auditivos antes de testar em casa, no trabalho, no lazer e no seu dia a dia. Solicite os testes dos aparelhos auditivos sem compromisso de compra para verificar se você vai se adaptar para adquiri-lo com segurança, resultado e satisfação.
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{ CAMPO GRANDE CAPITAL DO SUCESSO }
e d n a r G Campo m e g a m I da e do Som s@gmail.com
ES por AIRTON RA dutor Jornalista, pro lo. éfi cin e audiovisual
ES – airtonrae
por AIRTON RA
“Cabeça a Prêmio” - 2009 Direção: Marco Ricca Gravado em Campo Grande, Bonito, Sidrolândia e Corumbá. Dois irmãos pecuaristas mantêm uma rede de negócios ilegais. Ao mesmo tempo em que começam a se desentender sobre o rumo dos negócios. O conflito gerado por essa revelação conduz a um drama familiar.
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“Ginga Documenta - Cultura Bovina em Trânsito” - 2010 Direção: Helton Perez Documentário sobre a turnê da Ginga Cia de Dança com o espetáculo "Cultura Bovina?" no ano de 2009. Em 2009 a Ginga Cia de Dança foi selecionada para participar do Palco Giratório que possibilitou levar sua última obra, o espetáculo "Cultura Bovina?", a 31 municípios brasileiros. Pela primeira vez Mato Grosso do Sul e uma companhia de dança contemporânea do Estado participa deste circuito do departamento nacional do SESC (Serviço Nacional do Comércio), já reconhecido nacionalmente pela qualidade das apresentações das artes cênicas que circula.
“ D D T t v n s P t f d T A
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eja nas salas de cinema ou por trás das câmeras, os campo-grandenses nesses 115 anos mantiveram diversos laços com a sétima arte. O cinema chegou a campo Grande em seus primeiros anos. Em 1910, um italiano trouxe o novo aparelho para a região e realizou a primeira exibição a céu aberto. E a magia da sétima arte contagiou a todos, outras exibições ocorreram e se espalharam pelo Estado. Em 1912, foi inaugurado o primeiro cinema fechado do município nomeado de Cine Ideal. No passar de mais de um século, nossa Capital viu cinemas serem abertos e fechados. Cine Guarani, Cine Santa Helena, Cine Triannon, Cine Alhambra, Rialto, Jalisco, Acapulco, Cine Plaza, Cine Center, Cine Campo Grande, Cine Cultura, entre outros. São nomes que estão na memória de muita gente. A relação do município com o cinema não é restrita apenas a sala escura. Campo Grande serviu de cenário para diversos filmes. O primeiro filme campo-grandense foi “Paralelos Trági-
“Ela Veio Me Ver” - 2010 Direção: Essi Rafael Delcides espera a chegada de Tatiane. Eles vão passar uma tarde juntos pela primeira vez. Uma chance para se conhecerem melhor e conversarem, à vontade, sozinhos. Porém, por trás de assuntos triviais e aparentemente inofensivos existe um mundo de sentimentos. Ansiedade. Timidez. Insegurança. Medo. Até o pôr-do-sol
cos” (1967), dos irmãos Bernardo Elias e Abboud Lahdo. A história é sobre um romance entre um professor e uma aluna que são impedidos de manter a relação devido as diferenças sociais. Em 1974, o sul-mato-grossense David Cardoso produziu o filme “Caçada Sangrenta”, tem cenas gravadas em Campo Grande, Aquidauana e Ponta Porã. Dirigido por Ozualdo Candeias, a trama é sobre um homem que foge pelo interior do país após um assassinato. O curta-metragem “Conceição do Bugres”, do campo-grandense Candido Alberto da Fonseca, traz o registro sobre a escultora Conceição Ferreira, conhecida por esculpir bugrinhos em madeira, que são um símbolo do Mato Grosso do Sul. A atriz Glauce Rocha, nascida em Campo Grande, brilhou nas telas em importantes filmes brasileiros como “Rio, 40 graus” de Nelson Pereira dos Santos, “Os Cafajestes” de Rui Guerra, “Terra em Transe” de Glauber Rocha e “Navalha na Carne” de Braz Chediak. Campo Grande concentra atualmente a maior parte da produção audiovisual do Estado. Neste ano cerca de
“O Florista” - 2013 Direção: Filipi Silveira Selecionado para o festival de Cannes em 2013, o mundo segundo "O Florista", interpretado por Filipi Silveira, é como um jardim que possui belas flores e pragas que precisam ser eliminadas. Seguindo essa metáfora, iremos acompanhar uma viagem em que o destino será a mente e as motivações de um misterioso sujeito. Cercado de mistérios, ele alimenta dentro de si sentimentos a favor da moralidade, em uma trama repleta de personagens de vida dupla.
25 filmes estão sendo produzidos, alguns já foram lançados e outros devem estreiar até o final de 2014. A nova safra de filmes feitas na Capital apresenta uma diversidade de temas e gêneros que vão desde a busca pela identidade regional, questões existenciais, dilemas urbanos, até filmes de terror. Entre curtas-metragens, médias-metragens e longas-metragens. Entre os títulos temos “Não Eu”, de Breno Benetti, “Honra”, de Alexandre Couto. “Matem...Os Outros”, de Reynaldo Paes de Barros; “Do Sul, Mato Grosso do Sul”, de Fábio Flecha; “Red Hookers”, de Larissa Anzoategui; “Maria Fumaça, Chuva e Cinema”, de David Cardoso. “Smile”, de Camila Machado; “Etá”, de Alan Caferro; “Hydrochoeruspedia 3D”, de Hélio Godoy; “Super Herói”, de Márcio Higo; “O Que Era Aquilo”, de André Patroni, Kleomar Carneiro e Paulo Higa; “Ressaca”, de Giuliano Gondin; “Uma lei para todas”, de Ana Patrícia Nassar e Sidney Morais de Albuquerque; “T'Amo Na Rodoviária” de Givago Oliveira; “Temporal” de Kadu Fluhr; e “Gargoile”, de Thiago Moraes.
“O Subsolo da Mente” 2009 Direção: Mariana Sena Madureira Figueiró O subsolo da mente se refere ao inconsciente e esse transita entre a realidade e o sonho. O tempo passa no mesmo instante que algo não sai do lugar ou de que algo volta sempre ao mesmo lugar assim, o espectador ora faz parte do mundo real, ora faz parte de um sonho. Imagens visuais possuidoras de uma profusão criativa de ordem e desordem caracterizando possíveis sentidos e significados. C I N C O + | A G OSTO 2 0 1 4 | 27
{ CAMPO GRANDE, CAPITAL DO SUCESSO }
“Campo Grande é nossa terra e, por onde a gente passa, pelo Brasil inteiro, temos orgulho de dizer que somos campo-grandenses. Campo Grande, pra mim, é a melhor cidade do Brasil!”, diz Munhoz.
Nunca d de seus s Exemplo de sucesso na música sertaneja nacional, dupla campo-grandense Munhoz & Mariano relembra o começo da carreira na Capital por KÁTIA KURATONE • fotos DIVULGAÇÃO
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desista s sonhos!
“Quero agradecer a todos os fãs de Campo Grande, que sempre estiveram junto da gente, e falar que nós temos muito orgulho de ser daqui. E isso não vai mudar nunca. Aonde quer que a gente esteja, vamos sempre levar a ‘bandeira’ da nossa cidade”, afirma Mariano.
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ascidos e criados em Campo Grande, os amigos de infância Raphael e Ricardo saíram em busca de um sonho e, com a ajuda de um “Camaro Amarelo”, chegaram mais longe do que pretendiam. Nacionalmente reconhecidos como a dupla sertaneja Munhoz & Mariano, os músicos falaram com exclusividade à Revista Cinco+, sobre a forte ligação com Campo Grande, a mudança da rotina com a chegada do sucesso e o mais recente lançamento, o CD e DVD “Nunca Desista”. “Temos uma ligação muito forte com Campo Grande. Toda nossa família está aqui. Nascemos e fomos criados aqui. Hoje, moramos fora, por conta da logística dos shows; mas, quando temos dois ou três dias de folga, corremos para casa para encontrar os amigos, a família e os fãs daqui, que têm um respeito enorme por nós”, ressalta Munhoz. A dupla, que começou a tocar nos bares da Cidade Morena como um hobby, na adolescência, hoje, realiza a média de 25 shows mensais pelo Brasil todo. “Começamos tocando nos barzinhos da cidade e era uma
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diversão pra gente. Gravamos um CD em 2009, a repercussão estadual foi bacana e começamos a fazer shows pelo interior de São Paulo. Em 2010, vencemos o concurso ‘Garagem do Faustão’, e as coisas foram acontecendo naturalmente. Nosso hobby acabou tornando-se nossa profissão”, afirma Mariano. Foi por meio do concurso realizado pelo programa “Domingão do Faustão” que os meninos de Campo Grande ganharam repercussão nacional. “Nossa participação foi importante para divulgar o nome da dupla para o Brasil. Foi o primeiro programa nacional em que aparecemos. A partir dali, começamos a fazer shows para outras regiões do País”, enumera Munhoz. Em 2012, a dupla estourou nas paradas de sucesso, com a música “Camaro Amarelo”. “Mudou tudo! Depois do ‘Camaro’, tivemos o grande ‘boom’ da nossa carreira. Passamos de uma média de 10 a 12 shows por mês para 25. Foi uma mudança drástica, chegamos a ficar 90 dias na estrada sem voltar pra casa. Fomos obrigados a amadurecer muito rápido com esse lance de responsabilidades e compromissos”, pondera Mariano. Os dois acreditam que a base familiar na capital sul-mato-grossense foi muito importante para manter os pés no chão e, por isso, o mais novo álbum, denominado
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“Nunca Desista”, traz uma mensagem especial para os fãs e amigos campo-grandenses. “Todos os nossos trabalhos foram gravados aqui, em Campo Grande, e em todos tivemos que passar por alguma dificuldade para que se realizassem. O primeiro show foi um frio intenso, acho que foi registrada a maior queda de temperatura no nosso Estado. No segundo, passamos pelo problema de pessoas de má-fé tentando prejudicar o evento, e no terceiro foi a chuva, que adiou por alguns dias a gravação. Eu sempre quis escrever uma música de autoestima, e a gente escreveu ‘Nunca Desista’, que é uma mensagem de persistência e motivação, para que as pessoas não desistam dos seus sonhos!”, comemora Mariano.
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{ caMPo GranDe, caPitaL Do SuceSSo }
Orgulho da terra Músico paranaense, Michel Teló cresceu em Campo Grande e, hoje, é um dos principais divulgadores da cidade por PATRÍCIA BELARMINO • foto DIVULGAÇÃO
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ichel Teló não nasceu em Campo Grande, mas foi aqui que ele cresceu, começou a carreira e estourou para o Brasil inteiro. Hoje, é um dos principais “embaixadores” da Capital, levando o nome da Cidade Morena mundo afora, por meio da música sertaneja. Paranaense, o cantor, que caiu nas graças do Brasil e de dezenas de outros países, com “Ai, se eu te pego”, veio ainda criança para Campo Grande: “Comecei com 12 anos, em bailes, num grupo chamado Guri. Tudo o que eu aprendi foi por meio desse início, em Campo Grande. Foi muito válido para a minha carreira”, diz o cantor, em entrevista exclusiva à Revista Cinco+. Questionado sobre a importância que a Cidade Morena tem na vida dele, o músico é categórico: “Total importância. Campo Grande foi onde tudo começou. É a minha história. Sou muito grato à cidade”. Segundo o músico, parte de suas referências musicais, inclusive, são da Capital, além daquelas do Rio Grande do Sul, onde nasceram seus pais. No fim de 2011, a música “Ai, se eu te pego” estourou no Brasil e em vários países. A comemoração do
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jogador português Cristiano Ronaldo com a coreografia da música, depois de um gol, fez com que o hit atravessasse oceanos e chegasse a outros continentes. Para Teló, o fato de muitos conterrâneos sul-mato-grossenses estarem fazendo sucesso no cenário nacional, como João Bosco e Vinícius, Luan Santana e Munhoz e Mariano, já era esperado. “Mato Grosso do Sul tem muitos talentos, e sempre acreditei, sim, que o potencial da nossa música seria reconhecido.”
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Agora, Michel Teló tem se dedicado à TV. Ele está à frente do quadro “Bem Sertanejo”, que está sendo veiculado no “Fantástico”. “A cada domingo, apresentamos um episódio, com uma dupla ou artista sertanejo diferente. Estou contando a história da música sertaneja, que tanto faz parte da minha vida, por meio de entrevistas, bate-papo e muita música. Isso vai virar um DVD, junto a um show em São Paulo”, contou o músico. A previsão é que o DVD saia em novembro.
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{ CAMPO GRANDE, CAPITAL DO SUCESSO }
Nas mãos da arquitetura Scalise leva o nome de Campo Grande para outros centros urbanos, graças à sua arte por PATRÍCIA BELARMINO • foto DIVULGAÇÃO
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os 45 anos, o arquiteto Luis Pedro Scalise é a “cara” de Campo Grande. Por onde expõe seu trabalho, pode haver quem não se lembre do nome do arquiteto, mas que se lembra da cidade de onde ele vem. A história é contada pelo próprio Scalise: “Quando faço mostras de decoração, as pessoas não sabem meu nome, mas chegam à bilheteria e perguntam onde está o “Campo Grande”. Às vezes, estou fazendo uma mostra em São Paulo ou no Rio de Janeiro, passo pela bilheteria e os funcionários me dizem que alguns visitantes perguntaram onde estava o meu trabalho”. Apesar de não ter nascido em Campo Grande, foi aqui que Luis Pedro Scalise se formou e decidiu se estabelecer profissionalmente. O arquiteto nasceu em Florianópolis-SC, mas sempre passava as férias em Campo Grande, onde morava a família da mãe. Depois de ter concluído a faculdade na Capital, o arquiteto foi fazer mestrado e doutorado
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fora do Brasil. Morou, nesta época, na França e na Itália. Depois, montou casa em Campo Grande e não foi mais embora: viaja o mundo inteiro, mas sempre volta para a Cidade Morena. Luis Pedro Scalise está à frente, hoje, do único escritório de arquitetura temática do País. “Não temos concorrência neste setor. Quando se fala em arquitetura temática, lembram-se da gente. Sempre gostei de trabalhar com coisas temáticas. Meu mestrado e doutorado começaram a ver essa minha aptidão. Falaram que era uma área que não existia no Brasil e que, se eu me especializasse, poderia me destacar. Já que eu gostava, comecei a me dedicar”, revela o arquiteto. O amor pelo que faz e a dedicação fizeram diferença: atualmente, o escritório de Luis Pedro Scalise, em Campo Grande, assina produtos para 12 fábricas. Tem desde papel de parede para fábricas chinesas e coreanas, até talheres para a Tramontina. Tem, ainda, portas e janelas, tecidos e porcelana.
“Sempre quis fazer uma marca. Acho que muita gente tem filho para dar o nome. Como acho que não vou ter filho, queria ter na criação: fazer meu nome virar uma marca. Tem arquiteto que usa moda e tem aquele que faz a moda. Hoje, estamos no grupo que faz a moda”, diz Scalise. Desse desejo, surgiu uma parceria com o designer Fabrício Giannone, com quem Scalise lança uma linha de bolsas. Com o estilista Fernando Pires, o arquiteto lança uma coleção de sapatos masculinos e femininos. Apesar de não ter nascido em Campo Grande, o arquiteto adotou a cidade e, hoje, é um dos destaques campo-grandenses, com muito orgulho.
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{ caMPo GranDe, caPitaL Do SuceSSo }
Maria Cecília e Rodolfo por cLauDia MaLFatti • fotos FaBio nuneS
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os bancos da Universidade, em Campo Grande-MS, para o Brasil. A parceria de Maria Cecília e Rodolfo se iniciou na sala de aula do curso de Zootecnia. O que começou como uma brincadeira virou carreira de sucesso. A dupla gravou o primeiro CD no ano de 2008 e, a partir daí, consagrou-se como um os destaques da música sertaneja. Outros três DVDs foram lançados. O último, intitulado “Maria Cecília & Rodolfo com Você”, foi gravado em 2013, na capital sul-mato-grossense. “Foi uma emoção única e sem igual. A maneira que encontramos de retribuir todo o amor e carinho que recebemos durante esses sete anos de carreira. O DVD foi um marco em nossas vidas”, afirmam os cantores. A dupla faz questão de projetar o nome da Cidade Morena pelo País. “Campo Grande é a nossa terra querida, cidade onde nascemos. Aí, estão as nossas raízes e nos orgulhamos de falar não apenas de Campo Grande, mas do estado de Mato Grosso do Sul”, comenta Maria Cecília. O carismático casal conquista públicos das mais variadas idades. “Costumamos dizer o quão generoso Deus é conosco. Nem por um segundo imaginávamos chegar aonde chegamos e ter o reconhecimento do público. Só temos a agradecer por tudo”, diz Ro-
dolfo. Os fãs, é claro, sempre pedem várias músicas nos shows, mas, segundo os cantores, duas delas não podem faltar: “Você de Volta” e “Coisas Exotéricas”. Planos não faltam para a vida de Maria Cecília e Rodolfo. Além dos profissionais, que incluem a gravação de um novo DVD, com data ainda a ser definida, a dupla, que se casou no mês de outubro de 2012, diz que pretende ter filhos. “Faz parte dos nossos planos aumentar a família. Quem sabe no ano que vem”, adianta Maria Cecília. E o casamento trouxe mais inspiração para a carreira? Eles garantem que sim. “O casamento só nos fez bem, essa é que é a verdade. Somos felizes, porque trabalhamos com a pessoa que escolhemos para viver o resto da vida. Quer coisa melhor? Não tem, não é?! Somos apaixonados, felizes e acreditamos que transmitimos essa energia em tudo que fazemos”, ressalta Maria Cecília. Os cantores aproveitaram que em agosto é comemorado o aniversário de Campo Grande para deixar uma mensagem. “Amamos Campo Grande. Amamos este povo querido, do qual fazemos parte! Temos orgulho da nossa terra. Desejamos progresso, prosperidade e que ela nunca perca essa beleza, que, para nós, é única e especial”.
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A vencedora judoca paraolímpica por CLAUDIA MALFATTI • foto DIVULGAÇÃO
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s desafios são muitos, e as conquistas, também. Resultado de dedicação e foco. Foco na vitória! A judoca Michele Ferreira, desde cedo, precisou lidar com as adversidades da vida e mostrou que é possível seguir em frente e ultrapassar barreiras. Deficiente visual, a atleta treina pesado para realizar o seu sonho: ser campeã internacional paraolímpica. A próxima edição dos Jogos Paralímpicos será no mês de setembro de 2016, no Rio de Janeiro-RJ. “Quero treinar, competir, ganhar e ouvir o hino tocar”, afirma a judoca. Até lá, a atleta tem outras competições importantes pela frente. Uma delas é no próximo mês, nos EUA, nos Jogos Mundiais Escolares da IBSA. Michele roda o mundo e costuma retornar com as malas cheias de medalhas. Foi vice-campeã no Mundial de Judô Paralímpico, nos anos de 2006 e 2007, na categoria meio-leve, até 52 quilos. Em 2008, conquistou a medalha de bronze, em Pequim. Em 2011, foi campeã nos Jogos Parapan-Americanos, no México. Já em 2012, trouxe a medalha de bronze da competição paraolímpica, em Londres. “O judô, para mim, é uma ascensão. É explorar algo que não conhecia e uma porta de entrada para ter contato com o mundo físico e do esporte. Fiz muitas amizades no Estado e fora daqui”, revela Michele. Ela começou a treinar judô
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aos 19 anos, bem mais tarde, se comparado à maior parte dos atletas. Hoje, com 29, diz que não imaginava despontar tão rapidamente na modalidade. “No mesmo ano em que iniciei, consegui ganhar campeonatos nacionais e internacionais”, comenta. A judoca nasceu em Mundo Novo-MS. O problema visual ocorreu em decorrência de toxoplasmose congênita, transmitida na gravidez. Michele enxerga cores e vultos, sem definição. No final da adolescência, ela frequentou o Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos (Ismac), momento que foi incentivada a fazer esporte adaptado. A partir de então, sua vida mudou para sempre. “Gostava de atividade física, mas nunca tive muito contato na fase de escola. Já no Ismac, comecei a participar e me identifiquei com o judô”, conta. O treinador da atleta, Antônio Carlos Esmi Júnior, considera Michele uma revelação. “Ela começou mais tarde, normalmente se inicia no esporte aos 7 anos”, observa. O ritmo dos treinos é acelerado, de segunda a sábado, em dois períodos. Tudo para fazer bonito nas competições. O treinador acredita que a judoca consiga realizar, em 2016, o sonho da vitória internacional. “Acredito que ganhe. Em Londres, conseguiu a medalha de bronze e estamos em um ritmo diferente, a preparação está melhor”, diz confiante. Agora, é torcer para mais essa conquista da atleta sul-mato-grossense.
{ CAMPO GRANDE, CAPITAL DO SUCESSO }
Legado de sucesso que vai além da pick-up por RENATO LIMA • foto VÂNIA JUCÁ
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le ganhou o mundo. E o mundo ganhou o DJ Renato Ratier. Embora tenha uma carreira internacional consolidada, Renato ainda mantém endereço fixo em Campo Grande, cidade onde cresceu. E foi justamente nesta cidade que o encontramos para fazer a entrevista. Ele chegou a pé, com a esposa, Fernanda. “Aproveitamos para fazer uma caminhada”, disparou, logo que nos encontramos. A primeira pergunta não poderia ser outra, e a resposta estava na ponta da língua. “O que eu mais gosto de Campo Grande? É o respiro que a cidade me dá”, confessou o DJ. O contraste sempre esteve presente na vida dele. É o DJ brasileiro que mais fez turnês internacionais em 2013 e, ao mesmo tempo, um pai de família que não deixa de cuidar das fazendas em Mato Grosso do Sul. Se, por um lado, tem raízes no campo, por outro, Renato sempre gostou de voar em direção a desafios inovadores e ousados. O primeiro deles foi em 2000, quando inaugurou o
clube D-Edge, em Campo Grande. Três anos depois, exportou o formato para a capital paulista e colocou a casa noturna entre os cinco clubes de música eletrônica mais sofisticados do mundo. Agora, Renato, que já tem shows marcados até dezembro, prepara o lançamento de seu novo empreendimento, o restaurante Bossa, em São Paulo, e, simultaneamente, debruça-se sobre um projeto inédito, ainda não divulgado. “Só posso falar que será uma novidade no Brasil. Um espaço cultural, no Rio de Janeiro, onde vou poder unir arte, música, moda e cultura”, conta. Moda já é algo que sempre esteve presente na vida do DJ. Grande apreciador de design, vai transformar seu nome em uma grife de roupas e deve lançar a marca em novembro deste ano. Como ele consegue fazer tudo isso? Ele define como resultado de talento, trabalho e princípios. “Eu só faço aquilo que vá me agradar, pois, assim, não me preocupo em agradar aos outros e trabalho com mais prazer. A gente tem
que curtir o que faz”, revela. A esta altura, ser DJ fica quase algo pequeno diante desse currículo empresarial. E é exatamente isso que Renato busca. “Não gosto de ser rotulado como alguma coisa. Prefiro ser reconhecido pela minha visão de mundo”, explica. Por trás do empreendedor, encontramos um Renato Ratier mais subjetivo, que, na busca da felicidade, descobriu que “ela só é completa quando compartilhada” e que, embora viva de música, sabe apreciar o silêncio. “Atualmente, quando não estou produzindo e pesquisando música, gosto mesmo é de ouvir o silêncio.” LOFT DO DJ RENATO RATIER Um pouco da intimidade do DJ está sendo revelada na Casa Cor Mato Grosso do Sul. Um espaço em homenagem a Renato mostra o estilo moderno e sofisticado do artista, com peças e móveis de ser acervo pessoal como uma bicicleta de assento duplo que trouxe dos Estados Unidos, poltronas assinadas pelo designer de móveis Sérgio Rodrigues, do apartamento do DJ em São Paulo, além de objetos de decoração que misturam couro, chifres com ferro e madeira.
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{ DECORAÇÃO }
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Alvorecer dos Sentimentos é destaque na Casa Cor MS Arquiteto Jamil Paroschi cria o espaço da livraria da Editora Alvorada na mostra 2014 por KÁTIA KURATONE • fotos VÂNIA JUCÁ
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terceira edição da Casa Cor Mato Grosso do Sul chega, mais uma vez, com propostas criativas e inovadoras. O espaço "Alvorecer dos Sentimentos", que abriga a livraria da Editora Alvorada, é um ambiente que propõe inspiração para momentos de leitura, concentração ou relaxamento. Segundo o idealizador do projeto, o arquiteto Jamil Paroschi, a ideia era despertar o olhar do visitante por meio de uma proposta lúdica. “Eu me inspirei na ideia do renascer dos livros, do sentimento pela leitura, que eu acho que se apagou. Depois, surgiu a proposta das árvores secas, que simbolizam a vida, as mães, o renascimento, e, então, eu as coloco no tom cromado para representar a tecnologia que está avançando. Também temos um solo seco como um rio de pedras, e as folhas, as quais simbolizam que isso já teve vida um dia. Os livros simbolizam os frutos”, explica o arquiteto. O acervo completo da Editora Alvorada pode ser conferido no espaço. A mostra, que está entre as maiores de arquitetura do mundo, acontece até o dia 14 de setembro. “A Casa Cor tem um peso muito grande, e o profissional de arquitetura participa para mostrar o trabalho. É uma grande vitrine”, acredita Paroschi. Ele participou de todas as edições de Mato Grosso do Sul; na segunda edição, em 2011, Paroschi foi destaque na capa da revista Casa Cor MS 2012, com o espaço Living e Sala de Jantar.
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SOLIDARIEDADE A edição deste ano da Casa Cor trouxe uma proposta diferenciada. A mostra foi feita no novo prédio do Hospital de Câncer de Campo Grande - Alfredo Abrão. Além disso, muitos dos ambientes ficarão para serem utilizados pelos pacientes no futuro. Para Carlos Coimbra, presidente do Hospital de Câncer de Campo Grande, isso resultará de forma positiva no tratamento dos pacientes. “O ambiente fará com que os pacientes se sintam melhores e mais acolhidos, e isso interfere positivamente em seus tratamentos".
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SERVIÇO A Casa Cor MS está na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, 1.053. A mostra segue aberta ao público de terça-feira a domingo, das 16h às 22h, até o dia 14 de setembro. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).
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{ LITERATURA }
Samurai do fotojornalismo Roberto Higa lança obra ‘Olhar’ pela Editora Alvorada e realiza exposição de fotos históricas
por KÁTIA KURATONE • foto HENRIQUE ATTILIO
Roberto Higa com a esposa Sandra e toda a família
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oberto Higa é o samurai do fotojornalismo de Campo Grande. Com 62 anos, o guerreiro de origem japonesa, cabelos compridos e barba longa começou a trabalhar aos 17 no extinto jornal Diário da Serra e, desde então, boa parte da história de Campo Grande, de Mato Grosso do Sul e do antigo Mato Grosso foi registrada pelas lentes deste oriental. “Eu tenho mais de 250 mil fotos no meu acervo”, contabiliza Higa. Alguns destes registros agora podem ser conferidos no primeiro livro do fotojornalista, a obra “Olhar”, que foi lançada pela Editora Alvorada no dia 19 de agosto, na antiga
Estação Ferroviária. Na ocasião, Higa também realizou uma exposição de fotos e foi prestigiado pela família e por muitos amigos. “Estou realizado. A minha imagem é a conclusão de um trabalho que eu fiz nesses últimos 45 anos. Eu creio que, com o lançamento desta obra, estou encerrando um ciclo de vida. Com o meu livro, eu consegui mostrar tudo aquilo que vivi. Isso tudo aqui foi a minha vida, e eu quero agradecer muito a Editora Alvorada por essa oportunidade. Por acreditar no meu trabalho”, comemora Higa. A primeira edição da obra “Olhar” apresenta 170 fotos retratadas em 190 páginas. Na capa do livro, uma imagem forte e que para Higa representa muito o trabalho dele. “Eu não tenho uma imagem preferida, eu tenho várias que contam a história da minha vida. A foto do menino acorrentado no Guanandi, que está na capa, representa muito o meu trabalho. Nunca esqueci aquela cena. A mãe deixava duas latinhas ao lado dele, uma com água e outra com comida”, conta. Segundo Higa, o menino, com nove anos na época, não sabia nem falar. “Olhar” é uma verdadeira viagem no tempo para alguns leitores e uma aula de história para os mais jovens. Imagens que contam a trajetória e o desenvolvimento dos últimos 45 anos da Cidade Morena, que este ano completa 115. “A fotografia informa, ensina e revela. E é esse meu objetivo” - mensagem na primeira página da obra “Olhar”, por Roberto Higa.
SERVIÇO Mais informações sobre a obra “Olhar” podem ser acessadas no site www.alvoradadireto.com.br ou pelo telefone (67) 3316-5500.
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{ COMPORTAMENTO }
Uma aventura de pai e filho a bordo de um Fusquinha 1984 Dupla vai de São Paulo ao Uruguai de Fusca, e viagem rende um livro
por MARINA BASTOS • foto PERAZZOLO/OMA GALERIA
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m janeiro deste ano, Natanael Sena e Francisco Gomes partiram de São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, rumo ao Uruguai, a bordo de um Fusca 1984. A viagem de quase 6 mil quilômetros e 20 dias rendeu um livro com fotos e relatos sobre as pessoas que conheceram, curiosidades e descobertas. “Vai de Fusca - uma aventura de pai para filho” poderia se enquadrar como um guia com dicas de viagem, ou então um livro fotográfico, mas, acima de tudo, é uma história de amor. Há três anos, Natanael, o filho, esteve no Sul do País para fazer um curso e ficou encantado com aquela região. O publicitário já pensava em fazer uma viagem longa de Fusca, e agora também tinha
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destino. A partir daí, foi só recrutar seu velho companheiro para pegar a estrada. O carro ficou dois anos em reforma. Os bancos são originais e, também, o rádio e toca-fitas. O conforto ficou por conta do teto solar. Durante todo o percurso, o Fusca não deu trabalho, a não ser a queima de uma lanterna, resolvida em minutos pelas mãos de Francisco, que é mecânico. No resto do tempo, o Fusquinha honesto representou bem o seu papel, um terceiro membro daquela parceria. Antes da viagem, foi criada a página do Facebook Vai de Fusca. Lá, eles postavam fotos tiradas pelo iphone de Natanael e notícias da andança em tempo real. Foi pela página que o uruguaio Pablo Jackson, da Amaac (Asociación Amigos de los
Autos Antiguos y Clásicos), soube que o Fusca dos paulistas chegaria à cidade naquela noite. Pablo ficou parado de moto na estrada, até o Fusca passar. Natanael e Francisco pensaram que seriam assaltados. Mas foram muito bem recebidos pelo uruguaio e puderam conhecer o galpão onde modelos clássicos e raros de carros eram guardados. Entre os modelos, estava um caminhão Reo. Fabricado em 1950, o caminhão ficou para a história, ajudando comunidades e povos carentes. Era normalmente usado pelo Exército, pois o mesmo veículo possuía várias carrocerias, podendo carregar, inclusive, outro caminhão. Também estava no galpão um antigo carro de transportar defuntos, todo talhado em madeira.
Na estrada aos 93 Entre as pessoas que marcaram a viagem de pai e filho, está um senhor de 93 anos com o qual eles cruzaram em Santa Tereza. O senhor viaja sozinho de carro desde os 70 anos de idade. E, agora, como já não enxerga com perfeição, instalou em seu carro um retrovisor enorme, como de ônibus. Mas não parou de viajar. Uma das fotos do livro que ilustra bem a experiência de Natanael e Francisco é de um escrito num muro, que diz: “Que seus sonhos sejam maiores que seus medos”. Foram vários sonhos dentro de um. “Meu pai contou que, quando era jovem, quis ir à Argentina de trem, e meu avô não permitiu. Então, ele fez da minha viagem a dele”, contou Natanael.
Veja as fotos ou adquira o livro: O livro “Vai de Fusca uma aventura de pai para filho” custa R$ 50 e pode ser comprado pelo site: www.vaidefusca.com.br
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{ LITERATURA }
Incentivar os pequenos a ouvirem música clássica Um passo importante que desperta para a interação social e desenvolve habilidades todos os tempos. É a única no Brasil com autores brasileiros, como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Carlos Gomes, Camargo Guarnieri e Vila Lobos. Uma publicação exclusiva, trazida pela Editora Alvorada diretamente da Espanha, por meio do Clube Internacional do Livro. Além disso, a Coleção vem reforçar e resgatar o lado colecionador de crianças e adultos. Já que ter os exemplares ou a Coleção completa é fácil, pois é possível optar em apreciar três autores por vez, conforme a preferência. Confira as opções de kits e um resumo das histórias dos compositores que fazem parte do Kit 3.
Apresentar a música clássica para crianças é uma atitude interessante quando se trata de divertir e que, acom acompanhadas de histórias despertam ainda mais a imaginação, aguçando os sentidos e desenvolvendo várias habilidades. A proposta da Coleção História da Música é justamente essa, proporcionar conhecimento cultural e alegria das crianças, o que torna o aprendizado muito mais fácil. Um equilíbrio entre entretenimento e educação. Ao todo são 12 livros com 12 CDs que contam histórias e trazem a biografia dos principais astros da música clássica de Kit
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Kit
3
Bach, Grieg e Vivaldi
Chopin, Schubert e Ernesto/Guarnieri
Kit
2
Beethoven, Brahms e Chiquinha /Gomes
Kit
4
Mozart, Tchaikovsky e Villa Lobos
Coleção
O circo de TrazoM Este CD é parte da coleção História da Música e não pode ser vendido separadamente.
Ref. 313-12
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Nazareth e Guarnieri, Saudosinho e Chorinho – sonhando na orla Ernesto Julio de Nazareth nasceu no Rio de Janeiro e aprendeu a tocar piano com uma renomada professora: sua mãe. Começou muito cedo, aos 14 anos e tocava musicas de Chopin, mas logo seu estilo se tornaria evidente. Também carioca Mozart Camargo Guarnieri foi batizado com este nome, pelo seu pai, em homenagem ao grande compositor. Se tornou um célebre músico por suas obras inspiradas no popular choro. Na narrativa do livro, os compositores brasileiros são muito especiais e vivem aventuras como dois grandes amigos.
Schubert, o compositor boêmio Franz Peter Schubert foi um autor austríaco de estilo muito marcante. Era um grande trabalhador, mas tinha uma vida desorganizada. Mesmo assim é o autor que mais escreveu músicas em toda história da musica. No livro, é representado com um espírito boêmio onde passeava solitário, pelas ruas de Viena nas madrugadas. Tocava piano nos bares e compunha na casa de amigos. Um ser sem igual.
Chopin, Freddy o pequeno alfaiate Frederic Francis Chopin nasceu na Polônia, mas foi radicado na França. Aos oito anos escreveu seu primeiro concerto musical. "Um grande gênio", afirmava a crítica de Varsóvia. Acostumado a tocar e agraciar os ouvidos da nobreza, Frederico aos 19 anos já era considerado um pianista incrível. Na história do livro, Chopin vivia em uma ruazinha de Varsóvia onde não batia muito sol, o que a tornava melancólica. Influenciado por esse clima, seu pai às vezes tinha esse humor e aparência triste. Mas Freddy, como era chamado, tinha muita alegria e logo o ambiente se tornava outro quando os dois começavam a costurar.
SERVIÇO
Para conhecer melhor a Coleção História da Música, acesse www.editoraalvorada.com.br Você pode também adquirir a Coleção completa com várias vantagens. Ligue (67) 3316-5500 para saber mais! C I N C O + | A G OSTO 2 0 1 4 | 53
{ VIAJE BEM }
La Bella Firenze
História, arte e cultura reunidas em uma das cidades mais belas do mundo por LUIZ FELIPE FERNANDES DE FLORENÇA, ITÁLIA • foto LUIZ FELIPE FERNANDES
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ndar pelas ruas de Florença (Firenze, em italiano), é experimentar a incrível sensação de ser surpreendido a cada esquina. Se faltam adjetivos para dimensionar a riqueza histórica, artística, cultural e arquitetônica da capital da Toscana, talvez seja melhor qualificá-la como um belo exemplo de “cidade inesgotável” – sempre haverá algo mais a ser visto, visitado e vivenciado. O aeroporto de Florença recebe voos internacionais, mas é no terminal Santa Maria Novella onde chegam, de trem e de ônibus, as hordas de turistas do mundo inteiro que estão rodando pela Itália e pela Europa. No movimentado guichê
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de informações turísticas, ao lado do terminal, atendentes estão capacitados a repassar as orientações em diversos idiomas, incluindo um fluente português. A cidade é servida por ônibus (o bilhete custa 1,20 euro, cerca de 3,60 reais), mas não é preciso caminhar longas distâncias para acessar as principais atrações turísticas. Além do mais, andar pelas ruas e vielas é um prazeroso exercício de reconhecimento dos hábitos e costumes do lugar – das pizzas e dos calzones expostos nos restaurantes ao vaivém de bicicletas retrô, das onipresentes scooters (as motos estilo “lambreta”) e dos simpáticos carros compactos.
RENASCIMENTO Especialmente no verão, quando os termômetros ultrapassam facilmente os 30 graus, o fluxo de turistas está por toda a parte e em todas as direções, mas um deles, inevitavelmente, vai te levar à Ponte Vecchio. Exclusiva para pedestres, a única ponte que não foi destruída pelos alemães, durante a Segunda Guerra Mundial, abriga luxuosas joalherias e permite uma formidável visão do Rio Arno, que corta Florença. Próximo à ponte, está o imponente Palácio Pitti, morada de sucessivas gerações da família Médici, que governou Florença durante três séculos. O palácio abriga o deslumbrante Giardino di Boboli, uma enorme área verde com centenas de esculturas e fontes, sendo a Fontana di Nettuno a mais famosa delas. Por 10 euros (cerca de 30 reais), é possível andar pelo labirinto formado pelo jardim e visitar o Museu da Porcelana, o Museu da Prata, a Galeria do Traje e os Jardins Bardini.
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Na margem oposta, surge a Piazza della Signoria, que mais parece um museu a céu aberto e revela, em detalhes, os traços que fizeram de Florença o berço do Renascimento. Em frente ao Palácio Vecchio, sobressaem a escultura de Hércules e Caco, de Baccio Bandinelli, e uma cópia de David, de Michelangelo. A obra original pode ser vista na Galeria da Academia, também em Florença. A praça ainda abriga um dos pontos turísticos mais concorridos: a Galleria degli Uffizi, um dos museus mais famosos do mundo. Quem não se lembra de ver nos livros de história a pintura da deusa Vênus emergindo do mar sobre uma concha? Pois é... o Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, é só uma das milhares de obras expostas no Uffizi. Construído em 1581, o museu reúne o trabalho dos maiores expoentes do Renascimento, como Leonardo da Vinci, Caravaggio, Giotto e Rafael. Dica valiosa: no verão, a espera para entrar no museu pode se estender por horas. Por 10 euros, é possível comprar o bilhete antecipado pela internet e, assim, evitar filas.
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GRANDIOSIDADE ARQUITETÔNICA Ainda há mais com o que se deslumbrar. A Catedral (ou Duomo, em italiano) de Santa Maria del Fiore é uma atração à parte. É uma gigantesca construção em mármore verde, rosa e branco, de beleza indescritível. O monumento arquitetônico começou a ser construído no século 13, levou cerca de duzentos anos para ser concluído e, hoje, é a quarta maior catedral do mundo. Acredite, tentar captar tamanha grandiosidade com nossas câmeras amadoras do celular pode ser frustrante. Por isso, contente-se em contemplar a riqueza de detalhes dentro e fora do Duomo. Dá para entrar de graça, mas o bilhete, que também custa 10 euros, dá acesso à exposição com relíquias da catedral, à torre do sino, ao batistério e à cúpula de Brunelleschi. Prepare-se para encarar os mais de 460 degraus até o topo, em um percurso não recomendado para claustrofóbicos. A subida até a cúpula permite ver bem de perto o intrigante afresco que representa o juízo final, com a guerra travada entre anjos e demônios. Do lado de fora, o cansaço físico é inteiramente recompensado. Do alto, os contornos de Florença, banhados pelo sol da Toscana, revelam-se ainda mais encantadores – um retrato perfeito do que Deus e o homem podem fazer de mais belo.
MODA E GASTRONOMIA E se nem só de arte e cultura vive um turista, Florença também pode ser o paraíso para quem não volta de uma viagem sem ir às compras. Mas é melhor preparar o bolso. A cidade reúne lojas das mais famosas grifes do mundo, como Chanel, Gucci, Dolce & Gabbana, Armani, Fendi, Prada e Dior. Assim como Milão, Florença recebe os mais importantes eventos de moda mundiais, que deixam a cidade ainda mais movimentada. Absorvidos pela atmosfera fashion, os próprios florentinos desfilam estilosos pelas ruas. No quesito alimentação, Florença não foge à regra italiana do comer bem. Pizzas e massas estão por toda a parte, embora um dos pratos típicos da região seja a Bistecca alla Fiorentina. O generoso corte bovino pode ser apreciado com um tradicional vinho italiano. Para fechar a farra gastronômica, um autêntico gelato é a pedida perfeita.
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{ cuLtura }
Circo do Mato, 10 anos
Cia. teatral comemora uma década de performances, palhaçaria e grandes espetáculos; grupo virou ponto de cultura e investe em oficinas de circo e dramaturgia por CAROL ALENCAR • foto LaiLa PuLcHÉrio
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ntes de serem atores, eles são palhaços. “E com muito orgulho!”, exclama Mauro Guimarães. O ator, produtor e... palhaço disse um pouco do que simboliza os 10 anos de história da companhia de teatro e circo campo-grandense Circo do Mato. O grupo, que iniciou seus trabalhos realizando performances circenses em eventos locais e se destacou na cena da dramaturgia local, com muita palhaçaria pelos palcos, feiras e calçadas, completa dez anos de atividades ininterruptas. A trupe é formada, também, por atores, circenses e produtores, como Aline Duenha, Laila Pulchério, Yago Garcia e Leandro Melo, que sobrevivem inteiramente da arte que praticam. O grupo não possui um diretor fixo, mas trabalha sempre com convidados em suas experimentações. “A não existência de um diretor nos possibilita fazer um intercâmbio com outros grupos e trocar experiências, o que é bem bacana e somatório para a Cia.”, avalia Mauro. Nesses dez anos de história, o grupo investiu em cinco grandes espetáculos. “O Circo do Pé de Árvore”, com direção
de Anderson Bernardes (2006); “O Palhaço no ½ da rua”; “Encruzilhada - O Ultimo Cabaré; “Os Corcundas”; “Navalha na Carne” e a remontagem de “O Circo do Pé de Árvore”, que ficou “Um Pé de Circo”. “Não temos uma pausa exata de projetos, trabalhamos conforme nossa necessidade. ‘Os Corcundas’, por exemplo, montamos em duas semanas e focamos no grotesco, bufonaria, gromelô, teatro medieval e pantomima, foi bacana; já o ‘Navalha’ foi um processo de oito meses, entre mesa, seminários, discussões e trabalho físico, e optamos por focar mais no ator. Este trabalho nos deu o acolhimento que tanto buscamos na arte e fez com que nos sentíssemos valorizados, não somente como ator, mas como gente”, reflete Mauro. Ainda de acordo com Mauro, a permanência de um só espetáculo por muito tempo se deve ao fato de buscar um melhor aperfeiçoamento do que é proposto. “Independentemente de mudanças que possam ocorrer no elenco, tentamos sempre manter os espetáculos como repertório, buscando garantir a qualidade e, claro, a aceitação do público”, explica.
Atualmente, o grupo ainda investe em oficinas de circo e dramaturgia para jovens acima de 16 anos, o que também colaborou para a companhia se tornar um ponto de cultura. Todos os membros do Circo do Mato sobrevivem inteiramente da arte, uma conquista imposta por eles próprios e batalhada com muita garra, pelos palcos da vida. “O projeto Ponto de Cultura Circo do Mato nos deu um certo amadurecimento, principalmente na parte de organização financeira, que já buscávamos há tempos e que nos dá uma tranquilidade com as despesas da sede e as nossas, pois nos permite tempo e calma para poder estudar, pesquisar e planejar melhor as ações do grupo”, conta. Sobre o futuro, o ator avalia o cenário cênico local como uma evolução, tanto de estrutura quanto de qualidade dramatúrgica, e faz um apelo: “Espero que a profissão adquira uma melhor compreensão das pessoas, que nossos artistas tenham melhores condições de vida e que a sociedade compreenda que ser artista é uma opção, e não algo que deu errado a quem não tinha o que fazer e escolheu arte”.
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{ CULTURA }
Jards Macalé
Herói ou anti-herói da MPB? por CAIO LUIZ
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entro da mitologia do personagem Batman, criado em 1939, nos EUA, por Bill Finger e Bob Kane, o herói é um agente da lei e da ordem dentro de Gotham City, porém, é caçado pela polícia, por ser um justiceiro. É exatamente este ponto da história do homem-morcego que agrada ao músico Jards Macalé: o habitar simultâneo e controverso entre o bem e o mal, algo que remete à obra do artista plástico Hélio Oiticica, conhecido pela obra que traz a frase “seja marginal, seja herói”. Com 71 anos, Jards Macalé é um carioca, de pai militar, que estudou violão clássico e orquestração. Ao longo das décadas de 1960 e 1970, colaborou com arranjos e composições para Nara Leão, Caetano Veloso e Gal Costa, até lançar o primeiro dos 13 discos da carreira. Sempre foi original, mas nunca foi aquele tipo de músico que atinge as paradas de sucesso. Apesar de ter hospedado Maria Bethânia e Gal Costa na casa da família e, com isso, ter reunido diversos dos artistas que conceberam a tropicália, Jards criou um tipo de música experimental, com base na bossa nova e no samba, decorada por intervenções de rock e blues, com letras expressivas, que fugiam das mesmices das canções populares. “Na época, as pessoas me chamavam de maldito, mas eu era um músico na busca de uma linguagem diferente dos padrões de então.” O timbre da voz e o teor das letras eram mais sombrios, e as atitudes, inusitadas. Apesar da contribuição e parceria com diversos nomes da MPB, tornou-se um mal compreendido dentro de um meio em que as obras tinham tradição musical mais suave. A estreia como profissional ocorreu quando
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substituiu Dori Caymmi como violonista, ao participar do espetáculo Arena Conta Zumbi, de 1965. A trajetória controversa e transgressora do compositor é marcada pela paixão por quadrinhos, algo usado como referência e metáfora para criticar o momento de ditadura em que o Brasil vivia, na composição "Gotham City", apresentada no IV Festival Internacional da Canção, de 1969. Outra característica forte do conjunto da obra do compositor é a contribuição para o cinema, como a trilha sonora que fez para o filme “Macunaíma”, de 1969, ao musicalizar poemas de Mario de Andrade, e a direção musical do disco "Transa", de 1972, de Caetano Veloso. “A verdade é que tudo passa pela minha óptica musical e, assim, crio para diversos meios”, declarou Macalé.
{ COMPORTAMENTO }
Método Montessoriano Ajuda em casa.
por VINÍCIUS SQUINELO • foto DIVULGAÇÃO
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ela melhoria do desenvolvimento humano e mais independência. É isso o que promete o método montessoriano de ensino, difundido pela educadora Maria Montessori, e tema de evento realizado, em Campo Grande. “No curso, tratamos sobre o método aplicado na vida familiar das crianças”, explicou Gabriel Salomão, que coordenou o evento. “A diferença no desenvolvimento de uma criança no método montessoriano ocorre principalmente no ponto de vista da sociabilidade, além dela apresentar uma maior tranquilidade e ser menos competitiva”, completou. Salomão fala com a experiência de alguém criado em uma escola adepta ao método, onde estudou dos
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dois aos 14 anos. Já na faculdade, ele se dedicou a pesquisar o trabalho de Maria Montessori e se debruça no tema há pelo menos quatro anos. O tema do Trabalho de Conclusão de Curso de Salomão (TCC), formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, foi sobre a importância do silêncio na teoria montessoriana. Em Campo Grande, o curso foi dividido em quatro etapas. Na primeira metade do primeiro dia, o tema foi sobre o desenvolvimento infantil, físico e neurológico e as diversas evoluções da criança ao longo dos anos. “Em linhas gerais, a teoria montessoriana tem o foco em casa, por isso Maria Montessori chamava a teoria de ‘ajuda em casa’, ela não serve só para a
QUEM FOI Maria Montessori foi uma educadora italiana, nascida em 1870. Ficou conhecida pelo método educativo que desenvolveu e que leva seu nome, que é usado até hoje em escolas públicas e privadas em todo o Globo. No cerne, o método montessoriano destaca a importância da liberdade, da atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Para ela, liberdade e disciplina se equilibrariam, não sendo possível conquistar uma sem a outra. Adotou o princípio da “autoeducação”, que consiste na interferência mínima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o espaço escolar e o material didático.
escola, mas para toda a vida e para o convívio adulto e criança”, afirmou Salomão. Ainda no primeiro dia, o professor que trabalha há um ano e meio em encontros com famílias, falou sobre as adaptações necessárias na casa, no ambiente familiar para que uma criança seja criada em um método montessoriano. Segundo ele, todo o ajuste de uma residência é para dar mais autonomia para a criança, como colocar os alimentos ao alcance da mão, para que ela se alimente sozinha. O segundo dia foi focado em atividades práticas com adultos e crianças. “São coisas simples, como apresentar atividades que substituem os brinquedos normais, trabalhos que exercitam a mobilidade infantil e que le-
vam a um nível maior de concentração, se comparado com brincadeiras despretensiosas”, comentou Salomão. O professor, que leciona há três anos em escola montessoriana, garante que o método tem comprovação científica objetiva. Ele cita, por exemplo, o trabalho de Angelina Lillard, da University of Virginia (EUA). Ela pesquisou diversas escolas e teve como conclusão que, do ponto de vista da sociabilidade, a criança que vem de uma educação montessoriana apresenta maior tranquilidade, menos competitividade e maior grau de sociabilidade. O estudo, considerado por Salomão bastante rígido, foi publicado em 2007 na revista Science, uma das mais respeitadas do mundo.
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{ COMPORTAMENTO }
Na gastronomia, ela encontrou um novo sabor da vida! O que começou como uma recomendação médica, a ginecologista Maristela Vargas Peixoto transformou em prazer e descobriu um refúgio para o corpo e mente por RENATO LIMA • foto DEISE SINÉSIO
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uem não sente saudades da comida feita pela mãe, do cheiro de alho frito, ou do bolo assado que a avó fazia? Bons tempos eram aqueles! Atualmente, a vida corrida e o excesso de trabalho deixaram as cozinhas menores e mais vazias. Resultado: as refeições tornaram-se profanas e os alimentos menos saudáveis. Tabalhando 60 horas por semana, a ginecoligista Maristela Vargas Peixoto conheceu bem de perto essa realidade, e o pior, as consequências dela. Além de engordar, teve os níveis de colesterol e glicemia todos alterados. O estresse da vida agitada e do excesso de responsabilidades também contribuiu para um desequilíbrio físico emocional. Então a médica virou paciente. A prescrição era tão somente mudar alguns hábitos em busca de mais qualidade de vida. Maristela arregaçou as mangas e enfrentou a cozinha. “Precisava melhorar minha alimentação, estava hipertensa e colesterol alto, havia anos que comia em restaurantes, muitas vezes não fazia boas escolhas, desta forma, resolvi que iria melhorar minha alimentação, comecei a almoçar em casa e a cozinhar de maneira saudável, sempre que tinha tempo buscava novas receitas e ingredientes. A cozinha começou a me seduzir. Fiz pequenos cursos de culinária, fui me aperfeiçoando e iniciei um curso de gastronomia. Hoje, minha qualidade de vida deu um salto ascendente incrível, somei emagrecimento, equilíbrio das taxas de glicemia e colesterol,
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convivência com pessoas amadas, alimentação saborosa e saudável, conhecimento, diminuição do estresse em torno desse novo hobby”, destaca Maristela. Nesse novo “estilo de vida”, a médica-gourmet apresenta seus três principais ingredientes, responsáveis tanto por sua qualidade de vida, como pelos sabores de seus pratos. “Eu sempre falo que para o prato ser realmente saboroso tenho que dedicar tempo, paciência e amor”. E acrescenta, “um bom prato começa na escolha certa dos ingredientes e quando vou à feira ou ao mercado para escolher os produtos, sinto cheiro, percebo a cor, sinto as texturas, começo a cozinhar naquele momento”. Hoje, aos 48 anos, Maristela ainda trabalha muito. Com a gastronomia ela reconquistou a saúde e descobriu novos prazeres como o fazer trilhas, já passou pela Inca e pelo Caminho de Santiago de Compostela, aos fins de semana, a médica anda de bicicleta e criou sua própria definição de qualidade de vida. “Para mim são todas as situações que trazem benefícios para meu bem-estar físico, emocional e espiritual”.
“Cozinhar é uma arte, isso todos sabem, mas o que muitos desconhecem e que ela requer dedicação, paciência e esforço. Quando entramos na cozinha o tempo para, ficamos inebriados pelas cores, aromas e sabores que nos rodeiam. É impossível pensar no trabalho se temos que cuidar do suflê no forno ou manter-se irritado se o bolo enche o ar de um perfume que lembra a infância. Cozinhar nos transporta para um tempo-espaço distante da correria do dia a dia. Imagine uma atividade que proporciona o prazer de conviver com familiares e amigos, alimentação saudável, permite descobrir novos horizontes, distrai a mente e fornece produtos saborosos, não há estresse que resista”. Maristela Vargas Peixoto
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{ COMPORTAMENTO }
Mãe de Miguel por CAROL ALENCAR • fotos MARIANA PETIT
“...Azul do céu chegou/No mês de maio.” Foi em maio. É, lá pelo primeiro dia, entre a eterna canção de Almir Sater e Paulo Simões, que senti que aquele mês seria inesquecível. E foi. Tudo bem que ainda estava no sétimo para o oitavo mês gestacional, mas sabe aquele sexto sentido aflorado? Então, aflorou. “...A luz do sol entrou/Pela janela e convidou/Pela tarde tão bela, e sem calor/É mês de maio, saio e vou ver o sol se pôr...” Foi exatamente como na canção, que no dia 11, daquele mês, saímos ao pôr do sol para dar à luz o arcanjo tão esperado, nosso Miguel. No primeiro momento, a sensação era
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de ansiedade. Nada mais me preocupava. Nem a pressão alta, nem a burocracia rotineira do plano de saúde versus hospital, nem nada. O lance era a ansiedade do novo. Esse novo que mudaria, de fato, a minha vida. E mudou. Até a parte da internação, estávamos nessa ansiedade. Uso o plural, porque de nada seria sem a presença do meu eterno amor e companheiro dessa missão. Meu marido e eu vivemos até aquela instância para nós dois, apenas. Estávamos cientes do nosso amor, da nossa cumplicidade e da certeza que tivemos de esperar pelo nosso arcanjo. Lado a lado, olho no olho e anestesia
adentro, e lá estávamos. Não demorou nem dez minutos e ele veio às 22h16 daquela noite. E aquele sexto sentido teve realmente sentido. Sei que o mês de maio é forte, mês das mães, das noivas, mês dos taurinos, mês da mulher. É mês da mulher Carol, que passaria, como num passe de mágica, a ser o mês da mãe Carol. Quanta mudança,né?! Realmente, a mudança acontece no ato imediato, na hora mágica que ele sai de dentro de você. Essa sensação só não é tão intensa como aquela em que o aproximam do seu afago. Essa sensação, de ter sua prole ali, recém-saída de lá de
dentro e adentrando esse mundão de meu Deus do céu, é realmente a contemplação de toda mulher que sonha em ser mãe. Ela é pura, é verdadeira, é simples, singela e revolucionária na vida de uma mulher. E foi assim comigo também. Revolucionária, porque a mudança é repentina. É, sim. No dia anterior, ou até mesmo na tarde daquele dia 11, eu era apenas uma mulher. E, na mesma noite, eu me tornei mãe. Muda, sim. Muda tudo. E é uma mudança encantadora, nova e esperançosa. A esperança que cito é aquela de um mundo melhor, de amor ao próximo, de responsabilidade com o ser que está vindo, que dependerá de você, dos seus atos, da sua criação. Claro, a criação, os valores, o amor que será estabelecido nesse
processo, tudo influencia naquele momento que você vira mãe. Nada é mais além e mais real do que o compromisso dessa missão que você está apta a carregar. Ao sair daquele momento cirúrgico, já com a sensação do novo, fomos à espera do nosso arcanjo no quarto. Minha mãe também estava presente. Ela, então, seria a avó do ano. Linda, do meu lado, como sempre. No momento em que deixei de ser apenas mulher para virar mãe, é obvio que ela estaria comigo, como esteve em todas as etapas de minha vida. E é por ela que dedico essa minha nova vida; é por ela, pelos valores que ela me ensinou, que tenho forças para abraçar a missão de ser mãe. E ele veio. Todo enroladinho, amassadinho e cheio de luz. Cla-
ro que era o bebê mais lindo do mundo, o nosso bebê mais lindo do mundo. Sua aura brilhava, era azul e dourada, com todo o poder de São Miguel Arcanjo ali, revelado, nos meus braços. Que mágico! Que momento único e vital! Que bênção! “...Horizonte, de aquarela, que ninguém jamais pintou/Um enxame, de estrelas, diz que o dia terminou...” assim, como na música que mudou a minha vida, completei mais essa etapa do mês de maio. Agora, é só alegria e noites maldormidas, que são absolutamente entendidas e regadas de muito amor, carinho e emoção. Sim, eu me emociono com o olhar, com o choro, com o cheiro, com tudo que é relacionado ao meu pequeno príncipe, e me ostento com esse poder divino que é ser mãe.
Perfil: Carol Alencar tem 28 anos, é jornalista e mãe de Miguel (hoje, com 3 anos) e de Ravi, com quase 1 mês de vida.
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Contatos:
Cirugia Plástica
Aparelhos Auditivos
Dr. Orlando Monteiro Júnior CRM/MS 3256 - CRM/SP 73806 Ginecologista Clínica Gazineu, Rua São Paulo, 907 Campo Grande/MS (67) 3382-5484 www.clinicagazineu.com.br
Dr. Cesar Augusto Galhardo CRM/MS 4913 Ginecologista, Obstetra e Diretor Clínico do Hospital do Câncer Alfredo Abrão Av. Presidente Ernesto Geisel, 1.053 Campo Grande/MS (67) 3041-6000
Ginecologia
CLÍNICA GAZINEU
Dr. Maurício de Barros Jafar CRM/MS 2073 Angiologista Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3321-8921
Rua São Paulo, 907 Fone: (67) 3382-5484 Dr. Orlando Monteiro Júnior
Dr. Sandro Startari CRM/MS 4313 - CRM/SP 106149 Cirurgião Plástico Rua Euclides da Cunha, 1.912 Campo Grande/MS (67) 4141-0707
CRM/MS 3256/CRM/SP 73.806 / TEGO 568/95
Odontologia Clínica de Vacinaç�o
Dr. Radi Jafar CRM/MS 15 Angiologista Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3324-9802
Dra. Thaís Sakuma CRM/MS 5868 Dermatologista Edifício Evolution Center Av. Afonso Pena, 5.723 - Sala 303 Campo Grande/MS (67) 3383-7518 - 9986-3856
Dr. José Carlos Souza CRM/MS 2671 Psiquiatra, doutor e PhD em saúde mental Autor do livro Qualidade de Vida e Saúde Rua Theotonio Rosa Pires, 88 Campo Grande/MS (67) 3325-0990
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Psicologia
Psicologia Psicologia Clínica Clínica Julyana Oshiro CRP 14/05582-8
suemewinkler@gmail.com 9964.5805 Rua Pernambuco, 539 – Bairro São Francisco
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Condicionamento Físico