Edição Especial 100 Ano 9 Agosto/Setembro 2016
HAMBURGUERIAS DA CIDADE
+CULTURA
Campo Grande 117 anos O que é que a Morena tem?
+SAÚDE
Vacina contra Dengue chega a Campo Grande
Fizemos um tour e selecionamos as melhores pra você.
+NEGÓCIOS
Ricardo Ayache Sempre é possível melhorar
MÊS DE FESTAS E COMEMORAÇÕES
VAM OS C OMEMORAR A 1 0 0 ª E D I ÇÃO E M G R A N D E E S T I L O , PARABEN IZA N D O CA MPO G R AN D E P E L O SE U AN I V E R S Á R I O . U M A C ID AD E Q U E S E MPR E N O S A CO L HE U E PROPORC ION OU C O N D I ÇÕ E S F A V O R Á V E I S PA R A Q U E D ESEN VOLVÊSSEMO S A CI N CO +, U MA R E V I S T A Q U E C ON TA A TRAJ ETÓR I A D O S MÉ D I CO S , E MP R E S ÁR I O S , ARTISTAS, C H EF S , CO L U N I S T A S E N T R E O U T R A S H ISTÓR I AS D A N O S S A G E N T E . U MA SATISFAÇ ÃO QUE CR E S CE A CA D A E D I ÇÃO AO V E R , OU VIR E ESC REV E R A CU L T U R A D O N O S S O P O V O .
editorial Chegamos à centésima edição! E queremos compartilhar com você, leitor, e com nossos parceiros, essa conquista que nos enche de orgulho e satisfação! A edição número 100 da Revista Cinco+ está cheia de novidades e foi produzida especialmente para você! Para iniciar a festa, estreamos o Caderno +Negócios, que tem a missão de mostrar um olhar diferenciado sobre a economia, trazendo para o perfil do empresariado do Estado, suas inovações e dicas de como fazer para se destacar no mundo dos negócios. O primeiro entrevistado especial é Ricardo Ayache, presidente da Cassems. Vale a pena conferir! A nossa Cidade Morena está completando 117 anos no dia 26 de agosto. Para comemorar, a matéria “O que é que a Morena tem?” traz um roteiro com algumas das melhores opções para seu programa cultural e gastronômico em Campo Grande. Diversão para todos os gostos e bolsos! “A Casa em Festa” é o tema da quarta edição da Casa Cor MS, que terá abertura oficial no dia do aniversário da Capital. A mostra acontece na mansão da tradicional família Dibo, projetada há décadas por Rubens Gil de Camillo, e mais uma vez apresentará o melhor das tendências da arquitetura, design e paisagismo. A visitação segue até 9 de outubro e a equipe Cinco+ estará lá acompanhando tudo. Edição comemorativa nos faz refletir, lembrar e reconhecer que crescemos, evoluímos, mas que seguimos nessa trajetória de aprendizado. Esperamos que você também continue aprendendo junto com a gente! Enfrentamos muitos desafios, mudanças, adversidades, mas sempre com o compromisso de realizar o melhor para você, leitor! Cuidamos da qualidade da informação, da composição do conjunto, porque acreditamos que por meio do nosso trabalho é possível construir novos sonhos, metas, planos e, principalmente, um mundo melhor. Que nossas matérias inspirem você a seguir conosco nessa busca por uma vida mais leve e feliz! #somoscincomais Boa leitura!
KÁTIA KURATONE DRT/MS 293
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08 | SAÚDE
36 | EDUCAÇÃO
BUSCA PELA EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO É A RECEITA PARA O SUCESSO 10 | SAÚDE VACINA CONTRA DENGUE CHEGA A CAMPO GRANDE 12 | SAÚDE FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV) E RASTREAMENTO GENÉTICO PRÉ-IMPLANTACIONAL (PGS) 14 | SAÚDE BOAS VIBRAÇÕES! 16 | SAÚDE A NOVA FASE DO HOSPITAL DE CÂNCER DE CAMPO GRANDE ALFREDO ABRÃO 20 | SAÚDE A CURA TAMBÉM VEM DE DENTRO 22 | SAÚDE QUÍMICA DOS ALIMENTOS MUDANDO SEU HÁBITO ALIMENTAR! 24 | SAÚDE O VENENO ESTÁ POSTO À MESA 26 | SAÚDE ABREC - ASSOCIAÇÃO PEDE SOCORRO 28 | SAÚDE RETIRADA DE REFRIGERANTE DE CANTINAS ESCOLARES É O PRIMEIRO PASSO PARA CRIAR NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES 32 | SAÚDE ALIADA OU INIMIGA DAS CRIANÇAS? AFINAL, PRA QUE SERVE A CHUPETA?
O QUE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO NA ESCOLHA DE SUA FUTURA PROFISSÃO 40 | GASTRONOMIA SOMOS PANTANEIROS! 44 | GASTRONOMIA LINHA BRAHMA EXTRA CONQUISTA PALADAR DOS SUL-MATO-GROSSENSES 46 | CULTURA O QUE É QUE A MORENA TEM? 50 | ESPECIAL CAPA TÁ CHOVENDO HAMBÚRGUER! 58 | ESPECIAL CAPA ROCK PARA TEMPERAR O MELHOR HAMBÚRGUER 60 | CULTURA LER É VIVER 64 | LITERATURA LIVROS INFANTIS PARA GENTE GRANDE 66 | COMPORTAMENTO RECORDAR É PARA OS FRACOS 67 | CADERNO + NEGÓCIOS SEMPRE É POSSÍVEL MELHORAR 72 | CADERNO + NEGÓCIOS A ECONOMIA DO EXEMPLO 74 | CADERNO + NEGÓCIOS ROTA DE OPORTUNIDADES
I CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016
Diretor Presidente: HENRIQUE ATTILIO Diretor Administrativo: LUIZ HENRIQUE PEREIRA REDAÇÃO Editor-chefe: HENRIQUE ATTILIO CONSELHO EDITORIAL HENRIQUE ATTILIO, LUIZ HENRIQUE E KÁTIA KURATONE ARTE Editor de Arte: GUSTA CABRAL REVISÃO SORAYA VITAL ESTRATÉGIAS DIGITAIS LUIZ HENRIQUE PEREIRA SITE e MÍDIAS SOCIAIS ATP COMUNICAÇÃO CAPA Foto: Istockimages Arte: Gusta Cabral
sumário Edição Especial 100 Ano 9 Agosto/Setembro 2016
78 | ESPECIAL CASA COR MS DAIANA CAPUCI E ALAMEDA ESTREIAM NA CASA COR 2016 COM AMBIENTE INSPIRADOR 80 | ESPECIAL CASA COR MS ARQUITETA E DESIGNER ESTREIAM NOVA FASE NAS CARREIRAS 82 | ESPECIAL CASA COR MS LUCIANA TEIXEIRA DESTACA BRASILIDADE NA CASA COR MS 84 | ESPECIAL CASA COR MS RESTAURANTE DA CASA COR MS INOVA E PROPÕE GIRO DE CHEFS 87 | DECORAÇÃO TRANSFORME SEGUIDORES EM CLIENTES 88 | VIAGEM SOS, VOU VIAJAR! 89 | CIDADANIA “POR QUE, AFINAL, PAGAMOS IMPOSTOS?” 90 | MODA MODA E SUSTENTABILIDADE 92 | COMPORTAMENTO “MÃE, ME DÁ UM CELULAR!” 94 | VIAGEM UMA VISITA AO JARDIM ENCANTADO DE MONET 96 | COLUNA SOCIAL A CONDOR TURISMO REALIZA SONHOS HÁ 29 ANOS! 98 | COLUNA SOCIAL EVENTO TRAZ CHEF EDU GUEDES A CAMPO GRANDE
MARKETING ATP COMUNICAÇÃO JORNALISTAS Fernanda Nascimento Prochmann (fnprochmann@hotmail.com), Alberto Dias (albertocdias@gmail.com), Anahi Zurutuza (anahizurutuza@gmail.com), Paula Maciulevicius (paulamaciulevicius@gmail.com), Francielly Tamiozo (francielly_tamiozo@hotmail.com), Kátia Kuratone (katiakuratone@gmail. com), Marina Bastos (marinabastos@gmail.com), Jéssica Benitez (jessicabenitez@hotmail.com), Heloisa Lazarini MTE/PR 8939 (heloisaprlazarini@ gmail.com), Elci Holsback MTB 081/2005 (elciholsback@hotmail.com), Mariana Coli (marianaluzcoli@gmail.com), Rodrigo Teixeira. COLUNISTAS Ariadne Cantú (ariadne.cantu@gmail.com), Daiana Capuci (daiana@itdecor. com.br), Leonardo Triandopolis Vieira (leonardo.leioeu@gmail.com), Edu Rejala (edurejala@hotmail.com), Adriano de Oliveira (adrianoao@gmail.com). PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Dr. Orlando Monteiro (CRM/MS 3256/CRM/SP 73.806/TEGO 568/95), Tatiane Savarese Attilio (CRN 3-12175), Dr. Estevon Molica (CRO-MS 2010), Nelson Lan Kowai Fook, Dra. Márcia Lessonier (CRO-MS 4072), Dr. Rafael Medeiros (CRO-MS 4073), Evelise Couto (evelise@contextomidia.com.br), Ricardo Rezende (CRP 14/02612-6), Leonardo Chermont (COREN/MS 193375), Natália Gonçalves (natalia@contextomidia.com.br). Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da ATP Comunicação com periodicidade bimestral e distribuição gratuita dirigida. ATENDIMENTO AO LEITOR Email: contato@revistacincomais.com.br Carta: Rua Calarge, 37 - 791000-000 - Campo Grande-MS Telefone: 67 99985-8737 - 67 98145-7705 PARTICIPE DA REVISTA O que você gostaria de ler na próxima edição? Escreva-nos! contato@revistacincomais.com.br
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revistacincomais.com.br DISTRIBUIÇÃO A Revista Cinco+ é distribuída gratuitamente de forma dirigida em Campo Grande - MS. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA A Cinco+ tem sua devida proteção e registro exclusivo da marca, concedido pelo órgão federal INPI, com assessoria da Remat Marcas e Patentes.
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SAÚDE
BUSCA PELA EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO É A RECEITA PARA O SUCESSO
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anter a credibilidade e se consolidar no mercado são verdadeiros desafios para qualquer empresa. Enfrentar as dificuldades, as mudanças financeiras e conquistar novos clientes fazem parte da história de qualquer boa marca, e é por isso que só os que buscam excelência sobrevivem. Não é todo dia que um nome completa 25 anos e o Centro Auditivo PROLOGIC DANAVOX, sob a direção do fonoaudiólogo Nelson Fook e sua esposa Rosane Borges Fook, se preparam para brindar as bodas de prata no final de 2017 junto à sua equipe. Para a tão sonhada data o Centro Auditivo está passando por uma reforma, com salas mais equipadas e modernas, recepção personalizada e focada na interatividade. Atualmente, a matriz, em Campo Grande, conta com os atendimentos das fonoaudiólogas Nádgia Medeiros e Adriana Casaroti. Em breve a filha Anna Virghinia Borges Fook, que encontra-se concluindo o curso de Fonoaudiologia, também fará parte da equipe.
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I CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016
por JÉSSICA BENITEZ • fotos STUDIO VOLLKOPF
Em Dourados, a unidade da PROLOGIC conta com a fonoaudióloga Alice Borges, também filha, além do genro e assessor comercial Franccesco Machado, acadêmico de Fonoaudiologia. O interesse da família pela área dos pais deixa-os orgulhosos e com a certeza de que o legado da empresa terá continuidade. Em 1992, foi fundada a empresa DANAVOX - Aparelhos Auditivos Ltda, pelo casal Nelson Fook e Rosane Borges, em uma pequena sala no edifício Centro Comercial Campo Grande. Em 2003, a empresa conquistou a sede própria e a marca registrada PROLOGIC - Aparelhos Auditivos, consolidando-se no mercado. Mas nada caiu do céu. O esforço é coletivo para manter a qualidade nos serviços prestados. O planejamento estratégico e o gerenciamento de processos e ações, que vêm sendo executadas há algum tempo, contribuem para que as bodas de prata sejam comemoradas à altura da data.
prologicdanavox@outlook.com
Com uma “visão futurista do empreendedorismo”, a PROLOGIC apresenta as novidades pós-reforma com salas e espaços equipados com alta tecnologia em acessórios de conectividade; permitindo aos pacientes uma melhora na compreensão de fala em diversos ambientes ruidosos. Tudo para que os mais de 6.500 pacientes possam desfrutar de uma melhora em sua qualidade de vida. Com um laboratório técnico exclusivo para confecção de aparelhos auditivos personalizados, segue com entrega dentro de 24 horas. A assistência técnica, por sua vez, é permanente, e os consertos de aparelhos e reposição de peças ocorrem dentro de dois dias. A administração da empresa esta sob a responsabilidade de Rosane Borges Fook e Júlio Bósio. A recepção é feita por Brenda Macedo e Iana Castro, sempre aprimorando os conhecimentos para melhor atender os pacientes. Bertolina, carinhosamente chamada de Beta, é a encarregada pelos serviços gerais. E um dos segredos da receita de sucesso é esse: a sincronia entre a equipe, cada um ajudando a escrever as páginas da história PROLOGIC em Mato Grosso do Sul.
Anna Virghinia Borges Fook
Nelson Lam Kowai Fook
prologicdanavox.com.br
NELSON LAM KOWAI FOOK (CRF 6 2818) Fonoaudiólogo
ALICE BORGES DA ROCHA MACHADO (CRF 6 8225) Fonoaudióloga
CAMPO GRANDE/MS
DOURADOS/MS
Rua 13 de Junho, 167 Centro 67 3325-6686 67 3325-7958 67 99207-2905
Av. Presidente Vargas, 855 - Sala 4 Galeria Dourados Center 67 3421-0015 67 99207-2906
Maria Rosane Borges Fook
Alice Borges
Franccesco Xavier Machado
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SAÚDE
VACINA CONTRA DENGUE CHEGA A CAMPO GRANDE por JÉSSICA BENITEZ
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verão já passou e mesmo assim a incidência da dengue, causada pelo mosquito aedes aegypti, continua crescendo. Até junho deste ano foram registrados 1.345.286 casos prováveis da doença no Brasil. A clínica de vacinas Prophylaxis, que é uma das 25 unidades da Rede no Brasil, disponibiliza a partir do mês de agosto a vacina contra a dengue. De acordo com a diretora comercial que atua na filial da capital sul-mato-grossense, Deise Maria Morais Sinésio, o lançamento será nacional, com ênfase nos estados mais endêmicos, “E o nosso é um deles”, lembra. A primeira vacina contra a dengue (Dengvaxia) atende homens e mulheres com idade de 09 a 45 anos, porém não poderá ser aplicada em gestantes. É uma vacina tetravalente, pois protegerá contra quatro sorotipos da doença, proteção em casos de reinfecção (dengue hemorrágica) e reduzirá em até 81% os casos de hospitalização. “Em princípio, portanto, serão somente as 3 doses do tratamento, sendo 0, 6 e 12 meses”. Como trata-se de uma vacina nova, ainda não há pesquisa que aponte necessidade de refazer a vacinação.” Embora pareça apenas uma doença que causa mal-estar, como febre e dores pelo corpo, a dengue é bem mais perigosa. Até julho deste ano foram registradas 16 mortes em Mato Grosso do Sul, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo governo do Estado. Deste total, três foram em Campo Grande e outra está em investigação. Além disso, 57.737 casos foram notificados em todo o Estado.
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I CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016
Prezados Clientes, Parceiros e Amigos, Está chegando no Brasil a primeira vacina contra a dengue, do laboratório Sanofi Pasteur. PREZADOS CLIENTES, PARCEIROS E AMIGOS, está chegando ao Brasil a primeira vacina contra a dengue, do laboratório Sanofi Pasteur.
Dengue é uma doença séria e quase metade da população mundial vive atualmen área endêmicas. • O Brasil é o país responsável pelo maior número de casos de dengue no mundo. • O Brasil é o país responsável pelo maior número de casos de dengue no • Em 2015, foram notificados mais de 1,6 milhões de casos, com mais de 800 óbitos no País. mundo. • A dengue cresceu mais de 30 vezes nos últimos 50 anos. • Em 2015, foram notificados mais de 1,6 milhões de casos, com mais de 8 óbitos no país. A primeira vacina contracresceu a dengue mais (Dengvaxia): • A dengue de 30 vezes nos últimos 50 anos no mundo
• A vacina atende homens e mulheres com idade de 09 a 45 anos, porém não poderá Aserprimeira vacina contra a dengue (Dengvaxia): aplicada em gestantes. • É uma vacina tetravalente, pois protegerá contra quatro sorotipos da doença. • em Acasos vacina atende (dengue homens e mulheres com anos a 45 anos, po • Proteção de reinfecção hemorrágica) e reduz emidade até 81%de os 09 casos não poderá ser aplicadas em gestantes. de hospitalização. • previsão É umadevacina pois protegerá contra quatro sorotipos da d • Não tem chegadatetravalente, em rede pública para 2016.
• Proteção em casos de reinfecção (dengue hemorrágica) e reduz em até 8 os casos de hospitalização. A Prophylaxis®, oferece atendimento personalizado e preços especiais para empresas, escolas • Não tem previsão de chegada em rede publica para 2016. e condomínios. As vacinas são instrumentos da medicina coletiva, ou seja, sua eficácia é medida pelo impacto produzido – em escala populacional – na redução da incidência das doenças transmissíveis e imunopreveníveis. A prophylaxis® , oferece atendimento personalizado e preços especiais para
empresas, escolas e condomínios. As vacinas são instrumentos da medicina coleti
Vacine os seus funcionários e proteja o seu maior patrimônio. seja, sua eficácia é medida pelo impacto produzido – em escala populacional – na
redução da incidência das doenças transmissíveis e imunopreveníveis. Solicite orçamento por e-mail ou pela Central de Atendimento Prophylaxis®
Vacine os seus funcionários e Proteja o seu maior patrimônio. Fontes:
- World Health Organization (WHO). Solicite orçamento por e-mail ou pela Central de daAtendimento Prophylaxis® - Brasil. Ministério Saúde. Secretaria de Vigilância em saúde
Vamos avançar no combate à dengue!
Vamos avançar no combate à dengue!
Fontes: - World Health Organization (WHO). - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em saúde
CENTRAL DE ATENDIMENTO Rua Pedro Celestino,Central 955 de Atendimento
(67) 3213-4221 Centro - Campo Grande/MS21 2495 - 1020
SAÚDE
FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV) E RASTREAMENTO GENÉTICO PRÉ-IMPLANTACIONAL (PGS) por DR. ORLANDO MONTEIRO JÚNIOR CRM/MS 3256 CRM/SP 73.806 TEGO 568/95
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infertilidade conjugal, que acomete cerca de 10 a 15% dos casais, caracteriza-se pela não obtenção de gravidez após um ano de relações sexuais sem proteção. A Fertilização In Vitro (FIV) é uma alternativa terapêutica para muitos destes casais que apresentam, por exemplo, endometriose avançada, fator tubo peritoneal, infertilidade sem causa aparente, fator masculino grave, falha das técnicas de baixa complexidade (inseminação intra-uterina), etc. O Rastreamento Genético Pré-implantacional (PGS) é uma ferramenta tecnológica associada à FIV. Corresponde à análise cromossômica de células do embrião, antes de sua transferência para o útero. O método é usado para analisar os 24 cromossomos, no intuito de detectar embriões livres de aneuploidia (alterações numéricas dos cromossomos). Diferente do PGS, existe um outro conceito que é o PGD (Diagnóstico Genético Pré-implantacional). Neste caso, o problema genético já foi diagnosticado no casal e os exames no embrião são para detectar esta mesma alteração. Dentre os múltiplos fatores que podem influenciar negativamente a sobrevida dos embriões, a anomalidade cromossômica é o fator mais importante. O desenvolvimento de um embrião em um feto é um processo altamente complexo, que requer um controle impecável e preciso da expressão genética. Em cerca de 60% dos abortos espontâneos, os embriões têm alterações genéticas do tipo aneuploidia (alterações no número de cromossomos). Erros cromossômicos, em sua maioria, são incompatíveis com a implantação (fixação ao útero) ou o nascimento, sendo, então, a principal causa de falha nos tratamentos de reprodução assistida.
Para as mulheres na faixa dos 20 anos, estima-se que um em cada 10 embriões pode ter um número incorreto de cromossomos. Mas para mulheres na faixa dos 40 anos, mais de 75 % podem ser alterados (resultado do envelhecimento natural dos óvulos). A análise dos embriões, através de técnicas que avaliam amostras de células embrionárias (PGS), permite a transferência de embriões “competentes”, com maior potencial de gravidez. Essa tecnologia pode reduzir o número de abortos e garantir um bebê sadio, sem anormalidades genéticas graves, para os casais que se submetem à FIV. São indicações de rastreamento genético pré-implantacional (PGS): - Idade materna avançada. - Aborto recorrente. - Anomalias cromossômicas. - Falhas de implantação. São exemplos de alterações cromossômicas numéricas detectáveis pelo PGS: - Síndrome de Down (trissomia do 21). - Síndrome de Turner (monossomia do X). O Rastreamento Genético Pré-implantacional (PGS) e o Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD), além de melhorar os resultados da FIV também ajudam casais com risco reprodutivo a gerar filhos livres de doenças. O PGD e o PGS são os únicos testes capazes de diagnosticar desordens genéticas de um embrião antes da concepção da gestação.
DR. ORLANDO MONTEIRO JÚNIOR CRM/MS 3256 CRM/SP 73.806 TEGO 568/95 • Graduação Médica, Residência e Mestrado em Ginecologia e Obstetrícia pela UNESP - Botucatu. • Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO/AMB (TEGO 568/95). • Especialista em Ultrassonografia Geral pelo Colégio Brasiliero de Radiologia / AMB (Membro Titular). • Pós-Graduado em Infertilidade Conjugal pela UNESP e em Reprodução Humana Assistida pela Santa Casa de São Paulo. • Habilitado em Endoscopia Ginecológica (Histeroscopia - Laparoscopia) e Ultrassonografia pela FEBRASGO. • Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. • Diretor Técnico e Sócio-Proprietário da Clínica Gazineu. • Associado ao Projeto ALFA-SP. www.clinicagazineu.com.br
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SAÚDE
BOAS VIBRAÇÕES! Inúmeros benefícios em um só equipamento, a Power Plate. por ANAHI ZURUTUZA • foto STUDIO VOLLKOPF Olívia Trindade CREFITO 155.555-F
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umento da circulação sanguínea, melhora do sistema linfático e do metabolismo, ganho de força, resistência e condicionamento físico, trabalha a flexibilidade e proporciona relaxamento. São estes os principais benefícios da Power Plate, a plataforma vibratória utilizada pela Força do Corpo, em Campo Grande. Há sete anos no mercado, o estúdio inaugurou espaço maior em 2016, para oferecer mais serviços e pacotes que agregam os exercícios no equipamento e tratamentos estéticos. Além da fisioterapeuta Olívia Trindade D. Neto, a equipe da Força do Corpo conta com uma educadora física, uma professora de pilates e profissionais da área de estética facial e corporal. A Power Plate transmite vibrações que fazem o corpo reagir por meio de contrações musculares e sem o impacto nocivo às articulações. As sessões, para fins fisioterápicos ou para quem quer intensificar os resultados do treino, para ganho de massa muscular, são de 30 minutos, de duas a três vezes por semana. “É um equipamento muito bom também para quem não quer ir para dentro de uma academia, porque tem um problema que o impede de fazer outras atividades, e para quem quer um atendimento personalizado. “A gente trabalha para atingir o objetivo do paciente, se ele quer emagrecer, tratar flacidez, celulite, se quer um fortalecimento. Tudo isso dá para fazer na Power Plate”, explica Olívia. O tempo das aulas na plataforma pode parecer pouco, mas o treino é intenso. “Um exercício convencional recruta até 58% das fibras musculares, mas na Power Plate você consegue chegar a uns 90%. Por isso, usa-se o tempo de 30 minutos, para não causar uma fadiga, um estresse muscular maior. E quando a gente faz um programa na Power Plate, todos os exercícios são feitos na plataforma, nada fica fora. Braços, pernas, abdômen, tudo se trabalha nela. Ela é muito
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usada na Europa, porque lá as pessoas querem economia de tempo para fazer a atividade física”, completa a fisioterapeuta. Olívia conta que ainda há certa desconfiança em relação aos resultados que a Power Plate proporciona e mitos sobre o que o uso do equipamento pode causar, mas em sete anos ela viu o quão importante e eficaz as sessões na plataforma são para as pessoas que buscam melhor condicionamento físico e qualidade de vida. “A Força do Corpo é uma das pioneiras a trazer a plataforma para Campo Grande. A gente trabalha com a autêntica, o nosso equipamento tem certificado médico europeu e a gente faz um atendimento personalizado. Eu sei que funciona. Nestes sete anos, eu vi o quanto os pacientes evoluem.” A Força do Corpo oferece hoje quatro pacotes com os 30 minutos na Power Plate: o “Power Fisio”, direcionamento para quem precisa de fisioterapia; o “Power Beauty”, casa o tempo no equipamento com sessões de massagem, radiofrequência ou tratamentos para gordura localizada, e o “Power Fitness”, que é novidade e combina o programa na plataforma com treinamento funcional. No estúdio, o aluno pode, ainda, optar pela aula de pilates combinada com exercícios no aparelho, dentro de uma hora.
SERVIÇO A Força do Corpo fica no Pátio Avenida, na Afonso Pena, 5.420, no bairro Chácara Cachoeira. O contato pode ser feito pelo (67) 3211-6723.
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força do corpo
SAÚDE
A NOVA FASE DO HOSPITAL DE CÂNCER DE CAMPO GRANDE ALFREDO ABRÃO À frente do maior desafio da carreira, Carlos Coimbra divide o tempo entre hospital, família e amigos. por PAULA MACIULEVICUS • fotos STUDIO VOLLKOPF
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Carlos Alberto Moraes Coimbra - Diretor do HCCG Alfredo Abrão
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arlos Alberto Moraes Coimbra tem 42 anos de idade, os últimos três, vividos à frente da direção do Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão. Desde março de 2013, depois da Operação Sangue Frio, que investiga esquemas de superfaturamento e desvio de verba pública do hospital, Coimbra assumiu o cargo por escolha unânime do Conselho Curador do hospital e hoje vivencia a alegria de ver a reconstrução da credibilidade da instituição. Prestes a inaugurar dois pavimentos da nova área do hospital, ele conversou com a Revista Cinco+. “Foi o meu maior desafio, porque nós entramos aqui em meio a uma crise de credibilidade. Assumimos um hospital totalmente sucateado, tanto no aspecto de equipamentos quanto de estrutura física”, recorda. O cenário foi mudando ao longo dos últimos três anos, resultado do trabalho da diretoria, do Conselho Curador, da Rede Feminina de Combate ao Câncer e do apoio que sociedade, poder público, iniciativa privada e grandes artistas têm dado. “A gente conseguiu, gradualmente, superar essa crise e hoje estamos num momento totalmente diferente daquele”, frisa Coimbra. Neste novo capítulo, está a construção do anexo do hospital, previsto para ser inaugurado em setembro de 2016. Os dois pavimentos – subsolo e térreo – vão receber 10 novos consultórios médicos, parte da recepção e do administrativo do hospital, novos leitos de UTI e toda área de exames de imagem, como ultrassom, mamografia, raio-x, tomografia, o que vai permitir que exames que até então eram terceirizados sejam realizados nas dependências do hospital. “A meta principal agora é a conclusão integral desse novo prédio de nove andares, até 2018, para, então, sermos o centro de referência em Oncologia de Mato Grosso do Sul”, destaca Coimbra.
“A meta principal agora é a conclusão integral desse novo prédio de nove andares até 2018.” CARLOS COIMBRA - Diretor do HCCG Alfredo Abrão
Se, ao mesmo tempo, o desafio foi grande, a gratidão por vê-los sendo vencidos é proporcional. “É uma série de conquistas através de parcerias e do voto de confiança da sociedade e do poder público. Eu não imaginava que seriam tantos desafios, mas, ao mesmo tempo, fico grato por eles estarem sendo vencidos dia após dia”, resume o diretor. Mas não é só em papéis e números que se concentra o diretor-presidente do Hospital do Câncer. Coimbra também visita pacientes, pergunta, se interessa e presta todo carinho aos assistidos. “Cada um nos marca com a sua história. Teve o Carlinhos, a Carolzinha, duas crianças que nós fizemos uma grande campanha de doação de medula”, exemplifica. “O hospital é um grande aprendizado e a gente anda, visita e quer saber como o atendimento está sendo feito e, graças a Deus, temos tido uma boa resposta”, completa. No meio artístico, Carlos Coimbra é o grande responsável por trazer parcerias como Michel Teló, Munhoz e Mariano, Daniela Mercury, Maria Cecília e Rodolfo, João Bosco e Vinícius, Jads e Jadson e Bruninho e Davi para eventos em prol do hospital. “A maioria do nosso atendimento é para pacientes do SUS e os recursos financeiros do SUS, são insuficientes, então precisamos fazer essa complementação através de ações, eventos, parcerias e convênios”, explica. Embora a formação de Coimbra seja no Direito, a pós-graduação em Gestão Empresarial e Marketing, aliada ao tino para administrar, sempre o levaram para o lado administrativo dos negócios. Durante 44 anos sua família foi dona do CCAA, rede de escolas de idiomas, onde ele era um dos diretores. A venda se deu há dois
anos, uma escolha de Carlos e dos familiares, levando em conta as demandas do hospital. E quem é Carlos fora do hospital? Quando a função de diretor sai de cena, ele se define como um cara que gosta de estar sempre cercado de amigos. “Gosto de viajar, de curtir a minha família, meus sobrinhos e afilhados como um bom canceriano. Sou uma pessoa de hábitos simples, que gosta de ir à feira e receber amigos em casa”, declara. Nascido em Campo Grande, filho de Albino Coimbra Filho e Marilene Moraes Coimbra, Carlos é o caçula de casa e que vê a terra natal como sendo tudo em sua vida. “Foi a cidade que me proporcionou ser o que sou hoje e, se eu consegui chegar até onde cheguei, foi graças as amizades feitas ao longo da minha vida, construídas, em sua grande maioria, em Campo Grande”, reflete. Os desafios à frente do hospital continuam, e a força de vontade de Coimbra também segue firme e forte. “Não vale a pena passar pela vida se não fizermos boas amizades e deixarmos algo de concreto e positivo, que realmente possa ser valorizado e lembrado quando não estivermos mais aqui”, finaliza. CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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Thayner Thayner Duarte Duarte é cantor e junto do irmão gêmeo faz
é cantor e junto do irmão gêmeo faz parte parteda dadupla duplasertaneja sertanejaThalles&Thayner Thalles&Thayner
Queixasdo docliente cliente Queixas Achava seus dentesescuros escuros ee não não conseguia conseguia fazer fazer oo - Achava seus dentes clareamento convencional porque sentia muita dor clareamento convencional porque sentia muita dor - Seusdentes dentestinham tinhamalturas alturasdiferentes diferentesna naparte partegengival gengival - Seus Quando sorria muito largo, ficava um fundo escuro no - Quando sorria muito largo, ficava um fundo escuro no final do sorriso nos 2 lados final do sorriso nos 2 lados
Cuidamos com com carinho carinho Cuidamos da sua sua obra obra dede arte arte
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SAÚDE
A CURA TAMBÉM VEM DE DENTRO por JÉSSICA BENITEZ
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o Brasil, mais de meio milhão de novos casos de câncer são estimados para 2016, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Ano a ano novos estudos são feitos, na busca pela cura mais rápida e menos agressiva do que as disponíveis hoje, como a quimioterapia, por exemplo. Mas se engana quem pensa que corrida pela vida se resume a componentes químicos descritos nas bulas dos remédios. O processo de cura começa nos gestos mais simples, como diálogo, respeito e atenção por parte da equipe de saúde. É o que garante o enfermeiro responsável técnico e coordenador de pesquisa clínica do ITC (Instituto de Tratamento do Câncer), Leonardo Chermont. Ele explica que todos esses fatores se tornam essenciais no tratamento do paciente, “no sentido de não reforçar neles condição de inutilidade ou incapacidade no domínio de suas atividades diárias. É importante o entendimento dos profissionais que atuam em oncologia de que, a despeito das dificuldades enfrentadas no curso da doença, os pacientes reúnem possibilidades de escolha e de decisão sobre si, preservando sua condição de sujeitos, logo ativos e participantes do processo de cura.” Leonardo elucida que os cuidados de enfermagem, pertinentes ao tratamento quimioterápico, se diferenciam em alguns casos, mas há medidas comuns para todos os que enfrentam a batalha contra o câncer. “Como, por exemplo, cuidados com cateteres e ostomias, déficit de mobilidade, em virtude das toxicidades do tratamento, atenção e orientação à estética física, em potencial da perda do cabelo, e demais cuidados que serão desenvolvidos mediante a consulta do enfermeiro.” Muito além dos termos técnicos e necessários à equipe de profissionais da saúde, ele afirma ser preciso agir de forma segura com o paciente diante da situação
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nova e, por vezes, assustadora, mas sempre estar a par dos sentimentos de quem passa pelo tratamento. “Contudo, há de se valorizar e tomar consciência de que por detrás de uma doença crônica, dos sinais e sintomas e dos efeitos adversos dos fármacos utilizados no seu combate, existe um ser humano dotado de emoções, valores, crenças, modos de ser e de viver singulares que, muitas vezes, determinam ou influenciam as ações e reações frente à doença e seu tratamento.” Conforme o enfermeiro do ITC, os cuidados ultrapassam as paredes das clínicas e hospitais. Ele esclarece que viver e conviver com o câncer continua sendo um fato social significativo. A pessoa acometida por uma doença crônica a incorpora no seu processo de viver, requerendo mudanças no seu estilo de vida. Por vezes, essas mudanças traduzem-se em redução ou perda da capacidade de autocuidado e de agir com autonomia. Por isso, “tanto o doente quanto sua família buscam o apoio que necessitam para seguir a vida e superar os obstáculos impostos pela doença. Desta forma, torna-se imprevisível mensurar a atenção prestada em ambiente extra hospitalar com exatidão. Obviamente, haverá continuidade e segmento se há ou não vulnerabilidade decorrente da doença ou tratamento.”
LEONARDO CHERMONT COREN/MS 193375 Enfermeiro responsável técnico e coordenador de pesquisa clínica do ITC (Instituto de Tratamento do Câncer)
ü Radioterapia 3D E IMRT ü Quimioterapia ü Tomografia Computadorizada ü Oncologia Clínica ü Oncologia Cirurgica ü Nutrição Oncológica ü Psicologia Oncológica.
R. Dr. Zerbini, 505 | Chácara Cachoeira | Campo Grande/MS
• Dr. Erlon Klein - Cirurgia Oncológica CRM-MS 4002 • Dr. Alicardo César Figueira - Oncologia Clínica CRM-MS 5034 • Cristiane Alves da Silva Furtado - Nutricionista CRN 20717 • Dr. Tiago José da Rocha - Cirurgia Oncológica CRM-MS 6901 • Dr. André Martins de Oliveira - Clínica Médica CRM/MS 4306 • Leonardo Souza Chermont - Enfermagem Enfermeiro Responsável Técnico Coren-MS 193375 • Mayara Lopes Paiva - Farmacêutica Farmacêutica Responsável CRF-MS 4312 • Emílio João Dei Ricardi - Físico Planejamento • Fernanda Ferreira Insaurralde – Psicóloga CRP- 14/05706-2 • Dr. Rafael Oliveira de Souza - Cancerologia Cirúrgica CRM-MS 5550 • Dr. Eric Iasuji Higa - Cancerologia Cirúrgica CRM-MS 4.538 • Dr. Alex Guimarães Higa – Rádio-Tomografia CRM-MS 5566 | RQE 4135 • Dr. Daniel de Sousa Marques Oliveira Rádio-Intervencionista e Cirurgia Endovascular CRM-MS 5221 • Dr. Vitor Teixeira Liutti - Oncologia Clínica CRM-MS 8526 • Drª Carla Santos Rossi - Oncologia Clínica CRM-MS 6476 • Drª Rejane Carolina de Oliveira Franco Radio - Oncologia CRM-MS 8576
SAÚDE
A QUÍMICA DOS ALIMENTOS
MUDANDO SEU HÁBITO ALIMENTAR! por TATIANE SAVARESE ATTILIO - CRN3 - 12175
pós 15 anos de atendimento em Nutrição Clínica e também para tratamentos em obesidade, é nítido para mim a importância do paladar na adesão do paciente ao plano alimentar. O paladar possui características fisiológicas comuns aos seres humanos. São as nossas papilas gustativas que identificam até 4 sabores, tradicionalmente falando: amargo, azedo, salgado e doce. Atualmente, especialistas consideram que exista um quinto sabor, o umami, palavra que tem origem japonesa e poderia ser traduzida como delicioso ou saboroso. Estudos apontam que este quinto sabor estaria relacionado a uma sensação picante. O que diferencia o paladar é o gosto, ou seja, cada pessoa possui sua tendência a comer alimentos que gerem prazer. Sendo assim, uns apreciam o amargo, outros o doce, outro, ainda, o agridoce. Resumindo, trata-se de uma questão pessoal. O grande desafio é estimular quem quer emagrecer, ou mesmo necessita mudar hábitos alimentares, a descobrir e apreciar novos sabores. A boa notícia é que o próprio organismo ajuda nesse processo. Funciona mais ou menos assim: ao comer um alimento que é preferencial, considerado gostoso e até mesmo a comida predileta, o organismo libera substâncias que geram prazer físico. E é por esse motivo que o processo de repetição se instala, o motivo é óbvio: todos queremos sentir bem-estar, seja qual for a origem. Ao se deparar com um plano alimentar que sugere mudanças no comportamento alimentar instalado, muitas vezes por muitos anos, a primeira reação, e muito normal, diga-se de passagem, é a recusa. Se o paciente estiver muito estimulado pode até acontecer que ele faça um esforço e consiga seguir o plano, mas que está fadado ao fracasso. Enjoar da sua dieta é normal e muito natural. Agora você deve estar pensando que no parágrafo acima eu disse que o organismo ajuda no processo de
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descobrir novos sabores, certo? Sim, eu disse, e é verdade. Basta saber adequar o seu paladar à sua prescrição da dieta. Fácil? Não, não é fácil, mas bastante recompensador. Para facilitar essa descoberta alimentar entra em cena a Gastronomia, que, em outras palavras, pode ser aqui traduzida como preparações saborosas que vão incentivar a mudança de comportamento alimentar de forma saudável, mas muito longe da antiga fórmula do “verde limpo”. Molhos, ingredientes saudáveis, modificações nas receitas tradicionais, podem, e devem, fazer com que a sua descoberta por novos alimentos seja, antes de tudo, muito saborosa, além de saudável. Sendo assim, na próxima vez em que for pensar em realizar uma mudança de comportamento alimentar, lembre-se que é, sim, possível comer de forma social e prazerosa e, ainda por cima, muito saudável. Um exemplo simples e clássico é a redução do sal de cozinha (eu disse redução e não retirada total!), colocando ervas aromáticas na preparação. Isso trará mais sabor à sua comida. Existem outras formas de alterar o sabor da sua comida predileta sem deixá-la “insonsa” ou “sem graça”. Os ingredientes principais chamam-se ‘força de vontade’ e ‘leituras a respeito do assunto’. Aventure-se na cozinha, busque novas receitas, novos ingredientes. Tenho certeza que assim seu objetivo, traçado junto a nutricionista, será alcançado e, o mais importante, será mantido! Foto: Stúdio Vollkopf
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Nutricionista Clínica CRN 3-12175 (67) 99932-8381
Dr. Maruãn Omais Responsável técnico CRM/MS 3225 • RQE 2519
Dr. Maruãn Omais
Érika Kirckov
Raquel Icassati Almirão
CRM/MS 3225 • RQE 2519 Anestesiologista com área de atuação em dor
COREN/MS 163940 Enfermeira
CRP 14/01846-1 Psicóloga
SAÚDE
O VENENO ESTÁ POSTO À MESA Estudo mostra que o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo e tenta apontar saídas para o modelo de agronegócio brasileiro. por MARINA BASTOS
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magine que, pensando numa refeição saudável, você monta um prato bem colorido, repleto de folhas e vegetais: alface, tomate, cenoura, pepino. Muito saudável, correto? Pois saiba que você pode estar consumindo um coquetel de 17 tipos diferentes de agrotóxicos, e isso é apenas uma parte dos 5,2 litros do veneno que você vai ingerir ao longo de um ano. A quantidade alarmante de produtos altamente nocivos para a saúde presentes na alimentação dos brasileiros foi divulgada recentemente pelo IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor). O documentário ‘O veneno está na mesa’, de Silvio Tendler, pode insinuar um filme de terror, mas a película do experiente documentarista brasileiro assusta mesmo pela revelação, em vídeo, de uma realidade cotidiana: 28% dos alimentos oferecidos à população brasileira são insatisfatórios para consumo. Baseado em dossiê da ABRASCO (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), o filme mostra que desde 2008, quando ultrapassou os Estados Unidos, o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo. Elaborado por pesquisadores de diversas universidades federais brasileiras, o extenso relatório da ABRASCO reúne dados oficiais e uma série de estudos que denunciam o descontrole do uso de agrotóxicos no Brasil e comprovam os graves e diversificados
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danos à saúde provocados pelo uso de biocidas. De acordo com o dossiê, o nível médio de contaminação dos alimentos colhidos nos 26 estados do País é grave: tomate (94,3%), pimentão (91,8%), morango (63,4%), pepino (57,4%), alface (54,2%) e cenoura (49,6%), apenas para citar alguns exemplos. TOMATES TRIPLAMENTE CONTAMINADOS A contaminação por agrotóxicos nos tomates está com níveis três vezes acima do que os permitidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e são impróprios para consumo. Em 2014 a fruta registrou cinco substâncias, agora é comercializado com 17 agrotóxicos. “É um novo patamar de contaminação. Nunca vimos nada parecido. A suspeita é que exista um kit de substâncias extremamente perigosas circulando”, alertou o defensor público Marcelo Novaes. Para o defensor, o problema pode ser ainda maior. Dos 464 agrotóxicos listados pela ANVISA, apenas 240 são pesquisados. “Observo que o biólogo não pesquisou, por exemplo, o 2,4D e o glifosato, que juntos representam mais da metade do agrotóxico consumido no Brasil”, destacou Novaes. O glifosato é o ingrediente do herbicida mais utilizado no mundo, assim como um provável agente cancerígeno para humanos. USO E CONSUMO DE AGROTÓXICO ESTÃO ASSOCIADOS A DOENÇAS O uso dos agrotóxicos está altamente associado à incidência de doenças, como alterações hepáticas, endocrinológicas e até cancerígenas. Os problemas pela ingestão aparecem em longo prazo, mas não podem ser tratados como relação direta à doença. “Não é possível provar que o agrotóxico tenha causado a doença. Chamamos isso de uma associação positiva, que é quando se descarta outras patologias”, explicou o clínico geral do Hospital e Maternidade, Dr. Christóvão da Gama Richard Rosenblat, de São Paulo. O médico afirmou ainda que existem maneiras de minimizar o problema. Para Rosenblat, não é necessário parar de comer o tomate. “Tem como ingerir menos agrotóxicos, lavando bem e até tirando a casca do alimento”, destacou. Porém, especialistas e estudiosos de agrotóxicos não concordam com tal solução e alertam que lavar ou descascar o alimento não eliminam as substâncias. PRODUZIDOS SEM AGROTÓXICOS, ORGÂNICOS BUSCAM ESPAÇO NA MESA BRASILEIRA O alimento orgânico vegetal é aquele obtido sem a utilização de agrotóxicos, pesticidas, adubos químicos
ou sementes transgênicas. O de origem animal deve ser produzido sem o uso de hormônios de crescimento, anabolizantes ou drogas, como antibióticos, que favoreçam o seu crescimento de forma não natural. Os orgânicos são considerados mais saborosos e saudáveis, além de terem alto teor de antioxidantes, vitaminas, minerais, fósforo, fibras e outros nutrientes que beneficiam o equilíbrio do organismo. Embora ainda tímido, ocupando 1 milhão de hectares no País (0,3% da área agrícola), o cultivo de orgânicos atende um mercado cativo e fiel: compradores que ditam o consumo como forma de inspirar uma transformação nos hábitos alimentares da sociedade. Sem tecnologia química ou transgênica para conter o ataque de doenças e potencializar o desenvolvimento das plantas, enfrentam risco maior, têm menor escala e gastam mais com mão de obra. Por isso, os alimentos orgânicos costumam ser mais caros, mas o preço é relativo, tendo em vista os dados apresentados sobre a relação dos agrotóxicos com doenças. MAIS DO QUE ALIMENTAÇÃO, ORGÂNICO É CULTURA De acordo com o estudo Mercado de Produtos Orgânicos – Mecanismos de Controle, estudo da CODEPLAN (Companhia de Planejamento do Distrito Federal), a complexidade no cultivo de produtos orgânicos vai além da ausência de agrotóxicos. “O processo, consoante às exigências legais, deve respeitar aspectos culturais, sociais, econômicos e ambientais, proteger o uso responsável do solo, da água, do ar e demais recursos naturais.”
MAS ONDE COMPRAR ALIMENTOS ORGÂNICOS? O IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mantém um mapa de diversas feiras e grupos de consumo de orgânicos no País inteiro.
Confira em: www.idec.org.br/feirasorganicas CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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SAÚDE
ASSOCIAÇÃO PEDE SOCORRO Para cuidar de renais crônicos, ABREC precisa de ajuda financeira. por ANAHI ZURUTUZA
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judar a quem precisa não custa nada. Ou, custa muito pouco. Há 30 anos, a ABREC-MS (Associação Beneficente dos Renais Crônicos de Mato Grosso do Sul) dá amparo a pessoas com doenças nos rins e às famílias delas. A assistência é oferecida enquanto os pacientes esperam na longa fila para um transplante. Mas, para manter o trabalho filantrópico, a Associação também precisa de apoio. Nos últimos anos, a ABREC não conseguiu renovar convênios com o poder público e, neste momento de crise econômica no País, as doações também diminuíram. “Estamos passando por dificuldades financeiras, como toda associação. A gente precisa que a população ajude”, afirma uma das fundadoras da entidade, a médica nefrologista Maria Aparecida Arroyo. Quando foi criada, a ABREC custeava o transporte municipal e até de pacientes do interior que precisavam vir a Campo Grande para fazer hemodiálise. Hoje, os renais têm direito à passagem de ônibus gratuita, tanto dentro da cidade quanto em veículos que fazem o translado intermunicipal, graças a uma emenda à Constituição Estadual. Mas várias outras assistências são oferecidas. A ABREC entrega cestas básicas e suplementos alimentares para as famílias, porque os doentes precisam se alimentar bem. Também compra e doa os remédios caros e que não são oferecidos nas farmácias do SUS (Sistema Único de Saúde). A entidade chegou a oferecer tratamento odontológico para os assistidos, mas o consultório precisou ser fechado, porque a Associação não consegue pagar um dentista para trabalhar no local. Para manter as portas abertas, a Associação gasta cerca de R$ 35 mil por mês, sem contar os medicamentos de alto custo, segundo a médica. A equipe é
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multidisciplinar. “Damos curso de informática, temos uma malharia, até uma academia a gente tem lá. Nossa intenção sempre foi dar qualidade de vida para os nossos pacientes e suas famílias, mas tivemos de dispensar alguns profissionais para não acumular dívidas”, explica Maria Aparecida. A ABREC hoje atende cerca de 850 pessoas, entre renais crônicos e familiares, e quem quiser conhecer o trabalho está convidado a visitar a sede da Associação, garante a fundadora: “Estamos de portas abertas, sempre fazemos festas, bazares e aceitamos qualquer tipo de doação.” Maria Aparecida reforça que para continuar ajudando, a ABREC precisa de socorro. “Quem faz hoje a assistência social são as ONGs, a gente faz o papel que deveria ser do poder púbico. O que seria das crianças que têm câncer se não fosse a AACC (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer)? O que seria dos velhinhos se não fosse o asilo São João Bosco? A ABREC é uma associação séria, mas precisamos que a população se sensibilize.”
SERVIÇO A ABREC fica na rua Geraldo Agostinho Ramos, 781, Jardim Paulista. O contato pode ser feito pelos números 3342-1713 ou 98404-1712. Já as doações em dinheiro na conta 1107115 x, na agência 4211-0 do Banco do Brasil.
SAÚDE
RETIRADA DE REFRIGERANTE DE CANTINAS ESCOLARES É O PRIMEIRO PASSO PARA CRIAR NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES por HELOISA LAZARINI
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ma boa notícia para as crianças brasileiras. No dia 22 de junho deste ano as fabricantes de refrigerante Ambev, Coca Cola e PepsiCo Brasil anunciaram criação de nova política de vendas dos produtos para cantinas de escolas infantis. Com medida que passa a valer a partir de agosto, as fabricantes não irão mais vender refrigerantes para cantinas de escolas com alunos de até 12 anos. Serão vendidos apenas “água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos”, conforme nota. Para escolas com alunos acima dessa idade, as empresas se propõem a realizar campanhas de conscientização do uso moderado da bebida. Outro anúncio feito pelos fabricantes é que serão vendidos nas cantinas escolares apenas refrigerantes em versão mini (250 ml, 100 a menos que lata tradicional). No Brasil, existem vários estados e municípios que aprovaram a Lei da Cantina Saudável, que proíbe escolas públicas e particulares de vender guloseimas, como balas e pirulitos, bolachas recheadas, salgadinhos, refrigerantes, entre outros. No nosso Estado, a Assembleia Legislativa promulgou, em 2013, a Lei da Cantina Saudável, mas uma ação judicial proposta pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo)
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alegou inconstitucionalidade da lei, que foi suspensa definitivamente em outubro do mesmo ano. Na Capital, a Lei nº 4.992/2011 também foi alvo de ação proposta pela Fecomércio, mas, depois de três anos, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul considerou a lei constitucional. Entretanto, muitas escolas ainda não se adequaram. O consumo de refrigerante aumentou, principalmente por crianças, e hoje a bebida é um dos fatores determinantes do sobrepeso infantil, que desencadeia uma série de doenças, como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares.
Segundo pesquisa divulgada em 2015, pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 7,3% das crianças entre 0 e 5 anos estão acima do peso e 33,5% das crianças entre 5 e 9 anos. Acima dessa idade, o percentual é de 20,5%. Até 2025 a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haverá em todo o mundo 75 milhões de crianças acima do peso. A pesquisa também aponta que mais de 30% das crianças brasileiras experimentaram refrigerante com menos de 2 anos. O que mostra a influência direta da família na formação das preferências alimentares da criança. Por esta razão, o médico nutrólogo e pediatra, coordenador, desde 2003, do TOI (Tratamento de Obesidade Infantil) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Sandro Trindade Benites, acredita que a retirada de refrigerantes do ambiente escolar é importante, mas não suficiente. “É um primeiro passo, mas não adianta apenas a escola mudar, pois a influência da família é de quase 100% na alimentação infantil.” O TOI já atendeu mais de 5 mil famílias, e da vivência com crianças, adolescentes e pais, o especialista afirma que a maioria dos pacientes acima do peso ou obesos são de famílias com problemas de peso e péssimos hábitos alimentares. Sobre prejuízo do refrigerante, o médico explica que, além do “bombardeio” de carboidratos refinados no organismo, o consumo da bebida aumenta quantidade de gordura transportada pelas células e, por não ter fibras, gera sensação de fome, o que faz do refrigerante duplamente prejudicial. Reduzir o consumo de refrigerante não é fácil. Não há um supermercado ou padaria sem propaganda da bebida, por isso a iniciativa de não vender refrigerante em escolas é um passo importante para mudar o comportamento da sociedade em busca de uma geração saudável. “A questão é que as crianças precisam desenvolver hábitos alimentares saudáveis. E a família, principalmente no caso de crianças abaixo de 10 anos, deve auxiliar na mudança de hábitos. Temos casos, aqui na clínica, de crianças com mais de 10 anos que se sensibilizaram ao receber resultado de exames e resolveram mudar por conta própria, mas isso é exceção. A família precisa apoiar a criança e ajudá-la. Sem apoio dos pais fica difícil.”
Hoje, refrigerante é uma bebida popular e sua origem é do século XVII quando, em 1676, em Paris, pesquisadores misturaram sumo de limão, água e açúcar. Em 1772, o farmacêutico Jhosep Priestley realizou as primeiras experiências misturando gás e água, mas foi apenas em 1876 que John Pemberton adicionou água carbonatada (gasosa) a uma mistura de caramelo, e criou a primeira Coca-Cola. No Brasil, a bebida começou a ser fabricada em 1941, em Recife.
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SAÚDE
ALIADA OU INIMIGA DAS CRIANÇAS? AFINAL, PRA QUE SERVE A CHUPETA? por HELOÍSA LAZARINI
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chupeta é, sem dúvida, um dos acessórios infantis mais controversos. Se, por um lado, mães e pais a veem como aliada na hora de acalmar a criança e fazê-la parar de chorar, por outro especialistas apontam prejuízos na arcada dentária e na fala diante do uso contínuo da chupeta. Não há data exata de sua criação. Registros históricos mostram que desde o século XV havia hábito de colocar na boca dos bebês uma colher de prata coberta com pano banhado em calda de açúcar e mel, para acalmá-los. Porém, a patente da chupeta, como conhecemos hoje, foi registrada em 1900 nos Estados Unidos por C.W.Meineke Desde então, a indústria das chupetas só cresce em todo o mundo. Além dos tradicionais bicos redondos de látex, hoje existem bicos anatômicos, ortodônticos (mais indicado por especialistas), feitos de silicone e até mesmo chupetas com termômetro. Entretanto, em outubro de 2015, chupetas customizadas (com miçangas e pérolas, por exemplo) foram proibidas. Que a chupeta acalma bebês e crianças todo mundo sabe, porém é comum cenas de choro e gritaria quando pais tentam fazer seus filhos abandonarem esse delicioso acessório. Afinal, uso da chupeta é bom ou ruim? Ou melhor, até que ponto a chupeta é prejudicial?
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”Cabe aos pais colocarem na balança o que é mais viável a eles, e saber lidar.” Priscila Rodrigues Araujo - odontopediatra
Para a odontopediatra Priscila Rodrigues Araujo, que há 9 anos trabalha diariamente com crianças, é preciso bom senso para tratar da questão, pois, embora a chupeta cause prejuízos a crianças, na idade adequada ela pode ser mais benéfica que prejudicial. “A criança, quando nasce, tem necessidade de sucção, que vai até dois anos e meio, aproximadamente. A sucção movimenta toda musculatura da face, e é através do aleitamento que isso acontece. Porém, muitas vezes, a mãe não tem condições de amamentar o tempo todo e a necessidade de sucção não é suprida. Neste caso, é admissível o uso da chupeta até 3 anos de idade, lembrando que a chupeta não substitui o aleitamento.” Porém, a partir dos 3 anos, a chupeta deve, sim, ser banida da vida da criança, pois os prejuízos causados se tornam irreversíveis naturalmente e a única forma de consertar os danos é uso de aparelho ortodôntico, recomendado a partir dos 7 anos, explica especialista. “Até 3 anos a criança cresce muito, ela praticamente duplica
de tamanho. Até essa idade qualquer prejuízo causado pela chupeta o organismo por si só corrige, portanto até 3 anos prejuízos são reversíveis. A partir dessa idade, o crescimento da criança começa a ser de outra forma, ela já tem todos os dentes e a face ainda está em crescimento, mas é em ritmo desacelerado, e os prejuízos passam a ser irreversíveis.” Caso a criança continue usando chupeta, ela pode desenvolver deformações na arcada dentária. A principal delas é a mordida aberta, quando criança não toca dentes da frente ao fechar a boca. Isso causa problemas na fala, pois a língua fica entre espaço criado entre arcada dentária superior e inferior. Outra consequência da mordida aberta é que a criança não consegue tocar lábios e mantê-los encostados, causando problemas de dicção. A mordida aberta também é responsável, segundo a especialista, pela respiração bucal, que é prejudicial à criança. A odonpediatra explica que até 3 anos abandonar a chupeta é mais fácil. Segundo Priscila, a maioria de seus pacientes não demonstra resistência em suspender uso da chupeta, até porque a partir desta idade a criança começa a ter consciência que faz parte de um grupo e passa a se comparar aos amigos. No caso das que frequentam escola, principalmente, a chupeta já se torna acessório não muito comum. A especialista afirma que embora o uso da chupeta não seja recomendado até 3 anos, durante a primeira infância esse verdadeiro “calmante” pode ser tolerado. “É uma questão de bom senso. Hoje vejo que existe muito radicalismo em relação a esta questão. Não é que eu recomendo uso da chupeta, mas entendo que na primeira infância (até 3 anos), os prejuízos físicos que podem ser causados são reversíveis, portanto o fator positivo da chupeta, que é de acalmar bebês, deve ser considerado. Cabe aos pais colocarem na balança o que é mais viável a eles, e saber lidar”. CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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MATERNO, amor eterno.
Não é só o DNA do seu pai que você irá carregar por toda vida. Alguns pais são maternais e os seus princípios, valores, manias, frases prontas e sentimentos vão acompanhar você eternamente.
PEDRO COUTINHO 224 • 67 3204.0835 eUCLIDES DA CUNHA 665 • 67 3044.0835
EDUCAÇÃO
O QUE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO NA ESCOLHA DE SUA FUTURA PROFISSÃO por RICARDO REZENDE
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decisão sobre qual profissão seguir costuma ser complicada para metade dos jovens que estão no último ano do Ensino Médio. A experiência demonstra que este índice tem se mantido constante nos últimos vinte anos, ou seja, toda a revolução subjetiva propiciada pela internet e novas tecnologias não conseguiu fazer com que a rapaziada se encontre hoje mais apta a fazer uma boa escolha do que no século passado. Sobram informações nas redes sociais, o acesso aos sítios eletrônicos das universidades é direto e simples, os “testes vocacionais” estão a um par de links de distância e planilhas sobre salários e mercado de trabalho encontram-se facilmente em qualquer portal de notícias. Ainda assim, boa parte dos adolescentes trava na hora de decidir. Por mais que os dados externos sejam abundantes, muitas vezes falta ao aluno capacidade de processamento de tanta informação. E, além de tudo, não se trata apenas de uma escolha baseada em questões meramente objetivas. Tradição familiar, preocupação dos pais, identificações com modelos previamente conhecidos são alguns dos fatores que pesam muito na angústia da indecisão. Perceba em quais atividades do dia a dia você tem mais satisfação. Detalhes do cotidiano podem fornecer boas pistas, tais como: gosto de estar em lugares abertos, junto a natureza ou em ambientes fechados, mais urbanos? Me dou bem em situações que exigem contato social intenso ou prefiro estar sozinho, entre poucos amigos? Gosto de organização ou me sinto à vontade em ambientes bagunçados? Descubra como você se apresenta aos que vivem ao seu lado. Qual o teu “jeito-de-ser”? Que papéis você acaba representando no seu grupo de amigos? São pistas importantes sobre teus traços de personalidade. Um certo estilo pessoal que será valorizado, ou não, em determinadas profissões. Pesquise um ponto geralmente desprezado pelos futuros universitários, mas com importância fundamen-
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tal na futura ocupação: o que vai ser estudado na faculdade, em determinado curso. A investigação da grade curricular no curso pretendido acaba sendo valiosa para evitar futuros dramas pedagógicos. Ou seja, conhecer o que vai se estudar durante quatro ou cinco anos é muito bem-vindo. Conheça a experiência de outros profissionais. O contato pessoal em uma entrevista informal ou ainda vídeos na internet registrando a prática de diversas profissões, são fontes valiosas para se conhecer um pouco da realidade atual e histórica de cada ocupação. Avalie o mercado de trabalho no presente e suas perspectivas, levando sempre em consideração o campo de atuação. Para tal, busque a relação entre ofertas de emprego versus possibilidades de atuação. Antes de concluir temos que lembrar que, ultimamente, tem ficado bem evidente o fato de profissionais formados em uma determinada área acabarem trabalhando em algo inter-relacionado, ou até mesmo em áreas totalmente diversas. Isso nos lembra que estamos em um novo momento em que as primeiras escolhas na faculdade perderam o peso. A qualificação continua, as novas tecnologias e consequentes impensados diferentes campos de atuação acabam, por vezes, empurrando o profissional para imprevistos. É uma sinalização de que nossas escolhas passam a ser mais contingenciais e passíveis de reformulação. Antes nossas escolhas profissionais eram “para sempre” e hoje passam pela necessidade de serem reformuladas e atualizadas constantemente.
GASTRONOMIA
SOMOS PANTANEIROS!
Chefs de Mato Grosso do Sul vestem a camisa da gastronomia regional. por ANAHI ZURUTUZA
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a mescla de sabores usados por vários povos nasceu a culinária sul-mato-grossense. Uma gastronomia “jovem e cheia de brasilidade”, como classifica o chef Paulo Machado, estudioso da nossa comida. Dos indígenas, os primeiros habitantes do nosso Mato Grosso do Sul, dos colonizadores do nosso Pantanal – os espanhóis, portugueses e depois paulistas e sulistas, sendo estes últimos com influência muito forte, dos nossos vizinhos, os paraguaios e bolivianos, e também dos integrantes de colônias que vieram do outro lado do oceano – os japoneses e árabes – herdamos as maneiras de domesticar os ingredientes, costumes, formas de cozinhar e temperos. O rol de receitas, que têm como base o milho, a mandioca, a carne bovina e os peixes de água doce, é quase que infinito. Fora isso, temos os ingredientes genuinamente locais, como o pequi, a guavira, o coquinho bocaiúva, cada vez mais valorizados. E, não dá para deixar de citar, a carne de jacaré, uma iguaria que pode ser experimentada em restaurantes locais e que, aos poucos, deixa de ser considerada exótica. Não dá para escapar! Cozinheiros que nascerem aqui ou que são filhos de coração de um estado onde a culinária é um dos aspectos culturais mais marcantes, podem até se especializar em outras gastronomias – na francesa e italiana, muito tradicionais e mundialmente conhecidas, ou na latino-americana, mais próxima da gente, mas não conseguem fugir da influência local.
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O chef Edu Rejala, que assina os cardápios dos restaurantes Imakay e Madame Japô, em Campo Grande, não nega que ao menos uma pitada do tempero sul-mato-grossense acaba sendo colocada em suas criações, nem que seja na forma como os sabores são sentidos e avaliados durante a elaboração de uma receita, até porque, involuntariamente, qualquer um, mesmo quem não é cozinheiro, quando prova algo, remete às memórias gustativas guardadas desde a infância. Nascido em Corumbá, a cidade no coração do Pantanal, Edu se especializou em culinária nikkei combinação das cozinhas oriental e do Peru, mas há algum tempo vem estudando o que ele classificou como “cocina de fronteira nikkei”. “Não dá para a gente negar as origens. Eu acredito que todo chef daqui traz um traço nas suas receitas, na sua forma de pensar a gastronomia, da nossa origem, sul-mato-grossense, pantaneira. Por mais que o chef trabalhe com comida nipo-peruana, como é o meu caso, ou contemporânea, ele tem essa identidade.” Paulo Machado concorda. “É natural que chefs da nossa região, mesmo que especializados em outras cozinhas, utilizem ingredientes locais, ainda mais neste momento em que vivemos, onde o cozinheiro nunca valorizou tanto a volta às origens. Você vê isso com muita propriedade na cozinha do chef Edu Rejala, que soma ao tema oriental um estudo da comida da fronteira e sempre se utiliza de ingredientes locais para a composição de suas criações.”
ASSOCIAÇÃO UNE CHEFES LOCAIS Mais do que deixarem fluir até a ponta dos dedos e colocarem em suas receitas a influência regional, 21 chefs de Mato Grosso do Sul se uniram por um propósito maior, a de estudar e divulgar a gastronomia local. Assim foi criada a ACPP (Associação dos Cozinheiros Profissionais do Pantanal). “É uma Associação por uma causa só, a de valorizar a culinária regional e o trabalho dos chefs daqui. Não é fácil unir uma categoria, até porque existe certa competição, mas a causa é nobre. Estamos pensando no futuro, nas próximas gerações”, destaca Edu Rejala, um dos fundadores da ACPP. Tudo começou quando Edu, hoje conselheiro da entidade, criou o “Papo C” – a letra faz referência à conversa, chefs, culinária, café, cerveja. A ideia era reunir cozinheiros de Campo Grande e do interior para a troca de experiências, num encontro informal. Foi nestas reuniões que surgiu a Associação. Atualmente, o chef Gustavo Helney, responsável pelo menu do hotel Bahamas e dono da receita de sorvete de tereré, é o presidente e Ricardo Cher, da Valey Tay, o vice-presidente.
DELÍCIAS REGIONAIS NA CIDADE MAIS BONITA DO MS Instalado há nove anos em Bonito, cidade que mais recebe turistas em Mato Grosso do Sul, a Casa do João é a dica de Edu Rejala para quem quer saborear uma boa comida pantaneira. O carro-chefe da casa é a traíra sem espinha. O peixe, encontrado nos rios do Pantanal, é servido inteiro e frito. Mas no cardápio ainda é possível encontrar receitas com pacu e outros pescados, além de pratos onde a carne bovina é o ingrediente principal. O restaurante recebe, em média, 1,1 mil pessoas por dia em alta temporada. De acordo com o chef Felipe Caran, o maior público é de São Paulo, mas os “gringos” também se deleitam nas mesas dispostas no varandão fresquinho, que lembra uma casa de fazenda. Edu e Felipe acreditam que além de boa comida, o restaurante serve também como propagador da culinária regional, pelo fato de receber muita gente de fora do Estado e do País. “Esse é meu papel, de divulgar a nossa comida. Sempre digo que tenho que fazer meu trabalho com maestria, porque tenho planos de levar a Casa do João em ranking nacional. Já ganhamos, em 2015, o título de melhor restaurante da região Centro-Oeste, pela revista Prazeres da Mesa, mas queremos mais”, afirma Caran.
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Dá também para degustar uma boa comida regional em casa. Dedê Cesco, Vera Chaves e Paulo Machado, que trabalham como personal chefs, são as indicações de Edu Rejala para quem quer oferecer um almoço, ou jantar, festivo ou corporativo, com receitas baseadas em ingredientes regionais.
Nascida no Paraná, Dedê é cozinheira desde meados dos anos de 1980. Já foi dona do premiado restaurante Centurion, na Capital, e tem mestrado em Cozinha Regional Pantaneira, pelo Departamento de Estudos Fronteiriços da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. “No início da minha carreira eu não trabalhava com cozinha regional. Depois, com a minha pesquisa para o mestrado, a medida que fui aprofundando meus conhecimentos, fui gostando de incluir os ingredientes regionais em minhas criações”, conta. Além de banqueteira, Dedê dá consultoria para restaurantes e cursos de culinária.
Vera Chaves nasceu no Rio Grande do Sul e vive em Mato Grosso do Sul desde 2009. “Comecei a cozinhar muito cedo, sempre gostei dos aromas e da dinâmica da cozinha”, relata. Antes de ser cozinheira, Vera formou-se em Direito, mas abandonou a advocacia no fim dos anos 90. “Busco inspiração em diversos cozinheiros com quem me identifico. Admiro muitos profissionais brasileiros e estrangeiros, que praticam uma cozinha simples, justa, que valoriza o produtor local”, ressalta. Ela também trabalha como consultora e ministra aulas individuais e para grupos.
Paulo Machado nasceu em Campo Grande e não saía da fazenda quando pequeno. Ele também se formou em Direito antes de descobrir seu dom para a cozinha. “Sempre gostei de cozinhar em casa, descobrir novos temperos e pratos, curiosidade mesmo”, conta. Mas, foi depois que voltou da Europa, onde morou para trabalhar e estudar Gastronomia, que dedicou a sua atenção para a culinária regional. “Sentia a necessidade de aprender a fazer pratos corriqueiros do Brasil, que eu adorava comer e não sabia fazer”, explica. Paulo fundou um instituto – que leva o nome dele – dedicado à pesquisa em Gastronomia, e já levou receitais locais para ao menos 30 países, onde participou de festivais e ministrou aulas-show.
Uma das receitas do chef Paulo Machado mostra como é possível trabalhar a culinária regional, tida como mais rústica, com requinte. O “Steak Revolution”, prato criado para o festival “Beefweek” em Campo Grande, estará no cardápio do restaurante da Casa Cor MS 2016. Trata-se de um pedaço robusto de colchão mole grelhado – as carnes menos nobres são muito utilizadas pelo homem-pantaneiro – servido junto com um poréu – uma criação dele com acento terena no nome, leite de coco e pérolas de tapioca na composição –, farofa de bacon couve.
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LINHA BRAHMA EXTRA CONQUISTA PALADAR DOS SUL MATO-GROSSENSES por ASSESSORIA
A
o observar o comportamento dos brasileiros quando o assunto é cerveja, verifica-se que o Brasil já é o terceiro
maior mercado consumidor do mundo em números absolutos, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Além das famosas pilsen e mainstream, as cervejas especiais também estão entre as preferidas do público. É o caso da Brahma Extra, bastante conhecida entre os sul mato-grossenses. Lançada no ano passado, a Brahma Extra é composta por três cervejas
de sabores distintos e ingredientes selecionados, desenvolvidas para serem harmonizadas com diferentes pratos: a Brahma Extra Lager é a cerveja mais encorpada do trio Brahma Extra, ao levar puro malte na composição. Pode ser apreciada com amendoim, mussarela de búfala, churrasco e outras carnes vermelhas. A Brahma Extra Red Lager leva o melhor do puro malte extra escuro, que pode ser acompanhada de massas e queijos. Já a Brahma Extra Weiss, ao possuir trigo na composição, é mais leve e refrescante, com espuma cremosa. Pode ser harmonizada com queijo de minas, aves, peixes e saladas. De acordo com Marcelo Tucci, gerente da marca, atualmente os consumidores tem demonstrado que se importam cada vez mais com a qualidade da cerveja. “Trouxemos para o mercado essa linha Brahma Extra com o objetivo de alcançar as expectativas do público que preza pela combinação da peculiaridade dos sabores com a boa variedade de comidas”, ressalta.
CULTURA
O QUE É QUE A MORENA TEM?
Passeie pelo roteiro do que há de melhor na programação cultural e gastronômica de Campo Grande. por ELCI HOLSBACK
C
omo não se encantar por essa ‘Morena’ simpática e cativante? Como resistir aos encantadores ipês, que tornam mais lindos os dias de quem por eles passam? Como não amar esse povo batalhador e feliz? Assim é Campo Grande, capital em pleno desenvolvimento, que mescla novidades, empreendimentos, negócios e lazer com um delicioso ar interiorano, onde as crianças ainda andam de bicicleta em frente de casa, enquanto os pais conversam com os vizinhos, e pessoas de todas as idades aproveitam os altos da Avenida Afonso Pena ou a Orla Morena para saborear o tradicional tereré. Comemorando seus 117 anos, em 26 de agosto, Campo Grande é uma cidade miscigenada e democrática, com opções de gastronomia dos vizinhos paraguaios e bolivianos, dos imigrantes japoneses, de gaúchos, paulistas e dos fundadores mineiros, que escolheram a cidade como novo lar. Campo Grande é a cidade de todos, mas, afinal, o que é que a ‘Morena’ tem?
TEM LAZER E BOA MÚSICA
Diversão para todos os gostos, estilos e bolsos, Campo Grande tem. Mesmo com a predominância do estilo sertanejo, a cidade abre espaço para os fãs de rock, blues, eletrônico, MPB e forró.
SERTANEJO No ritmo mais popular da região, o sertanejo, a cidade conta com grande variedade de opções. A Valley Acustic, para quem gosta de um ambiente mais aconchegante, sem abrir mão de um cenário especial, idealizado aos moldes de um pub irlandês e a Valley Pub, com decoração singular e palco de grandes apresentações. facebook.com/valleyacousticbarcg instagram.com/valleycg/ O antigo Coronas Bar, com sua decoração mexicana, deu espaço ao Capital Country Pub, mais nova casa sertaneja da cidade. A decoração ainda é diferenciada. facebook.com/captaincountrypub Inaugurado há três anos, o Bartholomeu Bar carrega o título de “casa mais bruta da cidade”, por valorizar e divulgar o sertanejo raiz. facebook.com/playereventos
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ROCK E BLUES Já para quem curte rock e blues, a programação do Blues Bar é ampla e variada. Shows com bandas locais e convidados renomados, nacional e internacionalmente já pisaram no palco do bar. facebook.com/bluesbarms Espaço amplo, sendo boa parte ao ar-livre e destinado aos amantes do rock, a A Rota Acústica é um ambiente único. Localizado no Parque dos Poderes, o local recebe bandas, como Muchileiros, Fooga, Haiwanna e Tio Zé, entre outras. As sextas-feiras e os domingos são os dias preferidos pela galera. facebook.com/rotacustica O pop-rock é o ritmo que comanda o Jack Music Pub. Tributos a grandes bandas e shows com artistas regionais são as principais característcas da casa, também conhecida por oferecer um bolo personalizado aos aniversariantes que comemoram a data por lá. facebook.com/jackmusicpubcg
MÚSICA ELETRÔNICA A música eletrônica também tem seu público fiel na Capital, e a Move Club é o espaço mais tradicional do segmento. Atrações nacionais e internacionais integram a programação do espaço, próximo à Feira Central. facebook.com/movecluboficial
SAMBA E FORRÓ Para quem curte um bom samba ou adora dançar forró, o Barbaquá Botequim e Mercearia é o lugar certo. Com atrações variadas entre esses ritmos. facebook.com/curtobarbaqua
Ponto de encontro da diversidade, o Sis Lounge Bar é entretenimento garantido. Outra opção é a Daza, com festas super animadas. facebook.com/sisloungebar facebook.com/Daza
O Centro Cultural Sesc Morada dos Baís reúne o melhor do pop, do rock e da MPB. Além disso, o espaço reúne exposições, teatro e muitas opções de atividades culturais, em um espaço que resgata a história de Campo Grande. A programação é variada, e em geral, gratuita. Chokito, Juci Ibañez, Marina Dalla, Forró Zen e Black di Boá são algumas das atrações do espaço. facebook.com/sescmoradadosbais
TEM BARES, E DOS BONS
Nada melhor que encerrar o expediente, reunir os amigos e aproveitar um bom happy hour e, para isso, Campo Grande tem várias opções.
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Uma das esquinas mais tradicionais da cidade tem um dos bares mais queridos. Seja para um bate papo entre amigos, uma comemoração ou para torcer pelo seu time, o Bar Mercearia é o lugar. Chops variados, cervejas artesanais e a cozinha ‘de boteco’ são a cara do bar. facebook.com/barmercearia Um dos mais novos redutos de quem aprecia cerveja é a Sacramento Cervejaria. Porções variadas, incluindo coxinha de rabada, cervejas e chopps gelados. Para quem gosta de diversão, o espaço conta até com jogo de dardos, entre outras atrações. facebook.com/sacramentocervejaria
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Sempre lotado de uma galera animada, o Velfarre Bar é outra opção de lugar para uma boa cerveja, drinks ou porções. facebook.com/velfarre.convenienciacafe
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Um bar genuinamente agradável, com comida de boteco, drinks e cerveja gelada. Esse é o Genuíno Arte e Destilaria.
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Com rodízio de caldos, feijoada e a cerveja gelada, o Baraúna é tradicional por eventos singulares, como a Terça do Vinil. facebook.com/baraunabar
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COMIDA BOA? TEM!
Variedade é a palavra que melhor define o roteiro gastronômico da cidade. Temakerias, churrascarias, pizzarias, espaços para lanches, fast foods e cardápios naturais estão entre as opções. Há até uma rua, a Bom Pastor, tradicional pela sua variedade gastronômica. Um pedaço da Tailândia em Campo Grande. Essa é a Valley Tai, que reúne decoração glamourosa e uma experiência gastronômica única, reunindo a culinária oriental e a contemporânea. O espaço traz ainda música eletrônica, mesclando gastronomia e balada. Um misto de bar, cafeteria e restaurante, o aconchegante Ernesto Café Bar tem um cardápio especial, com sobremesas de dar água na boca. No Shopping Campo Grande estão três das melhores opções de gastronomia da cidade. Um cardápio com sanduíches exclusivos, palmito assado, drinks, chás e chopp gelado é no Madero. A famosa cebola dourada, milkshake em garrafinhas exclusivas, massas, carnes, sobremesas e bebidas é no Outback. A gastronomia peruana e oriental tem um lugar exclusivo no Imakay, com um cardápio único, renovado constantemente com o melhor do segmento. Saborear um suco, lanche, sorvete ou uma tapioca deliciosa em frente ao Parque das Nações Indígenas é muito melhor. A variedade no cardápio e a visão única é no Kiwi Tropical. Arriba! Para quem gosta de nachos, burritos e margaritas, a cidade também oferece opções de comida mexicana no Muchachos e no Guacamole. Uma rua inteira de opções. Assim é a Bom Pastor, que conta com pizzas, sushis, lanches, porções, espetos e o Quintal Gastronômico Manga Park, onde é possível encontrar desde um sanduíche no pão francês a um risotto mais elaborado, sempre em contato com a natureza. Entre as demais opções dessa deliciosa rua gastronômica estão o Oshent Sushi, Burguer&Co, Pedaço da Pizza, Gugu Lanches e o Minimo’s Mini Lanches, entre outros deliciosos locais, como o Eita Pega Botequim, com caldos e porções. 48
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E TEM NATURAL
Para quem preza por uma alimentação saudável e natural, sem abrir mão do sabor, Campo grande tem lugares especiais. O Tao Alimentação Saudável traz opções até de feijoada vegana. Falou em natural, a dica é o Recanto das Ervas, conhecido pelas ervas aromáticas, sucos, chás e sanduíches naturais.
TEM CAFÉ TAMBÉM
Um café quentinho, com um delicioso acompanhamento vai bem a qualquer hora, não é mesmo? Campo Grande tem opções em vários pontos da cidade, algumas muito originais e conhecidas pelas especialidades culinárias. A Casa Beltrão é uma cafeteria e loja típicamente mineira, com móveis, tapetes em tear, doces mineiros, cachaças, queijos, biscoitos, pão de queijo e outras “mineirices”, além do delicioso café, coado diretamente na xícara. A pausa para o café também pode acontecer no Frans Café, uma esquina simpática na região central da cidade, onde chás, salgados, caldos e cafés agradam os visitantes. O diferencial do espaço é que aos finais de semana o funcionamento é 24h. Espaço aconchegante e o bolinho de chuva mais tradicional da cidade é no Firulas Café, que oferece ainda um cardápio delicioso com risottos, doces, sucos e cafés aromatizados. Tem um tempinho? Que tal aproveitar + 5 minutinhos? A loja tem sanduíches exclusivos, bolos deliciosos, cafés, sucos, milkshakes e uma variedade de delícias que agradam a todos os paladares. Deu aquela vontade de um doce delicioso? A Niura Festas tem bolos, tortas, cafés e doces variados. O difícil é escolher qual comer.
O roteiro gastronômico, cultural e de festas em Campo Grande é muito maior. Há ainda parques, praças, museus, exposições, a tradicional Feira Central e uma imensa gama de opções para aproveitar o que essa linda cidade tem de melhor. A Capital celebra seu aniversário, mas quem ganha o presente é a população que mora ou visita a cidade Morena.
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TÁ CHOVENDO HAMBÚRGUER! por ANAHI ZURUTUZA
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sanduíche com recheio de carne moída, que se popularizou na era da industrialização nos Estados Unidos e virou o item principal do cardápio das grandes redes de fast food, ganhou nova cara e novo sabor. Há uma década, os campo-grandenses têm a oportunidade de experimentar receitas mais sofisticadas, feitas com cortes bovinos nobres, fórmulas para molhos cremosos que são guardadas a sete chaves, no pão quentinho. Ingredientes que antes seriam desperdiçados para rechear um sanduíche de carne moída e prensada passaram a compor as receitas. O sanduíche – que surgiu da necessidade de ser prático para se alimentar, sem sujar as mãos, por isso os dois pedaços de pão que seguram o recheio, e de aproveitar carnes mais duras e mais baratas – foi reinventado. Não só virou prato principal, mas passou a ser servido no prato, com a graça e pompa das apresentações feitas pelos grandes chefs. Na capital sul-mato-grossense, desde que os investidores na área de restaurantes e amantes de uma boa comida perceberam que o campo-grandense gosta, sim, de churrasco, mas também aprecia um bom hambúrguer, de tempos em tempos, uma nova hamburgueria abre as portas. E o melhor, não fecha! Seja ele à base de carne bovina, suína, de cordeiro ou exóticas, os discos altos, moldados à mão, fazem salivar quem senta à mesa de uma das lanchonetes gourmet da cidade. E quem é vegetariano ou vegano também não passa fome. Quase todos os menus têm opções sem carne e sem outros ingredientes de origem animal.
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Nas próximas páginas, estrelam cinco hamburguerias de Campo Grande. A revista Cinco+ fez a seleção das melhores. Cada uma com suas histórias, receitas exclusivas e formas diferentes de servir. Então, está dada a largada!
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ESPECIAL CAPA
Fotos: acervo pessoal
Dez anos recheados de histórias. Teve gente que se conheceu lá, casou, teve filhos e agora leva os pequenos para experimentar as delícias da hamburgueria que surgiu da vontade de uma família sul-mato-grossense, com descendência italiana e russa, de levar as receitas criadas na cozinha de casa para as pessoas. Em julho de 2006, o Burger&Co abriu as portas em Campo Grande trazendo um novo conceito para cidade, muito antes do tal hambúrguer virar “moda”. A hamburgueria artesanal, que completou dez anos, colocou na mesa dos clientes o sabor da carne nobre e fresca, transformada artesanalmente no hambúrguer que recheia um pão quentinho acompanhado do molho da casa. Tudo isso num ambiente que parece “casa de vó”. “São dez anos em que participamos da vida das pessoas. Temos clientes de tanto tempo, que vem solteiro, casa e depois aparece com o bebê. Daqui a pouco o bebê está sentando na cadeirinha e comendo uns pedacinhos de hambúrguer”, conta Maysa Longobardi, a matriarca da família, que tem no sangue o gosto pela culinária herdado dos antepassados. “Fazer parte das histórias da vida das pessoas é muito gratificante. Teve um casal que fez fotos para o book do casamento, porque se conheceu no Burger”, completa filha de Maysa e Luís Eduardo, a arquiteta Flávia Longobardi. O negócio que começou sem pretensão, logo depois que a outra filha do casal, Isabela, se formou em nutrição e queria abrir um restaurante, deu tão certo que Maysa, Luís Eduardo e Flávia abandonaram suas profissões para se dedicarem ao que mais gostam de fazer: uma boa comida. 52
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“Tudo aqui é feito por nós. As receitas de hambúrguer saíram da cozinha da nossa casa, o primeiro molho, eu e a Isabela que criamos e depois um sobrinho meu fez o outro. A decoração e a parte de arquitetura foi a Flávia”, relata Maysa. O Burger&Co, que hoje tem o delivery também, começou fazendo de 60 a 70 hambúrgueres por semana, quando ainda funcionava na Rua 7 de Setembro. “Hoje, o nosso consumo é de uma tonelada e meia de carne por mês. Mas a diferença de quando a gente fazia 5 kg de hambúrguer por semana para hoje é só na quantidade. Fazemos questão que os nossos hambúrgueres sejam feitos artesanalmente”, ressalta Maysa, que coordena a produção durante o dia e está nos restaurantes para receber os clientes à noite. “Temos uma identidade e não podemos perder isso”, acrescenta a filha. Apesar de já terem a fórmula que deu certo, a família Longobardi não para. O Burger&Co, que já virou franquia, sempre tem novidades, receitas testadas e aprovadas antes de irem para o cardápio. “Nós que começamos com o hambúrguer de ponta de costela. Como a família é muito grande, meu pai trazia carnes diferentes para testarmos novos hambúrgueres, depois oferecíamos para amigos e clientes mais antigos experimentarem e até hoje é assim”, finaliza a arquiteta. Rua Antonio Maria Coelho, 3463 - Jardim dos Estados Avenida Bom Pastor, 328 - Vilas Boas
ESPECIAL CAPA
Fotos: Studio Vollkopf
É diferente! O Safari Burger abriu as portas em Campo Grande em 2010 com receitas ousadas e artesanais. No cardápio, além dos tradicionais hambúrgueres de ponta de costela bovina, há também opções com porco, cordeiro e búfalo, além da carne de avestruz no ovo e a isca de jacaré no abacaxi. Da proposta de oferecer variedade de carnes surgiu o nome, Safari. Mas a ideia de proporcionar uma aventura aos amantes de hambúrguer não ficou só nos segredos da produção do sanduíche e no letreiro. Quem entra na hamburgueria se sente mesmo em um safári. A ambientação, inspirada na savana africana, chama a atenção principalmente das crianças e, por isso, o local atrai muitas famílias. O projeto inicial dos advogados Rafael Petinari, 31, e Renato Pasolini, 29, era abrir uma churrascaria em Campo Grande, levando em consideração que o sul-mato-grossense é um apreciador de carne. Os dois, que herdaram dos pais o gosto pelo ramo de restaurantes, depois que se formaram foram morar em Dublin, na Irlanda, e para São Paulo, em busca de novidades. Mas foi do encontro com o publicitário Diogo Saad Ferreira, 31, que era dono de cantinas, que a primeira intenção mudou e o trio percebeu que seria um bom negócio abrir uma hamburgueria. Diogo ganhou um pernil suíno e resolveu testar a carne em um hambúrguer. Deu certo. A partir daí, os três amigos mergulharam na cozinha em busca de receitas com vários outros tipos de carne. “Nosso carro-chefe é o
hambúrguer de ponta de costela. Fez tanto sucesso que a gente faz a mistura de todos os hambúrgueres bovinos com esta carne”, conta o publicitário. Diogo é o criador do molho alaranjado que também faz sucesso. “Eu fazia esse molho para comer com churrasco e trouxe a receita para cá.” Nestes seis anos, até receitas sugeridas por clientes entraram no cardápio. “Tem um molho com limão que foi um cliente que deu a ideia e a gente aprimorou. Usamos para combinar com as carnes brancas, como suína e de jacaré”, conta Renato. O que o grupo não perdeu ao longo dos anos foi a vontade de experimentar e oferecer para os clientes coisas novas. “Tudo é a gente que cria junto. A gente se reúne, experimenta, convida outras pessoas para testar nossas ideias e, se for aprovado, a gente inclui no cardápio”, comenta Rafael. No Safari, os hambúrgueres, de 160 e 220 gramas, também são frescos, moldados assim que a casa abre e grelhados a cada pedido. “Tem uma pessoa que trabalha só com a produção, mói a carne na hora que começamos o expediente”, explica o publicitário. A hamburgueria, que funciona de quarta a segunda a partir das 17h30 na José Antônio com a Abraão Júlio Rahe, tem opções de filé grelhado e costelinha suína assada com molho especial, além de sanduíches gourmet, que levam queijo brie e geleia de pimenta, fatias de abacaxi, banana da terra e catupiry, para combinar com os sabores marcantes das carnes. É diferente! CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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ESPECIAL CAPA
Foto: Rudi Aquino
Foto: André Thomé
Artesanal, mas fast! O pedido pode ser feito antes de sair de casa ou no fim do expediente pelo aplicativo do EXP Burgers. Na hamburgueria, que fica na rua Raul Pires Barbosa, no Chácara Cachoeira – bairro próximo ao Shopping Campo Grande – não há garçons. O lanche é retirado direto no balcão, assim como os clientes das redes de fast food fazem. Mas, o hambúrguer não tem nem um pingo do gosto de comida industrializada, nem leva conservantes. “Não tem o Drive Thru? Eu brinco que aqui a gente tem o App Thru”, conta o empresário Davi Chinzarian Miguel, 31. Ele trabalhou no mercado financeiro em São Paulo até os 27 anos, quando voltou para a Capital já com a ideia de montar um negócio. Como todos que trabalham e vivem na frenética capital paulista, Davi conhece boa parte das redes de fast foods, mas nunca gostou de verdade dos lanches servidos naquelas lanchonetes. “Eu morei sozinho em São Paulo dos 16 aos 27 anos e fazia hambúrguer para mim, para os meus amigos. Até que um dia me falaram que eu tinha de vender minhas receitas e quando eu decidi voltar para Campo Grande já vim com a ideia de abrir a hamburgueria.” O EXP Burgers foi inaugurado em agosto do ano passado e funciona todos os dias. A proposta era oferecer hambúrgueres de qualidade, mas num ambiente mais informal. “Eu pensava: vou montar uma hamburgueria como? Eu vou vender o melhor hambúrguer ou vai ser um fast food? Foi aí que a minha ideia evoluiu 54
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para montar uma hamburgueria artesanal, mas com a conveniência do fast food”, conta. O conceito agradou muito os jovens, mas também qualquer um que tenha fome e queira ir a uma lanchonete para saborear um lanche gostoso, sem precisar estar arrumado, sentar, esperar o garçom, fazer o pedido, esperar mais um pouco e só então atingir o objetivo. “Nosso público é todo mundo. Tem dia que vem o pessoal pré-balada aqui e encontra com o empresário que saiu tarde do trabalho”, descreve Davi. Apesar da rapidez, todos os hambúrgueres, que têm 150 gramas, são frescos, produzidos diariamente. A hamburgueria oferece ainda dois tipos de molho – o especial da casa e a maionese caseira. Outro diferencial é que o cliente pode montar o sanduíche da forma como quer, mas no cardápio estão sete sugestões e inclusive uma opção vegetariana, com falafel de beterraba no lugar da carne. No EXP Burgers, há mesinhas espalhadas para quem prefere sentar para bater um papo antes de comer, mas o tempo de espera, tanto para quem está na lanchonete quanto para quem quer levar, é o mesmo. “A gente entrega o lanche em, no máximo, 15 minutos”, garante o dono. A hamburgueria também está sempre buscando novidades. Uma delas é o recente lançamento do hambúrguer trufado, onde ele, juntamente com as batatas, são grelhados com azeite à base de trufas negras, que dá um sabor único.
ESPECIAL CAPA
Fotos: acervo pessoal
Fome de rua. Não tinha combinação melhor. Boa comida, ao ar livre e “sem frescura”. O sanduba que se tornou popular nas ruas dos Estados Unidos, está nas ruas de Campo Grande. O Trailer 42 não tem parada fixa e oferece o clima descontraído das lanchonetes que difundiram o hambúrguer na metade do século 20. Mas, do que era só para “forrar os estômagos” dos trabalhadores norte-americanos, o lanche servido no food truck do Danilo e da Julia não tem quase nada. Porque o sabor é muito melhor! Danilo Rondon de Oliveira, 27, e a namorada Julia Maria Bacaltchuk Rocha, 24, passaram um ano fazendo testes na cozinha de casa, foram experimentar o que as hamburguerias de São Paulo e do Rio de Janeiro tinham para oferecer, e chegaram às receitas que matam a fome e também fazem os clientes se deliciarem. Os discos robustos, moldados à mão, são feitos de 180 gramas de ponta de costela e mais dois tipos de carnes bovinas moídas. Para os acompanhamentos que recheiam os pães – australianos e de batata, produzidos exclusivamente para o trailer – foram escolhidos queijos nobres e combinações que podem até parecer estranhas, mas que, no fim das contas, mais do que agradam o paladar. O projeto de montar o Trailer 42 surgiu da vontade do casal de abrir um negócio próprio. “A gente cozinhava muito em casa, para os amigos, para a família. O nosso tempo livre era sempre cozinhando. Tínhamos um dinheiro para investir e primeiro tivemos a ideia de abrir uma franquia, mas depois decidimos que íamos partir 56
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para um projeto nosso, exclusivo”, conta Danilo. “Queríamos sair do tradicional, por isso começamos a fazer os testes para chegar num hambúrguer diferente. Experimentados blends de carne, molhos, queijos, pães. Até hoje, a gente faz esse trabalho de pesquisa, sempre buscando novidades”, completa Julia. O Geléia Burguer é o carro-chefe da casa. Ou seria melhor classificá-lo como “o sucesso do Trailer 42”? Porque, na verdade, é a hamburgueria que funciona sobre rodas. Mas, enfim, o que importa é que o sanduíche leva os queijos gouda e prato, cebola caramelizada e, como diz o nome, geleia. Tudo isso recheia o pão australiano e a receita do molho, de textura cremosa e agridoce, é única, vem com pedacinhos de bacon frito. O Trailer 42 tem outras três opções no menu: o Jovem Padawan, que é mais simples para os paladares convencionais, com queijo muçarela e no pão de batata; o Cheese Dark Salame, que leva uma espécie de farofa de salame e cream cheese; e o Jedi’s Burguer, que tem muuuuito bancon, mas muito mesmo. Ah! E para os clientes mais gulosos, o food truck dá a oportunidade de dobrar o hambúrguer. Danilo e Julia divulgam no Facebook e no Instagram o local onde vão estacionar. O truck funciona em parceria com lojas e conveniências. Além disso, o casal aceita convites para estar nas praças de alimentação ao ar livre de qualquer tipo de evento e também servir as delícias em festas. O contato pode ser feito pelo (67) 99304-3838.
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Fotos: Studio Vollkopf
Onde tudo é diversão. Desde o All Star, o mais simples e que todo mundo gosta, até o Jesse James, o matador de fome. No primeiro caso, o nome do sanduíche faz referência à clássica marca de tênis, e no segundo ao “fora-da-lei” do Velho Oeste dos Estados Unidos. Mas, no Bros & Burger, a brincadeira não fica só no cardápio, lá tudo é entretenimento! As receitas de uma das mais novas hamburguerias artesanais da cidade “saíram do forno” em abril. Numa das esquinas da rua Vitório Zeolla, que, aos poucos, está se tornando mais um corredor gastronômico em Campo Grande, o Bros tem um deck para quem prefere a degustação ao ar livre e tomar uma cerveja especial, oferece blues e jazz ao vivo – às quintas-feiras – e um espaço kids bem bacana. “As quintas-feiras resumem um pouco do que é o Bros: a música ao vivo, cervejas, drinks e comida boa. Muita gente vem pelo entretenimento”, destaca o publicitário Bruno Xavier, um dos donos da hamburgueria. Aliás, Bros, abreviação de brother – irmão em inglês – é só mais um detalhe do clima amistoso do local. A decoração inspirada na era da industrialização também serve como convite a mergulhar no mundo dos sabores da comida norte-americana. “Eu sempre fui um apreciador de hambúrguer e amante de carne. Quando fomos pesquisar o mercado, percebemos que Campo Grande merecia algo diferenciado e inspirado 100% nas hamburguerias americanas. Foi aí que surgiu a ideia de abrir o Bros”, conta Bruno, que também foi dono do restaurante de parrilha e carnes nobres Las 4 Vacas.
Ele e o amigo, Júnior Xavier, investiram em receitas com os melhores ingredientes e criaram nove opções de hambúrgueres artesanais. O cardápio foge do tradicional. Um dos sanduíches mais pedidos é o Hill Billy, com barbecue de doce de leite, queijo cheddar, bacon e onion rings para acompanhar o hambúrguer de 180 gramas. Há outras opções, como o Rob Ford, com queijo brie, geleia de bacon e crispy de couve; o Allan Green, com pesto de manjericão, mussarela de búfala e tomate cereja confitado ou a combinação que lembra os cafés da manhã dos americanos, com farofa de calabresa e ovo frito com a gema mole. Os vegetarianos também têm vez no Bros & Burger e, apesar do hambúrguer ser o prato principal, as entradas diferentes e sobremesas fazem sucesso. “Quem quer beliscar e degustar uma cerveja pode vir, que a gente indica o chicken bacon com molho barbecue de doce de leite, a batata rústica com alecrim, o queijo empanado”, destaca Bruno. Para os que querem adoçar a vida, o Bros & Burguer serve desde o popular cheese cake americano com calda de frutas vermelhas, até taças com sorvete, brownie e kinder ovo.
“Também tem clientes que vêm só pelas sobremesas”, finaliza Júnior. CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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ESPECIAL CAPA
ROCK PARA TEMPERAR O MELHOR HAMBÚRGUER O chef Jimmy Ogro, descoberto por Ana Maria Braga, passou por Campo Grande para uma aula-show de culinária. Detalhe: em um evento de rock! por ALBERTO DIAS
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isturar rock com hambúrguer dá certo?! Essa pergunta foi respondida em evento realizado no 21 Music Bar, onde as atrações foram além das tradicionais bandas de rock que normalmente passam pelo local. Desta vez, a balada com ares underground, já conhecida da moçada, recebeu um convidado com habilidade não em guitarras ou baterias, mas no manuseio de facas e panelas. Trata-se de Jimmy Ogro, o chef de cozinha que se tornou conhecido depois de participar do desafio ‘Jogo de Panelas’, do programa Mais Você, da Rede Globo. Com a agenda apertada entre gravações e eventos, Jimmy desembarcou pela primeira vez em Campo Grande com a missão de empolgar a galera numa aula-show voltada para uma de suas especialidades: o hambúguer. O objetivo era mostrar que esta culinária, embora pareça simples, depende de detalhes cruciais, que vão desde a moagem da carne, até a montagem final do prato. Tudo isso no estilo “cozinha fácil”, tão difundido hoje em dia e que ele utiliza em seus vídeos na internet, ao que batizou de ‘Ogrostromia’. Em entrevista à Cinco+, Ogro adiantou que trouxe para a aula algumas técnicas como, por exemplo, atingir os diversos pontos da carne. “Vim falar de comida como conceito, usando o hambúrguer como exemplo”, resumiu, ao explicar que a ideia é mostrar que não existem segredos. “São preparos do cotidiano, mas com algumas dicas preciosas que fazem toda a diferença”, revelou. Para ele, existe muita informação solta por aí, e o desafio é justamente mostrar o que é certo e errado na hora do preparo. E foi isso que ele fez! Na plateia estava gente interessada em crescer nesse
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mercado, diante do número de hamburguerias que aumenta a cada mês em Campo Grande. Os olhares atentos incluíam desde alunos de cursos profissionalizantes de culinária, a curiosos e interessados em aprender um pouco sobre as técnicas que deram fama a Jimmy. Atualmente, o chef apresenta um quadro no programa de Ana Maria Braga defendendo que qualquer um pode cozinhar e em qualquer lugar. Foi neste quadro que conheceu Corumbá, cidade a 420 quilômetros de Campo Grande, onde cozinhou com uma comitiva em pleno Pantanal. O convite para o evento, chamado Rock Burguer Festival, partiu do empresário e chef sul-mato-grossense Edu Rejala, que conheceu Jimmy durante a edição 2015 do Festival Gastronômico Sabores das Américas (FEGASA), realizado paralelamente ao Festival América do Sul, que acontece sempre no mês de maio, na cidade de Corumbá. “Ficamos amigos e logo surgiu a ideia de trazê-lo para difundir esse trabalho aqui no Mato Grosso do Sul”, conta Rejala, que é sócio dos restaurantes Madame Japô, Ymakay e amigo dos donos do 21 Music Bar, onde o evento aconteceu. Enquanto Jimmy arrebentava nos hambúrgueres, Edu Rejala tornou-se especialista na culinária que mais cresce no mundo atualmente: a cocina oriental – uma mistura de sabores peruanos e japoneses, que motivou a abertura do Ymakay, em fevereiro de 2015 no Shopping Campo Grande, e que oferece o melhor ceviche da Capital, entre outros pratos. Em comum, ambos dividem a paixão pela cozinha e, pelo visto, também pelo rock! E por falar em rock, a noite terminou no melhor estilo, ao som das bandas Muchileiros e Rivers.
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CULTURA
LER É VIVER Feira Literária de Bonito incentiva a prática da leitura e acende a chama da imaginação. por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN • fotos ELIS REGINA
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ivros em árvores, poesias e versos que embalam histórias de si, histórias de outros, histórias do mundo. Em meio a uma praça a céu aberto, conduzida por uma veia de imaginação, a Feira Literária de Bonito (Flib) encantou e acendeu a chama do gosto pelos livros em pequenos leitores e em ávidos devoradores de cultura. Foram quatro dias respirando uma infinidade de palavras, absorvendo experiências de autores, críticos, artistas e espectadores. Em cada canto do espaço público, vários outros pequenos espaços se formaram para abraçar o visitante, seja com conversas sobre as obras, debates sobre cultura, seja para estar um com o outro. Senti-me em uma celebração de amigos. Teve até roda de samba. E a Cinco+ estava lá. Da secretária de Cultura de Bonito, Vânia Mugartt, ouvi que a feira é um novo momento para a cidade. “É uma oportunidade de formação de leitores, de oferta de literatura. Penso que o evento tem potencial para atrair o público da região, que é carente em acesso aos livros e a população participa ativamente. Este é o grande diferencial, as escolas participam de forma organizada, as instituições trazem o aluno, não é apenas o espetáculo, meramente como espectador.” E como os moradores de Bonito se “alimentaram” da Flib! Foi lindo de se ver. Crianças encantadas pelas apresentações, adultos enfrentando as noites frias para assistir ao monólogo de Paulo Betti, pela primeira vez encenado ao ar livre. Não estavam ali por obrigação, mas para se deliciar com cada palavra contada, cantada, falada, lida. O premiado escritor indígena Daniel Munduruku, autor de mais de 50 livros para crianças, jovens e educadores, resumiu muito bem a importância da leitura: “Não existe outro instrumento para criar consciência nas pessoas do que palavras bem usadas, que libertam. Elas podem criar monstros, mas também podem libertar da ignorância, do preconceito. Como sou filho da palavra, meu povo é de tradição oral, acredito no poder libertador. O problema são os silêncios.”
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3 2 Foto 1: Jornalista Júlio Maria, biógrafo de Elis Regina. Foto 2: A literatura estava em todos os cantos da praça. Foto 3: Além dos livros, o público conferiu teatro a céu aberto. Foto 4: Crianças se deliciam lendo livros que “brotam” em árvores. Foto 5: Ator Paulo Betti em encenação de monólogo. CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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Uma das convidadas para a festa, a cantora Tetê Espíndola.
Também teve espaço para o lúdico, com teatro, encenações do Caixote Delirante, a Sucuri de Mil Cabeças, Olhos de Bois, Roda na Saia e a Tenda Areôtorare. E lá de longe, direto de Fortaleza, o músico Beirão, figura cativante, adaptou a literatura de cordel para suas canções. De fala rápida, o artista logo foi a sensação da Flib. Sob influência de cantores nordestinos, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, de roqueiros e bluzeiros, trabalhou em concertos e foi um dos precursores do forrock no País, a junção do forró com rock. São quase quatro décadas dedicadas à música, um estilo diferente para os sul-mato-grossenses. “Aqui é um acontecimento. O importante é que está sendo realizado um grande projeto para a formação tanto das crianças, dos adolescentes, quanto dos adultos. Isso vale muito. O Brasil é muito carente de leitura.” Também de outro estado, desta vez de São Paulo, o jornalista e biógrafo Júlio Maria desembarcou em Bonito para contar um pouco de seu trabalho, escrevendo a história de uma das personagens mais cativantes da música brasileira, Elis Regina, na biografia “Nada será como antes”. Em conversa com uma plateia atenta, Júlio relembrou a época dos depoimentos de amigos da cantora, como Renato Teixeira, Miele, Rita Lee, e de como se sentia falando sobre ela. “A maior dificuldade em escrever uma biografia é achar a verdade, lidar com a memória dos outros. É algo muito falho, a gente tenta ir até o limite mais próximo do fato que aconteceu”. Foram quatro anos se dedicando ao trabalho e uma riqueza de detalhes impressionante. Confesso que logo no primeiro capítulo, a cadência narrativa me fez debulhar em lágrimas. E isso mais de 30 anos após a morte de Elis. Júlio, é claro, disse que queria muito tê-la conhecido. Eu também. A segunda edição da Feira Literária de Bonito trouxe gente de fora do Estado, mas também valorizou, e muito, o que temos por aqui. O público se deliciou com a obra encenada do poeta sul-mato-grossense Lobivar Matos. Corumbaense, ele deixou trabalhos que contam o dia a dia no Pantanal e foi um dos representantes do movimento Modernista, vivendo entre 1915 e 1947. 62
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FLIB EM NÚMEROS: Promovida pelo Ministério da Cultura e Prefeitura Municipal de Bonito, a segunda edição da Flib reuniu mais de 17 mil pessoas em quatro dias. A terceira edição do evento, em 2017, já está confirmada. O evento teve a participação de aproximadamente cinco mil alunos de escolas públicas de Bonito e região. Foram 60 participantes, entre escritores, artistas e jornalistas, oferecendo mais de 40 horas de atrações culturais à população.
Paulo Betti contou a história de sua vida no palco.
As poesias de Lobivar Matos encantaram a todos.
Beirão fez sucesso com as canções baseadas em literatura de cordel.
A primeira impressão é a que fica, não é? O que seria mais importante para o seu convidado do que ter alguém pronto para estacionar seu automóvel logo na chegada? Jefferson de Almeida Valet possui manobristas muito bem instruídos para realizar um atendimento perfeito do começo ao fim do seu evento. Tudo isso com segurança e responsabilidade de uma marca que sabe como fazer com excelência.
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LITERATURA
LIVROS INFANTIS PARA GENTE GRANDE
Livros que transcendem a indicação etária e inspiram jovens e adultos.
por LEONARDO TRIANDOPOLIS VIEIRA
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que nós, leitores, deixamos passar desapercebido é que livros infantis, salvo raras exceções, são escritos por gente grande e não por crianças. São, sim, voltados para o público infantil, porém não são exclusivos para este público, que de consumidor só mesmo por intermédio dos pais para se definir como tal. Toda a feitura de um livro infantil, desde a história até a ilustração e o formato da publicação, passam por um processo quase que de fazer poético. Mas, infelizmente, nem todos os livros infantis são assim. Por isso, é importante que os pais, mediadores e concretizadores destes pequenos leitores, tornem-se, também, leitores ativos dos mesmos livros que os filhos leem. Com toda certeza, se surpreenderão, como muitos já se surpreendem. Toda a criança é um ser humano em formação. Logo, é preciso nutrir este ser com o que há de melhor e enriquecedor. Alguns livros infantis ultrapassam as barreiras do tempo e jamais envelhecem. Talvez seja por isso que são considerados infantis. Trazem em suas páginas poesia narrativa sempre viva e em movimento. Independente da época, refletem o que mais de íntimo e belo o coração humano pode conter.
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O PEQUENO PRÍNCIPE, escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry, publicado aqui no Brasil em sua versão clássica pela Editora Agir (e atualmente em domínio público). O livro é uma fábula das mais belíssimas, capaz de arrancar lágrimas desde a mais tenra até a mais avançada das idades. Conta a história de um piloto de avião que caiu em um deserto e travou contato com um pequeno príncipe, que lhe conta as mais belas aventuras e metáforas do amor e empatia humanos. O MENINO ALQUIMISTA, do mineiro Juarez Nogueira, é um livro daqueles que os pais pegam para ler para os filhos antes de dormir e acabam passando a noite em claro por não conseguirem largar a história, tamanha beleza e encanto narrados em suas páginas. A obra conta a jornada de um menino que, levado pela voz de um sonho, segue em busca de um bem maior. Medo, verdade, mentira, dúvida, confiança, saudade e muitas outras qualidades que permeiam o universo humano são ingredientes que fazem desta obra um encontro indispensável. Publicado pela Editora Gulliver, o livro é leitura altamente recomendada pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil). FOI VOVÓ QUE DISSE, escrito por Daniel Munduruku e ilustrado por Graça Lima, é um livro que remonta a tradição indígena de ouvir os avós. Contendo a sabedoria das comunidades ancestrais da América do Sul, é um livro que, por meio do conceito de contar histórias, lembra tanto aos mais jovens quanto aos mais velhos a importância da memória e do respeito às origens. Munduruku é um autor premiadíssimo, pertence a etnia indígena mundurucu e este, bem como outros livros de sua autoria, foi publicado pela Editora Edelbra.
Termino o artigo desta edição com o seguinte excerto de José Saramago:
“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? ... seriam eles capazes de apender realmente o que a tanto tempo têm andado a ensinar. ”
Essa coluna é patrocinada pela:
Rua Euclides da Cunha, 1.126 Campo Grande, MS (67) 3043-5100 facebook.com/leparolecg leparolelivraria
LEONARDO TRIANDOPOLIS VIEIRA Escritor e editor leioeu.com.br
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COMPORTAMENTO
RECORDAR É PARA OS FRACOS
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uando foi a última vez que você se sentiu orgulhoso por ter lutado por algo? Lutar pelas contas pagas todo fim de mês não vale. Por uma ideia, por um ideal, um sonho? E por uma pessoa? Quando foi a última vez que você lutou por alguém? Precisamos admitir, estamos fracos, preguiçosos e desmotivados. A violência, a corrupção e a insensatez tragaram nossas forças. Nos falta o vigor para lutar por ideais transformadores e por pessoas que valem a pena, pois já não sabemos mais identificar quem são as pessoas que realmente valem a pena. Nos falta o ânimo para encarar tanto trabalho para melhorar esse País e sobra desânimo na contabilidade de nossas relações pessoais. Somos uma geração que não quer ser descartável, mas que se esconde em seus próprios medos. Quando se trata de sentimento, a coisa fica pior ainda. Vivemos o tempo dos emoticons, onde é possível as relações afetivas se sustentarem por mensagens e seguirem o ritmo de duração das estações do ano. Emoções vêm expressas em carinhas amarelas e sinais de um teclado, permitindo toda sorte de interpretações e impessoalidade. Meus preferidos são o da piscadinha ;) e o da carinha com medo :/, servem para 99 por cento das situações. Outro dia encontrei na academia uma amiga intrigadíssima com uma mensagem do candidato a namorado, e perguntava a todo mundo o significado de um determinado emoticon.
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Imagina se não era a tal carinha da piscada? Sim, ela mesma. Ou seja, podia ser sim, e podia ser não, já que se encaixavam perfeitamente nas duas hipóteses. Ambivalentes e úteis quando a pessoa não quer se comprometer, os emoticons substituem palavras e delegam interpretações. Afinal, vale a lei do menor esforço, da falta de tempo e da falta de paciência. Ficou difícil, parte pra outra. Dias atrás ouvi de um homem a seguinte frase: “Relembrar é para os fracos. Os fortes fazem acontecer de novo.” Aquela frase me fez refletir exatamente sobre as relações afetivas. Tenho visto muita gente reclamar de falta de amor, mas o que vejo muitas vezes são pessoas que não têm coragem para lutar por alguém. Coragem para enfrentar o dia seguinte e ligar dizendo que precisa voltar porque esqueceu algo com você. E mais coragem ainda pra responder que o que esqueceu foi a saudade de estar com você. O que vejo ao meu redor, é falta de coragem até para dar espaço para que o outro te veja porque, em verdade, ninguém quer se comprometer. E as mulheres reclamam e os homens reclamam. Recordar é para os fracos. Os fortes, vão lá e constroem melhor.
Foto: Studio Vollkopf
por ARIADNE CANTÚ
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Foto: Studio Vollkopf
ste é o mais novo espaço para falarmos de negócios em Mato Grosso do Sul. Com informações direcionadas, o Caderno + Negócios tem a missão de mostrar a economia de um modo diferente, de um ponto de vista mais didático, trazendo para o leitor o perfil do empresariado do Estado, suas inovações e como fazer para se diferenciar no mundo dos negócios. Vamos nos divertir falando de economia e de como alcançar resultados melhores a cada dia. Para inaugurar o Caderno, uma entrevista especial com Ricardo Ayache, presidente da Cassems, um homem exatamente assim, disposto a sempre fazer mais. Bem-vindos ao Caderno + Negócios. Fernanda Nascimento Prochmann Editora do Caderno + Negócios
SEMPRE É POSSÍVEL MELHORAR página 68
A ECONOMIA DO EXEMPLO página 72
ROTA DE OPORTUNIDADES página 74
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CADERNO + NEGÓCIOS
SEMPRE É POSSÍVEL MELHORAR
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unca me atentei muito ao significado dos nomes das pessoas, nem tão pouco se eles influenciam em nossa formação. Mas, analisando bem, acredito que essa escolha acaba, sim, refletindo no caráter de cada um. Veja o nome Ricardo, por exemplo. De origem germânica, Ricohard é formado pelos elementos rik, que significa “príncipe” e hard, que quer dizer “forte”, “corajoso”. Não por acaso, foi um nome muito popular na Idade Média e pertenceu a pelo menos três reis da Inglaterra, incluindo o rei Ricardo I, conhecido como “Coração de Leão”, um importante líder militar.
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Com esta filosofia, Ricardo Ayache mostra como a medicina e o empreendedorismo lhe transformaram em um gestor de sucesso. por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN fotos STUDIO VOLLKOPF
É isso, Ricardo é nome de líder. E não importa se ele nasceu na Inglaterra ou em Aquidauana, se foi rei ou filho de comerciantes libaneses, militar ou médico. Ricardo carrega no nome o espírito de luta e, em tempos modernos, cada um trava a batalha que melhor lhe representa. O cardiologista Ricardo Ayache encontrou a sua ao aceitar o desafio de gerir um dos maiores planos de saúde do Centro-Oeste. À frente da Cassems, a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul, desde 2010, o homem que começou a carreira de
médico empreendendo junto a um grupo de amigos, também médicos, com o Centro de Diagnóstico Cardiovascular, é o responsável por quase triplicar o capital social e o patrimônio da Cassems em pouco mais de cinco anos de administração, colocando-a como a oitava maior empresa do Estado e a 65ª do Centro-Oeste no ranking das melhores do Brasil. Seu valor de mercado atinge hoje R$430 milhões. O levantamento foi feito pela revista Exame, em sua edição especial Melhores e Maiores de 2015. Esta é a oitava vez que a Cassems é citada em tal estudo. No Juramento de Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, Ricardo jurou “aplicar os regimes para o bem do doente segundo seu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém”. Como médico, cuidar do outro sempre fez parte de sua vida. Como administrador, a ideia de desenvolver um bom trabalho e contribuir com o Estado caminhou com pernas próprias quando, em 1999, foi convidado para ser diretor de Assistência à Saúde do antigo Previsul, uma autarquia estadual que precedeu o modelo de plano de saúde de autogestão, hoje desenvolvido na Cassems. “Assumi a Cassems com uma posição boa no mercado e a pergunta que me fazia era: como melhorar, ir além? Começamos, então, a pensar e radicalizamos na profissionalização da gestão, na participação dos servidores e na transparência. Criamos o primeiro portal da transparência de planos de saúde do País”, lembra o presidente. E tem ainda a Universidade Corporativa, onde graduação e pós-graduação são subsidiadas aos mais de 1300 colaboradores da empresa. Em cinco anos foram construídos quatro hospitais, três centros de prevenção, dois de diagnóstico e o número de centros odontológicos dobrou, passando de 12 para 24. E este “além” que Ricardo tanto buscava, ainda contempla um hospital em Campo Grande, a ser inaugurado em outubro, a construção de outro em Corumbá, o Centro de Prevenção em Dourados e a ampliação do hospital em Nova Andradina. Servidor público, concursado no Hospital Regional, Ricardo sempre teve a preocupação de ouvir. Talvez, ele mesmo faz questão de dizer, seja esta a principal característica de um verdadeiro líder. “O mais marcante na presidência é o quanto tenho que exercitar a humildade para exercer bem a função, saber ouvir para nortear as ações.” Quando assumiu a presidência, Ayache partiu também para a profissionalização e fez MBA em Gestão de Empresas em Saúde, pela Fundação Getúlio Vargas. Além da Cassems, ele ocupa o cargo de diretor da Unidas, a rede que congrega 130 planos de saúde do País, e “cuida” de 5,5 milhões de vidas. Reeleito pelos próximos três anos, o
gestor estabeleceu como uma de suas metas, investir em medicina preventiva. “A população está envelhecendo e já estamos trabalhando com a prevenção. Temos vários programas, o Viva Saúde, voltado para a saúde cardiovascular, o Eu me amo, eu me cuido, voltado para a terceira idade, o Odontologia para Bebês, voltado para crianças de zero a cinco anos, o Ônibus da Saúde, que viaja todo o Estado levando a prevenção ao câncer feminino, Pronutri - Programa de nutrição preventiva, Cozinha Experimental, uma extensão do Pronutri.” E para quem está começando em um negócio, saiba que, mesmo com tanta expertise, Ricardo não deixa de estudar, e muito, o setor em que trabalha. “Preciso ter a visão de mercado a curto, médio e longo prazos. Como em todo empreendimento, é necessário ter planejamento, se profissionalizar, acreditar no projeto e ter vontade de ganhar. Não pode desistir em qualquer barreira, mas, sim, resistir às frustrações. Além disso, formar uma boa equipe é essencial e, é claro, uma boa dose de ousadia.” As ações desenvolvidas na Cassems lhe creditaram mais de 80% de satisfação de seus beneficiados e a vontade de fazer mais. Sempre aberto a ideias, o médico e gestor faz de sua capacidade de dialogar e neutralizar as adversidades, seus maiores triunfos. “Sempre estou me perguntando o que preciso fazer para melhorar. Afinal de contas, são mais de 200 mil vidas atendidas pela Cassems. E tudo isso tem sido uma bela experiência.”
Em pouco mais de cinco anos, o capital social e o patrimônio da Cassems foram quase triplicados. A empresa é a oitava maior do Estado e a 65ª no Centro-Oeste, com valor de mercado de R$430 milhões.
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Marcos Anelo EmĂlia Chacom
Keila Mesquita
O JORNALISMO QUE ASSISTE VOCÊ. A história do SBTMS se confunde com a de cada pessoa que se lembra de um momento marcante ou algum programa que passou ou ainda passa no canal. Fazer parte da vida dos telespectadores é fruto da simpatia e carisma que nasceu com o ícone Silvio Santos, pois graças à ele todo mundo tem um pouco de SBT dentro de si e o SBT tem um pouco de cada brasileiro. Fazer parte de você é o princípio do SBTMS, algo presente no DNA de milhões de brasileiros, um sentimento que pulsa a cada dia mais forte, assim como a audiência que não para de crescer e isso tudo graças: a você.
CADERNO + NEGÓCIOS
A ECONOMIA DO EXEMPLO Como educar o cidadão a pensar a economia para o futuro? por STEPHANIE RIBAS
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aulo Henrique Sandroni é mestre em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, já deu aulas na PUC-SP e em universidades do Chile e da Colômbia. Atualmente, é professor na Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Com sua experiência, não poderia ser diferente: ele percebe a economia de outra perspectiva. Em Campo Grande, para participar do seminário “Políticas e Instrumentos para o Desenvolvimento Urbano e a Revisão do Plano Diretor de Campo Grande”, o especialista revelou exclusivamente à revista Cinco+ o que falta nos estudos econômicos do Brasil e contou como surgiu sua principal obra, o Dicionário de Economia, livro de cabeceira de acadêmicos e profissionais da área.
O senhor atuou como docente por muitos anos e acompanhou uma evolução importante na área de economia. Que mudanças o senhor percebeu no meio acadêmico? Paulo: Hoje você tem meios de comunicar conceitos, práticas e modelos econômicos muito mais eficazes do que tinha no passado. O que tem ajudado muito são os meios eletrônicos, você pode ilustrar muito melhor do que um simples quadro negro. Isso melhorou bastante as metodologias de ensino e uma coisa muito importante também é o ensino a distância. Você pode alcançar uma quantidade muito maior de pessoas do que uma sala de aula, que tem 50 alunos, agora você pode ter milhares de alunos, então se aumenta muito a eficiência. Do ponto de vista dos conteúdos, acho que há uma grande lacuna do estudo de economia, que é a seguinte: hoje, a maior parte dos países da América Latina são países onde predominam as populações urbanas, das cidades, e a economia se desenvolveu muito pouco ainda, especialmente no caso do Brasil, em relação à economia urbana. Ninguém liga muito para isso, inclusive os currículos das 72
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universidades não comportam umas disciplinas relacionadas diretamente com a economia urbana, isso passa de uma forma muito periférica. Eu acho que essa é a grande lacuna que temos hoje, no caso do Brasil, a falta de disciplinas práticas, articulações do que acontece do ponto de vista econômico em uma cidade e o ensino desses processos. E o inserir da cidade no contexto nacional, porque uma cidade crescer da forma que elas estão crescendo, e hoje, formando megalópoles, o custo dos serviços públicos tem crescido mais do que proporcionalmente com o crescimento da população. Isso provoca um constrangimento muito grande, um desequilíbrio nas finanças públicas. Os municípios têm que gastar cada vez mais com serviços públicos, porque o custo está aumentando e muitos deles, não podendo fazer isso porque têm seus orçamentos estourados, deixam de brindar a população com um serviço digno nos vários aspectos: saúde, educação, transporte, moradia, resíduos sólidos. Portanto, piora a vida de todo mundo na cidade. Então, os estudos econômicos em relação a estes processos são, a meu ver, fundamentais.
O senhor falou dos resíduos sólidos. Quais são seus estudos nesta área? Paulo: Hoje, existem problemas muito graves no abastecimento de água das grandes cidades, ou cidades médias, e também como destinar os resíduos sólidos. Este é um problema cada vez mais premente e os custos estão crescendo. Então é preciso elaborar políticas para produzir menos. Por exemplo: encontrar mecanismos, técnicas para produzir menos resíduos sólidos e fazer com que a população se convença, através da educação, que este mecanismo deva ser constantemente aperfeiçoado. Então, eu vou produzir menos, porque tenho consciência de que assim eu ajudo o município a resolver o problema; eu vou fazer uma economia de água, porque se o consumo de água vai aumentando cada vez mais, eu tenho que buscar água em lugares mais distantes, e isso custa mais. Nesse caso, eu recomendaria que essa educação não abrangesse apenas o nível superior, mas começasse nos níveis da mais tenra idade. As pessoas têm que ir se acostumando desde crianças a essa nova metodologia, isso dá muito certo. O Japão mostrou que, no caso dos resíduos sólidos, essa prática desde cedo leva a êxitos notáveis no caso do desenvolvimento urbano e das práticas urbanas. Isso é uma luta que tem que começar com as crianças, mas também se desenvolver nos adultos, porque os adultos custam mais a mudar sua mentalidade e seus hábitos, mas todas as faixas etárias têm que estar submetidas a esses novos apelos. É possível fazer isso através de métodos educativos, dos meios de comunicação e também do exemplo. Na Copa do Mundo de 2014, tivemos um exemplo muito interessante: os japoneses que vieram para cá, levavam para os estádios uma sacola e recolhiam o lixo que eles mesmos produziam. É um bom exemplo de cuidados com o meio ambiente. E eles fazem aquilo como hoje, cada um de nós, quando entra em um carro, põe o cinto de segurança. Já é uma coisa que acontece quase que instintivamente. Isso precisa ser criado, mas é um processo de longo prazo. Que consequências econômicas essa consciência sustentável pode trazer? Paulo: Uma consequência notável, porque se você produz menos resíduos sólidos o custo desse serviço vai diminuindo relativamente. E se você reutiliza aqueles elementos que antes mandava para o chamado lixão, ou mesmo um aterro sanitário, está dando um sentido econômico também aos resíduos que produz. Se você recicla, reusa, reduz, tudo isso contribui para o enriquecimento da sociedade onde vive.
As grandes empresas estão se envolvendo mais com a questão da sustentabilidade, mas é fundamental que as empresas de todos os portes percebam que é importante atuar neste sentido? Paulo: As grandes empresas têm um problema que é sua imagem, o seu tangível, que elas precisam preservar. Então, uma empresa que se mostre favorável a preservação do meio ambiente, ganha pontos em relação aos seus consumidores. Empresas que produzem cosméticos, dizem: ‘nós produzimos com cuidados ambientais, não danificamos a floresta’, então elas trazem um goodwill, uma boa vontade em relação a elas, produzindo desta maneira. Eu acho que isso deve ser também uma preocupação das pequenas e médias. Por quê? Nas pequenas e médias isso pode ser até um elemento de economia. A própria produção pode ser afetada por estes maiores cuidados se você extrair mais do que tem, que antes você descartava. O senhor tem um livro que é muito famoso, o Dicionário de Economia. Como foi elaborado este livro? Paulo: Foi no início dos anos 80, quando a Editora Nova Cultural lançou uma coleção chamada Os Economistas. Eu fiz parte do grupo que sugeriu os títulos que deveriam sair nas obras dos grandes autores, e o editor me pediu também que fizesse a tradução do livro do David Ricardo, chamado Princípios da Economia Política e Tributação. Ao fazer a tradução, encontrei que Ricardo escreve de uma maneira muito difícil. Se eu mesmo estava encontrando dificuldades de entender o que ele estava escrevendo, quanto mais os alunos. Então, pus uma quantidade enorme de notas de rodapé explicativas, mais de 50. Quando levei isso para o editor, ele não achou conveniente publicar as notas de rodapé, porque isso descaracterizaria o livro. Falei que seria difícil o pessoal entender [sem as notas] e o editor sugeriu que eu pegasse os conceitos mais difíceis dos 42 autores e montasse um dicionário. E foi assim que nasceu o primeiro Dicionário de Economia. Depois fui atualizando. Já atualizei cinco vezes, e hoje ele está seis vezes maior. A obra nasceu com 1.200 verbetes e hoje está com mais de 7.000. A última atualização foi em 2014 e saiu quase com mil páginas. Como o senhor avalia o atual momento econômico do Brasil e para quando o brasileiro pode aguardar uma melhora? Paulo: Vai demorar. Aparentemente, o problema deixou de piorar. Mas para melhorar, vai levar alguns anos. CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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CADERNO + NEGÓCIOS
ROTA DE OPORTUNIDADES Corredor Bioceânico vai passar por quatro países e é a esperança para uma demanda de novos negócios. por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN
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á imaginou a quantidade de pequenas e médias empresas que pode surgir em mais de 1800 quilômetros de estradas? Qual o impacto social e econômico que esses empreendimentos acarretarão ao Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, os quatro países que formam o Corredor Bioceânico Rodoviário? A discussão não é de hoje, mas começa a virar realidade e, em três ou quatro anos, estimam os envolvidos, já será possível sentir os reflexos do projeto. E quando se fala em impactos, não quer dizer apenas abertura de negócios, mas barateamento de serviços, taxas, facilidades de escoamento de produção, ampliação de mercado, um mundo de possibilidades. Para João Carlos Parkinson de Castro, ministro das Relações Exteriores e coordenador de Assuntos Econômicos da América Latina e Caribe, a rota não é apenas uma obra, mas uma iniciativa que se insere no contexto maior de desafios. “O corredor cria vias de acesso, atrai investimentos e obriga a capacitação de mão de obra. Tem que ser objeto de ações coletivas, unindo governos, setor privado e as universidades”. A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) é uma das instituições que já se uniu ao projeto e faz parte da Rede Universitária do Corredor Bioceânico, colocando o conhecimento gerado na academia a serviço da sociedade. Ao citar Mato Grosso do Sul, surge no imaginário o escoamento de grãos, mas o corredor servirá para muito mais do que isso. “É preciso achar e explorar as oportunidades, já que a rota é um vetor econômico, uma ferramenta de apoio, estímulo ao turismo e que beneficiará pequenas e médias empresas”, defende Parkinson, destacando que os fretes e insumos, por exemplo, tendem a ficar mais baratos. Para o Estado, a perspectiva é de que o corredor abra as fronteiras e multiplique as relações comerciais com outros países. O ministro vai além e afirma que, quando o cidadão começar a encontrar os produtos argentinos, paraguaios e chilenos nas gôndolas dos supermercados, significará que a integração estará funcionando. “Graças ao corredor estaremos mais próximos de nossos vizinhos e, 74
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somando esforços, mais preparados para enfrentar as adversidades nos caminhos.” No trajeto do corredor está inclusa a construção da ponte rodoviária internacional sobre o rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai. A conclusão da obra foi acordada este ano entre os dois governos e deve acontecer em três anos. O investimento previsto é de R$120 milhões, sendo que metade desse valor será paga por cada país. CONSELHO EMPRESARIAL Parte ativa nas discussões acerca do corredor, os empresários criaram um Conselho para, junto com as universidades, aliar conhecimento técnico e desenvolver ferramentas que garantam mais eficiência ao projeto. “Hoje, um caminhão que vai de Mato Grosso do Sul
O Corredor Bioceânico Rodoviário liga Campo Grande aos portos chilenos de Antofogasta, Mejillones, Iquique e Arica, via Porto Murtinho, passando pelo Paraguai e Argentina. São aproximadamente 1.800 quilômetros de rodovia, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. O caminho encurta em sete mil quilômetros marítimos, ou cerca de 14 dias de viagem, a distância da América do Sul para os mercados asiáticos.
LIDERANÇAS DOS QUATRO PAÍSES E EMPRESÁRIOS SE REUNIRAM EM UM SEMINÁRIO, EM CAMPO GRANDE, PARA DISCUTIR AS POSSIBILIDADES NA ROTA BIOCEÂNICA.
Foto: Divulgação/SEGOV
Foto: Divulgação/SEGOV
para a Bolívia ou Paraguai, fica parado nos postos fiscais e aduanas por até cinco dias. Tentaremos diminuir para horas, parar em apenas um posto fiscal. O Conselho vai olhar para o pequeno e médio produtor”, explica Cláudio Cavol, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog), órgão que representa 1200 empresas no Estado e faz parte do Conselho. O desafio é ajudar o pequeno e médio transportador a aumentar seu poder de competitividade, a rentabilidade com sua frota e auxiliar o produtor dos territórios limítrofres dessas rodovias a ter um desenvolvimento sustentável. Para isso, é preciso mobilizar sociedade e iniciativa privada. “A questão da infraestrutura avançou, agora temos que pensar em desenvolvimento. Essa rota faz uma inserção produtiva neste vazio econômico desse meio da
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América Latina”, avalia o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck. Para ele, a rota vai funcionar porque cada país está fazendo políticas de desenvolvimentos regionais específicas, pensando nos pequenos negócios. “Qual lugar do mundo que em 1800 quilômetros você passaria pelos biomas Pantanal, Chaco, Andes, deserto de Atacama e pré-cordilheira? Onde teria uma rota de turismo com essa diversidade? É um potencial enorme para o turismo e não apenas para isso. As pessoas vão precisar abastecer o carro, comer, dormir. Isto gera uma demanda gigante de atividades para o pequeno e médio negócio.” Verruck reforça que é preciso identificar as oportunidades de exportação e importação. “Temos que ter a lógica da geração de riqueza ao longo da rota. É quase uma nova expansão da fronteira agrícola sul-americana.” CINCO+ I AGOSTO/SETEMBRO 2016 I
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DAIANA CAPUCI E ALAMEDA ESTREIAM NA CASA COR 2016 COM AMBIENTE INSPIRADOR por MARIANA COLI • fotos STUDIO VOLLKOPF
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mansão da tradicional família Dibo, projetada há décadas por Rubens Gil de Camillo, recebe este ano a mais famosa e conceituada mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas. A casa cor Mato Grosso do Sul comemora sua 4ª edição com muito profissionalismo e originalidade, com o tema “A Casa em Festa”. Este ano tem estreia da carreira solo de Daiana Capuci, a designer de interiores assina o espaço “Boutique Conceito” em parceria com a clássica loja de roupas Alameda, e essa união promete excelentes expectativas. O espaço é inédito nas edições da Casa Cor. Pela primeira vez uma loja de roupas participa da mostra. Em São Paulo, foi a loja de cristais Baccarat que levou todo o luxo de peças minimalistas e atemporais para a Casa Cor, com a assinatura da arquiteta Vivian Coser.
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Daiana acumula grandes projetos em sua carreira e participou da edição de 2014 da mostra com as ex-sócias. Hoje, sozinha, ela acredita que será um desafio, por se tratar de uma nova proposta e um novo ritmo de trabalho. A parceria com a boutique Alameda só vem para fortalecer ainda mais o trabalho da designer. “Como estou levando o nome forte da Alameda, não pode haver falhas e a responsabilidade aumenta mais quando se trata de uma casa na principal avenida de Campo Grande, projetada pelo conceituado arquiteto Rubens Gil de Camillo. Terei de trabalhar minuciosamente, estudar para não atrapalhar a arquitetura da casa, e sim valorizá-la ainda mais”, afirma Daiana. O projeto que levará a assinatura da designer é inovador. Quando recebeu o convite, Daiana conta que
não pensou duas vezes e considerou de imediato que as empresárias Cristiane Gonçalves e Jéssica Buainaim estariam juntas nesta empreitada. “A Alameda foi pensada na hora, pois oferece tudo de primeira linha, sofisticação, elementos que serão harmonizados com os revestimentos e materiais utilizados na elaboração do espaço”, explica Daiana. Nos 36 m² disponibilizados para a “Boutique Conceito”, a designer utilizará peças nobres e modernas, paredes revestidas em mármore nero, com elementos no latão dourado e porcelanatos, levando estilo e sofisticação. As empresárias estão trabalhando efetivamente na elaboração do projeto com a designer e, quando o assunto é bom gosto e requinte, elas não deixam a desejar. A prova disso é que duas cadeiras, que serão expostas, foram desenvolvidas por Cristiane e Jéssica e levam a assinatura da Alameda. O modelo luxuoso foi confeccionado com tecido Ralph Lauren e “croco”. Daiana não esconde o orgulho e ressalta que é uma satisfação trabalhar com empresárias tão antenadas e detalhistas. Além dos sofisticados materiais utilizados na obra e das elegantes roupas e acessórios de grandes marcas, como Gloria Coelho, Sandro Barros, Tigressse, Seven, Mixed, Colcci, entre outras, a Alameda leva a linha home, linha gourmet e a exclusiva linha de aromas – sabonete líquido e o home spray assinado pela boutique. Convidados especiais estarão presentes no ambiente, um deles é o renomado fotógrafo de arquitetura Denilson Machado, que lança a 15ª edição de seu livro, e a célebre estilista Glória Coelho.
PARCERIA DE SUCESSO Alameda completa 25 anos e está em festa junto com a Casa Cor, que completa 30 anos no Brasil. Quando receberam o convite, as empresárias Cristiane Gonçalves e Jéssica Buainaim não sabiam ainda como poderiam elaborar o projeto, e a ideia surgiu após algumas indicações dos organizadores da mostra. Apesar de confiante, Cristiane afirma que ainda não sabe o que esperar, mas afirma que está tranquila, pois o projeto tem a assinatura da Daiana Capuci, o que lhes transmite serenidade. Apesar de algumas limitações impostas no projeto, Cristiane destaca que quer levar o máximo da essência da Alameda para a Casa Cor, principalmente o jeito de trabalhar, que é o diferencial da dupla. Jéssica Buanaim espera que os visitantes da mostra sintam-se como quando vão a loja, localizada na rua Abrão Júlio Rahe: “Estou muito feliz e confiante com o projeto, mostrar a Alameda para um público diferente e o jeito diferente que a Alameda trabalha, é o principal intuito.” Com 25 anos de muita dedicação e história, elas pretendem selecionar cuidadosamente o que mais representa a loja para poder levar ao ambiente, dessa forma os clientes antigos e os novos visitantes poderão usufruir do melhor que a boutique tem a oferecer. As empresárias ressaltam que quem visitar a “Boutique Conceito” vai se sentir em casa. Além desta atitude acolhedora, quem se interessar poderá adquirir as peças que estarão disponíveis para a compra. A “Boutique Conceito” será uma inspiração não somente para os fashionistas, mas também para os amantes de uma bela e requintada decoração e arquitetura.
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ARQUITETA E DESIGNER ESTREIAM NOVA FASE NAS CARREIRAS por ANAHI ZURUTUZA • fotos STUDIO VOLLKOPF
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primeiro encontro aconteceu numa sala de aula. Desde então, a arquiteta e urbanista Jakeline Terto e a empreiteira, especialista designer de interiores, Cris Lima Chiosini nunca mais se separaram. A parceria rendeu para a dupla – as duas experientes no ramo da construção civil, cada uma de uma maneira – uma nova fase nas carreiras. Jakeline e Cris são, agora, sócias, projetam e acompanham a execução de reformas, revitalização de ambientes e obras de um modo geral. “Nos conhecemos no MBA em Gerenciamento de Obras. Desde o início do curso percebemos que tínhamos muita afinidade e interesses em comum. A parceria começou lá [em 2014] e desde então, já fazíamos alguns projetos juntas”, conta Jakeline. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Uniderp, em 2009, ela trabalhou até o início deste ano na Maxi Incorporadora, uma das gigantes no ramo da construção civil em Campo Grande. Jakeline sempre esteve no canteiro de obras, tem experiência em grandes projetos na área residencial, chefiando a construção de condomínio de alto padrão, e direcionados para o ramo comercial. “Nesta construtora eu contribui com mais de 30 mil metros quadrados de obras.” A arquiteta comandou, junto com outros profissionais da Maxi, a edificação de residenciais como Parque do Pantanal, Parque do Cerrado, Forest House, City Garden, Le Manoir e parte do Residencial Jardins. Apesar de gostar do dia a dia corrido e dinâmico e
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Cris Lima Chiosini e Jakeline Terto
se intitular fã de carteirinha da construtora em que trabalhou, Jakeline sentia que precisava de novos projetos. “Neste momento de crise, já era um jargão que 2016 seria o ano da mudança. Então, eu resolvi aproveitar para repensar a minha vida profissional. Eu já tinha trabalhado com a Cris em alguns projetos, a gente dava muito certo, eu já tinha planos para o futuro, mas resolvi fazer a mudança neste ano. Deixei a construtora para fazer essa sociedade. Acredito que é um investimento que estamos fazendo em nossas carreiras.” Formada em Gestão e Marketing de Pequenas e Médias Empresas, Cris sempre foi apaixonada por decoração. Por isso, foi fazer a pós-graduação em Design de Interiores. Antes da sociedade com Jakeline, a designer já atuava como autônoma e o lema dela é economizar. Para entrar no mercado, muito competitivo, começou a comprar casas e reformar para vendê-las depois,
atuando como empreiteira. “Eu precisava de profissionais da área [arquitetos] para projetar para mim, mas como eu sempre gostei de reaproveitamento, tinha ideias para otimizar os custos, eu conseguia fazer render o meu próprio dinheiro. Aí começaram a surgir clientes.” As vivências das duas profissionais são diferentes e isso, por si só, já faz com que a parceria funcione. Jakeline se formou primeiro e depois foi para a prática. Cris botou o pé nos canteiros de obras e foi buscar a teoria, a técnica: “Estou cursando Arquitetura e Urbanismo. Nós estamos sempre buscando mais conhecimento”, afirma a designer. A proposta da dupla é oferecer um serviço de qualidade, dentro do orçamento do cliente. “O momento de crise no País tem feito a gente repensar os projetos, encontrando meios de garantir técnicas com custo mais acessível”, conclui Jakeline.
“Uma vez eu disse a seguinte frase para a Jakeline: você é muito melhor do que eu, vai chegar o momento que você vai decolar! Ela é uma pessoa fantástica, de caráter e muito comprometida com o trabalho e corajosa. Não vejo a saída dela como uma perda, é mais uma semente que a gente plantou, a gente não pode impedir as pessoas de crescerem. Acho que agora o mercado só tem a ganhar com mais uma excelente profissional.” JEAN MICHEL Proprietário da Maxi Incorporadora
CASA COR MS Uma gosta e sempre trabalhou com o urbano, o concreto, o reto. A outra é mais orgânica, gosta da madeira, do paisagismo. E tudo isso foi unido em um projeto só, para a Casa Cor MS deste ano, mostra que acontecerá no imóvel situado na Avenida Afonso Pena, 4.025, projetado nos anos de 1980 pelo arquiteto Rubens Gil de Camillo. O “Lavabo em Festa” é assinado por Jakeline Terto e Cris Chiosini. “Vamos fazer uma mescla de texturas e volumes, elementos simples com itens tecnológicos. Vai ser possível mostrar o quanto é viável brincar com a arquitetura, sem ter de partir sempre para o que é caro. O luxo é ser simples”, afirma a arquiteta. Apesar de ser um espaço pequeno, para Cris o lavabo tem muito da personalidade do dono da casa: “Eu gosto muito de fazer lavabo, é um lugar que, além da sala, todo mundo visita. Vamos respeitar a arquitetura da casa, pois a mesma tem muito do que a gente gosta de misturar, porque apesar de ser grande parte em concreto, também possui muita madeira. Ela é fria e aconchegante ao mesmo tempo e nosso projeto respeita essa identidade.” A Casa Cor inaugura a nova fase nas carreiras de Jakeline e Cris. “A gente está apostando bastante nisso. Ele vai ser um divisor de águas”, afirma a arquiteta. “Vai ser a oportunidade de mostrar a nossa maneira de ver o design e a arquitetura”, completa Cris. A mostra será aberta ao público a partir de 26 de agosto.
“O trabalho dela é excelente, pelo empenho, compromisso e profissionalismo. Fiz três projetos com ela e recomendo.” JOÃO RICARDO CITINO Advogado, investidor no mercado imobiliário e cliente da arquiteta
SERVIÇO Os interessados podem contatar as profissionais pelos telefones: 99804-4480 (Jakeline) e 99298-3700 (Cris).
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LUCIANA TEIXEIRA A DESTACA BRASILIDADE NA CASA COR MS por RODRIGO TEIXEIRA • foto VÂNIA JUCÁ
QUAL A IMPORTÂNCIA DO EVENTO CASA COR PARA O MERCADO DE ARQUITETURA E DECORAÇÃO DO ESTADO? Luciana: O evento Casa Cor vem contribuindo, ao longo destes 30 anos, para o amadurecimento do mercado brasileiro de arquitetura de interiores, gerando uma cadeia de beneficiados, pois os fornecedores têm uma vitrine para seus lançamentos e produtos. Existe, ainda, a oportunidade de estreitar os laços de parceria com os arquitetos, que têm mais liberdade de criar, surpreender e exibir seus projetos, focando em seu público alvo. Isso fortalece o papel do arquiteto de formador de opinião e transforma-se em uma alavanca fundamental de bons negócios no setor. É importante lembrar que, enquanto cidades como Porto Alegre comemoram 25 anos de Casa Cor com o evento anual, estamos apenas na quarta edição e bienal. Isso demonstra que temos um mercado em expansão, com grandes possibilidades de crescimento. QUAL A SUA EXPECTATIVA COM A 4ª EDIÇÃO DA CASA COR MS? Luciana: Vamos produzir este ano a melhor edição da Casa Cor MS. A casa que será sede do evento contribui muito para isso, pois além da ótima localização na Av. Afonso Pena, tem a assinatura do arquiteto Rubens Gil De Camillo. É um ícone da arquitetura sul-mato-grossense e demonstra o quanto o bom desenho pode ser atemporal, já que esta casa, em especial se mantêm moderna e linda após 30 anos. Somente para conhecer esta casa já valeria a pena ir à Casa Cor MS. Mas o evento 82
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CASA COR, a maior e melhor mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, comemora 30 anos com o tema “A Casa em Festa”. Reunindo um elenco seleto de profissionais que transformarão uma icônica residência na Avenida Afonso Pena projetada pelo arquiteto Rubens Gil de Camillo, a arquiteta Luciana Teixeira fala com exclusividade à revista Cinco+ da sua trajetória na mostra e do seu novo trabalho com a GARAGEM DE ESTAR RENAULT.
ainda tem um time de profissionais excelente, com a assinatura dos principais do Estado. Criatividade e bom gosto não vão faltar nesta edição. QUAIS FORAM SUAS PARTICIPAÇÕES NAS EDIÇÕES ANTERIORES DA CASA COR MS? Luciana: Quando a franquia da Casa Cor finalmente chegou a Campo Grande, em 2009, o mercado estava aquecido e com profissionais bem dispostos a agregar a experiência Casa Cor aos seus currículos. Na ocasião produzi a Sala de Banho do Casal, projeto que foi premiado pelo concurso Deca um Sonho de Banheiro. Ter o meu trabalho reconhecido em um concurso nacional foi um feedback importante para minha carreira. Isso é uma oportunidade que o evento Casa Cor proporciona, ter uma exposição mais abrangente do trabalho, participar de concursos e publicações de âmbito nacional. Na edição de 2014, produzi a Sala de Leitura e apresentei pela primeira vez ao público o meu trabalho como designer de móveis. A poltrona Roooqueeenrooouuu teve ótima aceitação. Desde então venho produzindo a peça sob encomenda e desenvolvendo novos protótipos de mesas, cadeiras e luminárias. QUAL SERÁ SEU AMBIENTE NESTA EDIÇÃO DA CASA COR MS? QUAL O CONCEITO DO SEU ESPAÇO ESTE ANO? Luciana: Este ano estarei assinando dois ambientes: a Fachada Principal e a Garagem de Estar Renault. Como a garagem está na fachada, os projetos são complementares. O tema que a Casa Cor propõe este ano é “Brasi-
lidade”, portanto minha intenção é fazer uma reflexão sobre o estilo de vida no Centro Oeste do Brasil, no Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. Sempre acreditei que é papel da arquitetura ser um catalisador da arte e do artesanato de maneira geral. Por isso, terei o trabalho de artistas plásticos e fotógrafos de MS e a trilha sonora será com músicas de artistas locais. Somos um celeiro de talentos, temos uma produção artística rica e original. É preciso mostrar isso para a sociedade e criar um mercado consumidor da arte local. Na Garagem de Estar Renault, estou desenvolvendo meu trabalho dentro do conceito da marca que está presente em todas as amostras Casa Cor do Brasil. É um grande incentivador do design, inclusive o arquiteto Maurício Arruda desenvolveu uma coleção de moveis e peças de decoração com temática do automobilismo, a pedido da Renault, e algumas destas peças estarão compondo o ambiente. Sobre a fachada, minha intervenção será delicada, buscando apenas revitalizar a sofisticada e atemporal arquitetura do mestre Rubens Gil De Camillo, interferindo apenas para valorizar as formas e os materiais existentes com paisagismo e iluminação. É importante chamar a atenção das pessoas para o quanto é valioso o investimento em um bom projeto de arquitetura e o quanto este projeto é definidor na valorização dos imóveis que são construídos e compõem o ambiente coletivo que é a nossa cidade. VOCÊ, ALÉM DE DESENVOLVER PROJETOS DE ARQUITETURA PARA CONSTRUÇÕES E INTERIORES, SE DEDICA A PRODUZIR PROTÓTIPOS DE MOBILIÁRIO. HAVERÁ NESTA EDIÇÃO ALGUMA PEÇA SUA NA COMPOSIÇÃO DO SEU AMBIENTE? Luciana: Vou apresentar as cadeiras Nhanderu (índio rezador) e Pantanal Beach, que são fruto de uma pesquisa que fiz sobre artesanato brasileiro e que me levou até a tribo GUARANI KAIOWÁ, na grande Dourados, em busca de conhecer e resgatar a cultura material indígena. Este estudo me levou a uma reflexão sobre o estilo de vida no Mato Grosso do Sul já que, em função do clima quente na maior parte do ano, temos o hábito de viver mais ao redor de nossas casas do que dentro delas, pois além do clima quente temos a tradição do churrasco, piscina e tereré. E a coincidência é que quando recebi o briefing da Renault informando que o carro que estarão lançando no evento é o Duster Oroch, um automóvel que mistura passeio e utilitário e seu nome OROCH remete a uma pequena tribo no sul da Rússia e que está sendo dizimada, restam apenas 500 habitantes. Vivemos situação semelhante em Mato Grosso do Sul.
Sala de Banho do Casal (2009)
Sala de Leitura (2014)
GARAGEM DE ESTAR RENAULT De maneira lúdica, idealizamos um personagem feminino, que é a proprietária do Duster Oroch, carro que une a função passeio e utilitário, ideal para a uma arquiteta, designer de móveis, mãe, apreciadora de arte, música e fotografia, que ama viajar para lugares exóticos e volta para receber a família e os amigos na garagem para uma roda de tereré.
“São 30 anos de CASA COR no Brasil e a quarta edição sul-mato-grossense. Contamos e acreditamos muito nesse elenco de profissionais que reunimos e que farão uma mostra cheia de tendências, boas ideias e ambientes incríveis, que encherão os olhos dos visitantes.” Tatiana Ratier, diretora executiva
“A CASA COR reúne grandes profissionais e marcas fortes, por isso fazer parte desse time é estar entre os melhores do segmento e sinônimo de excelência.” Luciane Mamoré, diretora comercial
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ESPECIAL CASA COR MS
RESTAURANTE DA CASA COR MS INOVA E PROPÕE GIRO DE CHEFS A quarta edição da mostra vai reunir grandes nomes da gastronomia local. por NATÁLIA GONÇALVES
Nhecolândia - Chef Gustavo Helney
A culinária da Chef DEDÊ CESCO é fortemente ligada às experiências familiares com bases tradicionais.
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O Chef JEAN CHARLES QUESNELLE tem como essência gastronômica a culinária francesa.
O Chef EDU REJALA utiliza ingredientes frescos de procedência, pimentas e muito amor.
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quarta edição da CASA COR Mato Grosso do Sul está cheia de novidades e uma delas é o projeto Giro de Chefs. Com ele, o público poderá saborear pratos exclusivos no Restaurante CASA COR, ambiente assinado pela arquiteta Sandra Madeira. Estão confirmados sete chefs renomados da culinária local: Dedê Cesco, Paulo Machado, Edu Rejala, Gustavo Helney, Marcílio Galeano, Jean Charles Quesnelle e Adriana Torres. Eles se revezarão no comando do espaço, proporcionando aos visitantes diferentes experiências gastronômicas no decorrer da mostra. Para a diretora comercial, Luciane Mamoré, o Giro de Chefs marca as comemorações dos 30 anos de CASA COR. “Cada um deles levará sua assinatura, com cardápios exclusivos para o público da edição 2016. É uma oportunidade única e incrível para quem gosta de gastronomia de qualidade”, afirma.
O Chef MARCÍLIO GALEANO trará ao Giro de Chefes a cozinha contemporânea.
Os pratos do Chef PAULO MACHADO trazem traços da cozinha de casa.
O Chef GUSTAVO HELNEY apresentará uma mistura de sabores no projeto.
A Chef ADRIANA TORRES adora descobrir novos sabores e aromas.
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MÃO NA MASSA Representando o Estado como jurada do Master Chef Brasil 2016, a chef Dedê Cesco pretende apresentar uma culinária criativa e inovadora com uma pegada contemporânea. A ideia é proporcionar aos visitantes uma vivência de sabores que aguce seus sentidos. “Quero mesclar técnicas e bases tradicionais com o dinamismo que a nova culinária exige”, afirma. Um pouco de manteiga, uma gota de acidez, uma pitada de açúcar e amor de sobra são os elementos principais da cozinha do chef francês Jean Charles Quesnelle. Com uma culinária chique e simples, sua intenção é transformar ingredientes comuns em algo saboroso e inesquecível. O profissional apresentará para o Giro de Chefs receitas clássicas que já foram apreciadas em seus restaurantes com uma nova roupagem. “Devido ao grande sucesso desses pratos e a pedido dos antigos clientes, vai rolar um flashback repaginado dessas receitas. Por ser um evento de arquitetura e decoração, pretendo fundir o prazer da mesa à elegância e do requinte dos ambientes da mostra, proporcionando uma experiência única, mas que, com certeza, deixará uma marca na memória do paladar das pessoas”, afirma Jean. O chef Edu Rejala também fará parte desse giro. Amante e estudioso da culinária e da cultura oriental, ele pretende levar o visitante a uma viagem de sabores, com técnicas orientais, pescados do Pacífico e temperos peruanos mesclados à cozinha Nikkei. “Meus pratos têm influência oriental, peruana, pantaneira e boliviana e quero surpreender o público da CASA COR com uma experiência de sabores”, contou. Outro nome confirmado é do chef Paulo Machado que, mesmo atuando em São Paulo, como professor
SABORES A arte da gastronomia e o prazer da convivência serão coroados com protagonismo em vários ambientes da CASA COR MS. A Varanda Gourmet, o Bar Balada, o Restaurante, a Praça de Eventos, o Mini Gourmet, a Adega, a Cozinha e a Sala de Jantar serão verdadeiras vitrines para exposição de produtos alimentícios, bebidas, utilidades domésticas e marcas, convidando o visitante a reproduzir em casa um pouco dessa experiência.
de Gastronomia, faz questão de participar da mostra. Ele quer trazer para o Giro de Chefs um pout-pourri de pratos que já apresentou em festivais pelo Brasil e pelo mundo. Sua inspiração, por onde passa, está na cozinha brasileira e de raiz. “Com certeza não faltarão ingredientes regionais em meu cardápio”, afirma. E para quem já está ansioso com o que vem por aí, o chef Gustavo Helney revela um dos pratos que apresentará no Giro de Chefs. “Vou preparar o prato ‘Nhecolândia’, uma deliciosa maminha soleada ao molho de rapadura e pimenta dedo-de-moça com mousseline de mandioca. Uma mistura incrível de sabores!”, conta. A ideia, segundo o chef, é levar para a mostra uma cozinha regionalizada, que as pessoas saboreiem e tenham vontade de provar de novo. O profissional criou vários pratos conhecidos pelos campo-grandenses e já foi responsável por todo o cardápio da Seleção Brasileira de Futebol nos quatro dias em que o grupo esteve na Capital. Chef Marcílio Galeano pretende mostrar uma cozinha regional e contemporânea sem regras e limites. “Quero usar o meu conhecimento e experiência para criar várias possibilidades de pratos. Pretendo utilizar a carne de sol e peixes da nossa região como um dos ingredientes. Vou apresentar a verdadeira culinária sul-mato-grossense na mostra”, falou. Formada pela Universidade “Le Cordon Bleu”, a Chef Adriana Torres teve o privilégio de trabalhar em hotéis cinco estrelas e restaurantes consagrados no exterior. Descobriu criança sua paixão pela gastronomia nas deliciosas receitas preparadas pela sua avó, a grande precursora: Glorinha Torres. “A minha cozinha é multicultural, adoro brincar com os ingredientes e cozinhar o que gosto de comer”, disse.
GIRO DE CHEFS É a primeira vez que a CASA COR MS apresenta um projeto como esse. Durante os 45 dias de mostra, sete chefs se revezarão no comando das panelas do Restaurante Casa Cor. O menu será renovado toda as terças-feiras ficando disponível até o domingo. Além do Giro, quem visitar a mostra poderá conferir outros ambientes assinados por profissionais renomados de arquitetura, paisagismo e design de interiores.
SERVIÇO: A CASA COR MS acontecerá entre os dias 26 de agosto e 10 de outubro de 2016, em uma residência tradicional, projetada pelo arquiteto Rubens Gil de Camillo, no coração de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, 4025. 86
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DECORAÇÃO
TRANSFORME SEGUIDORES EM CLIENTES Arquiteta ensina como usar as redes sociais para divulgar o próprio trabalho. por ANAHI ZURUTUZA • foto STUDIO VOLLKOPF
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e Dourados para o mundo! Foi por meio das redes sociais que Carol Cantelli, 29, viu chover clientes na horta dela. Atuando em decoração e repaginação de ambientes desde 2010, a carreira de Carol já havia decolado bem antes da colação de grau, quando ela criou uma conta no Instagram, onde divulgava o trabalho de arquitetos e designers de interiores renomados, para interagir com potenciais clientes. Como ainda não tinha o diploma de Arquitetura e Urbanismo, ela não tinha projetos autorais para publicar, mas de alguma forma percebeu que a rede social a ajudaria a formar a clientela para o futuro. Até o fim de junho, Carol tinha 341 mil seguidores no @decoremais, o álbum virtual de inspirações da arquiteta. Na conta @carolcantelli_interiores, onde são postados os projetos autorais, depois que ela se formou em 2015 pela Unigran de Dourados, já são 128 mil pessoas que acompanham o trabalho dela. Por conta deste sucesso todo no Instagram e outras redes sociais, Carol foi convidada pela Arcaffo, agência de marketing para arquitetos, para vir de Dourados, onde mora, a Campo Grande e passar seus conhecimentos a outros profissionais da área. Na central de apartamentos decorados da Plaenge, o workshop “Como transformar seguidores em clientes” reuniu acadêmicos e arquitetos nos dias 28 e 29 de junho. “Hoje, todos os meus clientes vêm das redes sociais. Ninguém bate na minha porta, ninguém me liga, sem ter visto o meu Instagram, Facebook ou Snapchat. É uma forma de publicidade gratuita e muito eficiente”, destaca. Dentre as #ficaadica dadas por Carol aos espectadores da palestra, a principal é: interagir sempre. Ela explica que não adianta criar a conta, postar fotos bonitas, mas não dar o feedback para quem, além de curtir a postagem, procura a página para tirar dúvidas, pedir
sugestões. “Se o dia tem 24 horas, eu estou no celular pelo menos umas 18 horas. Para dar certo, a pessoa tem de sentir que você é acessível. Não adianta você postar um banheiro lindo e a pessoa perguntar qual é o revestimento usado e ninguém responder. Eu respondo todo mundo, dou minha opinião, mesmo que não seja meu cliente, porque eu acho que quando a pessoa precisar, ela vai lembrar de mim.” Carol deixa claro que embora não seja profissional da comunicação, aprendeu na prática. “Tenho muito estudo de caso, errei muito no começo”. Ela recomenda o investimento e, para quem não tem habilidade ou tempo, a contratação de um profissional de mídias sociais pode ser a solução. WORKSHOPS Por meio da projeção que as redes sociais, administradas até hoje pela própria arquiteta, Carol envia orçamentos e projetos para o Brasil todo. Ela se especializou em paginação e revitalização de interiores, mas pretende montar um escritório que ofereça projetos de arquitetura para obras, reformas e outras áreas. Os workshops são outro ramo que a arquiteta começou a trabalhar. O público de Campo Grande foi o primeiro a testar e aprovar as duas horas de conteúdo sobre como fazer o negócio “bombar” nas redes sociais. Mas Carol está aberta a novos convites. “Este é um lançamento de um dos projetos da Arcaffo e dela também. É uma parceria”, afirma um dos diretores da agência, Fellipe Lima. SERVIÇO Para contratar o workshop “Como transformar seguidores em clientes”, o contato é com a Arcaffo, no (67) 3028-1168 ou pelo site www.arcaffo.com.br.
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VIAGEM
SOS, VOU VIAJAR! por ADRIANO DE OLIVEIRA
os dias atuais, é quase impensável não conseguir chegar a qualquer ponto do Planeta. As companhias aéreas conseguiram cobrir praticamente todo o globo terrestre com suas rotas simplificadas, conexões viáveis, equipamentos moderníssimos, tornando os trajetos cada vez mais tranquilos. Enfim, a terra se tornou “pequena” e nunca foi tão fácil viajar. Em meio a uma era de total globalização, países fazendo acordos, novas rotas aéreas sendo traçadas, não podemos eliminar as possibilidades de nos depararmos com imprevistos durante uma viagem. E, neste quesito, existem fatores que nos tornam vulneráveis, como doenças, mal súbito, cataclismos e convulsões sociais e políticas etc. Ninguém está imune a este tipo de situação. Em tempos onde cada vez mais as tragédias naturais podem ser detectadas com antecedência, não seria diferente com a segurança pessoal do viajante. Certo que não há a menor possibilidade de se prever com total segurança quando seremos acometidos por uma dificuldade. Torna-se cada vez mais necessário analisar que se deslocar, para qualquer local que seja, você poderá ser coadjuvante de uma crise política, conflitos armados, cataclismos e também poderá ter a necessidade de utilizar serviços de emergência, como médicos e hospitais etc. Diante de todo o quadro apresentado, temos uma única certeza: o mundo não irá parar!! A indústria do Turismo tem se empenhado diuturnamente na criação de serviços e sistemas de segurança. Serviços capacitados para anteverem, sempre que possível, riscos eminentes à saúde, até desastres, atenuando situações de vulnerabilidade aos passageiros. A famosa empresa International SOS, especializada em segurança e risco médico, atuante em todo o Planeta, marca presença em 850 localidades em mais de 90 países, e oferta em seu portfólio de serviços, programas preventivos, assistência de emergência perante acidentes, convulsões civis e doenças. Atendendo de corporações gigantescas a famílias e indivíduos. “Apesar dos desastres naturais e ataques terroristas
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atraírem grandes manchetes, as emergências médicas é que são, de longe, os principais riscos para os viajantes internacionais”, afirmou John Rendeiro Jr., Vice-Presidente de Segurança e Inteligência Global da International SOS. Rendeiro acrescenta que bastaria um médico ser consultado antes do embarque, assim como se assegurar que todas as vacinas estão em dia, ou levar na bagagem um estoque adicional de medicação para uso contínuo, que possa atender eventuais atrasos durante o trajeto. Medidas simples, mas de grande efeito em caso de necessidade. Como vemos, qualquer um dos motivos acima descritos poderão impactar diretamente a viagem e a vida do viajante. Além de nos preocuparmos com os pontos turísticos, shoppings e restaurantes que serão visitados, hoje se torna necessário conhecermos de antemão as condições médicas disponíveis, o acesso a medicamentos, o risco de doenças endêmicas do local que for visitado. O investimento em um bom seguro-viagem torna-se condição obrigatória para aqueles que querem viajar com tranquilidade e segurança. Um bom valor de cobertura, com uma maior quantidade de itens, reforçarão sua segurança. Contratar este tipo de serviço, minimizará os riscos de ficar a mercê de hospitais públicos e também de gastos exorbitantes, que certamente recairão sobre o paciente. Preparar-se para emergências e eventualidades antes do embarque torna-se a mais importante ação que um viajante pode tomar!
Foto: Studio Vollkopf
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ADRIANO DE OLIVEIRA Consultor de Viagens adrianoao@gmail.com
CIDADANIA
“POR QUE, AFINAL, PAGAMOS IMPOSTOS?” por HELOISA LAZARINI
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Salineiro faz análise interessante sobre a relação impostos X serviços públicos e pontua que além da corrupção, a má gestão e má distribuição do dinheiro arrecadado com impostos estão entre fatores responsáveis pela ineficiência do sistema tributário do País. Este primeiro capítulo ainda traz lista com os principais impostos cobrados pela União, estados e municípios e detalha quais serviços públicos e programas do Governo são custeados com dinheiro de impostos. Entre tantas informações, uma das questões de maior relevância apontada por André Salineiro, e que merece atenção do leitor, é que discutir a reforma tributária é dever de todo cidadão e, para isso, é preciso, em primeiro lugar, entender noções básicas de tributação.
André Salineiro é Agente da Polícia Federal. Escritor e Palestrante. Professor da Academia Nacional de Polícia. Bacharel em Direito e Fisioterapia. Pós-graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduado em Direito Penal e em Direito Processual Penal. Especialista em Segurança Pública e Análise Criminal. Conselheiro comunitário de prevenção ao uso de drogas. Autor do Guia de prevenção contra a violência.
Foto: Luciano Muta
m dos assuntos mais discutidos no Brasil é a cobrança de impostos. A alta carga tributária é alvo constante de reclamação de todos os brasileiros e pauta diária na imprensa. Embora a maiora da sociedade não saiba exatamente como esse dinheiro é arrecadado e distribuído, há consenso quanto à necessidade da reforma tributária. No livro “Colapso Econômico (A Política de Impostos no Brasil)”, lançado em 2015 pela Editora Novo Mundo, o autor André Salineiro se propõe a “compreender a situação da estrutura tributária no Brasil e o que pode ser feito para alterá-la.” No primeiro capítulo, “Por que, afinal, pagamos impostos?”, o autor resgata, historicamente, a origem da cobrança de tributos, que remonta ao homem pré-histórico e faz interessante questionamento quanto à concepção usual que nós brasileiros temos em relação à tributação. “A política de impostos não deve se restringir à imprecisa concepção de que somos clientes do Governo e estamos pagando caro por um serviço com defeito”, diz. De acordo com dados apresentados pelo autor, o brasileiro trabalha cinco meses do ano apenas para pagar impostos. Segundo levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), 41% da renda do trabalhador brasileiro está comprometida com impostos, que representam 36% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
Autor de 3 livros: Gestão Estratégica em Segurança Pública - Colapso Econômico (A Política de Impostos no Brasil) - Políticas Públicas em Segurança Pública e Defesa Social.
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MODA
MODA E SUSTENTABILIDADE por FRANCIELLY TAMIOZO • fotos FRANCIELLY TAMIOZO
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arece que o termo ‘verde’ se infiltrou definitivamente em todos os aspectos da cultura contemporânea. Desrespeito e abusos humanos à natureza – que sempre foram mal vistos, ainda que fossem constantes – chegaram a um certo ponto onde se tornaram inaceitáveis e suas consequências negativas geraram uma atitude sustentável que vem se enraizando em diversos setores da sociedade, provocando uma transformação geral. Uma ação imediata passou a ser exigida pelo público e, assim, todas as indústrias, desde a alimentícia à têxtil, não poderiam ficar de fora dessa reforma. Brechós e bazares, que deram seus primeiros sinais no final do século XIX, sempre nos aproximaram dessa questão, abrindo a discussão sobre o consumo desenfreado. Porém, sendo a segunda indústria mais poluidora do mundo, a moda precisava passar por 90
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uma radicalização que começasse em sua produção. O movimento iniciou-se pequeno, com designers independentes que foram pioneiros na arte do slow fashion e das técnicas artesanais. No entanto, não demorou muito para que grandes nomes da indústria, como Stella McCartney, percebessem a importância do assunto na atualidade. A designer inglesa já aderiu totalmente à sustentabilidade e deixou o veganismo ditar as regras de criação em suas coleções mais recentes e nas que estão por vir. Em Campo Grande, a atitude ainda é discreta e são poucas as marcas que exaltam o consumo consciente e a produção ecológica em suas araras. Contudo, ainda que aos poucos, o assunto ganhou ênfase na cidade há alguns meses, especificamente no dia 15 de dezembro de 2015, através da Green Co., uma marca brasileira que exalta a sustentabilidade fashion através de matérias primas orgânicas, naturais e recicladas. “Algodão orgânico, linho, cânhamo, fibra de bambu e poliéster feito com garrafas pet são alguns dos materiais
utilizados na fabricação das peças”, diz a proprietária Eliane Terra Ferzeli. “Os produtos são todos feitos no Brasil, com exceção do cânhamo, que é importado. Trabalhamos apenas com fornecedores certificados, tendo a certeza de que nenhum deles usufrui de trabalho escravo.” Todo o processo de produção é analisado pela marca e mesmo a constituição física da mesma se preocupa em ajudar o meio ambiente. “Tudo o que podíamos fazer para manter o conceito, nós fizemos. A loja é feita em containers, usa somente lâmpadas de led e possui captação de água da chuva, energia fotovoltaica, tratamento de água que vai para o esgoto e ar condicionado inverter.” A intenção da Eliane é muito mais do que vender roupa. A atividade fim vem acoplada a vários planos para ampliar o movimento sustentável em Campo Grande. Além de peças ecológicas, a loja será ponto de coleta de óleo de cozinha e pretende promover eventos de conscientização para todas as idades. A Green Co. trabalha com roupas femininas e masculinas, sapatos e óculos de sol e é a prova viva de que o pré-conceito em relação à moda orgânica pode ser quebrado logo de cara. A ideia de peças feias, pobres em estilo e caras ficam no passado com essa marca que é altamente jovem e está pronta para atender quem já assumiu – ou pretende assumir – a atitude verde em suas vidas.
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A loja está localizada na Rua 7 de Setembro, 2397 e está presente nas redes sociais. Acompanhe e fique por dentro do consumo consciente da marca. IG: @greencocampogrande | Facebook.com/GreenCoCG.
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COMPORTAMENTO
“MÃE, ME DÁ UM CELULAR!” por KATIA KURATONE
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uem ainda não ouviu essa frase que atire a primeira pedra! Brincadeiras à parte, é fato que as crianças estão despertando para o universo da tecnologia muito cedo e está cada vez mais comum encontrarmos os pequenos com um celular na mão. E não poderia ser diferente, já que eles nasceram na chamada era digital. A pequena Amanda Akemi, de 4 anos, ainda não sabe escrever, mas já usa o celular melhor que muito adulto. “Ela gosta de assistir desenhos, vídeos, filmar a família e fazer muita selfie”, enumera a mãe, Karina de Morais. Segundo ela, a pequena começou a pedir o celular aos 3 anos . “O ideal seria liberar a partir dos 10 anos, mas optamos por deixá-la usar com algumas regras. Sempre estou perto quando ela está com o celular, mas ela brinca muito de boneca, gosta de desenhar e não acho que o contato com o celular esteja atrapalhando o desenvolvimento dela.” Andreia Batista, mãe de Fernando (10) e Fabrício (8), acredita que o ideal para os filhos terem um celular seria a partir dos 15 anos. “É muito difícil segurar esse contato com o celular até essa idade. Meu filho me pediu a partir dos 8 anos. Hoje ele já tem um celular, mas eu super controlo o que ele acessa.” Liliane Congro da Rocha, mãe de Gustavo (7) e Rafael (2), também acompanha de perto o uso do celular pelos filhos. “O Gustavo tem o direito de usar 2 horas no sábado e 2h no domingo, mas sempre fica de castigo, que é não usar o celular. O Rafa, quando saímos e não quero ficar correndo atrás dele, fica no celular. Em casa muito pouco.” Todos esses pequenos refletem o resultado de uma pesquisa realizada pelo NIC (Núcleo de Informação e Coordenação), por meio do CETIC (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação), que aponta que no Brasil 59% das crianças de cinco a nove anos já utilizaram um celular. A porcentagem daquelas que já têm o próprio aparelho varia entre 24%, que com nove anos de idade já têm um celular, 16% aos seis anos e 7% aos cinco. O levantamento contou com respostas de 2.516 crianças de cinco a nove anos de idade em todo o País. A psicóloga e psicanalista Fernanda Elias Pires, esclarece que o uso precoce do celular na infância não causa problemas desde que um adulto esteja acompanhando e que haja equilíbrio. “Não há problemas, desde que bem orientado e monitorado. É sabido, no entanto, que o abuso de tais tecnologias pode gerar transtornos, bem como sérias dificuldades pessoais e sociais. Há muito tempo o celular deixou de ter como objetivo principal fazer ligações. Parte dos adultos não sabe todas as possibilidades que o aparelho tem a oferecer e, por isso,
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se posicionam contrários a elas. Existem alguns jogos educativos que auxiliam na alfabetização de crianças que, no entanto, exigem determinadas habilidades dos pequenos usuários. Vale ressaltar que as outras experiências, que estimulem demais capacidades importantes para o processo evolutivo, não sejam descartadas, bem como o vínculo afetivo entre pais e filhos e as relações interpessoais.” Sobre a idade ideal para se ganhar um celular, a psicóloga explica: “Não existe uma idade ideal, mas o momento evolutivo em que a criança se encontra. Para tanto, os pais precisam estar atentos ao desenvolvimento de seus filhos, a fim de distinguir o grau de maturidade e responsabilidade que o mesmo terá com cada função do aparelho. Para as crianças menores, é aconselhado que o acesso à internet seja restrito e monitorado pelos pais”, aconselha. Para os pais que estão em dúvida se devem incentivar o uso de uma forma saudável ou evitar o contato, a psicóloga indica que o melhor é incentivar, mas, claro, orientando. “Apenas aqueles pais que fazem bom uso podem passar tais responsabilidades para os filhos. É válido deixar claro que fazer bom uso do aparelho, não significa tornar-se expert em todas as funções que o mesmo possui e, sim, muitas vezes, trocar informações, experiências e aprendizados com os filhos, para que ambos possam pensar e repensar a conduta. Modelos autoritários não são mais válidos para os dias atuais. Fazer um bom uso da tecnologia é algo que todos os pais deveriam se permitir. No entanto, muitos não se permitem conhecer as diversas opções tecnológicas. Creio que ainda passaremos por avanços tecnológicos que cada vez mais alterarão nosso estilo de vida, hábitos e padrões de comportamentos. Opor-se a isso torna-se impossível e retrógrado para os dias atuais.”
SAUDE
DICAS IMPORTANTES:
- Criança pode ter contato com o celular quando orientada e monitorada por um adulto responsável - Os pais devem procurar conhecer os aplicativos educativos nos aparelhos, que incentivam o desenvolvimento dos filhos - O equilíbrio na utilização é primordial. O abuso de tais tecnologias pode gerar transtornos, bem como sérias dificuldades pessoais e sociais - Os pais são exemplos para os filhos, portanto devem fazer o bom uso do celular para passar tais responsabilidades para os eles.
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VIAGEM
UMA VISITA AO JARDIM ENCANTADO DE MONET por JÉSSICA BENITEZ
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ntrar num museu, geralmente é sinônimo de viajar no tempo sem sair do lugar. As obras de arte levam o visitante a imaginar como a arte foi concebida. No caso do Jardim de Monet, museu dedicado ao legado deixado pelo pintor Claude Monet, no interior da França, o turista pode, literalmente, entrar nos quadros e ficar em meio as pinceladas. A casa e os jardins que inspiraram o artista tornaram-se um museu aberto de abril a outubro e que recebe centenas de pessoas por dia. Conhecido como mestre do impressionismo, Monet criou suas obras naquele espaço cercado pela natureza entre 1883 e 1936, quando morreu. Inicialmente, a área era alugada, mas em 1880 passou a ser própria. Principal fonte de inspiração do pintor, o jardim fica em Giverny, cerca de uma hora de Paris para quem vai de trem. A entrada custa 10 euros e dá acesso aos jardins e à casa que Monet viveu com a esposa. Por ser início de primavera, maio é o mês preferido pelos visitantes, mas até meados de agosto a paisagem é repleta de cor e vida. Para chegar até lá, saindo da capital francesa, é preciso comprar passagem de trem até Vernon, viagem que dura de 45 a 50 minutos. Ao desembarcar na cidade, o turista pode alugar bicicleta no café ao lado da estação ou seguir de ônibus num trajeto de 10 minutos. O veículo sai de meia em meia hora, e do ponto final em Giverny o Jardim de Monet fica a uns cinco minutos de caminhada. Mas, cuidado, na primavera há filas grandes, então quanto mais cedo chegar, mais tempo para conhecer o lugar. Para antecipar o rito, é possível comprar o ingresso pela internet. O museu abre às 9h e é preferível estar neste horário lá na porta, porque conforme o Jardim vai lotando fica mais difícil de
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fazer fotos nas belas paisagens sem tanta gente ao redor. A surpresa do passeio é a passagem subterrânea para o Jardim das Águas, que comporta lagoa envolta às flores e a ponte japonesa, cenários tão reproduzidos nas pinturas do artista. A casa, geralmente visitada no fim do roteiro, é parcialmente aberta ao público. Há quem prefira não entrar porque também demanda mais um tempinho na fila, dependendo do horário, mas é parte essencial do passeio por revelar detalhes do cotidiano de Monet. No térreo do grande sobrado ficam as reproduções das obras do pintor no ateliê em que um dia ele criou todas elas. As enormes janelas deixam a luz natural entrar dando ainda mais beleza ao lugar. Além dos quadros de autoria própria, é possível ver nas instalações abertas ao público várias gravuras orientais. Uma paixão de Monet. Depois de contemplar o museu é hora de passar pela lojinha de souvenirs para poder levar para casa recordação de um dia inesquecível e também presentear os amantes da arte. Para quem está sem tempo ou já planejou o roteiro da viagem, existe a possibilidade de contemplar alguns quadros em exposição no Museu Marmottan Monet. Os itens foram doados em 1966 ao local, pelo filho do pintor, quando a casa passou a ter seu nome.
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VIAGEM
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m julho de 2016, a agência realizou o sonho de mais um grupo de jovens que se emocionaram e aventuraram nos parques de Orlando, com o “Roteiro Disney é 10”, e o roteiro de 2017 já está prontinho e tem novidade. Você já está com as malas prontas?
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COLUNA SOCIAL
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EVENTO TRAZ CHEF EDU GUEDES A CAMPO GRANDE
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Foto 1: Evento Galeria com Edu Guedes. Foto 2: Juliane e Caroline Lopes, Giliane Lima e Janaiana Coelho. Foto 3: Evento Galeria com Edu Guedes. Foto 4: A anfitriã da noite, Carla Jallad, com o convidado especial. Foto 5: Mariana Castro Cunha e Lilian Linhares. Foto 6: Isabela, Luciana e Mariana com Edu Guedes. Foto 7: Mariana Simioli, Manu Barros, Maria Lucia Castro Cunha e Fabiana Jallad. Foto 8: Isabela, Georgia Zahran, Aline Azambuja e Mariana Victoriano. Foto 9: Edu Guedes ensinou a fazer um risoto de parmesão com tomate cereja. Foto 10: Carol Rezende e Elizabeth Pinheiro. Foto 11: Henrique Attilio, Edu Guedes e Luiz Henrique Pereira. Foto 12: Evento Galeria com Edu Guedes. Foto 13: Felipe Maluhy, Edu Guedes, Hoover Orsi e Leonardo Guedes.
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