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O GRAND MP
BUIÇÃO
DISTRI
ITA GRATU
Edição 91 | Ano 8 | Junho | 2015
Edição 91 | Ano 8 | Junho | 2015
"Você tem fome de quê?"
Distúrbios do sono apneia e ronco
Não se preocupe com a coreograa
A maldade tem idade?
editorial
J
á sabemos que para alcançarmos a almejada saúde equilibrada e o bem-estar do corpo é preciso unir no mínimo dois hábitos regulares: uma alimentação saudável e a prática de exercícios. O grande desafio está em resistir às deliciosas e calóricas tentações da culinária e ainda manter o ritmo das atividades físicas diariamente! Foi pensando nisso que nasceu o tema do nosso especial deste mês, “Você tem fome de quê?”, que traz matérias que vão fazer você, leitor, parar e refletir sobre os hábitos do dia a dia, que, às vezes, passam despercebidos, mas que são muito importantes para manter a saúde. No artigo “As pessoas sabem diferenciar fome de vontade de comer?”, a nutricionista Taiz Siqueira explica que “fome” e “vontade de comer” são diferentes. A primeira é uma sensação fisiológica, que o corpo percebe quando precisa de nutrientes para manter suas atividades. Já a segunda é uma sensação associada, na maioria das vezes, a características emocionais e psicológicas. Vale a pena conferir! E o glúten? Será que faz jus à fama de vilão? Na matéria “Com ou sem glúten?”, a nutricionista Emanuelle Salustiano esclarece o que é mito e o que é verdade sobre essa proteína que, literalmente, caiu das dietas das famosas. Já o sódio, que é considerado um grande protagonista na mesa dos brasileiros, por conta do grande consumo, provoca uma grande preocupação ao Ministério da Saúde. A reportagem “Menos sódio mais saúde: empresas devem reduzir o teor de sódio de produtos industrializados” mostra que o consumo excessivo de sódio leva a doenças, como hipertensão, usualmente chamada de pressão alta. Sem tratamento adequado pode ocasionar infarto ou derrame cerebral. Também temos a estreia de uma coluna nesta edição! Ariadne Cantú, escritora, Procuradora de Justiça e uma grande observadora do cotidiano, estreia com uma Coluna de Comportamento. Ariadne irá compartilhar conosco “coisas que nos alimentam em todos os sentidos”. Boa leitura!
Kátia Kuratone DRT/MS 293
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SAÚDE
ZUMBA: RITMO QUE DERRETE CALORIAS
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SAÚDE ANIMAL CUIDADO COM O ‘SÓ UM PEDACINHO’
52
34
VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
CULTURA ELIS FOTOGRAFA
INAPETÊNCIA SELETIVA “A CRIANÇA QUE COME O QUE QUER”
40 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? COMIDA ÁRABE FUNCIONAL
18 | SAÚDE
08 | SAÚDE DISTÚRBIOS DO SONO - APNEIA E RONCO!
12 | SAÚDE RINITES ALÉRGICAS E NÃO-ALÉRGICAS
14 | SAÚDE NÃO SE PREOCUPE COM A COREOGRAFIA
16 | SAÚDE
DE CABEÇA NA ÁGUA QUENTE
22 | SAÚDE ZUMBA: RITMO QUE DERRETE CALORIAS
26 | COMPORTAMENTO SERÁ QUE O SEU ‘CIUMÔMETRO’ JÁ SOOU?
MENOS SÓDIO, MAIS SAÚDE: EMPRESAS DEVEM REDUZIR O TEOR DE SÓDIO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
32 | SAÚDE ANIMAL CUIDADO COM O ‘SÓ UM PEDACINHO’
SUMÁRIO EDIÇÃO 91
ANO 8
JUNHO 2015
34 | CULTURA ELIS FOTOGRAFADA
38 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? AS MISTURAS E SABORES GASTRONÔMICOS NO CINEMA
40 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? COMIDA ÁRABE FUNCIONAL
44 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? AS PESSOAS SABEM DIFERENCIAR FOME DE VONTADE DE COMER?
48 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? COM OU SEM GLÚTEN?
Coordenação de Comunicação: Henrique Attilio (MTB/MS 177 Publicitário - MTB/MS 947 Jornalista) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e Vitor Obede - Redação: Andréia Nunes (DRT/MS 1013); Carol Alencar (DRT/MS 593); Claudia Malfatti (DRT/MS 036); Fernanda Monteiro, (DRT/MS 177); Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Patrícia Belarmino (DRT/MS 1211); Tathiane Panziera (DRT/MS 377); - Revisão: Soraya Vital - Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone.
Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio, Jonathan de Oliveira, Geth Teixeira Rodrigues - Planejamento e Operações: Henrique Attilio e Kátia Kuratone - Fotografias: Luciano Muta, Henrique Attilio, Raissa Canuto, Marcos Vollkoph, Renan Moraes Neves, Elis Regina.
50 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
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GUIA REÚNE PRINCÍPIOS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
52 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? INAPETÊNCIA SELETIVA - “A CRIANÇA QUE COME O QUE QUER”
60 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM ORTORÉXICAS NERVOSAS?
62 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? JANTAR QUENTE!!
66 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
Participaram nesta edição: Odontólogo, Dr. Estevon Molica (CRO/MS 2010). Otorrinolaringologista, Mestre em Biologia Molecular, Dr. Alexandre de Souza Cury (CRM/MS 6026). Dermatologista, Dr. Gustavo Lotfi (CRM/MS 4466). Fonoaudiólogo, Dr. Nelson Lam K. Fook (CRFa 2818 MS). Cinéfilo e Jornalista Airton Raes. Professora de ginástica e zumba, Karine Garcia. Nutricionistas, Taiz Siqueira Pinto (CRN 39.181), Paulo Saldanha Tschinkel (CRN 18.120), Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175. Jornalista e blogueira, Juliana Ferreira. Arquiteta Márcia Ribeiro. Designers de Interiores, Thaysa Canale e Daiana Capuci. Procuradora de Justiça e escritora Ariadne Cantú. Consultor de Empresas, Maurício Reggiori. Psicólogo, Augusto Paulista (CRP 14/05039-9). Tiragem: 10.000 exemplares
JÁ OUVIU FALAR SOBRE FOME OCULTA?
68 | VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? UM TEMPO EM QUE NÃO TÍNHAMOS FOME
70 | CASAMENTO CASAR 2015 - SÃO PAULO - A FEIRA DAS NOVIDADES
76 | DECORAÇÃO
Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da Gráfica e Editora Alvorada, com periodicidade mensal e distribuição dirigida gratuita. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500
MURANO, A JOIA DA DECORAÇÃO
80 | DECORAÇÃO
Diretor: Mirched Jafar Junior Diretora Executiva: Katiusi Romero Chaves
UMA ARQUITETA ROQUENROOOUUU!
Gerente Geral: Rafael Soares
82 | CULTURA
Gerente de Produção: Paul Hudson
ELA FAZ E ACONTECE
86 | COMPORTAMENTO A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK NO MUNDO CORPORATIVO
88 | NEGÓCIOS MOMENTO PEDE MAIS PLANEJAMENTO: LIMITES PARA FINANCIAMENTO DA CASA PRÓPRIA FICAM MENORES
90 | CIDADANIA FISCALIZAÇÃO QUER GARANTIR O DIREITO DA VAGA PREFERENCIAL A IDOSOS
92 | COMPORTAMENTO
ATENDIMENTO AO LEITOR Críticas, dúvidas, sugestões e comercial Fale com a gente: contato@revistacincomais.com.br Cartas: Rua Antônio Maria Coelho, 623 - Centro - CEP 79.008-450 - Campo Grande/MS Telefone: (67) 3313-6200 / 9254-4524 Para anunciar na revista Fale com a gente: contato@revistacincomais.com.br
PARTICIPE DA REVISTA! Você tem curiosidade sobre algum tema relacionado à saúde? O que mais gostaria de saber? Escreva-nos! contato@revistacincomais.com.br
UMA APOSTA PARA A ERA DAS IMAGENS
94 | COMPORTAMENTO A MALDADE TEM IDADE?
DISTRIBUIÇÃO A Revista Cinco+ é distribuída gratuitamente de forma dirigida em Campo Grande e Dourados.
C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 7
SAÚDE
DISTÚRBIOS DO SONO -
APNEIA E RONCO!
8 | CINCO + | JUNHO 2015
por DR. ESTEVOM MOLICA
A
privação do sono pode ter consequências graves para a nossa saúde. Caso esta privação seja crônica, ou seja, dormir mal e pouco todos os dias, pode aumentar as chances de se desenvolver hipertensão, obesidade, ansiedade, depressão, alterações de humor, síndrome do pânico, aumento do colesterol, perda de memória e aumentar as chances de acidentes domésticos e automobilísticos. Além disso, a má qualidade do sono pode acelerar o processo de envelhecimento e a progressão de Alzheimer, segundo estudo. Em crianças, pode inibir o crescimento, já que o hormônio do crescimento é produzido no sono, tendo assim seu desenvolvimento físico comprometido. Existem mais de 70 tipos diferentes de distúrbios relacionados ao sono. Os mais conhecidos são a insônia, a apneia, o ronco e a síndrome das pernas inquietas. Apneia do sono se caracteriza pela diminuição ou interrupção da respiração por, no mínimo, dez segundos. Essa falha da respiração faz com que a pessoa acorde várias vezes até mesmo 30 vezes, durante a noite. Geralmente, pessoas com apneia roncam muito, acordam cansadas, com a boca seca, ficam sonolentas durante o dia e apresentam queda de rendimento, além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Existe ronco sem apneia, mas não existe apneia sem ronco. Se o ronco não for tratado, seus sintomas podem piorar e a grande ameaça é a possibilidade de ele ser apenas o quadro inicial de um problema mais grave, a apneia, uma doença crônica que pode levar à morte. O diagnóstico pode ser feito por médicos e dentistas através de um exame chamado, polissonografia e por uma boa anamnese. Este exame pode ser feito em um laboratório, neste caso será mais completa ou domiciliar, este último é realizado na casa do paciente, sendo mais confortável. Dependendo do nível desta apneia, pode-se usar como tratamento aparelhos intraorais e ajustáveis (em casos leves e moderados), que são macios e muito confortáveis, confeccionados por dentistas ou CPAP (“continuous positive airway pressure” - pressão positiva contínua nas vias respiratórias), em casos mais graves, que é um aparelho que produz pressão positiva contínua na via aérea, indicado por médicos. Nos dois casos as vias aéreas não terão mais resistência à passagem de ar, e os roncos não serão mais produzidos, ou muito pouco sentidos, e as ocorrências das apneias poderão ficar a níveis de normalidade. Os aparelhos intraorais também têm indicação apenas para o ronco, sem necessariamente ter a apneia. O aparelho intraoral deve ser usado para dormir, encaixando-o nos dentes superiores e inferiores. Deve ser feito sob medida, o que o torna confortável. Ele reposiciona a mandíbula, fazendo com que toda a musculatura orofaríngea se reposicione também e, assim, desobstrua as vias aéreas, deixando o ar passar sem barulho (ronco) e sem apneia (falta de ar). Essas atitudes simples podem ajudar, e muito, a melhorar a qualidade do sono. Consequentemente, a qualidade de vida melhora também, e todo o corpo agradece.
RUA DAS GARÇAS, 943 FONE (67) 3382 7373 DR. ESTEVOM MOLICA CRO/MS 2010 C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 9
Os aparelhos auditivos do básico ao mais avançado estão dentro de uma faixa de R$ 2 mil a R$ 5 mil cada. Quanto vale ouvir bem? Um dos maiores desafios em relação à surdez é o preconceito que ainda envolve o uso das próteses ou aparelhos auditivos. Muitas pessoas guardam a imagem de equipamentos grandes e pesados que eram utilizados há muitos anos atrás, mas que nada têm em comum com os aparelhos auditivos modernos de hoje. A tecnologia evoluiu e os aparelhos são praticamente invisíveis, seu uso é confortável e de fácil adaptação. Você tem ou deve conhecer alguém que tem perda auditiva. Mude esta situação, a vida pode ser muito mais feliz com o uso de aparelho auditivo, além de necessário, ele traz inúmeros benefícios em qualidade de vida como:
• Ter uma conversa ao telefone normalmente, sem ter que pedir para que a pessoa do outro lado da linha grite; • Não se sentir isolado; • Não pedir para que as pessoas repitam o que falaram; • Ouvir claramente sem muito esforço, mesmo em ambientes com ruídos; • Ouvir e entender o que é dito na tv e rádio facilmente, etc. A falta de informação, o preconceito, o preço e a expectativa em usar um aparelho auditivo fazem com que a maioria dos pacientes demore a tomar uma atitude e quanto mais o tempo passa, mais o problema pode se agravar. O primeiro passo é consultar seu médico e/ou fonoaudiólogo o quanto antes e escolher uma empresa de aparelhos auditivos de confiança e credibilidade. Sua audição perfeita e plena é mais fácil do que você imagina e vale muito porque tem o poder de mudar a sua vida. Procure a Prologic, cuidado, atenção e profissionalismo te esperam.
Nelson Lam K. Fook Fonoaudiólogo - Especialização em Audiologia Clínica CRFa. 2818 MS
IMPORTANTE: Não compre aparelhos auditivos antes de testar em casa, no trabalho, no lazer e no seu dia a dia. Solicite os testes dos aparelhos auditivos sem compromisso de compra para verificar se você vai se adaptar para adquiri-lo com segurança, resultado e satisfação.
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SAÚDE
RINITES ALÉRGICAS E NÃO-ALÉRGICAS Um conhecimento detalhado das estruturas nasais e como elas funcionam é fundamental para diagnóstico, prognóstico e terapêutica das rinopatias por DR. ALEXANDRE DE SOUZA CURY
O nariz é composto anatomicamente por duas partes: o nariz externo e as cavidades nasais. Estas estruturas sofrem diversas influências ambientais com repercussões diretas no quadro das rinites alérgicas e não-alérgicas. Um conhecimento detalhado das estruturas nasais, e como elas funcionam, é fundamental para diagnóstico, prognóstico e terapêutica das rinopatias. Estatísticas mundiais a respeito de rinites apresentam uma prevalência de cerca de 30% a 40% em crianças e adolescentes, e por volta de 40% em adultos. No Brasil, alguns estudos demonstraram uma prevalência de 33% em crianças de 6 a 7 anos, e de 34% na faixa etária de 13 e 14. Esses mesmos estudos também demonstraram maior prevalência de rinites nos grandes centros urbanos, confirmando a influência que o ambiente exerce na doença, além da mudança no estilo 1 2 | CINCO + | JUNHO 2015
Na história social e nos hábitos de vida do paciente é necessário inquirir sobre o tabagismo (atua como um agravante da rinite), uso de drogas ilícitas, tipo e local de atividades de lazer (natação em piscinas com cloro) e hobbies. Em determinados casos, a exposição a alérgenos ocorre predominantemente ou exclusivamente nestas atividades. Na história ambiental é importante uma investigação detalhada das condições ambientais em que o paciente vive, incluindo o ambiente domiciliar (idade da casa, ventilação, carpetes, tapetes, piso, cortinas, colchão, travesseiro, cobertor, animais de pêlo, baratas, plantas, limpeza de ar condicionado) e vizinhança, profissional (ventilação, limpeza, ar condicionado), e creches/escolas (idade do prédio, piso, ventilação, materiais e revestimentos de travesseiro, colchão e cobertores, existência de ar condicionado central e sua manutenção e tipo/local de atividades recreativas). Os exames otorrinolaringológicos, em especial a rinoscopia com espéculo nasal e luz frontal ou endoscópio, são essenciais para o manejo adequado das rinites. Pacientes com sintomas nasais persistentes ou recorrentes e resistentes a tratamento clínico ou com sintomas unilaterais devem, obrigatoriamente, ser submetidos a um exame completo da cavidade NASA, incluindo endoscopia nasal.
de vida, permanência em ambientes fechados e fatores socioeconômicos. Os principais alérgenos ambientais em nosso meio são os ácaros da poeira domiciliar, os fungos, animais domésticos (cão e gato) e restos de insetos, como as baratas. Os principais sintomas de rinite alérgica são: espirros, rinorreia aquosa, prurido e congestão nasal, embora nem todos os pacientes apresentem todo o complexo de sintomas. Dentre estes, os espirros são o sintoma mais característico. A correlação dos períodos de crise e/ou agravamento dos sintomas à determinada época do ano, exposição a alérgenos/irritantes inespecíficos, mudanças climáticas, ambiente profissional, atividades de lazer ou hobbies, permite a identificação dos prováveis alérgenos causais e fatores agravantes.
No que diz respeito a tratamento, existem dois grandes grupos de drogas que podem ser usadas. Um tipo funciona preventivamente e outro apenas alivia os sintomas. Do ponto de vista farmacológico, dispomos de descongestionantes, anti-histamínicos e corticosteroides. Cada uma dessas drogas atua de forma diferente e nenhuma é isenta de efeitos colaterais que, algumas vezes, podem ser graves. Por isso, o ideal é não realizar automedicação e procurar sempre seu médico.
DR. ALEXANDRE DE SOUZA CURY CRM/MS 6026 PROFESSOR DE MEDICINA DA UNIDERP TÍTULO DE ESPECIALISTA EM OTORRINOLARINGOLOGIA MESTRE EM BIOLOGIA MOLECULAR C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 13
SAÚDE
NÃO SE PREOCUPE COM A COREOGRAFIA por FERNANDA MONTEIRO
A
proposta parece simples. A professora Andreia Cavalheiro garante que pra chegar a perder 1.500 calorias por uma hora de aula é só se movimentar, portanto, a dificuldade passa a ser deixar de lado a preguiça, encontrar a motivação no ritmo e colher os resultados da “Ginástica com Dança”, Projeto de Extensão da Faculdade Unigran Capital há 3 anos, com agenda toda terça e quinta às 11h10min., e terça e sexta às 18h. Tendência ao ócio vencido, Andreia ajuda a combater as próximas desculpas da mente. “As pessoas não gostam de aula contada, tipo 1, 2, 3”, explica. Então, a Ginástica com Dança propicia os benefícios da musculação, como emagrecer, coração saudável, melhora na postura, pessoa sempre jovem e saudável e musculatura definida, sem que você perceba.
Isso porque, por exemplo, ao som do rit “Rebolation”, do Parangolé, o abdômen é trabalhado e na dinâmica do “Beber, Cair e Levantar”, pernas e bumbum são exigidos num nível altíssimo, com resultado na mesma altura. Axé (inclusive “É o Tchan”) não pode faltar, adverte a experiente professora, e forró, sertanejo e funk também. A vantagem se estabelece na variedade de ritmos, que torna possível movimentar todo o corpo. A educadora física, especialista em atividade física e envelhecimento, Andreia Cavalheiro, desenvolveu o método em Jaraguari-MS depois de aperfeiçoar sua dança em Porto Alegre, com o bailarino Rodrigo Scherer. O resultado é uma prática de exercício alegre, despretensiosa, para todas as idades e sexo. “Qualquer um aprende a dançar”, considera Andreia. Desafio aceito e encarado por Uelington de Souza Barros, de 29 anos, que há um ano e meio faz a Dança com Ginástica. Ele lembra que tinha muita dificuldade. Além da vergonha, descreve um início bastante desengonçado. Hoje Uelington reconhece a diferença 1 4 | CINCO + | JUNHO 2015
e, apesar de ainda perder o passo no sertanejo, ressalta que não para mais. “Sou um novo homem e mereço nota 9!”, comemora. Uelington, ou Ton, como é conhecido pela turma, é prova de que o esforço vale à pena. Só pensando nos resultados é que você pode espantar a “preguicite” e outras barreiras autoimpostas. Se já tomou sua decisão, ligue para 3389-3389, para mais informações, e comece a dançar. Não se preocupe com a coreografia e nem com a mensalidade de apenas R$ 30 reais, já com avaliação.
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SAÚDE
MENOS SÓDIO, MAIS SAÚDE: EMPRESAS DEVEM REDUZIR O TEOR DE SÓDIO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de 2 gramas por dia de sódio, excesso pode levar à hipertensão 1 6 | CINCO + | JUNHO 2015
por CLAUDIA MALFATTI
C
ontrolar apenas o uso do saleiro não significa que você está livre do excesso de sódio no organismo. O brasileiro consome três vezes mais o limite máximo permitido pela Organização Mundial de Saúde. Produtos industrializados, como molhos prontos, maionese, pães e salgadinhos, por exemplo, apresentam sódio em suas composições, mas muitos consumidores nem sabem ou não estão atentos aos rótulos.
das dessa substância dos produtos alimentícios. A meta é que até 2020 esse número chegue a 28.562 toneladas.
Quando se fala em sódio, se lembra do sal, já que esse último contém 40% de sódio. Já quando se fala em reduzir esse item, logo a maioria da população fica atenta à quantidade usada na hora de preparar os alimentos em casa, só que nem se dá conta que os industrializados também trazem esse ingrediente nada saudável para a saúde.
“Quando a gente começa a prestar mais atenção nisso, a indústria se mobiliza e acaba se adequando para não perder mercado. A exigência do Ministério da Saúde, com campanha nacional, faz com que a própria indústria se mobilize para não perder cliente”, ressalta a nutricionista Lilian Keller Herrera. Ela ainda traz uma dica: “É preciso olhar o rótulo com cuidado, observando quais ingredientes aparecem primeiro. Existe uma padronização de rotulagem, do que contém maior quantidade de ingredientes para o menor”, explica.
Normalmente associa-se o sódio apenas ao sal, mas alimento doces também contêm sódio, como cereais matinais e achocolatados. “É um dos aditivos usados como conservante dos alimentos. O adoçante, por exemplo, apresenta alto índice. Outro produto importante de se observar é a água mineral, sempre tida como a melhor de todas, mas existe diferença de teor, tem que procurar aquela com PH mais alcalino”, explica a nutricionista Lilian Keller Herrera.
Enquanto isso, o consumidor deve ficar atento às embalagens e optar por alimentos mais saudáveis. Para uma pessoa adulta, a Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de 5g por dia de sal, o que equivale a 2.000mg (2 g) de sódio. Uma lasanha congelada, por exemplo, tem 675mg.
O consumo excessivo de sódio leva a doenças como hipertensão, usualmente chamada de pressão alta. Sem tratamento adequado pode ocasionar infarto ou derrame cerebral. Entre as inúmeras recomendações contra a pressão alta, está o consumir pouco sal. No Brasil, o índice de hipertensos atinge uma em cada quatro pessoas, de acordo com dados de 2014 da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). Há três anos a confeiteira Irene Freitas toma, diariamente, medicamento para o controle da pressão arterial. Desde que descobriu ser hipertensa procura evitar excesso de sal, e acostumou-se até mesmo a consumir alguns alimentos sem a presença desse condimento, mas admite que nem sempre olha os rótulos para verificar a presença de sódio. “A gente não presta muita atenção, sei que muita coisa tem sódio. Nem uso adoçante por conta disso”, comenta. Em busca de reduzir o número de mortes por infarto e AVC, o Ministério da Saúde fez acordo com as indústrias, que começaram a diminuir a quantidade de sódio nos alimentos processados. Nos últimos três anos houve redução de até 10% do teor de sódio presente em 839 produtos, o que representa a retirada de 7.652 tonelaC I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 17
SAÚDE
DE CABEÇA NA ÁGUA QUENTE Alerta e cuidados no inverno por DR. GUSTAVO LOTFI
Com a chegada do inverno e a queda da temperatura, os banhos se tornam mais quentes e demorados. A água quente sobre o couro cabeludo e a pele do corpo, faz com que as glândulas sebáceas liberem mais sebo, aumentando a oleosidade. Com as baixas temperaturas e mudanças de hábitos, várias doenças dermatológicas podem ser agravadas. O clima mais seco e o vento frio favorecem a perda de umidade natural do corpo. O consumo de água também cai, o que faz com que a hidratação natural, produzida pelo próprio organismo, chegue em menor quantidade à superfície. Para completar, os banhos quentes remo-
vem a oleosidade natural da pele, que é responsável por regular seu mecanismo de hidratação à pele seca, pode causar incômodos, como coceira, que, quando agravada, pode levar ao aparecimento de eczema. A pele é responsável pela proteção química, por meio das secreções sudorípara e sebácea, protegendo contra agressões externas, controlar a eliminação de água do corpo, fornecer proteção imunológica por meio das células imunes, realizar a regulação térmica pela sudorese e a vasodilatação. Quando a pele está ressecada e desidratada, essas funções ficam comprometidas e o indivíduo mais propenso ao aparecimento dessas doenças cutâneas.
AS DERMATOSES MAIS COMUNS NESSA ÉPOCA DO ANO, PODENDO ACOMETER TANTO O COURO CABELUDO QUANTO A PELE DO CORPO, SÃO: • DERMATITE ATÓPICA (OU ECZEMA ATÓPICO): alergia crônica, bastante comum em crianças, ocorre por uma deficiência de hidratação do organismo. Ela causa coceiras e até lesões mais sérias, que podem formar crostas e secreções. • ECZEMA: também é agravada durante a temporada mais fria pela diminuição do manto de proteção da pele. Apesar de não ser uma doença grave, ela gera muita coceira e pode causar manchas brancas pelo corpo, com aparência desagradável. • PSORÍASE: caracterizada pela presença de placas avermelhadas com escamas grossas nos joelhos, cotovelos e no couro cabeludo. De causa genética, ela é uma doença crônica, mas que pode se agravar no inverno dependendo de alguns fatores ambientais, como o frio, banhos quentes, pouca hidratação e principalmente pela falta de exposição ao sol. Além dos cuidados com o tempo no chuveiro e a temperatura da água, pessoas de pele muito seca devem evitar o uso de sabonetes nas pernas e braços, usando-o somente nas áreas íntimas, espalhando apenas a espuma no restante da pele. Não usar buchas vegetais, esponjas ou sabonetes de banho com grânulos. Tomar banho rápido e morno é saudável e ecologicamente correto, com sabonetes neutros e hidratantes, pois são os que menos ressecam a pele. 1 8 | CINCO + | JUNHO 2015
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Problemas de audição podem comprometer desempenho escolar Professores devem ficar atentos aos sinais da perda auditiva
É na sala de aula que os professores ajudam a identificar problemas de visão de crianças e adolescentes. Os sinais de que o aluno não enxerga bem o que está na lousa ajudam a alertar os pais para eventuais problemas de visão. O mesmo acontece com a perda auditiva. Muitas vezes apáticos ou agitados, os alunos podem estar mesmo é sofrendo de perda auditiva e os professores podem ser os primeiros a identificar os sinais. Dificuldades no processo de alfabetização e no aprendizado ou falta de concentração podem ser sinais de perda auditiva , afirma Talita Donini, gerente de produtos da Phonak do Brasil. Um programa de suporte com informações sobre audição na criança e uma tecnologia específica para o tratamento das dificuldades auditivas auxiliam no aconselhamento nos primeiros sinais de perda auditiva. Pais e professores devem atentar a alguns detalhes para acompanhar a saúde auditiva de seus filhos, como: - a criança apresenta um desenvolvimento de fala tardio ou fala com dificuldade; - não reage a barulhos fortes; - não atende quando é chamada pelo nome; - pede para aumentar o som da TV, computador ou telefone com frequência; - se mostra avoada ; - dificuldade em manter a atenção; - parece irritada e dificilmente faz vínculos com outras crianças; - prefere brincar sozinha; - dificuldade na alfabetização; - troca de fonemas na escrita; - dificuldade de aprendizado em geral. Existem várias soluções para as crianças diagnosticadas com perda auditiva, que ajudam e favorecem para que os alunos e professores mantenham uma comunicação
eficiente. Uma dessas soluções pode ser o sistema de FM. Sistema de FM Na fase escolar é muito importante garantir o acesso à voz do professor para o aprendizado e desenvolvimento futuro de uma criança. A tecnologia do Sistema de FM, por exemplo, garante que o aluno que usa aparelho auditivo ouça a voz do professor direta e nitidamente, mesmo em uma sala barulhenta. Os maiores obstáculos como distância, eco e ruído são reduzidos e a criança pode aproveitar a aprendizagem e as brincadeiras sempre. Quando há indicação de aparelho auditivo, as tecnologias atuais permitem soluções cada vez menores e mais discretas para combater o problema e permitir que os usuários tenham uma vida normal. No passado, as pessoas tinham vergonha de usar óculos. Hoje, ele é um acessório de moda. Com o tempo, o mesmo vai acontecer com os aparelhos auditivos que possuem funcionalidades e design especialmente dedicados para públicos variados, como crianças, jovens, adultos e idosos , comenta Talita. Caso seja detectada perda auditiva na criança, o tratamento deve ser imediato. Trata-se de um problema grave que compromete o desenvolvimento da linguagem , a l e r t a Ta l i t a . O p r i m e i r o p a s s o é p r o c u r a r u m otorrinolaringologista. O pediatra pode fazer esse encaminhamento. Após a consulta, a criança deve realizar os exames solicitados para avaliar a audição e, caso seja necessário, deve ser encaminhada para um fonoaudiólogo. Saiba mais sobre a Phonak em: www.phonak.com.br phonak.ms@gmail.com (67) 3384-1626 | 8403-5224 SAC 0800 701 8105
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SAÚDE
ZUMBA: RITMO QUE DERRETE CALORIAS Prática mistura alegria das músicas latinas ao entretenimento e à saúde física por ANDRÉIA NUNES
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umba Fitness é sensação na academia mesmo durante o inverno. Isso porque a modalidade é mais do que apenas um exercício físico, é divertidíssima e os praticantes acabam se contagiando com a energia alegre das músicas latinas. Além disso, é claro, as aulas geram um gasto calórico considerável, proporcionando o emagrecimento e a tonificação muscular. Na Stoffer as aulas de Zumba acontecem todos os dias, em horários variados e não tem tempo ruim que esvazie essas aulas. Para a instrutora de Zumba Fitness, Karine Ávalos, o ambiente também influencia na prática. “Locais espaçosos, como a sala que temos na Stoffer, é o ideal. Há um palco onde o aluno pode visualizar melhor os passos que o instrutor propõe. Nossas aulas também tem uma iluminação especial, que fazem toda a diferença para quem pratica. As cores dão mais ânimo e fazem entrar no clima”, avalia.
KARINE GARCIA
Ela também explica o “porquê” de o instrutor “propor” os passos: “Nós não ensinamos uma dança. A ideia é que as pessoas se movimentem, cada uma no seu ritmo e no seu tempo. Ninguém é obrigado a seguir os passos, e cada um aplica a intensidade que o corpo permite. É por isso que há grande procura, porque não há restrição.” Zumba é um programa de ginástica, criada pelo colombiano Beto Perez, que fundou a companhia de mesmo nome “Zumba”, onde os profissionais se especializam e credenciam para dar aulas nas academias. Karine ressalta que um ponto importante é avaliar na hora de escolher a academia e o instrutor. “No site oficial, zumba.com.br, é possível ver, por cidade, o nome das academias e dos instrutores. Existem algumas regras na Zumba, métodos para que ela seja eficiente. Por isso é importante ficar atento. Aqui na Stoffer somos em três profissionais, e tanto nós quanto a academia constamos no site oficial”, explica. Como queimar calorias é a intenção final de quem pratica exercícios físicos, essa é uma questão que a instrutora frisa bastante. “Depende muito da intensidade em que se pratica os movimentos. O gasto mínimo registrado é de 500 calorias, e o máximo de mil. O resultado acontece também devido a sequência de músicas. Na Zumba não há pausa. São 50 minutos de música, uma atrás da outra, mas vamos intercalando as mais dançantes com as mais calmas. Porém, como eu sempre friso, há um respeito muito grande pela liberdade individual. Então, se a pessoa quer tomar água, ela pode sair no meio da aula e ir. O mesmo vale se ela quiser sentar ou fazer a coreografia em ritmo mais lento. Uma coisa que eu gosto muito de dizer é que a aula é como se fosse uma festa, onde há uma pessoa dançando (que seria o professor) e as outras pessoas estão curtindo também e acabam dançando junto. É por isso que alguns chamam essa prática de ‘Zumba Fitness Party’, que significa ‘Zumba Festa Fitness’. Serviço - Conheça mais a Zumba na Stoffer. Informações pelo telefone (67) 3305-8099
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COMPORTAMENTO
SERÁ QUE O SEU
‘CIUMÔMETRO’
JÁ SOOU? Que atire a primeira pedra quem nunca teve um xilique de ciúmes. É assim, acontece em todos os relacionamentos, afinal, é como dizem, ‘quem ama cuida’ por TATHIANE PANZIERA • fotos RENAN MORAES NEVES
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ideki Yanai, 26 anos, e Michelle Lumy Akamine, 24, se conhecem há 14 anos. Eram amigos, e com o tempo e a convivência se apaixonaram. “Ele gosta de mim desde 2001, somos melhores amigos desde sempre. Nunca tinha sentido nada por ele, até que ele se declarou em 2005, quando eu ainda morava no Japão com meus pais. A gente trocava carta, eu ligava pra cá e, graças a tecnologia, a gente se via pela webcam. Voltei em 2009 para Campo Grande, mas só começamos a namorar em 2010, com a benção dos nossos pais”, conta Michelle. Apesar de Hideki ter se declarado para Michelle, ela admite que tinha ciúmes do “fan clube” dele.“Ele era meu amigo, meu BFF (Best Friend Forever, que significa melhor amigo), eu sabia que ele tinha muitas amigas”, conta Michelle e admite que hoje é uma ciumenta moderada. “Antes eu era tão ciumenta, que olhava tudo no celular, e-mail, facebook, orkut, etc. Hoje eu sei que faz mal, sabe? Então tive que decidir melhorar, pelo meu próprio bem, pelo bem dele e da nossa relação. Mas, quem me conhece vai dizer que ainda sou. Quem não é, né?” Segundo Andréa Brunetto, psicanalista, psicóloga, escritora, autora de “Sobre amores e exílios”, o ciúme é um estado afetivo tão comum no ser humano quanto a alegria, o ódio, a inveja, o luto. É a disposição afetiva daquele que quer o amado só para si, é uma insegurança e desamparo decorrente de perder o ser amado. “É, no íntimo, uma falta de confiança em si mesmo, medo de perda, desejo de exclusividade. Quanto mais ciumento, mais exigente, mais tirano. Quando são muitas as exigências, demandas, dúvidas sobre o objeto amado, deixa de ter uma dimensão normal de “quem ama cuida”, ou ainda “se tem ciúmes de mim, me ama”,” explica Brunetto. Hideki conta, embora a Michelle nunca tenha percebido, que tem ciúmes da namorada. Observador, já sabe que quando a Michelle fica “de cara fechada” e “evita conversar” é sinal de que ela está com ciúmes.
Michelle não está sozinha no grupo das ciumentas, é que o ciúme é mais comum entre as mulheres, conforme Brunetto observou no dia a dia. “Para Freud é normal que todos tenham, mas as mulheres são bem mais ciumentas que os homens”, avaliou Brunetto. A psicanalista chegou a essa conclusão observando a maneira como as pessoas lidavam com o sentimento. “É uma experiência clínica que a psicanálise já mostra desde a época de Freud, e que observo no dia a dia de minha clínica. Poderia ter um viés de que as mulheres são mais inseguras que os homens, porém tenho outra análise – que, aliás, desenvolvi em meu livro “Sobre amores e exílios” – a de que as mulheres têm o amor como religião, e quem ama mais, tem mais medo de perder e, consequentemente, mais ciúmes. A lógica do ciúme é mais ou menos essa: “Me amas? Me amas hoje, me amas sempre? Diga-me que me amas a cada cinco minutos senão caio em um vazio terrível em que posso te perder e serei nada. Sem ti sou nada”, observa a psicanalista. A maturidade, a calma de Hideki e o tempo colaboraram para que um ciclo de confiança nascesse no C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 27
COMPORTAMENTO
relacionamento, fazendo Michelle perceber que o sentimento fazia mal para a relação. Hoje, Michelle leva as crises de ciúmes com bom humor. A estudante brinca que briga com Hideki, “e ele nem sabia que tínhamos brigado. Hoje tento ser mais discreta, quando fico muito ciumenta dou aquela ‘zuada’ básica: ‘quem era aquela sua amiga?’” Segundo Brunetto esse é um ponto positivo para Michelle e o relacionamento. “O humor é um dom precioso, alegou Freud. Infelizmente, não são todos que o têm. Poder fazer humor de si mesmo, rir de si mesmo é coisa boa, é menos rigidez. Lembro agora do escritor israelense Amós Oz, que escreveu que a todo fanático falta bom humor, todo fanático é sério. Fazendo humor, ele escreveu que a cura para o fanatismo seria dar pílulas de bom humor a um fanático. Com isso estou chamando os muito ciumentos de fanáticos, porque acreditam piamente em suas fantasias de traição e abandono, o que não quer dizer que elas sejam sempre enganosas. Essa menina, que conseguiu lidar com bom humor com seus ciúmes, parece um caso normal”, conclui.
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QUER SABER SE O SEU CIÚME É SAUDÁVEL? A CINCO+ PEDIU QUE A PSICANALISTA RESPONDESSE AO ‘PINGUE-PONG’:
CINCO+ : CIÚME PODE SER CONSIDERADO UMA PATOLOGIA? Andréa Brunetto - Prefiro fazer a inversão: ciúme patológico pode ocorrer decorrente de uma patologia. Ciúmes exagerados são um sinal de que algo não está bem, que o sujeito sofre. O ciumento é alguém que tem muito medo de perder o objeto amado. CINCO+ : COMO SABER ATÉ QUE PONTO O CIÚME É SAUDÁVEL NO RELACIONAMENTO? Andréa Brunetto - É só verificar se o parceiro já está saturado de tantas perguntas a responder, explicações a dar. Se o objeto amado ou o ciumento sofrem, é sinal que o “ciumômetro” já soou. CINCO+ : TEM ALGUMA TERAPIA PARA SER UM CIUMENTO SAUDÁVEL? Andréa Brunetto - Sim. Todas as terapêuticas na Psicologia se propõem a escutar sobre o amor, o ciúme, a inveja, a rivalidade com o semelhante. Sou psicanalista e aposto, com Freud e Lacan, que os ciúmes exagerados apontam para um conflito inconsciente. É ele, traumático, que precisa ser relembrado e elaborado. Os tirânicos ciúmes são a ponta do iceberg de algo que não anda bem. Esse escondido, censurado, está inconsciente.
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SAÚDE ANIMAL
CUIDADO COM O ‘SÓ UM PEDACINHO’ Qualquer quantidade de comida pode trazer transtornos ao intestino de cães e gatos por PATRÍCIA BELARMINO
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oi só um pedacinho, doutora”. A frase é ouvida com frequência em clínicas veterinárias. Normalmente, ela é dita depois do cão ou gato ter comido algum alimento que não deveria e passar mal. Ninguém quer parar numa clínica com o animal de estimação por causa de uma infecção intestinal que poderia ter sido evitada. Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no início deste mês, mostra que 44,3% dos domicílios do País têm, pelo menos, um cachorro, o que equivale a 28,9 milhões de lares. Os dados, referentes a 2013, apontam que a população de cachorros em domicílios brasileiros é de 52,2 milhões, ou seja, 1,8 cachorros por domicílio. Já os gatos estão presentes em 11,5 milhões de domicílios, o que corresponde a 17,7% das unidades habitacionais.
veterinária explica que o primeiro sinal de que algo não vai bem é a tristeza. Alteração de comportamento, rejeição ao alimento, vômito e diarreia – com ou sem sangue – são alguns sinais de que seu animal não reagiu bem ao alimento. “De imediato, é necessário procurar um veterinário e não dar remédio. Às vezes o proprietário acha que o animal está com dor e dá um analgésico, que pode piorar o quadro de saúde”, ressalta Perla Noé. Naqueles casos em que o animal sempre foi alimentado com comida, a dica é tirar os temperos e evitar carnes gordas. Frango, peixe e carnes sem gordura, cozidos apenas na água, são opções menos agressivas. Tudo isso, claro, deve ser conversado antes com o veterinário do seu animal.
Em Mato Grosso do Sul a situação não é diferente. São 817 mil cães e 352 mil gatos, conforme o levantamento do IBGE. Mais de 30% das casas sul-mato-grossenses têm um cachorro, enquanto 13,5% têm um gato. E, para evitar que os bichanos parem numa maca, doentes, nada melhor do que prevenir. No que diz respeito à alimentação, a principal recomendação é não dar comida, aquela que consumimos, a eles. Pode estar aí o segredo para o bem-estar do seu bichinho de estimação. A médica veterinária Perla Noé explica que o ideal mesmo, para o cão ou o gato, é consumir ração. Hoje elas estão mais palatáveis e completas, além de reunirem menos conservantes do que antes. “As rações estão mais saudáveis, elas são feitas, hoje, com matérias-primas melhores, e é o alimento mais indicado para os cães e gatos, principalmente para aqueles que moram em apartamentos. A quantidade de fezes, o odor dessas fezes e o número de vezes que o animal defeca dependem muito da alimentação e da qualidade do alimento consumido”, explica. A nossa refeição, além de não ser indicada para os animais, pode deixá-los doentes. Substâncias presentes em molhos e chocolates, por exemplo, são tóxicas para os animais, assim como a cebola e o alho. O pão, que muita gente dá ‘só um pedacinho’, produz muitos gases no organismo dos bichanos, que acabam sofrendo. Doces podem resultar em diabetes e obesidade, mais tarde. Segundo a veterinária, entre comida e frutas, é preferível dar fruta aos animais. Se você já deu comida para o seu animal, deve ficar atento ao que acontece depois com ele. A médica C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 33
CULTURA
ELIS FOTO G Ela vive atrás das câmeras há 22 anos, mas a pretensão aqui é tentar fazer revelações sobre a fotógrafa sul-mato-grossense Elis Regina Nogueira por FERNANDA MONTEIRO • fotos ELIS REGINA
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istória profissional que começou analógica e premiada tão logo conheceu Vânia Jucá e Marcelo Marinho e criaram o primeiro coletivo de fotografia, a Nec Plus X. De cara foram 3 prêmios importantes do Estado: 12º Salão de Artes de MS, 1º Autorretrato de Campo Grande, 5º Salão de Artes de Dourados. Incentivo e tanto para essa menina nunca mais parar! Desde criança Elis Regina era fascinada pelas artes. Dirigia os 3 irmãos em um espetáculo de circo no
O GRAFADA quintal da casa, em Rio Verde, e aos 10 anos ganhou uma câmera descartável. “Tirava foto de tudo que via na minha frente”, recorda, afirmando ainda que depois abriu a câmera para ver como acontecia tudo lá dentro. Resultado: brinquedo quebrado, curiosidade saciada e paixão despertada.
que levou-a para uma viagem de 20 dias nas aldeias Guyra Roka e Ivy Katu, na região de Dourados. Assim nasceu seu famoso ensaio Os Curumins. “O que me interessa são as pessoas”, afirma a autora que planeja voltar agora, 5 anos passados, para mostrar as fotos para os retratados e produzir um documentário.
A fotografia tem colocado Elis em vários lugares diferentes, com pessoas e culturas variadas, e proporcionado experiências marcantes, como o projeto Ava Marandu,
Aí que está... Elis é formada em jornalismo, aficionada por todo tipo de artes visuais e apaixonada pelo cinema e por Eduardo Coutinho, um dos maiores documentaristas C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 35
CULTURA
da história brasileira. Ele privilegiava as pessoas comuns, assim como sua pupila que acabou de voltar de uma expedição no Pantanal onde fotografou a comunidade ribeirinha, na informalidade, no habitat natural, do jeito que suas lentes apreciam. “Fotografar é olhar além do que os olhos consentem”, define Elis Regina que tem direcionado sua câmera também para revelar o apetite appeal de experiências gastronômicas. Ainda no território dos paladares, a inquieta artista se diz com muita sede de aproveitar as facilidades da tecnologia digital, que contaminou as profissões, e produzir para o cinema, além do já mencionado documentário com os índios. “Na minha vida as coisas não são rápidas, mas quando acontecem...” falou, dessa vez, de maneira nada declarada. Ela manteve o suspense em relação ao seu projeto que deve entrar para a galeria da sétima arte. Na verdade, recusou-se. O que vem por aí, a ser registrado, Elis Regina deixou para uma próxima entrevista.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
AS MISTURAS E SABORES GASTRONÔMICOS NO CINEMA
Na Gastronomia, ingredientes são misturados criando um novo sabor. O mesmo ocorre no cinema, elementos são juntados para se criar um novo significado. Isso é exemplificado pela fórmula “A+B= C”. Significa que após a soma, A e B não são os mesmos, criando algo novo. Se na culinária misturamos farinha, ovo, fermento e outros ingredientes, quando o bolo está pronto eles não existem mais de forma singular, criando o C da equação, no cinema a mistura ocorre por meio da montagem, juntando imagem e som.
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princípio do “Efeito Kulechov” baseia-se na justaposição de uma mesma imagem com outras diferentes, criando diferentes significados. O cineasta soviético Sergei Eisenstein, em suas teorias de montagem intelectual, defendia a criação de ideias abstratas por meio da junção de quadros de objetos concretos. Usemos como exemplo a animação Ratatouille, que conta a história do rato Remy em busca do seu sonho de virar um chef de cozinha. Quando o critico gastronômico, Anton Ego, vai provar o prato Ratatouille, aparecem imagens de sua infância para demonstrar o efeito que a comida estava tendo em suas emoções. A alimentação também está ligada ao ato de assistir um filme. O hábito de comer pipoca faz parte do ritual de frequentar o cinema. Atualmente, no Brasil, são consumidas 80 mil toneladas de pipoca por ano. A pipoca começou a ser comercializada em parques e feiras em meados do século XIX, e com a ascensão da sétima arte os vendedores de pipoca, em busca de mais um mercado, passaram a estacionar seus carrinhos na porta dos cinemas. A popularização ocorreu durante a grande depressão americana, com a população sem dinheiro o ingresso de cinema e a pipoca eram opções baratas. Nas telas o assunto sempre está presente, seja por um jantar, por uma ida ao supermercado, por retratar o dia a dia de um restaurante ou a rotina da indústria alimentícia. A magia da sétima arte nos ajuda a relembrar por meio de imagens dos sabores que estão guardados na nossa memória e, como A+B= C, nossas experiências individuais entram na equação para criar a experiência cinematográfica única. Aquela cena de uma mãe retirando um bolo de fubá do forno ou de uma criança comendo pastel no meio-fio desperta em nossa mente momentos de felicidade e nostalgia.
“A COMILANÇA” (LA GRANDE BOUFFE)1973 DIREÇÃO: MARCO FERRERI
“SIMPLESMENTE IRRESISTÍVEL” 2000 DIREÇÃO: MARK TARLOV
Quatro homens de meiaidade, bem-sucedidos, vão para a mansão de um deles, que foi comprada de um químico polonês pelo pai de Philippe após o final da 2ª Guerra Mundial. Reunidos e abastecidos com uma quantidade enorme de comida, planejam comer até morrer. Após a primeira noite, Marcello insiste que mulheres devem se juntar a eles. Philippe se mostra resistente, mas concorda ao saber que serão prostitutas. O grupo, porém, é surpreendido por uma professora.
Amanda Shelton (Sarah Michelle Gellar) herdou o Southern Cross, um restaurante, de sua lendária mãe, mas não herdou dela o talento culinário. Com isso, o Southern Cross corre o risco de falir, mas repentinamente um anjo da guarda lhe dá um caranguejo mágico e faz com que ela conheça Tom Bartlett (Sean Patrick Flanery), que está inaugurando um restaurante classe A para Jonathan Bendel (Dylan Baker) .
SABOR DA PAIXÃO (WOMAN ON TOP)1999 DIREÇÃO: FINA TORRES Dona de um restaurante na Bahia, a vida de Isabella (Penelope Cruz) muda radicalmente quando ela descobre a traição de seu marido, Toninho (Murilo Benício). Decidida em se divorciar, ela parte para San Francisco, onde busca dar a volta por cima e assume o comando de um programa sobre culinária.
“O VENENO ESTÁ NA MESA” 2011 DIREÇÃO: SILVIO TENDLER O filme mostra o perigo a que se está exposto por conta do emprego de agrotóxicos na agricultura, e como este modelo beneficia as grandes transnacionais do veneno em detrimento da saúde da população.
“A FESTA DE BABETTE” (BABETTES GAESTEBUD)1987 DIREÇÃO: GABRIEL AXEL Dinamarca, século XIX. Filippa (Bodil Kjer) e Martine (Birgitte Federspiel) são filhas de um rigoroso pastor luterano. Após a morte do religioso surge no vilarejo Babette (Stéphane Audran), uma parisiense que se oferece para ser a cozinheira e faxineira da família. Muitos anos depois, ainda trabalhando na casa, ela recebe a notícia de que ganhou um grande prêmio na loteria e oferece-se para preparar um jantar francês em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. Os paroquianos, a princípio temerosos, acabam rendendo-se ao banquete de Babette.
por AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo. airtonraes@gmail.com
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
COMIDA FUNCIONAL por KÁTIA KURATONE • foto DIVULGAÇÃO
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á sabemos que os alimentos podem ser grandes aliados na garantia de mais nutrição, mais saúde e na ajuda à prevenção de doenças. Essa é a proposta da dieta funcional. Você já ouviu falar na dieta Halal? É a dieta árabe cujo termo significa permitido. “A dieta Halal foi elabo-
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rada e aperfeiçoada como uma inovação no mercado nutricional, apresentando um novo conceito e uma preocupação com a qualidade de vida, introduzindo uma nova conduta alimentar com mais prazer e diversidade”, explica o nutricionista Faissal Kabad Júnior. Descendente de família árabe, ele desenvolve a dieta Halal há mais de 20 anos e atualmente tem uma fábrica em São Paulo, capital. “Sempre fui encantado pela
“Faço as compras nos empórios na região do Mercadão Municipal de São Paulo sempre muito cedo, sempre chego junto com caminhões de batata, cebola, alho, dentre outros legumes.” Faissal Kabad Júnior desenvolve a dieta árabe Halal para quem busca qualidade de vida
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
gastronomia que os meus avós eram adeptos. Cresci consumindo alimentos integrais e acreditei que poderia melhorar a saúde das pessoas”, afirma. O nutricionista e empresário não só se tornou adepto, como passou a estimular outras pessoas a conhecerem os benefícios da dieta Halal. “No dia a dia, a alimentação da dieta árabe é muito rica e diversificada, pois nela são utilizados grãos integrais, temperos secos e refinados com a junção de cravo, canela e cardamomo, pimentas em pó, alimentos frescos e grande variedade de proteínas. Geralmente são cozidas, grelhadas ou assadas, como frango, peixe, carneiro, frutos do mar e, principalmente, carne vermelha”, defende.
Outra vantagem, segundo Faissal, é a saciedade que os alimentos proporcionam. “A ingestão de grãos integrais em cozimento al-dente e as proteínas são a causa da saciedade por mais tempo. Quanto mais diversificados são os alimentos ingeridos, maior será o retardamento da fome”, explica. A culinária árabe evita que os alimentos sejam fritos e, na maioria dos pratos, eles são apenas cozido. A ingestão de grandes quantidades de açúcar também é evitada. “Para base dos doces, utilizamos uma calda açucarada composta por água, pouco açúcar, miski e água de flor de laranjeiras. Isso faz com que quantifiquemos a ingestão de alimentos ricos em açúcar.”
DICAS DA FUNCIONALIDADE DOS ALIMENTOS DA DIETA ÁRABE HALAL:
KIBE CRU
ESFIHA DE CARNE
O prato requer carne vermelha moída (indicase patinho magro), acrescida de trigo para kibe, já hidratado, e misturada com temperos, como cebola, hortelã, pimenta do reino, cravo, canela moída, um pouco de cominho e pimentão vermelho a gosto. É indicado para consumo daqueles que buscam uma melhor performance muscular, porque a carne crua é melhor absorvida pelo organismo. Os temperos funcionam como um acelerador metabólico.
A receita do famoso salgado passou por algumas modificações na massa. Retirou-se o glúten e foram acrescentados farinha de arroz, fécula de batata, água, ovos, óleo, sal, fermento e açúcar. Para o recheio, é utilizado tomate verde, cebola roxa e carne moída (patinho). O tempero fica por conta de sal, pimenta do reino, pimenta síria, cravo e canela. Ótima para repor as energias e como entrada para lanches da manhã, tarde ou antes de atividade física.
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COALHADA SECA É elaborada com leite fermentado e coado até originar uma pasta. Trata-se de alimento rico em proteínas e recomendado para aqueles que sofrem de osteoporose. Entretanto, orienta-se não consumir com cafeína, pois esta inibe a absorção do cálcio. De elevado valor nutritivo, ela proporciona o aumento da absorção de vitaminas do complexo B no intestino.
CHÁS Podem ser utilizados como refrescantes (gelados) ou reguladores térmicos (quentes) na sua melhor função nutricional. A base sempre é o chá mate preto, e nas variações indica-se chá verde, cardamomo, canela ou cravo, convertendo esta simples bebida em potente acelerador metabólico e estimulante. A cafeína auxilia na manutenção ou redução do peso com dieta balanceada.
CHARUTO DE FOLHA DE REPOLHO RECHEADO COM CARNE O prato é composto por muita fibra, por causa dos legumes. As folhas são recheadas com carne moída misturada com pimenta do reino, tomate, cebola e arroz. O interessante é que no cozimento é acrescida bastante água, suco de limão, tomate maduro em rodelas grandes e cebola, além de alho cru triturado. Ao cozer, a gordura do charuto é separada dos alimentos, fazendo com que o mesmo fique sobre a água que, ao ser retirada, torna o um alimento mais saudável. É indicado para consumo noturno, pois é baixo em carboidratos e rico em proteínas e fibras.
FRUTAS SECAS Elas sempre estão em volta dos alimentos salgados. São utilizadas para dar um toque adocicado aos pratos e substituir o consumo de doces.
GRÃO DE BICO Alimento rico em fibras que auxilia em maior funcionalidade do trânsito intestinal e no controle da glicemia. Indicado como substituto do arroz, pois trata-se de uma leguminosa que proporciona maior período de saciedade e melhores resultados para quem busca controle e/ ou redução de peso.
LENTILHA Outra leguminosa poderosa para controle cardiovascular. Reduz consideravelmente o colesterol, porque contém folato e magnésio, além das fibras. Indicada para consumo junto com proteínas. Ela pode ser cozida junto com carnes.
Halal x Haram
Halal em árabe significa permitido. A palavra pode ser aplicada a qualquer coisa: vestimenta, padrões de comportamento, mas é mais comumente associada aos alimentos. Já haram é o que significa proibido. A carne de porco, por exemplo, é proibida pelo islão. O sangue dos animais não deve ser consumido. Já com relação às bebidas, estão proibidas as que contenham álcool, como o vinho e a cerveja, pelo fato de alterarem a consciência do ser humano.
Faissal Kabad fkj_nutrimedical C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 43
VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
AS PESSOAS SABEM DIFERENCIAR FOME DE VONTADE DE COMER? por TAIZ SIQUEIRA PINTO NUTRICIONISTA CRN 39.181 MESTRE EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO
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A
primeira reação que algumas pessoas têm ao pensar sobre o ato de sentir fome e vontade de comer é “não tem diferença, pois se estou com vontade de comer é porque estou com fome”. Mas na verdade, “fome” e “vontade de comer” são diferentes.
De maneira geral, define-se como fome a sensação fisiológica que o corpo percebe quando precisa de nutrientes para manter suas atividades. Esses nutrientes necessários ao corpo são fornecidos pelos alimentos. Percebe-se que se está com fome quando sente fraqueza, a concentração diminui, o estômago “ronca”, podendo até sentir dor de cabeça. Sentir fome acontece por diversos fatores, dentre os quais a queda da taxa de açúcar no sangue, no período entre as refeições, quando o organismo sinaliza ao cérebro que está precisando de combustível para manutenção das funções do organismo. A vontade de comer é uma sensação associada, na maioria das vezes, a características emocionais e psicológicas. Manifesta-se pelo desejo de consumir um alimento específico, como chocolate, batata frita, massas ou doces no geral. Esta vontade de comer é despertada pelos nossos sentidos, como visão, audição, paladar, e pela memória (ao lembrar do sabor do alimento ou de momentos em que foi consumido). Imagine que você está no trabalho e se aproxima o horário do almoço. É comum perceber que sua concentração não é a mesma, simplesmente porque você sente seu estômago vazio. Neste momento você está sentindo fome. Você sai do trabalho e vai para sua casa ou um restaurante almoçar. Após o almoço seu estômago estará cheio e pronto para começar a digestão, para que seu organismo receba os nutrientes para continuar seu funcionamento. Mas se você está em casa, assistindo televisão, e passa o comercial de um doce, por exemplo, ou então você está no restaurante e há opções de sobremesas, despertará vontade de comer o doce do comercial ou a sobremesa do restaurante. Mas esta vontade pelo doce não é fisiológica, é a associação feita ao ver o alimento e desejá-lo. Para entender melhor a vontade de comer, é preciso levar em consideração que a alimentação dos seres humanos deixou de ter caráter apenas fisiológico e nutritivo, e passou a ter caráter social e de incorporação a outros sentidos, como a visão, o cheiro, a sensação boa de colocar um alimento gostoso na boca e de como isso se relaciona com momentos em que obtém-se prazer ou desprazer com o alimento, associando-o, assim, a uma história ou um momento vivido. Quando a pessoa lembra do momento ou da história que viveu quando comeu
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
determinado alimento, ela associa a esta história e desejará ou não o alimento. Isso não será mais fome, e sim vontade de comer. Ao dizer que a alimentação está ligada à vida social, não é difícil lembrar que, na maioria das vezes, ao comemorar algo ou confraternizar-se já pensa-se em sair para comer com a família e amigos. Isso não tem problema algum, desde que saiba escolher os alimentos certos e o momento de parar de comer, conseguindo diferenciar a fome e a vontade de comer. Por vezes há dificuldade em detectar qual o momento de parar de comer. Esta pode ser provocada pelo fato de o estômago já está dilatado, em resultado à prática de comer além do necessário. Quando há essa dilatação, o estômago libera substâncias que aumentam mais a vontade de comer. A insatisfação alimentar também pode ocorrer porque o ser humano, como já foi dito anteriormente, tem prazer em comer alguns alimentos por associar a momentos e sentimentos. Sentir prazer ao se alimentar só será problema quando este prazer passar a ser frequente ou quando a sua busca acontecer como uma “culpa” ou “fuga” para confortar, esquecer ou se libertar de algum sentimento. Esta situação, quando ocorrida de forma frequente, poderá trazer problemas de saúde, como o sobrepeso, a obesidade e, consequentemente, a baixa autoestima, a depressão ou até problemas no coração e outros órgãos do corpo. Quando estes excessos acontecerem é importante buscar ajuda de profissionais da área da saúde, como nutricionista, psicólogo, médico, para que este mecanismo não traga mais consequências ruins para a saúde, pois estes profissionais, juntos, saberão a melhor maneira de ajudar a diferenciar fome de vontade de comer.
DICAS DA NUTRICIONISTA: •
Antes de começar uma refeição, desligue-se dos problemas e não leve sentimentos de tristeza, raiva e emoções ruins para a mesa. Não contamine o seu momento de equilíbrio e de saúde. Faça um exercício de respiração e mentalize só sentimentos bons.
•
Preste atenção ao escolher os alimentos que colocará no seu prato, nas cores e no cheiro da comida. Aproveite cada instante para saciar todos os sentidos.
•
Ao mastigar, preste atenção em seus pensamentos. Esse é um ótimo momento para observar se está substituindo suas carências afetivas pela comida.
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•
Ao final de cada dia, analise o que aconteceu de situações e sentimentos bons e ruins. Tente desapegar de todos os sentimentos e situações ruins e só guarde os sentimentos e situações boas. Sobrecarregar-se sem necessidade pode gerar muita ansiedade e desconforto, o que levará a comer compulsivamente.
•
Parabenize-se pelas vitórias do dia, por hábitos positivos que conseguiu implantar e por mais um degrau avançado.
•
Lembre-se: cada dia é um novo e diferente dia. Não conseguiu mudar hoje, tente amanhã, mas nunca desista e sempre busque o melhor para sua saúde.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
COM OU SEM
GLÚTEN?
O que é mito e verdade sobre a proteína tão comentada ultimamente por CLAUDIA MALFATTI
É
fato que algumas pessoas deixam de consumir glúten por questões de saúde, quando descobrem, por exemplo, que têm doença celíaca. Já outras resolvem tirar o nutriente do cardápio apenas por acreditar que é mais saudável e podem perder peso. Para esclarecer essas dúvidas, a Revista Cinco + conversou com a nutricionista Emanuelle Salustiano. A restrição no consumo de glúten é recomendada quando a pessoa tem diagnóstico de doença celíaca, dermatite herpetiforme ou apresenta alergia ou sensibilidade não celíaca ao nutriente. Nesses casos, percebe-se a melhora de sintomas e qualidade de vida. Conforme Emanuelle, a mudança na alimentação precisa ser feita com acompanhamento nutricional adequado, garantindo a boa nutrição corporal, não apenas trocando glúten por sem glúten. Ela lembra que há quem opte por tirar essa proteína para se sentir bem, mas não come nem 100g de frutas e hortaliças ao longo do dia. “É preciso ser saudável como um todo, nunca poderemos fugir da boa alimentação para ter saúde. Alguém que mal bebe água, por exemplo, quando passa a consumir a quantidade ideal terá inúmeras melhorias de saúde. Existe todo um contexto envolvido. Uma vantagem de alguém que reduza o consumo de produtos com glúten por aqueles sem, é a diminuição do consumo de produtos industrializados, pois costumam trocar biscoitos salgados de pacotinho, por batata doce e outras raízes. Isso sem dúvida é muito benéfico para o corpo”, comenta a nutricionista.
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O importante é nunca retirar o glúten do cardápio sem diagnóstico médico e acompanhamento nutricional. “Se houver um indivíduo que não sabe ainda que é celíaco (sem exame comprobatório), que resolveu excluir o glúten porque ouviu vários relatos de melhoria de saúde, e fique um determinando tempo sem consumir e futuramente resolva voltar ao consumo regular ou até mesmo eventual, ele estará sujeito a desenvolver a doença celíaca refratária. Nesse caso, o problema não será revertido nem mesmo com a exclusão do glúten novamente, será necessário o uso de medicamentos. Podem surgir também outras doenças autoimunes. Para aqueles com reação de hipersensibilidade, intolerância ou alergia ao glúten, isso pode variar. Cada caso é um caso”, observa. E O GLÚTEN PODE SER CONSIDERADO VILÃO PARA A OBESIDADE? A RESPOSTA É NÃO. De acordo com a nutricionista Emanuelle Salustiano, a obesidade é multifatorial, engloba questões alimentares, hormonais, culturais, sociais, econômicas. “Não existe comprovação científica de que retirar o glúten vai emagrecer ou desenvolver músculos. Está longe de ser comprovada essa relação. Melhorias ao corpo estético são dependentes de inúmeros fatores: qualidade e durabilidade do sono, qualidade e quantidade da água ingerida, qualidade e quantidade alimentar ao longo do dia, presença e frequência da prática de atividade física. Não existe milagre. Existe um monitoramento de profissional qualificado focado na saúde do indivíduo”, alerta. O glúten está naturalmente presente no trigo, trigo duro, triticale, centeio, cevada, espelta, malte e nos alimentos e produtos elaborados com eles, como pão, massa, biscoito, granola, barrinhas de cereais, entre outros.
Há também glúten presente “não naturalmente” em muitos outros alimentos, que tenham sido plantados ou preparados em mesmo ambiente onde foram plantados/manipulados cereais com glúten. “Como é o caso da aveia e de muitos produtos alimentares que, mesmo que não contenham nenhum desses cereais na composição, o rótulo deve trazer a informação “contém glúten” em virtude da contaminação”, esclarece Emanuelle. A nutricionista reforça que outras patologias relacionadas a essa proteína necessitam de mais pesquisas para se confirmar categoricamente que é a causadora do problema. “No entanto, os estudos científicos vêm auxiliando no tratamento de outras desordens relacionadas ao glúten ou ao trigo. Alguns estudos clínicos apresentam a relação do glúten com psoríase, artrite reumatoide, depressão, hiperatividade, síndrome do intestino irritável, tireoidite de Hashimoto. O termo que tem sido adotado no meio científico para justificar esses casos é a sensibilidade ao glúten não celíaca”, conclui.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
GUIA REÚNE PRINCÍPIOS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de São Paulo
por PATRÍCIA BELARMINO
O
Ministério da Saúde lançou no final de 2014 a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira. O documento, desenvolvido em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP) e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/Brasil), traz princípios e recomendações de uma alimentação adequada e saudável para toda a população. Um dos objetivos é que o guia sirva como um instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional do Sistema Único de Saúde (SUS). O guia foi distribuído gratuitamente em unidades de saúde e escolas públicas. A mesma versão está disponível na internet e pode ser acessada a qualquer momento. O guia não classifica os alimentos em carboidratos, proteínas e assim por diante. Os alimentos são divididos em in natura ou minimamente processados, produtos extraídos de alimentos in natura e usados para temperar e cozinhar (óleo, gorduras, açúcar e sal, por exemplo) e alimentos processados e ultraprocessados. A recomendação é que os alimentos in natura ou minimamente processados sejam a base da alimentação. Esses alimentos são aqueles obtidos direto de plantas ou de animais e são adquiridos para o consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Frutas, legumes, verduras, raízes,
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tubérculos e ovos são exemplos de alimentos in natura, já arroz, feijão, carne e leite são considerados alimentos minimamente processados. Óleos, gorduras, sal e açúcar – extraídos de alimentos in natura ou minimamente processados – quando usados com moderação, ajudam a diversificar e tornar a alimentação mais saborosa. A moderação, segundo o guia, é o segredo para não tornar a alimentação nutricionalmente desbalanceada. O consumo excessivo de sódio (presente no sal) e de gorduras saturadas aumenta o risco de doenças do coração, já o consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de cárie dental, de obesidade e de várias doenças crônicas. Hoje, combater a obesidade é um dos desafios da saúde brasileira. Dados da pesquisa Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostram que 52,5% da população brasileira estão acima do peso. Destes, 17,9% são obesos. Os dados da pesquisa foram coletados nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Ao todo foram 41 mil pessoas entrevistadas.
Sobre o uso de alimentos processados, o guia defende que o consumo seja em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados. Conservas de legumes, compota de frutas, queijos e pães têm composição nutricional diferente daquela dos alimentos dos quais derivam. O processamento industrial dos alimentos tem, normalmente, o objetivo de aumentar a duração de alimentos in natura, além de torná-los mais agradáveis ao paladar, em alguns casos. O uso de alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes e macarrão instantâneo, não é recomendado pelo guia. “Evite alimentos ultraprocessados”, diz a publicação do Ministério da Saúde. “As formas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente”, ressalta. Estes alimentos apresentam, com frequência, alto teor de sódio, além de serem pobres em fibras.
DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL 1.
Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação.
2.
Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
3.
Limitar o consumo de alimentos processados.
4.
Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
5.
Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.
6.
Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados.
7.
Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
8.
Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.
9.
Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.
10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
INAPETÊNCIA SELETIVA Quando temos um filho, buscamos dar o melhor a ele e queremos que sua rotina alimentar seja completa, com todos os grupos alimentares, tanto energéticos (carboidratos, lipídios) e construtores (proteínas) quanto reguladores (micronutrientes – vitaminas e sais minerais), sem haver déficit nutricional, falhas no crescimento e/ou desenvolvimento, uma vez que sabemos que há relação entre o apetite e os níveis de alguns elementos, como o zinco, o ferro e o cobre por PAULA SALDANHA TSCHINKEL NUTRICIONISTA CRN 18120
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“A CRIANÇA QUE COME O QUE QUER” A
mpliando a noção de alimentação desejável/normal, é considerado inadequado o consumo alimentar das crianças baseado em alimentos muito calóricos, ricos em gorduras saturadas e hidrogenadas (isômeros trans), como salgadinhos, bolachas recheadas, doces, balas e refrigerantes, pois a utilização exagerada destes alimentos pobres em vitaminas e minerais tende a gerar estados de carências, com impacto possível para o crescimento e desenvolvimento, bem como aumentar o risco de dislipidemias e doença cardiovascular. A dificuldade em responder à questão da adequação da alimentação, faz com que mães e outros responsáveis determinem que normal seja uma alimentação muito variada, que contenha todos os grupos alimentares em porções adequadas e distribuídas em cinco ou seis refeições diárias. Porém, apenas a minoria das crianças o faz. Frente a esta situação, o correto é estimar a ingestão dos diversos nutrientes individualmente, de cada criança, bem como quantificar estes alimentos e buscar oferecer de forma variada no dia a dia. A participação da família no processo da alimentação é de fundamental importância, devemos ter maior atenção quando neste ambiente existe um histórico de depressão, transtornos alimentares e pais extremamente exigentes, pois estes perfis tendem a apresentar filhos com maior risco de padrões alimentares inadequados. Famílias desestruturadas tendem a apresentar crianças seletivas com maior frequência. As queixas relativas à seletividade geralmente especificam que ocorre uma recusa de determinados tipos de alimentos – “meu filho come apenas alguns alimentos” ou “não gosta de provar nada diferente”. Simultaneamente, são manifestadas preocupações sobre o impacto na saúde – “Há alguma coisa de errado com ele?” ou “Será que isto não causará nenhum dano a saúde?”. Por fim, aparecem as indagações relativas ao papel da mãe e da educação da criança – “Será que não sei educar ou impor limites?” Na maioria das vezes, a problemática está na maneira como os responsáveis interpretam a rejeição a novos alimentos, visto que a alimentação está atrelada à questão da sobrevivência. E os pais, acreditando que a saúde das crianças seja mais vulnerável, tendem a
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
A CRIANÇA SELETIVA MANIFESTA A TRÍADE: RECUSA ALIMENTAR, POUCO APETITE (RELATADO) E DESINTERESSE PELO ALIMENTO. EFETIVAMENTE CONSOME MENOR VARIEDADE DE ALIMENTOS, REQUER MODOS DE PREPARO ESPECÍFICOS, RECUSA ALIMENTOS NOVOS, TEM PREFERÊNCIAS MUITO INTENSAS, RESTRIÇÕES AMPLAS E TENDE A REAGIR DE FORMA NEGATIVA E HOSTIL, QUANDO AFRONTADA EM SUAS ESCOLHAS.
desenvolver grande angústia e conflitos. Em conjunto, as queixas mostram sentimentos maternos de perda de controle, estresse, incompetência, culpa e frustração, pois a criança é quem acaba decidindo o que ela come, e não os responsáveis. Também, com a ansiedade materna para que a criança se alimente, muitas vezes são oferecidos alimentos substitutos de baixo valor nutritivo. A criança, rapidamente associa que, se não comer, obterá o que deseja. A violência contra o menor, que é um erro, como surras e outros agravos, pode ser o passo seguinte após tentativas de persuasão, a qual pode refletir em agressividade por parte da criança mais tarde. A criança seletiva manifesta a tríade: recusa alimentar, pouco apetite (relatado) e desinteresse pelo alimento. Efetivamente consome menor variedade de alimentos, requer modos de preparo específicos, recusa alimentos novos, tem preferências muito intensas, restrições amplas e tende a reagir de forma negativa e hostil, quando afrontada em suas escolhas. O início da seletividade alimentar costuma coincidir com o período de introdução aos sólidos, próximo dos 8-10 meses de idade, por vezes à introdução da sopa, aos 6 meses. Isto ocorre pela relutância da criança em 5 4 | CINCO + | JUNHO 2015
consumir novos alimentos à primeira oferta, a neofobia, ou “pickyeater” (termo adotado para crianças seletivas) e se refere especificamente à seletividade, que é uma das faces da dificuldade alimentar. Pode ser, e muitas vezes é, apenas transitória, correspondendo à fase de adaptação a novos alimentos ou de reação frente a pequenas infecções de vias aéreas superiores. Constitui um fato comum, típico do desenvolvimento normal da criança, até como expressão de reação ao ambiente doméstico. Deve-se, entretanto, ter atenção redobrada quando há alguns destes sintomas: dor crônica, depressão, ansiedade, hipogeusia (sensibilidade diminuída do paladar), hiposmia (diminuição do olfato), náuseas, saciedade precoce e funcionamento inadequado do trato gastrointestinal, estes sugerem a necessidade de intervenção médica. Nesta fase, trabalhar o lúdico com estas crianças é essencial para uma correta introdução alimentar. Quando colocamos uma criança para comer, aquele momento deve ser prazeroso e estimulador, com local e horários adequados, buscando um convívio familiar, uma vez que ao completar 1 ano de idade a mesma deve estar se alimentando igualmente à família e junto com ela. Quando falamos junto com a família, isso reflete o
exemplo que deve ser dado pelos responsáveis na quantidade, qualidade e variedade alimentar. A criança dos 3 aos 5 anos tem uma memória aberta, com ativações cerebrais para diferentes paladares, a careta não quer dizer que não gostou, ela está experimentando, mostra que o alimento é amargo mas é gostoso, e o ambiente familiar, ou o ambiente em que é oferecido este alimento, deve estimular, dar um reforço positivo naquele momento. O maior problema é o pré-conceito dos alimentos no ambiente alimentar da criança. Considerando todos esses aspectos, tais “pickyeaters” podem ser minimizados, se ficarmos atentos ao processo de estabelecimento do vínculo pais (responsáveis)/filho/ alimentação. Na abordagem da questão da seletividade na infância, os principais aspectos a serem considerados são os motivos que levam a criança a este comportamento. Buscar e entender a causa de a criança escolher o que quer comer, e não simplesmente rotulá-la como “birrenta, teimosa e seletiva”, é o primeiro passo para se propor uma conduta mais adequada, buscando auxílio de um profissional ou de uma equipe interdisciplicar para correção deste quadro. A grande dúvida que familiares têm em relação à
adequação alimentar pode ser sanada pela correta orientação de um profissional nutricionista. Desta forma, a “pickyeater” pode ser modificada para uma adequada mudança de hábitos, possibilitando compatibilizar e respeitar o paladar de cada criança, hábito cultural e familiar, bem como religioso, sem descuidar-se das necessidades nutricionais. Eventualmente, pode haver a suplementação de alguns produtos, mas sabendo que a eficácia dos compostos estimulantes do apetite é um tema muito questionado na literatura, devido à variabilidade dos resultados. Portanto, é preciso avaliar para quem e em quais condições são administrados. A individualização do atendimento pode ser suficiente para diminuir a ansiedade da família, que desejaria ver a criança ingerindo todos os alimentos. Porém, enquanto o estudo nutricional de cada paciente seletivo não é realizado, opta-se pela prescrição de alimentação diversificada. Várias correntes de conduta nutricional foram aparecendo durante os anos. Douglas (1998) sugere que sejam listadas as preferências das crianças, e que semanalmente sejam acrescentados dois novos alimentos com texturas similares ao grupo original. Para aqueles que só
BUSCAR E ENTENDER A CAUSA DE A CRIANÇA ESCOLHER O QUE QUER COMER, E NÃO SIMPLESMENTE ROTULÁ-LA COMO “BIRRENTA, TEIMOSA E SELETIVA”, É O PRIMEIRO PASSO PARA SE PROPOR UMA CONDUTA MAIS ADEQUADA, BUSCANDO AUXÍLIO DE UM PROFISSIONAL OU DE UMA EQUIPE INTERDISCIPLICAR PARA CORREÇÃO DESTE QUADRO.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
comem purês, a viscosidade deve ser aumentada gradualmente, reduzindo a água ou acrescentando batata, além de estar sempre oferecendo alimentos duros, que podem ser pegos com as mãos. É RECOMENDÁVEL DEIXAR QUE A CRIANÇA ALIMENTAR-SE POR SI SÓ, MANIPULANDO OS ALIMENTOS, SEM SE PREOCUPAR, EM PRIMEIRO MOMENTO, COM AS MANEIRAS DURANTE AS REFEIÇÕES.
Outros autores sugerem que na transição para os alimentos sólidos, devam-se oferecer alimentos semi-sólidos, como cenoura cozida, que estimulariam a criança a experimentar alimentos mais sólidos. Crianças que bebem muito leite devem ter a quantidade de alimentos semi-sólidos e sólidos aumentada progressivamente. Frente à solicitação de leite, os pais devem oferecer um outro alimento, de que a criança goste, para que esta aprenda a diferenciar a fome da sede. Os pais devem se preparar para a resistência de seus filhos perante essas novas atitudes. Os novos alimentos tendem a ser rejeitados, portanto a oferta deve ser repetida, pois é através da experiência que as crianças aprendem e desenvolvem as associações entre as características sensoriais dos alimentos, o contexto social e as consequências fisiológicas e psicológicas de alimentar-se. As inovações dietéticas podem aumentar a ingestão de alimentos, assim como a monotonia alimentar tende a acarretar a diminuição do apetite. Desta forma, a avaliação do cardápio habitual deve ser feita, com a sugestão de alimentos adequados à idade da criança, variando sua composição, utilizando equivalentes e realizando mudanças nas preparações e apresentação. Podemos observar que uma simples mudança no tempero é capaz de estimular a criança seletiva a comer outros alimentos, desejáveis. Porém, há limites de paladar, e há quem saliente que nunca se deve disfarçar alimentos claramente rejeitados pela criança, que deve saber o que está comendo, aprendendo a identificar texturas e sabores. Por que não fazerem também seu alimento, montarem seu prato com ajuda de um adulto, ou mesmo ir além ir ao supermercado, horta, empórios e outros locais que a família frequente com intuito de ajudar na produção de sua refeição? É recomendável deixar que a criança alimentar-se por si só, manipulando os alimentos sem se preocupar, em primeiro momento, com as maneiras durante as refeições. Em síntese, ambiente calmo e pais relaxados promovem a autoconfiança da criança, que obtém o prazer natural em alimentar-se. A educação nutricional é a conduta preventiva da seletividade alimentar da criança. Tem como objetivo desenvolver atitudes adequadas em relação ao alimento, considerando, para tanto, aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais. O conhecimento sobre como e o que comer é o primeiro degrau para obter um comportamento alimentar saudável. Mesmo em casos de seletividade alimentar já estabelecida, há espaço para a reeducação nutricional. O conhecimento instiga a mudança, mas só obtém resultado quando as pessoas desejam mudar.
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DE UM MODO GERAL, OS PAIS DEVEM SER ORIENTADOS SOBRE: •
Respeitar o direito da criança de ter preferências e aversões.
•
Oferecer os alimentos em quantidades pequenas, para encorajar a criança a comer. É comum as mães oferecerem mais comida do que a criança consegue assimilar, provavelmente em virtude do fato de que é difícil para a mãe definir as reais necessidades de seu filho.
•
Não forçar, ameaçar, punir ou obrigar a criança a comer, assim como não oferecer recompensas e agrados, atitudes que reforçam a recusa alimentar e desgastam pais e filhos.
•
Não demonstrar irritação ou ansiedade no momento da recusa. A criança deve sentir-se confortável no momento da refeição.
•
Estabelecer o tempo de duração e os horários das refeições, evitando a oferta de alimentos e a todo o momento “beliscar”.
•
Apresentar os pratos de maneira agradável, com textura própria para a idade, evitando a monotonia alimentar, fator este que interfere de modo significativo na formação do hábito alimentar da criança.
•
Durante a refeição, o ambiente deve ser agradável, na ausência de ruídos, o que distrai a atenção da criança.
•
Participação da criança durante preparo dos alimentos e na montagem do seu prato, uma atitude que incentiva a criança a comer e estimula a participar das tarefas domésticas.
•
Respeitar as oscilações passageiras do apetite, as quais ocorrem normalmente em todos os indivíduos.
•
Não disfarçar os alimentos, para que a criança saiba o que esta comendo, favorecendo o aprendizado e a identificação de texturas e sabores.
•
Para as crianças que ingerem grandes quantidades de leite, deve-se diminuir o volume e a frequência, uma vez que líquidos suprem a sensação de fome.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM ORTORÉXICAS NERVOSAS?
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São aquelas pessoas que só consomem alimentos extremamente saudáveis. Saiba mais um pouco sobre este distúrbio alimentar por CAROL ALENCAR
A
té que ponto SÓ comer de maneira saudável é, de fato, positivo para nós? Aquela pessoa que só consome comidas naturais, sem corantes, sem agrotóxicos, sem conservantes, não come carne, derivados do leite e tudo que come é absolutamente natural, pode sofrer um distúrbio alimentar, sem perceber que tem um nome: ortorexia nervosa. Calma! A palavra é um tanto quanto assustadora, nós sabemos, porém o que queremos dizer é que o que essas pessoas têm é um distúrbio alimentar ainda não reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. Ortorexia nervosa significa, literalmente, “fixação pela ingestão de alimentos saudáveis.” Geralmente tem início de forma inocente, ou seja, sem a percepção de que se adquiriu o distúrbio. A pessoa começa a comer de maneira mais saudável e vai desenvolvendo uma obsessão pela qualidade e pela pureza dos alimentos que ingere, tornando-se cada vez mais preocupada com o que comer, o quanto comer e com os “deslizes” na alimentação. O comer de maneira
saudável é sempre a melhor opção, mas, convenhamos, tudo que é exagerado faz mal. Um exemplo muito claro, dado pelo psicólogo Renato Reimont, é que, geralmente, as pessoas ortoréxicas não sabem e nem têm uma dimensão do que seja a ortorexia. “O problema é que a pessoa ortoréxica não procura ajuda, porque acredita que está fazendo a escolha certa em consumir apenas alimentos naturais”, avalia. Ele diz, ainda, que pacientes com este quadro são atendidos em consultórios ambulatoriais e geralmente são encaminhados pelo pai ou pela mãe que, consequentemente, notou que algo de ‘errado’ estava acontecendo na alimentação do filho ou filha. “Em pacientes assim fazemos a consulta nutrológica. Nela é realizada uma anamnese alimentar abrangente, que determina a omissão de grupos de alimentos que o corpo está sentindo falta”, diz. Outra coisa que vale ressaltar é o exame físico, onde alguns sintomas básicos denunciam que há um caso de ortorexia. “Queda de cabelo e unhas quebradiças são outros fatores relevantes como diagnóstico confirmado de anorexia nervosa ou bulimia” pontua o psicólogo que garante que a ortorexia não é considerada uma doença, mas sim um distúrbio alimentar psicológico com alguns sintomas semelhantes de quem tem a bulimia, por exemplo. Ainda, de acordo com o psicólogo, quase 60% dos casos de ortorexia são encaminhados para uma psicoterapia.
SE VOCÊ ACREDITA QUE COME DE MANEIRA SAUDÁVEL, MAS TEM ALGUNS DESTES ‘TOCS’ – TRANSTORNOS OBSSESSIVOS COMPULSIVOS, FIQUE ESPERTO, VOCÊ PODE ESTAR SE TORNANDO UM ORTORÉXICO. SÃO ELES:
•
Comer fora de casa é um problema.
•
Evita reuniões sociais e jantares, só para não cair em tentação de comer algo que não seja saudável.
•
Sente uma sensação de êxtase ao fazer um prato elaborado só com produtos orgânicos ou com certificação de salubridade.
•
Sente culpa se quebrar as ‘regras’ da alimentação extremamente saudável.
•
Isola-se para conseguir comer dessa forma.
•
Permite que a dieta ‘saudável’ tome conta da sua vida.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
JANTAR
QUENTE!! Alimentos afrodisíacos ajudam a ‘aquecer’ a relação
6 2 | CINCO + | JUNHO 2015
PIMENTA
por KÁTIA KURATONE
U
ma alimentação equilibrada, com uma pitada de ingredientes “secretos”, e a noite promete. Será mesmo? O chef Marcílio Galeano ensina uma receita especial, o Medalhão de Salmão, ao molho de espumante e pimenta rosa, acompanhado de arroz negro e cogumelo finalizado com molho de ostra, e indica alguns alimentos que são considerados afrodisíacos. “Alguns alimentos, quando consumidos, podem estimular várias partes do corpo, pois seus elementos aumentam a vaso dilatação e favorecem a irrigação de sangue, inclusive naquelas onde há maior estímulo sexual. A estimulação da libido tornará a sua noite agradável, mas o maior segredo é estar de bem com a vida, sem estresse e ter o aroma do amor no ar”, acredita o chef. O guaraná, o gengibre, a batata, a soja e os alimentos ricos em gorduras insaturadas (as saudáveis), como frutos do mar, peixes, azeite de oliva, azeitona, castanha, nozes, amêndoa, amendoim e pistache, são comprovadamente ligados ao aumento da libido. Na receita do chef estão mais alguns alimentos que aumentam a listinha dos afrodisíacos, confira:
A ingestão de pimenta gera reações fisiológicas no corpo, como, por exemplo, transpiração, aumento da frequência cardíaca e da circulação sanguínea. Reações semelhantes às do ato sexual. ARROZ NEGRO O arroz negro era cultivado há mais de 4 mil anos na China. Era considerado um infalível afrodisíaco e só podia ser consumido pelo imperador. ESPUMANTE O espumante também tem muito N-acetil-etanolamina, substância que age estimulando o sistema límbico, no cérebro, onde está o centro do prazer e da sexualidade. Este neurotransmissor mais a dopamina são, possivelmente, os principais responsáveis por esta nobre bebida ser o afrodisíaco mais usado atualmente. OSTRA As ostras são um dos afrodisíacos mais conhecidos. O infame amante latino do século 18, Casanova, alegou que comia 50 ostras no café da manhã todos os dias. A pesquisa moderna tem provado que ele realmente comia em um pequeno almoço todos os dias. Acontece, que a ingestão das ostras abastece o corpo com dois aminoácidos raros, ácido D-aspártico e N-metil-D-aspartato, que fazem com que o corpo liberte o aumento dos níveis de testosterona em homens e progesterona em mulheres. Ostras precisam ser consumidas cruas, a fim de colher seus benefícios. COGUMELOS São conhecidos há muito tempo. Na milenar medicina oriental é conhecido como “elixir da vida”, por suas qualidades no combate a inúmeras doenças e um importante fator de longevidade. É considerado também um potente afrodisíaco. Muitas dessas propriedades terapêuticas foram comprovadas após inúmeros estudos de cientistas de todo o Planeta, mas principalmente do Japão e Estados Unidos.
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
COGUMELOS SALTEADOS
RECEITA Medalhão de Salmão ao molho de espumante e pimenta rosa, acompanhado de arroz negro e cogumelo finalizado com molho de ostra INGREDIENTES
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20g Cogumelos salmão
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15ml Azeite
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05g Sal
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01g Pimenta do reino
FINALIZAÇÃO
SALMÃO •
150g Medalhão de salmão
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05g Sal Rosa
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01g Pimenta do reino
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15ml Azeite
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15g Manteiga
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01 dente Alho com casca amassado
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01 folha Sálvia
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½ unidade Pimenta dedo de moça
ARROZ NEGRO •
100g Arroz negro
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20ml Azeite
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30g Cebola picada
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01 dente Alho picado
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50g Creme de leite (nata)
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20g Manteiga gelada
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500ml Água
•
05g Sal
•
01g Pimenta do reino
MOLHO DE ESPUMANTE •
500ml Espumante Demi Sec
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50g Cebola laminada
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200g Creme de leite (nata)
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02g Pimenta Rosa
•
05g Sal
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01g Pimenta do reino
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20ml Molho de ostra
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10ml Água
MODO DE PREPARO SALMÃO •
Tempere o medalhão de salmão com o sal e a pimenta do reino.
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Em uma frigideira, aqueça o azeite juntamente com a manteiga, o alho, a pimenta dedo de moça e o alho.
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Doure o salmão regando sempre com o azeite e a manteiga.
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Após dourar os dois lados, reserve em local aquecido.
ARROZ NEGRO •
Em uma panela de fundo grosso, aqueça o azeite e doure a cebola e o alho.
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Em seguida, acrescente o arroz nego e refogue rapidamente.
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Acrescente a água e cozinhe até ficar al dente.
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Adicione o creme de leite e a manteiga e misture bem.
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Tempere com sal e pimenta do reino.
MOLHO DE ESPUMANTE •
Em uma panela alta, coloque o espumante e a cebola. Leve ao fogo brando e deixe reduzir 50%.
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Coe e volte ao fogo.
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Acrescente o creme de leite e cozinhe até engrossar.
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Desligue o fogo, acrescente a pimenta rosa e tempere com sal e pimenta do reino.
COGUMELOS SALTEADOS •
Em uma frigideira, aqueça o azeite e salteie os cogumelos.
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Tempere com sal e pimenta.
MONTAGEM •
Com auxílio de um aro, coloque o arroz nego no prato e o salmão por cima, acrescente os cogumelos, o molho de espumante com pimenta rosa e finalize com o molho de ostra.
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Dificuldade: Difícil
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Rendimento: 01 porção
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Tempo de Preparo: Médio (50 minutos)
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Tipo: Prato Principal
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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
JÁ OUVIU FALAR SOBRE FOME OCULTA? Ela é a fome do organismo, a fome de nutrientes necessários para manter a saúde e, no caso das crianças, garantir crescimento e desenvolvimento adequado por TATIANE SAVARESE ATTILIO
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DR é a sigla que significa Ingesta Diária Recomendada, e é definida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a quantidade de proteínas, vitaminas e minerais que deve ser consumida DIARIAMENTE, para atender às necessidades nutricionais da maior parte da população sadia, ou seja, da população que não é portadora de nenhuma doença. Todos os valores da IDR são baseados na RDA – Recommended Dietary Allowances, a recomendação de ingestão de nutrientes para a população americana publicada em 1989 que atende lactentes, crianças, adultos, gestantes. Bom, até aqui parece que essas informações não possuem relação com a fome, correto? E fome oculta? Parece que menos ainda, não é mesmo? Não, não é. Na verdade a IDR é quem explica a fome oculta, por isso fiz questão de explicar que existe uma preocupação nacional sobre a quantidade e a qualidade da nossa alimentação. Agora vou explorar um pouco mais sobre o assunto para que você possa entender melhor. Todos os dias temos uma espécie de “meta nutricional” para cumprir. Precisamos ingerir a quantidade ideal de vitaminas, minerais, proteínas e outros nutrientes para mantermos a saúde. Para que essa “meta” seja cumprida, a alimentação deve ser equilibrada, saudável e personalizada, em outras palavras quem se alimenta deve conhecer qual é a sua necessidade nutricional. Explicando de uma forma mais simples ainda, se você é uma mulher de 30 anos e está gestante, precisa saber quanto de vitamina C deve ingerir por dia e quais alimentos vão ser necessários consumir para obter essa quantidade de vitamina no seu organismo. Ao comer esses alimentos que contêm a vitamina C, diariamente, você então cumprirá a sua “meta nutricional”. Parece fácil, mas está longe disso, tanto é que a própria ANVISA criou uma tabela definindo essas necessidades nutricionais para que os profissionais nutricionistas pudessem calcular as dietas de forma a contemplar cada indivíduo em suas necessidades nutricionais mantendo assim a sua saúde. Agora vamos entender o que acontece na prática, para que você consiga entender a “fome oculta”. Na prática, a alimentação do dia a dia é pobre, especialmente em vitaminas, minerais e fibras, e rica em gorduras e açúcares. Esse desequilíbrio causa uma deficiência denominada carência nutricional que NÃO tem relação com o peso, ou seja, a pessoa pode estar acima do peso
e estar com carência nutricional. E é a essa carência nutricional que recebe o nome de FOME OCULTA. Esta é a fome do organismo, a fome de nutrientes necessários para manter a saúde e, no caso das crianças, garantir crescimento e desenvolvimento adequado. Todo e qualquer desequilíbrio alimentar vai gerar uma consequência. Sendo assim, fica aqui um alerta sobre a má alimentação. Aquela que inclui dietas hipocalóricas (poucas calorias/radicais), dietas restritivas (as dietas que retiram alimentos do plano alimentar), dietas pobres em frutas e verduras, dietas repetitivas (quando se come a mesma coisa sempre). Agora tenho certeza que você já sabe o motivo de comer sempre uma refeição colorida e variada, certo? Mas, para garantir, vou reforçar: é comendo dessa forma que você vai consumir uma maior variedade de nutrientes. Lembre-se alimentar-se é nutrir-se e não apenas ficar de estômago cheio. Pense nisso.
DRA. TATIANE SAVARESE ATTILIO CRN 3/12175 Nutricionista com especialização em Nutrição Clínica e em Obesidade
Consultório: Rua Manoel Inácio de Souza, 1063. Bloco C, sala 05, Santa Fé Tel.: (67) 9932-8381 www.atitudesaude.com.br C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 67
VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
UM TEMPO EM QUE NÃO TÍNHAMOS FOME Faz tempo que os Titãs reverberaram o refrão que hoje trago no embalo do tema deste mês e, mesmo parecendo ensaiado, preciso contar que na minha estreia como cronista nesta revista, escolhi um título que descobri ser também o da capa. Fiquei surpresa e feliz por perceber que coincidências não existem, apenas revelam uma fina sintonia de pessoas que trabalham para fazer a diferença, num mercado de gente antenada com tudo que é atual e bonito. Nos encontraremos todo os meses, em um espaço reservado para o doce deleite das coisas que nos alimentam em todos os sentidos. Muito feliz de estar aqui. Carpe diem! por ARIADNE CANTÚ
S
e você cresceu sem usar filtro solar, comia balas soft, andou de carro sem cinto de segurança e se entupia de tudo que era “porcaria”, sem nenhum constrangimento, parabéns! Você é um replicante, e era feliz e não sabia. Viveu alegrias que nem contabilizavam no calendário das suas emoções e segue vivíssimo neste universo de informação, digerindo tudo que pode para se manter saudável e em boa forma. Imaginar um tempo em que o açúcar era um solitário vilão, ainda pouco temido, nos remete a uma época em que tínhamos “mais tempo” e “menos informação”. Outros tempos, outras fomes... O medo de engasgar com a famigerada bala soft, de morrer de câncer de pele por não usar filtro solar e de enfartar com comida que não presta, era infinitamente menor do que os medos de hoje.
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A angústia de ir correndo para casa e esperar o telefonema de alguém querido, é um sentimento que se extinguiu junto com a bala soft e com a chegada dos telefones celulares. A ansiedade em procurar por uma informação na “enciclopédia” da família foi-se para sempre para o museu do Google. A agonia de ter uma “ficha” engolida pelo orelhão entrou pelo ralo do esquecimento. Apesar de sentir saudades desse tempo, e pensar que o buraco na camada de ozônio não era tão assustador naquela época, e que as “porcarias” que todo mundo comia não eram as piores ameaças que iríamos enfrentar no mundo da engenharia alimentar, sabemos que existe algo além do que se vê, e que também nos alimenta. Algo que bate na nossa porta todas as manhãs, e que aparece no brilho dos nossos olhos quando nos olhamos no espelho ao acordar. Hoje, o adorável caos gerado pela transmissão da informação na velocidade da luz, nos embala num ritmo frenético. Conexões neurais processando tudo que se vê, num ritmo alucinado de cliques que nos assolam a mente em forma de pensamentos. A fome que urge no meio de tanta informação, e desinformação, é maior do que aquela da barriga. Ela cala no oco da alma, e nos apavora quando constatamos que somos fruto daquilo que ruidosamente consumimos e, mesmo sem fome, acabamos consumindo entre tantos barulhos. Num devaneio, temos fome de uma felicidade silenciosa que aqueça nosso corpo cansado de tanto pensar. Eu tenho fome de silêncio. E você? Você tem fome de quê?
A CARAVANA DA SAÚDE CHEGOU EM TRÊS LAGOAS E REGIÃO! É o Governo do Estado fazendo a maior ação de reestruturação do sistema de saúde em toda a história do Mato Grosso do Sul. São 170 profissionais de saúde e 14 veículos equipados para a realização de exames, consultas, cirurgias, palestras e serviços essenciais! Os atendimentos já começaram. PARTICIPE!
DIAS 13 E 14 DE JUNHO LOCAL: ARENA MIX
Av. Ranulpho Marques Leal, 262, Três Lagoas, MS
Procure a Secretaria de Saúde ou acesse ms.gov.br para saber mais!
CASAMENTO
A feira das novidades Em sua 14ª edição, realizada entre os dias 21 a 24 de maio no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, muitas novidades do mercado de casamentos foram apresentadas às noivinhas e aos fornecedores que se deslocam de todas as partes do Brasil para conferir o que será tendência nos eventos. E como a gente adoooora falar de casamentos, lá fui eu conferir tudo de perto
por JULIANA FERREIRA • foto MARCOS VOLLKOPH
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CASAMENTO
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o todo foram mais de 100 fornecedores dos mais variados segmentos, desde espaço para eventos, decoração, fotografia, convites, lembrancinhas, acessórios para a noiva até lua de mel e imóveis. Ufa! Haja estômago também para experimentar todos os docinhos, drinks e mimos que eles oferecem durante o trajeto da feira. Chamou muito a minha atenção o empenho dos expositores em fazer de seus espaços verdadeiras atrações. Um estande mais bonito que o outro, com detalhes do chão ao teto! Outro detalhe que me impressionou foi a quantidade de fornecedores para Destination Wedding, desde destinos nacionais, como a Bahia, até internacionais, como Argentina e Portugal. Ou seja, noivinhas pensem com carinho nessa possibilidade de casar fora da sua cidade natal, vai ser a tendência do ano.
As máquinas e carrinhos também ocuparam espaços de destaque no evento. Tinha máquina que solta confete de chocolate, carrinho de gelato no palito, totem que imprime fotos postadas no Instagram, pipoca gourmet, entre outras infinitas opções de quitutes possíveis para casamentos. Paralelamente, outras atrações também agitaram a programação da feira, como os workshops com os melhores profissionais do mercado casamenteiro e os desfiles do Fashion Casar, que apresentou coleções exclusivas de estilistas e marcas reconhecidas em todo o País, como a WhiteHall, que apresentou Nanna Martinez, Oscar de la Renta, Munique Lhuillier e Vera Wang. Também desfilaram Isabella Narchi, Dani Messih, Trinitá Couture e Geraldo Couto.
Falando nisso, quem lançou muita moda foi a cantora Preta Gil, que se casou no início de maio e causou burburinho nas redes sociais com o seu convite com tela de LED feito pela S-Cards, um dos estandes mais movimentados da feira, sem citar outros mínimos detalhes do seu casamento milionário.
Não podemos esquecer da suíte da noiva, projetada pelo arquiteto campo-grandense Luis Pedro Scalise, no Hotel Sheraton(foto acima), em parceria com o Casar, que transformou uma suíte de 86 m² num espaço dos sonhos de qualquer princesa, com direito à cama suntuosa, bancada de maquiagem para duas pessoas e muito espaço de convivência para reunir noiva, mãe e madrinhas no dia do casamento.
Caipirinha selada e feita com ouro, drinks com cervejas artesanais e carrinho de amarula foram algumas das novidades de bar lançadas no evento que, casadas a uma mesa de cassino (sim, essa também é a moda do momento), podem proporcionar experiências inesquecíveis aos anfitriões e seus convidados.
Enfim, muitas novidades, tendências e modinhas para encher os olhos de quem está rumo ao altar e movimentar a economia do setor. Segundo uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Eventos Sociais, mais de um milhão de casais vão dizer “sim” no altar em 2015 em todo o Brasil.
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EXCLUSIVA
EM MATO GROSSO DO SUL
Rua Sete de Setembro, nยบ 2.317 - Centro Campo Grande - Fone: 67 3384-8494
DECORAÇÃO
MURANO, A JOIA DA DECORAÇÃO Murano é o vidro produzido na ilha de mesmo nome, vizinha à cidade de Veneza, na Itália, onde a técnica para criar verdadeiras joias do decor é passada de geração em geração desde o século 12. Os legítimos muranos são os fabricados na ilha, porém a técnica se espalhou pelo mundo todo por FERNANDA MONTEIRO
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processo de dar forma, cor e desenho ao vidro é encantador e único. Uma explicação para o murano sair do passado e se tornar um dos queridinhos dos profissionais da decoração. Os vasos, conchas, centros de mesa e abajures têm o poder de enriquecer qualquer ambiente, graças aos inúmeros formatos, técnicas e cores inusitadas. Ponto comum entre decoradores e colecionadores de peças de murano, é que o vidro não é simplesmente um motivo decorativo, mas um objeto de arte. O design exclusivo, proporcionado pela fabricação artesanal, merece lugar de destaque na casa e a iluminação adequada faz com que todas as suas nuances e detalhes possam ser admirados. Uma peça em murano concede elegância e sofisticação ao ambiente. Estes mesmos adjetivos descrevem o trabalho e o estilo de Christina Hamoui, conhecida no mercado de alto padrão de design de interiores, que em 2013 criou sua própria linha de acessórios de decoração, a CH2. E, claro e cristalino, o murano não ficou de fora.
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DECORAÇÃO
Outra boa nova é que a exclusividade dos seus produtos e peças limitadas tem representação em Campo Grande. Por meio da parceria Chris Hamoui e Studio It Decor, os clientes do Estado podem pensar em ter esse destaque digno de obra de arte no seu ambiente, em casa ou no trabalho. Os objetos de decoração em vidro atraem olhares como os seus, que se fixam nesse repertório selecionadíssimo onde o clássico e o contemporâneo convivem de forma impecável e o murano confirma seu valor desmedido como de uma joia.
STUDIO IT DECOR (67) 30252736 WWW.ITDECOR.COM.BR
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DECORAÇÃO
UMA ARQUITETA ROQUENROOOUUU!
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por FERNANDA MONTEIRO
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dade (aquela de Alain de Botton, que proporciona não só refúgio físico, mas psicológico, que faz lembrar quem somos) ganhou a batalha e o currículo levou ainda uma pós-graduação em Gestão de Obras.
Aliás, como o rock, Luciana também vive se reinventando, lançando moda, a arquiteta desenha uma nova coleção de móveis, com 10 peças, como cadeiras, mesas, banquetas, valorizando a mão de obra local e focando seu estudo em busca do mobiliário ideal e acessível, priorizando o bem-estar das pessoas e do planeta, no acalento do slow design.
Aliás, é esse profissional qualificado que acompanha de perto da criação à colocação do último vasinho de flor, o preferido dos clientes de Mato Grosso do Sul, que vem entendendo que contratar um arquiteto é mais econômico. “Penso o projeto de dentro pra fora”, explicita Luciana ao se referir às paredes levantadas, sem considerar globalmente o bom e o belo. Outro, aliás, antes de fechar essa matéria: a arquiteta com pegada contemporânea é adepta de poucas paredes e muita sinestesia.
De atitude, outra não mera coincidência com o rock, Luciana Teixeira nasceu gaúcha de Santa Maria e cresceu sul-mato-grossense. Por aqui ela se formou na Uniderp com a turma de 1999. A arquitetura da felici-
Ao som da guitarra mais roquenrooouuu, entre nesses ambientes com a marca Luciana Teixeira. Ela divaga por vários estilos, do rústico, clássico e contemporâneo. Acomode-se, porque o show começa agora!
ssim, vociferado mesmo, como no início da história do rock que foi marcado pelo grito do negro. Roquenrooouuu é a expressão usada pela arquiteta Luciana Teixeira para batizar sua poltrona criada para comemorar 15 anos de carreira. Despojado, o móvel define um estilo de vida impactante e confortável, totalmente em uníssono com a potente batida homenageada.
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CULTURA
ELA FAZ E ACONTECE por FERNANDA MONTEIRO
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a Literatura, “Nu Silêncio”; no teatro escreveu e dirigiu “O Amor vai à Terapia” e “Um Trago nas Horas”; nas telas, um surrealismo manifestante; no empreendedorismo, a Chroma, marca de acessórios; e no dia a dia, arte-educadora. Ufa! Só mesmo alguém que gosta de arriscar, para enfrentar tantas tarefas e se dar bem em todas elas! A rotina inspiradora é movida à arte, muita arte, é o que suspiraria os pais. Na infância, em Maringá, Fran Zamora inventava seus brinquedos. Desmontava eletrodomésticos de dona Rita para fazer o painel da nave espacial, colecionava retalhos de construção, levantava maquetes e, ainda, nas horas vagas, tocava sua fazendi-
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nha no quintal. Tudo com a ajuda de um presente inusitado do pai José Ivaldo: uma serra elétrica. Mesmo com esse passado de aventuras criativas, ela insiste em dizer que a faculdade de Artes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foi obra do acaso. “Eu fazia jornalismo na Uniderp, mas desisti. Daí um amigo me incitou a estudar para o vestibular de Artes na Federal e passei. Ele não”, recorda. Está graduada desde 2014, mas claro que as aulas tiveram início na meninice no Paraná, com ‘intensivão’ durante a adolescência em Jardim. Com 17 anos, Fran veio para a capital de Mato Grosso do Sul na busca por
recriar realidades e provocar (como se preciso fosse) sua mente inquieta. “Cada hora quero produzir algo diferente. Totalmente sem foco, mas sempre produzindo”, analisa. Profusão artística, que se concentra agora na expansão da comercialização dos seus acessórios, hoje vendidos na Brecharia, Gaveta e virtualmente no endereço clubecom.com, ao mesmo tempo em que sonha em franquiar seu estilo, Fran coloca no papel seu segundo livro já intitulado “Translúcida Solidez”, tentativa poética de fazer com que as pessoas acreditem na própria capacidade. Ideias em ação. Talvez essa seria a melhor forma de traduzir o trabalho da jovem que dá ouvidos aos seus lampejos criativos, mesmo que para personificá-los seja difícil e não haja apoio. “Faço acontecer”, define a produtora artística de levada independente e resultados contagiantes. Ah! Claro que depois de conhecê-la aqui você não estranharia o fato de que sobra também energia para escrever outro roteiro para o teatro. Enquanto uma nova peça está prestes a entrar em cartaz, Fran Zamora segue sua agitação natural, protagonizando cenas que marcam a produção cultural do Estado.
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200 ,00 Por R$
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COMPORTAMENTO
A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK NO MUNDO CORPORATIVO Retornar ao colaborador palavras acerca de seu desempenho, ajuda a motivar e desenvolver sua atuação na organização por MAURICIO REGGIORI
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alamos tanto em novas tecnologias que podem auxiliar nosso dia a dia na empresa, porém continuamos pecando num mesmo ponto inicial: a comunicação.
São inúmeros os casos de empresas que acabam perdendo seus profissionais pelo erro comum da falta de feedback. Retornar ao colaborador palavras acerca de seu desempenho ajuda a motivar e desenvolver sua atuação na organização. Não é uma questão de apenas realizar um treinamento, mas de fazer a pessoa perceber se ela está realizando tarefas de acordo com o esperado. E aqui lembramos um conceito vital: o que esperam de nós numa organização nada mais é que nossa responsabilidade! Para que um indivíduo seja produtivo, ele deve confiar em sua atuação e, acertando nas suas escolhas e decisões na empresa, sua autoestima cresce, fazendo-o sentir-se parte do time. Na verdade, isso acontece em todas as situações da vida. Por isso receber essa informação de volta, de nossa família, amigos, colegas de trabalho e parceiros na vida, é tão importante. Aquele que age apenas a partir de suas próprias ideias corre o risco de imergir num mundo par-
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ticular, que em algum momento deixa de ter conexão com a realidade induzindo ao erro. A falta de comunicação causa estresse nas pessoas, porque leva à insegurança expressada por um declínio na produtividade e na motivação. Indivíduos inseguros em suas tarefas apresentam irritabilidade, nervosismo e insônia pelos erros cometidos, sem que eles mesmos detectem a causa. Ainda, o ciclo é vicioso, porque as pessoas têm sua autoestima em declínio, fazendo-as sentirem-se desvalorizadas no trabalho, já que nenhuma tentativa de melhora parece ser percebida pelas chefias. Esse quadro leva a conflitos internos com colegas de trabalho e à conclusão de que está na empresa errada. Quem nunca pensou assim? É fato que o erro da falta de feedback está concentrado nos gestores, mas podemos lançar mão de algumas estratégias que auxiliam a aliviar todo esse estresse. A troca de informações com aqueles que estão à nossa volta na empresa pode mostrar se nossa insegurança é geral, por exemplo. Se for, importa não fazer parte da energia ruim instalada, voltando nossa atenção para nossas tarefas e concluindo cada uma delas. Isso é voltar à produtividade.
Aceitar metas com prazos realistas e tarefas com sobrecarga negociada, também podem auxiliar a combater os sintomas corporais desse estresse. Pergunte ao seu gestor como seu projeto seria melhor visto e a melhor forma de realização. Nunca guarde para si conflitos com pessoas. Converse com elas sobre sua sensação de traição ou falta de valorização. Isso ajuda a descobrir que, às vezes, estávamos pensando diferente e equivocadamente e, no final, leva a um entendimento melhor do outro. Tudo com calma e educação, com intuito real de melhora. Nada deve ser levado sempre para o lado pessoal. Procure entender a cultura da empresa. Se ela divergir muito de sua maneira de ser e agir então chegou a hora de procurar recolocação no mercado. Você é produto de suas realizações, que devem ser comunicadas aos outros. Já pensou em ter um facebook profissional, mostrando seu perfil profissional e projetos realizados? Aos colegas gestores fica clara a responsabilidade que repousa sobre a comunicação interpessoal nas empresas. Colaboradores insatisfeitos e sem feedback são reflexo da gestão e levam à falta de comprometimento. A importância do gestor reside na capacidade de retirar resultados de seus recursos humanos. Sem resultados, a existência do gestor é nula. É extremamente errado pensar que enquanto não chamo para conversar é porque está tudo bem. Mais errado ainda pensar que elogiar estraga as pessoas. Essas são atitudes ultrapassadas. O elogio deve ser feito em público e a repreensão em particular.
Os relacionamentos nas empresas dependem do feedback oferecido. Dar feedback exige de nós empenho e preocupação com nossos colaboradores. Gestão silenciosa denota despreparo. Cada um é resultado de seu mundo particular, então cada um precisa de um feedback que vá ao encontro de suas percepções e anseios. Toda comunicação interpessoal faz crescer o clima de confiança mútua, estabelecendo relações fortes e confiantes e rompendo barreiras de cargos e posições. Dar feedback aos colaboradores é característica de boa liderança. Orquestra trabalha unida. Vamos fazer música!
MAURICIO REGGIORI ADMINISTRADOR DE EMPRESAS PELA UFMS. ESPECIALISTA EM GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE E RECURSOS HUMANOS PELA FGV-EAESP FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS – ESCOLA
DE
ADMINISTRAÇÃO
DE EMPRESAS DE SÃO PAULO. ESPECIALISTA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO PELA KEYO UNIVERSITY – JAPÃO. MESTRE EM SAÚDE PELA UNIVERSIDADE PAULISTA. CONSULTOR DE EMPRESAS EM DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE GRUPOS. DOCENTE DE PÓS-GRADUAÇÃO PELA UCDB C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 87
NEGÓCIOS
MOMENTO PEDE MAIS PLANEJAMENTO: LIMITES PARA FINANCIAMENTO DA CASA PRÓPRIA FICAM MENORES Limite da maioria dos bancos continua 80%, mas a Caixa Econômica Federal baixou para 50% na modalidade mais procurada por MARINA BASTOS
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uem planeja adquirir a casa própria nos próximos meses talvez precise refazer ou adiar os planos. Isso porque agora vai ser preciso poupar mais dinheiro para dar na entrada da negociação, consequência de algumas mudanças no financiamento imobiliário. A Caixa Econômica Federal, líder em procura para financiamento de moradia, baixou de 80% para 50% o limite de crédito para compra da casa, tornando-se menos atrativa que bancos convencionais. Com isso, o comprador que não tiver o valor mínimo exigido para a compra de um imóvel usado pela Caixa pode conseguir na concorrência – mas com taxas de juros, em geral, mais elevadas. As alterações no sistema da Caixa, que detém 70% dos financiamentos de todo o País, passaram a vigorar desde o início de maio e abarca apenas imóveis usados e financiados com recursos da poupança. Vale ressaltar que programas para habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, não serão afe-
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tados, assim como os financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Pelas novas regras, além dos financiamentos com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) terem uma redução do limite do valor total financiado de 80% para 50% do valor do imóvel no SHF (Sistema Financeiro de Habitação), imóveis no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário) também terão redução de 70% para 40% pelo SAC (Sistema de Amortização Constante). FICOU MAIS DIFÍCIL FINANCIAR UM IMÓVEL Para o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da ANEFAC (Associação Nacional dos executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, as condições de crédito pioraram muito. E só essa mudança da Caixa (diminuição do teto) já deixa o crédito mais difícil, porque os bancos privados são muito mais seletivos. “Quando se fala em financiamento habitacional, estamos falando de valores altos, portanto qualquer pequena alteração tem impacto forte no custo final do imóvel”, destacou. O casal de professores universitários, Fabiana Cerqueira e Adonis Rodrigues, sabe bem sobre esse impacto. Eles dispunham de R$ 50 mil reais para dar de entrada num imóvel avaliado em R$ 250 mil. Era o limite, já que depois de uma consulta à Caixa Econômica Federal,
feita em março, de acordo com a renda fixa do casal, o financiamento seria de até 80%. Com a mudança nas regras, eles deverão dispor de R$ 125 mil reais, uma baita diferença. “Todos sabem o quanto é difícil juntar dinheiro, teremos que recorrer a outro banco que aceite financiar um valor maior, mas estaremos sujeitos a juros altos”, contou Fabiana, acrescentando que o imóvel pelo qual tinham se apaixonado já foi vendido. E sabe por que isso está acontecendo? Trata-se de uma medida para equilibrar as contas no País. A restrição no crédito imobiliário ocorre após a caderneta da poupança ter registrado uma saída líquida (mais retiradas e menos depósitos) de R$ 11,43 bilhões em março, a maior fuga de recursos da aplicação desde 1995. Quando a captação da poupança é reduzida, os recursos para empréstimos ficam mais escassos, pois os bancos utilizam o dinheiro da poupança para financiar as operações imobiliárias do SFH (Sistema Financeiro Habitacional). HÁ UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL? O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) referente ao primeiro trimestre do ano, lembrando que, de uma maneira geral, muitas incertezas afetaram a atividade econômica no primeiro trimestre de 2015. Contudo, após a primeira etapa do ajuste fiscal, Levy espera que haja uma melhora gradual da economia. “O segundo trimestre é o momento de transição. As pessoas começaram a ver e ouvir o que estava acontecendo, é uma travessia. Vamos começar a ter sinais diferentes no segundo semestre. Vamos começar a ver o crescimento voltar”, falou em entrevista no Rio de Janeiro. C I N C O + | JU N HO 2 0 1 5 | 89
CIDADANIA
FISCALIZAÇÃO QUER GARANTIR O DIREITO DA VAGA PREFERENCIAL A IDOSOS E DEFICIENTES
Muitos condutores ainda não respeitam o benefício que é garantido por lei desde 2008
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por KÁTIA KURATONE
N
ão é nada incomum observarmos nas ruas uma pessoa estacionando em uma vaga preferencial sem ter direito a esse benefício, e, geralmente, a justificativa para cometer a infração é: “foi rapidinho”. É, mas agora, na mesma velocidade, um cidadão que estiver passando pelo local poderá informar às autoridades por meio do aplicativo whatsapp. Isso mesmo, a AGETRAN (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) disponibilizou o número (67) 9182-2677 para receber solicitações de atendimento e intensificar a fiscalização das vagas preferenciais. As várias denúncias sobre o uso irregular das vagas resultaram em uma ação conjunta da Comissão de Promoção à Acessibilidade, criada pela Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, do MPE (Ministério Público Estadual), da AGETRAN, DETRAN/MS (Departamento Estadual de Trânsito) e estabelecimentos comerciais. A parceria tem o intuito de garantir o direito de idosos e deficientes por meio de fiscalização, punição aos infratores e conscientização da população.
“Trata-se de uma cooperação mútua entre os participantes, para ampliar a fiscalização. Não basta ter o direito às vagas especiais, é preciso ter o cartão de estacionamento. Estamos informatizando o processo e aumentando significativamente os postos de atendimento. A acessibilidade é um fator de extrema importância social. Além das campanhas educativas, temos que intensificar as fiscalizações”, destacou a diretora-presidente da AGETRAN, Beth Felix. A multa para o motorista que não estiver portando a credencial de estacionamento de idoso ou deficiente é considerada leve, no valor de apenas R$ 53,20. O condutor ainda leva 3 pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Atualmente, apenas na região central de Campo Grande, existem 182 vagas especiais, sendo 57 para deficientes e 125 para idosos. Além do whatsapp (9182-2677), a Ouvidoria destacou que também há o telefone (67) 3314-4639 para entrar em contato no horário comercial.
ONDE E COMO EMITIR O CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO No momento as solicitações de estacionamento, tanto para deficientes quanto para idosos, deverão ser protocoladas na AGETRAN, localizada na Avenida Gury Marques, 2.395, Bairro Universitário, na Capital. O horário de atendimento é das 8h às 16h, e mais informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3314-3408 / 3314-3419. A intenção é expandir a forma de acesso, mas, por enquanto, a tecnologia está sendo elaborada. Com isso, o sistema feito pela AGETRAN será disponibilizado na sede da Agência e em diversas unidades do DETRAN. As fiscalizações nos estabelecimentos serão realizadas pelos agentes da AGETRAN e BPTRAN (Batalhão de Policiamento de Trânsito). Em média, são emitidos 10 cartões de identificação por dia. No ano passado, de acordo com a assessoria, a AGETRAN emitiu 2.464 credenciais, sendo 2.205 para idosos e 259 para portadores de necessidades especiais. Ambas com validade de 5 anos. Para obter o cartão de identificação é necessário levar o requerimento para obtenção da credencial e protocolar junto à Divisão de Protocolo/AGETRAN.
NO CASO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E COM DIFICULDADES DE LOCOMOÇÃO, SÃO NECESSÁRIOS OS SEGUINTES DADOS E DOCUMENTOS: • Qualificação do deficiente, endereço completo, telefone e outras fontes de referência, onde poderá ser encontrado. • Cópias da carteira de identidade e do CPF, autenticadas em cartório ou com apresentação dos documentos originais. • Cópia do comprovante de residência, autenticada em Cartório ou com apresentação do documento original. • Laudo Médico ou documento equivalente (original) que comprove a deficiência. JÁ NO CASO DE PESSOAS IDOSAS, OS DOCUMENTOS EXIGIDOS SÃO: • Qualificação do idoso, endereço completo, telefone e outras referências, onde poderá ser encontrado. • Cópias da carteira de identidade e do CPF, autenticadas em cartório ou com apresentação dos documentos originais. • Cópia do comprovante de residência, autenticada em cartório ou com apresentação do documento original. C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 91
COMPORTAMENTO
UMA APOSTA PARA A ERA DAS IMAGENS por AUGUSTO PAULISTA – PSICÓLOGO • foto HENRIQUE ATTILIO
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A
bateria acabou e bem-vindo ao mundo. Quantos de nós não sentimos como se algo da gente fosse arrancado quando o celular desliga? Lá estamos de volta à fila do mercado, ao ponto de ônibus ou qualquer outra situação que ali estava a nossa espera. O virtual tonou-se imprescindível na nossa vida de forma que quase não há diferenciação entre o mundo virtual e o dito real. Estamos à mercê do “Império das Imagens”, tema este do próximo Encontro Americano de Psicanálise de Orientação Lacaniana (ENAPOL) que será realizado em São Paulo no mês de Setembro. Frente ao bombardeio de imagens, das milhares de selfies sorridentes, coisas e lugares incríveis com todos ao menos aparentemente felizes, é normal questionarmos a respeito de nossa própria felicidade, nossa vida que, não raro, está em descompasso com aquilo que postamos. A felicidade passou a ser um imperativo, ou melhor, um status. Esse status não se legitima sem a curtida dos outros. Forma-se então um circuito entre a imagem que pretendemos passar, o olhar e a aprovação dos demais. Viver conectado gera um custo emocional, pois nessa incessante busca do olhar do outro por vezes não conseguimos sustentar o que temos de singular. Essa é uma grande questão do indivíduo contemporâneo. No ‘Império das Imagens’ ele está à deriva quando, em tempos nem tão longínquos assim, poderíamos nos segurar na representação do belo, da figura una que em si aprisionava algo de indizível, um enigma. Com o advento da internet, e seus infindáveis compartilhamentos, e a onipresença das imagens, perde-se esta marca de referência, acarretando sobre a vida cotidiana incidências desmedidas e imprevisíveis.
O que a Psicanálise tem a oferecer é uma leitura questionadora em direção ao situar neste Império o que há de bom e ruim para a subjetividade humana, naquilo que ela incide sobre os laços, os corpos e nas suas possíveis formas de relação. As relações amorosas, por exemplo, são um dos diversos pontos propensos a recalcular rota nesse panorama atual em que os aplicativos resultam no desvelamento de sintomas como a banalização do sexo, a frouxidão dos vínculos afetivos, a insegurança, o medo do envolvimento e a depressão, em última instância. Basta uma curta prosa com adolescentes para perceber o quanto os laços estão cada vez mais líquidos. Embora alguns possam ser acometidos por uma certa nostalgia, é claro que não dá para negarmos a evolução, muito menos não tirarmos proveito dela. Há vantagens indeléveis nessa era. Lembro, quando criança, da dificuldade de um amigo em se comunicar com seus pais que moravam no Japão. Algo que hoje parece ridículo, frente a todas as possibilidades de comunicação instantânea. Não há mais distâncias, não há mais centro e podemos, sim, saber fazer bom uso disso. Frente à não correspondência das imagens, a angústia não é sentida na tela, e sim em cada um posicionado atrás dela. Diante dessa proliferação de imagens, a Psicanálise aposta no encontro dos corpos, na clínica do um a um que convoque o paciente a falar de si longe das vacilações da imagem, emergindo, assim, o que dele pode existir de singular.
Nos consultórios, cada vez mais pacientes se sujeitam a falar desse lugar em que horas se é uma pessoa de carne, tendo que se a ver com suas próprias limitações, e noutras é um personagem sólido e totalmente adaptado ao laço social.
AUGUSTO PAULISTA PSICÓLOGO CRP 14/05030-9 C I N C O + | JU NHO 2 0 1 5 | 93
COMPORTAMENTO
A MALDADE
TEM IDADE?
Crianças podem exibir cedo indícios de que serão adultos psicopatas. Mas, como ainda não têm a personalidade formada, elas recebem outro diagnóstico: transtorno de conduta por MARINA BASTOS
É
um assunto muito delicado, mas diversos casos ao longo da história comprovam que a crença de que criança não conhece maldade é falsa. Crianças conhecem maldade e podem ser cruéis, sim. Crianças podem ter tendências sociopatas e psicopatas, embora não tenham consciência disso. As circunstâncias que desencadeiam a “maldade são variadas, podem ter fatores genéticos ou desencadeadas por acontecimentos, mas a boa notícia é que elas podem ser ajudadas. Um dos casos mais famosos é da americana Beth Thomas. Ela tinha 1 ano quando a mãe faleceu no parto de seu irmão. Os dois ficaram sob a guarda do pai, que passou a abusar sexualmente de Beth. Depois de um tempo ela e o irmão foram levados para adoção, e um casal conseguiu rapidamente a guarda. Com o passar dos anos, eles começaram a perceber um comportamento estranho por parte da menina. Ela começou a molestar, agredir e a tentar matar o irmão, bem como animais de estimação da casa, e os próprios pais adotivos. A situação
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COMPORTAMENTO
se agravou quando algumas facas da casa começaram a sumir e, por medo, os pais começaram a trancar a pronta do quarto da menina durante a noite. Elizabeth Thomas era incapaz de se relacionar com qualquer ser humano e/ou criar laços de afeto, além de uma total falta de empatia, uma vez que ela era capaz de ferir ou matar outros seres vivos sem ressentimentos. Bom, mas a história acaba bem. Beth foi tratada, e hoje é uma adulta normal, ela é enfermeira e trabalha ajudando famílias e crianças vítimas de abuso. A história da menina virou o documentário Child of Rage – A Ira de um Anjo. O caso de Beth é um dos mais notáveis e extremos casos de uma criança com tendências psicopatas. Mas alguns casos mais leves também podem denotar que há algo errado. Há alguns anos, na Inglaterra, Daniel Blair, de 4 anos, achou que seu cachorrinho de apenas uma semana de vida estava sujo. O melhor jeito encontrado para um banho foi atirar o animal no vaso sanitário - e dar descarga. Por sorte, a mãe descobriu a tempo, e bombeiros resgataram o animalzinho ainda vivo no esgoto. Muitos perguntaram: será que Daniel seria um pequeno psicopata divertindo-se com o sofrimento do bicho?
Provavelmente não. De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA, da sigla em inglês), menores de 18 anos não podem ser chamados de psicopatas, já que sua personalidade ainda não está totalmente formada. Esses casos são chamados de transtorno de conduta - um padrão repetitivo e persistente de comportamento que viola regras sociais ou os direitos básicos alheios. Esse transtorno revela um forte risco de se tornar, uma personalidade antissocial - ou a psicopatia. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), cerca de 3,4% das crianças apresentam problemas de conduta, como mentir, brigar, furtar e desrespeitar. A crueldade com animais é outra das características em crianças e adolescentes a que os médicos mais chamam a atenção para diagnosticar o transtorno de conduta. Se for recorrente e estiver aliado a mentiras frequentes, furtos e agressões, por exemplo, esse comportamento pode ser bem preocupante. Mas como diferenciar uma rebeldia comum da idade de uma tendência ao desvio de conduta? O diagnóstico infanto-juvenil é muito delicado. A linha é muito tênue. “Quando um garoto de 6 anos coloca o gato no micro-ondas, ele não sabe o que faz. Já, se isso acontecer com um garoto de 8 anos, será mais preocupante”, diz Francisco Assumpção Júnior, psiquiatra infantil, professor da Faculdade de Medicina e do Instituto de Psicologia da USP. “Antes dos 7 anos ela ainda não tem a capacidade de julgamento totalmente formada, ou seja, a consciência do que pode ou não pode fazer.” PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO Até onde os pais podem prevenir problemas psicológicos dos filhos? No filme sobre massacre em escola secundária, a diretora Lynne Ramsey discute a responsabilidade dos pais na educação das crianças. Em Precisamos falar sobre Kevin, Eva (Tilda Swinton) era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Kevin se mostra mórbido e reativo, mas os pais pensam que é ciúme da irmãzinha. A mãe leva Kevin ao psiquiatra, mas o profissional não detecta nenhum problema. A evolução, para quem não viu o filme, é ele se tornar o serial killer. Precisamos falar sobre Kevin retrata uma família que não consegue falar a respeito do menino, muito menos reconhecer a gravidade do comportamento dele, a não ser quando torna-se um assassino. É um filme emocionalmente pesado, que traz à tona inúmeras questões a serem refletidas do ponto de vista do relacionamento en-
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tre pais e filhos, da colocação de limites, da repercussão da dificuldade de comunicação de afetos entre mãe e filho, dos possíveis problemas decorrentes da depressão pós-parto e da dificuldade dos pais em entrar em contato com aspectos cruéis de seus filhos. Teria Kevin se beneficiado se suas dificuldades tivessem sido abordadas o mais cedo possível? Poderia uma abordagem terapêutica com foco na interação mãe-bebê ter alterado seu desenvolvimento? Qual seria o papel dos terapeutas, psicólogos e psiquiatras em situações como as descritas no filme? Ainda não sabemos quanto do comportamento antissocial é decorrente do ambiente e quanto já é inato ao indivíduo. Essa dúvida ainda permanece sem resposta.
QUANDO PROCURAR AJUDA? Como a psicopatia em adultos não tem cura, médicos e pesquisadores da área trabalham para diagnosticar o problema cada vez mais precocemente. O tratamento para crianças e adolescentes, em geral, é a psicoterapia acompanhada, dependendo do caso, de medicamentos tranquilizantes para reduzir a agressividade e a impulsividade, ou ainda estimulantes. INDÍCIOS DE ALGO ERRADO: Transtorno de conduta é um padrão de comportamento antissocial em meninos e meninas com mais de 6 anos e menos de 18. Ocorre se acontecerem 3 ou mais dos itens abaixo no último ano e um ou mais no último semestre: •
Mata aula frequentemente (começa antes dos 15 anos).
•
Usa armas, como pau, pedra, caco de vidro, faca e revólver.
•
É cruel com pessoas ou com animais a ponto de feri-los fisicamente.
•
Rouba ou assalta, confrontando diretamente a vítima.
•
Força alguém à atividade sexual.
•
Passa a noite fora várias vezes contra a ordem dos pais (começa antes dos 13).
•
Inicia um incêndio com a intenção clara de provocar sérios danos.
•
Foge da casa dos pais pelo menos duas vezes.
•
Destrói a propriedade alheia deliberadamente.
•
Persegue, atormenta, ameaça ou intimida os outros frequentemente.
•
Arromba ou invade a casa ou o carro de alguém.
•
•
Inicia lutas corporais.
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