Educação: família ou escola? [Agosto/2015]

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Edição 93 | Ano 8 | Agosto | 2015

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Edição 93 | Ano 8 | Agosto | 2015

Educação

família ou escola? Academia Ont nasce comprometida com a qualidade de vida

I Wedding Planner Workshop em Campo Grande

Prótese mamária a mamoplastia de aumento




editorial

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educação é a base de uma sociedade desenvolvida!” Creio que já ouvi essa frase pelo menos uma centena de vezes e tenho certeza que você leitor também já ouviu muito essa frase por aí! O difícil é compreender por que não colocamos isso em pratica em nosso País. Sabemos que existem países que alcançaram o almejado sonho do desenvolvimento social, da cidadania, da maior igualdade e do respeito entre as pessoas, graças a um maior investimento na educação e na cultura. Para isso, em algum momento houve o desejo ou a necessidade dessa evolução e o caminho escolhido foi um sistema educacional muito bem planejado e, principalmente, muito bem executado. Nosso especial do mês de agosto vem com esse tema amplo e necessário: educação! No artigo “A falta de sintonia entre a família e a escola”, o psicólogo Ricardo Rezende nos traz uma reflexão sobre a importância das famílias e as escolas caminharem na mesma direção, para que as crianças aprendam os valores de conviver em uma sociedade de forma saudável e feliz. Marisa Serrano, ex-senadora e atual conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), fala do orgulho de ter trilhado caminho na área educacional. Formada em Letras e Pedagogia pela então Faculdade Dom Aquino de Ciência e Letras, hoje UCDB, foi Secretária Municipal e Estadual de Educação e desde muito cedo já participava ativamente da militância em prol do ensino. Em entrevista exclusiva a nossa equipe, Marisa lamentou a situação dos professores hoje em dia e ressaltou que, para ela, não falta verba na rede pública de ensino, mas sim uma gestão eficaz. Vale a pena conferir! Mostrando uma triste realidade, a matéria “Infância Perdida” traz dados assustadores sobre crianças que são submetidas a rotinas desgastantes de trabalhos, incompatíveis com a idade e com a lei. E se você pensa que essa é uma realidade distante, pode se surpreender, já que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, 45 mil crianças e adolescentes de Mato Grosso do Sul já trabalhavam. O Estado ocupa o 11º lugar no ranking nacional, em números proporcionais. No Brasil são 3,1 milhões de crianças que deveriam estar nas escolas e estão trabalhando. Nossa proposta com esse tema é levantar a discussão! Por isso, leitor, comente em casa, no trabalho, na roda de conversas com os amigos, afinal de contas somos parte dessa sociedade e se queremos que ela seja mais justa para todos, precisamos fazer a diferença! Nós, da Cinco +, acreditamos que podemos ser melhores, com pequenos gestos no dia a dia, como o “por favor”, o “com licença” e o “obrigada”! Temos que ser exemplo para nossas crianças em casa, no cotidiano, e, além disso, buscar uma educação de qualidade nas escolas. Só assim viveremos em uma sociedade melhor e com mais respeito ao próximo! Boa leitura! Kátia Kuratone DRT/MS 293


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20 | SAÚDE SIMPÓSIO TRAZ INFORMAÇÕES PARA MUDAR A VIDA DAS FAMÍLIAS COM PORTADORES DE DOWN 50 | EDUCAÇÃO INFÂNCIA PERDIDA

26 | SAÚDE ONFIT: NASCE COMPROMETIDA COM A QUALIDADE DE VIDA

36 | EDUCAÇÃO ‘MEU CAMINHO SEMPRE FOI E SERÁ A EDUCAÇÃO’

46 | INFORME PUBLICITÁRIO UNICESUMAR: REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO

08 | SAÚDE ESTÉTICA DENTAL BRANCA E VERMELHA, DR. ESTEVOM EXPLICA 12 | SAÚDE PRÓTESE MAMÁRIA 14 | SAÚDE FISSURA LABIOPALATINA 18 | SAÚDE DOR NEUROPÁTICA: ANO DE LUTA CONTRA ELA 20 | SAÚDE SIMPÓSIO TRAZ INFORMAÇÕES PARA MUDAR A VIDA DAS FAMÍLIAS COM PORTADORES DE DOWN 26 | SAÚDE ONFIT: NASCE COMPROMETIDA COM A QUALIDADE DE VIDA

28 | DIA DOS PAIS TAL PAI, TAL FILHOS 32 | SAÚDE/COLUNA NUTRIÇÃO ALIMENTAÇÃO EM FAMÍLIA: UM INVESTIMENTO EM SAÚDE! 34 | INFORME PUBLICITÁRIO ESTÁCIO PROMOVEU PALESTRA COM A TRIATLETA FERNANDA KELLER 36 | EDUCAÇÃO ‘MEU CAMINHO SEMPRE FOI E SERÁ A EDUCAÇÃO’ 40 | EDUCAÇÃO “DESENCONTROS”

SUMÁRIO EDIÇÃO 93

ANO 8

AGOSTO 2015


42 | EDUCAÇÃO ONDE FOI PARAR O “POR FAVOR”? 44 | EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 46 | INFORME PUBLICITÁRIO UNICESUMAR: REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO 48 | INFORME PUBLICITÁRIO ELO CONCURSOS 50 | EDUCAÇÃO INFÂNCIA PERDIDA 56 | EDUCAÇÃO E SE AS ESCOLAS FECHASSEM? 60 | EDUCAÇÃO JOVENS TALENTOS 62 | EDUCAÇÃO A HORA DO PLANEJAMENTO 66 | EDUCAÇÃO/CINEMA O CINEMA COMO FORMA DE DISSEMINAR O CONHECIMENTO 68 | CIDADANIA NÃO SEJA A PRÓXIMA VÍTIMA 70 | COLUNA NÓS 2 POR AÍ A EXECUTIVA NÔMADE QUE TEM MEDO DE VOAR 74 | VIAJE BEM MUNDO VIRTUAL 76 | CULTURA EDUARDO KOBRA: BRINDA O MUNDO COM SUAS CORES 80 | CASAMENTO I WEDDING PLANNER WORKSHOP EM CAMPO GRANDE 82 | CASAMENTO PERSONALIDADE NUNCA SAI DE MODA 86 | DECORAÇÃO DECORAÇÃO DE LIVING 92 | CIDADANIA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL RESOLVE O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA? 94 | TECNOLOGIA SUA EMPRESA UTILIZA 100% DA TECNOLOGIA DISPONÍVEL? 96 | CULTURA 10º FESTIVAL DE SOBÁ: 120 ANOS DE AMIZADE ENTRE O BRASIL E O JAPÃO 98 | AGRONEGÓCIO BOI 7.7.7: NOVO CONCEITO PROMETE CARNE MAIS SAUDÁVEL, MENOR TEMPO DE PRODUÇÃO E BENEFÍCIOS AO MEIO AMBIENTE 102 | CIDADANIA SÃO PAULO SOBRE DUAS RODAS

Coordenação de Comunicação: Henrique Attilio (MTB/MS 177 Publicitário MTB/MS 947 Jornalista) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e Vitor Obede - Redação: Fernanda Monteiro, (DRT/MS 177); Jacklin Andreucce (DRT/MS 095); Jéssica Benitez, Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Lidyanne Aquino, Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Patrícia Belarmino (DRT/MS 1211) - Revisão: Soraya Vital - Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone. Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio, Jonathan de Oliveira, Geth Teixeira Rodrigues - Planejamento e Operações: Henrique Attilio e Kátia Kuratone - Fotografias: Luciano Muta, Raissa Canuto, Marcos Vollkoph, Tânia Santana e Q3 Produções e Eventos.

www.editoraalvorada.com.br Participaram nesta edição: Odontólogo Dr. Estevom Molica (CRO/MS 2010), Cirurgião Plástico Dr. Sandro Raphael Martins Startari (CRM/ MS 4313 RQE 3167), Especialista em dor Dr. Maruãn Omais (CRM/ MS 3225), Fonoaudiólogo, Dr. Nelson Lam K. Fook (CRFa 2818 MS), Psicólogo escolar e psicanalista, Pedagoga Profa. Soraya Cunha Vital. Psicóloga Dra. Sônia da Cunha, Ricardo Rezende (CRP 14/02612-6). Cinéfilo e Jornalista Airton Raes. Nutricionista, Tatiane Savarese Attilio CRN 3/12175. Agente da Polícia Federal, André Salineiro. Jornalista e blogueira, Juliana Ferreira. Jornalista, Ana Raquel Copetti Telles. Publicitário Gustavo Telles. Procuradora de Justiça e escritora Ariadne Cantú. Consultor de viagens Adriano de Oliveira. Arquitetura e designer de interiores Thaysa Canale, Daiana Capuci e Marcia Ribeiro. Consultor de tecnologia e mídias sociais Luiz Henrique Pereira. Tiragem: 10.000 exemplares Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da Gráfica e Editora Alvorada, com periodicidade mensal e distribuição dirigida gratuita. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500 Diretor: Mirched Jafar Junior Diretora Executiva: Katiusi Romero Chaves Gerente Geral: Rafael Soares Gerente de Produção: Paul Hudson

ATENDIMENTO AO LEITOR Críticas, dúvidas, sugestões e comercial Fale com a gente: contato@revistacincomais.com.br Cartas: Rua Antônio Maria Coelho, 623 - Centro - CEP 79.008-450 - Campo Grande/MS Telefone: (67) 3316-5500 / 9254-4524 Para anunciar na revista Fale com a gente: contato@revistacincomais.com.br

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SAÚDE

ESTÉTICA DENTAL BRANCA E VERMELHA, DR. ESTEVOM EXPLICA Um sorriso harmonioso e belo não é composto apenas por dentes brancos e alinhados. Os lábios, a gengiva e a mucosa fazem parte de um conjunto que pode construir um sorriso estético, saudável e funcional. Pensando assim, a gengiva será sempre a “moldura” dos dentes e os lábios a “moldura” do sorriso. Devemos, portanto, nos preocupar com os dentes (estética branca) e com a gengiva (estética vermelha), para que a harmonia do sorriso seja completa por DR. ESTEVOM MOLICA

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ós, especialistas em Odontologia Estética, sabemos que os dentes podem estar incrivelmente belos quanto a cor, formato, textura, posição, características ópticas e ainda assim estarem comprometidos por causa da estética vermelha, ou seja, excesso de gengiva, retrações gengivais, ausência de tecido gengival entre os dentes, formando os chamados “buracos negros” e alteração na cor e textura da gengiva. Tudo isso pode causar desarmonia visual. Um sorriso jovem e belo mostra, geralmente, 30% de tecido gengival (vermelha) e 70% de tecido dental (branco). Esta proporção, mais o formato dos lábios, confere o equilíbrio labial adequado. As lentes de contato dental vieram para transformar a estética branca, quando os seus dentes não estão na cor, formato, simetria e harmonia que você gostaria que estivessem. São finas camadas de porcelana extremamente duras e resistentes. O material, com espessura de poucos milímetros, é aplicado na parte frontal dos


dentes. Geralmente cobrimos apenas a linha do sorriso, ou seja, os dentes que aparecem quando a pessoa sorri. Esta aplicação é super simples e indolor. Como não precisamos fazer desgaste dentário, não há dor, e a técnica é muito rápida. Com poucas sessões o cliente sai do consultório com um sorriso de “capa de revista”. Outro fato interessante, é que a cor não se altera com o passar do tempo, como acontece, por exemplo, no clareamento dentário ou com as facetas de resina. As lentes de contato dentais, quando bem aplicadas pelo profissional e cuidadas pelo cliente, têm uma duração média de 12 anos. Não é uma maravilha?

DR. ESTEVOM MOLICA CRO/MS 2010

As indicações são inúmeras. O objetivo principal é melhorar a estética dental e de estruturas vizinhas, como gengiva, lábio e rosto. Podemos fazer pequenos realinhamentos dentais, clarear o sorriso escurecido pelo tempo, por medicamentos, por cigarro ou outras substâncias, fechar espaços entre dentes, os chamados diastemas, e também reconstruir os dentes desgastados pelo ato de ranger os dentes (bruxismo) ou por excesso de restaurações de resina. Pessoas que têm o lábio superior baixo, ou seja, que não mostram os dentes quando abrem um sorriso, também têm uma indicação precisa quanto ao uso das lentes de contato dentais. Existe um procedimento chamado mock-up, que é um “teste drive”, em que o dentista, juntamente com o técnico em prótese, elabora uma maquete do sorriso novo que o cliente pode usar por alguns dias. O especialista molda os dentes e reproduz um modelo. O técnico confecciona lentes provisórias em resina, similares às que serão fabricadas em porcelana posteriormente. Algumas vezes é o que dá segurança ao cliente para fazer o tratamento. Não há alteração nos hábitos alimentares e de higienização. O cliente deverá escovar os dentes e fazer uso do fio dental normalmente, comparecendo às consultas odontológicas regularmente de 6 em 6 meses. Todos os alimentos que podemos ingerir em seu estado normal, poderão também ser consumidos após o tratamento. As únicas restrições são para hábitos atípicos, como roer unhas com os dentes, cortar plástico, quebrar gelo, ponta de caneta, que são práticas incorretas que podem quebrar até dentes naturais.

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SAÚDE

As lentes de contato só podem ser aderidas a dente natural, mas isso não quer dizer que pessoas que já possuam coroas de porcelana não possam fazer uso das mesmas. Nos dentes naturais faz-se o novo procedimento com as lentes de contato e troca-se as coroas de porcelana por outras da mesma cor das lentes e com a mesma tecnologia, assim não há diferença visual quando as pessoas sorriem. A odontologia estética moderna também possui inúmeras técnicas para harmonizar a estética vermelha. São técnicas minimamente invasivas, para o maior conforto dos clientes, e que trazem resultados bastante satisfatórios. Peelings gengivais, para remoção de manchas; gengivoplastias ou plásticas gengivais, de aumento ou de redução e recobrimentos radiculares são apenas algumas das técnicas mais comumente empregadas. Clientes que têm o chamado “sorriso gengival” também podem ser beneficiados com estas técnicas para harmonizar a gengiva e a colocação das lentes de contato dentais posteriormente. Retiram-se milímetros do excesso gengival que esconde uma parte das coroas dentais, valorizando, assim, mais os dentes. Depois de 15 dias, em média, pode-se proceder à moldagem da arcada e posterior cimentação das lentes de contato dentais. A maioria dos clientes vem ao consultório em busca do sorriso perfeito, e a tecnologia tem ajudado muito a transformar sonhos em realidade. Posso garantir que todos os clientes que colocam as lentes de contato dentais elevam ainda mais sua autoestima ao final do tratamento.

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SAIBA SE SEU SORRISO PODE FICAR MAIS BONITO HARMONIZANDO A ESTÉTICA BRANCA COM A ESTÉTICA VERMELHA. CASO VOCÊ TENHA ALGUMA DESSAS NECESSIDADES, HÁ INDICAÇÃO PARA O TRATAMENTO: •

Dentes com pequenos desalinhamentos.

Sorriso escurecido pelo tempo ou pelo uso de cigarro, medicamentos ou corantes.

Espaço entre os dentes (diastemas).

Desgaste provocado pelo ranger dos dentes (bruxismo).

Excesso de restaurações de resinas antigas.

Lábio superior baixo, aparecendo pouco os dentes.

Lábio superior alto, aparecendo muito sua gengiva.

Espaços negros entre um dente e outro.

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SAÚDE

PRÓTESE MAMÁRIA A mamoplastia de aumento, mais conhecida como cirurgia da prótese de mama, foi popularizada por inúmeras modelos e atrizes, tornando-se a cirurgia da moda atualmente

por DR. SANDRO STARTARI

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esde 2009 ultrapassou a lipoaspiração como cirurgia plástica estética mais realizada no Brasil. Sair desfilando por aí esbanjando um seio sensual e marcante, com certeza é o desejo de toda mulher. Hoje, seis em cada dez mulheres que procuram um cirurgião plástico querendo mexer nos seios, desejam mamas maiores. Poder, então, colocar uma roupa que valorize os seios e passear tranquila, sabendo que está arrasando, é um sonho feminino. Os motivos que levam as mulheres a recorrerem a uma cirurgia de aumento das mamas geralmente é a hipomastia, ou seja, mulheres que apresentam seios pequenos ou que diminuíram após amamentação ou perda severa de peso. A prótese também pode ser usada com sucesso para corrigir pequenas quedas ou flacidez mamárias. Na cirurgia, o tecido mamário é deslocado e é criado um espaço abaixo ou acima do músculo peitoral, onde

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é colocada a prótese de silicone. Existem três técnicas cirúrgicas para a inclusão mamária: Via Periareolar: a cicatriz fica em torno da metade inferior da aréola, mas há limitações para inclusão da prótese de acordo com o tamanho da aréola da paciente. Via Axilar: a cicatriz é quase invisível, sendo feita nos sulcos axilares, e a prótese é colocada, via de regra, debaixo do músculo peitoral. Via Inframamária: é aplicável em todos os casos, e a cicatriz fica “escondida” no sulco da mama. Há vários tipos de implantes utilizados, mas o mais comum é a prótese de silicone microtexturizada, contendo em seu interior silicone em gel altamente coesivo. Quanto à forma, tipo e tamanho do implante de silicone existem diversos, e você discutirá com seu cirurgião plástico o que se adequa melhor ao seu corpo e aos seus desejos. O resultado é de uma impressionante naturalidade. Do dia para noite – literalmente – as pacientes ganham novos seios, como se já tivesse nascido com eles.


Dr. Sandro Raphael Martins Startari Diretor Técnico Médico CRM/MS 4313 | RQE 3167

• Prótese mamária

• Cirurgia facial ou ritidoplastia

• Lipoaspiração e lipoescultura

• Cirurgia das pálpebras ou blefaroplastia

• Lipoabdominoplastia

• Otoplastia

• Mamoplastia

• Cirurgia íntima

• Transplante capilar

• Gluteoplastia

• Rinoplastia


SAÚDE

FISSURA LABIOPALATINA

Saiba mais sobre essa malformação que tem como principal tratamento a abordagem interdisciplinar que é realizada pela FUNCRAF na Capital por KÁTIA KURATONE • foto RAISSA CANUTO

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s falhas no desenvolvimento do lábio e do palato (céu da boca) são chamadas de fissura labiopalatina. “É uma malformação craniofacial congênita, que ocorre durante a gestação (período embrional e início do fetal), envolvendo a região do crânio e da face, podendo acometer lábio, palato e/ou lábio e palato e envolve o tratamento cirúrgico”, explica a fonoaudióloga Luciane Riehl, que trabalha na FUNCRAF (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais). Talvez você ainda não tenha conhecido uma pessoa com o problema, e muito menos saiba que em Campo Grande existe uma unidade da FUNCRAF que oferece o tratamento de forma gratuita (leia mais no Box), mas é importante ressaltar que a fissura labiopalatina pode causar problemas que vão muito além do caráter estético, como má-nutrição, por conta da dificuldade de alimentação, distúrbios respiratórios, de fala e audição, infecções crônicas, alterações na dentição e também problemas emocionais, de sociabilidade e de autoestima. “Inicialmente podem ocorrer dificuldades na alimentação, principalmente nos casos onde há envolvimento no palato devido à presença de refluxo nasal, possibilidade de engasgos, demora na ingestão, incoordenação da sucção x respiração x deglutição e dificuldade na sucção por falta de pressão intra-oral, prejudicando o ganho de peso. A audição é de suma importância para desenvolvimento da linguagem, e devido à comunicação da cavidade oral com a nasal nos casos de fissura palatina há uma propensão a infecções de vias aéreas e no ouvido, levando a ocorrência de otite média e perda auditiva. As alterações encontradas na fala variam de acordo com o tipo de acometimento da fissura, causando desde uma leve distorção até quadros de fala ininteligível pela hipernasalidade e mecanismos articulatórios compensatórios”, enumera a fonoaudióloga. A orientação de profissionais ajuda os pais a lidarem com o problema desde os primeiros dias de vida da criança e/ou os pacientes já adultos. “Utilizamos estratégias facilitadoras para o aleitamento materno e/ou aleitamento artificial, com introdução de mamadeira e posicionamento adequado para evitar refluxo nasal e otites de repetição, facilitando o ganho de peso que auxiliará na recuperação cirúrgica. O tratamento segue uma cronologia cirúrgica, incluindo cuidados com audição, estimulação de fala e linguagem e também o acompanhamento de toda dentição.”

SUPERAÇÃO É O GRANDE DESAFIO

“ATÉ MEUS 14 ANOS EU SOFRI MUITO COM O PRECONCEITO, MAS, GRAÇAS A DEUS, ISSO FOI PASSANDO, E HOJE, QUE JÁ ESTOU NA FACULDADE, ISSO MUDOU BASTANTE. ESTOU CURSANDO ODONTOLOGIA NA UNIGRAN, EM DOURADOS, E MEU SONHO É TRABALHAR PARA AJUDAR PESSOAS QUE NASCERAM COMO EU.”

Aos 17 anos, a jovem Janaína Maria Coelho Dallazen já passou por seis cirurgias. Ela nasceu com fissura labiopalatal bilateral e é uma das pacientes da FUNCRAF da Capital. “Minha primeira cirurgia foi aos 8 meses, no total foram 3 para reconstruir o palato.” Ela conta que dentre as maiores dificuldades está o preconceito das pessoas. “Até meus 14 anos eu sofri muito com o preconceito, mas, graças a Deus, isso foi passando, e hoje, que já estou na faculdade, isso mudou bastante. Estou cursando Odontologia na Unigran, em Dourados, e meu sonho é trabalhar para ajudar pessoas que nasceram como eu.”

A prevenção é difícil já que a causa da fissura é multifatorial, pode ser genética e por fatores teratogênicos (tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez). “Estudos demonstram que o uso de ácido fólico durante a gestação minimizam as malformações. Já o tratamento é um processo de reabilitação a longo prazo, dependendo do tipo de fissura, pois envolve uma equipe interdisciplinar: pediatria, otorrinolaringologia, nutrição, psicologia, serviço social, enfermagem, fonoaudiologia, psicopedagogia, odontologia e ortodontia, respeitando o crescimento facial de cada indivíduo”, indica Luciane. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 15


SAÚDE

FUNCRAF AUXILIA NO ENFRETAMENTO DO PROBLEMA NA CAPITAL Campo Grande tem uma unidade da FUNCRAF (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais). Carla, que é Coordenadora Administrativa e iniciou o trabalho na FUNCRAF em 2007, como psicopedagoga, explica que o espaço desenvolve um importante trabalho de reabilitação em parceria com o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), mais conhecido como Centrinho. “Pessoas com fissuras labiopalatinas, deficiência auditiva e com síndromes associadas a malformações, são atendidas com objetivos definidos: correção e/ou adequação de suas condições funcionais, valorização de suas potencialidades, evolução de suas capacidades e integração social. As unidades implantadas em São Bernardo do Campo e Itapetininga (SP), assim como a de Campo Grande, seguem os padrões e protocolos do

HRAC/USP para atender sua própria demanda em geral, residente dentro do perímetro geográfico à sua volta. Os casos cirúrgicos, e que exigem procedimentos altamente especializados oferecidos em Bauru, têm o seguimento de seus tratamentos nessas unidades. Portanto, o nosso trabalho visa o favorecimento dessas pessoas, em localidades próximas às suas cidades de origem.”

CINCO+ ENTREVISTA CINCO+ COMO FUNCIONA O TRABALHO DA FUNCRAF? CARLA - Na deficiência auditiva, a FUNCRAF recebe pacientes de sete macro regiões de Mato Grosso do Sul, totalizando 43 municípios. Na FUNCRAF, o atendimento é multidisciplinar, podendo ser iniciado em qualquer idade. Realizamos desde o teste da orelhinha, o diagnóstico, a protetização, se for necessário, o acompanhamento ou reavaliação, a terapia fonoaudiológica e psicopedagógica, em alguns casos, principalmente para as crianças. Na fissura, a referência é estadual, podendo receber pacientes de todo o Estado. Somos uma entidade filantrópica e mantemos convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde), por isso todo o atendimento realizado é gratuito, sem nenhum custo para o paciente. CINCO+ QUEM PODE SER ATENDIDO NA FUNCRAF? CARLA - Todos podem ser atendidos pela FUNCRAF, independente da classe social. CINCO+ QUANTAS PESSOAS VOCÊS ATENDEM POR MÊS? CARLA - Atendemos aproximadamente duas mil pessoas por mês. 1 6 | CINCO + | AGOSTO 2015

CINCO+ COMO E QUANDO A FUNCRAF CHEGOU A CAMPO GRANDE? CARLA - A FUNCRAF chegou a Campo Grande em 2000 com o objetivo de descentralização, ou seja, fazer com que os pacientes pudessem ser atendidos mais próximos de sua cidade de origem com a mesma segurança com que são atendidos no Centrinho – HRAC/USP – Bauru. CINCO+ QUAIS SÃO OS ATENDIMENTOS E ACOMPANHAMENTOS REALIZADOS? CARLA - Os pacientes são atendidos por uma equipe multidisciplinar composta por pediatra, otorrinolaringologista, neurologista, fonoaudiólogas, odontólogos (geral, pediatra, ortodontista), enfermeira, nutricionista, psicóloga, psicopedagoga e assistente social. A reabilitação se dá por meio de retornos contínuos, tanto na área de deficiência auditiva quanto de fissura. CINCO+ EXISTE ALGUM PROCEDIMENTO E/OU TRIAGEM? Entrando em contato, a equipe administrativa informará os documentos necessários. SERVIÇO – A FUNCRAF está localizada na Rua 14 de Julho, nº 4827, Bairro Monte Castelo. Os telefones para contato são (67) 3368-6206 ou 3368-6200.



SAÚDE

DOR NEUROPÁTICA: ANO DE LUTA CONTRA ELA A dor neuropática ocorre por uma lesão primária direta do sistema nervoso periférico ou central, ou mesmo por doenças primárias que afetam este sistema

AS INFORMAÇÕES ABAIXO AJUDAM A TERMOS UMA NOÇÃO LÓGICA SOBRE A PRESENÇA DA DOR NEUROPÁTICA: 1.

20% dos pacientes com câncer apresentam este tipo de dor, independente do tratamento da doença do câncer.

2.

35% dos pacientes com HIV apresentam este tipo de dor, ou pela doença ou pelo tratamento.

3.

26% dos pacientes diabéticos apresentarão dor neuropática.

O sofrimento emocional e a má qualidade de vida, relacionada à saúde prejudicada, afeta a reabilitação, o humor, o sono e o convívio social.

4.

10% dos herpes zoster evoluíram para dor neuropática pós-herpética, aquela fora da crise, já sem as ditas lesões em pele.

A percepção do sofrimento e da limitação é sempre individual, mas podem ser comparados, dentre outras situações, com depressão, doença coronariana, infarto recente do miocárdio ou diabetes mal controlado.

5.

37% das pessoas com lombalgia apresentam quadro de dor neuropática.

6.

Lesão de medula espinhal chega a 50% de dor neuropática.

Embora não seja fácil, elas não devem ser confundidas com essas ou outras doenças, mas devemos entender que, nesse caso, a dor é a própria doença, logo deve ser tratada e acompanhada juntamente com as outras doenças que porventura existirem.

7.

Esclerose múltipla em 25%.

8.

Dor central pós-AVC (derrame) em 8%.

S

ensações estranhas ao dia a dia perseguem quem apresenta a dor neuropática, como formigamento, agulhada, tiro, repuxo, alfinetada, aperto, queimação, dormência, frio doloroso. Ela se manifesta em áreas que se descrevem como anestesiadas também.

Não é incomum algumas pessoas classificarem que a dor neuropática é pior que a morte. Alguns estudos demonstram que chega a 17% dos casos.

Não desista nunca de buscar tratamento para a dor neuropática. Ele é complexo e longo, por isso há que se pensar obrigatoriamente em acompanhamento, reabilitação, melhora do humor, sono e retorno ao salutar convívio social. Isso trará de volta a tão buscada qualidade de vida. Terapias medicamentosas comuns, utilizadas para a dor aguda, não são eficazes para o tratamento da dor neuropática.

por DR. MARUÃN OMAIS CRM/MS 3225 Doutor em Medicina. Especialista em Dor. Diretor Tecnico da Palliare Clinica de Dor e Cuidados Paliativos

O tratamento passa obrigatoriamente por medicamentos específicos e, se necessário, procedimento intervencionista (alguns denominam-no como bloqueios) para o seu controle o mais breve possível. Como qualquer patologia crônica, esta também não tem cura, mas há, sim, a possibilidade de controle, diminuição da intensidade e frequência da dor e, consequentemente, do sofrimento e do isolamento social. NUNCA DESISTA. TRATE-A. VENÇA-A. Dor pode não ser opcional, o sofrimento sim.

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SAÚDE

SIMPÓSIO TRAZ INFORMAÇÕES PARA MUDAR A VIDA DAS FAMÍLIAS COM PORTADORES DE DOWN por FERNANDA MONTEIRO • fotos Q3 PRODUÇÕES E EVENTOS

2 0 | CINCO + | AGOSTO 2015


A trissomia 21, conhecida como síndrome de Down, acarreta olhos puxados, orelhas um pouco mais baixas, musculatura mais flácida, estatura pequena, propensão a desenvolver algumas doenças, como as de coração, e intelecto comprometido. O grau dos sintomas é, quase sempre, inversamente proporcional ao estímulo oferecido na infância

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ssas informações devem fazer parte da primeira etapa de descobertas que os pais de uma criança com a síndrome precisam ter alcance. Algumas pessoas até têm acesso, mas outras não. Principalmente as famílias do interior do Estado. Por isso, Campo Grande sediou, em julho, o 1º Simpósio Sul-Mato-Grossense sobre Síndrome de Down – do nascimento à idade adulta. Médicos, cientistas, profissionais da saúde, da educação, do Direito, pais, familiares e estudantes estiveram juntos em dois dias de esclarecimentos e quebras de mitos. Zan Mustacchi, geneticista e pediatra, apresentou informações atuais resultantes da sua experiência com 7.500 casos. O doutor no assunto desmistificou a questão da sexualidade, afirmando que nos portadores da síndrome ela não é aguçada, mas normal, acrescentando que essas crianças precisam de limites como qualquer outra. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 21


SAÚDE

Para auxiliar na estruturação psicológica da família, a humanização do profissional de saúde na hora de dar a notícia é de extrema importância, afirmou a pediatra responsável pelo programa de síndrome de Down do Hospital Albert Einstein, Ana Cláudia Brandão. Segundo ela, os profissionais devem ser explícitos sobre as patologias que podem ocorrer, porém não devem esquecer que essa pessoa tem a chance de ter uma vida normal. Caroline Quarteiro, mãe de Benício de 1 ano e 8 meses, conta que recebeu a notícia de uma forma adequada, mas isso não impediu o desespero. A informação foi essencial para transformar a emoção do impacto e ela foi a São Paulo conhecer o famoso pediatra Mustacchi. “Foi então que abri a cabeça, mas também comecei a ficar preocupada com as pessoas que não têm condições de buscar ajuda fora”, explica como começou a idealizar com o marido Marcelo o simpósio na Capital sul-mato-grossense. No evento, renomados no tema, em nível nacional e regional, falaram para 700 participantes sobre diagnóstico, estímulos, tratamentos para as doenças associadas, superação de barreiras, inclusão social na família e nas escolas, inserção no mercado de trabalho, promoção da autonomia e independência social, enfim realização de sonhos. “Quando médicos, profissionais da saúde, professores, pais e mães, foram nos cumprimentar, me dei conta da importância deste momento. Foi um divisor de águas”, concluiu Caroline já anunciando a próxima edição para 2017.

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Os aparelhos auditivos do básico ao mais avançado estão dentro de uma faixa de R$ 2 mil a R$ 5 mil cada. Quanto vale ouvir bem? Um dos maiores desafios em relação à surdez é o preconceito que ainda envolve o uso das próteses ou aparelhos auditivos. Muitas pessoas guardam a imagem de equipamentos grandes e pesados que eram utilizados há muitos anos atrás, mas que nada têm em comum com os aparelhos auditivos modernos de hoje. A tecnologia evoluiu e os aparelhos são praticamente invisíveis, seu uso é confortável e de fácil adaptação. Você tem ou deve conhecer alguém que tem perda auditiva. Mude esta situação, a vida pode ser muito mais feliz com o uso de aparelho auditivo, além de necessário, ele traz inúmeros benefícios em qualidade de vida como:

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SAÚDE

por FERNANDA MONTEIRO

A

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2 6 | CINCO + | AGOSTO 2015

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DIA DOS PAIS

TAL PAI, TAL FILHOS Os irmãos Álvaro e Bruno decidiram bem cedo que trilhariam o mesmo caminho profissional do pai Valdenir Rezende

por JÉSSICA BENITEZ • foto TÂNIA SANTANA

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ive sempre essa influência do jornalismo em casa, mas jamais houve pressão para a escolha da carreira. No entanto, esse contato constante com as notícias e com o ‘mundo’ do jornal foi importante para a minha escolha”, conta Álvaro, que ingressou na faculdade de comunicação social em 2003 e até então só mantinha contato com a fotografia através das histórias que ouvia. Bruno conta que desde criança se espelhou no pai, e quando começou a se interessar pela fotografia a admiração ganhou reforço, transcendeu a fronteira da visão paternal para o campo profissional. “Sempre achei meu pai um exemplo de homem, desde pequeno eu o admirava, queria ser um homem como ele. Quando comecei a me apaixonar pela fotografia eu passei a admirá-lo como profissional. Certa vez, trabalhamos juntos em uma pauta. Eu pude ver o tanto que os profissionais da imprensa o respeitam e o admiram. Isso é motivo de orgulho.”

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Eles não ficaram nove meses ligados pelo cordão umbilical, mas o fotógrafo Valdenir Rezende, 49, conseguiu estabelecer elo permanente com os filhos. Para isso ele não precisou usar capa de super-herói, mas sim traduzir o mundo por meio de imagens. Foi assim, atrás das lentes, que conquistou Álvaro Henrique Rezende, 29, e Bruno Henrique Rezende, 26. Em comum, os meninos têm muito mais que os nomes, ambos decidiram bem cedo que trilhariam o mesmo caminho profissional do pai. Os dois alegam que não houve influência direta, como geralmente os pais fazem: ‘meu filho vai ser médico, advogado, administrador’. Valdenir conseguiu despertar esse desejo ao contar como é a rotina de uma redação de jornal, todo os dias, ao chegar em casa do trabalho. Rotina não faz parte da vida de quem se aventura no jornalismo diário. Incêndios, acidentes, histórias de vida, fatos que se perpetuarão na memória do leitor são contados nas folhas de papel.


O respeito e a sintonia entre os três são tamanhos, que a união passou de casa para o trabalho. Há alguns anos o fotógrafo é editor dos filhos em um jornal impresso e, por lá, nada de moleza. “Sempre que saio para fazer as pautas eu lembro que ele fala ‘cria, inventa, não faça apenas o feijão com arroz’, e dessa forma eu tento criar para agradar meu pai/chefe”, conta o caçula. O ensinamento é mútuo. Valdenir começou no jornal em 1980, fazendo serviços bancários e entregando correspondência para os repórteres. O contato direto com a redação despertou curiosidade e interesse em ser inserido na área. “Foi paixão à primeira vista, ‘ainda vou trabalhar em uma redação’, pensei, e na primeira oportunidade pedi para aprender a trabalhar no setor de fotografia”, lembra-se. Com permissão da direção, ele cumpria seus deveres de dia e à noite se dedicava ao aprendizado no laboratório do jornal. Algum tempo depois, surgiu vaga para fotógrafo e, aos 14 anos, ele não deixou passar. No ambiente da redação conheceu a esposa, Rosangêla,

que à época trabalhava na paginação. Logo vieram o casamento e os dois filhos, tudo com a fotografia como plano de fundo. A escolha dos meninos em seguir a mesma profissão rendeu ainda mais frutos ao pai. Em 2005, Valdenir decidiu que era hora de se graduar. “Tive a oportunidade de aprender na prática e sentia a falta de ter uma formação, foi aí, que depois de muitos anos de profissão, resolvi fazer a faculdade de Jornalismo.” Décadas de carreira, prêmios por fotos publicadas e muita experiência agora dão lugar à vontade de ver os filhos em destaque na área. Álvaro também se tornou pai há quase dois meses. Se a filha Bianca vai dar continuidade à tradição da fotografia na família ele não sabe, mas de uma coisa tem certeza: o amor paternal sempre coloca a prole acima de si mesmo. “Meu pai comemora junto todas as conquistas, orgulhoso. Sinto até que, às vezes, fica mais emocionado com uma foto boa produzida por mim e meu irmão do que por ele próprio.”

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SAÚDE

ALIMENTAÇÃO EM FAMÍLIA: UM INVESTIMENTO EM SAÚDE!

por TATIANE SAVARESE ATTILIO

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omer de forma saudável e nutritiva sempre parece ser uma tarefa totalmente inversa a comer gostoso e com alegria, não é mesmo? Se repararmos nas praças de alimentação dos centros de compras poderemos constatar isso de forma muito rápida. A antiga fórmula de presentear as crianças com comida ainda é muito utilizada em nossa cultura. O grande problema é que os alimentos estão cada vez mais “pobres” em vitaminas, minerais e fibras e, ao mesmo tempo, “ricos” em gorduras, açúcares e aditivos químicos. Estamos “presenteando” nossas crianças com doses de substâncias que a médio e longo prazo as farão doentes. Por isso, movimentos como o slow food e campanhas que buscam o retorno da alimentação em família ao redor da mesa são tão importantes para que a saúde nutricional da população melhore a curto, médio e longo prazo. Eu sei que fazer as refeições em casa está cada dia mais complicado, devido aos horários dos compromissos de cada integrante da família, mas, pelo menos no jantar todos estão em casa e a comida pode, e deve, ser caseira.

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Existem, sim, opções de pratos únicos. Aquelas preparações que são servidas sem acompanhamento, como macarrão com brócolis e queijo branco. Fácil, prático e muito nutritivo. Nos sites de culinária você pode encontrar várias receitas assim, basta procurar as que tenham os seguintes grupos de alimentos: 1 fonte de carboidrato (batata, arroz, mandioca) + 1 fonte de proteína (carne magra de frango ou peixe, carne bovina, queijo magro) + várias fontes de vegetais (folhas e legumes, exceto batata, mandioca, cará e inhame). Investir tempo para realizar as refeições em família requer organização e também orientação. Procure um profissional nutricionista se sentir dificuldade, mas tenha certeza que você estará investindo na saúde e na qualidade de vida de seus familiares!

DRA. TATIANE SAVARESE ATTILIO CRN 3/12175 Nutricionista com especialização em Nutrição Clínica e em Obesidade

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ESTÁCIO PROMOVEU PALESTRA COM A TRIATLETA FERNANDA KELLER por JULIANA FELIZ

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omo parte das comemorações dos seus 45 anos, a Estácio campus TV Morena promoveu no dia 17 de agosto, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, a palestra “O Poder de Transformação”, com triatleta carioca Fernanda Keller. Vencedora de mais de 100 títulos, Fernanda Keller foi campeã do Ironman Brasil por cinco vezes. Foi eleita a mais constante triatleta do mundo, no Campeonato Mundial de Ironman no Havaí, com 14 pódios entre as Top 10, sendo seis medalhas de bronze. Ela também é hexacampeã do Troféu Brasil de Triatlo e a única mulher no mundo a conseguir completar 23 edições consecutivas (1987-2009) do Campeonato Mundial de Ironman. A palestra teve como foco a determinação que todo o atleta precisa para chegar ao topo. Fernanda explica que no esporte, assim como em qualquer profissão, deve haver entrega e dedicação para se alcançar os objetivos. “É importante acreditar sempre que iremos conquistar aquilo que desejamos. E por mais que tenhamos o apoio da família, somos nós mesmos nosso maior torcedor”, completa. Para Stephan Filippo, diretor geral da Estácio TV Morena, a superação é também uma das marcas de muitos acadêmicos da Instituição. “Muitos deles trabalham e mesmo assim dedicam-se aos estudos com afinco. Mesmo que encontrem dificuldades e barreiras para desistir do curso superior, persistem e seguem na busca dos próprios sonhos. Fernanda Keller é um exemplo de força e determinação para todos nós.” Fernanda Keller foi eleita pela Revista Forbes, em 2006, como a atleta mais influente do Brasil. Atualmente, além dos treinos intensos, a atleta se dedica também ao Instituto Fernanda Keller, um trabalho de inclusão social que vem transformando a vida de milhares de crianças e jovens por meio do esporte. É por tudo isso que Fernanda Keller é considerada um ícone do esporte nacional e mundial, servindo como referência para todos que buscam no esporte um exemplo de coragem e determinação. A entrada para a palestra foi a doação de um quilo de alimento não perecível para a AACC-MS (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer) e contou com o

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apoio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul). ESTÁCIO NO ESPORTE O Estácio no Esporte é um dos quatro pilares do Programa de Responsabilidade Corporativa da Estácio, chamado “Educar para Transformar”. A instituição apoia mais de 200 atletas, seja por meio de concessão de bolsas de estudos, seja com patrocínio. Entre eles, o time de Basquete do Flamengo e atletas como Marcelinho Machado, do basquete, Bruno Soares, do tênis, Adriano de Souza, o Mineirinho, do surfe, a ginasta Daniele Hypolito, o medalhista dos saltos ornamentais, Cassius Duran, a recordista sul-americana em salto à distância, Bárbara Leôncio, além da ex-ginasta Lais de Souza. Da base ao alto rendimento, a maior parte do grupo apoiado pela instituição é de atletas em início de carreira. Muitos de comunidades carentes, e outros que já são promessas brasileiras para os Jogos Olímpicos de 2016. A Estácio também apoia instituições ligadas ao esporte, como o Instituto Olímpico Brasileiro, o Instituto Fernanda Keller, o Instituto Reação, do ex-judoca Flávio Canto, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, o Instituto Kinder, o Instituto Tennis Route e o Instituto Esporte & Educação, da ex-jogadora de vôlei Ana Moser.


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EDUCAÇÃO

‘MEU CAMINHO SEMPRE FOI E SERÁ A EDUCAÇÃO’ Marisa Serrano diz que se orgulha de ter trilhado caminho na área educacional por JÉSSICA BENITEZ • foto MARCOS VOLLKOPF

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lassificada como ‘dama da Educação’, a ex-senadora e atual conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), Marisa Serrano, se orgulha de ter trilhado caminho na área educacional. Formada em Letras e Pedagogia pela então Faculdade Dom Aquino de Ciência e Letras, hoje UCDB, foi Secretária Municipal e Estadual de Educação. Com brilho nos olhos, ela relatou à Revista Cinco+ que desde muito cedo já participava ativamente da militância em prol do ensino e lamentou a situação dos professores hoje em dia. Para ela, não falta verba na rede pública de ensino, mas sim gestão eficaz. O espírito combatente floresceu cedo. Aos 17 anos, ainda finalizando o ensino médio, Marisa começou a participar de congressos da UCE (União Campo-Grandense de Estudantes). Na faculdade se debruçou à meta de tornar os cursos de Letras e Pedagogia oficiais na cidade e, por isso, era assídua no Conselho Federal de Educação, localizado no Rio de Janeiro. “Acredito que aí começou minha militância político-estudantil. Meu caminho sempre foi a educação e não a política. A política foi uma decorrência”, conta. Antes de ingressar de fato na carreira política algumas experiências marcaram para sempre a conselheira. Ela conta que no final da década de 1960 enfrentou uma das situações mais complicadas na vida de educadora. Por três anos foi diretora do período noturno na Escola Padre José Valentim, no Jardim Jóquei Clube, em Campo Grande. À época o local era ermo e não havia luz elétrica. “Lecionei Português muito tempo, mas foi na direção educacional que me destaquei. E o que marcou muito minha vida profissional foi quando fui diretora no Padre Valentim. As

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MEU CAMINHO SEMPRE FOI A EDUCAÇÃO E NÃO A POLÍTICA. A POLÍTICA FOI UMA DECORRÊNCIA.

aulas eram com lampião a gás, sem asfalto e a Nhanhá e o Marcos Roberto eram um mato só. Antes da aula, os alunos deixavam na secretaria da escola os instrumentos que usavam para se defender. Eram soco inglês, pedaços de pau. Foi um período muito difícil”, lembra, ressaltando que até hoje tem amigos feitos no colégio do Jóquei.

Ao ingressar na política o sucesso foi o mesmo. Já na década de 1970 venceu a primeira eleição que disputou para vereadora de Campo Grande. Foi a mais votada e, por ser mulher, quebrou paradigmas. Na gestão do Prefeito Levi Dias foi Secretária Municipal de Educação, fase em que pôde acumular ainda mais experiência e, enfim, implementar políticas públicas que sempre almejou enquanto esteve do ‘outro lado’. “Fui galgando enquanto chefe da divisão de ensino da Prefeitura. Foi quando mais pude crescer. Levi e eu criamos uma série de projetos importantes: coordenação pedagógica, estruturas escolares na zona rural, tecidos para fazer C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 37


EDUCAÇÃO

“FICA MUITO DIFÍCIL DE VOCÊ PASSAR A IDEIA PARA A SOCIEDADE QUE A EDUCAÇÃO TEM QUE SER VISTA COM OUTROS OLHOS. ACREDITO QUE PRECISA DE RECURSO, CLARO QUE PRECISA, MAS PRECISA DE GESTÃO. ÀS VEZES NÃO É O DINHEIRO, MAS A GESTÃO.”

uniformes. Foi a primeira vez que todas as crianças tiveram uniformes, fato que hoje é comum.”

prefeito cuidar para que isso não aconteça. Esses dados servem para alertá-los.”

Além disso, foi nesta gestão que a conselheira ajudou na inserção do Projeto Salve Saúde, no qual carros iam até às escolas municipais para atender as crianças na área da saúde. “Na época não era como hoje que em todas as regiões existe uma unidade de saúde.” Quando Levi foi destituído ela também deixou a pasta, para mais tarde tornar-se Secretária Estadual de Educação por pouco mais de um ano.

Ainda em 2012, Campo Grande investiu R$ 497 milhões em educação. Destes, R$ 24 milhões foram ‘desperdiçados’. Diante da crise que abateu o Brasil em 2015 e às greves em âmbito federal, estadual e municipal, a educadora avalia que fica cada vez mais difícil para a população acreditar que as prioridades de um governo são a saúde e a educação. No entanto, o cenário de caos para professores não tem ligação direta com a quantidade de verba a ser investida, mas com a qualidade de gestão por parte dos governantes.

“Aí foi outra fase difícil, porque tinham acabado de dividir o Estado, mas também conseguimos aplicar medidas, como o primeiro concurso público de Mato Grosso do Sul.” Mesmo hoje, no TCE, a educação não foi deixada de lado. Marisa é responsável pela publicação de três livros relacionados ao IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) dos municípios de Mato Grosso do Sul, sendo que a cada edição, lançada de dois em dois anos, os prefeitos e secretários do setor têm orientações do órgão. O último lançamento calculou o gasto que o Executivo Municipal tem com cada aluno. Com um exemplar em mãos, ela mostrou a situação de algumas cidades. Em Amambai, por exemplo, o gasto em 2012 foi de R$ 25 mil, deste total R$ 4 mil foram aplicados em repetentes ou alunos que desistiram de estudar antes de terminar o ano. “Então a reprovação e a evasão refletem em dinheiro jogado no lixo. Cabe a cada 3 8 | CINCO + | AGOSTO 2015

“Fica muito difícil de você passar a ideia para a sociedade que a educação tem que ser vista com outros olhos. Acredito que precisa de recurso, claro que precisa, mas precisa de gestão. Às vezes não é o dinheiro, mas a gestão”, opinou ela que não pertence a nenhum partido no momento, por exigência do TCE. De qualquer forma, a fé na educação nunca acaba. A ex-senadora antecipa que daqui a dois anos pretende se aposentar e já tem planos traçados. Alguns na área educacional, claro. “Estou muito feliz com a minha vida. Daqui a dois anos vou me aposentar e fazer outras coisas. Temos a OMEP (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) que é uma organização mundial da educação, que tem uma creche que inclusive leva o meu nome. Vou me dedicar a ela. Cuidar de plantas, eu adoro, e também viajar”, finalizou.


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EDUCAÇÃO

“DESENCONTROS” A família brasileira, bem como a ocidental, é uma das instituições sociais que mais tem absorvido mudanças nos últimos cem anos. Sua estrutura, distribuição interna de funções, o papel social de seus membros, até mesmo sua finalidade de reprodução ideológica de valores na sociedade, nada disso passou incólume pelo tempo por RICARDO REZENDE • foto MARCOS VOLLKOPF

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al evolução acontece na síntese de variadas intervenções: culturais, legais, religiosas, políticas, econômicas. Vamos lembrar momentos históricos que influenciaram direta ou indiretamente a dinâmica familiar? As duas guerras mundiais no século XX, a conquista feminina do direito ao voto, o processo de industrialização e a abertura de novos postos de trabalho, a pílula anticoncepcional, a lei do divórcio, o movimento hippie de contracultura, a fertilização in vitro, a legalização do casamento gay são alguns dos fatos que determinaram novas configurações desta célula conhecida como família. Agora, neste acelerado século XXI os papéis familiares não são mais desempenhados de forma tão fixa e existe a abertura a bem-vindas novidades libertárias na criação das crianças. Soma-se a isso o advento da globalização da informação e da comunicação eletrônica em rede, e a impressão que nos chega é de que, por vezes, estamos perdendo o controle do que se passa em nossas vidas, em nossas famílias, nossos grupos de amigos.


Mesmo reconhecendo que antes esse controle fosse um pouco frouxo, a ilusão dele existir nos confortava um tanto, pois construía uma ideia de “organização orientadora” que a família detinha e transmitia a seus membros em suas vidas privadas e que era compartilhada na vida pública naquilo que se chama Sociedade. Esta amarração fiel em torno do que era o “Certo” está decadente. Resultado: adultos têm mais dificuldade em dar ordens às crianças, e estas, por sua vez, relutam em obedecer. Um outro traço marcante da nossa contemporaneidade é que acabamos por nos tornar ”infantólatras”. Ou seja, idolatramos a infância e temos um bocado de dificuldades em dar conta dos caprichos infantis tão demandantes de atenção plena e carregados de uma certa crueldade ingênua. Quem já não presenciou recentemente uma cena de birra infantil em local público, deixando adultos atônitos com a dificuldade apresentada pelos pais em dar um basta à dramatização do infante? Neste cenário em que a Família não detém mais o poder, nem o saber sobre as Verdades do mundo, esse conhecimento é buscado fora. Uma instituição social bastante lembrada nesse momento, para tentar suprir esta falta, é a Escola. Esta Escola, por sua vez, mudou pouco nestes últimos tempos, foi muito menos maleável do que a Família e em sua versão mais tradicionalista ainda usa métodos de ensino do século XIX. Essa aparência de solidez, de perseverança e durabilidade tem seduzido os pais em tempos de deriva, de perda de referenciais. Mas como é a realidade dos profissionais de educação a quem delegamos essa nova função de transmissão de valores?

Profissionais da educação não têm tempo para desenvolver junto ao aluno algo que deveria ter sido trabalhado em casa, o que é de base. Porque professores devem transmitir às crianças e/ou jovens, cada faixa etária à sua maneira, uma possibilidade de elaboração e desenvolvimento de um “projeto de vida”, este programa passa, decididamente, pelo ensino das disciplinas regulares: Português, Matemática, Ciências, mas vai além, busca o desenvolvimento das habilidades e competências cognitivas e afetivas para atuar no mundo. Percebe-se, então, que a falência experimentada pela família em relação a seus poderes pátrios não é restrita, a própria Escola é atingida, pois o discurso técnico-científico cobra dos professores o sucesso escolar dos estudantes mas, ao mesmo tempo, deixa de lado o papel do próprio aluno — e, consequentemente, de seus familiares — nesse processo. Destarte, os professores vão sendo induzidos a tentar conquistar a criança e o adolescente, convencendo-os da importância do aprendizado, e precisam tornar os conteúdos mais atrativos. Para isso, os docentes utilizam-se dos chamados “meandros da sedução”: as aulas transformam-se em shows de imagens enquanto são experimentadas negociações ou contratos que cativem o aprendiz. Qual a possibilidade de furar esse círculo de fracassos? A Família deveria parar de olhar para trás a lamentar as mudanças, sem se deixar levar pela infantolatria. A Escola poderia trazer para o diálogo a própria família, o (a) aluno (a), e que isso fosse cada vez mais constante e menos estereotipado. Que possa surgir o novo, na capacidade de improvisação e no contingencial que o processo de aprendizagem contém. Não é fácil, mas acredito nisso.

Um estudo recente, produzido pela pesquisadora Elaine Cristina Mourão, da Faculdade de Educação da USP, nos apresenta relatos como esses. Prestem atenção: “As professoras se queixam de que estão perdendo muito tempo com educação. E quando elas falam educação, se referem a essas coisas básicas, de que as crianças não sabem se sentar à mesa, não sabem ouvir as pessoas, não conseguem fazer silêncio.” “Não posso fazer praticamente nada. […] Se você fala pra ele [o aluno]: ‘você não fez, você bagunçou, você vai ficar sentado’, tem pai e mãe que vem questionar. Mas o aluno pode derrubar sala, quebrar cortina, fazer o que quiser. Então, fica muito complicado.” “O ensino deixa de ter sentido enquanto algo que engata no desejo do ser humano, e passa a ser algo que tem que atender a uma necessidade motivacional.”

por RICARDO REZENDE CRP 14/02612-6 Psicólogo escolar e psicanalista rezende.ricardo@gmail.com

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EDUCAÇÃO

ONDE FOI PARAR O

“POR FAVOR”? Além do trato educado e do princípio da cortesia – uma necessidade de convivência e sobrevivência

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iver em sociedade é um desafio. É ser consciente de nossa cidadania – direitos e deveres – e refletir sobre as várias dimensões que compõem a convivência com os outros. Talvez seja por causa de tamanha complexidade que as relações humanas, em suas diversas esferas, têm sido tão maltratadas. Vemos (e vivemos) um dia a dia mais acelerado, mais agressivo e, por vezes, menos gentil, generoso ou simplesmente educado. Paradoxalmente, nossos artefatos, máquinas e conhecimentos tecnológicos evoluíram e, no entanto, parece que não conseguimos superar a prática de atitudes rústicas e descorteses. Gastón Courtois (1897-1970) disse certa vez que a cortesia “é filha do respeito ao próximo e irmã da caridade”. Trata-se de demonstração de afeto, respeito e atenção ao outro. É uma expressão de boas maneiras e do reconhecimento das normas de conduta e relacionamento

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social. Num sentido etimológico e ideológico, a palavra advém das antigas “cortes”, lugares habitualmente frequentados por pessoas distintas, a quem correspondia considerar ou tomar decisões de um estado ou reino. Entretanto, é importante destacar que a cortesia é um fenômeno cultural. Ou seja, o que se considera como cortês em uma sociedade pode ser grosseiro ou absurdo em outras. O que importa é respeitar seus símbolos e significados, preservando sua construção histórica e social. Outro ponto relevante a considerar a respeito da civilidade expressa por meio da cortesia, é que esta se revela muitas vezes quando há uma boa educação em família, a denominada “educação de berço”. Obviamente, não está relacionada a condições financeiras e à escolaridade privilegiadas, como pensavam uns antigos, mas ao ensino e ao exercício de uma qualidade humana: a maneira civilizada de agir consigo e com os demais. E o que isso significa? Em modo simples e objetivo, significa que a educação, a ética, os princípios, os valores e o respeito começam a ser ensinados desde cedo, em casa. É lá, desde o nascimento, que o indivíduo deve aprender os comportamentos que são ou não aceitáveis e/ou adequados à sociedade a qual pertence. Vale ressaltar que nesse processo de socialização, a


escola, também uma instituição educadora, efetiva, por assim dizer, o que foi iniciado pela família: saber conviver em grupo, ou resisti-lo quando preciso, e em espaços públicos, de relações interpessoais. O fato é que a cortesia está intimamente relacionada a bons princípios educacionais. Num conceito mais amplo, não é movida pela ganância, pelo engodo, pelo descaso, pela corrupção, pelo serviço mal feito e nem tampouco pelo desrespeito. Ao contrário, valoriza palavras como “bom dia”, “com licença”, “por favor”, “muito obrigado” e considera que estas formam expressões que continuam sendo, hoje, de suma importância social. O que não se deve permitir é que “saiam de moda” ou caiam em desuso, mas que sempre estejam permeadas de atitudes que nos movam a tratar o outro com atenção, consideração e importância. Fila, ônibus, trânsito, supermercado, estacionamento, agência bancária, ambiente de trabalho, em casa... a lista é quase infinita...

ENTRETANTO, É IMPORTANTE DESTACAR QUE A CORTESIA É UM FENÔMENO CULTURAL. OU SEJA, O QUE SE CONSIDERA COMO CORTÊS EM UMA SOCIEDADE PODE SER GROSSEIRO OU ABSURDO EM OUTRAS.

O FATO É QUE A CORTESIA ESTÁ INTIMAMENTE RELACIONADA A BONS PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS. NUM CONCEITO MAIS AMPLO, NÃO É MOVIDA PELA GANÂNCIA, PELO ENGODO, PELO DESCASO, PELA CORRUPÇÃO, PELO SERVIÇO MAL FEITO E NEM TAMPOUCO PELO DESRESPEITO. AO CONTRÁRIO, VALORIZA PALAVRAS COMO “BOM DIA”, “COM LICENÇA”, “POR FAVOR”, “MUITO OBRIGADO”

Na verdade, parece ser necessário instaurar algo que deveria estar presente no convívio social: a cultura do respeito. Tem a ver com uma concepção de mundo onde há o reconhecimento do outro como necessidade para minha existência e continuação do eu. Por isso configura-se como algo que vai além da mera cortesia, essa inerente à educação familiar, que considere as diferenças e a diversidade. A desagregação das velhas tradições, as crises e rupturas ocorridas na sociedade e, consequentemente, em seus paradigmas, alteram alguns modos de ser e estar no mundo, gerando o desrespeito ao outro – o outro que ultrapassa os muros e atinge o ambiente global. Resgatar o respeito, a valorização e o significado da vida apresenta-se como uma questão de sentido da existência e sua permanência com dignidade. Bertold Brecht (1979, p. 128) nos faz refletir sobre o estranhamento, perceber o não dito no cotidiano, desvelando os abusos: “Sob o familiar, descubram o insólito. Sob o cotidiano, desvelem o inexplicável. Que tudo que é considerado habitual Provoque inquietação. Na regra, descubra o abuso. E sempre que o abuso for encontrado Encontrem o remédio.”

PROFA. SORAYA CUNHA C. VITAL: Pedagoga, Letrada, Mestranda em Psicologia, Membro do GEPPE – Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia e Educação – UFMS. PROFA. DRA. SÔNIA DA CUNHA URT: Psicóloga, Pedagoga, Doutora em Educação, Professora Titular da UFMS e Coordenadora do GEPPE - Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia e Educação – UFMS. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 43


EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA É UMA NOVA OPÇÃO PARA OS ESTUDANTES EM BUSCA DO CURSO SUPERIOR por KÁTIA KURATONE

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flexibilidade no horário para estudar é uma das grandes vantagens da educação a distância (EAD). Com acesso às aulas por meio da internet, o aluno tem autonomia para estudar no horário que achar melhor, o que não significa que a disciplina seja dispensável para alcançar o almejado diploma. “A educação a distância exige que o aluno tenha uma disciplina de organização de seu período de estudo, pois, como em qualquer modalidade, seja a distância ou presencial, a rotina de estudos e a dedicação é muito importante para um bom desempenho estudantil. A diferença é que na EAD o aluno é protagonista de seu desempenho. Oferecemos flexibilidade e não facilidade”, explica Milene Domingues, coordenadora de polo Unicesumar/EAD Campo Grande. Para participar é preciso ter concluído o ensino médio e estar uma vez por mês em um polo para realizar a prova presencial e individual. “EAD é uma modalidade de ensino não presencial, mediada por tecnologias, que oferece cursos de graduação e pós-graduação com a mesma qualidade de cursos presenciais. O aluno tem acesso a aulas gravadas, aulas ao vivo, tutores de apoio, materiais didáticos diferenciados e toda estrutura necessária para que conclua seus estudos com conforto e segurança. No caso da graduação, apenas nas avaliações (prova da disciplina) o aluno precisa comparecer ao polo, conforme exige a portaria do Ministério da Educação – MEC. O aluno conta com 58 polos de apoio presencial espalhados entre as principais cidades do País”, ressalta Milene.

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Aos 45 anos, Daniel Rocha realizou o sonho da formação superior graças ao método do EAD. “Ingressei no EAD em outubro de 2012. Eu já havia ingressado em duas universidades em cursos diferentes, sem nunca haver concluído o ensino superior. Devido às constantes crises econômicas, sempre me via forçado a abandonar os estudos, pois não conseguia financiamento estudantil e precisava custear as despesas de casa e familiares. Sem contar que naquelas instituições me via na situação de comprar os livros ou montar apostilas com fotocópias. No EAD todos os livros e material didático necessários eram entregues sem custo adicional, assim montei minha própria biblioteca do curso”, lembra Daniel. Ele acredita que o investimento na formação fez toda a diferença na vida profissional. “A partir do primeiro ano, quando obtive uma certificação técnica, dentro do curso de Gestão Pública, consegui contratação em empresas que buscavam profissionais com formação sólida. A partir de então não passei mais nenhum período desempregado e sempre sou convidado por empresas para atuar especificamente na minha função. Ao término do segundo ano, também obtive outro certificado parcial, como Técnico em Projetos do Setor Público. Com essa formação ingressei na pós-graduação em Administração Pública, na mesma Instituição, ou seja, entre 2012 e 2015, estou graduado e finalizando a pós-graduação. Isso tornou possível alavancar meu desempenho, me capacitando a ocupar a função que exerço, numa empresa do setor de fibra óptica”, comemora.


A COORDENADORA DÁ ALGUMAS DICAS PARA QUEM TEM INTERESSE EM REALIZAR O CURSO A DISTÂNCIA: - APESAR DE HORÁRIOS FLEXÍVEIS PARA ASSISTIR AULAS, É NECESSÁRIO ESTABELECER UMA ROTINA DISCIPLINAR DE ESTUDOS, REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ACADÊMICAS E LEITURA DO MATERIAL DE ESTUDO. ASSIM O ALUNO GARANTE UMA ORGANIZAÇÃO E MANTÊM-SE FOCADO NOS OBJETIVOS. - DISTRIBUIR AS HORAS DE ESTUDOS EVITA CANSAÇOS E INDISPOSIÇÃO. - CRIAR E MANTER UM AMBIENTE DE ESTUDOS APROPRIADO, LONGE DE APARELHOS DE TV, CELULARES E INTERFERÊNCIAS POSSÍVEIS, CASO DESEJE. O ALUNO PODERÁ ASSISTIR ÀS AULAS NO POLO DE APOIO PRESENCIAL OU EM CASA, DESDE QUE SEJA PROPÍCIO À CONCENTRAÇÃO NOS ESTUDOS E QUE TENHA A GARANTIA DE UMA BOA CONEXÃO COM INTERNET.

- EVITE COMER E BEBER NA FRENTE DO COMPUTADOR, CASO PRECISE SE ALIMENTAR FAÇA UMA PAUSA E RETOME OS ESTUDOS. - MANTENHA-SE MOTIVADO. É IMPORTANTE QUE INTERAJA COM OUTROS ALUNOS, PROFESSORES E TUTORES. NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA LEMBRESE QUE SEU TUTOR ESTÁ À DISPOSIÇÃO QUASE QUE INDIVIDUALMENTE PRA VOCÊ, BASTA ENTRAR EM CONTATO. - BUSQUE NOVOS CONHECIMENTOS, PESQUISE, NÃO LIMITE-SE ÀS AULAS OU AO MATERIAL OFERECIDO. EM SEU AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) TERÁ ACESSO A UMA BIBLIOTECA DIGITAL ATUALIZADA COM QUASE 10.000 TÍTULOS À DISPOSIÇÃO PARA LEITURAS E CONSULTAS. - NÃO DEIXE PARA REALIZAR SUAS ATIVIDADES NA ÚLTIMA HORA, POIS ALÉM DE COMPROMETER A QUALIDADE, VOCÊ CORRE O RISCO SE CAIR A CONEXÃO E/OU SEU COMPUTADOR NÃO FUNCIONAR NORMALMENTE. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 45


INFORME PUBLICITÁRIO

UNICESUMAR

REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO

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Unicesumar – Centro Universitário Cesumar, iniciou suas atividades em 1990, tendo como principal objetivo oferecer ensino de qualidade, proporcionando a melhor preparação acadêmica aos seus alunos. A instituição está posicionada entre os 4% das melhores instituições do Brasil, fato muito evidenciado pela eficácia dos professores e acadêmicos nas avaliações realizadas pelo MEC – Ministério da Educação. Isso se confirmou na última avaliação do MEC, na qual a Unicesumar obteve IGC (Índice Geral de Cursos) 4, em uma escala de 1 a 5. Com campus sede localizado em Maringá-PR, os acadêmicos do ensino presencial da Unicesumar contam com 100 mil m² de área construída, 250 salas de aula, mais de 120 laboratórios, 6 clínicas, emissoras educativas de rádio e televisão, farmácia, hotel e restaurante-escola, entre muitas outras instalações. Na modalidade de educação a distância (EAD), os cursos respondem a uma demanda sempre crescente, na qual a Unicesumar atende com atenção merecida. Os cursos EAD visam aprimorar os conhecimentos do acadêmico, direcionando-os na sua carreira para um foco específico de atividade.

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Os cursos EAD são estruturados com um planejamento que se ajusta à disposição de tempo dos alunos, os quais podem contar com a vantagem de gerenciar seus próprios horários, bem como ter sempre acesso a revisões das aulas por meio de material arquivado no sistema. Todo o conteúdo é contemplado por livros, aulas ao vivo (via satélite e internet), utilizando os mais variados recursos de comunicação on-line: chats, e-mails, fóruns e um sistema próprio, chamado Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). A educação a distância apresenta-se como opção inteligente de estudo, não apenas para o aluno que deseja manter vínculo com o aprendizado, mas também para as empresas e instituições que desejam capacitar mão de obra não disponível no mercado de trabalho. Em função disso, as metas de expansão da Unicesumar estão voltadas para as demandas da sociedade e, com este intuito, tais planos sustentam projetos abrangentes e de qualidade. Atuando em 12 estados brasileiros, com 58 polos presenciais, a EAD Unicesumar leva educação de qualidade para mais de 50 mil alunos. A meta para 2016 é atingir a marca de 120 mil alunos, prevendo uma estrutura de 180 polos.


Para o pró-reitor da instituição, Willian de Matos Silva, este crescimento proposto pela Unicesumar atenderá uma demanda social. “O número de pessoas que desejam estudar e não conseguem, por falta de tempo, vagas em instituições públicas ou por questões financeiras, ainda é muito grande. A modalidade EAD supre todas

estas necessidades. O País está em desenvolvimento, as pessoas querem estudar, ter um diploma, uma melhor colocação no mercado de trabalho, e só a educação consegue proporcionar isso”, diz o pró-reitor. Informações: (67) 3026-8383.

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INFORME PUBLICITÁRIO

Começar uma jornada de estudos requer muito esforço mental, disciplina, foco, organização e, principalmente, dedicação. Algo que não se produz de forma automática, mas sim a partir de adaptação, motivação, atenção e criação de uma rotina diária

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uanto mais habituado em uma rotina de estudos, mais fácil ficará de absorver todo o conteúdo. Ter disciplina é uma das formas mais eficazes de se chegar ao alvo almejado. O concurso público é uma das alternativas mais procuradas para quem procura por estabilidade. Mas devo estudar para passar ou estudar para saber? “Estudar” significa procurar adquirir o conhecimento de algo, dedicar-se à apreciação, análise ou compreensão de uma obra literária, artística, técnica etc. Logo, podemos dizer que estudar não é apenas um esforço de um determinado tempo para a aprovação, e sim de aprendizado para ser levado por um longo tempo na vida. A dedicação nos estudos, para a aprovação no tão sonhado concurso público, vai além do conhecimento para o dia da prova. “Saber” também é preciso para ingressar em uma carreira pós-concurso, e o conhecimento além das provas será um ponto a mais em sua atuação e destacará sua função.

Há inúmeras formas para começar os estudos, e a forma de curso on-line é a mais flexível e mais procurada, pois você pode se conectar e ter suas aulas nos horários que tem disponível. O esforço alcançado nos seus estudos, quer seja com cursinho quer estudando em casa, somará no dia da prova. Quanto mais conhecimento adquirir, melhor. Pesquisar editais, dicas de estudos, fazer provas dos concursos anteriores, conhecer a banca organizadora do concurso (saber seus métodos de avaliação), é uma das alternativas para seu bom desenvolvimento no dia da prova. Somos o resultado de nossos estudos. Saber é a nossa melhor extensão, convertemos em familiares o estudado, alcançamos a satisfação pessoal de domínio e confiança em nossas capacidades. Nem sempre o resultado será imediato, mas com força, disciplina e persistência faremos dos nossos conhecimentos a aprovação e concretização de nossos sonhos.

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Nos cursos do Elo Concurso o aluno pode assistir a aulas sempre atualizadas de acordo com os editais. Além disso, é o único curso do Brasil que deixa as aulas disponíveis até a data da prova, mesmo que seja um intensivo pré-edital. O aluno sempre tem acesso às gravações, aulas ao vivo, apostilas em PDF, simulados e “aulão” de revisão na véspera do concurso. Tudo isso é feito para que o aluno tenha uma ótima nota nos concursos e consiga a tão sonhada aprovação. Hoje temos um índice de 85% de aprovação dos nossos alunos, justamente por essa metodologia inovadora.

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EDUCAÇÃO

INFÂNCIA PERDIDA O véu cultural, que ainda admite que crianças e adolescentes trabalhem, esconde situações degradantes de exploração da mão de obra infantil por LUIZ FELIPE FERNANDES

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uando tinha 13 anos, Larissa (nome fictício) foi entregue pela própria mãe a uma família que estava de mudança do Maranhão para a cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Com a promessa de que seria matriculada na escola, a menina foi levada a acreditar que trocaria a vida pobre do sertão nordestino pela perspectiva de um futuro melhor. Larissa nunca chegou a entrar numa sala de aula. Passava os dias trancada, cuidando da casa e de um bebê recém-nascido, trabalho pelo qual ganhava 200 reais por mês. Alimentava-se apenas com as sobras das refeições, depois que todos os outros já tivessem comido. Foi numa dessas ocasiões que o Conselho Tutelar resgatou a menina, em julho do ano passado. “Ela estava do lado de fora, toda encolhidinha, enquanto a família jantava”, lembra o conselheiro Davis Martinelli. O caso só foi descoberto porque vizinhos questionaram a família sobre o fato de Larissa não frequentar a escola e pela sensibilidade dos conselheiros em identificar o problema. Recentemente, os responsáveis foram condenados a pagar multa, direitos trabalhistas e custear a volta da menina ao Maranhão. Crianças e adolescentes que não têm a mesma sorte continuam submetidos a rotinas desgastantes de trabalhos forçados, incompatíveis com a idade e com a lei. São milhares nesta situação: em 2013, 45 mil crianças e adolescentes de Mato Grosso do Sul trabalhavam, se-

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gundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado ocupa o 11º lugar no ranking nacional, em números proporcionais. No Brasil são 3,1 milhões. De janeiro a julho deste ano, fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Estado flagraram 255 adolescentes com menos de 16 anos em atividades irregulares. Só em Campo Grande e Dourados, nos 120 estabelecimentos fiscalizados em maio e junho, foram encontrados 150. Os empregadores de mão de obra infantil geralmente são empresas de pequeno porte ou informais, como oficinas mecânicas, lava a jato, lanchonetes e pequenos comércios. PROBLEMA CULTURAL Embora muito mais comum num passado recente, o trabalho infantil ainda é visto socialmente como algo positivo, que contribui para o crescimento da criança e do adolescente. O problema, segundo a procuradora do


trabalho Cândice Arosio, é que esse entendimento, hoje, serve somente para filhos de pessoas pobres. “Aquelas famílias que têm melhor condição financeira não submetem seus filhos ao trabalho precoce. Ao contrário, priorizam a escola, atividades desportivas, aprendizado de uma segunda língua e a brincadeira”. Para ela, esse traço cultural serve para justificar a deficiência de atendimento àqueles que não detêm recursos financeiros suficientes para proporcionar melhores condições aos seus filhos.

“A sociedade tem a postura de avalizar esse trabalho, porque entende que, estando ocupados, eles não irão se envolver com drogas e delitos. Não percebe que o acesso ao dinheiro e a exposição nas vias públicas atraem o traficante”, reitera Marinalva Cardoso Dantas, auditora fiscal do trabalho, que ajudou a libertar mais de 2,3 mil pessoas que trabalhavam em regime de escravidão, incluindo crianças e adolescentes (confira entrevista). Apesar de ser uma mão de obra barata, Marinalva não considera que a exploração do trabalho infantil seja uma C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 51


EDUCAÇÃO

questão econômica, já que o setor formal não emprega mais crianças nem adolescentes em idade proibida. O mercado informal é que oculta uma realidade desumana: pessoas que alugam baldes e rodos aos flanelinhas, que chegam de moto para abastecer crianças nos semáforos com panos de prato, balas e outros produtos e, no fim do dia, recolhem os ganhos. Exploradores ocultos que, segundo a auditora, oportunamente oferecerão às crianças e adolescentes até o grande negócio da droga. TRABALHO PESADO SOB O SOL FORTE Crianças e adolescentes que têm a mão de obra explorada geralmente não são submetidas apenas ao trabalho pesado. Na maioria das vezes, enfrentam longas jornadas, se alimentam mal e não possuem equipamentos básicos de segurança. Em outubro do ano passado, em Dourados – segunda maior cidade do Estado – um adolescente de 14 anos foi flagrado no serviço de plantio de grama em um condomínio de luxo. A empresa alegou que a responsabilidade foi da prestadora de serviço. Mesmo assim, teve de pagar todos os direitos trabalhistas do rapaz, além de se comprometer a não contratar mão de obra infantil, sob pena de multa. As perspectivas para quem começa cedo nesse tipo de serviço não são nada promissoras. Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que pessoas que começaram a trabalhar antes dos 17 anos não alcançaram médias salariais superiores a 1,5 mil reais até a faixa dos 59 anos. EDUCAÇÃO Para a procuradora do trabalho, Cândice Arosio, o trabalho repressivo é importante e necessário, pois visa atender a uma situação prática, que demanda tomada de decisões na hora e a responsabilização daquele que se beneficia da mão de obra infantil e até mesmo dos pais que permitem. Mas o problema, segundo ela, é mais complexo. “É necessário buscar a implementação de políticas públicas, estruturação da rede de proteção e a criação de alternativas para aqueles que querem e precisam trabalhar, de acordo com o que a lei permite”. Este ano, o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, comemorado no dia 12 de junho, teve como tema “Não ao trabalho infantil, sim à educação de qualidade”. No Brasil, o trabalho é proibido para quem tem menos de 16 anos e há uma série de requisitos para o trabalho até os 18 anos (ver quadro). A única exceção na lei é o trabalho na condição de aprendiz, permitido a partir dos 14 anos, mas que também segue critérios rigorosos. 5 2 | CINCO + | AGOSTO 2015

NÃO PODIA MAIS ESCREVER PORQUE TEVE A MÃO ARRANCADA A luta por justiça social faz com que a auditora fiscal do trabalho, Marinalva Cardoso Dantas, ostente uma marca vitoriosa: a de ter libertado 2.354 trabalhadores escravos no Brasil nas últimas décadas. A dedicação permitiu a esta paraibana de 61 anos testemunhar situações que a maioria de nós acha que ficou no passado – de pessoas trancafiadas em lugares insalubres a torturas e mutilações provocadas pelo trabalho. Em entrevista à Cinco+, Marinalva compartilhou um pouco dessa vivência e criticou pais e poder público no combate ao trabalho infantil.

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE E AO ALCANCE DE TODOS, EM TEMPO INTEGRAL. ISSO RESOLVE A APREENSÃO DA SOCIEDADE POR VER MENINOS NAS RUAS E AINDA OS PREPARA PARA TEREM UM FUTURO DECENTE. ATUALMENTE AS ESCOLAS SÃO DE “FAZ DE CONTA”.


A EXPLORAÇÃO DE MÃO DE OBRA INFANTIL NO BRASIL AINDA É UMA QUESTÃO CULTURAL OU ECONÔMICA? O maior obstáculo para acabarmos com o trabalho infantil, hoje, é a ignorância dos pais e a falta de pensamento humanitário da sociedade. Os pais sentiram-se liberados para ocupar seus filhos no trabalho, no momento em que o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) não colocou como condicionante para usufruir dos seus programas a proibição do trabalho infantil na família beneficiária. O governo federal se omite em esclarecer que o respeito às Normas de Proteção à Criança e ao Adolescente têm que ser cumpridas e os pais se sentem liberados para explorar seus filhos, argumentando para nós da fiscalização que seu filho estuda e é vacinado. Ocorre que isso é uma maquiagem da situação real, porque muitas prefeituras liberam a escola do expediente nos dias de feiras livres e as feiras se tornaram um persistente foco de trabalho infantil. QUAL O CAMINHO PARA SE COMBATER O PROBLEMA? Educação de qualidade e ao alcance de todos, em tempo integral. Isso resolve a apreensão da sociedade por ver meninos nas ruas e ainda os prepara para terem

um futuro decente. Atualmente as escolas são de “faz de conta”. A frequência é garantida pelas escolas para as famílias não perderem o Bolsa Família e as crianças que encontramos trabalhando estão nesses programas, matriculadas nas escolas e são analfabetas. Estão sendo preparadas para serem eternamente dependentes desses programas de renda, o que cria uma reserva de eleitores devotos, mas cidadãos derrotados. PODERIA NARRAR UMA SITUAÇÃO ENVOLVENDO CRIANÇAS OU ADOLESCENTES QUE TENHA TE MARCADO PROFUNDAMENTE? A coisa mais marcante foi ver crianças escravizadas, raquíticas, gastando toda a sua energia no trabalho, usurpadas da infância, sem saber ler, sem conhecer sequer pão e leite ou sem nunca ter ouvido uma música ou historinha para dormir que despertasse o potencial criativo delas. Ignorantes da existência de um mundo fora daqueles espaços de vida. Uma criança mutilada pelo trabalho também é algo muito marcante. Perguntar a um menino se ele sabe ler e escrever e ouvir dele que sabia apenas assinar o nome, mas desaprendeu porque sua mão que sabia assinar foi arrancada, foi desesperador para mim.

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EDUCAÇÃO

SEGUNDO ESTIMATIVAS GLOBAIS, CERCA DE 168 MILHÕES DE CRIANÇAS COM IDADES ENTRE 5 E 14 ANOS ESTÃO ENVOLVIDAS EM TRABALHO INFANTIL – 85 MILHÕES EM TRABALHOS PERIGOSOS.

NO BRASIL, 3,1 MILHÕES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ENTRE 5 E 17 ANOS TRABALHAM – 486 MIL COM MENOS DE 13 ANOS.

EM MATO GROSSO DO SUL, 45 MIL CRIANÇAS E ADOLESCENTES TRABALHAM – O ESTADO É O 11º NO RANKING NACIONAL.

QUASE METADE DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE TRABALHAM NO BRASIL NÃO RECEBE QUALQUER REMUNERAÇÃO – ENTRE OS QUE SÃO REMUNERADOS, 50% RECEBE MENOS DE MEIO SALÁRIO MÍNIMO POR MÊS. Fontes: OIT / IBGE

O QUE DIZ A LEI: •

NO BRASIL, O TRABALHO É PROIBIDO PARA MENORES DE 16 ANOS.

DOS 16 AOS 18 ANOS, O TRABALHO É PERMITIDO DESDE QUE A ATIVIDADE NÃO SEJA NOTURNA, INSALUBRE OU PERIGOSA E NÃO FAÇA PARTE DA LISTA DAS PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL.

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A PARTIR DOS 14 ANOS O TRABALHO É PERMITIDO NA CONDIÇÃO DE APRENDIZ, COM JORNADA DE SEIS HORAS DIÁRIAS, SEM PREJUÍZO AOS ESTUDOS E SOB MONITORAMENTO. O TRABALHO DOMÉSTICO NÃO É PERMITIDO.



EDUCAÇÃO

E SE AS ESCOLAS FECHASSEM? Você consegue imaginar? Na verdade, acho que ninguém consegue. Mas foi exatamente o que ouvi de uma das grandes autoridades em Literatura Infantil no mundo atual, e uma das nove juradas do prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil: “Fechem as escolas por dois ou três anos, que não vai haver prejuízo algum para as crianças, e vamos tratar de reformatar a mente dos professores” por ARIADNE CANTÚ

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m março deste ano, tive a surpresa e o prazer de ouvir a Sra. Gianna Vitali, no maior evento de Literatura Infantil do Planeta, na cidade de Bologna, na Itália, proferir a frase acima. Do alto de seus cabelos brancos, com a coragem de quem já rompeu com certos pudores, ela anunciou o que muitos já sabiam: “a escola tradicional morreu.” O que vivemos por meio da revolução tecnológica, não tem precedentes nem paralelos. É um fenômeno recente, que trouxe alterações permanentes no modo de pensar das crianças que nasceram sob a luz desta revolução. Hoje em dia elas são capazes de acolher um número assustadoramente maior de informações do que antigamente. Estudos apontam que a forma como estabelecem-se as sinapses cerebrais estão se alterando de modo definitivo, ante o amplo acesso a todo tipo de informação trazido na modernidade dos dispositivos existentes. Entretanto, os resultados destes avanços tecnológicos no processo educacional sequer podem ser dimensionados. Sem paciência para aprender, com mentes vorazes por informações superficiais, tornamo-nos menos criativos, mais impulsivos e menos eficazes, e a escola, evidentemente, não está preparada para tantos desafios. Andrew Haldane, economista chefe do Banco da Inglaterra, em uma palestra para universitários no Reino Unido, chamou o período de era da impaciência e profetizou alguns desafios que teremos de suplantar para transpor os percalços da economia mundial em face de tantas transformações.

atender a expectativa de pais ansiosos por proporcionar a seus filhos o melhor acesso ao mundo competitivo, bombardeiam as crianças desde cedo com atividades que as distanciam cada vez mais da infância, tornando o ensino algo pesado, cansativo e desinteressante. O encantamento, a descoberta e o prazer da socialização são substituídos por atividades cansativas, repetitivas e monótonas, que contribuem para o desgaste do universo escolar. Pergunte a uma criança pequena por que ela gosta de ir à escola, e vai ouvir da maioria uma resposta óbvia: ‘para encontrar os amigos na hora do recreio’. Somente uma mínima parte responderá que vai à escola para aprender coisas novas, incríveis e fantásticas! Essa geração de crianças sem “prazer” de estudar endossará a massa dos jovens que irão atrás de ritalina para estudar para o vestibular, na crença infundada de que o remédio lhes trará a concentração que perderam na infância. Educadores, pais e escritores estão no mesmo barco: somos uma geração analógica, cuidando de uma geração digital. O desafio que se impõe, na reformulação do que se convencionou chamar de ensino, vai além da modernização de prédios, instalações e equipamentos. Carece de um elemento humano que não está preparado para lidar com o desconhecido. Talvez a Sra. Gianna Vitalli tenha mesmo razão.

Se por um lado a invenção da prensa, por Gutemberg, trouxe uma mudança drástica na forma de conceber a transmissão do conhecimento, que antes era totalmente verbal, prática e de difícil acesso, possibilitando o crescimento e a multiplicação de inúmeras universidades, de igual maneira, a revolução tecnológica está a impor brutais transformações na forma de educar, pensar e construir o nosso futuro. Condensar informação, utilizando-a para fins de crescimento do processo de educação, é algo que somente se consegue com paciência, coisa rara hoje em dia. Basta assistirmos as aulas por mais de 20 minutos, que vamos observar alunos dispersos, bocejando sem interesse. As escolas tornaram-se reféns de seu comércio. Para

ARIADNE CANTÚ

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EDUCAÇÃO

JOVENS TALENTOS Como identificar crianças precoces? Quais são as melhores instruções para lidar com esses jovens? Especialistas discutem o tema por LIDYANNE AQUINO

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m Mentes que Brilham (Little Man Tate, 1991), Dede (Jodie Foster) está em conflito. De origem simples, ela se preocupa com o filho, Fred (Adam Hann-Byrd), um garoto de sete anos, que demonstra aptidões especiais para Matemática e Artes. Ela tem receio de que o filho se sinta estranho devido à sua precocidade, mas não quer deixar de estimular seu talento. A história é ficcional, mas bem poderia ser inspirada em fatos. A cada dia surgem novos talentos nas escolas, jovens que demonstram aptidões avançadas desde cedo. Para os professores, fica a dificuldade em encaixar esse aluno na rotina da classe. Aos pais, o receio maior é acabar atropelando as etapas da juventude ao estimular a criatividade de seus filhos. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

Em geral, o comportamento diferenciado é caracterizado por atitudes “rebeldes”. “São crianças que questionam o ‘status quo’ das coisas ao seu redor, apresentam interesses em outros conhecimentos, são mais curiosas e, não raras vezes, apresentam dificuldades de interação com outras crianças”, esclarece Eline Rasera, psicóloga e professora da IBE-FGV (Institute Business Education – Fundação Getúlio Vargas) especialista em RH, liderança e gestão de pessoas. 6 0 | CINCO + | AGOSTO 2015

Elas são mais curiosas intelectualmente, têm raciocínio lógico e abstrato bem desenvolvido, facilidade para ler e interpretar textos com mais rapidez que as outras crianças, demonstram suas emoções com intensidade e são bastante criativas. Por vezes, essa facilidade em assimilar o conteúdo apresentado em sala de aula provoca tédio – o que pode redundar em uma falta de estímulo e perda da vontade de ir à escola, muitas vezes confundida erroneamente pelos pais como preguiça. “Por ter um comportamento mais agitado, também pode ser confundida com uma criança hiperativa”, alerta Cristine Calazans, psicopedagoga e life coach. Eline Rasera cita o psicólogo suíço Jean Piaget, que estudou a formação das crianças e propôs estágios de desenvolvimento cognitivo. Segundo a teoria, todo indivíduo passa por quatro etapas: sensorial motor (0-2 anos), pré-operações (2–7 anos), operações concretas (7–11 anos) e operações formais (11-15 anos). A criança precoce antecipa algumas dessas etapas, demonstrando outros padrões de aprendizagem e comportamento, diferente do que é habitualmente observado dentro de cada faixa de desenvolvimento cognitivo. Calazans acrescenta que a escola é uma grande aliada na descoberta de jovens com altas habilidades. “Na escola o estudante terá a oportunidade de viver situações e aprendizados variados, além de ter que resolver questões individuais do dia a dia e em grupo, revelando, em alguns casos, talento relacionado à liderança”, declara. A psicopedagoga recomenda o investimento na formação continuada dos professores e no encaminhamento para outros profissionais da área de saúde e da educação, com o intuito de ajudar esse estudante a encontrar um caminho acadêmico prazeroso e saudável emocionalmente.


COMO PROCEDER Treinar melhor os professores é um passo importante, devido à dificuldade em identificar o comportamento diferenciado, que costuma ser interpretado como um ato de rebeldia. Para Calazan, lidar com o jovem talento deve ser um desafio positivo e otimista, o professor deve estar apto a enfrentar as diferenças individuas dos alunos e buscar alternativas para cada caso. “É importante mostrar para esse aluno que ele é compreendido, aceito e valorizado”, explica. É necessário investir em aulas mais dinâmicas e levar em consideração as descobertas de seus alunos também fora da sala de aula. É uma forma de os alunos se sentirem motivados a novas aprendizagens, sem se prender unicamente ao cotidiano da sala de aula. Outro fator essencial é o envolvimento desses alunos em projetos de interesse mútuo. Um aluno precoce pode ajudar seus colegas com dificuldade, por exemplo. A criatividade também pode impulsionar o jovem prodígio a sugerir atividades extracurriculares.

“É PRECISO MOSTRAR COMPREENSÃO E AJUDAR A CRIANÇA A DESENVOLVER ESSA INTELIGÊNCIA DIFERENCIADA, ATÉ COM UM PLANO DESENVOLVIDO COM A ESCOLA E PROFISSIONAIS DA ÁREA” ELINE RASERA

“É preciso mostrar compreensão e ajudar a criança a desenvolver essa inteligência diferenciada, até com um plano desenvolvido com a escola e profissionais da área”, comenta Rasera. Um erro comum é excluí-la do convívio social. Transmitir segurança é essencial, evitando preconceitos, e até mesmo a possibilidade de bullying devido ao comportamento especial. É importante que haja integração, tanto no núcleo familiar quanto escolar. “São esses pequenos gênios que, quando adequadamente encaminhados, farão uma grande diferença no futuro da sociedade”, conclui. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 61


EDUCAÇÃO

A HORA DO PLANEJAMENTO Professores têm direito à chamada hora-atividade garantida por lei desde 2008 por PATRÍCIA BELARMINO

N

ão é nada raro você conhecer um professor de escola pública que ficava fim de semana seguido de fim de semana atolado num monte de provas para corrigir ou debruçado no planejamento das aulas. Por lei, desde 2008 um terço da carga horária daqueles professores que trabalham efetivamente em sala de aula deveria ser dedicada ao planejamento das aulas, correção de provas e atividades, além do atendimento de pais e alunos, se necessário. É a chamada hora-atividade. Tempo vai, tempo vem. Um entrave aqui e outro acolá. Em Campo Grande, a Rede Municipal de Ensino (REME) adotou a hora-atividade no início de 2013. A decisão significou, na época, a contratação de mais profissionais e a adequação da rotina. Por aqui, professores que cumprem jornada de 20 horas semanais devem dedicar 13 horas às salas de aula. As outras sete horas são destinadas às demais atividades inerentes à profissão: sim, não tem como fugir da correção das provas. Presidente do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves comemora a adoção da hora-atividade na Reme. “A hora-atividade melhora a qualidade do ensino. O professor tem mais tempo para planejar aula e fazer suas atividades. Possibilita que o profissional não leve tanto trabalho para corrigir em casa porque tem tempo para fazer isso na escola”, garante. A conquista é fruto de mudanças ao longo dos anos, relembra o professor. Até a década de 1990, quando foi instituída a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a jornada dos professores municipais era de 22 ho-

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ras semanais. “E eu passava as 22 horas dentro da sala de aula. O resto tinha que fazer em casa”, lembra Geraldo. Com a instituição das novas regras, a jornada passou a ser de 20 horas, mas, mesmo assim, professores não escapavam da “carga extra” de trabalho em casa. “Um professor de Português, por exemplo, deveria dar, pelo menos duas redações por mês para os alunos. Se ele tem oito turmas de 35 alunos, dificilmente faria isso. Não teria tempo para corrigir tantas redações”, pontua o sindicalista. As mudanças vindas com a adoção da hora-atividade não se restringem à qualidade do ensino e comprometimento do profissional. Professores também têm mais tempo para cuidar da saúde. Por enquanto, a ACP não tem nenhum levantamento oficial sobre a saúde dos profissionais da educação pública. Informalmente, porém, Geraldo Gonçalves diz que a situação já mudou. “Professores já não reclamam tanto de problemas de saúde. Eles têm mais tempo para ir ao médico, fazer os exames. A saúde do professor como um todo melhora, e muito.” Hoje, a Reme conta com cerca de seis mil professores. Todos os que trabalham em sala de aula têm direito à hora-atividade.





EDUCAÇÃO

O CINEMA COMO FORMA DE DISSEMINAR O CONHECIMENTO Um dos significados de educação é o desenvolvimento de noções psíquicas, intelectuais e morais. Edgar Morin, um dos maiores intelectuais da atualidade, defende o caráter educacional do cinema. Segundo ele, o cinema “é uma arte que nos ensina a superar a indiferença, pois transforma em heróis os invisíveis sociais, ensinando-nos a vê-los por um outro prisma”

E

ssa característica de reflexão e alusão torna o cinema uma fonte inesgotável na busca pelo conhecimento. No cinema, como na filosofia de Heráclito, “despertados, eles dormem”. Estamos adormecidos, apesar de despertos, pois diante da realidade tão complexa, mal percebemos o que se passa ao nosso redor. O universo educacional e o cotidiano de professores e alunos também é retratado pela sétima arte. Em nossa memória audiovisual afetiva sobram exemplos, como a “Noviça rebelde”, estrelado por Julie Andrews, onde uma governanta muda drasticamente a rotina de sete irmãos educados de forma rígida pelo pai. Ou as comédias adolescentes de John Hughes, como “Curtindo a vida adoidado”, “Gatinhas e Gatões” e “O Clube dos Cinco”, onde personagens juvenis passam por transformações e desafios no ambiente escolar.

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por AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo. airtonraes@gmail.com


ESCRITORES DA LIBERDADE (FREEDOM WRITERS) 2007 DIREÇÃO: RICHARD LAGRAVENESE

ELEFANTE (ELEPHANT) 2003 DIREÇÃO: GUS VAN SANT Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semiautomática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia. A ONDA (DIE WELLE) 2008 DIREÇÃO: DENNIS GANSEL Em uma escola da Alemanha, alunos têm de escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de “A Onda” ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar “A Onda” pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com “A Onda”, mas aí já é tarde demais.

Uma jovem e idealista professora chega a uma escola de um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell (Hilary Swank) lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerância e o respeito ao próximo.

BOYHOOD - DA INFÂNCIA À JUVENTUDE (BOYHOOD) 2014 DIREÇÃO: RICHARD LINKLATER O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patrícia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo. UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA 2011 DIREÇÃO: ANDRÉ ALVES PINTO E CÉSAR RODRIGUES Catharina (Paola Oliveira) foi enviada à cidade grande para estudar, quando era criança. Hoje, aos 18 anos, retornou à cidade natal e passou a lecionar em uma escola primária. O único problema é que sua chegada começa logo a provocar certos rebuliços na cidade, porque seu comportamento totalmente diferente do tradicional, pessoal e profissionalmente falando, começa a incomodar as pessoas. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 67


CIDADANIA

Seguindo hábitos rotineiros ao sair ou chegar em sua residência, você estará evitando e dificultando abordagens indesejáveis

• Independentemente do meio de locomoção, ao chegar em sua residência, observe sempre se há algo anormal nas proximidades ou dentro da casa

• Não tente entrar ou sair, caso veja estranhos parados próximos ao portão (geralmente se escondem atrás de postes ou obstáculos físicos) • Caso encontre alguma porta ou janela aberta, não entre, chame a polícia • Crie o hábito de sempre verificar o ambiente exterior da casa (ruas e calçadas), antes de sair com o veículo da garagem • Ao chegar na região da sua casa e verificar que não há nada estranho, estacione seu veículo entrando de ré na garagem, isto possibilitará um maior controle ao deixar a residência (sair com o carro de frente possibilita uma ação mais rápida em caso de urgência, além de permitir um maior controle visual da situação) • Se for se ausentar por mais de um dia, avise seu vizinho se possível, e nesse caso, nunca deixe luzes externas ligadas constantemente, pois durante o dia sinalizará que a casa está vazia.

ANDRÉ SALINEIRO é Agente da Polícia Federal. Bacharel em Direito e Fisioterapia. Pós-graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduado em Direito Penal e em Direito Processual Penal. Especialista em: Violência, Criminalidade e Prevenção; Sistemas e Gestão em Segurança Pública; Análise Criminal; Uso da Informação na Gestão da Segurança Pública. Membro e palestrante do G.P.R.E.D (Grupo de Prevenção ao Uso de Drogas da Polícia Federal). Conselheiro comunitário de prevenção ao uso de drogas. Autor do livro: Gestão Estratégica em Segurança Pública. 6 8 | CINCO + | AGOSTO 2015


A CARAVANA DA SAÚDE CHEGOU EM NOVA ANDRADINA E REGIÃO! É o Governo do Estado fazendo a maior ação de reestruturação do sistema de saúde da história de MS. Equipamentos e serviços serão melhorados, porque por onde a Caravana passa, a saúde fica! São 170 profissionais e mais de 14 veículos equipados para a realização de exames, consultas, cirurgias, palestras e serviços essenciais.

30 DE AGOSTO

LOCAL: ESTÁDIO ANDRADÃO Rua Pastor Júlio Ferreira de Alencar s/n. Nova Andradina - MS. Procure a Secretaria de Saúde ou acesse www.caravanadasaude.ms.gov.br para saber mais!


NÓS 2 POR AÍ

A EXECUTIVA NÔMADE QUE TEM MEDO DE VOAR 7 0 | CINCO + | AGOSTO 2015


por ANA RAQUEL COPETTI TELES

P

ouco mais de uma hora depois da decolagem, acordei com o Gustavo voando da poltrona. Gritei e ouvi ao fundo alguém berrar, desesperado, “vai cair, vai cair”. Escondi a cara no ombro do Gustavo e chorei, falei baixinho que ia cair mesmo, não era possível, não estava na hora. Minha cabeça girou, maluca, histérica, vendo a morte de perto. O recém-casado Gustavo tentava me acalmar, com olhos esbugalhados de pavor, dizendo “Amor, calma, calma, tá tudo bem”. Aham, tudo bem: o avião inteiro gritando, rezando, malas caindo, criança chorando e o comandante avisando que estávamos passando por uma área (sério???) de turbulência. Medo, medo, medo. Quando tudo passou, fui motivo de riso na vizinhança. A moça da poltrona ao lado gargalhava discretamente. Um amigo lá no fundo, que havíamos conhecido antes de embarcar, também riu muito. Meu marido, claro, passou a imitar meu escândalo até que me fez rir. Foram minutos, sem dúvida, mas o suficiente para que eu ficasse acordada durante toda viagem e cutucando o Gustavo a cada pescada que ele dava. Chegamos na França onze horas depois. Éramos dois bagaços brasileiros em solo parisiense. Na volta, batizada, tomei um comprimidinho pra dormir, um gole de vinho, conversei pelo menos uma hora com uma inglesa e desmaiei. Mas antes, fiz o Gustavo prometer que passaria a viagem toda acordado. E ele cumpriu a promessa. Viu 4 filmes e me protegeu de qualquer tremor que pudesse revelar minha fraqueza diante de uma nova tripulação. Contei esse momento romântico da nossa viagem para ilustrar meu medo absoluto de avião. As mãos suam, eu tremo inteira, balanço a perna, falo sem parar, não durmo, não leio, presto atenção o tempo todo no barulho

da turbina, repasso as orientações em caso de despressurização da cabine, imagino motivos para usar o assento flutuante, tento manter o Gustavo acordado ou encontro uma vítima que tope me ouvir até o destino final. Meus caros, vocês podem imaginar como é a vida de uma executiva de televisão que mora a cada pouco num canto do Brasil, vai a reuniões em São Paulo e precisa visitar os pais, amigos e resolver pendências em tantos lugares diferentes? Invento tanta desculpa para não viajar a passeio que já recomecei a lista desde o primeiro item. Faço muita gente rir do meu medo ridículo de voar. Só que ele é real. Não existe desde sempre, mas depois que chegou, abalou. Quando eu ainda não era uma covardona das nuvens, fiquei um dia inteiro na Base Aérea de Campo Grande tentando convencer um comandante do esquadrão de paraquedistas a me deixar saltar. Havia saltos para convidados, mas cheguei tarde e perdi a vez. Voltei pra casa frustrada (quem diria!) e resolvida: faria um curso de paraquedismo. Foi assim também nos primeiros voos: coragem pra todo lado, desprendimento, confiança. Mas no dia em que o avião da Gol caiu no meio da floresta, no nortão do país, eu estava na redação da TV Morena em Campo Grande e ajudei na apuração das informações. Jornalistas do Rio e São Paulo estavam perdidos na localização da queda e nós ajudamos a encontrar a cidade mais próxima. Era mais perto de Cuiabá, na Serra do Cachimbo, e ainda muito loge de qualquer grande centro. Nosso trabalho começou com a lista telefônica online. Ligamos pra muita gente. “O senhor sabe se caiu um avião aí?”. Ouvi não de muita gente, até chegar nos vizinhos mais próximos da tragédia. Aí ouvi as frases que me fariam formar o terror em torno de voar. “Parece que tinha uma bola de fogo caindo do céu”. “Ouvimos como se fosse um trovão”. “É longe, muito longe, parece que foi mesmo um avião grande”. Eu e eles não sabíamos que

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GASTRONOMIA

começava ali uma história de desamor entre anaraquel e o avião, criado com tanto talento pelo Santos Dumont. Não bastasse um primeiro motivo para me tornar avessa às viagens aéreas, lá estava eu, prestes a colocar um jornal no ar, quando o segundo avião caiu, pouco tempo depois, em São Paulo. A imagem da aeronave atravessando a pista de Congonhas sem frear me deixou em pânico. A partir daí, passaporte carimbado: covardona de primeira classe.

De que adianta? Tem que voar, uai. Entra nesse bichão e vai. Segura na mão de Deus, mas vai. Oração. Prece. Imaginação para coisas boas. Pensamento no destino final. O caminho é esse. De carro seria impossível ir e voltar no tempo disponível. Segura a perna pra não balançar o avião inteiro. Tenho meus procedimentos de voo. Não viajo nas primeiras poltronas, acho mais seguro do meio pra trás. Procuro crianças na fila de embarque porque me sinto segura com a presença delas – tão novinhas, ninguém derrubaria um avião cheio daquelas coisinhas fofas. Não durmo, fico em alerta porque, se alguma coisa acontecer, posso avisar o comandante. Jogo Fruit Ninja até o braço doer e aí, quando já perdi infinitas vezes e a paciência acaba, estamos chegando. Faço voos curtos, mesmo que sejam necessárias horas a mais no trecho. E não levanto para ir ao banheiro. Guenta, xixi! Parei de escrever dois minutos para atender minha mãe. Falamos do domingo gelado no sul e de sol forte em Salvador. Ao final da conversa, ela lembrou que minha prima Kelly perguntou se vamos ao aniversário da filhinha dela, a Amandah, em agosto. “Queremos muito ir sim, mas ainda não decidimos”. E agora? São dois voos para ir e dois para voltar. As mãos vão começar a suar. Será que encontro uma desculpa para não ir?

AUTORA: ANA RAQUEL COPETTI TELES É JORNALISTA E JUNTO COM O MARIDO GUSTAVO TELES CRIOU O SITE

www.nos2porai.com.br 7 2 | CINCO + | AGOSTO 2015


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VIAJE BEM

MUNDO VIRTUAL

Impossível viver fora dele. Muito embora exista uma infinidade de coisas no nosso dia a dia que podem e merecem ser feitas fora do contexto virtual por ADRIANO DE OLIVEIRA

O

k, não vou sugerir aqui, que a gente se afaste das tecnologias e volte ao tempo do telex ou do fax. Mas também poderia ficar o dia inteiro relacionando coisas que, além de prazerosas ou essenciais, tornam-se quase impossíveis de serem feitas através da rede. Quer ver só? Uma consulta médica, um exame clínico, por exemplo... Se não forem cara a cara, não acontecem. Quer mais? Sentir o cheiro da comida sendo preparada ou mesmo escolher um novo perfume... E por aí vai. Com a proliferação das lojas virtuais e essa falta de tempo louca que a gente vive hoje, volta e meia estamos lá, pesquisando e comprando. São suplementos esportivos, sapatos, livros, cosméticos, eletrônicos e tudo o mais que a facilidade do consumo a um click oferece. Ponto pra nós! Agora, e se precisarmos colher informações sobre um destino que ainda não conhecemos? Será que podemos confiar cegamente nas informações da internet? Óbvio que a curiosidade, aliada a canais confiáveis para pesquisa, nos leva a culturas e mundos desconhecidos.

por ADRIANO DE OLIVEIRA Consultor de viagens adrianoaao@gmail.com

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Se analisarmos e focarmos apenas no tema Viagens, poderíamos nos perder navegando por diversas páginas. Tudo bem que para o turista moderno a viagem começa com a pesquisa sobre o destino a ser


visitado, passa pelo levantamento de informações sobre os locais que deseja conhecer, percorrer a descoberta dos costumes do local, suas práticas religiosas, enfim tudo aquilo que possa enriquecer os seus conhecimentos. Faz parte. E está tudo nos blogs e sites com seriedade comprovada. Porém, quando partimos para uma compra de serviços, como o fechamento de uma passagem aérea, a reserva de acomodação em um determinado hotel no qual nunca ficamos hospedados, é imprescindível termos a real noção de que muitas regras deverão ser seguidas após a conclusão da compra desses serviços. Inclusive aquelas que estão nas entrelinhas de um Contrato de Aquisição de Viagem. Contrato? Sim. Um contrato sempre deve ser celebrado e honrado entre as duas partes: quem compra e quem presta os serviços.

Quando adquirimos algo através da internet temos respaldo judicial diante de eventualidades. Mas, o que fazer quando compramos aquela tão sonhada viagem para a Cochinchina e, ao chegarmos no hotel, damos de cara com a “deliciosa” surpresa de que as nossas reservas foram canceladas? Pedimos socorro a quem? Dramatizando um pouquinho mais: a pessoa está com a família, no aeroporto e, ao chegar no balcão de check-in, é informada de que, por um motivo desconhecido, as reservas simplesmente sumiram do sistema da companhia aérea! Não tem como permitir que o sonho da viagem inesquecível, pelo o qual a família inteira se esforçou para realizar, seja transformado em pesadelo. E, dependendo de onde essa família estiver e também do fuso-horário, muitas vezes é impossível falar com alguém se não tiver um número de celular.

AH, A COMPRA FOI TODA FEITA ATRAVÉS DE UM SITE? SERÁ QUE ALGUÉM DESSA FAMÍLIA FELIZ, QUE ESTAVA SAINDO DE FÉRIAS, CONSEGUIRÁ FALAR COM UM VIVENTE QUALQUER E EXPLICAR A SITUAÇÃO PELA QUAL TODOS ALI ESTÃO PASSANDO? DEPENDENDO DO TAMANHO DO PROBLEMA, VAI SER COMPLICADO RESOLVÊLO SEM A AJUDA DE UM PROFISSIONAL. SEMPRE TEMOS QUE AVALIAR AS VANTAGENS E OS RISCOS AO FAZERMOS NOSSOS NEGÓCIOS PESSOALMENTE E, PRINCIPALMENTE, ATRAVÉS DA INTERNET. SÓ QUEM TEVE UM PROBLEMA DURANTE UMA VIAGEM SABE O VALOR DO AUXÍLIO DADO POR UM CONSULTOR DE VIAGENS QUE CONHECEMOS E QUE SABEMOS O NOME. SINCERAMENTE? NÃO HÁ DINHEIRO QUE PAGUE. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 75


CULTURA

Muralista nascido em S達o Paulo leva uma infinidade de trabalhos internacionais na bagagem por MARINA BASTOS

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BRINDA O MUNDO COM SUAS CORES

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CULTURA

D

o bairro paulista Campo Limpo surgiu um dos maiores expoentes da neovanguarda paulista. O pixo e o grafite de Eduardo Kobra logo se espalhou pela cidade e resultou na criação do Studio Kobra, nos anos 1990, dedicado ao muralismo original inspirado principalmente nos pintores mexicanos e no design do norte-americano Eric Grohe. Suas criações são ricas em detalhes, que mesclam realidade e um certo “transformismo” grafiteiro. Kobra realizou murais na Inglaterra, França, Grécia, Rússia, Estados Unidos, México, Suécia, Polônia, Japão, Emirados Árabes e Taiti, além de diversos estados do País. Para Kobra, envolvido em uma série de projetos com diferentes ênfases: desde sustentabilidade à preservação de memória das cidades, a liberdade de criação é comum a todos os trabalhos. “Quem que convida ou encomenda um mural já conhece meu trabalho, tenho total liberdade criativa”, afirmou o muralista. Sua mais famosa obra, além de “Oscar Niemeyer”, em São Paulo, e “A Bailarina”, em Moscou, é “O Beijo”, em Nova York. O mural “O Beijo” foi produzido em junho de 2012, em Manhattan, na região de Chelsea, conhecida por abrigar algumas das melhores galerias de arte de Nova York. O tema escolhido para a obra remeteu a Times Square da década de 1940. “Em uma das nossas longas caminhadas que fizemos antes de decidirmos o quê e onde pintar, chegamos a Times Square e fiquei profundamente emocionado, com todo aquele movimento, as pessoas do mundo inteiro, os painéis enormes e coloridos e a vida pulsando. Buscamos algumas referências e chegamos ao famoso beijo da Times Square (beijo de um marinheiro em uma enfermeira, que ilustrou na capa da revista Life no fim da II da Segunda Guerra Mundial, retratado pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, em 14 de agosto de 1945, dia em que o Japão se rendeu aos EUA). Para Kobra, a cidade é uma tela em branco, o artista desenvolve obras que misturam o traço do grafite rico em sombra, luz e brilho. O resultado são murais tridimensionais que permitem ao público interagir

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com a obra. O maior destes murais, que mede 1000 m², foi realizado em 2009 na Avenida 23 de Maio, em comemoração ao aniversário de São Paulo, que mostra cenas da década de 1920. Aliás, só em São Paulo já foram entregues cerca de 40 murais em avenidas e ruas desde 2006. GENIAL É ANDAR DE BIKE Em maio, no mesmo dia que chegou de uma viagem internacional de 45 dias, quando pintou obras em Tóquio (Japão), Dubai (Emirados Árabes) e Papeete (Taiti), Kobra iniciou o mural Genial é Andar de Bike (de 14 metros de altura por 8 de largura), na Rua Oscar Freire, no sofisticado bairro Jardins, em São Paulo. Neste trabalho, Kobra fez uma releitura da icônica cena do físico e humanista Albert Einstein andando de bicicleta. Na bike, uma plaquinha traz a seguinte mensagem: “S2 = eu e vc²” (desenho de um coração seguido de “= eu e vc²”). De acordo com o artista, o desenho já existia, mas ainda não tinha espaço. O momento em que surgiu uma fachada disponível veio de encontro à inauguração de ciclovias em São Paulo e toda polêmica gerada em torno disso: de um lado ciclistas reivindicando espaço seguro para circular pela cidade, e de outro uma parcela de motoristas reclamando da restrição do espaço para automóveis. “Tenho duas bicicletas e acho muito importante esse debate. Claro que sou a favor das ciclovias. Quanto menos carros nas ruas, melhor. Mas é preciso debater, entender a dinâmica da cidade. As vias precisam funcionar, assim como os ciclistas precisam seguir regras”, afirmou. Para conhecer melhor o trabalho de Eduardo Kobra acesse eduardokobra.com.


Um novo conceito em mídia externa, novos pontos na cidade, maior abrangência de público e muitas opções de veiculação.

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CASAMENTO

I WEDDING PLANNER WORKSHOP EM CAMPO GRANDE Um mercado que movimenta R$ 15 bilhões de reais por ano no Brasil comporta – e merece – centenas de eventos sobre o tema. As principais feiras, workshops, cursos e palestras sobre casamento, cerimonial e afins se concentram nos grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, mas algumas iniciativas isoladas estão se destacando no circuito de casamentos do País, como o foi o caso do I Wedding Planner Workshop, realizado no mês de julho em Campo Grande por JULIANA FERREIRA • foto MARCOS VOLLKOPF

I

dealizado pela cerimonialista Synara Miranda, o WPW saiu do papel em cerca de dois meses. A vontade surgiu depois que Synara participou do Wedding Day, em Cuiabá, organizado pela também cerimonialista Izis Dorileo em maio deste ano. No mesmo mês, durante o Casar 2015, em São Paulo, Synara fez o contato pessoal com os palestrantes, confirmou presença e passou, a partir de então, a correr atrás dos fornecedores, parceiros e apoiadores para materializar o projeto do WPW. O grande intuito, desde o princípio, era ser um evento de casamento totalmente pensado para compartilhar, multiplicar e atualizar conceitos do glamuroso mundo das grandes celebrações – desde organização

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para noivas e a escolha do vestido até questões legais e marketing de experiência. E assim o foi. Até então, a Capital sediava apenas feiras para noivas, com exposição de fornecedores e desfiles de noiva, nada focado apenas na informação. Com o “sim” de mais de 50 fornecedores e a adesão do mercado e da imprensa, a idealizadora e coordenadora do WPW conseguiu trazer conhecimento e know-how para a cena de casamento, tanto para as noivas quanto para os profissionais do setor, que compareceram em peso aos dois dias de evento. Uma super oportunidade de aprender – e conhecer de perto – os maiores especialistas do assunto na atualidade, como Claudia Matarazzo, Chris Ayrosa, Camila Piccini, Mário Ameni, Lucas Anderi, Lucas Brasil, além de grandes nomes do cenário local, como Marisa Machado, Arlindo Namour, entre outros. Já na abertura, a presença do governador Reinaldo Azambuja deu o tom do evento. E o Padre Aldir, que abriu a edição deste ano, mostrou que é possível aprender algo novo a cada dia. Seja nos trâmites do casamento religioso ou nos contratos com fornecedores, no papel do cerimonial, na moda noiva,

no marketing profissional ou ainda na decoração dos sonhos, todos os participantes saíram do WPW2015 levando algo novo na bagagem. E eu falo isso por experiência própria. A começar pela estrutura e logística do evento, que envolveu os melhores profissionais do setor em Campo Grande. A cenografia do Grand’ Mere (palco das palestras) assinada pelo arquiteto Luis Pedro Scalise foi um capítulo à parte. E as fotos não deixam mentir. O nível dos palestrantes também surpreendeu, além, é claro, da simplicidade e simpatia com que atenderam todos que os prestigiaram. Viva os flashes! Sem falar no encontro de noivas, fornecedores e profissionais do setor, todos em um só lugar, sem pensar em concorrência e, sim, na amizade. Eu, que tive chance de participar como fornecedora e expectadora, posso dizer que foi uma oportunidade ímpar. Tietei bastante, conheci pessoas, revi amigos, encontrei fornecedores, aprendi, curti muito. E confesso que fiquei muito animada para participar do WPW2016 que já tem data e local pra acontecer. Será em Lisboa, Portugal, em julho do ano que vem. Vamos?!

CASAMENTOS NO BRASIL De acordo com dados do IBGE, anualmente são registrados mais 1 milhão de casamentos em todo o Brasil. O Instituto aponta que o número de casamentos cresce, assim como cresce o de recasamentos – casamentos em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo. O “casa e recasa” da população movimenta cifras animadoras no País todo. Segundo a pesquisa, o Distrito Federal se destaca como o local no qual os gastos com festas são 174% maiores que a média nacional. De acordo com a Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais (ABRAFESTA), o segmento movimentou, no ano passado, cerca de R$ 15 bilhões e envolveu centenas de prestadores de serviços. A pesquisa do Instituto Data Popular entrevistou 1.400 pessoas. Entre respostas de internautas, noivas, mães de noivas e pessoas em eventos sobre casamentos, o resultado mostrou que decoração, entretenimento e alimentação são os tipos de serviços mais contratados para as festas e que na hora de colher informações sobre produtos e serviços, a internet é o principal canal, onde blogs se destacam por serem considerados mais atuais que as revistas especializadas. JULIANA FERREIRA

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CASAMENTO

Do pedido, passando pela escolha do lugar, pelo convite, fotógrafo, bolo, buffet, música, decoração, doces, lembrancinhas, figurino dos noivos e chegando às questões com ou sem cerimonialista, e ainda com ou sem grana, até o “enfim sós!”, o que conta como tendência é o toque pessoal dos noivos na celebração do casamento. Estilo próprio: isso sim é chique, emocionante e inesquecível 8 2 | CINCO + | AGOSTO 2015

por FERNANDA MONTEIRO • fotos MARCOS VOLLKOPF

C

laro que existem especialistas em inspirar os casais à beira do altar e, quando o assunto é vestido de noiva – aquela figura aguardada, que mesmo atrasando atrai todos os holofotes – o queridinho da vez é Lucas Anderi. É fácil tratá-lo com reverência, já que onde está vive cercado por “casadeiras” em busca do modelo perfeito. O aplaudido estilista, criador de vestidos de casamento exclusivos e prêt-à-porter, disse à revista Cinco+ que a noiva de hoje é batalhadora, trabalha e reconhece o valor do dinheiro. Talvez, por isso, sabe o que quer na hora de escolher como vai se apresentar no grande dia. Lucas Anderi proclama ainda que a tendência é o volume, mas o que garante sua assinatura de estilo é o tule e a nobreza da renda. “Renda é vida!”, saúda.


Mariana Cáceres foi uma das noivas privilegiadas por desfilar até o altar com um vestido de Lucas Anderi. “Conversei com ele por 5 minutos e ele já me entendeu. Não mostrei nada, nenhuma referência, foi puro feeling. Depois disso não procurei mais ninguém.” E assim, belíssima e satisfeita, casou em novembro de 2013. CEO do grupo Casar, o evento de casamento mais tradicional do País, e também uma das blogueiras de casamento mais famosa do Brasil, Camila Piccini divide seus conhecimentos sobre planejamento. Pra início de conversa, ela diz: “comece pela lista e por quanto você pode gastar com o casamento. Cada história é uma, cada casal é um, cada bolso é um e cada momento é único!” Sua expertise vem do blog Say I Do, que ela criou quando faltavam 8 meses para seu casamento. “Eu já tinha decidido tudo e estava super ansiosa, com medo de mudar as minhas escolhas várias vezes. Então resolvi criar o blog para ‘enjoar’ de casamento”, recorda. Hoje as neuroses passaram e o blog e o romantismo incurável de sua autora permanecem um sucesso. Em se tratando ainda de grandes acontecimentos, a cenógrafa de festas monumentais, como os casamentos de Athina Onassis, do jogador Kaká e a celebração recente de Roberto Justus e Chris Ayrosa, sanciona a valorização de riquezas regionais como o novo luxo. “90% dos profissionais têm medo de ousar, sugerem as mes-

ESTILISTA LUCAS ANDERE E MARIANA CÁCERES

mas coisas, profusão de flores, os lustres e tecidos, mas devem usar coisas da região”, defende. Com 30 anos de profissão, Chris mantém o olhar apurado aos detalhes e o todo agradece. Tudo conversa. Assim se define o cenário perfeito. A grande gafe para ela é não respeitar o jeito do casal, os donos da festa. Lucas Anderi, Camila Piccini e Chris Ayrosa, esses respeitáveis nomes das cerimônias de casamento nacional e internacional, estiveram pela primeira vez em Campo Grande como estrelas do 1º Wedding Planner Workshop e claramente concordam que um grande dia com começo, meio e final feliz tem mesmo é que ser autoral e que se torne memorável por revelar a cara dos noivos.

BLOGUEIRA CAMILA PICCINI

DESIGN E COREÓGRAFA CHRIS AYROSA C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 83




DECORAÇÃO

A POLTRONA DONNA DE GAETANO PESCE(1969), E O JARDIM VERTICAL, FICOU MODERNO E CHEIO DE DESIGN

NESSE LIVING O PONTO FOCAL É A LAREIRA E O TRABALHO DE ILUMINAÇÃO NA MARCENARIA ESPELHADA AO LADO DA LAREIRA

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LIVING DO ARQUITETO ROBERTO MIGOTTO, O ESTILO CLÁSSICO IMPEROU, COM MÓVEIS CLÁSSICOS COM PEÇAS DE DESIGN


SE PUDESSE COLOCAR TODA SUA PERSONALIDADE E INSPIRAÇÃO NUM CÔMODO, POR QUE NÃO NO LIVING? É UM DOS ESPAÇOS MAIS POPULARES DA CASA, QUE NORMALMENTE DÁ O TOM DO RESTANTE DA DECORAÇÃO, ONDE OS AMIGOS SÃO RECEPCIONADOS E A FAMÍLIA SE REÚNE NO FIM DO DIA PARA RELAXAR E, MUITAS VEZES, ASSISTIR TELEVISÃO

por DAIANA CAPUCI – DESIGNER DE INTERIORES

P

or ser uma área de grande circulação e atividade, é imperativo que ganhe uma atenção especial, criando uma atmosfera aconchegante, e que sirva às necessidades de quem ali habita.

Para decorar seu living room, sem desperdícios e gastos desnecessários, é importante um bom planejamento, sofás e poltronas confortáveis e cuidado com a circulação. É imprescindível que sejam escolhidos móveis que possam ser utilizados tanto durante os momentos em que não haverá visitas quanto naqueles em que os moradores assistirão tv, tomarão uma bebida, lerão um livro, ouvirão música etc. A sala ou “living” deve ser um local para relaxar e sentir-se à vontade, entretanto o desejo de impressionar as pessoas nunca deve ser mais importante que o estilo pessoal e o conforto. O verdadeiro teste de sucesso do living é conferir se você escolhe este ambiente para passar o seu tempo. O ambiente precisa ter vida, estilo e, claro, ser bem usado por todos os habitantes e visitantes.

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DECORAÇÃO

O local deve sempre ter um centro de interesse, que pode ser uma lareira, um instrumento musical... Não se deve confundir relaxamento com descanso, com bagunça ou desorganização, pois é muito estressante não ter um local calmo e tranquilo para ficar. As casas devem ser capazes de acomodar certas mudanças de humor em pelo menos um ambiente, por isso não é interessante excluir crianças de alguns locais. Elas são capazes de apreciar as diferentes atmosferas de cada ambiente tanto quanto os adultos, e a presença delas no living é sempre uma boa oportunidade para ensiná-las a apreciar o belo. Então, use seu living como ambiente para encontro familiar.

ESSE LIVING SE PROLONGOU A SACADA, COM POLTRONAS LUIZ XV

Uma outra dica para quem tem uma sala grande e queira dividi-la, é colocar em uma delas um papel de parede que tenha estampas que combinem com a decoração do living ou algum mobiliário. Bem como as ilustrações tridimensionais ajudam a dar uma impressão de profundidade aos ambientes e podem ser utilizadas quando esse local da casa ou do apartamento não possui áreas muito grandes. Outro fator fundamental é a iluminação. Sim ela faz toda a diferença, acreditem!

LUSTRE E MÓVEIS CONTEMPORÂNEOS E LUMINÁRIAS NA PAREDE FORMANDO UM DESENHO

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ALGUMAS DICAS FUNCIONAM MUITO BEM DURANTE O PROJETO DE UMA DECORAÇÃO DE LIVING: • NÃO COLOCAR MUITOS MÓVEIS, PARA NÃO ATRAPALHAR A LOCOMOÇÃO E ERGONOMIA.

• CUIDADO COM MÓVEIS MUITO GRANDES EM SALAS PEQUENAS E VICE–VERSA.

• DEIXAR OS APARELHOS ELETRÔNICOS TODOS ORGANIZADOS EM MÓVEL PREVIAMENTE PROJETADO. • UM BOM E LINDO TAPETE, OBRAS DE ARTE, UMA TELA OU UM QUADRO FAZEM TODA A DIFERENÇA.

• CORTINAS LEVES, POR MEIO DAS QUAIS A LUZ CONSEGUE PASSAR, SÃO AS IDEAIS. • ESPELHOS SÃO BEM-VINDOS, REVESTINDO AS PAREDES E TRAZENDO ELEGÂNCIA.

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O ideal é usar o conforto como ponto de partida, ao invés de impor um determinado estilo de decoração ou na elaboração do living, pois este deve fluir naturalmente a partir de peças que fazem todos sentirem-se à vontade. Os elementos devem ser colocados de forma a facilitar a conservação, mas deve-se saber que os sofás nunca acomodam tantas pessoas quanto o número de assentos que eles possuem. Use poltronas, puffs e seat gardens para ajudar a acomodar e compor o ambiente. Projete seu living com conforto e, claro, com muita elegância.

ESSE LIVING CONTA COM UM SOFÁ EM L, BANCO, E POLTRONA. O PAINEL ONDE ESTÃO A TV E ELETRÔNICOS É TODO REVESTIDO DE MÁRMORE NERO, TRAZENDO SOFISTICAÇÃO

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CIDADANIA

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL RESOLVE O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA? Diante de índices alarmantes de crimes, medidas imediatistas ganham adeptos, mas especialistas questionam por MARINA BASTOS

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ltimamente uma discussão tomou conta das redes sociais: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes graves. No início do mês de julho a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta, mas, depois de uma manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pauta voltou à discussão e, desta vez, foi aprovada. Perdida no meio do jogo de interesses políticos, fica opinião pública: afinal essa redução resolveria o problema da violência no País? Entre os que foram a favor da redução, está o líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), que afirmou acreditar que um jovem de 16 anos que comete crime tem “absoluta consciência” do que está fazendo. “Nenhum jovem

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deve temer a aprovação dessa lei. A lei serve para punir criminosos. Ser pobre e ser humilde não é salvo-conduto para matar e estuprar”, disse. Esse discurso com jeito de “solução” parece ter muitos adeptos, muito por conta dos altos índices de violência, o que deixa as pessoas temerosas e ansiosas por uma saída a curto prazo. Para a doutora em sociologia Camila Nunes Dias, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP (Universidade de São Paulo), os apelos às ações repressivas encontram mais espaço para germinar como forma de solução, do que investimentos que levariam tempo. “Dá repercussão inaugurar presídio, comprar viaturas, anunciar operações. O planejamento a médio e longo prazos não tem o mesmo impacto. A cultura brasileira tem traços autoritários e vê com bons olhos o discurso da repressão, eleitoralmente é positivo enfatizar esse


discurso da linha dura. Nunca vi político ganhar eleição defendendo direitos humanos. Mesmo candidatos da esquerda, mais aderentes ao discurso dos direitos humanos, evitam defendê-los, porque sabem que isso fará perder votos”, afirmou a socióloga. CERTEZA DE IMPUNIDADE Para outros especialistas, a certeza da impunidade é um dos fatores mais fortes que induzem à violência. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apenas 3% dos crimes cometidos atualmente no Brasil são esclarecidos. Na avaliação de Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Infância e Juventude da OAB de São Bernardo, São Paulo, e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, essa falta de impunidade é o principal combustível para a violência. Para o especialista, a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos ou penas mais duras não resolvem o problema. A prioridade deveria, sugere ele, ser a reestruturação do sistema de segurança e do Judiciário. “Certamente a redução não soluciona nada, porque colocaríamos em um sistema penitenciário falido, superlotado e dominado por facções criminosas adolescentes que hoje têm condições mínimas de ser recuperados. A redução da maioridade penal vai gerar mais insegurança pública, já que a reincidência no sistema prisional brasileiro, conforme o Ministério da Justiça, chega a 70%”, argumentou, ao acrescentar que no sistema de internação de adolescentes, a reincidência gira em torno de 30%. “O jovem tem escola, cursos e atividades esportivas que são acompanhados por educadores, assistentes sociais e psicólogos. No ambiente dos presídios serão deseducados pelas facções criminosas. Portanto, a redução da maioridade penal só vai gerar mais crimes e violência.” Países que aprovaram a redução voltaram atrás Há oito anos, países como Alemanha e Espanha reduziram a maioridade penal, mas viram crescer a criminalidade juvenil ao colocar os adolescentes no sistema penitenciário comum. Assim, decidiram, há dois anos, voltar a idade penal para 18 anos. Desde 2007, mesmo os Estados Unidos vêm com tendência de aumento da maioridade penal. Os americanos já tiveram mais de 20 estados com a maioridade penal abaixo de 18 anos. Hoje são apenas nove estados e há um processo de revisão. A ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que 79% dos países adotam 18 anos como idade penal. Na opinião de Ariel de Castro, no Brasil a lei tem sido mal aplicada e temos distorções, como adolescen-

“NENHUM JOVEM DEVE TEMER A APROVAÇÃO DESSA LEI. A LEI SERVE PARA PUNIR CRIMINOSOS. SER POBRE E SER HUMILDE NÃO É SALVOCONDUTO PARA MATAR E ESTUPRAR” EDUARDO CUNHA

tes que cometeram roubos seguidos de morte cumprindo menos tempo de internação do que os que cometeram roubos e adolescentes primários cumprindo mais tempo de internação do que reincidentes nos mesmos crimes. Isso porque a medida socioeducativa é reavaliada de seis em seis meses. “Hoje, os adolescentes que cometem atos infracionais com 12 anos de idade podem cumprir até nove anos de medidas socioeducativas. Mas o jovem que comete ato infracional com 17 anos só pode cumprir medida socioeducativa até os 21 anos, porque o Estatuto da Criança e do Adolescentes prevê que a medida se encerra automaticamente aos 21 anos. Essas distorções podem ser solucionadas com uma Lei de Execuções de Medidas Socioeducativas, aprimorando o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).” Como podemos perceber, a discussão vai muito além do que simplesmente contra ou a favor de uma medida que vai recair principalmente sobre crianças e adolescentes de baixa renda, tendo em vista que o acesso à educação, cultura e convivência familiar não é igual para todos. É preciso pesquisar sobre leis e enxergar o que existe por trás de soluções aparentemente “mágicas” para a difícil questão da violência no Brasil. C I N C O + | A G OS T O 2 0 1 5 | 93


TECNOLOGIA

SUA EMPRESA UTILIZA 100% DA TECNOLOGIA DISPONÍVEL?

Novas tecnologias têm ajudado empresários a ganhar controle de suas empresas por LUIZ HENRIQUE PEREIRA Consultor de tecnologia e mídias sociais

Q

uer se trate de contabilidade, logística, marketing, finanças ou qualquer outra função, um novo sistema ou equipamento tem feito essas tarefas significativamente mais fáceis e em menos tempo. No entanto, um número significativo de empresas ainda não usam suas aplicações e equipamentos para obter o máximo de resultados. A maioria das empresas utiliza, em média, apenas a metade do potencial oferecido por sua infraestrutura. Se elas não estão aproveitando todo potencial das soluções implementadas ou se não têm o sistema ou equipamento

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operando corretamente desde o início, o fato é que quase metade das empresas não está atingindo seu potencial de negócios com a tecnologia. O grande volume de tecnologias digitais desenvolvidas na última década, desde smartphones até soluções baseadas em computação em nuvem, faz a especificação e escolha muito difícil. Geralmente os empresários se veem sem escolha, a não ser aumentar o orçamento para investimento em novas tecnologias, enquanto que o investimento em estratégias de implementação e uso não acompanham este crescimento. Se as empresas querem permanecer no caminho da produtividade e amplo sucesso de seu negócio, elas devem considerar a opinião de um especialista em consultoria tecnológica, para que cada real investido em novas tecnologias tenha retorno efetivo e contribua diretamente com o crescimento da empresa no mercado.


Segunda a sexta

18H15

CREDIBILIDADE que faz Parte da sua vida. O principal jornal do início da noite, apresentado pela dupla Marcos Anelo e Emilia Chacom. Mais dinâmico, interativo, links ao vivo das ruas com os principais acontecimentos da capital.

EMILIA CHACOM

MARCOS ANELO

Av. Calógeras, 315 CEP 79004-383 (67) 3323.6400 Campo Grande-MS


CULTURA

10º FESTIVAL DE SOBÁ 120

ANOS DE AMIZADE ENTRE O BRASIL E O JAPÃO

por JACKLIN ANDREUCCE

O

10º Festival de Sobá, realizado na primeira semana de agosto em Campo Grande na Feira Central da cidade, foi escolhido pelo Consulado do Japão para ser o evento oficial dos 120 anos de Amizade entre o Japão e o Brasil na região Centro-Oeste. “O festival faz parte das festividades do aniversário da cidade, e este ano com este plus. O Japão escolheu algumas festas no País para fazer a comemoração dos 120 anos no Brasil e no Centro-Oeste o Festival de Sobá foi o escolhido. Para nós muita honra.” – disse a presidente da Associação da Feira Central, Alvira Appel Soares de Melo. Campo Grande, que neste mês completa 116 anos de fundação, tem a 3ª maior colônia Nikkey do País. Os japoneses chegaram ao Brasil em junho 1908 e muitos vieram para a Cidade Morena, por conta da construção dos trilhos em 1909, e por aqui foram ficando e enraizando a cultura. E mais que amizade, a mistura entre brasileiros e japoneses foi inevitável e é uma das características da cidade. O festival de sobá já faz parte do calendário das festas da Capital, e sempre no mês em que Campo Grande completa mais um ano de fundação. “Acho o máximo essa mistura que existe aqui em Campo Grande. Mistura

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de raças e de sabores. Gosto muito de vir à feira para o festival gastronômico e de cultura”, disse a aposentada Jaquelinne Meramos. O festival é uma mescla de arte e culinária. A banda Paralamas do Sucesso fez show no primeiro dia do evento e o encerramento foi ao som da terra com grupo o Chalana de Prata. Mas durante o festival teve ainda apresentação de danças da Associação Esportiva Cultural Nipo-Brasileira e da Associação Okinawa, exposição de ikebanas, bonsais e origamis, e o cozinha show em que os chefs ensinaram ao público receitas de sushi e rolinho primavera, entre outros pratos típicos da cozinha oriental. SOBÁ O sobá, servido em Campo Grande não é o mesmo prato do Japão. A receita do sobá de Campo Grande é uma variação do prato que nasceu na Ilha de Okinawa. A iguaria não usa o mesmo tipo de macarrão, que na receita original tem uma massa de cor mais escura e leva ainda cenoura ralada, frango, saquê, shoyu e um tipo de condimento à base de peixe. A combinação macarrão, omelete, carne de porco, cebolinha e o caldo com temperos típicos foi trazida para Mato Grosso do Sul na década de 50, segundo historiadores, pelos imigrantes


japoneses e era a refeição dos feirantes. Logo passou a ser compartilhada com os moradores.

EM 2006, O SOBÁ FOI REGISTRADO COMO O PRIMEIRO BEM IMATERIAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DE CAMPO GRANDE, O QUE ATESTA A IMPORTÂNCIA DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NA CENA CULTURAL REGIONAL.

A comerciante Patrícia Yoza trabalha há 22 anos na feira. Uma tradição de família que começou com os avôs e avós. Eles eram agricultores e vendiam verduras na feira. Logo os pais de Patrícia seguiram o caminho dos pais em trabalhar na feira, mas já comercializando sobá, e Patrícia é quem dá continuidade à tradição: “é uma honra servir este prato. Imagina que há 40 anos saberíamos que daria tão certo. Ele era servido só na colônia. E agora é patrimônio da cidade. O mais interessante é que o sabor foi conquistando as pessoas. Alguns que vieram de fora para morar em Campo Grande quando experimentaram pela primeira vez achavam estranho, mas aparece que o paladar se acostuma e a pessoa meio que “vicia” no delicioso sobá”, relatou a comerciante Patrícia Yoza.

Receita de Sobá Para fazer o sobá não existe muito segredo. Numa panela, cozinha-se o osso de porco ou osso de vaca com água. Coa-se o caldo que é temperado com shoyu, caldo de galinha, hondashi (tempero de peixe), ajinomoto e sal. Serve-se numa tigela chinesa ou cumbuca, enriquecido com macarrão (feito de forma artesanal), carne (porco, gado ou frango), acrescente cebolinha (crua) e omelete picados. O macarrão pode ser comprado pronto na feira central de Campo Grande.

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AGRONEGÓCIO

BOI

7.7.7

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NOVO CONCEITO PROMETE CARNE MAIS SAUDÁVEL, MENOR TEMPO DE PRODUÇÃO E BENEFÍCIOS AO MEIO AMBIENTE


por JÉSSICA BENITEZ

A

carne bovina está cada vez mais presente na mesa do brasileiro. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias ExPortadoras de Carne (ABIEC), por ano cada indivíduo consome, em média, 42 kg do produto. Conforme projeção apresentada no Circuito ExpoCorte a proteína oriunda do gado deve crescer de 15% para 22% até 2024 no País. Se em 2013 foram registradas 7.885 toneladas consumidas em âmbito nacional, esse número será elevado para 9.617 toneladas na próxima década. Desta forma cabe aos produtores apostar em estratégia que dê mais qualidade à carne comercializada, como ensina o conceito Boi 7.7.7 criado pelos pesquisadores do Polo Regional da Alta Mogiana, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), Flavio Dutra de Resende e Gustavo Siqueira. Trata-se de um sistema no qual o tempo de giro (termo utilizado para definir o período entre a produção e o abate) é reduzido de 36 para 24 meses. “O 7.7.7 nada mais é que simplesmente criar metas especificas para cada fase do sistema de produção”, explica o médico veterinário Diede Loureiro, que compõe o comitê coordenador de conteúdo do Circuito ExpoCorte, realizado em Campo Grande no final de julho. A primeira fase se estende da cria, na qual a vaca concebe o bezerro, até o desmame. A segunda abrange a recria, onde o filhote é desmamado e passa a ser jovem para recriá-lo e virar um animal em terminação. Por último está a etapa terminal. “Aí o animal com a carcaça praticamente toda crescida passa a ser engordado e, posteriormente, terminado”. A cada fase do 7.7.7 o boi ganha sete arrobas, cada uma delas equivale a 30 quilos no peso vivo. “Então ele é abatido com 21 arrobas aos 24 meses de idade. O Brasil tem elástico (tempo total de produção) maior. Hoje temos abate de 30, 36 meses. Eu diria que até acima dos 36 meses ainda é uma realidade no Brasil”, ilustrou o veterinário. Sendo assim, com auxílio do sistema, o produtor consegue melhor resultado em menor tempo. No sistema tradicional de produção são necessários, no mínimo, três anos para o animal atingir 18 arrobas. Além disso, a técnica resulta em carne mais macia, saborosa e de colocação atrativa. Os desenvolvedores do novo conceito avaliam que consumidor escolhe o

produto na gôndola do supermercado pela cor. Então, quanto mais velha a carne, mais escura, o que gera desinteresse pelo produto. A carne mais nova é melhor em tudo neste sentido. O meio ambiente também é poupado, já que a precocidade na produção de gado significa menores emissões do gás metano à atmosfera, considerado o segundo maior contribuinte para o aquecimento da Terra. Mas a produção de bovinos com qualidade e tempo 30% menor requer planejamento e estratégia. Diede esclarece que outros fatores são determinantes para que o pecuarista obtenha sucesso no sistema. “Isso prevê todo o protocolo de nutrição e de aditivos, protocolos de utilização de ração, farelados, nutrição aliada à sanidade para que o produtor consiga ter uma cartilha para produzir esse animal. Hoje em dia temos objetivos, mas poucas metas. Objetivo é aquilo, eu quero fazer um boi mais pesado, mas se eu não coloco meta não sei o que fazer.” E é exatamente neste momento que entra o novo conceito. “O 7.7.7 está colocando meta. Eu tenho que colocar sete arrobas em cada fase, aí o produtor vai se adequar, talvez ele seja mais eficiente em algumas fases, sim, mas agora ele tem uma meta, um caminho. Depois nós temos especialistas que vão falar de pastagem, desmame, de concepção de vacas, por que não pensar na vaca? Se eu não tenho lá atrás uma vaca de qualidade eu não desmamo um bezerro de qualidade. O circuito prevê toda essa constituição do boi, desde planejamento genético até a barra final aonde você encontra o animal no frigorífico”, concluiu.

SAIBA MAIS As pesquisas para o desenvolvimento do Boi 7.7.7 começaram a ser realizadas há cerca de 10 anos. Em 2015 os resultados estão sendo apresentados pela primeira vez para o grande público durante o Circuito ExpoCorte, que passará pelas principais regiões brasileiras de produção de gado de corte até o final do ano. As próximas etapas são em Uberaba (MG), em 24 e 25 de setembro, como parte da programação da Expoinel Nacional; Araguaína (TO), nos dias 29 e 30 de outubro, finalizando com Ji-Paraná (RO), em 25 e 26 de novembro.

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Cidade

CIDADANIA

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de

Pau S テ」o

lo deve ganhar 400 km de ciclovias atテゥ o fim deste ano

Sテグ PAULO SOBRE DUAS RODAS


por MARINA BASTOS

A

lém do transporte público, as bicicletas são cada vez mais uma alternativa viável ao trânsito caótico das capitais. Em Berlim, Amsterdã, Nova York, Londres e Barcelona, assim como em diversas outras cidades, é comum ver pessoas, desde estudantes até executivos, pedalando pelas ciclovias. E se depender dos planos do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a capital paulista deve entrar para esse grupo. O objetivo é que 400 km de ciclovias sejam criadas até o fim de 2015. São Paulo possui atualmente cerca de 60 km de ciclovia, um número bastante baixo quando comparado às demais metrópoles do mundo, que têm de 400 km a 500 km de vias exclusivas para as bikes. Para se ajustar ao valor, a Prefeitura tem a meta audaciosa de entregar, até o fim do ano que vem, um novo trecho de ciclovia por semana. Ao debater sobre o futuro e os rumos da cidade na Casa do Saber, zona sul da cidade de São Paulo, logo após a inauguração da ciclovia da Avenida Paulista,

Haddad defendeu que a infraestrutura para o uso da bicicleta deve ser anterior ao seu uso, para induzir a população a adotar a alternativa. Na opinião do ativista Daniel Guth, da Ciclocidade, associação que representa os ciclistas urbanos em São Paulo, a recém-inaugurada ciclovia da Paulista tem um potencial fortíssimo para se transformar no cartão postal da bicicleta numa cidade tão conhecida pelo trânsito caótico: “Ela tem essa simbologia, um impacto no imaginário da cidade, especialmente para quem passará a usar a bicicleta porque tem uma ciclovia na avenida paulista, porque ela será indutora de muitos novos ciclistas na cidade”, afirma. A previsão do ativista faz sentido. O técnico em informática Guilherme Troiano, por exemplo, aderiu à magrela como meio de transporte para ir ao trabalho depois da construção das ciclovias. “Sempre andei de bike por lazer, para trabalhar ia de ônibus. Agora uni as duas coisas, ando me sentindo bem, pois não gasto e ainda me exercito. Agora as empresas precisam se adaptar: ao invés de oferecer estacionamento para carros podiam incentivar o uso da bicicleta”, considerou.

PROTEÇÃO AO CICLISTA s ciclovias são construídas para proteger a vida das pessoas que se deslocam de bicicleta, ou que pretendem fazê-lo mas ainda não se sentem seguras. E elas atendem a uma demanda histórica dos ciclistas paulistanos, principalmente no caso da Avenida Paulista. Ainda assim, há uma tendência, infelizmente comum, de se pensar que um ou outro ciclista, por algum motivo específico – que vai desde estar sem capacete até pedalar em uma avenida – está “pedindo” para ser atropelado. Além disso, alguns motoristas reclamam da diminuição do espaço para automóveis e muitas vezes agem de forma agressiva com ciclistas.

O artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro determina que veículos automotores – sejam carros, ônibus, motocicletas ou caminhões – devem guardar uma distância lateral de um metro e meio ao ultrapassar uma pessoa que esteja em uma bicicleta. De acordo com dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), de janeiro a dezembro de 2014, 24.981 autuações foram registradas em diferentes artigos que tratam da proteção à vida de quem se desloca em bicicleta. Com a expansão das ciclovias, e adesão cada vez maior de pessoas às bicicletas, está mais do que na hora de motoristas e ciclistas viverem em harmonia. Campanhas em torno disso são mais que bem-vindas. C I N C O + | A G OST O 2 0 1 5 | 103


INTERNET

CUIDADOS SIMPLES SIGNIFICAM MAIS SEGURANÇA Isso se aplica a compras e transações bancárias pela internet por PATRÍCIA BELARMINO

É

quinto dia útil, um monte de contas a serem pagas, lotéricas e agências bancárias lotadas. Você trabalha o dia inteiro, precisa comprar um computador, mas está sem tempo de pesquisar preços e opções. Claro que essas são situações fictícias, mas elas acontecem com mais frequência do que podemos imaginar. E a solução para estes dois problemas pode estar a apenas um clique. Isso mesmo: a internet pode ser a solução. E também a causa de uma baita dor de cabeça. Da mesma forma que pode facilitar e agilizar várias situações, as compras e transações bancárias pela internet podem se tornar problemas à medida que alguns cuidados não são tomados pelo usuário. A exposição de dados pessoais é um dos principais problemas. Com seus dados em mãos, bandidos podem fazer desde compras até crimes maiores.

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Superintendente do PROCON-MS, Rosimeire Cecília Acosta afirma que hoje a grande preocupação em relação ao uso da internet para compras e transações está justamente na proteção dos dados. Mas nem tudo está perdido ou comprometido. Cuidados básicos, como evitar digitar seus dados em computadores públicos, podem ser determinantes para que a compra seja cobrada corretamente na sua fatura do cartão de crédito, por exemplo.“Embora já exista o marco civil da internet, têm pessoas maliciosas dentro do sistema. Existem hackers que podem acessar dados e copiá-los dos equipamentos. Tudo isso se estende aos aparelhos celulares, que hoje são computadores de mão”, lembra Rosimeire Acosta. Quem quer usar as ferramentas oferecidas pelos bancos na internet, deve sempre usar um computador seguro, ou seja, computadores que não são usados por outras pessoas, não têm vírus, entre outros cuidados.


Na hora de realizar o pagamento em lojas virtuais, o consumidor deve rodar a barragem do lado direito para ver se aparece um cadeado de proteção, bem pequenininho, na página. Esse cadeado significa que a página é segura e seus dados estão protegidos. Verificar se o site tem muitas reclamações em fóruns virtuais também é uma forma de se proteger de criminosos virtuais. Quando a promoção é muito mirabolante ou o desconto é enorme, um pouco mais de atenção não faz mal. Desconfie sempre, e pesquise sempre também. A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (PROCON-SP) mantém uma página com a relação de sites que não são confiáveis, é a “Evite esses sites”. Até o dia 6 de julho a relação tinha 477 sites. Na listagem é possível saber desde quando a página está na lista negra do PROCON e se está no ar ou não. Anote aí: antes de uma compra pela internet, dê

A EXPOSIÇÃO DE DADOS PESSOAIS É UM DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS. COM SEUS DADOS EM MÃOS, BANDIDOS PODEM FAZER DESDE COMPRAS ATÉ CRIMES MAIORES.

uma checada se o site no qual você quer fazer a transação não está na lista negra do PROCON. Acesse o site www.procon.sp.gov.br. Se você vai fechar negócio com uma empresa de outro estado, ou da sua cidade mesmo e quer verificar se ela não tem problemas junto aos órgãos de defesa do consumidor, é fácil: basta acessar o Sindec, do Ministério da Justiça. Para quem tem dificuldades para fazer essas pesquisas pela internet, uma opção é ligar no setor de estatísticas do PROCON-MS e ver se a empresa tem muitas reclamações, problemas com consumidores ou se está tudo certinho. O telefone do PROCON é 67 3316 9804. C I N C O + | A G OST O 2 0 1 5 | 105


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ERRATA NA EDIÇÃO 92 - JULHO 2015 NAS PÁGINAS 91 E 92: NO TEXTO FOI USADA A PALAVRA “PARAIBENSE” QUANDO O CORRETO SERIA PARANAIBENSE. E TAMBÉM O FATO DE QUE O ENTREVISTADO MORA EM CAMPO GRANDE HÁ POUCO MAIS DE UM ANO.


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