Felicidade [Setembro/2015]

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editorial

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felicidade, por definição do dicionário, é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico. Essa sensação de bem-estar que a felicidade nos proporciona é complexa porque pode acontecer por diversos motivos. Nosso especial do mês de setembro é sobre Felicidade! Queremos espantar os pensamentos negativos, levantar o astral e ser feliz! A dica é lidar com as adversidades e encarar a vida de forma mais leve. Não é fácil, mas tem muita gente por aí conseguindo... Na matéria “Em Busca da Felicidade”, a história de Bárbara Ferragini vai inspirar você, leitor! Ela tomou coragem e saiu da zona de conforto quando percebeu que reclamava de tudo por não estar mais satisfeita com o trabalho e a vida pessoal. Bárbara largou tudo, saiu do trabalho, deixou casa, família e amigos para ir em busca daquilo que nem ela sabia bem onde estava. Já na matéria “Quanto vale uma vida mais simples?” vamos conhecer pessoas que tomaram a decisão de trocar uma vida estável e agitada em uma cidade grande para ter uma vida mais tranquila e inusitada no campo ou na praia. E você sabe qual o país mais feliz do mundo? Segundo o Relatório Mundial da Felicidade 2015 é a Suíça. Na sequência, vem Islândia, Dinamarca, Noruega e Canadá. O Brasil está no 16º lugar neste ranking. Nossa edição ainda traz uma matéria especial com o chef italiano Alessandro Dirienzo, que esteve em Campo Grande. Ele realizou, com exclusividade para a revista Cinco+, seu inusitado ‘risoto de mamão papaya com camarão ao molho mediterrâneo’. Apenas uma de suas 500 lendárias receitas. Na coluna Casamento, dicas para economizar na tão sonhada festa! Vale a pena conferir! Boa leitura!

Kátia Kuratone DRT/MS 293

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8| SAÚDE JÁ É VERÃO NA ONFIT

38 | NEGÓCIOS TOK & STOK INAUGURA PRIMEIRA LOJA EM MS

72 | ESPORTE

30 | CIDADANIA

ADRENALINA PURA

CHEFS ESPECIAIS

24 | CIDADANIA EXPERIÊNCIA A SERVIÇO DO ESTADO

08 | SAÚDE

16 | SAÚDE

JÁ É VERÃO NA ONFIT

DETOX: MITOS E VERDADES

10 | SAÚDE

18 | CULTURA | DOURADOS-MS

SÍNDROME COMPLEXA DOLOROSA REGIONAL: UMA REALIDADE INCAPACITANTE E OBSCURA 11 | SAÚDE APLICAÇÃO DE TOXINA BOTULÍNICA TERAPÊUTICA – BLOQUEIO QUÍMICO NEUROMUSCULAR 12 | SAÚDE UMA FRUTA, MIL BENEFÍCIOS 14 | SAÚDE AIDS NA TERCEIRA IDADE

CONCURSO DE FOTOGRAFIA DA ACED TERÁ INSCRIÇÕES DE 1º A 30 DE SETEMBRO 20 | FOTOGRAFIA O FOTÓGRAFO DA FAMÍLIA 24 | CIDADANIA EXPERIÊNCIA A SERVIÇO DO ESTADO 28 | INFORME PUBLICITÁRIO PÓS-GRADUAÇÃO DA ESTÁCIO FIRMA PARCERIA COM HARVARD 30 | GASTRONOMIA CHEFS ESPECIAIS

SUMÁRIO EDIÇÃO 94

ANO 8

SETEMBRO 2015


34 | GASTRONOMIA UM CHEF SEM SEGREDO

38 | NOGÓCIOS

TOK & STOK INAUGURA PRIMEIRA LOJA EM MS

44 | FELICIDADE

EM BUSCA DA FELICIDADE 50 | FELICIDADE FELICIDADE EM MOVIMENTO 52 | FELICIDADE A PROFISSÃO MAIS FELIZ É... 54 | FELICIDADE QUAL O PAÍS MAIS FELIZ DO MUNDO? 56 | FELICIDADE QUANTO VALE UMA VIDA MAIS SIMPLES? 60 | FELICIDADE A PROCURA DA FELICIDADE NA SÉTIMA ARTE 63 | FELICIDADE SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO 64 | COMPORTAMENTO “COBRANÇA DO CHEFE EM TEMPOS DE CRISE, MAIS PRESSÃO, ESTRESSE, O QUE FAZER?” 68 | CULTURA PALAVRA CANTADA, O MPB INFANTIL! 72 | ESPORTE ADRENALINA PURA 78 | NÓS 2 POR AÍ O DILEMA DA CONTA CONJUNTA 80 | AUTOMOBILISMO FESTA EM CAMPO GRANDE OU PAIXÃO PELA STOCK 82 | VIAJE BEM BUROCRACIA DIPLOMÁTICA 86 | CASAMENTO DICAS PARA ECONOMIZAR NA TÃO SONHADA FESTA DE CASAMENTO 88 | CULTURA EXPOSIÇÃO REÚNE TRABALHOS DE FRIDA KAHLO E OUTRAS SURREALISTAS MEXICANAS 94 | DECORAÇÃO PLANEJAR PODE SER A SOLUÇÃO 98 | COMPORTAMENTO AS NOVAS BALZAQUIANAS 100 | CIDADANIA NÃO SEJA A PRÓXIMA VÍTIMA 102 | CULTURA UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA

Coordenação de Comunicação: Henrique Attilio (MTB/MS 177 Publicitário MTB/MS 947 Jornalista) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e Vitor Obede - Redação: Fernanda Monteiro, (DRT/MS 177); Jacklin Andreucce (DRT/MS 095); Jéssica Benitez, Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Lidyanne Aquino, Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Bruno Arce Vaitti (DRT 490/MS); Sônia Nabarrete Revisão: Soraya Vital - Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone. Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio, Jonathan de Oliveira, Geth Teixeira Rodrigues - Planejamento e Operações: Henrique Attilio e Kátia Kuratone - Fotografias: Raissa Canuto, Marcos Vollkoph, Pedro Jardim, Grupo Assault.

www.editoraalvorada.com.br Participaram nesta edição: Especialista em dor Dr. Maruãn Omais (CRM/ MS 3225). Médico Fisiatra Dr. Ronaldo Issashi Furuta (CRM/MS 5994). Cinéfilo e Jornalista Airton Raes. Nutricionista, Taiz Siqueira Pinto (CRN 39.181). Agente da Polícia Federal, André Salineiro. Jornalista e blogueira, Juliana Ferreira. Jornalista, Ana Raquel Copetti Telles. Publicitário Gustavo Telles. Procuradora de Justiça e escritora Ariadne Cantú. Consultor de viagens Adriano de Oliveira. Arquitetura e designer de interiores Thaysa Canale, Daiana Capuci e Marcia Ribeiro. Jornalista, Juliana Feliz. Consultor de empresas, Maurício Reggiori. Tiragem: 10.000 exemplares Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da Gráfica e Editora Alvorada, com periodicidade mensal e distribuição dirigida gratuita. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500

Diretor: Mirched Jafar Junior Diretora Executiva: Katiusi Romero Chaves Gerente Geral: Rafael Soares Gerente de Produção: Paul Hudson

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SAÚDE

JÁ É VERÃO NA por FERNANDA MONTEIRO • foto MARCOS VOLLKOPF

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itmo frenético, som que embala a malhação misturado a barulho de pesos, atletas concentrados em seus esforços e professores pegando pesado no acompanhamento e na orientação. Tamanho movimento na academia On Fit tem a ver com o verão fora de época? O fato da estação que evidencia o corpo ter se adiantado no hemisfério sul pode até servir de motivação para os frequentadores, mas não é o que norteia a gestão da On Fit. Na academia, que fica na Marechal Rondon, saúde e bem-estar estão em pauta faça chuva ou sol, porque lá hábitos positivos devem ser regulares. Normal considerar que a preguiça muitas vezes insiste em sobressair à atitude saudável. Para fita-la, a ideia é, de acordo com o sócio da On Fit, Jamil Paroschi Junior, investir em profissionais qualificados e tratamento de excelência, o que vem dando certo. O design de interiores Alessandro Laranjeira, de 29 anos, conta que escolheu a academia por ser perto do trabalho e acabou surpreendido pelo acolhimento. “Aqui tenho todo suporte, horário e valor flexíveis e o pessoal me deixa à vontade”, indica.

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RAISSA CANUTO

A estudante Rhayssa Carvalho, de 21 anos, também concorda com o sentimento agradável de fazer parte, e cita a exclusividade como mais um ponto favorável. Há 6 meses faz musculação com personal e está amando os resultados. “Sou rata de academia. Aqui tenho mais atenção, já que, porque eu também dançava, sinto minhas costas e meus joelhos”, considera. O tratamento diferenciado também conquistou a policial civil de 25 anos Karen Viana de Queiroz, como também a possibilidade de malhar na hora do almoço. Recebeu a indicação de um amigo e hoje faz programa de treinamento de força e condicionamento físico 4 vezes na semana. Parece mesmo animador arrumar agenda para frequentar um lugar que tem priorizado a experiência do

cliente de entrar e sair bem e, apesar dos entrevistados aqui serem jovens, esta reportagem também certificou que havia atletas idosos, de todas as idades, homens e mulheres empolgados com a vida saudável. Estar bem implica em: vá a academia no verão que por aqui invadiu o inverno, mas frequente igualmente em dias frios, de chuva, nublados ou preguiçosos. A On Fit vem buscando transformar turistas em malhadores assíduos. Assim você vai desfilar não só um corpo bonito todo os dias como estampar claramente um “vai muito bem, obrigado” quando perguntarem sobre sua saúde. SERVIÇO RUA CÂNDIDO MARIANO, 2560 - CENTRO FONES: (67) 3305.8099 | 9276.8342

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SAÚDE

SÍNDROME COMPLEXA DOLOROSA REGIONAL: UMA REALIDADE INCAPACITANTE E OBSCURA

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síndrome complexa dolorosa regional (SCDR), era conhecida antigamente como distrofia simpático-reflexa, que é uma doença que se apresenta com quadro doloroso e alteração de sua função de forma desproporcional ao fator que causou o trauma ou a lesão. Habitualmente restringe-se à área próxima da lesão, podendo se apresentar de dois tipos. Há dor e queixa frequentes, podendo ser de forma espontânea ou não. No entanto, outros sintomas podem estar presentes na região acometida, dependendo da evolução da doença, como alterações da sensibilidade, aumento de volume (inchaço), alteração da temperatura, alteração da cor, presença de suor, alterações da força muscular – diminuição e, por vezes, tremores, alterações do trofismo – em unha, pêlos, pele, tendão, músculos e ossos. A evolução da doença pode passar por três estágios e pode durar de semanas a meses. A probabilidade de remissão após o estágio I parece ser improvável. A característica principal da doença apresenta-se por afetar o sistema nervoso central e periférico. Ela pode afetar todas as idades. A frequência da doença pode chegar a 37%, dependendo do tipo de lesão apresentada. Procedimentos cirúrgicos na região afetada pela SCDR devem ser evitados, isso pelo risco de recorrência ou piora do quadro.

por DR. MARUÃN OMAIS CRM/MS 3225 Doutor em Medicina. Especialista em Dor. Diretor Técnico da Palliare Clínica de Dor e Cuidados Paliativos

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O tratamento pode e deve ser feito. Há duas possibilidades principais, o tratamento clínico, medicamentoso – adequado à condição clínica – e o intervencionista, procedimento realizado para o controle do processo da SCDR. O que se tem de buscar, é o controle da doença o mais rápido possível, para evitar a irreversibilidade. Após o controle da doença é mandatório o processo de reabilitação, com atuação da fisioterapia e da terapia ocupacional.


SAÚDE

APLICAÇÃO DE TOXINA BOTULÍNICA TERAPÊUTICA – BLOQUEIO QUÍMICO NEUROMUSCULAR

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toxina botulínica é utilizada com grande sucesso no processo reabilitacional de pacientes que apresentam alterações do movimento devido a sequelas de doenças neurológicas, como o acidente vascular cerebral encefálico – AVE (“derrame”), a paralisia cerebral, a lesão medular, o traumatismo crânioencefálico, a esclerose múltipla e a distonia, entre outras. A aplicação da toxina botulínica terapêutica é chamada de bloqueio químico neuromuscular, e este procedimento pode ser realizado utilizando esta toxina – popularmente chamada de Botox® sendo este o nome de uma das marcas de toxina botulínica, e o fenol. A finalidade deste bloqueio é realizar uma paralisia temporária nos músculos que recebem a injeção, facilitando desta forma os exercícios terapêuticos. Mas paralisar um músculo que já está doente? Pode parecer estranho, mas os músculos que serão tratados com este procedimento são aqueles que estão dificultando a execução de um movimento, por exemplo, por isso não há a perda da função, e sim a melhora desta com este procedimento, pois permite o trabalho adequado dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Com o bloqueio, os terapeutas conseguem alcançar as metas reabilitacionais com maior rapidez e efetividade.

meio de uma avaliação funcional minuciosa, realizada pelo médico e sua equipe de reabilitação. Devido à visão funcional do fisiatra, o benefício que o bloqueio químico neuromuscular oferece é muito grande e evidente. O procedimento pode ser realizado com ou sem sedação, podendo utilizar técnicas variadas, como o uso de eletroestimulador e eletroneuromiógrafo, a critério e experiência do médico injetor. Entretanto, cabe uma informação de suma importância: é imprescindível que o paciente esteja inserido em um programa de reabilitação uma vez que a toxina botulínica e o fenol apenas bloqueiam a contração muscular. A recuperação funcional ocorre pelo trabalho realizado pelos terapeutas por meio dos exercícios terapêuticos.

por DR. RONALDO ISSASHI FURUTA CRM/MS 5994 Médico Fisiatra Medicina Física e Reabilitação Diretor Clínico do CREIA – Centro de Reabilitação Interdisciplinar Infantil e Adulta

Por este motivo, a escolha dos músculos que devem ser tratados com a toxina botulínica e o fenol se faz por C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 11


SAÚDE

UMA FRUTA, MIL BENEFÍCIOS Conheça o cranberry, aliado no combate a doenças cardiovasculares e ajuda a reforçar o sistema imunológico. por LIDYANNE AQUINO

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odka, cointreau, suco de limão e suco de cranberry. Essa mistura compõe o Cosmopolitan, drink popularizado pela série norte-americana Sex and the City, onde Carrie Bradshaw partilhava-o com suas amigas. O destaque da composição é o cranberry, fruta originária da América do Norte. Se ela dá um tom especial à bebida, revela-se ainda mais interessante a quem busca uma alimentação saudável. Rica em antioxidantes (como o polifenol e o resveratrol, que reduz o colesterol no sangue), fibras, potássio, vitaminas A, C, K e D, seu consumo é indicado para a prevenção de infecções urinárias e placas bacterianas nos dentes. Segundo pesquisas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ingestão do cranberry reduz o risco de derrames e doenças cardiovasculares. A Dra. Alice Amaral, médica especialista em Nutrologia e Medicina do Exercício e Esporte pela Associação Médica Brasileira, explica que a vitamina C fortalece o sistema imunológico, prevenindo resfriados. “Ela atua na redução do colesterol e regula o hormônio cortisol, conhecido como hormônio do estresse”, completa. “O ideal é consumir a fruta in natura, o que ainda é bem difícil no Brasil”, explica a nutróloga. O clima brasileiro não é favorável ao cultivo. É, portanto, comum encontrá-la em forma de suco, concentrado ou diluído, desidratada ou em forma de cápsulas. A Dra. Alice recomenda o consumo diário de 200 ml do suco feito com a polpa da fruta, que também é conhecida como oxicoco por aqui.

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Filiado à Associação Médica Brasileira de Nutrologia (ABRAN), o nutrólogo Roberto Navarro declara que o cranberry pode atuar na prevenção de infecções urinárias de repetição, devido à ação das proantocianidina, mas não no tratamento, visto que infecções devem ser tratadas com antibióticos. A proantocianidina presente na fruta inibe a junção de bactérias do tipo E.coli, que podem provocar infecção na mucosa da bexiga. A proantocianidina também combate a aderência da bactéria helicobacter pylori na mucosa estomacal, combatendo gastrites e úlceras. Segundo Navarro, por ser fonte de betacaroteno e vitamina A, ajuda a melhorar a imunidade e a saúde dos olhos e da pele. A frutose presente nesta fruta é fonte de energia, e o colágeno ajuda a proteger as articulações. “O cranberry é uma fruta com carga glicêmica média e não alta, não sendo, assim, uma escolha isolada para ser ingerida antes de uma atividade física muito intensa ou exaustiva”, esclarece Navarro. É indicada, portanto, combinada com outros alimentos. Por ser uma fonte de fibra, melhora o funcionamento do intestino. Mas a ingestão deve ser moderada, pois em excesso pode desencadear diarreia. “Como é fonte de vitamina K, o consumo excessivo é contraindicado para pessoas que fazem tratamento com anticoagulante, pois essa vitamina diminui o efeito da medicação”, conclui Navarro.


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SAÚDE

AIDS NA TERCEIRA IDADE Se a doença ainda é assunto cercado de preconceitos, ganha contornos ainda mais perversos quando se trata da doença na terceira idade. por SONIA NABARRETE

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larice, 55 anos, viúva, nunca pensou que o sexo com o namorado, 60 anos, também viúvo, poderia resultar em uma infecção pelo HIV. “Ele teve uma pneumonia brava e quase morreu. Foi durante a internação que descobriram que ele era portador. Avisada, fiz o exame e também deu positivo. Na época, isso faz três anos, fiquei sem chão” – lembra ela, que ficou a princípio revoltada com o companheiro – “Depois perdoei, porque entendi que não fez de propósito. Desde então, continuamos juntos, tomamos remédios, fazemos exames regularmente para controle, mas o pior de tudo é o preconceito da família. Minha nora chegou a proibir que eu pegasse meu neto no colo. Foi muita humilhação.” Renato, 62 anos, também enfrentou forte preconceito familiar. “Eu me infectei por ignorância, achando que AIDS era doença de homossexual. Briguei com o médico quando ele pediu o exame porque eu estava emagrecendo muito. Fiquei inconformado quando deu positivo. Ouvi muitas críticas dos meus filhos, que me olhavam com nojo, e acabei tendo apoio do meu neto de 19 anos. Ele faz parte de uma geração mais esclarecida e que aprendeu a fazer sexo com camisinha. A minha geração se deu mal.” Célia, 60 anos, foi infectada pelo marido de 65 anos. “Ele se infectou em uma relação extraconjugal e acabou me passando a doença. Esta foi a parte mais triste da traição, porque me deixou com um vírus que vou carregar

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para sempre. Faço o tratamento direitinho e não tive nenhum problema até agora, a não ser os efeitos colaterais da medicação. Além de alterar os níveis de colesterol, triglicérides e atacar o fígado, tem o pesadelo da lipodistrofia, que é perda e alteração da massa muscular. As pessoas ficam com a cara chupada, pernas finas e barrigudas. Um horror! Acaba com a autoestima de qualquer um.” O número de infectados pelo vírus HIV com mais de 60 anos apresentou crescimento superior a 80% em 12 anos, de acordo com o último Boletim Epidemiológico AIDS e DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) de 2013. Saltou de 4,8% em 2001 para 8,7% em 2012. O Ministério da Saúde calcula que 0,04% da população acima de 65 anos é portadora do vírus HIV, o que corresponde a 5,5 mil idosos com a doença no Brasil. Se o percentual atingido ainda é pequeno, seu crescimento é preocupante na opinião de especialistas. O médico Salo Buksnan, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), aponta a resistência à camisinha pelos idosos como o principal fator para o crescimento da AIDS nessa faixa etária. O especialista lembra que há uma nova geração de idosos, muito mais ativos sexualmente, mas que não são


SINTOMAS COMO FADIGA, DOR CRÔNICA E PERDA DE PESO PODEM ESTAR RELACIONADOS À IDADE, MAS PODEM TAMBÉM SER CONSEQUÊNCIA DA AIDS

inclusos em campanhas de prevenção. “Isto faz com que se sintam à margem dos riscos de serem contaminados pelo HIV, o que sustenta comportamentos inapropriados”, explica o Dr. Buksnan. “A própria família não apoia a ideia de os idosos terem libido e vida sexual. Esse papel de conscientização compete ao governo e à própria sociedade, que tem a sensação de que o envelhecimento está ligado à incapacidade”, completa. A infectologista, Dra. Mariliza da Silva, vai na mesma linha de raciocínio. Para ela, as pessoas mais velhas estão se infectando porque não se percebem vulneráveis ao vírus. “Elas associam a AIDS aos jovens, usuários de drogas injetáveis e homens que fazem sexo com homens, por isso não se preocupam em usar preservativos”, enfatiza. Segundo a médica, os portadores de HIV na terceira idade geralmente só descobrem o problema depois de alguma internação, já decorrente da doença. O diagnóstico tardio ocorre porque os próprios médicos não pedem o exame para detecção do HIV. “Sintomas como fadiga, dor crônica e perda de peso podem estar relacionados à idade, mas podem também ser consequência da AIDS”, alerta.

OUVI MUITAS CRÍTICAS DOS MEUS FILHOS, QUE ME OLHAVAM COM NOJO E ACABEI TENDO APOIO DO MEU NETO DE 19 ANOS. ELE FAZ PARTE DE UMA GERAÇÃO MAIS ESCLARECIDA E QUE APRENDEU A FAZER SEXO COM CAMISINHA. A MINHA GERAÇÃO SE DEU MAL”. RENATO, 62 ANOS

A PRÓPRIA FAMÍLIA NÃO APOIA A IDEIA DE OS IDOSOS TEREM LIBIDO E VIDA SEXUAL. ESSE PAPEL DE CONSCIENTIZAÇÃO COMPETE AO GOVERNO E À PRÓPRIA SOCIEDADE, QUE TEM A SENSAÇÃO DE QUE O ENVELHECIMENTO ESTÁ LIGADO À INCAPACIDADE”. DR. BUKSNAN

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SAÚDE

Muitas pessoas têm questionado se a “Dieta Detox” é um mito ou uma verdade. Este é um assunto que divide opiniões entre os profissionais de diversas áreas da saúde. Aqui será abordada uma das opiniões, a qual eu atualmente defendo. TAIZ SIQUEIRA PINTO

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“D

ieta Detox”, de uma forma sucinta, é uma dieta composta por líquidos (sucos preparados com vegetais e alimentos provenientes de grãos), cápsulas ou produtos em pó comercializados, realizada geralmente de três a sete dias, com o objetivo de desintoxicar o organismo e, consequentemente, perder peso. Não teria problema em consumir vegetais e alimentos provenientes de grãos preparados em forma de sucos ou em qualquer outra forma de preparo, pois estes alimentos são fontes de vários nutrientes essenciais ao nosso organismo, se estes sucos fossem consumidos com demais alimentos importantes para a boa nutrição. Mas o que está acontecendo atualmente, são pessoas (principalmente mulheres) aderindo a esta dieta por prometer benefícios à saúde.


Pessoas que optam por esta dieta ficam com uma baixa ingestão de nutrientes e calorias, o que consequentemente provocará a perda de peso, mas que não necessariamente levará ao emagrecimento (perda de gordura corporal). Esta baixa ingestão de nutrientes e calorias não é suficiente para o bom funcionamento do organismo, podendo provocar vários danos à saúde, como queda da imunidade, fraqueza, mal-estar, mudança súbita de humor e dores no estômago, entre outros. Desintoxicar o organismo vai muito além do simplesmente consumir sucos e produtos compostos por vários ingredientes por dias consecutivos. O organismo humano possui uma glândula vital chamada fígado, que é a principal responsável por realizar diversas funções, dentre delas a desintoxicação. Tudo que consumimos, de alguma forma passará pelo fígado. O fígado realizará o processo de desintoxicação, mas se a pessoa tiver uma alimentação totalmente desregrada (com alto consumo de produtos industrializados, como alimentos fast food, refrigerantes, doces, alimentos pobres em fibras, vitaminas e minerais), for sedentária e viver em situações de estresse cotidianamente, chegará um momento em que o fígado terá dificuldade de metabolizar todos os compostos provenientes da alimentação. Consequentemente, haverá intoxicação do organismo, pois as toxinas chegarão até o intestino, onde serão absorvidas. Ressalva-se que aqui o destaque é para a intoxicação proveniente de uma alimentação desequilibrada, porém o organismo sofre intoxicações em várias outras circunstâncias, como com o ar poluído ou seco (principalmente nesta época do ano), com os medicamentos, que muitas vezes estão presentes em uso contínuo, o

cigarro, a bebida alcóolica e até mesmo os vegetais ricos em agrotóxicos. Muitas reações que ocorrem no organismo necessitam de nutrientes para serem realizadas. O intestino também precisa estar regulado, com sua microbiota equilibrada, para que os bons nutrientes sejam absorvidos. Para desintoxicar o fígado, e o organismo e o intestino absorverem melhor os bons nutrientes, as pessoas podem, e devem, contribuir por meio de hábitos de vida saudáveis, principalmente por meio da alimentação. Os sucos compostos por ingredientes naturais (se possível, com alimentos orgânicos), ricos em nutrientes, podem ser consumidos desde que estejam inseridos em um plano alimentar diário, individualizado e adequado, com vários alimentos importantes para a boa nutrição. O nutricionista é o profissional apto para prescrição e orientações de um plano alimentar, o qual, associado à prática regular de atividades físicas e outros hábitos saudáveis, proporcionará o alcance de seus objetivos.

por TAIZ SIQUEIRA PINTO CRN 39.181 Nutricionista Mestre em Ciências da Nutrição Contato: taizsp@gmail.com

“DIETA DETOX”, DE UMA FORMA SUCINTA, É UMA DIETA COMPOSTA POR LÍQUIDOS REALIZADA GERALMENTE DE TRÊS A SETE DIAS, COM O OBJETIVO DE DESINTOXICAR O ORGANISMO E, CONSEQUENTEMENTE, PERDER PESO

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CULTURA | DOURADOS-MS

CONCURSO DE FOTOGRAFIA DA ACED TERÁ INSCRIÇÕES DE 1º A 30 DE SETEMBRO por ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO ACED

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FOTÓGRAFO ELIEL OLIVEIRA, DO JORNAL DIÁRIO MS, FICOU EM 2º LUGAR NA EDIÇÃO PASSADA.

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ARMANDO FREDDI ASSEIS

ELIEL OLIVEIRA

Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED) abre oficialmente no mês que vem as inscrições para a 18ª edição do Concurso de Fotografia da entidade. As inscrições de fotógrafos profissionais e amadores poderão ser feitas entre os dias 1º e 30 de setembro, na sede da Associação Comercial. Realizado em Dourados desde 1998, o Concurso de Fotografia da ACED tem como objetivo promover a cidade de Dourados através do olhar de seus cidadãos. O concurso irá premiar mais de R$ 4 mil em dinheiro aos vencedores.

FOTOGRAFIA CLASSIFICADA EM 3º LUGAR, RETRATA FIGUEIRAS NA RUA JOÃO CÂNDIDO CÂMARA.


KLEBERSON DOS SANTOS MARTINS FOTOGRAFIA VENCEDORA EM 2014 FOI REGISTRADA NA PRAÇA ANTÔNIO JOÃO, UM DOS PRINCIPAIS CARTÕES POSTAIS DE DOURADOS.

De acordo com o regulamento do 18º Concurso de Fotografia da ACED, disponível no site da instituição, a disputa é aberta a fotógrafos profissionais e amadores, que concorrerão em condições de igualdade em duas categorias: câmera fotográfica e telefone celular. Após realizar a inscrição no período de 1º a 30 de setembro, o candidato deverá entregar a ficha preenchida juntamente com a fotografia concorrente nos dias 1º e 2 de outubro. As fotografias deverão ser entregues em formato digital e também impressas no tamanho 10X15 cm, coloridas, em papel fotográfico fosco ou brilhante. Na categoria telefone celular, a ACED recomenda que as fotografias sejam tiradas com resolução mínima de 1 mega. Cada participante poderá inscrever até três fotografias em cada categoria. As fotografias deverão ser inéditas e obrigatoriamente tiradas no município de Dourados. Os trabalhos inscritos não poderão ser publicados em nenhuma rede social até o resultado do concurso. Não serão aceitas fotografias com interferência, utilização de programas de edição de imagens ou filtros da própria máquina. As inscrições para o concurso custam R$ 15 por categoria.

JULGAMENTO Este ano, assim como na edição anterior, os trabalhos inscritos serão avaliados por júri técnico, obedecendo a critérios técnicos e artísticos, como beleza, originalidade, expressão e enquadramento. A comissão julgadora será composta por representantes das seguintes entidades: Unigran, UEMS, Anhanguera, UFGD, Núcleo Municipal de Turismo, Convention & Visitors Bureau, Secretaria Municipal de Cultura, Correios e ONG Dourados-MS Receptivo. A premiação em dinheiro, oferecida aos ganhadores, será de R$ 1.600 para o 1º lugar na categoria câmera fotográfica; R$ 1.100 para o segundo lugar e R$ 850 para o terceiro colocado. Na categoria telefone celular haverá premiação única de R$ 500. O julgamento dos trabalhos já está agendado para o dia 8 de outubro às 13h na ACED. O regulamento do Concurso de Fotografia 2015 está disponível no endereço www.aceddourados.com.br. Mais informações no (67) 3416-8653. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 19


FOTOGRAFIA

O FOTÓGRAFO DA FAMÍLIA Pra início de prosa, de família porque é assim que ele se sente totalmente à vontade, vibrante mesmo. O menino Marcos é “nascido e criado” em Campo Grande como gosta de enfatizar. Cresceu no bairro Monte Castelo onde nadou nas nascentes limpas e geladas do córrego. Lá ainda mora, trabalha. por FERNANDA MONTEIRO

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apítulo essencial nessa busca por estar sempre com os seus e suas raízes é a realização de ter o irmão Jean, quatro anos mais novo, como parceiro no estúdio de foto e vídeo. “Jean começou como meu assistente e aprendeu tudo”, exulta Marcos Vollkopf. Marcos é mestre em congelar passagens, momentos marcantes da vida das pessoas, de locais, de episódios políticos e aventuras aéreas. Mas o começo foi considerado “uma fria”. Ele tinha 17 anos e a mãe estava se formando em um curso de corte e penteado. Para a formatura estava previsto um desfile e dona Lídia logo ofereceu: “meu filho fotografa!”. Até então Vollkopf usava amadoramente o sucesso dos anos 80, a câmera fotográfica Olimpus trip 35.

www.marcosvollkopf.com.br Rua 13 de junho, 2984 | Tel. (67) (67) 3356 3739 (67) 9982 4222 2 0 | CINCO + | SETEMBRO 2015


Foi então que descobriu que poderia ganhar dinheiro com isso. Só que antes precisava cumprir um dever cívico, servindo a Força Aérea Brasileira. Tinha outros planos, porém a mesma paixão pela fotografia o segurou e, por três anos, exerceu a função de fotógrafo militar, documentando o dia a dia da Base Aérea de Campo Grande, entre outros tantos eventos. Saiu de lá decidido a montar o próprio negócio e começou com uma loja de revelação pelo fato de, num tempo bem anterior a virada digital, ser encantado pelo resultado da química, quando não havia possibilidade de retoques e quando apareceu em sua vida o mestre de laboratório Livaldo Costa (fotógrafo). E lá se vão 28 anos de muita arte. Tempo em que alcançou a alcunha de fotógrafo da família. Tudo isso porque é reconhecido profissionalmente como o nome que registra com maestria os debutes, os matrimônios, os nascimentos, muitas vidas unidas e realizando sonhos. “Construir é da fotografia”, filosofa Vollkopf que ainda hoje chega a soluçar emocionado ao ouvir Ave

Maria decretando solenemente a entrada da noiva. “Não sei o que acontece. Sou suscetível”, explica. Olha que ele já soma no currículo mais de 1.000 casamentos. Intuitivo, Marcos procura em cada atendimento estudar o estilo do cliente e evidenciá-lo nas fotos. Desenvolve um relacionamento com seu público que o faz não só querido, mas parte das famílias que são formadas, uma vez que está presente em cada momento importante das pessoas que procuram pelo seu estúdio. “Fotografia pra mim é amor. Me renovo nesse prazer”. Deve ser por isso e pela inegável qualidade do trabalho que noivas chegam a mudar a data do casamento para que Marcos Vollkopf seja seu fotógrafo. Alguns contratos são firmados até dois anos antes da comemoração. Garantia de cliques perfeitos para a felicidade das famílias que ele vê crescer por meio de suas lentes e da família nata que ele construiu e sustenta por meio de sua autenticada habilidade. “De” ou “da” família são preposições que ajudam a definir Marcos Vollkopf.

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FOTOGRAFIA SAÚDE

GRANDE EM ESTRUTURA E RESULTADO O Studio Vollkopf Foto e Vídeo surgiu em 1991, resultado de uma busca empreendedora de um filho de Campo Grande que sabia que chegaria lá. Hoje a empresa de Marcos é bem estruturada, com equipamentos modernos e com pessoas que irradiam profissionalismo. Além dos fotógrafos sempre fiéis à magia que envolve o evento, a equipe completa-se com vídeo maker, editor e auxiliares. Claro que vale supramencionar Jean e Diego, os irmãos e parceiros da empreitada de mais de duas décadas, porque ninguém constrói nada grande sozinho, e o colaborador Alexandre Nunes (Cinegrafista e editor de imagens). Magnificência observada desde a já mencionada estrutura física, destacando um atendimento sem igual em excelência

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e concluída na prestação de serviços com imagens que fazem possível reviver aquele momento especial com todas as cores, formas e emoções. Sem exagero dizer que acontece de se poder escutar até a música novamente. Trilhas escolhidas para marcar casamentos, aniversários, formaturas, eventos sociais e corporativos. O Studio Vollkopf registra ainda, com um olhar artístico, fotos publicitárias, editorial de moda e nascimentos. Todos os seus momentos e da sua família revelados sem truques, mas com muita dedicação pelo melhor para sempre deliciar a memória. E a luz? A luz não só tem sido essencial para determinar volume, textura, movimento, clareza e garantir a energia e qualidade das fotos de Marcos Vollkopf. Na verdade, pelo resultado do seu trabalho e de sua equipe, é nítido que ela sempre esteve a seu favor.


Rua Marcino dos Santos, 370 - Chรกcara Cachoeira II Campo Grande - MS


CIDADANIA

EXPERIÊNCIA A SERVIÇO

DO ESTADO Da Câmara de Vereadores de Aquidauana, passando pelo comando da prefeitura da cidade por duas gestões e, atualmente, em seu segundo mandato como deputado estadual, Felipe Orro (PDT) tem consolidado sua marca como um dos políticos mais atuantes de Mato Grosso do Sul. Só no primeiro semestre de 2015 foram apresentadas 162 proposições de sua autoria na Assembleia Legislativa, em áreas como educação, acessibilidade, direitos do consumidor e mobilidade urbana.

por LUIZ FELIPE FERNANDES foto ALESSANDRA FRAZÃO

U

ma grande vitória foi conquistada no começo deste ano, com a promulgação da Emenda à Constituição do Estado que estende o tempo integral a todas as escolas de ensino fundamental de Mato Grosso do Sul. Também é de autoria do deputado Felipe Orro a lei, já em vigor, que obriga empresas prestadoras de serviço a conceder a clientes antigos os mesmos benefícios e vantagens oferecidos a novos clientes. Agraciado recentemente com o título de cidadão campo-grandense, Felipe Orro falou à Cinco+ sobre suas propostas como pré-candidato a prefeito da Capital. Entre as prioridades estão a melhoria do transporte público, saúde, educação e redução dos gastos públicos, o que, segundo o deputado, pode ser alcançado com gestão eficiente e transparência.

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O SENHOR FOI RESPONSÁVEL POR INCLUIR NA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO A IMPLANTAÇÃO DO TEMPO INTEGRAL EM TODAS AS ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL DE MATO GROSSO DO SUL. QUAL A IMPORTÂNCIA DESSA MEDIDA? Eu acredito na educação como uma forma de transformar a vida das pessoas. A única forma de dar oportunidade para todos – o filho do rico ou o filho do mais humilde – é criar escolas com qualidade. A transformação da sociedade passa pela educação. Lutei muito por essa emenda à Constituição do Estado, para ser gradativamente implantada em Mato Grosso do Sul. A educação em tempo integral gera, comprovadamente, um aproveitamento maior. O aluno vai fazer a tarefa acompanhado por um professor em sala de aula, vai praticar esportes e vai ter outras atividades na escola. Ele vai retornar para casa no final da tarde, quando seus pais estarão chegando, já que hoje o homem e a mulher trabalham. Isso vai tirar a criança da rua, da marginalidade, da possibilidade de se envolver com pessoas erradas. A sociedade, como um todo, ganha. Ganha o aluno, que vai aprender muito mais, vai se preparar melhor para a vida, e ganha também a família, que terá a tranquilidade de saber que seus filhos estão dentro da escola, estudando, praticando atividades físicas e fazendo suas refeições. Acredito que isso fará nosso Estado dar um grande salto, um grande avanço. NA OUTRA PONTA – O ENSINO SUPERIOR – A PROPOSTA É A AUTONOMIA FINANCEIRA DA UEMS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL)? A nossa bandeira ainda é aprovar o repasse de 3% da receita do Estado para a UEMS. Mas já conseguimos vários avanços. No ano passado foi aprovada a lei da irredutibilidade do valor repassado, que também foi acrescido do ganho real mais a inflação. O orçamento deste ano é quase 70% superior ao do ano passado e não poderá ser reduzido para o próximo ano. Eu cito, por exemplo, São Paulo, que repassa às universidades estaduais 9,5% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). É um orçamento bilionário e por isso as universidades de lá, como a Unicamp, a USP e a Unesp, são potências e referências mundiais, porque têm recurso. Temos que investir na universidade, criar mais campi, mais vagas, mais oportunidades. O investimento na universidade pública é perene, ele se perpetua. Acredito que o investimento na nossa Universidade Estadual será também uma grande mola propulsora do nosso Estado, para dar oportunidade aos jovens de sonhar com um futuro melhor.

JÁ ESTÁ EM VIGOR NO ESTADO A CHAMADA LEI DOS SERVIÇOS CONTÍNUOS, PROPOSTA PELO SENHOR. QUE BENEFÍCIOS OS CONSUMIDORES PODEM TER COM ESSA LEI? Eu notava que eram oferecidas várias promoções e vantagens para atrair novos clientes em serviços contínuos, como internet, telefonia celular, TV a cabo, plano de saúde, até na área de educação. Com isso, os clientes antigos eram prejudicados. É uma injustiça, uma forma de o mercado penalizar os seus clientes. Eu elaborei essa lei, que foi aprovada, dando a todos os clientes antigos os mesmos benefícios dados aos novos clientes. Uma lei semelhante foi aprovada em São Paulo, estendendo esse benefício. Nossa lei serviu de modelo para São Paulo e acredito que se estenderá para todo o Brasil. Isso vai beneficiar enormemente o consumidor e acredito que é uma forma de ser justo com o cliente. TAMBÉM ESTÁ EM VIGOR A LEI QUE OBRIGA BANCOS E SUPERMERCADOS A OFERECEREM ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA... É uma forma de dar mais dignidade a essas pessoas. Elas querem ter a sua autonomia. E não é uma adaptação difícil, porque a lei que eu propus não é para pequenos estabelecimentos, mas para supermercados que têm mais de seis caixas e para que os bancos tenham caixas exclusivos para as pessoas com deficiência. A pessoa vai nesses locais e ela mesma quer pegar o dinheiro, quer passar o cartão, quer pagar sua conta, não quer depender da ajuda de ninguém. Acho que a sociedade, nesse período em que todos nós lutamos por igualdade, deve fazer justiça também com os portadores de necessidades especiais, dando a eles melhores condições de acessibilidade em bancos e supermercados. E vai ser bom até para os estabelecimentos que, além de cumprirem a lei, também farão um trabalho social. O SENHOR APRESENTOU UM PROJETO DE LEI QUE ESTABELECE CARÊNCIA DE 15 MINUTOS NOS PARQUÍMETROS DE ESTACIONAMENTOS PÚBLICOS. QUAL O OBJETIVO DESSA PROPOSTA? Ter um estacionamento pago em área pública não é para arrecadar recurso. A principal ideia é haver a rotatividade para as pessoas poderem ter acesso ao comércio e aos serviços nos centros das cidades. Tivemos a ideia de fazer essa lei a exemplo dos estacionamentos privados, como os dos shoppings, em que você não paga os 15 primeiros minutos. Se você vai levar ou buscar alguém, se vai rapidamente buscar uma coisa ou só fazer uma compra rápida no shopping, por 15 minutos você C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 25


CIDADANIA

não paga estacionamento. No centro da cidade, se a pessoa já está pagando desde a hora que estaciona, em vez de ficar só os 15 minutos, ela vai ficar com o carro ali muito mais tempo. Se houver os 15 minutos de tolerância, acredito que muita gente vai correr para sair nesses 15 minutos, para usufruir dessa gratuidade, melhorando a rotatividade, o comércio e o trânsito. O SENHOR LANÇOU-SE COMO PRÉ-CANDIDATO À PREFEITURA DE CAMPO GRANDE. QUAIS SÃO SUAS PROPOSTAS PARA A CAPITAL DE MATO GROSSO DO SUL? Vim para Campo Grande com 9 anos, estudei no Colégio Dom Bosco, me formei em Direito na UCDB, passei a maior parte da minha vida aqui e eu tenho na figura da nossa Capital uma cidade muito bonita, uma cidade com avenidas, uma cidade arborizada, uma cidade que tem parques, que tem reserva ecológica, uma cidade que tem tudo para ser uma das mais belas capitais do Brasil e que já o é. Mas ela sofre com algumas coisas que eu vejo que não são difíceis de serem resolvidas. Eu falo com muita gente, até pela minha profissão, já que sou político, e vejo pessoas que vão passear, vão para o Rio de Janeiro, para Salvador, para São Paulo, e até para fora do Brasil, para Londres, e têm o maior prazer de dizer que andaram no transporte público, que andaram de ônibus, de metrô, com a maior naturalidade. Acredito que aqui tem que haver um grande investimento para melhorar a qualidade do transporte coletivo. Eu mesmo me proponho a ir trabalhar de transporte coletivo, de paletó e gravata, lendo jornal, olhando a internet, com a maior tranquilidade, e acredito que a maioria das pessoas tem disposição para fazer isso. O grande número de motos e carros, hoje, é porque o transporte público não oferece essa qualidade, não oferece horários compatíveis e a rapidez necessária para as pessoas poderem se locomover pela Capital. Com investimentos em novas linhas, em transporte de qualidade, ônibus climatizados, creio que vamos ter um trânsito melhor. Na área dos serviços públicos, eu discuto, por exemplo, a recuperação do asfalto. Eu fui gestor, por duas vezes, da sexta cidade em população e a quarta em extensão territorial do Estado, que é Aquidauana, e não terceirizei esse serviço, eu assumi esse serviço, o poder público assumiu esse serviço. Nós tínhamos frentes de trabalho públicas e fazíamos o serviço gastando muito menos. Eu digo que, aqui em Campo Grande, com 20% do que é gasto, poderia ser feito o serviço de recuperação asfáltica de muito boa qualidade, melhor do que está hoje. Teríamos vias públicas melhores, gastando-se 80% menos do que se gasta hoje. É possível fazer isso com uma gestão eficiente, se o município assumir esse serviço, com os funcionários públicos trabalhando, com equipe da própria prefeitura. Acredito que Campo Grande, ao longo desses anos de crescimento, precisa ter um choque de gestão e de modernização administrativa, precisa mudar a forma de gestão da prefeitura, que vem, ao longo do tempo, ficando completamente dependente da iniciativa privada. O sistema de Campo Grande tem que rodar, a própria prefeitura tem que reassumir o papel de propulsora do desenvolvimento da Capital. Eu, quando gestor, fiz a primeira intervenção hospitalar no Estado. Antes de haver intervenção na Santa Casa, eu fiz no Hospital Regional de Aquidauana, que é um hospital de médio porte, que atende a 11 municípios da microrregião, e foi a única que deu certo. É possível fazer a gestão do recurso público para a saúde, para dar uma saúde digna para as pessoas, basta aplicar com extremo zelo, economia e com extrema preocupação com as pessoas. Acredito que em Campo Grande o principal problema seria o término do Hospital do Trauma, que desafogaria a Santa Casa, desafogaria o próprio Hospital Regional, até as unidades básicas. Nós vemos uma cidade que tem o orçamento de Campo Grande deixar a Santa Casa, um dos maiores hospitais do País, o maior hospital do Centro-Oeste, ser desgastado como está, porque o município não tem condições de 2 6 | CINCO + | SETEMBRO 2015


repassar recurso para atendê-la. Eu considero isso um absurdo. Sei que há recursos para isso, sei que é possível dar uma saúde de qualidade, implantando a atenção básica com qualidade e salvando os hospitais. Além disso, buscar implantar o tempo integral em toda a rede municipal de ensino. Campo Grande é a cidade mais rica do Estado, é a nossa capital, é um exemplo, é possível implantar esse projeto primeiro aqui, onde já existem escolas-modelo que funcionam muito bem. O PRÓXIMO PREFEITO DE CAMPO GRANDE TERÁ UM DESAFIO A MAIS, JÁ QUE UMA SÉRIE DE INVESTIGAÇÕES TEM REVELADO ENVOLVIMENTO DE POLÍTICOS COM CORRUPÇÃO. COMO O SENHOR LIDA COM ESSE DESAFIO?

EU ACREDITO NA EDUCAÇÃO COMO UMA FORMA DE TRANSFORMAR A VIDA DAS PESSOAS. A ÚNICA FORMA DE DAR OPORTUNIDADE PARA TODOS.

ACHO QUE A SOCIEDADE, NESSE PERÍODO EM QUE TODOS NÓS LUTAMOS POR IGUALDADE, DEVE FAZER JUSTIÇA TAMBÉM COM OS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

Quando eu estava no Executivo, minha marca não era só a de realizar o maior número de obras ou de fazer o maior número de escolas. A grande marca é a moralização do poder público, isso é o que as pessoas querem: que o poder público seja efetivamente moralizado. Essas ações moralizadoras precisam ter início desde o primeiro dia, com equipe técnica competente, com abertura das contas públicas, com a transparência total das ações. Eu acredito que é possível fazer uma gestão que vai revolucionar e transformar a nossa Capital. Aqui tem muito recurso, mas gasta-se mal, aplica-se mal, e acaba faltando para áreas essenciais. Que a justiça julgue e condene quem deve ser condenado, mas, independente disso, a gestão tem que ter transparência total. A população não aceita mais gestões completamente fechadas, com gastos públicos exorbitantes em coisas desnecessárias, em terceirizações que consomem dinheiro público de uma forma exacerbada. Precisamos aplicar cada centavo bem aplicado, porque faz falta lá na ponta, geralmente para quem mais precisa, para uma criança doente, para um idoso doente, porque vai deixar de ter o atendimento num centro de educação infantil ou numa unidade de saúde. Eu proponho chamar, independentemente da questão política, as melhores pessoas de Campo Grande para ajudarem na gestão da cidade. Não ficar preso à questão político-partidária, mas sim a uma política de desenvolvimento, a uma política de moralização pública, de trabalho por Campo Grande. Penso que é possível unir muita gente boa disposta a ajudar a Capital e que pode somar muito, até de fora do quadro político, que possa contribuir muito e com transparência, querendo fazer isso de uma forma diferente. Com isso eu me proponho a ser candidato a prefeito de Campo Grande, agora que já sou cidadão campo-grandense, que recebi o título de cidadão campo-grandense. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 27


INFORME PUBLICITÁRIO

PÓS-GRADUAÇÃO DA ESTÁCIO FIRMA PARCERIA COM HARVARD Estudos de caso elaborados pela renomada instituição americana fazem parte da metodologia de cursos de pós-graduação e MBAs nas áreas de TI, Saúde, Educação, Gestão, Comunicação, Empresas, Projetos e RH. por JULIANA FELIZ • foto PEDRO JARDIM/ESTÁCIO

A

Estácio campus TV Morena está com as inscrições abertas para os cursos de pós-graduação e MBA. Um dos diferenciais para os alunos é a parceria que a instituição firmou com a Harvard Business Publishing. A expectativa é que, ao longo de cada curso, o aluno tenha contato com pelo menos 72 casos diferentes de Harvard nas diversas disciplinas do currículo. Os alunos vão receber o material em português, por meio de um ambiente virtual, e depois terão a oportunidade de debatê-los em sala de aula.

Os casos de Harvard são selecionados e inseridos em cada aula, como um dos principais elementos de aprendizado de cada disciplina. Este método de ensino cria uma sala de aula na qual os alunos não simplesmente absorvem os fatos e teorias, mas também exercem competências de liderança e trabalho em equipe diante de problemas reais. Aprendem a analisar dados, priorizar objetivos, persuadir e tomar decisões difíceis por meio das experiências e circunstâncias apresentadas nas leituras dos casos. Além de Harvard, a Estácio também fechou uma parceria com a revista Veja. Esta parceria vai permitir que os estudantes tenham acesso a um site exclusivo, contendo uma seleção de artigos e matérias da revista. O material servirá para consulta, pesquisa e debate. 2 8 | CINCO + | SETEMBRO 2015

Outro diferencial é que no último semestre do curso, os alunos recebem orientação profissional individual (coaching). O objetivo é desenvolver as competências do aluno e apontar as deficiências que devem ser trabalhadas em sua vida pessoal e profissional para que ele tenha uma carreira promissora. Os novos cursos de pós-graduação, com casos Harvard, custam o mesmo valor dos demais cursos de pós-graduação Estácio. Na modalidade presencial são 15 cursos com duração de 18 e 24 meses: Auditoria de Sistemas da Saúde, Direito Civil e Processual Civil, Assessoria de Comunicação, Direito Público: Constitucional, Administrativo e Tributário, Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento (MBA), Engenharia Ambiental e Saneamento Básico, Engenharia de Software, Engenharia de Segurança do Trabalho, Segurança da Informação, Fisioterapia Intensiva, Gestão Ambiental MBA, Gestão Estratégica de Pessoas MBA, Gestão Pública, MBA Comunicação e Marketing em Mídias Digitais, Gestão Financeira e Controladoria. Na modalidade à distância (EAD) são 22 cursos de diversas áreas do conhecimento. Mais informações no portal.estacio.br ou na Estácio (Rua Venâncio Borges do Nascimento, 377 – Jardim TV Morena).


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PÓS-GRADUAÇÃO NA ESTÁCIO PARCERIA INTERNACIONAL


GASTRONOMIA

Projeto atende gratuitamente 300 pessoas com síndrome de Down e nasceu do desejo de agradecer pela vida tranquila. por KÁTIA KURATONE

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imone Berti é uma grande empreendedora e por isso se tornou protagonista de sua história. Em parceria com o marido, Márcio, Simone é a idealizadora do projeto Chefs Especiais, que trabalha com pessoas com síndrome de Down. A proposta visa facilitar a autonomia delas e inseri-las na vida e na sociedade como referência, qualidade e inspiração por meio da Gastronomia. Criado em 2006, o Chefs Especiais é reconhecido nacionalmente pelos resultados positivos tanto na área da Gastronomia quanto da inclusão social. São vários benefícios para os participantes e, consequentemente, para toda a família.

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E se você pensa que o casal tinha uma pessoa na família com síndrome de Down quando criou o projeto, está enganado. Segundo Simone a ideia de fazer o projeto surgiu do simples desejo de agradecer pela vida tranquila. Por isso resolveram disponibilizar parte de seu tempo para uma causa social. “O projeto surgiu devido ao fato de não termos problemas sérios e querermos agradecer ao universo a vida tranquila que tínhamos”, explica ela de forma muito natural. A escolha da área gastronômica para dar o pontapé inicial no projeto também é justificada de forma prática e inteligente. “A Gastronomia é transformadora e a usamos diariamente em nossas vidas. A Gastronomia une, quantifica, dá sentindo ao trabalho em equipe e, principalmente, dá autonomia”, acredita ela. O que para muitos seria um grande desafio ou até mesmo sacrifício, para Simone e o marido era lazer e passaria a ser uma grande missão. “Inicialmente não tínhamos desafios, pois levávamos o projeto como nosso


lazer. Mas, como muitas histórias foram melhoradas por meio dele, resolvemos ampliá-lo. Eu abdiquei da minha carreira profissional para dar andamento ao Chefs Especiais. Inauguramos uma sede locada, onde atendemos 300 alunos e há uma grande fila de espera. A partir daí o principal desafio é angariar recursos para dar andamento ao trabalho e à captação de novos parceiros e patrocinadores, o que não é fácil.” As doações, a parceira com empresas privadas e a colaboração de voluntários, todos chefs de cozinha, é muito importante para o sucesso do projeto que já atendeu mais de 500 participantes. “Sem os parceiros não temos condições de sobreviver e dar oportunidade de atender 300 pessoas gratuitamente. Vivemos das doações e de apoio de empresas parceiras, o que nos dá maior credibilidade e visibilidade.” COMO PARTICIPAR A sede do Chefs Especiais está localizada em São Paulo. Lá são oferecidas oficinas, onde um chef ensina um grupo de 10 participantes o passo a passo de uma receita fácil, que será reproduzida por eles, e a capacitação para culinária básica com formação de atendimento de salão (garçons e garçonetes). A procura pelo projeto é muito grande e existe uma lista de espera. “Nas oficinas não há seleção para participar, já para a capacitação há processo seletivo, porque temos um número de inscrição restrito e há requisitos que precisam ser preenchidos”, explica. Por meio das aulas é possível trabalhar autonomia, coordenação motora, atividades em grupo, respeito a regras, valorização e identificação de aptidões. Já os benefícios para os alunos são inúmeros, como mostrar que as pessoas com síndrome de Down, desde que estimuladas e respeitando suas limitações, podem se tornar independentes para serem inseridas no meio social. Em tempos de individualismo, pensar no coletivo infelizmente ainda é um mérito praticado por poucos. Simone é daqueles exemplos que estamos precisando ter como inspiração para transformar o mundo em um lugar melhor para se viver. Informações: www.chefsespeciais.com.br C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 31


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GASTRONOMIA

UM CHEF SEM SEGREDO Os segredos dos grandes chefs sempre foram cobiçados. Como conseguem preparar pratos tão maravilhosos em sabor e estética? por FERNANDA MONTEIRO • foto RAISSA CANUTO

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lessandro Dirienzo põe fim ao mistério afirmando que a prazerosa harmonia reúne técnica e conhecimento em relação à combinação perfeita dos ingredientes. “Um bom chef sempre está pensando em uma fusão nova, coisas do mundo todo no mesmo prato. É um químico”, desvenda outra vez, antes de realizar com exclusividade para a revista Cinco+, seu inusitado ‘risoto de mamão papaya com camarão ao molho mediterrâneo’. Apenas uma de suas 500 lendárias receitas. O italiano, que hoje vive no Brasil, é adepto da culinária fusion ou contemporânea, que mistura ingredientes de cozinhas culturalmente diferentes, ou seja, nessa panela são desconsideras regras e fronteiras. Nela os cozinheiros ganham liberdade de criação e de mudar hábitos inveterados. Foi assim que descobertas como camarão com mamão papaya foram realizadas e vêm maravilhando paladares.

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Dirienzo conheceu as panelas ainda menino, quando observava o pai, que foi executivo de cozinha por 17 anos no famoso trem Trans-EuropeExpress. Filho de pai e mãe cozinheiros, aos 13 anos já se dedicava aos temperos e sabores que fizeram seu nome ser conhecido mundialmente, idade em que entrou na Universite de Culinary Du Lac, na cidade de Simione, na Itália. Pouco tempo depois recebeu oferta de trabalho no luxuoso cruzeiro PrincessCrusesLine, onde fazia 10 mil refeições por dia e servia pratos 5 estrelas. Com essa experiência, muitas invenções e ainda Personal Chef da Família Real de Macedônia e Montenegro, Alessandro esteve em Campo Grande para um workshop sobre a Culinária Mediterrânea Fusion, que encanta com seus produtos sempre frescos e seu sabor único. No cardápio do evento mais misturas improváveis: carne de cordeiro com baunilha e mostarda de figos; doble tartare de atum e salmão ao creme de tangerina e curry e salmão grelhado ao perfume de alho poró, com frise de beterraba. Mesmo depois de ter rodado o Planeta, o chef italiano Alessandro Dirienzo diz que nunca viu tanta variedade de frutas, verduras e peixes como no Brasil. O primeiro prato brasileiro que saboreou foi o bareado, típico do Paraná, que traz um ou mais tipos de carne bovina cozida até desmanchar. O preparo é misturado à farinha de mandioca e servido com arroz e banana-da-terra. Na passagem por Mato Grosso do Sul, esteve no Pantanal, provou linguiça de Maracaju e visitou uma churrascaria da Capital. Assim, experimentando e realizando verdadeiras alquimias, já se vão 42 anos combinando sabores e confiando que cada ingrediente faça a sua parte. Simples assim, na função de cozinheiro mesmo, como ele sugere. Nada de chef, master chef ou outra titularidade. Somente “aprendendo, aprendendo e aprendendo para ver meus clientes satisfeitos”, saboreia. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 35


GASTRONOMIA

RISOTO DE MAMÃO PAPAYA COM CAMARÃO AO MOLHO MEDITERRÂNEO

MODO DE PREPARO – RISOTO Tempere o camarão com limão, sal e pimenta. Reserve. Doure o camarão no azeite por no máximo 2 ou 3 minutos (1’30” de cada lado) e acrescente 1 colher de sopa de molho pesto. Coloque o conhaque e flambe. Reserve. Aqueça bem o azeite e doure a cebola. Acrescente o arroz, frite até dourar (2 a 3 minutos).

INGREDIENTES RISOTO •

400g de camarão pistola (5 unidades)

500g de sardinha

1 mamão papaya

½ limão

1 colher de café de alcaparras

140g de arroz arbóreo

½ cebola

30ml de conhaque

10ml de azeite extra virgem

MODO DE PREPARO – PESTO

400ml de caldo de vegetais

10g de manteiga sem sal

50g de parmesão ralado

Acrescente no liquidificador a água gelada, as ervas, a cebola e 30ml de azeite. Bata por 3 minutos. Apure o sal e a pimenta e finalize com mais 10ml de azeite.

sal e pimenta do reino a gosto

Acrescente o caldo de vegetais, aos poucos, até cobrir o arroz. Coloque as alcaparras, a sardinha inteira (desmanche na panela), 2 colheres de pesto, o mamão em cubos médios e 3 camarões picados. Apure o sal e mexa tudo em uma única vez, mantendo o arroz coberto pelo caldo de vegetais até o final do preparo. Tempo de cozimento de 15 a 18 minutos. Finalize com a manteiga e o parmesão. Deixe descansar por 5 minutos antes de servir.

PESTO •

40ml de azeite extra virgem

1 colher de café de salsinha

1 colher de café de cebolinha

1 colher de café de manjericão

1 colher de sopa de cebola

30 a 60ml de água gelada

sal e pimenta a gosto

DICAS DO CHEF

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Não mexa o arroz durante o cozimento, isso faz com que o arroz se quebre.

Marine o camarão com o limão assim que tirar da geladeira. Frite em uma frigideira bem quente.

O mamão papaya tira o excesso do sal dos alimentos e você pode substituir por outras frutas, como abacaxi, maçã ou pera.

Utilize os camarões restantes para a decoração do prato.

Finalizar o risoto com um maçarico.

Servir à inglesa.

Rende 2 porções.


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NEGÓCIOS

TOK & STOK INAUGURA PRIMEIRA LOJA EM MS A Tok & Stok, maior rede de lojas de móveis e acessórios do País, acaba de inaugurar em Campo Grande sua 47ª unidade, a primeira no Estado. A rede, que é genuinamente brasileira e tem 37 anos de história, chega a Mato Grosso do Sul após mais de 6 anos de estudos de viabilidade econômica e social. por JULIANA FERREIRA • fotos STÚDIO VOLLKOPF

ABERTURA OFICIAL FEITA PELA FUNDADORA DA MARCA E ATUAL PRESIDENTE GHINLAINE DUBRULE

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egundo Paul-Edouard Dubrule, vice-presidente de expansão da marca, toda a região Centro-Oeste cresceu muito nos últimos anos, principalmente por conta do agronegócio, e Campo Grande, em especial, está seguindo a tendência de verticalização das residências, um grande atrativo para a rede. “Nossos produtos são desenvolvidos para ambientes menores, apartamentos, gente jovem e prática, que quer sair da loja com seu produto no carro e que consegue montar o móvel sozinha, assim que chegar em casa”, enfatiza Paul. Paul e Ghinlaine Dubrule, fundadora da marca e atual presidente da rede, estiveram em Campo Grande para a inauguração da loja, que custou R$ 7 milhões e tem uma estrutura de 3.000 m², dividida em dois andares. Logo que chega, o cliente se depara com uma ampla vitrine ambientada com os produtos de campanhas promocionais e temáticas. No térreo também ficou a área Garden, com pé direito duplo e iluminação natural, rodeada pelas prateleiras do autosserviço, com acessórios para casa e escritório, tapetes, luminárias, artigos para cama, mesa e banho, copos, pratos, talheres e até pequenos móveis que podem ser acrescentados ao carrinho de compras. Já o segundo andar foi todo ambientando com mostruário dos móveis, começando por salas de estar e jantar, passando pela cozinha, banheiro, quarto de adulto, infantil e finalizando na linha de escritórios, cadeiras e poltronas. Um convite irresistível ao consumo. Tudo, devidamente assinalado com o nome de seus

criadores, como Bel Lobo, Alexandre Hechcovitch, Amir Slama, Ronald Fraga, Maurício Arruda, Mana Bernardes, entre outros. Além de trazer novas opções de compra para o público e colocar Campo Grande no circuito nacional de investimentos das grandes redes, a nova loja surge como opção também para os casais que estão rumo ao altar. Com a opção de lista de casamento física e online, os noivos recebem bônus de 10% do valor total dos presentes e ainda podem receber os produtos em casa sem custo (já incluindo a montagem). C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 39


DECORAÇÃO

TOK & STOK NO BRASIL

PAUL-EDOUARD DUBRULE, VICE-PRESIDENTE E GHINLAINE DUBRULE

Idealizada pelo casal Régin e Ghinlaine Dubrule, a Tok & Stok nasceu em 1978, na cidade de São Paulo, como uma nova opção em móveis e objetos de design a preço acessível. Em entrevista exclusiva, Ghinlaine Dubrule disse que os dois saíram da França numa época em que a economia local patinava e não permitia sonhar com novos investimentos. Com perfil empreendedor, Régin chegou ao Brasil para trabalhar em uma fábrica de móveis planejados, um dos insights que o levou a criar a marca tempos depois. Até hoje a Tok & Stok se posiciona no mercado como uma loja moderna, antenada com as tendências mundiais de decoração (Tok) e com disponibilidade de retirada imediata (Stok). Tamanha notoriedade levou a marca a criar o Prêmio de Design para estudantes, que chega na sua 10ª edição este ano, reunindo 200 universidades, em 22 estados, a fim de premiar novos talentos e captá-los para o time de designs da casa, uma das vertentes de criação das peças comercializadas pela Tok & Stok.

BIANCA ARANTES, VIVIAN BREIER, MIRNA CONTI E ERIQUE MOREIRA

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TATIANE RATIER, LUCIANE MAMORÉ E PATRÍCIA ALBUQUERQUE

RESPONSABILIDADE SOCIAL TOK & STOK

TITA LEMOS, HENRIQUE ATTILIO E JULIANA FERREIRA

“Todos os anos, nos meses de outubro, lançamos a campanha ‘Tok seu coração’. Durante três semanas do mês, toda a renda obtida com a venda de brinquedos educativos é revertida para auxiliar na manutenção de instituições assistenciais. Desta forma, tentamos ajudar as comunidades em que a Tok & Stok participa”. Ghinlaine Dubrule – CEO da Tok & Stok “Por ser uma grande produtora de resíduos (especialmente papelão), a Tok & Stok se preocupa com a destinação correta dos materiais. Desenvolvemos uma coleta seletiva, de norte a sul do País, para transformar essa reciclagem em renda. Tudo o que é arrecadado com este trabalho é revertido para instituições carentes escolhidas pelas lojas de cada cidade. Não podemos pensar somente em lucro para a empresa, mas também gerar emprego, renda e proporcionar qualidade de vida para as pessoas carentes das comunidades em que participamos”. Paul-Edouard Dubrule – vice-presidente de expansão Tok Stok. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 41


Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você.


Com novas instalações, salas maiores e um amplo estacionamento próprio, a Angiocentro muda de endereço e reforça a preocupação que tem com o seu conforto e saúde. São mais de sete anos no mercado campo-grandense, trabalhando com equipamentos modernos e profissionais qualificados, tudo para o seu bem-estar. » Ecografia Vascular com Doppler » Angiorradiologia » Cirurgia Endovascular » Cardiologia Intervencionista » Neurorradiologia Intervencionista Fábio Moron | CRM-MS 3309 Giuliano Paiva | CRM-MS 3533 Guilherme Maldonado | CRM-MS 1969 Marcos Rogério Covre | CRM-MS 3206 Mauri Comparin | CRM-MS 1975 Maurício Jafar | CRM-MS 2073 José Fábio Almiro | CRM-MS 6302 Marcos Franchetti | CRM-MS 6057 Julio de Paiva Maia | CRM-MS 6281 Aliomar Coelho Pereira CRM-MS 3793 Edgard Nasser | CRM-MS 4806 Flávio Senefonte | CRM-MS 4918

Dr. Maurício de Barros Jafar Responsável Técnico CRM-MS 2073

Rua Antonio Maria Coelho, 2.728 - Jd. dos Estados - Campo Grande-MS - Fone: 67 3027.1900


FELICIDADE

EM BUSCA DA ‘Sempre tive um sentimento de incompletude’, afirma a jornalista Bárbara Ferragini que saiu pelo mundo para ser feliz. por JACKLIN ANDREUCCE

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omo encontrar a felicidade? Onde ela está? É algo que podemos apalpar?

A jornalista Bárbara Ferragini de 30 anos, descobriu que a felicidade é um estado de espírito e não um sentimento duradouro, como muitos pensam. Mas para chegar a esta resposta enfrentou uma jornada de 1 ano e 3 meses. No caminho dos “tijolos amarelos” encarou a solidão, mudou de país, se vestiu de palhaça para fazer rir quem estava à beira da morte, enfrentou obstáculos, serviu pessoas conhecidas e desconhecidas e, o principal, serviu a si, cuidando do próprio corpo e da mente. Mas como começou esta viagem em busca da felicidade? Bárbara conta que foi motivada por um sentimento de incompletude que já a acompanhava desde criança. Essa sensação se agravou após a vida adulta, quando ela se viu presa à rotina estudo-trabalho-casa. “Eu estava muito angustiada. Senti que estava vivendo numa zona de conforto e reclamava de tudo, nada estava bom – trabalho, vida pessoal, familiar. Demorou para tomar coragem e decidir mudar aquela situação, pois havia pressão de todos os lados para continuar na vida estável. Mas quando resolvi arriscar, as coisas começaram a acontecer”, relembra Bárbara.

... PERCEBI AÍ QUE A FELICIDADE É UM ESTADO DE ESPÍRITO. E, COMO MUITOS DIZEM, ELA VEM DE DENTRO, VEM DE UMA PAZ INTERNA, UMA CONQUISTA EXTERNA, ENTÃO POUCO IMPORTA O QUE ESTÁ FORA”

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FELICIDADE

com pacientes terminais. Mas jamais imaginei fazer isso, porque não sou atriz, nunca me achei engraçada, sou apenas jornalista. Mas fui. Lá houve momentos que vivenciei a tal da felicidade. A cada sorriso que tirava daquelas crianças, eu ganhava doses de felicidade”, relembra Bárbara. A jornalista é praticante do yoga, técnica que também a ajudou na busca pelo equilíbrio, bem-estar e felicidade. Assim que terminou o intercâmbio voluntário no hospital, ainda na Colômbia, participou de um retiro de yoga em uma comunidade Hare Krishna, em meio às montanhas, ao redor de Bogotá. Hare Krishna é uma associação religiosa, filosófica e cultural derivada do Hinduismo Vaishnava, da Índia. Durante o retiro, Bárbara decidiu ajudar na jardinagem, na culinária vegetariana, e, como queria conhecer e aprender mais sobre a cultura, solicitou autorização ao presidente da comunidade para viver como uma devota por um período de 1 mês: “Foi uma experiência incrível em busca da espiritualidade. Eu tive contato com uma parte de mim que até então não conhecia, e percebi aí que a felicidade é um estado de espírito. E, como muitos dizem, ela vem de dentro, vem de uma paz interna, uma conquista externa, então pouco importa o que está fora,” explica a jornalista.

DEMOROU PARA TOMAR CORAGEM E DECIDIR MUDAR AQUELA SITUAÇÃO, POIS HAVIA PRESSÃO DE TODOS OS LADOS PARA CONTINUAR NA VIDA ESTÁVEL. MAS QUANDO RESOLVI ARRISCAR, AS COISAS COMEÇARAM A ACONTECER”

Você já se imaginou largando tudo? Sair do seu trabalho, deixar casa, família e amigos na procura por aquilo que não sabe onde está? Depois que terminou o mestrado foi o que fez a jornalista Bárbara. “Foi preciso desapegar e ir em busca do novo, me jogar no mundo, como dizem mesmo, sair da rotina e me permitir viver novas experiências, completamente diferentes das quais até então havia experimentado”, conta. Decisão tomada, começou a jornada. Bárbara é voluntária da AIESEC, uma ONG estudantil internacional que trabalha com jovens de 18 a 30 anos, e este foi o primeiro caminho rumo ao bem-estar. “Eu estava prestes a completar 30 anos e era a minha última chance de participar de um intercâmbio pela AIESEC. Não pensei duas vezes e acabei indo para a Colômbia. Eu não escolhi ir pra lá, digo que eu fui escolhida. Fui trabalhar como palhaça em hospitais 4 6 | CINCO + | SETEMBRO 2015

Depois de 3 meses intensos na Colômbia, Bárbara pensou: “E agora, o que vou fazer?” Ela sentia que ainda não havia completado o ciclo, o ano sabático, como gosta de afirmar. “Queria fazer coisas diferentes e aprender com as pessoas. Voltei para o Brasil ainda me sentindo perdida. Viajei para Rio de Janeiro e São Paulo reencontrando amigos, mas ainda não queria voltar para a vida normal”, conta. Os caminhos novamente se abrem a partir de um e-mail a respeito de um programa chamado Escola de Serviço, com duração de 8 semanas, em uma comunidade na Bahia. “Novamente não pensei duas vezes. Tomei coragem, peguei minha mochila e fui. Participei de um projeto de realização do ser, que inclui o trabalho voluntário e um acompanhamento espiritual”, explica. A comunidade de Piracanga está localizada em uma ilha, distante 20 quilômetros de Itacaré, na Bahia. Para chegar lá só de barco para cruzar o rio e, depois, veículo 4x4. Tanto sacrifício pareceu valer a pena para a jornalista. “Tive um trabalho muito forte de ampliação da minha consciência, que começou com a alimentação vegana – na qual não se ingere produtos de origem animal, como leite e seus derivados (manteiga, queijo, etc) e mel. Minha rotina se resumia à meditação na praia às 6 da manhã, 6 horas de trabalho voluntário diário, palestras, mantras e alimentação a mais natural possível em um paraíso”, relembra.


Barbara morou em uma casa com outras 5 meninas, de diferentes estados do Brasil e da Argentina, e diz ter mudado sua relação com o mundo por conta das experiências por lá vividas. Mas, como nem tudo são flores, os desafios de uma vida em comunidade logo apareceram. As adaptações em prol da sustentabilidade também tiveram que ser assimiladas pela jornalista. “A priori pensei que viveria muitas limitações em um local como esse, mas logo percebi que havia uma lógica muito mais racional e em conexão com a natureza do que a vida que vivemos aqui fora. Como em Piracanga se busca a sustentabilidade, praticamente não há lixo, pois encaramos os resíduos de forma diferente e buscamos colocar em pratica os 3Rs – Reduzir o consumo, Reutilizar e Reciclar. Assim, os banheiros são compostáveis, ou seja, não se usa descarga, mas se trata os resíduos e sua correta decomposição, bem como os restos de comida, haja vista que são basicamente vegetais e frutas que não vão para o lixo tradicional, mas viram adubo para o solo. No programa Escola de Serviço cada um tem uma função, e Bárbara decidiu fazer o trabalho voluntário mais desafiador para ela. Trabalhou com os banheiros secos e compostagem. “Sabia que seria o que mais me daria nojo e foi no que eu comecei trabalhar. No primeiro dia foi um terror. Tinha barata, lagartixa e outros

TIVE UM TRABALHO MUITO FORTE DE AMPLIAÇÃO DA MINHA CONSCIÊNCIA, QUE COMEÇOU COM A ALIMENTAÇÃO VEGANA. MINHA ROTINA SE RESUMIA À MEDITAÇÃO NA PRAIA ÀS 6 DA MANHÃ, 6 HORAS DE TRABALHO VOLUNTÁRIO”

...VIAJEI PARA UMA FAZENDA ORGÂNICA CHAMADA “EARTH SONG” – TRADUÇÃO SOM DA TERRA, EM OHIO. NA FAZENDA, EU TRABALHAVA COM JARDINAGEM, CUIDAVA DAS GALINHAS, DOS COELHOS, AMAMENTAVA 17 FILHOTES DE CABRA. FOI UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL!” C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 47


FELICIDADE

bichinhos que ficam na decomposição. Com o passar dos dias fui ver que o ciclo se fechava com a alimentação e depois o uso da compostagem como adubo. Trabalhei a minha cura, foi libertador.” E você pensa que o caminho de Bárbara terminou por ai? Não. Depois de sair da comunidade, ela decidiu se aventurar na holística Chapada da Diamantina, na Bahia. Na Chapada, teve contato com comunidades indígenas e sentiu ter chegado ao seu limite. “Fiz trekking de 5 dias no Vale do Pati, subia e descia montanhas 10 a 12 horas por dia. Houve momentos que eu caminhava na trilha chorando, com dores nos pés, devido a muitas bolhas e machucados. Me perguntava o porquê de tanta loucura, mas, ao mesmo tempo, respirava fundo e lembrava da minha busca. Sinto que encarei meus medos e enfrentei meus limites”, relata a caçadora da felicidade. Da Chapada Diamantina, o roteiro de viagem seguiu por Itacaré, Ilhéus, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e, quando você pensa que a saga terminou, ela toma outro rumo. Como não havia voltado para o mercado de trabalho, foi para os Estados Unidos, ajudar a irmã que estava gestante de risco, em pleno inverno rigoroso e muita neve. “Voluntariei-me para ajudar minha irmã a cuidar do bebê. Quando senti que ela e bebê estavam bem, três meses depois, viajei para uma fazenda orgânica chamada “Earth Song” – tradução Som da Terra, em Ohio. Queria mais encontros comigo e com a natureza. Na fazenda, eu trabalhava com jardinagem, cuidava das galinhas, dos coelhos, amamentava 17 filhotes de cabra. Foi uma experiência incrível!”, relembra. Bárbara ainda viajou para Califórnia, Pensilvânia, Wisconsin, Nova Iorque e foi até às Cataratas de Niágara Falls. Só não cruzou a fronteira com o Canadá, pois não tinha visto. Mas, como o dinheiro estava acabando, precisou encontrar uma forma de conseguir se manter por mais três meses, já que havia trocado a passagem inicial. Foi aí que se mudou com amigos para Chicago e trabalhou de babysitter, já que amava bebês e tinha muita experiência. “Estava tudo muito bom, estava feliz e tive a oportunidade de trocar o visto e continuar nos EUA, mas senti que também era hora de sair de novo da minha zona de conforto. Foi aí que decidi voltar para o Brasil depois de 1 ano e 3 meses. Agora estou pensando no ano que vem ir para a Ásia, conhecer Índia, Tailândia, Indonésia, Camboja, Sri Lanka. Pode parecer loucura esta procura pela felicidade em lugares tão distantes, mas foi onde eu a encontrei e me encontrei.” Depois do ano sabático Bárbara descobriu: “A felicidade é um composto de instantes, de momentos felizes, 4 8 | CINCO + | SETEMBRO 2015

e tudo isso acontece no agora, no momento presente. Quando você percebe isso, tem consciência de que tudo está interligado, daí passa a ser grato à luz do sol, ao vento, à brisa, a tudo que te acontece. Entende que até o sofrimento é a maior oportunidade de crescimento, de ser feliz. Encarar a vida dessa forma é a maior expressão da felicidade”, encerra a jornalista feliz, Bárbara Ferragini.



FELICIDADE

FELICIDADE EM MOVIMENTO

Prática diária de exercícios físicos estimula a produção de hormônios e aumenta a sensação de bem-estar. por TATHIANE PANZIERA

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omo definir a felicidade? A concretização de um plano, a realização de um sonho, a conquista de alguma coisa... Enfim, para cada pessoa existe uma definição. Há ainda a mais formal, aquela de dicionários, que a classifica como um substantivo feminino e traduz a qualidade ou estado de ser feliz, ter a consciência plenamente satisfeita, contentamento e bem-estar.


Definições à parte, algumas pessoas são incrivelmente felizes, e qual o segredo delas? A prática esportiva pode ser um deles. “Já se sabe que a atividade física faz bem para sentir-se melhor, ter mais energia e, talvez, viver mais tempo e com mais qualidade”, explica Alexandre Carneiro, coordenador e professor do curso de Educação Física da UNIDERP. O professor destaca ainda que atividade física auxilia no aumento do nível dos hormônios neurotransmissores, responsáveis pela sensação de bem-estar, como a noradrenalina, a serotonina e a dopamina. “Não posso deixar de salientar que, dentre as muitas substâncias produzidas pelo corpo durante os exercícios físicos, uma chama a atenção em especial, a endorfina. Esta tem uma ação de analgesia, como o próprio nome indica, a palavra é uma junção de endo e morfina. A endorfina costuma ser descrita, por alguns especialistas, como uma espécie de ‘analgésico natural’ já presente no corpo humano.” Carneiro aponta ainda que a prática de atividades físicas estimula o convívio em grupo, o que aproxima as pessoas e fortalece relacionamentos positivos. “As pessoas estão participando de algo em comum, ou seja, ocorre um vínculo de interesses semelhantes, que por si só já aproxima. Fala-se apenas da contribuição das atividades para o bem-estar e quanto a vida melhorou em vários aspectos, mas onde flui uma conversa de muita energia positiva, a tendência das pessoas é estar mais felizes.” O publicitário Ricardo Barbosa, 27 anos, está no grupo dos felizes praticantes de esportes. “Eu, com certeza, faço parte desse grupo, pois sempre que vou praticar alguma modalidade estou entre amigos, e entre amigos a vida é sempre mais divertida. Às vezes o dia a dia nos afasta das pessoas, e com a prática esportiva você acaba conseguindo se aproximar de algumas e até fazer novos amigos. O slackline, por exemplo, eu pratico no Parque das Nações, e com aquela vista perfeita é impossível não relaxar, e na companhia dos amigos, tomando um tereré, fica ainda melhor. Então, sim, é claro que me sinto parte desse grupo de pessoas que são felizes por praticar esportes.” Adepto da “arte de comer”, ele precisava encontrar algo que o ajudasse a controlar o peso. “Precisava fazer alguma atividade física, para não engordar e acabar tento problemas de saúde”, conta. Além do slackline, ele encontra tempo para o futebol, corrida e o vôlei, a mais nova atividade.

A administradora Andreia Munaro, também é adepta da prática esportiva, no caso dela o golfe. Ela costuma jogar nos finais de semana e feriados: “Não me convide para nada nas manhãs de sábado e domingo (risos). Quando sobra um tempo durante a semana treino no final da tarde, agora no inverno isso ocorre com pouca frequência, pois anoitece cedo. Mas quando temos horário de verão, consigo ir pelo menos três vezes na semana”, avisa. Se jogar a deixa feliz? Ela responde: “Só o fato de estar em um lugar lindo (campos de golfe são belíssimos em qualquer lugar), em contato com a natureza, já me deixa feliz. O interesse pelo golfe surgiu através do meu marido que sempre quis jogar e me chamou para começar a fazer aula com ele, a partir daí foi paixão à primeira tacada. O golfe é um esporte envolvente, brilhante e divertido, que nos proporciona um leque de emoções, que vai da raiva ao puro êxtase em questão de segundos. O maior oponente de um golfista não é o campo de golfe nem os outros golfistas, mas ele próprio. Tem como não ser fascinante?”, comenta Munaro. Alexandre Carneiro faz algumas indicações para quem se animou a praticar exercícios. “Primeiro, e mais importante, procurar um médico para fazer uma avaliação do estado de sua saúde, para saber o que é possível de praticar. Segundo, procurar a orientação de profissionais da área, fazer uma avaliação, planejar um treinamento consistente e progressivo, que não cause exaustão ou lesões, para que não ocorra a desmotivação ou parar por algum período para alguma recuperação, que em muitos casos é o motivo do não retorno.” A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que sejam praticados ao menos 120 minutos semanais, ou seja, uma rotina de 3 a 4 vezes por semana de pelo menos 30 minutos. “Com tudo em ordem notará mudanças significativas em seu humor, combate a doenças crônicas, controle do peso, aumento do nível de energia, um sono melhor, melhorar e estimular o desempenho sexual e uma atividade lúdica”, ressalta Carneiro. Ainda de acordo com o professor, a regra para escolher o esporte para praticar é a identificação com a modalidade. “A atividade física tem por identidade ser prazerosa, proporcionar momentos felizes e de bem-estar. Claro que receber a orientação das técnicas necessárias, uso de equipamentos de segurança, e como praticar a atividade em segurança, é muito importante. No mais, é aproveitar todos os bons momentos que a atividade proporciona e ser feliz.” C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 51


FELICIDADE

A PROFISSÃO MAIS FELIZ É...

O trabalho, sem dúvida, tem importância essencial na vida de uma pessoa. Afinal, são investidos em estudos, estágios e ao menos oito horas diárias empenhadas à atividade ocupacional. São pelo menos 30 anos de dedicação, ou seja, passamos mais tempo no trabalho do que em casa. Você já parou para pensar quais os profissionais são mais felizes? Será que existe uma profissão mais propensa a trazer felicidade? por CLÁUDIA MALFATTI

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édico, enfermeiro, psicólogo, economista, administrador, entre tantos outros milhares de profissões. A relação de satisfação no trabalho está relacionada a quê? Segundo o levantamento de um site norte-americano, CareerBliss, as três profissões apontadas nos EUA como mais felizes são diretor de escola, chef de cozinha e agente de crédito. A pesquisa contou com a participação de mais de 25 mil profissionais de diversas áreas e levou em conta critérios como satisfação com o trabalho, oportunidades de crescimento, cultura corporativa da empresa e rotina de trabalho. Para a consultora de Recursos Humanos Náthali Palma, felicidade está diretamente ligada à realização pessoal. “Só existe quando o profissional entende que, mesmo no trabalho dos sonhos, os problemas existirão, empecilhos aparecerão e, mesmo assim, ele não se vê fazendo outra coisa no mundo. Acredito que um profissional realizado com o que faz, não bloqueia a existência do trabalho após às 18h de uma sexta-feira, nem sofre depressão de um domingo à noite. Vê como algo prazeroso aprender coisas novas sobre o que faz, mesmo que fora do horário de trabalho”, observa. E o que as pessoas mais têm buscado para se sentirem realizadas na profissão? “Acredito que fazer o que gosta, em um bom ambiente, com pessoas que possam contribuir para o seu crescimento profissional e ser reconhecido e valorizado. Parece hipocrisia não citar o salário como um dos primeiros fatores, mesmo que o retorno financeiro em algum momento se torne uma necessidade, mas o valor agregado por viver em um ambiente menos propenso ao estresse tão inerente na sociedade atual, é um alto benefício, muito procurado pelo profissional”, afirma. Caso perceba que ainda não se sente realizado, sempre há tempo para mudar. Foi o que fez Dayne Oliveira Alves, de 35 anos. Ela é formada em Contabilidade e Turismo, mas foi no setor da beleza que se realizou. Chegou a trabalhar em escritório de Contabilidade, mas, com três meses na atividade, desistiu. Hoje, como depiladora, está realizada. “Amo depilar, não me vejo atrás de um computador, com um monte de papel. As minhas clientes saem depiladas e animadas, sempre dou uma palavra de ânimo”, diz.

“São lindas as histórias daqueles que largam tudo para trás em busca da realização pessoal e alcançam o sucesso, entretanto não podemos fugir da realidade, o incerto existe e o retorno financeiro nem sempre vem em um curto espaço de tempo. Assim como têm sonhos, têm contas a pagar, casas para sustentar, então os riscos precisam ser reduzidos ao máximo possível”, pontua a consultora de Recursos Humanos. A dica é planejar. Conforme a Náthali, se você tem sonhos, planeje, saiba o que precisa para alcançá-los, como pode se preparar tecnicamente e também quais os ajustes serão necessários, que tipo de reservas precisa fazer para quando chegar à oportunidade da mudança. “É preciso, ainda, organizar formas de se manter e não deixar a ansiedade atrapalhar a vontade de crescer. Arriscar-se é necessário, o que não dá é viver de frustração, mas arriscar-se certo é fundamental”, recomenda. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 53


FELICIDADE

QUAL O PAÍS MAIS FELIZ DO MUNDO? Brasil sobe oito posições em ranking global de felicidade. por CLÁUDIA MALFATTI

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im, existe um levantamento que mede a felicidade global. O Relatório Mundial da Felicidade foi publicado pela primeira vez no ano de 2012. De lá pra cá ocorreram outras duas divulgações, em 2013 e, agora, em 2015. Qual será o país mais feliz do mundo e em que posição se encontra o Brasil? Segundo a pesquisa, divulgada pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável, o país mais feliz do mundo é a Suíça. Na sequência, vem Islândia, Dinamarca, Noruega e Canadá. O Brasil subiu oito posições e chegou ao 16º lugar no ranking de felicidade. Na edição anterior havia ficado em 24º lugar. O índice considerou 158 países. O estudo leva em conta o quanto as pessoas se consideram felizes e também avalia questões como PIB, expectativa de vida, generosidade, apoio social, liberdade e corrupção. O objetivo do ranking é influenciar em políticas públicas. De acordo com os pesquisadores, é crescente o número de governos que usam os dados na busca de políticas que podem permitir que as pessoas tenham um vida melhor. “Cada vez mais a felicidade é considerada uma medida adequada do progresso social e da meta de políti-

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ca pública”, diz o relatório. Principais especialistas em campos da Economia, Psicologia, Análise de Pesquisa, Estatística, Saúde e Políticas Públicas estão envolvidos nesta análise. Definir felicidade é algo complexo. Segundo a psicóloga Idê Crispim, o bem-estar pode estar relacionado a vários fatores, inclusive individuais. “A felicidade não é uma sensação constante, mas é com certeza algo interno. É o sentir-se bem, valorizar as coisas boas que acontecem no seu dia e também aprender a lidar com as frustrações, que são inevitáveis na vida de todos. É claro que quem tem a tendência a se sentir infeliz, demonstra muita dificuldade em reconhecer ou mesmo enxergar o lado bom da vida”, afirma. A profissional ainda lembra que não podemos deixar de considerar a existência dos fatores externos. “Como apontado na pesquisa, que relaciona a felicidade ao desenvolvimento e à qualidade das políticas públicas, ou seja, ao ‘bem-estar social’, um país preocupado com a qualidade de suas políticas públicas, apresenta pessoas que se sentem mais confiantes, seguras e, consequentemente, mais satisfeitas e felizes”, observa Crispim.


Rua Marechal Rondon, 2264

Campo Grande-MS Rua Marechal Rondon, 2264 Campo Grande-MS

Av. Mato Grosso, 505

Rua das Nogueiras, 1287

Cuiabรก-MT

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Av.Cuiabรก-MT Mato Grosso, 505

Sinop-MT Rua das Nogueiras, 1287


FELICIDADE

QUANTO VALE UMA VIDA MAIS SIMPLES? Tem muita gente por aí optando por levar uma vida despojada longe das grandes cidades e asseguram que a felicidade está na simplicidade. por MARINA BASTOS

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uem nunca pensou em largar tudo e ir morar na praia ou no campo? Deixar para trás o trânsito, o escritório e as reuniões de condomínio parece mesmo tentador. Algumas pessoas se encheram de coragem, tiraram esse sonho do papel e garantem: uma vida mais simples e feliz é possível, mas não se iluda, há muito trabalho pela frente. A rotina da ex-professora universitária Camila Horta, de 43 anos, estava cada vez mais pesada. “Cheguei naquele ponto de ouvir a música do Fantástico no domingo à noite e já bater desespero porque a segunda-feira estava chegando”, contou ela, aos risos, em entrevista concedida pela internet, sua principal ferramenta atual de trabalho. Camila é formada em designer gráfico e lecionava numa faculdade particular de Publicidade e Propaganda. Foi num final de semana em Gonçalves, cidade no interior de Minas Gerais, que tudo ficou claro para ela. “Precisei fazer uns trabalhos que fazia para ganhar uns extras pela internet e percebi que poderia fazer aquilo sempre.” Até tomar coragem de abrir mão do emprego e organizar a mudança demorou um ano, mas Camila não se arrepende. “Não acho que perdi tempo, eu precisava experimentar a vida daquela forma até para valorizar o que tenho hoje, para saber o valor que tem acordar, abrir a janela e dar de cara com um mar de montanhas e ar fresco.” Entre os desafios da nova vida, Camila lista a necessidade de muita disciplina. “Sou freelancer e faço meus horários, mas se não trabalho, não ganho, nunca posso me acomodar, pois não terei salário garantido e nem décimo terceiro.” A jornalista curitibana Bruna Righesso experimentou a sensação de se lançar no inusitado antes dos 30 anos. “Talvez o passo mais difícil tenha sido simplesmente dizer a mim mesma que era isso que eu queria e que, sim, era possível largar tudo”, afirmou ela, que abandonou São Paulo, onde morava há cinco anos, e construiu um hostel em Jericoacoara, no Ceará, junto com o namorado, formado em Física. “Eu estava num daqueles momentos doidos da vida, em que você se sente totalmente perdido. Tinha pedido demissão para estudar francês e viajar pela Europa. Não sabia muito bem o que ia ser da minha vida depois disso e rolavam vários medos, mas ao mesmo tempo a certeza de que era a coisa certa a ser feita”, contou. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 57


FELICIDADE

TRABALHO E PRAZER, ENFIM JUNTOS

A GRANDE CIDADE FICOU NO RETROVISOR

Para Bruna, que sempre gostou de viajar e se hospedar em albergues, o prazer em receber as pessoas é proporcional ao que sentia em ser bem recebida do outro lado do mundo, tão longe de casa. “Busco transmitir esse sentimento aqui, por isso no design do hostel [Jeri Hostel Art] valorizamos as áreas de convivência e as oportunidades de interação entre os hóspedes. Ele é pequeno, e isso também facilita um atendimento diferenciado a cada um.”

Pegando uma das maiores cidades do Brasil como exemplo dá para perceber que as pessoas estão em busca de um estilo de vida menos caótico. 57% dos paulistanos afirmam que, se pudessem, sairiam da cidade. O dado está em uma pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo junto com o Ibope e divulgada em janeiro deste ano.

Claro que mesmo com esse clima de coqueiros balançando ao sabor do vento, a rotina tem lá seus desafios. “A vida aqui não é um mar de rosas, aparecem pepinos diários que precisam ser resolvidos, por isso tivemos que aprender coisas que antes nem sonhávamos como fazer, tipo trocar resistência, resolver curto circuito, pintar parede, reformar bancos e mesas, essas outras trivialidades tão ausentes na vida urbana comum.” Para ela, por mais que precise trabalhar muitas horas por dia, nada é tão recompensador quanto trabalhar com o que se gosta e com a sensação de que está se divertindo. E deixa o seu recado: “Largar tudo que era certo e concreto e vir pra cá acreditando apenas num sonho e, claro, com um pouco de planejamento financeiro também, foi a melhor escolha que já fiz. E seja qual for o seu desejo de mudança, se a minha história puder inspirá-lo a se jogar sem medo, eu digo apenas: faça, sem medo de ser feliz!”

SE VOCÊ JÁ TINHA VONTADE DE SAIR DO CAOS URBANO E VIVER DE MANEIRA MAIS SIMPLES E PERTO DA NATUREZA, A VONTADE DEVE TER AUMENTADO DEPOIS DESSE TEXTO. FIQUE ATENTO, ENTÃO, ÀS DICAS DE QUEM APOSTOU NA MUDANÇA:

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“Saímos de São Paulo porque achamos que o nível de qualidade de vida estava muito ruim. Trânsito, violência, poluição, preços abusivos, foram os motivadores para essa decisão”, contou Jaqueline Barbosa, 25, que saiu com o namorado, Emerson Viegas, há mais de dois anos. O casal, responsável pelos projetos “Hypeness”; “Casal sem Vergonha” e “Nômades Digitais” (que quer justamente discutir a possibilidade de se viver de forma nômade) morou no litoral paulista e agora está viajando pelo mundo. “A internet é a carta de alforria. Por mais urbano que você seja, a cidade te suga. Hoje em dia não é mais preciso abdicar de uma carreira de sucesso somente por não estar morando em São Paulo: você pode ser tão ou mais bem sucedido trabalhando remotamente, como no nosso caso.”

TENHA A CONSCIÊNCIA DE QUE ASSUMIRÁ RISCOS, POIS TODA A ESCOLHA IMPLICA EM UMA PERDA.

NENHUMA ROTINA CONTEMPLARÁ ABSOLUTAMENTE TODAS AS SUAS EXPECTATIVAS, MAS SE VOCÊ TIVER SUAS PRIORIDADES CLARAS, TUDO VAI VALER A PENA.

MUITA GENTE VAI ACHAR QUE VOCÊ ESTÁ MALUCO, ENTÃO PROCURE NÃO FALAR PARA MUITAS PESSOAS DOS SEUS PLANOS. MESMO SEM SER POR MAL, PODEM TE DESENCORAJAR.

NA MEDIDA DO POSSÍVEL, FAÇA UMA RESERVA DE DINHEIRO, PARA O CASO DE DEMORAR A SE ADAPTAR OU CONSEGUIR NOVOS TRABALHOS.

PESQUISE MUITO SOBRE A CIDADE PARA A QUAL PRETENDE SE MUDAR, POIS É MUITO DIFERENTE ESTAR NUM LUGAR A PASSEIO DO QUE PARA VIVER.

SIGA SEU CORAÇÃO.



FELICIDADE

A PROCURA DA FELICIDADE NA SÉTIMA ARTE por AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo. airtonraes@gmail.com

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Por ser conceito filosófico abstrato, profundo e amplo, o cinema sempre discorreu sobre a felicidade dando diversas visões e significados.

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or ser um conceito abstrato, a felicidade é retratada de forma livre na sétima arte. Desde os primórdios, quando a linguagem cinematográfica ainda estava em formação, histórias retratam personagens em busca de amor, qualidade de vida, sucesso, amizade, dinheiro e outros diversos elementos que compõem a dita “Felicidade”. É um tema recorrente em tantas histórias que é quase uma convenção. O herói vive em uma realidade na qual se encontra insatisfeito, sai em busca de algo, de forma obsessiva, acreditando que será a solução para todos os problemas. Quando atinge essa meta, percebe que estava enganado e que a felicidade estava ao seu lado o tempo todo, nos pequenos detalhes. Existe, inclusive, um gênero especifico: os “feel-good movies” ou filmes para se sentir bem, em tradução livre. São aqueles filmes que contribuem, de alguma forma, para espantar a tristeza e trazer um pouco de alegria em nossas vidas, com mensagens otimistas e com objetivo de elevar a autoestima.

A FELICIDADE NÃO SE COMPRA (IT’S A WONDERFUL LIFE) 1946 DIREÇÃO: FRANK CAPRA Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey (James Stewart), que sempre ajudou a todos, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry Potter (Lionel Barrymore), o homem mais rico da região. Mas tantas pessoas oram por ele que Clarence (Henry Travers), um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas, é mandado à Terra para tentar fazer George mudar de ideia, demonstrando sua importância através de flashbacks.

A VIDA É BELA (LA VITA E BELLA) 1998 DIREÇÃO: ROBERTO BENIGNI Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido (Roberto Benigni) e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

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FELICIDADE

PEQUENA MISS SUNSHINE (LITTLE MISS SUNSHINE) 2006 DIREÇÃO: JONATHAN DAYTON E VALERIE FARIS Nenhuma família é verdadeiramente normal, mas a família Hoover extrapola. O pai desenvolveu um método de autoajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor suicida e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes. Durante três dias eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada.

TUDO ACONTECE EM NOVA YORK (HAPPY THANK YOU MORE PLEASE) 2010 DIREÇÃO: JOSH RADNOR Conta a vida do escritor Sam Wexler (Josh Radnor) em Nova York e daqueles que estão ao seu redor. Annie (Malin Ackerman), sua melhor amiga, sofre com a queda dos cabelos por causa de uma doença. Mary (Zoe Kazan) e o namorado, Charlie (Pablo Schreiber), estão em crise por conta de uma tentadora proposta de emprego. Mississipi (Kate Mara) é garçonete e trabalha à noite cantando em bares. Num péssimo dia Sam encontra uma criança perdida no metrô e decide levá-la para casa por uns dias, iniciando uma incomum amizade.

O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN (LE FABULEUX DESTIN D’AMÉLIE) 2001 DIREÇÃO: JEAN-PIERRE JEUNET Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo, e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

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FELICIDADE

SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO por ARIADNE CANTÚ

E se o dia manhecesse azulado no horizonte, e não tivéssemos nenhum compromisso além de estarmos vivos respirando? E se nada mais houvesse para observar, além da direção do vento para poder simplesmente contra ele andar? Será que isso traduziria a sensação presente na tão almejada felicidade trazida na letra da música “alegria” de Caetano Veloso? Por certo que não.... O que se sabe mesmo sobre a felicidade, além de ser a realidade com total ausência de expectativas, é que apesar de ser um estado peculiar, pessoal, e pouco definido, tem também prazo de validade. Ninguém consegue ser feliz cem por cento do tempo. Se conseguisse, não seria felicidade, seria euforia. A felicidade, aquele sentimento íntimo de plenitude, parte de conceitos simples, e tem como fonte primária, todas as coisas que nos são essenciais. Consegue descrever o que sentiu quando segurou seu filho nos braços pela primeira vez? A alegria que te inundou quando sentiu o sabor do beijo de um amor verdadeiro? A sensação maravilhosa de ter feito a diferença de maneira positiva na vida de alguém? Todas, são situações indescritíveis, impossíveis de serem definidas de forma genérica, pois cada um de nós, as dimensiona de formas diferentes.

É a sensação de satisfação que se encontra depois de uma longa busca, ou de uma incessante espera... A plenitude que faz ensolarar um dia de chuva, e que é capaz de não nos deixar perceber, se o mundo parar de girar. Aquela coisa tão boa, que se quer eternizar para sempre. Se houvesse uma receita a ser seguida para guardar no tempo momentos assim, por certo não poderiam faltar: uma boa dose de renúncia à perfeição, uma pitada de desistência de ser amado por todos, e uma tonelada de paz com a própria consciência. Mas como não se tem receita nenhuma, e nesta vida só se nasce com a incerteza, o melhor mesmo, é fazer a própria caminhada rumo à valorização do que é essencial, e seguir, como se vivêssemos andando contra o vento, sem lenço e sem documento. Afinal, felicidade, além da valorização do que é essencial, é também uma questão de escolha. Sejamos felizes.

foto Marcos Vollkopf

Afinal, a coisa para ser boa, saboreada aos pedaços, abocanhada com a alma, precisa mesmo ser sentida internamente, duramente merecida e conquistada, senão não traduz felicidade.

ARIADNE CANTÚ

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COMPORTAMENTO

“COBRANÇA DO CHEFE EM TEMPOS DE CRISE, MAIS PRESSÃO, ESTRESSE, O QUE FAZER?”

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Nesses tempos de “vacas magras”, recessão e mudanças no panorama econômico do País são assuntos corriqueiros. Esses fatores influem na nossa vida diária e muito em nosso trabalho. A empresa precisa produzir mais por menos, as metas são urgentes e a competitividade entra na empresa e gera pressão no ambiente de produção, fazendo com que colaboradores tenham que mostrar constantemente suas habilidades, seja para chegarem a novos postos ou só para se manterem na empresa. Os desgastes físico e psicológico são fatos na busca de metas e prazos, e com eles vêm a cobrança do chefe. por MAURÍCIO REGGIORI

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osição de chefia nunca foi fácil, mas há gestores que passam dos limites por deixarem sua irritabilidade e sua ansiedade chegarem até seus colaboradores. E, para quem está abaixo no organograma, sobram a ansiedade, distúrbios no apetite, baixa de imunidade, gripes sem fim, baixa qualidade do sono e assim por diante, fica instaurada a época dos conflitos entre pessoas e o estresse torna-se geral. Sem controle sobre tais fatores, a saúde física fica abalada e a emocional desequilibrada. É um momento em que até acidentes de trabalho têm sua média de ocorrência aumentada. As estatísticas mostram que a maioria destes acidentes acontecem em estados que fazem parte do centro financeiro do País. A pessoa que não sabe administrar seus problemas diários precisa aprender a fazê-lo. Às vezes a ajuda de um profissional é indispensável para evitar que a qualidade e o tempo de vida fiquem seriamente comprometidos por esse comportamento. Ninguém fica estressado de um dia para o outro. Na prática, tais manifestações corporais ocorrem lentamente e a pessoa se acostuma com elas. Em geral é alguém de fora que chama atenção para o problema. A roda incessante da vida quase sempre impede que a própria pessoa perceba com clareza

o que está acontecendo com ela. Problema: o estresse tornou-se crônico e há muitos que acham no álcool os nas drogas aliados perigosos como válvula de escape. E como lidar com um quadro da realidade diária? A primeira atitude é perceber se você tornou-se vítima destas reações internas e combatê-las assim que elas aparecerem. A arma? Atitude positiva e de reflexão sobre o que se ganha com uma situação e sobre qual é o aprendizado, pois toda experiência traz um aprendizado. Pergunte-se: que virtude estou aprendendo ou exercitando por meio dessa experiência em tempos difíceis? Com certeza, ao longo do tempo, identificamos que estamos ganhando ao tornarmo-nos mais pacientes, mais determinados, mais confiantes e mais resilientes. Ficamos mais fortes. Se seus colegas estão sendo demitidos, é natural que a carga de trabalho aumente e, assim, a pressão de superiores. Talvez você não seja capaz de controlar os fatores externos que dão o perfil à situação, mas você certamente pode manter as rédeas das suas reações. A CHAVE PARA VIRAR O JOGO É MANTER O FOCO NO QUE PRECISA SER FEITO. Sendo assim, execute, ponha em ação suas habilidades, solucione problemas ao invés de valorizá-los. Otimismo é sinal de autoconfiança e sabedoria. A diferença entre profissionais está na forma como enxergam a situação, já que o estresse está relacionado à percepção, por isso existem pessoas que passam por momentos de estresse com calma e tranquilidade. Essa percepção também não deixa de ser notada por chefes e gestores bem preparados, que veem naquele colaborador um aliado na administração do grupo. Aqui quem sabe tirar proveito de um ambiente conturbado já começa a ganhar destaque. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 65


COMPORTAMENTO

BUSQUE NOVAS IDEIAS E OPINIÕES. BUSQUE REFERÊNCIAS DIFERENTES DE PENSAMENTO PARA SEU MUNDO, POIS ISSO PODE SER UM IMPULSO PRECIOSO PARA A CRIATIVIDADE QUANDO TODAS AS FÓRMULAS DA SUA ÁREA PARECEM JÁ TER SIDO TESTADAS. E O CHEFE ESTRESSADO? SORRIA.

VIVA O MOMENTO. NÃO CONFUNDA ZONA DE PRODUÇÃO COM ZONA DE CONFORTO. ENQUANTO ESTIVER EM AMBIENTE DE TRABALHO, TRABALHE.

NÃO TENTE SER MÁGICO E FAZER DE CONTA QUE NÃO HÁ PROBLEMAS A SEREM ENFRENTADOS, PRINCIPALMENTE COM OS OUTROS. Não deixe de vivenciar o presente como chance de aprendizado. Não permita que sua mente oscile do passado para o futuro como se não houvesse o presente. Viva o momento. Não confunda zona de produção com zona de conforto. Enquanto estiver em ambiente de trabalho, trabalhe. Dê o máximo de si. Não esqueça que esse momento de produção, a zona de produção, é que compra sua zona de conforto, e é por isso que estamos trabalhando: para comprar nossos sonhos. Quando estiver em sua zona de conforto, no aconchego da casa e da família, esqueça as preocupações com o trabalho. DEIXE FLUIR O MARKETING PESSOAL QUE PASSA UMA IMAGEM DE QUE VOCÊ FAZ UM BOM TRABALHO, DE MANEIRA EQUILIBRADA E SEM CONTENDA COM OS QUE ESTÃO À SUA VOLTA, ATÉ O ÚLTIMO DIA NUMA EMPRESA. Lembre-se: o importante não é o começo das tarefas, mas a maneira como as terminamos. É desta forma que nascem as referências para outras empresas no momento em que decidimos alçar novas conquistas em novos ambientes. Também é, sem dúvida, que desta forma nascem as indicações que podem nos levar a ocupar posições e aceitar desafios que nos fazem ascender no organograma da empresa. Apenas ganhos materiais não são nosso foco, mas melhores salários são bem-vindos. Eles pagam nossa zona de conforto.

MAURICIO REGGIORI reggiori@hotmail.com ADMINISTRADOR DE EMPRESAS PELA UFMS. ESPECIALISTA EM GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE E RECURSOS HUMANOS PELA FGV-EAESP FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS – ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO. ESPECIALISTA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO PELA KEYO UNIVERSITY – JAPÃO. MESTRE EM SAÚDE PELA UNIVERSIDADE PAULISTA. CONSULTOR DE EMPRESAS EM DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE GRUPOS. DOCENTE DE PÓS-GRADUAÇÃO NA UCDB

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SEJA CRIATIVO. Essa é uma característica do povo brasileiro. Temos uma facilidade extraordinária para improvisar, esbanjamos ‘jogo de cintura’ e ‘jeitinho’ diante das adversidades. Por que então desesperar? Não vale a pena. Saia do comum. Olhe para o exterior. Busque novas ideias e opiniões. Busque referências diferentes de pensamento para seu mundo, pois isso pode ser um impulso precioso para a criatividade quando todas as fórmulas da sua área parecem já ter sido testadas. E o chefe estressado? Sorria. Não economize positividade. Seu chefe estressado vai sentir-se estranho com tanta energia e vai acabar contagiado. Que venha o trabalho! Que venha a vida!



CULTURA

PALAVRA CANTADA, O MPB INFANTIL! Dupla apresenta repertório que agrega letras educacionais sem cair no marasmo.

por JÉSSICA BENITEZ • fotos VIVIANE AMORIM

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salão estava escuro, expectativa no ar. Quando as luzes do palco foram acesas a plateia foi à loucura, os instrumentos afinadíssimos casavam exatamente com as vozes que mais pareciam ter saído de um bom e velho disco de MPB (Música Popular Brasileira). Tinha tudo para ser um show de colocar qualquer adulto em pé, mas aquele dia as cortinas se abriram especialmente para as crianças. Pela primeira vez em Campo Grande, a dupla Palavra Cantada, projeto dos cantores Paulo Tatit e Sandra Peres, embalou a tarde de inúmeras famílias no último dia 29. Munidos de um repertório que agrega letras educacionais sem cair no marasmo, os ensinamentos cantados já passam dos 20 anos e a turnê pelo Brasil faz alusão ao aniversário de carreira. Talvez por isso a onda de alegria no Diamond Hall fez todo mundo esquecer a idade

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e colocou pai, mãe, tia, avó, e quem quer que seja, para dançar. As cantigas, muitas embalaram programas clássicos da TV Cultura, como Castelo Ra-Tim-Bum, por exemplo, estavam na boca de todos os presentes. Afinal, quem nunca cantarolou ‘lava uma mão, lava a outra, lava uma...’. O espetáculo dura pouco mais de uma hora e tem como base as músicas do DVD batizado como ‘Cantigas de Roda’, lançado esse ano. A gravação, por sua vez, é fruto do CD com o mesmo nome, inserido no mercado musical em 1996, quando a Palavra Cantada era ainda um “bebê”. Tatit, que também é vocalista e compositor, contou que as faixas do álbum não são de autoria própria, mas foram escolhidas justamente por ter embalado a infância de muitos pais que repassaram para os filhos o hábito de ouvi-las. Tudo, é claro, com nova roupagem. Os ritmos passeiam por acústico, remixado, clássico e até mesmo reggae, como é o caso da famosa cantiga ‘hoje é domingo, pede cachimbo’. Além disso, as letras ensinam as crianças a ingerirem alimentos saudáveis, contam um pouco da história do Brasil e explicam acontecimentos da vida, inclusive o efeito do passar dos anos na vida do ser humano. Didático e lúdico, porém tratando a criança com

a seriedade que requer determinados temas, o bullying e o ciúme são uns deles. A novidade ficou por conta da canção “Arco-Íris”, feita especialmente para servir de trilha a um filme. A letra incentiva a preservação da água e ensina como funciona o ciclo da chuva. Pauleco e Sandreca, como eles mesmos chamam um ao outro, contam com auxílio de outros quatro artistas que fazem rodízio nos instrumentos, dançam e cantam, todos vestidos com roupas coloridas, nada de fantasias. Algumas canções ganharam participação especial de cantoras como Maria Gadú, Wanderléia, Ana Cañas e Zélia Duncan. Todas interpretam personagens na canção ‘Rato’, outro clássico exibido na TV Cultura na década de 1990.

SAIBA MAIS: Os fãs, tanto mirins quanto adultos, podem matar a saudade do Pauleco e da Sandreca baixando o aplicativo da Palavra Cantada que, além dos vídeos, tem jogos embasados nas letras das músicas. As cifras das canções estão disponíveis no link: http//bit.ly/pc-letras-cifras.

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ESPORTE

ADRENALINA PURA Esporte de estratégias, o paintball proporciona um combate divertido aos jogadores. por KÁTIA KURATONE • fotos ASSAULT

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m campo de guerra, jogadores e uma estratégia. Esse é o tripé básico para o paintball, um esporte que surgiu no Canadá e que vem proporcionando muita diversão em Campo Grande. O jogo é baseado em uma missão, que normalmente é imitação de uma operação militar fictícia. A bala, para acertar o “inimigo”, é uma bola gelatinosa da tinta que marca quem é atingido; a arma é uma espingarda ou pistola pneumática, chamada de marcador e que funciona com gás livre (nitrogênio ou CO2). São dois times ou mais, e ganha quem conseguir cumprir a missão, independente do número de jogadores marcados. Segundo o empresário Ridan Elias, que é um adepto do esporte e participa do grupo Assault Paintball, na Capital, a atividade surgiu a partir de brincadeiras de madeireiros no Canadá. “Em Campo Grande estamos nos reunindo há quatro anos e cada vez mais pessoas têm nos procurado para participar. O paintball é uma proposta esportiva que também desenvolve o companheirismo, a liderança, a estratégia e o trabalho em equipe. Inclusive, por isso, algumas empresas utilizam o esporte para atividades com seus colaboradores. Os jovens também gostam de comemorar o aniversário com os amigos jogando o paintball porque é muito divertido.”

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ESPORTE

TODO DOMINGO TEM EVENTO ABERTO O encontro com muita correria, lama, morros, gritos de guerra e tiroteio acontece semanalmente aos domingos, das 8 às 12h e pode ser uma boa opção de lazer para toda a família. “É um evento aberto ao público e vale ressaltar que é tudo muito seguro. Prezamos por todos os procedimentos de segurança e o uso correto do equipamento. Temos homens e mulheres participando dos jogos. Adolescentes também podem fazer parte do grupo, mas aconselhamos que tenham acima de 13 anos ou que o equipamento de segurança sirva, por exemplo, um jovem de 13 anos que o equipamento de segurança não se ajusta ao seu corpo, ele não pode participar”, avisa. Para o jogador iniciante que pretende ir praticar o paintball, as dicas são: vá de calça jeans, tênis, camiseta (curta ou longa) e não use os uniformes oficiais dos órgãos de segurança pública, porque é proibido. “O jogador que chega recebe um equipamento de proteção e segurança (máscara e colete), além de um marcador (arma), gás livre (CO2) e 100 tiros. Nosso grupo é familiar e todos são bem-vindos”, enumera Ridan. O empresário Renato Paulo Gomes Ribeiro, de 33 anos, pratica o paintball há 3 e confirma que o esporte é muito saudável e ajuda na integração. “Eu tinha o interesse de praticar um esporte diferente e conheci o Assault por meio do site deles. Eu vi um vídeo da divulgação da Operação Cavalo de Aço (veja no Box). Um dia fui conhecer, cheguei lá sozinho e me diverti muito. O paintball acabou se tornando uma importante válvula de escape. O dia a dia é bastante corrido e o esporte me ajuda a lidar com o ser humano. No jogo existe uma disputa, é uma competição, mas ao mesmo tempo você trabalha com uma equipe. Agora já levei meu cunhado, que também está participando”, conta. O campo do grupo Assault Paintball fica na Avenida Gury Marques, 7034, Vila Nossa Senhora das Graças. Contatos (67) 9197-6868 ou (67) 9122 5252.

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OPERAÇÃO CAVALO DE AÇO Um jogo com 24 horas de duração e a participação de centenas de jogadores. Essa será a quarta edição da Operação Cavalo de Aço que acontece em Campo Grande. O evento é considerado o maior do País e reúne jogadores de vários estados na Capital. “No ano passado tivemos mais de 200 participantes e já colocamos em outras edições helicóptero para missões aero terrestres. É uma simulação e são 24 horas de jogo sem intervalo. É um grande desafio”, explica Ridan Elias, chefe da equipe de organização do evento. A Operação Cavalo de Aço acontecerá no dia 5 de dezembro e as inscrições estão abertas. Maiores informações no site www.operacaocavalodeaco.com.br ou pelo telefone (67) 9197-6868.

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NÓS 2 POR AÍ

O DILEMA

DA CONTA

CONJUNTA Aqui em casa somos muito bem resolvidos quando o assunto é dinheiro. Desde sempre, por sinal. Há pouco mais de 3 anos, quando decidimos juntar nossas escovas de dentes para trilhar um caminho juntos, combinamos que as nossas contas seriam uma só. O que ganhássemos, cairia direto no caixa único da família e, obviamente, as despesas seriam responsabilidade dos dois. Era o início da nossa vida de casal. É assim até hoje. E assim será para todo o sempre. por GUSTAVO TELES

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nquanto eu era solteiro e ainda morava com minha mãe, tivemos uma longa temporada de dificuldade financeira. Éramos só nós 2. Tive que ser o “homem da casa” antes do tempo que qualquer um na minha idade gostaria de ser. Por isso, acabei abrindo mão de outros sonhos profissionais que tinha na época, pra trabalhar e fazer dinheiro. Pra nos sustentar. Foi duro, mas sem crise. Foi muito tenso, mas fundamental pra construir a mentalidade que tenho hoje. Não estou contando esse capítulo da minha vida com o intuito de ganhar sua compaixão. Pelo contrário, conheço muita gente vitoriosa, por quem tenho uma imensa admiração, e que teve uma infância, adolescência e juventude muito pior que a minha. Desta forma, sou muito grato por tudo que aprendi durante o tempo de escassez que vivi. Por causa daquele tempo, consigo hoje ser – literalmente – o Homem da Casa. Isso fez de mim um cara que não se abala tão facilmente com crises. Aprendi a sempre criar soluções para os problemas. Impossível, pra mim, é uma palavra com significado relativo. Eu não podia – e continuo sem poder – dar tanta importância para as dificuldades. Pra mim, elas são degraus que preciso subir. E eu subo! Desta forma, enquanto solteiro, tinha, por livre e espontânea pressão, uma vida de baixo custo. Mas quando você casa a história muda. Você, meu amigo casado, sabe exatamente do que estou falando. É muito complicado pra qualquer homem compreender o funcionamento cerebral de nossas esposas em relação às compras. É um fenômeno quase sobrenatural que invade a mente, corpo e alma das mulheres quando elas estão diante de vitrines com a palavra “Liquidação”. É provável que ela nem precise daquela calça legging preta que está em promoção na Zara, mas o fato daquela peça estar à venda pela metade do preço parece ativar instantaneamente alguma sinapse cerebral feminina. E todas elas passam a desejar, com todas as suas forças, aquela calça e “otras cositas más”. É assim aí na sua casa também?


O custo de sobrevivência dos homens, via de regra, costuma ser simples. Tudo se resume em comprar roupas 2 ou 3 vezes ao ano, cortar o cabelo a cada 30 ou 40 dias, ir ao médico de vez em quando, frequentar uma academia regularmente, dar manutenção no carro, comprar livros, talvez um vídeo game e frequentar bares e restaurantes. FIM! Bem diferentes das nossas esposas.

dívidas. Se pudermos comprar algo à vista, compramos. Se não pudermos, não compramos. E não há nada que nos faça mudar de ideia. Estamos construindo nossas carreiras, nossa vida, ou seja, não podemos ter peso algum que, porventura, venha dificultar nossas andanças de uma cidade para outra. E quem sabe, de um país para outro. Nosso foco é crescer e viver bem juntos, sempre.

Pra começar, mulher precisa se depilar periodicamente (graças a DEUS!), fazer as unhas, luzes, escova, hidratação e tudo mais que o salão oferecer. Ir ao ginecologista de tantos em tantos dias. A academia tem que ser boa. Todo aniversário de alguém que ela entende que precisa dar presente, ela vai dar presente. E não importa se esse alguém não fala contigo há 25 anos ou se é um dos seus melhores amigos. Presente é obrigatório em uma vida de casal. Mulher manda você comprar camisa nova quando ela repara que aquela que você tanto gosta de usar, mas já tem 3 anos de vida, está levemente desbotada. Ou seja, ela gasta com os hábitos dela e te influencia a aumentar os seus próprios gastos. Isso é incrível, amigos. Repito: é assim na sua casa também?

Neste momento, temos uma meta: simplificar um pouco nossos custos. Leia “reduzir despesas”. Não porque nosso orçamento está em déficit. Graças a Deus, os negócios vão bem. Mas, queremos poupar e precisamos aprender. Queremos ajudar mais as pessoas que precisam. Afinal, não tem sentido viver só pra nós mesmos, certo?

Mas sabe de uma coisa? Eu gosto de administrar todo esse furacão. Não que minha Ana seja um furacão. Nunca falaria esse tipo de coisa da mulher da minha vida. Bom… Talvez no período de TPM. Mas fora isso, ela é o alento da minha vida. Minha vida pregressa me ensinou a ser controlado financeiramente. Aqui em casa, não fazemos

E assim vamos caminhando, trabalhando muito e aprendendo todo dia como é viver um para e pelo outro. Vida de casal é somar e multiplicar todos os dias. E por aí? Vocês dividem o dinheiro e as despesas? Ou estão aprendendo a somar e multiplicar?

AUTORA: ANA RAQUEL COPETTI TELES É JORNALISTA E JUNTO COM O MARIDO GUSTAVO TELES CRIOU O SITE

www.nos2porai.com.br C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 79


NÓS 2 POR AÍ AUTOMOBILISMO

FESTA EM CAMPO GRANDE OU PAIXÃO PELA STOCK Na volta da Stock Car a Campo Grande, após quatro anos de ausência no calendário, o público marcou presença na nona etapa do campeonato. Vinte e cinco mil pessoas prestigiaram a principal prova do automobilismo brasileiro. Se a pista do Autódromo Internacional não está à altura do evento, a torcida, ao menos fez um show à parte, lotou as arquibancadas e assistiu mais uma vitória do piloto Marcos Gomes (Voxx Racing), líder do campeonato. 8 0 | CINCO + | SETEMBRO 2015

por BRUNO ARCE

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ntes da largada, os boxes ficaram lotados: era a oportunidade de ficar perto de verdadeiras máquinas, que chegam atingir 250 km/h na reta. Estiveram presentes nomes conhecidos do automobilismo, como Rubinho Barrichello (Medley Full Time), que por 19 anos correu a Fórmula 1. Pela primeira vez em Campo Grande, o piloto roubou a cena. Esbanjou simpatia e simplicidade e por onde passava o público fazia fila para tirar uma foto. Além das tradicionais “selfies”, alguns pedidos inusitados, como gravações de vídeos. Rubinho ficou lisonjeado como o carinho e deu nota “dez” para a cidade. “Campo Grande foi dez em muitos aspectos, tanto na recepção quanto a primeira vez. Eu gostei bastante, agora por tudo isso tão


FOTO MIGUEL COSTA JR

positivo eu acho que a cidade merece um recapeamento na pista”, pediu o piloto. As condições do circuito foram alvo de reclamações dos pilotos. A pista suja e o asfalto que se esfarela tornaram a prova de Campo Grande a mais perigosa, tanto que a largada só foi realizada com a presença do safety car na pista. Após dividir a curva com Diego Nunes (Vogel Motorsport), o piloto Lucas Foresti (AMG Motorsport) foi para o lado sujo da pista, acabou rodando e se chocando com o carro de Denis Navarro (Vogel Motorsport), mas sem gravidade. Marcos Gomes teve fim de semana com pinta de campeão. Nos treinos livres, conseguiu a volta mais rápida, embora as nuvens estivessem sempre presentes, ameaçando com chuva a Capital sul-mato-grossense. No dia da largada o céu ficou limpo, perfeito ele vencer a corrida de ponta a ponta. O piloto deixa Mato Grosso do Sul com a impressão de que o título é uma questão de tempo. “Tomara que sim. É cedo para falar ainda, pois tem mais três etapas, cinco corridas, muitos pontos em jogo. Mas estou mais líder do que nunca, acredito que estou no caminho certo e a sorte está do meu lado”, resumiu. A volta de Campo Grande ao calendário foi festejada pelo segundo colocado. “É uma pista pessoalmente que gosto muito. Já ganhei corrida e fiz pole aqui. Quanto mais praça tiver a Stock, isto será essencial para um bom campeonato. Campo Grande tem uma pista de muita tradição e um público apaixonado pelo automobilismo. A vinda do campeonato para cá trouxe mais emoção à disputa”, falou Allam Khodair (Full Time Sports)

Os amantes do automobilismo Marcos Viana e Milton Estevão Correa comemoraram a volta do evento à Capital. “Acompanho a Stock pela televisão. Essa é a primeira vez que venho ao autódromo. É fantástica a organização”, diz Milton. “Campo Grande está começando a ter eventos. Neste ano teve a Fórmula Truck e o Brasileiro de Motovelocidade, em todas as provas eu estive presente. Estamos carentes de competições”, observou Marcos.

NOSTALGIA MARCA PRESENÇA DA STOCK Além da Stock Car, mais três categorias estiveram em ação em Campo Grande. Entre elas, a Copa Petrobras de Marcas. Conhecido como Brasileiro de Turismo, a categoria teve como vencedor Fábio Carbone (Full Time Sports). Pela Mercedes-Benz Challenge quem levou a etapa foi Fernando Fortes (Mottin Racing) e na F-3 Brasil, Pedro Piquet (Cesário Fórmula), filho do tricampeão mundial de F-1, Nelsinho Piquet. Consagrou-se bicampeão com duas etapas de antecedência. Durante os intervalos das provas, o público pôde matar saudades de carros que fizeram sucesso nas décadas de 70 e 80. Nos desfiles de máquinas antigas, algumas relíquias, como Maverick, Opala, Aero Willys, Uno, Gol, Fusca e Passat. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 81


VIAJE BEM

BUROCRACIA DIPLOMÁTICA Consta que no ano de 2004, durante uma visita diplomática do governo brasileiro ao Senegal, nossa comitiva recebeu um pedido dos seus anfitriões: a doação de um avião para ajudar a combater a praga de gafanhotos que assolavam as lavouras locais daquele país. Pedido prontamente atendido, porém a entrega da aeronave foi efetivada somente quatro anos após aquela data. 8 2 | CINCO + | SETEMBRO 2015

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udo isso devido ao tempo gasto com processos de legalização da doação, entre idas e vindas e todos os procedimentos burocráticos que demandam ações como essa. Legislações antiquadas contribuem imensamente, atrapalhando investimentos estrangeiros, acordos de cooperação, doações a países miseráveis, bem como a fomentação do turismo e ações culturais. Em se tratando de viagens a lazer, negócios ou estudo, sabemos que os países exigem autorização prévia de entrada em seu território, assim como o Brasil dentre eles. Tais medidas se dão por diversos motivos: falta de relações diplomáticas das partes envolvidas, ausência de acordos comerciais entres os países, coibição à imigração ilegal, preservação do mercado de trabalho etc.


Alguns países certamente nunca receberão a visita de um brasileiro que tenha juízo, porém outros tantos exigirão que você, ao visita-los, comprove que regressará à sua Pátria Mãe. A imensa imigração ilegal de brasileiros aos Estados Unidos da América acabaram por “enrijecer” o processo de liberação de visto àqueles que pra lá se dirigem a fim de gastarem seus dólares em hotéis, restaurantes e magazines. De forma prática, relaciono alguns dos destinos principais no foco de visita do turista brasileiro, que exigem solicitação prévia de visto de entrada e permanência: Estados Unidos, Japão, Canadá, China, Austrália etc. A maioria do rol de nações que exigem vistos, possuem Embaixadas, Consulados ou escritórios de representação no Brasil. O profissional habilitado a fazer o pedido junto a estes órgãos é o Despachante. Conhecedor de todos os caminhos que facilitam os trâmites, nos auxiliam com o preenchimento de formulários muitas vezes extensos, relações de documentos, pagamento de taxas consulares, enfim fará tudo o que for necessário para aumentar as possibilidades de se obter a concessão de entrada ao paraíso. Saiba, porém, que mesmo que o visto seja concedido, ainda teremos que passar pela imigração do país visitado, onde, como é praxe, carimbam seu passaporte e fazem uma breve entrevista. As autoridades imigratórias de todos os países possuem a autonomia e o direito de escolherem quem entra em seu território. Apesar de raras, as deportações existem, portanto uma viagem bem elaborada não começa na arrumação das malas.

Quando elaboramos uma viagem internacional, torna-se necessário, antes de adquirirmos passagens e demais itens de serviços, verificarmos se aquele destino possui relações diplomáticas com o nosso País. Claro que um pedido de visto a turismo não teria os mesmos critérios de análise para a aprovação, como teve o avião que mataria os gafanhotos, porém, dependendo do país, estaremos sujeitos a diversas situações que certamente poderão atrasar este processo, bem como encarecê-lo. Grande parte dos países do planeta Terra, possuem relações de amizade com o Brasil e acabam liberando o acesso a eles sem muitos procedimentos burocráticos. Mas também tem aqueles que ainda não liberaram suas fronteiras aos cidadãos brasileiros.

por ADRIANO DE OLIVEIRA Consultor de viagens adrianoaao@gmail.com

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CASAMENTO

DICAS PARA ECONOMIZAR NA TÃO SONHADA FESTA DE CASAMENTO

JULIANA FERREIRA

8 6 | CINCO + | SETEMBRO 2015

A maioria das pessoas tem o sonho de casar e, com isso, fazer aquela festa perfeita para comemorar a data tão esperada. Mas realizar qualquer comemoração não é algo simples – muito menos barato. Nós, que vivemos ligadas nas mídias sociais, já vimos charges, artezinhas e piadinhas com os orçamentos absurdos de casamento (é, noivinhas, tem que rir pra não chorar). Daí vem aquela pergunta: precisa gastar tanto para casar? Se você é do perfil “paga para não se aborrecer”, como eu, escolhe bem seus fornecedores, paga pelo serviço contratado para não ter dor de cabeça nem problemas no dia. OK, gastei bastante no meu casamento, bem mais do que imaginava, mas não me arrependo.


MAS SE VOCÊ PRECISA – OU QUER – ECONOMIZAR, AQUI VÃO ALGUMAS DICAS QUE PODEM AJUDAR A NÃO COMEÇAR A VIDA A DOIS NO VERMELHO

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Procure lugares e fornecedores que possibilitem uma negociação diferenciada (desconto, prazo para pagar, bonificação, etc).

Doces. Faça você mesma os docinhos! Apesar de dar trabalho, isso pode garantir alguns zeros a menos no final da conta. Uma opção é juntar os amigos íntimos e familiares para ajudar na produção. Além disso, quem não gosta de um doce caseiro?

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Lembrança dos padrinhos. Não existe nenhuma regra que obrigue presentear os padrinhos. São modismos que as noivas inventam e aprimoram. Mas, se ainda assim julgar necessário, pense em opções com bom custo-benefício, e considere também a opção de convidar menos padrinhos. Mais casais = mais gastos.

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O orçamento mais caro de um casamento merece um item só seu. Se a grana está curta, pense em alternativas como um churrasco (aqui em MS é uma tendência forte) ou ainda no estilo “finger food”, que podem custar bem menos e são tão saborosas quanto um menu incrementado.

Mini Wedding. O termo surgiu com a ideia de fazer um casamento mais intimista, com menos convidados. Além de ser uma tendência, é uma ótima opção para quem quer economizar e caprichar no casamento.

Convites. Já pensou em fazer um convite online? Essa pode ser uma ideia moderna, de certa forma “ecológica”, sem o uso do papel, e econômica. Nessa hora você pode abusar da criatividade e surpreender seus convidados com a novidade. O convite pode até pedir uma confirmação direta para um e-mail ou até o site do casamento.

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Eu, particularmente, acho um desperdício de tempo e dinheiro quebrar a cabeça com as forminhas dos doces. Foque seus investimentos em comida de qualidade, bebida gelada e música animada. O resto pode ser reconsiderado.

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Casar de dia é um item importante a ser considerado quando o orçamento está apertado. Afinal, com a luz natural, diversos apetrechos caros, como iluminação decorativa, pista de dança e telões, podem ser poupados.

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DIY. O termo “do it yourself” veio do inglês, na tradução “faça você mesmo”, pode ser uma maneira econômica de decorar o casamento. Claro, os noivos precisam ter muita criatividade e dom artístico para deslumbrar os convidados ao falar que criaram toda a decoração, mas, com isso, a festa terá uma decoração única e com a personalidade dos noivos. O mesmo vale para lembrancinhas, convites, caixa de toilete, etc.

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Os chinelos são uma ótima pedida para os pezinhos agitados das convidadas, mas também custam uma grana considerável dentro do orçamento. Como são considerados “supérfluos”, podem ser cortados. É só avisar às pessoas mais próximas para levar o próprio chinelo de casa que ninguém passa apuro.

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Reforçando o que foi dito no item 6, tudo o que é supérfluo pode ser cortado. É o caso do menu nas mesas, indicando qual será o cardápio da noite. Se julgar extremamente necessário, procure na internet algumas opções criativas e siga o “DIY”, faça você mesma.

São apenas algumas dicas, porque, com certeza, cada noivinha tem sua própria maneira de economizar na organização do casamento. Daí é só usar a imaginação e poupar seu bolso. Boa sorte!

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CULTURA

EXPOSIÇÃO REÚNE TRABALHOS DE FRIDA KAHLO E OUTRAS SURREALISTAS MEXICANAS Em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, a mostra pode ser conferida entre os dias 27 de setembro e 10 de janeiro de 2016.

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rida Kahlo (06 de julho de 1907, Coyoacán, México 13 de julho de 1954, Coyoacán, México) marcou sua história com a arte. As 143 telas pintadas por ela renderam comentários polêmicos pela ousadia do trabalho, o rótulo de surrealista e inspiração a diversos artistas. E isso perdura até a atualidade. No fim deste mês, no dia 27, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, recebe a exposição “Frida Kahlo - conexões entre mulheres surrealistas mexicanas”, um amálgama de diversas mulheres, em sua maioria nascidas ou radicadas no México, que criaram obras tão dignas de nota quanto às do ícone mexicano. De toda produção de Kahlo, o público pode conferir 20 telas e 13 obras sobre papel (nove desenhos, duas colagens e duas litografias). A pesquisadora Teresa Arcq assume a curadoria, que reúne, no total, cerca de 100 obras de 16 artistas distintas, dentre as quais se destacam Maria Izquierdo, Rosa Rolanda e Remedios Varo. Arcq discursa sobre seu encanto com as obras selecionadas. O que a cativou não foram apenas a qualidade da execução e a diversidade de técnicas, mas também a forma de abordar diversos temas de uma maneira muito pessoal, que explora o universo interior de cada uma.

FRIDA KAHLO AUTORRETRATO CON MONOS 1943 ÓLEO SOBRE TELA COURTESY THE GUELMAN COLLECTION ©2015 BANCO DE MÉXICO DIEGO RIVERA & FRIDA KAHLO MUSEUMS TRUST

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“As conexões se dão em muitos níveis, começando pela influência de Frida no descobrimento da arte pré-colombiana e popular do México, que influenciou muitas dessas artistas”, explica. Ela comenta que algumas dessas conexões são evidenciadas de maneira literal, como em “La novia que se espanta al ver la vida abierta” (A namorada que se espanta ao ver a vida aberta), de Kahlo, que trata de sua relação íntima com Jacqueline Lamba. Ou mesmo “La balada para Frida Kahlo”, de Alice Rahon, que é um tributo à amizade de Kahlo e Rahon. A organização da exposição é feita a partir de núcleos temáticos, que mostram como Frida e outras mulheres surrealistas abordaram temas diferentes em sua arte: a auto-representação, a natureza morta simbólica, o corpo, o casamento, a maternidade, o âmbito doméstico, o mundo da magia, entre outros. A inspiração partiu da trajetória profissional de Teresa, historiadora de arte, que ao longo de 3 anos foi curadora chefe do Museu de Arte Moderna da Cidade do México. Arcq reforça a importância de sua seleção feita ao Instituto Tomie Ohtake devido à variedade de artistas talentosas que possuem uma obra pouco conhecida. Acrescenta, ainda, que apesar da dificuldade em filtrar todas essas obras, um dos pontos altos da exposição é justamente esse “diálogo” estabelecido entre as mulheres.

NICKOLAS MURAY FRIDA KAHLO EN UNA BANCA #5 CARBRO PRINT 45,5X36 CM COURTESY THE GELMAN COLLECTION, © NICKOLAS MURAY PHOTO ARCHIVES

MARJORIE CAMERON SEM TÍTULO (MYSTIAL LANDSCAPE WITH SPIRITS) 8,3X20,3CM CAMERON PARSONS FOUDATION , SANTA MONICA, CA COURTESY NICOLE KLAGSBURN GALLERYN NEW YORKN NY

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CULTURA

Mestre em Artes, a dramaturga Viviane Dias é grande admiradora de Kahlo e se diz curiosa com a exposição. Sua expectativa é que ela possa justamente revelar um olhar não só a partir da Europa e sua maneira de enxergar as artes, mas a partir de uma perspectiva latino-americana. “Que é potente, em pleno diálogo com o universo mítico pré-colombiano e com a capacidade destas mulheres de subverter a lógica e a razão”, detalha. Entre tudo que a cativa no trabalho de Frida, o que mais a impressiona é a forma como a artista se recriou por meio da arte. Em sua opinião os autorretratos são mal compreendidos, associados a um culto pessoal e narcisista. “Para mim, Frida criava e recriava sua posição no mundo a partir dos autorretratos”, pontua. Algo que ela procura anunciar em sua peça, “Frida Kahlo - Calor e Frio”: “os autorretratos firmam uma posição ativa e criativa – em que Frida nunca aparece só, mas rizomática, ligada a todo um universo através de fitas, fios, espinhos, cabelos”, explica.

IMAGEM/LUCIENNE BLOCH FRIDA KAHLO EN EL HOTEL BARBIZON PLAZA 1931 GELATIN SILVER PRINT 29,2X19 CM-COURTESY THE GELMAN COLLECTION

Durante sua pós-graduação em pedagogia teatral na Universidade Nacional Autônoma do México, Viviane teve um contato muito próximo com o trabalho de Kahlo. Como já desenvolvia uma pesquisa no Brasil a partir da voz feminina na dramaturgia, envolveu-se a ponto de criar essa peça, que já foi apresentada em diversas cidades do Brasil, no México, no Chile e na Itália. A próxima temporada do espetáculo acontece entre os dias 31 de outubro e 5 de dezembro no Teatro Studio Heleny Guariba, em São Paulo Para Teresa, os autorretratos possuem um peso ainda mais forte - é um tema que separa a produção artística dessas mulheres daquela de muitos homens vinculados ao surrealismo. “Além disso, um exemplo muito claro é o uso da natureza morta simbólica para contar histórias de amor e de perda”, acrescenta. Em comum, tanto Teresa quanto Viviane citam a sensibilidade artística das mulheres ao falar sobre o feminino e a sexualidade. “O simples ato de ter a possibilidade de conceber muda por completo o olhar para o próprio corpo, por exemplo”, aponta Teresa. Frida Kahlo, já conhecida internacionalmente, deve atrair a maior parte do público. Mas Teresa espera que todos se surpreendam ao conhecer a obra de outras grandes artistas, que entre ícones mexicanos criam uma confluência de grupos de exiladas europeias, como Remedios Varo e Leonora Carrington. E lembra, ainda, que além das pinturas o público confere algumas fotografias, dentre as quais destaca Kati Horna: “ela possui uma aproximação à figura de Kahlo não apenas como ícone, mas como uma artista multifacetada que foi uma figura de grande influência no desenvolvimento da arte no México”, conclui. 9 0 | CINCO + | SETEMBRO 2015

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ever orçamentos e se programar são a única forma de minimizar riscos e elevar os níveis de eficiência, driblando o coeficiente negativo desse momento econômico e deixando o resultado dessa conta bem positivo. Ou seja, transformar dificuldade em oportunidade depende agora do quanto você está preparado. Na arquitetura, por exemplo, é sempre importante que se reflita e programe sobre o que será feito, pesquisando o maior número de referências e colocando tudo no papel. Não traçar um plano tem sido o principal erro em relação à reforma. As consequências são orçamento estourado, assim como o tempo previsto com a obra. Haja transtorno! Para evitar essas dores de cabeça e outras surpresas dispensáveis, antes de quebrar a primeira parede, é altamente recomendável procurar por ajuda profissional. Foi o que fez uma família de Campo Grande, que realizou o moderno projeto assinado pelo Studio It Decor, que, de forma magistral, ilustra essa matéria. As parceiras Daiana Capucci, Marcia Ribeiro e Thaysa Canale explicam que o projeto desse apartamento foi criado para um jovem casal com duas filhas pequenas. A casa já existia com uma cara mais antiga, e os proprietários queriam algo moderno e atual. Como a família gosta de receber, na sacada, foi feita uma churrasqueira toda revestida em granito preto absoluto, com muitas banquetas, aliado à proposta de um conversition que traz mais poltronas e bancos para os convidados. Amigos que podem ser recebidos ainda num bar espelhado e geométrico. A mesa da sala de jantar foi feita com base em laca preta com tampo em mármore Nero e as cadeiras, todas em tachas, são uma releitura vitoriana. As paredes também receberam revestimento em 3D cimentício, da Rerthy, que garante sofisticação ao living e à sacada. O projeto lumino-técnico sofreu alterações com a instalação de novas luminárias e retrofite de lâmpadas em LED. A luminária em raia, na entrada do apartamento, ganhou ainda a função de escultura. Tem mais: alguns móveis foram reformados e outros adquiridos. Sabiamente, foram escolhidas peças de design, como a escultura em pantera, vasos em murano e obras de arte. As telas da série ‘Universo Top’ foram especialmente pintadas para o apartamento, e poltronas folheadas a ouro e almofadas com tecidos nobres completam o toque exclusivo. A bela proposta executada superou as expectativas da família, tornando a experiência da reforma memorável. Ficou elegante, contemporâneo e o resultado visivelmente extraordinário coube no bolso. Ao contrário do que muitos pensam, priorizar um projeto arquitetônico não foi uma opção dispendiosa, mas inteligente e econômica. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 95



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COMPORTAMENTO

AS NOVAS BALZAQUIANAS Quando o francês Honoré de Balzac (1799-1850) escreveu “A Mulher de 30 anos”, entre 1831 e 1832, fez apologia às mulheres de mais idade que, emocionalmente amadurecidas, poderiam viver o amor plenamente, em oposição às jovens heroínas românticas. por SONIA NABARRETE

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obra deu origem ao termo balzaquiana, para referir-se à mulher de 30 anos. Esta idade já foi considerada emblemática para a mulher cumprir algumas etapas, como casamento e maternidade. Hoje, não mais. Elas estão adiando essas opções para investir em estudos, carreira e viagens.

NÃO EXISTE IDADE OU MOMENTO CERTO PRA NADA, É PRECISO RESPEITAR SEU TEMPO, SEU MOMENTO, SUA HORA. O FOCO É SER FELIZ!” VANESSA ANDRETTA 9 8 | CINCO + | SETEMBRO 2015


A jornalista Marina Bastos, 32 anos, é exemplo dessa nova postura. Fez pós-graduação em Literatura e Linguística e até o final do ano deve concluir mestrado em Comunicação, Cultura e Dinâmica Social. Paralelamente, viajou bastante, conhecendo Áustria, Espanha, Turquia, França, Holanda, Hungria, Eslováquia, Chile, Argentina, Uruguai, além de muitos lugares no Brasil, como Chapada dos Veadeiros, Chapada Diamantina. Jericoacora e Fernando de Noronha. “Viajar é sempre uma oportunidade de olhar as coisas sob outra perspectiva, outras formas de ser feliz”, diz Marina. Ela sempre quis ser independente, trabalhar com o que gosta, viajar, estar perto da família e dos amigos, mas torcia para encontrar um parceiro bacana para dividir a vida. “Acredito que não podemos depositar todas as expectativas e energia em uma coisa só, seja casamento ou carreira. O risco de se frustrar é muito grande”, afirma Marina, que acaba de ficar noiva de um rapaz que conheceu por intermédio da mãe. “Brincamos que ele entrou em campo como favorito, porque conquistou a sogra primeiro.” O casamento será no próximo ano, mas filhos não estão nos planos de curto prazo do casal.

“VIAJAR É SEMPRE UMA OPORTUNIDADE DE OLHAR AS COISAS SOB OUTRA PERSPECTIVA, OUTRAS FORMAS DE SER FELIZ” MARINA BASTOS

Vanessa Andretta, 36 anos, também priorizou estudos e viagens. Ela é Mestre em Ciências Florestais, especialista em Gestão Ambiental e em Ecoturismo, além de formada em Yoga e Balé Clássico. Atualmente, trabalha como professora universitária e administra uma escola de dança. Já foi para a Alemanha, República Tcheca, Áustria, França, Espanha, Portugal, Chile, Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru e, no Brasil, encantou-se com Bonito, Lençóis Maranhenses, Floresta Nacional de Tapajós, no Pará, Alter do Chão, Carrancas, entre outros lugares. “Namorei bastante, mas nunca pensei em casar. Sempre dei prioridade a minha formação, à carreira e a desfrutar da vida com liberdade e autonomia. Até que, numa consulta médica, tive uma surpresa: o médico que me atendeu tornou-se meu grande amor”, conta Vanessa, que se casa no próximo ano e vai viver com o marido em outro país por um tempo, além de viajar bastante. “Não existe idade ou momento certo pra nada, é preciso respeitar seu tempo, seu momento, sua hora. O foco é ser feliz!”, afirma. C I N C O + | SE T E MB R O 2 0 1 5 | 99


CIDADANIA

A precaução ajuda a não nos assustarmos em situações de risco. Nas paradas de semáforos e cruzamentos esteja sempre alerta. PARADO NO SINAL

• Sempre que parar num semáforo fique atento ao retrovisor e à região em volta do carro. geralmente os meliantes ficam escondidos nas proximidades, aguardando a parada dos veículos para poderem agir. • A faixa central costuma ser mais segura, uma vez que o marginal ataca pelas calçadas ou pelo canteiro. As primeiras fileiras são geralmente visadas para roubos de carro, já as últimas para furtos de objetos. • Fique sempre atento à aproximação de motocicletas com passageiro na garupa, pois é uma das formas mais utilizadas para o cometimento de crimes em semáforos. Se houver suspeita saia com o carro antes da aproximação total, e lembre-se sempre: procure nunca reagir a um assalto!

ANDRÉ SALINEIRO é Agente da Polícia Federal. Bacharel em Direito e Fisioterapia. Pós-graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduado em Direito Penal e em Direito Processual Penal. Especialista em: Violência, Criminalidade e Prevenção; Sistemas e Gestão em Segurança Pública; Análise Criminal; Uso da Informação na Gestão da Segurança Pública. Membro e palestrante do G.P.R.E.D (Grupo de Prevenção ao Uso de Drogas da Polícia Federal). Conselheiro comunitário de prevenção ao uso de drogas. Autor do livro: Gestão Estratégica em Segurança Pública. 1 0 0 | CINCO + | SETEMBRO 2015


Segunda a sexta

18H15

CREDIBILIDADE que faz Parte da sua vida. O principal jornal do início da noite, apresentado pela dupla Marcos Anelo e Emilia Chacom. Mais dinâmico, interativo, links ao vivo das ruas com os principais acontecimentos da capital.

EMILIA CHACOM

MARCOS ANELO

Av. Calógeras, 315 CEP 79004-383 (67) 3323.6400 Campo Grande-MS


CULTURA

UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA

Museu das Culturas Dom Bosco proporciona um mergulho no passado por meio de acervo com cerca de 40 mil objetos. por KÁTIA KURATONE

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C

om uma estrutura moderna e interativa, o Museu das Culturas Dom Bosco (MCDB) proporciona uma verdadeira viagem a seus visitantes. Criado em 1951, pelos padres salesianos (leia mais no Box), desde 2009 ele está localizado no Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena, na Capital. O espaço foi construído com um projeto arquitetônico e museológico pensado para transformar-se em um grande local de encontro para práticas educativas, com compromisso e intuito de sensibilizar as pessoas sobre o patrimônio cultural. “A construção contou com um projeto museológico moderno, onde, dentro do programa arquitetônico, o museu se apresenta com exposições esteticamente

modernas (interativas e visualmente simbólicas, como também seguras para conservação do acervo), além da questão da acessibilidade a todos os públicos. Mudando completamente sua maneira de expor no prédio anterior, que tinha uma proposta colecionista, onde apresentava uma grande quantidade de objetos sem contextualizá-los, hoje cada espaço expográfico tem formas que simbolizam as coleções apresentadas”, explica o coordenador geral Dirceu Mauricio Van Lonkhuijzen. Preservar, conservar, pesquisar e expor são atividades desenvolvidas pela equipe do Museu. Segundo o coordenador, o MCDB tem aproximadamente 40 mil objetos em seu acervo, que está dividido nas coleções minerais, fósseis, conchas, insetos, animais taxidermizados, objetos arqueológicos e artefatos de povos indígenas. “O acervo é fruto de coletas de padres e missionários salesianos, como de trabalhos de pesquisadores da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Existem peças importantes de todas as coleções, com destaque para a coleção de objetos indígenas da etnia Bororo, ou mesmo animais que já foram extintos ou correm risco de extinção. Todo este material recebe periodicamente ações conservativas, como higienização preventiva e restauro quando necessário”, destaca Dirceu. Ele complementa que nem todo este acervo está exposto. “Atualmente apenas as coleções de arqueologia e etnologia (povos indígenas) estão completas na exposição de longa duração (ciências humanas). Já as coleções de ciências naturais, compostas por minerais, fósseis, conchas, insetos, animais taxidermizados, apresentamos apenas uma pequena amostra em nossa exposição temporária.” Para os interessados em fazer essa viagem e ampliar os horizontes, o Museu das Culturas Dom Bosco é aberto à visitação de terça a domingo, das 8h às 16h45. O ingresso custa R$ 10, no entanto, como medida de incentivo, está sendo cobrado temporariamente o valor de meia entrada para todos os públicos. Crianças até 7 anos não pagam e grupos escolares devem fazer agendamento. Mais informações no site http://www.mcdb.org.br/. C I N C O + | SE T E MB R O 2 01 5 | 103


CULTURA

FAZENDO HISTÓRIA... Fundado pelos padres salesianos em 27 de outubro de 1951, o Museu Dom Bosco funcionou nas dependências do Colégio Dom Bosco em Campo Grande, ainda no antigo estado de Mato Grosso. Conhecido popularmente como o “Museu do Índio”, a partir de 1978 foi instalado no prédio anexo à Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT), na Rua Barão do Rio Branco, onde permaneceu por 26 anos. Em 2003, a Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT) e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), instituições mantenedoras do Museu Dom Bosco, assinaram convênio com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul para a implantação de um novo museu, no Parque das Nações Indígenas. O projeto do Museu das Culturas Dom Bosco (MCDB) teve início com várias frentes de trabalho e foi subdividido em quatro subprojetos: Arquitetônico, Museológico, Museográfico e Educativo Cultural. Segundo o coordenador geral, Dirceu Mauricio Van Lonkhuijzen, em 2014 o MCDB registrou um total aproximado de 12 mil visitantes. “O público varia conforme a época do ano, meses de alta são janeiro, julho e dezembro, já os meses de baixa: março e setembro. No ano passado o número de visitantes foi de aproximadamente 12 mil, entre público escolar e visitantes em geral: moradores da Capital, turistas de outras regiões do Brasil e estrangeiros”. Também vale ressaltar que o Museu das Culturas Dom Bosco é um museu universitário, administrado pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) desde 1996. “É um ambiente acadêmico de educação, pesquisa e extensão”, reforça Dirceu. 1 0 4 | CINCO + | SETEMBRO 2015



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