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Edição 99 | Ano 9 | Junho/Julho | 2016
Edição 99 | Ano 9 | Junho/Julho | 2016
Academia Penélope Vida em movimento Pedro Silva e Jamelão De pai pra lho Edu Rejala estreia como colunista gastronômico Não é moda, é ceviche!
Rose Modesto As conquistas de ontem são as inspirações do amanhã.
editorial Transformar pensamentos, atitudes e/ou comportamentos é um grande desafio para nós brasileiros. Alguns já estão engajados neste processo há tempos, outros começam a perceber que é necessário expandir nossa capacidade de transformação, para vivermos em um mundo melhor, e muitos ainda precisam despertar para essa realidade. Nossa edição deste mês traz exemplos de pessoas que acreditam nessa mudança e, por isso, saíram à luta, seja por meio da educação, da política, dos direitos ou dos deveres dos cidadãos, da cultura, do comportamento, enfim cada um compartilhando o conhecimento e a experiência em prol de um objetivo: um mundo melhor. A escritora Rachel de Queiroz, por exemplo, escolheu a literatura e a dramaturgia para fazer a diferença. Ela foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Ruth Cardoso foi uma antropóloga engajada nos movimentos sociais, feministas e educacionais. Em nosso Estado, a professora Rose Modesto acredita que a educação é um caminho para mudanças positivas na sociedade. Ela foi a vereadora mais votada nas últimas eleições na Capital. Já ouviu falar na geração Millennial? Se não ouviu, provavelmente vai ouvir. Segundo uma pesquisa divulgada no Reino Unido, essa galera está focada na melhoria da sociedade. Conectados e cheios de atitudes, eles defendem o propósito de inovar e criar no ambiente de trabalho e na vida pessoal, basta dar espaço para eles. E por falar em criatividade, Nathalia Arcuri simplificou a maneira de conversar sobre educação financeira. Ela é criadora do blog “Me Poupe” e tem um canal no YouTube, em que fala sobre economia de uma forma inusitada e divertida. Confere lá! A corrupção tem sido destaque nos noticiários, nas rodas de conversas e foi tema de uma palestra para advogados e acadêmicos em Campo Grande. Os professores e juristas Márcio Antonio Magalhães Canedo e Marco Aurélio Borges de Paula, abordaram o tema com visões diferentes e provocaram a reflexão sobre o assunto, que é muito sério! A corrupção tem um lado positivo? Será que a corrupção é um comportamento tolerado pelos brasileiros? Mudar o comportamento não é fácil, mas a Revista Cinco+ acredita na transformação e faz parte dessa mudança para melhor. Por isso, queremos que você, leitor, tenha as informações para refletir e opinar. Pequenos gestos no dia a dia podem fazer a diferença, se cada um fizer a sua parte. Atitudes boas nos aproximam uns dos outros, nos ajudam a viver melhor e, quem sabe, até a construir um futuro promissor! Boa leitura!
KÁTIA KURATONE DRT/MS 293
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08 | SAÚDE PRÓTESE MAMÁRIA 10 | SAÚDE ENDOMETRIOSE 18 | SAÚDE SANGRAMENTO APÓS A MENOPAUSA: UM ALERTA 20 | SAÚDE AS ÚLTIMAS 48H DE VIDA E OS CUIDADOS PALIATIVOS 22 | SAÚDE BERNAFON - APARELHOS AUDITIVOS 24 | SAÚDE DENTES NOVOS E FIXOS EM 24H. CONHEÇA A CARGA IMEDIATA! 26 | SAÚDE VIDA EM MOVIMENTO 28 | SAÚDE AAMS 29 | SAÚDE A COMIDA DA TV E A OBESIDADE INFANTIL 32 | SAÚDE CINOTERAPIA 34 | COMPORTAMENTO MEDITAÇÃO KADAMPA 36 | EDUCAÇÃO CHEGOU A HORA DE IR PARA A ESCOLA. TODOS PREPARADOS? 6
I CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016
40 | NEGÓCIOS DE PAI PARA FILHO
44 | GASTRONOMIA
NÃO É MODA, É CEVICHE!
48 | GASTRONOMIA FOOD SAFARI
52 | LITERATURA A BOA POLÍTICA É FEITA COM PESSOAS E LIVROS
54 | COMPORTAMENTO
UMA ‘PEQUENA GRANDE AULA’ SOBRE HISTÓRIA DA MODA BRASILEIRA COM GLÓRIA KALIL 58 | NEGÓCIOS PAIXÃO QUE VIROU PROFISSÃO 62 | CAPA MULHERES INSPIRADORAS 68 | POLÍTICA PARA REFLETIR 72 | NEGÓCIOS A NOVA CARA DA ECONOMIA 74 | COMPORTAMENTO GERAÇÃO MILLENNIAL VEIO PARA MUDAR TENDÊNCIAS DO MERCADO
Diretor Presidente: HENRIQUE ATTILIO Diretor Administrativo: LUIZ HENRIQUE PEREIRA REDAÇÃO Editor-chefe: HENRIQUE ATTILIO CONSELHO EDITORIAL HENRIQUE ATTILIO, LUIZ HENRIQUE E KÁTIA KURATONE ARTE Editor de Arte: GUSTA CABRAL REVISÃO SORAYA VITAL ESTRATÉGIAS DIGITAIS LUIZ HENRIQUE PEREIRA SITE e MÍDIAS SOCIAIS ATP COMUNICAÇÃO CAPA Foto: Studio Vollkopf Arte: Uimer Ronald
sumário EDIÇÃO 99
ANO 9
JUNHO/JULHO 2016
76 | TECNOLOGIA FREEWAY, INTERNET NA VELOCIDADE DA LUZ
78 | COMPORTAMENTO
BELAS, INVEJADAS, MAS NÃO PARA AMAR
80 | VIAGEM
BONITO É ÚNICO
82 | DECORAÇÃO
PASSEIO COMPLETO
84 | DECORAÇÃO
NOVOS PROJETOS, NOVA FASE 87 | DECORAÇÃO LOJA OFERECE CONSULTORIA ALIADA À TECNOLOGIA PARA MONTAR LISTA DE CASAMENTO 88 | DECORAÇÃO OLHAR APURADO 90 | CASAMENTO EVENTOS DE NOIVAS PELO BRASIL 94 | CULTURA A CIDADE DO SERTANEJO AGORA EXPORTA JAZZ! 96 | PET PET SOLTEIRO PROCURA...
MARKETING ATP COMUNICAÇÃO JORNALISTAS Fernanda Nascimento Prochmann (fnprochmann@hotmail.com), Sônia Nabarrete (sonianabarrete@hotmail.com), Alberto Dias (albertocdias@ gmail.com), Anahi Zurutuza (anahizurutuza@gmail.com), Paula Maciulevicius (paulamaciulevicius@gmail.com), Guilherme Cavalcante (gui.halley@gmail.com), Francielly Tamiozo (francielly_tamiozo@ hotmail.com), Clarissa de Faria (clarissafaria@gmail.com), Kátia Kuratone (katiakuratone@gmail.com), Marina Bastos (marinabastos@gmail.com), Jacklin Andreucce (jacklinandreucce@outlook.com), Andrea Federmann (amfedermann@gmail.com). COLUNISTAS Juliana Ferreira (juliana@f2online.com.br), Ariadne Cantú (ariadne. cantu@gmail.com), Daiana Capuci (daiana@itdecor.com.br), Leonardo Triandopolis Vieira (leonardo.leioeu@gmail.com), Edu Rejala (edurejala@ hotmail.com). PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Dr. Sandro Startari (CRM/MS 4313/RQE 3167), Dr. Orlando Monteiro (CRM/ MS 3256/CRM/SP 73.806/TEGO 568/95), Dr. Eric Iasuji Higa (CRM/MS 4538), Renato Furlaneto, Tatiane Savarese Attilio (CRN 3-12175), Maria Carmem de Andrade, Nel Ávila, Dr. Estevon Molica (CRO-MS 2010), Dr. Maruãn Omais (CRM-MS 3225), Nelson Lan Kowai Fook, Dra. Márcia Lessonier (CRO-MS 4072), Dr. Rafael Medeiros (CRO-MS 4073), Evelise Couto (evelise@contextomidia.com.br). Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da ATP Comunicação com periodicidade bimestral e distribuição gratuita dirigida. ATENDIMENTO AO LEITOR Email: contato@revistacincomais.com.br Carta: Rua Calarge, 37 - 791000-000 - Campo Grande-MS Telefone: 67 99985-8737 - 67 98145-7705 PARTICIPE DA REVISTA O que você gostaria de ler na próxima edição? Escreva-nos! contato@revistacincomais.com.br /revistacincomais
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revistacincomais.com.br DISTRIBUIÇÃO A Revista Cinco+ é distribuída gratuitamente de forma dirigida em Campo Grande - MS. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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SAÚDE
PRÓTESE MAMÁRIA
Retroglandular x Retromuscular por DR. SANDRO STARTARI - CRM/MS 4313 - RQE 3167
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mamoplastia de aumento, mais conhecida como cirurgia da prótese de mama, foi popularizada por inúmeras modelos e atrizes, tornando-se a cirurgia da moda atualmente. Desde 2009 ultrapassou a lipoaspiração como cirurgia plástica estética mais realizada no Brasil. Sair desfilando por aí esbanjando um seio sensual e marcante, com certeza é o desejo de toda mulher. Hoje, seis, em cada dez mulheres que procuram um cirurgião plástico querendo mexer nos seios, desejam mamas maiores. Poder, então, colocar uma roupa que valorize os seios e passear tranquila, sabendo que está arrasando, é um sonho feminino. O motivo que leva as mulheres a recorrerem a uma cirurgia de aumento das mamas, geralmente é a hipomastia, ou seja, mulheres que apresentam seios pequenos ou que diminuíram após amamentação ou perda severa de peso. A prótese também pode ser usada com sucesso para corrigir pequenas quedas ou flacidez mamárias. Na cirurgia, o tecido mamário é deslocado e é criado um espaço abaixo ou acima do músculo peitoral, onde é colocada a prótese de silicone. A cirurgia para colocação de prótese de silicone atrás do músculo deve ser o procedimento de escolha para a maioria das pacientes com mamas pequenas, pois produz resultados mais naturais, duradouros e graciosos, com menos alterações do tecido mamário, menor incidência de contratura capsular e facilidade de diagnóstico de câncer de mama.
EXISTEM TRÊS TÉCNICAS CIRÚRGICAS PARA A INCLUSÃO MAMÁRIA: Via Periareolar: a cicatriz fica em torno da metade inferior da aréola, mas há limitações para inclusão da prótese de acordo com o tamanho da aréola da paciente.
Via Axilar: a cicatriz é quase invisível, sendo feita nos sulcos axilares e a prótese é colocada, via de regra, debaixo do músculo peitoral.
Via Inframamária: é aplicável em todos os casos e a cicatriz fica “escondida” no sulco da mama.
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Há vários tipos de implantes utilizados, mas o mais comum é a prótese de silicone microtexturizada, contendo em seu interior silicone em gel altamente coesivo. Quanto à forma, tipo e tamanho do implante de silicone, existem diversos, e você discutirá com seu cirurgião plástico o que se adequa melhor ao seu corpo e aos seus desejos. O resultado é de uma impressionante naturalidade. Do dia para noite – literalmente – as pacientes ganham novos seios, como se já tivesse nascido com eles.
SAÚDE
ENDOMETRIOSE por DR. ORLANDO MONTEIRO JÚNIOR CRM/MS 3256 CRM/SP 73.806 TEGO 568/95
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ndometriose, a presença de tecido endometrial ectópico, afeta 25% a 50% das mulheres inférteis. A endometriose é uma doença sintomática em até 90% dos casos, caracterizando-se por cólicas menstruais intensas, dor profunda à relação sexual, dor para evacuar e urinar, podendo também ter presença de sangue “vivo” nas fezes e na urina no período menstrual. A dor pélvica crônica (dor em baixo do ventre por mais de seis meses), não associada à menstruação, pode ser uma sintomatologia da endometriose. Na mulher infértil com endometriose a dor pode ou não estar presente. Não há correspondência dos sintomas com a gravidade das lesões endometrióticas. Segundo a literatura médica especializada, a evolução da doença endometriose é incerta, podendo ser progressiva, estável ou até mesmo regressiva. As pílulas anticoncepcionais hormonais, sabidamente minimizam os sintomas de dor associados à endometriose. Deste modo, usuárias de pílulas desde a adolescência podem passar anos sem conhecimento da existência e da progressão da dismenorréia intensa, o que contribui para o atraso do diagnóstico.
DIAGNÓSTICO História clínica, exame físico e exames de imagem (ultrassonografia transvaginal pós-preparo intestinal e ressonância magnética) são ferramentas diagnósticas atuais. Tanto a ultrassonografia transvaginal como a ressonância magnética podem não detectar lesão alguma em estágios iniciais, ou seja, endometriose mínima e leve, segundo a classificação revisada da American Fertility Society. O diagnóstico de certeza é feito somente pela videolaparoscopia (com o anatomopatológico). TRATAMENTO Antes de iniciar qualquer tipo de terapêutica é fundamental estabelecer os objetivos, que se resumem em assegurar o bem-estar da paciente. - Sem sintomas: seguimento e prevenção. - Dor importante: tratamento clínico ou cirúrgico. - Infertilidade: obter uma gestação. Deve-se priorizar a paciente e o casal e não a lesão localizada de endometriose. Qualquer intervenção cirúrgica sobre os ovários pode causar dano ao patrimônio ovular, principalmente na exérese (retirada) dos endometriomas (cistos de endometriose no ovário), levando à diminuição da reserva ovariana, o que pode comprometer a fertilidade futura. O tratamento da infertilidade na mulher com endometriose, na maioria dos casos, é realizado por técnicas de reprodução assistida (inseminação intrauterina ou FIV/ICSI).
DR. ORLANDO MONTEIRO JÚNIOR CRM/MS 3256 CRM/SP 73.806 TEGO 568/95 • Graduação Médica, Residência e Mestrado em Ginecologia e Obstetrícia pela UNESP - Botucatu. • Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO/AMB (TEGO 568/95). • Especialista em Ultrassonografia Geral pelo Colégio Brasiliero de Radiologia / AMB (Membro Titular). • Pós-Graduado em Infertilidade Conjugal pela UNESP e em Reprodução Humana Assistida pela Santa Casa de São Paulo. • Habilitado em Endoscopia Ginecológica (Histeroscopia - Laparoscopia) e Ultrassonografia pela FEBRASGO. • Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. • Diretor Técnico e Sócio-Proprietário da Clínica Gazineu. • Associado ao Projeto ALFA-SP. www.clinicagazineu.com.br
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SAÚDE
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O DESAFIO DE UM
SORRISO PERFEITO Acompanhe este caso: Uma linda jovem se incomodava com a desarmonia estética que existia entre seu sorriso e rosto. Quando sorria, sua gengiva na parte superior era muito aparente e além disso, do lado direito o sorriso era mais gengival que o lado esquerdo. Para agravar seu desconforto, os dentes dessa jovem, apesar de bonitos e saudáveis, eram curtos, nao valorizavam seu rosto. Existia uma diferença de comprimento entre os dois dentes centrais superiores. O sorriso era muito infantil, pouco sensual, segundo ela. No Studio Oral trabalhamos com técnicas que podem transformar não só sorrisos, mas podem transformar vidas.
SAÚDE
SANGRAMENTO APÓS A MENOPAUSA: UM ALERTA Câncer de endométrio é pouco conhecido, mas não tão raro quanto se pensa. por anaHi ZuruTuZa • foto STUDIO VOLLKOPF
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enos conhecido que o câncer de colo de útero, o tumor de endométrio, ou de corpo de útero, não é tão raro quanto se imagina. Mulheres na pós-menopausa devem estar atentas a qualquer sangramento vaginal. O alerta é feito pelo médico especialista em cirurgia oncológica, Eric Iasuji Higa, que integra a equipe multiprofissional do ITC (Instituto de Tratamento do Câncer) em Campo Grande. O INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima que neste ano 820 mulheres sejam diagnosticadas com câncer de mama em Mato Grosso do Sul e 460 em Campo Grande. Serão 330 diagnósticos relacionados às neoplasias malignas no colo do útero, sendo 130 na Capital. Os tumores de endométrio estão fora da lista dos dez cânceres com mais incidência no Brasil, mas, não por isso, os casos devem ser menosprezados. “Realmente os cânceres de mama e de colo de útero são os mais prevalentes nas mulheres, na nossa população, que é de um país em desenvolvimento. O câncer de colo de útero está ligado muito à condição socioeconômica, por conta dos hábitos sociais mais precários, relacionados à higiene e sexo sem proteção, que desencadeiam as infecções pelo HPV [Papilomavírus Humano] e, consequentemente, o câncer de colo. Já os tumores no corpo do útero não têm relação com o HPV e aparecem em pessoas com melhores condições financeiras, dizem os estudos”, explica o médico, ressaltando que nos Estados Unidos o câncer de endométrio é o 10º mais comum, por exemplo. Em geral, a doença acomete mulheres com cerca de 60 anos, obesas ou acima do peso, diabéticas e hipertensas. “As condições socieconômicas estão ligadas aos fatores de risco, indiretamente, aos hábitos de vida. As mulheres mais ricas têm menos filhos, amamentam menos, são mais obesas”, esclarece Eric. A causa principal do câncer de endométrio é a exposição prolongada ao estrógeno, hormônio produzido naturalmente pelo organismo da mulher. A utilização de anticoncepcionais deve ser levada em conta. “Anticoncepcionais contendo somente estrógeno, sem associação
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com progesterona, são um fator de risco. Antigamente, os anticoncepcionais não tinham a progesterona, que é um protetor. Mulheres que tiveram a menarca [primeira menstruação] muito cedo ou a menopausa tardia também estão mais suscetíveis, porque elas têm mais tempo de exposição ao estrógeno. Tem ainda as que nunca engravidaram, porque durante a gravidez e lactação, o corpo produz mais progesterona. As obesas produzem mais estrogênio no tecido gorduroso periférico, aumentando o risco de desenvolver a doença”, exemplifica. SINAIS E TRATAMENTO Em geral, o câncer de endométrio dá sinais na fase inicial. “O sangramento pós-menopausa é o principal sinal de alerta. Quase 70% dos casos a gente descobre na fase inicial, o que dá um índice de cura bem alto.” De um modo geral, segundo Higa, não existe um programa de rastreamento da doença, como o preventivo de Papanicolau para câncer de colo uterino ou mamografia para câncer de mama, porém as mulheres podem procurar um médico e fazer exames, principalmente se houver histórico na família. Eric Higa é um dos poucos médicos do Estado que realizam cirurgia de câncer por vídeo (laparoscopia), ou seja, o procedimento menos invasivo, que não exige grandes cortes. “Apesar de mais trabalhosa, a cirurgia por vídeo tem menos índice de sangramento e de infecção, a paciente tem menos dor, se recupera mais rápido, volta mais rápido às atividades. Mesmo após essa cirurgia complexa, de grande porte, em dois dias ela já está em casa.”
DR. ERIC IASUJI HIGA (CRM/MS 4.538) Cancerologia Cirúrgica
ü Radioterapia 3D E IMRT ü Quimioterapia ü Tomografia Computadorizada ü Oncologia Clínica ü Oncologia Cirurgica ü Nutrição Oncológica ü Psicologia Oncológica.
R. Dr. Zerbini, 505 | Chácara Cachoeira | Campo Grande/MS
• Dr. Erlon Klein - Cirurgia Oncológica CRM-MS 4002 • Dr. Alicardo César Figueira - Oncologia Clínica CRM-MS 5034 • Cristiane Alves da Silva Furtado - Nutricionista CRN 20717 • Dr. Tiago José da Rocha - Cirurgia Oncológica CRM-MS 6901 • Dr. André Martins de Oliveira - Clínica Médica CRM/MS 4306 • Leonardo Souza Chermont - Enfermagem Enfermeiro Responsável Técnico Coren-MS 193375 • Mayara Lopes Paiva - Farmacêutica Farmacêutica Responsável CRF-MS 4312 • Emílio João Dei Ricardi - Físico Planejamento • Fernanda Ferreira Insaurralde – Psicóloga CRP- 14/05706-2 • Dr. Rafael Oliveira de Souza - Cancerologia Cirúrgica CRM-MS 5550 • Dr. Eric Iasuji Higa - Cancerologia Cirúrgica CRM-MS 4.538 • Dr. Alex Guimarães Higa – Rádio-Tomografia CRM-MS 5566 | RQE 4135 • Dr. Daniel de Sousa Marques Oliveira Rádio-Intervencionista e Cirurgia Endovascular CRM-MS 5221 • Dr. Vitor Teixeira Liutti - Oncologia Clínica CRM-MS 8526 • Drª Carla Santos Rossi - Oncologia Clínica CRM-MS 6476 • Drª Rejane Carolina de Oliveira Franco Radio - Oncologia CRM-MS 8576
SAÚDE
AS ÚLTIMAS 48 HORAS DE VIDA E OS CUIDADOS PALIATIVOS! Os cuidados paliativos no doente estão, ou deveriam estar, presentes também nas últimas 48 horas de vida, e não somente nas últimas 48 horas de vida. por DR. MARUÃN OMAIS (CRM/MS 3225)
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ito isto, pelo fato de ser uma realidade mórbida, mas real, muitos acabam por achar que não se tem mais nada a fazer. Se falarmos da doença, realmente podem ter razão, mas se falarmos do doente, da pessoa, isso é completamente errôneo. O não se ter nada a fazer para o doente, para a pessoa, soa como abandono e descaso. E o é. Um fato, que infelizmente, ainda é frequente em nosso meio, fruto, na maioria das vezes, da cultura e da sociedade em que vivemos, é a sensação de abandono em que o doente está nesse momento de muitas incertezas e dúvidas. Incertezas por não saber como será a transição da vida para a morte e de como ficarão assistidos aqueles que ele assistia. Dúvidas por não saber o que lhe espera após a vida. A morte e o morrer continuam, ainda, sendo vistos como grandes inimigos. O que não o é, pois dessa certeza ninguém de nós escapará. Essa é a ordem natural da vida, morrer. Mas para morrer também necessita de ajuda! Necessita-se de ajuda, de apoio, e não do velamento, do velório da pessoa doente em vida. As evidências científicas relacionadas ao cuidar nas últimas 48 horas de vida, devem primar pelo conforto e suporte, não devendo soterrar a real essência do cuidado, que é feito com o maior dos princípios humanos, o amor e o lado humano das pessoas, quer sejam elas profissionais, cuidadores ou familiares. Reflexões do passado e do presente... Provações do passado e do presente... E O FUTURO? ELE EXISTE. A iminência da morte é um dos processos mais intensos. Não que seja fácil, mas sim intenso. Quando não teme-se a morte, e se é conhecedor dos seus segredos, confere-se à pessoa uma morte digna e repleta de conforto. As últimas 48 horas de vida cursam com abordagens
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técnicas e humanas. Deve ser o momento da abordagem mais holística e proativa, com controle dos sintomas clínicos, das medidas de conforto, contexto espiritual, psicológico e social. O foco básico principal neste, e em todo o momento sobre o cuidar, é o que preconiza a Organização Mundial de Saúde, em seu conceito de 2002, sobre Cuidados Paliativos.
DR. MARUÃN OMAIS (CRM/MS 3225) Doutor em Medicina • Especilista em Dor • Diretor Técnico da Palliare Clínica de Dor e Cuidados Paliativos.
Dr. Maruãn Omais Responsável técnico CRM/MS 3225
Nossa equipe sabe que cada paciente é único, por isso cuidamos de cada um com carinho e atenção, respeitando suas necessidades individuais. Dr. Maruãn Omais CRM/MS 3225
Anestesiologista com área de atuação em dor
Érika Kirckov
COREN/MS 163940
TELEFONE: (67)
Raquel Icassati Almirão CRP 14/01846-1
Psicóloga
3026 3329
Rua Antônio Maria Coelho, 2.709 • Centro • CEP 79002-221 • Campo Grande - MS
SAÚDE
BERNAFON APARELHOS AUDITIVOS
INVESTE NO PÓS-VENDA PARA FIDELIZAR O CLIENTE Empresa também acompanha pesquisas mundiais e presta atendimento humanizado para se diferenciar no mercado. por Fernanda nasCiMenTO PrOCHMann • foto STUDIO VOLLKOPF
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oje a tecnologia permite sensações até então inimagináveis, em que um aparelho auditivo se conecta via bluetooth a dispositivos eletrônicos, como TVs, telefones, fixo e móvel, tablets, computadores e GPS. E estar antenado com o que há de mais avançado em estudos científicos sobre audição, pode fazer a diferença no competitivo mercado de oferta de equipamentos para o tratamento deste problema. A empresa campo-grandense Bernafon, representante exclusiva em Mato Grosso do Sul da marca suíça de aparelhos auditivos, tem essa vantagem. O empresário Henrique Martins Vendas acompanha de perto as novidades.
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Com 15 anos de experiência, o técnico em eletrônica é o responsável pela Bernafon no Estado. Entre as pesquisas mais recentes na área, está a que relaciona a surdez em idosos com o aumento do risco de demência, Alzheimer, depressão e outras alterações do humor. O estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society, foi feito com 3670 pacientes acima de 65 anos, acompanhados durante 25 anos, e avaliou os efeitos do envelhecimento sobre o cérebro em três grupos: pacientes sem perda auditiva, com perda auditiva em uso de aparelhos e com queixa de perda auditiva e que não usam aparelhos. O resultado apontou que aqueles que se queixavam de perda auditiva e não usavam aparelhos apresentavam uma queda cognitiva superior à média, quando comparados aos pacientes sem queixas auditivas. Já no grupo de pacientes com perda de audição e que fazem uso de aparelhos, a evolução dos testes cognitivos manteve-se no mesmo padrão do grupo-controle, dos pacientes sem surdez. Isso quer dizer que o uso de aparelhos auditivos, além de proporcionar melhor audição e compreensão da fala, tem um papel fundamental na manutenção da saúde cerebral. Mas conhecer as novidades não é o único diferencial na Bernafon. A empresa também se destaca no mercado por ter um laboratório próprio completo, onde são feitos consertos de aparelhos e fabricadas cápsulas, moldes, tampões para natação, tudo em até 24 horas. Além disso, a unidade atende lojas parceiras em todo o Estado, com consertos de aparelhos de todas as marcas, e oferece atendimento fonoaudiológico pela profissional Leidiane Paiva de Carvalho (CRFa 7873-MS), que faz avaliação, exames e indica a melhor tecnologia ao cliente, além de atendimento domiciliar, quando necessário. A Bernafon também comercializa o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure), um dos principais equipamentos no tratamento da apneia obstrutiva do sono. Semelhante a um compressor de ar, o CPAP fornece fluxo contínuo de ar para o paciente. O dispositivo garante tranquilidade na hora de dormir, o que acaba refletindo na qualidade de vida em todos os aspectos. Estima-se que cerca de 4% das mulheres e 9% dos homens adultos sofram de Apneia do Sono, sendo a incidência mais frequente entre obesos e maiores de 35 anos.
No tratamento da apneia, o fisioterapeuta Rodrigo Martins Vendas (CREFITO 13/129435-F) desempenha um papel fundamental e é mais um diferencial, sendo responsável por orientações que garantem melhora no sono. Na Bernafon, esse profissional faz parte do quadro de funcionários e acompanha todos os pacientes com a máxima dedicação. A equipe da Bernafon está focada no bem- estar, saúde e satisfação de seus clientes, prestando ainda um serviço de pós-venda de qualidade. “Não podemos pensar apenas no ato de vender um equipamento, temos toda a preocupação em atender o cliente bem, dando as orientações e acompanhando o uso do aparelho que melhor lhe atender. Nossos produtos têm até dois anos de garantia, sendo 2 anos para AASI e 1 ano para CPAP, então nosso pós-venda é importantíssimo neste processo. Queremos atender bem continuamente”, finaliza Henrique.
Av. Mato Grosso, 3599 - Centro Campo Grande/MS Telefone: 3253-5888 / 99234-4797 facebook.com/inove.aparelhos.auditivos CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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DENTES NOVOS E FIXOS EM 24H. CONHEÇA A CARGA IMEDIATA! por DR. RAFAEL MEDEIROS CRO/MS 4073 e DRA. MÁRCIA LESSONIER CRO/MS 4072
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odo mundo já esta cansado de saber que a melhor solução para quem perdeu um ou mais dentes são os implantes dentários. O implante é feito de titânio e substitui a raiz do dente perdido, porém, o que algumas pessoas não sabem, é que a parte do dente (coroa), que é o que realmente as pessoas procuram, só pode ser confeccionado, em alguns casos, meses após a instalação cirúrgica do implante. Historicamente o tratamento com implantes era conhecido por ser demorado, pois para que o mesmo suporte a força da mastigação, era invariavelmente, necessário aguardar sua cicatrização, de até 8 meses, conhecida por osseointegração. Só então eram feitas as próteses e devolvida a mastigação e a estética. Como toda ciência, a implantodontia evoluiu à passos largos. Hoje, com o planejamento e indicação corretos, é possível reduzir esse tempo de tratamento para algumas horas. Logo após a instalação cirúrgica do im-
plante já é confeccionado o molde para que os dentes sejam instalados o mais breve possível. Chamamos essa técnica de CARGA IMEDIATA. Quando associada a outras tecnologias, como a CIRURGIA VIRTUAL GUIADA, é possível ainda que a prótese seja feita antes mesmo da cirurgia, permitindo que em um único procedimento, o paciente, que havia perdido um ou mais dentes, saia com dentes fixos na mesma sessão. Vale lembrar mais uma vez que esta técnica não é aplicada a todos os casos. Hoje sua indicação gira em torno de 80% dos casos, mas essa indicação aumenta a cada dia com as inovações científicas, com novos materiais, desenho de superfície e bioengenharia. Cansado de sofrer com falhas nos dentes ou próteses desconfortáveis e constrangedoras? Faça uma avaliação na Impro e tenha um novo sorriso muito mais cedo do que imaginava!
Cansado de sofrer com falhas nos dentes ou próteses desconfortáveis e constrangedoras? Faça uma avaliação na Impro e tenha um novo sorriso mais cedo do que imaginava!
Dr. Rafael Medeiros Especialista em Implantes e Mestre em Ciências da Saúde CRO/MS 4073
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Dra. Márcia Lessonier Especialista em Prótese Dentária e Pós-Graduada em Ortodontia CRO/MS 4072
SAÚDE
VIDA EM MOVIMENTO por Clarissa de Faria • fotos ARLINDO NAMOUR
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sa Amélia Azambuja e a irmã Vânia de Azambuja Guimarães, parceiras de profissão, não são só carismáticas, mas falam da academia que fundaram com boca cheia e brilho nos olhos. Isso porque começaram a empreender no ramo de saúde e bem-estar quando o tema ainda não estava no auge e não movimentava a rotina das pessoas como hoje. Proprietárias da academia Penélope, nome que advém da mitologia grega e significa força, coragem, fibra, estão na estrada desde que se saíram da faculdade e mantêm até hoje o empreendimento que já completa mais de 40 anos. Que a tarefa não é fácil, todos nós sabemos, mas o segredo do sucesso está estampado no dia a dia delas, e se resume em dedicação diária e amor pelo que se faz. As atividades foram iniciadas na década de 70 com a professora Isa Amélia, que reuniu um grupo de senhoras para ministrar aulas em um espaço reservado de sua residência. Com esta atitude inovadora, plantou-se a semente da atividade física como forma de saúde e bem-estar. As proprietárias usam o espaço da academia para dia após dia implementarem novas práticas e bons hábitos por meio da educação física. “Desde o útero, com a hidrogestante, seguindo com as aulas de funcional mãe-bebê (pós-parto) e a natação infantil, semeamos a cultura de que a família toda faça exercícios com responsabilidade.”
O espaço abriga diversas famílias que praticam juntas as atividades que a academia oferece. Hoje a Penélope oferece: MUSCULAÇÃO, HIDROGINÁSTICA PARA GESTANTES E ADULTOS, GINÁSTICA LOCALIZADA, DANÇAS, NATAÇÃO INFANTIL, RADICAL KIDS, CIRCUITO AERÓBICO E MUSCULAR, TREINAMENTO FUNCIONAL, ALONGAMENTO, ALÉM DO PERSONAL TRAINNER. “Uma das novidades são as atividades em sala para crianças, visando o desenvolvimento psicomotor”, ressalta Vânia, que garante que toda e qualquer prática nas dependências da academia é consciente, uma vez que é necessário respeitar os limites do aluno, biótipo e finalidade como objetivo do treino. Sem excessos que prejudiquem ou que resultem em lesões.” Sobre o progresso e as mudanças frequentes, no que diz respeito à inovação, a academia conta com a coordenação das professoras Renata Lopes e Flávia Mota. “A marca registrada é fruto do trabalho realizado com profissionalismo, dedicação e inovação com responsabilidade. Tudo isso adequado a cada aluno atendendo suas expectativas com foco nos objetivos, a fim de suprir suas necessidades”, explica Vânia.
facebook.com/Penélope-Academia
ESCALADA INDOOR
BOULDER
penelopeacademia
Com o objetivo de mais uma vez inovar na forma de se exercitar, a academia abriu as portas para uma nova modalidade, a escalda em boulder, que tem como meta trabalhar coordenação motora, foco, atenção, força muscular e equilíbrio, aliados à alegria e ao prazer. Batizado de Zion, o espaço é o único no Estado e atrai a atenção de curiosos e praticantes que não tinham mais onde realizar a modalidade na Capital. O responsável por ministrar as aulas, o educador físico Edson Paes da Silva, explica que montar a parede era um sonho antigo, mas que sua viabilidade foi muito bem estudada. Todo o espaço tem 86m² de Boulder, 950 agarras e mais de 45 vias abertas. O Boulder é uma prática dinâmica, divertida e intensa, que recebe adultos e crianças de todas as idades.
R. Oceano Atlântico, 392 - Chácara Cachoeira Telefone: (67) 3326-3071
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SAÚDE
AAMS
ASSOCIAÇÃO DAS ACADEMIAS DE GINÁSTICAS E SIMILARES DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL por RENATO FURLANETO - CREF 2211 G/MS
2016 é um ano de muitas mudanças! A atual crise econômica faz com que os empresários busquem alternativas para sobreviver e resistir ao momento e tentar passar ileso, sem maiores prejuízos no faturamento. Sabemos que só os mais fortes se sobressaem e, para lutar por uma classe inteira, a AAMS nasceu. Foi criada em 12.03.2016, em Campo Grande/MS, e vem trazendo uma proposta inovadora para lutar pelos proprietários de academias, studios personalizados, clubes, locais de lutas e todas as entidades de fins não lucrativos que ofereçam atividades esportivas. Vem mantendo suas atividades de forma permanente e por prazo indeterminado. O seu propósito é melhorar as atividades desenvolvidas por profissionais de educação física e gestores de academias de Mato Grosso do Sul. Está sediada na Avenida Bom Pastor, 516, Vilas Boas, Campo Grande/MS, CEP 79.051-220. Trata-se de uma associação constituída sob a forma de pessoa jurídica de direito privado, regida pela Constituição Federal e pelo Código Civil, tendo por finalidade: - Representar os interesses e os direitos de seus associados, seja na esfera administrativa ou judicial; assegurando a defesa e preservando os direitos individuais e coletivos dos mesmos, inclusive em questões judiciais ou administrativas. - Promoção e fortalecimento da Associação dentro da sociedade, desenvolvendo medidas, ações e projetos que visem defender, promover, fortalecer, interagir, relacionar-se e assistir seus associados, com relação a parcerias e políticas públicas, junto a entidades conexas, congêneres e similares, outros ramos de atividades, poder público de todas as esferas. - Arrecadação financeira nas formas de contribuições, doações 28
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ou utilizar-se de quaisquer outras formas de ingresso de valores aos cofres da AAMS, tudo conforme estritamente permitido em lei, e instituir e arrecadar a contribuição associativa (mensalidade) dos associados ou terceiros e revisar o seu valor, bem como aprovar pela sua Assembleia Geral a alteração de contribuições de todos os associados ou terceiros para assegurar a provisão financeira da Associação.
Dentro do projeto inicial está o desenvolvimento de um trabalho de divulgação por meios de comunicação, para alavancar todas as modalidades de atividade física, suas importâncias, indicações e contraindicações, bem como o desenvolvimento de ideias de gestão e qualidade de atendimento como proposta de valorização do setor. É algo necessário, pois é um setor de muitas possibilidades a serem exploradas, e apenas 5% da população nacional pratica atividade física. Imaginem quanto mercado ainda pode ser explorado! Os encontros estão sendo realizados periodicamente, sempre com atividades voltadas à discussão de todos os objetivos da associação e apresentando as conquistas para o grupo e/ou palestras na área de gestão. Com pouco tempo de constituição, a AAMS já conquistou para seus associados um curso de gestão que foi oferecido de forma gratuita, parceria de descontos com a REVISTA CINCO+ e com a Farmácia de Manipulação Cássia, que oferece descontos na Suplementação Esportiva e em toda a linha de manipulados. Muitas conquistas ainda estão por vir! Para o desenvolvimento e novas conquistas da AAMS, convidamos novos proprietários de empresas afins, para filiarem-se e contribuírem, trazendo novas propostas e ideias para o fortalecimento da Associação.
SAÚDE
A COMIDA DA TV E A OBESIDADE INFANTIL por TATIANE SAVARESE ATTILIO - CRN3 - 12175
ão muitas as propagandas que divulgam alimentos que prometem às mães alimentos fortificados, enriquecidos de vitaminas e minerais, que trazem a promessa de contribuir na grande luta de fazer uma criança se alimentar de forma correta e, assim, conseguir atingir todos os nutrientes necessários ao seu crescimento e desenvolvimento. Essa questão foi tão longe, que órgãos responsáveis por supervisionar a mídia e os direitos das crianças e adolescentes entraram na briga e proibiram, restringiram ou ainda colocaram normas para que a mídia pudesse veicular propaganda de alimentos direcionados ao público infantil. A questão é muito fácil de entender, alimentos industrializados são, em sua maioria, ricos em gordura e açúcares e pobres em vitaminas e minerais. O resultado desse consumo é a obesidade infantil, que está crescendo globalmente e no Brasil com uma incidência assustadora. A obesidade infantil é uma doença crônica, não transmissível, mas que abre portas para outras doenças, como hipertensão arterial (pressão alta), dislipidemias
(alteração do colesterol e suas frações), distúrbios do sono, como apneia, refluxo, cansaço, além das alterações emocionais que a criança obesa desenvolve, pois enfrenta todos os dias, entre outros problemas, a discriminação de amigos e até mesmo familiares. Sendo assim, pais e familiares devem estar atentos não somente ao peso ideal da criança, mas também ao seu perfil nutricional, pois alimenta-se apenas de produtos industrializados é, com certeza, uma criança que possui uma carência de vitaminas e minerais, o que pode não acarretar obesidade, mas compromete seu perfeito crescimento e desenvolvimento. Foto: Marcos Vollkopf
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Nutricionista Clínica CRN 3-12175 (67) 99932-8381
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SAÚDE
CINOTERAPIA Terapia realizada com o auxílio de cães. por JaCklin andreuCCe • fotos DIVULGAÇÃO
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uando batemos o olho na palavra “Cinoterapia “, parece estar relacionada a uma terapia especial com sons de sinos, não é? Mas não é nada disso. A cinoterapia é um método que utiliza cães como auxiliares em tratamentos terapêuticos. Em Campo Grande – MS, o corpo de bombeiros encabeça o projeto Terapia com Cães, com dois animais terapeutas da Raça Golden Retriever completamente treinados e socializados com crianças e idosos. “O Projeto tem por objetivo geral oferecer a modalidade terapêutica a crianças com necessidades especiais. A cinoterapia busca o aprimoramento da reabilitação e contribui para melhoria da qualidade de vida numa perspectiva interdisciplinar ao assistido, fazendo com que este desenvolva capacidades físicas, funcionais, cognitivas e sociais necessárias para o desenvolvimento global. Com isso, assumem o máximo de independência possível para a efetiva inclusão social,” afirma o coordenador do projeto, Capitão Bombeiro Fábio Pereira de Lima. A simples presença do cão e a interação do animal com a pessoa, seja criança ou adulto, é terapêutica. Mas para que seja considerado cinoterapia é necessário que exista uma metodologia e uma equipe devidamente credenciada. Desde 2014 o corpo de bombeiros criou o Projeto Três em Um: Terapia com cães, Projeto Cão Herói e Cão Amigo. “Temos uma equipe multidisciplinar composta por especialistas bombeiros em cães, fisioterapeuta, enfermeira, psicólogo, psicopedagoga e professores que trabalham com crianças especiais e idosos”, completou o Capitão. A soldado do Corpo de Bombeiros, Grasiella Almeida Tabosa, é a fisioterapeuta do projeto e explica: “Através do contato com o assistido trabalhamos o alongamento e fortalecimento muscular, estímulo de equilíbrio e coordenação motora. Até aqui não tem muita diferença entre o tratamento de fisioterapia convencional e a cinoterapia. O diferencial será no contato com o animal. Surgem aspectos que beneficiam em grande escala a melhoria da qualidade de vida, aumentando o estímulo social, melhora do estímulo moral e tátil, além de promover o bem-estar físico.” Desde que foi criado, o Projeto é desenvolvido na Escola Municipal Professor Múcio Teixeira Junior, na Vila Carlota em Campo Grande. A unidade escolar tem 800 alunos e mais de 30 têm algum tipo de deficiência, como déficit de atenção, autismo, síndrome de Down ou paralisia cerebral. “Já na primeira sessão é possível ver os resultados, tais como melhoria comportamental, controle da ansiedade, melhor socialização,
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melhor coordenação motora, afetividade e desenvolvimento cognitivo. O projeto veio agregar ao trabalho que já é realizado. E é nítido o desenvolvimento, por exemplo, da comunicação dessas crianças a partir desta comunicação alternativa em que elas falam comandos aos cães treinados. As crianças interagem muito bem e ficam sempre à espera da próxima terapia,” relatou a diretora da escola, Cleia Siqueira Correa. Um exemplo de que a terapia com cães dá certo, é uma aluna com síndrome de Down da escola municipal. O desenvolvimento dela é acompanhado de perto pela psicopedagoga da instituição: “Quando chegou à esta escola, há aproximadamente um ano e meio, apresentava algumas limitações físicas, pedagógicas e sociológicas “acentuadas”, visto que demonstrava dificuldades na coordenação motora fina, dificuldades para segurar o lápis e outros objetos similares. Mantinha-se isolada, inclusive dos pares. Um exemplo foi o dia das crianças de 2014, quando a aluna não participou das comemorações, pois não aceitava aglomerações, ficava chorando e acalmava-se apenas quando era retirada do meio coletivo. Quando ela começou a participar das sessões de Terapia com os Cães mantinha-se à distância. A equipe de terapia tem por convicção respeitar o tempo de cada educando, porém produz estratégias para conquistar a confiança da criança. Aos poucos a aluna começou a participar. Hoje está presente em praticamente todas as sessões. Realiza as atividades propostas pela equipe terapêutica, demonstra confiança quando abraça os cães sem medo, expressa
carinho pela forma que os acaricia, deixa claro o respeito pelos colegas quando espera sua vez para participar de determinada atividade”, relata Maria de Lourdes da Silva Lima, graduada em Pedagogia e Pós-Graduada em Psicopedagogia Institucional e em Diversidade e Educação Especial para a Inclusão Educacional. Para ser um cão terapeuta, o animal deve ter um bom currículo: ser dócil, não estranhar puxões, sons, objetos, outros animais, crianças e idosos. Ser vacinado, vermífugado e possuir atestado de saúde emitido por médico veterinário. Antes de começar os trabalhos, o animal é avaliado, conta o Capitão. “É analisada a socialização do animal com os pacientes. Para isso, o cão não pode demonstrar nenhuma agressividade em nenhuma situação. Eles são treinados desde filhotes, interagindo com o ambiente em várias situações que irão se deparar nas sessões de terapia.” As escolas que possuem um número elevado de alunos com necessidades especiais podem procurar o canil do Corpo de Bombeiros Militar, no Parque dos Poderes, para agendamento de uma visita com os cães terapeutas. ORIGEM DA TERAPIA COM ANIMAIS A terapia com animais não é nada novo não! Segundo estudiosos do assunto, a comunidade científica começou a estudar essa categoria a partir da década de 60. Em 1972, uma instituição inglesa para doentes mentais já introduzia animais como alternativa de tratamento para os pacientes. No entanto, no século XIX, na Alemanha, em um centro para epiléticos, com mais de 5 mil pacientes, era oferecida uma equitação terapêutica. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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COMPORTAMENTO
MEDITAÇÃO KADAMPA Chave para a felicidade pode estar na meditação, exercício de paz interior que vem de dentro para fora. por PAULA MACIULEVICIUS
“Se a mente não estiver em paz a gente não consegue ser feliz”. A frase chama a atenção por ser um tanto óbvia e ao mesmo tempo se tornar complexa quando colocada em prática. A constatação vem do professor residente do Centro Budista Kadampa Avalokiteshvara, de Campinas, em São Paulo, Gen Kelsang Geden, que esteve em Campo Grande no primeiro trimestre para ensinar como alcançar a paz através da meditação. “A gente não consegue ser feliz, porque a virtude é fonte de felicidade. Se essa nossa paz interior não funciona, ficamos inquietos”, descreve.
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Para explicar a meditação, Geden recorre ao cotidiano, onde convivemos diariamente com muitos problemas mentais. A prova disso é que sofremos o tempo todo, por vários motivos. “Não só por coisas graves, mas a gente está sempre um pouquinho em dúvida, ou irritado, angustiado, e Buda nos ensinou a lidar com a mente. Da mesma forma que você tem sua higiene pessoal, nós também precisamos de uma higiene mental”, explica o monge. De voz mansa, Gen tem 61 anos e uma relação muito próxima com Campo Grande, porque quando sua família deixou o Rio Grande do Sul, ele chegou a morar na Capital, em 1973. Depois “caiu no mundo”, descobriu o budismo e que seu caminho era este: de ser monge. Gen viaja o País, levando cursos e orientações sobre meditação kadampa, e tem uma macro avaliação do cenário de estresse que nos bate à porta diariamente. “A única escapatória das pessoas hoje é o sono. Quando você dorme, aquilo é um tipo de descanso, que implica num descanso mental também, e é isso que tem salvado as pessoas”, pontua. O QUE É A MEDITAÇÃO? Nas palavras do monge, é um exercício mental, onde você familiariza e treina em virtude. “E virtude é a causa principal para a felicidade, então se você faz algo virtuoso, aquilo vai ser fonte de felicidade. Tudo de bom que você experimenta e vive gera resultado das boas ações que você faz”, exemplifica. Já dizia Buda que uma ação mental nunca é desperdiçada, ou seja, o tempo diário usado para meditar é o que vai te fazer feliz em momentos seguintes. E ensinar a meditar não é tão simples quanto se pensa, mas não exige, por parte de quem quer aprender, mais do que boa vontade. “Vamos passando algumas informações para a pessoa ter o mínimo de controle mental. A gente vai ensinando coisas básicas, simples, e assim que se pega o fio da meada é o mesmo que aprender a caminhar”, narra o monge. Gen prega que nós temos, por natureza, o exercício da meditação, o que significa que mais cedo ou mais tarde a prática se torna natural. Ele explica a essência da meditação e deixa uma vontade enorme de aderir. O COMEÇO “Se coloque numa postura razoável e comece a tentar compreender os seus pensamentos, a sua mente. Por isso que precisamos ter ajuda, sozinho a gente praticamente não consegue”, pondera Geden. A dificuldade está, segundo explica o monge, no fato de vivermos usando a nossa mente, e fazê-la parar
para meditar é uma atividade praticamente impossível. O começo é da forma mais simples possível, primeiro meditando na respiração. “O primeiro passo é esse: observar a própria respiração. É algo neutro, não chega a ser uma virtude, mas muitas vezes estamos tão afobados que chegar no neutro já é um bom resultado”, prega. De início, a mente voa mesmo, não concentra e escapa a atenção. É preciso “forçar uma pouquinho a barra”, mas nada que uma dúzia de tentativas não nos faça passar de fase. “O passo seguinte, na verdade, é conquistar. Eu brinco que é conquistar uma amiga que possa te servir para todos os momentos. Tem gente que é a neosaldina, a aspirina. Pintou uma situação difícil? Você vai meditar na fila do banco, no avião, no local de trabalho”, compara. A meditação não está ligada necessariamente à fé ou à religião, mas faz o bem para nós e, principalmente, quando é pensada no coletivo. Dentro do kadampa, a meditação também pode ser feita no amor ou na compaixão. “Que é quando você quer que o outro seja feliz e contemplar para que as pessoas sintam a felicidade de verdade”, explica o monge. E ONDE MEDITAR POR AQUI? Em Campo Grande, a visita do monge foi para o curso de meditação budista, que é realizado por módulos no Espaço Om Namastê, sob direção da professora e praticante do budismo kadampa, Gabriela Salvador. Iniciado em março deste ano, o curso acontece mensalmente e vai aprofundando a meditação budista. “Nossa tradição é uma meditação que vai substituir os conteúdos da sua mente por virtudes. A ideia não é só acalmar a gente, como também colocar na mente a virtude do amor, da compaixão e da paciência”, descreve. Cada uma das virtudes corresponde a um módulo oferecido no curso, Gabriela conduz os alunos passando da teoria até a prática da meditação. As aulas são realizadas às segundas-feiras, no Espaço Om Namastê.
SERVIÇO: Informações sobre o curso pelo e-mail: gabrieladdsalvador@ gmail.com ou pelo 98208-7800. O Espaço Om Namastê fica na Rua Bahia, 837.
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EDUCAÇÃO
CHEGOU A HORA DE IR PARA A ESCOLA. TODOS PREPARADOS? por MARIA CARMEM DE ANDRADE BERNARDES
É
comum ouvirmos pais dizendo que estão conhecendo escolas para colocarem seus filhos, pois acreditam ser importante iniciar a socialização das crianças. Muitos dizem: “Ele só convive com adultos, então decidimos colocar na escolinha para ter contato com outras crianças. ”Isso é ótimo! Somos seres sociais e o contato com o outro nos torna mais tolerantes, torna a vida mais estimulante e desafiadora. A criança começa a escrever sua própria história, ter seus próprios amigos e ter suas coisas, além das de casa. Os laços afetivos saem da atmosfera familiar e passam a orbitar outros ares, onde não se gosta incondicionalmente (como o amor dos pais), onde a criança precisa conquistar seu espaço, conquistar a atenção e perceber que dar carinho é garantia de ter carinho, mas que a agressividade criará hostilidade. Isto fortalece a criança, pois começa a compreender as questões de causa e efeito, assim como a perceber que seus atos têm consequências. Mas será que os pais estão preparados para os outros detalhes que acompanham o fato da criança estar frequentando um grupo? Estariam preparados para as desavenças? Para as mordidas? Para as viroses? Há pais que chegam na sala da direção da escola e dizem: “Não mando meu filho para a escola para aprender a falar palavrão!” Claro que não. Sabemos que a intenção deles não é esta, e nem a da escola! Porém, todo grupo é formado por diferentes pessoas, vindas de diferentes famílias e com costumes diferentes. O que costumamos dizer aos pais que ficam preocupados com as viroses, com os palavrões ou com as mordidas, é que esta é a oportunidade da criança se fortalecer. Fortalecer sua imunidade, no caso das viroses, e fortalecer-se como ser humano no caso dos relacionamentos. É, então, na escola que a criança aprende a procurar ajuda (quando corre para a professora para solucionar seus conflitos), aprende a pedir desculpas ou a desculpar, começa a aprender que ela não tem alguém o tempo todo resolvendo as coisas por ela e inicia um processo de autonomia, independência e tentativas, fortalecendo-se com o passar do tempo.
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Então, se você está pensando em colocar seu filho na escola, prepare a mochila, o uniforme e os materiais escolares. Prepare a imunidade dele com as vacinas, alimentação e vitaminas, conversando com o pediatra sobre como proceder para esta nova etapa. Escolha uma escola com boa ventilação nas salas de aula, com ambiente limpo e acolhedor. Verifique se as refeições são preparadas na escola e se as pessoas que lidam com os alimentos são acompanhadas por nutricionista, se têm a carteirinha sanitária em dia e se têm o curso de manipulação de alimentos. Confira se a escola está com todos os alvarás em dia, principalmente o alvará sanitário. Pronto? Não. Agora o principal: prepare-se emocionalmente e esteja pronto para ver seu filho cair e levantar sem a sua ajuda e criar um laço afetivo com as professoras, tão forte quanto o que tem com você. Esteja ciente de que seu filho estará inserido num grupo bem maior do que o familiar e aprenderá muito com isso, mas esteja realmente preparado para ver seu filho crescer, se desenvolver e se fortalecer com suas novas experiências de vida. Experiências estas que o tornarão um indivíduo feliz, por saber lidar com as situações da vida, sejam elas tranquilas ou não!
MARIA CARMEM DE ANDRADE BERNARDES Psicóloga • Diretora Pedagógica • Pós-graduada em Neuropsicologia e Aprendizagem. mcbernardes2009@hotmail.com
Educar, Cuidar & Amar. A Materna é um berçário e uma escola de educação infantil que tem por princípio associar a educação, o cuidado e o afeto. Partimos do pressuposto que as crianças desenvolvem-se cognitivamente a partir do momento em que também são estimuladas em seu desenvolvimento físico, social e emocional. Brinquedos "inteligentes" ou ideias "diferentes" não são o que de fato interferem na aprendizagem, mas o dia a dia, as relações, as experiências, a brincadeira, a exploração livre. Tudo isso na Materna é associado a um currículo rico e cuidadosamente pensado para estimular o avanço intelectual dos pequenos. Na Materna, o cuidado é um conceito bastante amplo e complexo que abrange a própria educação. Aqui, a confiança na capacidade de desenvolvimento do ser humano é central, bem como o estímulo ao seu crescimento e independência em um contexto significativo marcado por ensino e afeto. Por tudo isso e muito mais,
a Materna é a mãe dos berçários.
PEDRO COUTINHO 224 • 67 3204.0835 eUCLIDES DA CUNHA 665 • 67 3044.0835
NEGÓCIOS
DE PAI PARA FILHO Em Campo Grande, muita gente já ouviu falar dos dois, já que ambos são pioneiros e referência no que diz respeito aos principais shows de música, festas e teatro.
Foto: Marcos Vollkopf
por Clarissa de Faria • fotos ARQUIVO PESSOAL
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“Respiro trabalho, e disposição para isso não me falta”. Pedro Silva
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xtrair sua verdadeira história não foi uma tarefa fácil, já que Pedro Silva é reservado e não esconde o fato da entrevista não o agradar muito. “Não gosto de dar entrevista, isso que você conseguiu é uma proeza, mas vamos lá, o que você quer saber?”. Assim começou nosso bate papo, ao lado do filho, Jamelão, que seguiu os passos do pai. À medida que o papo fluía e os dois complementavam a história um do outro, já que ela se funde nos tempos de hoje, período em que pai e filho trabalham juntos, eu começava a desvendar o que muita gente gostaria de saber. Pedro começou como muita gente por aí que galgou degraus na vida, de baixo. Aos 16 anos, ainda já se dividia entre a paixão do jornalismo esportivo e a organização de eventos e shows de música. No auge dos seus 67 anos, ele conta com orgulho como conseguiu trazer as primeiras peças de teatro para a capital sul-mato-grossense. Inicialmente, as apresentações eram feitas no teatro Glauce Rocha, que ficou interditado por mais de cinco anos. Depois as promoções passaram a ser realizadas no Clube Libanês, de maneira improvisada. “Na época era a única casa que tínhamos para trazer essas atrações. Passamos também a trazer
espetáculos no Teatro Dom Bosco e, após uma reforma, voltou para o Teatro Glauce Rocha, onde até hoje promovemos as peças teatrais. Em 1994 aconteceu a inauguração do Palácio Popular da Cultura, e no Centro de Convenções de Mato Grosso do Sul apresentamos espetáculo da Bibi Ferreira e Orquestra”, explica. Ele não esconde sua correria que, de fato, é durante o dia e a noite. “Respiro trabalho, e disposição para isso não me falta”. Com saúde de ferro, essa vontade pelo
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trabalho é nítida, ao perceber sua rotina no escritório, onde ele cuida de tudo e divide o espaço com a secretária Eva, além da sócia e inseparável Neusa Silva. Pedro Silva coleciona atrações memoráveis com famosos cantores, como Marisa Monte, Gal Costa, Simone, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, entre tantos outros. Mais recentemente, juntamente com seu filho Jamelão, trouxe grandes shows, inaugurando o Diamond Hall, na Av. Mato Grosso, como Zeca Pagodinho, depois Lulu Santos, Daniel, Fábio Jr. e, por último, em abril, o show de Djavan, além de peças teatrais que rodam todo o País. Por ano, são mais de 18 eventos, entre peças de teatro, show de humor e shows musicais.
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SUA EXTENSÃO Tá no sangue, e Jamelão não nega o prazer que sempre teve em organizar os principais shows de todos os gêneros e festas de música eletrônica que Campo Grande já recebeu, além de bares e restaurantes que abriram e fecharam. Aos 17 anos ele começou a mexer os pauzinhos e participou da inauguração da Boate Chattanooga, casa noturna que marcou o final da década de 80. Em seguida, uma sucessão de casas e bares que deram o que falar na cidade, frequentadas por um público seleto e fiel, como Mr. Dan, às sextas e sábados, e com o famoso Domingo Teen, o Bar Santo Mé, Japô Restaurante de gastronomia japonesa e o Club Garage. Esses dois últimos com filiais em Cuiabá. Festas, como Organic, 5º Elemento, Festa dos Solteiros e Noite do Branco e a Única, festa que ainda faz história e acontece uma vez por ano, reunindo gente da Capital, do interior e também de vários outros estados do Brasil. Mas toda essa vida noturna que Jamelão e outros amigos reuniam para implementar, marcaram uma época fugaz do eletrônico na Capital, que durou pouco mais de uma década. “Em meados de 2009 algumas exigências começaram a ser impostas, e com a burocracia ficou muito difícil nós e outros produtores se enquadrarem. Dessa forma, nos vimos amarrados e começou a parada de festas eletrônicas”, explica Jamelão. Mesmo assim, Jamelão acredita que as características culturais e sociais de Campo Grande foram o fator principal para que a vida noturna ficasse estagnada. Momento em que o sertanejo se apoderou e conquistou o espaço. “O sertanejo sempre predominou, mas hoje está em sua melhor fase, no auge, salvo algumas exceções.” Em contrapartida, ele sempre se viu ao lado do pai, ajudando nas demandas rotineiras e, por isso, sentiu que o momento era de se dedicar mais aos negócios da família e aproveitar as energias para o que sempre conseguiram manter na Capital: os shows musicais e as peças de teatro. Ele possui um escritório particular e é responsável pelo dia a dia da empresa junto com o pai. Sobre a abertura de novos espaços de outros gêneros musicais, Jamelão garante: “É preciso ter calma e serenidade, se informar sobre seu produto e público antes de abrir, se encaixar em todas as exigências e se reinventar sempre”, e garante: “Muita coisa boa e de qualidade ainda vem por aí. Aguardem”, finaliza.
A Caravana da Saúde percorreu o Estado zerando filas e devolvendo o sorriso a milhares de pessoas! Já foram mais de
500 mil procedimentos realizados!
É o GOVERNO DO ESTADO fazendo a maior ação de reestruturação do sistema de saúde da história de Mato Grosso do Sul. Cuidar de você é a nossa prioridade!
GASTRONOMIA
NÃO É MODA, É CEVICHE! Prato considerado patrimônio cultural do Peru virou um dos ‘queridinhos’ em Campo Grande. por ANAHI ZURUTUZA e EDU REJALA
E
sta iguaria pode ser encontrada em boa parte da América Latina – principalmente nos países banhados pelo oceano Pacífico – há pelo menos dois séculos. Mas, caiu no gosto dos brasileiros há bem menos tempo. O Wanchako, restaurante aberto em 1996 no nordeste, foi um dos primeiros a oferecer o ceviche no País. Considerado patrimônio cultural do Peru, o prato é feito à base de peixe branco fresco, limão, especiarias, ajis (pimentas peruanas) e uma variedade de outros ingredientes da culinária latino-americana de um modo geral. Um detalhe importante do prato é o “leche de tigre”, o suco branco que resulta do “cozimento” do filé de pescado no limão. Em Campo Grande, sua presença era bem tímida há alguns anos. Ele figurava como uma das opções dos cardápios de alguns restaurantes de comida japonesa e talvez como entrada nos buffets de festas que aconteciam na Capital. Entretanto, os ceviches já estão entre os pratos “queridinhos” dos campo-grandenses. No restaurante Imakay, localizado no Shopping Campo Grande, o prato faz sucesso há um ano. No menu, existem dez opções de ceviches, alguns clássicos e releituras feitas pelo chef Edu Rejala das receitas tradicionais que ele conheceu fazendo tours gastronômicos e a leitura de livros consagrados. Edu, que já trabalhava com a culinária japonesa há dez anos, estuda há dois anos a comida peruana e também a Nikkey – combinação das cozinhas oriental e do Peru, que surgiu após a chegada de imigrantes japoneses na América Latina pelo navio Kasato Maru, em 1899. Seu primeiro contato profissional com os ceviches foi no restaurante do chef Dagoberto Torres, o Suri, em São Paulo. “Eu fui prestigiar a cevicheria e conheci o Dagoberto, que me ofereceu um estágio e eu prontamente aceitei. Depois disso, eu li muito, estudei, fui a outros restaurantes e fui ao Peru.”
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fotos: Studio Vollkopf
‘Mergulho’
na culinária
peruana
Edu passou oito dias em Lima, capital do Peru, onde visitou os restaurantes mais renomados – La Mar, El Mercado, Tzuru, Maido, Tanta, Hanzo e Lima 27 estão na lista – e também os menos famosos, além de ter a oportunidade de conhecer um dos maiores chefs peruanos, Gastón Acurio. Em 2015, pelo quarto ano consecutivo, o Peru foi eleito o “melhor destino culinário do mundo” pelo World Travel Awards, prêmio considerado o “Oscar do Turismo”. “Quando estive lá, vi que não é sorte, e que o ceviche não é uma comida da moda. Os chefs trabalham muito e merecem o título.” O cozinheiro de Campo Grande já saboreou ao menos 50 tipos de ceviches, feitos por outros chefs ou por ele mesmo, que sempre está em busca de novas combinações. Para o Imakay, Edu levou receitas tradicionais, mas deu seus toques de ousadia e criatividade. O ceviche “Mira Flores” é uma das criações e homenageia o charmoso bairro Miraflores, em Lima. Localizado a 8 km do Centro da capital peruana, o distrito abriga shoppings, cassinos e claro, alguns dos melhores
restaurantes da cidade. O prato leva, além de maracujá, uma fruta tropical e produzida em larga escala no Brasil, flores comestíveis. No cardápio, há ainda uma opção vegetariana, à base de cogumelo shimeji. Para o chef, apesar de ter uma identidade marcante, o ceviche é um prato democrático e versátil. “Quanto mais simples, mais saboroso ele é”, ressalta. As pesquisas culinárias de Edu são feitas por imersão e não têm data para acabar. Ele planeja, por exemplo, uma viagem para a Amazônia Peruana para conhecer outro aspecto da comida daquele país.
UM PEDAÇO DO PERU NO NORDESTE BRASILEIRO
foto: Philipe Medeiros
Os que já são ou que se tornarem fãs do ceviche podem conhecer um pedaço do Peru no Brasil, em Maceió, capital de Alagoas. Lá a chef Simone Bert, alagoana, casada com o peruano José Luís, que vive no território brasileiro desde os 13 anos, assina o cardápio do Wanchako. À frente da cozinha do restaurante há 20 anos, Simone conta que logo que abriu as portas, houve resistência dos brasileiros – em especial dos nordestinos, que têm a gastronomia como um dos aspectos marcantes de sua cultura – em relação à comida peruana. “Foram anos tentando explicar o que era um ceviche e o porquê da picância em quase todos os pratos. Realmente, foi pura ousadia, mas eu acreditava no potencial desta extraordinária culinária!”, exclamou. Para a chef, a cozinha japonesa por muito tempo foi a “queridinha do brasileiro”, mas ela acredita que as receitas do Peru estão ganhando espaço. “Posso dizer que o ceviche se tornou mais popular, até pela existência da culinária Nikkey, a mestiçagem da japonesa com a peruana. Hoje, a comida peruana é um objeto de todos os desejos gastronômicos, sem distinção de crença, raça ou cultura. É uma comida amorosa, de sensações fortes e altamente provocadora.” CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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foto: Lucas Possiede
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O CEVICHE PELAS MÃOS DE UM COLOMBIANO LOGO ALI
UMA EXPEDIÇÃO PARA EXPLORAR SABORES
Mais perto de Campo Grande, o Suri Cevicheria & Bar é outro local indicado pelo chef Edu Rejala para os amantes do ceviche. O menu do restaurante que fica em São Paulo (SP) é assinado pelo chef colombiano Dagoberto Torres, um dos mentores de Edu neste ramo. Dagoberto define o ceviche como uma comida atemporal, por isso os olhos do mundo se voltaram para o prato que hoje ocupa espaço privilegiado nas mesas onde chega. “Essa popularização não é um fenômeno restrito ao Brasil, já faz um bom tempo que o mundo se voltou para nossa região [América Latina] e palavras como ceviche, patacon, arepa e aji já não são mais estranhas. Não acredito que o ceviche seja uma moda, pois ele sempre esteve e sempre estará aí.” O chef chegou ao Brasil em 2007 e percebeu que existia um universo gastronômico ainda a ser explorado no país. “Naquela época percebi que cozinha hispano-americana ainda era desconhecida aqui, apesar de sermos vizinhos de pátio.” Para ele, o ceviche é o prato que, certamente, fez com que esta culinária se tornasse mais popular, por ser uma comida que combina e transparece a alma do latino-americano. “O ceviche dança ao ritmo de cumbia [música típica da Colômbia]. É boêmio, festeiro, picante e colorido. É revigorante!”
Para quem quiser experimentar ceviches e conhecer a culinária peruana direto na fonte, a excursão organizada pelo chef Paulo Machado, de Campo Grande, para o maior evento gastronômico da América Latina, é uma boa oportunidade. O Mistura 2016 acontece em Lima, no Peru, de 7 a 11 de setembro. Paulo Machado, um estudioso da culinária sul-mato-grossense, brasileira e mundial, organiza a viagem. Segundo ele, embarcam na “aventura gastronômica” pessoas que buscam uma viagem diferente e que queiram “levar de volta pra casa muito mais conhecimento sobre a cultura e culinária do lugar que visitou do que se estivesse sozinho.” A excursão “Food Safari para Lima/Mistura 2016” é destinada não só para cozinheiros, professores e empresários apaixonados por gastronomia, mas para qualquer pessoa que queira viver a experiência de conhecer o Peru pelos sabores que o país oferece. “A viagem dura cinco dias, sendo que dois passaremos no Mistura. Além disso, tenho uma lista de restaurantes que iremos passar, mas também vamos a museus, feiras”, explica Paulo, que será o guia do grupo. São 15 vagas no total e as inscrições para a excursão ainda estão abertas. Para participar, só escrever um e-mail para gastrosafari@bravoexpeditions.com, pedindo o orçamento da viagem e outras informações.
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RECEITA DE
CEVICHE CLÁSSICO Ingredientes: 150 gramas peixe branco 1 colher de café de sal (temperado com pimenta do reino) 1 colher de sopa de milho Pimenta dedo de moça picada a gosto 1/6 de uma cebola roxa 4 folhinhas de coentro picadas 100 ml de suco de limão coado 2 pedras de gelo 3 chips de batata (para decorar)
fotos: Studio Vollkopf
Dicas: · Este ceviche pode ser encontrado no Imakay. Lá o chefe Edu Rejala usa alguns outros temperos especiais, trazidos do Peru. · Para a receita, o chef usa a tilápia fresca, mas outros peixes, como robalo e linguado, também podem ser utilizados. · Ceviche se come com um garfo e não com o hashi (palitinhos japoneses) como muitos acham que é o correto. O ideal é pegar mais de um ingrediente ao mesmo tempo para sentir os sabores em conjunto e não “ficar pescando” os cubinhos de peixe, o milho, a cebola, etc. · Os chips de batatas nada mais são que o tubérculo lasqueado e frito em óleo bem quente, para que fique crocante e sequinho.
Foto: Studio Vollkopf
Modo de preparo: Corte os filés de peixe em cubos (formato de dadinhos), tempere com o sal, acrescente os outros ingredientes e, por último, o suco de limão. Vá mexendo e regando os ingredientes com o suco de limão para que o peixe solte a gordura, formando o “leche de tigre” e os sabores se misturem. Faça isso por alguns minutos. Coloque as duas pedras de gelo e mexa mais. Este processo é necessário para deixar o ceviche fresquinho. Retire o gelo e sirva.
EDU REJALA é chef há dez anos e sócioproprietário dos restaurantes Imakay e Madame Japô. Ele é o novo colunista da CINCO+ e a cada edição será o responsável pelo conteúdo de gastronomia da revista.
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GASTRONOMIA
FOOD SAFARI
Pousada na Reserva Mamirauá
Pelos sabores locais, viagem à Amazônia transforma turista em aluno durante tour gastronômico. por Paula MaCiuleViCius • fotos BRASIL FOOD SAFARI
C
inco dias caminhando pelo sabor da culinária do Amazonas. No final de abril, o administrador Felipe Caran embarcou numa nova forma de “turistar”, escolheu sentir e conhecer o norte do País pelo paladar. Na bagagem de ida levou repelente e roupas brancas, para não atrair insetos, e na volta trouxe a experiência mais incrível que já vivenciou. Criado pelo premiado chef de Cozinha Paulo Machado, ao lado da sócia Pollianna Thomé, o Food Safari é um convite à imersão nos rituais de alimentação do lugar de destino. O ponto de partida para essa aventura é a capital, Manaus, de lá a distância percorrida é cerca de 600 quilômetros até a cidade de Tefé, para então chegar à Reserva Mamirauá e desfrutar da vivência cultural local, pelo convívio com os povos da floresta em seu habitat. Administrador, Felipe tem 31 anos e está à frente de um dos restaurantes mais tradicionais do Estado, “A Casa do João”, em Bonito. Experiência na gastronomia ele já tinha, mas foi para buscar tanto novos ingredientes
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quanto conhecer horizontes nunca vistos antes. E o que mais lhe chamou a atenção? As frutas. “O açaí, que é a cara do norte, e lá eles comem com tudo, e o sabor é impressionante. Ele deixa de ser sobremesa para se tornar prato principal”, descreve. Junto do menu, ele conta que o que fica na memória também é a paisagem. Foram três dias de estadia num hotel flutuante em meio à reserva, além de ser apresentado a ingredientes novos, como a farinha d’água, típica da região. “Você traz de uma viagem dessa, a visão de cozinheiros que cozinham com tudo o que têm. Aproveitam até o talo da alface, porque não são como a gente, que lida com abundância, comida em fartura. O que fica é isso: reutilizar mais os alimentos”, explica. Idealizador do Food Safari, Paulo Machado narra que a ideia surgiu a partir do próprio público. Fundador do Instituto Paulo Machado, o chef vive a pesquisar a gastronomia Brasil afora. Depois das idas ao Quênia, Tailândia e China, ouviu pedidos de quem gostaria de acompanhá-lo. No caminho, encontrou quem abraçasse a ideia, Pollianna, e já foram quatro as expedições, começando pelos sabores pantaneiros.
Sashimi de Piranha
Moqueca de Peixe
Rabo de Jacaré
“Esse ano resolvemos aumentar para a Amazônia e o mundo. Foi um grupo de 12 alunos para lá”, comenta Paulo. No calendário, os organizadores tentam sempre casar a viagem com um feriado. Para a Amazônia, os cinco dias serviram para fazer – junto aos alunos/ turistas – farinha de mandioca, degustação de peixes locais, observação de animais e o desbravamento da fauna, da flora e da cultura urbana. “É sempre uma viagem cultural, onde a pessoa pode viajar e conhecer. Eu sou apaixonado por essas culturas que a gente escolhe”, conta Paulo. Durante a estadia, o food safari coloca hóspedes para lidar na cozinha. O chef faz palestras, apresenta CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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ingredientes e faz toda interpretação da manifestação cultural em cima da gastronomia local. É o próprio viajante quem faz seu almoço ou jantar. “A gente mesmo quem bate o açaí, quem faz a farinha, que é uma coisa encantadora. As pessoas sabem fazer risoto, mas não sabe fazer farinha e isso me surpreende em levá-los”, descreve o chef. O perfil de quem viaja assim? A primeira coisa é gostar de aventura e de comer bem. Paulo explica que tem desde turistas a alunos de Gastronomia e chefs renomados seguindo viagem. “E acaba motivando muita gente a seguir esse caminho. A pessoa só precisa ser curiosa, gostar de comer bem e cozinhar.” De início, o chef ensina o básico, de forma que a turma fique “nivelada”. No entanto, a programação não inclui nada muito rebuscado. Sócia e produtora do Food Safari, Pollianna Thomé explica que o projeto surgiu da observação de turistas
no Pantanal que elogiavam muito a alimentação. “Percebemos que as pessoas iam embora, mas se identificavam não só com a natureza, faziam muitos comentários em relação à comida.” Foi aí que eles viram que tinha mercado e sabores não faltariam. “Então, além de desenvolver um roteiro turístico de cinco dias, o hóspede vai atrás dos frutos, ele não só passeia de barco, como pesca e volta para fazer o alimento”, exemplifica. Para a Amazônia, os organizadores escolheram a cidade de Tefé e um hotel que apresenta um projeto diferente, em sintonia com o patrimônio cultural. “Dentro da reserva, as pessoas que moram são os proprietários. Algumas comunidades fazem a gestão do hotel. Essa composição sustentável tem a ver com nosso projeto”, pontua Pollianna. Para o segundo semestre, o Food Safari tem três destinos: Lima, no Peru, dos dias 7 a 11/09, para a Feira Mistura, maior evento de Gastronomia da América Latina, e ainda Bonito e Pantanal em novembro. O primeiro destino de 2 a 6/11 e, por fim, de 7 a 9/11.
SERVIÇO: Informações foodsafaris@bravoexpeditions.com www.bravoexpeditions.com 67 3325-6807 67 99982-2708
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LITERATURA
A BOA POLÍTICA É FEITA COM PESSOAS E LIVROS De Ziraldo a Darcy Ribeiro, os livros podem politizar brasileiros de todas as idades. por LEONARDO TRIANDOPOLIS VIEIRA
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palavra política é, quase sempre, dissociada do indivíduo comum, ou seja, de mim, de você e de todos aqueles que não figuram na classe incumbida, por nós, de representar, através da gestão pública e da governança de um Estado ou Nação, os desejos e anseios da população. Em palavras menos sofisticadas, nós sempre deixamos a política para os políticos. Porém, o que costumava estar restrito às câmaras e gabinetes governamentais, hoje ganha voz nas conversas de bar, nas discussões em redes sociais, até mesmo em rodas de amigos e família. É inegável, o Brasil passa por uma crise, e consequente transformação, política e social. Digo política e social, pois é impossível dissociar uma palavra da outra. A política precisa da sociedade, bem como a sociedade precisa ser política. Basta revisitarmos a etimologia da palavra política, que tem sua origem no grego politiká, que é, por sua vez, um termo derivado de polis, que designa aquilo que diz respeito ao espaço público. E o que são os espaços públicos? São todos aqueles que nós compartilhamos com os demais. A rua, o cinema, o bar, a livraria... Reitero, a política precisa da sociedade, bem como a sociedade precisa ser política. E como podemos ter uma sociedade mais política, politizada? A resposta não é nenhuma equação intrincada, impossível de ser resolvida. A resposta é uma palavra de seis letras: livros. Os livros estão aí para educar, informar e empoderar. Não há restrição de faixa etária. A política pode ser vivenciada tanto por crianças, quanto por jovens e adultos.
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Flicts, escrito e ilustrado por Ziraldo, foi editado pela
A Revolução dos bichos, de George Orwell, é indispen-
O Povo Brasileiro, do antropólogo Darcy Ribeiro, é
primeira vez em 1969. O livro, voltado para o público infantil, conta a história de uma cor “diferente” que não consegue se encaixar no arco-íris, nas bandeiras e em lugar algum. Utilizando um discurso semântico relacionado aos aparelhos ideológicos utilizados por muitos estados e governos, o livro é capaz de problematizar para as crianças, de uma maneira bem lúcida e lúdica, muitos aspectos diretamente relacionados à história política de nosso País e nosso papel como indivíduos politizados ou não. É incrível como este livro se mantém atual até os dias de hoje.
sável para o despertar de uma consciência política entre os jovens. Mais de sessenta anos se passaram desde que o livro foi escrito, e ele ainda mantém a verve de uma alegoria atemporal sobre a fragilidade da sociedade que é capaz de se corromper e levar ao desastre projetos de revolução política. Utilizando o recurso das fábulas, que é uma narrativa vivida por animais, mas que faz alusão a situações humanas, o livro é recomendado para leitores jovens, além de ser um clássico indispensável para qualquer apaixonado por livros.
uma obra-prima que foi publicada originalmente em 1995, pouco antes de sua morte, e trata de um dos registros mais honestos e significativos da história, política, cultura e formação do povo brasileiro. Em suas páginas, o leitor é capaz de compreender todos os mecanismos que levaram, e levam, o povo brasileiro a viver o cenário político e social que é construído, desconstruído e reconstruído a cada dia, de norte a sul do País. É uma leitura mais densa e rebuscada, sendo mais adequada para leitores adultos, ou com uma certa maturidade literária.
Não é preciso se filiar a nenhum partido, viajar até Brasília ou enfrentar aulas ou palestras massivas sobre política para começar a se politizar. Basta entrar em uma livraria, escolher o livro certo e começar a ler. O empoderamento por meio da leitura é inegável. Como escritor, editor e um leitor voraz, boto minha mão no fogo, sem medo de me queimar. Digo, a boa política é feita com pessoas e livros. Essa coluna é patrocinada pela:
Rua Euclides da Cunha, 1.126 Campo Grande, MS (67) 3043-5100 facebook.com/leparolecg leparolelivraria
LEONARDO TRIANDOPOLIS VIEIRA Escritor e editor leioeu.com.br
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COMPORTAMENTO
UMA ‘PEQUENA GRANDE AULA’ SOBRE HISTÓRIA DA MODA BRASILEIRA COM GLÓRIA KALIL Jornalista e empresária solta o verbo sobre o mercado fashion brasileiro e revela como foi sua experiência como industrial. por GuilHerMe CaValCanTe • fotos DIVULGAÇÃO
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or que Gloria Kalil é mais do que apenas uma referência de elegância? É fácil responder esta pergunta. O interessante, no entanto, é compreender como se chega a ela. Glória Kalil, a jornalista, empresária e consultora de moda que todos conhecem, que dava dicas de moda no Fantástico, que publicou vários livros com base em seus conhecimentos como stylist. Todavia, seria injusto resumi-la a apenas isso. Até porque o nome que a jornalista carrega está incrustado de história, conhecimento e sabedoria sobre o nicho que todo mundo acha que entende um pouco, mas que, no fim das contas, é muito mais que simplesmente saber fazer combinações entre cores e acessórios. Ser chic, segundo Kalil, é uma questão de atitude e bom senso – tal qual ela teve, no fim dos anos 70, ao trazer uma das grifes que na época era das mais importantes no mundo, a italiana Fiorucci. Eis o lado que o grande público esquece: Kalil entende de moda porque foi industrial, e contou satisfeita esta história numa coletiva de imprensa em Campo Grande, em maio, em ocasião de uma palestra que veio fazer na cidade: “Era outro mundo. A Fiorucci era uma marca italiana, mas naquele tempo o Brasil era fechado para importações, então tudo tinha que ser fabricado aqui. Eu ia lá, pegava o mostruário, selecionava o que eu achava que ia funcionar e a gente fabricava aqui. Foi algo muito interessante para o desenvolvimento de uma série de produtos que depois passaram a fazer parte da moda”, relatou.
“Era outro mundo. A Fiorucci era uma marca italiana, mas naquele tempo o Brasil era fechado para importações.”
Ela fez questão de lembrar que nos tempos em que o país não podia importar mercadorias de fora, era importante usar a criatividade para fomentar a indústria de matérias-primas, até para impulsionar o mercado têxtil local. “A Fiorucci da Itália era uma coisa extremamente jovem e inovadora, sobretudo na questão dos materiais. Lembro que eles faziam um maiô de borracha e eu quis trazer para o Brasil, mas e pra eu conseguir borracha pra fazer o maiô aqui? Quando você conseguia, chegava numa fábrica de luva de borracha cirúrgica, chegava lá só tinha aquele branco, mas eu queria um rosa, um turquesa, um amarelo… Tinha essa limitação. Mas, se a gente queria, tinha que criar. Quer dizer, eu desenvolvi muitos produtos em conjunto com indústrias brasileiras. Nylon, por exemplo, só tinha azul marinho, laranja e preto. Ajudei a mudar isso. Foi interessante”, afirmou. Quando o então presidente Fernando Collor abriu as fronteiras para importação, na década de 1990, o negócio de Kalil começou a ruir. Não só o dela, a propósito, mas praticamente toda a indústria nacional. Foi então que a consultora reinventou-se. Jornalista, agora escrevia sobre moda, fazia críticas das temporadas e cresceu no nicho também como consultora e empresária. Foi assim que surgiu a Glória que a gente conhece e tanto ama. “A indústria têxtil sofreu um abalo gigantesco em 1990 com o Collor. Nossa indústria era protegida, era proibida a importação. Uma das primeiras medidas quando ele foi eleito – acertada, na minha opinião – foi abrir essas fronteiras. Mas, tem que ter um projeto de inserção das indústrias nacionais”, ponderou. De fato, nunca mais se investiu em tecelagem no País, tanto que grande e importantes fábricas fecharam. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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“Uma coisa que agrava essa crise no Brasil é que nós não temos matéria-prima. É tudo importado. Se de repente o dólar aumenta, a coisa piora. E não pode ter greve no porto, não pode atrasar mercadoria... Há muito tempo que a indústria vem sofrendo e com a crise ela só piora. Só que não é de agora”, analisou. NOVOS PROJETOS Glória Kalil também traz novidades. Estreou como figurinista de um espetáculo teatral, a montagem brasileira de Gata em Telhado de Zinco Quente, eternizado por Elizabeth Taylor nos cinemas. No Brasil, a montagem conta com a direção de Eduardo Tolentino e traz Bárbara Paz no papel principal. “Está sendo uma experiência interessante. A gente está acostumada a trabalhar com modelo, que não fala, não dá palpite, não diz ‘quero, não quero’, tudo que põe fica bom. Com atores já não é assim. Um tem coxa, outro tem barriga, se puser esse vestido a personagem não vem… É completamente diferente. Na moda, o modelo está lá para valorizar a roupa enquanto para o figurinista a roupa está lá para valorizar o personagem e o ator”, revela. E a moda no Brasil, tem condições de tornar-se competitiva mesmo com as intempéries do mercado? Para Glória, o problema é complexo, tanto pela questão da produção como por um novo aspecto da sociedade, algo bem diferente da época em que ela representava a Fiorucci no Brasil. “Quem dá as cartas hoje é o consumidor, não mais a indústria e o comércio, como antigamente. Afinal, as pessoas já não buscam simplesmente estar na moda, buscam representar uma identidade.” Porém, resta uma carta na manga. Com tantos novos talentos e um mercado de moda casual cada vez mais exigente em todo o mundo, o Brasil tem algumas chances, sim, de tornar-se um expoente. “Talvez pela própria circunstância climática nós tenhamos uma criatividade no uso da moda praia e da moda 56
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casual. A gente tem como explorar isso, é um nicho onde temos possibilidade de propor modos de uso. Mas, ainda não somos um país que exporta. Nosso nicho será sempre esse: onde vamos ter chance é na linha do casual”, concluiu.
NEGÓCIOS
PAIXÃO QUE VIROU PROFISSÃO por FranCiellY M. TaMiOZO • fotos STUDIO VOLLKOPF
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oda mulher tem um interesse único por sapatos. No entanto, enquanto a maioria de nós torna essa paixão em uma coleção de pares intermináveis no guarda-roupa, outras a transformam em fonte de renda. Esse é o caso de Caroline Cavalli, designer radicada em Campo Grande, que deixou uma fascinação de infância virar profissão. Confira na entrevista essa história e conheça mais sobre essa marca campo-grandense tão apaixonante:
5+: Carol, quando e como começou sua história no ramo de sapatos? C: Começou quando eu era pequeninha. Minha mãe é estilista e quando eu era criança, enquanto ela trabalhava e desenhava os croquis, eu brincava e criava sapatos. Era um interesse que eu nunca imaginei que viraria profissão, mas nasceu naquela época. Até hoje eu encontro amigas de infância que se lembram de quando eu passava parte das aulas escolares desenhando sapatos (risos). 5+: Quando chegou a hora de decidir uma profissão, você optou logo de cara por ser designer ou sonhava em trabalhar em outra área? C: Quando jovem, eu tinha várias ideias de qual carreira eu gostaria de seguir, Medicina era uma delas. Minha vontade era a de revolucionar o mundo de alguma forma, como toda adolescente deseja. Acabei entrando na faculdade de Enfermagem, mas o destino me levou ao que eu realmente tinha nascido para fazer, ser designer. Primeiro vieram as bolsas, e depois os sapatos, que se consolidaram como a cara da marca. 5+: E como a marca Caroline Cavalli surgiu? C: O nome ‘Cavalli’ é de família, é o sobrenome da minha mãe, e, claro, eu devo a ela o meu lado artístico (risos). Foi ela, também, a primeira pessoa a acreditar em mim, quando, em 2011, eu fui para São Paulo, junto com ela e com a minha filha, com meia dúzia de desenhos embaixo do braço em busca de um ateliê para criar minha primeira coleção. Foi um desejo, que passou pela minha cabeça e eu decidi seguir, e foi o apoio dela, da minha família e dos meus amigos que manteve esse sonho vivo até que ele virasse realidade. 5+: Como você descreve a marca Caroline Cavalli? Não há melhor forma de descrevê-la, senão como elegante. Para mim, elegância é sinônimo de luxo e conforto, e eu prezo muito as duas características na hora da criação. Por isso, todos os calçados são feitos com pelica de cabra e o nosso maior salto é o de 7cm. Eu acredito que ao final de um dia longo, mesmo em cima de um salto alto, a mulher precisa estar bem consigo mesma para tratar bem aqueles que estão à sua volta. Se os maridos conhecessem os meus sapatos e o efeito que eles têm sobre o humor de uma mulher, eles só comprariam Caroline Cavalli para suas esposas (risos). CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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5+: Quanto ao processo de criação e fabricação, como funciona? C: Para criar, eu sento sempre no mesmo local, no sofá do meu ateliê, e me cerco de silêncio. Eu gosto dessa ideia de criar num local informal, já que não consigo sentar numa mesa e desenhar. Quanto à fabricação, eu trabalho até hoje com o mesmo ateliê que fez a minha primeira coleção. Primeiramente, eu envio os desenhos e eles trabalham nos protótipos para que possamos ver quais modelos funcionam e quais não. Quando essa parte está finalizada, escolho os modelos que realmente saíram como eu desejava e a fabricação começa. Tudo é feito manualmente, por uma equipe que entende de todos os detalhes para que cada um deles tenha a melhor qualidade. Eu sou bastante detalhista e exigente (risos). 5+: É óbvio que você tem um estilo clássico. Quando cria as coleções, você se baseia em tendências ou cria algo completamente seu? C: Eu não sigo tendências, nem temporadas. Cada coleção sai quando eu sinto que ela está pronta e faço tudo conforme o que o meu coração diz. Já trabalhei com sapatos mais fechados no verão ou sandálias no inverno. Meus sapatos são atemporais e o meu lado romântico é quem guia a criação de todos eles, ainda que, às vezes, eu deixe a ousadia falar alto e crie modelos completamente inusitados, como o ‘Vanessa’, por exemplo, que quando saiu fez o maior sucesso.
5+: É fácil perceber que todos os modelos têm a sua cara e uma identidade clara. Como você faz para manter uma linha de uma coleção para a outra, sem deixar de trazer novidades? C: Eu sempre repito um modelo da coleção passada na próxima coleção, para que as mulheres possam perceber que uma “coleção passada” não está, necessariamente, fora de moda. O “retrô” é uma característica forte em todas as coleções, mas gosto de trabalhar detalhes diferenciados para que a nova coleção possa surpreender. 5+: Quais as numerações que podemos encontrar na loja? Você trabalha com tamanhos e modelos exclusivos também? C: Na loja, eu trabalho com numerações do 33 ao 43. No entanto, como eu me envolvo 100% no processo de produção, consigo trabalhar com tamanhos exclusivos e diminuir ou aumentar as medidas das tiras ou palmilhas, por exemplo. 5+: E como é a cliente Caroline Cavalli? C: A cliente Caroline Cavalli é única, tão exclusiva quanto meus sapatos. Ela está presente no Brasil inteiro e tudo o que eu faço, eu faço por ela. O mercado de calçados é muito difícil de se trabalhar por falta de mão de obra, e a cada ano essa história só se complica. Porém, o carinho que eu recebo de cada uma das minhas clientes me motiva e me dá forças para enfrentar as barreiras e a selva de pedra que é São Paulo. Frases como “estou viciada em seus sapatos”, “nada é tão confortável quando eles”, “só consigo usar o seu agora” são inspiradoras e eu sinto uma gratidão enorme por cada uma dessas clientes. 5+: E quais são os planos para o futuro da marca? C: Eu não gosto de fazer planos. Tudo o que aconteceu até agora, aconteceu porque o destino permitiu e é isso que eu deixo que me guie para o futuro. O que tiver de ser, será.
A loja Caroline Cavalli está localizada na Rua Chaadi Scaff, 550. Itanhangá Park. E está presente também nas redes sociais. Confira! IG: @carolinecavalli Facebook.com/SapatosCarolineCavalli www.carolinecavalli.com.br
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Missão Excelência no atendimento ao cliente
Visão Permanecer no mercado com solidez, confiabilidade e ser referência na prestação de serviços contábeis.
Valores Ética, transparência, pontualidade, qualificação técnica, competência.
Sua empresa precisa se sentir segura, quando o assunto for Assessoria e Consultoria Contábil. Para isso você pode contar com a WS Organização Contábil. Uma empresa com credibilidade no mercado, profissionais atuando há 20 anos, trabalhando com seriedade, honestidade e determinação. Venha conhecer nossa excelência em atendimento. Uma equipe de profissionais estará sempre pronta a atender e satisfazer toda a necessidade de sua empresa. Rua Antônio Maria Coelho, 363 - Centro Campo Grande-MS - Cep: 79009-380
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CAPA
MULHERES INSPIRADORAS Cada uma delas fez ou faz a diferença.
por ANAHI ZURUTUZA
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esde a colonização do Brasil, mulheres brasileiras fazem história, ao lutarem pela liberdade de um povo, justiça social, igualdade de gêneros e direitos e pela democracia. O povo brasileiro as viu batalhando pelo fim da escravidão, pela independência da nação, pelo direito ao voto, por melhores salários, pelo fim da miséria, da fome, da violência doméstica e mais uma lista com milhares de reivindicações. Hoje, é comum encontrar mulheres artistas, escritoras, cientistas, políticas e nas mais diversas profissões. É difícil pensar que, há menos de um século, elas não tinham nem metade dos direitos que têm na atualidade, principalmente os relacionados à vida pública. Conforme consta no arquivo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), somente em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, que pela primeira vez a brasileira pôde votar e ser votada em âmbito nacional, depois de muitos protestos por parte de mulheres que queriam fazer parte da política em nosso País. A história retrata que elas foram protagonistas em movimentos que culminaram em inúmeras outras conquistas sociais. Cada uma fez a diferença, seja no universo da própria comunidade, cidade, estado ou em âmbito nacional. Outras ainda lutam por dias melhores. A Revista Cinco+ elegeu quatro mulheres que foram importantes para a história do Brasil para retratar nesta edição. Duas delas ainda são atuantes, sendo uma em Mato Grosso do Sul. A seleção é pequena e até em nosso Estado seria possível destacar outras dezenas, talvez centenas, de nomes, mas impossível contar um pouco da trajetória de todas elas.
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RACHEL DE QUEIROZ - in memorian Jornalista, escritora e professora, Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, no Ceará, em 1910, e escolheu as palavras para denunciar a miséria, a fome e as mazelas sociais que assolavam o povo nordestino. Em 1917, migrou com os pais para o Rio de Janeiro (RJ), fugindo da terrível seca de 1915, que mais tarde virou o tema central do primeiro livro da jovem escritora. Depois disso, a família viveu em Belém do Pará e em 1919 regressou a Fortaleza. Rachel formou-se no curso normal em 1925 e estava habilitada aos 15 anos para dar aulas nas primeiras séries do que hoje é chamado Ensino Fundamental. Dois anos depois, publicou, com o pseudônimo de Rita de Queluz, um texto no jornal O Ceará, quando foi contratada como redatora do periódico, conhecido por fazer o que era considerado o jornalismo independente. Rachel era responsável pela página de literatura, onde publicava crônicas, poesias, além de fazer a seleção do conteúdo enviado por outros colaboradores. Ela se destacou por, apesar de pouca idade, sempre escolher temas relacionados à época e escrever textos recheados de crítica social, e não os assuntos fúteis que eram delegados às mulheres jornalistas. Em 1930, aos 20 anos, Rachel estreou como romancista com o livro “O Quinze”, que teve grande repercussão no Rio e em São Paulo e projetou a autora no meio literário do País. Ela foi a primeira mulher a sentar numa cadeira da Academia Brasileira de Letras. Quinta ocupante da Cadeira 5, a escritora foi eleita em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Candido Motta Filho. Rachel morreu no Rio de Janeiro em 4 de novembro de 2003, aos 93 anos. Fonte: Academia Brasileira de Letras.
RUTH CARDOSO - in memorian O nome dela se tornou mais popular depois que Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência do Brasil em 1995, mas ela já era muito conhecida no meio acadêmico. Doutora em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Universidade de São Paulo), Ruth Corrêa Leite Cardoso, dedicou a vida à docência, aos estudos e pesquisas científicas em Antropologia, Cultura, Vida em Sociedade e Política. Mas, um dos destaques da sua trajetória, foi a atuação como liderança na sociedade civil, para estimular o trabalho de ONGs (Organizações Não-governamentais) e outras entidades sem fins lucrativos para a promoção do desenvolvimento social e combate à pobreza. “Combater a pobreza não é transformar pessoas e comunidades em beneficiários passivos de programas sociais. Toda pessoa tem habilidades e dons. Toda comunidade tem recursos e ativos. Combater a pobreza é fortalecer capacidades e potencializar recursos”. Este era um de seus lemas, segundo a biografia sobre Ruth elaborada pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso. Nascida em Araraquara, interior de São Paulo, em 19 de setembro de 1930, foi na universidade, na década de 1920, que ela conheceu o marido, Fernando Henrique, com quem teve três filhos. Ao longo de quatro décadas, além do trabalho acadêmico, Ruth foi ativista na política, CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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lutou pela redemocratização do País e na fundação do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). Integrante do movimento feminista, ela se manifestou a favor do aborto, por considerar um direito de escolha da mulher. Por fim, durante os oito anos do mandado de FHC, Ruth trabalhou duro no fortalecimento da sociedade civil. Fundou e presidiu o Conselho da Comunidade Solidária, de 1995 a 2002. A iniciativa mobilizou parcerias entre ONGs, universidades, empresas e governos para a criação e expansão de programas sociais. Entre 2002 e 2008, presidiu a Comunitas, organização da sociedade civil de interesse público, criada para dar continuidade à Comunidade Solidária. Ela morreu no dia 24 de junho de 2008 vítima de um infarto.
BRAVA MULHER BRASILEIRA
Fontes: UOL Educação, Centro Ruth Cardoso e Instituto FHC.
MARIA DA PENHA Assim como Rachel de Queiroz, a cearense, de Fortaleza, Maria da Penha Maia Fernandes é mais uma das brasileiras cuja história de vida vale a pena saber. É ela, sim, a mulher que deu nome à Lei nº 11.340/06, que penaliza autores de violência física e psicológica contra mulheres e estabelece medidas para a proteção das vítimas. O que poucos sabem é que ela precisou lutar muito para ver a Lei Maria da Penha virar realidade. A cearense tinha 38 anos e estava dormindo quando sofreu um atentado cometido pelo próprio marido, o economista Marco Antonio Heredia Viveros. Ele disparou um tiro contra a mulher, que a deixou paraplégica. O ano era 1983, Maria da Penha era uma farmacêutica-bioquímica respeitada e mãe de três meninas, levava uma vida longe de qualquer suspeita, mas aguentava calada 23 anos de agressões. Só que naquele
trágico 29 de maio, ela decidiu lutar não só contra a violência que sofria, mas por todas as mulheres na mesma situação. O agressor foi julgado e condenado, mas saiu em liberdade devido a recursos impetrados na Justiça. Em 1994, Maria da Penha lançou o livro “Sobrevivi... Posso Contar”, que serviu de base para a denúncia que a ativista fez, junto com o CLADEM (Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher) e CEJIL (Centro pela Justiça e o Direito Internacional), contra o Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos). O País foi condenado internacionalmente pela omissão em relação aos casos de violência doméstica. Uma das punições para a Nação era rever a legislação. Foi quando o Governo Federal, por meio da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres e em parceria com a sociedade civil, elaborou o projeto de lei que, aprovado pelo Congresso Nacional, deu origem à Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006. A guerreira Maria continua a lutar contra a violência e pelas mulheres por meio do Instituto Maria da Penha. Fontes: Instituto Maria da Penha e jornal Zero Hora.
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ROSE MODESTO Como Rachel de Queiroz e Ruth Cardoso, ela escolheu o giz e a lousa para começar a fazer a diferença. Mas Rose Modesto decidiu levar projetos que criou dentro das escolas, sempre relacionados à área social e à educação, para fora das salas de aula. A jovem professora, que lutava por objetivos diferentes nos anos 2000, mas de maneira incansável, como Maria da Penha, queria que suas ideias beneficiassem não só a comunidade do seu entorno, mas o maior número de pessoas possível. Ela decidiu que a carreira política seria o melhor caminho. Nascida em Culturama, distrito de Fátima do Sul - MS, em 20 de fevereiro de 1978, Rosiane Modesto de Oliveira é a única filha dentre quatro irmãos. A família se mudou para Campo Grande em busca de uma vida melhor, quando tinha 6 anos. Rose acredita que a origem humilde a ensinou, desde pequena, que é preciso superar obstáculos e lutar pelos próprios sonhos. “Foi através da educação que eu escolhi transformar a minha própria realidade e do meu redor.” Bacharel em História pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), ela começou a lecionar na Rede Municipal de Ensino da Capital logo depois que se formou, em 2003, embora já estivesse nas salas de aula como estagiária durante o período que cursava a graduação. Nas escolas por onde passou, iniciou projetos que uniam artes e música ao ensino. Em 2002, criou o programa “Tocando em Frente” que atendia crianças, adolescentes e adultos do bairro Parati, onde morava, e região. Foi quando a professora Rose viu seu nome ganhar projeção e começaram as cobranças para que ela fosse representar a comunidade na Câmara de Vereadores.
Em 2008, com 30 anos, ela se candidatou e foi eleita vereadora pelo PSDB com 7.536 votos. Nas eleições de 2012, ela teve a segunda maior votação dentre os que queriam ocupar vaga no Legislativo Municipal, 10.813 votos no total, segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul. Desde então, a trajetória foi ascendente. Em 2014, foi convidada a ser candidata a vice-governadora na chapa de Reinaldo Azambuja, também do PSDB. Durante o primeiro ano do governo, ela também liderou a SEDHAST (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho). O projeto “Tocando em Frente” já atendeu 4 mil pessoas e continua oferecendo aulas de artes, esportes e reforço escolar no bairro Parati. Entretanto, durante sua passagem pela SEDHAST, Rose também criou a Rede Solidária, programa cuja primeira sede leva o nome de Ruth Cardoso e foi inaugurada em novembro do ano passado, no bairro Dom Antônio Barbosa, localizado na região mais pobre da Capital. O projeto do Governo do Estado, em parceria com empresas privadas, funciona de forma parecida com o Tocando em Frente, mas a ideia é que a Rede Solidária vá para outras regiões de Campo Grande e outras cidades do Estado. Hoje, com 38 anos, Rose já anunciou que se lançará no que, talvez, seja o maior desafio da sua trajetória até aqui: quer tornar-se a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita de Campo Grande. Fontes: Rose Modesto, por meio da assessoria de imprensa, TRE-MS, Governo do Estado e imprensa local.
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A TV que assiste você. A história do SBTMS se confunde com a de cada pessoa que se lembra de um momento marcante ou algum programa que passou ou ainda passa no canal. Fazer parte da vida dos telespectadores é fruto da simpatia e carisma que nasceu com o ícone Silvio Santos, pois graças à ele todo mundo tem um pouco de SBT dentro de si e o SBT tem um pouco de cada brasileiro. Fazer parte de você é o princípio do SBTMS, algo presente no DNA de milhões de brasileiros, um sentimento que pulsa a cada dia mais forte, assim como a audiência que não para de crescer e isso tudo graças: a você.
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POLÍTICA
PARA REFLETIR Corrupção é tema de palestra para acadêmicos e advogados. por ANAHI ZURUTUZA
Márcio Canedo Marco Aurélio
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m tempos de turbulência na política, em que a cada semana brasileiros testemunham vir à tona novas denúncias de fraudes, superfaturamento de obras e mau uso do dinheiro público, a palavra corrupção é ouvida em todas as rodas de conversa e o tema não poderia passar batido entre acadêmicos e estudiosos das leis. Alunos e professores de Direito, além de advogados, tiveram a oportunidade de ouvir diferentes conceitos sobre o assunto, levados para o auditório da ESA (Escola Superior de Advocacia), na OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) pelos professores Márcio Antonio Magalhães Canedo e Marco Aurélio Borges de Paula. Os juristas têm opiniões, até certo ponto, divergentes, mas que chegam a uma só conclusão. Márcio Antonio foi convidado pela coordenadora do curso de Direito da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Elaine Cler Alexandre dos Santos, e pelo diretor-geral da ESA, Ricardo Souza Pereira, por ser um estudioso do tema. Ele, por sua vez, chamou o colega de profissão Marco Aurélio, com quem sempre trava debates a respeito da corrupção. Pela primeira vez, os advogados, que atuam na mesma área, o Direito Econômico, falaram juntos e em público sobre o assunto. Formado em Direito e Relações Internacionais pela UnB (Universidade de Brasília) e mestre em Ciência
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Política e Direito Econômico, Márcio foi professor universitário por 14 anos e atualmente trabalha como consultor para assuntos educacionais e de legislação na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em Brasília. Durante a palestra, ele discorreu sobre a corrupção no cotidiano e como ela pode ser usada como um instrumento de eficácia. “Há muitos anos eu busco, leio, estudo e quero entender como que nós, brasileiros, nos comportamos dessa forma. De onde vem? Por quê? Por que nós somos assim? Por que nós temos essa aceitação tão grande. Na verdade, a gente tem duas éticas, a ética de valores e a ética da necessidade. A ética do valor faz a gente saber que é errado, mas a ética da necessidade faz a gente tomar decisões e atitudes que nem sempre são adequadas, corretas, legais”, afirmou durante a análise sobre o fato da corrupção ser comportamento, de certa forma, tolerado e conduta inerente ao humano, e mais especificamente ao brasileiro. Para o professor, além de ser usada como estratégia de sobrevivência individual, no plano coletivo, a
corrupção também tem de ser observada como uma forma de atingir um objetivo, necessário e benéfico para a sociedade, de forma mais ágil. “Na análise de custo-benefício, em países em desenvolvimento, ela é um instrumento de eficácia, transforma coisas mais demoradas em mais céleres, principalmente na estrutura burocrática como é a brasileira. O ‘jeitinho’, apesar de ser um elemento de corrupção, é um elemento de eficiência, porque a gente consegue fazer as coisas da forma não tradicional, mas que se tornem realidade”, disse ressaltando que, obviamente, no âmbito da administração pública, este tipo de ato tem de ter controle e não pode se tornar sistêmico. Na visão realista de Márcio, a corrupção acaba sendo um “mal necessário”, embora ele acredite, trazendo a discussão para a atual conjuntura, que seja importante que o País passe por uma transformação completa. “A tolerância à corrupção não é um desvio de caráter do brasileiro, mas uma situação prática pertencente ao cotidiano das sociedades capitalistas. É perigoso pensar assim, é arriscado, mas a gente vive nessa corda bamba, no fio da navalha. É verdade que corrupção representa um desafio à democratização brasileira, não no plano formal, mas no plano da cultura política. Por conta de tudo isso, eu acredito que nós vivemos um momento no Brasil, que é 8 ou 80. Ou a gente aproveita agora para repensar o nosso comportamento e todo esse sistema, ou a gente vai ficar estagnado. É uma janela de oportunidades imensa, vamos ter de pensar se é assim que a gente quer ser”, concluiu. Já Marco Aurélio deu foco para as consequências de se burlar regras, mas no âmbito da grande corrupção, mais precisamente causada pelas CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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relações entre governos e iniciativa privada. Ele não crê, como outros estudiosos, no fim “dos esquemas”, mas defende que é imprescindível e possível evitar ao máximo que eles sejam planejados e executados, causando prejuízos, diretos – como uma ponte que cai e o asfalto que esfarela – ou indiretos – por exemplo, pessoas que morrem porque lhes faltou assistência médica de qualidade no hospital de onde o dinheiro público é desviado. “A corrupção mata”, enfatiza. O advogado, que atua como consultor em compliance anticorrupção – trabalho ligado justamente à formulação de conjunto de normas, prevenção dos desvios de conduta e fiscalização do cumprimento destas regras no ambiente corporativo – argumenta que a corrupção, na verdade, atrapalha o desenvolvimento econômico. “Eu tento explicar o conceito de corrupção através do que se chama capitalismo de compadrio. O empresário e o agente público que se unem com o propósito de enriquecer, de obter uma parte da riqueza produzida por outros. Eu, empresário, quero maximizar meu lucro e procuro o agente público e ele, percebendo que pode vender um contrato, faz o negócio para maximizar a renda dele. A relação é secreta, baseada em confiança, porque os dois têm de se proteger, e, portanto, de compadres”, discorreu. O problema é que, conforme reflete o Marco Aurélio, a corrupção torna empresas e prestadores de serviços ineficientes, o que é mais um obstáculo para o crescimento de um país. “É que isso acontece num ciclo reduzido, ele (empresário) tem certeza que vai conseguir aquele contrato, não vai haver concorrência, então ele não tem por que ser eficiente, não tem por que investir em material humano, em qualidade.” Para o advogado, se levados em conta os resultados em longo prazo, nem o “jeitinho” tem efeitos positivos. “Há correntes de pensamento que dizem que corrupção é eficiente em alguns casos, porque ela funciona como o azeite que lubrifica a máquina pública, a burocracia, que faz com que, por exemplo, eu obtenha uma licença muito mais rápido, porque se eu não pagar essa propina eu vou ter essa licença muito tempo depois. É aí que eu me distancio. Não concordo com quem defende que a corrupção favorece o crescimento econômico, pois quem faz isso pensa apenas no curto prazo.” A palestra “Corrupção e direitos, alguns apontamentos a partir do Direito Penal e do Direito Internacional Privado” foi realizada na terça-feira dia 10 de maio. 70
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SERVIÇO: Os interessados em contatar os palestrantes podem enviar e-mail para mcanedo@paineirasconsultoria.com ou marcoaurelio@prointegros.com.br
NEGÓCIOS
A NOVA CARA DA ECONOMIA Nathalia Arcuri aposta no entretenimento como ferramenta de educação financeira. Um investimento arriscado e de alto retorno. por andrea FederMann • fotos ACERVO PESSOAL
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e você acha que economia é um assunto chato, complicado, você ainda não conhece a Nathalia. Ela se define como poupadora por opção, jornalista por profissão e especialista em finanças pessoais por vocação. Uma soma considerável de funções, que ela elevou à máxima potência. Até porque, seu objetivo é audacioso: mudar a maneira como a massa lida com o dinheiro. Para atingir o maior número de pessoas possível, ela se tornou também coach financeira e palestrante, mas o grande divisor de águas em sua carreira foi a internet. Depois de anos trabalhando como repórter em uma rede de televisão aberta, Nathalia criou o blog “Me Poupe”. “Me atentei à necessidade de guardar dinheiro muito cedo, aos 8 anos. Ao longo do tempo fui me educando de maneira autodidata e passei a transmitir esse conhecimento empírico a pessoas próximas. Ao perceber o impacto positivo que essas dicas geravam, tive a ideia de criar o blog”, conta. Não demorou muito para que um conhecido portal de finanças pessoais percebesse o potencial de Nathalia e publicasse seus textos. Graças a esse apoio, o “Me Poupe” chegou a 32 mil acessos por mês. No ano passado, Nathalia criou também um canal no YouTube. Já nos primeiros 3 meses foram mais de 8 mil inscritos, número que chamou a atenção de uma grande corretora de investimentos e rendeu um patrocínio. “Eles buscavam pessoas que explicassem finanças de um jeito diferente, capazes de entreter e orientar ao mesmo tempo”, relata. Em vídeos semanais, relativamente curtos e cheios de efeitos audiovisuais, Nathalia aborda temas variados de forma totalmente inusitada e divertida. Tudo, claro, sem abrir mão do conteúdo de qualidade. Apesar de muitos colegas
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do mundo das finanças terem torcido o nariz no início, Nathalia vem comprovando que esse formato funciona. “No começo busquei apenas fazer algo original. Depois percebi que havia um nicho de mercado carente desse tipo de informação, principalmente entre o público jovem. Na internet é possível encontrar gratuitamente diversos materiais sobre finanças, mas faltava uma linguagem mais fácil de ser consumida.” Outra razão pela qual Nathalia leva o humor tão a sério é a capacidade que ele tem de quebrar paradigmas. Segundo ela, o brasileiro ainda está longe de ter uma relação saudável com o dinheiro: “a ideia de economia pessoal, tão comum e valorizada em países desenvolvidos, onde a população enfrentou a escassez das guerras, é novidade no Brasil. Aqui há muita gente mais preocupada em aparentar do que em efetivamente ter. Isso se agrava com a facilidade de acesso ao crédito dos últimos anos. De parcelinha em parcelinha, mais de 60% da população está inadimplente.” Nathalia tenta ainda quebrar mais um padrão: o de que economia é coisa para homem. Sim, esse tipo de machismo ainda existe, inclusive entre o público feminino. Ela conta que recebe vários relatos de pessoas que ouvem do pai, da mãe ou do marido que não devem se preocupar com essas coisas. “Muitas mulheres se contentam com um papel coadjuvante na economia da família, condição que interfere no jeito com que ela se relaciona com filhos, com marido e com elas mesmas. É preciso tomar cuidado para não se deixar sabotar por alguns aspectos machistas da nossa cultura. Ter controle sobre o próprio dinheiro tem a ver principalmente com autoestima.” Para continuar empoderando as pessoas e incentivando-as a desenvolver consciência financeira, Nathalia tem projetos para atuar no rádio e voltar à tv. Os canais são variados, mas a mensagem é sempre a mesma: simples mudanças no mindset podem transformar nossas vidas.
DICAS DA NATH Assuma o controle
O primeiro passo é fazer uma fotografia da sua situação financeira. Levante o quanto você ganha e quanto gasta por mês. Faça anotações diárias das suas despesas, desde a compra de um chiclete até o pagamento do aluguel.
Organize-se
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P R E S E R V ACAO
Trace metas de curto, médio e longo prazo. Essas metas não precisam ser apenas relacionadas a grandes gastos, como uma casa ou uma viagem, podem ser atividades cotidianas, como sair para jantar com a família. O importante é prever tudo no seu orçamento. Isso ajuda a focar no que é importante e não cair em tentação.
Pesquise
Você não precisa abrir mão de fazer o que gosta para ter saúde financeira. Basta encontrar meios mais baratos. Para isso, sempre reserve um tempo para pesquisas e abuse da internet. Clubes de desconto, promoções ou mudanças de hábito (como receber amigos em casa ao invés de sair) podem fazer a maior diferença!
Controle-se
Faça com que o dinheiro trabalhe para você e não o contrário. Procure sempre pensar em quanto tempo você trabalha para comprar um determinado produto ou serviço. Se valer a pena, vá em frente! Se não, saiba frear o impulso.
Conscientize-se
Preste atenção aos pequenos gastos do dia a dia. O cafezinho na padaria, a segunda bebida que você pede ao garçon durante o almoço, etc, costumam comprometer de 10 a 15% do seu orçamento, sem que você se dê conta. Fazer uma lista de prioridades ajuda a sair do piloto automático.
Previna-se
Não se deixe levar pelo “comportamento de manada” e faça escolhas conscientes. A maioria das pessoas só pensa em planejamento financeiro quando está endividada. Evite chegar a essa condição.
Pechinche
Não tenha vergonha de negociar o preço e insista em um desconto se o pagamento for à vista.
Informe-se
Aprenda a fazer o dinheiro trabalhar para você e não o contrário. O brasileiro costuma investir muito na poupança, mas existem alternativas tão seguras quanto e que rendem o dobro. Uma delas é o Tesouro Direto. Acredite, não é tão complicado quanto você pensa.
Seja criativo
Se você cortou todos os gastos desnecessários e mesmo assim está faltando dinheiro, é preciso arranjar um jeito de ganhar mais. Invista em um curso para conseguir uma promoção, arranje um bico, enfim... o céu é o limite para a sua imaginação!
SERVIÇO: Site: mepoupenaweb.com • Canal: youtube.com/mepoupenaweb
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COMPORTAMENTO
GERAÇÃO MILLENNIAL VEIO PARA MUDAR TENDÊNCIAS DO MERCADO Estudo mostra que essa geração valoriza mais o propósito do que os lucros nos negócios. por MARINA BASTOS
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ocê já deve ter ouvido falar em alguns conceitos sobre as “gerações”, como geração Y e Z, mas a geração chamada Millennial vem inspirando estudos que afirmam que os nascidos após 1982 encaram de um modo diferente o mercado e a vida profissional e isso deve influenciar o modo como as empresas atuam. A pesquisa “Millenial Survey”, publicada pela Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma empresa de auditoria e consultoria em negócios do Reino Unido, sugere que as empresas terão que realizar profundas mudanças para atrair e reter os talentos do futuro. Isso porque a chamada Geração Millenial acredita profundamente que as empresas estão mais focadas na sua própria agenda do que em ajudar a melhorar a sociedade. “A mensagem é clara: quando pensam nos seus objetivos de carreira, os millennials mostram-se hoje tão interessados em saber como as empresas desenvolvem as suas pessoas e contribuem para a sociedade, como nos seus produtos e lucros,” afirma Barry Salzberg, CEO da Deloitte. “Estes resultados devem ser vistos como um sinal para a comunidade empresarial, particularmente dos mercados desenvolvidos, de que é necessário alterar a forma como se relaciona com os talentos da geração Millennial ou corre o risco de ficar para trás.” Outras conclusões relevantes do estudo: A geração Millennial pretende trabalhar para organizações com um propósito; empresas de tecnologia, mídia e telecomunicações são os empregadores mais atrativos para esta geração; organizações e instituições de ensino têm de se esforçar mais para apoiar os líderes emergentes; mudança das características da liderança: millennials definem os verdadeiros líderes como pessoas com um grande pensamento estratégico, afáveis e visionárias, mais do que necessariamente com grande conhecimento técnico. Os millennials são maioria entre os colaboradores nas empresas. No Brasil, a consultoria Booz Allen diz que a geração Millennial será 44% da população economicamente ativa do País até 2016, movimentando R$ 268 bilhões. Isso faz dela a mais importante colaborada das empresas. Para as marcas, os millennials são um novo mundo, com diferentes desafios: são criativos, idealistas e hiperconectados. Eles foram feitos para serem livres pensadores e questionadores. Eles quebram todas as regras dos escritórios. Isso significa que um chefe, com 30 anos de experiência, o veterano, tem que mudar sua forma de pensar, para utilizar ao máximo os atributos deles.
VEJA ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO PERFIL PROFISSIONAL DOS MILLENNIALS E DICAS DADAS POR CARLOS DOMINGUEZ, PRESIDENTE DA SPRINKLR, EMPRESA MULTINACIONAL DE CONSULTORIA:
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S AU D E
1 Eles não separam tanto a vida pessoal da profissional Os millennials cresceram vendo seus pais sacrificarem suas vidas pessoais por objetivos profissionais, e não estão dispostos a fazer o mesmo. Trabalho e casa não são coisas separadas para eles. Eles jogam enquanto trabalham e trabalham enquanto jogam. Os millennials executam múltiplas tarefas e esperam que seus empregos sejam tão flexíveis quanto eles. Comparados com outras faixas etárias, millennials são os mais propensos a aceitar redução salarial, renunciar uma promoção ou se realocar com o objetivo de manter vida pessoal e profissional balanceadas. Ou seja, se você é o chefe e quer atrair e manter millenials, tem que deixá-los trabalhar em seus próprios termos, tem que renunciar à mente fechada. 2 Eles vão tentar fazer a diferença Eles têm muitas opiniões, mas também um alto índice de criatividade. É assim que a inovação é gerada. E para o negócio sobreviver, é preciso apostar em iniciativas novas, é preciso deixá-los fazer a diferença. 3 Eles querem mudanças constantes Pessoas jovens, entrando no mercado de trabalho, podem esperar ter em torno de 15 a 20 empregos no curso de suas vidas. E mesmo mudando de emprego, isso não indica, necessariamente, falta de lealdade à companhia. A devoção deles tem limites – igualzinha a dos clientes modernos. Eles não se impressionarão pelas promessas de crescimento profissional para daqui 10 anos. Eles querem saber o que eles farão amanhã e qual será o próximo desafio. 4 Eles podem ser o fio condutor aos clientes Muitos dos clientes também são millennials, então os colaboradores desta geração podem ser de muita ajuda para conectar a empresa, respondendo às solicitações dos clientes, resolvendo problemas e ajudando a construir a voz do cliente moderno (e super conectado) em um negócio.
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TECNOLOGIA
FREEWAY, INTERNET NA VELOCIDADE DA LUZ
Internet estável, em alta velocidade e com atendimento eficiente. Parece um sonho, mas já é realidade em MS. por Fernanda nasCiMenTO • foto STUDIO VOLLKOPF
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Freeway Tecnologia é uma empresa que atua há 4 anos no Mato Grosso do Sul, atendendo governos, empresas e centros empresariais com uma rede de transmissão de dados 100% em fibra ótica, ou seja, na velocidade da luz. Tendo um modelo de negócio de vanguarda, a empresa trabalha com a tecnologia PON (Rede de Fibra Óptica Passiva), usada em países de primeiro mundo, como Japão, Estados Unidos, Portugal e Coréia. Além disso, o valor é acessível, pra quem necessita de um ótimo sinal de internet e que não quer pagar caro por isso. A Freeway traz soluções em tecnologia da informação e comunicação direcionadas para conexão dedicada, backbone redundante e qualidade eficiente e contínua com rapidez na transmissão de dados; internet eventual também em fibra óptica, disponibilizada para eventos pontuais e megalink, que interliga a matriz de uma empresa às filiais por meio da rede própria de cabos ópticos que garante a troca de dados de maneira confiável, além da integração dos sistemas gerenciais.
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PEQUENOS GESTOS GERAM GRANDES MODIFICAÇÕES. A empresa atua em Campo Grande e Dourados e, em pouco tempo, deve avançar para outras cidades de Mato Grosso do Sul. De acordo com o diretor técnico, Jonathan Martins, as tecnologias utilizadas pelas operadoras, como exemplo a ADSL, além de ter uma taxa de download e upload diferentes, não têm o sinal estável. “Ou seja, o cliente baixa um arquivo com uma determinada taxa de transferência, o sinal muitas vezes oscila e na hora de enviar não detém nem 10% do mesmo desempenho. Já a tecnologia utilizada pela Freeway, além de garantir estabilidade e disponibilidade de sinal, tem o download e o upload com a mesma velocidade. O cliente realmente recebe o plano que contratou”, garante o diretor. Entre os clientes atendidos, estão empresas públicas e privadas, como o Grupo Enzo. Ricardo Trivellato, gerente de TI do Grupo Enzo, avalia o atendimento como extremamente satisfatório. “Eles atendem conforme precisamos. Quanto ao suporte, tenho acesso à área técnica, inclusive aos fins de semana. Nunca me deixaram na mão”, conta. Outro empresário que faz questão de ressaltar o bom relacionamento com a empresa é Blener Zan Júnior, diretor comercial da Elétrica Zan. A Freeway atende as três lojas do empresário, em Campo Grande e Dourados, desde 2014. Júnior resume a parceira em duas palavras: economia e rapidez. “É um atendimento executivo, de primeira linha e personalizado. Você não é apenas um número a mais na cartela de cliente, eles nos atendem de acordo com nossa necessidade”, avalia.
E D U CACAO
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COMPORTAMENTO
BELAS, INVEJADAS, MAS NÃO PARA AMAR N
ão vou falar do Temer, sua esposa bela, recatada e do lar, nem de feminismo. Muito menos vou falar da felicidade das mulheres que escolhem ter uma vida dedicada exclusivamente ao lar, ainda que seja um luxo que poucas possam se dar hoje em dia. Vou falar das que tiveram a sorte/azar, de ter um sucesso tão expressivo e que, por isso mesmo, não cabem na vida de um homem. Falo das mulheres que trilharam um caminho sem volta rumo a um estrondoso sucesso e que, apesar de serem desejadas, admiradas, e mesmo invejadas por muitos homens, não conseguem ter a sorte de viverem uma relação afetiva harmoniosa ou que gere mútua satisfação. Uma de minhas histórias preferidas de amor dos tempos atuais, é da artista plástica sérvia Marina Abramovick e o alemão, também artista, Ullay. Depois de viverem um grande amor, eles decidem se separar em uma performance, partindo cada um de um extremo da muralha da China e caminharem 2.500 km para se encontrar no meio e despedirem-se para nunca mais se ver. Vinte e sete anos depois, voltam a se encontrar em uma exposição em Nova Iorque em que Marina, em outra performance, permanecia sentada por um minuto em silêncio, olhando fixamente para qualquer um que se sentasse à sua frente. Quando Ullay sentou-se em sua frente, o casal, e todos que assistiam a performance, choraram durante sessenta segundos, e a cena viralizou. Em uma de suas entrevistas, a artista Marina Abramovick, consagrada mundialmente por sua obra performática, ao ser perguntada se havia algo do que se arrependia, disse que arrependia-se de não ter sido feliz no amor, e foi mais longe quando afirmou: “Homens não suportam uma mulher que tem opinião e poder. Isso os mata. É terrível. A mulher precisa saber que, se a carreira vem em primeiro lugar, os homens não aguentam.” Mulheres assim costumam ser demais para caberem em um matrimônio, costumam ser demais para gerirem
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apenas uma família, costumam ter sucesso demais, a ponto de em sua vida não caberem as coisas pequenas que envolvem o dia a dia. Essas mulheres, em geral, com mais de 40 anos, são tudo que a maioria das mulheres sonha ser. Muitas delas, surpreendentemente, sabem cozinhar com primor e decorar uma casa com esmero, mas simplesmente não conseguem manter um homem ao seu lado por muito tempo. São belas, invejadas e sem amar. Refiro-me àquelas que fazem parte de uma rara legião de mulheres tão boas no que fazem, que geralmente estão somente entre os homens. São aquelas que ganham milhões de dólares, seja em arte ou em investimentos, administram grandes fortunas e podem ter toda sua feminilidade tragada com voracidade para estar em um mercado competitivo e agressivo. Escolher entre ser uma mulher notável e uma mulher comum, nunca foi fácil, quando os reflexos desta escolha se mostram tão discrepantes. Não se pode ter tudo. Se quer sucesso, coloque a carreira em primeiro lugar. Se quer família, deixe o sucesso em segundo plano. Como ser boa nos dois, é um enigma que nesta vida ainda não vou ver resolvido, mas acho mesmo que tudo é uma questão de estar em paz com suas escolhas, ainda que seja injusto ter que escolher. Numa época em que as questões de igualdade de gênero assumem proporções tão marcantes, é o momento destas mulheres, e da geração que as admira e acompanha, refletirem e perguntarem se estão de fato dispostas a pagar o alto preço desta escolha, por mais injusta que ela possa parecer. ARIADNE CANTÚ
Foto: Studio Vollkopf
por ARIADNE CANTÚ
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BONITO É ÚNICO por nel ÁVila • fotos NEL ÁVILA
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conexão com a natureza em Bonito é tão genuína que fica impossível você não se sentir pleno. Exatamente o nosso plano de viagem: relaxar, reenergizar e repensar a vida. Para começar, nossa dica é que você faça uma pergunta: qual o seu perfil? Bonito tem muita diversidade – para os exploradores, românticos, família – o que torna tudo ainda mais especial. Márcia Ferreira, do Grupo Praia Parque em Bonito, preparou um roteiro de acordo com o perfil que procurávamos para esta reportagem: com esporte, aventura e contemplação. A preparação começou pelo Spotify: playlists com músicas selecionadas para pegar estrada. Daquelas que a gente ouve e passa um filme na cabeça e outras que a gente só se atreve a cantar sozinho mesmo. Dividindo espaço no carro apenas uma mochila, uma bag de suplementos e caixas de livros infantis para doação ao Instituto Família Legal, arrecadados através de uma ação solidária em Campo Grande antes da viagem. Minha escolha, já que fiz a viagem sozinho, foi ficar em um lugar onde pudesse conhecer pessoas do mundo todo, por isso optei pelo Che Lagarto Hostel. Mário Machado, gerente geral do hostel, nos recebe como um velho amigo e deixa todos os hóspedes, do mundo todo, se sentindo em casa. A caipirinha, preparada no bar do hostel em um final de tarde na piscina, é para fechar com chave de ouro os dias em Bonito. Uma surpresa foi encontrar muitas famílias hospedadas por lá. Mário, diz que o hostel de Bonito é referência dentro da rede, que conta com unidades espalhadas pelo Brasil, Peru, Argentina, Uruguai e Chile, e é a rede de hostels líder na América Latina. Os passeios começaram pela Praia da Figueira, um lugar ideal para praticar esportes, por sua imensa lagoa e águas calmas. A manhã toda foi marcada pelo revezamento entre o caiaque e o stand up paddle. Ali, reman-
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do, você pensa bastante, deixa pra trás a cidade e entra no clima de Bonito. A opção pela Praia, no começo do roteiro, foi justamente para ter uma primeira conexão que permitisse adaptação ao ambiente. E foi perfeito justamente por isso, pela estrutura que disponibilizam para os turistas se sentirem extremamente à vontade. O próximo destino foi a Barra do Sucuri. Graças à transparência de suas águas, o Rio Sucuri está entre as dez águas mais cristalinas do mundo e o mais cristalino do Brasil. Por isso, se você não levou a sua GoPro, lá é possível alugar e registrar a flutuação. O atrativo realiza monitoramento de impacto das atividades turísticas periodicamente, o que garante o resultado: um passeio inesquecível, de encher os olhos pela natureza intacta. Depois de descer a um verdadeiro jardim subaquático de 1800 metros, uma boa pedida é tomar um Nespresso ali, no restaurante que fica na beira do rio, curtindo o final da tarde. Próxima parada: um almoço típico feito no fogão à lenha, observando a Cachoeira do Amor. Assim começa o passeio pelo Parque das Cachoeiras, com sua trilha de 1700 metros e suas sete cachoeiras. Se a paisagem é de tirar o fôlego, os mergulhos no Rio Mimoso e os banhos de cachoeira fazem você voltar
renovado. Um lugar em que é possível se mimetizar com a natureza, ficar da cor do rio, do tom das pedras e das árvores. O passeio durou três horas, mas a sensação de alma lavada acompanha você por muito mais tempo. Enquanto os olhos não se cansam de ver tanta beleza, o céu surpreende com um pôr do sol que emoldura a estrada na volta pra cidade. Em tupi-guarani, Ybirá Pe significa Caminho das Árvores e dá nome ao primeiro circuito de arborismo do Mato Grosso do Sul. Às margens do Rio Formoso, a aventura é a 20m de altura, entre as copas de árvores nativas através de travessias em cabo de aço, madeira, bambu e corda. A tirolesa entre as árvores, quase no final do percurso, dá o tom máximo da aventura, em que nos sentimos como os macacos, nossos expectadores. Por estar dentro de uma reserva ecológica, o Ybirá Pe encanta pelo cuidado máximo com a natureza. E, depois de ver o rio lá de cima, nada melhor que encerrar o passeio dentro dele. Chegando o dia de voltar para Campo Grande, parada obrigatória no Parque Ecológico Rio Formoso para um final de tarde de stand up na lagoa. O passeio fica bem na entrada de Bonito e reúne muitas opções, além do SUP (Stand Up Paddle), como boia cross, bike, flutuação, cavalgada e mergulho. Muitos passeios acabaram ficando para uma outra viagem, porque a gente já vai pensando em voltar. Fora do circuito, fizemos um passeio pela região do Eco Parque, cuja sede parece saída de um filme de terror, mas que foi, na verdade, muito divertido. Apesar dos dias cheios, ficou faltando o principal, o Abismo Anhumas, que deve ser feito com mais tempo. Após alguns dias nesse paraíso, Bonito não deixa dúvidas: realmente não poderia ter outro nome.
APOIO
AGRADECIMENTOS: Grupo Praia Parque Che Lagarto Hostel Barra do Sucuri Ybirá Pe Arborismo Natural Tem Suplementos
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PASSEIO COMPLETO Com opções para todos os gostos, a CASA COR MS promete agitar a agenda dos campo-grandenses. por EVELYSE COUTO
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m 2016, a CASA COR MS vem cheia de novidades. Além de poder conferir os 30 ambientes que fazem parte da mostra, quem passar por lá terá diversão garantida. Durante os 45 dias de evento, os visitantes desfrutarão de uma programação variada, com direito a balada, opções gastronômicas para todos os gostos, apresentações artísticas, lojas e muito mais. O Manga Park, uma das alternativas mais charmosas da cidade para quem procura uma refeição rápida e com toque gourmet, é uma das presenças na mostra. Segundo Leonardo Mangiapelo, um dos sócios do food park, o visitante terá a oportunidade de saborear um pouco do que é oferecido no parque no ambiente da mostra. “Estamos organizando um cronograma que atenda todo o público da Casa”, explica. Eles atenderão no ambiente Varanda Gourmet, assinado pela arquiteta Arielle Nogueira e pelo engenheiro civil Marcos Kayan, que estão participando pela primeira vez da mostra. Para o espaço, além de solução de arquitetura e design, os visitantes vão vivenciar a praticidade do ambiente proposto pelos profissionais e aproveitar as delícias do Manga Park. Outra novidade para esta edição é o “Bar Balada”, projetado por mãe e filha: Jussara e Deborah Nazareth. As arquitetas trazem uma proposta original, contemporânea e de raízes bem brasileiras. Nele, o restaurante Imakay foi convidado a assumir uma proposta mais de bar e ainda traduzir a fusão da culinária oriental com a peruana, que já tem em seu restaurante um jeito ainda mais festivo. “Pretendemos trabalhar porções de ceviches, sashimis, temakis e, claro, Sushi Sophia”, explica o chef Eduardo Rejala. As novidades não param por aí (oba!). Para a CASA COR MS está sendo preparada uma carta com novos drinks, que será exclusiva para a mostra. O ambiente promete ser descolado, com lounges e música eletrônica de qualidade. “Pode rolar até mesmo DJ aos fins de semana”, adianta o chef. Rejala também é um dos nomes confirmados para o Giro dos Chefs, uma novidade da edição sul-mato-grossense. A ideia é reunir em um só ambiente chefs renomados, que se revezarão durante os 45 dias do evento e apresentarão ao público suas especialidades na cozinha. Além de Rejala, estão confirmados os chefs Jean Charles Quesnelle e Dedê Cesco. Mas nem só de gastronomia vivem os agitos da CASA COR MS. A Alameda Boutique, uma das lojas mais requintadas de Campo Grande, terá um ambiente especial na mostra. Assinado pela designer de interiores Daiana Capuci, a ‘Boutique-Conceito’ trará ao público um
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ambiente elegante e sofisticado de convívio e boas compras. “A ideia é que os visitantes possam circular pelo ambiente e conferir os produtos da boutique com tranquilidade”, explica. Para Christiane Buainaim, uma das proprietárias da Alameda, a participação é muito especial: “Comemoramos 25 anos em um ano que a franquia CASA COR comemora suas três décadas. É uma coincidência muito feliz e um grande motivo para celebrar.” Quem visitar essa edição poderá conferir também outro projeto inédito em Campo Grande: a Casa ganhará uma joalheria. O projeto, assinado pela arquiteta Kamala Escalante, traz um ambiente onde será possível conhecer e comprar peças especiais da Monalisa Joias. Segundo Kamala, será um espaço requintado. “Vou levar em conta o tema da edição 2016, que fala da casa em festa, por isso usarei muito dourado e uma iluminação focada e intimista, tudo pensado para mostrar as joias de uma forma elegante”, explica. Além desses ambientes, que poderão ser visitados diariamente, pelos visitantes uma agenda extensa de eventos acontecerá durante a mostra. Desfiles, palestras e apresentações musicais prometem também agitar a edição 2016. Para receber essa programação, a Praça de Eventos, ambiente assinado pela arquiteta Alessandra Gibran, integra todo o conforto de um ambiente de estar e apresenta o lançamento da Igui Piscinas, parceira nacional da CASA COR. “O projeto terá uma pegada contemporânea, trazendo tendências bastante atuais”, revela a profissional. Para Luciane Mamoré, diretora comercial da CASA COR MS, a programação promete transformar a casa. “A CASA COR MS é um evento composto de vários outros. Eles enchem a casa de brilho. A edição 2016 já nasce muito rica, com participações múltiplas, em diversos segmentos. São opções para todos os públicos que, com certeza, além dos ambientes assinados pelo elenco formidável de Casa Cor, ainda terão momentos surpreendentes.”
SOBRE A MOSTRA A CASA COR MS 2016 acontecerá entre os dias 26 de agosto e 9 de outubro. Quem visitá-la poderá conferir 30 ambientes assinados por profissionais renomados em uma residência tradicional projetada pelo arquiteto Rubens Gil de Camillo, no coração de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, 4025.
Foto 1 - Designer de Interiores Daiana Capuci, responsável pelo projeto da boutique-conceito Alameda. Foto 2 - Alessandra Gibran, arquiteta responsável pela Praça de Eventos. Foto 3 - Os proprietários do Imakay Ricardo Merjan, Daniel Favalli e Leonardo Merjan com as arquitetas Jussara e Deborah Nazareth. Foto 4 - Arielle Nogueira e Marcos Kayan assinarão o projeto do Manga Park. Foto 5 - A arquiteta Kamala Escalante assina a joalheria da edição 2016. Foto 6 - Chef Edu Rejala responsável pelo Restaurante Imakay no espaço “Bar Balada”.
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NOVOS PROJETOS, NOVA FASE Designer de interiores estreia carreira solo com novidades e metas para o segundo semestre. por ANAHI ZURUTUZA fotos STUDIO VOLLKOPF
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ara ela, cada contrato é visto como um novo desafio. Encontrar a melhor solução para o cliente, dar alma ao ambiente que ele quer reformar ou decorar, fazer com que o lugar onde aquela família vive ou aquela pessoa trabalha proporcione bem-estar e seja funcional, e tudo isso dentro do orçamento que o contratante dispõe, é o lema da designer de interiores Daiana Capuci, que estreou em maio a carreira solo à frente do Studio It Decor, em Campo Grande. Formada em 2012 pela Anhaguera/Unaes, a profissional acumula a experiência de ao menos seis anos com decoração e projetos para espaços comerciais e residenciais, internos e externos, pequenos e grandes – embora já trabalhasse informalmente na área há bem mais tempo. “O design de interiores sempre foi uma paixão”, destaca. Em parceria com outros seis profissionais da área, a designer levou o 1º lugar na mostra “Morar Mais por Menos”, realizada na Capital em 2013, um ano depois que concluiu a graduação. O prêmio foi entregue durante a semana de design em Milão, na Itália, no ano seguinte. Daiana diz se sentir gratificada com a premiação e garante que vai continuar em busca de reconhecimento do trabalho, mas dispara: “meu maior prêmio é satisfazer os meus clientes”. Todos os meus trabalhos me marcaram muito, desde os pequenininhos até os maiores. O meu prazer é ver pronto, depois que vem aquela criatividade, quando você consegue resolver aquele canto inútil, aquele quarto que não estava bacana”, completa. Agora, no comando da equipe formada pela também designer Welizangela Prates, pela arquiteta Sarah Teves e pela acadêmica de Arquitetura Lorena Capuci, Daiana tem metas e planos para 2016, mas deixa claro
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que o seu principal objetivo à frente do It Decor é realizar os desejos dos clientes, respeitando a personalidade e inspiração estética deles, mas de forma que o espaço projetado também seja confortável e prático. “O designer precisa estar muito alinhado ao perfil do usuário do local, a gente tem de estar atento à parte emocional, saber das patologias, envolve religião, time que torce, cultura. É um estudo profundo, porque o trabalho que você vai fazer mexe com a vida daquela pessoa. A decoração influi no dia a dia, no humor, na psiquê.” Projetar e dar vida a um espaço por meio das cores, tecidos, revestimentos, iluminação, móveis, é um trabalho minucioso, explica a designer. O Studio It Decor leva cerca de 30 dias para apresentar o esboço de como ficará aquele ambiente ao contratante. “Para apresentar a primeira proposta, a gente leva mais ou menos um mês. Se a gente faz um briefing bem estudado e bem sentido, não tem erro, o cliente aprova. Depois, o tempo de execução depende do que
será necessário, se vai ser feita reforma, vai precisar de marcenaria ou outras intervenções, como iluminação e gesso.” O ofício do designer é complexo, menos estrutural e mais subjetivo, emocional e intuitivo até. Mas, o projeto não pode ser só bonito e, para isso, o profissional precisa estar em sintonia com quem o contrata. “O bonito não significa nada, se não for funcional, se não tiver aliado às necessidades de cada indivíduo. Às vezes a pessoa chega ao nosso escritório pedindo alguma coisa que ela achou lindo em uma revista, mas depois a gente vai até o local e descobre que ela não contou que tem uma alergia, uma coleção de bonés ou que tem um idoso na casa, por exemplo. Então, você tem de descobrir este mundo, para poder elaborar um projeto perfeito, que vai trazer não só bem-estar, funcionalidade, mas resolver os problemas do cliente”, exemplifica. Daiana garante ainda que é capaz de adequar o projeto a qualquer orçamento. Para isso, está sempre em busca de conhecimento, participando de feiras, mostras, workshops. “A gente precisa estar sempre se atualizando, saber das últimas tendências, tecnologias, buscar materiais inovadores no mercado. Não precisa ser o mais caro, mas tem de ser a solução para o cliente. É nosso dever saber do caro, do médio e do barato.” CINCO+ I JUNHO/JULHO 2016 I
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CASA COR MS O Studio It Decor vai ser o responsável pela montagem da boutique-conceito Alameda na Casa Cor MS deste ano, que abre as portas para o público no aniversário da Capital, em 26 agosto, e vai até 9 de outubro. Pela primeira vez, a moda será levada para o evento de decoração e arquitetura por meio de uma loja-conceito. “Recebi o convite e aceitei, para também inaugurar a carreira solo”, conta Daiana. A Alameda é uma boutique tradicional em Campo Grande, localizada na Rua Abrão Júlio Rahe. Com o tema “Casa em Festa”, a Casa Cor MS 2016 acontecerá no imóvel situado na Avenida Afonso Pena, 4.025, projetado nos anos de 1980 pelo arquiteto Rubens Gil de Camillo.
SERVIÇO O Studo It Decor fica na Rua Rio Grande do Sul, 1.549, sala 6. O contato pode ser feito pelos telefones 3025-2736 e 98117-8780. Mais informações no site www.itdecor.com.br ou no Instagram: @studioitdecor e @itdecorhome.
LUTA PELA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO CONTINUA Além dos projetos individuais, para Daiana Capuci o ano de 2016 também será de luta pelos designers de interiores. À frente da ABD-MS (Associação Brasileira de Designers de Interiores), ela batalha pela regulamentação da profissão desde 2014. O projeto de lei que reconhece o ofício dos profissionais foi aprovado pela Câmara Federal em julho do ano passado e ainda tramita no Senado. “O design de interiores é uma das profissões do futuro. Nós precisamos desta regulamentação, para resguardar o profissional, para fiscalizar a atuação, para ter o nosso conselho”, ressalta. Para a diretora da ABD-MS, o ofício está deixando de ser visto como fútil. “A regulamentação vai dar mais credibilidade para os profissionais em Design de Interiores. A gente estuda Antropologia, Ergonomia, História da Arte, Arquitetura e Design, Psicologia das cores, Acústica, Paisagismo, Estética, dentre outras coisas. O designer tem que ter um leque de conhecimento para atuar bem, por isso, é um profissional que merece se reconhecido.”
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LOJA OFERECE CONSULTORIA ALIADA À TECNOLOGIA PARA MONTAR LISTA DE CASAMENTO por Juliana Ferreira • fotos STUDIO VOLLKOPF
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oa parte das noivas fica em dúvida na hora de montar a lista de casamento. Seja pela loja onde deixar ou pelos itens a colocar nela. Pensando nisso, a Loja Casa Tua, no mercado de presentes e decoração há 6 anos, oferece alguns diferenciais nesta fase tão importante da vida da mulher. Além de uma diversidade de produtos – desde eletrodomésticos, panelas, utensílios, prataria, cristais, porcelanas, cama, mesa e banho até objetos pessoais e de decoração – a loja acompanha cada noiva, individualmente, na hora de montar a lista, orientando-a sobre os itens mais usuais no dia a dia do casal e também sobre aquelas peças que serão úteis quando a família aumentar. “Geralmente a noiva só pensa no momento, sempre acha que já colocou itens demais na lista e que são suficientes. Mas esquece que no futuro, em uma casa nova, fará recepções maiores e vai precisar de outros pratos, talheres e taças, por exemplo”, comenta a gerente Luciana Anache, “Por isso treinamos nossa equipe para que a montagem da lista de presentes também seja um momento prazeroso na organização do casamento e que ela fique feliz com o resultado final”, completa. Visando facilitar e agilizar a montagem da lista – que geralmente é algo desgastante e cansativo para a noiva – a loja passou a oferecer o coletor, uma tecnologia bastante usada nos Estados Unidos e que agora chega a Campo Grande, onde a própria noiva lê o código de barras do produto pretendido e ele automaticamente já vai parar na lista de presentes do casal no site da loja. Lá, os convidados têm a comodidade de comprar pela internet ou escolher os itens pessoalmente na loja, e os noivos recebem tudo em casa, com segurança, junto com um bônus de 5% do valor de tudo o que receberem em presentes. Afinal, quem casa quer Casa Tua.
Loja Casa Tua Rua da Paz, 63, em frente ao Fórum (67) 3321-8980 www,lojacasatua.com.br
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OLHAR APURADO Fotógrafo carioca se destaca no País todo ao retratar arquitetura e design. por CLARISSA DE FARIA
enilson Machado é carioca da gema, simpático, alto astral e apaixonado pelo que faz: fotografar, que despertou ainda na adolescência. Daqueles que espera horas e horas até conseguir o clique perfeito, há 13 anos é sócio do MCA Estúdio, tornando-se referência em fotografia de Arquitetura e interiores. Tem os principais escritórios de arquitetura no eixo Rio-SP como clientes e suas imagens já resultaram em 30 capas das revistas mais conceituadas do Brasil e países como Turquia, China, EUA, Espanha e Grécia. Todo e qualquer profissional da área se inspira nos seus cliques e anseia que seus projetos sejam os próximos a estampar esses exemplares. À frente da MCA, junto com Juliano Colodeti, lançou o livro ARQTE, que a cada ano tem uma nova edição, além de ser objeto de inspiração dos escritórios de Arquitetura, Design de Interiores e amantes de decoração. Mas sua paixão vai muito além da foto, já que seu talento se chama arte, independe da forma que ele a traduz. É colecionador de obras de arte e seu acervo cresce ano a ano, assunto que ele entende muito bem. Sua nova casa está prestes a ficar pronta e para essa nova morada ele já produziu muita coisa. Se alguém, um dia, tiver a oportunidade de visitar, vai poder conferir muita poesia e design feitos por suas próprias mãos. “Faço o que amo e fotografia é isso: amor pelo que se faz”, ressalta. Denilson garante que não existe a dica infalível para uma foto perfeita, “mas quando o ambiente está limpo de excessos, o registro será no mínimo satisfatório.” PALESTRA Pela primeira vez em Campo Grande, o fotógrafo ministrou uma palestra para profissionais da área de Arquitetura e Decoração, além de outros fotógrafos que puderam ouvir mais a fundo sobre seu trabalho. A iniciativa faz parte do calendário de ações da Associação Brasileira de Designers de Interiores de Mato Grosso do Sul (ABD), que tem como missão trazer respaldo e segurança aos associados. “Trazer o Denilson para a Capital representa a diferença que conseguimos fazer no meio, além da credibilidade que alcançamos com todos que representam e carregam a Associação. Ele é um profissional de renome, e Campo Grande precisa cada vez mais de pessoas que transmitam informação e conteúdo de qualidade”, destaca Daiana Capuci, diretora da ABD e designer de interiores.
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CALVÍCIE Centro americano de Transplante de Cabelo.
Técnico Responsável
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CASAMENTO
SALÃO CASAMODA NOIVAS Reconhecido como o mais importante salão de moda noiva do segmento de luxo, o Salão Casamoda Noivas também chegou à sua 4ª edição em 2016, reunindo, em um só local, os melhores fornecedores do mercado de casamentos do Brasil. Realizado este ano no Pavilhão da Bienal de São Paulo, no mês de abril, o Salão Casamoda agregou nos três dias de feira vários desfiles dos mais renomados estilistas e estande de negócios, também com novidades, lançamentos e descontos exclusivos para noivas. Para quem se interessou, agora é se programar para a edição do ano que vem. Já fui em três, das quatro edições, e confesso que sou fã do evento, seja por sua organização ou pelas novidades que apresentam todos os anos.
NOIVA FASHION O mais antigo evento de Noivas de Mato Grosso do Sul chega em 2016 a sua 21ª edição e já está confirmado para os 18, 19 e 20 de agosto, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo. Idealizado pelo empresário José Marques, todos os anos o evento traz novidades, seja em formato, organização, fornecedores e tendências para casamento. E para este ano não será diferente. Então, se você está noiva e quer fazer bons negócios, fechar contratos, ganhar descontos exclusivos e vantagens, não deixe de conferir o evento que sempre promove o sorteio de uma viagem de lua de mel entre os casais que participam da feira.
EVENTOS DE NOIVAS PELO BRASIL
WEDDING DAY Nos dias 10 e 11 de maio teve a 2ª edição do Wedding Day, em Cuiabá, e eu estive presente este ano, pela primeira vez, para conhecer de perto os fornecedores do setor em Mato Grosso. Além da exposição de produtos e serviços, as palestras de Vinicius Credidio, Roberto Cohen, Fernanda Floret, Lucas Brasil, entre outros, foram ótimas para noivas e empresários. E pelo sucesso da edição deste ano, com certeza a cerimonialista Izis Dorileo, organizadora do Wedding Day, já está programando a feira do ano que vem.
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por JULIANA FERREIRA fotos MARCOS VOLLKOPF
CASAR SP Em 2016, o CASAR São Paulo completa 15 anos e reafirma o posto de maior e melhor evento de noivas do Brasil. Realizado todos os anos no mês de maio, e nas últimas edições no Shopping JK, Iguatemi, em São Paulo, promete uma programação mais que especial, reunindo mais de 100 dos mais renomados e bem-conceituados fornecedores de casamentos de São Paulo e região, além de desfiles de vestido de noiva, workshops e palestras com profissionais respeitados. Com a experiência e a consolidação da marca, o Casar expandiu suas fronteiras e agora realiza edições também em Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Goiânia. Quem sabe em breve ele não chega a Campo Grande também...
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ue noiva não é ávida por novidades, promoções, facilidades e descontos exclusivos? Melhor ainda encontrar tudo isso em um só lugar. Por isso os eventos direcionados para elas fazem tanto sucesso e são tão aguardados, não só em Campo Grande como em todo o Brasil. Pensando nisso, separei aqui os principais eventos de noivas do país para que, caso seja sua intenção participar de algum deles, programe-se desde já.
EXPONOIVAS MS Em 2016 a feira chegou à sua 4ª edição, e já se consagrou no mercado de casamentos como um dos melhores eventos do setor no Estado. Realizada todos os anos em Campo Grande, no mês de março, este ano a feira reuniu 80 expositores e 1.258 noivas em três dias, gerando mais de R$ 1,2 milhão de reais em contratos fechados. Muitas noivas esperam pela Exponoivas para fazer bons negócios, conseguir descontos especiais e vantagens exclusivas do evento. Fui em todas as edições da Exponoivas e me surpreendo todos os anos com o nível de organização e de qualidade dos fornecedores envolvidos.
JULIANA FERREIRA
@vidadenoiva vidadenoiva /blogvidadenoiva @blogvidadenoiva
www.vidadenoiva.com
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CULTURA
A CIDADE DO SERTANEJO AGORA EXPORTA
Após vencer o Samsung E-Festival, banda campo-grandense parte para a gravação do primeiro CD autoral na Europa. por ALBERTO DIAS
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ensar em Campo Grande como uma cidade previsível, com ares de interior e dona de um estilo sertanejo, já não é mais uma regra. Quando escurece, é possível encontrar lugares com histórias inusitadas, sons que surpreendem e ambientes capazes de agradar aos mais variados gostos. Não acredita? Imagine, então, um lugar pitoresco com cara de casa, uma sala com sofás diversos, mesas de amigos, lustres pendentes e um som melódico capaz de acalmar depois de um dia de trabalho, calor e correria. É neste contexto que a Capital abraça um estilo ainda pouco divulgado por aqui: o Jazz. A dica é sentar, ficar à vontade e deixar se envolver pelo som que remete a um aconchego cosmopolita. Se ainda não conhece a jovem de voz suave, que canta ao som de uma guitarra havaiana, não se preocupe, pois isso é temporário. Logo vai descobrir que a banda que toma o palco foi capaz de transpor o Atlântico e conquistar aguçados ouvidos no Velho Mundo. Então, sentirá orgulho ao saber que o quarteto campo-grandense, chamado Urbem, é o mesmo que venceu o concurso Samsung E-Festival Instrumental e que esteve na Itália durante o mês de abril para gravar seu primeiro CD, totalmente autoral. Para registrar este momento, a Revista Cinco+ foi conferir o último show da banda antes da viagem que promete ser um divisor na carreira de cada um dos quatro integrantes. Num bate papo com a vocalista Bianca Bacha, percebe-se que a trajetória da Urbem é digna de aplausos também pela ousadia. O prêmio em dinheiro recebido no festival da Samsung foi convertido em passagens aéreas para a feira de música Womex (World Music Expo), em Budapeste, na Hungria, onde distribuíram pen drives com suas faixas a figuras carimbadas da cena internacional. “Dos produtores que abordamos, a maioria gostou do som. Diziam que não se parecia com nada que eles conheciam e que isso era legal”, relembra Bianca. Numa dessas tentativas, surgiu uma audição às cegas e o convite para o CD, com duas mil cópias a serem distribuídas nos mercados europeu e americano. “A gente não acre-
ditava, pois havia empresários vendendo nomes consolidados como Zeca Baleiro, por exemplo”, contou a publicitária de 32 anos, sem esconder a empolgação para a grande viagem que aconteceria 72 horas depois daquela entrevista. Uma jornada que inclui, além das gravações, um show intimista no 20 Divino Jazz Club, em Roma, e outra apresentação no Jazz B, em São Paulo. Não satisfeitos, separaram ainda um tempinho para andar pela mais conceituada feira de jazz do mundo: a JazzAhead!, em Bremen, na Alemanha. É la que esperam repetir a proeza obtida na Hungria, e tentar novos contratos para este som diferente que ela define como uma mistura de “samba, jazz e erudito”, capaz de criar uma identidade única. Com dois anos e meio de formação, a banda Urbem traz Gabriel Basso, no baixo, Gabriel de Andrade, na guitarra, Sandro Moreno, na bateria, e muitas apresentações em Campo Grande, em bares como Barbaquá e o extinto Lendas Pub. O PALCO A história do palco que recebe a Urbem às sextas-feiras é também das melhores. O lugar, inaugurado em fevereiro, chama-se Barô, nome que mescla o amor de uma bailarina por um roqueiro que deixaram Campo Grande em 2007 para viver na Europa. Após alguns anos na Alemanha, retornaram com o desejo de montar algo que fugisse do trivial. Mas o casal Ana Lúcia El Daher e Leonardo Maciel, trouxe mais que um sonho na bagagem. Eles alugaram um container, e daquele país repleto de história vieram todos os móveis e a decoração repleta de significados que compõem a personalidade do bar. Para acolher tanta originalidade, a escolha também envolveu memórias afetivas, em um ponto que não poderia ser mais especial: a casa de Ana Lúcia. “Meus pais compraram esta casa ainda em construção, com minha mãe grávida de mim, e mudamos pra cá quando eu tinha seis meses de idade, em 1980”, conta a bailarina formada pela Royal Academy e casada com um ex-integrante da banda Naipe, que embalou as noites campo-grandenses na década de 90.
SERVIÇO: O Barô fica na Rua Coronel Manoel Cecílio, 969, quase esquina com a Avenida Eduardo Elias Zahran, e funciona em esquema de happy hour, das 18h à meia-noite, de quarta-feira a sábado. Além do Jazz, contempla outros estilos, como MPB, rock e blues. Já a banda Urbem, que significa Urbano em latim, promete tocar de novo na Capital a partir de maio.
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PET SOLTEIRO PROCURA... Sites de relacionamento de gatos e cachorros ajudam a achar parceiros para cruzamento. por SÔNIA NABARRETE
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s sites de relacionamento animal são quase um tinder versão pet. Os candidatos se apresentam, destacam suas características e colocam fotos que mostram o quanto são atraentes. Se chamarem a atenção de alguém nessa vitrine virtual, trocarão mensagens e, havendo interesse mútuo, um encontro presencial será marcado. No caso, tudo será negociado pelos proprietários dos animais. O pioneiro Namoricão surgiu em 2006, como trabalho de pós-graduação em web de Lucas Luiz Ribeiro. Hoje tem mais de quatro mil cães cadastrados, a maioria das raças Shi-tzu, Lhasa Apso e Yorkshire Terrier. O site não tem controle sobre a quantidade de cruzamentos que já promoveu, mas os testemunhos de clientes são bastante favoráveis. “É um meio realmente importante na busca de um parceiro. O Carlitos, meu cão shi-tzu, encontrou a Nina. O namoro não vingou, mas tive outros contatos e o Carlitos conheceu outra cadelinha linda, a Fofucha, e tiveram lindos filhos”, diz Karina Cândido. Marcelo Ribeiro também está contente por ter encontrado um parceiro para sua cachorra boxer. Para usar o Namoricão, o cliente deve se cadastrar e em seguida criar um perfil para o seu animal. A partir daí, ele visita as páginas de outros cães e pode trocar mensagens com seus proprietários. A participação é totalmente gratuita.
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CÃES, GATOS E ATÉ JABOTIS Já o Cruzapet foi criado em 2013, como consequência da dificuldade de Gustavo Bobrow em achar uma parceira para Rum, seu Yorkshire. O sistema é semelhante ao do Namoricão, mas há duas formas de participação: gratuita e paga, com preços variáveis, conforme o tempo de duração. Na versão gratuita, o animal só recebe mensagens de clientes pagantes. Já os chamados clientes Premium recebem mensagens de qualquer pessoa. Segundo Gustavo, mais de 50% das pessoas encontram pelo menos um pretendente já na primeira busca, mas se não tiver um parceiro compatível no momento, o pet fica registrado e, quando um pretendente aparecer, o dono é avisado. O Cruzapet atende donos de cachorros e gatos, mas já teve gente interessada em cruzar jabotis.
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A dedetizadora DDBRIL fundada em 2002, preza pela tradição em atender com qualidade e inovação em seus serviços. Atua no controle de pragas urbanas, oferecendo a seus clientes os mais altos padrões profissionais, éticos e científicos do setor. • Controle de pombo • Controle de morcego • Controle de pragas e Vetores Urbano • Consultoria • Desratização • Descupinização ÁREA DE ATUAÇÃO ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü ü
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Dr. Maurício de Barros Jafar CRM/MS 2073 Angiologista e Cirurgião Vascular Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3321-8921
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Dr. Radi Jafar CRM/MS 15 Angiologista e Cirurgião Vascular Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/MS (67) 3324-9802 Dr. Maruãn Omais CRM/MS 3225 Doutor em Medicina. Especialista em Dor. Clínica Palliare Rua Antônio Maria Coelho, 2709 Campo Grande/MS (67) 3026-3329
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