Edição 95 | Ano 8 | Novembro | 2015
Edição 95 | Ano 8 | Novembro | 2015
Música faz bem a todos! Seu filho internacional Escola Canadense Bilíngue
No picadeiro: Marcos Frota!
Lentes de contato dental é a evolução da odontologia estética
editorial
D
ifícil imaginar a vida sem música! Eu, pelo menos, adoro e ao longo da vida fui só aumentando a minha playlist. Minha memória afetiva é frequentemente acionada quando estou ouvindo rádio e de repente toca aquela canção da banda preferida, da época de adolescente ou aquela que marcou um momento especial... É muito bom!! Por isso, de primeira, já fui a favor da ideia de produzirmos um especial com esse tema e creio que muitos leitores também vão se identificar. Acredito que a música está muito ligada a nossa história. No Mês passado terminei de ler o livro “Nada Será Como Antes”, do jornalista Julio Maria, que conta a biografia da cantora Elis Regina. É impressionante como o mergulho na trajetória dela, que é considerada uma das maiores cantoras do Brasil, se mistura com a história do nosso País. O autor relata momentos importantes da época, como as prisões dos músicos e também dos exilados durante a ditadura militar. Tempos difíceis para os artistas e compositores, que eram frequentemente censurados e precisavam driblar, com categoria, o governo para cantar e compor. Felizmente esse período ficou para trás. Outro ponto bacana citado no livro, e que percebo que até hoje mobiliza as pessoas, são os festivais. Elis se apresentou em muitos. Na época, os festivais eram o auge para a divulgação das canções, inclusive com transmissão pela televisão, assim como muitos realizados atualmente. As regras mudaram, antes era uma competição com jurados, hoje são apresentações, e creio que em proporções bem maiores, como no caso do Rock in Rio, mas o ponto em comum ainda é que eles continuam sendo sucesso de público. O importante mesmo é que a música une as pessoas. Ela também anima, alegra e pode acalmar e relaxar! Você já viu uma boa festa sem música? Ela é protagonista nos grandes eventos. Por tudo isso, nosso repertório da edição de novembro está bem eclético! Vamos falar da música digital, que trouxe uma nova forma de consumo e de produção, e na internet, a diversidade musical é extensa com muitas ferramentas gratuitas que disponibilizam milhões de músicas para serem ouvidas. Também fizemos um roteiro com algumas opções de lugares que oferecem boa música na Capital! Vale a pena conferir! Boa Leitura. Kátia Kuratone DRT/MS 293
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58 | DECORAÇÃO A TENDÊNCIA É BUSCAR CONHECIMENTO
96 | MEIO AMBIENTE INSTITUTO ARARA AZUL: “ADOTE UM NINHO”
32 | SAÚDE CONSUMO DE PEIXE NO BRASIL AINDA ESTÁ ABAIXO DO RECOMENDADO
10 | SAÚDE SORRISO PERFEITO
24 | INFORME PUBLICITÁRIO REPÓRTER DE MS É UMA DAS VENCEDORAS DO PRÊMIO ESTÁCIO DE JORNALISMO
10 | SAÚDE
24 | SAÚDE
SORRISO PERFEITO 12| SAÚDE ELA SABE ABRIR AS PORTAS CERTAS 16 | SAÚDE GUERRA CONTRA A CELULITE 18 | SAÚDE CRIANÇA TEM DOR! 20 | SAÚDE UMA DOR NÃO COMPARTILHADA DÓI MAIS 22 | SAÚDE PREVENÇÃO, SEMPRE!
CONSUMO DE PEIXE NO BRASIL AINDA ESTÁ ABAIXO DO RECOMENDADO PELA OMS 26 | INFORME PUBLICITÁRIO REPÓRTER DE MS É UMA DAS VENCEDORAS DO PRÊMIO ESTÁCIO DE JORNALISMO 28 | EDUCAÇÃO CRISE HÍBRIDA DESPERTA ALUNOS À CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA ÁGUA 30 | EDUCAÇÃO SEU FILHO INTERNACIONAL
SUMÁRIO EDIÇÃO 95
ANO 8
NOVEMBRO 2015
32 | CIDADANIA CAMPANHA BENEFICENTE ‘SBT MS DO BEM’ QUER ARRECADAR R$ 1 MILHÃO PARA ENTIDADES DE MS 36 | CULTURA NO PICADEIRO: MARCOS FROTA! 40 | NÓS 2 POR AÍ MINHA SOGRA NÃO É UMA BRUXA 42 | COMPORTAMENTO AFINAL, DÁ PARA VIVER SEM CARRO? 46 | MÚSICA RITMOS PARA TODOS OS GOSTOS 50 | CINEMA A MÚSICA SEMPRE PRESENTE NA SÉTIMA ARTE 52 | MÚSICA AS MUITAS FACES DA CULTURA LATINA SE UNEM NA MÚSICA 56 | MÚSICA EMOÇÃO AO SOM DO BOM E VELHO ROCK IN RIO 58 | DECORAÇÃO A TENDÊNCIA É BUSCAR CONHECIMENTO 60 | CONCURSO ACED DIVULGA GANHADORES DO 18º CONCURSO DE FOTOGRAFIA 64 | MÚSICA MÚSICA DIGITAL 66 | COMPORTAMENTO A MELHOR MUSICA DO MUNDO 68 | COMPORTAMENTO TÁXI OU UBER? PARA QUAL DOS DOIS VOCÊ VAI FAZER SINAL? 74 | COMPORTAMENTO QUANTO MAIS CONECTADOS MELHOR? 77 | CIDADANIA NÃO SEJA A PRÓXIMA VÍTIMA 78 | COMPORTAMENTO ‘A PIPA É NOSSA!’ 80 | COMPORTAMENTO PAI SIM, MARIDO NÃO 86 | CASAMENTO RENOVAÇÃO DE VOTOS 88 | DECORAÇÃO SUA CASA COM A SUA CARA 92 | VIAJE BEM AH! MINHA BAGAGEM... 96 | MEIO AMBIENTE INSTITUTO ARARA AZUL LANÇA 2º EDIÇÃO DA CAMPANHA “ADOTE UM NINHO” 102 | CIDADANIA NOVA LICENÇA-PATERNIDADE QUER DEIXAR OS PAIS PERTO DOS FILHOS MAIS TEMPO
Coordenação de Comunicação: Henrique Attilio (MTB/MS 177 Publicitário MTB/MS 947 Jornalista) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e Vitor Obede - Redação: Claudia Malfatti (DRT/MS 036) , Patricia Belarmino (DRT/MS 1211), Paula Maciulevicius; Fernanda Monteiro (DRT/MS 177); Jacklin Andreucce (DRT/MS 095); Jéssica Benitez; Luiz Felipe Fernandes (MTB 2013); Lidyanne Aquino, Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Sônia Nabarrete - Revisão: Soraya Vital Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone. Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio, Jonathan de Oliveira, Geth Teixeira Rodrigues - Planejamento e Operações: Henrique Attilio e Kátia Kuratone - Fotografias: Raissa Canuto, Marcos Vollkoph, Pedro Jardim, Grupo Assault.
www.editoraalvorada.com.br Participaram nesta edição: Odontólogo Dr. Estevom Molica (CRO/MS 2010). Especialista em dor Dr. Maruãn Omais (CRM/MS 3225). Cinéfilo e Jornalista Airton Raes. Agente da Polícia Federal, André Salineiro. Jornalista e blogueira, Juliana Ferreira. Jornalista, Ana Raquel Copetti Telles. Publicitário Gustavo Telles. Procuradora de Justiça e escritora Ariadne Cantú. Consultor de viagens Adriano de Oliveira. Arquitetura e designer de interiores Thaysa Canale, Daiana Capuci e Marcia Ribeiro. Jornalista, Juliana Feliz. Tiragem: 10.000 exemplares Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da Gráfica e Editora Alvorada, com periodicidade mensal e distribuição dirigida gratuita. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500
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SAÚDE
PERFEITO T
enho falado muito sobre “Lentes de Contato Dental” e resolvi reiterar aqui a evolução da odontologia estética com esse tema.
Lentes de contato dental é a evolução da odontologia estética.
É que, sem sombra de dúvida, atualmente elas são o que há de mais sofisticado em termos de estética dental e deixaram de ser exclusividade de artistas das capas de revistas, dos comerciais ou das novelas da TV, para iluminar sorrisos de pessoas comuns. Aliás, essa técnica trouxe uma excelente alternativa para quem quer conquistar um sorriso perfeito, porque oferece resultado rápido e extremamente satisfatório. As lentes de contato dentais se parecem com as lentes de contato oculares. São capas de porcelana extrema-
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mente finas e discretas, de 0,2 mm a 0,4 mm de espessura, que acoplamos aos dentes sem nenhuma necessidade de desgaste na estrutura que vai receber o material, ao passo que as facetas de porcelana – técnica mais antiga usada com o mesmo objetivo, exigem o desgaste dos dentes e apresentam medidas de pelo menos 1mm. Quem vê esse revestimento aparentemente fino e delicado, imagina tratar-se de algo frágil e descartável. Ledo engano. Quando se unem aos dentes naturais, as lentes de contato formam uma camada sólida, forte e duradoura e essa resistência, vantagem inquestionável, resulta da união entre os materiais de alta qualidade e a própria anatomia dentária. Elas podem durar de dez a vinte anos, mas, isso, obviamente, depende, também, da boa execução da técnica, feita por profissional especializado, e de cuidados no uso. Conforto e praticidade são palavras-chave quando falamos em lentes de contato dentais. O procedimento é rápido e prático para o cliente, que pode sair e exibir feliz seu novo sorriso em apenas duas sessões. Outra vantagem é que o processo de adesão das lentes é feito diretamente no esmalte, parte mais externa do dente. Ou seja, não precisamos usar a “temida” broca, visto que a adesão é feita apenas na parte da frente tal como “unha postiça”. Em outras palavras, não tem anestesia, não tem dor e muito menos incômodo para conquistar um novo e perfeito sorriso. Se quiser experimentar um novo sorriso, é possível fazer test-drive. O recurso é chamado de mock-up, ou maquete. Com ele, o cliente sente e visualiza, na boca, como fica o resultado final da reconstrução do sorriso confeccionado com resina provisória. Isso dá uma visão geral do resultado para a pessoa avaliar se o novo design de seus dentes corresponde às suas expectativas e ainda permite que ela participe da construção de seu sorriso junto com o dentista. Quem usa as lentes de contato dentais pode levar uma vida normal e se alimentar sem qualquer restrição. A manutenção e a higiene são iguais às dos dentes naturais.
E QUEM SONHA COM ISSO VAI SE ENCANTAR COM A TÉCNICA, QUE TEM DIVERSAS INDICAÇÕES: • Dentes escurecidos. • Dentes desgastados e muito pequenos. • Dentes com pequenos desalinhamentos. • Dentes com espaços entre eles (diastemas). • Dentes posicionados para trás. • Sorriso gengival, que confere aparência infantil.
Se você não está satisfeito com o seu sorriso, saiba que as lentes de contato dentais podem ser uma excelente solução. Você não vai nem lembrar que seus dentes foram reconstruídos de tão naturais e perfeitos que ficam. As lentes são modernas, têm aspecto idêntico aos dentes e podem resolver aquele problema no sorriso que incomoda toda vez que você se olha no espelho. Um sorriso bonito traz beleza e aspecto saudável, além de renovar a autoestima. Tudo isso está ao seu alcance. Agora já é possível sorrir sem medo!
por DR. ESTEVOM MOLICA
RUA DAS GARÇAS, 943 FONE (67) 3382 7373 C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 11
SAÚDE
ELA SABE ABRIR AS PORTAS CERTAS E faz da sua vida uma história bem sucedida e realizada. Keyla Cristhina de Miranda tem 45 anos e em apenas 5 deles se tornou franqueada exclusiva de uma rede de aparelhos auditivos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Hoje são 4 clínicas aqui e 6 no Estado vizinho, cada uma delas atendendo em média 20 pessoas por dia, oportunizando empregos e parcerias com profissionais especializados que seguem à risca a orientação de entender e solucionar o problema de cada paciente. por FERNANDA MONTEIRO • foto MARCOS VOLLKOPF
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“DEUS ME MOVE. NO COMEÇO NÃO FOI FÁCIL, MAS HOJE NÃO ME VEJO EM OUTRO LUGAR”.
Sobre a excelência do atendimento, o carro chefe de suas empresas, será falado depois. Agora vale e muito acrescentar que a fonoaudióloga e empreendedora Keyla tem 3 filhos: um administrador, uma médica e outra menina de 7 anos que já anuncia seguir os passos da mãe. Como se não bastasse, a protagonista aqui arranja tempo para uma vida de aventuras como rapel e parapente e de muitas viagens como a que fez a Paris, mais um sonho já realizado. Se tem alguém que descobriu cedo sua potencialidade foi a menina nascida na goiana Anápolis. Saiu de lá com 14 anos para trabalhar com o pai em uma loja de pneus em Rondônia. Aos 17 estava casada e pouco depois decidida a fazer faculdade de Fonoaudiologia motivada pela deficiência auditiva da irmã oito anos mais nova. Por esse propósito voltou para Goiás. Dessa vez para se graduar na Capital onde todos os custos de formação e da família foram bancados pela sua veia de comerciante nata, daquela que vende de tudo: roupa, joia, calçados e até pão de queijo. Assim, Keyla desenvolvia hábitos de sucesso antes mesmo de vir pra cá. Fato esse ocorrido em abril de 1997. A mãe já morava em Campo Grande e a meta era trabalhar com aparelho auditivo. Aceitou o novo desafio e entrou para uma empresa com o salário mensal de R$ 300. Quem falou que seria fácil? O pai queria que ela fizesse Direito ou Medicina, profissões com recompensas financeiras certeiras de acordo com ele. Para ela, tudo dá dinheiro quando você é bom no que faz e realiza com amor.
Também faz questão de ir até a casa do cliente. Ela lembra que uma vez acordou 4 horas da manhã e seguiu para uma fazenda em Vista Alegre aonde chegou por volta das 6h45. Fez a consulta e ainda atendeu durante todo o dia na cidade de Ponta Porã. Tanta dedicação norteia o atendimento e marca o diferencial da UniAudio. Keyla explica que preço, prazo e tecnologia todo mundo tem. Portanto investe nas pessoas da sua equipe. A instrução é simples: se colocar no lugar do cliente e tratar cada caso de maneira individualizada. Exclusividade que tem gerado confiança. Hoje, 70% dos pacientes que chegam à clínica são por indicação de outro paciente. A ideia agora é manter a eficiência das lojas existentes nos dois Estados e expandir as parcerias com suporte e treinamento. A sede em Campo Grande está em reforma para aumentar o número de salas e, consequentemente, o atendimento. “Deus me move. No começo não foi fácil, mas hoje não me vejo em outro lugar”, afirma com gratidão. Como ainda sobra paixão, Keyla deixa as portas sempre abertas para a liberdade, como a de passar um “domingo no mato” ou se tornar jipeira e tirar um brevê. Um sucesso de vida.
Seguindo sua intuição, enfrentou os perrengues financeiros e essa porta aberta fez com que Keyla tivesse certeza de onde estava seu coração. Aproveitou a oportunidade, se preparou e seu talento explodiu. Intensidade patente que fez com que ela fosse perfilada nessa matéria. O texto tenta ainda exprimir que a receita de sucesso não é novidade, mas o entusiasmo que ela tem pela Fonoaudiologia é demais de contagiante. “Escolhi a profissão certa. Sou muito feliz com o que eu faço”. Isso explica o pique dessa mulher. “Trabalho enquanto estou acordada”, tenta contabilizar. Keyla está sempre à disposição e coloca que o fim de semana para o seu paciente, a maior parte idoso, é um momento de relações familiares quando eles querem interagir e a qualidade na audição se torna infalível. “Passo sempre o número do meu celular particular”, se entrega atenciosa.
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Quem ouve bem, vive melhor.
SAÚDE
GUERRA
CONTRA A
A Pharmacenter oferece cremes de alta qualidade para tratamentos estéticos. por KÁTIA KURATONE
celulite é um problema estético que incomoda muitas mulheres e que acaba, inclusive, interferindo na autoestima de algumas delas. O aspecto da pele, conhecido como “casca de laranja”, deixa a mulherada apavorada! Por isso muitos especialistas da área da estética trabalham em busca do melhor tratamento para combater a celulite. “Indicamos o creme anticelulite Claffeise áreas críticas para usar durante o dia, e o Claffeise night para usar à noite, ambos oferecidos pela Pharmacenter”, explica Diana Gasparetto, fisioterapeuta e chefe da Clínica Kátia Volpe em Campo Grande. Segundo ela, os cremes são grandes aliados no dia a dia. Eles são muito utilizados no tratamento da redução intensiva da celulite, da gordura localizada e no aumento da firmeza da pele. De alta qualidade, o Claffeise possui uma textura leve, com rápida absorção e não gruda na roupa. A aplicação não necessita de massagem.
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O resultado positivo começa a aparecer em 28 dias. Dentre os benefícios estão: aumento do metabolismo das células gordurosas, o que faz com o tamanho delas diminua, estímulo à produção de colágeno, melhora da textura da pele, circulação ativa e ajuda na eliminação de toxinas. Existe no mercado uma diversificada opção de produtos anticelulite, no entanto é preciso escolher o creme adequado e de qualidade para que os resultados obtidos sejam os almejados. “Os cremes exigem longo prazo de aplicação e, por isso, é importante optar por uma linha de produtos de alta qualidade, como os da Pharmacenter, para os bons resultados no tratamento”, indica. Além do creme anticelulite, a fisioterapeuta também indica o filtro solar Adatina e o sabonete tônico e esfoliante para pele oleosa, também Adatina. A Pharmacenter possui profissionais especializados que trabalham com assistência farmacêutica personalizada e com produtos de qualidade.
DENTRE OS FATORES QUE PODEM CAUSAR A CELULITE ESTÃO: • fatores genéticos • hormonais • má circulação • má alimentação • falta de atividade física. DICAS QUE AJUDAM A COMBATER A CELULITE: • comer alimentos que ajudem no processo de circulação sanguínea e linfática, como os vegetais: brócolis, couve flor, couve, couve de bruxelas, repolho, rúcula, folhas de mostarda e rabanete; • entre as frutas, priorizar as vermelhas, como cereja, amora, framboesa, morango, uva preta e o açaí; • consumir muita água, no mínimo 2 litros por dia; • reduzir o consumo de gordura e açúcar.
Saiba mais no www.pharmacenter.com.br
DE ALTA QUALIDADE, O CLAFFEISE POSSUI UMA TEXTURA LEVE, COM RÁPIDA ABSORÇÃO E NÃO GRUDA NA ROUPA. A APLICAÇÃO NÃO NECESSITA DE MASSAGEM.
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SAÚDE
CRIANÇA TEM DOR!
S
abemos que as experiências e os aprendizados dolorosos ocorrem por toda a vida, estabelecendo padrões e efeitos profundos na percepção e na resposta à dor durante a mesma. É ao redor do sétimo mês de vida intrauterina que se entende que a informação da dor possa estar presente nas crianças (que aqui denominamos de feto), parecendo não estar totalmente completa, mas existindo. A dor nesta faixa etária está relacionada a processos agudos, como dor após uma cirurgia, a traumas, como acidentes ou necessidade de procedimentos repetitivos, a dor crônica e a dor recorrente. Vale ressaltar que a dor nesta faixa etária, muitas vezes não consegue ser descrita, e o fato de não conseguir expressá-la em palavras torna-se um capitulo à parte em sua avaliação. As crianças e os seus familiares devem receber informações relacionadas aos procedimentos, devendo colaborar da forma mais natural possível, para que se possa esperar uma resposta mais adequada e diminuição da angústia, do sofrimento e do desconhecido. A dor deve sempre ser controlada, podendo ser através de medidas farmacológicas (medicamentos adequados conforme estímulo, seja leve, mediano ou forte) e medidas não farmacológicas (massagem, compressas quentes ou frias, mudança de posição, musicoterapia, estratégias comportamentais). Nenhuma dor deve deixar de ser tratada, principalmente a dor intensa. Os mitos precisam ser quebrados. Criança sente dor! Há a necessidade de uma avaliação e reavaliação de forma adequada em relação à dor, bem como seu entendimento e conceitos. O medo de possíveis efeitos adversos dos analgésicos é fruto de desconhecimento. Não devemos nos abster de uma avaliação adequada da dor nas crianças, independentemente de sua idade. Isto vale para os pais e para a equipe de saúde, pois se não entendida e não avaliada, consequentemente não será tratada. E esta displicência e responsabilidade é de todos.
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por DR. MARUÃN OMAIS CRM/MS 3225 Doutor em Medicina. Especialista em Dor. Diretor Técnico da Palliare Clínica de Dor e Cuidados Paliativos
SAÚDE
UMA DOR NÃO COMPARTILHADA DÓI MAIS Universidade é pioneira no País e capacita profissionais para a prevenção ao suicídio.
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por CLÁUDIA MALFATTI
Q
uando os problemas se tornam aquela “bola de neve”, uma tristeza profunda tende assolar o indivíduo. Conflitos familiares, profissionais, dificuldades financeiras, entre outros, podem fazer com que se perca a esperança e a vida deixa de fazer sentido. Um verdadeiro labirinto. A busca por ajuda é fundamental. Muitas pessoas sofrem caladas por acreditarem que não há mais solução.
A BUSCA POR AJUDA É FUNDAMENTAL. MUITAS PESSOAS SOFREM CALADAS POR ACREDITAREM QUE NÃO HÁ MAIS SOLUÇÃO.”
Pensando na prevenção ao autoextermínio, o professor e capelão do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Edilson dos Reis, organizou o I Curso de Prevenção ao Suicídio do Brasil, que conta com o apoio do HU e do Projeto Labirinto. Profissionais de diversas áreas se reúnem duas vezes por semana, na UFMS, para estudar o tema. A intenção é que se tornem multiplicadores e levem a prevenção à sociedade sul-mato-grossense. O curso, oferecido gratuitamente, é pioneiro no País e já chamou a atenção de outras instituições de ensino superior. “Pelo fato de ser um tema que não é abordado nas disciplinas das escolas de formação dos futuros profissionais de saúde, instituições de várias partes do Brasil, como São Paulo, Maranhão, Paraná, entre outros, já mostraram interesse em preencher este vazio acadêmico”, comenta Reis. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que a cada três segundos uma pessoa tenta tirar a própria vida e a cada 40 segundos há um suicídio no mundo. O assunto é ainda tabu e rodeado de mitos, por isso especialistas são categóricos ao afirmar: é preciso falar abertamente do tema para poder preveni-lo e frear a principal causa evitável de mortes prematuras. “Considerando que a sociedade tem dificuldade de lidar com o tema, caracterizando o ato como algo condenatório, essa atitude só reforça o mito e isola o indivíduo com a sua dor e sofrimento. É do veneno que se extrai o antídoto. Devemos criar a cultura da prevenção e o primeiro passo é reforçar a rede de apoio e falar do tema, não como algo imoral ou fraqueza de caráter ou ausência de uma vida religiosa, mas sim como uma questão de saúde pública”, alerta o professor. Para a psicóloga Claudia Carraro o curso contribui para ampliar conhecimento. “Eu tinha uma angústia muito grande por atender várias pessoas com intenção suicida e até tentativas de autoextermínio. O curso atende as minhas expectativas de como fazer uma melhor prevenção e abordar o assunto, sem medo e receio, quebrando certos preconceitos, além de conhecer pessoas de outras áreas, como médicos, enfermeiros e assistentes sociais.” A frase “uma dor não compartilhada dói mais”, é lembrada constantemente nas aulas do professor Reis. É preciso ficar atento quando alguém dá indícios de que não está bem. A falta de vontade de se alimentar, trabalhar e o desejo de morte deve ser levada a sério e o encaminhamento para um profissional especializado é necessário. Hoje o principal fator de risco, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é a depressão. Muitas pessoas possuem a doença e não sabem, por falta de um diagnóstico preciso.
DADOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE REVELAM QUE A CADA TRÊS SEGUNDOS UMA PESSOA TENTA TIRAR A PRÓPRIA VIDA E A CADA 40 SEGUNDOS HÁ UM SUICÍDIO NO MUNDO.”
O ASSUNTO É AINDA TABU E RODEADO DE MITOS, POR ISSO ESPECIALISTAS SÃO CATEGÓRICOS AO AFIRMAR: É PRECISO FALAR ABERTAMENTE DO TEMA PARA PODER PREVENI-LO E FREAR A PRINCIPAL CAUSA EVITÁVEL DE MORTES PREMATURAS.” C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 21
SAÚDE
PREVENÇÃO, SEMPRE!
Segunda dose da vacina contra o HPV já é aplicada nas unidades de saúde.
por PATRÍCIA BELARMINO
A
s crianças e adolescentes que tomaram a primeira dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, há seis meses, já devem tomar a segunda dose. A vacina é para as meninas com idade entre 9 e 11 anos de idade e é gratuita. Em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Ministério da Saúde, 64,1 mil meninas devem ser imunizadas contra a doença, que é uma das responsáveis pelos casos de câncer do colo do útero.
A vacina contra o HPV protege contra quatro subtipos do vírus. Dois destes subtipos são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero, que é a terceira causa de morte de mulheres no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, que é responsável pela vacinação em todo o País. Até agosto deste ano, 32,2 mil adolescentes tomaram a primeira dose da vacina contra o HPV no Estado. O quantitativo, segundo o Ministério da Saúde, representa 50,9% do público-alvo da campanha. No ano passado, quando a vacina foi disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS), 77,1 mil meninas foram vacinas no Estado. Na época, foram vacinadas meninas com idade entre 11 e 13 anos. O grande problema foi a quantidade de meninas que receberam a segunda dose: 2 2 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
apenas 37,8 mil receberam o restante da imunização. Ou seja, 41% delas não procuraram a segunda dose. Na Capital, as vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. A segunda dose deve ser tomada seis meses após a primeira e é necessária para que a imunização de fato ocorra. DOENÇA A vacina contra o HPV é indicada para adolescentes de 9 a 13 anos, com três doses. A segunda dose deve ser recebida seis meses após a primeira. Já a terceira dose é considerada um reforço e é dada cinco anos após a primeira. A proteção só é garantida com a aplicação das duas doses. Disponível no SUS desde março de 2014, a vacina tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Conforme o Ministério da Saúde, a proteção contra quatro subtipos do vírus HPV tem eficácia de 98% em quem toma todas as doses corretamente. Hoje, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo que mais mata mulheres no País, atrás, apenas, do de mama e de brônquios e pulmões. Apenas em 2012, 5.264 mulheres morreram vítimas deste tipo de câncer, conforme o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Membro da sociedade ibero latino americana de transplante de cabelo Fone 67 3384.6283 Rua Marcino dos Santos, 370 - Chรกcara Cachoeira II Campo Grande - MS
SAÚDE
CONSUMO DE PEIXE NO BRASIL AINDA ESTÁ ABAIXO DO RECOMENDADO PELA OMS por JÉSSICA BENITEZ
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SAÚDE
m julho deste ano o Mistério da Pesca e Agricultura (MPA) divulgou um levantamento feito para medir o consumo da carne de peixe pelos brasileiros. O resultado não animou muito. Cada indivíduo ingere, em média, 10,6 quilos por ano, enquanto o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) são 12 quilos. Vale ressaltar que conforme a FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), mundialmente a população insere 19 quilos de peixe no cardápio anualmente.
É exatamente aí que entra a onda fitness que tomou conta da população nos últimos anos. O peixe é aliado direto da dieta, tanto para manter o corpo saudável quanto em forma, por ser uma proteína rica em nutrientes e, dependendo da forma que for preparado, com baixo valor calórico.
Diante do resultado, o ministro Hélder Barbalho anunciou que pretende aumentar em 20% a produção do pescado no Brasil até 2020. Ele lançou em todo o País a Semana do Peixe 2015, evento realizado em vários estados, simultaneamente, entre os dias 28 de setembro e 16 de outubro. A iniciativa tem o apoio de redes de supermercados, feiras, mercados públicos, bares e restaurantes, escolas, colônias e sindicatos dos pescadores. Além dos parceiros, o projeto disponibilizou os chamados ‘caminhões do peixe’ para comercializar o produto em vários pontos das cidades.
Mas o consumo deve ser frequente, grelhado, assado ou cru, como é habitual na culinária oriental. O efeito positivo na saúde vem do ômega 3, ácido graxo responsá-
O objetivo é passar de 760 mil toneladas na área da captura para um milhão nos próximos cinco anos. Já para a aquicultura o número será elevado para 2 milhões de toneladas. Para isso, o Plano Safra da Pesca e Aquicultura 2015/2016 anunciou R$ 2 bilhões em recursos com linhas de crédito especiais para estimular o crescimento do setor. O ministro acredita que, caso o plano se concretize, o Brasil ficará entre os cinco maiores produtores da proteína do mundo, além de se tornar autossuficiente no segmento de produção e reduzir o valor do produto no mercado interno. Hoje mais de 400 toneladas são exportadas anualmente. “É o momento do Brasil experimentar essa vitamina fantástica e a qualidade do pescado brasileiro. Prestigie mercados, feiras, comércios que tenham o nosso banner, demostrando que ali há peixe de qualidade a um preço especial”, pediu o Barbalho. Conforme o Guia Alimentar da População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, com assinatura da coordenadora-geral de alimentação e nutrição da pasta, Patrícia Jaime, o ideal é consumir pescado fresco pelo menos duas vezes por semana tendo em vista que trata-se de uma carne rica em aminoácidos essenciais, cálcio, ferro, vitamina B12 e as chamadas ‘gorduras boas’.
Segundo estudo feito pelo Centro de Pesquisas Médias de Cardiff, no País de Gales, pessoas que já foram vítimas de problemas cardíacos têm redução de 29% nas chances de voltar a tê-los.
vel por ‘limpar’ as artérias, reduzindo o colesterol ruim. O nutriente é encontrado em todos os tipos de peixes, principalmente nos de água fria, como a truta, o bacalhau, a sardinha, o salmão e o atum, por exemplo.
COMO SELECIONAR PRODUTO DE QUALIDADE Ainda segundo a cartilha do Ministério da Saúde, o peixe fresco possui pele firme, bem aderida, úmida e sem manchas. Os olhos do animal devem estar brilhantes e salientes. O mesmo vale às escamas que devem ter brilho, estarem unidas entre si e bem juntas à pele. Além disso, odor deve ser o característico e não o repugnante. A conservação da carne é de extrema importância. Após descongelamento o pescado só pode ser congelado novamente se estiver pronto para consumo, caso contrário a qualidade estará comprometida. Mas se a ideia é comprá-lo fresco e depois mantê-lo no freezer, o peixe deve estar inteiro, inclusive com as vísceras. Vale ressaltar que o produto está na lista dos mais perecíveis.
VALOR CALÓRICO (100G) • Atum cru 146 calorias, enlatado (em água) 115 calorias • Bacalhau assado 96 calorias • Linguado assado 90 calorias • Salmão assado 220 calorias, cru 211 calorias • Tilápia cozida 128 calorias • Pintado grelhado 104 calorias • Dourado assado 88 calorias C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 25
INFORME PUBLICITÁRIO
REPÓRTER DE MS É UMA DAS VENCEDORAS DO PRÊMIO ESTÁCIO DE JORNALISMO por JULIANA FELIZ
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Estácio anunciou no último 30 de setembro, em cerimônia em um dos pontos turísticos mais conhecidos do Rio, o Morro da Urca, os vencedores do Prêmio Estácio de Jornalismo – edição 2015. A festa de premiação reuniu cerca de 100 pessoas, grande parte delas profissionais de comunicação de todas as regiões do Brasil. A quinta edição do Prêmio foi marcada por recordes: 333 reportagens inscritas de 151 veículos de imprensa de 23 estados e do Distrito Federal.
Um total de R$125 mil brutos foi distribuído entre os nove premiados, em duas modalidades: Nacional e Regional. Estas foram divididas nas categorias Impresso (Jornal e Revista), Televisão, Rádio e Internet. Na modalidade Nacional, o prêmio para cada vencedor foi no valor bruto de R$ 15 mil. Na modalidade Regional, o prêmio para cada vencedor foi no valor bruto de R$ 10 mil. O vencedor do prêmio principal, o Grande Prêmio Estácio de Jornalismo 2015, recebeu a quantia bruta de R$ 25 mil. Todos receberam certificado e troféu alusivos à premiação. Mato Grosso do Sul teve a presença de três finalistas: Anderson Viegas (G1 MS), Rodrigo Nascimento (TV MS Record) e a premiada Caroline Maldonado (Campo Grande News), que conquistou o primeiro lugar na categoria Internet Regional. A matéria tratou da realidade dos
A jornalista Caroline Maldonado trouxe o troféu para Mato Grosso do Sul. 2 6 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
O presidente da Estácio, Rogério Melzi, reforçou a importância da cobertura sobre educação.
indígenas que cursam o ensino superior. “Estou muito feliz pelo reconhecimento da Estácio a essa e outras reportagens que revelam as vivências, desafios e conquistas de pessoas, suas famílias e comunidades por meio da educação”, disse a jornalista. Para o Diretor Geral da Estácio campus TV Morena, Stephan Filippo, o reconhecimento em um prêmio nacional demonstra que a Estácio valoriza as características culturais de cada região do País, mesmo sendo uma companhia de grande porte e abrangência. “Premiar uma reportagem que traz a temática indígena alinhada ao Ensino Superior é colocar em destaque um assunto que promove o desenvolvimento local das comunidades.” Stephan Filippo comenta que trazer este prêmio para MS só contribui para um projeto ainda maior para 2016. Por termos um curso e Publicidade e Propaganda já consolidado e várias opções de cursos de pós-graduação na área de Comunicação, a Unidade TV Morena retoma o curso de Jornalismo, integrando a EPICO – Escola do Pensamento Inovador em Comunicação. “O ineditismo da proposta de integrar graduação, especialização e cursos livres parece audaciosa, mas o corpo docente qualificado, o conjunto de laboratórios disponíveis e o respaldo de uma grade curricular atualizada e nacional, coloca a Estácio em um patamar diferenciado para os estudantes que querem ingressar no mercado mais bem preparados”, completa.
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EDUCAÇÃO
CRISE HÍBRIDA DESPERTA ALUNOS À CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA ÁGUA por JÉSSICA BENITEZ • fotos DIVULGAÇÃO
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mbora a crise híbrida não tenha afetado diretamente Mato Grosso do Sul, a falta de água, em decorrência da escassez de chuva somada à falta de conscientização da população sobre o uso correto do produto, foi explorada por todo o Brasil desde o início do ano. O problema fez com que os moradores, principalmente do estado de São Paulo, recorressem a inúmeros métodos para tentar minimizar o desperdício. Com objetivo de passar os ensinamentos aos mais jovens, além de incentivar os estudos voltados ao tema, o colégio Funlec Professora Maria Lagos Barcellos realizou no último dia 26 a Feira de Conhecimentos na qual o assunto trabalhado foi a água. Cabia aos pouco mais de mil alunos acharem subtemas para darem vida aos trabalhos. Criatividade não faltou, os pequenos, que fazem parte das primeiras séries, mostraram qual é o processo que a chuva faz na terra. Com ajuda da SESAU (Secretária Municipal de Saúde) de Campo Grande a prevenção à dengue também foi propagada. Os mais velhos se arriscaram em temas de maior abrangência, como foi o caso de
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integrantes de duas salas do 9° ano do ensino fundamental e uma do 2° ano do ensino médio. Juntos, nove alunos toparam o desafio de ir ao Pantanal. Segundo eles, o que mais atraiu foi a ideia de aprofundar o conhecimento sobre a maior planície alagada de água doce do planeta Terra. Acompanhados por um responsável, eles foram para Corumbá e ficaram por dois dias. A experiência rendeu muito aprendizado e um minidocumentário com entrevistas de moradores, ribeirinhos que ainda vivem na região e comerciantes. Na escola, uma sala foi transformada em Pantanal. A PMA (Polícia Militar Ambiental) cedeu informativos e animais empalhados, fato que dava ainda mais realidade ao espaço. O trabalho, que serve como iniciação científica aos idealizadores, contou a história pantaneira desde sua descoberta até os dias de hoje, passando pela economia local e cotidiano dos cidadãos. “Quatro pessoas do nosso grupo foram para Corumbá. Lá nós vimos sucuri, jacaré, atravessamos o Rio Paraguai, conversamos com ribeirinhos, aprendemos muito. Também fomos ao museu do Forte Coimbra (Museu de História do Pantanal)”, contou Daiany Xavier, 14 anos, aluna do 9˚A.
Os professores responsáveis pela Feira ajudam no processo de criação do tema, juntamente com a direção da escola, trabalho que começa no início de cada ano. A definição do assunto a ser trabalhado ocorre no máximo até o final do segundo bimestre para que o evento seja realizado em setembro. “Mas também temos ajuda dos pais dos alunos, que vêm até a escola ajudar a montar tudo e fazem o que podem. Os empresários da região são parceiros, doando a matéria-prima, e as universidades UFMS, UCDB e IESF”, contou o professor de Matemática, Gabriel Angelo de Souza, junto às professoras Joana D’arc Barbosa (Português) e Eliane Cristal (Biologia). Mas a Feira do Conhecimento não serve apenas para fixar notas ao boletim dos estudantes. Um corpo de jurados acompanha cada trabalho e preenche uma ficha de avaliação. Os melhores são inscritos na FETEC (Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul), realizada pela UFMS. Em 2013 o assunto abordado foi sustentabilidade e 80 alunos tiveram a ideia de montar uma fazenda sustentável dentro do Colégio. A ‘Fazenda Barcellos’ fez tanto sucesso que foi escolhida na FETEC para representar o Estado na FE-
BRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), promovida pela USP (Universidade de São Paulo). E não parou por aí. Na FEBRACE o trabalho foi escolhido para representar o Brasil em Portugal. Devido aos custos da viagem não foi possível ir até à ‘terrinha’. “Mas o trabalho foi publicado no livro de lá. Está registrado”, completou Gabriel. Letícia Moraes, 17 anos, hoje no último ano do ensino médio, foi à USP (Universidade de São Paulo) à época. “Eu era uma das mais novas, tinha 15 anos. Sempre quis participar da feira, ver tantos alunos dedicados, tantos talentos e estar entre eles foi muito significativo, gratificante”, avalia. Em outubro ela vai fazer o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e pretende cursar Engenharia Civil. A diretora da instituição, Ana Lúcia de Lima Vitorino, explica que a Feira, em sua 4ª edição consecutiva, serve para o aluno ser iniciado cientificamente e desperta interesse em escolher qual profissão quer seguir no futuro. “Além de tudo, desenvolve a criatividade e autonomia deles. Esse grupo que foi ao Pantanal, por exemplo, fez tudo por conta própria. Sinto muito orgulho porque é o retorno de todo um trabalho pedagógico. É a valorização do professor por meio do conhecimento. Na verdade, para mim, isso é escola, isso é educação”, concluiu.
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EDUCAÇÃO
SEU FILHO INTERNACIONAL
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decisão dos pais sobre a educação dos filhos tem grande importância, por isso a escolha da escola tem colocado a proposta pedagógica no topo da lista de critérios. Daí, outra reflexão de valor: você já pensou no ensino bilíngue? Um fato é que quanto mais nova a criança, menos preocupação em errar ela tem. Isso faz com que o aprendizado da segunda língua ocorra naturalmente. Ponto para a espontaneidade infantil. Desde 1970 a educação no Canadá é oficialmente bilíngue (inglês e francês). Além de valorizar a diversidade, insere elementos de diferentes culturas no processo educacional, enriquecendo o currículo e preparando as crianças para atuarem como cidadãos do mundo. O País destaca-se consistentemente no programa internacional que produz indicadores sobre a efetividade do ensino nas áreas de Matemática, Leitura e Ciências, tornando-se referência mundial em educação. Como se não bastasse, os argumentos positivos se baseiam ainda na comprovação de que quanto mais cedo a criança começa a aprender uma segunda língua, mais
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efetivo será o domínio do novo idioma. Expostas a mais de um dialeto, as crianças são levadas a pensar sobre a língua, fazer comparações e abrir-se para novidades. O mundo do seu pequeno ou sua pequena se expande. Mais confiantes, eles se destacam e se conectam. A qualidade da metodologia de ensino, aliada ao bilinguismo, faz do sistema educacional canadense essa referência mundial. Quem traz a nova proposta para Campo Grande garante que o principal diferencial é o método canadense de ensino que a Maple Bear utiliza. Guto Dobes Filho morou no Canadá para uma pós-graduação e atestou a eficiência do 6º melhor ensino do Planeta, que a partir de 2016 estará disponível para as famílias da capital de Mato Grosso do Sul. O currículo da Maple Bear é desenvolvido por especialistas canadenses e brasileiros, respeitando integralmente as exigências de cada país. Os especialistas canadenses da Maple Bear conduzem um rigoroso programa de treinamento do corpo docente, acompanhamento acadêmico e certificação de qualidade em todas as escolas.
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CIDADANIA
CAMPANHA BENEFICENTE ‘SBT MS DO BEM’ QUER ARRECADAR R$ 1 MILHÃO PARA ENTIDADES DE MS Hospital do Câncer Alfredo Abrão, Associação Renasce Uma Nova Esperança e Associação Juliano Varela serão assistidos.
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site de doação para investimentos sociais, Vaquinha Social, e o SBT MS promovem no mês de novembro, em Campo Grande, a campanha beneficente SBT MS do Bem, que tem como objetivo arrecadar R$ 1 milhão para entidades do Estado que atendem pessoas doentes ou com deficiência, além do Teleton/AACD. Com o mote “com um pouquinho de cada um a gente ajuda muito quem precisa”, a campanha promete ser uma das maiores já realizadas em Mato Grosso do Sul. Três ações serão realizadas para arrecadar as doações: um leilão, um show e um programa de televisão com transmissão ao vivo pelo SBT. Para o presidente do Vaquinha Social, Marcelo Coutinho, “a ideia foi juntar o poder, a credibilidade e a abrangência do SBT com o espírito de solidariedade do Vaquinha Social para realizar o maior evento de arrecadação do Estado e beneficiar as entidades locais.”
Rejane Valesco, Dóra Bileco e Cleusa Vasconcelos 3 2 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
Associação Juliano Varela
No dia 7 de novembro, o Leilão do Bem abre o calendário de eventos na sede da ACRISSUL. Animais de pecuária de corte, cavalos, joias, obras de arte e outros bens e serviços serão ofertados durante um almoço para 600 pessoas. Já no dia 22, acontece um show com a dupla Jads & Jadson no Parque das Nações Indígenas. Vinte mil pessoas são esperadas para assistir os artistas, que doaram o cachê integral da sua apresentação à campanha. Outros astros da música sertaneja também estarão presentes para fazer uma grande festa em prol da solidariedade.
Viviane Filinto e Camila Mattos
Tete Coutinho, Celina Meren, Rose Coutinho e Thaís Almeidinha
Drª Vanessa e Drº Marcelo Dotti
Encerrando a programação, o SBT transmite ao vivo, no dia 28, um programa especial sobre a campanha, convidando o público a fazer doações pelo telefone ou pela internet. Com a presença de convidados especiais no estúdio, o programa terá a duração de quatro horas e apresentará reportagens sobre as três entidades que serão assistidas. ENTIDADES ASSISTIDAS O Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão é uma delas e se prepara para inaugurar uma nova sede, que trará mais conforto e atendimento aos usuários. Para isso, necessita de recursos para adquirir equipamentos hospitalares que atendam à crescente demanda. A Associação Renasce Uma Nova Esperança, que cuida de 32 crianças que sofrem de hidrocefalia, paralisia cerebral e má formação no cérebro e na face, atende, há oito anos, sem sede própria e será ajudada na compra de um imóvel. Por fim, a Associação Juliano Varela, que atende 180 adultos e crianças com Síndrome de Down, será assistida com recursos para a construção de uma nova ala destinada aos trabalhos de estimulação precoce dos pacientes.
Daniel Bianchin e Cristine
COQUETEL DE LANÇAMENTO Para marcar o início dos trabalhos da campanha, aconteceu na noite do dia 1º de outubro o coquetel de lançamento na Capital. O evento contou com a presença dos líderes do movimento Vaquinha Social e os chamados embaixadores do bem, pessoas e empresas que abraçaram a causa nobre deste projeto sério e de grande impacto social para fazer o bem acontecer.
Cada entidade receberá 30% do valor arrecadado, sendo que os 10% restantes serão destinados ao Teleton/ AACD, que cuida de crianças com deficiência.
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CULTURA
NO PICADEIRO: MARCOS FROTA! Filho de uma assistente social e de um fazendeiro, Marcos Frota chega aos 60 anos se dividindo entre as artes. No ar em “Malhação” e, quando a agenda de gravações permite, está sobre o picadeiro percorrendo o País. Das seis décadas de vida, metade delas foram passadas debaixo das tendas coloridas do circo. Em sua terceira visita a Campo Grande, não tem Capital – de Macapá a Porto Alegre – por onde Frota não tenha chegado com a magia do trapézio. Ele conversou com a Revista Cinco + durante as apresentações do Circo Maximus. por PAULA MACIULEVICIUS
REVISTA CINCO +: COMO FOI O SEU COMEÇO NO CIRCO? O QUE TROUXE VOCÊ PARA OS ENCANTOS DO PICADEIRO? MARCOS FROTA: Comecei na novela “Cambalacho”, em 1985, que inclusive está reprisando no canal Viva. Meu personagem era um trapezista, Ricky Romano, e ali me encantei com esse mundo do circo, com esse segmento artístico que se carrega no DNA. REVISTA CINCO +: O QUE MUDOU NO CIRCO COM O PASSAR DOS ANOS? OS ESPETÁCULOS EVOLUÍRAM? O PÚBLICO QUE ASSISTE ESTÁ MAIS EXIGENTE? MARCOS FROTA: A tecnologia. Isso que mudou. Ela está à disposição do entretenimento, e no circo não pode ser diferente, no som, no visual, na apresentação para o espectador. O circo continua a ter números feitos pelas famílias de sempre, mas com outra estética. O grande mecanismo do circo é o próprio circo. A gente ainda tem a curiosidade de entrar, de ver o que acontece lá dentro, essa tenda ainda é mística e é o que torna isso vivo até hoje, mesmo diante de tantos apelos de grandes espetáculos. 3 6 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
REVISTA CINCO +: COMO EMBAIXADOR DO CIRCO, VOCÊ REPRESENTA AS ARTES CIRCENSES DIANTE DO PÚBLICO, MAS QUAL A SUA RELAÇÃO COM OS CIRCOS QUE PERCORREM O PAÍS? MARCOS FROTA: Eu tenho parceria na gestão com três projetos de circo, além do meu, Marcos Frota Circo Show. Essa parceria é quanto à infraestrutura, conteúdo e comunicação, pelo meu nome ter essa referência com as artes circenses. Como sou fundador e diretor da Unicirco, instituição que desde 2000 é voltada à formação de artistas para o circo, ela me permite acompanhar e criar núcleos itinerantes nos circos. REVISTA CINCO +: QUAL O SEU PAPEL DENTRO DO ESPETÁCULO? HÁ QUANTOS ANOS VOCÊ DEIXOU O TRAPÉZIO, E ISSO DEIXOU SAUDADES? MARCOS FROTA: Tem mais de 10 anos, porque não tenho tido mais tempo para ensaiar. Me tornei mestre de cerimônias, o que me deixa inserido no circo. Meu papel é trazer, interpretar um pouco da magia do circo para o público, essa arte tão antiga e milenar.
REVISTA CINCO +: HOJE OS CIRCOS ESTÃO SE APRESENTANDO EM ESTACIONAMENTOS DE SHOPPINGS, COMO É O CASO EM CAMPO GRANDE, É UMA NOVA ROUPAGEM COMERCIAL? UMA FORMA DE VIABILIZAR O ESPETÁCULO? MARCOS FROTA: As parcerias é que têm levado o circo para dentro dos shoppings. Isso facilitou. O circo se transformou num centro de entretenimento e convivência, o que foi visto e compreendido pelos shoppings como uma parceria comercial na chegada de um circo.
picadeiro. O circo hoje não está tão mais “de pai para filho”. Você ainda tem famílias, gente que nasce no circo, mas também tem gente da dança, das artes plásticas, da música, que se apaixona e segue com o circo. Isso não acontece só em novela. Os grandes circos brasileiros, essa nova geração, eu sou responsável pela formação desses artistas. O circo se reinventou pela dança, pela música, pelo figurino mais forte de espetáculo. Saíram os animais e o circo explorou outras possibilidades sem perder sua essência, que é o talento das pessoas.
REVISTA CINCO +: O QUE O CIRCO É PARA VOCÊ? PARA QUEM FOI TRAPEZISTA, SER “SÓ” MESTRE DE CERIMÔNIAS É DEIXAR DE FAZER PARTE DO ESPETÁCULO? DE ESTAR EM CENA? MARCOS FROTA: O circo me leva para todas as cidades, de todos os estados brasileiros. Depois de parar por anos no trapézio, estou me preparando para um “Clown”, um palhaço na pele de ator. Eu vou envelhecer no palco do circo. O trapézio é mágico, mas uma atividade circense como o trapézio tem uma idade limite. Estou me inspirando no “Palhaço Carequinha”, um dos grandes nomes da arte do País. O mais brilhante em ser trapezista está quando você chega ao chão. É quando você cai? Não. Quando o número termina e você deixa de ser o herói e se transforma no humano que falha, se torna um cara cheio de fragilidades, ali está a magia. REVISTA CINCO +: O PÚBLICO DO CIRCO MUDOU? O ELENCO MUDOU? COMO ESTÁ O CIRCO HOJE PARA VOCÊ? MARCOS FROTA: O público é feito de famílias. Ninguém vem ao circo sozinho, diferente do teatro, que você senta e assiste. Aqui se ri junto, vem para ver o espetáculo com a família, interagir. E o espetáculo se forma em torno do elenco, em cima dos elementos dos números de um C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 37
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MINHA SOGRA NÃO É UMA BRUXA por GUSTAVO TELES
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urante um longo tempo em minha vida, comecei a pensar que essa coisa de casamento talvez não fosse pra mim. Eu havia passado por uma série de relacionamentos mal sucedidos e turbulentos. Não sei quanto a você que está lendo este texto, mas eu não fui o tipo de cara que teve sorte com sogros e sogras. Essa era a pedra pontuda que rasgava meu pé em todo sapato que eu usava. Tempos difíceis aqueles, amigo. Não sou de origem abastada. Pelo contrário. Da adolescência até aqui, tive que fazer de tudo. Se você pegar meu currículo vai rir da minha trajetória. Já trabalhei de panfleteiro de companhia telefônica na porta de lojas e sinaleiros, vendedor porta em porta – e sem carro – de plano de emergência médica, operador de telemarketing no extinto Unibanco, sacoleiro de calçados femininos, auxiliar de escrita fiscal em escritório de contabilidade, caixa de banco, assistente comercial em uma locadora de carros, produtor de eventos e por fim, 15 anos depois de tudo começar, empresário. Ganhei migalhas e
banquetes de remuneração. Passei frio e calor pra conseguir bons trabalhos. Engoli sapo de paulistas, goianos, cariocas, gringos, gaúchos e paranaenses. Vi o sol nascer depois de trabalhar uma noite inteira pra ganhar uns trocados. Passei natais e viradas de ano sozinho no meio da multidão de algum evento que estava produzindo. Tudo isso são os tijolos que a vida tem me dado para construir meu castelo. Ainda bem! Quem olha hoje, 15 anos depois, casado e com as coisas indo bem na minha vida profissional, até acha legal e bonitinho. Me chamam de vitorioso! Acredito que, se eu fosse solteiro hoje em dia, talvez seria considerado um dito bom partido. Mas não era assim que meus antigos sogros e sogras me enxergavam. Pra eles, eu era apenas um goianinho filho de mãe solteira, de pai ausente, que até era trabalhador, mas muito sonhador. Que queria coisas grandes demais, e portanto, não se enxergava. Que não conseguia reconhecer que não poderia ser mais do que já era. Não estou fazendo drama, pode acreditar. Ouvi coisas bizarras dessas pessoas. Coisas como: “você não é do nível da nossa família” e até mesmo “um filho de mãe solteira não poderá ser um bom marido e pai”. E você sabe que, quanto mais novinho o homem for, menos seguro ele é. E no meu caso, era pior. A ausência da figura paterna lá em casa gerou esse déficit de referência pra mim. Mas Deus foi tão bom comigo que, ao longo dos anos, colocou grandes e valiosos amigos mais velhos em minha vida. Eu poderia citar alguns aqui. Mas sem nenhum tipo de injustiça, vou focar em um deles. Meu grande amigo e conselheiro da vida Eisenhower. Ele e toda sua família. Eles abraçaram a mim e minha mãe. Eles me chamam de filho. Olha que loucura o amor dessa gente! Na época, e até hoje, isso é como uma santa cura contra toda a ausência da figura paterna em minha mente e coração. Bom, voltando ao sogros e sogras. Eu sempre fui uma pessoa difícil. Sabe aquele tipo de gente que tem opiniões fortes? Pois é. Sou eu. Com os anos, aprendi a me calar e ouvir mais. A ponderar e compreender que tem hora que não é necessário discutir pautas. Só aprender com elas.
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Estou aprendendo ainda. De vez em quando, ainda sou tomado pela imaturidade de entrar em debates desnecessários. E acabo querendo enfiar goela abaixo minhas considerações. Um dia eu aprendo. Ah, aprendo! Agora, pense esse meu jeitão difícil somado à minha condição social-financeira menos favorecida da época e a forma como os sogrões e sogronas me enxergavam. Sim, você está certo. Eu não era O Melhor Partido para as filhas deles. Ainda bem que eles pensaram isso. Pude seguir solteiro até meus 29 anos e conhecer a mulher mais cheia de virtudes do meu mundo. Gamei naquela gaúcha imediatamente. Seria ela a mulher da minha vida. Começamos a namorar. Morar juntos. E já decidimos nos casar. E obviamente, como boa moça que é, eu teria que pedir sua mão em casamento para os pais. Amigos, era o retorno do fantasma do meu passado. Naqueles dias que antecediam nossa ida para Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, para conhecer os “velhos”, eu estava entrando em parafuso. Angustiado. Não tenho vergonha de assumir que eu estava mesmo era com medo. Seria o replay dos olhares de desgosto daqueles outros pais? Encarei de frente e fui à luta! Chegamos em Santo Ângelo. Uma cidade gostosa. Pequenina e charmosa. Fui muito bem recebido pelos pais da Ana. Mas ainda estava desconfiado. Esperando qual seria o momento da pancada na minha cara.
Ficamos alguns dias na casa da sogra. Comendo, bebendo e conversando muito. Nos conhecendo. E quando dei por mim, percebi que já estava me sentindo parte daquela família. Pronto. Era o último sinal que faltava para que eu pegasse a aliança que havia levado escondida na minha mochila e, como Homem Goiano que sou, pedisse a mão da Ana em casamento para meu sogro e minha sogra. Eles me amam. Amam minha mãe. Amam que a filha deles seja minha esposa. E eu não quero ter outra opção na vida senão amá-los com todo meu coração. Somos enfim, uma família! Hoje, posso viver na prática um conselho que meu amado amigo-pai Eisenhower me deu em uma das tempestades da minha vida: “Case-se com uma mulher virtuosa, trabalhadora, que ama Deus acima de todas as coisas. E que você tenha em seus sogros, amigos pra vida toda.” Que assim seja hoje e pra todo sempre!
AUTORA: ANA RAQUEL COPETTI TELES É JORNALISTA E JUNTO COM O MARIDO GUSTAVO TELES CRIOU O SITE
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COMPORTAMENTO
AFINAL, DÁ PARA VIVER SEM CARRO? Três pessoas que adotaram a bicicleta em sua rotina diária relatam vantagens e dificuldades desse processo.
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por LIDYANNE AQUINO
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bicicleta sempre esteve associada ao lazer: uma prática destinada em especial aos fins de semana, sempre para momentos de descontração. Os pontos positivos vão bem além do lazer: dá para trabalhar os membros inferiores, utilizar como meio de transporte no cotidiano, melhora a frequência cardíaca, tem baixo custo de manutenção... bem, a lista vai longe. Então nos perguntamos, por que essa resistência em limitá-la apenas ao lazer ocasional? Qual o motivo de tantos discursos inflamados de ódio à adoção de ciclovias nas cidades brasileiras?
“É NECESSÁRIO QUEBRAR ESTE PARADIGMA DE QUE TODOS PRECISAM TER CARROS E QUE DEVEMOS CONSTRUIR APENAS AVENIDAS E VIADUTOS.”
Para Rodrigo Gonçalves, fundador da Dress me up (empresa localizada em São Paulo, que oferece estacionamento coberto, armários, chuveiros e local para reparos – tudo destinado às bikes), isso está relacionado à dificuldade do brasileiro em aceitar mudanças de um modo geral. Por vezes, mesmo morando a curtas distâncias do local de trabalho, as pessoas preferem se deslocar de carro. “Se todos estivessem indo de bicicleta estariam ajudando, e muito, não só a eles mesmos, reduzindo custos com o automóvel e cuidando da saúde, mas também ajudando a sociedade e melhorando a mobilidade urbana”, comenta.
Mayra Rosa, sócia-fundadora e editora-chefe do site CicloVivo, declara que esse tipo de mudança cultural leva tempo até ser aceita: “É necessário quebrar este paradigma de que todos precisam ter carros e que devemos construir apenas avenidas e viadutos. Já é fato que uma cidade feita apenas para carros é uma cidade insustentável e segregada”, acrescenta. Rubens Mendonça Oliveira, analista de sistemas, endossa o discurso. Ele aprendeu a andar de bike há pouco mais de um ano, com 28 anos de idade – uma prova de que nunca é tarde para se adaptar ao veículo de duas rodas. Ele aponta uma desconexão entre políticas públicas de incentivo ao uso da bicicleta e transporte público. “Temos, por exemplo, casos em que enquanto uma prefeitura investe em ciclovia, um governo estadual ou federal oferece incentivos para que se comprem carros com juros baixos, para que a produção industrial continue alta”, explica. E acrescenta: “Isso, somado a uma fraca infraestrutura de transporte
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COMPORTAMENTO
público e muita publicidade associando carro a status, faz com que muitos nem pensem em bicicleta como transporte, só como lazer”. Para ele, as empresas precisam se adaptar justamente para incentivar essa mudança, adaptar o ambiente de trabalho às necessidades dos funcionários, oferecendo opções como vestiários e bicicletários integrados à área de estacionamento.
“QUANTO MAIS AUMENTAR A DEMANDA DE CICLISTAS, MAIS SOLUÇÕES SURGIRÃO. A INTERMODALIDADE É A CHAVE PARA MELHORAR A MOBILIDADE DA POPULAÇÃO.”
“Quanto mais aumentar a demanda de ciclistas, mais soluções surgirão. A intermodalidade é a chave para melhorar a mobilidade da população”, pontua Mayra. Ela também concorda com a necessidade de adaptação do ambiente de trabalho, além de reforçar a importância de iniciativas como a da Dress me Up. As mudanças, porém, não se limitam a isso: para ela, é importante investir em bicicletários nas estações de trem e metrô, bem como nos terminais de ônibus. Rodrigo Gonçalves relembra ainda das praticidades oferecidas pelo mercado, hoje em dia é possível encontrar modelos de bicicleta dobráveis, que facilitam o deslocamento para quem divide o percurso de bike com o uso de transportes públicos. Os entrevistados, inclusive, não veem o carro como um vilão – todos apontam como uma alternativa para viagens ou trajetos à longa distância. Uma boa forma de começar a usar a bicicleta no cotidiano, por exemplo, é deixar o carro na garagem e dar preferência à bike para curtas distâncias. Para os mais dispostos à uma mudança radical, Gonçalves destaca as possibilidades de eliminar o carro do cotidiano por completo. “Se o trajeto é longo, ou muito acidentado, existe no mercado bicicleta elétrica que pode auxiliar. Se tiver que levar os filhos para a escola, pode ser feito através de cadeirinhas acopladas na bicicleta e há até cestas para poder carregar compras do mercado”, acrescenta. Claro, é preciso um investimento inicial para andar bem equipado, mas a durabilidade dos equipamentos de segurança é boa. Aos mais inseguros, vale procurar ONGs que ajudam ciclistas iniciantes, como Bike Anjo, ou procurar grupos que saem juntos para fazer trajetos de bike pela cidade. É uma forma de se adaptar aos poucos. Para quem ainda não está convencido das vantagens da bike, vale acrescentar que há médicos em Boston, nos Estados Unidos, que já prescrevem o uso da bicicleta aos seus pacientes. Os custos para a implantação deste tipo de sistema viário são bem mais baixos comparados a outros modais. Não há gasto com gasolina, a manutenção é mais em conta. Você se ajuda e ainda auxilia o lugar onde vive.
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MÚSICA
RITMOS PARA TODOS OS GOSTOS Do samba ao rock pesado, opção é o que não falta para se divertir em Campo Grande. por LUIZ FELIPE FERNANDES
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em gente que gosta de criticar a vida noturna de Campo Grande, dizendo que a cidade não possui opções para sair e se divertir. Se a quantidade de bares, restaurantes e casas noturnas da Capital, por si só, já prova o contrário, lá vai mais uma informação aos críticos: por aqui há não só várias opções, como elas atendem a todos os gostos e tribos. Baseando-se nos diferentes estilos musicais, a Cinco+ elaborou um roteiro com bares e boates temáticos que agitam a cidade. Do informal ao requintado, passando pelo alternativo e underground, aqui estão opções para quem gosta de samba, blues, sertanejo, rock e até música árabe. Então, sem mais desculpas: escolha seu estilo e vá curtir a noite! SAMBA O nome é conhecido do campo-grandense: Valu. O cordão de Carnaval já é famoso por atrair multidões às ruas históricas do Centro da cidade, nos meses de janeiro e fevereiro. Já o Bar Valu foi uma proposta que havia surgido junto com o cordão, em 2006, mas que acabou fechando. Em agosto deste ano os donos resolveram reinaugurá-lo.
ONDE? BAR VALU – RUA 13 DE MAIO, 4.541, CENTRO. QUANDO? QUINTA-FEIRA, A PARTIR DAS 18H. SEXTA-FEIRA, A PARTIR DAS 20H. QUANTO? VARIA CONFORME A PROGRAMAÇÃO (ENTRE R$ 5 E R$ 8). 4 6 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
A fórmula é simples, mas certeira: cerveja gelada, tira-gosto e... samba! O estilo brasileiríssimo é também o mais democrático. Não precisa nem ser fã de carteirinha para se deixar levar pelos acordes do cavaquinho e pelas marcações da percussão – pode ter certeza de que, em certa altura da noite, todos estarão cantando os clássicos do repertório nacional. O ambiente é informal, assim como o clima entre os frequentadores. No cardápio, comida de boteco. Em noites de atração musical há cobrança de couvert, entre 5 e 8 reais. No mês de outubro, as noites de sexta-feira tiveram a cantora Juci Ibanez no palco do Bar Valu, com sambas consagrados. No show Galvão canta Chico, com repertório baseado em Chico Buarque, a casa ficou lotada.
BLUES A missão não é das mais fáceis: ir na contramão da tradição musical de Mato Grosso do Sul. Mas, com o tempo, o Blues Bar vem provando que há espaço para todos, e quem sai ganhando, claro, é o público, que tem uma opção a mais para se divertir. O local é ponto de encontro de quem curte blues e rock, sempre com atrações locais, nacionais e até internacionais.
ONDE? BLUES BAR – RUA 15 DE NOVEMBRO, 1.186, CENTRO. QUANDO? DE TERÇA À SEXTA-FEIRA, A PARTIR DAS 20H. SÁBADO A PARTIR DAS 21H. QUANTO? VARIA CONFORME A PROGRAMAÇÃO (ENTRE R$ 5 E R$ 30).
A casa chama a atenção pela decoração no melhor estilo alternativo, com pôsteres e guitarras pelas paredes. Mudou recentemente de endereço, com uma melhor estrutura para os shows. Além disso, cervejas especiais incrementam o cardápio. O Blues Bar acolhe bandas locais. A Whisky de Segunda, referência no blues produzido em Campo Grande, sempre bate ponto por lá. Esse ano, também se apresentaram Greg Wilson, guitarrista e vocalista do Blues Etílicos, e o guitarrista Décio Caetano. Em outubro, as atrações foram os paulistas do Blues Beatles, com repertório dos garotos de Liverpool. Às quartas-feiras a casa geralmente promove eventos voltados a instituições beneficentes.
SERTANEJO O estilo é consagrado, e opção é o que não falta em Campo Grande para quem gosta de sertanejo. As baladas sertanejas, que inspiram grande parte das composições das jovens duplas que a cada dia surgem no mercado, estão espalhadas pela capital de Mato Grosso do Sul. As variações mais atuais – o universitário e o arrocha – são responsáveis por filas em frente aos pubs para noites que, como dizem, são top. Em setembro, aportou, em plena Avenida Afonso Pena, a Room01, com atenção especial para a decoração, que vai do rústico ao luxuoso – dos banquinhos do bar em forma de sela de cavalo ao imponente lustre que pode ser visto até do lado de fora. O diferencial promete ser a abertura da casa um pouco mais cedo, antes do agito, para quem quiser aproveitar o restaurante. No palco da Room01 se revezam duplas e cantores locais. Em outubro teve show do queridinho das redes sociais, Rodrigo Marim, para suspiro das fãs. Até a cantora Delinha já passou por lá. Na Quinta do Secreto, às quintas-feiras, há atrações surpresa, com promoções aos frequentadores.
ONDE? ROOM01 – AVENIDA AFONSO PENA, 4.098, JARDIM DOS ESTADOS. QUANDO? DE TERÇA-FEIRA A DOMINGO, A PARTIR DAS 19H. QUANTO? DE TERÇA À QUINTA-FEIRA E DOMINGO, R$ 20 MULHER E R$ 30 HOMEM. SEXTA-FEIRA E SÁBADO, R$ 30 MULHER E R$ 50 HOMEM. C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 47
MÚSICA
ROCK Não é fácil sustentar uma marca por muito tempo, principalmente quando se trata de uma casa noturna. Mesmo tendo sido administrado por diferentes empresários, o BarFly ostenta a marca dos 15 anos, levando muito rock ao campo-grandense. Reduto underground, a casa tem público fiel e é destino certo para quem curte um som mais pesado. Sem a pretensão de ser um lugar super descolado, mas que possui essa atmosfera alternativa, mais boêmia, o BarFly tem como diferencial sua programação diversificada. Pink Floyd, Nirvana, Foo Fighters, Pearl Jam, Raimundos... gigantes do rock nacional e internacional já foram homenageados no palco com algumas das melhores bandas de cover do País. Variações do estilo, como o hardcore e o indie rock, também têm espaço na casa, assim como o rock nacional e até a música eletrônica. Bandas locais, como a Rivers, se apresentam com frequência. Regularmente, há festas temáticas. Em outubro tem a festa Halloween, com entrada mais barata para quem estiver fantasiado, e em novembro tem a Rockadelic e a Junkie.
ONDE? BARFLY – RUA PAJUÇARA, 201, CHÁCARA CACHOEIRA. QUANDO? SEXTA-FEIRA E SÁBADO, A PARTIR DAS 22H. QUANTO? VARIA CONFORME A PROGRAMAÇÃO (ENTRE R$ 10 E R$ 20)
MÚSICA ÁRABE Os anos passam e as sextas-feiras no Ariche continuam muito concorridas. Quem é de Campo Grande sabe que para garantir lugar na Noite Árabe é preciso reservar com antecedência, já que os lugares são limitados. A concorrência se justifica: além de música e de dança, o lugar oferece um banquete farto com o melhor da culinária árabe.
ONDE? ARICHE CENTRO CULTURAL ÁRABE BRASILEIRO – RUA CEARÁ, 1.067, JARDIM DOS ESTADOS. QUANDO? SEXTA-FEIRA, A PARTIR DAS 21H. QUANTO? R$ 65 O SALÃO PRINCIPAL E R$ 55 O SEGUNDO SALÃO.
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São duas opções de preços – dependendo da localização dentro da casa – que dão direito a entrada, jantar à vontade e sobremesa. A melhor opção é ficar no salão principal, na parte interna, com decoração temática, grandes sofás e com música ao vivo. As bailarinas se revezam nas apresentações – um show à parte. O jantar é servido por volta da meia-noite. Entre as iguarias, quibes, esfirras, kafta, cordeiro, charuto e arroz com lentilha. Nos outros dias da semana, o Ariche também funciona como centro cultural para a divulgação da cultura árabe.
MÚSICA
A MÚSICA SEMPRE PRESENTE NA SÉTIMA ARTE Não há como falar de cinema e deixar a música de lado. Desde os primórdios sempre esteve presente no universo cinematográfico.
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música mantém uma relação tão intrínseca com o cinema, que praticamente não existe cinema sem música. Antes de o som surgir no cinema, em 1927, a música já estava presente nos filmes. As obras vinham com partituras para serem tocadas ao vivo durante as exibições. Algumas produções tinham seus quadros editados de forma ritmada, dando a percepção musical, mesmo sendo filmes mudos. O primeiro filme falado também é sobre música. “O Cantor de Jazz”, de 1927, conta a história do filho de um rabino que foge de casa para cantar jazz. As ações e diálogos do filme mantêm o cinema mudo, mas o som aparece nas cenas em que o personagem canta. Inclusive, o filme é referenciado no seriado “Os Simpsons”, no episódio em que o palhaço Krust reencontra seu pai, um rabino. O som, a trilha sonora e a música fazem parte da linguagem cinematográfica e são elementos que ajudam a
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criar o significado da obra. Dependendo do tipo de música uma cena de drama se transforma em uma cena de humor. Da mesma forma que um romance se transforma em horror apenas alterando a música de fundo. Hitchcock tinha um cuidado muito grande ao criar as atmosferas de suspense de seus filmes com a trilha sonora. Uma das mais famosas é a de “Psicose”, se transformando em um ícone das trilhas de suspense. Exemplos não faltam. Podemos citar filmes que retratam grandes personalidades do universo musical, como “Amadeus”, que trata dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Salieri, e “Minha Amada Imortal”, que traça um perfil de Beethoven. No Brasil temos cinebiografias de importantes nomes da música, como os filmes “Cazuza”, “Tim Maia” e “Gonzaga – De pai para Filho”, por exemplo. Da mesma forma, em nossas memórias afetivas existem diversas canções e cenas musicais do cinema que nos marcaram. Como nos diversos filmes da Disney, por exemplo, as músicas do Rei Leão, como também “eu me remexo muito”, de “Madagascar”. Poderia escrever uma lista gigantesca e ficariam canções de fora, mas, provavelmente, você já está mentalmente recordando das suas favoritas enquanto lê este texto.
ESCOLA DE ROCK (SCHOOL OF ROCK) 2004
O SOM DO RUÍDO (SOUND OF NOISE) 2010
DIREÇÃO: RICHARD LINKLATER
DIREÇÃO: OLA SIMONSSON E JOHANNES STJÄRNE NILSSON
Dewey Finn (Jack Black) é um músico que acaba de ser demitido de sua banda. Cheio de dívidas para pagar e sem ter o que fazer, ele aceita dar aulas como professor substituto em uma escola particular de disciplina rígida. Logo Dewey se torna um exemplo para seus alunos, sendo que alguns deles se juntam ao professor para montar uma banda local, sem o conhecimento de seus pais.
PIAF - UM HINO AO AMOR (LA MÔME) 2007 DIREÇÃO: OLIVIER DAHAN A vida de Edith Piaf (Marion Cottilard) foi sempre uma batalha. Abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente. Mais tarde, vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo ano grava seu primeiro disco. A vida sofrida é coroada com o sucesso internacional. Fama, dinheiro, amizades, mas também a constante vigilância da opinião pública.
CARTOLA - MÚSICA PARA OS OLHOS 2007 DIREÇÃO: LÍRIO FERREIRA E HILTON LACERDA A história de Cartola, um dos compositores mais importantes da música brasileira e também um dos expoentes mais nobres do samba.
Amadeus Warnebring, um policial sem o menor ouvido musical, vem de uma família respeitada no mundo da música. Ele terá que perseguir e pegar um grupo de anarquistas que espalham o terror na cidade.
WHIPLASH - EM BUSCA DA PERFEIÇÃO (WHIPLASH) 2015 DIREÇÃO: DAMIEN CHAZELLE O solitário Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.
MESMO SE NADA DER CERTO (BEGIN AGAIN) 2014 DIREÇÃO: JOHN CARNEY Uma cantora (Keira Knightley) se muda para Nova Iorque mas, logo após chegar, seu namorado americano decide terminar o relacionamento. Em plena crise, ela começa a cantar em bares até ser descoberta por um produtor de discos (Mark Ruffalo), certo de que ela pode se tornar uma estrela.
por AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo. airtonraes@gmail.com
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MÚSICA
AS MUITAS FACES DA CULTURA LATINA SE UNEM NA MÚSICA Do tango ao samba, Festival mostrou que a música latina vai muito além dos limites da nossa américa por MARINA BASTOS
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“NOSSO OBJETIVO NÃO É COMERCIAL. O INTUITO DO ILHARRIBA É PROMOVER A CULTURA LATINA E DEIXAR UMA MENSAGEM AO PÚBLICO, PARA QUE TODOS SAIAM DOS SHOWS SABENDO UM POUCO MAIS SOBRE NOSSA HISTÓRIA DE ALEGRIA LATINA.”
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m setembro, grupos de diversas vertentes da música latina estiveram em Ilhabela, município-arquipélago localizado no litoral Norte de São Paulo, para o Festival Ilharriba – Uma fiesta latina, evento que foi realizado com o objetivo de mostrar as muitas faces da música produzida na América Latina e o que as une. Entre as atrações estavam Chico César, Pedro La Colina & Banda Canaveral, Baile do Simonal, com Max de Castro e Simoninha, Jurema Paes, grupo Argentango, Lyra Latina, Graça Cunha, Confraria Musical e a madrinha do encontro, a eterna diva Maria Alcina. O Festival, considerado um dos maiores encontros dedicados à música latina no Brasil, reuniu amantes da cultura latina que vieram de várias partes do País e contribuíram para o intercâmbio artístico-cultural através da música e das danças típicas. De acordo com Beto Campos, produtor e diretor do projeto, a principal intenção do Festival é promover e divulgar produção artística. “Nosso objetivo não é comercial. O intuito do Ilharriba é promover a cultura latina e deixar uma mensagem ao público, para que todos saiam dos shows sabendo um pouco mais sobre nossa história de alegria latina.”
Cada artista que subiu ao palco mostrou uma vertente – ou várias! – da música latina. A cantora baiana Jurema Paes, por exemplo, apresentou o repertório de seu novo álbum, Mestiça, que traz em suas influências justamente a proposta de miscigenação da música. Já o
grupo argentino Argentango trouxe o tango em seu formato mais tradicional, enquanto os músicos caribenhos e paulistas da Lyra Latina interpretaram uma releitura de grandes sucessos da música latina internacional, em ritmos como salsa, rumba, bachata, merengue, chachachá, bolero, cumbia e outros. Nesta edição do Ilharriba, Maria Alcina, conhecida pela sua memorável apresentação no FIC (Festival Internacional da Canção) de 1972, ao interpretar Fio Maravilha, de Jorge Ben Jor, ganhou a faixa de madrinha do evento e se orgulhou por representar uma ação que enaltece a diversidade artística da América Latina, algo que ela reconhece em sua própria obra. Vale lembrar que na ocasião do FIC, nos anos 1970, vivíamos o auge da censura e Maria Alcina foi processada por comportamento subversivo. E sabe por quê? Porque sendo mulher, não poderia cantar “com voz de homem”. “Fiquei marcada. Houve um período de dificuldades porque eu acabei ficando com a imagem de alguém que poderia trazer problemas. Mas a questão não foi apenas a voz, mas minha irreverência, meu jeitão.” A irreverência, aliás, foi a grande característica do show da madrinha do Ilharriba, que contou no repertório com canções como Fogo na Bacurinha e Doida, Bonita e Gostosa, além de canções de seu novo álbum De normal bastam os outros. O vozeirão de Maria Alcina e seu figurino dominaram o ambiente, e ela garante que,
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MÚSICA
por conta de seu timbre de voz, já lhe foi sugerido até cantar blues, mas ela sente que os ritmos latinos é que fazem seu coração pulsar de verdade. “Tem uma coisa de histórico-social, a gente não sabe por que, é a cor, a pele, não sei. Meu sentimento é muito brasileiro e não tenho intimidade com músicas que não sejam brasileiras. Com música latina já tenho mais”, afirmou a cantora. “Bate tudo quebrado. Uma salsa e a nêga fica louca! [risos]. Quando gravei “Kid Cavaquinho”, do João Bosco e do Aldir Blanc, foi porque havia uma coisa ali, um ritmo, uma coisa de negão, o que ele [João Bosco] faz com a voz… e a música é um sucesso por causa de uma identificação. Quantas pessoas já cantaram essa música? Acho que minha pegada é muito de ritmo. De quebradeira eu entendo bem, eu sinto bem”, garantiu.
O MOMENTO DA MÚSICA LATINA A inciativa de valorizar a música e a dança latinas chega em boa hora. Conforme a pesquisa A América Latina na Música Popular Brasileira: dois idiomas e um coro-canção, do pesquisador Marcelo Ferraz de Paula, os idos de 1960 foram muito mais férteis para a produção de cultura neste lado do Equador. Quem não se lembra de Belchior cantando em tempos de cólera da Ditadura: “Eu sou apenas um rapaz latino-americano”? Na opinião do pesquisador, passado mais de meio século, a influência musical latina no Brasil ainda é pouca, mas já existem leis para reforçar a circulação de música produzida na América Latina. “Vale lembrar que um dos objetivos do Mercosul e da própria Constituição Brasileira (em seu artigo 4º) é buscar a integração econômica, política e cultural dos países da América Latina.” 5 4 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
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MÚSICA
EMOÇÃO AO SOM DO BOM E VELHO Rio de Janeiro recebe bandas consagradas durante festival e público de todas as partes do País. por PATRÍCIA BELARMINO
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ssistir um show dos Scorpions aos 15 anos, em pleno Rock in Rio, pode marcar a vida de qualquer garoto. Imagina, então, voltar ao mesmo festival, 30 anos depois e acompanhado do filho – que agora também tem 15 anos e encarou seu primeiro Rock in Rio. Imaginou? Isso não ficou só na imaginação do médico veterinário Newton Tércio Netto, de 45 anos. Ele não só viveu a primeira edição do Rock in Rio, em janeiro de 1985, como guarda lembranças até hoje, como um short usado na época. E bem mais do que isso: guarda imagens na cabeça, como a apresentação épica do Queen, ainda com Freddie Mercury no vocal, que marcaram o rock e a música no Brasil. O que para muitos só é possível ver graças aos vídeos no Youtube foi presenciado ao vivo pelo então menino Newton. Na época, ele morava em São Paulo e foi com amigos. “Teve o show do Queen, que se tornou histórico, mas não era uma das minhas motivações. Queria ver outros shows que aconteceriam no mesmo dia. Outra banda que não era das prediletas, mas me surpreendeu muito, foi o Iron Maiden. O público tinha uma energia muito boa”, relembra 30 anos depois. Depois de encarar um festival que se tornou histórico, não só por ser o primeiro, mas também por reunir grandes nomes do rock internacional no País, em apresentações que marcaram o público, Newton não foi a mais nenhuma edição do Rock in Rio. Mas, 30 anos depois, resolveu colocar os pés, de novo, na Cidade do Rock. A estrutura não foi montada mais em Jacarepaguá, como em 1985, mas na Barra da Tijuca. Mas não foi só a localização que mudou, não. Desta vez Newton foi acompanhado do filho, de 15 anos, e da esposa. Newton comprou o ingresso para o filho como presente de aniversário. Cauê Netto é fã do System. Um amigo de Cauê, que mora em Goiânia, também foi presenteado com um ingresso e foi com os pais. “Meu filho queria assistir um show e por que não voltar lá 30 anos depois com ele? Resolvi ir.”, conta o médico veterinário. A experiência, 30 anos depois, foi outra, claro. “Foi bem interessante. Em termos de transporte, o acesso ficou bem mais organizado e me surpreendeu. Esperava mais tumulto, mas funcionou bem legal. A Cidade do Rock está diferente também, tem brinquedos, mais um palco. Embora a gente tenha ficado no palco principal, tem mais opções. Curti a experiência, e meu filho também”, explica Newton.
30 ANOS A edição 2015 do Rock in Rio comemorava o aniversário do festival, que foi pioneiro na América do Sul. Depois de longos anos de Ditadura Militar, o Brasil sediou um evento que marcaria não só a história do rock no País, como a trajetória de bandas já consagradas, como o Queen. A primeira edição do festival aconteceu no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A Cidade do Rock tinha 250 mil metros quadrados e em 10 dias recebeu mais de 1,3 milhão de fãs. Queen, AC/DC, James Taylor, Rod Stewart, Ozzy Osbourne e Iron Maiden foram algumas das atrações internacionais. Baby do Brasil (que grávida exibiu um barrigão de fora) e Pepeu Gomes, Paralamas do Sucesso, Rita Lee, Barão Vermelho e Kid Abelha foram algumas das atrações nacionais. Trinta anos depois, a homenagem veio em forma de atração. O Queen voltou aos palcos, com Adam Lambert no vocal. Rod Stewart, A-ha (que veio em 1991), Elton John, Rihanna e Katy Perry foram alguns dos principais shows. Entre os brasileiros, houve espaço para emoção também. Baby do Brasil e Pepeu Gomes voltaram a dividir o mesmo palco, depois de quase 30 anos separados. Desta vez vieram acompanhados do filho Pedro Baby. C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 57
DECORAÇÃO
A TENDÊNCIA É BUSCAR CONHECIMENTO A Casa Cor MS realizou a Casa Cor Stars em Campo Grande. Na primeira vez que o evento aconteceu fora de São Paulo, fornecedores, arquitetos, decoradores e estudantes – um público de 120 pessoas – participaram de uma noite de troca de ideias e informação de qualidade com afamados da arquitetura, do design e do paisagismo. Lívia Pedreira, Pedro Ariel Santana, Gil Fialho e Guilherme Torres distinguiram a brasilidade, suas formas, contrastes, texturas e cores que ditam tendências. por FERNANDA MONTEIRO
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verde do País está em alta. Gil Fialho, o primeiro brasileiro certificado pelo Green Building Council, trouxe o que há de mais atual em paisagismo e tendências sustentáveis, como o telhado verde. Gil compartilhou quais são os dois elementos fundamentais em seus projetos: flores e frutos cítricos que melhor combinam com o clima daqui. “Gosto do conforto térmico quando você olha o telhado verde, além do valor sustentabilidade, ele te traz uma tranquilidade”, destacou. O curador oficial da Design Weekend de São Paulo e responsável pela curadoria de três exposições em Milão durante a Semana de Design, Pedro Ariel Santana, apresentou as trend etters da última edição do Salão do Móvel de Milão. “Temos que explicar que tendência não é moda. Hoje, por exemplo, casa deve transparecer a personalidade do morador ou profissional que está naquele ambiente de trabalho. É a naturalidade, a brasilidade e esta é a tendência”, resumiu. Já Guilherme Torres, um dos grandes expoentes da arquitetura e do design, falou sobre o processo que o tornou vencedor do A’Design Awards 2015, com a instalação que fez para a Swarovski na Art Basel Miami. Guilherme assina móveis e peças que ganharam destaque e fama no Brasil e no exterior, como o sofá Otto e as mesas Fifties e Jet. “Crio peças porque não encontro no mercado da maneira que imagino”, explicou o brasileiríssimo Torres. A presidente da Casa Cor, Lívia Pedreira, falou sobre o evento que completará 30 anos em 2016 e fez um passeio entre as tendências que já estiveram presentes. “Casa Cor conta a história do design no Brasil, traz novas propostas
e está atenta às necessidades urbanas. Casa Cor trabalha a cultura do morar”, e disse ainda que é sempre importante olhar para o que é nosso. Do elenco da Casa Cor MS, Eloisa Vicari apostou no enriquecimento cultural que o Casa Cor Stars traria, até porque “Mato Grosso do Sul é carente desse tipo de evento e estamos sempre em busca de conhecimento aqui ou fora do País”, disse a arquiteta que já esteve também na Feira do Móvel de Milão. Exatamente no sentido de oportunizar conhecimento sobre arquitetura, decoração e paisagismo para os criadores locais é que a franquia da Casa Cor no Estado inovou com a versão Stars. “Nosso objetivo é valorizar nossos profissionais locais, empresários e fornecedores, oferecendo as melhores possibilidades aliadas ao peso da marca Casa Cor”, colocou a diretora Comercial Luciane Mamoré.
TODO MUNDO GOSTA São 24 eventos dentro e fora do País, 30 anos em 2016, 600 mil visitantes, R$ 40 milhões movimentados e sempre apresentando o que acontece de novo. Assim a Casa Cor se tornou a maior mostra de decoração da América Latina. Também são 19 franquias, incluindo Bolívia, Chile, Peru e Equador. Uma das franqueadas brasileiras, a Casa Cor MS, abriu suas portas em 2009 e já recebeu em três edições cerca de 60 mil pessoas. Destaque para a incrível parceria com o Hospital de Câncer de Campo Grande. C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 59
NONONON
BRUNO BARRETO COSTA 1º LUGAR CÂMERA FOTOGRÁFICA
ACED DIVULGA GANHADORES DO 18º CONCURSO DE FOTOGRAFIA
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comissão julgadora da 18º edição do Concurso de Fotografia da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) decidiu no início de outubro os ganhadores do prêmio nas categorias câmera fotográfica e telefone celular. Também foram selecionadas outras oito fotografias que irão ilustrar o Calendário 2016 da Aced, distribuído aos associados e instituições parceiras. Entre as fotografias vencedoras, a grande maioria foi produzida por fotógrafos profissionais. Em primeiro lugar na categoria câmera fotográfica, foi escolhida a fotografia “Rego d’água”, de autoria do acadêmico e professor de desenho Bruno Barreto Costa. Ele será premiado no valor de R$ 1,6 mil em dinheiro. O fotógrafo profissional Ademir Almeida foi classificado em segundo lugar, com a fotografia “Major”, registrada na avenida Guaicurus, e por ela receberá o prêmio de
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R$ 1.100. Já o terceiro lugar, com premiação de R$ 850, ficou para o fotógrafo Eliel Oliveira, com a fotografia “Bon Odori”, no Clube Nipônico de Dourados. Na categoria telefone celular, a grande vencedora foi a fotógrafa profissional Sandra Cristina Alencar de Assis, que receberá premiação em dinheiro no valor de R$ 500. Também foram selecionadas para ilustrar o Calendário 2016 fotografias dos seguintes inscritos: Célia Resende do Nascimento, Higor Marcelo Lobo Vieira, José Aparecido Frota, Anderson Rodney Araújo de Albuquerque, Celso Carvalho do Amaral, Raique de Moura Dias e Francisco Ogassis. FOTOGRAFIA COMO ARTE Grande vencedor desta edição, o fotógrafo amador Bruno Barreto é acadêmico do curso de artes visuais e
ADEMIR ALMEIDA 2º LUGAR CÂMERA FOTOGRÁFICA
professor de desenho. Ele conta que esta foi a primeira vez que participou do concurso, concorrendo nas duas categorias, e que a análise do conceito da fotografia como arte já faz parte de sua rotina de estudos e de trabalho. “Tenho gosto pela arte e pelo fato de conhecer a parte técnica no curso de artes visuais, acabamos estudando muita coisa sobre a fotografia”, diz ele, que pratica a fotografia como hobby há aproximadamente cinco anos e utiliza equipamento profissional. “Fiquei muito feliz em ser classificado em primeiro lugar. Minha esposa já dizia que eu seria o ganhador, mas o resultado realmente me pegou de surpresa”, afirma. Já a fotógrafa profissional Sandra Cristina Alencar de Assis, que levou o primeiro lugar na categoria telefone celular com a fotografia “Hidratação”, registrada na Pedreira, conta que faz questão de utilizar um equipamento com uma câmera fotográfica de qualidade. “Utilizo a configuração da câmera para conseguir um resultado melhor nas fotografias no meu dia-a-dia. Com certeza a qualidade da câmera faz toda a diferença, mesmo que seja no celular”, diz ela, que também participou do concurso pela primeira vez e ficou bastante empolgada com o resultado.
ELIEL OLIVEIRA 3º LUGAR CÂMERA FOTOGRÁFICA
jurada deste tipo de concurso pela primeira vez. “Achei a experiência muito interessante. É uma oportunidade de fazer parte da vida de muitas pessoas e de contribuir para algo tão importante de nossa cidade”, avaliou. Também integraram o júri técnico os seguintes jurados: Luciana Almeida dos Santos (Dourados – MS Receptivo), Hamilton Romero (Uems), Itamar Monteiro (Correios), Carlos Marinho (Secretaria Municipal de Cultura), Nayara Rodrigues (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável), Igor Emanuel de Almeida Schiavo (UFGD), Gilberto Nascimento (Convention & Visitors Bureau) e D’hoanni Lima de Souza, da Anhanguera. De acordo com o regulamento do concurso, a comissão julgadora avaliou os trabalhos obedecendo a critérios técnicos e artísticos como beleza, originalidade, expressão e enquadramento. A cerimônia de entrega das premiações e dos certificados de participação já está marcada para o dia 18 de dezembro, dentro da programação oficial em comemoração ao aniversário de 80 anos de Dourados.
JULGAMENTO No total, o concurso teve 87 inscrições, sendo 71 na categoria câmera fotográfica e 16 na categoria telefone celular. A maioria dos candidatos inscreveu três fotografias, número máximo permitido no regulamento. O julgamento dos trabalhos foi feito por representantes de nove entidades convidadas e acompanhado pelo membro do Conselho Fiscal da Aced, Devanil Calazans. A publicitária Lana Guedes, coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da Unigran, foi uma das juradas. Ela afirma que as fotografias selecionadas retratam a cidade sob um olhar bem diferente do que de costume. “Gostei muito das fotografias escolhidas e acho que irão surpreender por mostrar Dourados de um ângulo completamente diferente”, diz ela, que participou como
SANDRA CRISTINA ALENCAR DE ASSIS 1º LUGAR TELEFONE CELULAR
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MÚSICA
MÚSICA DIGITAL Democrático, som que vem da web domina playlist da galera. por PAULA MACIULEVICIUS
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o acordar ao dormir a fotógrafa Alline Romero usa a música para começar e terminar o dia. Num resumo, os estilos vão desde o eletrônico, rock, soul ao samba de raiz, tropicália e nova MPB (Música Popular Brasileira). Diversidade que só coincide num ponto: tudo que ela ouve vem da internet. “É um espaço democrático e sensato. Hoje não há como ir contra a internet, sempre haverá meios de fazer download de músicas, de ouvi-las online”, opina Alline, de 30 anos. Pela web que ela descobriu músicas e bandas, seguindo indicações de blogs, amigos produtores e DJ’s que estão na mesma caminhada, na busca por novos sons. Do garimpo online saíram, por exemplo, a cantora e compositora Karina Buhr e o músico, produtor e DJ britânico, Bonobo. O mercado musical vem se reformulando de uma forma contemporânea por conta da internet. “Ao mesmo tempo, as bandas que estão no começo têm a possibilidade de disseminar seu trabalho a uma quantidade muito maior de ouvintes do que antes de existir a internet e crescer a partir daí também. Um belo exemplo disso é a Marina Peralta”, considera a fotógrafa. Para Alline, as bandas que entendem esse mercado e o abraçam chegam mais longe. “Pela lógica de quanto
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mais pessoas ouvindo a sua música, mais pessoas irão aos shows, quanto mais fãs se consegue, mais álbuns se vende”, considera a fotógrafa. Pensamento compartilhado também pelo publicitário Leandro Roncisvalle, de 31 anos. Em Campo Grande, Leandro chegou a ter duas bandas e um projeto de música eletrônica. Hoje, em Brasília, está reformulando ideias e faz da internet ferramenta para ouvir diferentes sons. “O fato da internet conseguir levar qualquer música para quem quiser é fantástico. Tenho um amigo de São Paulo, o Rafael Castro, que vem desde 2001 gravando álbuns digitais em casa. São mais de oito e só em 2012 que ele lançou o primeiro CD físico”, exemplifica Leandro. O publicitário descreve que usando a internet para divulgar e não para ganhar dinheiro é que Rafael e tantos outros músicos conseguem colocar a música disponível de graça, com espaço para comentários e compartilhamentos que ajudem a levar o conteúdo do som para quem pode gostar. “A internet acaba sendo mais democrática com quem ama música, tanto pra quem faz quanto pra quem escuta”, resume. Na prática, são os aplicativos que levam a descobrir os talentos. “Vou clicando em artistas relacionados aos que eu já conheço e descubro mais músicas que me chamam a atenção. Aí vai abrindo o leque de influências
para compor e produzir. Ultimamente tenho procurado jazz, indie, post-rock e rock psicodélico nacional”, conta. APLICATIVOS E PROGRAMAS Na lista de ferramentas preferidas para baixar músicas tanto de Alline quanto de Leandro estão: “Rdio”, “Spotfy”, “Mixcloud” e “Soundcloud”, ferramentas, em parte gratuitas, que disponibilizam mais de 20 milhões de músicas entre lançamentos, novos artistas, sucessos e clássicos que podem ser ouvidas pelo computador, smartphones e tablets. MÚSICOS DE INTERNET No Brasil, uma pesquisa da USP (Universidade de São Paulo) em cima do perfil do músico brasileiro e as características do mercado de trabalho da música, divulgada no início deste ano, mostrou que 59% dos músicos brasileiros já lançaram discos digitais e que 48% usam intensamente a internet para distribuição de seus produtos. A pesquisa revela em números que os músicos já incorporaram o uso das tecnologias no trabalho, seja na divulgação ou até mesmo para composição. Músico, compositor profissional há cinco anos, Begèt de Lucena, de 23, vive em Campo Grande e na internet. À frente da banda Santo Chico, ele lançou recentemente um vídeoEP, visando a facilidade de alcance do coletivo e na afinidade com o público moderno.
Tanto como consumidor quanto como produtor, Begèt descreve que a música está muito mais inserida no meio virtual do que no físico, o que influencia a forma como as pessoas se relacionam com ela. Tanto quem consome quanto quem produz. “Hoje está tudo muito mais refém de um clique. Eu mesmo amo e mantenho a doutrina de comprar discos, mas quando quero e vou ouvir algo, a primeira coisa que faço é buscar nas plataformas digitais”, relata. Gravar um disco completo ainda é caro, e muitas vezes pode se tornar um trabalho sem grandes efeitos, se pensado num alcance a curto prazo. “Num mundo moderno, esse tipo de projeto feito para a internet acaba sendo mais viável para músicos como eu, tanto para alcançarmos o nosso público, quanto para imprimirmos um trabalho que leve a nossa cara com simplicidade, mas a mesma qualidade de um projeto maior”, analisa. Disponibilizar gratuitamente é, para ele, facilitar o fim a que se pretende: através de um clique, sem custo, se abre a possibilidade para outras formas de se ganhar com a música. “A internet possibilita o maior alcance de pessoas, mas é preciso traçar objetivos e o trabalho não pode ser tão extenso, porque com a mesma rapidez que as pessoas nos buscam, elas também querem ver e ouvir outros”, destaca o músico. C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 65
COMPORTAMENTO
A MELHOR MUSICA DO
MUNDO
O
s meses que antecedem o marco do calendário de fim de ano são especialmente peculiares.
Parecem imprimir uma doce ansiedade pelas coisas que não fizemos ou que ainda desejamos fazer. Os dias restantes para o esperado virar do ano, época de viagens, visitas e metas cumpridas, sempre são carregados de uma forte carga de expectativas de todos nós. Uma sensação esquisita de que o tempo escorre por nossas mãos sem termos controle, alimentando a nossa fantasia de controle sobre o tempo. Incrível observar, como esse período parece ser marcado por panes de computador e telefones. Quando se vai buscar auxílio dos técnicos, estes olham para nós com aquele ar complacente, que só os técnicos de computador e telefones podem ter, e dizem: “A memória está cheia, não há espaço suficiente para atualizar o sistema, por isso o dispositivo entrou em pane.” Simples assim! E com essa simplicidade do técnico que nos avisa que nosso computador ou telefone está em pane porque esta carregado de dados, percebemos que muito do que se encontra ali pode, e deve, ser descartado.
Neste importante exercício de nos despirmos de tudo que pesa em nossa bagagem, encontramos sonhos guardados, projetos adiados, pensamentos desprezados, pessoas esquecidas.
Nossa vida é exatamente igual. No frenético correr do dia a dia, vamos juntando coisas, projetos e ideias para usar depois em algum momento, e acabamos ocupando um espaço que nos impede de perceber a essência daquilo que realmente é importante, dispersando nossa energia.
É chegado o tempo de descartar tudo que não nos é importante, antes que o rolo compressor da virada do ano, nos traga aquela inexorável sensação de que nossa missão foi apenas parcialmente cumprida.
Como é difícil o desapego... Seja de coisas guardadas, ideias, sentimentos, mágoas... É preciso coragem para renovar, coragem para descartar. Afinal, não é fácil sentir o peso de situações que ficam nas entranhas de nossas vidas sem enfrentamento, simplesmente estocadas em algum lugar, ocupando espaço em nosso inconsciente e impedindo atualização de nossos “sistemas”. 6 6 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
É tempo de ouvir a melhor música de todas: o silêncio de nossa consciência tranquila a embalar apenas a essência daquilo que é importante.
foto Marcos Vollkopf
Para aqueles que ainda não fizeram, esta é a preciosa época das faxinas necessárias, a chamada época de trocar a pele, para que outras roupagens novas possam surgir.
Se não conseguimos nos livrar de tudo aquilo que ocupa indevidamente o espaço de nossa vida, e de nosso coração, não haverá espaço para novos sonhos, novos afetos e novos projetos.
ARIADNE CANTÚ
COMPORTAMENTO
TÁXI OU UBER? PARA QUAL DOS DOIS VOCÊ VAI FAZER SINAL? O aplicativo Uber chegou ao Brasil no ano passado causando um grande conflito com taxistas. Entenda o porquê. por MARINA BASTOS
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A
s pessoas estão descobrindo cada vez mais formas compartilhadas de consumo. O que ganhou força com os sites de compra coletiva, como Groupon e Peixe Urbano, por volta de 2008, se estendeu a diversos outros produtos. Foram criados aplicativos de celular que reúnem pessoas com interesses comuns e pessoas que oferecem esses serviços. Um desses aplicativos está dando o que falar, é o Uber. Uber é uma empresa multinacional americana de transporte público urbano, baseado em tecnologia em rede, que através de um app (aplicativo) que oferece um serviço semelhante ao táxi tradicional, conhecido popularmente como serviços de “carona remunerada”. O Uber conecta usuários e motoristas parceiros por meio do app. A grande diferença em relação a quem oferece os serviços de táxi e Uber, é que para ser um motorista da Uber basta cadastrar-se seguindo uma lista de exigências de segurança. Em relação a quem utiliza esses serviços, o processo é muito parecido com o de quem já acionava aplicativos de táxi: você informa onde está, para onde quer ir e pede o “black car”, (carro preto em português). O pagamento da “corrida” é feito online, cobrado direto do cartão de crédito, basta baixar o aplicativo para iPhone e Android e se cadastrar. Detalhe: o Uber sai mais barato do que
“INOVAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES. ACREDITAMOS QUE É HORA DE UM DEBATE AMPLO SOBRE COMO A TECNOLOGIA APLICADA AO TRÂNSITO PODE AJUDAR A SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE MOBILIDADE DAS GRANDES CIDADES.”
táxi, mesmo que 20% do que foi arrecadado vá para a empresa do aplicativo. É aí que a coisa começou a dar briga, literalmente falando, porque essa rivalidade já causou agressões físicas em São Paulo e Rio de Janeiro. Os taxistas estão reclamando há muito tempo, dizendo que é concorrência desleal, que o serviço é ilegal. Fizeram diversos protestos, pressionaram câmaras de
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COMPORTAMENTO
vereadores e prefeituras de várias cidades e o aplicativo chegou a ser proibido em muitas delas. “O cara simplesmente compra um carro, baixa o aplicativo e é taxista. Eles querem o mole, não pagam imposto, não pagam nada”, reclamou um taxista de São Paulo que preferiu não se identificar. Ele explicou que para trabalhar, os taxistas precisam de carteira de habilitação especial, seguro para transportar passageiros, têm que fazer um curso preparatório, não podem ter antecedentes criminais e pagam pela licença do carro: os valores podem variar de R$ 5 mil até R$ 180 mil. “Não é deslealdade. A gente paga IPVA, que o taxista não paga. Eles têm desconto na compra do carro, que a gente não tem, eu inclusive comprei um carro caro”, observou Rosemeire (que também preferiu não identificar o sobrenome). “É importante ressaltar que para ser Uber, não pode ser qualquer carro, tem que ser modelo sedan, bancos de couro e ar condicionado”, disse. Meire virou motorista do Uber há pouco mais de dois meses, mas antes, nos últimos sete anos, rodou a cidade como taxista. “Se eles acham que é desleal, que melhorem o serviço deles para reconquistar os clientes que eles acham que estão perdendo”, diz Rosemeire, que leva água gelada no carro para oferecer aos clientes.
OS TAXISTAS PRECISAM DE CARTEIRA DE HABILITAÇÃO ESPECIAL, SEGURO PARA TRANSPORTAR PASSAGEIROS, CURSO PREPARATÓRIO, NÃO PODEM TER ANTECEDENTES CRIMINAIS E PAGAM PELA LICENÇA DO CARRO: OS VALORES PODEM VARIAR DE R$ 5 MIL ATÉ R$ 180 MIL.
PARA ESPECIALISTA, TÁXI E UBER NÃO DEVERIAM SER SERVIÇOS CONFLITANTES A assessoria do Uber defende a regulação do serviço do aplicativo de telefonia móvel e outros programas similares para uso de carros particulares em transporte remunerado individual, em vez da proibição. Motivo de discórdia com os motoristas de táxis, o aplicativo americano chegou ao Brasil durante a Copa do Mundo de 2014, começando pelo Rio de Janeiro e, em seguida, a São Paulo, depois Belo Horizonte e Brasília. “Inovação é fundamental para o desenvolvimento das cidades. Acreditamos que é hora de um debate amplo sobre como a tecnologia aplicada ao trânsito pode ajudar a solucionar os problemas de mobilidade das grandes cidades. Somos a favor de uma regulação que garanta o fomento à inovação e ao empreendedorismo”, diz o Uber, em nota. Especialista em impactos sociais da tecnologia, o professor e sociólogo Sérgio Amadeu acredita que os táxis e o Uber não deveriam ser tratados como serviços conflitantes. “O Uber deveria ser considerado como um serviço de transporte particular onde as pessoas possam ter mais flexibilidade que no atendimento de táxi, que obedece vários tipos de requisitos”, explicou. Para Sérgio Amadeu, por trás do lobby contra o Uber estão os interesses das empresas de frota dos táxis, que temem pelo êxodo de profissionais para o serviço de carros particulares em transporte remunerado. “Porque o taxista que trabalha e é explorado pelos proprietários dos pontos de táxi pode trabalhar de forma independente, então, se não houver uma proibição, haverá uma transferência para esse trabalho e surgirá um novo mercado”, concluiu.
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COMPORTAMENTO
Pesquisa revela novo perfil do internauta brasileiro e psicóloga alerta que prestar atenção em muitas coisas ao mesmo tempo, como TV e celular, pode trazer ansiedade e depressão. por MARINA BASTOS
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elevisão, celular, música ou tudo ao mesmo tempo? Por que nada parece prender nossa atenção por inteiro? Uma pesquisa realizada pelo Conecta, plataforma web do Ibope Inteligência, sobre o comportamento do internauta brasileiro, divulgada recentemente, revelou que 88% das pessoas assistem à TV e navegam na internet ao mesmo tempo. O smartphone é o dispositivo mais usado (65%), seguido pelo computador (28%) e pelo tablet (8%). Os motivos são variados. O levantamento mostra que, ao navegarem na internet enquanto assistem à TV, 72% acessam as redes sociais, 55% recorrem à internet para passar o tempo durante os comerciais, 48% resolvem outras coisas e 18% alegam que a TV não é interessante o suficiente para ter toda a sua atenção. A pesquisa da plataforma do Ibope mostra, também, que 17% assistem à TV e navegam na internet simultaneamente para interagir com o que está acontecendo na transmissão, mesmo percentual dos que discutem com amigos sobre o programa que estão assistindo e 10% que buscam mais informações sobre um comercial que assistiram. A pesquisa foi realizada em julho de 2015, com 1.004 internautas de todas as regiões do Brasil, e aponta, ainda, que televisão e internet podem ser complementares: 96% dos internautas brasileiros já buscaram na internet algo que viram na TV. Para a professora de artes Carolina Gastaldo, TV e internet são coisas que se complementam. “Às vezes vejo algo que me interessa na televisão e daí já busco mais informações na internet, como filmes ou notícias”, afirmou. Mas ela admite que às vezes pode exagerar. “Qualquer intervalo ou brecha no que estou vendo na TV, corro para o celular, não gosto da impressão de que não estou fazendo nada.”
NÃO DESGRUDAR DO CELULAR PODE SER PATOLÓGICO Assim como Carolina, você não larga o smartphone nem para ir ao banheiro? Saiba que vocês não estão sozinhos, em uma pergunta sobre os três momentos em que mais usam a internet no smartphone, um quinto dos entrevistados citou a ida ao banheiro: 20% admitiram a prática. No top 5 de hábitos, estão também aqueles que já acordam com o celular na mão (24%). Essa ansiedade em se manter conectado de todas as maneiras é uma característica marcante dos nossos tempos. Algumas pessoas sentem, assim como Carolina Gastaldo, um certo vazio e sensação de que estão perdendo tempo quando estão desconectadas ou sem interagir, ainda que seja com a televiC I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 75
COMPORTAMENTO
são. Segundo a psicóloga Ana Lúcia Spear King, do Laboratório de Pânico e Respiração da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a chamada “dependência” ocorre em duas instâncias em nosso vocabulário. Quando dizemos “dependo de meu celular para trabalhar”, trata-se de algo natural. “É ótimo ter um telefone para este fim”, diz. A outra espécie de dependência se aproxima de algo patológico. “O fato de alguém passar o dia todo no celular não caracteriza nomofobia [vício em celular]”, afirma. O que demonstra a patologia são transtornos de ansiedade e pânico ocasionados pelo celular. Sobre transtornos de ansiedade, a psicóloga Neuza Corassa, afirma que a tecnologia pode trazer algo nocivo para algumas pessoas, que acham que tudo funciona na velocidade das máquinas. Isso vale para quem vê televisão e fica na internet ao mesmo tempo, pois isso caracteriza uma ansiedade grande em consumir informação e interagir, como se nós mesmos fôssemos máquinas. Para ela, isso pode gerar desespero e uma dificuldade de adaptação entre o mundo real e o mundo tecnológico. “O conflito pode aumentar a ansiedade, causar síndrome do pânico e até depressão”, diz.
VEJA ESSAS DICAS PARA DESAPEGAR DO CELULAR ENQUANTO SE FAZ OUTRAS ATIVIDADES: DESABILITE AS NOTIFICAÇÕES. • Notificações e atualizações fazem barulhinhos e vibrações que, além de muito chatas, desviam não só o seu foco de atenção, mas também de quem está próximo a você. COMPRE UM DESPERTADOR. • Você é daqueles que coloca o celular embaixo do travesseiro? Pois bem, o mundo não vai cair se você deixá-lo desligado durante a noite. Muito pelo contrário, essa prática pode te garantir um descanso muito mais eficiente.
GUARDE OS MOMENTOS NA MEMÓRIA. • Compartilhar momentos importantes com as pessoas próximas é importante, mas vale refletir se a necessidade de expor sua rotina não está atrapalhando a qualidade das suas experiências e dos seus relacionamentos. DEIXE PARA USÁ-LO NOS INTERVALOS. • Para não tirar o foco do trabalho ou do estudo, o melhor é deixar para usar o celular em intervalos, como a hora do almoço ou a pausa para o café. NÃO TENHA MEDO DE DESLIGAR. • Usar mais o celular como um telefone de fato do que como uma caixa de e-mails ou uma forma de acesso à internet. E se for para relaxar, numa viagem ou num final de semana, não tenha receio de desligar o celular. OUÇA QUEM ESTÁ AO SEU LADO • Pergunte-se: o que eu estou esperando? Eu preciso olhar isso agora? Se a resposta for negativa, deixe o celular de lado e aproveite a companhia de quem está ao seu lado.
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CIDADANIA
COMPORTAMENTO
Sempre a regra é: nunca reaga a um assalto. Não se expor a uma situação de risco, principalmente em um assalto, é o primeiro passo. DURANTE O ASSALTO
• Procure manter a calma, não reaja nunca, e sempre avise o bandido sobre os movimentos que você irá fazer com o seu corpo • Procure memorizar observações sobre o marginal, como cor dos olhos, detalhes na pele, roupas, direção que tomou após o crime, quantidade de meliantes, etc...
APÓS SER VÍTIMA DE UM CRIME
• Informe imediatamente à Polícia (Ligue 190) • Se você presenciou um crime, não deixe de testemunhar a favor da vítima, lembre-se: poderia ser você ou algum ente querido.
ANDRÉ SALINEIRO é Agente da Polícia Federal. Bacharel em Direito e Fisioterapia. Pós-graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduado em Direito Penal e em Direito Processual Penal. Especialista em: Violência, Criminalidade e Prevenção; Sistemas e Gestão em Segurança Pública; Análise Criminal; Uso da Informação na Gestão da Segurança Pública. Membro e palestrante do G.P.R.E.D (Grupo de Prevenção ao Uso de Drogas da Polícia Federal). Conselheiro comunitário de prevenção ao uso de drogas. Autor do livro: Gestão Estratégica em Segurança Pública. C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 77
CULTURA
‘A PIPA É NOSSA!’ A artista plástica Ana Ruas vence prêmio nacional com votação pela internet. por KÁTIA KURATONE
A
artista plástica Ana Ruas é sul-mato-grossense de coração. Nascida em Machadinho, Rio Grande do Sul, desde 1996 escolheu Campo Grande para residir. Segundo ela, foi na Capital que tudo começou a acontecer: “Campo Grande abriu as portas para mim. Eu amo essa cidade!”, afirma. E foi na Cidade Morena que ela recebeu mais uma boa notícia recentemente. Ana Ruas venceu a categoria Pipa Online Popular deste ano. A divulgação do resultado aconteceu em agosto. “Este prêmio é um divisor de águas, muito importante pela visibilidade que ele dá ao artista”, comemora. Criado em 2010 para divulgar a arte e os artistas, o Pipa é considerado um dos mais relevantes prêmios das Artes Visuais do País. A proposta é consagrar quem já está se destacando por seus trabalhos e não descobrir novos talentos. Indicada pela crítica de arte e historiadora Aline Figueiredo, que reside em Cuiabá, Ana Ruas concorreu com outros 61 artistas nacionais na primeira etapa do concurso. Apenas 9 foram classificados para a 2ª etapa. Dentre eles, ela foi a mais votada, levando para casa R$ 6 mil e maior visibilidade no mercado nacional. Intervenções urbanas chamam a atenção da artista Ana Ruas é uma artista que precisa de espaço. Pelas ruas de Campo Grande é possível encontrar grandes trabalhos realizados por ela. E quando digo grandes, estou
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me referindo à qualidade e ao tamanho. As intervenções urbanas são realizadas em viadutos, paredes cegas ou muros capazes de imprimir um caráter temporário de ilusão e magia. A proposta da artista é provocar nas pessoas uma reflexão sobre o espaço e o lugar habitado. “É uma das formas que encontrei para dialogar com a minha cidade, com o meu público e mostrar novas perspectivas, criar novas sensações e redescobrir novos significados.” Ela também tem um ateliê em Campo Grande, onde são realizadas oficinas, encontros, e tudo aberto ao público. “No ateliê queremos discutir vários temas que permeiam a contemporaneidade. Reunimos, acolhemos e hospedamos pessoas interessadas em contribuir a fomentar essas discussões.” Mais informações www.anaruas.com.br
A dedetizadora DDBRIL fundada em 2002, preza pela tradição em atender com qualidade e inovação em seus serviços. Atua no controle de pragas urbanas, oferecendo a seus clientes os mais altos padrões profissionais, éticos e científicos do setor. • Controle de pombo • Controle de morcego • Controle de pragas e Vetores Urbano • Consultoria • Desratização • Descupinização ÁREA DE ATUAÇÃO ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü
Armazéns Silos de grãos Usinas de açúcar e álcool Abatedouros Atendemos em: Frigoríficos Campo Grande | Três Lagoas e região | Dourados e região Indústrias alimentícias Indústrias de bebidas Laticínios Fone: 67 3387 1117 | 9900 2161 | 9277 2161 Moinhos ddbril@hotmail.com Óleos www.ddbril.com.br Logísticas Rua Deocleciano Dias Bagage, 38 Metalúrgicas Restaurantes / Fast Food Jd. Itamaracá – Campo Grande/MS Indústrias de embalagens Indústrias farmacêuticas Cosméticos Hospitais Hotéis Supermercados Condomínios Clubes / Lazer Shoppings Órgãos públicos Caixas d’água industriais e residenciais
COMPORTAMENTO
PAI SIM, MARIDO Nテグ
por Sテ年IA NABARRETE
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Metalúrgico e músico, Marcos Paulo Felix estava sem trabalho e perspectivas, pensando até mesmo em buscar oportunidades fora do País, quando recebeu a notícia de que a namorada, a produtora cultural Débora Eliza, estava grávida. “Fiquei imensamente feliz, sempre tive vontade de ser pai, tenho 35 anos, idade mais que suficiente para isso, mas aquele não era o momento”, conta Marcos, que imediatamente assumiu a paternidade, mas descartou a possibilidade de casamento. Ele e a namorada continuam morando separados, mas ele se mostrou presente e disponível para acompanhá-la durante a gestação, indo a todas as consultas e exames. Amora deve nascer entre o final de setembro e começo de outubro e Marcos pretende participar ativamente da sua educação. “Quero dar muito amor e carinho, mas também impor uma disciplina que proteja minha filha”, diz ele.
“FIQUEI IMENSAMENTE FELIZ, SEMPRE TIVE VONTADE DE SER PAI, TENHO 35 ANOS, IDADE MAIS QUE SUFICIENTE PARA ISSO, MAS AQUELE NÃO ERA O MOMENTO” MARCOS PAULO FELIX
Já o biólogo Lucas Leite, 33 anos, estava separado há um mês da namorada, embora ainda morassem na mesma casa por questões econômicas, quando soube que seria pai. “Deixei para ela decidir o que queria fazer e me dispus a apoiá-la em qualquer situação, mas em nenhum momento cogitei retomar a relação e casar”, recorda-se ele. Lucas compartilhou com a mãe da criança todas as despesas da gestação, acompanhou em exames e consultas e esteve presente no parto. Mas, a relação com a ex-namorada, que parecia harmônica, azedou depois que o bebê nasceu. “Combinamos que eu veria meu filho durante duas horas, cinco vezes por semana. Mas ela fez imposições, como só permitir que esses encontros aconteçam em locais públicos e sempre com ela também presente, o que é desconfortável para todos nós. Ela não permite, em hipótese alguma, que o bebê fique sozinho comigo, nem que seja apresentado aos meus amigos e a minha atual companheira”, resume o biólogo, que sonha em ter momentos a sós com o filho, que está com cinco meses. “Adoraria dar banho, dormir com ele, e, para isso, pretendo buscar ajuda de um advogado. É natural que o bebê passe mais tempo com a mãe nessa fase, uma vez que está sendo amamentado, mas creio que esta situação tem que ser revertida. Meu objetivo é a guarda compartilhada”, afirma.
“DEIXEI PARA ELA DECIDIR O QUE QUERIA FAZER E ME DISPUS A APOIÁ-LA EM QUALQUER SITUAÇÃO, MAS EM NENHUM MOMENTO COGITEI RETOMAR A RELAÇÃO E CASAR” LUCAS LEITE
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COMPORTAMENTO
“MORAMOS TODOS JUNTOS. PELA MANHÃ, AS CRIANÇAS FICAM COM MINHA MÃE, QUE CUIDA DE RESPONSABILIDADES, COMO ROUPA E COMIDA, COM A AJUDA DE UMA EMPREGADA. À TARDE, OS MENINOS VÃO À ESCOLA, QUE FICA NA MESMA RUA DE CASA. QUANDO CHEGO DO TRABALHO, DOU BANHO, AJUDO NA LIÇÃO DE CASA, BRINCO E COLOCO PARA DORMIR.” FLÁVIO SOARES
O engenheiro civil Flávio Soares assumiu há oito meses a guarda provisória dos dois filhos, de três e quatro anos, após um casamento de quatro anos. “A mãe deles sofre de transtorno bipolar afetivo e nos surtos colocava as crianças em situação de risco”, explica ele, que para assumir o novo papel conta com o apoio dos pais, que são aposentados. Flávio explica como é a rotina: “Moramos todos juntos. Pela manhã, as crianças ficam com minha mãe, que cuida de responsabilidades, como roupa e comida, com a ajuda de uma empregada. À tarde, os meninos vão à escola, que fica na mesma rua de casa. Quando chego do trabalho, dou banho, ajudo na lição de casa, brinco e coloco para dormir.” As pessoas estranham quando Flávio participa de atividades referentes às crianças sem a mãe deles, como reunião de pais na escola, consultas médicas, compra de roupas. Mas ele se sente à vontade e espera manter a convivência com as crianças, ainda que a audiência para a guarda definitiva, marcada para agosto, decida pela mãe. “Se a justiça avaliar que ela está apta a cuidar dos meninos, vou aceitar sem problema, mas quero estar com meus filhos constantemente. Esse negócio de pai ficar com filhos a cada 15 dias, para mim é inconcebível e injustificável”, antecipa Flávio, que se sente fazendo a coisa certa. “A maior prova disso é que os meninos estão saudáveis e felizes.”
Caso a mãe detenha a guarda da criança, o pai terá contato e convivência com o filho nas épocas fixadas no acordo judicial ou na sentença judicial que decidiu a guarda. “De modo geral, mas não necessariamente, o pai fica com o filho em finais de semana alternados. Alternam-se também Natal e Ano Novo, férias escolares, datas de aniversário dos pais etc, de modo que cada um dos pais tenha possibilidade de estar com a criança”, diz o advogado. Quando não há acordo dos pais ou há disputa pela guarda, as visitas são fixadas pelo juiz, com base em avaliações técnicas feitas pelos profissionais do Serviço Social. “Nestes casos, as visitas podem ser restritas a certos períodos do dia e o pai pode ficar impedido de ter a criança em sua própria casa até que ela tenha autonomia”, explica Dr.Marco Antonio. 8 2 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
Dr. Marco Antonio Bosculo Pacheco, advogado, esclarece que, em princípio, os direitos e deveres dos pais são os mesmos, sendo ou não casados com as mães. O principal dever é o de alimentar, mas compreende também a manutenção da criança em todos os aspectos, como a educação formal, arcando com os custos de escola e tudo o que se refere à educação, como materiais, livros, viagens. Segundo o advogado, os direitos dependem da forma como pai e mãe se ajustaram em relação à criança. Se optaram pela guarda compartilhada, ambos convivem com a criança sempre que podem e queiram, em uma combinação prévia, na medida do interesse e possibilidade.
INFORME PUBLICITÁRIO
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CASAMENTO
RENOVAÇÃO DE VOTOS Ainda nem completei 2 anos de casada e já queria casar de novo (com o mesmo marido, é claro!). Escolher outro vestido, outra decoração, reunir os amigos queridos, curtir a música, dançar até o pé doer. Mas já que repetir o casamento não é possível, surge um novo modismo no mercado de eventos – a renovação dos votos.
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C
omo celebridade sempre lança moda, com essa não seria diferente. Famosos, como Beyoncé e Jay-Z, Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones, Mariah Carey e Nick Cannon, entre outros, já entraram para esse time. No Brasil, Regina Casé também renovou os votos de casamento com Estevão Ciavatta, após dez anos juntos. Com tantas opções de fornecedores e novidades no mercado, cada vez mais as pessoas se empolgam com a ideia de renovar os votos e realizar um segundo (terceiro, quarto, quinto...) casamento. E pra aqueles que não tiveram a chance de fazer a festa dos sonhos, a renovação dos votos surge como uma oportunidade de realizá-la com mais glamour. Tirando o foco dos holofotes, a renovação também é uma forma de expressar sentimentos mais maduros. Afinal, muitos casamentos acontecem com casais jovens que, quando mais velhos, sentem a necessidade de reafirmar o compromisso. CERIMÔNIA COMPLETA Cada casal deve seguir seus sonhos. Mas mesmo mantendo o protocolo tradicional, o vestido de noiva pode ser um pouco mais discreto e as daminhas e pajens podem ser representados pelos filhos do casal, por exemplo. Trocar novas alianças também é uma escolha única do casal que fará a festa. E ela é muito bem recomendada.
ESTILO DE FESTA Normalmente, festas de casamento têm uma lista de convidados bem recheada, principalmente quando as famílias dos noivos são grandes. Mas, na renovação, é diferente. Uma dica é que se faça uma festa bem caprichada, rica em detalhes, mas com poucos convidados – de 60 a 100. Uma festa mais íntima, mesmo, com pessoas realmente próximas e especiais.
Como sugestão, podem ser feitas músicas, vídeos e discursos. Isso só depende da criatividade dos noivos de segunda viagem. Mas, além da opção de homenagens feitas pelo próprio casal, participação extra de amigos e familiares também é bem-vinda. Preciso dizer que já estou com minha cabeça fervilhando de ideias para a minha renovação de votos com 10 anos de casada? Só preciso segurar a ansiedade e esperar alguns bons anos (risos).
E PRA AQUELES QUE NÃO TIVERAM A CHANCE DE FAZER A FESTA DOS SONHOS, A RENOVAÇÃO DOS VOTOS SURGE COMO UMA OPORTUNIDADE DE REALIZÁ-LA COM MAIS GLAMOUR.
NÃO FAÇA LISTAS Apesar das semelhanças do casamento com a renovação, fazer lista de presentes não é uma atitude muito adequada. Afinal, a lista é uma ajuda para quem está montando a casa. Quando há a renovação, o casal já mora junto, já tem a casa montada e quer apenas comemorar o momento especial com pessoas queridas. Há casais que curtem pedir doações para instituições de caridade ou cotas para uma nova lua de mel. Daí fica a gosto do casal.
HOMENAGENS Depois de anos compartilhados juntos, nada como homenagens durante a renovação dos votos, que podem ser feitas entre o casal, reafirmando o amor que sentem um pelo outro, contando o que vivenciaram durante os anos juntos, falando sobre os frutos [filhos ou netos], homenageando a família e os amigos, etc.
por JULIANA FERREIRA, JORNALISTA E IDEALIZADORA DO VIDA DE NOIVA, PRIMEIRO BLOG DE CASAMENTOS DE MATO GROSSO DO SUL. PARA SABER MAIS
SOBRE
DIVERSOS
OUTROS
ASSUNTOS RELACIONADOS AO TEMA, DO PEDIDO AO ALTAR, ACESSE WWW. VIDADENOIVA.COM.
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DECORAÇÃO
SUA CASA COM A SUA CARA
É importante descobrir qual decoração você gosta e faz bem
por FERNANDA MONTEIRO
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que mais atrai você na hora de decorar sua casa? Uma cadeira Luiz XV, um recamei étnico, banco com jeito de tronco de árvore, futon, lustre de cristal ou baú herdado da vovó? Essa escolha pode ajudar a identificar seu gosto e estilo. Características pessoais, que marcam não só o jeito de vestir, mas de decorar também. A casa pode ser entendida como extensão da personalidade de quem nela vive. Ao desenvolver o estilo, você se torna único. É como imprimir sua marca. Mas qual é o seu? O Studio It quer orientar na formulação do conceito de algo que já inspira, pelo qual você ganha identidade. Faça uma consulta e aprenda a deixar seu lar do seu jeito.
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MODERNO Criar uma decoração moderna não significa compor ou mobiliar um espaço em estilo contemporâneo – o que requer uma busca contínua por novidades e uma transformação progressiva pela inclusão e subtração de objetos e móveis.
A decoração moderna se distingue tanto pelo ecletismo quanto pelo design tradicional e clássico. Esse estilo introduz uma nova maneira de conceber o espaço como planta livre e trabalha com tecnologias e materiais inovadores. Também é determinado pelo derrubar de paredes e usar aparelhos tecnológicos altamente inovadores. Linhas simples e geométricas, peças clássicas de design atual, sem acúmulo de objetos, cores neutras e brancas são usadas nesse estilo. Como material de revestimentos e acabamentos, madeira natural, aço tubular, linóleo, aglomerado e couro, são os mais utilizados.
URBANO As casas urbanas carregam consigo traços das estratificações históricas. As características mais marcantes do estilo são a conversão de antigos espaços industriais. Dessa ocupação nasceram os lofts. Daí vieram também materiais como o cimento que invade com resina nos pisos e ferros das estruturas das escadas, o corion.
A modulação, ou seja, os móveis planejados surgiram desse estilo no período de 1920. Então as características são loft, pé-direito duplo, escadas, planta livre, vidro, móveis modulares e ergonomia.
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DECORAÇÃO
CONTEMPORÂNEO Vai além das modas e seu fascínio permanece constante com o passar dos anos. Ele exprime mais um gosto pessoal do que uma tendência definida. Por esse motivo, se mostra mais aberto a aproximações inéditas e à mescla de linguagens diferentes, do clássico ao modernismo até aos estilos mais atuais. O estilo contemporâneo é atemporal. Os ambientes são mobiliados com peças únicas, às vezes de leilão e galerias do mundo todo. Design mais atual que mescla com as peças dos mestres, como Saarinem e Le Corbusier, e ainda peças antigas formais, como lustres, tapetes antigos e papel de parede. Como se observa, o proprietário da casa contemporânea é um grande viajante, que alimenta o colecionismo de arte e de design com peças vintage, liberty e art déco, mas também com objetos orientais e étnicos.
VINTAGE Tendência que vem da tradição americana dos anos 1950, aquela do surgimento de Las Vegas, das cores intensas, dos sofás revestidos de couro falso. Nesse estilo, há o apreço pelo passado, pela história pessoal das lembranças da infância, da casa dos avós, das imagens de contos e dos filmes americanos dos anos 1930 e 40.
Portas brancas originais sobressaem sobre paredes pintadas de cores fortes. Por fim, o vintage é eclético, com toques de colecionismo puro, mas sempre visando lembranças de uma época, de um estilo, uma moda, de um quadro de Hopper ou de um filme de Hitchcock.
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PROVENÇAL O estilo provençal exerceu uma forte influência no universo dos interiores, definindo um verdadeiro conjunto de tendências de arquitetura e design. Remete a um ideal de vida simples e despreocupada, cadenciada pelo ritmo do passado, e seus espaços, com frequência, reproduzem o caráter e a atmosfera das casas de férias da família. Alcançou
seu auge na década de 1980, com belíssimas residências francesas, situadas em Saint-Tropez. As características e os objetos do estilo são de aspecto histórico: camas de ferro, cômodas, cestos, lençol antigo, guirlanda de flores, grandes chaminés, molduras de madeira, tecido inglês vitoriano, estampas florais, linho, antiguidades do século XIX, cerâmicas brancas e coloridas e muita alfazema na decoração.
ECOLÓGICO O estilo equilibra a relação entre o externo e o interno e prevê uma abordagem sustentável ao projeto. Um novo conceito que tem sido aplicado cada vez mais aos interiores e ao mobiliário. Pressupõe um sentindo mais profundo de lugar, gerando a ideia da “casa refúgio”, mesmo quando está em meio à cidade.
Superestima ambientes saudáveis e confortáveis, que criam efeitos positivos no ecossistema, na sociedade e na economia, com eficiência energética, arquitetura sustentável, materiais naturais e estufas de flores e plantas.
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VIAJE BEM
AH! MINHA BAGAGEM... Não podemos negar que a arrumação da mala para uma viagem é algo sublime. Um pedacinho da nossa casa, da nossa vida, que levamos com a gente mundo afora.
C
reio que, independente do motivo que nos tire de casa, vamos sempre querer nos apresentar com a melhor estampa possível, e claro que dentro da realidade que a ocasião requer. Muitas vezes os cálculos são matemáticos: qual mala comporta tudo que necessito? Quantas calças devo levar? Aquela blusa combina com aquele sapato? Será que lá estará muito quente? Fará frio? Não fará? Aquele perfume, o shampoo... Quem nunca se pegou sofrendo ao arrumar uma mala? Saiba que esta é a melhor parte quando tratamos de um tema tão vital para o sucesso de uma viagem. Você analisa friamente o processo de despacho de sua bagagem em uma companhia aérea? Creio que na maioria das vezes não! Sinto dizer que na totalidade dos aeroportos esse serviço é executado de forma manual, ou seja, apesar dos sistemas de identificação e das moderníssimas estei-
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ras, sempre haverá a mão humana direcionando nossos tesouros ambulantes. E este pequeno detalhe aumenta sobremaneira o risco de ocorrer o infortúnio do extravio. Acredito que certos cuidados serão tomados apenas quando sentirmos na pele a falta que aquela abençoada mala nos fará quando estivermos fora de casa. Vale a regra básica da identificação por dentro e por fora; de dar conta de carregarmos nossa bagagem sem a ajuda dos outros; de evitarmos o pagamento de excesso, nos adequando à franquia permitida pela companhia para aquele trajeto; fazer uma declaração de valores antes do despacho, mediante o pagamento de uma taxa (não vale declarar dinheiro, joias e eletroeletrônicos) e também fazermos um seguro bagagem que nos dê cobertura financeira em caso de uma emergência etc. A partir do check in toda a responsabilidade sobre a bagagem despachada passa a ser da companhia aérea (segundo o Art. 6º do Código de Defesa do Consumidor). Bem sabemos que nossas malas não são tratadas com o devido carinho por quem foi nomeado para transportá-las. Basta verificarmos atentamente se elas regressarão para casa nas mesmas condições que partiram. No ranking da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) as reclamações referentes à bagagem ocupam o 2º lugar, perdendo apenas para o item “atendimento”. Se sua bagagem não for entregue após a chegada do voo, você deverá fazer de imediato um comunicado para a empresa transportadora, por meio do Relatório de Irregularidade de Bagagem (RIB) e, se estiver em trânsito, exija uma compensação imediata para as necessidades pessoais até localizarem seus pertences (algo em torno de R$ 300). Por lei, as companias aéreas poderão gozar de um prazo de até trinta (30) dias, para voos nacionais, e de vinte e um (21) dias, para voos internacionais, para localizarem e devolverem os pertences que foram extraviados nas mesmas condições que foram despachados.
que favoreça e compense o consumidor pelos dissabores de uma mala extraviada. Após confirmarem o extravio da bagagem a compania aérea fará um cálculo equivalente ao peso do volume despachado no check in e oferecerá uma proposta de indenização. Em voos domésticos o limite é de R$ 4.200, equivalente a 1.131 DES – Direito de Saque Especial / FMI (Fonte: ANAC). Se, ao final do imbróglio, se sentir lesado, você poderá tentar junto ao PROCON (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) uma negociação administrativa ou então recorrer diretamente à justiça. É claro que o índice de extravio é infinitamente inferior ao da conclusão dos serviços de entrega, mas é muito importante estarmos sempre atentos às situações que poderão se apresentar. E nunca se esqueça de levar aqueles itens imprescindíveis na sua valiosa “bagagem de mão”.
Depois de esgotadas as possibilidades de localizarem sua mala, o único recurso será o de recorrer ao pedido de indenização. Guarde todos os comprovantes, desde seu check in, etiqueta do despacho, cartão de embarque, comprovantes de despesas e notas fiscais referentes a gastos com comunicação, transporte, alimentação e hospedagem que vier a ter. É fundamental documentar todas as ações a título de provas.
por ADRIANO DE OLIVEIRA Consultor de viagens adrianoaao@gmail.com
Infelizmente, ainda não há no Brasil uma legislação C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 93
MEIO AMBIENTE
INSTITUTO ARARA AZUL LANÇA 2a EDIÇÃO DA CAMPANHA “ADOTE UM NINHO” Iniciativa ajudará na manutenção da biodiversidade do Pantanal e população pode colaborar com doações a partir de R$ 15,00.
C
om o objetivo de dar continuidade ao desenvolvimento das pesquisas e ações de proteção e conservação da arara azul na natureza, o Instituto Arara Azul lança a 2ª Campanha “Adote um Ninho” com uma grande ação coletiva de doações para subsidiar estudos e monitoramento de ninhos no Pantanal. A Organização é reconhecida internacionalmente pelos 25 anos de trabalho do Projeto Arara Azul, liderado pela Dra. Neiva Guedes, professora, pesquisadora da universidade Uniderp e Presidente do Instituto Arara Azul.
cada ano e se estende até meados de março do ano seguinte. Como resultados dos trabalhos do último ciclo, Neiva compartilha que na região de Miranda – Pantanal há 237 quilômetros da Capital - por exemplo, dos 52 filhotes que nasceram 65% sobreviveram até o último monitoramento, 4% foram predados, 4% foram encontrados mortos dentro do ninho e 26% desapareceram sem vestígios. Por tratar-se de uma espécie frágil, estes números refletem os cuidados e a dedicação da equipe do Projeto Arara Azul”.
“Queremos repetir o sucesso do ano passado, pois o apadrinhamento proporcionará também a manutenção da biodiversidade do Pantanal, tanto às araras-azuis como várias outras espécies de aves que ocupam as mesmas cavidades”, explica Neiva Guedes.
A retirada da arara-azul da Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente em dezembro de 2014, foi considerada uma grande conquista dos resultados do Projeto Arara Azul, nesses anos de atuação. Mas ainda assim a espécie é citada na lista vermelha das espécies ameaçadas (Red List of Threatened Species) da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN - International Union for Conservation of Nature).
A edição 2014 colheu resultados significativos, com 45 ninhos apadrinhados por empresas e pessoas físicas, dentre esses vários famosos, como Ziraldo, Michel Teló, Almir Sater e Gabriel Sater, Carlos Saldanha, Chitãozinho e Xororó, Munhoz e Mariano e Luan Santana. Muitos já renovaram suas adoções e novos padrinhos estão aderindo à segunda edição da Campanha. Além do apadrinhamento é possível contribuir para a preservação da arara-azul com doações a partir de R$ 15,00. Informações podem ser obtidas no site www.institutoararaazul.org.br, ou diretamente pelo email contato@institutoararaazul.org.br. Em 2015, o período de reprodução das araras-azuis já começou. Normalmente inicia-se no segundo semestre de 9 6 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
CENÁRIO
Outro fato que norteia os trabalhos do Instituto Arara Azul corresponde ao comportamento das araras-azuis no Pantanal Sul. As aves são bastante seletivas, 95% de seus ninhos são encontrados somente na árvore de manduvi. Considerando que há uma tendência à diminuição de ninhos naturais, pois essa espécie arbórea sofre desgaste do tempo, a ave torna-se dependente de novos ninhos, por isso, ações de conservação e preservação de plantas jovens estão sendo desenvolvidas com proprietários de áreas
rurais, mas como medida de curto e médio prazo, cavidades artificiais estão sendo instaladas. Atualmente são monitorados de 120 a 150 ninhos por ano, em 450 mil hectares no Pantanal Sul, nas regiões de Aquidauana, Miranda, Rochedo, Rio Negro e Coxim (MS). Ao todo estão cadastrados 599 ninhos, sendo 346 naturais e 253 artificiais. A Dra. Neiva Guedes, bióloga responsável pelo Projeto Arara Azul, ainda faz questão de ressaltar. “Estamos muito felizes em fazer parte das conquistas obtidas através da conservação da arara azul no Pantanal, mas sabemos que os estudos não podem parar. Ao longo desses anos, conseguimos viabilizar esse trabalho com o patrocínio e apoio da Fundação Toyota do Brasil, da Toyota, da Uniderp, do Refúgio Ecológico Caiman, Bradesco Capitalização e outros parceiros, mas é necessário que a sociedade continue se mobilizando para que o sucesso seja mantido e os trabalhos ampliados. TORNANDO-SE PADRINHO Durante o período reprodutivo da espécie, o padrinho acompanhará as novidades do ninho e outras informações relativas ao projeto, optando por batizar sua ave ao nascimento. Ele também receberá um kit de boas-vindas com foto exclusiva do ninho e sua divulgação no marketing da Campanha. “Ao iniciar o processo de adoção, os padrinhos passam por um curso preparatório, no qual aprendem sobre o monitoramento dos ninhos naturais e artificiais e sobre o relatório periódico do comportamento e desenvolvimento dos filhotes afilhados”, complementa a diretora executiva do Instituto Arara Azul, Eliza Mense. Dando suporte às pesquisas do Projeto Arara Azul desde 1994, a Uniderp reforça seu apoio na preservação dessa espécie com a confirmação em mais uma edição da Campanha Adote um Ninho. “Ficamos muito felizes ao saber do nascimento de um filhote no ninho adotado no ano passado. Como universidade sul-mato-grossense temos a missão de promover o desenvolvimento sustentável da nossa região”, afirma a Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Uniderp, Luciana Paes de Andrade. A Campanha também engajou novos participantes, como a empresa Biofaces, que atua com uma ferramenta para publicação de fotos, sons, vídeos e estudos de animais. “Conhecemos a credibilidade do Instituto e o excelente trabalho executado com a Arara Azul. Adotar de um ninho é apoiar a preservação da biodiversidade, queremos contribuir com isso”, explica o presidente da Biofaces, Leonardo Avelino Duarte. C I N C O + | N OV E MBRO 2 0 1 5 | 97
MEIO AMBIENTE
O Instituto Arara Azul apresenta várias categorias de contribuição para a preservação da espécie. Confira: QUERO AJUDAR A Campanha Adote um Ninho também está na internet. O Instituto Arara Azul apresenta sua ação na plataforma Kickante, a mais utilizada pelas ONGs do Brasil para arrecadação de fundos. No link http://www. kickante.com.br/campanhas/instituto-arara-azul-conserve-biodiversidade-do-pantanal é possível conferir várias categorias de contribuição para a preservação da espécie. Veja quais são: • Admirador: destinando R$ 15,00, o doador receberá um certificado digital. • Ajudante: colaborando com R$ 40,00 as recompensas são o certificado digital e um chaveiro do Instituto Arara Azul. • Amigo: contribuindo com R$ 70,00 é possível obter o certificado digital juntamente com uma ecobag artesanal. • Protetor: doando R$ 100,00, o benfeitor ganha certificado digital e camiseta do Instituto Arara Azul. • Defensor: destinando R$ 150,00, as recompensas são o certificado digital, chaveiro artesanal de couro do Instituto Arara Azul e porta cartão de couro do Pantanal. • Guardião: contribuindo com R$ 500,00, o doador recebe certificado digital, chaveiro artesanal de couro do Instituto Arara Azul, porta cartão de couro do Pantanal e camiseta do Instituto Arara Azul. • Tutor: colaborando com R$ 1.000,00, o benfeitor leva certificado digital, chaveiro artesanal de couro do Instituto Arara Azul, porta cartão de couro do Pantanal, camiseta do Instituto Arara Azul e o livro “Joias Azuis no céu do Pantanal”.
• Padrinho: doando R$ 10.000,00 você estará adotando um ninho. Mais detalhes sobre todas as modalidades de subsídio ao trabalho desenvolvido pelo projeto Arara Azul podem ser obtidos pelo email contato@institutoararaazul.org.br. Outras informações pelo site www.projetoararaazul.com.br. 9 8 | CINCO + | NOVEMBRO 2015
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CIDADANIA
NOVA LICENÇA-PATERNIDADE QUER DEIXAR OS PAIS PERTO DOS FILHOS MAIS TEMPO
A ideia é que o pai possa passar todo o primeiro mês de vida do bebê em casa para auxiliar a mãe. Projeto também inclui a extensão da licença-maternidade de todas as trabalhadoras para 180 dias. por MARINA BASTOS
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A
chegada de um bebê abala profundamente a rotina de qualquer família. Nos primeiros meses a recém mamãe experimentará todas as transformações proporcionadas pela maternidade, e daí a importância da licença-maternidade, que assegura que a mulher possa viver esse momento com tranquilidade, já que seu salário está garantido, assim como seu emprego ao fim da licença. Já os pais têm direito a apenas cinco dias corridos de afastamento remunerado atualmente, mas existe um projeto tramitando no Congresso Nacional para ampliar essa licença para até um mês.
No Brasil, a aprovação da licença-maternidade se deu em 1943. O afastamento é de no mínimo quatro meses ou 120 dias corridos e de no máximo seis meses, dependendo do tipo de ocupação. Mas é claro que, dos anos 1940, quando foi criada, até os dias de hoje, a licença maternidade sofreu algumas alterações. Rever as leis se torna necessário, tendo em vista as mudanças ocorridas na própria sociedade. Dados do Censo 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de fecundidade no Brasil cai a cada ano: na década de 1960 era superior a seis filhos por mulher, nos dias de hoje chegou a 1,5 filho por mulher. Alguns fatores explicam essa mudança no perfil das mães, apontou a demógrafa e professora da Universidade de Brasília (UnB), Ana Nogales: “Os principais são o aumento da escolarização das mulheres, a urbanização e a participação feminina mais forte no mercado de trabalho”, indicou a pesquisadora. “A mulher está prorrogando o momento de ter filhos. Além da entrada no mercado de trabalho e da maior escolarização, nós tivemos mudanças nas relações. As mulheres estão mais independentes, e quando você tem filhos isso traz mais responsabilidades com relação ao seu lar”, completou. LEIS PRECISAM ACOMPANHAR AS MUDANÇAS SOCIAIS Outra mudança importante na relação pais e filhos é a Lei da Guarda Compartilhada, sancionada em 2014. Se há pouco tempo apenas um dos pais (na maior parte das vezes a mãe) ganhava a guarda da criança após um divórcio, enquanto o contato do outro ficava restrito aos finais de semana ou às visitas, agora ambos dividem as responsabilidades, as decisões e tudo o que for relacionado à rotina dos filhos. A principal demanda para essa nova dinâmica familiar é justamente que o homem não tem mais o papel de provedor enquanto a mãe cuida dos afazeres domésticos, ambos têm os mesmos direitos e responsabilidades. Então por que não aplicar a premissa também à licença- paternidade?
para cuidar do bebê. “Imagine uma mãe com um bebê recém-nascido e precisando trabalhar? Com o benefício, a mãe voltará mais disposta ao trabalho e também com sentimento de gratidão pela empresa. Isso se reflete inclusive na qualidade do trabalho. Vejo como uma ação social, e não aumento de gastos para a empresa.” Embora o autor tenha consciência de que a proposta pode desagradar alguns empregadores, ele acredita que os mais modernos vão abraçar a causa. “Hoje me parece que já existe uma sensibilidade maior. Trata-se de um investimento, porque o empresário terá um funcionário mais disposto e tranquilo para cumprir suas funções depois de ter auxiliado a família”, completou. Instalada na cidade de São Bernardo do Campo, grande São Paulo, a Bacardi, indústria do ramo de bebidas, já aderiu à licença ampliada que deve beneficiar cerca de 120 trabalhadores. De acordo com a diretora de Recursos Humanos, Raquel Alvarenga, as discussões sobre a licença-paternidade acontecem desde o início do ano. “Entendemos que esse tempo maior concedido ao pai é uma forma de empoderar a mulher através do homem. Com o reforço do papel do marido nas divisões de tarefas familiares, a mãe consegue conciliar melhor todas as funções em que ela é centralizada”, afirmou. A proposta da nova lei de licença-paternidade deve ser encaminhada em breve ao Senado, no entanto ainda não há prazos definidos.
Já está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que amplia de cinco para 30 dias a licença- paternidade. “Essa é uma reivindicação que remonta à Constituinte. O primeiro mês é um período importante para a criança, que exige maior dedicação. O pai deve ter tempo integral para auxiliar a mãe”, explicou o autor. A proposta define ainda como definitiva a possibilidade de a mãe ficar afastada por 180 dias de suas atividades C I N C O + | N OV E MB RO 2 0 1 5 | 103
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