FOTO: ROBERTO HIGA
Edição 82 | Ano 7 | Outubro | 2014
Gabriel Sater Sono silencioso Transplante capilar
Nasce um Estado
SUMÁRIO
EDIÇÃO 82
ANO 7
OUTUBRO 2014
42 | Literatura
08 | Total Saúde SABOROSAS E NUTRITIVAS, AS FLORES COMESTÍVEIS
O ENCANTAMENTO DO
TAMBÉM SÃO PODEROSOS ANTIOXIDANTES
CONTADOR DE HISTÓRIAS
12 | Total Saúde
44 | Literatura
TRANSPLANTE CAPILAR
MÚSICA CLÁSSICA PARA CRIANÇAS
14 | Total Saúde
46 | Literatura
SEMANA DO PEIXE INCENTIVA CONSUMO DE PESCADO
JUNTANDO OS CACOS
48 | Independência
16 | Total Saúde
FILHOS MAIS INDEPENDENTES
ADEUS À FARINHA BRANCA
49 | Independência
20 | Total Saúde
TUDO PELO CELULAR
SONO SILENCIOSO
24 | Total Saúde INSTITUTO AMIGOS DO CORAÇÃO PRETENDE LEVAR DIGNIDADE E SORRISOS A QUEM NECESSITAR
50
08
38
66
26 | Total Saúde
50 | Independência
SURDEZ:
INDEPENDÊNCIA CINEMATOGRÁFICA
QUANTO CUSTA UM APARELHO AUDITIVO?
28 | Total Saúde
60 | Decoração DECORE A CASA COM AS FLORES DA
MAIS ESPAÇO PARA SAÚDE
PRIMAVERA
30 | Nasce um Estado
64| Cultura
MATO GROSSO DO SUL, 37 ANOS
GABRIEL SATER
34 | Nasce um Estado
66 | Cultura
EXPOSIÇÃO LITERÁRIA DA BIBLIOTECA ISAÍAS PAIM
DANÇAS URBANAS INVADEM A CAPITAL
CELEBRA 37 ANOS DE MATO GROSSO DO SUL
38 | Gastronomia ENCONTRO GASTRONÔMICO FAZ SUCESSO NA CAPITAL
4 | CINCO + | OUTUBRO 2014
68 | Viaje bem BALANÇA MAS NÃO CAI
70
editorial
C
hegamos a outubro! Mês em que comemoramos datas importantes, como o Dia da Criança, Dia do Professor, Dia de Nossa Senhora Aparecida, que é a padroeira do Brasil, e, especialmente para os sul-mato-grossenses, é o mês da criação do nosso Estado. Em 2014, no dia 11 de outubro, comemoramos os 37 anos da emancipação político-administrativa do Estado de Mato Grosso do Sul. Graças à Lei Complementar nº 31, de 1977, que foi decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente da República, o militar Ernesto Geisel. A historiadora Alisolete Weingartner, que é autora do livro “Movimento Divisionista em Mato Grosso do Sul”, ressalta pontos importantes que resultaram na almejada divisão. Nosso especial desta edição é sobre o tema independência. Na matéria “Filhos mais independentes”, a psicóloga Anamaria Martins, especializada em crianças e adolescentes, ressalta que a independência dos pequenos pode começar logo nos primeiros meses de vida, quando aprendem a dormir sozinhos no berço. Vale a pena conferir as dicas! Na busca pela independência, muitas pessoas investem na compra de produtos inteligentes, que tornem a rotina mais fácil e prazerosa.“Design, simplicidade e tecnologia se unem pela independência das pessoas” enumera alguns objetos que podem auxiliar nas atividades, quando são funcionais e economizam espaço e tempo. Utensílios pensados por profissionais para proporcionar comodidade e bem-estar. A matéria “Tudo pelo Celular” mostra como as tecnologias facilitaram o dia a dia. Aplicativos como bancos on-line, lista de compras de supermercados, taxi on-line, GPS e afins tornaram a vida das pessoas bem mais práticas e independentes.
Coordenação de Comunicação: Henrique Attilio (MTB 947/MS - 177/MS) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Oscar Diego de La Rubia e Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e TIS Publicidade e Propaganda - Redação: Andréia Nunes (DRT/MS 1013); Carol Alencar (DRT/MS 593); Claudia Malfatti DRT/MS; Jacklin Andreuce (DRT/MS 095); Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Patrícia Belarmino (DRT/MS 1211); - Revisão: Dafini Lisboa - Conselho Editorial: Karolinne Medeiros, Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone, Oscar Diego de La Rubia.
Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio - Planejamento e Operações: Henrique Attilio e Kátia Kuratone - Fotografias: Henrique Attilio, Tadeu Bara, Rui Montez, Luciano Muta, Andréia Nunes, Roberto Higa, Passion Fotografia, Diogo Gonçalves e Luiz Felipe Fernandes.
Foto capa: Roberto Higa
www.editoraalvorada.com.br Participaram nesta edição: Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica / Membro da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar, Dr. Sandro Startari CRM/ MS 4313 / RQE 3167; Participante da Sociedade Brasileira de Medicina do Sono, Dr. Amélia Alice Sobral de Figueira Vieira CRO/MS 3467; Cinéfilo e Jornalista, Airton Raes.
Tiragem: 10.000 exemplares
Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Total Saúde é uma publicação da Editora Total Saúde Ltda, com periodicidade mensal com distribuição dirigida gratuita e mediante assinatura anual.
REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500
Diretor: Mirched Jafar Junior Gerente de Produção: Paul Hudson
ATENDIMENTO AO LEITOR Críticas, dúvidas, sugestões e comercial Fale com a gente: contato@revistacincomais.com.br Cartas: Rua Antônio Maria Coelho, 623 - Centro - CEP 79.008-450 - Campo Grande/MS
Já na coluna Viaje Bem, um passeio pela Itália nos leva a conhecer a famosa Torre de Pisa, na região da Toscana. Também não esquecemos que estamos na primavera! A paisagista Adines Ferreira nos ensina a decorar a casa com as flores e como cuidar delas. Já a nutricionista Débora Soria destaca a ‘força’ das flores, na matéria “Saborosas e nutritivas, as flores comestíveis também são poderosos antioxidantes”.
Telefone: (67) 3313-6200 / 9254-4524
Boa leitura!
DISTRIBUIÇÃO
Kátia Kuratone
Para anunciar na revista Fale com a gente: contato@revistacincomais.com.br
PARTICIPE DA REVISTA! Você tem curiosidade sobre algum tema relacionado à saúde? O que mais gostaria de saber? Escreva-nos! contato@revistacincomais.com.br
A Revista Cinco+ Total Saúde é distribuída gratuitamente de forma dirigida e também disponibilizada mediante assinatura anual.
{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }
8 | CINCO + | OUTUBRO 2014
Saborosas e nutritivas, as flores comestíveis também são poderosos antioxidantes por KÁTIA KURATONE
U
ma alimentação balanceada e nutritiva traz inúmeros benefícios para o corpo, além de evitar doenças. Com a chegada da primavera no mês de setembro, as flores comestíveis chegam para complementar os pratos com muitas cores, aromas e sabores. “Além de saborosas, as flores comestíveis são nutritivas, pois contêm fibras, vitaminas e antocianinas – poderosos antioxidantes que combatem os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e diversas doenças. As flores são, também, uma ótima opção para quem está de dieta, pois são pouco calóricas. Em média, 100 gramas têm apenas 40 calorias”, explica a nutricionista Débora Soria. Segundo ela, qualquer pessoa pode consumir as flores comestíveis, até mesmo as crianças. A única restrição são pessoas que possuem alergia ou asma, que não devem manipular ou consumir flores comestíveis, já que o pólen pode causar reações graves. “Antes de comprar flores comestíveis, verifique se estão livres de produtos químicos, pesticidas e conservantes florais. Aí, sim, estarão seguras para o consumo”, indica Débora. Outra dica importante é sobre como devem ser armazenadas em casa. “Flores comestíveis podem ser mantidas na geladeira por até 10 dias, se estiverem bem guardadas. Coloque uma toalha de papel úmida dentro do recipiente com as flores”, ensina, para conservar melhor.
C I N C O + | OU T U BRO 2 0 1 4 | 9
A NUTRICIONISTA INDICA ALGUMAS FLORES COMESTÍVEIS E COMO CONSUMI-LAS:
Lavanda Calêndula É muito nutritiva. Suas pétalas e o pólen contêm triterpenoides, substâncias com ação anti-inflamatória. Inclua no prato, também, as folhas e o caule, que são ricos em luteinazeaxantina, importante na prevenção da degeneração macular dos olhos. Em saladas, elas dão um toque especial com suas cores e seus aromas.
A maioria das pessoas acha que lavanda serve apenas para decorar ambientes ou para tratamentos de aromaterapia. Mas ela também pode ser usada em diversas receitas, como chás, biscoitos, xaropes, bolos, cheesecakes, sorvetes, geleias e tortas. É um calmante natural. Experimente!
Alcachofra
Hibisco Geralmente é usado em infusões. Essa plantinha ajuda a emagrecer. No intestino, ela impede parte da absorção de gordura dos alimentos. E mais: tem efeito diurético, por isso, ajuda a eliminar toxinas. Mas atenção: o hibisco é ligeiramente ácido, portanto, não deve ser consumido por pessoas com gastrite, úlcera ou azia!
1 0 | CINCO + | OUTUBRO 2014
Você sabia que a alcachofra é uma flor? Essa plantinha dá uma inflorescência comestível, que deve ser consumida ainda em broto. Depois que vira uma flor aberta, suas pétalas endurecem e, por isso, não pode mais ser consumida. Ela atua na desintoxicação hepática e reduz o colesterol total.
Seu corpo milimetricamente pesado e avaliado A nutricionista Débora Soria foi buscar o que existe de mais moderno no mercado para otimizar os resultados quando o assunto é a saúde do seu corpo. O sitema InBody permite rastrear as alterações que ocorrem no corpo como resultado do tratamento, tanto na dieta alimentar como em atividades físicas.
InBody Composição corporal Diagnóstico da obesidade Controle Músculo-Gordura Avaliação de massa magra e massa gorda segmentada
Rua Amazonas, 1970 Jardim dos Estados
Fone: 3043-0029 E-mail: deborampsoria@gmail.com
{ TOTAL SAÚDE }
Transplante capilar A diferença está na naturalidade por DR. SANDRO STARTARI • foto LUCIANO MUTA
A
calvície é um problema que afeta especialmente os homens, pois a testosterona, hormônio sexual masculino, é a maior responsável pela queda do cabelo. Embora as mulheres também a produzam, nelas a quantidade é muito menor. Pode ter início a partir dos 18 anos e evolução contínua e irregular, isto é, com períodos de perdas mais acentuadas, intercalados com períodos de estabilização. Após os 50 anos, esta evolução tende a ser mais lenta e homogênea. O termo científico para a calvície nos homens é alopécia androgenética. Este termo contempla dois conceitos. O primeiro (andro) vem do hormônio masculino testosterona, na verdade, um derivado dela, que é a DHT (dihidrotestosterona), responsável pelo processo de miniaturização dos fios. O segundo conceito (genético) está ligado a uma herança familiar transmitida de geração a geração. Esses dois fatores associados fazem com que haja a perda de cabelos na população masculina. E os fios de cabelo que sofrem a ação deste hormônio situam-se na região frontal, topo da cabeça e coroa, já os cabelos da região da nuca são imunes à queda e servirão de área doadora para o transplante destes fios. O tratamento da calvície divide-se em tratamento clínico e cirúrgico. O tratamento clínico baseia-se no uso tópico do Minoxidil, dos fatores de crescimento capilar e laser de baixa potência, juntamente ao uso oral de Finasteride. O objetivo é diminuir e/ou estabilizar o processo de miniatuarização dos folículos pilosos. A cirurgia do microtransplante capilar nada mais é do que uma cirurgia de distribuição de fios. Baseia-se no fato de transportarmos fios geneticamente programados
1 2 | CINCO + | OUTUBRO 2014
DR. SANDRO STARTARI CRM/MS 4313 / RQE 3167 - Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica / Membro da Associaç�o Brasileira de Cirurgia da Restauraç�o Capilar
para não cair (fios da região posterior do couro cabeludo/nuca) para as regiões fronto-temporais (entradas),em que o processo de miniaturização dos fios já ocorreu. O tratamento de implante capilar, que antes era realizado fio a fio, hoje é feito por unidades foliculares, e cada uma pode ter de 1 a 4 fios, separados por microscópio, o que proporciona um resultado natural e satisfatório. Toda a cirurgia é realizada com lentes de aumento binoculares, permitindo uma melhor visualização do folículo piloso e garantindo que os fios sejam colocados o mais próximo possível uns dos outros. Quando se fala, hoje, em cirurgia de transplante capilar, entende-se como proporcionar ao paciente um procedimento calmo, tranquilo e seguro, com rápida recuperação no período pós-operatório, para um retorno precoce do paciente às suas atividades de trabalho e sociais. Na média, um período de 3 a 5 dias é o suficiente para o retorno às atividades habituais. É um procedimento que praticamente não causa dor no pósoperatório.
Mais que sorrir, uma escolha de qualidade O especialista Dr. Plínio Kleinschmitt, com 12 anos de trabalho contínuo e dedicação irrestrita em Campo Grande, vem obtendo solidificação da sua clínica e grande satisfação dos seus pacientes nos tratamentos reabilitadores e estéticos. Grande porcentagem das reabilitações necessita de tratamento multidisciplinar, reconstruções ósseas, gengivais e dentais; nestes casos, existem técnicas e materiais modernos que otimizam o tratamento, como nos enxertos ósseos que podem ser realizados por meio de diferentes opções, permitindo mais conforto durante e após a cirurgia. A instalação dos implantes dentários atualmente é quase imperceptível, sendo feita em poucos minutos e completamente indolor, sem cortes e com carga imediata, utilizando os melhores implantes nacionais e importados. As próteses em porcelana e lentes de contato dentais feitas em CAD/CAM acrescentam qualidade, resistência e rapidez ao tratamento
Rafaela Butareli Miss São Paulo
odontológico, sendo preparadas na forma e cor desejadas pelo paciente, modificando e melhorando completamente o sorriso. Sua clínica oferece atendimento nas principais áreas da Odontologia, desde uma consulta de prevenção até uma reabilitação total, estética e funcional. Conta com as melhores técnicas e materiais de última geração, novas tecnologias e um aprimoramento profissional constante, a fim de proporcionar a você e sua família mais conforto, comodidade e segurança nos tratamentos.
Saiba mais pelo site:
www.drpliniok.com.br
Dr. Plínio Kleinschmitt CRO 3120
Especialista em Implantodontia Prótese Dentária Lentes de Contato Dentais
Rua Padre João Cripa, 2441 – Campo Grande
Fone (67) 3324-0714
{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }
Semana do Peixe incentiva consumo de pescado A ingestão desta proteína animal é recomendado pela OMS por PATRÍCIA BELARMINO
C
onsiderado a proteína animal mais saudável do mercado e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o peixe ainda não é encontrado tão facilmente em algumas casas país afora. E é de olho, justamente, na população que ainda não come peixe com tanta frequência que o Ministério da Pesca e Aquicultura promoveu, nas duas primeiras semanas de setembro, a 11ª edição da Semana do Peixe. De acordo com o ministério, hoje, a população brasileira consome, em média, 14,5 quilos de pescado por habitante/ano. A OMS recomenda que cada habitante consuma, no mínimo, 12 quilos de pescado por ano. Ainda conforme o Ministério da Pesca, nos últimos 10 anos, o consumo de peixe mais que dobrou no Brasil. De 2012 para 2013, cresceu quase 25%, o que permitiu que o mínimo estabelecido pela OMS fosse superado.
SEG
1 4 | CINCO + | OUTUBRO 2014
A principal ação da Semana do Peixe em Campo Grande foi a venda de pescado na Feira de Orgânico, promovida pela prefeitura da Capital, na Praça do Rádio Clube. Antes, durante a Feira do Empreendedor, houve uma palestra com o tema “Perspectivas e Oportunidades da Piscicultura em MS” para o público interessado na área. Somente em Campo Grande, conforme a prefeitura, existem 120 produtores de pescado, e a meta é ampliar este número. Durante a Feira de Orgânico, em que houve a venda de pescado, o superintendente municipal da Pesca, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência, Tecnologia e do Agronegócio (Sedesc), José Santos, afirmou que a meta é que mais de 200 produtores comecem a trabalhar com pescado. A prefeitura deve oferecer suporte técnico, segundo o gestor.
TER
QUA
QUI
SEX
SÁB
Depois da experiência durante a Semana do Peixe, a venda de pescado na Feira de Orgânicos deve virar uma tradição. A expectativa é que, todas às quartas-feiras, seja comercializado pescado na feira campo-grandense, que acontece na Praça do Rádio Clube, no Centro. Uma alternativa para quem é sul-mato-grossense e quer passar a consumir mais pescado é investir nas espécies nativas, como pintado, cachara e pacu. Os peixes são encontrados nos rios do Estado e, às vezes, saem mais baratos que outras espécies, vindas de fora, por exemplo. Além de Campo Grande, Dourados também preparou atividades para a Semana do Peixe. No município douradense, foi promovido o Festival do Peixe, em que merendeiras participaram de oficinas sobre a importância do peixe na alimentação.
DOM
{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇÃO }
Adeus
à farinha branca por CLAUDIA MALFATTI
1 6 | CINCO + | OUTUBRO 2014
D
elícias como pães, bolos e massas levam tradicionalmente, em suas receitas, a farinha de trigo branca. A cor significa que o produto foi refinado e, automaticamente, é menos nutritivo se comparado ao grão integral. A partir dessas informações, que tal aproveitar para degustar os quitutes de forma mais saudável? O primeiro passo é entender: nem todas as farinhas são do mesmo saco. O mercado oferece, cada vez mais, alternativas nutritivas desse ingrediente. Além das integrais, há, também, as farinhas de ameixa, maracujá, linhaça, soja, entre tantas outras. De acordo com a nutricionista Luiza Camargo, vale ressaltar que existem muitas pesquisas quanto às propriedades e aos benefícios para a saúde com o uso das farinhas alternativas. “Elas possuem vitaminas, auxiliam contra a constipação intestinal e reduzem os riscos para doenças coronarianas, propriedades essas que não estão presentes na farinha de trigo”, explica. Em relação a calorias, a farinha branca não é mais calórica. Uma porção de 50 g (1 xícara) possui o valor calórico de 180 kcal. Já a mesma porção de farinha de linhaça, 240 kcal; de farinha de ameixa, 220 kcal; e de maracujá, 51 kcal. Só que as vantagens para a saúde se sobressaem. Consumida demasiadamente, a farinha de trigo propicia o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade. “O consumo exagerado de preparações como bolos, massas, pães e tortas, juntamente
ao sedentarismo e a outros hábitos alimentares errôneos, está associado ao surgimento de doenças crônicas. Com excesso de gordura corporal, sofremos um mecanismo chamado de resistência à insulina, que é tipicamente definida como a diminuição da captação de glicose pelos tecidos”, alerta a nutricionista. A farinha de trigo possui em sua composição, basicamente, carboidrato, e é enriquecida com ácido fólico. Não contém uma quantidade significativa de fibras e outras vitaminas. Por isso, a especialista orienta enriquecer as refeições com outros tipos de farinha. Um exemplo é preparar o bolo de cenoura utilizando metade de farinha branca e metade de farinha integral. Acrescentar aos pães caseiros linhaça e farinha de aveia é uma forma de inserir fibras e vitaminas às preparações, sem perder a leveza da massa oferecida pela farinha branca. Atualmente, os mais variados tipos de farinha podem ser encontrados nos supermercados, em algumas drogarias e casas especializadas em grãos e cereais. “É importante ressaltar que o consumidor deve ficar atento aos prazos de validade desses cereais, os alimentos integrais são altamente perecíveis”, ressalta a nutricionista Luiza Camargo.
Bolo de chocolate com farinha de ameixa e integral Ingredientes:
Modo de preparo:
3 ovos 1 xícara de leite ¾ de xícara de óleo de soja 1 xícara de farinha de ameixa ½ xícara de farinha integral ½ xícara de farinha de trigo ½ xícara de açúcar ½ xícara de cacau em pó 1 colher (sopa) de fermento para bolo
Preaqueça o forno a 200°C, por 15 minutos. Bata no liquidificador os ingredientes líquidos (ovo, leite, óleo), até ficar uma mistura homogênea, e reserve. Em uma tigela, peneire os ingredientes sólidos. Misture o produto do liquidificador com os ingredientes peneirados, até obter mistura homogênea. Unte uma forma circular com 20 cm de diâmetro. Despeje a mistura na forma e asse durante 40 minutos, em forno a 180°C. Bom apetite!
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 17
{ TOTAL SAÚDE }
Sono silencioso
Um caminho para a boa saúde por ANDRÉIA NUNES foto ANDRÉIA NUNES
Q
uem nunca se pegou dando uma roncadinha durante um cochilo? Roncar às vezes é normal, mas sempre, não. Motivo de piadas e, frequentemente, de vergonha, o ronco é uma disfunção que tem solução, e não pense que é complicada. Brincadeiras à parte, ter um sono silencioso resulta em bem-estar na manhã seguinte e saúde para a vida toda. De acordo com a Dra. Amélia Figueiredo Vieira, dentista e participante da Sociedade Brasileira de Medicina do Sono, grande parcela das pessoas vai em busca do tratamento a fim de acabar com o barulho, mas nem imagina o quanto esta atitude muda a rotina para melhor. “O ronco, primeiramente, surge como um problema de queixa social. As pessoas se incomodam com o barulho. Mas, depois de iniciado o tratamento, a pessoa passa a ter uma qualidade de sono muito melhor, um dia com mais disposição e, consequentemente, uma vida mais proveitosa”, relata Amélia. Tudo começa com um exame que se chama Polissonografia, no qual o sono é acompanhado por especialistas. Segundo a doutora, é comum que a outra parcela de pacientes chegue até ela orientada por médicos. “Otorrinolaringologistas, cardiologistas, encaminham para fazer a avaliação, porque é sabido que o ronco não tratado pode evoluir para apneia e diversas outras doenças”, avalia. A apneia é uma parada rápida da respiração, e é aí que está o perigo: diminui o fluxo de oxigênio para todo o corpo, principalmente para o coração e para a cabeça. “O paciente apneico tem em torno de três vezes mais chances
2 0 | CINCO + | OUTUBRO 2014
de sofrer de hipertensão, arritmias cardíacas e até mesmo infarto”, explica.
COMO SOLUCIONAR Hoje, basicamente, há dois tipos de soluções para o ronco e a apneia. Tem o uso da placa intraoral, que é um sucesso, ou de CPAPs, compressores que injetam ar por meio de uma máscara, utilizados mediante prescrição médica. A placa, de indicação odontológica, faz um ligeiro avanço da mandíbula, que provoca um “estiramento” da musculatura da garganta, evitando o ronco e uma possível evolução para a apneia. “Levar a informação para as pessoas é a grande questão. Muitas acham que roncar é normal, que não há saída para o fim desta situação. Temos buscado mudar o enfoque, tratar essa disfunção como doença. Então, se você ou algum parente ronca muito quando dorme, procure um especialista. Com certeza, suas noites de sono serão muito melhores, assim como seus dias serão mais saudáveis”, finaliza Amélia.
DRA. AMÉLIA ALICE SOBRAL DE FIGUEIREDO VIEIRA CRO/MS 3467, participante da Sociedade Brasileira de Medicina do Sono.
Rua Bahia, 22, Centro Telefone: (67) 3325-8081
{ TOTAL SAÚDE / BEM-ESTAR }
a d a h n i m a c a D a d i r r o àc I
A MALFATT
por CLAUDI
s. As pessoas rtáveis e leve fo n co r se em ca com atividade físi stimentas dev o ve d n ze fa a e, u ao pensar q te deixa com Na verdade, se enganam minutos já mais rápido. is o m d ce O te re n e. ag ra im u que , em esan orrer d . Ele ressalta pas fechadas a, não se d u ro m ro ei al n C ar ? C ra ta e fo d ratam”, aler língua para a vida, depen “Quando se apenas desid no precoce. quase tudo n o o d m an co m ab u m o r si aeo eram ue te corpo, as lesões, fadig uenos erros g tário, tem q eq em en p d rg se su é a, id cê , rr o. Se vo ica: antes o profissional rocesso da co de adaptaçã antecipa o p tários, uma d om orientaçã C en d a. se ci s , n o iê te A ac en e. de p atividad força. ida gradativam pouco mais abandono da caminhar”, re e cesso de corr u q ro p m o te r . , ia es er ic corr e lesõ 30 minutos é possível in to e riscos d de pensar em r pelo menos en ta im en fr im so te al e vi d n se co po ade ção é correr o tem pode ser um sem necessid Outra orienta tação deve o rio de verão ra rá e id o d h h n a o ra d G Já em a o . e p cício A chegad ade é aquel dade de Cam antes do exer a para a ativid amento. A ci n ar o p ei d tr ío as o er d o da p ar za eç r ri eç o m o h r co as arb para com todo. O mel A opção de se ues e avenid e. q rt ar ar p fo lt e o fa d tã a es d pessoa. esteja Se ain oferece opçõ ende de cada que o sol não s agradável. ep d ai e m it r o n ca à em fi ar físico a tarde ou cação física juntos, busc o exercício manhã, fim d nal de edu amigo para, io ss m fi u ro p ça n m ve u n r nforme incentivo, co A busca po à corrida. Co a a. ad rm h fo in a m o r b ca ia al vida e aptação da m ciclo de ico que irá av qualidade de ajudará na ad curar o méd elaborado u ro é p é s , o ro so s ei o as n d p Car r to oradas, O próximo xandre Luís hadas monit ercício. “Faze le in A ex m o ca a m ar co e p d apto sando a , começando dição de saú se você está treinamento olutivo, pas sua boa con a ev ar e st te m vo u ti am e ta d o ap que poss processo ad exames que ue a orientaçã s. “A ideia é sq ve u m le b u , as is o id rr ep D co a ss de tudo. tervalos com para que po ternem-se, é o princípio pequenos in e corridas al cação física, u as ed ad e h d o in iv ea m at e d da ár entre ca s mais do qu namento gra profissional os intervalos que corremo ento de trei em e am , ej ro o n ri ad la tá u p q si os o elaborar um fessor univer até inverterm rienta o pro o , ” te en , explica. st . eiro e consi caminhamos” dre Luís Carn n s xa A le “ A . is co n si tê roupas e do preparador fí da escolha das ra o h a n o ad Cuid
C
2 2 | CINCO + | OUTUBRO 2014
{ TOTAL SAÚDE }
Instituto Amigos do Coração pretende levar dignidade e sorrisos a quem necessitar Organização deseja atender 2 mil pessoas, gratuitamente, com Unidade Móvel de Saúde por ANDRÉIA NUNES
U
m mundo melhor se constrói em cada ser humano...”, esse é um dos lemas do Instituto Amigos do Coração (IAC). Composto por uma equipe de amigos que atuam em várias áreas, a organização não governamental é um olhar diferente sobre o mundo. Sensível perante as dificuldades das pessoas na manutenção da saúde, o grupo atua há mais de dois anos de forma independente e voluntária, em Campo Grande e em outros países. Agora, a nova missão da organização é conquistar uma Unidade Móvel de Saúde. São projetos que funcionam em frentes diferentes e prestam serviços essenciais, proporcionando saúde e bem-estar às pessoas que mais precisam. Odontólogos, médicos, terapeutas ocupacionais, manicures, cabeleireiros, arquitetos, contadores, advogados, psicólogos e empresários, todos movidos a um propósito: fazer o bem, não importa a distância. Exemplo disso é o “Sorriso Sem Fronteiras”, que acontece no continente africano. A ação levou mais de 400 crianças e adolescentes ao dentista, todos pela primeira vez. Lá, foi viabilizada também a construção de “escovódromos”, para que os jovens
2 4 | CINCO + | OUTUBRO 2014
mantivessem o hábito da escovação. Além disso, é claro, o grupo promoveu a paz e levou mais amor às crianças, órfãs ou abandonadas, como se encontrava a maioria. O doutor Estevom Molica Neto, odontólogo e presidente do IAC, conta que o maior e principal objetivo do grupo é proporcionar atendimento gratuito e de qualidade a todos os adictos (dependentes químicos em tratamento), que estão se recuperando em Unidades Terapêuticas de Mato Grosso do Sul. “Fizemos uma pesquisa e constatamos que aqui, em Campo Grande, há 17 centros de reabilitação, 50 em todo o nosso Estado, e apenas um tinha espaço para o tratamento odontológico;
porém, estava desativado. Então, reativamos o consultório no centro terapêutico ‘Desafio Jovem Peniel’, passamos a atender no local e nasceu o projeto ‘Devolvendo Sorrisos aos Adictos’, este é o nosso primeiro projeto e o principal. É gratificante, mas não temos como ir às outras unidades e fazer um trabalho completo”, afirma Dr. Estevom. A solução? “A maneira mais fácil de atendermos todos que necessitam é adquirir uma Unidade Móvel de Saúde, com um consultório odontológico e um médico”, ajuíza o odontólogo, em nome de todos os membros do IAC. A expectativa é ajudar mais de duas mil pessoas. Na instituição em que se fixaram, o resultado das ações é animador para os internos, como o tratamento odontológico para 80 pessoas, equipamentos de ginástica para a casa e cursos de artesanato. “Quando entramos lá, é muito interessante, porque eles esperam ansiosamente, são carinhosos, amáveis. Quem está ali quer se recuperar física e moralmente, para voltar à sociedade. Então, ver essas pessoas sorrindo é muito bacana, porque este sorriso não restaura apenas os dentes, mas também a alma”, ressalta. Para ajudar nesta missão, de adquirir uma Unidade Móvel de Saúde e atender mais pessoas, qualquer um pode doar valores, que ajudarão na aquisição do micro-ônibus. O IAC, junto aos parceiros Jefferson de Almeida e Plaenge, também está comercializando cotas para um jantar beneficente, que terá toda a verba revertida em prol deste objetivo. Um show do violonista Marcelo Loureiro está previsto para animar a noite, com muito bom gosto. O jantar será no dia 24 de outubro, às 20h30, na Central de Apartamentos Decorados da Plaenge, e conta com a sua presença. Ajude esse sonho a virar realidade. Para informações sobre os projetos do Instituto Amigos do Coração (IAC), como o “Devolvendo Sorrisos aos Adictos”, “Ação do Bem”, “Enxovais do Coração”, “Sorriso Sem Fronteiras” e compra das cotas, ligue: (67) 3301-9067.
Os aparelhos auditivos do básico ao mais avançado estão dentro de uma faixa de R$ 2 mil a R$ 5 mil cada. Quanto vale ouvir bem? Um dos maiores desafios em relação à surdez é o preconceito que ainda envolve o uso das próteses ou aparelhos auditivos. Muitas pessoas guardam a imagem de equipamentos grandes e pesados que eram utilizados há muitos anos atrás, mas que nada têm em comum com os aparelhos auditivos modernos de hoje. A tecnologia evoluiu e os aparelhos são praticamente invisíveis, seu uso é confortável e de fácil adaptação. Você tem ou deve conhecer alguém que tem perda auditiva. Mude esta situação, a vida pode ser muito mais feliz com o uso de aparelho auditivo, além de necessário, ele traz inúmeros benefícios em qualidade de vida como:
• Ter uma conversa ao telefone normalmente, sem ter que pedir para que a pessoa do outro lado da linha grite; • Não se sentir isolado; • Não pedir para que as pessoas repitam o que falaram; • Ouvir claramente sem muito esforço, mesmo em ambientes com ruídos; • Ouvir e entender o que é dito na tv e rádio facilmente, etc. A falta de informação, o preconceito, o preço e a expectativa em usar um aparelho auditivo fazem com que a maioria dos pacientes demore a tomar uma atitude e quanto mais o tempo passa, mais o problema pode se agravar. O primeiro passo é consultar seu médico e/ou fonoaudiólogo o quanto antes e escolher uma empresa de aparelhos auditivos de confiança e credibilidade. Sua audição perfeita e plena é mais fácil do que você imagina e vale muito porque tem o poder de mudar a sua vida. Procure a Prologic, cuidado, atenção e profissionalismo te esperam.
Nelson Lam K. Fook Fonoaudiólogo - Especialização em Audiologia Clínica CRFa. 2818 MS
IMPORTANTE: Não compre aparelhos auditivos antes de testar em casa, no trabalho, no lazer e no seu dia a dia. Solicite os testes dos aparelhos auditivos sem compromisso de compra para verificar se você vai se adaptar para adquiri-lo com segurança, resultado e satisfação.
• Confortável e sob medida; • Durável, resistente e de fácil adaptação; • Aparelho auditivo não descartável; • Alta tecnologia NANOTECH.
O aparelho invisível tem seus componentes e estruturas revestidos com tecnologia iSolatenanotechTM, que protege contra umidade, sujeira e cerume. Isso faz com que ele dure mais e diminua a frequência de reparos.
CAMPO GRANDE/MS Rua 13 de Junho, 167 – Centro danavox@brturbo.com.br (67) 3325-6686 | 3325-7958
DOURADOS/MS Av. Pres. Vargas, 855 - Sala 4 Galeria Dourados Center danavox@brturbo.com.br (67) 3421-0015 Cuidando da sua audição.
{ TOTAL SAÚDE }
Mais espaço para saúde
Stoffer se reinaugura em local amplo e abre novas modalidades para prática de exercício físico
C
onhecida na cidade por priorizar a prática de exercício físico personalizada, a academia Stoffer reinaugurou-se em novo espaço. Amplo, moderno e com muitas novidades, as primeiras aulas de experimentação foram animadas para os alunos, com direito a DJ, mesa de frutas e drinks saudáveis.
2 8 | CINCO + | OUTUBRO 2014
por ANDRÉIA NUNES • foto HENRIQUE ATTILIO
Kristofer Pachelli, sócio-proprietário, conta que o novo local, além do conforto, terá lanchonete com alimentação saudável para pré-treino e pós-treino. Uma atenção a mais com a qualidade de vida do aluno. Além disso, o centro oportuniza novas atividades físicas, que estão em alta Brasil afora. “O ‘Crostoffer’ é uma modalidade de alta
intensidade, na qual o aluno percebe os resultados rapidamente, essa é uma das novidades que estamos trazendo”, revela. Com piso emborrachado, algumas argolas penduradas em um canto da sala, obstáculos para o estepe e um ambiente de formato retangular, o local onde se faz a modalidade inspira muita ação. O professor de “Crosstoffer”, Vitor Herrera, conta que a atividade é baseada nos treinamentos de militares americanos, por isso essa impressão de um treinamento pesado. Mas, na verdade, é totalmente funcional; ou seja, trabalha no limite de cada organismo, o que não deixa de ser um desafio. “Qualquer pessoa pode treinar,
é um exercício em que trabalhamos o extremo de cada pessoa, não há sobrecarga. A prática é feita com o próprio peso do corpo”, explica. Outra disciplina que movimentou o dia de inauguração foram as aulas de zumba. “Essa é uma prática feita com músicas animadas, em que a pessoa realiza vários exercícios dançando. Tem grande gasto calórico”, adianta Kristofer. Praticamente nenhuma mulher ficou de fora das cinco aulas seguidas ministradas por Karine Garcia. A instrutora também desmitifica essa dança fitness do momento e conta que a zumba é um método que alia danças latinas com exercícios
físicos, mas que pode ter interação com outros movimentos ou músicas. “Você pode misturar passos de samba, dança do ventre, desde que a predominância do ritmo seja a salsa, o merengue, mambo, cumbia ou o reggeaton. As aulas são rítmicas e isso depende muito do aluno. Eu dou os passos, mas cada um usa o ritmo que quiser. A média de gasto de energia é de 500 a 1.000 calorias, tudo depende do aluno”, explica, atenciosa. Venha conhecer as modalidades desta matéria e de diversas outras disponíveis no Centro Stoffer. KRISTOFER PACHELLI CREF 4036 G/MS Personal Trainer e Sócio-proprietário do Centro Stoffer de Treinamento Personalizado
SERVIÇO O novo Centro Stoffer fica na Rua Cândido Mariano, 2560 – Centro.
(67) 3305 8099.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 29
{ NASCE UM ESTADO }
Mato Grosso do Sul, 37 anos Oficialmente, a divisão do estado aconteceu em 1977, mas historiadora ressalta que o movimento já existia por aqui muito antes disso por KÁTIA KURATONE • fotos ROBERTO HIGA
M
ato Grosso do Sul comemorou, no dia 11 de outubro, 37 anos de emancipação político-administrava. O Estado foi criado pela Lei Complementar nº 31, de 1977, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República, general Ernesto Geisel. A lei entrou em vigor na data de sua publicação, a qual previa a instalação do Estado em 1º de janeiro de 1979. “Geisel oficializou uma divisão que na verdade já existia, eram duas sociedades com formação histórica distinta. A criação do Estado de Mato Grosso do Sul foi um ato autoritário, no entanto, a lei atendeu o anseio divisionista iniciado em maio de 1899”, ressalta a historiadora Alisolete Weingartner, que é autora do livro “Movimento Divisionista em Mato Grosso do Sul”. Segundo Alisolete, a ideia da criação de um estado autônomo surgiu nos ervais e campos de Vacaria, idealizada pelos coronéis que lutavam pela autonomia das terras da região. “Inicialmente, o movimento divisionista não tinha um plano, um programa político definido, e seus objetivos quase sempre se confundiam com os interesses do coronel. Entre 1899 até 1930, as oligarquias sul-mato-grossenses se uniam na luta pelo reconhecimento da posse da terra, fazendo oposição aos privilégios da Companhia Matte Laranjeira. Concomitante às revoluções coronelistas, a região estava sendo alvo de estudos sobre suas potencialidades, visando a construção da estrada de ferro.”
3 0 | CINCO + | OUTUBRO 2014
A chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil traz muitos benefícios resultando em um maior desenvolvimento da região sul do então Mato Grosso. “A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil possibilitou a fundação de novas cidades, crescimento de outras, desenvolvimento do comércio e de pequenas indústrias de alimentos. A ferrovia atraiu numeroso contingente de trabalhadores, com diferentes qualificações profissionais, migrantes de várias nacionalidades, comerciantes, famílias que vieram em busca da prosperidade. Campo Grande se tornou um centro político, social e econômico. Outro ponto positivo foi a transferência do Comando da Circunscrição Militar de Corumbá para Campo Grande, que hoje é o CMO (Comando Militar do Oeste). Campo Grande assumiu o status de capital militar”, relata a historiadora. O sul de Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul tornou-se o principal centro econômico, responsável por mais de 75% da arrecadação do antigo estado de Mato Grosso.“No decorrer das décadas, a falta de investimentos cerceava desenvolvimento do sul de Mato Grosso e acentuava o desejo de emancipação dessa região. Cuiabá, situada na porção norte, era uma capital isolada dentro do próprio estado de Mato Grosso”. As grandes distâncias entre a capital estado e as cidades do sul, além de outros fatores, contribuíram para acentuar o descontentamento dos sul-mato-grossenses. “O governo militar, iniciado em 1964, para
desafogar as pressões no meio urbano e rural nos vários estados brasileiros e, ao mesmo tempo, viabilizar o crescimento do país, seguia sua proposta de desenvolvimento e segurança. Em 1974, o presidente Ernesto Geisel criou o II Plano Nacional de Desenvolvimento, o qual previa a redivisão territorial de Mato Grosso e de Goiás. Foram implantados os programas, com a finalidade de criar infraestrutura que propiciasse autonomia socioeconômica e política às duas regiões mato-grossenses. O governo oferecia incentivos para aqueles que quisessem se estabelecer
LINHA DO TEMPO: Fatos históricos que marcaram o processo de emancipação de Mato Grosso do Sul. 1899 a 1930 - O conflito de interesses, pela posse da terra, gera o início do movimento divisionista. Os coronéis do sul formam uma aliança com a oligarquia do norte e passam a fazer oposição armada ao governo estadual e à Matte Laranjeira. 1932 - Bertoldo Klinger, comandante da Circunscrição Militar de Mato Grosso, faz a primeira tentativa de divisão e declara o sul como estado de Maracaju. Durou apenas três meses, e os divisionistas foram derrotados. 1934 - a Liga Sul-Mato-Grossense realiza um abaixo-assinado, com mais de 11 mil assinaturas solicitando um estado novo, que é encaminhado ao presidente do Congresso Nacional Constituinte. A tentativa não obtém resultados. 1943 – Getúlio Vargas cria o Território de Ponta Porã, abrangendo os municípios de Dourados, Porto Murtinho, Miranda, Nioaque, Bela Vista, Maracaju e Bonito, sendo Ponta Porã sua capital. Campo Grande e Corumbá, as cidades que emanavam o movimento divisionista, foram mantidas de fora desse território, por conta de interesses do governo.
COMEMORA�O DA DIVIS�O DO ESTADO DE MATO GROSSO, RUA 13 DE MAIO, CAMPO GRANDE, 1977.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 31
DOCUMENTOS ENVIADOS DE CUIABÁ PARA CAMPO GRANDE, APÓS A DIVIS�O DO ESTADO, EM 1980.
IMPLANTA�O DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, EM 1979.
na região. Com isso, milhares de famílias migraram para a região sul-mato-grossense. Como consequência, isso estimulou o desenvolvimento das cidades e a fundação de outras como São Gabriel do Oeste, Alcinópolis e Chapadão do Sul. É claro que a criação do Estado de Mato Grosso do Sul atendeu os anseios dos sul-mato-grossenses, que queriam a autonomia dessa região. Creio que foi bom para todos os lados”, afirma.
O antigo Mato Grosso tinha, à época, 93 municípios e 1.231.549 quilômetros quadrados. Com a lei da divisão, o estado ficou com 38 municípios e 901.420 quilômetros quadrados. Já Mato Grosso do Sul ficou com 55 municípios e 330.129 quilômetros quadrados. Atualmente, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Mato Grosso do Sul tem 79 municípios e uma população estimada em 2.619.657 habitantes.
OS DEZ MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS DE MATO GROSSO DO SUL
A historiadora Alisolete Weingartner
3 2 | CINCO + | OUTUBRO 2014
1. Campo Grande
843.120
2. Dourados
210.218
3. Três Lagoas
111.652
4. Corumbá
108.010
5. Ponta Porã
85.251
6. Naviraí
50.692
7. Nova Andradina
50.010
8. Sidrolândia
49.712
9. Aquidauana
46.998
10. Maracaju
42.101
Fonte: Estimativa 2014 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
NUTRIÇÃO ESPORTIVA
ALONGAMENTO
CROSSTOFFER
PREÇO ESPECIAL E BRINDES PARA MATRÍCULAS EFETUADAS ATÉ 31-10-2014
ZUMBA
* VALOR VÁLIDO APENAS PARA PACOTES ANUAIS - O VALOR AVULSO PARA O TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO É DE R$ 180,00 POR MÊS - SUJEITO À ALTERAÇÃO
{ NASCE UM ESTADO }
Exposição Literária da Biblioteca Isaías Paim celebra 37 anos de Mato Grosso do Sul por ASSESSORIA DA FUNDAÇ�O DE CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL
S
ob o título “Divisão do Estado – 37 Anos de Desenvolvimento Histórico e Memórias Literárias”, exposição celebra mais um ano de aniversário da criação do Estado de Mato Grosso do Sul, comemorado no dia 11 de outubro. Inaugurada pela Fundação de Cultura do Estado (FCMS), no dia 6 de outubro, a mostra reúne diversas obras que retratam a origem e a história do povo sul-mato-grossense. A exposição apresenta ao público edições especiais, com diferentes faces da cultura de Mato Grosso do Sul: literatura, artes plásticas, dança, artesanato, política, ecologia, história, entre outros temas, abordados por uma ampla gama de obras e escritores. Há desde o “Álbum Graphico de Matto Grosso”, editado em 1914, pelo paraguaio S. Cardoso Ayala (responsável pela administração do trabalho) e pelo brasileiro Feliciano Simon (que ficou com a
3 4 | CINCO + | OUTUBRO 2014
direção comercial e literária), até as obras poéticas de Manoel de Barros. Estes livros fazem parte do acervo da sala especial da biblioteca, que abriga diversos livros que enfocam os aspectos históricos e literários de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Entre as obras que estão na mostra, destacam-se “História de Mato Grosso do Sul” de Hildebrando Campestrini e Acyr Vaz Guimarães; “Isto é Mato Grosso do Sul”, de J. Barbosa Rodrigues; “Movimento Divisionista no MS”, de Alisolete Weingartner; e “Mato Grosso do Sul, a Construção de um Estado”, de Marisa Bittar, obra em dois volumes, que abrange desde o fim do século 19, com o regionalismo e divisionismo no sul de Mato Grosso, até o poder político e elites dirigentes sul-mato-grossenses. Também estão expostos livros que contam a história e as estórias dos municípios,
como “Aquidauana, Ontem e Hoje”, de Cláudio Robba; “Raízes de Coxim”, de João Ferreira Neto; “Memórias de Jardim”, de Samuel Xavier Medeiros; “Porto Murtinho, História e Cultura”, de Henrique Spengler e Marcos Paulo Carlito; e “Chapadão do Sul – Os Pioneiros”, de Ana Maria Laurindo Lorenzon. Além destes, foram expostos a “História da Arquitetura de Mato Grosso do Sul”, do arquiteto Ângelo Arruda; “Os pioneiros, a origem da música sertaneja de MS”, do jornalista Rodrigo Teixeira, “Salas de Sonhos – memórias dos cinemas de MS”, da jornalista Marinete Pinheiro; e “Fazendas de MS – uma memória fotográfica”, do jornalista e fotógrafo Luiz Alfredo Marques Magalhães. Entre as obras literárias, temos autores nascidos no Estado, como os corumbaenses Lobivar de Matos, Ulisses Serra, Augusto César Proença e Orlando Antunes Batista; da Grande Dourados, o poeta Emmanuel Marinho, o cronista Luciano Serafim e os escritores Brígido Ibanhes, Leiner Maura; de Nioaque, Hélio Serejo; e de Ponta Porã, Elpídio Reis. O contista José Couto Vieira Pontes e a poetisa Flora Egídio Thomé são de Três Lagoas; O escritor Geraldo Ramón Pereira é natural de Maracaju, e, de Terenos, temos o poeta e cronista Lino Villachá; Amambai é representada pelo poeta da nova geração Hugo Salum; já o contista Arlindo Fernandez é de Caarapó; a escritora Sandra Andrade representa Bandeirantes; e, de Campo Grande, temos as poetisas Raquel Naveira e Dora Ribeiro, e o cronista André Luíz Alvez, entre outros. O projeto "Exposição Literária" apresenta a cada mês um tema que esteja relacionado com livros que integram o acervo da Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim. Tem como finalidade expor obras com temas comemorativos, com objetivo de aproximar dos usuários livros que fazem parte do acervo bibliográfico.
SERVIÇO As visitas à exposição são abertas ao público em geral. A Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim fica no segundo andar do Memorial da Cultura, na avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, e funciona de segunda a sextafeira, das 8 às 17h30. Outras informações pelos telefones 3316-9161 e 3316-9177.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 35
UN
NIC
{ GASTRONOMIA }
Encontro F gastronômico faz sucesso na Capital por CLAUDIA MALFATTI • fotos RUI MONTEZ
3 8 | CINCO + | OUTUBRO 2014
oi na garagem de casa que a chef de cozinha Claudia Girelli organizou o I Mercado de Garagem, em Campo Grande. O encontro gastronômico reuniu pratos de dar água na boca e mostrou ao público um pouco do conceito slow-food, que prima pela alimentação saudável, sempre valorizando a culinária regional. O movimento, que nasceu na Itália, em 1986, surgiu como resposta aos efeitos padronizados do fast-food e ao ritmo da vida contemporânea. Por todo o mundo, há grupos locais do slow-food, conhecidos como conviviuns. Na capital sul-mato-grossense, ele existe desde janeiro de 2013. A proposta é expor esse estilo de vida para o maior número de pessoas. Na Cidade Morena, a forma encontrada de propagar a ideia é promover encontros. O público é convidado para apreciar os pratos elaborados pelos participantes que integram o grupo. “Dessa vez,
criamos uma espécie de feira gastronômica na garagem da minha casa”, conta Claudia Girelli. Durante a edição do I Mercado de Garagem, os convidados puderam experimentar o feijão-tropeiro, do chef Paulo Machado, com ingredientes que remetem à influência da colonização da Capital, como o feijão produzido pelas índias. Outro atrativo foi o maracujá doce, utilizado em vários pratos pela chef Magda Moraes. Ela mesma planta e cultiva a fruta. Magda também levou pão e bolo com farinha 100% integral, direto do produtor. Já a empresária Camila Beiersdorf preparou o nhoque de mandioca com carne de sol. A chef confeiteira Priscila Fernandes apresentou cupcake com farinha integral, utilizando sabores do Cerrado. A influência japonesa na região foi lembrada por meio do sushi,
da chef Cristiane Bitencourt. O empresário Anderson de Medeiros trouxe vários tipos de queijos de cabra, aromatizados com temperos da terra. Além disso, a organizadora Claudia Girelli fez batida de limão, utilizando limão-cravo e cachaça produzida no Estado. “Não podemos basear o nosso consumo na comida industrializada. Temos que aproveitar o que é produzido aqui. O trabalho slow-food é baseado na Agenda 21 de sustentabilidade. Pensa globalmente e age localmente”, destaca Claudia, ressaltando que é uma atividade em defesa do alimento bom, justo e sustentável. O movimento conta com mais de 100 mil associados, espalhados em várias partes do mundo. Em Campo Grande, o grupo é liderado pela chef Magda Moraes, que atua na área de alimentação há mais
de 20 anos. Ela sempre levantou a bandeira da gastronomia regional e foi a responsável por trazer o conceito à cidade. “Criei o conviviun slow-food Campo Grande com mais quatro pessoas, regra estabelecida pelo movimento para se iniciar um conviviun. Começamos de forma tímida, mas, aos poucos, estamos evoluindo, com um trabalho de formiguinhas. As pessoas se interessam e se preocupam com a melhor qualidade de vida. Esse conceito traz a família para a mesa e valoriza ingredientes que sejam da região”, ressalta. De acordo com Magda, o mercado de garagem será itinerante. “A ideia é fazer a ponte entre quem produz e consome. Vamos levar também as comidas, com investimentos simbólicos, para mostrar o que é um alimento artesanal e natural”, comenta.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 39
{ LITERATURA }
O encantamento do contador de histรณrias por CLAUDIA MALFATTI โ ข fotos PASSION FOTOGRAFIA
4 2 | CINCO + | OUTUBRO 2014
O
uvir histórias estimula a imaginação e a criatividade, incentiva a leitura e proporciona o enriquecimento intelectual. Dos mais novos, aos mais maduros, o encantamento é igual. Com narração firme e expressão corporal, o contador de histórias é capaz de atrair o olhar atento do espectador. A Capital sediou o 1º Festival Estadual de Contadores de Histórias. O evento reuniu profissionais de Mato Grosso do Sul e outros estados, como São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Além de oficinas para aqueles que gostam da arte de contar histórias, o festival também promoveu diversas apresentações em escolas da cidade. Quem participou aprovou a iniciativa. Foi o caso de Bruna Édria de Souza, estudante de Pedagogia e educadora de um Centro de Referência de Assistência Social. Como desenvolve atividades com crianças, encontrou na oficina orientações para aperfeiçoar o trabalho. “Hoje, descobri que há infinitas maneiras de chamar atenção. Um vidrinho com brilho atrai os olhares para contar como surgiu o vagalume”, exemplifica. Já Oseni Ramos de Souza é uma contadora de histórias profissional. Ela é da cidade de Três Lagoas e participa de encontros pelo Brasil. “A cada oficina, aprendo um pouco mais. Nesta, aprendi muitas brincadeiras de roda, como interagir com o grupo e levar histórias de uma forma
natural, usando ou não objetos”, diz. O encanto de Oseni por essa arte milenar vem da infância. O tio-avô a fazia e ela sempre gostou de literatura infantojuvenil. “Trabalho como mediadora de leitura em uma biblioteca pública. Por meio das histórias, as crianças ficam empolgadas querendo pegar o livro para ler, isso incentiva a leitura”, afirma. Conforme uma das organizadoras do festival, Marta Cel, o evento nasceu com o objetivo de estimular e aperfeiçoar práticas de contação, resgatando esta arte como ferramenta importante na formação do gosto pela leitura e no fortalecimento dos vínculos de pertencimento da plateia à sociedade sul-mato-grossense. Para Tânia Antunes, que veio de São Paulo ministrar oficina, contar história é uma habilidade humana. Quando questionada sobre o que precisa para se tornar um bom contador, ela é enfática: ter vontade. “Vontade de contar, gostar de ouvir histórias. Primeiro, eu ouço; depois, eu falo. Estou ouvindo as pessoas? Estou me ouvindo? Estou ouvindo o que meu coração está pedindo? O que minha alma está pedindo? É algo que vem de dentro de você.
A partir daí, passa-se a buscar, ler bastante e trabalhar em cima dessas histórias”, comenta. Outro arte-educador é Ciro Ferreira. Ele também ministrou oficina no evento e ressaltou a necessidade de o contador buscar a leitura constante. “Creio ter mais de 600 livros em casa. É preciso ter repertório para poder sentir o que vai encantar aquele que está a sua frente.
Quando é uma peça de teatro, já está pronta, assim como a dança. Já o contador tem a chance de olhar para o público e sentir o que pode encantá-lo; esse contato faz o contador de histórias ser diferente”, destaca. O 1º Festival Estadual de Contadores de Histórias de MS foi promovido pelo Instituto Sócio Cultural Curumins, com investimento da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 43
{ LITERATURA }
Música clássica para crianças Um passo importante que desperta para a interação social e desenvolve habilidades Apresentar a música clássica para crianças é uma atitude interessante. Quando se trata de divertir os pequenos, priorizar brincadeiras e atividades que despertam a imaginação e aguçam sentidos, ajuda a ampliar as habilidades cognitivas. A proposta da “Coleção História da Música” é justamente essa: proporcionar conhecimento cultural, desenvolver o intelecto e levar alegria aos pequenos. Tudo isso torna o aprendizado muito mais fácil. Um equilíbrio entre entretenimento e educação. Ao todo 12 livros com 12 CDs contam histórias e trazem a biografia dos principais astros da música clássica de todos os tempos. É a única no Brasil com autores brasileiros, como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Carlos Gomes, Camargo Guarnieri e Vila Lobos. Kit
1
Kit
3
Bach, Grieg e Vivaldi
Chopin, Schubert e Ernesto/Guarnieri
Uma publicação exclusiva, trazida pela Editora Alvorada diretamente da Espanha, por meio do Clube Internacional do Livro. “Essa Coleção é muito acima do que temos hoje em dia em nível infantil no Brasil. O repertório, a qualidade gráfica das ilustrações, foi tudo bem escolhido. O fato de ter os compositores brasileiros torna o material riquíssimo.”, elogia Marcelo Fernandes, doutor em artes pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Além disso, a Coleção reforça e resgata o lado colecionador de crianças e adultos. Já que ter os exemplares é fácil, basta optar em apreciar três autores por vez, que estão organizados em quatro Kit’s. Nesta edição da Cinco+ Total Saúde você confere um pouco mais sobre os enredos dos livros que compõem o Kit número quatro.
Kit
2
Beethoven, Brahms e Chiquinha /Gomes
Kit
4
Mozart, Tchaikovsky e Villa Lobos
Coleção
O circo de TrazoM Este CD é parte da coleção História da Música e não pode ser vendido separadamente.
Ref. 313-12
4 4 | CINCO + | OUTUBRO 2014
Mozart, o Circo de Trazom Mozart era um garoto muito animado, que quando estava feliz saía às ruas a gritar em terceira pessoa: “Bom dia a todos. Trazom já acordou”. Trazom, nada mais é do que seu nome ao contrário. E assim, Mozart vivia aventuras e com a chegada do Grande Circo Internacional de Selim Pacha & Cia, faz amizade com os profissionais que trabalham lá, como o malabarista, adestrador e vivencia um casamento lindo. Tudo com muita música! Nascido na Áustria, Wolfgang Amadeus Mozart é um dos mais aclamados e admirados compositores de toda a história da música.
Vila-Lobos, Heitor e a cidade perdida O livro que fala de Vila-Lobos começa com uma história onde o compositor, ainda criança, cochila em sua cama aconchegante... Com os olhos semiabertos, estende a mão em seu ursinho de algodão. De repente se dá conta que é hora de acordar, então ele se levanta e segue uma trilha que vai dar em um lugar misterioso. Heitor Vila-Lobos nasceu no Rio de Janeiro e aprendeu a tocar vários instrumentos como piano, clarinete, violoncelo e violão. Ele mesclava vários sons da cultura brasileira e foi reconhecido por isso. “Eu sou o folclore brasileiro”, disse uma vez ao grande escritor cubano Alejo Carpentier.
Tchaikovsky, O Menino que Sonhava Dançar Piotr Tchaikovsky era um bebê muito curioso e que nasceu amando a música. Desde bebê gostava de dizer seu nome como se fosse um rufar de tambores: Piotrrrrrr! Mesmo sem saber andar, Piotr, que era tão pequeno imaginava danças, fadas e libélulas no ar que pareciam fazer verdadeiras coreografias. Em sua biografia, o francês Tchaikovsky como é conhecido por suas sinfonias trágicas e comoventes, óperas desesperadas e apaixonaapaixona dos concertos para piano e violino. O compositor é aclamado pelo mundo!
SERVIÇO
Para conhecer melhor a Coleção História da Música, acesse www.editoraalvorada.com.br Você pode também adquirir a Coleção completa com várias vantagens. Ligue (67) 3316-5500 para saber mais! C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 45
{ LITERATURA }
Escolas adotam proposta da Editora Alvorada e promovem cultura de paz por ANDRÉIA NUNES
P
rofessores, alunos, pais e toda a comunidade escolar mobilizada em torno de uma história, a do Caco. Com olhar franzido, sobrancelhas levantadas, o garoto de cabelos castanhos e acima do peso vive dilemas e faz descobertas incríveis acerca da vida. Até aí, mais parece a história de um adolescente comum, pronto para os aprendizados. A diferença é que Caco veio para compartilhar segredos e é personagem de um livro. Fruto do imaginário de Gilberto Mattje, autor do livro, a publicação da Editora Alvorada é, ainda, pilar para o “Juntando os Cacos”, projeto educacional elaborado em parceria entre escritor, editora e secretarias de educação, que visa prevenir a violência no ambiente escolar, ampliar debates, perspectivas de vida e aproximar os jovens da escola. O livro surgiu também como continuação de outro projeto, muito conhecido Brasil afora, o “Tosco em Ação”. Mais de um milhão de estudantes participaram do projeto “Tosco”, como é conhecido popularmente, que passou por Mato Grosso do Sul – onde foi concebido –, Paraná, Roraima, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Piauí, Distrito Federal, interior de São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Depois deste sucesso, ficou a expectativa para a continuação, que Mattje logo providenciou de imaginar. “Recebemos o feedback da execução do projeto e centenas de solicitações dizendo da necessidade desse tipo de abordagem. Com as pesquisas pré e pós-aplicação do projeto, houve um detalhamento dos temas que urgem ser trabalhados. De posse desses indicadores, surgiram o ‘Caco’ e o ‘Juntando os Cacos’, que abordam, de forma lúdica, alguns dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares”, explica Mattje.
4 6 | CINCO + | OUTUBRO 2014
Temas como bullying, preconceito, uso de drogas e novas estruturas familiares s�o os principais focos do livro
Ana Paula Vieira Silva, gerente de apoio ao Ensino Fundamental, na Secretaria de Educação de Goiás, assegura que o projeto é consonante com os objetivos educacionais e com as propostas da educação no Brasil. “Observa-se que o trabalho com o ‘Caco’ se emparelha aos Parâmetros Curriculares Nacionais, pois trabalha a ética, orientação sexual, saúde; uma série de questões que trazem para a nossa discussão a interdisciplinaridade. O projeto perpassa por todos esses caminhos a serem debatidos.” Para o escritor, que gosta de se inspirar no cotidiano de seu consultório de psicoterapia, o Caco é um garoto compulsivo em todos os aspectos. Um personagem que funciona em várias conjunturas da fase juvenil. “No meu ofício, ouço histórias dolorosas o tempo todo. Com imaginação, vou criando personagens. É uma tarefa árdua, pois precisa cumprir a função a que se propõe. Cada palavra é cuidadosamente escolhida. Quase como o 'afinar' de um instrumento de cordas”, revela Mattje.
1
2 3
Temas como bullying, preconceito, uso de drogas e novas estruturas familiares são os principais focos. Este último, um pouco polêmico. Mas, para o professor de filosofia e história Rafael Sampaio de Queiróz, que atua em Nova Andradina, é só uma questão de estudar as abordagens. Segundo ele, o tema é recorrente entre os jovens, só que, se pouco trabalhado, pode gerar conflitos na vida social adolescente. “Estudei a proposta e, dentro das aulas de sociologia, trabalhamos a questão das minorias e orientação sexual. Vi que eles já conheciam o assunto. Porém, de uma forma superficial. Então, levei vídeos de relatos sobre o tema e foi emocionante. Refletiram muito sobre a opressão, suicídio e aceitação do próximo”, conta ele, que dá aula na Escola Estadual Luiz Soares de Andrade.
FORMAÇÃO DOS EDUCADORES
4
1. GILBERTO MATTJE, AUTOR DO LIVRO, TIRA FOTO COM EDUCADORES
Atualmente, o projeto acontece nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, mais suas microrregiões e em outros sete municípios de Goiás – Goiânia, Trindade, Aparecida de Goiânia, Planaltina de Goiás, Águas Lindas, Novo Grama e Luziânia. Este momento de formação pelo projeto é a hora em que professores se reúnem com Gilberto Mattje, Gilnei Maciel, coordenador pedagógico da Editora Alvorada, e os profissionais das secretarias de educação, para conhecer o projeto e suas linhas. Há dinâmicas, coquetel, produção de artes e palestras. E assim compartilham experiências sobre a vida na escola, histórias de superação e estudam os possíveis trabalhos a serem aplicados com os estudantes. Eles atuam também como multiplicadores das mensagens do projeto. Ou seja, além dos alunos e funcionários da escola, pais e responsáveis acabam conhecendo o “Juntado os Cacos”, o que dá abertura para os diálogos dentro e fora do ambiente escolar. “Quando se desenvolvem ações que possibilitam ganhos nos aspectos relacionais, tem-se uma melhora sensível nas condições do ambiente escolar, o que facilita a apreensão dos conteúdos curriculares propostos”, afirma o coordenador pedagógico Maciel.
2. EQUIPE DE MULTIPLICADORES DO PROJETO, EM CAMPO GRANDE-MS 3. DINÂMICA COM EDUCADORES EM GOIÂNIA-GO 4. GILNEI MACIEL E EDUCADORAS DE APARECIDA DE GOIÂNIA-GO
Para conhecer mais os projetos educacionais da Editora Alvorada, acesse: WWW.EDITORAALVORADA.COM.BR. Sobre o Caco: WWW.FACEBOOK.COM/LIVROCACO. Mais informações pelo número (67) 3316-5500.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 47
{ INDEPENDÊNCIA }
Filhos mais independentes Qual a melhor hora para deixar os pequenos mais livres nesse mundo? por CAROL ALENCAR
A
quele velho ditado de que as crianças são como esponjinhas, absorvem tudo aquilo que lhes ensinam, não falha. É assim mesmo. Os pequenos são mais suscetíveis a aprendizados, imitações e, principalmente, a tudo o que o papai e a mamãe lhes mostram. Mas uma pergunta que põe os pais sempre em dúvida é: qual o melhor momento para deixar os filhos mais independentes? Não existe regra. Para cada família, há uma forma diferente. De acordo com a psicóloga especializada em crianças e adolescentes Anamaria Martins, a independência dos pequenos pode começar logo nos primeiros meses de vida, quando aprendem a dormir sozinhos no berço. “Não existe regrinha para isso, vai de cada pai e mãe; e vale lembrar que os pais devem estar conscientes quanto à independência de seus filhos, sem bajulação, e serem firmes no propósito”, alerta. O papai Celso Petit revela que sempre foi parceiro na criação dos seus pequenos. Ele tem Miguel, de 3 anos, e
4 8 | CINCO + | OUTUBRO 2014
Ravi, de 5 meses, e diz que a independência de seu filho mais velho foi logo no desfralde. “Assim que tentamos tirar a fralda dele, usamos algumas técnicas, como o miniassento sanitário em vez do tradicional penico, e, também, demos vida aos objetos da casa, usando uma maneira lúdica e imaginária para ele ir sentindo essa independência”, conta o pai, que apelidou o vaso sanitário da casa de Senhor Vaso e até adaptou um bigode, para deixar a imaginação do pequeno mais aflorada. Já a mãe de Pedro, de 3 anos e 8 meses, Ariane Oshiro, afirma que antes de usar dicas infalíveis com seu pequeno é preciso respeitar a criança, sem forçar nada e esperar o tempo e o interesse dela. “Conforme eu fui sentindo, no tempo dele, fui oportunizando algumas situações, facilitando outras e deixando acessível algumas coisinhas do dia a dia, que o tornava mais independente de mim”, diz. Das táticas, ela afirma que Pedro tem acesso a uma gaveta que contém talheres e pratinhos para se servir sozi-
nho; na geladeira, uma prateleira com os alimentos preferidos dele e, na hora de escovar os dentes, ela disponibilizou uma escada para facilitar, que também serve para ele ajudar a mamãe na hora de lavar a louça ou pegar algo que esteja mais alto. “É claro que é preciso confiar com uma certa supervisão, evitando perigos iminentes, como tomadas expostas, coisas que quebram e podem causar machucados; quando o equilíbrio era menor, eu ficava mais perto da escada, mas via o prazer dele em fazer tudo sozinho”, revela a mãezona, toda orgulhosa do filho, que também rega as plantas e alimenta o peixe sozinho. Tanto Miguel quanto Pedro e outras crianças que têm exemplos de seus papais sabem, no fundo, que independência se conquista aos poucos. “Cabe aos pais irem educando e trazendo essa independência à tona. As tarefas de guardar as coisas, organizar os brinquedos, trazem a essa criança noções de independência, que ela levará ao longo da vida”, conclui a psicóloga.
{ INDEPENDÊNCIA DIGITAL }
Tudo pelo celular A vida prática de quem faz tudo, ou quase tudo, pelos smarthphones por CAROL ALENCAR
P
raticidade, instantaneidade e agilidade. Estes são alguns dos adjetivos usados pelas pessoas que hoje em dia, não abandonam por nada seus aparelhos móveis, ou seja, os celulares. Em menos de 20 anos de existência na humanidade, os celulares ficaram mais modernos, com “n” tipos de designs e cada dia mais funcionais. Na rua, nos restaurantes, na padaria, no carro e até mesmo em casa, as pessoas se comunicam, se expressam e vivem com o smarthphone do lado. Além de tudo, sim, TU-DO ser registrado, postado e compartilhado em infinitas redes sociais, há outras funções e aplicativos que tornam mais práticas a vida das pessoas. “Se preciso saber alguma informação específica, nome de rua, localização, etc, fica muito mais fácil ver no celular; tanto que a gente acaba ficando mal acostumado porque existe aplicativo pra tudo, praticamente toda minha vida está aqui, no meu celular, além da maioria das coisas de banco eu faço por ele, o fato de não precisar ir a um caixa eletrônico para pagar um boleto agiliza meu dia e não dependo mais de estar em
casa para adiantar coisas de trabalho, como mandar algum email, é, eu virei totalmente dependente do smartphone (risos)”, diz o programador André Santee, de 27 anos. A jornalista Arlete Gomes de 30 anos, começou a ser mais dependente do celular por conta da vida profissional e assumiu que fora isso, não vive mais sem o bendito. “Faço cobertura ao vivo de todos os eventos da minha empresa, respondo e atualizo as redes sociais dos clientes tudo pelo celular, isso facilitou mais a vida do jornalista, com a ajuda de alguns aplicativos, consigo administrar várias páginas no Facebook, ao mesmo tempo, o trabalho ganha mais agilidade e a gente ganha mais tempo”, afirma. Ela afirma ainda, que depois de um tempo usando-o profissionalmente, começou a pesquisar os aplicativos mais baixados na semana e aderiu até mesmo a uns bizarros. “Eu tenho um aplicativo que sabe do meu fluxo menstrual, um de dieta, que me avisa a hora e até o que eu devo comer e outro que organiza meu plano de saúde, caso eu precise, acho muito prático”, diz.
Grávida de 8 meses, a também jornalista Deborah Rezende, diz que assim que descobriu que seria mamãe, não se conteve e foi atrás dos aplicativos do tema. “Tem um que diz acompanha a evolução do seu bebê até na hora do parto e outros que dão dicas de mães de primeira viagem e até em como organizar o chá de fraldas, por exemplo, adorei”, revela. Uma coisa é fato: o mundo real teve de correr contra o tempo, para acompanhar essa vida mais hi-tech da modernidade. Os aplicativos existentes, os fáceis como bancos online, lista de compras de supermercados, taxi online, GPS e afins, tornaram a vida das pessoas bem mais práticas e, independentes. Se é bom? A especialista em mídias digitais, Alice De Vechi confirma: “Antes éramos dependentes em tudo, filas de banco, ligar para marcar consultas médicas e até cursos de makeup, hoje se tem tudo na internet e se faz tudo pelos smartphones. Sim, viramos dependentes disso, porem, nada está tão perdido, porque hoje, até nessa onda mobile, paramos para olhar o por do sol e fotografá-lo”.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 49
{ INDEPENDÊNCIA / CULTURA }
por AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo.
Vam os ap rove it do B ar o mês rasil para que se c om discu tir so emora a bre c inem indepen d a ind epen ência dent e por A
IRTON R
M
uito se fala em cinema independente. Mas afinal, o que significa? O termo começa a ser utilizado na década de 50, quando o baixo custo da película e as câmeras 16mm possibilitaram que jovens cineastas pudessem produzir. Como esses novos realizadores não estavam atrelados a grandes estúdios, tinham liberdade criativa e nenhum tipo de censura, possibilitando a experimentação. O termo tem sido muito divulgado no Brasil recentemente com a sanção da lei 12.485, também conhecida como “Lei da TV Paga”, que estabelece a exibição de conteúdo feito por produtoras independentes. A lei estabelece que independente é aquele que não tem vinculo com as emissoras de televisão. E como classificaríamos a produção audiovisual independente de Mato Grosso do Sul? Se formos aplicar as duas definições anteriores, não estar ligado a um grande estúdio de cinema e não estar vinculado a
5 0 | CINCO + | OUTUBRO 2014
AES -
AIRTO
NRAE
S@GM
AIL.C
OM
uma emissora de TV, praticamente 100% das produtoras do Estado poderiam receber a classificação. Mas isso não refletiria a realidade. Primeiro precisamos definir qual é o status quo. Temos duas opções. Primeiro dizer que o normal são as produtoras que trabalham com publicidade, portanto a produção alternativa seria a voltada para a ficção e documentários autorais. Uma segunda opção é definir o padrão como as produções que recebem incentivos do poder público. Seguindo essa ideia, independente seria aquele que produz com recursos próprios. Independente das definições, estes são filmes que buscam o novo e oxigenam o mundo cinematográfico. Sempre trazendo um novo olhar, às vezes retornando a inocência, outras vezes desafiando os conceitos da normalidade. Nas últimas duas décadas se formou um grande mercado voltado para esses filmes, que atraem milhões de cinéfilos pelo mundo.
O Balconista (Clerks) 1994 Direção: Kevin Smith Um dia surrealista na vida de Dante (Brian O'Halloran), balconista de loja de conveniência que vive às voltas com duas namoradas, um colega cínico e uma série de excêntricos clientes.
A Fuga da Mulher Gorila 2009 Direção: Felipe Bragança e Marina Méliande Duas irmãs decidem fazer uma viagem pelo interior do Rio de Janeiro a bordo de uma kombi. Elas dão carona a um ator, que deseja conhecer o estado. No caminho o trio organiza um show mambembe, no qual se transformam em gorila e ameaçam o público.
Apenas o Fim 2009
Frances Ha 2013
Direção: Matheus Souza Na faculdade, a namorada de Antônio o procura. Ela conta que pretende fugir de casa para recomeçar a vida em outro lugar. Entre tentativas de convencê-la a não tomar esta atitude, Antônio fica descrente da atitude da namorada. Eles passam sua última hora juntos antes de abandoná-lo e partir.
Direção: Noah Baumbach Frances (Greta Gerwig) é a ambiciosa aprendiz de uma companhia de dança, que tem que se contentar com muito menos sucesso e reconhecimento do que ela gostaria. Mesmo assim, ela encara a vida de maneira leve e otimista. Esta fábula moderna explora temas como a juventude, a amizade, a luta de classes e o fracasso.
Primer 2004 Direção: Shane Carruth Aaron (Shane Carruth) e Abe (David Sullivan) são dois jovens engenheiros que realizam experiências científicas em uma garagem. O projeto mais recente em que estão trabalhando é um dispositivo que reduz o peso de um objeto em seu interior, ao bloquear a força da gravidade. A experiência faz com que a dupla realize uma descoberta que pode fazer com que tenha tudo o que quiser.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 51
{ INDEPENDÊNCIA / FINANCEIRA }
Irmãs apostam em adesivos decorativos e vivem dos próprios lucros por PATRÍCIA BELARMINO
5 2 | CINCO + | OUTUBRO 2014
A
paixão das irmãs Geuzerli e Geuzerlini Rodrigues, hoje com 23 anos, começou quando elas ainda eram adolescentes. A paixão se transformou em renda extra, anos depois, e hoje representa o sustento das duas irmãs. Donas de uma marca de adesivos para unhas, a Literalmente Belas Unhas, as gêmeas vivem da própria produção e já acumulam conquistas, apesar de jovens. O início da independência financeira das duas irmãs foi ainda na adolescência. A mãe tinha um emprego fixo e, nas horas vagas, trabalhava como manicure para aumentar a renda da família. Adolescentes, as gêmeas usavam os esmaltes da mãe para pintar as próprias unhas. “Ela brigava que a gente gastava todos os esmaltes”, conta Geuzerli. A inspiração dos desenhos veio das unhas de uma vizinha, que tinha ido à manicure e pintou uma paisagem com coqueiros em uma das unhas. “Achei aquilo bonito e resolvi fazer também. Foi aí que tudo começou. Além das nossas próprias unhas, a gente fazia a das conhecidas, das meninas da escola e foi indo”, recorda-se a empresária. Com o incentivo de um amigo da família que, na época, deu R$ 10 para elas comprarem esmaltes novos, as meninas começaram a ganhar o primeiro dinheiro. O destino era certo: doces e mais esmaltes. Aos 15 anos, as duas irmãs aprenderam a tirar cutícula melhor e anunciaram às clientes que ofereciam o serviço completo. “Foi uma coisa muito rápida. Quando começamos pintando e desenhando nas unhas, tínhamos o dinheiro do doce. Depois, quando aprendemos a tirar cutícula, a situação melhorou”, conta Geuzerli.
Com o dinheiro das unhas que faziam, as irmãs conseguiram comprar um computador e mobiliar todo o quarto. “A gente conseguiu fazer aquilo que queríamos muito. Nossa mãe não tinha condições de comprar isso para a gente. Então, trabalhamos e conseguimos”, afirma, sobre o segundo passo rumo à independência financeira. Prestes a fazerem 18 anos, as irmãs foram trabalhar como menores aprendizes. Uma ficou no centro da cidade e a outra foi para o Indubrasil. Mas não abandonaram o trabalho com as unhas. Era no intervalo, do almoço mesmo, que elas faziam as unhas das colegas de trabalho. Geuzerli, depois de um tempo no trabalho, decidiu que não queria mais trabalhar registrada e, novamente, deparou-se com o trabalho de manicure. “Eu vi que não nasci para trabalhar registrada. Então, fiquei fazendo unha das amigas que me buscavam em casa. Era meio que um bico mesmo, até o dia em que comecei a desenhar na caixa de leite”, afirma. A ideia de fazer adesivos veio depois que uma conhecida mostrou alguns que havia comprado. Geuzerli se interessou e começou a fazer adesivos para vender. A irmã, Geuzerlini, que ainda trabalhava registrada, também saiu do serviço para se dedicar à produção de adesivos. “A gente sempre quis trabalhar juntas e eu sempre sonhei em ter um salão em
que eu só faria os desenhos nas unhas das clientes. Hoje, nós vivemos dos adesivos. Trocamos a moto por um carro e, neste ano, começamos a fornecer para grandes lojas de cosméticos aqui de Campo Grande”, conta a feliz jovem empresária. Apesar de a produção dos adesivos ter começado no ano passado, as irmãs só formalizaram a marca no início de 2014, com o apoio do Sebrae-MS. Agora, a marca tem uma embalagem própria e todos os produtos são acompanhados de um código de barra, o que permite a venda em grandes lojas.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 53
{ INDEPENDÊNCIA / DECORAÇÃO }
Design, simplicidade e tecnologia se unem pela independência das pessoas Com a vida corrida das grandes cidades e o aumento do número de pessoas que moram sozinhas, a praticidade dita tendências por MARINA BASTOS • fotos DIVULGAÇÃO
5 4 | CINCO + | OUTUBRO 2014
C
om a vida moderna cada vez mais atribulada, a praticidade ganha prioridade na vida das pessoas. Por isso, em casa ou no trabalho, produtos inteligentes que podem tornar o dia a dia mais fácil e prazeroso têm destaque, e profissionais do designer reconheceram essa demanda. Os objetos podem auxiliar nas atividades, quando são funcionais e economizam espaço e tempo. Utensílios criados com tecnologia e criatividade proporcionam comodidade e bem-estar. Pensando em facilitar a rotina, o que mais importa na hora de mobiliar ou decorar um ambiente é a simplicidade e a leveza. Um exemplo disso é o estilo minimalista. Esse estilo de decoração e de vida surgiu após a Segunda Guerra Mundial, em que muitas pessoas perderam tudo, ou quase tudo, e tiveram de lidar com uma vida com menos. Então, considerando o lado artístico da situação, o minimalismo é basicamente caracterizado pela junção harmônica de poucos elementos, formando outro estilo muito mais conceitual. Conhecido pelos ambientes cuidadosamente decorados, o minimalismo busca conter apenas o essencial, aliando a estética à funcionalidade. Ou seja, é o famoso “menos é mais”. A simplicidade das suas formas, as linhas puras, os espaços despojados e as cores neutras resultam em um ambiente equilibrado e harmônico, que, de quebra, dá menos trabalho para se manter limpo, trazendo mais liberdade.
Objetos que cabem na necessidade de cada um “As pessoas têm que ter eletrodomésticos com múltiplas funções e que não sejam enormes, porque isso não combina com o ambiente”, explica a organizadora profissional Irene Cristina Loureiro, da empresa de organização Benfatto Organiza, de Curitiba. Além disso, a dica é que os objetos sejam práticos para a manutenção. “É por isso que um aspirador de pó que não precisa de saco, e do qual a sujeira é eliminada diretamente no lixo, é imprescindível para quem mora sozinho.” Substituir alguns utensílios também é uma boa sugestão. “Ao comprar um mixer que tenha um minitriturador embaixo, resolvem-se várias situações para quem quer ter uma refeição: faz um suco, pica cebola, alho etc. Quem mora sozinho não vai usar batedeira, liquidificador, esse arsenal todo de coisas. Ele substitui facilmente um liquidificador”, afirma Irene.
Criações que facilitam o dia a dia - Para guardar contas, receitas, notas fiscais de supermercado e até alguns utensílios, a designer fluminense Beatriz Kato, do ateliê Fora do Sério, desenvolveu um porta-treco de lona com ímã. - Já foi criado um apoio ergonômico que permite usar o notebook no sofá ou na cama com conforto. O produto tem almofada com enchimento que se amolda às pernas e mantém o computador na posição ideal para teclar. - Cansado da mesmice dos porta-chaves, o designer Olavo Machado Neto desenhou peças que acompanham três chaveiros e parafusos, com recortes indicando o lugar das chaves de carro e da casa, bem como as de uso comum. É possível também apoiar cartas no vão interno. - Feita de polipropileno, a bandeja de gelo da Joseph & Joseph traz um dispositivo que ajuda na extração dos cubos, um de cada vez. - Fabricada com plástico, metal e componentes eletrônicos, a caneca Mixer, da Uatt, possui uma hélice interna acionada por um botão (no cabo), que serve para misturar a bebida. - Já existe um refrigerador que conta com dois aplicativos: o "Vida Saudável", que oferece oito programas com cardápios diários, e o "Livro de Receitas", com 650 opções de preparo. - O móvel Poppi Book, da Mobili Intelligenti, tem um painel que, ao se abrir, transforma-se em uma cama de solteiro. - A passa-roupa Compact Vallet passa e ao mesmo tempo higieniza roupas e tecidos de sofás e cortinas.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 55
{ COMpORTAMENTO }
“Fazer de areia, terra e água uma canção Depois, moldar de vento a flauta Que há de espalhar essa canção. Por fim, tecer de amor lábios e dedos Que a flauta animarão. E a flauta, sem nada mais que puro som, Envolverá o sonho desta vida Por todo sempre, na amplidão” (À querida Clores, do Carlos e seu povinho. 1981. Poesia de Carlos Drummond de Andrade.)
A história de quem fez história por RENATO LIMA • foto HENRIQUE ATTILIO
Em Ecos de outras Eras, Clores Dias de Andrade Lage ressuscita sua árvore genealógica e deixa um legado biográfico
E
ntre as perguntas que movem a humanidade, esta mineira de 70 anos já conseguiu responder ao menos duas delas. Clores Dias de Andrade Lage sabe muito bem “Quem é” e “De onde veio”. Transformou sua curiosidade e memória genética em pesquisa. Perseguiu cada uma das interrogações que lhe surgiam e, depois de quatro anos de trabalho, lança seu quinto livro, “Ecos de outras Eras”, onde dedica 300 páginas à sua árvore genealógica, que também é a árvore dos Drummond, dos Andrade, Lages, Martins, Pereira, Batista, Dias e outras dezenas de sobrenomes que surgem em troncos e galhos das raízes que Clores buscou na Irlanda Celta. Sua busca passou pela Galícia, por Portugal e chegou ao Brasil pelas Caravelas que atracaram em Salvador. Estendeu-se pelo interior de Minas Gerais e se espalhou por este País continental. Em passagem por Campo Grande, onde já morou, Clores falou com exclusividade para a Cinco + sobre sua vida, sua obra e o legado que deixa para a história do Brasil. Nascida em Governador Valadares-MG, Clores é escritora, poetisa, pintora, artista plástica, inventora e cineasta. Também é casada, mãe de cinco e avó de nove.
Aos 12 anos descobriu que queria tudo e aos 70, mesmo com esse currículo inspirador (para não dizer invejável), diz que ainda há muito por fazer. Por isso, insiste em levantar todos os dias às quatro da manhã, meditar, saudar o dia e transformar tudo e qualquer coisa em arte. A rotina do dia vira verso e rima, uma emoção é transformada em tela e escultura e, assim, Clores se tornou uma cidadã do mundo. Suas obras já foram expostas em Nova Iorque, Miami, Buenos Aires e Lisboa. Do primo ilustre, o escritor Carlos Drummond de Andrade, ganhou uma poesia exclusiva, apresentada ao público pela primeira vez em Campo Grande, durante a Casa Cor MS de 2009. Mas, até então, nada havia lhe dado a “sensação de preenchimento e a felicidade de ter descoberto as minhas raízes”, afirma Clores. Aos filhos, netos e todos aqueles que compartilham o mesmo sobrenome, a autora deixa sua pesquisa, que apresenta mais do que dados biográficos e bibliográficos, deixa uma inspiração. “Palavra vira certeza. O que eu fiz, qualquer um pode fazer, ainda que leve tempo. Basta não deixar de acreditar no próprio sonho, pois os sonhos são tudo o que temos”.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 57
Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você.
Com novas instalações, salas maiores e um amplo estacionamento próprio, a Angiocentro muda de endereço e reforça a preocupação que tem com o seu conforto e saúde. São mais de sete anos no mercado campo-grandense, trabalhando com equipamentos modernos e profissionais qualificados, tudo para o seu bem-estar. » Ecografia Vascular com Doppler » Angiorradiologia » Cirurgia Endovascular » Cardiologia Intervencionista » Neurorradiologia Intervencionista Fábio Moron | CRM-MS 3309 Giuliano Paiva | CRM-MS 3533 Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Mauri Comparin | CRM-MS 1975 Maurício Jafar | CRM-MS 2073 José Fábio Almiro | CRM-MS 6302 Marcos Franchetti | CRM-MS 6057 Julio de Paiva Maia | CRM-MS 6281 Aliomar Coelho Pereira CRM-MS 3793 Edgard Nasser | CRM-MS 4806 Flávio Senefonte | CRM-MS 4918
Dr. Maurício de Barros Jafar Responsável Técnico CRM-MS 2073
Rua Antonio Maria Coelho, 2.728 - Jd. dos Estados - Campo Grande-MS - Fone: 67 3027.1900
{ DECORAÇÃO }
Decore a casa com as flores da primavera
N
o dia 22 de setembro, começa a primavera, período que marca a estação das flores e das cores. Segundo a paisagista Adines Ferreira, este é o momento ideal para aproveitar as plantas naturais na decoração da casa, já que, com o fim do inverno, as espécies em geral, principalmente as flores, estão saindo de um estado de dormência e se renovando. “As flores têm o poder de renovar os ambientes, trazer boas energias, aromas, cores variadas e alegria, além de representar a vida. Elas podem ser usadas em qualquer ambiente, respeitando, é claro, as características físicas e necessidades da planta”. E, na hora de escolher o que levar para decorar a casa, as dicas principais são conhecer a necessidade de água e luz do vegetal e, também, levar em conta a iluminação do local onde ele será colocado. “Isso facilita para saber se a planta vai se adaptar ao ambiente interno e a sua manutenção”, ressalta Adines.
ÁGUA Ao adquirir a planta, verifique a necessidade de água que ela precisará. Algumas sobrevivem com pouca, outras com média ou muita água. “É importante saber se é necessário aguá-la diariamente, duas a três vezes por semana, ou uma vez por semana, e
6 0 | CINCO + | OUTUBRO 2014
Paisagista Adines Ferreira ensina quais plantas escolher neste período e como cuidar delas. por Kátia Kuratone • foto HENRIQUE ATTILIO
ainda verificar a quantidade. Normalmente, matam-se mais plantas por afogamento, porque se coloca muita água na planta seguidamente; ela não consegue ‘respirar’ e, consequentemente, suas raízes acabam apodrecendo”, avisa.
LUZ Se o cômodo da casa tiver uma iluminação indireta, ou seja, apenas claridade artificial, o ideal é escolher uma planta de sombra. Já se o local tiver luz direta, ou iluminação do sol em uma parte do dia, as plantas de meia-sombra são as indicadas. Outra dica da paisagista é que plantas de sombra e meia-sombra em geral não toleram vento direto, mas sim locais arejados, ventilados; portanto, tenha cautela em colocá-las perto de portas e janelas com canalização de vento direto. “O vento também resseca mais as plantas”, ressalta. Algumas espécies perenes que podem ser cultivadas dentro de casa são: suculentas, zamioculca, licuala, bromélia de sombra e filodendros. Dracenas, chamedora, ráfis, pleomele e lírio-da-paz ajudam a filtrar o ar dos ambientes, eliminando odores ou mesmo resíduos químicos. Já entre as flores, estão: violeta, begônia e
orquídea, porém, por necessitarem de mais luz do sol, a duração delas dentro dos ambientes fica limitada a poucos dias normalmente, principalmente as de corte (arranjos). No mercado, temos disponíveis diversos tipos de vasos, jarros e floreiras, que podem ser colocados em vários ambientes da casa, como no living, no hall, na sala de jantar. “Os arranjos vão aonde se queira dar destaque. Podem-se usar flores bem coloridas, tanto contrastando com a decoração, como também fazendo um degradê. Fica a critério do gosto de cada um.”
TEMPEROS NA HORA Aproveitar o espaço da cozinha para fazer uma decoração criativa com plantas comestíveis e aromáticas pode ser uma boa pedida para os chefs de plantão. Imagina colher os temperos diretos da horta? “As plantas que fornecem alimento ou mesmo são funcionais precisam de uma quantidade de quatro horas de sol diárias, aproximadamente, e o ideal é o sol da manhã. É ótimo poder colher temperos direto da horta, então, se quiser ter dentro de casa, na cozinha, por exemplo, coloque-os próximos à janela, em que se incida a maior quantidade de sol nestas plantas”, ensina a paisagista Adines Ferreira.
18
Dia do Médico
Todo dia é "Dia do Médico". de Outubro Parabéns a esses profissionais que cuidam da nossa saúde.
{ MEIO AMBIENTE }
por CAROLINA DE SENA • foto HENRIQUE ATTILIO
A
ntes de falar sobre lixo, coloco alguns pontos importantes para a reflexão de todas as pessoas em relação ao hábito que cada um de nós possui, ou melhor, a educação que cada um tem. O ser humano recebe forte influência do meio em que vive e, ao mesmo tempo, influencia em inúmeras situações do cotidiano que o envolve. A própria higienização, ao acordar e ao deitar-se, é uma forma de influenciar outras pessoas e também a limpeza do ambiente em que vive e o qual circula, é outra forma de entusiasmar uns aos outros. Imagine você ficar duas semanas sem escovar os dentes e sem tomar banho! Não ter água tratada para cozinhar seus alimentos e nenhum sistema de coleta do lixo e do esgoto de sua casa. Para muitos é um absurdo, mas é uma realidade para milhares de pessoas no mundo todo. Dados do Ministério das Cidades (base SNIS 2010) mostram um cenário em que 1 em cada 5 brasileiros ainda não possui sequer água tratada para beber. Mais da metade da popula-
6 2 | CINCO + | OUTUBRO FEVEREIRO2014 2014
ção ainda não tem acesso à coleta dos esgotos e somente 38% do esgoto do país passam por algum tipo de tratamento antes de ser lançado na natureza. Isso significa que 62% do esgoto do país seguem para nossos rios, lagos, reservatórios, bacias hidrográficas e aquíferos da forma como sai dos nossos banheiros. A maioria das pessoas, infelizmente, não consegue associar muitas doenças que ocorrem no seu dia a dia com a grave poluição ambiental que nos cerca 24 horas por dia, nos 365 dias por ano. Não pensamos em “saúde ambiental” e nos efeitos do ambiente sobre nosso bem-estar. E o lixo é uma realidade que a cada dia preocupa tanto a população quanto as autoridades públicas, pois todos os dias são produzidas toneladas e mais toneladas de lixo de inúmeras fontes, algumas inimagináveis. Alguns exemplos são de fontes domésticas, de construção civil, de hospitais, clínicas médicas e veterinárias, de varrições de ruas, entre outros. Os municípios brasileiros estão carentes
de suporte técnico necessário para suprir essa demanda atual, com deficiência de profissionais capacitados para gerir o lixo produzido e de tecnologias ambientais para tratar os mais variados tipos de resíduos. Mas é importante analisarmos as nossas atitudes, porque, antes de tudo, somos responsáveis pelas nossas ações, e se jogamos lixo na rua, nos rios e em lugares impróprios, teremos consequências muito piores que as atuais. Vale a pena nos (re) educarmos, pois teremos um grande ganho pessoal e ambiental. Todos dizem que é chato ficar separando o lixo, porque vem o caminhão de coleta de lixo e “junta tudo”, ou seja, não adianta nada. Porém, algumas mudanças já estão ocorrendo, como, temos visto, os caminhões de coleta seletiva pela cidade, a construção/finalização do aterro sanitário dentro das normas técnicas, entre outras ações desconhecidas e que têm feito diferença. Já estamos sentindo a mudança no cenário com o qual estamos acostumados a viver e vai requerer nossa mudança de hábito, com certeza! As empresas, indústrias, estabelecimentos comerciais e outros empreendimentos que geram resíduos sólidos (lixo, rejeitos) terão que encontrar alternativas de tratamento que sejam economicamente viáveis e que impactem menos o meio ambiente e, consequentemente, a qualidade de vida da população. Assim, como nos empreendimentos de um modo geral, a população também precisa encontrar alternativas
para tratar o lixo que gera em sua residência, pois temos grande parcela de participação na geração dos resíduos e devemos, portanto, ser exemplo também. Os restos de comida que não serão mais aproveitados podem se transformar em um ótimo adubo através de um equipamento que se chama “minhocasa”. Você consegue montar na casa da própria casa minhoca! Porém, têm restrições com determinados alimentos! Quem se interessar em ver como faz a montagem da “minhocasa” é só acessar o site: www.minhocasa.com. É uma simples ação que resulta em um ganho ambiental imenso. Temos muito trabalho a fazer, principalmente dentro de casa, e exigir do poder público ferramentas que sustentem essa nova mudança de hábito! Sabemos que não é tarefa fácil para ninguém, mas também não é impossível.
CAROLINA DE SENA MADUREIRA FIGUEIRÓ Engenheira Sanitarista e Ambiental CREA 12.179 D/MS
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 63
{ CULTURA }
Gabriel Sater Paulista criado em Mato Grosso do Sul lança 3º CD em Campo Grande
por JACKLIN ANDREUCE • fotos TADEU BARA
E
le carrega o sobrenome que é quase uma marca sul-mato-grossense. Gabriel Sater, 32 anos, filho de Almir Sater, nasceu em São Paulo, mas foi criado ao modo pantaneiro em Mato Grosso do Sul, desde os 3 anos de idade. Cresceu ouvindo os dedilhados do pai e os cantos de toda a família musical. Com Almir, aprendeu a admirar e ouvir estilos musicais como rock, blues e folk. O aprendizado começou em casa com o pai e os tios, também músicos, Gisele e Rodrigo Sater, e aperfeiçoado
6 4 | CINCO + | OUTUBRO 2014
com aulas de música. Há 14 anos, Gabriel trilha a carreira de cantor, compositor, instrumentista e arranjador. Com uma carreira madura e consolidada, 2014 está sendo um ano marcante para Gabriel: lançou o terceiro CD, intitulado “Indomável”, trabalho autoral com produção musical de Leandro Aguiari, com participações musicais dos cantores Luiz Carlos ‘Sá’, Tadeu Franco, Fernando Anitelli (O Teatro Mágico) e da tia Gisele Sater, bem como dos instrumentistas Negão dos Santos, Neymar Dias, João
Gaspar, além da participação do pai, Almir Sater. “Meu pai toca viola na música ‘Boca do Mato’, é uma parceria muito rica. A primeira coisa que eu penso na hora de convidar alguém para uma participação especial em um trabalho é que a música tem que combinar com o artista, e esta combina muito com ele. E ele adorou também, fez um solo muito bonito”, conta Gabriel Sater. No novo trabalho, Gabriel apresenta a evolução musical, “‘Indomável’ comprova minha evolução como can-
tor e compositor, são 13 músicas no CD e apenas uma não é autoral, ‘Vida Bela Vida’ é a única regravação, e trago algo diferente”, afirma o músico. A faixa “Vida Bela Vida”é regravação do sucesso de Paulo Simões e Guilherme Rondon. Este ano, Gabriel Sater estreou como ator, interpretando o personagem Viramundo, um violeiro da novela das seis da rede Globo “Meu Pedacinho de Chão”, de Benedito Ruy Barbosa. Para compor o personagem, Gabriel aprendeu a tocar viola e também compôs uma canção especialmente para o casal da novela, chamada “Cabelos de Fogo”, que está no novo CD; outro destaque é a música “Lembranças Demais”, também apresentada na novela. “A novela foi um presente para mim, muita gente nem sabia que sou músico, então, nunca estive tão bem no termo de exposição. Além disso, realizei o sonho de trabalhar com um autor que sou fã. Foram 9 meses numa correria muito grande, entre shows e gravação da novela, mas foi muito bom e especial,” disse Sater. Depois de 5 anos sem tocar em Campo Grande, o show do novo disco, “Indomável”, foi
emocionante, um momento de gratidão.“Campo Grande é a minha terra de coração, aqui eu fui criado. É um lugar muito especial; minha origem musical vem de Campo Grande, sou um paulista pantaneiro”, fala, em sorrisos. Gabriel lançou na capital morena os dois primeiros trabalhos, “Instrumental”, em 2006, e “A Essência do Amanhecer”, em 2009. E, nos momentos de folga, o músico prepara o próximo CD, que já tem várias composições escolhidas para o trabalho. Certo mesmo é o nome do 4º álbum da carreira, “Rio Negro”, mas esta será outra prosa que teremos com o “autodefinido” paulista pantaneiro, Gabriel Sater.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 65
{ CULTURA }
Danças urbanas invadem a Capital por CLAUDIA MALFATTI • fotos DIOGO GONÇALVES
C
ampo Grande recebeu o maior evento de danças urbanas do Centro-Oeste. A 8ª edição do MS Street Dance Fest reuniu 685 dançarinos de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. Pela primeira vez, serviu de etapa classificatória para o Festival Internacional de Hip-Hop de Curitiba-PR, que será realizado em 2015. Os movimentos sincronizados e o ritmo intenso atraem a atenção da plateia e fazem a magia da dança contagiar. A concha acústica da Praça do Rádio Clube foi o palco das competições. O público chegou a três mil pessoas. O evento durou cinco dias, e a programação também contou com mostras de danças variadas, cursos e workshop. Sozinhos, em dupla, trio ou conjunto, os dançarinos se apresentaram e encantaram com suas coreografias. O MS Street Dance Fest é realizado anualmente e busca valorizar
6 6 | CINCO + | OUTUBRO 2014
os aspectos artísticos dos grupos e difundir as danças urbanas. O projeto nasceu em 2004, com a proposta de reunir apenas grupos da Capital e região, mas, dois anos depois, transformou-se num encontro que atrai participantes de outros Estados. “Começou de maneira tímida, na intenção de reproduzir aqui o que eu vivenciava quando participava de grandes festivais pelo Brasil. Trouxe para perto dos grupos do Estado uma realidade que eles não podiam vivenciar, em razão da realidade financeira”, comenta o diretor do MS Street Dance Fest, Edson Clair. Mato Grosso do Sul conquistou os primeiros lugares nas categorias Júnior (Ladário Street Dance) e Conjunto Adulto (Máfia Club). Já na categoria Conjunto Avançado venceu o grupo do Distrito Federal (Venada), que participará do Festival internacional.
ADESIVOS, PANFLETOS, REVISTAS, CARTÕES DE VISITA, LIVROS, CAIXAS, CONVITES, FOLDERS, CARTAZES, SACOLAS, AGENDAS, CALENDÁRIOS, TAGS, ENVELOPES, PASTAS, CATÁLOGOS, FOLHETOS, TIMBRADOS, MARCA-PÁGINAS, POSTAIS, VERNIZ, LAMINAÇÃO, BLOCOS, APOSTILAS, LIVRETOS, MANUAIS, SKETCHBOOKS, FACAS ESPECIAIS, CORTE VINCO, COLAGEM, DOBRA, FILIPETAS E MUITOS OUTROS SERVIÇOS PERSONALIZADOS.
gráf ica
R. ANTÔNIO MARIA COELHO, 623, Cabreúva - (67) 3316-5500 - Campo Grande/MS CEP 79008-450
{ VIAJE BEM }
Balança mas não cai
Pisa e sua torre torta são um destino obrigatório para quem viaja pela Toscana, na Itália por LUIZ FELIPE FERNANDES DE PISA, ITÁLIA
D
ar de cara com um cartão-postal conhecido no mundo inteiro é uma experiência arrebatadora. É como se aquela construção/monumento/paisagem que antes existia só no nosso imaginário ganhasse vida de uma forma meio mágica. Ver surgir, aos poucos, a famosa Torre de Pisa está entre essas experiências. E, por mais que tenhamos lido ou ouvido falar sobre esse famoso erro de engenharia, a constatação, por mais óbvia que seja, é inevitável: “ela é mesmo torta!”. Uma vez na Itália – mais precisamente na região da Toscana –, você vai ficar tentado a visitar Pisa só para ver a torre. A maioria dos turistas tira um dia da viagem para ir à cidade, o que acaba sendo a melhor opção. Pisa tem outros atrativos, mas estando perto de cidades como Florença, por exemplo, vai ser difícil querer ficar mais tempo por lá. Quem está rodando pela Europa pode pegar um voo em companhias de baixo custo e desembarcar no aeroporto de Pisa. Daí, é só pegar ônibus ou trem até o centro da cidade. Outra opção, mesmo para quem está mais distante, como em Roma, é viajar de trem – são constantes e de preço acessível. Da estação central de Pisa até à praça onde está a torre, dá para ir tranquilamente
6 8 | CINCO + | OUTUBRO 2014
a pé – cerca de 15 minutos de uma agradável caminhada por uma típica cidade do interior da Itália, com uma compensadora travessia pela ponte sobre o Rio Arno. No gramado ao redor da Torre Pendente de Pisa, lute por um espaço entre os milhares de turistas, para tirar a imprescindível fotografia simulando estar sustentando a torre. Dá para ver bem de pertinho que “sim, parece que ela vai cair” e, pagando 18 euros (cerca de 55 reais), é possível subir até o topo. Quando você cansar de tirar fotos da torre, vai perceber que ela, na verdade, é apenas um dos monumentos arquitetônicos da Piazza dei Miracoli, que ainda contém a bela Catedral (Duomo di Santa Maria Assunta) e o Batistério. Nesse conjunto, a Torre de Pisa é, na verdade, o campanário – a torre que abriga os sinos. Ainda no mesmo perímetro, estão o cemitério e o Museu da Catedral (Museo del'Opera del Duomo), abertos à visitação. A feirinha ao lado da praça tem todo tipo de suvenir com referência à torre, e os arredores estão bem servidos de restaurantes com a deliciosa culinária italiana. Em uma visita com mais tempo, dá para rodar pela cidade onde nasceu Galileu Galilei e visitar outras praças, museus e igrejas.
É TORTA MESMO! A Torre de Pisa começou a ser construída em 1173, e os problemas de inclinação começaram à medida que mais andares iam sendo construídos. As causas seriam a fundação pouco profunda e o solo instável. Obras de recuperação foram feitas entre 1997 e 2001, e conseguiram reduzir a inclinação em poucos centímetros. Hoje, a inclinação da torre é de cerca de 4 graus.
PRAIA E se no verão a Toscana ferve – literalmente – com temperaturas bem acima dos 30 graus, saiba que Pisa está a apenas 20 quilômetros do litoral do mar Tirreno. Na minúscula Torre del Lago, de apenas 11 mil habitantes, é intenso o fluxo de turistas em busca de praia e sol. A cidade é famosa por sediar o Festival Puccini, em julho e agosto, em referência ao compositor de ópera Giacomo Puccini. Campings perto das praias oferecem estrutura completa para descansar longe do burburinho das metrópoles europeias, mas com o conforto de bangalôs com geladeira, fogão e chuveiro com água quente. É interessante ver famílias de outros países da Europa rodando com seus trailers extremamente bem equipados. Em algumas faixas da praia, o aluguel de espreguiçadeiras e guarda-sóis com lugar marcado garante o conforto do turista. Há ótimas opções de restaurantes e bares ao longo da orla. No fim de tarde, os tradicionais aperitivos italianos, com deliciosos bufês de tira-gosto e antepastos servidos à vontade, para quem está consumindo bebida no local, servem de esquenta para as baladas que se estendem pela madrugada.
C I N C O + | OU T U B RO 2 0 1 4 | 69
Contatos:
Cirugia Plástica
Aparelhos Auditivos
Dr. Orlando Monteiro Júnior CRM/MS 3256 - CRM/SP 73806 Ginecologista Clínica Gazineu, Rua São Paulo, 907 Campo Grande/MS (67) 3382-5484 www.clinicagazineu.com.br
Dra. Maristela Vargas Peixoto CRM/MS 2863 Ginecologista Rua das Garças, 542 Campo Grande/MS (67) 3321-3362
Ginecologia
CLÍNICA GAZINEU
Dr. Maurício de Barros Jafar CRM/MS 2073 Angiologista Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3321-8921
Dr. Sandro Startari CRM/MS 4313 - CRM/SP 106149 Cirurgião Plástico Rua Euclides da Cunha, 1.912 Campo Grande/MS (67) 4141-0707
Rua São Paulo, 907 Fone: (67) 3382-5484 Dr. Orlando Monteiro Júnior CRM/MS 3256/CRM/SP 73.806 / TEGO 568/95
Odontologia Clínica de Vacinaç�o
Dr. Radi Jafar CRM/MS 15 Angiologista Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3324-9802
Dra. Thaís Sakuma CRM/MS 5868 Dermatologista Edifício Evolution Center Av. Afonso Pena, 5.723 - Sala 303 Campo Grande/MS (67) 3383-7518 - 9986-3856
Dr. José Carlos Souza CRM/MS 2671 Psiquiatra, doutor e PhD em saúde mental Autor do livro Qualidade de Vida e Saúde Rua Theotonio Rosa Pires, 88 Campo Grande/MS (67) 3325-0990
7 0 | CINCO + | OUTUBRO 2014
Psicologia
Psicologia Psicologia Clínica Clínica
Condicionamento Físico CENTRO DE TREINAMENTO FÍSICO
Julyana Oshiro CRP 14/05582-8
suemewinkler@gmail.com 9964.5805 Rua Pernambuco, 539 – Bairro São Francisco
((67) 67)
NOVO
ENDEREÇO