Edição 84 | Ano 7 | Novembro | 2014
Chitãozinho & Xororó emociona Campo Grande
Confira os principais destinos turísticos mundiais para você curtir
Lente de contato dental, a técnica do sorriso perfeito!
Diabetes: conscientização é o caminho
SUMÁRIO
EDIÇÃO 83
ANO 7
NOVEMBRO 2014
34 | Cultura
08 | Total Saúde / Diabetes
"ZION! O PLANETA DOS CARECAS" VIRA PEÇA DE TEATRO INFANTIL E ENCANTA CRIANÇAS NA CAPITAL
CONSCIENTIZAÇÃO É O CAMINHO
10 | Total Saúde / Diabetes TABAGISMO E DIABETES: UMA RELAÇÃO PERIGOSA
12 | Total Saúde / Diabetes
38 | Cultura RETRATOS FALADOS DO PRIMEIRO AMOR
40 | Cultura
A CURA DEFINITIVA DO DIABETES ESTÁ CADA VEZ MAIS PRÓXIMAS
UM PEDAÇO DA HISTÓRIA
44 | Cinema
14 | Total Saúde / Diabetes
CINEMA EM MATO GROSSO DO SUL
GRÁVIDAS DEVEM FICAR ATENTAS AO RISCO DO DIABETES GESTACIONAL
48 | Literatura
16 | Total Saúde / Diabetes
"FRANKFURT BUCHMESSE" APRESENTA NOVAS TENDÊNCIAS DO MUNDO EDITORIAL
CARDÁPIO ALTERNATIVO
18 | Total Saúde / Diabetes DIABETES INFANTIL
50
22
14
20 | Total Saúde / Diabetes AÇÚCAR NÃO É O ÚNICO VILÃO
22 | Total Saúde / Diabetes DIETA É A ALIMENTAÇÃO IDEAL PARA VOCÊ!
24 | Total Saúde EBOLA: O VÍRUS ALTAMENTE MORTAL, RUDIMENTAR E FÁCIL DE SER COMBATIDO
28 | Total Saúde
50 | Literatura EDITORA ALVORADA PROMOVE, NO DIA NACIONAL DO LIVRO, BRINCADEIRAS QUE INCENTIVAM A LEITURA
54 | Cidadania GUARDA COMPARTILHADA É UMA BOA OPÇÃO?
56 | Comportamento SEGURANÇA QUE TRANQUILIZA
57 | Música
UMA PEDRA NO CAMINHO
MUNHOZ & MARIANO LANÇA PROJETO DE SOLIDARIEDADE EM CAMPO GRANDE
30 | Total Saúde / Odontologia
58 | Viaje Bem
LENTE DE CONTATO DENTAL, A TÉCNICA DO SORRISO PERFEITO!
HORA DE CURTIR
32 | Total Saúde DOE SANGUE, DOE VIDA
4 | CINCO + | NOVEMBRO 2014
64 | Música CHITÃOZINHO & XORORÓ APRESENTA UMA EXPLOSÃO DE SUCESSOS E EMOCIONA CAMPO GRANDE
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editorial
Q
uando surgiu a sugestão de fazermos o especial da edição de Novembro sobre o diabetes, achei super bacana! Isso porque conheço algumas pessoas que tem diabetes e logo pensei nelas. Mas confesso que fiquei muito preocupada com os dados da Federação Internacional de Diabetes. Segundo eles, atualmente, a prevalência de Diabetes Mellitus (DM) é de 285 milhões de pessoas acometidas mundialmente, com projeção para 439 milhões no ano de 2030. Na matéria “Conscientização é o Caminho”, a endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) regional MS, Drª. Ana Carolina Carli de Freitas explica o que é diabetes, os tipos, os sintomas e ressalta a importância de conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce. Além disso, a médica ainda pondera que é essencial para os diabéticos conhecer os métodos para melhorar a convivência com a doença e prevenir suas complicações. Nossa edição também traz matérias sobre diabetes na infância, na gestação e uma dieta alternativa com receitas da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad). Já na Coluna Nutrição, a nutricionista Laís Lunardon ressalta que em algumas patologias, a dieta tem papel fundamental para o tratamento da doença, o diabetes é uma delas. “A alimentação do diabético varia para cada indivíduo e será determinada de acordo com características como peso, idade, prática ou não de atividade física, rotinas diárias, preferências alimentares e também resultados de exames, como de níveis de glicose, colesterol, vitaminas, entre outros”. Vale a pena conferir as dicas! Infelizmente, o diabetes ainda não tem cura, mas com o tratamento é possível levar uma vida normal. Creio que com o tempo, o tratamento acaba se tornando parte do dia a dia do paciente. No entanto, para que isso aconteça é fundamental aceitar o diagnóstico, conhecer mais sobre a doença e levar a sério o tratamento! Nesta edição ainda temos a cobertura do show da dupla Chitãozinho & Xororó na Capital, os 70 anos da Base Aérea de Campo Grande, a história do tradicional Hotel Gaspar e um roteiro especial na Coluna Viaje Bem! Boa leitura! Kátia Kuratone
Coordenação de Comunicação: Henrique Attilio (MTB 947/MS - 177/MS) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Oscar Diego de La Rubia e Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e TIS Publicidade e Propaganda - Redação: Andréia Nunes (DRT/MS 1013); Caio Luiz (DRT/SP 72642); Carol Alencar (DRT/MS 593); Carol Lacerda (DRT/MS 0000); Claudia Malfatti DRT/MS; Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Patrícia Belarmino (DRT/MS 1211); - Revisão: Dafini Lisboa - Conselho Editorial: Karolinne Medeiros, Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone, Oscar Diego de La Rubia.
Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio - Planejamento e Operações: Henrique Attilio e Kátia Kuratone - Fotografias: Henrique Attilio, Divulgação DRI, Andréia Nunes, Gilnei Maciel, Western Produções e Mário Salgado.
www.editoraalvorada.com.br Participaram nesta edição: Nutricionista, Laís Lunardon (CRN 11537), Cinéfilo e Jornalista, Airton Raes.
Tiragem: 10.000 exemplares
Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Total Saúde é uma publicação da Editora Total Saúde Ltda, com periodicidade mensal com distribuição dirigida gratuita e mediante assinatura anual.
REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500
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{ TOTAL SAÚDE / DIABETES }
AMÉRICA DO NORTE E CARIBE
37 MI
ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA
35 MI
ÁFRICA
AMÉRICA DO SUL E CENTRAL
Já existem 285 milhões de pessoas acometidas mundialmente pelo diabetes, com projeção para 439 milhões no ano de 2030
20 MI
24 MI
por KÁTIA KURATONE
MUNDO
382 MI
PESSOAS COM DIABETES
O
aumento alarmante de casos de diabetes no mundo foi o motivo da criação do Dia Mundial do Diabetes. Criada em 1991 pela Federação Internacional do Diabetes e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data, foi instituída em 14 de novembro, é considerada a maior campanha em nível mundial de conscientização sobre a doença e faz parte do Movimento Azul. Segundo a endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) regional MS, Drª. Ana Carolina Carli de Freitas, a proposta da campanha é muito importante no sentido de conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce. “Para o público
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em geral e para as pessoas em risco de desenvolver o diabetes, o foco consiste em aumentar a consciencialização sobre a doença e divulgar as ferramentas para sua prevenção. Para os diabéticos, o objetivo da campanha é difundir métodos para melhorar o conhecimento sobre a doença e prevenir suas complicações”. Ela ressalta que, atualmente, a prevalência do diabetes mellitus (DM) é de 285 milhões de pessoas acometidas mundialmente, com projeção para 439 milhões no ano de 2030, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes. “Diabetes mellitus faz parte de um grupo de doenças metabólicas, com etiologias diversas, caracterizada por hiperglicemia em consequência de um defeito na secreção de insulina pe-
las células β, resistência periférica à ação desse hormônio, ou ambos. A prevalência do DM tem alcançado proporções epidêmicas, constituindo-se em um dos mais sérios problemas de saúde pública, em especial o DM tipo 2. Esse aumento na prevalência ocorre em virtude do índice elevado de pessoas obesas e da diminuição da atividade física, associados ao crescimento e ao envelhecimento da população, bem como ao aumento da sobrevida de pacientes com essa doença”, alerta a endocrinologista. A melhor maneira de se diagnosticar o diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), é por meio da verificação da glicemia em jejum, que indica a quantidade de açúcar no sangue. E vale ressaltar que, diagnos-
DIABETES MELLITUS PODE SER DIVIDIDO EM:
EUROPA
56 MI
TIPO 1: ocorre destruição das células que secretam insulina, induzida por autoanticorpos, com deficiência absoluta desse hormônio; TIPO 2: resulta de defeitos na secreção e ação da insulina. Esta enfermidade está frequentemente associada à resistência à insulina, obesidade androide, dislipidemia e hipertensão arterial, constituindo a síndrome metabólica.
SUDESTE ASIÁTICO
72 MI PACÍFICO OCIDENTAL
138 MI 46%
NÃO DIAGNOSTICADAS
FONTE: ATLAS DO DIABETES 2013 FID (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DO DIABETES)
ticado, o diabético terá uma vida normal, seguindo as recomendações médicas e o tratamento indicado. “O tratamento do diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados de uma equipe multidisciplinar, que inclui: endocrinologista, cardiologista, nutricionista, educador físico e psicólogo. São objetivos do tratamento: eliminar sinais e sintomas da doença, evitar complicações agudas, melhorar a qualidade de vida, prevenir ou retardar complicações microvasculares e neuropáticas, reduzir eventos cardiovasculares e reduzir mortalidade. A alimentação do diabético deve ser individualizada, de acordo com as necessidades calóricas diárias, atividade física e hábitos alimentares”, esclarece Ana Carolina.
Outros tipos específicos: defeitos genéticos da função da célula (MODY: maturity onset diabetes of young people), defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino: pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística; outras doenças endócrinas: acromegalia, cushing, glucagonoma, feocromocitoma, hipertireoidismo; diabetes induzida por medicamentos: pentamidina, ácido nicotínico, glicocorticoides, hormônios tireoidianos, diazóxido, agonistas betaadrenérgicos, tiazídicos, fenitoína, inibidores de protease, alfa-interferon; infecções: rubéola congênita, citomegalovírus, diabetes mellitus gestacional.
FIQUE ATENTO AOS SINTOMAS: • Poliúria (excesso de diurese), polidipsia (muita sede) e polifagia (aumento do apetite); • Alterações visuais; • Impotência sexual; • Infecções fúngicas na pele e nas unhas; • Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar; • Distúrbios cardíacos e renais. São fatores de risco para o DM2: idade > 45 anos, excesso de peso (IMC > 25 kg/ m2), parentes de primeiro grau com DM, sedentarismo, HAS (>140/90 mmhg), pré-diabetes identificado previamente, história de diabetes gestacional ou feto macrossômico, colesterol bom HDL < 35 mg/ dL ou triglicerídeos > 250 mg/dL, síndrome de ovários policísticos, cintura abdominal da mulher > 88 cm e do homem > 94 cm.
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{ TOTAL SAÚDE / DIABETES }
Os males do cigarro para a saúde se intensificam em diabéticos por MARINA BASTOS
Q
ue parar de fumar é uma ótima decisão não é novidade para ninguém. O cigarro aumenta a pressão arterial, assim como a frequência cardíaca; aumenta risco de enfarte, de doenças respiratórias, cerebrais, e até impotência sexual. A lista de motivos para abandonar o vício não para por aí, mas quem tem diabetes precisa saber que os efeitos tóxicos do cigarro são ainda mais graves no corpo de quem possui a doença. Pelos distúrbios metabólicos que o diabetes acarreta, faz com que glicose e gordura se acumulem no sangue, provocando o aparecimento de doenças cardiovasculares (enfartes, derrames e gangrenas nos pés). O cigarro se torna mais uma ameaça, pois, de acordo com especialistas, o fumo faz os vasos sanguíneos se contraírem, estimulando a progressão de lesões coronárias e cerebrais, principalmente, doenças cardiovasculares. De acordo com o Dr. José Egídio de Oliveira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, a nicotina, uma das substâncias presentes no cigarro, também potencializa a ação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), fazendo com que o corpo apresente resistência à ação da insulina.
Nesse caso, não existe meio-termo, para quem tem diabetes, parar de fumar é a saída mais sensata. No entanto, ao decidir abandonar o cigarro, alguns cuidados especiais devem ser tomados. "A pessoa fica mais ansiosa nessa fase, 1 0 | CINCO + | NOVEMBRO NOVEM BRO 2014
e isso pode interferir diretamente no tratamento do diabetes, dificultando o controle e, consequentemente, o abandono do cigarro”, explicou o endocrinologista. “Hoje, existem condições de tratamento no sentido de aliviar esse descontrole emocional. É importante o acompanhamento dos médicos para uma monitorização da glicose mais eficiente, apoio psicoemocional e até o uso de medicamentos que favoreçam o abandono do cigarro", completou. Sobre a dieta nesse período, o Dr. José Egídio é enfático ao afirmar que ela é absolutamente a mesma e que a dúvida em torno da sua manutenção está no aumento da ansiedade, que leva a uma maior absorção de alimentos. "Uma das formas mais comumente utilizadas de reduzir o estresse é comer mais. Por isso, nesta fase, recomenda-se a consulta a um médico, além de rigorosa automonitorização (controle da glicemia)", ressaltou.
Após 20 minutos: a press�o sanguínea e a pulsaç�o voltam ao normal. Após 2 horas: n�o há mais nicotina circulando no seu sangue. Após 8 horas: o nível de oxig�nio no sangue se normaliza. Após 12 a 24 horas: seus pulm�es já funcionam melhor. Após 2 dias: seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta melhor a comida. Após 3 semanas: sua respiraç�o se torna mais fácil e a circulaç�o melhora. Após 1 ano: o risco de morte por enfarte já foi reduzido pela metade. Após 5 a 10 anos: o risco de sofrer enfarte será igual ao das pessoas que nunca fumaram.
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{ TOTAL SAÚDE / DIABETES }
A cura definitiva do diabetes está cada vez mais próxima Entre as novidades, está um pâncreas artificial, criado por meio da bioengenharia por MARINA BASTOS • fotos DIVULGAÇ�O DRI
Q
uem convive com o diabetes sabe que a prevenção dos males causados pela doença tem de ser constante. Apesar disso, a esperança de um tratamento definitivo fica mais forte com o avanço da tecnologia que contempla a Medicina. Entre as pesquisas em busca da cura, algumas se destacam, embora nenhuma ainda garanta uma cura total ou sucesso efetivo. Transplante de ilhotas pancreáticas: uma boa alternativa quando não se consegue controlar a glicemia e o paciente já apresenta complicações causadas pelo diabetes. A desvantagem da cirurgia é a necessidade de tomar imunossupressores para evitar rejeição. Outro ponto importante é que o transplante tem um período curto de duração no organismo. Depois de cerca de 6 anos, é preciso um novo transplante. Ilhotas encapsuladas: como o próprio nome já diz, é um transplante de ilhotas,
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porém, encapsuladas, para que não haja rejeição após a cirurgia e, assim, não seja necessário o uso de medicamentos imunossupressores. Células-tronco: existe um estudo sendo desenvolvido para recém-diagnosticados, pois estes ainda possuem uma reserva de células beta, que produzem insulina para o corpo. Funciona da seguinte maneira: retiram-se as células-tronco do paciente e há uma preparação dessas células, para que possam voltar a identificar a insulina como uma substância que ajuda o organismo, e não como um corpo estranho que precisa ser destruído.
Enquanto ocorre essa preparação, o paciente é submetido a uma quimioterapia, a qual elimina células de defesa que estão matando as células beta. Após o processo, o corpo está pronto para receber as células-tronco de volta.
‘MINIÓRGÃO’ TRAZ ESPERANÇA PARA DIABÉTICOS Cientistas do DRI (Diabetes Research Institute), um centro de pesquisa de ponta sobre o diabetes, vinculado à Universidade de Miami, nos EUA, estão otimistas. Eles acreditam que a cura vitalícia para o diabetes está mais próxima do que nunca. Já foram iniciados os primeiros testes, em pacientes com diabetes tipo 1, de uma invenção que promete revolucionar a maneira como a doença é tratada. Neste instituto, foi desenvolvido o BioHub, que é uma espécie de pâncreas artificial em miniatura, ou um “miniórgão”, com a capacidade de abrigar células produtoras de insulina. Se tudo der certo, este segundo pâncreas seria capaz de controlar a quantidade de açúcar no sangue de maneira tão eficaz quanto o órgão de uma pessoa não diabética. “O BioHub vai imitar o funcionamento da insulina em um pâncreas normal”, afirmou o diretor científico do DRI, Camillo Ricordi. “Ele recuperará a produção de insulina para qualquer paciente, não importa por quanto tempo ele teve diabetes.” De acordo com pesquisadores, as células produtoras de insulina que estarão inseridas no BioHub vêm de três fontes: células-tronco modificadas, células beta de porcos (que funcionam como as humanas) e células reprogramadas do próprio paciente. “Eu estou confiante de que esta abordagem pode avançar as terapias celulares e substituições biológicas o suficiente, para que cheguemos ao nosso objetivo final, a cura para o diabetes”, disse o Dr. Ricordi.
DRI divulgou o tamanho real do “miniórg�o”, que teria o poder de substituir o pâncreas debilitado
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{ TOTAL SAÚDE / DIABETES }
Grávidas devem ficar atentas ao risco do diabetes gestacional por CLAUDIA MALFATTI
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diabetes gestacional, como o próprio nome sugere, é aquele que ocorre durante o período de gravidez. Estima-se que de 3% a 7% das gestantes desenvolvem a doença. São considerados fatores de risco: a idade igual ou superior a 30 anos, obesidade, hipertensão arterial crônica, antecedente familiar de diabetes mellitus, histórico de filho com má-formação, ou que tenha nascido com peso igual ou superior a quatro quilos e óbito fetal sem causa aparente. No oitavo mês de gravidez, Gabriela Tavares Rodrigues foi diagnosticada com diabetes gestacional. Fez o tratamento e, após o parto, não apresentou mais o problema. “O médico disse que o exame deu alterado e eu tinha que cuidar da alimentação. Procurei um endocrinologista, cortei carboidrato, açúcar, e fiz dieta para
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controlar”, afirma. Hoje, a sua filha tem um ano e sete meses. “Ela nasceu na 38ª semana, com dois quilos e oitocentos gramas, um bebê normal”. Nesse caso, tanto a mãe quanto a filha ficaram bem. “As repercussões para a saúde materna e fetal dependem do nível da hiperglicemia diária. Quanto mais elevada, maior a chance de ocorrer comprometimento de órgãos da mãe, como olhos, rins e circulação arterial. A doença não tratada pode ocasionar crescimento exagerado do bebê, o que resultará em dificuldades no nascimento, com maior probabilidade de partos operatórios (cesárea e fórceps) e maior taxa de complicações, como a distocia de ombro (dificuldade em expulsar o bebê por causa dos ombros largos demais)”, explica o ginecologista e obstetra Wilson Ayach. Ele ressalta, ainda, que o bebê que
nasce com mais de quatro quilos terá, inicialmente, mais chance de apresentar dificuldade respiratória, icterícia e hipocalcemia. “Na vida adulta, tem mais chance de desenvolver obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus”, observa Ayach. De acordo com o ginecologista e obstetra, estima-se que, após o parto, 50% das mulheres desenvolverão diabetes nos próximos dez anos. “Entre aquelas que precisarem utilizar insulina e/ou medicação oral para o controle da glicemia durante a gestação, todas se tornarão diabéticas até o fim do primeiro ano após o parto”, ressalta. O bebê não se tornará diabético simplesmente por ter nascido de uma gestação complicada pelo diabetes. A atividade física regular e dieta alimentar balanceada ajudam a minimizar o risco de desenvolver a doença, mas não previnem totalmente.
Um aparelho auditivo que pode ser usado no banho, ao dormir, durante meses, 24h por dia, sem troca de pilhas.
Milena Biondi Joerke Fonoaudi贸loga CRF陋 6-7505-2
{ TOTAL SAÚDE / DIABETES }
Cardápio alternativo por PATRÍCIA BELARMINO
Diabéticos devem se atentar aos produtos consumidos e buscar outras opções
A
dieta mais restrita de pacientes com diabetes é um desafio e tanto. Mas nem tudo está perdido. Com dedicação e cuidado, é possível encontrar produtos que substituem aqueles que não podem entrar na dieta de um diabético. A ingestão de açúcar é a principal restrição, mas nem por isso se pode descuidar do consumo de gorduras. A nutricionista Mariana Corradi Gouvea diz que o paciente deve, sempre, evitar gorduras em excesso. Uma alternativa para os diabéticos são os produtos classificados como diet. “As pessoas devem ter curiosidade e o hábito de ler o rótulo dos alimentos, principalmente a lista de ingredientes. Na maioria das vezes, os produtos diet não têm açúcar, porém, possuem gordura em maior quantidade”, explica a nutricionista. Para quem não vive sem um docinho, a dica é procurar doces sem adição de açúcar. Hoje, é mais fácil encontrá-los em mercados e farmácias. Outra alternativa é o consumo de frutas. Mas, ainda assim, o paciente deve tomar cuidado, pois algumas têm alto índice glicêmico.
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“O índice glicêmico representa a velocidade com que o carboidrato presente nos alimentos é digerido e transformado em açúcar no sangue. O paciente diabético deve tomar cuidado ao ingerir alimentos com alto índice glicêmico”, alerta Mariana Corradi. Lichia, melancia, tâmara seca, abacaxi e uva são algumas frutas que devem ser evitadas por diabéticos. Substituir arroz, pães e biscoitos por produtos integrais também pode ajudar. Estes produtos integrais possuem carboidratos complexos, que são ingeridos mais lentamente pelo organismo e, consequentemente, não provocam picos de índice glicêmico. O consumo desequilibrado de açúcar e até mesmo gordura pode comprometer a dieta dos diabéticos e trazer complicações para a saúde. Por isso, a recomendação é que, sempre, o paciente busque ajuda de um profissional e faça a dieta corretamente. A Revista Cinco+ Total Saúde traz, aqui, duas receitas para pessoas com diabetes. Elas são da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad).
RECEITA DE LEITE CONDENSADO LIGHT* Ingredientes: 1 xícara de (chá) de leite em pó desnatado ½ xícara (chá) de água fervente ½ xícara (chá) de adoçante dietético em pó, próprio para forno e fogão 1 colher (sopa) de margarina light Modo de preparar: Bata todos os ingredientes no liquidificador, por 5 minutos.
TAÇA LISTRADA Ingredientes: 500 ml de leite desnatado 1 receita de leite condensado light* (confira acima) 2 colheres (sopa) de amido de milho 2 gemas 1 colher (chá) de essência de baunilha 1 caixa de gelatina diet sabor framboesa 1 caixa de gelatina diet sabor limão Modo de preparar: Leve ao fogo o leite, o leite condensado light, o amido de milho, as gemas e, sempre mexendo, cozinhe em fogo brando, até formar um creme. Retire do fogo e acrescente a essência de baunilha. Reserve até esfriar. Prepare as gelatinas separadamente, conforme instruções da embalagem. Em taças decorativas, faça camadas alternando o creme com as gelatinas. A cada camada de gelatina que colocar na taça, leve à geladeira para endurecer um pouco, para que as cores não se misturem.
BRIGADEIRÃO
Ingredientes: 1 receita de leite condensado light 1 xícara (chá) de leite desnat ado 3 colheres (sopa) de cacau em pó 1 colher (sopa) de amido de milho 3 gemas 3 claras em neve ½ xícara (chá) de chocolate gra nulado diet 1 colher (chá) de margarina ligh t para untar
a fôrma
Modo de preparar: Bata no liquidificador o leite condensado, o leite desnatado, o cacau em pó, a margarina, o amido de milho e as gemas. Transfira a preparação do liqu idificador para um recipiente e junte as claras em neve delicadamente, para que não percam o volum e. Coloque a mistura em uma fôr ma de furo central, untada com margarina, e ass e em banho-maria por 50 minutos aproximadament e. Desenforme quando estiver mo rno, decore com o chocolate granulado diet e sirv a gelado. Tempo de preparo: 1 hora
Fonte: WWW.ANAD.ORG.BR/RECEITAS
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{ TOTAL SAÚDE / DIABETES }
Como fazer a criança aceitar o tratamento? por CLAUDIA MALFATTI
U
ma vez diagnosticado o diabetes, é preciso rever o hábito de vida, principalmente no que diz respeito à alimentação. O controle deve ser rigoroso em qualquer idade, mas, na infância, requer a ajuda dos pais, pois nem toda criança entende ou aceita bem as limitações impostas pela doença. A não adesão ao tratamento traz complicações futuras. Alguns sintomas, como excesso de sede e de urina, além da perda de peso, já indicam a necessidade de levar o filho para consulta médica. Como qualquer outra doença, quanto antes descobrir, melhor. Na infância, o diabetes mais comum é o do tipo I. Nesses casos, a aplicação da insulina é diária. Outra mudança na rotina é passar a controlar a ingestão de alimentos, procurando ter uma alimentação saudável, de preferência ingerindo os ricos em fibras e deixando de lado os com excesso de gordura e açúcar. Mas, diante de tantas guloseimas, como fazer a criança aderir ao tratamento sem sofrer? É natural os dias serem de altos e baixos, mas, aos poucos, e com muita paciência e de-
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dicação, é possível conseguir a compreensão dos pequenos. Nos casos em que há muita resistência, a ajuda do profissional psicólogo é bem-vinda. “A dificuldade mais comum para que a criança siga corretamente o tratamento é aceitar a doença, compreender a necessidade diária de aplicações de insulina, o monitoramento de glicose por meio da realização de glicemias capilares, várias vezes ao dia, e o manejo nutricional. Como toda doença crônica, é preciso tratá-la corretamente para se ter uma vida saudável”, explica a endocrinologista pediátrica Lilian Biberg. A médica comenta, ainda, a importância da participação da família.
“Durante o processo de aceitação, é muito importante que a criança tenha toda a atenção, o carinho e a paciência dos pais, para que juntos entendam sobre a doença, obtendo conhecimentos sobre ela e seu tratamento; assim, conseguirão se adaptar mais facilmente e voltar à rotina”
Ruber Sandre Araújo é um pai exemplar. Desde que descobriu a doença do filho Lucas Vinícius, dedicou-se a estudar mais profundamente o assunto. O diagnóstico se deu aos seis meses de vida. Hoje, o menino tem 8 anos. Ruber diz que a criança compreende as limitações. “Tentamos explicar, não adianta só chegar e falar que não pode. Hoje em dia, se alguém oferece bala ou bombom, ele já avisa que tem diabetes”, comenta. Mas nem sempre foi assim. Lucas já chegou a comer escondido. “É difícil para a criança ver o bolo e não poder comer. Não privamos, deixamos em pequenas quantidades”, diz. A alimentação de toda a família precisa mudar. “Evitamos comer certas coisas na frente dele. Acabamos nos alimentando de maneira mais saudável”, diz. A endocrinologista Lilian Biberg acredita que o período da adolescência seja o mais difícil em relação à aceitação da doença. “Por se tratar de uma fase de autoafirmação, cheia de transformações, muitos têm um comportamento desafiador diante do tratamento, inclusive em relação à dieta alimentar”, observa.
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{ TOTAL SAÚDE / DIABETES }
Açúcar não é o único vilão Pesquisa aponta que 87% dos entrevistados acreditam que, para prevenir o diabetes, basta comer menos doce por KÁTIA KURATONE
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vitar o consumo de açúcar é suficiente para prevenir o diabetes. Esse é um mito que ainda está na cabeça de muitas pessoas, quando se trata da doença. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes, no ano passado, apontou que 87% dos entrevistados disseram que, para prevenir a doença, basta evitar comer muito açúcar. A pesquisa ouviu 1.106 pessoas, de 18 a 60 anos, em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife). “O diabético tem que saber que o vilão não é só o açúcar, a terapia nutricional envolve outros fatores importantes, como: estilo de vida, idade, hábitos alimentares, peso corporal e pressão arterial. Para que o diabético tenha sucesso na sua terapia nutricional, ele deve levar em conta esses aspectos e direcionar o seu problema a uma manutenção da qualidade de vida”, ressalta a farmacêutica Regina Cavalli Geishofer, que é proprietária da loja Mundo Natural. O diabetes é uma doença caracterizada pela alta de açúcar no sangue. Nós temos um hormônio, a insulina, que fica responsável por controlar isso: tirar o açúcar do san-
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gue e levar para as células. Lá, ele vira energia. Quando a produção de insulina é deficiente, o açúcar se acumula no sangue e parte sai na urina. No entanto, é importante ressaltar que outros alimentos ingeridos se transformam em açúcares na corrente sanguínea. É o caso dos carboidratos. “A principal função dos carboidratos é fornecer energia. Eles são divididos em dois tipos: simples ou complexos. Os carboidratos simples são digeridos e absorvidos rapidamente, produzindo um aumento súbito da taxa de glicose. Já os complexos são digeridos lentamente, promovendo saciedade por um período longo, e são classificados como alimentos com curva glicêmica baixa ou moderada”, esclarece Regina.
O tipo simples é aquele utilizado em casos de hipoglicemia (queda de açúcar no sangue) para fazer a correção da glicemia. Às vezes, ele pode aparecer nos rótulos de produtos industrializados com os nomes: sacarose, maltose e dextrose. Por isso, é importante ficar atento ao que se está consumindo. Já o amido é uma das principais fontes de carboidratos complexos. Sua absorção é mais lenta, o que faz a glicemia subir gradualmente. “É muito importante que cada diabético planeje suas refeições voltadas à qualidade e não à quantidade. Por isso, a importância de se alimentar a cada três horas”, alerta.
OBESIDADE Entre os fatores de risco do diabetes tipo 2, está a obesidade. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos diabéticos tipo 2 têm a doença em virtude da obesidade. Além do diabetes, a pessoa obesa pode desenvolver outros tipos de patologias, como a hipertensão, a lipidemia e problemas cardiovasculares, ocasionando, assim, uma síndrome metabólica que corresponde a esse conjunto de doenças, as quais têm como base a resistência insulínica”.
{ TOTAL SAÚDE / NUTRIÇ�O }
Dieta é a alimentação ideal para você! por LAÍS LUNARDON (CRN 11537)
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uitas vezes, quando uso a palavra dieta em meio a algum assunto, ouço alguém dizer “Eu não preciso de dieta!” e enumerar os motivos para esta afirmação. Nunca concordo. Todos nós precisamos e temos uma dieta! Dieta não quer dizer restrição alimentar, fome ou algum prejuízo para a saúde. Ao contrário, sua dieta nada mais é do que a alimentação ideal para você. Em algumas patologias, a dieta tem papel fundamental para o tratamento da doença, o diabetes é uma delas. Assim como a de qualquer outra pessoa com alguma patologia ou não, a alimentação do diabético varia para cada indivíduo e será determinada de acordo com características como peso, idade, prática ou não de atividade física, rotinas diárias, preferências
alimentares e também resultados de exames, como de níveis de glicose, colesterol, vitaminas, entre outros. Apesar de sua suma importância, a dieta ainda é ignorada e desvalorizada por muitos diabéticos. A dieta do diabético vai contribuir para minimizar ou até evitar as oscilações extremas de glicemia, controlar o perfil lipídico, reduzindo assim o risco de doenças cardiovasculares, controlar a pressão arterial e reduzir as complicações microvasculares, especialmente as renais. Basicamente, a dieta do diabético consiste em uma alimentação saudável, que inclui todos os grupos alimentares, variando apenas na quantidade de indivíduo para indivíduo. As palavras-chaves são planejamento e organização. É necessária a atenção
na hora da escolha do alimento e na quantidade deste. A ideia de que apenas o açúcar deve ser controlado na dieta do diabético gera muitos equívocos. Sim, ele deve ser evitado e não apenas em sua forma simples. Existem alimentos que, após ingeridos e metabolizados, transformam-se em açúcar no nosso organismo. Eles são os carboidratos, como, por exemplo, pães, bolachas, inhame, batata, mandioca, arroz branco e frutas em conservas (quase sempre já possuem açúcar na calda). Tenha cuidado e moderação ao consumir estes alimentos. Sempre que puder opte pela versão integral. Ler os rótulos também é muito importante. Esclareça com seu médico ou nutricionista a quantidade de carboidratos indicada para você e fique sempre atento a este limite.
Palha italiana Diet INGREDIENTES 1 xícara de chá de biscoito doce dietético picado 1 xícara de chá de leite em pó desnatado ½ xícara de chá de água fervente 6 colheres de sopa de adoçante próprio para ir ao fogo 1 colher de sopa de margarina 3 colheres de sopa de cacau em pó (sem açúcar) 4 colheres de sopa de leite desnatado
MODO DE PREPARO Espalhe o biscoito picado em um refratário e reserve. Bata o leite em pó, a água, o adoçante e a margarina por 5 minutos no liquidificador. Acrescente o cacau e leve ao fogo, mexendo sem parar por 10 minutos em média. Despeje sobre os biscoitos e sirva frio ou quente.
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{ TOTAL SAÚDE }
Ebola: o vírus altamente mortal, rudimentar e fácil de ser combatido A pior epidemia de ebola na história acontece quase 40 anos depois de sua descoberta por CAROL LACERDA
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m 2014, o primeiro caso do ebola foi detectado em meados de julho, na Guiné, e se espalhou para países vizinhos. Libéria, Nigéria, Serra Leoa e outras localidades da África Ocidental, atualmente, enfrentam um surto sem procedentes em relação ao número de pessoas infectadas, de mortos e extensão geográfica. Na Nigéria, por exemplo, tudo começou em 20 de julho, quando um diplomata com dupla nacionalidade, norte-americana e liberiana, desembarcou no aeroporto internacional de Lagos. Após passar dias hospitalizado na capital da Libéria, Monróvia, o diplomata contrariou os conselhos dos médicos e viajou para a Nigéria, por meio de Togo, onde desmaiou e imediatamente foi internado num hospital. Após três dias, ele foi diagnosticado com febre hemorrágica. Diante do fato, providências importantes para conter o ebola no país foram tomadas, já que a doença possui alto nível de contágio, levando em consideração o número de habitantes, 21 milhões, praticamente a soma da população de Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria. A atuação do governo nigeriano, com apoio internacional, que em pouco tempo detectou o foco inicial do ebola, preveniu a propagação do vírus, deixando, assim, de ameaçar o país: entre 19 casos de infecção, somente oito foram fatais. Os Estados Unidos e alguns países da Europa, como a Espanha, também tiveram registros.
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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 17 de outubro, entre os mortos, estão 239 profissionais de saúde que fazem parte do grupo de pessoas com o maior risco de contágio.
O EBOLA NO BRASIL No Brasil, o primeiro caso suspeito de ebola foi identificado na primeira quinzena de outubro, na cidade de Cascavel-PR, quando um guineano de 47 anos foi internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, após apresentar febre. A suspeita é que ele teria contraído a doença no seu país de origem. Rapidamente, o homem foi transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro-RJ, local em que permaneceu isolado. Após realizar exames e constatar a ausência da contaminação, o guineano recebeu alta médica.
O segundo caso suspeito, também no estado do Paraná, ocasionou a interdição da UPA da cidade de Foz do Iguaçu, após atender um paciente que relatou ter passado 23 dias em Serra Leoa, um dos países mais atingidos pelo surto do ebola na África Ocidental. O homem procurou atendimento médico com febre, náuseas e icterícia, foi internado e examinado. Horas depois, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) corrigiu a informação, depois de ter constatado no passaporte do paciente que ele não passou por nenhum país africano, mas sim China, Dubai, Líbano e Itália. Após o resultado dos exames, o paciente foi diagnosticado com hepatite A e recebeu alta hospitalar no dia 21 de outubro. Diante do risco iminente de proliferação do vírus, o governo do Brasil afirma estar preparado para resgatar brasileiros que eventualmente possam contrair o ebola em qualquer país. Segundo o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde, eles serão transportados em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e encaminhados para o INI, onde serão isolados e receberão o atendimento necessário. No entanto, se surgirem casos suspeitos dentro do território nacional, o ministério irá realizar o transporte aos hospitais de referência, que estão espalhados em todos os estados e no Distrito Federal. A médica infectologista da Cassems, Mariela Assis, afirma que o Brasil adotou procedimentos de segurança extremamente rigorosos e que a capital de Mato Grosso do Sul já recebeu os equipamentos de proteção individual para o atendimento dos pacientes com ebola. Além disso, funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Corpo de Bombeiros, bem como os profissionais da área da saúde, estão recebendo treinamento por meio da Fiocruz e da Vigilância Epidemiológica Municipal.
“Acredito que estamos no caminho certo da luta. Devemos continuar sempre atentos, caso tenhamos ou não qualquer registro da doença aqui, no Brasil” Existem dois centros de referência preparados para tratar pacientes infectados pelo vírus ebola no Brasil: a Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.
MOBILIZAÇÃO MUNDIAL O surto da doença causada pelo vírus ebola já matou quase a metade dos pacientes diagnosticados, gerando uma forte mobilização mundial. Preocupadas, autoridades de diversos cantos do mundo uniram-se em busca de estratégias para conter uma possível epidemia. O governo do Canadá, por exemplo, enviou 800 frascos da sua vacina experimental contra o ebola para a OMS, em Genebra, Suíça. Por meio de um artigo publicado em 18 de outubro, pelo jornal oficial Granma, o ex-presidente cubano Fidel Castro, num ato de solidariedade, ofereceu ajuda aos Estados Unidos para combater o ebola e evitar sua propagação pela América Latina. “Temos prazer em cooperar com os americanos nessa tarefa; e não na busca da paz entre dois Estados que têm sido adversários durante tantos anos, mas pela paz no mundo, um objetivo que podemos e devemos ter em mente”, disse Fidel. Os Estados Unidos foram, depois da Espanha, o segundo país não africano onde se registrou contágio da doença em seu próprio território. Em 19 de outubro, os Estados Unidos anunciaram a criação do grupo médico de apoio ao combate do ebola. A ordem surgiu do secretário de Defesa do país, Chuck Hagel, informou um porta-voz do Pentágono. A equipe é formada por 30 membros, sendo cinco médicos, cinco treinadores e 20 enfermeiros. De acordo com a agência de saúde dos Estados Unidos, foram criadas novas diretrizes para profissionais de saúde que cuidam de pacientes com ebola. O Centro de Controle e Prevenção de Doença (CDC, na sigla em inglês) afirma que é necessário redobrar o cuidado no momento de colocar e tirar a vestimenta de proteção, já que nenhuma parte da pele dos agentes que cuidam dos infectados pode ser exposta. Supervisores serão treinados para monitorar os trabalhadores enquanto colocam e retiram as roupas de proteção. O anúncio aconteceu após uma quebra nos protocolos de segurança, que pode ter causado a contração do vírus mortal por uma enfermeira que cuidava do paciente com ebola Thomas Duncan, o qual morreu no Texas. C I N C O + | N OV E MB RO 2 0 1 4 | 25
Pesquisadores médicos que atuam com o vírus do ebola também receberam ajuda para serviços de computação em nuvem. O presidente-executivo da empresa transnacional Microsoft, Satya Nadella, disse disponibilizar a plataforma “Azure”, que permite grande volume de acesso de dados remotamente pela internet. Seguindo o belo exemplo da Mircrosoft, a Samsung anunciou, no dia 22 de outubro, a doação de três mil smartphones da linha Galaxy S3 para 60 clínicas destinadas ao tratamento do ebola nos três países mais afetados da África: Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os dispositivos móveis serão utilizados pela Coordenação dos Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), no Projeto Conectividade Humanitária, que destina suporte tecnológico a áreas de desastre. Atualmente, não existe vacina comprovada contra o ebola, mas muitas empresas estão trabalhando para desenvolver produtos eficazes a combater o vírus. A Johnson & Johnson (J&J), por exemplo, tem acelerado os trabalhos para produzir um milhão de doses da sua vacina experimental e disponibilizá-las para uso, até maio de 2015. Os exames atuais para diagnóstico de ebola, baseados na detecção genética do vírus, demoram em média mais de duas horas e devem ser praticados exclusivamente em laboratório. Para reverter esta realidade e acelerar a confirmação do contágio, diversos países estão desenvolvendo testes rápidos. Cientistas franceses desenvolveram um teste para diagnóstico rápido do vírus ebola, cujo resultado aparece em menos de 15 minutos, a partir da gota de sangue ou urina. O anúncio foi feito pela comissão francesa de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA). Cientistas japoneses anunciaram um método para detectar o vírus em 30 minutos, e cientistas americanos trabalham na análise de dez minutos.
DADOS DE CONTAMINAÇÃO E MORTE Até o fechamento desta matéria, 9.936 casos da doença foram registrados em sete países e 4.877 morreram, segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Na Guiné, foram 1.519 casos – entre confirmados, prováveis e suspeitos – e 862 mortes provocadas pelo ebola. Na Libéria, foram 4.262 casos – entre confirmados, prováveis e suspeitos –, dos quais 2.484 levaram a mortes. Na Serra Leoa, foram 3.410 casos – entre confirmados, prováveis e suspeitos – e 1.200 mortes pela doença. Na Nigéria, foram 20 casos de ebola – entre confirmados e prováveis –, que levaram a oito mortes. No Senegal, houve apenas um caso da doença e o paciente se recuperou. Na Espanha, houve um caso da doença e a paciente está livre do ebola. Nos Estados Unidos, até o fechamento desta matéria, foram três casos diagnosticados no país: um paciente morreu e duas pessoas permanecem internadas.
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ENTENDA O VÍRUS Transmitido por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, o ebola é fatal em mais da metade dos casos. Pode ser transmitido pelo contato direto entre pessoas, pelo contato com sangue, pelo uso compartilhado de seringas, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos. Por incrível que pareça, o contágio acontece até depois da morte do hospedeiro. Apesar de mortal, o ebola é um vírus muito rudimentar, que possui uma estrutura razoavelmente fácil de ser combatida. O período de incubação – tempo entre o contágio e a manifestação dos primeiros sintomas – dura de 2 a 21 dias e varia de paciente para paciente. Febre, fraqueza, dor de cabeça muito forte, dores abdominais, dor de garganta e nas articulações são os primeiros sinais da doença, que aparecem bruscamente depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo ebola. Com o agravamento, aparecem náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática. Não existe um tratamento específico para combater o vírus, que infecta adultos e crianças. Nenhuma vacina contra o ebola foi descoberta, por isso pacientes graves recebem medidas de suporte intensivo, que incluem o isolamento, a reidratação oral e intravenosa, a reposição de fluidos e eletrólitos, o controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação no sangue. Segundo a OMS, as pessoas com maior risco de contágio são profissionais de saúde e familiares de pacientes contaminados. Como forma de prevenção, não só os agentes de saúde, mas todas as pessoas que precisam se aproximar de pacientes com caso confirmado de ebola, ou suspeita da doença, são obrigadas a usar um equipamento de proteção que cobre o corpo da cabeça aos pés e que deve ser retirado com todo o cuidado, para evitar contaminação.
NUTRIÇÃO ESPORTIVA
ALONGAMENTO
CROSSTOFFER
PREÇO ESPECIAL E BRINDES PARA MATRÍCULAS EFETUADAS ATÉ 31-10-2014
ZUMBA
* VALOR VÁLIDO APENAS PARA PACOTES ANUAIS - O VALOR AVULSO PARA O TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO É DE R$ 180,00 POR MÊS - SUJEITO À ALTERAÇÃO
{ TOTAL SAÚDE }
Uma pedra T no caminho Cálculos na vesícula biliar atingem até 20% da população e são mais comuns em mulheres por KÁTIA KURATONE
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udo começa com um desconforto tipo cólica ou aperto do lado direito do abdômen, logo abaixo das costelas. Geralmente, a dor está relacionada com a ingestão de alimentos gordurosos. De acordo com o Prof. Dr. Fábio Paes Barbosa, médico-cirurgião do aparelho digestivo, os sintomas de quem tem cálculos ou pedras na vesícula também podem vir acompanhados de náuseas e vômitos. “Em caso de inflamação aguda da vesícula, a dor é mais intensa, podendo apresentar febre”, alerta o médico. A doença, que também pode ser silenciosa e não apresentar sintomas por anos, é mais comum do que se imagina: ela atinge até 20% da população e, por conta de fatores hormonais, é bem mais comum em mulheres do que em homens, principalmente após a gestação. “Existem vários fatores envolvidos na formação das pedras na vesícula, como os genéticos, hormonais e alimentares. Uma alimentação rica em gorduras pode ser um fator que aumentará a formação de pedras na vesícula, principalmente em pessoas que possuem uma predisposição familiar. Muitas pessoas que possuem pedra na vesícula podem não apresentar sintomas por muitos anos. Acabam por descobrir o problema em um exame abdominal de rotina ou até mesmo quando acontece alguma complicação”, ressalta Dr. Fábio. Foi o caso do administrador Marcelo Coelho, 29 anos. “Descobri a pedra na vesícula em uma bateria de exames de rotina. Como a pedra não me incomodava, não sentia dores, optei por não marcar a cirurgia de imediato, mas o médico me alertou que eu deveria fazer. O tempo passou e eu tive uma crise dois anos depois, acabei no hospital, de madrugada. Fiz a cirurgia, e a recuperação foi muito tranquila”, relata.
Qual a função da vesícula? Localizada embaixo do fígado, a vesícula biliar é um órgão pequeno, no formato de uma pera. Ela é a responsável por armazenar a bile, um líquido esverdeado produzido pelo fígado, que aumenta a quebra da gordura, para o organismo absorver com mais facilidade as vitaminas vindas dos alimentos, facilitando o trânsito intestinal. Mas, quando há uma pedra no caminho, o trabalho da vesícula é prejudicado. Segundo o Dr. Fábio, não existe um tratamento clínico para a doença. “Na maioria dos casos, indica-se a cirurgia para retirada da vesícula, a chamada colecistectomia; hoje em dia, essa cirurgia é feita por videolaparoscopia, sem necessidade de grandes cortes no abdômen. A indicação da cirurgia ocorre quando o paciente apresenta algum sintoma ou alguma complicação, como a pancreatite e a colecistite aguda. Casos assintomáticos devem ser operados quando os cálculos são muito pequenos, porque há maior risco de migração dos cálculos pelo canal da bile, causando icterícia - pele amarelada e
urina escura -, ou quando os cálculos são muito grandes, com maior risco de câncer de vesícula. Pacientes que possuem queda da imunidade, como diabéticos, usuários crônicos de medicamentos imunossupressores e transplantados, também devem ser operados eletivamente, pois, quando há complicação, apresentam quadros muito graves, com risco de vida”, explica. O médico ressalta que uma alimentação equilibrada auxilia na prevenção da doença. “Entre os fatores de risco para o desenvolvimento das pedras na vesícula, o único que podemos controlar é a alimentação. Desse modo, uma dieta equilibrada, rica em fibras e pobre em gorduras pode diminuir a chance do desenvolvimento da doença”. É importante ressaltar que a retirada da vesícula não prejudica o organismo, já que ela serve apenas para armazenar a bile, que continua sendo produzida normalmente pelo fígado, para auxiliar na digestão dos alimentos gordurosos.
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{ TOTAL SAÚDE / ODONTOLOGIA }
Lente de contato dental, a técnica do sorriso perfeito! foto ALEXIS PRAPPAS
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entes perfeitamente alinhados e brancos. Um belo sorriso conquista, abre portas e mantém a autoestima em níveis elevados. No século 17 William Shakespeare já ficava “de olho” em bocas alheias. “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada”, sentenciou o poeta e dramaturgo inglês. Quatrocentos anos depois, especialistas em reabilitação oral e estética do mundo inteiro têm o desafio diário de transformar vidas. Pacientes chegam aos consultórios infe-
lizes com o sorriso. A boa notícia é que uma técnica simples e revolucionária, que utiliza lentes de contatos dentais de porcelana, tem feito “milagres”. Em Campo Grande, o especialista em Prótese Dentária Estevom Molica Neto, trabalha com essa técnica há seis anos. “Ao usar as lentes de contato dentais, você não valoriza só o sorriso, e sim toda a harmonia do rosto”, comenta o especialista.
TÉCNICA
INDICAÇÕES
TESTE
A lente de contato dental é uma fina camada de porcelana, extremamente dura e resistente. O material, com 2 a 3 milímetros de espessura, é aplicado na parte frontal do dente. “Nós cobrimos apenas a linha do sorriso, ou seja, os dentes que aparecem quando a pessoa sorri”, explica Estevom. A técnica é simples e rápida. Com apenas duas sessões, o paciente sai do consultório com um sorriso de “capa de revista”. E, ao contrário do clareamento, que precisa ser refeito a cada dois anos, as lentes de contato dentais não escurecem com o tempo.
São inúmeras as indicações para o uso das lentes de contato dentais. O objetivo é melhorar a estética da boca. A técnica é capaz de desentortar dentes, clarear o sorriso escurecido pelo tempo ou pelo uso do cigarro, cobrir espaços entre dentes (diastema) e até de dar um jeito no desgaste provocado pelo ato de ranger os dentes durante o sono (bruxismo), ou pelo excesso de restaurações (resinas antigas). Pessoas que têm o lábio superior baixo, ou seja, que não mostram os dentes quando abrem um sorriso, também podem ser beneficiadas pela técnica.
Antes de “bater o martelo” quanto ao tipo de sorriso que pretende mostrar, o paciente pode fazer uma espécie de “teste-drive”. É o chamado mock-up (maquete, em inglês). O especialista em reabilitação oral e estética molda a boca, envia para um protético e aumenta os dentes no modelo. Dessa forma, é possível simular na boca do paciente, com lentes provisórias de resina, como ficaria o sorriso. O teste pode durar de um a dois dias. E, muitas vezes, é o que dá segurança ao paciente para fazer o tratamento! Que tal sair por aí observando qual a reação das pessoas ao seu novo sorriso?
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STUDIO ORAL
Dr. Estevom Molica Neto - CRO/MS 2010 Rua das Garças, 943 - Centro Campo Grande/MS - (67) 3382 7373
“Não é apenas o sorriso que muda. A vida muda. Isso porque você melhora sua relação com as pessoas. Olho pra trás e já não me vejo o mesmo. Eu me vejo melhor”. Nelson Avila (paciente)
Saiba se o seu sorriso pode ficar mais bonito com as lentes de contato dentais: • Dentes tortos ou desalinhados • Sorriso escurecido pelo tempo ou pelo uso do cigarro • Espaço entre os dentes (diastema) • Dentes desgastados por rangê-los durante o sono (bruxismo) • Excesso de restaurações (resinas antigas) • Lábio superior baixo (dentes não aparecem no sorriso)
MANUTENÇÃO
SORRISO GENGIVAL
RESULTADOS
A pessoa deve continuar usando a escova de dente e o fio dental normalmente, além de ir ao dentista a cada seis meses, para fazer a avaliação periódica. Nenhum tipo de comida é proibido ao paciente que usa lentes de contato dentais. As únicas restrições são para hábitos incomuns. Roer unha, ponta de caneta e quebrar gelo são atitudes capazes de quebrar os dentes naturais de qualquer um! Outra informação importante é que as lentes de contato de porcelana não escondem problemas dentários, como o surgimento de cáries, por exemplo. “A lente é colocada apenas na parte frontal, portanto, se surgir algum foco de bactéria em outro ponto do dente, o tratamento poderá ser feito normalmente”, explica o especialista.
Cerca de 10% dos pacientes que aparecem no consultório de reabilitação oral e estética têm o chamado sorriso gengival. São pessoas que, quando sorriem, mostram mais gengiva do que dentes. Nesse caso, as lentes de contato dentais também resolvem o problema. Mas, antes, é preciso fazer um procedimento cirúrgico, considerado simples. Trata-se de um corte na gengiva, para que a raiz dos dentes apareça mais. “A Dra. Adriana Abrão, especialista em periodontia e implante, é quem faz esse procedimento no consultório. Depois de 15 dias, no máximo, é feita a aplicação das lentes de contato dentais”, explica Estevom.
A maioria dos pacientes lota os consultórios em busca do sorriso perfeito, e a tecnologia tem ajudado a transformar sonhos em realidade. “Posso dizer que 100% das pessoas que vêm aqui estão com a autoestima baixa e, ao final, elas saem completamente satisfeitas com a nova vida”, garante Estevom. E a durabilidade das lentes de contato de porcelana já foi demonstrada por pesquisas. “Um estudo foi feito com um grupo de dois mil pacientes que aderiram à técnica. Depois de 15 anos, 93% dos entrevistados estavam com os dentes perfeitos”, explica Estevom.
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{ TOTAL SAÚDE }
por CLAUDIA MALFATTI
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e você é doador de sangue, saiba que já salvou uma vida. Caso ainda não seja, vale a pena refletir sobre o assunto. O ato voluntário é uma prova de amor ao próximo e a si mesmo. É mito dizer que o sangue engrossa, que doar vicia ou faltará sangue para quem doa. O organismo repõe a quantidade coletada e não existe nada no processo que prejudique o voluntário. No dia 25 de novembro, foi comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data serve para homenagear as pessoas que, solidariamente, contribuem para o bem-estar dos acamados. O administrador José Aparecido Onça é doador
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há 20 anos. A filha, quando pequena, sofreu acidente de moto, mas não precisou de transfusão. Só que, no hospital, ele percebeu a demanda de outros pacientes. “Aquilo me tocou. Sou saudável, não tenho problema, por que não doar?”, questionou-se. Para Onça, que tem tipo sanguíneo raro, AB negativo, doar é sempre um prazer. “Um dever cumprido, você não salva só a vida do paciente, mas sim da família inteira que ficaria destruída, abalada se o perdesse”, reflete. A iniciativa já serve de exemplo. O filho, Leandro José, também se tornou voluntário, aos 17 anos.
De acordo com a coordenadora-geral da Hemorrede de Mato Grosso do Sul, Eliana Dalla Nora, a doação deveria ser cultural. “O ideal seria a população ter a sensibilidade de comparecer aos hemocentros pelo menos duas vezes ao ano, de uma forma fidelizada. Se conseguíssemos pelo menos 5%, independentemente de ter alguém doente ou não, teríamos sempre sangue”, analisa. A coleta, propriamente dita dura, de 10 a 15 minutos e é realizada por profissional habilitado. Antes, a pessoa passa por uma entrevista de triagem. São retirados de 450 ml a 480 ml. Todo material utilizado é descartável. Cada bolsa de sangue pode ser compartilhada com três pacientes.
GORDURA NO SANGUE Ao contrário do que a maioria pensa, é preciso estar bem alimentado para a doação. Opte por consumir produtos saudáveis. O Hemorrede já chegou a descartar até 15% de bolsas de sangue, ao mês, na Capital, em razão do excesso de gordura. “Número muito expressivo. Chegamos a descartar 600 bolsas em um único mês. Isso se deve aos hábitos alimentares da população”, conta. O índice reduziu a partir do momento em que os funcionários do órgão começaram a ligar para esses doadores e explicar a situação. “Pedimos para melhorar os hábitos alimentares pelo menos dois dias antes da doação, ingerir mais salada e líquido”, conta. Além de evitar alimentos gordurosos, para estar apto à doação, não pode ter fumado e ingerido bebida alcoólica. Os doadores também precisam ter entre 16 e 69 anos e estar acima de 55 quilos. Os menores de idade devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais, ou levar declaração assinada. Algumas doenças impedem a doação. (veja abaixo).
DOENÇAS QUE IMPEDEM A DOAÇÃO DE SANGUE:
EMPRESAS SOLIDÁRIAS Quando solicitado, o ônibus do Hemosul é levado a instituições públicas e particulares. Dessa forma, facilita o acesso dos trabalhadores e estudantes, que deixam suas atividades por alguns minutos, para doar. “Basta entrar em contato pelo telefone 3312-1500 e pedir para falar com o serviço social de captação de doadores e fazer o agendamento”, orienta a coordenadora da Hemorrede de MS, Eliana Dalla Nora.
Hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como doença de chagas, hepatite, Aids e sífilis. Se você estiver com gripe ou alergia, deve esperar sete dias após sarar, para doar sangue.
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{ CULTURA }
‘Zion! O Planeta dos Carecas’
vira peça de teatro infantil e encanta crianças na Capital Apresentação teve objetivo de ajudar a AACC e contemplar a plateia com uma linda mensagem de amor por ANDRÉIA NUNES • fotos ANDRÉIA NUNES E HENRIQUE ATTILIO
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o último dia de outubro, foi encenada em Campo Grande, pelo Grupo Casa, a divertidíssima “Zion! - O Planeta dos Carecas”, peça musical que é uma adaptação da obra literária “Planeta dos Carecas”, de Ariadne Cantú, a qual é publicada pela Editora Alvorada. Mais de duas mil crianças das escolas públicas da cidade assistiram ao espetáculo, além das crianças da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC/MS) e de outros espectadores. “Esse é um projeto que consegue unir as duas artes: teatro e literatura. Uma combinação bastante rica. O livro abre uma porta importante para que as crianças reflitam sobre temas delicados e atuais, como as ‘diferenças’”, reflete a autora Ariadne. Os adultos e os pequenos partiram para uma experiência interplanetária cheia de músicas e luzes, principal proposta da adaptação. Eles foram transportados para Zion, um planeta diferente, de natureza abundante, no qual seu povo nunca viu um fio de cabelo que fosse. Chegando lá, o público conheceu Ricardo, um garotinho cuja doença faz nascer cabelos. Situação inusitada, por tratar de um
ser que vive no “planeta dos carecas”. Envergonhado, ele decide não ir mais à escola e tenta, até mesmo, esconder o problema de sua mãe. Mas é com a ajuda de Bianca, sua melhor amiga, que ele supera as dificuldades. A narrativa nada mais é do que uma analogia afetuosa para falar, com bom humor, da quimioterapia e de suas consequências. O tema surge, em um âmbito mais amplo, para nos lembrarmos de que ser diferente é legal e que respeitar o próximo é um grande ato. Com um show de cantoria, dança e iluminação, as crianças riram e participaram ativamente das piadas feitas pelo grupo. “Creio que a obra, adaptada pelo Grupo Casa e pelo ator e dramaturgo Fernando Lopes, teve um resultado muito bonito. Fiz algumas observações que foram carinhosamente incorporadas no texto e preservaram o trabalho dos artistas”, observou a escritora. Outro momento que marcou a apresentação foi a presença do governador André Puccinelli, que foi cumprimentar Ariadne Cantú, Therezinha Selem, vice-presidente da AACC/MS, as crianças da AACC/MS e os demais estudantes, que ficaram empolgados com a aparição. Foram 50 minutos de boas risadas e uma linda mensagem de amor. “Um livro que nasce de um sentimento assim envolve muitos sonhos. Um deles era vê-lo transformado em teatro”, revela a escritora. Segundo o Grupo Casa, este foi “um megaespetáculo musical, com atores, cenografia, figurino, sonoplastia e efeitos especiais de primeiro mundo”. Ao final, todas as crianças receberam a publicação “O Planeta dos Carecas”, cujos direitos autorais são revertidos para a instituição AACC/MS, e saíram felizes: “Eu adorei muito a peça. E ainda ganhar o livro, eu fico emocionada”, revelou uma jovem estudante, de sete anos. A realização da peça foi uma iniciativa conjunta da Editora Alvorada, Grupo Casa, Luigi Vídeos, Instituto Ícone e AACC/MS. Serviço: Para conhecer mais sobre a obra “O Planeta dos Carecas”, acesse www.editoraalvorada.com.br ou ligue para (67) 3316-5500.
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{ CULTURA }
Retratos falados do primeiro amor por CAIO LUIZ
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ivane Neuenschwander é um dos destaques da programação do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), que fica no Parque Ibirapuera, durante novembro e dezembro. Trabalhos dos últimos 15 anos da artista plástica estão disponíveis para visitação, com o nome de “Mal-Entendidos”, e estão organizados, dentro do local, em formato de labirinto. Ao todo, há 20 obras multimídia no local da artista, que atualmente reside em Londres, Inglaterra. Algumas das instalações e performances estão em construção ao longo da exposição. Dependem da intervenção e colaboração do público para funcionarem e tornarem-se completas. “Primeiro Amor” é uma delas. Lida com memória, delicadeza, certa dose de erotismo e foi criada em 2005.
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O conceito é o seguinte: artistas forenses e desenhistas foram chamados para replicar a fisionomia da pessoa que ficou marcada como a paixão primordial dos indivíduos que resolvem doar tal lembrança à mostra. Um dos artistas é o investigador Yoshiharu Kawasaki, da Polícia Militar. Normalmente, ele faria desenhos de suspeitos, acusados e criminosos procurados. Mas, enquanto estiver no MAM, irá trabalhar com um lado bem mais leve da vida. Yoshiharu é autodidata. Conforme dados fornecidos por ele, acredita já ter feito mais de seis mil desenhos. Do montante, aproximadamente 35% dos retratados foram presos. “Posso dizer que o nível de semelhança chega a 80% de precisão”, calculou o policial, que possui influência de quadrinhos de super-heróis no traço. Kattia Margatto compareceu ao “Primeiro Amor”, mas conheceu o investigador em situação adversa, bem antes da mostra. Yoshi desenhou o retrato do homem que matou o marido dela há oito anos, em um restaurante. Na época, o filho de dez anos foi quem viu o assassinato e deu a descrição do criminoso à polícia. “Quando vi o desenho, o preso era idêntico ao trabalho de Yoshi”, afirmou Kattia.
Para o artista forense, é gratificante e um alívio diversificar o tom do trabalho que realiza no dia a dia. Yoshi irá recriar a feição de alguém que até pode ter magoado alguma vítima do amor, mas que, com certeza, deixou boas lembranças. “Enquanto a exibição durar, farei o oposto do meu trabalho tradicional". SAIBA MAIS SOBRE A MOSTRA PELO SITE: WWW.MAM.ORG.BR.
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{ CULTURA }
Um pedaço da história No coração de Campo Grande, Hotel Gaspar completa 60 anos e conta muito sobre a cidade por PATRÍCIA BELARMINO • fotos HENRIQUE ATTILIO
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ede “improvisada” do governo mato-grossense, prédio da rodoviária da cidade, pedaço da história. Isso e um pouco mais é o que reúne o Hotel Gaspar, que, em 2014, completa 60 anos de história, em Campo Grande. E não é qualquer história. É uma história preservada. A maior prova de que o Hotel Gaspar tem sua memória preservada é percebida ao entrar no prédio, construído no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Calógeras, no Centro de Campo Grande. Lá, parece que você volta automaticamente no tempo. A fachada é a mesma de quando o hotel foi inaugurado, há mais de meio século. Cadeiras, mesas, elevador, balcão. Tudo está lá, desde o início. E, por isso, a história do hotel se confunde com a de Campo Grande. O Hotel Gaspar foi fundado pelo português Antonio Gaspar. Ele veio para o Brasil por volta de 1930. Depois de desembarcar no Porto de Santos, foi para Araçatuba, onde passou a vender dormentes, usados nos trilhos das ferrovias. De viagem em viagem, ele chegou até Campo Grande. “Ele se encantou pela água de Campo Grande. Dizia que aqui tinha a melhor água do mundo”, diz a neta de Gaspar, Christian Gaspar Melim, 45 anos, administradora do hotel da família, atualmente. Depois de se encantar pela água, Antonio resolveu ficar em
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Campo Grande. Foi aqui que ele conheceu a também portuguesa Maria Gaspar, que se tornaria sua mulher. O primeiro empreendimento do português em terras campo-grandenses foi o Bar Lusitano, aberto na Rua 14 de Julho, já considerado um dos principais da cidade naquela época. O Bar Lusitano era diferente dos outros, exatamente por não ser só um bar. Lá, Antonio servia refeições, durante o dia e à noite, e foi o responsável por trazer o primeiro chopp para a cidade. Foi assim que o bar se tornou um ponto de encontro. Diante da necessidade crescente,
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Antonio apostou na construção do hotel. O projeto foi feito pelo engenheiro português Joaquim Teodoro de Faria, o mesmo que projetou o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Campo Grande. Ao lado do antigo Hotel Americano, o Hotel Gaspar foi um dos pioneiros no conceito deste tipo de serviço, existente até hoje. Mas o Hotel Gaspar chamava atenção pelo tamanho. Eram quatro andares. E mais do que isso: o prédio tinha elevador. O equipamento, inclusive, está até hoje no local. Foi modernizado, mas ainda mantém a porta pantográfica e as paredes azuis.
A cozinha do hotel ficava 24 horas aberta. “Na hora em que o hóspede chegava e queria comer, cozinhavam para ele”, conta a herdeira do hotel. A história do Hotel Gaspar se cruza com a de Campo Grande, já que o empreendimento foi inaugurado no dia do aniversário da cidade: 26 de agosto de 1954. A inauguração só não foi comemorada porque o país estava em luto. Dias antes, o presidente da República, Getúlio Vargas, havia se suicidado. Desde então, o hotel não fechou mais as portas e, até hoje, presta o mesmo tipo de serviço. Construído
em frente aos trilhos da Noroeste do Brasil, o hotel atraía, já de cara, quem desembarcava na estação, a menos de 500 metros. “As pessoas jogavam as malas pelo muro e, depois, pulavam só para conseguir chegar mais rápido ao hotel e se hospedarem”, afirma Christian. E não foi só a ferrovia que marcou o Hotel Gaspar. Lá, também, funcionou a rodoviária de Campo Grande. Os bilhetes eram vendidos no balcão do hotel, e o embarque acontecia na lateral, na Avenida Calógeras. Por ser tratar do principal hotel da cidade, na época, artistas que vinham a Campo Grande, inevitavelmente, hospedavam-se no Gaspar. Cauby Peixoto e Ângela Maria são alguns exemplos. Mas o hotel, ainda antes da divisão de Mato Grosso, serviu, também, de sede provisória do governo. Sempre que o então governador Pedro Pedrossian vinha a Campo Grande, era do Hotel Gaspar que despachava. Ainda existe a lenda de que Che Guevara teria se hospedado no hotel, em uma suposta passagem pela cidade. Com a morte do fundador, em 1988, a viúva decidiu arrendar o estabelecimento, a partir do ano seguinte. Em 1999, a família voltou a administrar o hotel e, até hoje, colhe os frutos plantados por Antonio Gaspar. “A gente se doa para o hóspede e é retribuído pela fidelidade. Tem gente que, quando vem a Campo Grande, só se hospeda aqui”, conta Christian Gaspar. E completa: “A gente tenta se modernizar dentro do possível, mas sempre mantendo a essência do hotel. O valor dele é histórico para a cidade”.
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{ CINEMA }
por AIRTON RAES
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cinema é tão amado no Brasil que é comemorado em duas datas. Em 19 de junho e 5 de novembro. Segundo a Agência Nacional de Cinema (Ancine), o dia oficial é em 19 de junho, quando, em 1898, foram gravadas as primeiras imagens no país. Mesmo assim, muitos também comemoram em 5 de novembro. Em Mato Grosso do Sul, não existe uma data alusiva ao audiovisual do Estado. Em 1931, foi filmado o primeiro filme em Mato Grosso do Sul. “Alma do Brasil”, de Libero Luxardo, é uma reconstituição histórica da Retirada da Laguna, durante a Guerra do Paraguai. Nesses 85 anos que se passaram, foram feitas dezenas de produções que retrataram as várias faces de MS; tanto por cineastas de outras regiões que vieram gravar no Estado, como por diretores daqui. Um exemplo é “Selva Trágica” (1963). Dirigido por Roberto Farias e estrelado por Reginaldo Farias, o filme retrata o drama de trabalhadores de uma plantação de erva-mate na região de fronteira. Já “Terra Vermelha” (2008), coprodução do Brasil e da Itália, retrata o drama do suicídio indígena na região de Dourados e o conflito entre fazendeiros e os guaranis-caiuás. Se esses filmes retratam a visão de pessoas de fora sobre a realidade local, o filme “Sasha Simiel – O Ca-
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çador de Onças”, do diretor sul-mato-grossense Candido Alberto da Fonseca, conta a história do caçador lituano Sasha Simiel, conhecido por caçar onças utilizando somente uma zagaya, uma espécie de tridente. O curta “Caramujo-Flor”, do douradense Joel Pizinni, é inspirado na poesia de Manoel de Barros e é estrelado por ícones da nossa terra, como Ney Matogrosso, Almir Sater, Tetê Espindola, Aracy Balabanian e Rubens Corrêa. Entre as várias obras de Pizzini, também se destaca “500 Almas”, que traz um delicado processo de reconstrução da memória e da identidade dos índios guatós, atualmente dispersos pela região pantaneira. Como foi dito na coluna sobre o cinema feito em Campo Grande, Mato Grosso do Sul se encontra em um período extremamente fértil e diverso, tanto quanto à produção audiovisual, quanto à realização de festivais e mostras. Em 2013, foram cinco eventos relacionados e que tiveram continuidade em 2014. O Festival Universitário de Audiovisual chega a sua 8ª. Em Ivinhema, ocorreu o 11º Festival de Cinema do Vale do Ivinhema. Em Dourados, a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) realizou pela segunda vez a mostra de audiovisual da cidade. O Festcine América do Sul também faz sua segunda edição.
Os filmes que estão em produção e que devem estrear em 2015 ou que já foram lançados em 2014 são: “Argento”, de Mariana Sena; “A TV Está Ligada”, de Essi Rafael; “A Rosa”, de Orivaldo Mendes Junior; “Sem Fim”, de Fábio Flecha; “A Dama do Rasqueado”, de Marinete Pinheiro; “O Mito Paralelo”, de Rose Borges; “Simão Morto”, de Luana Benetti; “Lucia Tem Rabo”, de Camila Vilela Nham; “Flor de Guavira”, de Rogerio Alexandre Zannetti; “A Disputa Final”, de Alan Caferro; “Confissão”, de Reynaldo Paes de Barros; “A Outra Margem”, de Nathália Tereza; “Vermelho sobre a Grama Verde”, de Giovani Barros; “Maria Madalena”, de Franciela de Andrade; “Planuras”, de Mauricio Copetti; “Nós Outros”, de Rodolfo Ikeda; “T'Amo na Rodoviária”, de Givago Oliveira; “Arapuca”, de Marcelo Moreira dos Santos; e, “Portas”, de José Roberto Bastos.
NANQUIM 2006 Direção: Maurício Copetti
Uma imersão onírica no mundo das formas.
PARALELOS 2007 Direção: Alexandre Basso
Com o fim do Trem do Pantanal, o futuro e o passado de Pedro se encontram em uma encruzilhada, e ele terá que decidir qual caminho seguir.
SELVA TRÁGICA 1963 Direção: Roberto Farias
Baseado no romance de Hernani Donato, também diretor, o filme mostra o cotidiano de trabalhadores de uma indústria que são tratados como escravos. Aqueles que tentam escapar recebem drásticas punições.
CARMO
OS MATADORES
2009 Direção: Murilo Pasta
Marco (Fele Martinez) é um cadeirante contrabandista que está viajando pela América do Sul a fim de vender mercadorias. Ele conhece Maria do Carmo (Mariana Loureiro), uma bela mulher de temperamento forte, que não suporta mais a vida que leva. Eles decidem partir juntos em uma viagem pelo coração da América do Sul – Brasil, Bolívia e Paraguai. Quando tudo ia bem, eles são rendidos por dois bandidos que os assaltam, mudando o curso de sua aventura.
1997 Direção: Beto Brant
Em um bar na divisa entre o Brasil e o Paraguai, os matadores Toninho (Murilo Benício) e Alfredão (Wolney de Assis) aguardam a chegada de um pistoleiro. Eles foram contratados para matá-lo. Enquanto o alvo não chega, eles conversam sobre a morte de Múcio (Chico Diaz), o pistoleiro mais competente da região.
AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo. airtonraes@gmail.com
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{ COMPORTAMENTO }
Nunca é tarde para mudar de profissão em busca de satisfação pessoal O medo dos riscos leva muitas pessoas a permanecer em trabalhos que não gostam. Conheça histórias de quem mudou e está feliz por MARINA BASTOS
h estou velho demais pra isso”, “Queria ter feito outra faculdade, mas agora não dá mais tempo”, “Gosto da minha profissão, mas o que me faz feliz é meu hobbie”. Quantas vezes você já escutou essas frases? São muitas as justificativas (ou pretextos) que levam as pessoas a se conformar com aquele senso comum e repressor que determina a idade certa de estudar e exercer uma profissão. O certo seria entrar na faculdade aos 18 anos, se formar aos 22, trabalhar para pagar as contas e se aposentar aos 65. Peraí, quem falou?
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Há quem vá na contramão desse cronograma em nome de algo bem maior: satisfação pessoal. “Ora, a vida é muito curta para ser feliz apenas aos finais de semana”, foi esse o pensamento que motivou Marina Barbosa a questionar a carreira de assistente social e cursar Direito. Segundo ela, foi mais do que vontade, mas necessidade. “Me formei assistente social e fiz duas pós-graduações, mas a vontade começou a me sufocar”. No dia a dia ela se deparava com situações que tinham respaldo da lei, mas que não eram efetivadas. Marina tinha de fazer alguma coisa. Com 40 anos, dois casamentos vividos, uma casa e três gatos pra cuidar, ela voltou pra sala de aula e está no segundo ano da faculdade. “Conhecer os direitos do cidadão, mas não ter as ferramentas necessárias para exigi-los me fazia sofrer”, diz ela, que não se arrepende de sua escolha. “Meus colegas são bem mais novos, além disso eu chego cansada do trabalho e preciso estudar para provas, mas estou apaixonada.”
VOCÊ AINDA PODE SONHAR! Concretizar sonhos e alcançar objetivos, essas são as maneiras de Valma Valzachi, 63 anos, encarar a vida. Valma fez enfermagem, mas nunca gostou de hospital, onde trabalhou por anos. Foi depois de um curso feito na França que teve a ideia de trazer para o Brasil um tipo de ginástica para gestantes. O sucesso profissional ainda empacava em tabus dos familiares, que não botavam muita fé em “novidades”. Foram 30 anos atuando como doula e vendo bebês chegarem ao mundo. Mas aos 56 anos aquele comichão que pede novos amores acometeu Valma e ela entrou na faculdade de Fisioterapia, se formando aos 60. Para ela, o momento mais especial foi a formatura, pois a insegurança havia sido substituída pela amizade dos colegas. Hoje trabalha com reabilitação física e sua realização é ver uma pessoa voltar a andar. A palavra parar não faz parte do vocabulário de Valma, que agora quer fazer seu trabalho dentro da água.“Quero mudar de novo. Já plantei uma árvore, escrevi um livro e tenho duas filhas. Até onde eu for capaz, continuarei”, prometeu.
O DOCE DESTINO DE ADRIANA Adriana Geraldo de Moraes é uma arquiteta que não desenha prédios nem faz projetos urbanísticos. Depois de dez anos trabalhando em escritórios, ficou desempregada e, bem longe das pranchetas, encontrou sua verdadeira habilidade: confeitar bolos. “Costumo dizer que por muito tempo fui apenas arquiteta. Mas só consegui me encontrar quando misturei duas artes que tanto amo, o artesanato e a culinária.”
“Vale a pena ir atrás daquilo que queremos. Não é fácil, mas vale a pena. Hoje considero trabalho ir ao banco, fazer coisas burocráticas, o resto do tempo pratico um hobbie e vivo disso” ADRIANA GERALDO DE MORAES
Adriana começou vendendo pão de mel para amigos e atualmente sua empresa, a Drica Cake, produz cerca de 20 bolos por mês. Da Arquitetura ficou o senso estético e a simetria nos detalhes de seus edifícios açucarados. E das mudanças que encarou ficou a lição: “Vale a pena ir atrás daquilo que queremos. Não é fácil, mas vale a pena. Hoje considero trabalho ir ao banco, fazer coisas burocráticas, o resto do tempo pratico um hobbie e vivo disso”, ensinou Adriana, que apostou em sua escolha. E ganhou. De acordo com Marcos Garcia, diretor de Planejamento da SerHumano Consultoria, o mais comum é escolhermos uma profissão com bases pouco objetivas e em uma idade em que ainda carecemos de maturidade. “Muitas pessoas não levam em conta se o curso escolhido realmente vai trazer benefícios à sua vida a longo prazo.” Então, o que fazer quando nos damos conta de que necessitamos rever nossa carreira? Garcia afirma que nunca é tarde. “O trabalho de planejamento ou replanejamento pode ser feito a qualquer momento, sempre que houver necessidade.” Para isso, é recomendável a orientação de um consultor profissional, muita pesquisa, e, claro, confiança em si mesmo.
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{ LITERATURA }
‘Frankfurt Buchmesse’ apresenta novas tendências do mundo editorial
Editora Alvorada conferiu as novidades do mercado em evento marcado pela diversidade cultural por ANDRÉIA NUNES • fotos GILNEI MACIEL
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“Frankfurt Buchmesse”, em alemão; “Frankfurt Book Fair”, em inglês; ou, simplesmente, a “Feira do Livro de Frankfurt” é a maior e mais aclamada feira de tendências e lançamentos do setor editorial. Mais de sete mil expositores, entre eles a Editora Alvorada, e 250 mil visitantes de 114 países passaram pela mostra, que aconteceu de 8 a 12 de outubro. O curioso dessa história é que a feira tem mais de 500 anos. Ou seja, além de tradicional, cada edição deste evento é considerada histórica. Tudo começou após o surgimento da impressão com tipos, por Johannes Gutenberg, na cidade de Mainz, próximo a Frankfurt. A primeira feira do livro foi realizada por livreiros locais e, até o fim do século 7, foi a mais importante feira do livro na Europa. Depois, ocorreram algumas mudanças históricas, mas o prestígio continuou por séculos e a feira é, até hoje, um dos eventos mais importantes da cidade, sendo estimada por todos. “Amor pelos livros e o reconhecimento de sua
UMA GRANDE VITRINE
importância na formação cultural de um povo, na transmissão de valores e conhecimentos ajuntados ao longo de séculos. É certo que há uma grande dedicação ao livro em Frankfurt”, relata Gilnei Maciel, coordenador pedagógico da Editora Alvorada. Tida como uma cidade global alfa, ou seja, um local importante no sistema econômico mundial, a cidade e seus 700 mil habitantes estão completamente inseridos no que se define como globalização. Por isso, é possível falar inglês em praticamente todo o lugar, o que facilita a comunicação durante a feira. Maciel define como “uma miscelânea de línguas e culturas” as conversas e interações entre expositores, editores, escritores, ilustradores e visitantes. Junto a esse mixcultural, um denominador comum: o livro e suas possibilidades. “Vê-se a tecnologia agregada a materiais de realidade virtual, livros que se apresentam no formato digital ou mesmo que integram virtualidade com o físico”, descreve o coordenador.
Mansur Bassit, diretor-executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL), estava na exposição e conta que “a feira é uma grande vitrine pra mostrar o conteúdo brasileiro”. “O Brasil sempre foi visto conta o comprador de direitos autorais, e a gente está se posicionando para inverter isso. A CBL, o ministério da cultura por meio da Biblioteca Nacional, quer mostrar essa diversidade e internacionalizar a literatura. Há programas que auxiliam as editoras nessa questão, como o ‘Bolsa Tradução’, que viabiliza subsídios para quem quer traduzir conteúdo para outro idioma”, explica Bassit. Outro ponto que ele destaca é o projeto “Brazilian Publishers”, da CBL, juntamente a outras 62 editoras brasileiras e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O grande objetivo deles é aumentar o interesse e a demanda da exportação de nossas obras. “A CBL leva editoras brasileiras para expor nossa literatura e exportá-la para o mundo, possibilitando que vejam a qualidade do material produzido no Brasil. Da mesma forma, encontramos editoras, como a Editora Alvorada, buscando livros e tendências que possam ser colocados no mercado nacional”, afirma Maciel.
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{ LITERATURA }
Editora Alvorada promove, no Dia Nacional do Livro, brincadeiras que incentivam a leitura Crianças comemoraram a data com dança, histórias e ainda fizeram novas amizades por ANDRÉIA NUNES • fotos HENRIQUE ATTILIO
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ara comemorar o Dia Nacional do Livro, a Editora Alvorada convidou as crianças da cidade para participar de uma ação cultural na Feira Central de Campo Grande. A ideia era celebrar a data promovendo a leitura entre os pequenos, por meio de brincadeiras, conversas, música e pintura. A diversão aconteceu no dia 29 de outubro, na entrada que dá acesso à Feira Central pela Rua 14 de Julho. Fonte do conhecimento para uns, sinônimo do entretenimento para outros, ter um livro em mãos é costume para muitas pessoas. É como tomar banho ou ir ao supermercado. Um hábito considerado importante para a formação intelectual e outras desenvolturas. Por isso, celebrar a existência dos livros é importante, e cultivar isso nas crianças faz parte da arte de educar. Pensando assim, a editora levou contação de histórias, pinturas e desenhos para colorir, e quem quisesse comprava os livros também. Um momento para despertar a curiosidade dos futuros leitores e convidá-los a soltar a imaginação diante de tantas histórias.
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Em um cortejo pelas “ruas” da feira, as contadoras de histórias convidaram os pais e seus filhos para comparecerem ao espaço montado pela editora, onde aconteceram as atividades. Com muito bom humor, elas cantavam e chamavam o público para a alegria. Para a mamãe da Julia, de sete anos, é importante levar a filha para participar de atividades como essa e estimular a interação social também fora da escola. “Ela gosta muito de participar, e eu incentivo porque acho que isso estimula novas amizades. O livro também é algo que ela gosta, eu apoio. Este daqui foi ela quem escolheu”, disse Jaqueline Vieira, orgulhosa, segurando o livro “As Cores Esquecidas”, enquanto sua filha dançava com as novas amiguinhas. Já para o pai do Tiago, de quatro anos, apesar de o garoto ainda ser pequeno, ele percebe que o menino presta atenção no movimento. “Mesmo muito pequeno, dá para ver que ele gosta, ele observa as outras crianças e tenta participar. Entendo que nenhum pai ou mãe pode negar um momento como esse para os seus filhos. Incentivar é importante”, frisa.
SOBRE A DATA O Dia do Livro representa um pouco da história do Brasil. A data 29 de outubro é comemorada em virtude de, no ano de 1810, a Real Biblioteca Portuguesa ter sido transferida para o Rio de Janeiro. Mapas, coleções de moedas, estampas, entre outras raridades, foram trazidas desde 1808, quando a rainha D. Maria I e D. João, príncipe regente, mudaram-se para o Rio de Janeiro, em razão da invasão de Portugal pelas forças de Napoleão Bonaparte. Em 1910, o príncipe regente decretou a construção da Biblioteca Nacional, que hoje é uma das dez maiores bibliotecas do mundo e a maior da América Latina. A Biblioteca Nacional mantém um site com muitas informações e documentos sobre a sua fundação. Para conferir, visite o site www.bn.br.
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{ CIDADANIA }
Guarda compartilhada é uma boa opção? O ambiente harmônico entre os pais, mesmo com a separação, é o ideal para as crianças por CAROL ALENCAR
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ntes mesmo de completar 1 ano de vida, o pequeno João teve que se ver dividido entre o lar da mamãe e o do papai. Com a chegada do bebê, eles toparam morar juntos, mas a união não deu certo e, logo que o João nasceu, as brigas, infelizmente, fizeram parte da família. “A gente brigava muito e não achei justo fazer meu filho viver num ambiente desarmônico, por isso, achamos melhor cada um ir para seu lado e resolver, de forma amigável, o acordo perante o João”, conta Marina Bittencourt, mãe do pequeno. A decisão amigável que Marina fez foi a mais plausível e comum entre as famílias que se separam. “Resolvemos com acordo na Justiça, definindo a guarda para mim e dando ao pai a permissão de conviver com o João aos fins de semana”, completa. No caso da atriz Tamara Printl, a história foi bem diferente. Mãe do pequeno Vittório, de 3 anos, ela diz que o pai dele a fez assinar um acordo compartilhado, no qual a criança passaria 15 dias do mês com o pai e os outros 15 com a mãe. “No começo, eu resisti, mas aceitei, porque o Vittório adora a família do pai dele e tem muito a colaborar com a família do pai também; então, permiti por isso”, diz. Atualmente, o acordo será renegociado, porque há mais de dois anos que vivem nessa. “Hoje, já prôpus deixá-lo comigo durante a semana e o pai pegá-lo quando tiver disponibilidade, acredito que meu ex-marido não terá resistência quanto a isso”, comenta. Na guarda compartilhada, os pais dividem a responsabilidade em relação aos filhos. Todas as deliberações
Projeto de lei está sendo discutido
sobre a rotina da criança, como escola, viagens, atividades físicas, passam a ser tomadas em conjunto, e a moradia também é assim. “Muitas vezes, os pais que vivem brigando e que não conseguem dialogar facilmente optam por este método, em que ambos terão acesso às crianças, tendo a oportunidade de educar ao mesmo tempo; mas esse não é o mais utilizado, porque, na maioria das vezes, os pais têm de entrar num acordo em benefício da criança, para que ela não sofra muito nesta transição”, complementa o advogado Osmar Cozzatti. Para a psicóloga Maria de Lourdes Soteras, a prioridade tem de ser sempre a criança. “A criança já vem de uma experiência de ruptura e perda dos pais, decorrente da separação, mas, mesmo a guarda compartilhada dando a oportunidade de vê-los juntos novamente, é um método um pouco arriscado, porque ela pode se sentir deslocada e/ou ficar perdida, passando cinco dias na casa de um e cinco na casa de outro”, explica. Ainda de acordo com a psicóloga, o ideal é que tudo seja resolvido de forma amigável, preservando o filho deste momento da vida dos pais e, se for necessário seguir escolhas não amigáveis, ou seja, forçadas judicialmente, que os pais expliquem às claras para as crianças, para que elas compreendam. “Quanto menor a criança, mais fácil de explicar; deve-se ter cautela no que vai ser dito; já para filhos adolescentes, que já têm uma maturidade de entendimento, deve-se dizer claramente e não privá-los das decisões pessoais deles”, avalia.
Em setembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto de lei que obriga a adoção da guarda compartilhada de um filho nos casos em que pais separados não chegarem a um acordo. De autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), a proposta altera artigos do Código Civil (Lei 10.406/2002) e especifica a necessidade de divisão equilibrada do tempo de convivência dos filhos com a mãe e o pai, o que possibilita a supervisão compartilhada dos interesses do filho. O projeto ainda seguirá para votação em plenário. De acordo com a proposta, em caso de desacordo entre mãe e pai quanto à guarda do filho, ou seja, quando ambos desejam ficar com a criança e se os dois estiverem aptos para exercer o poder familiar, o juiz deverá aplicar a guarda compartilhada, em que ambos irão seguir dividindo a responsabilidade das decisões com relação à educação da criança. A única exceção, segundo determina o projeto, será quando um dos genitores declarar ao juiz que não deseja a guarda do filho.
ATUALMENTE, NOSSA LEGISLAÇÃO PREVÊ DOIS TIPOS DE GUARDA: Unilateral - a criança mora com um dos pais que detém a guarda e toma as decisões inerentes à criação, o outro passa a deter o direito de visitas, as quais são regulamentadas pelo juiz. Compartilhada - a criança ou adolescente mora com um dos pais, mas não há regulamentação de visitas nem limitação de acesso à criança em relação ao outro; as decisões são tomadas em conjunto e ambos dividem responsabilidades quanto à criação e educação dos filhos.
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{ COMPORTAMENTO }
Segurança que tranquiliza
Kit segurança: câmera, cerca elétrica e alarme são cada vez mais comuns nas ruas por CAROL ALENCAR
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uem tem memória boa se lembra dos tempos quando ainda era possível dormir de portas e janelas abertas. Provavelmente, a maioria das pessoas já ouviu ou teve uma história dessas. Pois bem, os tempos mudaram. Hoje, é impossível você deixar a porta da sua casa aberta na hora de se deitar e, também, é impossível contar apenas com o latido dos cachorros quando chega ‘aquela’ visita. Atualmente, é comum você andar na rua ou apenas ir à padaria do seu bairro e notar uma câmera seguindo seus passos. Esse “Big Brother” da vida real passou a ser rotineiro na vida das pessoas. A maioria das residências dos “tempos modernos” possui sistema de segurança que transmite certa tranquilidade a seus donos. “Eu cansei de ser assaltada; antes, só tinha os cachorros em casa, mas nem com isso eles [os ladrões] se intimidavam. Daí, resolvemos aderir a todos os sistemas, cerca, alarme e câmera; pode não resolver, porque, quando eles querem, nada os impede, mas amenizou”, conta a publicitária Larissa Dias, que teve sua casa assaltada três vezes em menos de 2 anos, antes de obter o kit segurança. Logo no fim dos anos 90 e começo dos anos 2000, a onda de proteção residencial eram as famosas cercas elétricas. Elas amedrontavam as visitinhas indesejadas e, além de darem um leve choque, faziam o alarme disparar. Mas parece que nem tudo são flores. Há relatos de ladrões que
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burlavam o sistema de segurança e, literalmente, pulavam a cerca. “Temos casos de pessoas que colocavam um edredom ou um tapete grosso sobre a cerca e conseguiam pular, numa tranquilidade jamais vista”, diz o chefe de segurança domiciliar Cledson Navarrete, também gerente de uma loja especializada na Capital. Para combater ainda este tipo de assalto, casas residenciais seguiram o exemplo de pequenas e grandes empresas: instalaram as câmeras de segurança. “Hoje, ela não garante total segurança, mas bota mais medo nos ladrões do que a cerca elétrica”, garante Navarrete. Também de acordo com o chefe de segurança, as câmeras instaladas em casas, frentes de condomínios, apartamentos, empresas etc. são grande fonte de informação para outros tipos de irregularidades. “Elas ajudam a identificar uma batida de carro, um latrocínio no trânsito ou calçada e até mesmo uma queda de avião [como aconteceu recentemente na cidade de Santos-SP], é uma segurança a mais, com garantia de retorno, porque ter a imagem já é uma prova contra as pessoas que cometem crimes por aí”, avisa. Para se tornar um adepto do kit segurança, não precisa de muito dinheiro. Cerca de R$ 600 a R$ 1.000 garantem a segurança do seu lar/empresa. Além disso, existe a manutenção mensal deste kit, que, com uma empresa especializada, acompanha toda a movimentação de segurança, com imagens gravadas e alarmes funcionando.
{ MÚSICA }
Munhoz & Mariano lança projeto de solidariedade em Campo Grande por ASSESSORIA DE IMPRENSA/WESTERN PRODUÇÕES fotos ASSESSORIA DE IMPRENSA/WESTERN PRODUÇÕES
A
dupla sertaneja Munhoz & Mariano realizou o lançamento do projeto “Mundo Melhor”, em um hotel da Capital. A proposta é uma iniciativa dos cantores e do escritório que gerencia a carreira deles, a Western Produções e Eventos. O projeto busca divulgar e promover instituições realizadoras de trabalhos na área social. Após se cadastrarem e passarem por uma triagem, as instituições tornam-se parceiras da dupla na busca de padrinhos e colaboradores para suas ações. “Nós recebemos muitos pedidos de ajuda, por isso criamos o projeto para organizar esses pedidos e poder ajudar mais pessoas e mais ONGs”, destacou Munhoz. Por meio da ampla visibilidade de Munhoz & Mariano nas redes sociais e imprensa, o “Mundo Melhor” vai incentivar outras pessoas a fazerem parte de uma corrente do bem, sejam elas amigos, empresas, colegas da música, etc. “O ‘Mundo Melhor’ será uma ponte de quem precisa de ajuda até quem pode ajudar. É muito gratificante, para nós, lançar esse projeto. Fazer o bem lava a alma de qualquer pessoa”, disse Mariano. A dupla recentemente participou de ações sociais em Campo Grande, como a visita que fez à Sociedade Educacional Juliano Varela, para alunos com síndrome de Down, e a inscrição de mais de 50 alunos do projeto “Guerreiros do Amanhã” em um campeonato de jiu-jítsu na Capital. Mesmo antes de o projeto estar oficialmente lançado, a
Solicite sua ficha de cadastro no e-mail: projetos@munhozemariano.com.br
dupla divulgou mensagens e um vídeo em suas redes sociais, destacando a importância de fazer o cadastro no banco de medula óssea, ação voltada para a menina Carol Leno, que recebeu uma visita de Munhoz em sua casa. “A história da Carol mobilizou muitas pessoas e ficamos muito tristes com tudo o que aconteceu”, ressaltou Munhoz, referindo-se ao falecimento da menina, poucos dias depois de estar com ela. A dupla deseja continuar a divulgar esse tema e pretende incluir ações no projeto “Mundo Melhor”, para que a luta da Carol não seja esquecida. Com o slogan “Nunca Desista de um Mundo Melhor”, Munhoz e Mariano pretendem convidar outros artistas a participarem do projeto, para unir forças e conseguir alavancar mais doações e voluntariado para as causas divulgadas na proposta. Os parceiros de escritório Thiago e Graciano, também de Campo Grande, já fazem parte do “Mundo Melhor”. A dupla Pedro Henrique & Fernando também vai participar. “A ideia é a gente convidar as duplas daqui, que são nossos amigos, e também artistas de todo o Brasil, que temos contato”, disse Mariano, animado com o novo projeto. A solicitação para cadastro já pode ser feita no site www. munhozemariano.com.br e no e-mail projetos@munhozemariano.com.br, tanto para ONGs e instituições que solicitam apoio como para pessoas e empresas interessadas em participar e ajudar.
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{ VIAJE BEM }
NOVA IORQUE
Hora de curtir Ainda dá tempo de programar a viagem de fim de ano. Confira o que alguns dos principais destinos turísticos mundiais oferecem de melhor e pior para esta época por LUIZ FELIPE FERNANDES fotos LUIZ FELIPE FERNANDES
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neve do Hemisfério Norte ou o calor escaldante do verão brasileiro? Noites regadas a vinho e boa comida ou dias ensolarados num mar de águas cristalinas? Para todos os gostos e bolsos, o fim do ano chega com as mais diversas opções para quem pode se dar ao luxo de curtir alguns dias de folga. Nem seria preciso dizer que planejar com antecedência pode ser determinante para o sucesso de uma viagem. Mas calma! A coluna Viaje Bem selecionou alguns destinos que disputam o posto de queridinho dos turistas e colocou na balança pontos considerados positivos e negativos ao visitá-los no fim de ano.
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PARIS
Vantagens
Top atrações
Há quem diga que não há época ruim para visitar a badalada metrópole norte-americana. No fim de ano, a decoração de Natal deixa a cidade ainda mais bonita, e as lojas capricham para atrair o turista que adora ir às compras. Além disso, hotéis, restaurantes e atrações culturais costumam fazer promoções de inverno. Os voos regulares, inclusive de companhias aéreas brasileiras, tornam a Big Apple acessível e econômica.
Basicamente, é possível visitar todas as famosas atrações nova-iorquinas – Central Park, Empire State Building, Times Square e o Memorial do 11 de Setembro. Mas, segundo Gisella Almeida, autora do blog de viagem Dicas da Gisa, o inverno exige uma coragem sobre-humana para encarar alguns pontos, como a Estátua da Liberdade e a 5ª Avenida. Porém, bater perna nas lojas e se arriscar nas pistas de patinação no gelo fazem a viagem valer a pena.
Desvantagens Se você não gosta de frio, mesmo que esteja preparado para as baixas temperaturas, não cogite passar o fim de ano em Nova Iorque. Neve e temperatura abaixo de zero exigem, além de disposição, roupa adequada, o que pode encarecer o custo da viagem.
Não deixe de ver A gigantesca árvore de Natal do Rockefeller Center, com mais de 20 metros de altura, e a contagem regressiva na Times Square, que dá as boas-vindas ao Ano-Novo, com muita cor e som.
Vantagens
Desvantagens
Se ainda estamos falando de um destino gelado, Paris se destaca pela quantidade de coisas para se fazer no aconchego de um ambiente fechado e bem aquecido. A riqueza artística e cultural da cidade pode ser conferida nos inúmeros museus, e aproveite para abastecer o corpo para o inverno nos inigualáveis restaurantes parisienses. Sem falar que, estando na Europa, dar um “up” na viagem visitando outro país é muito fácil. O Reino Unido, por exemplo, está logo ao lado.
Mais uma vez, o inverno pode ser uma pedra no sapato de quem já treme com a mais leve das brisas. Como Paris é uma cidade para ser descoberta a pé, sapatos impermeáveis são imprescindíveis.
ocorrem nesta época do ano e restaurantes colocam à disposição o melhor da culinária francesa. Também dá para patinar no gelo vendo a Torre Eiffel, e quem ficar um pouco mais pode até aproveitar as liquidações das lojas em janeiro.
Top atrações
Não deixe de ver
O cartão-postal de Paris, claro, é a Torre Eiffel. O circuito Arco do Triunfo – Avenida Champs-Elysées – Museu do Louvre (com a famosa Mona Lisa, de Leonardo da Vinci) pode ser percorrido a pé. Muitas exposições
A Torre Eiffel iluminada durante a noite e a estonteante decoração de Natal da Champs-Elysées, que abriga ainda a Vila de Natal – um mercado de rua com comidas típicas, vinhos e artesanato.
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Vantagens
Top atrações
Ok, chega de frio e neve. Que tal embarcar para um destino internacional com sol 365 dias por ano? Punta Cana, na República Dominicana – e, por extensão, as demais ilhas caribenhas –, destaca-se pelas praias paradisíacas e pelos resorts luxuosos, com comida e bebida à vontade, nos quais o turista desfruta, literalmente, de sombra e água fresca. Outra vantagem é aproveitar pacotes fechados vendidos por agências de turismo e até mesmo por sites de compra coletiva.
Relaxe! Hospedar-se num hotel de luxo, com tudo incluído, faz com que um ou até dois dias sem sair do resort seja tudo, menos perda de tempo. Obviamente, as praias de mar de um azul inacreditável merecem toda a atenção. A estrutura voltada para o turismo ainda coloca à disposição uma série de atividades – passeios de barco, mergulho, aquários naturais e dá até para nadar com golfinhos, tubarões e arraias. À noite, embarque num ônibus rumo a uma das baladas da ilha.
Desvantagens
Não deixe de ver
Tanta mordomia tem seu preço, ainda mais se falando em fim de ano. A alta temporada eleva o valor dos pacotes e das passagens aéreas. Sem planejamento prévio, o turista pode ter de pagar caríssimo ou, até mesmo, não conseguir um pacote.
É difícil eleger algo que não seja qualificado como imperdível em Punta Cana, mas o passeio à Ilha Sanoa está entre os principais, por causa da beleza do lugar.
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Vantagens
Top atrações
Um dos destinos mais procurados por gente do mundo inteiro, no fim do ano a Cidade Maravilhosa fervilha com a combinação praia + badalação. No verão, os termômetros batem facilmente os 40 graus, num contraste ideal com o mar gelado do Rio. Além disso, dá para ficar de olho em promoções de agências de turismo e companhias aéreas, o que acaba beneficiando quem deixou para se programar na última hora.
As praias de Copacabana e Ipanema não saem de moda. Nativos e turistas se reúnem para ver o pôr do sol no Arpoador. Pegar o bondinho até o Pão de Açúcar e ir ao Cristo Redentor também são programas obrigatórios. Um passeio a pé pelo centro do Rio – a Cinelândia – é uma boa pedida para apreciar a arquitetura de prédios como o do Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional. Os Arcos da Lapa são o portal para a região boêmia, que fica lotada todas as noites.
Desvantagens
Não deixe de ver
A cidade tomada por turistas exige paciência. Restaurantes, bares e cada centímetro de areia das praias vão ser disputados por muita gente. Nos últimos anos, os preços superfaturados das diárias em hotéis e albergues do Rio também têm sido alvo de reclamações.
A queima de fogos na praia de Copacabana. Mundialmente conhecido, o espetáculo pirotécnico dura cerca de 20 minutos e é seguido por shows gratuitos.
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r i d e e o i Jan
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EU JÁ FUI E RECOMENDO...
SANTIAGO
Praia, v inho e deserto Muita gente prefere ir a Santiago durante o inverno, para aproveitar as estações de esqui. Mas não faltam opções para curtir a capital chilena durante o verão. Dá para ir de ônibus para as vizinhas Valparaíso e Viña del Mar, tomar um banho nas águas geladas do Oceano Pacífico, ou passar uma manhã agradável na vinícola Concha y Toro. Se tiver tempo para algo mais aventureiro, também é possível ir de ônibus até a pequena San Pedro de Atacama, no norte do país, e desbravar o deserto do Atacama, com paisagens únicas e belíssimas, que vão de lagos repletos de flamingos aos famosos gêiseres, com água fervente brotando da terra. Para os mais dispostos (não foi o meu caso na ocasião, por causa do frio), há banhos termais no meio do deserto.
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LONDRES
Londres para famintos Detentora do título de cidade mais diversa do mundo, é difícil dizer o que Londres não pode te oferecer. No quesito gastronomia, então, o cardápio é literalmente variado. Dá para escolher pela nacionalidade – incluindo um bom churrasco brasileiro – ou pela grife, como o restaurante Fifteen, do chef-celebridade Jamie Oliver. Mas os lugares com o melhor custo-benefício são a simpática Chinatown, com bufês “all you can eat” (à vontade) por 7 libras (28 reais), e a pitoresca Camden Town. Nas barracas de rua deste bairro – que reúne as tribos alternativas da capital inglesa –, é possível pagar 5 libras (20 reais) e comer porções muito bem servidas de pratos da culinária internacional (as fajitas mexicanas e o churrasco grego são os meus preferidos).
BRUXELAS
No meio do caminho tinha... Bruxelas! Um rolê pela Europa quase sempre inclui Paris e Amsterdã. O trajeto entre as duas cidades pode ser feito de trem. Mas, como a maioria das pessoas, fiz um pit stop estrategicamente formidável na Bélgica e em sua encantadora capital. Em um dia, dá para conhecer o básico da terra dos Smurfs e do Tim Tim. Deixe as bagagens no locker da estação de trem e caminhe em direção à Grand Place. Depois que você se refizer do fascínio causado pela beleza do lugar e parar de tirar fotos, percorra despretensiosamente as lojas, com atenção especial ao que o país produz de melhor – cerveja e chocolate. Ainda no centro, tem a estátua do Manneken Pis (o menino fazendo xixi) e, de metrô, é possível conferir o Atomium, uma estrutura gigante em forma de molécula.
ROMA
Maratona romana Roma não merece apenas um dia de viagem. Mas era tudo o que eu tinha. O segredo é levantar cedo e enfrentar a concorrida plataforma do metrô em direção à estação Battistini – a mais próxima ao Vaticano. Tive a sorte de ver o papa Francisco celebrando uma missa na Praça São Pedro, mas, como não é todo dia que o sumo pontífice fica dando sopa por lá, dê continuidade à maratona, caminhando em direção aos outros pontos principais – Castelo de Santo Ângelo, Praça Navona, Panteão e a Fontana di Trevi, nesta sequência. Escolha um restaurante nas redondezas para uma deliciosa massa ou pizza, que vai dar a energia necessária para uma esticada maior, em direção ao Coliseu. A entrada custa 12 euros (36 reais) e dá acesso ao interior da arena, ao Museu Palatino e ao Foro Romano.
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{ MÚSICA }
Chitãozinho & Xororó apresenta uma explosão de sucessos e emociona Campo Grande por FERNANDA MONTEIRO • fotos HENRIQUE ATTILIO
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J
á são 44 anos de carreira, 36 álbuns inéditos, 37 milhões de discos vendidos, oito DVDs e mais de 400 músicas gravadas, mas Xororó é enfático ao confessar que não pode deixar de cantar “Evidências”, de José Augusto e Paulo Sérgio Valle, nos shows em qualquer canto do país. “O público sempre espera por essa música”, afirma. O hit é de 1990, segue atual e, na capital de Mato Grosso do Sul, também surtiu efeito avassalador. No show em comemoração dos 25 anos do Shopping Campo Grande, canções consagradas como “No Rancho Fundo”, “Fogão de Lenha” e “Adeus Paulistinha” bem que tentaram e, em “Nuvem de Lágrimas”, até parecia que o baile iria começar. Só que foi logo depois de “Fio de Cabelo”, música que tornou a dupla conhecida, que Chitãozinho anunciou o momento mais esperado: o da declaração de amor incontestável. Sob os versos “E nessa loucura de dizer que não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências”, o público de 2,5 mil pessoas veio abaixo e o campo-grandense deu um espetáculo emocionante.
Mariza Caminha, 59 anos de idade e 30 deles acompanhando a dupla, que atropelou o preconceito em relação ao sertanejo, esperava ansiosa pelo momento de escutar a música que o marido mais gostava. “‘Evidências’ é linda e Chitãozinho e Xororó cantam com sentimento”, declarou, nos braços do filho Leandro. Da viola que nunca faltou, saiu ainda “Majestade, o Sabiá”. Teve também o lançamento da canção “Hipótese” e, por meio de um painel de LED, foi garantida a presença de Fernando e Sorocaba na música que batizou a turnê “Do Tamanho do Nosso Amor”. Em homenagem à cultura do Estado, não faltou chamamé com “60 Dias Apaixonado”, “Saudades da Minha Terra” e “Galopeira”, que foi a deixa para Xororó propor o desafio do “galopímetro”. Era hora de a galera, assim como ele, esticar a voz. A festa de afinação e magne-
tismo, que durou quase 2 horas, foi abonada mesmo por Chitãozinho e Xororó, acompanhados por Claudio Paladini (teclados e vocal), Adilson Pascoalini (guitarra, violões e viola), Daniel Quirino (vocal e violão), Antonio Vendramini (sax, flauta, rabeca e percussão), Marcelo Modesto (guitarra, banjo, cello, mandolin e violão), Fábio Almeida (baixo), Renato Britto (bateria) e Frank Joni (acordeão). Para a saideira, o sintonizado grupo trouxe “Nascemos pra Cantar”. Título que sempre caiu muito bem aos irmãos paranaenses José de Lima Sobrinho e Durval de Lima, melhor Chitãozinho e Xororó, que cresceram ouvindo o pai Marinho e a mãe Araci e foram os primeiros sertanejos a incluir banjos e guitarras elétricas no estilo musical. Apreciada pela inovação constante nessas quatro décadas, a dupla considerou importante trazer para a turnê a canção “Tente Outra Vez”, que serviu de inspiração para que os artistas seguissem em frente, apesar das dificuldades do início de carreira. Pelo entusiasmante incentivo e pela noite marcante, Campo Grande não pode deixar de agradecer a Raul Seixas.
SEMPRE SE REINVENTANDO Para aumentar a lista com centenas de gravações e prolongar a brilhante carreira, Chitãozinho e Xororó anunciaram, para 2015, o CD “Tom do Sertão”, com 14 músicas de Tom Jobim.
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Sete décadas de história Exposição marcou os 70 anos da Base Aérea de Campo Grande por CAROL ALENCAR • fotos MÁRIO SALGADO
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m painel trazia consigo as memórias dos 70 anos de vida da Base Aérea de Campo Grande. Fora este, vários equipamentos da Força Aérea chamavam atenção do público que frequentou o Shopping Bosque dos Ipês, na segunda quinzena de outubro, na Capital. Tudo fora montado para apresentar a exposição dos 70 anos da Base Aérea de Campo Grande, que, já na inauguração, surpreendeu a todos com a descida de rapel de helicóptero. A mostra aconteceu de 15 a 26 de outubro e contou com muitos atrativos divertidos para quem a prestigiou. Entre as atrações, oficinas de camuflagem a aviõezinhos
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de papel, com direito a premiação a quem acertasse a distância estipulada por eles; simuladores de voo em um túnel, onde os participantes podiam enxergar com óculos de visão noturna; e até apresentação da tradicional Banda de Música da Base. “Acredito que sempre foi intenção da Base mostrar o nosso trabalho a todos que se interessarem. Praticamente todos nossos eventos são abertos ao público, justamente para que eles se aproximem de nossas missões e, assim, façam parte desta história”, explica Paulo Cruz, assessor da Base Aérea. Além de Cruz, cerca de 50 pessoas que compõem o efetivo da BA se revezaram para fazer com que a exposição
se tornasse atrativa e interativa. “Temos uma história bem forte, desde a criação em agosto de 1944, com diferentes curiosidades, como o registro da onça-pintada que esteve por mais de 50 anos exposta numa jaula e se tornou mascote da organização militar, entre outras, que registramos e disponibilizamos na exposição”, conta. Além dos causos peculiares, registrados em fotos, os apreciadores puderam ver de pertinho parte dos equipamentos dos Esquadrões das Unidades Aéreas e Aeroterrestres, sediadas na Base Aérea de Campo Grande. São eles: Esquadrão Onça, Pelicano, Flecha e PARA-SAR, usados nas missões
operacionais das unidades. Segundo a assessoria do shopping, cerca de mil pessoas passaram diariamente próximo à exposição. E mais de cem pessoas participaram das oficinas. A Base Aérea de Campo Grande, conhecida como a “Sentinela Alada do Pantanal”, completou, no dia 21, 70 anos de existência. Desde que foi ativada, em 1944, na antiga fazenda Serradinho, onde as instalações foram construídas e permanecem até hoje, tem um relacionamento de respeito e amizade com a população de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul e atua na vigilância e soberania dos céus sul-mato-grossenses.
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Dr. José Carlos Souza CRM/MS 2671 Psiquiatra, doutor e PhD em saúde mental Autor do livro Qualidade de Vida e Saúde Rua Theotonio Rosa Pires, 88 Campo Grande/MS (67) 3325-0990
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