Edição 96 | Ano 8 | Dezembro | 2015
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Edição 96 | Ano 8 | Dezembro | 2015
gratuitos
Vem, verão! Lipoaspiração: a arte de modelar o corpo
Que tal mudar o projeto verão para projeto saúde?
Juntos no amor e nos negócios
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SOMOS CINCO+ A Revista Cinco+ ĂŠ SaĂşde, Estilo de Vida, Nutrição, Gastronomia, Cultura, Comportamento e muito mais. Firmamos nosso compromisso de credibilidade com nossos parceiros e leitores durante o trabalho desenvolvido com a Total SaĂşde, e em busca de novos desaď€ os ampliamos os horizontes com novas editorias, que tornam a sua revista de sempre mais dinâmica e atual. Agora somos Cinco+!!
• Tiragem: 10.000 exemplares/mês • Distribuição gratuita Henrique Attilio Comercial
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editorial
O
verão 2016 começa no dia 21 de dezembro de 2015, mas as academias e os parques já estão muito mais cheios! Isso porque o horário de verão já começou e a luz do sol propicia uma maior disponibilidade para o lazer e as atividades físicas. Para se preparar para a estação mais quente do ano, que combina com piscina, rios e praias, muitas pessoas já iniciaram a corrida em busca das famosas dietas! Vale lembrar que não existe fórmula mágica, e a melhor combinação para se chegar à boa forma com saúde é a prática de exercícios físicos aliados a uma alimentação equilibrada! No artigo “Nutrindo sua atividade física neste verão”, a nutricionista Paula Saldanha dá dicas importantes sobre o que comer antes e após as atividades físicas. Ela ressalta que “A alimentação adequada proporciona vitalidade e melhor rendimento ao praticante de exercícios”. E para quem já declarou guerra contra a balança, a reportagem “Ainda dá tempo de emagrecer para o verão?” apresenta três profissionais da área da saúde que se uniram e lançaram um projeto diferenciado com emagrecimento express, o TESI (Técnica de Emagrecimento Saudável Imediato). O programa une acompanhamento nutricional, refeições personalizadas e exercício físico durante quatro semanas. Vale a pena conhecer! As festas de fim de ano são uma tentação para “escorregar” na dieta e um grande desafio para quem está em busca de manter uma alimentação equilibrada. Difícil resistir às tradicionais delícias da ceia do Natal. A matéria “Ceia sem Culpa” traz sugestões da nutricionista Priscila Cantarin e, segundo ela, com algumas substituições simples podemos elaborar uma ceia de Natal menos calórica e mais saudável. E para quem vai subir ao altar em 2016, a Coluna Casamento fecha o ano com dicas para começar o #projetonoiva com antecedência e planejamento. A colunista Juliana Ferreira afirma que isso fará diferença no seu grande dia. Já para os futuros papais e mamães, na Coluna Decoração a designer de interiores do Studio It Decor, Thaysa Canale, apresenta um quarto idealizado e projetado para ser aconchegante, confortável e ao mesmo tempo cheio de personalidade para a chegada do bebê. Fim de ano também é hora de fazer uma reflexão sobre o ano que passou e voltar as expectativas para o novo que está para chegar. Muitas promessas e planos já começam a surgir para 2016. Esse também é o melhor momento para eliminar o que não foi bom e começar o ano de forma renovada! Só que, para alcançarmos resultados diferentes, precisamos mudar as atitudes. Por isso finalizo nosso último editorial de 2015 com uma frase muito conhecida, mas creio que pouco usada ultimamente, de um grande pensador e defensor da paz: “Seja a mudança que você quer ver no mundo” (Mahatma Gandhi). Vamos fazer diferente, e que a paz, o amor e a tolerância sejam uma realidade em 2016!! Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Kátia Kuratone DRT/MS 293
2 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
8 | SAÚDE EU ESPERAVA MAIS... 24 | SAÚDE
34 | SAÚDE CEIA SEM CULPA É POSSÍVEL!
58 | FÉRIAS NÃO VAI VIAJAR? VEJA DICAS PARA ESPANTAR O TÉDIO DA CRIANÇADA QUE VAI FICAR EM CASA
NUTRINDO SUA ATIVIDADE FÍSICA NESTE VERÃO
76 | VIAJE BEM MALA SEM ALÇA TAMBÉM EMBARCA
6 | SAÚDE
24 | SAÚDE
LIPOASPIRAÇÃO: A ARTE DE MODELAR O CORPO 8 | SAÚDE EU ESPERAVA MAIS... 10 | SAÚDE QUE TAL MUDAR O PROJETO VERÃO PARA PROJETO SAÚDE? 14 | SAÚDE LUTO: A DOR DA PERDA 18 | SAÚDE POR QUE A GORDURA TRANS PODE SER TÃO NOCIVA AO ORGANISMO? 20 | SAÚDE AINDA DÁ TEMPO DE EMAGRECER PARA O VERÃO?
NUTRINDO SUA ATIVIDADE FÍSICA NESTE VERÃO 28 | SAÚDE EM TEMPOS DE CROSSKID, FÉRIAS NÃO É MAIS SINÔNIMO DE VIDEOGAME 32 | SAÚDE ‘VIAGRA FEMININO’: COMO FUNCIONA? 34 | SAÚDE CEIA SEM CULPA É POSSÍVEL! 38 | SAÚDE MENOS É MAIS 40 | COMPORTAMENTO CONHEÇA O MOVIMENTO QUE DEFENDE A CRIAÇÃO DOS FILHOS COM MENOS PRESSÃO
SUMÁRIO EDIÇÃO 96
ANO 8
DEZEMBRO 2015
44 | INFORME PUBLICITÁRIO ESTÁCIO LANÇA PRIMEIRA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DE MS 46 | NÓS 2 POR AÍ FLORIPA, SUA LINDA! 48 | VIAJE BEM 15˚ 47‘ 38“ S, 47˚ 52‘ 58“ W 52 | VIAJE BEM MILÃO PARA APRECIAR A MODA, ROMA A HISTÓRIA E FLORENÇA, PARA SE APAIXONAR 58 | FÉRIAS NÃO VAI VIAJAR? VEJA DICAS PARA ESPANTAR O TÉDIO DA CRIANÇADA QUE VAI FICAR EM CASA 62 | COMPORTAMENTO QUEM VAI DANÇAR NESTE VERÃO? 62 | CIDADANIA NÃO SEJA A PRÓXIMA VÍTIMA 64 | CINEMA CINEMA, VERÃO E FÉRIAS 66 | DECORAÇÃO QUARTO DOS SONHOS 72 | CASAMENTO #PROJETO NOIVA: JÁ COMEÇOU O SEU? 76 | VIAJE BEM MALA SEM ALÇA TAMBÉM EMBARCA 80 | CULTURA ALICE HELLMANN 84 | COMPORTAMENTO JUNTOS NO AMOR E NOS NEGÓCIOS 88 | CULTURA QUASE MEIO SÉCULO DE HISTÓRIA DOS CANTADORES DO PANTANAL... 90 | COMPORTAMENTO COROA METADE 94 | COMPORTAMENTO AS DELÍCIAS E AS RESPONSABILIDADES DE TER UM PET 98 | COMPORTAMENTO ESCULPINDO UM NOVO CAMINHO 100 | CULTURA ‘SOU FERA, SOU BICHO, SOU ANJO E SOU MULHER’ 102 | COMPORTAMENTO PROJETO DE FOTOGRAFIA INCENTIVA AMAMENTAÇÃO EM ESPAÇOS PÚBLICOS 106 | #SOMOS CINCO+ INSTITUTO AMIGOS DO CORAÇÃO 108 | #SOMOS CINCO+ ANDRÉ SALINEIRO LANÇA SEU NOVO LIVRO “COLAPSO ECONÔMICO” 110 | #SOMOS CINCO+ REVISTA CASA PAROSCHI 112 | #SOMOS CINCO+ MORAR MAIS POR MENOS: O CHIQUE QUE CABE NO BOLSO
Coordenação de Comunicação: Henrique Attilio (MTB/MS 177 Publicitário MTB/MS 947 Jornalista) - Comercial: Henrique Attilio - Marketing: Henrique Attilio - Arte, Diagramação e Editoração Eletrônica: Uimer Ronald Freire e Vitor Obede - Redação: Claudia Malfatti (DRT/MS 036) , Patricia Belarmino (DRT/MS 1211), Paula Maciulevicius; Fernanda Monteiro (DRT/MS 177); Jacklin Andreucce (DRT/MS 095); Jéssica Benitez; Lidyanne Aquino, Kátia Kuratone (DRT/MS 293); Marina Nabarrete Bastos (MTB 14966); Sônia Nabarrete, Tavane Ferraresi, Tathiane Panziera, Carol Alencar - Revisão: Soraya Vital - Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar, Henrique Attilio, Kátia Kuratone. Atendimento ao Cliente/Comercial: Henrique Attilio, Jonathan de Oliveira, Geth Teixeira Rodrigues - Planejamento e Operações: Henrique Attilio e Kátia Kuratone - Fotografias: Raissa Canuto, Marcos Vollkoph, Projeto Mamaço no Espaço.
www.editoraalvorada.com.br Participaram nesta edição: Odontólogo Dr. Estevom Molica (CRO/MS 2010). Especialista em dor Dr. Maruãn Omais (CRM/MS 3225). Cinéfilo e Jornalista Airton Raes. Agente da Polícia Federal, André Salineiro. Jornalista e blogueira, Juliana Ferreira. Jornalista, Ana Raquel Copetti Telles. Publicitário Gustavo Telles. Procuradora de Justiça e escritora Ariadne Cantú. Consultor de viagens Adriano de Oliveira. Arquitetura e designer de interiores Thaysa Canale, Daiana Capuci e Marcia Ribeiro. Jornalista, Juliana Feliz. Cirurgião Plástico, Dr. Sandro Startari (CRM/MS 4313 / RQE 3167). Nutricionista Paula Saldanha. Advogado Márcio Canedo. Tiragem: 10.000 exemplares Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da Gráfica e Editora Alvorada, com periodicidade mensal e distribuição dirigida gratuita. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA. Rua Antônio Maria Coelho, 628 - Centro - Campo Grande/MS contato@graficaalvorada.com.br - telefone: (67) 3316-5500
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SAÚDE
LIPOASPIRAÇÃO: A ARTE DE MODELAR O CORPO
por DR. SANDRO STARTARI (CRM/MS 4313)
A
lipoaspiração é uma cirurgia plástica para redução de volume de gordura corporal em áreas localizadas do corpo de maneira rápida e eficiente, conferindo ao paciente uma melhor silhueta corporal. Ao contrário do que muitos pensam, a lipoaspiração não é feita para perder peso, ou seja, emagrecer, mas sim para remodelar o corpo, retirar aquela indesejada gordura e assim realçar o contorno corporal.
Na lipoescultura você retira a “gordurinha indesejada” de uma área localizada do corpo e enxerta essa gordura em regiões do corpo em que haja pouco volume ou
depressão, como, por exemplo, no bumbum. Esta técnica permite uma melhora considerável tanto no tamanho quanto nas formas dos glúteos, de uma maneira natural. Você também pode usar a gordura retirada para preencher os sulcos de expressão que se formam ao redor da boca. Parte da gordura enxertada é absorvida pelo organismo, mas essa absorção varia de acordo com cada paciente. A lipoaspiração vem evoluindo constantemente, não só pelo número variado de técnicas e desenvolvimento de táticas, como também por aparecimento de materiais, métodos e aparelhos. Sem dúvida, a lipoaspiração é um dos procedimentos mais comumente efetuados pelos cirurgiões plásticos, seja isoladamente, associada a outras cirurgias ou como complementação de outros tratamentos. Contudo, sua aparente simplicidade de realização e baixa morbidade têm levado muitos médicos e cirurgiões sem o devido preparo a erros graves, por subestimarem seus riscos ou por desconhecerem a técnica em todos os seus aspectos, em todas as suas minúcias. O método a ser utilizado é, preferencialmente, a lipoaspiração úmida, com o aspirador ou vibrolipoaspirador, em ambiente hospitalar e respeitando a relação do volume a ser aspirado com o peso do candidato ao procedimento. Como fator complicante, com frequência a lipoaspiração é apresentada de forma absurdamente antiética nos meios de comunicação. Muitas vezes é apontada como solução mágica para o emagrecimento, como cirurgia isenta de complicações, como procedimento tão simples que pode ser realizado impunemente em consultórios ou ambiente totalmente desprovido de recursos mínimos de segurança e higiene. Tudo isso faz com que os maus resultados se multipliquem e as complicações apareçam cada vez mais graves. O paciente de cirurgia plástica estético-funcional está saudável e deseja que o resultado proporcione uma melhora na sua qualidade de envelhecer e viver, portanto quando bem feita e bem indicada, a lipoaspiração representa um ganho para a autoestima. Mas a falta de bom senso está à vista de todo mundo.
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Dr. Sandro Raphael Martins Startari Diretor Técnico Médico CRM/MS 4313 | RQE 3167
• Prótese mamária
• Cirurgia facial ou ritidoplastia
• Lipoaspiração e lipoescultura
• Cirurgia das pálpebras ou blefaroplastia
• Lipoabdominoplastia
• Otoplastia
• Mamoplastia
• Cirurgia íntima
• Transplante capilar
• Gluteoplastia
• Rinoplastia
SAÚDE
Você sabe lidar com resultados que não coincidem com a expectativa nos procedimentos estéticos? Ouço muito em eventos sociais, ou leio em mídias, o comentário frustrado de pessoas insatisfeitas com algum novo e miraculoso tratamento para a celulite ou um laser rejuvenescedor qualquer e fico me perguntando o que pode ter dado errado. Vamos tentar entender. Creio que existe dois tipos de equívocos, o relacionado ao profissional e o que envolve o cliente. QUANTO AOS PROFISSIONAIS DA ESTÉTICA, É IMPORTANTE REUNIR AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: Para quem trabalha com a Estética os termos são muito familiares, mas para pessoas leigas não tem como decifrar palavras, como: “estímulo de colágeno”, “eletroestimulação” [você pensa: será que vão me dar eletrochoques?], injeções de lipossoma de girassol [uma flor vai ser injetada na minha gordurinha?]. A saída é a esteticista ser o mais clara possível, comunicar-se no nível da pessoa, esclarecer tudo e, ao final, perguntar se foi entendido.
1. SER TRANSPARENTE
2. SER OBJETIVO
3. SER ATENTO
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Não é incomum ser procurado por potenciais clientes da cirurgia plástica ou endocrinologia, porém se a pessoa precisa perder peso ela tem que emagrecer. Não se elimina camadas consideráveis de gordura com tratamentos estéticos, se tem muita pele flácida. Nestes casos, deve-se considerar uma abdominoplastia. Quando nos depararmos com casos assim, temos que dizer objetivamente: ‘procure outra abordagem, não tenho como ajudar você nesse momento’. Não falte com a verdade, a pessoa apostará toda a esperança em seu resultado.
Quem procura a Estética é antenado, sabe buscar ajuda onde ela pode realmente existir. Entretanto, muitas vezes também fica familiarizado demais e pode reagir com pensamentos fantasiosos, do tipo: “adquiri um pacote de 10 sessões do novo aparelho para gordura localizada, agora posso cancelar a academia”. Ou então: “estou podendo tomar todas na balada, a celulite vai ficar por conta da nova fisioterapeuta dermatofuncional que conheci”. Pese e faça medidas com frequência, examine o cliente em várias posições, deitado, em pé, etc., se o procedimento não vai bem, mesmo com o pacote fechado, sugira reverter para outra tecnologia. Nem todos respondem da mesma maneira aos recursos tecnológicos. Se o cliente é acometido por estresse psíquico, adicione técnicas de bem-estar para intensificar seus resultados.
E, SE VOCÊ É O CLIENTE, DESENVOLVA AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
4. INFORME-SE
6. TORNE-SE FREQUENTADOR ASSÍDUO
Você tem nas mãos a chance de escolher aonde vai se submeter ao procedimento. Fuja dos riscos. Preços fora dos valores de mercado podem ser um perigo à sua saúde, como utilização de material não descartável ou mal esterilizado, por exemplo.
Algumas pessoas só se cuidam uma vez ao ano, pouco antes de ir à praia, comportamento nocivo que gera o efeito sanfona: engordaemagrece. Manter-se em forma o ano todo, exercitar-se, usar cremes e cosméticos faciais corretamente, proteção solar, entre outros cuidados, são atitudes como os diamantes: são para sempre. Beleza tem que ser sustentável.
5. SEJA PACIENTE Nunca terá melhora na primeira sessão, precisa aguardar os resultados. Lembre-se que selecionou a clínica com cuidado.
DESEJO QUE QUANDO VOCÊ, QUERIDO(A) LEITOR(A), INICIAR SUA LUTA PELA BOA APARÊNCIA ENCONTRESE EM CONDIÇÕES DE OBTER UM EXCELENTE VISUAL. por VALÉRIA GUERRA CRM MS 2413
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SAÚDE
QUE TAL MUDAR O PROJETO VERÃO PARA PROJETO SAÚDE? por JÉSSICA BENITEZ
O
novo ano começou com tudo e é hora de rever aquela listinha de metas que ao longo de 2015 foi deixada para trás. Nela, em basicamente todos os casos, há o tão sonhado projeto verão, mas muito mais que alcançar o corpo ideal, a ideia é transformar o objetivo em projeto saúde e conseguir manter o mais longe possível doenças que assombram todo ser humano, principalmente o câncer. Mas assim como não existe receita mágica para emagrecer rapidamente sem determinado sacrifício, para manter a saúde à risca é preciso suar a camisa, literalmente. Na teoria quase todo mundo diz ser possível se exercitar minimamente por dia. Porém nem sempre é fácil enfrentar rotina de trabalho e trocar aquele chope gelado por meia hora de atividade física. Os planos têm que mudar. Segundo o oncologista clínico Vitor Teixeira Liutti do ITC (Instituto de Tratamento do Câncer), algumas dicas gerais podem ser seguidas para diminuir os riscos de um câncer aparecer ao longo da vida. Combater o sedentarismo com atividades físicas regulares de pelo menos 30 minutos por no mínimo três vezes por semana, alimentação saudável rica em frutas, verduras e legumes associada à redução da ingestão de frituras e gorduras. O uso de bebidas alcóolicas não é proibido desde que feito com moderação e responsabilidade. A manutenção de um peso ideal e saudável de acordo com a estatura. “Eliminar toda e qualquer forma de tabagismo, usar diariamente protetor solar com FPS 30 no mínimo, além de se evitar exposição ao sol nos períodos entre às 10 e 16h e o uso de preservativo para se evitar a transmissão de vírus relacionados ao surgimento de alguns tipos de câncer, como o HIV e o HPV”, completam a lista. Além dessas dicas que são aplicadas para a população geral, também existem algumas recomendações já consolidadas para a prevenção de determinados tipos de tumores. No caso do câncer de mama, por exemplo, fazer mamografia a partir do 40 anos de idade anualmente. Para prevenção do câncer de colo uterino o exame preventivo, popularmente conhecido como Papanicolau, a partir dos 25 anos de idade em mulheres que já deram início à vida sexual ou após três anos do primeira relação sexual (o que vier primeiro). Feito duas vezes e o resultado apontar normalidade o espaço de tempo pode ser maior, a cada três anos. O câncer de próstata, segundo Vitor, ultimamente vem se questionando muito o benefício da aplicação do toque
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retal associado ao exame de sangue do PSA (Antígeno Prostático Específico) a todos os homens a partir dos 50 anos. “As recomendações de rastreamento atualmente para esta população devem ser individualizadas em consulta com um urologista ou oncologista para exposição dos riscos e benefícios de tal estratégia”, orienta. Para prevenção do câncer colorretal o ideal é a realização do exame de colonoscopia a cada 10 anos a partir dos 50 anos, ou, se este exame não for possível, a realização anual de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Lesões de pele que preenchem qualquer um dos critérios ABCDE merecem muita atenção com fins de prevenção do câncer de pele: A - Lesões assimétrica; B - Lesões com Bordas irregulares; C – Lesões com mais de uma Cor; D – Lesões com Diâmetro >5mm; E – Lesões que Evoluem com alteração do seu aspecto em cor ou tamanho ou até mesmo o surgimento de uma nova lesão. As regras são um pouco mais rígidas para quem tem casos de câncer na família. “Se a mulher tem história familiar de câncer de mama abaixo dos 40 anos ou familiares com história de câncer de intestino, por exemplo. Quando é assim dizemos que a situação é individual, ou seja, as orientações tradicionais não se aplicam e algumas vezes é necessário que os exames sejam feitos em idade mais precoce do que a população geral”, explicou o médico que veio da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) para atender em Campo Grande há pouco mais de dois meses.
ü Radioterapia 3D E IMRT ü Quimioterapia ü Tomografia Computadorizada ü Oncologia Clínica ü Oncologia Cirurgica ü Nutrição Oncologica ü Psicologia Oncologica.
• Dr. Erlon Klein - Cirurgia Oncológica CRM-MS 4002 • Dr. Alicardo César Figueira - Oncologia Clínica CRM-MS 5034 • Cristiane Alves da Silva Furtado - Nutricionista CRN 20717 • Dr. Tiago José da Rocha - Cirurgia Oncológica CRM-MS 6901 • Dr. André Martins de Oliveira - Clínica Médica CRM/MS 4306 • Leonardo Souza Chermont - Enfermagem Enfermeiro Responsável Técnico Coren-MS 193375 • Mayara Lopes Paiva - Farmacêutica Farmacêutica Responsável CRF-MS 4312 • Emílio João Dei Ricardi - Físico Planejamento • Fernanda Ferreira Insaurralde – Psicóloga CRP- 14/05706-2 • Dr. Rafael Oliveira de Souza - Cancerologia Cirúrgica CRM-MS 5550 • Dr. Eric Iasuji Higa - Cancerologia Cirúrgica CRM-MS 4.538 • Dr. Alex Guimarães Higa – Rádio-Tomografia CRM-MS 5566 RQE 4135 • Dr. Daniel de Sousa Marques Oliveira Rádio-Intervencionista e Cirurgia Endovascular CRM-MS 5221 • Dr. Vitor Teixeira Liutti - Oncologia Clínica CRM-MS 8526
R. Dr. Zerbini, 505 | Chácara Cachoeira | Campo Grande/MS
SAÚDE
LUTO: A DOR DA PERDA Rubem Alves escreveu em 2006, em Se eu pudesse viver a minha vida novamente, “...Eu gostaria que uma graça me fosse concedida: poder preparar o fim da minha vida como um compositor termina a sua sonata – para deixá-la perfeita e completa, como herança àqueles que amo, obra de arte acabada e bela.” por DR. MARUÃN OMAIS
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N
ão creio que seja muito diferente do que todos nós gostaríamos, mas resta-nos pensar se é possível. E é em virtude desta impossibilidade que muitos de nós fugimos de pensar a morte, e mais, ignoramos o luto.
A vivência da morte de alguma pessoa querida e amada será inevitável, mas como nos comportamos ou comportaremos no luto é a questão. Parte desta evolução é o que chamamos de luto prolongado, que cursa com alguns sinais, como ideação suicida, depressão, ansiedade, piores condições de qualidade de vida, maior frequência de hospitalizações, transtorno do sono, elevação de pressão arterial, aumento na frequência do uso do cigarro, diminuição considerável na qualidade dos comportamentos relacionados com a vida diária (como produtividade, cuidados familiares...). Há a discussão que este comportamento de pessoas enlutadas difere de comportamentos depressivos e de transtorno de ansiedade. A resposta aos antidepressivos habitualmente é pouca. ALGUNS SÃO OS CRITÉRIOS PRESENTES NO LUTO: 1.
Angústia de separação: dor emocional (tristeza ou pesar pela pessoa morta), busca pela pessoa morta, pensamentos sobre a relação rompida pela morte.
2.
Sintomas cognitivos, emocionais e comportamentais: confusão sobre sua identidade, dificuldade em aceitar a morte, evitação de indicadores da realidade da perda, inabilidade para confiar nas pessoas, amargura/raiva em relação à perda, dificuldade em continuar a vida, ausência de emoção desde a perda, ausência de sentido na vida, choque com a perda.
3.
Duração: pelo menos seis meses depois da angústia da separação.
4.
Efeitos indesejados: sofrimento significativo ou restrições na vida social, ocupacional, doméstica, dentre outras.
5.
Fatores de risco: fatores sociodemográficos (relações afetivas: pais e cônjuges) e fatores psicossociais (falta de preparação para a morte, avesso a mudanças, dependência do falecido, abusos ou negligência na infância, preferência pela previsibilidade).
Os ditos bons hábitos devem ser estimulados, como alimentação adequada, boas horas de sono, atividade física, atividades recreativas e de convivência, podem, e devem, ser estimulados para a superação deste momento. O luto antecipatório é parte importante na abordagem dos cuidados paliativos. Consideramos uma realidade um tanto obscura pela sociedade em geral. Trabalha-se para a aceitação da morte, para a oportunidade de se despedir, possibilidade da resolução de questões pendentes, de forma a não deixar em aberto pontos de arrependimento, resultando em boa qualidade do ajustamento e da resposta à perda. Como dito por Dame Cecily Saunders: “sofrimento só e intolerável quando ninguém cuida.” por DR. MARUÃN OMAIS CRM/MS 3225 Doutor em Medicina. Especialista em Dor. Diretor Técnico da Palliare Clínica de Dor e Cuidados Paliativos
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SAÚDE
POR QUE A GORDURA TRANS PODE SER TÃO NOCIVA AO ORGANISMO? Saiba alguns dos riscos da gordura trans, recentemente banida pelo governo dos Estados Unidos por LIDYANNE AQUINO
1 8 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
H
á pouco mais de dois meses, a FDA (Food and Drug Administration), órgão do governo dos Estados Unidos que regula alimentos e medicamentos, baniu o uso dos óleos parcialmente hidrogenados, que dão origem à gordura trans. Ainda em estado de advertência, o governo estipulou um prazo de três anos para a indústria eliminar a substância, encontrada em alimentos como biscoitos recheados, margarina, maionese, sorvetes cremosos e congelados em geral. Afinal, por que ela pode ser tão agressiva ao organismo? O consumo excessivo aumenta o colesterol LDL, considerado ruim. O aumento dos níveis de LDL podem entupir os vasos sanguíneos. Em longo prazo, essa gordura pode ser ainda mais nociva ao organismo. “Toda indústria de panificação utiliza a gordura hidrogenada (trans) como rotina, pois dá mais maciez, sabor e durabilidade ao produto, inclusive ajudando no maior prazo de validade”, declara o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Médica Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Grande parte dos alimentos industrializados à venda no Brasil possuem baixos níveis de gordura trans, mas ainda assim ela é encontrada. A ingestão máxima recomendada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é de 2g de gordura trans por dia. Entre seus malefícios, há também a redução dos níveis do colesterol “bom” (HDL), o aumento da gordura visceral (gordura que se acumula dentro da barriga, entre os órgãos internos) e elevação dos processos inflamatórios no organismo. Ou seja, todos os efeitos configuram fatores de risco para doenças cardiovasculares. O aumento da gordura visceral está ligado igualmente ao maior risco de hipertensão arterial e diabetes tipo 2. A gordura trans começou a ser utilizada no Brasil nos anos 1950, com o intuito de substituir a gordura saturada de origem animal. A nutricionista Fernanda Marques é favorável à restrição total da gordura trans industrial, já que esta não apresenta benefício algum à saúde e não é essencial ao organismo. “Tanto que em rótulos nutricionais não é estabelecido um valor diário de referência para gorduras trans, uma vez que não existe requerimento mínimo para a ingestão destas gorduras”, acrescenta. Marques explica que esse tipo de gordura não é sintetizada pelo organismo por se tratar de uma molécula quimicamente modificada. Portanto, não é utilizada como material biológico e fica depositada no corpo. “Na verdade, não somos preparados para ingerir a gordura trans e por isso este tipo de gordura pode ser considerada como “estranha” ao organismo. É justamente por isso
“TODA INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO UTILIZA A GORDURA HIDROGENADA (TRANS) COMO ROTINA, POIS DÁ MAIS MACIEZ, SABOR E DURABILIDADE AO PRODUTO, INCLUSIVE AJUDANDO NO MAIOR PRAZO DE VALIDADE” ROBERTO NAVARRO NUTRÓLOGO
que elas são capazes de interferir em determinados processos metabólicos”, esclarece. Isso explica o aumento dos níveis do colesterol LDL e o aumento da gordura visceral. Pode provocar também uma sobrecarga lipídica no sistema cardiovascular e levar à doenças como aterosclerose, que é a formação de placas de gordura, causadoras do entupimento das artérias. No lugar de gorduras trans, é possível utilizar o ácido graxo palmítico, oriundo do óleo de palma e de coco. Mas fica o alerta: o óleo de palma é menos agressivo que a gordura trans, mas também aumenta os níveis de colesterol LDL (o ruim). Logo, a recomendação é evitar alimentos com alto teor desse tipo de gordura. Marques declara que o ideal é optar por alimentos naturais, de preferência preparados em casa. Para quem não possui essa disponibilidade, ela recomenda o aumento do consumo de frutas, hortaliças, legumes e de alimentos com poder anti-inflamatório, como cúrcuma, chá-verde e gengibre.
ESSE TIPO DE GORDURA NÃO É SINTETIZADA PELO ORGANISMO POR SE TRATAR DE UMA MOLÉCULA QUIMICAMENTE MODIFICADA. PORTANTO, NÃO É UTILIZADA COMO MATERIAL BIOLÓGICO E FICA DEPOSITADA NO CORPO
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SAÚDE
AINDA DÁ TEMPO DE EMAGRECER PARA O VERÃO?
2 0 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
por JULIANA FERREIRA
T
odo mundo – ou pelo menos toda mulher – quer emagrecer, pelo menos, 2kg. Ninguém está satisfeito com o próprio corpo, isso é fato. E, com os passar dos anos, perder peso se torna cada vez mais difícil e demorado. Visando um resultado rápido, com foco especialmente no verão que está chegando, três profissionais da área da saúde se uniram e lançaram um projeto diferenciado com emagrecimento express. Batizado de TESI – Técnica de Emagrecimento Saudável Imediato – o programa une acompanhamento nutricional, refeições personalizadas e exercício físico durante quatro semanas. Neste período, a meta é que o paciente emagreça de 5 a 10 kg, dependendo da resposta de cada organismo. A cada semana a alimentação e os exercícios mudam. Na primeira semana, por exemplo, são 8 refeições por dia, sendo uma a cada 2 horas. Já na terceira semana a dieta inclui almoço e mais líquidos. Tudo preparado e fornecido pela My Dietas, da nutricionista Rosilma Salamoni, uma das idealizadoras do projeto. Diferentemente de outros programas de emagrecimento, no TESI não há contagem de calorias, mas sim uma combinação de alimentos – anti-inflamatórios, oxidante, diuréticos e probióticos – tudo visando a desintoxicação do organismo e maior redução na balança.
tagens no corpo, como gordura, massa magra, ossos, água, músculos, etc. “Os resultados variam muito de um pessoa que pesa 60 kg para outra que pesa 90 kg, e essas diferenças só aparecem em avaliações mais aprofundadas”, completa Débora, que tem especialização em Nutrição Clínica e Esportiva. Daí, vem aquela pergunta que não quer calar: como manter o peso após o término do programa? Rosilma ressalta que um dos grandes diferenciais do TESI é fazer o paciente entender o que ele come, para que o hábito continue em casa depois. Além de emagrecer, o programa inclui palestras motivacionais, acompanhamento psicológico e aulões fit nos fins de semana. “O ato de emagrecer tem que ser prazeroso, assim o resultado aparece mais fácil”, completa a nutricionista. Para quem se interessou, basta ligar no (67) 30430029 e se inscrever na próxima turma do emagrecimento express. Em breve serão lançados também o TESI Kids e o TESI 7 semanas, com emagrecimento a longo prazo.
Os exercícios físicos, ministrados pela educadora física Adriana Ferreira, da academia Body Fit, acompanham a evolução da dieta. Em sua maioria são circuitos funcionais, com alta queima calórica, em horários flexíveis, para atender os mais diferentes perfis de paciente. A modalidade dos exercícios também varia, semana a semana, para que o corpo responda melhor ao tratamento. No início e no término do programa, o paciente passa por uma avaliação completa com a nutricionista Débora Sória. Através da Bioimpedância, que avalia com alta precisão a composição corporal, é possível mensurar todas as medidas e porcenC I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 21
Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você.
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SAÚDE
NUTRINDO SUA ATIVIDADE FÍSICA NESTE VERÃO A alimentação é fundamental para garantir os benefícios da atividade física – e comer de forma indevida pode impedir que o tempo gasto na prática do exercício físico surta efeitos positivos. Independentemente da atividade desenvolvida e a idade deste praticante (desde o bebê ao idoso), a alimentação correta deve ser levada a sério. por PAULA SALDANHA
A
alimentação adequada proporciona vitalidade e melhor rendimento ao praticante, por isso sempre busque orientação de um profissional nutricionista.
O equilíbrio da dieta proporciona a regularização orgânica e maior benefício na prática esportiva, bem como correções de alterações bioquímicas, aumento da força, da massa muscular, diminuição da fadiga e melhora do desempenho durante a atividade física. Alimentos consumidos antes e depois do exercício de força devem cumprir determinadas funções, como oferecer energia e ajudar a regenerar a musculatura. Itens ricos em carboidratos e proteínas, como frutas e ovos, são essenciais nesses momentos. Frutas, como a laranja com bagaço e a maçã com casca, têm carboidratos de baixo índice glicêmico. Isso é, o açúcar presente nesses alimentos chega à corrente
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sanguínea lentamente, logo não provoca picos de glicose no sangue. Isso faz com que o corpo opte por utilizar gordura como fonte de energia na hora do exercício. Além disso, as frutas aumentam o estoque de carboidrato no músculo, que é armazenado em forma de glicogênio, garantindo um bom desempenho na atividade física. O ideal é que a fruta seja consumida de 30 a 60 minutos antes do exercício, variando conforme a resposta do corpo. Algumas pessoas com atividade física mais intensa (como crossfit e HIIT), que buscam o emagrecimento em conjunto, devem consumir oleaginosas pré-treino (30 minutos antes), na busca de maior aporte energético durante o treino e continuidade da queima pós-treino. O pão integral é fonte de carboidratos e de fibras de baixo índice glicêmico, consumir esse alimento uma hora antes do exercício faz com que o corpo gaste mais gordura para obter energia. Além disso, oferece carboidratos à massa muscular, melhorando o desempenho na atividade física.
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SAÚDE
DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO DE RESISTÊNCIA, O MÚSCULO UTILIZA SEU ESTOQUE DE GLICOGÊNIO PARA TER ENERGIA. POR ISSO, DEPOIS DA ATIVIDADE, AS CÉLULAS MUSCULARES FICAM MAIS PERMEÁVEIS PARA CAPTAR A GLICOSE, REPOR ESSE ESTOQUE E ACELERAR O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO.
Exemplos de aporte proteico, como ovo, carne vermelha, carne branca, ervilha, soja, leites e vegetais, dentre outros, ajudam na reconstrução das fibras musculares após a atividade física. Porém, durante a atividade física, o organismo também utiliza uma pequena porção de aminoácidos, que são pequenas estruturas da proteína, como fonte energética. Consumir proteína duas horas antes do treino é o suficiente para digerir adequadamente o alimento e melhorar o desempenho no exercício. Durante o exercício físico de resistência, o músculo utiliza seu estoque de glicogênio para ter energia. Por isso, depois da atividade, as células musculares ficam mais permeáveis para captar a glicose, repor esse estoque e acelerar o processo de recuperação. Então, alimentos que são fonte de energia rápida são ideais nesses momentos, e o suco de frutas é uma opção ideal. Recomenda-se que eles sejam consumidos até 30 minutos depois da atividade física, sempre acompanhados de uma fonte de fibra, como, por exemplo, chia. Os exercícios de resistência provocam microlesões no músculo, que devem ser regeneradas para que, de fato, ocorra o aumento da massa muscular. As proteínas são essenciais nesse processo, pois reinstauram a integridade da musculatura. Dois filés de frango médios, por exemplo, são suficientes para oferecer a quantidade de proteína necessária depois da atividade física, que é de 20 gramas. 2 6 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
A hidratação varia conforme a intensidade da atividade física, manter os fluidos corporais melhora o desempenho e retarda o processo de fadiga. O processo de hidratação depende tanto do esvaziamento gástrico quanto da absorção intestinal. Assim, pode-se variar de 250ml a 500ml de líquidos de 30 a 60 minutos antes da atividade física. Durante varia-se de 600ml a 1000ml por hora, divididos em pequenos volumes com intervalos frequentes. Sendo que, após a atividade física, o indivíduo deve hidratar-se continuadamente. A não hidratação causa diminuição de 20 a 30% na capacidade do trabalho físico. Atualmente, há várias suplementações disponíveis para serem utilizadas pré, durante e pós-treino, que podem e devem ser utilizadas na rotina do dia a dia do praticante de atividade física. São coadjuvantes para melhora de performance. Dentre alguns produtos oferecidos (mas não são únicos) temos whey protein, BCAAs, glutamina, creatina, beta alanina (ainda não regulamentada pela ANVISA, mas disponível em muitos produtos importados), cafeína, l-arginina, carboidratos, dentre outros. Entretanto, estes devem sempre ser utilizados com orientação de um profissional qualificado, preferencialmente um nutricionista.
SEGUEM IDEIAS PARA SUA MUDANÇA NESTE VERÃO: LANCHES PRÉ-TREINO:
ESCOLHA UMA OPÇÃO
•
2 UNIDADES DE CASTANHA DO BRASIL (PARÁ) + 2 UNIDADES DE CASTANHA DE CAJU + MAÇÃ.
•
INHAME + FRANGO DESFIADO COM BRÓCOLIS.
•
1 FRUTA + 1 COLHER DE SOPA DE CEREAIS + 1 COLHER DE SOPA DE ÓLEO DE COCO LÍQUIDO.
•
1 COLHER DE SOPA DE AVEIA + 1 BANANA AMASSADA + 1 COLHER DE CAFÉ DE CHIA.
•
3 COLHERES DE SOPA DE TAPIOCA + GELEIA DE GENGIBRE + IOGURTE NATURAL.
•
EXTRATO DE SOJA ORGÂNICO BATIDO COM QUINOA + FRUTA.
•
IOGURTE NATURAL + ABACATE E QUINOA EM FLOCOS.
DURANTE A ATIVIDADE FÍSICA
(SUPERIOR A 60 MIN.)
ESCOLHA UMA OPÇÃO
•
BARRA PROTEICA OU FRUTAS SECAS, OU ISOTÔNICO, OU FRUTA IN NATURA.
•
SUPLEMENTAÇÃO DE CARBOIDRATOS COM ORIENTAÇÃO DE UM PROFISSIONAL NUTRICIONISTA.
•
ÁGUA SABORIZADA COM GENGIBRE, HORTELÃ, LIMÃO E CANELA SÃO ALGUNS EXEMPLOS.
LANCHE PÓS-TREINO:
ESCOLHA UMA OPÇÃO
•
IOGURTE + MORANGO + CHIA.
•
PÃO INTEGRAL + ATUM + TOMATE.
•
PEIXE + QUINOA + ESPINAFRE.
•
OMELETE SIMPLES DE OVO + BRÓCOLIS + LINHAÇA DOURADA.
•
ARROZ + FEIJÃO + CARNE VERMELHA MAGRA + LEGUMES E VERDURAS.
•
EXTRATO DE SOJA ORGÂNICA, BATIDO COM FRUTA E QUINOA, ACOMPANHADO DE PÃO COM PATÊ DE ATUM, SARDINHA OU FRANGO.
•
BATATA INGLESA + PROTEÍNA MAGRA (FRANGO, CARNE VERMELHA OU OVO) + COUVE, CENOURA E ERVILHA.
•
SUCOS VERMELHOS: *1 MAÇÃ + ½ BETERRABA + ½ LIMÃO + 10 FOLHAS DE HORTELÃ + 1 COLHER DE CAFÉ DE CHIA. *10 MORANGOS + 1 XÍCARA DE CHÁ DE HIBISCO + ½ PEPINO + UM POUCO DE CAPIM LIMÃO. *1 COLHER DE SOPA DE SEMENTES DE ROMÃ +15 FRAMBOESAS + 1/3 DE BETERRABA + 100ML DE ÁGUA DE COCO. *(AS QUANTIDADES VARIAM DE PESSOA PARA PESSOA)
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SAÚDE INFANTIL
EM TEMPOS DE CROSSKID, FÉRIAS NÃO É MAIS SINÔNIMO DE VIDEOGAME O verão esta batendo à porta e uma das modalidades queridinhas para entrar em forma a tempo é o crossfit. É uma modalidade de origem americana, baseada em treinamentos de policiais e militares. Trata-se da combinação de movimentos essenciais, alta precisão e muita intensidade nas cargas e atividades. Até aí tudo bem, sem muita novidade, já que a prática está há alguns anos em evidência, pois foi criada em 1996. O que o final do ano reserva é a elaboração dos mesmos exercícios voltados à criançada, o chamado ‘crosskid’. por JÉSSICA BENITEZ
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C
laro que neste caso o circuito é feito sem as cargas, somente com os movimentos, todos adaptados a cada tipo físico, como explica o professor de educação física, William Oliveira, 30 anos, mais conhecido como Cica. No início deste ano o profissional adaptou o crossfit aos menores e iniciou uma turma atendida no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, com apenas duas crianças, filhos de um aluno. Em pouco tempo os resultados começaram a aparecer e foram muito além da questão física. “Nas primeiras semanas já dá para perceber a evolução. Os pais me contam que os filhos estão mais seguros, com as funções cognitivas mais precisas, rendimento escolar melhor por conta da concentração. Aos que estão acima do peso, em três semanas as habilidades estão bem acima do esperado e, principalmente, a autoconfiança que tem muito a ver com a autoestima”, conta. O papel social também é executado. Hoje o professor conta com duas turmas de 30 alunos cada, entre eles um autista. E nessa hora o bullying não tem vez e nem é preciso conscientizar os colegas, eles mesmos dão conta do recado. “Todo mundo se ajuda. Eles não deixam o outro desistir e a criança com autismo foi recebida muito bem, está enturmada e socializada com o restante do pessoal. Não tem diferença entre nenhum deles”, diz o mestre orgulhoso. E na primeira quinzena de dezembro os horizontes serão ampliados. O crosskid vai migrar para academia On Fit, também na Capital, com turmas em todos os períodos do dia. Assim, durante as férias escolares, os pais podem malhar e levar os filhos junto, projeto verão à família inteira. Os horários ainda serão definidos com aulas três vezes por semana. As idades atendidas vão de 4 a 12 anos. “Aí as atividades são adaptadas para cada idade, para cada porte físico. Vamos sentindo no começo qual é o ritmo da criança, para não sobrecarregá-la”, explicou Cica. Ele disse que nunca houve casos de
problemas de saúde por conta das aulas, pelo contrário, o sedentarismo de muitas vai embora. VOLTA AO PASSADO As aulas são divididas em três partes. Aquecimento de 15 minutos, depois 20 a 25 minutos de circuito intenso de cross e para finalizar 20 minutos de atividades lúdicas, parte considerada preferida pela molecada, segundo o professor. “Brincamos de pega-pega, cabo de guerra, de pular corda, queimada e muitas outras brincadeiras que certamente fizeram parte da infância dos pais”, disse. Cica conta que muitos deles sequer conhecem os jogos. “Hoje em dia o campeão é o videogame e outros aparatos eletrônicos, e isso também contribui para o sedentarismo. Quando chega a parte das brincadeiras eles se empolgam tanto que não querem ir embora, não querem acabar a aula. Quando chegam desanimados é só entrar no ritmo para mudar tudo.”
COM QUE ROUPA EU VOU? O professor explica que é determinante para obter bom resultado seguir algumas dicas: • Usar tênis com bom amortecimento para absorção ideal do impacto. • Roupas leves e, de preferência, claras, por conta da temperatura. • Lanchar de 40 a 60 minutos antes da aula. • Ingerir alimentos leves.
Academia ONFIT fica na rua Cândido Mariano, 2560, próximo a maternidade Cândido Mariano. Fone 3305-8099 / 9276-8342. C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 29
VIVA UMA NOVA EXPERIÊNCIA
• Musculação
• Cross Training
• Avaliação física
• Jam
• Avaliação nutricional
• Jump
• Dryfat: Programa de emagrecimento
• Zumba
• Ginástica em geral
• Gap
• Pump
• Combat
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SAÚDE
‘VIAGRA FEMININO’: COMO FUNCIONA? Medicamento foi aprovado por agência reguladora americana e atua nos neurotransmissores responsáveis por desejo e prazer. por CLAUDIA MALFATTI
A
pílula rosa de flibanserina, que ficou conhecida como ‘viagra feminino’, é a primeira no mercado destinada a aumentar a libido da mulher. O medicamento foi aprovado pela Food and Drugs Administration (FDA), a ANVISA americana. Diferente do viagra masculino, que estimula a circulação sanguínea no pênis, o medicamento para o sexo feminino atua diretamente no cérebro. “O viagra possui ação periférica, causando dilatação nos vasos sanguíneos penianos para aumentar o fluxo de sangue no pênis e causar a ereção. Seu uso pode ser ocasional, minutos antes da atividade sexual, e a resposta é imediata. Já a flibanserina atua no sistema nervoso central, regulando a liberação dos neurotransmissores. Age no desejo e não na excitação e deve ser de uso diário, independentemente de ter ou não atividade sexual”, esclarece a ginecologista Maria Auxiliadora Budib. A falta de libido é uma queixa comum nos consultórios médicos. A causa pode estar associada a alterações hormonais, comuns na fase pós-parto e climatério, mas também com o estresse. Conforme a ginecologista, as mulheres foram para o mercado de trabalho e ainda respondem pela estruturação do lar, dos afazeres domésticos e da educação dos filhos. “Elas se veem obrigadas à perfeição estética e ao não envelhecimento que a sociedade impõe. Assim, infelizmente, cada vez mais mulheres se focam em múltiplos problemas e esquecem
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que o estresse é o grande culpado pela baixa da libido e dificuldades nos relacionamentos”, afirma. A médica Maria Auxiliadora explica que a indicação da flibanserina é para as mulheres que não estão no climatério ou na pós-menopausa. Devem ser afastadas também as causas hormonais responsáveis pela falta de libido. O medicamento apresenta efeitos colaterais, como desmaios, queda da pressão arterial, sonolência e tonturas. Não pode ser usado sob efeito de álcool ou outros medicamentos psicoativos. Por enquanto, a pílula rosa é vendida apenas nos EUA. “Até a entrada da medicação em nosso País teremos dados mais contundentes na prática clínica e, se a resposta for positiva, com certeza terá espaço no receituário do médico brasileiro. Mas ressalto ainda os aspectos multifatoriais do desejo feminino e todas as ações que precisamos estabelecer para a saúde sexual, não sendo mágica a pílula rosa”, observa a profissional. Atualmente, os recursos terapêuticos para a falta de desejo sexual são psicoterapia individual ou de casal, atividade física, pompoarismo, aulas de dança do ventre ou pole dance, ioga, fitoterapia com tribulus terrestris e terapia de reposição hormonal com prescrição de testosterona. “A indústria farmacêutica sempre esteve envolvida na pesquisa da sexualidade masculina e o fato de termos uma medicação estudada exclusivamente em mulheres, já é um avanço”, conclui.
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SAÚDE
CEIA SEM CULPA É POSSÍVEL! Com algumas substituições simples podemos elaborar uma ceia de Natal menos calórica e mais saudável. por MARINA BASTOS
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Q
uando pensamos nas festas de fim de ano o que nos vem à mente? Presentes, família reunida, casa decorada, fogos de artifício e... comidas deliciosas compondo uma mesa farta e colorida. Entre os pratos tradicionais da ceia brasileira estão peru assado, panetone, rabanada, tender, salpicão e outros. Ficou com água na boca? É tudo uma delícia, mas esses alimentos, quando consumidos em exagero, pesam no estômago e na consciência. Entretanto, é possível substituir alguns ingredientes e fazer uma ceia linda e saudável.
gordurosas, como o tender, o leitão, a costela e as preparações fritas. E, por último, evite excesso de bebida alcoólica. Se possível tome apenas a taça do brinde. No decorrer da noite, opte por sucos, como o suco de uva integral. Experimente também aromatizar a água bem gelada com hortelã, limão, cravo e canela em pau. Essa pode ser uma opção bem refrescante.
De acordo com a nutricionista Priscila Cantarin, do Atelier Baunilha, é possível substituir alguns ingredientes para deixar a ceia mais saudável, nutritiva e menos calórica. “O açúcar utilizado pode ser substituído pelo mascavo ou demerara, que são mais nutritivos”. Para quem ainda não conhece o demerara, esse açúcar de nome estranho passa por um refinamento leve e não recebe nenhum aditivo químico. Por isso seus grãos são marrom-claros e têm valores nutricionais altos, parecidos com os do açúcar mascavo. E sabe aquele salpicão, ou maionese, que cai super bem com uma farofa? Priscila Cantarin dá uma dica de como torná-lo menos gorduroso. “A maionese tradicional pode ser feita com uma mistura de iogurte desnatado e maionese (pode ser na versão light).” Ela diz, ainda, que o arroz e todas as suas variações podem ser feitas de forma integral e sugere muito capricho nas saladas de entrada: com folhas e legumes. Para acompanhar as saladas, molhos leves, como o caprese, feito com água (uma colher de chá), azeite (1 colher de sopa), adoçante (1 gota), sal (poucas pitadas para não aumentar o sódio), pimenta-branca (a gosto) e vinagre balsâmico (3 colheres de sopa); ou o molho de hortelã com cebola, que também vai bem com carnes brancas e vermelhas, e leva: hortelã (3 colheres de sopa), cebola crua (1 unidade), sal light (1 colher) e azeite extra virgem (2 colheres de sopa). Vale lembrar que castanhas e frutas secas acompanham bem todas as preparações. Não abre mão dos petiscos na entrada? Evite salames, queijos e azeitonas. Esses alimentos possuem muitas calorias, uma boa alternativa são as torradas integrais com patês à base de iogurte natural. Você pode utilizar atum, alho, cebola, ricota, além de ervas e especiarias. E lembre-se que as carnes brancas, como o peru, o chester e o frango, além do peixe, são uma ótima opção, e o ideal é que sejam assados ou grelhados. Evite as carnes
DE ONDE VEM O COSTUME DE SE FARTAR NO NATAL? Pode parecer estranho, mas a origem da ceia de Natal remete a tempos anteriores a Jesus e dos registros bíblicos do Novo Testamento. Constantemente atribuído ao nascimento do Cristo católico, o banquete natalino (em versão rudimentar) era preparado por povos pagãos em comemoração ao solstício de inverno, antes mesmo do império Romano. Coincidentemente, a noite mais longa do ano no hemisfério norte geralmente acontece entre os dias 22 e 25 de dezembro, dia do Natal. Nesta festa do solstício, os alimentos eram servidos entre os cidadãos da aldeia, que também os usavam para presentear os seus entes queridos. Os alimentos que hoje fazem parte da ceia brasileira têm diversas origens. O peru assado, por exemplo, é uma herança dos índios da América do Norte, enquanto que a rabanada e o bolinho de bacalhau, por sua vez, vieram com os patrícios portugueses. C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 35
SAÚDE
SUGESTÃO DO ATELIER BAUNILHA: MANJAR DE COCO COM DAMASCO Essa é uma receita deliciosa, para encher a sua ceia de Natal de fartura e causar água na boca. A receita é sem ingredientes de origem animal (vegana) e sem glúten, além de super charmosa se montada nos vidrinhos individuais! INGREDIENTES: •
600ml de leite de soja sabor coco
•
200ml de leite de coco
•
5 colheres de sopa de açúcar refinado
•
5 colheres de sopa de amido de milho
•
100g de damasco
•
O quanto baste de água
MODO DE PREPARO: •
Bater os damascos com um pouco de água em um processador até ficar em pedaços pequenos.
•
Levar ao fogo para encorpar, esfriar e reservar.
•
Misturar 100ml do leite de soja com o amido de milho e mexer até dissolver e reservar.
•
Em uma panela, misturar 500ml do leite de soja, o leite de coco e o açúcar e levar ao fogo.
•
Sem parar de mexer, adicionar a mistura de leite de soja e amido.
•
Quando começar a levantar fervura, mexer por mais 3 minutos.
•
Com os vidrinhos (ou outro recipiente) higienizados, colocar, com o auxílio de uma colher, uma camada do manjar e outra do damasco batido, e assim por diante.
•
Levar para geladeira por 4 horas ou até firmar e esfriar.
•
Servir no vidrinho.
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RENDIMENTO: 4 porções individuais ou 1 unidade grande. SUGESTÕES: O damasco pode ser substituído por ameixa ou outra fruta seca. Quer conhecer mais receitas gostosas e saudáveis? Acesse a página do “Ateliê Baunilha” no facebook digitando seu nome na busca.
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NONONOO SAÚDE
MENOS É MAIS Com versão fit, até hamburgueres e massas podem ser opções cheias de saúde.
por EVELISE COUTO
E
m tempo de projeto verão, muita gente deixa de lado aquele hamburguer saboroso ou um prato caprichado de macarrão. Em nome da busca por um corpo mais saudável, alimentos com menos gordura, grãos integrais e redução de sal e açúcar são colocados no radar. Para contemplar essa turma, o chef Junior Durski pesquisou, testou e desenvolveu um cardápio com 10 novas receitas em versões fit. São opções com menos sal, menos gordura, sem açúcar e com espaço ainda para receitas veganas, sem glúten e sem lactose. Agora elas fazem parte do menu fixo da rede de restaurantes Madero. A grande sacada fica por conta das trocas saudáveis. A maionese é substituída por creme de palmito, o trigo branco pelo trigo integral, o leite integral pelo desnatado e o açúcar pelo adoçante natural. “Além disso, pedi para que meu fornecedor desenvolvesse um queijo cheddar light e com menos sal, adicionei grãos e sementes nas receitas dos pães e substitui a carne pela quinoa, para criar o hambúrguer vegano”, explica Durski. Quem experimentou garante que as versões fit não perdem em nada para as receitas tradicionais, mantendo o sabor, a textura e a qualidade. O menu traz três versões de cheeseburger, duas saladas funcionais, o primeiro prato Madero a base de peixe e uma massa integral, que pode ser combinada com
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frango ou camarão. Para matar aquela vontade de doce, ele ainda desenvolveu duas sobremesas: a mini-musse de doce de leite fit, com menos gordura e menos calorias, e o sorvete de framboesa com calda de frutas vermelhas diet e light, com 0% de gordura e sem lactose. Durski afirma que o principal de suas criações é garantir versões com alimentos mais saudáveis. PARA COMER SEM PESO NA CONSCIÊNCIA Quem não abre mão de um bom ‘sanduba’, pode agora saborear o melhor cheeseburguer do mundo em versão mais saudável. O Madero traz três opções para quem não perde o foco na alimentação: CHEESEBURGER FIT: feito com pão integral, creme de palmito, substituindo a maionese, cheddar light, com teor de sal reduzido, menos gordura e menos calorias. Acompanha uma deliciosa salada! CHEESEBURGER MADERO MENOS SAL: o tradicional cheeseburger, com redução de 50% do sal, com pão integral crocante, creme de palmito, hamburguer artesanal e fatias de queijo cheddar, com níveis de sódio reduzidos em até 80%. Vem com batatas fritas, super sequinhas e crocantes, também sem sal. CHEESEBURGER VEGETARIANO: feito com quinoa, aveia, cenoura e temperos, o hamburguer é grelhado na churrasqueira em fogo forte, o que garante um sabor especial ao novo sanduíche.
COMPORTAMENTO
CONHEÇA O MOVIMENTO QUE DEFENDE A CRIAÇÃO DOS FILHOS COM MENOS PRESSÃO Difundido nos Estados Unidos e na Europa, o slow parenting ganha adeptos no Brasil. Especialistas apontam importância de uma infância mais tranquila. por MARINA BASTOS
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A
cordar 6h30, tomar café da manhã, ir para a escola, almoçar, ir para o inglês, depois é hora da natação, voltar pra casa, fazer deveres de casa e dormir para continuar tudo no dia seguinte, com a diferença que ao invés de inglês é espanhol e no lugar de natação é judô. Cansou só de pensar? Pois imagine que essa é a rotina de muitas crianças. Estabelecida pelos pais, essa rotina é criticada por alguns especialistas em saúde infantil e surge uma proposta inversa: o slow parenting, traduzido livremente para ‘pais sem pressa’. A designer de interiores Maria Fernanda Pantaleão preencheu a agenda da filha de oito anos de segunda à sexta-feira, do primeiro ao último horário. Ingrid fazia balé, kumon, capoeira e culinária, além de estudar numa escola bilíngue na região do ABC Paulista, São Paulo. A pequena dava conta de tudo, mas aos poucos os problemas começaram a aparecer: Ingrid começou apresentar traços de ansiedade. “Ela chorava fácil, estava irritada e não conseguia se concentrar na mesma coisa por muito tempo”. Diante do problema a mãe arrumou mais um compromisso: a terapia. Veio da terapeuta o alerta para mãe: Ingrid precisava de tempo livre e precisava também de mais tempo junto com a família, ainda que fosse para não fazer nada. “A psicóloga me abriu os olhos, eu sempre tive a impressão que não fazer nada era perda de tempo, mas não respeitei o tempo da Ingrid”, contou Maria, acrescentando que ela, como mãe, é claro, achava que estava proporcionando o melhor para sua cria. “Ela me aconselhou, também, a escutar mais minha filha, escutar o que ela pensa e levar mais em consideração suas vontades. Se eu pudesse diria isso aos outros pais, pois me sinto mais próxima da minha filha.” As coisas mudaram bastante de um ano para cá na casa delas. O único compromisso mantido fora da escola é o balé, a culinária foi trocada por uma atividade em família. Mãe e filha assistem juntas tutoriais na internet e experimentam receitas no fim de semana. “Esse processo todo me mostrou muita coisa, acabei mudando minha rotina também”, contou a designer, que não conhecia o termo slow parenting, mas se identificou muito com o que propõe.
pressa”, ganha adeptos também no Brasil. Trata-se de uma linha moderna de educação das crianças que defende a desaceleração da rotina dos pais — e, consequentemente, dos filhos — para que possam explorar o mundo a seu tempo. A ideia é dizer não a estímulos indiscriminados e promover a desaceleração da rotina, dando às crianças a chance de explorar o mundo sem afobação. Conforme a psicóloga infantil Graziela Freitas, a iniciativa surgiu a partir da percepção de que os pais transferem demandas excessivas aos filhos, acreditando que assim eles se preparam melhor para o futuro. O resultado, muitas vezes, é o oposto. “Hoje, as crianças precisam ser as melhores na escola, no condomínio, na família. Este ritmo traz problemas emocionais e perdas significativas na qualidade de vida delas. Esse tipo de conduta tem ligação direta com ansiedade, desatenção, desmotivação e dificuldade em se relacionar”, explicou Graziela, que entende que propostas como as do slow parenting são importantes para resgatar a infância como um período de descobertas e aprendizados. O escocês Carl Honoré, criador do conceito de slow parenting, ensina os primeiros passos para a família entrar no ritmo.
NÃO SE AFOBE, NÃO Muito conhecido nos Estados Unidos e na Europa, o movimento, que pode ser traduzido como “pais sem C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 41
COMPORTAMENTO
OS MANDAMENTOS DO SLOW PARENTING SEM CARTILHAS Experimente não ler sites e manuais para pais durante uma semana. Tente descobrir seu próprio estilo de maternidade e o que funciona melhor para sua família. Não se preocupe com a educação que seus amigos dão para os filhos. DEIXE ESTAR Quando levar seu pequeno ao playground, resista à tentação de interferir e sempre ser a parceria dele nas brincadeiras. OUVIDOS ATENTOS Escutar é fundamental para uma relação de confiança. MINI-EXECUTIVO Crianças não precisam cumprir diversas atividades e sentir o peso de agendas sobrecarregadas. MENOS, MENOS Deixe tempo para a criança brincar. A falta deste espaço, somado à alta carga de cobrança, gera ansiedade e sintomas físicos. TÉDIO FAZ BEM São nestes momentos que a mente se expande a livres pensamentos, desenvolvendo a criatividade e diminuindo a ansiedade. ÓCIO FAMILIAR A família toda precisa entrar no clima slow. Deixar a agenda livre faz bem a todos. Crianças de até cinco anos devem aprender de forma livre, sem agendas estruturadas. NOVOS AMIGOS É importante deixar a criança se relacionar com outras crianças. O círculo social dos filhos precisa ser maior do que apenas o círculo familiar. OFFLINE Defina períodos do dia em que as crianças devem desligar o computador, se desconectar e afastar-se de qualquer gadget.
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INFORME PUBLICITÁRIO
ESTÁCIO LANÇA PRIMEIRA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DE MS A EPICO integrará os cursos de graduação, pós-graduação, livres e de extensão.
por JULIANA FELIZ
N
o dia 26 de novembro a Estácio Campo Grande inaugurou a EPICO – Escola do Pensamento Inovador em Comunicação da Estácio, um projeto inédito em Mato Grosso do Sul, que integra os cursos de graduação em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Marketing e as pós-graduações em Assessoria de Comunicação e MBA em Comunicação, Marketing e Mídias Digitais, além de um leque de cursos na modalidade EAD. Durante o evento de lançamento foi realizada uma palestra do professor Dr. Márcio Gonçalves, da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, sobre Comunicação Digital. Dentre os desafios da Escola de Comunicação estão o desenvolvimento das habilidades e talentos dos alunos, a produção de conteúdos com novas formas de linguagem e a união de teoria e prática de forma inteligente. Os cursos livres e de extensão trarão novos estímulos aos alunos. O Espaço EPICO, como vem sendo chamado, foi revitalizado pelos próprios alunos, que fizeram ilustrações nas paredes e repensaram todo o ambiente acadêmico, a fim de criar um lugar que desperte a criatividade. Além dos laboratórios tradicionais, como os estúdios de televisão, rádio, fotografia e agência experimental de publicidade, foi inaugurada também uma agência de mídias digitais com foco nas novas funções do comunicador da atualidade. O diferencial da EPICO não está somente no corpo docente formado por profissionais com titulação e
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experiência profissional, mas também na grade curricular que prevê disciplinas alinhadas ao mercado de trabalho contemporâneo, o que inclui conteúdos voltados às áreas de arquitetura da informação, mídias digitais, empreendedorismo, inovação e novas tecnologias. A metodologia está focada na capacidade do aluno em criar, inovar, empreender e agir e não somente reproduzir modelos e formatos convencionais. A ideia de receber o aluno na graduação, e já direcioná-lo a um curso de especialização, é uma estratégia de torná-lo mais bem preparado para um mercado de trabalho cada vez mais exigente. GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Os cursos de graduação oferecidos pela EPICO são Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Marketing. Na pós-graduação conta com dois cursos presenciais: Assessoria de Comunicação e MBA Comunicação, Marketing e Mídias Digitais. O portfólio a distância é bastante vasto e inclui: Cinema e Linguagem Audiovisual, Comunicação Organizacional, MBA em Comunicação Corporativa, MBA em Comunicação e Semiótica, MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, MBA em Direção de Arte para Propaganda, TV e Vídeo, MBA em Jornalismo Empresarial e Assessoria de Imprensa, MBA em Jornalismo Esportivo, sendo alguns deles em parceria com a Universidade de Harvard, modelo que utiliza o estudo de caso. Mais informações sobre a EPICO: (67) 3348.8802 | epicoestacio.com.br | facebook.com/epicoestacio.
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NÓS 2 POR AÍ
A gente andou bem sumido daqui e tudo tem uma explicação. Fomos abduzidos pelas nossas férias. Viajamos durante todo o mês de setembro. Ana em férias, Gustavo trabalhando. Eu e meu escritório itinerante: duas mochilas, telefone full time e uma oração firme pro sinal de internet funcionar em todo canto.
A
í, a vida ficou tão louca e corrida que voltamos pra casa e só agora a rotina retomou o ritmo de antes. Mais ou menos. Mas fato é que não queremos desperdiçar tanta história acumulada nessas andanças. E vamos dividir tudo com vocês, claaaaro. Nossa jornada foi longa: 10 voos, 6 cidades e quase dez mil quilômetros rodados. Pra começar o passeio, vamos contar pra vocês como foi nossa visita a Florianópolis. Essa ‘Ilha da Magia’ é sedutora. Floripa. Já me sinto íntimo para chamá-la pelo apelido. Você conhece Floripa? Não estou falando de ter ido até lá no Natal, Ano Novo, Carnaval ou algum outro feriado prolongado, desses em que a ilha toda fica entupida de turistas. Estou falando de caminhar pelas ruas dos bairros em dias normais. Pegar o trânsito, que por sinal, não é tão assustador quanto haviam dito que era. Até acredito que em alguns horários, trechos e épocas do ano esse trânsito pode ficar “insuportável”, mas pra quem mora em cidades com trânsito caótico, como Salvador, aquilo lá não é nada. Ficamos 5 dias em Floripa. Quase todos foram cinzas. Meio frio. Uma chuvinha que ia e vinha. Um ventinho gelado tentando frustrar nossa experiência naquela terra boa. Nuvens espessas todo santo dia. A ênfase nas condições climáticas é pra que vocês compreendam o quanto a cidade me fisgou independentemente de um céu azul e sol brilhando sob nossas cabeças. Sou simplesmente fascinado pelo sol. Eis aí um dos motivos que me fazem gostar da cidade em que moramos hoje. Mar e sol, a combinação perfeita!
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Foi a segunda vez que fui a Floripa neste ano. A primeira vez foi a trabalho, e fui extremamente impactado pelos ares catarinenses. Daquela vez, ficamos hospedados no centro da ilha. E já foi incrível. Mas desta vez escolhemos um hotel mais perto das praias. A eleita foi Jurerê Internacional. Pegamos logo a mais badalada das praias pra ver como é a vida lá fora da temporada de badalação. De tanto mudar, virou mania descobrir como é viver em lugares diferentes. Conhecer os moradores dos bairros. Conversar com eles sobre o dia a dia ali. É como se eu estivesse morando ali por alguns dias, e não turistando. Eu fantasiado de vizinho daquelas pessoas. Ah, sei lá, gosto de gente. Consegue me entender? Tenho fascínio pelas histórias que sempre surgem nessas prosas casuais. Por exemplo, em uma das nossas caminhadas matinais, conhecemos o Seu Eduardo. Um típico manézinho da ilha. Ele estava na frente de casa quando ousei dizer “Bom dia, senhor!”. Tenho mania de fazer isso por onde eu passo. Falo ‘bom dia’ pra todos que encontro nas ruas. Quero quebrar o gelo do mundo que não conheço. Sorrio e cumprimento estranhos na rua. Tente fazer isso você também. Quando você planta sorrisos, colhe sorrisos! E assim foi com o Seu Eduardo. Gente boa! Nos contou toda sua vida, falou orgulhoso dos filhos, exibiu suas orquídeas, mostrou a casa. E ainda teve – literalmente – a cereja do bolo: ganhamos cerejas colhidas no quintal dele. Mais um amigo para cultivarmos nesta vida.
Um conselho pra quem quiser seguir nossa dica, e comprar já um pacote pra Floripa, é alugar um carro. A ilha é extensa e vale muito a pena conhecer o máximo de lugares. A gente fez isso e foi um investimento que valeu cada centavo. Conhecemos Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui. Um coladinho no outro. São simplesmente incríveis de tão lindos. Pitorescos. Parecem pintura. Foi lá que tive uma epifania (e ainda vou escrever um texto só sobre isso). Mar, montanha, Deus e o pôr do sol. Também nos aventuramos por terras bem menos visitadas e fomos parar em Ribeirão da Ilha. É lá que temos um pedacinho de família morando. Primos queridos. Um casal e os filhos pequenos vivem na beira do mar, de frente pras fazendas de criação de ostra. Um lugar sensacional. Tempo parado, nuvem encobrindo, casarões da época da chegada dos açorianos. Se você nunca foi neste lugar, pegue o carro e vá. Um dos lugares mais lindos que meus olhos já tiveram a oportunidade de ver pessoalmente em toda a minha vida. E olha que a Irlanda sempre foi meu paraíso preferido. Simplesmente fantástico! Também visitamos Campeche, Lagoa da Conceição, Daniela, Canto da Lagoa, Jurerê, Cacupé, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus. Viramos descobridores de lugares incríveis na Ilha da Magia. Aliás, poucos nomes caem tão bem quanto esse…
Queria voltar lá todo fim de semana. Continuar explorando novos lugares e conhecendo mais pessoas. Quero saber mais da cultura local. Quero aprender o ritmo da vida catarina. Ah, a Ana está lendo 1808, livro que conta a chegada da família real portuguesa ao Brasil. Os historiadores relatam que naquela época Floripa já era procurada por pessoas que queriam uma vida mais tranquila num pedaço de paraíso. Imaginem hoje, quando todo mundo vive num ritmo frenético e está sempre à beira de um ataque de nervos. Não é à toa que qualquer pedacinho de terra por lá custa os olhos da cara. Talvez eu consiga garantir meu cantinho por lá um dia. Talvez não. Vamos vivendo um dia de cada vez. Mas aprendi uma coisa com a linda Florianópolis: quero mais desta vida. Mais paz, tranquilidade, família por perto, simplicidade e natureza. O resto é e sempre será nada perto disso tudo.
AUTORA: ANA RAQUEL COPETTI TELES É JORNALISTA E JUNTO COM O MARIDO GUSTAVO TELES CRIOU O SITE
www.nos2porai.com.br C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 47
VIAJE BEM
15° 47′ 38″ S, 47° 52′ 58″ W Localização da cidade. Uma visão que surge no deserto, uma miragem, um sonho, o desejo de um homem, ou vários homens. por MÁRCIO CANEDO
O
ponto de partida de uma nova civilização para um santo, o inferno dantesco para quem vê o lugar apenas como um depositário de covardes e ladrões. Todos os chavões já foram pronunciados sobre o lugar, amores imensos, ódios profundos... Só uma coisa não pode ser dita, que alguém passa ileso por aqui. Não, ninguém sai ou fica por aqui sem ser marcado profundamente pelas linhas retas e pelas curvas desumanas que por cá existem. Este é um pequeno guia amoroso pelo lugar que me cativou novamente, e que havia pensado que já não me afetaria mais. Engano, engano! Sou apaixonado e profundamente agradecido por esta bela cidade, a mais feminina e mais encantadora de todas, Brasília. Não sou jornalista de rotas turísticas, prefiro me ver como um passante dos locais, o que sempre me deu uma visão mais dos becos do que das avenidas, mais do bordel do que da igreja. Entretanto, o objetivo é passar um ponto de vista mais caótico dentro da organização exagerada da cidade. E por aí que começo. Brasília é uma cidade exageradamente organizada, com seus eixos (avenidas e ruas é para cidades comuns), suas superquadras, seus setores, suas grandes áreas, suas esplanadas. A ideia dessa cidade é bem mais antiga do que todos imaginam. Não, tudo não começa com JK. O primeiro a pensar sobre que aqui poderia ser
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um centro irradiador para o Brasil foi um moço chamado José Bonifácio, o todo poderoso ministro de D. Pedro I. Já se imaginava, então, lá no começo do século XIX, que deveríamos deixar de ser caranguejos parar de ficar lagarteando no litoral e desbravarmos os sertões. O que não se poderia imaginar é que do outro lado do Atlântico havia um padre sonhando já com essa localização, profetizando que nas coordenadas que intitulam a presente pecinha surgiria uma nova civilização, de novos homens e mulheres, voltados à compaixão e ao carisma. Por isso que a primeira construção da nova capital do País foi uma capela (que obviamente por aqui não poderia ter esse nome tão pedestre), a Ermida Dom Bosco, em homenagem a este santo que já sabia o que seria um lugar que explode energia por todos os buracos. O grande visionário que tornou a coisa toda realidade foi um mineiro, acostumado com rincões isolados e com a gente única que habita planaltos e cerrados. Juscelino sabia que o Brasil só seria um país real se deixasse a alegria do balneário autocentrado pelo horizonte infinito inspirador. Ok, caríssimos leitores, os senhores e senhoras me acharão um tanto piegas com essas colocações, mas como um candango por adoção e por escolha, visão de morros e mar só atrapalham nossa capacidade de raciocinar o real. Mas isso sou eu, e isso é Juscelino, e isso é Brasília. Visões de amplitude nos dão visão de futuros de possibilidades infinitas, que não cessam na Floresta da Tijuca ou num aplauso ao pôr do sol do Arpoador.
E os grandes gênios imaginativos que criaram a cidade do futuro, Lúcio Costa e Oscar Niemayer, foram muitos felizes em suas viagens utópicas, que agora, 55 anos depois da construção, se mostram bastante reais. E a utopia deu lugar a uma realidade bastante específica. Costumam dizer que somos produto do meio que vivemos, e os brasilienses definitivamente o são. A imposição de organização, de localização, de matemática, faz com que os habitantes do Plano Piloto de Brasília sejam uma raça muito afeita às retas e aos quadrados. As gentes que cá vivem assim se denominam, o povo do quadrado. Lembro-me que quando para cá vim, púbere caipira e soberbo, ficava bastante perdido, pois ainda acostumado a ruas com nomes de gente morta e
LEMBRO-ME QUE QUANDO PARA CÁ VIM, PÚBERE CAIPIRA E SOBERBO, FICAVA BASTANTE PERDIDO, POIS AINDA ACOSTUMADO A RUAS COM NOMES DE GENTE MORTA E QUE ACABAVAM SEM RAZÃO, ME VI NUM MUNDO DE ULTRA ORGANIZAÇÃO, E MEU NOME CONTINUOU O MESMO, MAS MEU SOBRENOME PASSOU A SER O LUGAR ONDE EU MORAVA. MARCIO 306 NORTE, BL. B, APARTAMENTO 202. EU ERA ÚNICO. C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 49
VIAJE BEM
JÁ DO LADO DAS COMIDINHAS MAIS SOFISTICADAS, MUITAS E MUITAS SÃO AS OPÇÕES VÁRIOS RESTAURANTES, SIMPÁTICOS E DE PREÇO RAZOÁVEL, ESTÃO POR AÍ, PARA O DELEITE DOS GULOSOS E CURIOSOS. BRASÍLIA JÁ É CONSIDERADO O TERCEIRO MELHOR DESTINO GASTRONÔMICO DO PAÍS.
que acabavam sem razão, me vi num mundo de ultra organização, e meu nome continuou o mesmo, mas meu sobrenome passou a ser o lugar onde eu morava. Marcio 306 Norte, Bl. B, apartamento 202. Eu era único. Não havia outro com essa denominação. E assim todos éramos facilmente encontrados e também etiquetados, porque o lugar que mora já colocava onde poderia estudar, o que os pais poderiam fazer, que tipo de comida eu estava acostumado a comer e assim por diante. Talvez o maior percalço de uma vida mais livre. Opa, já estou fazendo referência a alguém que tinha uma relação muito clara de amor e ódio a cidade. Mas volto a isso depois. E o mais curioso é que nossas mentes ficam tão condicionadas com a vida candanga que voltar a uma cidade “normal” nos apavora. Mesmo depois de ter morado em vários outros lugares, até a volta a Brasília eu sempre achava que me perderia, porque nomes de ruas, bairros com nomes de santas ou árvore me deixavam com falta de ar. Sempre achava que as ruas eram mundos nos quais eu me perderia e nunca mais voltaria para casa. Isso nunca pode acontecer por aqui. Cá sempre nos achamos. Só se perde em Brasília quem não sabe contar, não sabe diferenciar par de ímpar e não sabe os pontos cardeais.
encantos simples da cidade, e que poucos de fora sabem. Dar uma volta de barco no Lago Paranoá, nadar no Lago Norte, fazer SUP perto da Ponte JK, ver o por do sol do Pontão do Lago Sul, programas agradáveis que dão sentido a vida aqui. Assistir a um show de jazz na Concha Acústica, ouvir sambas maravilhosos no Clube do Choro às quartas feiras, concertos clássicos na Igreja Dom Bosco as terças, sob aquela luz azul intensa dos vitrais, que nos levam ao céu e perto dos anjos, pegar um cinema arte no Liberty Mall e comer um sushi no Hajimê da 201 Norte as quatro da manhã. E tem ainda o nascer do sol na Praça dos Três Poderes, com a luz cor de rosa pálida que aos poucos vai surgindo. Tudo isso é mágico e faz daqui um lugar totalmente diferente de todos os outros do mundo. Mas como vivemos tempos gastronômicos e gourmets, e já dei até uma dica ligeira ali em cima, deixo três imperdíveis, uma mais para o lado de boteco tradição, e as outrasde cozinha contemporânea para se comer de joelhos. Todo mundo que se considera boêmio nessa cidade conhece, já foi e tomou um porre homérico, subiu em alguma mesa e cantou Tempo Perdido ou alguma outra porcaria da Legião (sim, os verdadeiros brasilienses acham a LU uma grande farsa, imitação tosca de Smiths e Cure), e este lugar é o mais tradicional bar/restaurante da cidade, Beirute da Asa Sul (isso porque agora existe um na Asa Norte também). A cerveja da casa, a Beira, é excelente, e o melhor quibe que existe no Brasil, o Quibeirute, recheado de queijo derretendo, cria obrigações morais e imorais de ser comido.
Já do lado das comidinhas mais sofisticadas, muitas e muitas são as opções. Vários restaurantes, simpáticos e de preço razoável, estão por aí, para o deleite dos gulosos e Passear pelo Parque da Cidade no final da tarde, corcuriosos. Brasília já é considerado o terceiro melhor destino rer nos Eixos Sul e Norte aos domingos e feriados, ir a um gastronômico do País, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro, e encontro de food trucks no Cine Brasília. Estes são os a frente de cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre. Eu apresento dois restaurantes, meus favoritos da cidade, que não deixam nada a desejar aos bons de Nova Iorque ou Hong Kong (totalmente escolha aleatória para mostrar meu esnobismo). O primeiro é o que é considerado um dos melhores do Brasil, o Aquavit, do chef dinamarPASSEI 22 ANOS FORA quês Simon Lau, com uma cozinha POR CONTA DO MEU fusion cheia de coisas divertidas e SANGUE NÔMADE, MAS diferentes, mistura de Peru com SuAGORA QUE VOLTEI, écia, com tempero de Goiás Velho. DAQUI SÓ SAIO PARA OS Fica num lugar deslumbrante, o JarVERDES, EM ÉPOCA DE dim Botânico de Brasília, no meio CHUVA, GRAMADOS DO do cerrado e à beira de um lago, CAMPO DA ESPERANÇA, num cenário inusitado. Mas vá O CEMITÉRIO LOCAL preparado para uma conta também 5 0 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
inusitada, mas que vale totalmente a pena. O outro é o lugar que indico para todos meus amigos, e que vou sempre com muito prazer, porque tenho certeza que comerei algo correto e digno. O Escondido Bistrot fica no subsolo de um prédio comercial, só realmente os iniciados para saberem que num lugar tosco há um refúgio do bom garfo e dos bons vinhos. O chef André Carvalho faz pratos deliciosos com um toque inusitado, sempre usando produtos do cerrado, caseiros e simpáticos. Como diria o grande Apicius, ‘Melle. K. e eu passamos horas deleitosas no Escondido, deliciando-nos com manjares inigualáveis’. E já indo para o fim do meu rápido guia com pretensões, ou sem nenhuma, de mostrar meu amor por Brasília, ainda me lembro a primeira vez que cheguei aqui. Vim de carro com meus pais e irmão, e chegamos num fim de tarde, com aquele pôr do sol intenso de tantas cores douradas, e as luzes do Conjunto Nacional se acendendo. Ali, naquele instante, já nasceu um deslumbramento que tenho todos os dias nessa minha volta ao meu lugar. Passei 22 anos fora por conta do meu sangue nômade, mas, agora que voltei, daqui só saio para os verdes, em época de chuva, gramados do Campo da Esperança, o cemitério local.
E O MAIS CURIOSO É QUE NOSSAS MENTES FICAM TÃO CONDICIONADAS COM A VIDA CANDANGA QUE VOLTAR A UMA CIDADE “NORMAL” NOS APAVORA.
SERVIÇOS: ERMIDA DOM BOSCO ESTRADA PARQUE DOM BOSCO, PRÓXIMO À BARRAGEM DO PARANOÁ TELEFONE: (61) 3367-4505 E 3367-2000
PARQUE DA CIDADE SARAH KUBITSCHEK EIXO MONUMENTAL S/N HORÁRIO: 5H AS 0H
CINE BRASÍLIA
E como fiz referência algumas linhas acima, quem melhor define a loucura que é Brazólia, é aquela que é tão vilipendiada nos últimos tempos nas redes sociais, onde lhe são atribuídas as frases mais cafonas e senso comum (coisa que ela jamais é), Clarice Lispector: “Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia, veem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia – minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado.”
EQS 106/107 – ASA SUL TELEFONE: 3244-1660
Aqui vivo insone, sem explicação e feliz. Venham a Brasília, meus caros, com olhos virgens, e deixem-se levar, que garanto que a paixão despertar-se-á invariavelmente.
CLN 213 – BLOCO B – LOJA 33 – SUBSOLO TELEFONE: 3546-7460
BEIRUTE ASA SUL CLN 109, BLOCO A , LOJA 02 TELEFONE: 3244-1717
AQUAVIT JARDIM BOTÂNICO JARDIM BOTÂNICO DE BRASÍLIA TELEFONE: 3366-4686
O ESCONDIDO BISTROT
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VIAJE BEM NONONOO
MILÃO PARA APRECIAR A MODA, ROMA A HISTÓRIA E FLORENÇA, PARA SE APAIXONAR Acredito que não exista um roteiro para quem aprecia viajar a pé e alma descalça. Não tirei os sapatos na Itália, embora a vontade fosse de andar pelas ruas tocando o chão do país que considero minha segunda casa. Em algum momento devo ter vivido ali e a cada ida me reencontro, me apaixono, me emociono. texto e foto PAULA MALCIULEVICIUS
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mo ao Castelo Sforzesco, a gente se depara com a Milão do dia a dia. Gente que trabalha por ali, que anda de terno e gravata no metrô, ou “tram”, como eles chamam o transporte público e até mesmo de bicicleta. O castelo Sforzesco é outro ponto que merece visita tanto pela arquitetura quanto pelo conteúdo. Ele abriga diversos museus em suas salas, exposições fixas e por temporadas até a Pietà Rondanini, de Michelangelo.
E
m maio deste ano viajei para a Itália pela segunda vez. Em plena primavera, dizem e eu aprovei: a melhor época. São quase 14 horas de voo de São Paulo até Milão. A diferença de fuso horário é mais 6h. Ou seja, o dia amanhecia lá, enquanto no Brasil ainda era começo de madrugada. Milão é a cidade da moda. O centro econômico da Itália, onde se lançam coleções, revelam talentos. Localizada no norte do país, Milão é para mim uma São Paulo que deu certo. Mais organizada, mais limpa, segura e rica, culturalmente rica.
Milão tem muito: Quadrilátero D’oro, que concentra na Via Montenapoleone e redondezas, os mais renomados estilistas do mundo. As grifes têm seguranças na porta, mas nada que te intimide a entrar. Eles sabem que a gente é turista e curioso mesmo. Vale ver os preços das peças: Gucci, Prada, Dolce e Gabbana e o império de Giorgio Armani, entre tantas outras marcas que eu não poderia comprar nem um chaveiro se tivesse na promoção. Na Igreja Santa Maria delle Grazie é que está a obra que deixa qualquer um boquiaberto. Passaria horas olhando “A última ceia”, de Leonardo da Vinci, feita no refeitório. Não se pode fotografar em hipótese nenhuma, há seguranças e avisos por todo lado. Me atrevi a deixar registrada a imagem apenas na minha memória.
Por ter família lá, passei boa parte dos 30 dias das férias na cidade. A primeira e indispensável ida deve ser à Catedral Duomo, uma das maiores do mundo. A estupenda igreja, em estilo gótico, que demorou 500 anos para ser terminada. Duomo é linda do chão ao teto. Desde o piso me encanta, os vitrais que contam a história do santos, às velas que os turistas acendem e rezam. Tem época que a entrada é gratuita, em outros tempos se paga até 3 euros para entrar. Mas numa espécie de “combo”, que dá acesso aos museus e à torre, se paga entre 10 e 15 euros. Ir ao Duomo exige subir até a torre, onde se enxerga toda Milão. Há a opção de ir pela escada ou elevador. Não são tantos degraus e é possível ir subindo os lances de escada. Ao lado do Duomo, a Galeria Vittorio Emanuele é um convite para apreciar lojas chiques e acompanhar o vai e vem, tanto de italianos quanto de turistas. Ali mesmo, na “Piazza Duomo”, o Palazzo Reale oferece exuberância ao mesmo tempo que uma riqueza indescritível em mostras e exposições. O que não é de graça custa pouco, no máximo 12 euros. Caminhando pela Via Dante, a via que leva do Duo-
NA ITÁLIA SE COME BEM No quesito comidas e bebidas nem precisa falar que na Itália se come bem, muito bem, e às vezes pagando o justo. Passo aqui a dica que me foi explicada e que segui à risca: fuja dos pontos turísticos. Não pare nem para tomar um café nos estabelecimentos em frente aos cenários. É caro e na maioria das vezes não se trata de uma comida legitimamente italiana. São turistas que trabalham ali. Vá C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 53
VIAJE BEM
até pequenas vias, abra a porta da “cantina”, sente-se em uma trattoria que não vá ter a descrição dos pratos em frente da casa. Se tiver foto, ou mais, as próprias receitas exibidas, fuja. Será caro e não valerá a pena. Uma coisa que precisa ser levada em conta é que a Itália te engorda. Mas te faz feliz. Muito. As pizzas são comidas inteiras. Se vende o pedaço sim, mas só para refeições rápidas. Numa pizzaria, elas chegam à mesa como uma das médias nossas e se come sozinho. Ela tem a massa mais fina e não pesa no estômago. Você pode até estranhar no começo, mas logo vai ver que não tem pizza melhor no sabor e no tamanho. Ah sim, pode-se usar as mãos! Viajo sozinha. Adoro não ter roteiro, colocar a mochila nas costas, o tênis nos pés e o mapa na mão. Mas na Itália é fácil de se fazer amigos. E eles podem começar a conversar com você no happy hour. Os bares da Itália têm o costume de unir bebida e comida. Você paga a primeira bebida, com um preço diferenciado dentro do happy hour, e come à vontade. Os bares que praticam isso deixam claro o horário, geralmente das 18h às 22h. Então chegou, olhou o cardápio, pediu. Caipirinha é o que mais tem nos bares, mas a grande saída ainda é o “Spritz”. Logo que o drink chega à mesa você precisa pagar ali mesmo. De preferência no dinheiro e eles querem receber o total. Se está de turma, se vire entre os amigos para dar o dinheiro exato. Lá não se cobra separado. 5 4 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
E vale a pena. Muito. Por vezes meu happy hour virava janta. Se paga 10, 12 euros numa bebida grande e se come tudo o que o buffet oferece. Você se serve, e tem pizza, pasta, risoto, salada de arroz, batata frita, às vezes até camarão e feijoada. Dá para tomar um drinque, comer, levantar e depois pegar uma cerveja na rua. Tranquilamente. Em Milão o metrô custa 1,50 euro. Não existe bilhete por dias, como em outras grandes cidades. Você pode comprar na máquina para 10 dias, mas ele sairá o mesmo que comprar 10 passagens. Com ele são 75 minutos que se pode andar de metrô, tram ou ônibus. Nas vias terrestres não tem fiscal fixo, você entra e carimba o bilhete, mas pode ter de mostrar a um funcionário caso ele peça. Se não tiver bilhete é multa. Não me pergunte quanto, porque nunca deixei de comprar. FLORENÇA E ROMA De Milão para Florença e Roma. As passagens aéreas são baratas, mas não compensam se são poucos dias a se aproveitar, e explico o porquê: os aeroportos são bem distantes e vão exigir de você uma logística, que no fim das contas sai “elas por elas”. Como lá os trens funcionam em alta velocidade e são tão ou mais confortáveis que avião, dei preferência à Trennitália para chegar a esses destinos que me deixam direto no centro das cidades. São poucas horas de Milão à Firenze (Florença) e um pouquinho mais até Roma.
Em Roma são tantos os pontos turísticos que é preciso estudar onde se quer ir e também a logística. Vale reservar ingressos com antecedência e trocar o voucher pelas entradas lá, de forma que você consegue programar seu dia da melhor forma possível. Na parte da manhã do primeiro dia, me dediquei ao Coliseu, Fórum Romano e Palatino. Na primeira parte da visita não senti a energia que muitos relatam. Claro, estou no palco de combate entre animais e gladiadores que era diversão de um povo, mas vejo história em cada ruína. Construído no ano 80 d.C, me vejo sentindo um pouquinho de inveja das crianças. O tempo todo entram excursões com alunos que estudam a história olhando para ela. O Coliseu é enorme, tem museu e os vários níveis para se andar lá dentro. São pelo menos 2h bem vividas. Mais adiante, o Fórum Romano e o Palatino dividem atenção e os passos. As ruínas seculares funcionavam como a corte da Justiça e moradia dos imperadores romanos. Em Roma vale a pena comprar o bilhete que se chama “Giornaliero”, que paga por dia e se anda de ônibus ou metrô quantas vezes precisar. Lá não é muito aconselhável
andar tanto a pé não, pela distância de um ponto a outro. Fui tentar e perdi de ver a “Boca da Verdade”, me contentei com a foto por trás das grades. No Vaticano, a visita se dividiu em duas partes: o Museu do Vaticano e a Basílica de São Pedro, onde meus olhos ficaram por mais de 2h olhando o teto da Capela Sistina. O Juízo Final de Michelangelo é de encher os olhos e o coração. Com um áudio guia em português, de Portugal, tive uma verdadeira aula da história passada ali. Não se pode fazer fotos e acredito que se pudesse eu também teria esquecido, diante de tanta emoção. Na Basílica de São Pedro, a fila para entrar é enorme, mas anda rápido que nem se vê, ou até se esquece quando o coração encontra “Pietà”. Hoje protegida por um vidro, ela está lá, das mãos de Michelangelo, para os olhos do mundo. Por coincidência, peguei o horário de uma missa, celebrada parte dela em latim. E mesmo para quem não é católico não tem nada mais lindo do que rezar o Pai Nosso no Vaticano. Florença foi onde meu coração ficou. Conheci, de outra viagem, Veneza. Mas não tem cidade que desperte
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VIAJE BEM NONONOO
paixão como ali. O berço do Renascimento, a Galeria Uffizi é parada obrigatória. Mas sem antes contemplar Davi, de Michelangelo. A obra é tão grandiosa, tanto em história quanto em detalhes, que é impossível não se emocionar. A escultura está na Galleria dell’Accademia. De lá segui para o Duomo de Firenze, igreja belíssima que me deu, depois de quase 500 degraus, a possibilidade de ver toda cidade de cima. As torres das igrejas italianas são tão belas quanto seu interior. Não tem elevador e é um degrau depois do outro, um corredor pra lá de estreito que se chega. Não recomendo a quem tem claustrofobia. O encanto chega com a Ponte Vecchio, construída em 1345, sobre o Rio Arno. O sol está quase indo embora. Junto com ele meu fôlego também. Com o mapa nas mãos ando quase a cidade toda até a Piazzale Michelangelo. Meu guia me dizia que era a vista mais linda da cidade. Encarei uma escada quilométrica e a perda da bateria da minha câmera. Os registros foram de celular: do pôr do sol da Toscana. Uma das tardes mais felizes da minha vida. Florença é de se apaixonar e mostra um pouquinho do que é a Toscana, quando os raios do sol que já se vai tocam as histórias centenárias da arte, a gente sente o coração bater forte e um sentimento de gratidão. Gratidão por estar ali. Gratidão, Itália. Arrivederci!
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A dedetizadora DDBRIL fundada em 2002, preza pela tradição em atender com qualidade e inovação em seus serviços. Atua no controle de pragas urbanas, oferecendo a seus clientes os mais altos padrões profissionais, éticos e científicos do setor. • Controle de pombo • Controle de morcego • Controle de pragas e Vetores Urbano • Consultoria • Desratização • Descupinização ÁREA DE ATUAÇÃO ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü
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FÉRIAS
NÃO VAI VIAJAR? VEJA DICAS PARA ESPANTAR O TÉDIO DA CRIANÇADA QUE VAI FICAR EM CASA Não se preocupe com o recesso escolar! Sempre tem alguma brincadeira para fazer com as crianças. 5 8 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
por MARINA BASTOS
1. HISTÓRIA EM QUADRINHOS
nquanto as crianças aguardam ansiosamente o momento de sair de férias de fim de ano, muitos pais se arrepiam só de pensar nesse momento. Isso porque muitas pessoas não param de trabalhar neste período e não têm disponibilidade de viajar, isso significa filhos impacientes em casa. Mas a situação não precisa ser tão aterrorizante assim, basta um pouco de criatividade.
Os gibis fazem parte das suas lembranças de infância? Então, não seria legal passar um tempo com os seus filhos desenhando histórias em quadrinhos? Pensem nos personagens, deem nomes a eles e imaginem enredos curtinhos.
E
Este é um bom momento para ensinar aos pequenos, e aos nem tão pequenos, brincadeiras que exijam apenas materiais simples ou improvisados, mas que animem o dia e façam o tempo passar de uma forma gostosa. Além de animar as férias, as brincadeiras aproximam pais e filhos, fortalecendo a cumplicidade. A dica da empresária Regina Genaro, que é mãe de Laura, de seis anos, é festa do pijama. “Comecei a fazer em casa quando ela fez 4 anos, mas acho que vale até a adolescência, afinal o que importa é a diversão”, considera. Ela orienta, ainda, sobre o número de convidados. “O ideal é adaptar a festa ao espaço físico disponível em casa, para que todas as crianças fiquem acomodadas, com conforto. De 3 a 4 crianças dormindo no mesmo quarto considera-se uma quantidade legal, mas para um número maior de visitantes, vale pedir que cada um traga seu saco de dormir ou colchãozinho.” O mais importante é planejar uma série de atividades e realizá-las de acordo com horários predefinidos ou conforme o pique da criançada. “Costumo fazer a hora da culinária, dos jogos, momento da arte (onde todos precisam desenhar e contar uma história) e a hora do cinema. Claro que tem dia que elas não querem nada disso: se trancam no quarto e brincam de boneca, o que eu respeito”, acrescentou Regina. As opções não se limitam ao espaço da sua casa, já pensou em ser turista na sua própria cidade? Faça programas culturais com seu filho. Isso mesmo! Leve seu filho em exposições, aquários, igrejas e para ver lugares importantes na sua cidade. Mas não é só levá-lo lá e ficar olhando a exposição. Saiba sobre o local ou exposição antes, leia um pouco e crie formas divertidas de explicar aquilo para o seu filho. Se for algum lugar da sua cidade, pode contar um pouco da história. Na grande maioria dos museus, em geral, é possível fazer uma visita guiada. A psicopedagoga Márcia Zebini, de São Paulo, alerta para a importância de tirar os filhos da frente da televisão, do videogame ou do computador: “Os jogos eletrônicos são muito rápidos, solicitam a concentração num nível quase hipnótico. Por isso, enquanto está jogando, a criança não consegue se envolver com mais nada e acaba se isolando.” Por mais que seja prático, esforce-se para não recorrer à TV ou à internet, muito pelo contrário, com mais tempo livre, muitas crianças tendem a grudar no computador ou celular. Use isso a seu favor. Que tal propor a gravação de vídeos engraçados e editarem juntos depois? As possibilidades são infinitas, fique de olho nas nossas ideias e invente outras.
2. BANHO DE CHUVA Férias de verão combinam com chuva. E chuva combina com criança feliz! Começou a pingar? Deixe as crianças livres para brincar e correr. A sensação de liberdade é maravilhosa e você pode entrar na brincadeira também. Por que não?
3. APLICATIVOS, JOGOS ONLINE E SITES EDUCATIVOS Toda família sabe que é importante controlar o tempo das crianças em frente às telas do computador e dos tablets, mas não dá para negar que elas adoram brincar com os aplicativos e jogos online disponíveis. Que tal promover breves competições entre vocês?
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FÉRIAS
4. FESTA DO PIJAMA
8. PIQUENIQUE
Chame alguns amigos da escola, familiares ou vizinhos e promova uma festa do pijama. Legal mesmo é quando tem sessão de cinema com pipoca e café da manhã especial no dia seguinte.
Junte os amigos da escola, do bairro ou do prédio (ou só você e o seu filho mesmo) e promova um piquenique. As crianças podem ajudar a preparar os quitutes e os convidados também colaboram levando os alimentos e bebidas que mais gostam para compartilhar com os colegas.
5. BRINCADEIRAS CLÁSSICAS Pular corda e elástico, rodar bambolê, brincar de esconde-esconde e pega-pega... Não esqueça nunca das brincadeiras clássicas infantis. Elas nunca saem de moda e podem ser feitas dentro e fora de casa.
6. FAZENDO ARTE COM ARGILA As brincadeiras com argila podem durar o dia inteiro. Separe um cantinho onde vocês possam se sujar bastante. A modelagem é uma delícia, a argila é fresquinha e combina com os dias quentes. Depois que a argila secar, é só pintar os objetos montados com tinta guache.
9. BRINCANDO DE TEATRO Vamos estimular a criatividade das crianças brincando de teatrinho? Pode ser com fantoches feitos com meias velhas ou com papel, por exemplo. Se as crianças quiserem virar os personagens, crie fantasias especiais ou monte-as com roupas de toda a família.
10. CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS Há quanto tempo que você não lê para o seu filho? Que tal uma sessão de contação de histórias? Pegue livros infanto-juvenis e, para ficar mais dinâmico, use objetos que possam trazer sonoridades à sua história.
7. COZINHANDO EM FAMÍLIA
11. BAILINHO
Aproveite a onda do Master Chef! Dizem que a cozinha é o melhor lugar da casa. Se você concorda, leve as crianças para lá! Colocar o seu filho dentro desse processo pode até melhorar o apetite dele.
Se o seu filho for adolescente, peça para ele preparar um set list com as músicas que gosta e deixe que ele convide até dez amigos para ir na sua casa. Peça que cada colega contribua com bebidas (não alcóolicas, claro) e algum prato. A preparação do ambiente faz parte da diversão, vocês podem pensar juntos na decoração e iluminação. Ah, não esqueça de estipular um horário para o fim do bailinho!
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COMPORTAMENTO
QUEM VAI DANÇAR NESTE VERĀO? D
ias atrás Campo Grande parou para ver uma moça dançar no trânsito. Isso mesmo: dançar no trânsito.
O motivo? Pura alegria de viver.
Evelize, de 36 anos, seguia de bicicleta a caminho do trabalho e se empolgou com uma música que vinha de um carro.
Se soubesse que morreria em uma semana e tivesse vontade de dançar no meio da rua você se furtaria a esse desejo?
Aproveitou a deixa, desceu da bike e saiu dançando.
Quem nunca ouviu uma história de alguém que por pouco não perdeu a vida e depois disso passa a valorá-la a cada segundo?
A cena foi filmada por alguém que postou nas redes sociais e então ‘viralizou’.
De onde vem essa opressão, que nos faz pensar que é preciso ter coragem para ser feliz?
Vivendo seus 15 minutos de fama, sem ter pensado nisso, essa moça desconhecida, que depois, pelos jornais, soube-se ser faxineira, pedreira, jardineira, avó e estudante, provocou uma reflexão em muita gente.
Parece que a própria dançarina dá uma pista, quando declara a um jornalista que o espanto que sua personalidade desperta é sinal de que as coisas não andam muito bem.
Eu mesma recebi o vídeo num grupo de whatsaap, onde algumas pessoas a chamaram de “corajosa”.
Pensar mais em nós e menos no que os outros vão dizer passou a ser considerado um ato de coragem. Viramos reféns de nossos conceitos e pré-conceitos.
Ao me perguntar qual seria o ato de coragem de alguém que simplesmente resolve dançar quando tem vontade, percebi o quanto a maioria das pessoas está distante dos seus desejos e vontades mais singelas, como simplesmente dançar ao escutar uma música animada.
Quantos sonhos e desejos reprimidos deixaremos guardados para o próximo verão?
Por acaso, a felicidade em estar vivo, com saúde e transbordante de alegria não justifica dançar ao ouvir uma música que empolgue?
Afinal, ninguém deseja sentir aquele gosto amargo de insatisfação, que nos impede de desfrutar da alegria genuína, por apostar nas próprias escolhas.
Será que estamos vivendo tempos tão estranhos que uma pessoa que simplesmente dança ao som de uma música na rua causa tamanho espanto, a ponto de ser notícia nos jornais? O que fez de Evelize notícia não foi o fato de ter dançado na rua, mas o fato de estar simplesmente celebrando a vida sem culpa e sem medo. 6 2 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
A vida, assim como o verão, passa num sopro.
Eu já tenho um: vou dançar neste verão. E você? Vai ficar aí, se preocupando com o que os outros vão dizer? Ou vai ser feliz agora, ainda neste verão? foto Marcos Vollkopf
Vergonha, por que deu vontade de dançar e está no meio da rua? Isso é mesmo tão inusitado assim?
A revista anuncia que o verão está chegando.
ARIADNE CANTÚ
CIDADANIA
Sempre a regra é: nunca reaga a um assalto. Não se expor a uma situação de risco, principalmente em um assalto, é o primeiro passo.
DIRIGINDO • Mantenha as portas sempre travadas. • Não pare seu carro em local pouco movimentado ou com baixa iluminação (geralmente utilizam artifícios para interceptar o carro, como pedras e obstáculos, sendo muito comum também o uso de pessoas simulando um pedido de ajuda, cuidado! Nesses casos ligue para a Polícia. • Se ocorrer uma “batidinha” leve na traseira do seu carro, observe pelo retrovisor as pessoas que estão no veículo de trás. Se desconfiar, não pare. Sinalize para que o motorista o siga até um lugar movimentado. • Cuidado ao abrir os vidros para atender a ambulantes e a pedintes, podem ser marginais. • À noite ou em locais isolados tenha o controle do carro ao se aproximar de semáforos, observe se há estranhos nas proximidades, diminua a velocidade do veículo ao se deparar com um sinal fechado, controlando para que não haja necessidade de parar totalmente o veículo.
ANDRÉ SALINEIRO é Agente da Polícia Federal. Bacharel em Direito e Fisioterapia. Pós-graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduado em Direito Penal e em Direito Processual Penal. Especialista em: Violência, Criminalidade e Prevenção; Sistemas e Gestão em Segurança Pública; Análise Criminal; Uso da Informação na Gestão da Segurança Pública. Membro e palestrante do G.P.R.E.D (Grupo de Prevenção ao Uso de Drogas da Polícia Federal). Conselheiro comunitário de prevenção ao uso de drogas. Autor do livro: Gestão Estratégica em Segurança Pública. C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 63
CINEMA
CINEMA, VERÃO E FÉRIAS U
ma das coisas que combinam com verão e férias é o cinema. Existem vários filmes que retratam essa estação do ano e tudo o que ela representa. O verão sempre é relacionado a férias e descanso. Geralmente em lugares paradisíacos ou bucólicos. Pode aparecer em filmes de comédia, drama, romance ou terror. Imagens de dias ensolarados e céu azul. Nada melhor do que ir assistir um filme em uma tarde ensolarada, despreocupado. Entrar na sala escura, segurando um balde de pipoca e curtir o último lançamento. O verão é o período que os grandes estúdios lançam os chamados “blockbusters”, filmes de grande orçamento, voltados ao público infanto-juvenil com o objetivo de vender milhões de ingressos. Não é à toa que esses filmes também são chamados de “filmes de verão”. O primeiro a usar o verão como forma de impulsionar as vendas dos ingressos logo no lançamento foi o filme “Tubarão”, de Steven Spielberg. A partir de então as produtoras sempre apostavam qual seria o grande lançamento do verão. O termo surgiu devido às filas que se formavam em volta das quadras, com pessoas querendo assistir o sucesso do momento. Esse ano, a película mais esperada é o novo filme da franquia Guerra nas Estrelas: “Star Wars – O Despertar da Força”.
por AIRTON RAES Jornalista, produtor audiovisual e cinéfilo. airtonraes@gmail.com
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SWIMMING POOL – À BEIRA DA PISCINA (2003) DIREÇÃO: FRANÇOIS OZON Sarah Morton (Charlotte Rampling) é uma escritora inglesa cujos romances policiais conciliam sucesso de vendas e prestígio junto à crítica. A convite de seu editor, ela viaja para a casa de campo dele, na Provence francesa, onde supostamente vai encontrar a tranquilidade necessária para escrever seu mais novo livro. Mas a paz de Sarah é interrompida com a chegada de Julie (Ludivine Sagnier), a filha do editor, uma adolescente linda e cheia de vida por quem a escritora sentirá uma grande e estranha atração.
TOMBOY (2011) DIREÇÃO: CÉLINESCIAMMA Laure (ZoéHéran) é uma garota de 10 anos, que vive com os pais e a irmã caçula, Jeanne (MalonnLévana). A família se mudou há pouco tempo e, com isso, não conhece os vizinhos. Um dia, Laure resolve ir à rua e conhece Lisa (Jeanne Disson), que a confunde com um menino. Laure, que usa cabelo curto e gosta de vestir roupas masculinas, aceita a confusão e lhe diz que seu nome é Mickaël. A partir de então ela leva uma vida dupla, já que seus pais não sabem de sua falsa identidade.
SEXY BEAST 2000 DIREÇÃO: JONATHAN GLAZER Gail (Ray Winstone) é um gângster que resolveu se aposentar da sua vida de crimes e partir em férias com sua esposa Deedee (Amanda Redman) e seus amigos Atich (Cavan Kendall) e Jackie (Julianne White) para a Espanha. É lá que Gail encontra Don Logan (Ben Kingsley), um homem que deseja que ele participe de um grande assalto em Londres e que não aceita um não como resposta. A insistência de Logan é tanta que acaba fazendo com que Gail perca a tranquilidade e retome a paranóia de sua vida de gângster.
AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL 2012 STEPHEN CHBOSKY O solitário Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.
BEIJE QUEM VOCÊ QUISER (2002) DIREÇÃO: MICHELLE LEBLANC Mulher rica e entediada vai passar as férias em hotel de luxo na praia. Um casal amigo, para ajudá-la, tenta acompanhá-la, mas não tendo dinheiro para se hospedar no mesmo hotel e tentando manter as aparências, se hospeda num camping próximo. Através de situações muito cômicas, não deixam que a amiga perceba a situação de pobreza deles. Outros personagens vão se agregando à trama, que discute com muito humor e sarcasmo temas como traições conjugais, status social, paixões e valores atuais da sociedade.
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DECORAÇÃO
Ambiente aconchegante, confortável e ao mesmo tempo cheio de personalidade para o bebê. por KÁTIA KURATONE • foto HIGOR BLANCO
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chegada do bebê em casa é um momento muito especial para a família. Por isso, preparar o quarto dos sonhos do pequeno passa a ser um grande desafio para os papais e, principalmente, para as mamães!
que é da avó, nos quadros que têm a arte feita pelos pais e em alguns objetos confeccionados pela avó. Tudo isso ajudou a criar a atmosfera intimista e espelhada na família”, explica.
É muito amor e ansiedade envolvidos para fazer as escolhas de móveis, acessórios e o enxoval. Neste momento poder contar com ajuda de um profissional da área faz toda a diferença.
Trabalhar com quartos atemporais, que aliem o bemestar do bebê com funcionalidade, sofisticação e que expressem a personalidade dos pais, é uma especialidade do Studio It Decor. “O projeto só fica completo com a ajuda de um profissional, tanto para definir o melhor layout, quanto para elaboração do conceito do quarto, escolha de cores, objetos, iluminação, marcenaria, gesso e tudo isso casar com os detalhes de decoração, como almofadas, quadros, objetos e escolha de móveis. O quarto do João, em especial, foi pensado nos pequenos detalhes e isso tudo faz uma grande diferença para o resultado do projeto. O enxoval foi todo confeccionado em shantung de seda branco e cinza e bordado à mão com guipir. O brasão, também bordado com a inicial do nome, confere muita sofisticação e personalidade ao enxoval”, enumera.
A designer de interiores do Studio It Decor, Thaysa Canale, nos apresenta um quarto idealizado e projetado para ser aconchegante, confortável e ao mesmo tempo cheio de personalidade para a chegada do príncipe João. “A proposta principal do quarto era criar um espaço que fosse sereno, aconchegante, aliado à sofisticação da mistura do estilo clássico com contemporâneo. Começamos a idealizar o ambiente, considerando tudo aquilo que expressasse um pouco do sentimento dos pais no espaço. Isso pode ser visto nas cores definidas, que são as preferidas dos pais, nos objetos escolhidos que misturam peças de família com objetos adquiridos, na poltrona, 6 6 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
CORES Segundo a designer, hoje não existe mais uma regra na hora de escolher as cores do quarto. “Atualmente não temos mais restrição de cores, temos uma palheta enorme de tons. O importante é saber como utilizá-las, lembrando sempre que ali é um lugar que deve propiciar descanso, relaxamento e tranquilidade. No quarto do João utilizamos um tom de cinza nas paredes e nos tecidos, por ser a cor preferida dos pais, que são bastante monocromáticos.” Também foi utilizada pela designer uma palheta mais suave de cinza. “Esse tom dá a sensação de aconchego. Já a mistura com o branco e com o azul água em objetos pontuais, foi para dar um colorido ao quarto, que resultou em suavidade e sofisticação, modernidade e tranquilidade.” Thaysa revela que os tons mais pedidos pelos pais são os neutros, que variam do branco, rosa chá, azul tiffany, cinza e bege. “Esses são os preferidos”.
ILUMINAÇÃO A iluminação do quarto do bebê é um detalhe importante, que faz toda a diferença tanto para deixar o ambiente mais aconchegante quanto para o sono mais tranquilo. Ela deve ser muito bem pensada para que possa trocar as cenas, evidenciar objetos e ser funcional para os pais poderem ter uma boa iluminação quando for necessário. “No quarto do João, o projeto luminotécnico foi pensado para criar cenas suaves que evidenciassem os objetos. Não utilizamos peças no teto, porque queríamos dar essa sensação de limpeza. Usamos a iluminação com dicroicas no armário e trocador, o que ajuda na reprodução de cores e é dimerizável (capacidade de controlar eletricamente o consumo ou a intensidade luminosa), ajudando os pais nas trocas noturnas, já que podem optar por uma luz mais forte ou bem suave. Também optamos por um abajur na mesa lateral para auxiliar a mãe no momento da amamentação.” C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 67
DECORAÇÃO
ILUMINAÇÃO Todos os acendimentos do quarto do João são separados, para criar diferentes cenas, e dimerizados, para os pais poderem optar pela intensidade que gostariam em cada situação. “Esse é um ponto que consideramos em todos os projetos que executamos, para dar esse conforto pela iluminação que contribui muito para o sucesso ou não de um projeto”, ressalta.
MÓVEIS E ACESSÓRIOS POLTRONA. A escolha do tecido da poltrona foi em conjunto com todo o restante do enxoval. “Escolhemos um tecido com uma padronagem diferente para a almofada da poltrona e para a peseira, que mistura o branco e o cinza. Já a almofada de amamentação é toda branca para realçar o tecido estampado. A escolha da cor também levou em consideração a praticidade de um poltrona que não suje tanto como as que são brancas.”
QUADROS. O porta-maternidade foi criado por nós e todo bordado com cristais cinza fumê. A arte dos quadros da parede foi criada pelos pais, conferindo uma identidade ao quarto. 6 8 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
ACESSÓRIOS Os objetos, como kit de higiene em prata, bandejas e objetos de decoração em prata, murano e velas, conferem sofisticação ao ambiente. Os ursos confeccionados à mão, com tecidos exclusivos, para combinarem com os tons do quarto, dão a carinha infantil e ao mesmo tempo vintage ao ambiente.
O dossel (peça que fica presa ao mosqueteiro) foi desenhado pelas designers do Studio It Decor e entalhado em madeira maciça. O painel atrás da cama foi todo confeccionado em placas de madeira forradas em tecido swed cinza. Na parede foi utilizado um trabalho chamado de Boiseries, que são trabalhos clássicos em gesso na parede, porém com uma nova roupagem, mais moderna, criando quadrados, molduras em todos os lados e deixando com uma cara mais masculina.
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CASAMENTO
O verão está chegando e com ele aquele bando de projetos que rondam a nossa cabeça todos os anos nesta época – férias, praia, emagrecer, malhar, biquini, ficar morena, sarada, etc. Mas pra quem está de casamento marcado, o “projeto noiva” já começou bem antes.
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por JULIANA FERREIRA
M
arcar a data do casamento funciona quase como uma chave na cabeça dos noivos, tipo “agora é hora de emagrecer”. Como geralmente organiza-se o casamento com, no mínimo, um ano de antecedência, o prazo é mais que suficiente para o casal correr atrás do “corpo ideal” (ou algo próximo disso) para subir ao altar. O mais comum é pegar firme na academia – com personal trainer ou não – e controlar a alimentação. Afinal, a pessoa investe tanto na festa que precisa, pelo menos, cuidar da própria aparência. Mas o #projetonoiva vai muito além e varia conforme a cabeça de cada uma. Entram aqui também acompanhamento com nutricionista, clareamento dental, RPG (reeducação postural global), limpeza de pele, implante de próteses de silicone nos seios, aplicação de varizes, alisamento no cabelo, retoque de luzes, dermopigmentação de sobrancelhas, entre muitas outras milhares de opções para deixá-la ainda mais bonita e radiante no grande dia. No meu caso, que me casei em outubro, comecei meu “projeto” no começo daquele ano. E fiz quase todos os procedimentos que citei acima (noiva neurótica?!). Deixei de lado apenas a depilação definitiva que, na época, faltou orçamento (e coragem) pra fazer. O que isso acrescentou na minha vida? Bom, além do resultado dos procedimentos feitos, me ajudou a canalizar a ansiedade e também a vivenciar um pouco mais da fase de organização do casamento, já que a festa passa muito rápido. Um #projetonoiva surpreendente, que acompanhei bem de perto, foi o da arquiteta Débora Nunes, que se casou no dia 14 de novembro. Quando ela começou a namorar o Mário, pesava 52kg e assim se manteve por um bom tempo. Após um tratamento com cortisona, chegou a pesar 78kg, isso tendo 1,60 de altura. Foi quando os problemas de saúde causados pelo sobrepeso vieram, junto com o pedido de casamento surpresa. Desse dia em diante Débora decidiu que mudaria seu corpo drasticamente, por dentro e por fora. Ela procurou ajuda médica para corrigir sua alimentação, passou a tomar suplementos vitamínicos e buscou exercícios físicos que a motivassem a alcançar sua meta.
COMO GERALMENTE ORGANIZA-SE O CASAMENTO COM, NO MÍNIMO, UM ANO DE ANTECEDÊNCIA, O PRAZO É MAIS QUE SUFICIENTE PARA O CASAL CORRER ATRÁS DO “CORPO IDEAL” (OU ALGO PRÓXIMO DISSO) PARA SUBIR AO ALTAR. AFINAL, A PESSOA INVESTE TANTO NA FESTA QUE PRECISA, PELO MENOS, CUIDAR DA PRÓPRIA APARÊNCIA.
Praticando Muay Thai desde então, intercalado com outros estímulos aeróbicos – inclusive aos sábados e domingos – ela subiu ao altar com 22kg a menos, redução de 3 números no manequim e uma vida bem melhor. Nesse meio tempo ela também fez redução nos seios, um sonho desde menina. Ou seja, uma nova mulher em todos os aspectos. Já a noivinha Yasmin Cerenza, que vai se casar com o personal trainer Lucas Paniago, tem ainda mais motivos e estímulos para seguir firme no ‘projeto’. Junto com o amado, ela pratica musculação, crossfit, treinamento funcional, aeróbico e calistenia, uma modalidade que une movimentos ginásticos e controle corporal. Pra finalizar este texto, deixo uma dica para as noivinhas que estão firmes no projeto, como eu fui, a Débora passou e a Yasmin está vivendo. Não descuidem da aparência e da “dieta” depois do casamento (deixei sublinhado que é pra chamar bem a atenção de vocês). A gente sabe que a mudança na vida dos recém-casados é muito grande e a tendência desse “turbilhão de emoções” é descontar na comida. Além do fator de que a maioria dos programas a dois envolve comilança. Daí, já viu: a gente perde o foco, a determinação e volta a engordar. Digo isso por experiência própria. Agora, com dois anos de casada, quase 32 anos nas costas e o metabolismo começando a ficar mais lento, tento me manter firme no #projetoesposa, 365 dias por ano. Se a maioria dos mortais sabe o trabalho que dá pra emagrecer, porque passar pelo perrengue de novo? #ficaadica C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 73
VIAJE BEM
MALA SEM ALÇA TAMBÉM EMBARCA O segmento aéreo atingiu definitivamente o status de transporte de massa na última década. De acordo com a estimativa do Governo Federal, nesta segunda quinzena de dezembro e na primeira de janeiro, pelo menos 17 milhões de pessoas vão cruzar os céus do país e transitar pelos 15 principais aeroportos. Com essa multidão indo pra lá e pra cá, incidentes são inevitáveis e conflitos, então, nem se fala. Principalmente os causados por aqueles tipos de passageiros classificados como mal educados. 7 6 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
O
s casos clássicos são: daquele passageiro que acende cigarro no banheiro da aeronave, do outro que agride tripulante, tem o que entra em coma alcoólico, o que dá beijos fogosos ou tem relações mais intimas ali mesmo nas poltronas da aeronave, e por aí vai... São relatos como o de um brasileiro a bordo da American Airlines, na rota Miami - São Paulo. Ele resolveu reclinar sua poltrona pra dormir. O passageiro de trás reclamou, porque não conseguia assistir a TV. Daí, o da frente se recusou a retornar o assento e o “diálogo” acabou em ofensas e pancadaria. Houve alvoroço, pânico geral e os dois foram imobilizados. Desembarcaram em Guarulhos algemados e foram levados direto pra Delegacia de Polícia. Em outro voo, da Delta Airlines que saía do Rio para Atlanta, nos Estados Unidos, um casal de brasileiros resolveu discutir a relação a bordo. Como o papo evoluiu para tapas e arranhões, o piloto se viu obrigado a voltar para o aeroporto de origem e a Delta cancelou o voo com 223 pessoas a bordo, que tiveram de ser reacomodadas em voos do dia seguinte, após pernoite e alimentação por conta da companhia aérea.
COMO O NÚMERO DE PESSOAS QUE NÃO SABEM SE COMPORTAR A BORDO TEM AUMENTADO, É MUITO INTERESSANTE FAZERMOS UMA AUTO AVALIAÇÃO DE COMO NOS PORTAMOS NESSE AMBIENTE. AJO COMO SE ESTIVESSE EM MINHA CASA, ENTRE AMIGOS ÍNTIMOS, OU LEVO EM CONSIDERAÇÃO AS NOÇÕES BÁSICAS DE CONVÍVIO? DE UMA COISA VOCÊ PODE TER CERTEZA, NADA JUSTIFICA COLOCAR EM RISCO O OBJETIVO DE UMA VIAGEM.
Num voo da Alitalia, um grupo de adolescentes brasileiros decidiu “subtrair” o colete salva-vidas que fica debaixo das poltronas da aeronave. O comandante da tribulação comunicou o fato às autoridades em terra, que montaram, em Guarulhos, uma operação de revista para recepcionar os 300 passageiros do voo. A GFK, famosa empresa alemã de estudos de mercado, a pedido da gigante Expedia - site de venda de serviços de viagens-, realizou uma pesquisa sobre etiqueta a bordo para identificar os tipos de passageiros que mais extrapolam no comportamento. Em primeiríssimo lugar, criança que chuta o encosto da poltrona da frente, ou que se comporta como se estivesse brincando no quintal de casa, aos gritos. Tudo isso, diante dos pais que nada ou pouco fazem para detê-la. Em segundo, aquele passageiro não muito adepto de uma boa higienização corporal. Sem o menor constrangimento, tiram calçados e meias, não se incomodando com os odores. Na sequencia, vem o passageiro barulhento, que fala aos berros e ri descompassadamente, causando incomodo aos ouvidos alheios, ou compartilha histórias pessoais com todos dos assentos vizinhos. C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 77
COMPORTAMENTO
A lista segue com o bêbado que incomoda e tira a paz do avião inteiro; O que vai ao banheiro de dois em dois minutos; O tagarela que conversa até sozinho e o apressado furador de fila ao desembarcar. A mesma pesquisa traz um capítulo exclusivo para o item “reclinação da poltrona”. Por incrível que pareça, um terço dos entrevistados gostaria que as poltronas fossem fixas ou com movimentos restritos em determinados horários do voo, enquanto outro terço somente reclina o assento para dormir; 13% reclinam somente se o passageiro a sua frente reclinar, causando o efeito dominó; 26% se declararam vingativos, ou seja, só reclinam a poltrona a fim de punirem o comportamento grosseiro do viajante da poltrona de trás. E 10% atestaram que imediatamente ao sinal luminoso se apagar, reclinam durante toda a extensão do voo, mesmo que o passageiro de trás seja uma grávida, um obeso ou tiver as pernas muito longas. E para finalizar tão reveladora pesquisa, 1% dos entrevistados afirmaram que já mantiveram aquela relação mais “intima” a bordo. Independente de qual seja a classificação do passageiro mal educado, esses episódios acabam trazendo grande desconforto e stress aos demais viajantes e também têm causado prejuízo às companhias aéreas, que variam de 10 mil e 200 mil dólares por incidente.
Como o número de pessoas que não sabem se comportar a bordo tem aumentado, é muito interessante fazermos uma auto avaliação de como nos portamos nesse ambiente. Ajo como se estivesse em minha casa, entre amigos íntimos, ou levo em consideração as noções básicas de convívio? De uma coisa você pode ter certeza, nada justifica colocar em risco o objetivo de uma viagem. Afinal ninguém sai de casa sem um bom motivo e, mala sem alça, não merece jamais embarcar.
por ADRIANO DE OLIVEIRA Consultor de viagens adrianoaao@gmail.com
10% ATESTARAM QUE IMEDIATAMENTE AO SINAL LUMINOSO SE APAGAR, RECLINAM DURANTE TODA A EXTENSÃO DO VOO, MESMO QUE O PASSAGEIRO DE TRÁS SEJA UMA GRÁVIDA, UM OBESO OU TIVER AS PERNAS MUITO LONGAS. E PARA FINALIZAR TÃO REVELADORA PESQUISA, 1% DOS ENTREVISTADOS AFIRMARAM QUE JÁ MANTIVERAM AQUELA RELAÇÃO MAIS “INTIMA” A BORDO.
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CULTURA
ALICE HELLMANN Assim mesmo. Só um nome. Título escolhido porque define. Alice gosta do sobrenome alemão. Hell significa claro, iluminado, luminoso, vivo, límpido e mann é o mesmo que homem, cara, rapaz em português. Juntas, hellman, denotam homem de luz. Explicação feita logo que a artista de 24 anos chega para a entrevista que tem a pretensão de traçar o perfil de alguém brilhante, assim como consta em sua certidão. por FERNANDA MONTEIRO
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“A PINTURA DECORATIVA TRAZ COR PARA A VIDA DA PESSOA. A ARTE URBANA VAI PEGAR”.
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riada numa chácara em Campo Grande, já aos 7 anos fez sua primeira pintura a óleo. Gostava de desenhar cavalos e tuiuiús, mas queria ser artista da madeira, ou seja, marceneira. Alice é filha de mãe corretora, pai engenheiro agrônomo e irmã de 5 geeks, como ela os define. “Sou a mais guri da trupe”. Deve ser por isso que aos 12 anos a moleca escolheu o skate como transporte, e equilibrar-se numa prancha se tornou apenas uma de suas marcas registradas. Foi também nessa fase que adquiriu sua primeira lata de spray. “É só apertar e espirrar”, explica alguém para quem a arte é muito natural. O novo estilo de vida ao lado do grafiteiro e amigo Mareco destoava da imagem de “patricinha”. Mas Alice é assim mesmo, sem rótulos e demais de despretensiosa.
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CULTURA
Alguns anos no rolê, se dedicando às amadoras intervenções urbanas, levaram-na à formação em Artes Visuais pela UFMS. Até que um concurso municipal na Praça Ary Coelho, intitulado Grafite de Natal, em 2011, projetou a arte da jovem Hellmann. Contrariando as expectativas, ela ficou em 3º lugar e imprimiu sua mensagem com a provocação “Quem tem olhos pra ver, veja”. Outros trabalhos surgiram dessa experiência e Alice fez uma intervenção em uma lona do Movimento Sem Terra (MST), um life paiting na UCDB e decorou o container do Renato Lanches na Rua Amazonas. Inclusive, antes dessa entrevista ela estava dando uma hipada num food truck no bairro Buriti. “A pintura decorativa traz cor para a vida da pessoa. A arte urbana vai pegar”, antecipa. O boom dessa forma de expressão veio há mais ou menos 3 anos assinado por referências nacionais, como Alice Pasquine, Enivo, Crânio, Os Gêmeos e regionais, como Verme, Mareco, Ópio, Tofu, Curumex e Natacha Miranda. Talentos, na definição de Alice, que vêm elevando o grafite à arte de rua e também oxigenando a arte contemporânea. Conceitos que ela melhor vislumbrou num evento em Londres, onde participou do Graffiti Sessions e foi chamada para a ação, estampando a marca da grafiteira com pegada de artista plástica em dois muros londrinos. Por aqui, Alice Hellmann ainda pretende pintar um
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prédio inteiro. Não pela exibição gratuita, mas pela complexidade e grandiosidade do projeto. Aliás, outra realização da artista passa por uma proposta social de envolver adolescentes com arte e educação. Maneira comprovada de formar personalidades e, quem sabe?, novos artistas. Coisa de gente iluminada...
FOTO ELIS REGINA
COMPORTAMENTO NONONOO
JUNTOS E NOS NO AMOR NEGÓCIOS Parceira pode ser, sim, positiva para o casamento. por TATHIANE PANZIERA
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xistem casais que seguem tão bem a linha do “carne e unha” ou “feitos um para o outro”, que de tão parecidos fazem o relacionamento parecer ter saído de um conto de fadas e durar décadas. Pois é, é assim com João Paulo Soares Grabalos, 32 anos, e Érica Eiko Tome Sinzato Grabalos, 35 anos. João e Érica se conheceram em Goiânia, jogando basquetebol, a primeira atividade compartilhada pelo casal, e estão juntos há nove anos.
filho nasceu. “A vontade de ter um negócio próprio sempre existiu, porém quando tivemos o nosso filho, há quase três anos, percebemos a oportunidade pelas poucas opções no mercado local/regional direcionado para bebês, então antecipamos o empreendimento”, lembra Érica.
João é profissional de Educação Física e trabalhava em uma empresa da família que presta serviços de segurança. Érica é terapeuta ocupacional e também profissional de Educação Física, a segunda atividade compartilhada pelo casal. Trabalhava com reabilitação de deficientes e como docente no ensino superior.
Quando definiram o segmento do empreendimento, o casal trocou Goiânia por Campo Grande, estudou o mercado que encontrariam na capital de Mato Grosso do Sul e abriram juntos, há pouco mais de um ano, a “Celeiro Pedroca e Jujuba”, a terceira atividade compartilhada pelo casal. “Eu vim primeiro para a cidade, estudei as oportunidades, os locais, fiz diversos cursos neste período, orçamentos, etc. Em seguida, repassei tudo para o João, que me apoiou e estudou todo o negócio junto comigo e logo viemos de mudança”, conta Érica.
João e Érica sonhavam em ter o próprio negócio e a escolha pelo campo de atuação veio quando o primeiro
Por terem uma boa sintonia, obviamente o casal não teve problemas em levar as duas parcerias, correto?
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VOCÊ SABIA?
Érica conta que o começo foi de bastante cuidado, para que uma rotina não interferisse na outra. “Uma das dificuldades é que precisamos ter um equilíbrio, principalmente no convívio que se mistura com o pessoal/profissional do trabalho e em casa, pois, se descuidarmos, o assunto fica somente relacionado ao trabalho. Outro problema é que, como todo negócio que se inicia tem suas dificuldades, nos revezamos para que sempre um de nós esteja na loja, com isso nossos compromissos sociais ficam comprometidos.” Hoje o casal aprendeu a conciliar o casamento e a empresa e conseguiu manter o equilíbrio nas sociedades. “Agora estamos lidando de uma maneira mais natural e sem muitas cobranças de ambas as partes. Conseguimos nos organizar com a rotina do trabalho, casa, casamento e filho de uma forma que não seja estressante para ninguém. Na medida do possível, priorizamos estar com nosso filho e com nossa família”, afirmou Érica.
• No Brasil e no mundo a média de empresas que têm perfil familiar é de 85%. • O ranking mundial de micro e pequenas empresas que têm perfil familiar fica assim: em 1º lugar está a Itália, com 95%; Brasil e Suécia aparecem em 2º lugar, com 90%; Alemanha vem em 3º, com 85%; em 4º lugar estão os Estados Unidos e a Finlândia, 80%; o 5º lugar do ranking é ocupado por Espanha e Inglaterra, com 75%; em 6ª colocação está Portugal, 70%; e em 7º lugar está a França, com 60% de empresas com perfil familiar.
Márcia elenca como chave para o sucesso da empresa: bom relacionamento, boa comunicação e profissionalismo. “Os problemas pessoais têm que ser resolvidos em casa, e os profissionais na empresa”, conclui.
Ainda, segundo Érica, a parceria “no amor e nos negócios” tem a confiança como fator positivo para as duas áreas. “A confiança que temos um no outro facilita o gerenciamento do trabalho. A compreensão do companheiro quanto à carga horária diferenciada de uma loja em um shopping, também é uma vantagem. Ainda tem a vontade de crescermos juntos, devido ao negócio ser da família, entre outros fatores.” Animados com os resultados já conquistados, o casal imagina, para um futuro próximo, estar com a equipe formada e com autonomia para conseguir ampliar o negócio com mais lojas. PALAVRA DE ESPECIALISTA De acordo com a consultora do SEBRAE, Márcia Bellé, a parceria “amor e negócios” pode dar certo. “No Brasil, 90% das Micro e Pequenas Empresas são familiares. É um tema tão comum que o SEBRAE possui soluções voltadas para empresas familiares e processos sucessórios”, explica a consultora. Os caminhos a serem seguidos são os mesmos que para qualquer empreendedor, o que não deve acontecer é permitir que as divergências pessoais sejam levadas para a empresa. Casais que se dão bem, que têm um bom relacionamento e uma boa comunicação, tendem a fazer com que a sociedade dure por mais tempo. Já há casais que se divorciam, por divergências particulares, e conseguem manter a sociedade. A regra geral é: quando o casamento termina a sociedade termina. O grande segredo é manter as divergências familiares distantes da empresa. C I N C O + | D E Z E MBRO 2 0 1 5 | 85
CULTURA
QUASE MEIO SÉCULO DE HISTÓRIA DOS CANTA-DORES DO PANTANAL... Há 48 anos, Grupo Acaba canta a fauna e a flora de Mato Grosso do Sul
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por CAROL ALENCAR
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uem conhece carandá, quem conhece kamalote, quem conhece tarumã... é do Pantanal”... a letra, inconfundível nos remete a um genuíno conhecido, com raízes e claro, memórias de um Pantanal que vivemos, respiramos e conhecemos afinco. A música, do Grupo Acaba, permeia os ouvidos sul-mato-grossenses há pelo menos, 48 anos. Fundado em 1968, Acaba faz música regional raiz, única em Mato Grosso do Sul. Foi criado com o objetivo de divulgar, pesquisar e desenvolver o folclore do Estado. As letras - coletivas e individuais - abordam o Pantanal e o homem pantaneiro, a fauna e a flora da região. Os debates inseridos nas composições passeiam pela defesa de cultura e do meio ambiente. Sempre vestidos de branco, o grupo que começou com 5 integrantes fixos – cantores e compositores e mais de 8 músicos de apoio, hoje se apresenta com apenas quatro dos que fundaram e tem uma identidade própria. A quem foi ao Festival América do Sul Pantanal, realizado em junho deste ano, pode ter uma noção do que o Acaba representa, musicalmente falando, para nosso Estado. Dizem que seu show, em Corumbá, foi uma verdadeira viagem pelo maravilhoso mundo pantaneiro. “Este show foi uma alegria muito grande de rever nossos conterrâneos de Corumbá, Albuquerque e Porto Esperança e participar desta festa que é um congraçamento latino-americano que une culturas. Um grande sonho de participar de uma liberdade musical com a nossa expressão da cultura”, ressaltou um dos integrantes do grupo, Chico Lacerda. Além de Chico e Moacir, se apresentaram com o grupo os músicos Adriano Praça (sax, voz e efeitos), Vandir Barreto (violão, craviola e voz), Jairo Lara (violão e voz) e Luiz Porfírio (baixo acústico e voz). Conhecidos como “Canta-Dores do Pantanal”, o Acaba é um dos grupos de Mato Grosso do Sul com maior ligação com a cultura pantaneira. Dois dos integrantes do conjunto, os irmãos Chico e Moacir de Lacerda, nasceram em Porto Esperança, no meio do Pantanal. Prestes a completar meio século de trajetória, o grupo não é daqueles que se apresenta semana sim, semana não nos palcos da vida. Eles, os integrantes, tem outras profissões e seguem paralelos na musicalidade que lhes foi destinado. “Cantamos o Pantanal desde quando retratar o Pantanal era uma maneira pejorativa e não existia
esse orgulho que se tem hoje. Fundamos o grupo justamente para trazer a proposta de cantar nossa terra, nossas raízes, que de fato, fazem parte da gente até hoje”, explica Chico. Sobre as composições marcantes, que não tem um mato-grossense ou sul-mato-grossense que não saiba ‘decor’, Chico resume: “a gente quis universalizar a nossa aldeia e não ficar preso ao lado pitoresco da coisa... ficamos do lado da contemplação, da alma pantaneira, analisando o homem, a ecologia....acho até que fomos um dos primeiros a retratar em nossas canções, a fauna e flora deste Pantanal”. Ao todo, somam-se 3 DVDs, 3 CDs e 5 LPs; fora dezenas (isso mesmo!) de participações em outros discos. A discografia rica e ímpar do Grupo Acaba é inconfundível a quem, ao menos, entenda do folclore regional. Fora isso, o grupo realizou um mapeamento musical do Estado, com cerca de 75 músicas que faz uma viagem cultural de Mato Grosso do Sul. O Grupo, que sempre se apresenta de vestimenta branca, segundo Lacerda é uma menção à Paz universal e a Paz do Pantanal – fauna, flora e do homem pantaneiro, só subiu ao palco de preto, em 1995, em protesto às usinas de álcool que iriam ser instaladas no Pantanal. “Em quase 50 anos, aquela foi a única vez que subimos de preto; porque se fossem instaladas as usinas, iriam prejudicar muito a nossa flora, e resolvemos protestar dessa maneira”, conta. Quanto ao grupo acabar é uma constatação caluniante. Chico ressalta que enquanto houver disposição e convites para shows, eles irão se mobilizar para subir ao palco e cantar sobre as belezas do nosso Pantanal. “Essa possibilidade de acabar não existe, enquanto pudermos carregar a bandeira e a nossa proposta que desde o início foi concretizada, de cantar as belezas pantaneiras, questões indígenas e nossas sobrevivência, estaremos lá”. QUASE 50 ANOS DE HISTÓRIA Sobre os 50 anos do Grupo Acaba, Chico diz que está esperançoso em contemplar os seguidores e fãs com uma homenagem a altura. “A gente fez dos 40 anos e tudo indica que faremos um DVD especial de 50 anos sim, vamos caminhar e batalhar para isso”. Já sobre apresentações constantes, o grupo, que esteve parado por quase 12 meses, diz que por falta de incentivo aos grupos locais e fomento a apresentações da música regional, eles ficam no aguardo de convites.
COMPORTAMENTO
COROA 9 0 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
METADE Um site de relacionamento para quem tem mais de 40 anos.
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COMPORTAMENTO por MARINA BASTOS • foto ARQUIVO PESSOAL
O
jornalista e escritor Airton Gontow resolveu dar uma força às pessoas maduras e solitárias na busca da cara metade. Ele criou o site de relacionamento Coroa Metade, concebido a partir de sua própria experiência e de alguns amigos, após a separação. Era fácil encontrar companhia para sair sem compromisso, porém difícil topar com alguém disposto a um relacionamento sério. E isto continua valendo para homens e mulheres, já que pessoas mais velhas quase sempre trazem junto o pacote formado por ex-mulher (ou ex-marido) e filhos, o que costuma assustar pretendentes. Gontow fez uma parceria com a Namoro Online e lançou o site de relacionamento para quem tem mais de 40 anos. “Devo muito aos primeiros usuários. A primeira pessoa que se inscreveu, uma engenheira, não podia encontrar ninguém para conversar. Afinal, era a única no site”, lembra. A divulgação feita em programas de rádio e TV, jornais e outros sites, além da recomendação de usuários, fez o site crescer. Hoje, dois anos depois, são 22,5 milhões de páginas vistas por 2 milhões de visitantes. Coroa Metade reúne 80 mil cadastros, sendo 53% homens, e contabiliza bons resultados, como 27 casamentos, muitos namoros ou pelo menos boas amizades. Nem todos os inscritos comunicam seu status, mas muitos escrevem e as conquistas são comemoradas. Como a mensagem assinada por um professor de universidade paulista, que chegou quando o site tinha apenas dois meses de vida, emocionando Gontow. “Meu nome é Mauro. Não sei se sou o primeiro caso. Mas queria lhe informar que ao menos um beijo já aconteceu graças ao seu site.” “Já temos dezenas de histórias de pessoas que saíram do site porque casaram ou porque estão namorando firme com alguém que conheceram no Coroa Metade. É gratificante. Digo sempre que devo ser um caso raro de empresário, porque festejo a cada cliente que perco”, afirma Gontow.
O Coroa Metade segue um modelo americano, em que as pessoas preenchem amplos cadastros antes de começar a teclar. O objetivo é traçar o perfil do(a) eventual parceiro(a) e com isso aumentar as chances de encontrar alguém compatível.
“O QUE VALE É O OLHAR, O CHEIRO, O TOQUE, O BEIJO, A ENERGIA. NÃO SOMOS MÁQUINAS. MESMO COM TODA A MECANIZAÇÃO DO MUNDO MODERNO, CONTINUAMOS A SER, FELIZMENTE, ABSOLUTAMENTE HUMANOS, EM BUSCA DE CARINHO E DE AMOR.” AIRTON GONTOW 9 2 | CINCO + | DEZEMBRO 2015
Entre tantas histórias com final feliz do Coroa Metade, está a de Vera Lúcia, 46 anos, pedagoga, criadora e administradora dos blogs Deficiente Ciente e Namoro Poderoso, e Hélio José de Faria, 60 aw nos, comerciante. Ela seguiu à risca a orientação do site nas questões de segurança e tomou a precaução de conferir todas as informações dadas pelo parceiro. Em seu perfil, foi absolutamente sincera. Escolheu a foto mais recente e em nenhum momento procurou “dourar a pílula”. Vera Lúcia sofreu um acidente aos 11 anos de idade e precisou amputar o braço direito. Ela não acreditava que pudesse encontrar um grande amor na internet, mas se surpreendeu: “Hoje posso comprovar que isso é verdade. Estamos casados, vivemos em Limeira, e somos muito felizes.” Shirlei Pires, 49 anos, e Paulo Sérgio Calábria, 50, hoje casados, também se conheceram no Coroa Metade. Ela não acredita em um único modelo de relacionamento e acha que pessoas maduras e bem resolvidas tendem a saber o que querem, sem rodeios e meias palavras. “Há aqueles que buscam relacionamento aberto e sem compromisso, o que não é errado, desde que ambos – homem e mulher – tenham a mesma opinião e a mesma clareza da relação”, diz. “Mas esse não era o meu objetivo. Eu buscava alguém para um relacionamento sério e estável”. E encontrou. Para Gontow, pessoas maduras podem não ter ainda claro o que querem, mas estão seguras do que não querem, o que ajuda muito a filtrar e cruzar informações entre os inscritos. Ele também argumenta que o site serve para aproximar as pessoas, mas o que continua importando é a hora do encontro real. “O
que vale é o olhar, o cheiro, o toque, o beijo, a energia. Não somos máquinas. Mesmo com toda a mecanização do mundo moderno, continuamos a ser, felizmente, absolutamente humanos, em busca de carinho e de amor.” SERVIÇO: www.coroametade.com.br oferece possibilidade de visualização por meio de assinatura gratuita. Para usar os serviços, como troca de mensagens, há assinaturas pagas, com valores variados, conforme o período de duração.
COROA METADE REÚNE 80 MIL CADASTROS, SENDO 53% HOMENS, E CONTABILIZA BONS RESULTADOS, COMO 27 CASAMENTOS, MUITOS NAMOROS OU PELO MENOS BOAS AMIZADES.
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COMPORTAMENTO
AS DELÍCIAS E AS RESPONSABILIDADES DE TER UM PET As famílias brasileiras têm mais cachorros do que crianças. Pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de 2013, estima que há 52,2 milhões de cães presentes em 44,3% dos domicílios do País. Outra pesquisa, também do IBGE, mostra que no mesmo período havia 44,9 milhões de crianças de até 14 anos. por SONIA NABARRETE
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omando gatos e outros bichos, a população de animais de estimação já chega a 106 milhões e movimentou R$ 16 bilhões em 2014. É um mercado em alta, alavancado pelas vantagens de se ter um pet. “Para as crianças, dá noção de responsabilidade, deveres, liderança, consequência e respeito. É um excelente estímulo para o desenvolvimento motor e criativo, já que são mais interativos que a maioria dos jogos e programas de TV, além de ajudar as mais tímidas a melhorar as relações sociais”, diz Adriano Afonso Mariscal, biólogo, mestre em Ecologia e adestrador pela Cão Cidadão. Para os adultos, além de ajudar nas interações sociais, os pets melhoram os quadros de depressão e outros problemas de saúde. A razão, segundo Adriano, seria o aumento de ocitocina, o hormônio do amor, que o contato com os animais produz. Em contrapartida a tantas coisas boas, animais de estimação também exigem cuidados, conforme lembra a médica veterinária e anestesista Ligia Moraes. “A aquisição de um animal é uma decisão importante, uma vez que por volta de 10 a 15 anos esse bichinho será parte da família. Ninguém pensa que terá um compromisso todos os dias com a alimentação, que terá que providenciar um lugar para ele ficar quando for viajar, que terá despesas com veterinários e muitas outras coisas de ordem prática”, pondera. Antes de levar um animal para casa, a veterinária sugere avaliar o tempo que a família dispõe para dedicar-se a ele, se há espaço adequado para recebê-lo e se tem recursos para gastos inevitáveis, como ração, vacinas e cuidados veterinários. Só no ano passado, aos 21 anos, o estudante de administração Júlio Faber Zampieri realizou o sonho de ter um animal de estimação. “Antes não foi possível porque morávamos em apartamento ou porque todos ficavam fora o dia inteiro”, explica ele. Quando surgiu a situação adequada, junto com os pais procurou um cão para adotar. A eleita foi o filhote de vira-lata Janis, assim batizada por sugestão da sua namorada, Giovanna, em homenagem à cantora norte-americana Janis Joplin (1943-1970), já que a família é fã de rock. A cadela, escolhida em uma feira de adoção, mudou a rotina da casa. “Precisamos nos organizar pra atender às necessidades dela e tivemos muita coisa danificada, inclusive um banco de madeira que havia no quintal. Mas, aos poucos, com a ajuda de um adestrador, ela está sendo educada”, conta Júlio.
A AQUISIÇÃO DE UM ANIMAL É UMA DECISÃO IMPORTANTE, UMA VEZ QUE POR VOLTA DE 10 A 15 ANOS ESSE BICHINHO SERÁ PARTE DA FAMÍLIA. NINGUÉM PENSA QUE TERÁ UM COMPROMISSO TODOS OS DIAS COM A ALIMENTAÇÃO, QUE TERÁ QUE PROVIDENCIAR UM LUGAR PARA ELE FICAR QUANDO FOR VIAJAR, QUE TERÁ DESPESAS COM VETERINÁRIOS E MUITAS OUTRAS COISAS DE ORDEM PRÁTICA
Para ele, todo esse trabalho é compensador. “Chegar em casa é ter a certeza de ser recebido com muita festa, sem contar as novidades que a Janis aprende a cada dia e que acabaram por contribuir, ainda mais, para a interação da família.” A escritora Nanete Neves foi incentivada pelo filho, Arthur, a adotar um gato, quando ele mudou-se para o Rio de Janeiro. Há cinco anos, em visita a um gatil, apaixonou-se por um filhote negro com os olhos cor de carambola, que recebeu o nome de Machado, em deferência a Machado de Assis. “Machadinho tem sido meu companheirão. No começo, ainda bebê, ele pegava tudo o que era levinho para jogar no chão e sair correndo com a coisa. Eu precisava ficar atenta e esconder tudo o que pudesse quebrar. Logo comprei brinquedinhos para ele se distrair e a casa virou um parque de diversões de gato”, lembra Nanete que, um ano depois, recebeu do seu irmão, que estava muito doente, outro gato preto para cuidar, o Leon. “Desde então, uma coisa mudou definitivamente em minha vida: nunca mais fiz viagens longas. O zelador me ajuda a cuidar deles quando me ausento, contudo sou eu que não vejo a hora de voltar e matar saudade dos meus pretinhos.”
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COMPORTAMENTO
ESCULPINDO UM NOVO CAMINHO Os bois deram uma profissão, casa, sustento. Era a carreira segura num Estado onde a pecuária sempre garantiu destaque na economia. Mas a arte de esculpir bateu palmas na porteira. “Desde pequeno eu sabia que fazia, mas nunca tinha feito”, explica Marcos Rezende. Até que, para presentear o irmão psicólogo, o artista estreou. por FERNANDA MONTEIRO
O médico criador da Psicanálise, Sigmund Freud, ganhou contornos em apenas uma noite de trabalho e o resultado desse primeiro passo súbito rumo às artes foi uma constelação de personagens da história real ou da ficção. Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Manoel de Barros, Albert Einstein, Dom Quixote de La Mancha, Pablo Picasso, Alfred Ritchcock, Charlie Chaplin e Noel Rosa.
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Só pra mencionar alguns grandes nomes que você cita espontaneamente, na ânsia de acertar e ganhar pontos com a memória, quando se depara com as esculturas em plastilina ordenadas no ateliê de Marcos. Aliás, que ateliê! Um quintal florido, que dança ao som do não menos expressivo blues. Um local de trabalho inspirador, onde a arte escapa involuntariamente. Não é exagero descritivo, acredite.
O campo-grandense de 43 anos, há pelo menos 3 colocou a mão na massa, passando a esculpir todos os dias. Nesse processo que se mostra prazeroso, com tinta acrílica reproduziu a coleção de tatuagens de sua caricatura preferida, a do marinheiro Popeye. Também estão em gestação a rainha Cersei Lannister, de Game of Thrones, B. B. King e The Beatles. Todos eles sem valores monetários. A preocupação do artista agora é conhecimento. Fez cursos de retratação com Mario Pitanguy e Alex Oliver e pretende morar na Itália de Michelangelo. Na volta (ou não) ao Brasil, o sonho se estende a deixar definitivamente os bois pela arte. “Já pensou viver disso?”, suspira Marcos.
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CULTURA
‘SOU FERA, SOU BICHO, SOU ANJO E SOU MULHER’ Nos palcos, a curitibana Tacy de Campos dá voz à Cássia Eller em musical de fazer cantar e emocionar por PAULA MACIULEVICIUS
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emelhante na aparência, na voz, na personalidade. Tímida frente às câmeras, mas no palco Tacy de Campos surpreende já nos primeiros acordes. Curitibana, a cantora de 25 anos passou por Campo Grande com o espetáculo “Cássia Eller – O Musical”, em novembro, no Teatro Glauce Rocha. Em cartaz há 1 ano e meio, a apresentação remonta a trajetória da cantora cujas cortinas se fecharam tão cedo. Cássia se foi aos 39 anos, com duas décadas de carreira. “Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher”. Os versos de Renato Russo cantados por Cássia escancaram a personalidade das duas: Cássia e Tacy. Feras no palco e bichos arredios fora dele.
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A intérprete de Cássia Eller tem um vozeirão diante das luzes, mas cochicha na hora de falar de si. “Nunca fiz teatro, eu cantava, tocava violão nos bares”, diz quase num sussurro. Conhecida apenas entre os amigos e por quem acompanhava a banda “Os Marginais”, hoje ela fala que seu jeito foi sempre assim, apesar dos moldes pelos quais passou para subir ao palco. Selecionada dentre mil candidatas, Tacy foi escolhida a dedo. Não mandou material e nem fez inscrição. A produção do espetáculo a “encontrou” por acaso, em vídeos do Youtube. “Como eu fazia esse trabalho com a minha banda, frequentava alguns lugares e, um dia, um violinista de Curitiba me chamou para gravar um medley no canal dele do Youtube, apenas para constar como participação”, conta. Dali que ela foi vista e chamada. A jovem toca desde os 15 anos, mas profissionalmente apenas há quatro. A trajetória profissional na música tem mostrando que Tacy é quase sempre “achada”. Com a banda, em Curitiba, “Os Marginais”, também foi assim. “Eles me viram tocando uma música autoral num bar e acharam a voz parecida. Me convidaram para fazer um tributo. A proposta não é uma banda cover e sim um tributo”, enfatiza Tacy. O nome faz referência ao álbum de 1992 de Cássia Eller, “O Marginal”. Quando Tacy é só Tacy – As apresentações da banda estão paradas por conta da agenda do musical. Tacy tem rodado todo o País e deve voltar a tocar o projeto no final do ano, quando o espetáculo tira férias. “Se tornou um projeto mais alternativo mesmo, mas estou correndo atrás do meu som autoral, que devo lançar esse ano ainda.” O projeto ao qual se refere é um site com músicas autorais de rock, inspirado no ritmo oitentista, com uma pegada de blues. Ao mesmo tempo, quando para no Rio de Janeiro, onde mora atualmente, Tacy se apresenta com Diogo Viola, guitarrista do musical, em um show acústico, com canções do seu repertório autoral. Tacy considera que “está como atriz, mas não é”. Na entrevista, ela relata que se diverte no palco, mas não pretende seguir a carreira como atriz. Se ao se olhar no espelho ou se ouvir, percebe as semelhanças com Cássia, ela ri. “Acho que a voz pode até ser. Eu vim descobrir coisas semelhantes depois do musical, que ela tinha um jeito assim também...” – o que dá a entender é a timidez de Cássia e Tacy.
Os fãs de Cássia veem com nitidez, mesmo de olhos fechados, o quão parecidas elas são. Pelo jeito de ser, a simplicidade, timidez e doçura, ela mantém no palco a essência de Cássia Eller. O Show – O musical conta em canto e diálogos desde o início da carreira de Cássia, acompanhando toda a sua trajetória musical, lado a lado com a companheira Maria Eugênia, que criou o filho Chicão. Tacy não teve pudor de reproduzir a cena em que Cássia exibe os seios, no Rock in Rio. O espetáculo mescla sucessos de Cássia, Beatles, Renato Russo, Oswaldo Montenegro, Luiz Melodia, Cazuza, Frejat e Nando Reis em 39 canções. Começando com ‘Do lado do avesso”, o musical é focado mais no essencial, simples e teatral como era a própria protagonista.
No palco, apenas cadeiras, atores e músicos para dar voz à vida de Cássia ainda antes do início da carreira. Desde a primeira audição, onde Cássia passou por Oswaldo Montenegro para se apresentar em “Vejo você, Brasília”, até os músicos com quem dividiu a cena em São Paulo e no Rio de Janeiro. Personagens que cruzaram a vida de Cássia também entram em cena, com destaque para o grande amigo Nando Reis, cuja amizade aflorou quase no fim da vida de Cássia e a quem ele dedicou “All Star azul”. O musical passeia pela criação autoral de Cássia quase obscura, como “Flor do Sol” e chega até canções imortalizadas, como “Malandragem”, de Cazuza e Frejat. Quando as luzes se apagam, em 29 de dezembro de 2001, a narração sai dos versos de “O Segundo Sol”. “Não tem, não tem explicação, explicação. Não tem explicação, não tem, não tem...” C I N C O + | D E Z E MB RO 2 0 1 5 | 101
COMPORTAMENTO
PROJETO DE FOTOGRAFIA INCENTIVA AMAMENTAÇÃO EM ESPAÇOS PÚBLICOS Casal de fotógrafos cria o ‘Mamaço no Espaço’ no Instagram e mostra mulheres amamentando em lugares inusitados. por MARINA BASTOS • foto PROJETO MAMAÇO NO ESPAÇO
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É
difícil de acreditar, mas em muitos espaços, como restaurantes, parques ou metrôs, a amamentação não é vista com bons olhos. Algumas mães já foram convidadas a se retirar ou colocar um paninho sobre o seio. Pensando nisso, os fotógrafos Irmina Walczak e Sávio Freire idealizaram uma ação para naturalizar o aleitamento materno em espaços públicos em Brasília. Para mostrar que amamentar é normal, eles lançaram o projeto ‘Mamaço no Espaço’ no Instagram, que reúne imagens de mulheres dando de mamar em locais públicos da cidade. Os dois fotógrafos, que são pais de Yasmin, de quatro anos, e de Kajetan, de dois, acreditam que dar de mamar é um ato de amor que deve ser naturalizado. “Queremos fotografar em maior número de espaços possível para criar um mapa do mamaço na cidade”. A intenção maior da ação, de acordo com eles, é chamar atenção para a questão do direito da mulher amamentar em qualquer espaço e na hora que o bebê precisar, sem sofrer críticas ou qualquer tipo de constrangimento por isso. Nas fotos, as mães estão em lugares improváveis para a amamentação, como mercados, trânsito e aeroporto. Elas olham para câmera como quem encara, e não é à toa, de acordo com os fotógrafos que criaram o ‘Mamaço no Espaço’, é para chamar a atenção para o deslocamento que muitas mulheres sentem na hora de dar o peito. “Queremos revelar esse desconforto que os olhares e comentários hostis provocam nas mulheres. Muitas confessam fixar o olhar nos olhos do seu bebê em busca do esquecimento do ambiente constrangedor ao seu redor”, contou Irmina.
O projeto foi criado em Brasília, mas não está restrito à cidade, qualquer mulher pode participar. Nas fotos já publicadas eles divulgam data, horário e local dos próximos encontros, realizados sempre em Brasília. “Brasília que, neste caso, é um símbolo e representa todas as cidades brasileiras”, dizem. Veja todas as fotos em: https://instagram.com/mamaco_no_espaco/ QUASE METADE DAS MÃES BRASILEIRAS JÁ FORAM CRITICADAS POR AMAMENTAR EM PÚBLICO Uma pesquisa realizada com 13.300 mulheres de 10 países mostrou que 32% delas se sentem constrangidas com a amamentação em público. Apesar de aprovarem a amamentação em público, 47,5% das brasileiras disseram que já foram criticadas ou sofreram preconceito por esse gesto. Em seguida, aparecem as canadenses, onde 41% também se sentiram criticadas por amamentar em público. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro aprovaram leis que preveem a aplicação de multas para empresas que constrangerem mulheres que estiverem amamentando em público. O projeto dessa lei foi proposto após a turismóloga Geovana Cleres ser impedida de amamentar dentro do Sesc Belenzinho, em São Paulo. A lei prevê multa de R$ 500 para quem tentar impedir uma mulher de amamentar a criança em público. Em caso de reincidência, o valor dobra.
“MÃES ENCARAM A CÂMERA COMO UM PROTESTO CONTRA OS OLHARES E CRÍTICAS QUE AS CONSTRANGEM NA HORA DE AMAMENTAR EM PÚBLICO.”
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COQUETEL DO INSTITUTO AMIGOS DO CORAÇÃO EM COMEMORAÇÃO A COMPRA DA UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE
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1. ADRIANO DE OLIVEIRA, NANCINEIDE SILVA, DEP. EST. PEDRO KEMP E ESTEVOM MOLICA 2. SUELY E AGUINALDO FERREIRA 3. PEDRO KEMP, DR. ALBERTO COSTA, MIRGON EBERHARDT, ESTEVOM MOLICA E NANCINEIDE SILVA 4. FLAVIO FABRAO, AUDAX DIA RIBEIRO, LUCIANA KREUTZER, MARIA ALICE E PAULO DE MELO, EDUARDO E ELIANE FERZELI, YVELIZE E TANER GONÇALVES 5. TAIS EBERHARDT, CATILA SANTOS, TEREZA ORRICO, RANATA RAFAEL, ELIANE FERZELI E ELIANA LOSCHI 6. RIAD P. NIMER, YORK E MILENA CORREA, ESTEVOM MOLICA E JEFFERSON DE ALMEIDA 7. ADRIANO DE OLIVEIRA, ELIANE FERZELI, ESTEVOM
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MOLICA, TAIS EBERHARDT, ELIANE LOSCHI, TEREZA ORRICO, MIRGON EBERHARDT E CLEONICE POMPERMAIER SOLANGE E AUGUSTO MAURICIO WANDERLEY DR LUCIANO CHAVES E CARLO BATISTELLA LUIZ PEDRO SCALISE E ESTEVOM MOLICA ADRIANO DE OLIVEIRA E ESTEVOM MOLICA THEREZINHA E DR JORGE SELEM ANINHA ARRUDA E ESTEVOM MOLICA VER. EDUARDO ROMERO E ESTEVOM MOLICA ADRIANO DE OLIVEIRA, RAQUEL FERRARO E ESTEOM MOLICA ERIKA ARISTIMUNHO, ESTEVOM MOLICA E ANA CLARA TISSOT
ANDRÉ SALINEIRO LANÇA SEU NOVO LIVRO “COLAPSO ECONÔMICO”
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3. 1.CONSELHEIRA MARISA SERRANO 2. SENADOR RUBEN FIGUEIRÓ 3. ANDRÉ SALINEIRO 4. ESPOSA ISABEL SALINEIRO 5. HERMES E MARIA JOANA SALINEIRO 6. PROMOTORA PAULA VOLPE 7. FERNANDA E GUILHERME ZAHRAN 8. AUTOGRÁFO LIVRO COLAPSO ECONÔMICO 9. DEISE MONTEIRO, DEPUTADO MÁRCIO MONTEIRO, DEPUTADO RINALDO E VICENTE 10. FELIPE BARBOSA E KRICILAINE OLIVEIRA 11. VITOR OBEDE 12. BOSCO MARTINS, THERESA HILCAR E SÉRGIO KOBAYASHI 13. CARLOS ALBERTO DE ASSIS 14. AUTOR DO LIVRO COLAPSO ECONÔMICO ANDRÉ SALINEIRO
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REVISTA CASA PAROSCHI 1.
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ZELIO ALMEIDA E FREDERICO ALMEIDA REVISTA CASA PAROSCHI HENRIQUE ATTILIO, RODOLFO TRUSSARDI E ROSSANA PAROSCHI JAFAR ELIZETE FEITOSA E VIVIANE FEITOSA RENATA E LUANA DJ MARCELO NATUREZA NORMA RODRIGUES E LÁZARA LESSONIER VITOR, JAMIL, FELIPE E LEONARDO PAROSCHI PRISCILA BRUM E PRISCILA PRADO, ROSSANA PAROSCHI JAFAR E RODOLFO TRUSSARDI REJANE VIEGAS, CAMILA, SYNARA MIRANDA, MARIA ELIZABETH E ANA MUZZI HELBIO CASTELLO BRANCO E ESPOSA EQUIPE DE MÚSICOS ELVIS AMORIM PEDRO BAASCH E DORA RECALDES NORMA RODRIGUES, RODOLFO TRUSSARDI E JAMIL PAROSCHI JÚNIOR REGINA NUNES E ROSSANA PAROSCHI JAFAR HENRIQUE ATTILIO, PATRICIA FARACCO E DORA RECALDES
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o chique que cabe no bolso EDIÇÃO 2015 2.
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