REVISTA DAS COOPERATIVAS DE SANTA CATARINA

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EXPEDIENTE COMUNICADORES Rua Aurino Arnoldo Meira, 162 Real Park CEP 88113-455 São José – SC (48) 3258-6195/9645-7740 revistadascooperativas@comidia.com.br www.comidia.com.br Diretor Geral – Ricardo Tapado Gerente Geral – Carmen Cinara Muller Editor de Arte – Teodoro de Souza Filho Assistente Administrativa Priscila Martins Tapado Revisão – Renato Tapado ASSESSORIAS DE IMPRENSA Assessoria de Imprensa da Ocesc e Sescoop/SC Assessoria de Imprensa da OCB Estrutura de Comunicação - Unicred EV Comunicação - Cooperitaipu JB Guedes Oficina de Comunicação - Cergral e Unimed Tubarão MR Comunicação - Coopercarga New Age Comunicação - Viacredi e Cooper PG Comunicação - Copérdia e Sicoob Crediauc Polo Comunicação - Sicoob Credial e Sicoob Oestecredi Presstexto - Copercampos Tamer Comunicação Empresarial - Unicred Texto Final (Lena Obst) - Unimed SC Fotos – Assessorias de Imprensa das Cooperativas, divulgação Comídia, Andressa Selonque (Sicredi Norte SC), Alexandre Eggert (Cooper), Alexandre Alves (OCB) e Jornalismo Simpatia FM (Copercampos), Foto Ernani Ross (Cooper), Fabrício Cine Foto (Coopera). Fotos Matéria Mulheres Extraordinárias Sescoop/SC Foto Capa - Sescoop/SC

COLABORAÇÃO ESPECIAL MB COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL (CHAPECÓ) Jornalista Revista das Cooperativas Josiane Ribas Lanzarin Spengler Impressão – Impressul Assessoria Jurídica – Belmiro Pereira Jr e Roberto Luiz Pereira Advogados Associados

A Revista das Cooperativas é produzida a “quatro mãos”, com o apoio e colaboração das assessorias de imprensa das cooperativas e também, do trabalho imprescindível dos comunicadores. Nosso agradecimento a estes valorosos profissionais que se dedicam a mostrar o que há de melhor no cooperativismo catarinense. Aurora Daiane Dalmoro

Ceprag Dilce Cittadini Maciel

Sicoob Ecocredi Gabriela Saruel Esteves

Auriverde Nestor Grando

Cravil Aline Kummrow

Sicoob Maxicrédito Adriane Biasi Rech

Cootravale Indianara Santos

Cooperja Rafaela Costa

Cooperitapiranga Marisa Rohde

Cooper Regina Aparecida Eberle

Sicoob São Miguel Andrea Moraes e Blásio Spaniol

Cooper A1 Carlos Gadosnki e Rosângela Freitag

Cecred Jamile Plautz Bett Guilherme Freitas de Carvalho

Coocam Felipe Götz

CredCrea Géssica da Silva

Sicredi RS/SC Kátya Desessards

Coopera Débora Cândido

Coopervil Suzana Araldi Patrício

Copercampos Maria Lucia Pauli, Bárbara Bitencourt da Silva e Oseias Inácio da Silva

Cerbranorte Anelise Raldi

Sicredi Aliança RS/SC Argeu Carvalho e Fani Haas

Coopersulca Luiz Fernando Bendo e Eliete Giusti Copérdia Daniele Pasinatto Cejama Juliane Lothamer Berto Cooperalfa Julmir Cecon, Dolores Rambo, Samara Braghini e Sidvânia Peroza Coopercarga Jussara Acordi Loguercio Cooperjuriti Leila Estrowispi

Sicoob Valcredi Sul Rosiane Rodrigues de Oliveira Sicoob Videira Cleia Adriane da Silva Benites

Sicredi Alto Uruguai RS/SC Fernanda Schwingel

Fecoagro Mauro Schuh Sicoob SC/RS Camile Paula da Silva Sicoob Credisulca Rosimeri Mizeeski Sicoob Credicanoinhas Beatriz Iarrocheski Sicoob Credial Shirley Kempa

Sicredi Norte SC Aline Eich Sicredi Integração PR/SC Fabiane R. Kaufmann Unimed SC Lena Obst Unimed Alto Vale Andiara R.E. dos Santos Unimed Chapecó Andressa Alves Oliveira

Sicoob Credimoc Ivo Dohl Sicoob Crediauc Luis Henrique Rigon Sicoob Credija Tiago de Souza Clezar Sicoob Creditapiranga Gilvane Kern

Unimed Joinville Diego Porcincula Unimed Grande Florianópolis Bianca Escrich Unimed Xanxerê Kellin Fachim

COOPERATIVAS QUE APOIAM A DIVULGAÇÃO DO COOPERATIVISMO CATARINENSE Auriverde – Cunha Porã Aurora – Chapecó Cejama – Jacinto Machado Cergral – Gravatal Ceraçá – Saudades Copercampos – Campos Novos Coocam – Campos Novos Coolacer - Lacerdópolis Cooperjuriti - Massaranduba Coopercarga - Concórdia Cooperalfa - Chapecó Cooperja – Jacinto Machado Cooperitaipú - Pinhalzinho Coopersulca – Turvo Cooper – Blumenau Cooper A1 - Palmitos Cravil – Rio do Sul Credcrea - Florianópolis

Fecoagro – Florianópolis Fecoerusc - Florianópolis Fundação Aury Bodanese - Chapecó Ocesc - Florianópolis Sescoop - Florianópolis Sicoob SC/RS – Florianópolis Sicoob Credial – Cunha Porã Sicoob Crediauc - Concórdia Sicoob Credisulca – Turvo Sicoob Creditapiranga – Itapiranga Sicoob Credicanoinhas – Canoinhas Sicoob Creditran - Florianópolis Sicoob Maxicrédito - Chapecó Sicoob Oestecredi - Palmitos Sicoob São Miguel – São Miguel do Oeste Sicredi RS/SC – Porto Alegre Sicredi Norte SC - Joinville Unimed SC – Joinville

Assinaturas – Solicitar pelo e-mail revistadascooperativas@comidia.com.br, ou pelo fone (48) 3258-6195/9645-7740.

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www.brde.com.br

Apoiar cooperativas e cooperados. Esse é o papel do BRDE.

Ouvidoria DDG 0800.600.1020

O BRDE oferece diversas linhas de crédito para promover o desenvolvimento das cooperativas catarinenses. São financiamentos para cooperativas de crédito, médicas, de eletrificação e de produção agropecuária. BRDE. Sempre ao lado de quem coopera.


ARTIGO

COOPERATIVISMO E SUSTENTABILIDADE

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ou cooperativista e há mais de 30 anos trabalho em empresas de natureza e de alma cooperativista. Cooperativismo é uma doutrina, é um modelo de organização social, é um caminho para a superação absolutamente harmonizado com a defesa ambiental e a busca permanente pela sustentabilidade. Um de nossos mais caros princípios universais focaliza essa preocupação. “Interesse pela comunidade” é o sétimo princípio do cooperativismo internacional. Estabelecido no solo onde nasceu esse movimento mundial – Manchester, Inglaterra – durante o Congresso que festejou o centenário da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em 1995, essa ideia-força transcendeu ao universo cooperativista. As cooperativas, na consecução de seus objetivos, direta ou indiretamente trabalham para promover o desenvolvimento sustentado da comunidade local ou regional nas quais estão inseridas. A natureza de nossos princípios e a solidariedade presente na gênese da cooperação fazem da cooperativa uma eterna protagonista de práticas sustentáveis e de ações valorizadas na construção de uma sociedade mais justa e menos desequilibrada. As cooperativas foram as primeiras organizações humanas a demonstrar ao mundo que não há incompatibilidade entre um empreendimento rentável e uma gestão para a sustentabilidade. Ao contrário, uma empresa com práticas sustentáveis reduz seus custos operacionais por consumir menos água e energia, utilizar menos matéria-prima, gerar menos resíduos e gastar menos em controle de poluição. Uma gestão sustentável permite ampliar a competitividade de uma empresa ao reduzir custos e, ao mesmo tempo, conquistar a preferência do público. O consumidor está cada vez mais consciente e bem informado sobre os efeitos ambientais e processos produtivos sustentáveis. Por isso, prestigia marcas associadas a atitudes positivas em relação à proteção do meio ambiente. Ao contrário do que possa parecer, portanto, o interesse pela comunidade reflete-se no desempenho da organização ao focalizar a cadeia de negócios da empresa e englobar preocupações com todos seus públicos – acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente. Um dos grandes cooperativistas do século passado, o saudoso fundador da Cooperativa Central Aurora Alimentos, que empresta seu nome à Fundação Aury Luiz Bodanese, que tenho a honra em presidir, já fazia gestão ambiental nos primórdios do cooperativismo porque, com sua admirável visão empresarial, ao seu modo e ao seu tempo, orientava para a necessidade de identificar e controlar impactos e riscos ambientais relevantes e estabelecer metas para o

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desempenho ambiental. Por isso, com muita justiça, Aury foi eleito personalidade ambiental quando comandava um dos maiores complexos agroindustriais do País. Orgulha-nos saber que a Aurora foi uma das empresas que mais conquistou o Troféu Onda Verde. Orgulha-nos saber que o programa “A Turminha da Reciclagem”, que conscientiza sobre a importância da seleção correta e da reciclagem do lixo, continua sensibilizando milhares de crianças e contribuindo para a formação de uma geração de sólidas convicções ambientais. Tenham uma certeza: sustentabilidade não é mais uma opção. No campo e na cidade, nas granjas e nas indústrias, nos laboratórios e nos centros de distribuição, todos os agentes da cadeia produtiva da Aurora professam os princípios da cooperação e perseguem o desiderato da sustentabilidade – porque essa será a herança que deixaremos para as futuras gerações.

Neivor Canton Vice-presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e presidente da Fundação Aury Luiz Bodanese.


em produção de maçã

em produção de aves

em produção de cebola

Nossa força produtiva vem da terra, do mar e das mãos de milhares de catarinenses.

É o agronegócio de Santa Catarina gerando mais de 720 mil empregos diretos e movimentando mais de R$ 61 bilhões. Santa Catarina conquistou a liderança no país em produção de diversos alimentos. Tudo isso com apenas 1,12% do território nacional. Somos o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação, e também o único com permissão de exportar carne suína para o Japão e Estados Unidos.

Conheça os programas do Governo do Estado para impulsionar o setor, o mercado, a economia e fazer a diferença na sua vida. Acesse www.agricultura.sc.gov.br

em produção de ostras e mexilhões

em produção de alho

em produção de pescados

em produção de suínos

Fonte: IBGE, MDIC, MTE - RAIS 2014 - Secretaria de Estado da Fazenda.


INFORME OCESC

Cooperativas sinônimo de confiança

OCESC E SESCOOP/SC PROMOVEM CAPACITAÇÕES INTERNAS AS CAPACITAÇÕES ACONTECERAM EM AGOSTO E SETEMBRO, E BENEFICIARAM OS EMPREGADOS

“O cooperativismo é uma ferramenta que possui a função de mitigar os efeitos da crise”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, na edição 2016 do World Coop Management, em Belo Horizonte (MG). O evento reúne lideranças do movimento cooperativista de diversos países. Também prestigiaram a iniciativa Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg, e Roberto Rodrigues, embaixador do cooperativismo para a FAO e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas.

Prêmio Somoscoop tem recorde de inscrições Em 2016, 221 cooperativas de todo o Brasil concorrem ao Prêmio Somoscoop. As inscrições contabilizaram 349 projetos nas seis categorias da premiação: Comunicação e Difusão do Cooperativismo (52); Cooperativa Cidadã (122); Desenvolvimento Sustentável (60); Fidelização (47); Inovação e Tecnologia (40) e Intercooperação (28). O Prêmio Somoscoop, entregue a cada dois anos pelo Sistema OCB, é a nova marca do até então chamado prêmio “Cooperativa do Ano”, que já reconheceu, ao longo dos últimos 12 anos, 81 cooperativas de 17 Estados brasileiros.

Capacitações promovidas pela Ocesc e Sescoop/SC, beneficiaram os empregados.

O

s empregados da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Santa Catarina (Sescoop/SC) participaram de capacitação interna na manhã do dia 26 de agosto. O instrutor José da Paz Cury falou sobre relações interpessoais e reforçou conceitos e princípios relacionados ao cooperativismo. Na, sexta-feira, 9 de setembro, ocorreu a segunda capacitação com o tema “Segurança da Informação”. O palestrante, o advogado Leandro Bissoli, falou sobre os perigos existentes em algumas atitudes relacionadas ao meio digital, desde o uso indevido do e-mail corporativo até a definição de senhas genéricas que põem em risco os usuários e a empresa.

COOPERATIVAS DE TRANSPORTE PARTICIPAM DE VIDEOCONFERÊNCIA COM A OCB

Relatório com estimativa para safra 2016/17 A safra 2016/17 em Santa Catarina será a primeira em 15 anos com aumento na área plantada de milho. Este é um dos dados que foi apresentado pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) durante o lançamento do relatório com a previsão para safra 2016/17. O evento aconteceu na sede da Secretaria, em Florianópolis.

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A videoconferência aconteceu na sede da Ocesc.

R

epresentantes de cooperativas do ramo transporte, juntamente com diretor-superintendente da Ocesc, Neivo Luiz Panho, participaram, na manhã de 6 de setembro, de uma videoconferência com a OCB na sede da Ocesc, em Florianópolis. A reunião teve como objetivo esclarecer alguns pontos do marco regulatório das cooperativas do ramo. As discussões foram direcionadas às áreas jurídica, de relações institucionais e do ramo transporte da OCB. A conversa possibilitou o alinhamento dos entendimentos sobre a constituição do novo marco.


Fórum O cooperativismo como alternativa para a economia

EM MANAUS, COMECEI OS PRIMEIROS PASSOS DENTRO DO COOPERATIVISMO Hoje, sou uma pessoa realizada pessoal e profissionalmente, amo o que faço, e minha principal meta de vida é estar sempre buscando contribuir para o desenvolvimento das pessoas e do cooperativismo.

O evento reuniu cerca de 150 dirigentes das cooperativas nucleadas.

Ajuda mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade são valores do cooperativismo, movimento que atualmente mantém 250 milhões de empregos diretos em 95 países. “Um bilhão de pessoas no mundo são cooperadas, e se formos somar seus familiares, chegaremos a quatro bilhões, isso é mais da metade da população do planeta. O cooperativismo é algo que as pessoas desejam cada vez mais”, afirmou Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). Freitas foi um dos palestrantes do 1º Fórum das Cooperativas do Alto Vale do Itajaí, promovido pelo Núcleo de Cooperativas, da Associação Empresarial de Rio do Sul (Acirs). O evento aconteceu no sábado, 3 de setembro, com a presença de cerca de 150 dirigentes das cooperativas nucleadas. Também estiveram no encontro o presidente da Acirs, Alex Detlev Ohf, e o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Luiz Vicente Suzin.

Sou mineira, natural de Barbacena – MG. Morei com meus pais até os dezessete anos quando então saí de casa para fazer graduação na Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde me formei, no ano de 2005, em Gestão de Cooperativas. Ainda no último ano, fui fazer o estágio supervisionado no Sescoop/AM, em Manaus, onde comecei a dar meus primeiros passos dentro do sistema cooperativista. Tive oportunidade de conhecer várias cooperativas no interior do Estado – Codajás, Rio Preto da Eva, Manacapuru e ainda participei e ajudei a organizar um intercâmbio de estudos em Minas Gerais. Foram experiências muito gratificantes que me fizeram ter a certeza de que era esse o caminho que gostaria de seguir em minha carreira profissional. Logo após alguns meses da formatura, surgiu uma oportunidade de trabalho no Sescoop em Vitória, no Espírito Santo, e depois de um concorrido processo de seleção, fui contratada para o cargo de analista para atuar nas áreas de Formação Profissional e Promoção Social. Posteriormente, assumi a gerência até o ano de 2010. Foi um período de muito aprendizado, trabalho e desafios, participei de muitos treinamentos e reuniões na Unidade Nacional do Sescoop em Brasília-DF, onde conheci os colegas de trabalho das outras unidades estaduais, estrei-

Patrícia Gonçalves de Souza Coordenadora de Promoção Social do Sescoop/SC

tei laços e ampliei minha visão do cooperativismo, e, desde então, sempre que possível, trocamos experiências e compartilhamos ideias e projetos, visando ao aperfeiçoamento da nossa prática cooperativista. A oportunidade de trabalhar no Sescoop Santa Catarina apareceu como a concretização de um sonho, pois sempre tive grande vontade de trabalhar no Sul do País, onde o cooperativismo é pioneiro, pujante e referência. Terei sempre eterna gratidão ao sr. Geci Pungan, na ocasião superintendente do Sescoop/SC (in memoriam), que me abriu as portas e num gesto de confiança me delegou a responsabilidade de coordenar a área de Promoção Social, na qual atualmente desenvolvo programas e projetos voltados à educação cooperativista de mulheres, jovens, crianças e comunidades. Agradeço também, em especial, à minha família, que sempre me apoiou e me deu forças para seguir em frente nos meus sonhos e objetivos. Hoje, posso afirmar que sou uma pessoa plenamente realizada pessoal e profissionalmente, amo o que faço, e minha principal meta de vida é estar sempre buscando promover e contribuir para o desenvolvimento das pessoas e do cooperativismo.

Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB.

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INFORME SESCOOP/SC

SESCOOP/SC COMEMORA 17 ANOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E PROMOÇÃO SOCIAL O SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO EM SANTA CATARINA (SESCOOP/SC), ÓRGÃO VINCULADO À ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA (OCESC), COMPLETOU 17 ANOS NO DIA 17 DE SETEMBRO, COMEMORANDO RESULTADOS EXPRESSIVOS DOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS COM AS 260 COOPERATIVAS DO ESTADO.

Cursos de formação profissional estão entre as atividades realizadas mensalmente pelo Sescoop/SC.

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entidade se destaca por promover o crescimento do cooperativismo de forma integrada e sustentável por meio da formação profissional, da promoção social e do monitoramento das cooperativas, contribuindo para sua competitividade e para a melhora da qualidade de vida dos cooperados, colaboradores e familiares. Caracterizado como uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, o Sescoop/SC é integrante do Sistema Cooperativista Nacional. Entre os principais programas mantidos pelo Sescoop/SC, estão a formação e capacitação profissional, promoção social, monitoramento e desenvolvimento de cooperativas, ações centralizadas, ações delegadas, auxílio-educação, programa Cooperjovem, programa jovens lideranças cooperativistas (Jovemcoop), mulheres cooperativistas, jovem aprendiz, Programa de Desenvolvimento da Gestão de Cooperativas (PDGC), forma-

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ção para conselheiros administrativos e fiscais para cooperativas de crédito (Formacred), monitoramento e auditoria em pequenas cooperativas.

Somente em 2015, os investimentos foram da ordem de R$ 15 milhões de reais para ações de formação profissional, promoção social e outras atividades, num total de 1.471 eventos, que atenderam 121.607 pessoas – entre associados, colaboradores e dirigentes de cooperativas.

Cursos de formação profissional estão entre as atividades realizadas mensalmente pelo Sescoop/SC.



INFORME SICOOB SC/RS

DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO “A VERDADEIRA DIFERENÇA” Santa Catarina possui a maior rede de cooperativas de crédito do País, com mais de 1 milhão de associados e 40% de todas as agências do sistema financeiro no Estado. O COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO MUNDO Segundo o Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu – sigla para World Council of Credit Unions), em vários países, como França, Canadá, Estados Unidos, Alemanha – entre outros –, elas possuem enorme participação no mercado global das instituições financeiras.

– 56 MIL COOPERATIVAS. – PRESENÇA EM 103 PAÍSES. – 207 MILHÕES DE ASSOCIADOS. Fonte: Woccu

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A

s cooperativas de crédito comemoram sempre na terceira quinta-feira de outubro o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito. Este ano, o tema escolhido foi “A verdadeira diferença”. Em mais de cem países, as cooperativas destacaram, em 20 de outubro, a autêntica diferença na vida daqueles que são cooperados do ramo financeiro.

O COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO BRASIL O Brasil ocupa a 16ª posição mundial no volume de ativos de instituições financeiras cooperativas, ainda com um mercado potencial muito grande para crescimento. São cerca de 1.100 cooperativas de crédito, organizadas em 38 centrais estaduais, quatro confederações e cinco sistemas.

O SICOOB

O Sicoob é o maior deles no País, com mais de 2,4 mil pontos de atendimento distribuídos em todos os Estados e no Distrito Federal. Em Santa Catarina, está presente em 83% dos municípios e oferece os mesmos serviços de um banco, com muitas vantagens, pois o cooperado é dono do negócio e, ao final do ano, os resultados positivos retornam ao bolso do associado.

Cooperativas de crédito As instituições financeiras cooperativas investem os recursos nas próprias comunidades onde atuam e, com isso, geram novos empregos e renda, desenvolvem a economia e melhoram a qualidade de vida das pessoas e das famílias.

Sicoob SC/RS: destaque no 11° Concred Entre os dias 28 e 30 de setembro, o cooperativismo financeiro se reuniu para discutir Governança, Sustentabilidade e Inovação na 11ª edição do Concred, evento promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebrás) e Sicoob Central Rio com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), na cidade do Rio de Janeiro. Durante a abertura do congresso, foi realizada a entrega do 4º Prêmio Concred Verde,

Sicoob São Miguel, Sicoob Credicaru e Sicoob Transcredi, cooperativas do Sistema Sicoob SC/ RS foram premiadas no evento.

que destacou ideias inovadoras para mudar o mundo. O Sicoob foi vencedor em todas as categorias.


Sicoob São Miguel, Sicoob Credicaru e Sicoob Transcredi Na categoria Equilíbrio Ambiental, o Sicoob São Miguel ficou em primeiro lugar, e em segundo, o Sicoob Credicaru. Na categoria Economia Funcional, o Sicoob Transcredi conquistou o segundo lugar. Na categoria Economia Financeira, o Sicoob Transcredi obteve a segunda posição.

O Sicoob Crediauc apoia o Projeto Integrar No dia 13 de setembro, a presidente do Sicoob Crediauc, Maria Luísa Lasarim, ministrou uma palestra aos grupos e associações que participam do Projeto Integrar. A iniciativa, desenvolvida nos municípios de Alto Bela Vista, Ipira e Peritiba, visa a incrementar as potencialidades turísticas destas cidades, integrando as ações. O objetivo é o incremento socioeconômico através de ações pontuais que objetivem agregar valor às marcas dos municípios e, consequentemente, às suas populações e ao projeto como um todo. O objetivo dos empreendedores é formar uma cooperativa mista para fortalecer suas atividades.

“A ideia é criarmos uma linha de crédito específica (com recursos do Sicoob Crediauc) para dar um amparo a esses produtores e empreendedores que queiram investir na sua atividade”, acrescenta Maria Luísa Lasarim, presidente do Sicoob Crediauc.

Sicoob Credial Os associados comemoram o aumento de produção e renda Valmor e Noeli Manfrin, um casal de associados, são filhos de agricultores no município de Tigrinhos. Em 1993, associaram-se ao Sicoob Credial, e de lá para cá, o relato é de um avanço significativo na produção e geração de renda. Atualmente, trabalham com a bovinocultura de leite. O casal de associados Valmor e Noeli Manfrin, e Uma das principais dificuldades enas filhas. frentadas antes de associarem-se no Sicoob Credial era a falta de recursos para “Hoje, temos o Sicoob como parceiro da nossa família, pois através dele melhoria da atividade. Com o apoio do Sicoob Credial, foram feitos investimen- conseguimos os recursos necessários para a melhoria do trabalho e da tos para ampliar a produção, facilitando o trabalho na propriedade e aumentando a qualidade de vida da família em todos os aspectos”, disse Manfrin. renda da família.

O Sicoob São Miguel investe R$ 53 mil na recuperação de um rio

No evento, também foram plantadas mudas de árvores nativas. Na foto (esq.), Valmir Kretschmer, Edemar Fronchetti e Blásio Spaniol.

Mais de dez quilômetros de cerca na proteção do rio e 39 famílias beneficiadas. Esse foi mais um dos projetos apoiados pelo Sicoob São Miguel, no interior do município, no chamado Rio Lageado Gramado. O objetivo é fazer a recuperação ambiental do rio, com base em orientar as famílias e criar alternativas para o gado que, antes do projeto, acabava consumindo dessa água diretamente no leito do rio. A execução e a mão de obra foram coordenadas pela Epagri e executadas pelos moradores, e todo o recurso financeiro foi investido pelo Sicoob São Miguel, apoiador desse grande projeto.

O Sicoob Maxicrédito comemora o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito Para marcar a data especial, o Sicoob Maxicrédito organizou uma palestra especial com Eduardo Tevah, com o tema “Liderando pessoas com foco no resultado”. O evento reuniu cerca de 150 pes-

soas, entre membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, diretoria executiva, gerentes administrativos e gerentes de agências no auditório da Cooperativa, em Chapecó.

As cooperativas de crédito têm um papel fundamental no desenvolvimento econômico e sustentável.

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INFORME SICREDI RS/SC

O SICREDI COMEMORA O DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO

O

“A VERDADEIRA DIFERENÇA” É TEMA DA DATA, QUE FOI CELEBRADA EM 20 DE OUTUBRO

Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito (DICC) é celebrado, anualmente, na terceira quinta-feira do mês de outubro. Neste ano, a data foi comemorada no dia 20 com o tema “A verdadeira diferença”. A inciativa, promovida pelo Conselho Mundial

de Cooperativas de Crédito (World Council of Credit Unions - Woccu), busca divulgar o trabalho desenvolvido pelas cooperativas de crédito, aumentando a conscientização sobre sua importância econômica e social e, consequentemente, o apoio ao movimento cooperativo.

O SICREDI PARTICIPOU DA 68ª CELEBRAÇÃO COM DUAS CAMPANHAS

O SICREDI É UMA DAS 150 MELHORES EMPRESAS PARA VOCÊ TRABALHAR PELO SEXTO ANO CONSECUTIVO

O Sicredi, instituição financeira Além da própria campanha institucional, que destaca que o cooperativismo de crédito faz parte da vida de diferentes pessoas – da cidade, do campo, dos jovens e empreendedores – e os diferenciais desse modelo de negócio, o Sicredi também apoiou a campanha lançada pelo Woccu e promovida no Brasil pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebrás). Em 2016, a inciativa destacou os “ 9 princípios que fazem a verdadeira diferença”, reforçando os valores da cooperação e a força da união.

No cooperativismo de crédito, o Sicredi é referência internacional pelo modelo de atuação no sistema, permitindo ganhos de escala e aumentando o potencial das cooperativas de crédito para exercer a atividade no mercado financeiro.

Pelo sexto ano consecutivo, o Sicredi – instituição financeira cooperativa com mais de 20 mil colaboradores – está entre as Melhores Empresas para Você Trabalhar. Elaborado pela revista Você S.A. em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), o guia avalia o ambiente de trabalho e as melhores práticas de gestão de pessoas em empresas divididas em 24 setores da economia. Neste ano, a instituição financeira cooperativa obteve 78 pontos no Índice de Felicidade no Trabalho (IFT). A nota do colaborador, que aponta o Índice de Qualidade no Ambiente do Trabalho (IQAT), foi 86,3%. O “comprometimento organizacional dos colaboradores” atingiu 93,4%, e o quesito “confiança”, 88,5%. “Desenvolvimento” obteve 85,8%. Os quesitos “participação” e “satisfação com o trabalho” empataram com 85,3%. No Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP), os destaques foram para os quesitos “gestão das relações interpessoais”, com 92,9%, “gestão estratégica e objetivos”, com 78,4%, e “gestão do conhecimento e educação corporativa”, com 72,6%, entre outros.

O SICREDI NO BRASIL São 3,3 milhões de pessoas que têm suas vidas financeiras vinculadas ao Sicredi, atraídas pela possibilidade de gerar crescimento coletivo. Todos são donos do negócio. O voto de cada um tem peso igual nas decisões, independentemente do volume de recursos aplicados. As equipes de todo o sistema, especialmente da Sicredi Alto Uruguai RS/SC, estiveram mobilizadas comemorando esta conquista.

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O Sicredi Alto Uruguai RS/SC promove palestra em comemoração ao Dia do Professor

O Programa, que em Santa Catarina é desenvolvido em São Carlos, atende a um total de 40 escolas, 5.487 alunos, 597 educadores e 198 funcionários da educação.

Na noite do dia 11 de outubro, em comemoração ao Dia do Professor, a Sicredi Alto Uruguai RS/SC realizou um evento para todos os professores envolvidos com o Programa A União Faz A Vida dos municípios onde o Programa é desenvolvido. Mais de 350 pessoas prestigiaram o evento.

Conheça o Programa A União Faz a Vida O Programa A União Faz a Vida está presente oito munícipios da região de atuação da Sicredi Alto Uruguai RS/SC: Rodeio Bonito, Vista Alegre, Ametista do Sul, Pinhal, Taquaruçu do Sul, Planalto e Cerro Grande, e no Estado de Santa Catarina em São Carlos, atendendo ao total 40 escolas, 5.487 alunos, 597 educadores e 198 funcionários da educação nos municípios. O Programa acontece nas escolas das redes municipais e estaduais e tem seu trabalho voltado para o desenvolvimento de projetos cooperativos de aprendizagem construídos dentro da proposta metodológica do Programa. Esta proposta reconhece os alunos como protagonistas de seu próprio aprendizado, dando a possibilidade de que eles opinem e escolham o que querem saber e, além disso, valoriza a comunidade como fonte do saber, acreditando que em todos os espaços e ambientes é possível aprender.

O SICREDI COMEMORA DEZ ANOS EM CHAPECÓ

Equipe da unidade de atendimento Sicredi Centro Chapecó.

A unidade de atendimento Sicredi Centro Chapecó comemorou os dez anos da cooperativa no município. A solenidade de comemoração reuniu colaboradores, conselheiros e coordenadores de núcleo para um café da manhã. O encontro foi conduzido pelo presidente do Conselho de Administração da Sicredi Região da Produção RS/SC, Saul João Rovadoscki, e contou com a participação do diretor-executivo, Luís Francisco Sander, e do gerente da Unidade de Atendimento do Centro, Claucus Valdameri.

Rovadoscki recepcionou os convidados e aproveitou o momento para fazer um resgate histórico do cooperativismo de crédito, ressaltando a representatividade e o potencial do ramo. Enfatizou que relembrar os acontecimentos que marcaram a história da cooperativa é uma forma de valorizar as pessoas que construíram este empreendimento. Nesta oportunidade, foi informado aos presentes que serão instalados dois relógios de rua do Sicredi em Chapecó: um, no calçadão do centro, e outro na Avenida Getúlio Dornelles Vargas.

O Sicredi conta com 16 mil associados nas unidades de Chapecó, Coronel Freitas, Xaxim e Xanxerê.

Nada mais justo do que comemorar um momento como este com as pessoas que fazem a história da nossa cooperativa. Parabéns a todos os associados da Unidade do Sicredi Centro Chapecó por ajudarem na construção de dez anos desta história, afirmou Rovadoscki.

O gerente da Unidade de Atendimento Centro Chapecó, Claucus Valdameri, e a gerente administrativa e financeira, Gabriela Bittarello, cortam o bolo de aniversário de dez anos da unidade.

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NOTÍCIAS DO AGRONEGÓCIO

REUNIÃO EM PALMITOS

ANUNCIA NOVOS SERVIÇOS Essa foi mais uma reunião descentralizada realizada pela Federação, na qual os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal se reúnem mensalmente com a presença de representantes das 11 cooperativas associadas

AS PRINCIPAIS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS DE SC, ASSOCIADAS À FECOAGRO, SE REUNIRAM EM PALMITOS NO FINAL DE AGOSTO, CONTANDO COM A PRESENÇA DO SECRETÁRIO ESTADUAL DA AGRICULTURA, MOACIR SOPELSA, DO SECRETÁRIO ADJUNTO, AIRTON SPIES, E DO PRESIDENTE DA OCESC, LUIZ VICENTE SUZIN.

CLÁUDIO POST PRESIDENTE DA FECOAGRO

PALESTRA DE PAULO MOLINARI Na reunião da Fecoagro, também foi apresentada uma palestra com o analista de mercados Paulo Molinari, que fez uma análise da situação econômica do País e suas perspectivas para 2017. A respeito do mercado dos grãos, o analista se mostrou pessimista com o preço do milho. Molinari também comentou que a importação de milho dos Estados Unidos, apesar de os preços serem competitivos, não se viabiliza no Brasil por questões fitossanitárias. Paulo Molinari também defende que as agroindústrias precisam reduzir sua produção de frangos e suínos para regular a oferta e assim não achatar ainda mais os preços no nível do consumidor.

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A reunião contou com a presença do secretário estadual da Agricultura.

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reunião de Palmitos também contou com a presença dos membros dos comitês de compras das cooperativas que participam da Central de Compras, onde foi anunciada oficialmente a nova normatização das operações da Unidade Centralizadora de Compras, instalada em Palmitos, e que passa a ter nova atividade. O regulamento sobre o funcionamento da Central foi realizado em conjunto com os setores de compras das cooperativas e agora passa a ser a “Constituição” da Unidade, disse Ivan Ramos, diretor-executivo da Fecoagro, e todas as cooperativas precisarão cumprir. A nova atividade incluída foi a criação de um CD – Centro de Distribuição, onde a Fecoagro passará a adquirir diretamente as mercadorias e repassar às cooperativas filiadas, na forma de atacado, sem margens para que elas possam se beneficiar dos descontos que fornecedores concedem nas compras com volumes de grande escala. Até agora, a Central de Compras tem sido apenas centralizadora de negócios, isto é, faz as compras em conjunto, e os faturamentos e as entregas são feitos diretamente às cooperativas participantes.

O novo sistema permitirá faturamento e destinação direta a Palmitos para uma Central de Distribuição, já instalada, e de lá para as cooperativas, entrando em outro patamar de descontos, e com isso buscando melhores preços para os associados e clientes das cooperativas.

NOVO MODELO Segundo Jairo Loose, gerente da Central de Compras, com esse novo modelo operacional de intercooperação, espera-se que, até o final do ano, o volume estimado chegue a R$ 5 milhões com 20 empresas fornecedoras, mas a partir de 2017 pretende-se atingir, no mínimo, R$ 70 milhões, com pelo menos cem fornecedores. Na modalidade atual de compras centralizadas e entregas descentralizadas, o planejamento deste ano é de chegar a R$ 600 milhões, com redução média de custos de quatro por cento.


APRESENTAÇÃO DO CASE A ARGENTINA QUER AMPLIAR AS RELAÇÕES COMERCIAIS COM COOPERATIVAS CATARINENSES FECOAGRO/SC NO RS FOI Estimular as relações comerciais entre as cooperativas catarinenses e o mercado argentino foi o objetivo do encontro realizado na sede da Fecoagro entre o cônsul adjunto da Argentina, Octavio La Croce, e os presidentes da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, e da Fecoagro, Cláudio Post. Acompanhado pela encarregada de Promoção Comercial do Consulado em Florianópolis, Ana Laura Carrau Chiarino, o cônsul solicitou uma reunião com os líderes cooperativistas para conhecer a estrutura do setor e colocar a unidade à disposição para facilitar eventuais negociações entre SC e a Argentina.

Octavio La Croce, cônsul adjunto da Argentina, durante encontro realizado na sede da Fecoagro.

MUITO PRESTIGIADA

Foi bastante prestigiada por lideranças do agronegócio, do cooperativismo e políticas a apresentação do case da Fecoagro de SC, durante a realização da Expointer, em Esteio, no RS. O evento, realizado com o apoio do Sicredi, Ocergs e Ocesc, reuniu lideranças do setor e foi prestigiado pelo secretário da Agricultura de SC, Moacir Sopelsa; vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri; presidente do BRDE, Odacir Klein; diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos do BRDE, Neuto de Couto; presidente do Sicredi Sul, Orlando Muller; presidente da Ocergs, Vergílio Périos; superintendente da Ocesc, Neivo Panho; representante do secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do RS, Lino Ivânio Hamann; fornecedores e outros interessados. O objetivo do encontro foi mostrar o sistema integrado de atuação da Fecoagro de SC e seus programas de incentivo da prática da intercooperação. O presidente da Ocergs, Vergílio Périos, destacou a importância da integração existente em SC e demonstrou interesse em que projetos semelhantes possam ser implementados no RS.

PRIMEIRO LEVANTAMENTO DE SAFRA EM SC Foi positivo o esforço do Governo do Estado e das cooperativas, através da Fecoagro/SC, de estimular o plantio de milho em SC. O primeiro levantamento de estimativa de produção da safra de verão 2016–2017 foi apresentado pelo secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa. O levantamento preliminar feito pelo CEPA apurou um aumento de área de 1,56%, revertendo a tendência de queda que vinha ocorrendo nos últimos dez anos, quando cada vez se plantava menos milho em SC.

NOVO NEGÓCIO NA INTERCOOPERAÇÃO EM SC Vem aí um novo serviço da Central de Compras da Fecoagro. Está em estudo a implantação, na sua unidade em Palmitos, de uma câmara climatizadora para preparar a banana para distribuição nos supermercados das cooperativas. Esse novo serviço comprovará mais uma área de intercooperação da Fecoagro, na qual uma cooperativa da Região Sul fornecerá produtos para as outras cooperativas do Oeste, a exemplo do que já acontece com a distribuição do arroz Caçarola, da região sul do Estado.

O presidente da Fecoagro de SC, Cláudio Post, foi um dos debatedores do Fórum do BRDE sobre financiamentos para o desenvolvimento agropecuário.

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ASTRO É OBRIGATÓRIO.

AGRONEGÓCIO benefícios do CAR.

EM SANTA CATARINA

EVENTOS CELEBRAM SUCESSOR DO

o de APP ou reserva legal; édito rural e linhas de financiamento; mpostos para insumos e equipamentos; ara contratação de seguro agrícola; nitoramento e combate ao desmatamento.

PROGRAMA SC RURAL

UMA SÉRIE DE EVENTOS MARCOU O SUCESSO DA PARCERIA ndicatos rurais, a Prefeitura ou a Epagri ENTRE O GOVERNO DO ESTADO E O BANCO MUNDIAL NA ípio, ou faça a sua inscrição pelo site: EXECUÇÃO DO PROGRAMA SC RURAL. oambientalrural.sc.gov.br.

Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca

SANTA CATARINA PRODUZ A BANANA MAIS DOCE DO BRASIL

O Encontro dos Jovens Empreendedores do Meio Rural e Marinho Catarinense, levou mais de mil jovens agricultores a Chapecó.

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oram três encontros regionais, em Chapecó, Criciúma e Itajaí, que reuniram cerca de duas mil pessoas beneficiadas pelo Programa, e um Encontro dos Jovens Empreendedores do Meio Rural e Marinho Catarinense, que levou mais de mil jovens agricultores a Chapecó. Comemorando seis anos, o SC Rural vem gerando uma verdadeira transformação no campo catarinense. Mais de 11 mil famílias receberam recursos para colocarem em prática projetos estruturantes e rentáveis nas propriedades. Os jovens agricultores e pescadores também encontram no SC Rural um grande parceiro. Com o curso de Liderança, Gestão e Empreendedorismo, o Programa estimula a liderança e oportuniza a inserção do jovem no mundo digital e nas redes sociais, além de consolidar a consciência ambiental nos processos produtivos, no lazer e na cultura local. Até o final de 2016, serão aproximada-

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mente 1.500 jovens capacitados pelo SC Rural em todo o Estado. Já são mais de 560 jovens beneficiados com recursos para investimentos em 456 projetos de melhoria de processo produtivo, agregação de valor, turismo rural, entre outros. Os recursos já passam dos R$ 8,2 milhões, sendo R$ 5,6 milhões repassados pelo Programa SC Rural.

O Programa já investiu mais de R$ 660 milhões em ações para aumentar a competitividade nos meios rural e pesqueiro de Santa Catarina.

A região de Corupá solicitou o selo de Indicação Geográfica (IG) reconhecendo a banana produzida nos municípios de Schroeder, Corupá, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul como a mais doce do Brasil. Com o slogan “Banana de Corupá: doce por natureza”, a fruta se tornará patrimônio regional e ganhará destaque nacional e internacional. O processo para conquista da Indicação Geográfica, na modalidade Denominação de Origem, depende agora de homologação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A REGIÃO SUL LIDERA A PRODUÇÃO NACIONAL DE LEITE Pelo segundo ano consecutivo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, juntos, lideram a produção nacional de leite. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 a Região Sul foi responsável por 35,2% dos 35 bilhões de litros de leite produzidos no Brasil. O Sudeste ocupa a segunda posição no ranking, respondendo por 34% da produção.


OS SECRETÁRIOS DE AGRICULTURA PEDEM MUDANÇAS NO SISTEMA DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Em reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os secretários de Agricultura de vários Estados e dirigentes do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) pediram mudanças no sistema brasileiro de inspeção agropecuária para dar mais competitividade ao agronegócio do País. Os secretários de Agricultura argumentam que houve um crescimento muito grande do setor agropecuário e que o Estado brasileiro já não consegue comportar. O secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, explica que, para atender à demanda das agroindústrias, aumentar a

oferta de médicos veterinários e dar mais segurança para os consumidores, o Estado pensou em uma nova forma de fazer a inspeção sanitária de produtos de origem animal. A Secretaria da Agricultura criou normativas próprias, dentro do Regulamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal, permitindo que as indústrias contratem médicos veterinários do setor privado para executarem os serviços de inspeção. Esses profissionais devem estar vinculados a uma instituição credenciada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e também serem habilitados para prestar o serviço.

OS AGRICULTORES CATARINENSES VOLTAM A INVESTIR NA PRODUÇÃO DE MILHO Pela primeira vez em 15 anos, a safra catarinense terá um aumento na área plantada de milho. Para a safra 2016–17, é esperado um crescimento de 1,57% na área plantada de milho grão, que, combinado ao aumento da produtividade em 7,96%, deverá resultar em uma produção 9,65% maior do que na safra 2015–16. A área total destinada ao plantio desta cultura deverá ser equivalente a 374,5 mil hectares e uma produção de 2,9 milhões de toneladas. Esta é a projeção do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri), na estimava inicial para safra 2016–17. Entre as principais causas desse aumento de área, estão os preços de milho, que em Santa Catarina, como no resto do País, tiveram comportamento atípico na safra 2015–16. Além da influência do mercado, os produtores catarinenses contam com os Programas da Secretaria da Agricultura que incentivam a produção de milho, com destaque para o programa Terra Boa, que subvenciona a aquisição de calcário e sementes de milho. Só nos últimos cinco anos, o Programa investiu mais de R$ 153 milhões no apoio para aquisição de 1,5 milhão de toneladas de calcário e 921 mil sacas de sementes de milho.

Pela primeira vez em 15 anos, a safra catarinense terá um aumento na área plantada de milho.

A sugestão apresentada ao Ministério é de credenciar médicos veterinários para fazerem a inspeção, sem que ocorram perdas do controle sanitário. Esse modelo já é executado em Santa Catarina e vem se mostrando muito eficaz. AS EXPORTAÇÕES CATARINENSES DE CARNE SUÍNA TIVERAM ALTA DE 44% EM AGOSTO De janeiro a agosto de 2016, o volume exportado por Santa Catarina já é 47% maior do que no mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 179,3 mil toneladas de carne suína enviada para o exterior, acumulando receita de US$ 337,4 milhões. O sucesso de Santa Catarina na produção e exportação de carne suína se deve à alta qualidade e aos custos competitivos. É também, o único Estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal. Isso tudo fez com que Santa Catarina tenha acesso exclusivo aos mercados mais exigentes do mundo como Japão, Estados Unidos e, futuramente, Coreia do Sul.

O Estado se consolidou como o maior produtor e exportador de carne suína do País. 23


MERCOAGRO BRDE HOMENAGEIA CLIENTES E PARCEIROS COOPERATIVAS DE CRÉDITO E AGROINDUSTRIAIS RECEBEM RECONHECIMENTO PELO APOIO AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL. COOPERATIVAS DE CRÉDITO O Banco celebrou o empenho de suas conveniadas Sicoob Credial e Cresol Sicoper, que contribuem para o crescimento da região por meio da concessão de microcrédito a seus associados. “As nossas conveniadas nos permitem levar crédito ao mini e ao pequeno produtor rurais, ao micro e ao pequeno empresários”, explica Antoniollo.

Paulo Antoniollo Gerente regional do BRDE

SICOOB CREDIAL Líder no ranking de repasses do BRDE por meio de convênios entre as cooperativas singulares de crédito, a Sicoob Credial financiou mais de R$ 29 milhões nos últimos dois anos. Os recursos foram destinados tanto para crédito urbano quanto para crédito rural, e beneficiaram 287 empreendedores e agricultores.

A Mercoagro foi uma vitrine, uma oportunidade excelente de reunir nossos parceiros e clientes para reconhecer a importância da parceria deles com o BRDE em prol de nossa missão, que é levar desenvolvimento a todos os cantos do Estado.

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Mercoagro – maior feira do País no setor de processamento e industrialização de carnes – foi o palco de homenagens que o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE fez a alguns de seus principais parceiros e clientes da Região Oeste. O evento, que aconteceu no segundo dia de feira (14/9), reuniu representantes do Banco, cooperativas e seus cooperados e também entidades representativas da indústria, comércio, serviços e das cooperativas catarinenses.

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COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS AURORA Principal cliente da Agência do BRDE em Santa Catarina, a Cooperativa Central Aurora Alimentos é responsável pela manutenção de 70 mil famílias no campo e pela geração de 25 mil empregos nas suas unidades industriais. Nos últimos quatro anos, o BRDE financiou R$ 336 milhões à Cooperativa Central, sendo R$ 236 milhões de forma direta e R$ 100 milhões na modalidade de cotas-partes, modalidade em que as cooperativas filiadas integralizam capital na Cooperativa Central para realização de investimentos. Entre os projetos que o BRDE apoiou, está a reativação e modernização do frigorífico de suínos de Joaçaba, com investimento total de R$ 120,5 milhões, dos quais o BRDE participou com R$ 54, 2 milhões, que foram liberados para a Aurora, e o BNDES participou diretamente com R$ 53,8 milhões. O projeto permitiu a geração de 1.056 novas vagas de trabalho.

Recebeu a placa o presidente, Hermes Barbieri (dir.). Recebeu a placa o presidente, Mário Lanznaster.

CRESOL SICOPER A Cooperativa Central repassou R$ 91,9 milhões em crédito nos últimos dois anos para cerca de 3,4 mil famílias de agricultores tanto de Santa Catarina quanto do Rio Grande do Sul, por meio de 27 cooperativas singulares associadas. Isso permitiu que o BRDE pudesse fomentar a agricultura familiar na sua região de atuação.

FECOAGRO Agregando mais de 55 mil famílias de produtores rurais, a Fecoagro é outro cliente com papel relevante na missão do BRDE de levar desenvolvimento a todo o Estado de SC. Nos últimos quatro anos, o BRDE financiou cerca de R$ 27,5 milhões para projetos da Federação, entre eles a ampliação da capacidade de armazenagem e processamento da fábrica de ferti-


lizantes em São Francisco do Sul. O BRDE também financiou a implantação de uma unidade granuladora de fertilizantes na mesma fábrica. Juntos, esses financiamentos alcançaram R$ 21,8 milhões. COOPERALFA A Cooperativa Agroindustrial Alfa também é um importante cliente da agência do BRDE em Santa Catarina. Nos últimos quatro anos, o Banco liberou R$ 216,8 milhões para projetos da Cooperativa, beneficiando 15 mil famílias associadas, distribuídas em 80 municípios catarinenses e alguns no PR. Um dos projetos apoiados foi a implantação da fábrica de rações de bovinos em Bom Jesus – SC, com capacidade de produção de 40 toneladas/hora. O BRDE financiou R$ 41,4 milhões para o projeto, que tem geração de empregos estimada em 35 vagas.

A DEMANDA DE FINANCIAMENTO SOMA R$ 181 MILHÕES O BRDE recebeu R$ 181 milhões em pedidos de financiamentos durante a Mercoagro, feira realizada entre 13 e 16 de setembro, em Chapecó. Os pedidos foram feitos por nove empresas do Oeste Catarinense que atuam nos segmentos de agroindústria, metal-mecânico e inovação. Durante a feira, o BRDE também assinou contratos de financiamento.

É um orgulho para o BRDE poder contar com a confiança das cooperativas catarinenses e saber que juntos estamos fazendo o crédito chegar aos pequenos produtores rurais, aos pequenos negócios e também à agroindústria. Marcone de Melo Souza Gerente de operações do BRDE.

O BRDE ASSINA CONTRATOS QUE SOMAM R$ 72,3 MILHÕES RECURSOS VÃO BENEFICIAR COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS E MÉDICA DA REGIÃO OESTE.

Recebeu a placa o gerente financeiro da Cooperalfa, Nélson Guaresi (dir.).

OCESC Um dos grandes parceiros institucionais do BRDE em Santa Catarina é a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina – Ocesc. A entidade tem papel fundamental para o fortalecimento do cooperativismo no Estado. O BRDE reconhece a importância ímpar da Ocesc na consolidação e no crescimento das mais de 260 cooperativas associadas e 1,9 milhão de cooperados.

A placa foi recebida pelo presidente, Luiz Vicente Suzin (dir.).

O BRDE assinou quatro contratos de financiamento durante a Mercoagro. O montante financiado chegou a R$ 72,3 milhões e vai atender às demandas de crédito de longo prazo de três cooperativas agroindustriais e da cooperativa médica Unimed Chapecó.

CONTRATOS COM COOPERATIVAS CHEGAM A R$ 72,3 MILHÕES • COPÉRDIA – Assinou dois contratos. O primeiro, de R$ 20 milhões, vai permitir a aquisição de insumos agropecuários. O segundo, de R$ 1,5 milhão, vai permitir a ampliação e modernização da unidade da Copérdia em Água Doce. • COOPERATIVA A1 – O financiamento de R$ 20 milhões será utilizado para a compra de insumos para seus cooperados e se dá pela integralização de cotas-partes. • COOPERITAIPU – A Cooperativa assinou contrato de R$ 10,785 milhões para compra de insumos agrícolas mediante financiamento para integralização de cotas-partes de seus cooperados. • UNIMED contrata R$ 20 milhões para segunda fase da obra do Hospital – A cooperativa médica de Chapecó assinou contrato de financiamento para a segunda fase da obra do Hospital da Unimed, no montante de R$ 20 milhões.

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DESTAQUES

COPERCAMPOS VENCE EDIÇÃO 2016 DO ANUÁRIO VALOR CARREIRA

Cláudio Hartmann, diretor vice-presidente da Copercampos (dir.), recebe o Prêmio das mãos de Carlos Ponce de Leon, diretor financeiro e presidente interino do Valor.

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Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos – Copercampos, de Santa Catarina, foi uma das empresas vencedoras da 14ª edição do prêmio Valor Carreira, concedido pelo Jornal Valor Econômico às empresas com melhor desempenho na Gestão de Pessoas, em evento que aconteceu na Casa Bisutti, em São Paulo, no último dia 24 de outubro. Foram premiadas as 35 empresas que melhor investem na gestão de seus colaboradores, divididas em sete diferentes categorias, considerando-se o número de funcionários. A Copercampos recebeu o

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prêmio entre as empresas que possuem de 1.001 a 1.500 colaboradores.

COOPERATIVAS Desde que surgiu, a publicação Valor sempre mostrou o impacto positivo da forma de gestão das cooperativas brasileiras. Para ter uma ideia, a Copercampos já foi reconhecida dez vezes; a Unimed Federação Rio, quatro; as Unimeds Central Nacional e Rio Preto, três vezes cada uma; A Unimed Rio, duas; e a Unimed Seguradora apareceu na lista uma vez.

O prêmio Valor Carreira é o reconhecimento do trabalho, do aperfeiçoamento e da dedicação de todos funcionários. A Copercampos está em constante busca pela qualificação e aprimoramento, sabemos que essa é a chave do sucesso, e para obter bons resultados não é necessário somente uma equipe treinada e motivada, é preciso também estar adaptada às inovações diante dos novos fatos, que trabalhe de forma segura, e este é o compromisso da Copercampos, oferecer oportunidades para que nossos funcionários cresçam profissionalmente, se aperfeiçoem e consigam realizar de forma eficaz suas atividades dentro da empresa, destaca

Cláudio Hartmann, diretor vice-presidente da Copercampos.



DESTAQUES

COOPERALFA PLANTANDO O FUTURO ULTRAPASSA CEM MIL ÁRVORES NATIVAS COOPERALFA 50 ANOS O Plantando o Futuro é apenas um dos vários programas que a Cooperalfa desenvolve em benefício do meio ambiente, revelou o 1º vice-presidente da Alfa e coordenador geral dos 50 anos, Cládis Jorge Furlanetto, que ainda citou outros programas ambientais desenvolvidos pela Alfa, como o Papa Sab, que recolhe resíduos da produção animal e a coleta de embalagens de defensivos. Cinco colégios próximos a Chapecó conduziram ao local cerca de 300 crianças, que receberam mudas de plantas nativas de SC para plantarem em suas casas. Professores levarão para as salas de aula o aprofundamento temático do projeto.

O projeto Plantando o Futuro foi lançado em janeiro de 2016 pela Cooperalfa.

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Cooperalfa, de Chapecó, lançou em janeiro de 2016 o Projeto Plantando o Futuro, com a proposta de seus associados plantarem 50 mil árvores nativas em Áreas de Preservação Permanente – APPs, no entorno de nascentes e para recompor espaços de Reserva Legal. É um dos vários projetos relativos aos 50 anos da Cooperativa, que serão comemorados em outubro de 2017, mesmo ano

A ideia de que agricultor é destruidor precisa ser revertida, e a sociedade, de uma vez por todas, deve entender que sabemos produzir respeitando o meio ambiente, defendeu o presidente da Cooperalfa, Romeo Bet.

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em que Chapecó festejará seu centenário. A ideia foi tão bem aceita pelos cooperados, que a meta dobrou para cem mil árvores em questão de meses. Parte dessa quantia será plantada este ano, e outra parcela, em 2017. A Alfa está desembolsando R$ 500 mil reais entre o investimento em mudas, todas doadas gratuitamente, e na assistência técnica adequada para o plantio. Na manhã do dia 1º de setembro, em Linha Cascavel Chapecó, na propriedade do jovem associado Felipe Zandavalli, um ato marcou essa etapa do Plantando o Futuro. Para o agricultor Felipe Zandavalli, é ímpar a oportunidade que a Cooperalfa está ofertando. Agradeceu por integrar esse projeto grandioso. Também citou a doação das plantinhas e o suporte técnico ao cultivo, mudas que se tornarão árvores no futuro.

Essa iniciativa demonstra que a agricultura não é inimiga da natureza, mas que estamos preocupados, sim, com a sustentabilidade ambiental e o bem-estar das pessoas. Somos produtores de alimentos, temos que respeitar as leis ambientais e o compromisso com as gerações futuras, destaca Zandavalli.



DESTAQUES

OCESC COMEMORA 45 ANOS COMO REFERÊNCIA NACIONAL EM COOPERATIVISMO GRANDES CONQUISTAS MARCAM OS 45 ANOS DE HISTÓRIA DA ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA (OCESC), FUNDADA EM 28 DE AGOSTO DE 1971. AO LONGO DESSE PERÍODO, A ENTIDADE TORNOU-SE DAS MAIS ATUANTES DO SETOR, COORDENANDO AÇÕES QUE SÃO REFERÊNCIA EM TODO O PAÍS.

REPRESENTATIVIDADE A Ocesc reúne todos os ramos das atividades cooperativistas e é o órgão que representa a Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Santa Catarina. Dedica-se à realização de estudos e proposição de soluções; promoção da divulgação da doutrina cooperativista; fomento e criação de novas cooperativas e estímulo ao fortalecimento do sistema de representação do cooperativismo. Proporciona, ainda, assistência geral ao cooperativismo; prestação de serviços de ordem técnica em nível de direção, funcionários e associados às cooperativas filiadas; promoção de congressos, encontros, seminários e ciclos de estudos; integração com as entidades congêneres das demais unidades da Federação.

COMO SURGIU

A Ocesc – Organização das Cooperativas de Santa Catarina foi fundada em 28 de agosto de 1971.

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cooperativismo catarinense tem crescido acima da média, especialmente com relação à participação do número de associados das cooperativas, o que confirma que o trabalho desempenhado pela Ocesc está no caminho certo, especialmente no que se refere à prática dos princípios. Somente no ano passado, o cooperativismo catarinense cresceu 12,96%. A expressão do setor é reconhecida nacionalmente: as 260 cooperativas do Estado reúnem 1,908 milhão de famílias associadas, mantêm 56.311 empregos diretos, faturam mais de R$ 27 bilhões de reais por ano e representam 11% do PIB catarinense.

Atualmente, é presidida por Luiz Vicente Suzin, que assumiu a gestão da entidade em abril de 2016, após mandato de oito anos do ex-presidente Marcos Antônio Zordan. 30

É expressiva a representatividade da Ocesc diante de cooperados, do Governo e da sociedade, e os resultados são visíveis no desenvolvimento econômico e sustentável das cooperativas catarinenses. A NOVA SEDE Entre as diversas conquistas da entidade ao longo de sua trajetória, está a concretização da nova sede, em 2011, quando a entidade comemorou 40 anos. Funcional, moderna e confortável, foi construída para atender de forma eficiente às cooperativas de todas as regiões. O edifício tem caráter ecoeficiente e utiliza refrigeração com gás e sistema ecologicamente correto baseado na orientação solar, a permeabilidade do solo e o alívio da emissão de águas no sistema de esgoto público.

O primeiro órgão representativo do setor cooperativista catarinense foi a Associação das Cooperativas de Santa Catarina (Ascoop), fundada em 1º de agosto de 1964, em Blumenau. A estruturação legal-institucional, entretanto, ocorreu em 1971, quando o Governo Federal editou a Lei nº 5.764, de 16/12/71, que definiu a política nacional de cooperativismo e instituiu o regime político das cooperativas. Naquele ano, foi criado o Conselho Nacional de Cooperativismo. Por conta da legislação editada, foi constituída a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), órgão de cúpula do sistema na esfera nacional, na capital federal, e fundadas as Organizações de Cooperativas Estaduais (OCE) nas capitais das unidades federativas. Em 28 de agosto de 1971, surgiu a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) para representar efetivamente o sistema cooperativo catarinense e disciplinar a criação e o registro de cooperativas singulares, cooperativas centrais e federações de cooperativas.

O primeiro órgão representativo do setor cooperativista catarinense foi a Associação das Cooperativas de Santa Catarina (Ascoop), fundada em 1º de agosto de 1964, em Blumenau.


Entrevista – ROMEO BET

“HONESTIDADE COMBINA COM OUSADIA EMPREENDEDORA”


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presidente da Cooperalfa, Romeo Bet, concedeu entrevista ao programa informativo “Cooperalfa” em setembro, veiculada em 21 emissoras. Bet falou da nova safra de grãos e os custos de produção; avaliou a difícil situação das carnes e das agroindústrias; palpitou sobre a macroeconomia, os rumos do nosso país e as eleições municipais. Bet ainda comentou sobre investimentos em seus 7,5 anos de gestão que beiram r$ 400 milhões, e definiu o perfil de um gestor de cooperativa: “tem que viver a função 24 horas por dia”, além de abordar aspectos dos 50 anos da cooperalfa em 2017. A entrevista foi conduzida por Julmir Cecon, assessor de imprensa da Cooperalfa, editada e transcrita por Dolores Rambo, que integra a equipe.

Cecon – Que avaliação o senhor faz das safras 2016 de milho, soja e trigo? Bet – Sem considerar o fator climático, pois não o dominamos, o agricultor está animado, usando as melhores tecnologias na busca da alta produtividade e, por consequência, melhor renda, principalmente para quem planta milho e soja. O trigo sofreu uma forte redução no plantio, mas quem apostou está podendo ver um bom desenvolvimento da cultura, e se São Pedro ajudar, haverá excelente produtividade e ótima qualidade. Cecon – De 2015 para cá, os insumos tiveram um aumento no preço, afetando os custos de produção. A indústria de fertilizantes, por exemplo, tenta recompor ganhos. Qual a sua opinião? Bet – Sim, tudo subiu. Porém, se fizermos um comparativo de paridade do ano passado (2015) para este ano, atualmente é bem mais confortável plantar, mesmo com a elevação dos insumos. O preço dos produtos, em média, elevou-se bem mais que o preço dos insumos, gerando certo conforto ao investidor.

“O caixa dos Estados e prefeituras está muito prejudicado, porque a arrecadação despencou pela queda da atividade econômica e do desemprego. São 12 milhões de pessoas aptas, porém, sem trabalho. Se não têm o que fazer, não há produção nem renda. Estados tentando renegociar as dívidas, municípios fazendo de tudo para fechar as contas [...]. Para a retomada, serão necessários investimentos e que as indústrias voltem a crescer, contratem mão de obra, fazendo a roda girar.”

“O cenário das carnes é conturbado, em especial a de aves, pelo excesso de produção nacional, com a oferta nitidamente maior do que a demanda e, por azar, a população gastando menos, pois seu poder aquisitivo baixou. Quem comprava carne de primeira agora se contenta com a de segunda, quando não busca alternativas de alimentação.” Cecon – E o cenário das carnes? Bet – Estamos vivendo um momento bastante conturbado, em especial quando falamos das aves, pelo excesso de produção nacional, com a oferta nitidamente maior do que a demanda e, por azar, a população gastando menos, pois seu poder aquisitivo baixou. Quem comprava carne de primeira agora se contenta com a de segunda, quando não busca alternativas de alimentação. Com a elevação da matéria-prima (rações), tivemos um aperto no custo da produção de suínos e aves. O leite foi compensado pelo alto preço no inverno 2016. Cecon – A choradeira das agroindústrias procede? Bet – As agroindústrias estão passando por sérias dificuldades pela elevação dos custos de produção, que não podem ser repassados ao consumidor por conta da frágil situação econômica brasileira. As famílias estão gastando menos. As agroindústrias aumentaram sua capacidade industrial nos últimos anos, produzem mais, e o mercado não está absorvendo. Mesmo com o aumento no volume de exportação, essa oferta não está sendo absorvida. O dólar baixou, e isso também prejudica a cadeia comercial lá fora, com margens praticamente inexpressivas. Várias agroindústrias fecharam o primeiro semestre de 2016 no negativo.

A ECONOMIA BRASILEIRA SAI DO BARRO? Cecon – Na sua opinião, o Brasil está entrando em um novo estágio de desenvolvimento? Bet – Tivemos o afastamento definitivo da agora ex-presidente da República, Dilma Rousseff. Michel Temer assumiu. É cedo para um prognóstico mais aprofundado com relação à retomada do crescimento. Percebe-se a volta de alguns movimentos sociais contra o atual presidente. São poucos, mas já são um “princípio de incêndio”. A meu ver, a confiança dos investidores está sendo retomada. Para a economia voltar ao seu crescimento de três anos atrás, vamos levar um bom tempo ainda, quem sabe vários anos. O estrago foi maior do que se pensava. Para o próximo ano (2017), ainda vamos passar por dificuldades, pois o País estava muito desgovernado. Agora, precisamos que o atual Presidente consiga fazer as reformas tributária, trabalhista e política, para que tenhamos um rumo diferente e que o Congresso opte por bastante trabalho em favor do Brasil. Cecon – A crise foi menor nos Estados que têm o agronegócio como mola propulsora, a exemplo de SC, diferente das regiões mais industrializadas como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife... O senhor concorda?

“Concordo que são altos os investimentos em educação, porém, são muito válidos, afinal, almejamos associados, dirigentes e funcionários preparados e conscientes dos seus papéis.” Bet – De modo geral, o caixa dos Estados e prefeituras está muito prejudicado, porque a arrecadação caiu muito por conta da queda da atividade econômica e do desemprego. São 12 milhões de pessoas aptas, porém, sem trabalho. Se não têm o que fazer, não há produção nem renda. Estados tentando renegociar as dívidas, municípios fazendo de tudo para fechar as contas, fruto de um cenário econômico que está de arrasto. Para a retomada, serão necessários investimentos e que as indústrias voltem a crescer, contratem mão de obra, fazendo a roda girar.


Cecon – Nas eleições municipais, que orientação o senhor daria? Bet – Os eleitores devem olhar o caráter e o passado das pessoas nas quais pretendem votar. Temos que colocar pessoas que têm condições de conduzir nossos municípios e que saibam aplicar de forma consciente o dinheiro público na saúde, educação e infraestrutura. Está na hora de passarmos o País a limpo e começarmos uma nova fase administrativa pública, que até agora foi de desmando e descaso para com os recursos públicos. Cecon – Sr. Bet, quando o senhor assumiu a presidência da Cooperalfa há 7,5 anos, falava em melhorar as estruturas das filiais, silos e fábricas. Nesse período, foram perto de R$ 400 milhões aplicados. Esse volume é demasiado? Poderia ter sido maior? Bet – Foram investimentos necessários e na medida certa. Obras de 30 ou 40 anos atrás já não atendiam mais à demanda atual. Os próprios associados diziam isso. Melhoramos as filiais dentro do possível, aumentamos a capacidade industrial com a nova fábrica de rações Nutrialfa em Bom Jesus, e praticamente duplicamos a capacidade da indústria de trigo, unidades armazenadoras foram construídas sempre observando a prioridade do nosso cooperado rumo à infraestrutura adequada para facilitar a colheita e entregar sua produção o mais rápido possível. Fizemos tudo isso para melhorar a rentabilidade da própria Cooperativa. Os supermercados e lojas agropecuárias receberam investimentos. Tudo foi planejado, e ainda temos muito por fazer. Vamos continuar investindo com sensatez para que a Cooperativa se mantenha equilibrada, com rentabilidade aceitável e assim mantermos os programas sociais que, aliás, são muito importantes.

“O gestor deve estar atendo às oportunidades de negócios, acompanhar a evolução, perceber as tendências, ter ousadia e saber empreender. De nada adianta ser sério, honesto e ficar parado no tempo [...] começamos do nada, crescemos e hoje somos uma cooperativa com estrutura de dar inveja. Daqui a 50 anos, que possamos triplicar, quadruplicar esse tamanho, em abrangência de área, industrialização e formação de pessoas.”

Cecon – Por falarmos em desenvolvimento de pessoas, os Programas de Qualidade, com Jovens, Mulheres, o CDA, treinamentos de funcionários e muito mais, requerem investimentos e energia intensa da Cooperativa. Qual o objetivo? Bet – Procuramos manter o quadro social informado, os colaboradores treinados, tudo com extrema transparência. Olhamos com vigor para o cooperativismo e seus princípios, orientamos os associados para observarem seus direitos e deveres. Procuramos manter os programas sociais para conscientizar cada vez mais sobre a responsabilidade que ele (o associado ou associada) tem para com a sua Cooperativa. É uma forma de estarmos perto das famílias e mantermos a sustentabilidade, incentivando a sucessão, tanto nas propriedades quanto na Cooperativa. Concordo que são altos os investimentos em educação, porém, são muito válidos, afinal, almejamos associados, dirigentes e funcionários preparados e conscientes dos seus papéis. Cecon – Qual o perfil de um gestor de cooperativa? Bet – Todo gestor, seja de cooperativa, seja de outra entidade, precisa transbordar em caráter, humildade, conhecimento e responsabilidade. Quando se administra com responsabilidade, respeitando o que é da gente e o que é dos outros, é meio caminho andado. O gestor deve estar atento às oportunidades de negócios, acompanhar a evolução, perceber as tendências, ter ousadia e saber empreender. De anda adianta ser sério, honesto e ficar parado no tempo. Quando a empresa ou cooperativa para, ela está na verdade regredindo. Deve procurar alternativas para fazer frente aos desafios e ao custo operacional que a cada ano aumenta. Dessa forma, mantém-se uma cooperativa sólida. Cecon – A Cooperalfa vai comemorar 50 anos em 2017. O senhor montou uma equipe de trabalho há um ano, e alguns com projetos estão bem adiantados. O que pensa dessa festividade? Bet – Para a comemoração dos 50 anos da Cooperalfa, esperamos que os associados, fundadores, fornecedores, funcionários e clientes se sintam felizes por se tratar de uma cooperativa forte, voltada para o aspecto econômico, mas que não esquece o lado social. Dentro das programações que estão sendo definidas, esperamos um ano de 2017 diferente, até porque 50 anos se comemoram uma vez só. Podem aguardar grandes e emocionantes surpresas.


Conselho de Administração Cooperalfa, gestão fevereiro 2013 a fevereiro 2017.

Cecon – No encontro de lideranças 2016, em Itá, SC, o senhor provocava a todos para uma visualização de futuro, os próximos 50 anos, um pré-planejamento para o centenário. Que desafios seriam esses? Bet – Continuo firme, porém, a gente não sabe até quando. Espero que os sucessores tenham a visão da continuidade da Cooperativa com solidez, procurando acompanhar as tecnologias viáveis a cada ano que passa. Crescimento e inovação são necessidades de sobrevivência; a expansão produz perenidade. Isso tudo gera satisfação nos associados. Começamos do nada, crescemos e hoje somos uma cooperativa com estrutura de dar inveja. Daqui a 50 anos, que possamos triplicar, quadruplicar esse tamanho, em abrangência de área, industrialização e formação de pessoas. Cecon – Em cota-capital, já são quase R$ 70 milhões distribuídos e cerca de R$ 130 milhões creditados aos associados para serem distribuídos no futuro. É um assunto relevante pelo prisma social, não é mesmo? Bet – A cota-capital deve ser mantida, é um direito do associado previsto no Estatuto. Uma parte devolvida aos 60 anos para o homem (60% do total) e nos 55 da mulher, desde que eles tenham dez anos de associação. Aos 68 anos (homem) e 63 (mulher), é devolvido o restante, ficando uma pequena de integralização. Após, o sócio retira a cada dois anos. A cota-capital futura dependerá da rentabilidade da Cooperativa. Por isso, quando mais o cooperado operar com a Alfa, melhor para ele. Cecon – Recentemente, a Alfa deu um “pulinho” até o Mato Grosso do Sul e está se estruturando por lá. Qual a finalidade dessa investida? Bet – Fomos para o Mato Grosso do Sul por oportunidades que surgiram em adquirimos algumas unidades, três até agora: em Dourados, Sidrolândia e Alvorada do Sul. O maior objetivo da ida ao Centro-Oeste é a grande produção de milho daquela região, matéria-prima indispensável. Bem sabemos que, meses atrás, sofremos por falta de comida para a avicultura e a suinocultura. SC não produz o suficiente, principalmente quando falamos em milho. Por isso, precisamos buscar fora. E como vamos garantir esse excedente? Tendo estruturas para o recebimento lá no Brasil Central. Em SC, produzimos 3 milhões de ton. e consumimos o dobro. O Paraná e o Paraguai também nos abastecem. As agroindústrias trouxeram algumas quantias da Argentina e estão tentando importar milho dos EUA.

“Fomos para o Mato Grasso do Sul por oportunidades que surgiram em adquirirmos algumas unidades, três até agora: em Dourados, Sidrolândia e Alvorada do Sul. O maior objetivo da ida ao Centro-Oeste é a grande produção de milho daquela região, matéria-prima indispensável para suprir a demanda de SC.” Cecon – Uma pergunta que os associados volta e meia nos fazem: há a intenção de a Alfa e a Aurora criarem aves e suínos lá no Mato Grosso? Bet – A Aurora, através da Coasgo de São Gabriel do Oeste – MS, já está criando suínos lá. A Alfa remete leitões para a Coasgo para engorda e abastecimento do frigorífico daquela cidade. Recentemente, a Aurora disponibilizou uma cota de 250 suínos/dia para abastecer o abate em de São Gabriel do Oeste, e pretendemos atender àquela demanda. Estamos analisando com cautela a possibilidade de ter criadores de suínos para engorda naquela região. Já existem negociações nesse sentido. Cecon – Essa possibilidade de aumentar a produção de carnes no MS implicaria uma diminuição de plantéis aqui em Santa Catarina? Bet – Absolutamente, não. Independente dos plantéis catarinenses, há a necessidade de ampliar a produção em São Gabriel para suprir aquele projeto da Aurora, que tem capacidade para abater 3.000 suínos/dia e chega a apenas 2.000 hoje. Isso acaba se inviabilizando, pois os custos operacionais existem. Então, temos que dinamizar essa parte. Sem contar que produzir milho no MS apresenta um custo menor do que aqui. Cecon – Com que mensagem o senhor gostaria de encerrar esta entrevista? Bet – Com palavras de otimismo. Jamais devemos semear o pessimismo, por mais dificuldades que tenhamos. Todo o ser humano pode buscar alternativas e oportunidades, olhando para as portas que se abrem, desde que analisada a viabilidade, nem que seja em longo prazo. Saúde transbordante a todos.


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O engajamento das mulheres nas atividades cooperativistas fez despertar nos líderes do setor em Santa Catarina a necessidade de pensar programas e projetos que as envolvessem cada vez mais.

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As conquistas da mulher NO MUNDO COOPERATIVISTA

ooperação é um sentimento que já está intrínseco na natureza feminina, pois desde muito cedo as mulheres aprenderam na prática o sentido da palavra cooperar. Ainda na Pré-História, quando os maridos saíam para caçar e ficavam dias fora de casa, as mulheres já se reuniam para se tornarem mais fortes e dividir as tarefas entre si, cultura também seguida pelas indígenas. Milhares de anos depois, quando já viviam em pequenas sociedades, viram seus maridos partirem para a guerra e novamente tiveram que se unir para vencer as batalhas de cada dia num mundo onde o protagonismo delas estava longe de acontecer.

Ainda na Pré-História, quando os maridos saíam para caçar e ficavam dias fora de casa, as mulheres já se reuniam para se tornarem mais fortes e dividir as tarefas entre si, cultura também seguida pelas indígenas. 33


Mulheres Extraordinárias Com o passar do tempo, as mulheres foram conquistando seu espaço na sociedade, a duras penas, é verdade, mas a cada tempo provaram que a sua força poderia extrapolar os portões de suas casas para ganhar o mundo. Hoje, sua capacidade e competência são reconhecidas em quaisquer das funções que desempenham, mesmo em atividades consideradas até então masculinas. E no mundo cooperativista, o protagonismo das mulheres não poderia ser diferente.

Hoje, sua capacidade e competência são reconhecidas em quaisquer das funções que desempenham, mesmo em atividades consideradas até então masculinas. É possível afirmar que o próprio ideário humanista que envolve o cooperativismo incentivou a participação feminina, especialmente a partir da segunda metade do século passado, quando, em razão das transformações provocadas pela Segunda Grande Guerra, a mulher ocupou o status de agente econômico. Desde então, as constantes mudanças e os avanços do papel da mulher na sociedade fizeram com que elas

conquistassem seu espaço nas mais variadas esferas, inclusive no mundo cooperativista. Nas cooperativas, elas passaram a participar das assembleias, foram ganhando voz, espaço, direito a voto e galgando os postos de comando. Hoje, muitas delas participam do quadro diretivo de importantes cooperativas catarinenses, conduzindo-as rumo ao desenvolvimento com muita competência.

Hoje elas estão inseridas não só no quadro societário das suas unidades cooperativas, como participando ativamente de cada decisão tomada e de cada ação executada. O crescimento da participação feminina nas cooperativas foi gradativo e peculiar em cada ramo de atividade do cooperativismo catarinense. Mas hoje elas estão inseridas não só no quadro societário das suas unidades cooperativas, como participando ativamente de cada decisão tomada e de cada ação executada. O engajamento das mulheres nas atividades cooperativistas fez despertar nos líderes do setor em Santa Catarina a neces-

sidade de pensar programas e projetos que as envolvessem cada vez mais. Timidamente, a partir da década de 1980, começaram a surgir no dia a dia de algumas cooperativas trabalhos voltados para esposas e filhas de cooperados. Os grupos foram chamados de Núcleos Femininos e através de reuniões promoviam a aproximação entre a família e a cooperativa, integrando-a a tudo o que envolve o setor através da educação cooperativista.

A partir da década de 1980, começaram a surgir no dia a dia de algumas cooperativas trabalhos voltados para esposas e filhas de cooperados. Os resultados foram tão significativos para as cooperativas, que muitas delas passaram a promover encontros dos Núcleos Femininos. Esses encontros cresceram, e foi sentida a necessidade de promover algo maior e com mais abrangência. Assim, em 2002, nasceu o Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, uma iniciativa da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC).

UMA HISTÓRIA DE SUCESSO O 1° Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas aconteceu nos dias 24 e 25 de outubro de 2002, em Florianópolis, e contou com a presença de 250 líderes de 14 cooperativas do Estado. Esse era o início de uma nova era cooperativista, que concentrava a força dessas mulheres em estratégias de ação para incentivar a participação da mulher para que ela conseguisse conquistar espaços na estrutura de núcleos, conselhos, comitês e órgãos de direção. Com esse ideal, foram criados grupos de trabalho durante o Encontro, que discutiram a situação concreta de cada cooperativa diante dos anseios e expectativas das mulheres.

O 1° Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas aconteceu nos dias 24 e 25 de outubro de 2002, em Florianópolis, e contou com a presença de 250 líderes de 14 cooperativas do Estado. No ano seguinte, o 2° Encontro, realizado de 20 a 22 de outubro, também em Florianópolis, trouxe como tema “Conquistando espaços através da cooperação”. O número de palestras dobrou em relação ao primeiro evento, assim como a quantidade de grupos de trabalho, que passou de dez para 20 grupos, cada um com 25 cooperadas. O tema abordado nos grupos de trabalho foi “Qualidade de vida”. A participação da mulher nas cooperativas começava a ganhar

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destaque, especialmente na área rural. Elas realmente passaram a aplicar os conceitos e o aprendizado que levavam do Encontro em seus lares e nas unidades cooperativas das quais faziam parte. E esse era apenas o início de uma grande caminhada.


Com a consolidação do Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas no calendário anual da Ocesc e Sescoop/SC, o evento foi ganhando uma dimensão cada vez maior e contemplando temas de grande relevância. O número de mulheres também foi crescendo a cada Encontro, saindo de 250 em 2002 para 1.000 cooperadas em 2016.

A iniciativa deu certo, e a cada ano o Encontro inovou na programação das atividades e cresceu no número de participantes. Os destaques da programação sempre estiveram voltados aos diferentes papéis que as mulheres desempenham na família, na cooperativa, no cooperativismo e na sociedade, além de outras temáticas importantes como saúde e qualidade de vida.

Já no segundo encontro, a participação da mulher nas cooperativas começava a ganhar destaque.

Nos encontros, além de aprenderem, elas ainda levam na bagagem a amizade e a troca de experiências que enriquecem mais e mais o seu dia a dia.

Em 2011, para celebrar os dez anos do Encontro, a Ocesc e o Sescoop/SC deram ao evento o status de Congresso, assim, foi realizado, também no mês de outubro, na capital catarinense, o I Congresso Estadual de Mulheres Cooperativistas. O tema debatido foi “Gestão cooperativista: oportunidades e desafios”. Um novo modelo com diretrizes diferenciadas foi adotado para promover um maior crescimento pessoal e profissional das cooperadas. O sistema cooperativo catarinense promoveu o Congresso com o intuito de repensar o papel e a representatividade das mulheres.

Com todos esses incentivos, as mulheres reafirmam a cada Encontro o interesse em continuar ampliando o seu conhecimento e se capacitando, não só para atuar nas cooperativas, mas também para levar esses ensinamentos para a vida pessoal. Além de aprenderem, elas ainda levam na bagagem a amizade e a troca de experiências que enriquecem mais e mais o seu dia a dia. O Encontro Estadual é um momento único para compartilhar o que as mulheres estão fazendo para transformar a realidade de suas comunidades e das cooperativas onde atuam.

Para o Congresso, um novo modelo com diretrizes diferenciadas foi adotado para promover um maior crescimento pessoal e profissional das cooperadas.

O Encontro Estadual é um momento único para compartilhar o que as mulheres estão fazendo para transformar a realidade de suas comunidades e das cooperativas onde atuam.

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Mulheres Extraordinárias PARTICIPAÇÃO DA MULHER NAS COOPERATIVAS CATARINENSES Em 2010, o tema do 88° Dia Internacional do Cooperativismo foi “A mulher e o cooperativismo: conquistas e desafios para o empoderamento feminino”. A temática, diretamente ligada às comemorações de 15 anos da Plataforma de Ação de Beijing (Pequim, China), documento construído na IV Conferência Mundial da Mulher, teve como objetivo acelerar a eliminação de obstáculos que dificultam a participação ativa da mulher em todas as esferas da vida pública e privada, mediante um envolvimento pleno e em igualdade de condições no processo de tomada de decisões econômicas, sociais, culturais e políticas. A importância dessa discussão, que já está contemplada há alguns anos nas mais diferentes esferas, é extremamente atual, pois ainda se tem muito a conquistar e evoluir. Mas, especialmente em Santa Catarina, o crescimento da participação feminina nas cooperativas tem sido bastante significativo, demonstrando que as mulheres estão empenhadas em conquistar espaços e contribuir para o desenvolvimento pleno de suas unidades. Segundo dados da Ocesc, em 2002 elas eram apenas 8% de um

total de 463.156 associados de cooperativas catarinenses, ou seja, pouco mais de 37 mil mulheres. Em cerca de três anos, esse percentual mais do que triplicou, saltando para 26,79%, uma verdadeira revolução na participação feminina nas cooperativas de Santa Catarina. E os números não pararam mais de crescer. Cinco anos depois, em 2010, as mulheres já eram 31,56% dos cooperados no Estado, somando cerca de 350 mil.

Em 2010, o tema do 88° Dia Internacional do Cooperativismo foi “A mulher e o cooperativismo: conquistas e desafios para o empoderamento feminino”. O ano de 2015 contabilizou 1.908.435 associados às cooperativas catarinenses, e 36,65% desse total são mulheres, o que representa 698.980 cooperadas. E, para 2016, a expectativa é de um crescimento ainda maior no quadro social das unidades cooperativistas de Santa Catarina diante dos investimentos no setor, o que, consequentemente, deve aumentar a representatividade feminina nas cooperativas.

Em 2002 elas eram apenas 8% dos associados de cooperativas catarinenses. Em 2010, as mulheres já eram 31,56% dos cooperados no Estado. E, em 2015, chegaram a 36,65%.

A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NOS QUADRO SOCIAIS DA COOPERATIVAS BRASILEIRAS Hoje, o número de associados do cooperativismo no Brasil está em 13.230.960, e desse total, a participação feminina no quadro social das cooperativas brasileiras é, em média, de 39%. Os números nacionais representam uma grande participação da mulher no mundo cooperativista, mas, dependendo do ramo do cooperativismo , há grandes variações segundo a natureza das atividades e a afinidade que a mulher possui por área. Confira a participação da mulher no quadro social das cooperativas brasileiras, por ramo:

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RAMO CRÉDITO AGROPECUÁRIO HABITACIONAL SAÚDE TRABALHO TRANSPORTE CONSUMO EDUCACIONAL PRODUÇÃO MINERAL INFRAESTRUTURA ESPECIAL TURISMO E LAZER

% 42% 23% 37% 48% 52% 9% 42% 60% 43% 39% 14% 50% 49%


As Unimeds participantes estão registradas na ANS.

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Mulheres Extraordinárias EDIÇÃO ESPECIAL CELEBRA

15 Encontro de Mulheres Cooperativistas o

SÍMBOLO MAIOR DA TRANSFORMAÇÃO, QUE TEM UM CICLO DE VIDA QUE A LEVA DE LAGARTA A UMA DAS MAIS BELAS E COLORIDAS CRIATURAS, A BORBOLETA FOI A INSPIRAÇÃO PARA AS CERCA DE MIL MULHERES QUE PARTICIPARAM DO 15° ENCONTRO DAS MULHERES COOPERATIVISTAS.


O 15° Encontro das Mulheres Cooperativistas, reuniu lideranças, cooperadas, esposas de cooperados e colaboradoras de cooperativas. SOLENIDADE Em cada detalhe, as borboletas foram reverenciadas durante a edição especial que marcou os 15 anos do Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas.

E

m cada detalhe, as borboletas foram reverenciadas durante a edição especial que marcou os 15 anos do Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, realizado nos dias 28 e 29 de setembro, no Costão do Santinho, em Florianópolis/SC, sob a iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Santa Catarina (Sescoop/SC) e com o apoio da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc). Vindas de todos os recantos do Estado catarinense, as mulheres cooperativistas

foram recebidas em um grandioso evento que contou com a participação de renomados palestrantes, destacados entre todos os que já participaram dos demais Encontros. Motivação, aprendizado, experiências vividas, cases de sucesso, a importância do papel da mulher nas cooperativas e na sociedade, saúde, qualidade de vida e responsabilidade social foram alguns dos destaques desse 15° Encontro das Mulheres Cooperativistas, que reuniu lideranças, cooperadas, esposas de cooperados e colaboradoras de cooperativas.

A programação se iniciou ainda no dia 27 de setembro, com a calorosa recepção das delegações das 30 cooperativas que marcaram presença nessa 15ª edição do evento. A abertura solene aconteceu no dia 28 e contou com homenagens e resgate histórico dos encontros anteriores. A solenidade foi prestigiada pelo presidente da Ocesc e Sescoop/SC, Luiz Vicente Suzin, o superintendente das entidades, Neivo Luiz Panho, a gerente do Sescoop Nacional, Karla Tadeu Oliveira, a coordenadora de Promoção Social do Sescoop/SC, Patrícia Gonçalves de Souza, o secretário adjunto da Agricultura e Pesca, Airton Spies, o deputado estadual e presidente da Frencoop, José Milton Scheffer, entre outras lideranças políticas e institucionais.

Lideranças prestigiaram o evento com suas participações.

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Mulheres Extraordinárias HOMENAGEM O Sescoop/SC homenageou os presidentes que estiveram à frente da entidade desde o surgimento do evento: Luiz Temp, Neivor Canton e Marcos Antônio Zordan. O momento foi marcado por emoção e resgate da trajetória do encontro, que surgiu em 2002 com a participação de 250 mulheres. A iniciativa, que em 2011 foi realizada em formato de congresso para celebrar os dez anos, é reconhecida pela evolução na programação e no número de participantes.

Presidentes homenageados: Neivor Canton, Luiz Temp e Marcos Zordan.

O EVENTO Finalizada a solenidade, as palestras, apresentações de cases, espetáculos artísticos, entre outras atrações, tomaram conta do evento. O palestrante Carlos Hilsdorf falou sobre o “O impacto do cooperativismo na construção de um futuro melhor”, utilizando o ilusionismo para deixar sua mensagem. Em seguida, a apresentação de 15 cases dos Núcleos Femininos mostrou o que cada cooperativa que já conta com o Núcleo está desenvolvendo junto à sua comunidade e na própria cooperativa. Um momento de troca de experiências e incentivo para que as demais cooperativas avancem na criação dos Núcleos Femininos e no desenvolvimento de atividades na comunidade onde estão inseridas e nas suas unidades cooperadas, envolvendo cada vez mais as mulheres. Após o almoço, as participantes do evento foram brindadas com a apresentação artística e cultural do Espaço Sou Arte, que encantou e interagiu com o público, abrilhantando o evento.

Núcleo da Cooper A1 durante apresentação dos cases.

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O tema da palestra foi “O impacto do cooperativismo na construção de um futuro melhor”.


Em seguida, foi a vez de o consultor organizacional, escritor, conferencista nacional e internacional e especialista em Desenvolvimento das Competências de Liderança aplicada à Administração e à Educação Eduardo Shinyashiki abordar o tema “Os novos horizontes da liderança”, com sensibilidade e demonstrações práticas sobre os diversos aspectos que envolvem a postura de um líder.

O tema da palestra foi “Os novos horizontes da liderança”.

O tema da palestra foi “Família: a base das Sociedades Cooperativas”.

O dia foi finalizado com a alegria contagiante do palestrante João Carlos de Oliveira, que falou sobre o tema “Família: a base das Sociedades Cooperativas”. O final do primeiro dia também contou com apresentação do Espaço Sou Arte, que mais uma vez encantou a todas. A manhã do dia 29 de setembro foi de saúde e qualidade de vida, temas abordados na palestra do ginecologista Malcolm Montgomery.

O tema da palestra foi “Acredite nos seus sonhos”.

Em seguida, Nelma Penteado fechou a programação da plenária com a palestra motivacional “Acredite nos seus sonhos”, mais um momento especial para as cerca de mil mulheres que prestigiaram o evento. O encerramento do 15° Encontro das Mulheres Cooperativistas foi um show à parte, celebrando a amizade e o aprendizado com um jantar de confraternização. O tema da palestra foi “Saúde e Qualidade de Vida”.

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Mulheres Extraordinárias DEPOIMENTOS RELATO SUCINTO SOBRE A NUCLEAÇÃO DAS MULHERES COOPERATIVISTAS

A MULHER EXERCE PAPEL ESTRATÉGICO

“A edição de 2016 permitiu comemorar o importante papel exercido pela mulher no cooperativismo catarinense, que é considerado referência nacional”, enfatizou o presidente da Ocesc e do Sescoop/ SC, Luiz Vicente Suzin. Suzin completa que SC é a unidade da Federação brasileira com maior taxa de adesão ao cooperativismo: mais de 260 cooperativas de todos os setores da atividade econômica reúnem 1 milhão e 900 mil famílias associadas e respondem por 11% do PIB catarinense. “A mulher exerce papel estratégico para a conquista e manutenção desses resultados”, conclui. Suzin realçou que um dos grandes resultados do evento é a formação dos núcleos femininos, que atualmente têm participação ativa nas cooperativas. “São expressivos o interesse e o envolvimento das mulheres nas cooperativas do Estado, tanto como associadas ou líderes quanto como colaboradoras. A cada ano, o encontro evoluiu na programação das atividades e no número de participantes. Os destaques das programações sempre estiveram voltados aos diferentes papéis que as mulheres No final da década de 1990, as cooperativas se ressentiam da desempenham na família, na cooperativa, no cooperativismo e na falta de participação das mulheres na vida da empresa. Elas eram sociedade, além de outras temáticas importantes como saúde e meras coadjuvantes da empresa familiar rural. Na maioria dos ca- qualidade de vida. sos, o homem tomava as decisões de forma unilateral e fazia sua gestão financeira. Luiz Vicente Suzin Algumas experiências de nucleação e organização das mulhe- Presidente da Ocesc e do Sescoop/SC res passaram a ser percebidas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A Copérdia, a Cooperalfa e a Arco Iris (hoje A1) passaram a avançar de forma mais incisiva e mostrar os primeiros resultados. Perceberam-se ações como: a) facilidades em associar a mulher; b) estímulos para emissão de nota fiscal em nome da mulher, para fins de aposentadoria; c) participação em Conselhos da Cooperativa e assembleias gerais, trazendo-a, dessa forma, ao convívio com o sistema. Como a experiência foi bem-sucedida e passou a chamar a atenção de outras cooperativas, surgiu a ideia na Ocesc de fazer um encontro estadual como forma de estímulo para que isso motivasse todos os segmentos do sistema cooperativista. Como o primeiro encontro foi um sucesso, no mesmo ato se proclamou a continuidade dos encontros, porém, com um número maior de participantes. Foi alertado, no momento, que as cooperativas deveriam priorizar nos novos eventos a participação de mulheres que ainda não haviam estado nos eventos em anos anteriores, para que todas tivessem a oportunidade de participar. Olhando para o presente, me sinto feliz, juntamente com os demais membros da Ocesc, pela porta que se abriu para algo grandioso e majestoso. Mais do que um evento, é o reconhecimento da importância da mulher no processo de desenvolvimento do nosso Estado. É a dignificação da mãe e esposa no seio familiar. É o enobrecimento de um sonho que se torna realidade. Luiz Hilton Temp Ex-presidente da Ocesc homenageado

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O DESENVOLVIMENTO PASSA PELO PAPEL DA MULHER

AS MULHERES ESTÃO OCUPANDO SEUS ESPAÇOS “Os Núcleos Femininos possibilitam que as mulheres se posicionem de maneira protagonista dentro das cooperativas em que atuam. Esse é o objetivo do Sescoop/SC em promover atividades que as integrem ao quadro social, não apenas como um número, mas com participação ativa. Percebemos que, a partir deste trabalho, as mulheres começaram a ocupar posições dentro dos Conselhos de Administração e Fiscal, com papel de liderança. Sabemos que muito ainda precisa ser feito para melhorar a condição delas no cooperativismo, mas observamos esses resultados como ganhos efetivos para o sistema. O pragmatismo da mulher no dia a dia das cooperativas nos traz ganhos imensuráveis. A nossa intenção é sempre ampliar esse trabalho e, consequentemente, possibilitar que mais mulheres se destaquem e façam a diferença no crescimento e no desenvolvimento do cooperativismo catarinense.” Neivo Luiz Panho Superintendente da Ocesc e Sescoop/SC

Segundo Karla Tadeu Oliveira, o protagonismo do Estado no cooperativismo se irradia. “Temos um propósito comum na busca pela consolidação do sistema, e, atualmente, o desenvolvimento passa pelo papel da mulher que assume, cada vez mais, a função de agente transformador nos ambientes em que atua, seja nas famílias, seja nas comunidades e nas cooperativas. Essa edição, comemorativa de 15 anos, vem demonstrar a conjugação de esforços do Sescoop/SC no incentivo à participação das mulheres, promovendo ambientes de troca de experiências e de conhecimentos.” Karla Tadeu Oliveira Gerente do Sescoop Nacional

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Mulheres Extraordinárias AS MULHERES ESTÃO MAIS MOTIVADAS E CONFIANTES oferecida pelo Sescoop/SC que capacita, orienta e prepara para a constituição do Núcleo Feminino (órgão consultivo que é ligado diretamente à diretoria da cooperativa, no qual são definidos vários projetos e ações a serem desenvolvidos no âmbito da cooperativa, da família e comunidade). De 2013 até agora, já foram formadas 17 turmas do Programa, beneficiando mais de 500 mulheres, entre cooperadas e esposas de cooperados, que estão diretamente envolvidas e comprometidas em seus Núcleos Femininos. Temos já, inclusive, registros de mulheres com atuação nos Conselhos de Administração e Fiscal de algumas cooperativas, logo após a participação no Programa. É extremamente gratificante observar a significativa evolução e o crescimento pessoal e profissional de cada uma das mulheres, que nos relatam passar por uma verdadeira transformação ao longo de todo o Programa: superam a timidez, aperfeiçoam a comunicação e a oratória, aprendem a lidar melhor com seus medos e conflitos pessoais, desenvolvem habilidades de trabalho em equipe, cooperação e liderança, estimulam a criatividade, inovação e o espírito empreendedor, e conhecem profundamente a essência da cooperativa e do cooperativismo, fortalecendo, assim, o sentimento de pertença, através da prática e vivência dos valores e princípios cooperativistas.” “O Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas é um evento que, ao longo de 15 anos, se tornou de fundamental relevância para o cooperativismo de Santa Catarina, cujo propósito é de fomentar o interesse e promover uma maior participação das mulheres no quadro social de suas cooperativas e, consequentemente, no cooperativismo. É notório o quanto as mulheres (sócias ou esposas de cooperados) passaram a se motivar e a se sentir mais confiantes a fazer parte e serem mais atuantes e participativas no cotidiano das cooperativas. Todos os anos, os Encontros reforçam e incentivam a busca constante do conhecimento, o qual sempre é oportunizado através de palestras que trazem relevantes temáticas para reflexão, ressaltando o papel da mulher na família, na sociedade, na cooperativa e no cooperativismo; despertando para o protagonismo e a liderança feminina cooperativista; além de buscar discutir também outras temáticas importantes como: saúde e qualidade de vida, motivação, autoestima e desenvolvimento interpessoal. A oportunidade de conhecer e compartilhar experiências com mulheres de outras cooperativas também é um grande diferencial deste evento, que sempre é marcado por uma forte integração. “Podemos dizer seguramente que um dos principais avanços já alcançados pelos Encontros anuais foi a realização do 1º Congresso Catarinense de Mulheres Cooperativistas no ano de 2011, que contou com a participação de 1.000 mulheres e representou um grande marco e um divisor de águas em relação à definição do foco e do formato da atual proposta educacional que está sendo desenvolvida no Estado pelo Sescoop/SC, com o objetivo de incentivar e promover uma participação mais efetiva das mulheres no quadro social. O congresso possibilitou ao Sistema Cooperativista de Santa Catarina identificar e aprofundar quais as reais necessidades e os desafios das mulheres à frente da gestão das cooperativas. E após um ano de estudos do documento gerado no evento, foi criado o Programa Mulheres Cooperativistas, uma formação modular

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TURMAS FORMADAS NO PROGRAMA MULHERES COOPERATIVISTAS: 2013 – Coopera e Coopersulca. 2014 – Cooper, Cooper A1, Cooperalfa, Cooperjuriti e Cooperja. 2015 – Auriverde, Cooperitaipu, Coopervil/Sicoob Videira e Copérdia. 2016 – Cooper A1, Coopera, Cooperalfa, Cooperja, Coopersulca/Cersul, Sicoob Credija.

Patrícia Gonçalves de Souza Coordenadora de Promoção Social do Sescoop/SC




Mulheres Extraordinárias AS MULHERES EM DESTAQUE NAS COOPERATIVAS PARTICIPANTES DO 15º ENCONTRO ESTADUAL DE MULHERES COOPERATIVISTAS

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las fazem a diferença na sua família, no cooperativismo e têm muito a ensinar. Assim são as mulheres que a Revista das Cooperativas de Santa Catarina destacou, a partir da indicação de suas unidades cooperativas participantes do evento estadual, para falar um pouco sobre a sua trajetória pessoal e profissional no setor. Muitas delas passaram a integrar e participar de forma efetiva de suas cooperativas, onde construíram histórias de sucesso que as tornaram protagonistas e exemplos a serem seguidos. Confira a seguir o quê cada uma delas tem a dizer e inspire-se!


Mulheres Extraordinárias PRECISAMOS ESTAR EM MOVIMENTO E APRENDIZADO CONSTANTE É cada vez maior a participação feminina nos setores econômicos e sociais, mas pode-se dizer que isso é um processo histórico lento que ainda está em construção. Existem muitas barreiras que segregam a mulher de vários setores da sociedade, e esses preconceitos são seculares, o que gera muita resistência ainda na participação da mulher nos cargos de comando tanto em atividades públicas quanto privadas. Sabe-se que uma pequena minoria conseguiu romper de fato essa barreira. Tem sido feito um grande trabalho pelas entidades que veem a mulher como parte integrante do processo de desenvolvimento, a exemplo do Sescoop/Ocesc, através do apoio incondicional à realização de capacitações, seminários, dias de campo, treinamentos, implantação de Núcleos Femininos e todas as demais atividades, especialmente o Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas.

“Tem sido feito um grande trabalho pelas entidades que veem a mulher como parte integrante do processo de desenvolvimento, a exemplo do Sescoop/ Ocesc”. Essas decisões do sistema cooperativo são altamente elogiáveis, considerando que, na minha opinião, a sensibilidade feminina é um grande diferencial na condução dos processos em qualquer esfera. Percebe-se um maior equilíbrio, ficando claro que não há necessidade de competir – o espaço masculino e o feminino estão naturalmente preservados, basta que nos desarmemos.

O Encontro foi muito positivo – as palestras de conteúdo muito focado e ministradas por palestrantes de altíssimo nível, conseguindo durante todo o evento a interação do público participante. As mudanças são tênues, porém marcantes, e podem ser percebidas diuturnamente, na convivência profissional e na vida pessoal – precisamos estar em movimento e aprendizado constante, e o contato com outras mulheres só engrandece essa troca.

“O espaço masculino e o feminino estão naturalmente preservados, basta que nos desarmemos”. Acredito que essa é uma conquista diária e sem data final – os espaços existem, e faz-se necessário, em muitas situações, que nós, mulheres, ousemos acreditar! Então, muitas vezes, a resposta não está no outro, mas na crença pessoal e individual de que é possível, sendo mulher, assumir tarefas de comando. Leoni Maria Weber Gerente Contábil da Ceraçá

PARTICIPO MAIS DA COOPERATIVA “Adorei o encontro, tanto pela organização, que foi impecável, quanto pela programação com palestras envolventes que ensinavam e divertiam ao mesmo tempo. Participo do Projeto Planeta Luz desenvolvido pela Ceprag, da qual sou cooperada, e agora, através das atividades do Projeto, participo mais da cooperativa.” Eraclides Costa Rocha Associada e participante do Projeto Planeta Luz da Ceprag

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QUEREMOS SER MAIS OUVIDAS E RESPEITADAS “Hoje, nossa participação, com o incentivo de ações como o do Sescoop/SC, me traz ainda mais orgulho de ser cooperada e mulher atuante em nosso negócio. Me sinto muito feliz em fazer parte desse grupo de mulheres. Considero de primordial importância para o meu desenvolvimento os encontros realizados e procuro absorver o melhor das experiências. E nós, mulheres, na minha opinião, não podemos nunca nos omitir. Devemos participar e nos colocar cada vez mais em projetos e ações onde possamos ser mais ouvidas e respeitadas.” Irma Maria Menegolla Associada e participante do Núcleo Feminino da Cootravale

ME SINTO MUITO MAIS PREPARADA, MAS É PRECISO MAIS

“Sem educação, não há cooperação. A parceria do Sescoop/SC e da Cooperativa, através do Programa Mulheres Cooperativistas, tem nos levado a entender as vantagens e os desafios de uma cooperativa. Com isso, acredito que muitas mulheres estão sendo capacitadas para participar ativamente em suas comunidades e, também, em suas cooperativas. O envolvimento com o cooperativismo é algo muito gratificante, nos leva a um crescimento e a uma vontade de ir além, nos faz sair da nossa zona de conforto, do nosso casulo. Depois que comecei a participar dos encontros, me sinto muito mais preparada para enfrentar os desafios da vida profissional e, principalmente, pessoal. Somos muito melhores naquilo que fazemos quando sabemos quem somos. Mas precisamos ainda de mais estímulo na participação das atividades das cooperativas e igualdade de participação nas tomadas de decisões.” Anadir Menegon Associada, incentivadora dos projetos com mulheres e monitora do Clube de Mães da Cersul

AUMENTO DA AUTOESTIMA E AUTOCONFIANÇA “Eu adoro e participo sempre de todos os encontros que a Cravil nos proporciona, pois os palestrantes são muito bons, e também gosto muito do Encontro Estadual em Florianópolis, quando podemos conhecer outras cooperativas, outras mulheres, outras realidades. Os encontros nos ajudam a manter a autoestima, a ter autoconfiança, a ver o mundo de uma forma mais clara e nunca desanimar diante dos problemas, pois sempre há solução. Desejo que os encontros de mulheres continuem acontecendo para que possamos conhecer outras cooperativas e quem sabe formalizar alguma atividade entre as cooperativas de outras regiões. As mulheres também podem ser incentivadas com cursos nos quais possam aprender uma nova atividade.” Janete Venturi Associada e agricultora, da Cravil

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Mulheres Extraordinárias MELHOROU A VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL “O Sescoop/SC e as nossas cooperativas têm feito um trabalho maravilhoso dedicado a nós, mulheres, dando-nos oportunidades para melhor entender o sentido do cooperativismo com reuniões e palestras com excelentes profissionais. Na vida pessoal e profissional, tem nos ajudado a melhorar o conceito e a visão da convivência, o entrosamento com as pessoas de todos os níveis sociais. Favorece-nos no âmbito familiar e nas atividades profissionais, dando-nos melhor sentido à convivência social.” Maria Augusta Souza Back Associada e membro do Núcleo Feminino da Coopera

ESTOU MAIS PARTICIPATIVA NO MEIO ONDE VIVO

“A integração e a participação das pessoas, a criação do vínculo entre as participantes e, principalmente, os conhecimentos adquiridos sobre o sistema cooperativista, tanto nas ações do Sescoop/SC como nas das cooperativas, estão capacitando e dando mais ênfase à participação da mulher não só nas suas respectivas cooperativas, mas também nas comunidades onde moram e atuam. Na minha vida profissional, deu-me uma visão da importância da cooperação e da integração. Tornei-me uma pessoa mais participativa no meio em que vivo, ao que sou grata à Cooper e ao Sescoop/ SC. Mas penso que a mulher poderá ter uma participação ainda maior em todas as datas comemorativas que envolvem as cooperativas.” Hilária Schiphorsi Associada e participante do Núcleo de Mulheres Cooperativistas da Cooper

ENCONTROS - QUEM PARTICIPA PERCEBE A MUDANÇA NO SEU COMPORTAMENTO NA SOCIEDADE “Os eventos desenvolvidos ao longo desses 15 anos pela Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc), além de ampliarem a visão em relação ao cooperativismo, mostram e reforçam a capacidade feminina de cooperação, destacam as atitudes simples e permitem analisar e definir o propósito da participação a cada encontro. Automaticamente, quem participa percebe a mudança no seu comportamento na sociedade e, certamente, aplica na sua vida pessoal e familiar. Na minha opinião, a mulher deve participar ativamente nas decisões da família, na liderança, buscando seu espaço para poder participar ainda mais nas decisões.”

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Cláudia Rozzetto Associada e participante do Núcleo de Mulheres Cooperativistas do Sicoob Maxicrédito


PRECISAMOS É ASSUMIR MAIS CARGOS DENTRO DAS COOPERATIVAS

Neusa Inês Decesaro Empresária rural da Cooperitaipu

“As ações e atividades do Sescoop/SC e das próprias cooperativas voltadas às mulheres são muito importantes para o nosso crescimento pessoal e para nossa atuação na Cooperativa, na família e na comunidade. Crescemos muito participando das atividades que são desenvolvidas pela Cooperitaipu e pelo Sescoop/SC. Estamos sempre atualizadas, informadas, motivadas e valorizadas. Através dessas atividades, conseguimos olhar para nós mesmas e nos valorizarmos, além de entendermos melhor nossa família, nossa propriedade e nossa cooperativa. Cresci em todos os sentidos, me sinto valorizada e sei o que quero e o que devo defender. Não tenho medo de perguntar, tirar minhas dúvidas e, principalmente, dar minhas sugestões, tanto na minha propriedade, família, bem como na minha cooperativa. Me sinto aceita pela Cooperativa, sei que sou valorizada lá também. O que falta ainda para nós, mulheres, é assumir mais cargos dentro das cooperativas. Já participamos das reuniões, treinamentos, cursos e assembleias, mas a presença feminina nos Conselhos das cooperativas ainda é pequena.”

MELHOROU, MAS AINDA BUSCAMOS UM STATUS DE PLENA IGUALDADE COM OS HOMENS “O Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas representa a integração das mulheres nas sociedades cooperativistas. O evento permite que se discuta a qualidade de vida na sua forma mais ampla, aumentando o nível de conscientização e o comprometimento das mulheres. A contribuição da mulher para o sistema cooperativista é de fundamental importância, pois é capaz de harmonizar diferenças e compreender melhor os princípios cooperativistas. A mulher é mais detalhista, pró-ativa, assídua nas reuniões e, dessa forma, estimula a participação da família nos cursos, treinamentos e assembleias. Trabalho no cooperativismo há 30 anos, e esse evento é a consolidação da integração das mulheres que atuam no ramo das cooperativas. O Encontro tem mostrado a cada participante, a cada ano, o engajamento da mulher na sua cooperativa, assumindo cargos de comando e atividades relevantes com muito dinamismo e competência.

Acredito que o caminho foi traçado com muita competência. Embora ainda não desfrutemos de um status de plena igualdade com os homens, já conquistamos espaços, votos, voz e cargos de comando.” Maria Elizabeth de P. Cancado Mezaroba Gerente da Indústria Aurora Chapecó

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Mulheres Extraordinárias PESSOALMENTE, NOS TORNAMOS PESSOAS MELHORES, COM CERTEZA, MAIS RESILIENTES “O Sescoop/SC é o responsável direto pela transformação de nossas sócias em verdadeiras borboletas. Até seis anos atrás, éramos apenas lagartas, que não participavam nem dos encontros em Florianópolis. O início da mudança foi a participação nos encontros, quando nos foi despertada a vontade de crescer, construir. Nossas sócias agora participam de cursos, reuniões, treinamentos. Já fomos para o Paraguai, Argentina, São Paulo e ao Japão. Pessoalmente, nos tornamos pessoas melhores, com certeza, mais resilientes. Na Sanjo, tem mulher fazendo parte do Conselho de Administração, na gerência, na área técnica, e realizamos reuniões periódicas para informar sobre o andamento da Cooperativa.”

ABRIR AS PORTAS PARA AS MULHERES É A MELHOR FORMA DE CONTRIBUIR PARA O CRESCIMENTO DE TODOS

Margareth Shimizu Diretora Financeira da Sanjo e Coordenadora do Núcleo Feminino da Sanfuji

“Cada vez mais, a mulher vem buscando espaço no mundo dos negócios, e abrir as portas para elas é a melhor forma de contribuir para o crescimento de todos. Acredito ser essencial trazer as mulheres para colaborarem e participarem dos eventos que envolvem a Cooperativa, isso estimula a busca pelo conhecimento e faz com que se sintam importantes na administração familiar. A participação nos eventos, para mim, abriu um novo horizonte. Todas as oportunidades que tive para participar dos Encontros foram muito válidas. Pude desenvolver melhor a forma de me expressar, melhorou o meu relacionamento com a família, pois estou mais atuante no trabalho que desenvolvemos, o amor que é o cultivo de arroz, auxiliando meu esposo com questões burocráticas. Desta forma, vejo que é importante que eu continue aprendendo para ajudar ainda mais. Além das muitas atividades que já estão sendo desenvolvidas que estimulam as mulheres, acredito que seria importante expor isso aos maridos, ou seja, fazer com que eles percebam que a mulher pode contribuir sim, participando de cursos, palestras e encontros que a Cooperativa oferece.” Diva T.V. Hornburg Produção de arroz da Cooperjuriti

CONTINUEM DISPONIBILIZANDO CURSOS E PALESTRAS PARA APERFEIÇOAR NOSSOS CONHECIMENTOS “Todos os cursos e palestras disponibilizados para nós, mulheres, fazem com que tenhamos conhecimento em diversas áreas para desenvolver nossas propriedades e proporcionar melhor qualidade de vida para nossa família. Sempre aprendemos algo novo. Com os encontros, pude trocar experiências com outras mulheres de várias regiões, fazendo com que eu percebesse a importância da minha presença na família, no trabalho da propriedade, na cooperativa e na comunidade. Sou grata e desejo que continuem disponibilizando cursos e palestras para aperfeiçoar nossos conhecimentos.”

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Ângela Maria da Silva Gonçalves Associada, técnica em enfermagem e na propriedade trabalha com a lavoura, bovinos e suínos, da Copercampos



Mulheres Extraordinárias ESSE ENVOLVIMENTO MELHORA MUITO A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MEIO “As ações e atividades do Sescoop/SC e das próprias cooperativas voltadas ao público feminino têm sido espetaculares, pois ajudam no desenvolvimento da mulher dentro do ramo em que ela atua. Induz a mulher a aprender mais, se desenvolver e se empoderar, além de criar mais laços e afinidades com outras mulheres cooperativistas. Na minha experiência pessoal, trouxe conhecimento, amizades, negócios, crescimento, capacidade de entendimento, desenvolvimento de habilidades. Eventos como o Encontro Estadual mostram que existem outras milhares de mulheres que ajudam no desenvolvimento do cooperativismo. Esse envolvimento melhora muito a participação da mulher no meio.”

Máira Daniela da Costa Membro do Comitê Educativo da Viacredi Alto Vale

EM SANTA CATARINA, O SESCOOP/ SC E AS COOPERATIVAS LEVAM A MULHER MUITO A SÉRIO “O cooperativismo tem na sua essência a família cooperada. Em Santa Catarina, o Sescoop/SC e as cooperativas levam a mulher muito a sério, um reflexo disso são todos estes importantes encontros e propostas de formação que temos. Tenho orgulho de fazer parte da Cooper A1, que há mais de 15 anos desenvolve atividades com o público feminino. Hoje, são 70 núcleos, envolvendo diretamente 1.500 mulheres neste trabalho tão bonito que é desenvolvido. Participar desses eventos mudou a minha vida completamente. Foi um passo muito importante e grande que eu pude dar, a partir das oportunidades proporcionadas pela Cooper A1 juntamente com o Sescoop/SC. Eu sempre falei que querer é poder, e tudo isso foi possível nestes anos com estas oportunidades de desenvolvimento, formação e capacitação. O mais importante e desafiador é o nosso compromisso de replicar todas estas experiências com as outras mulheres que estão em nosso convívio. É muito gratificante!

“O mais importante e desafiador é o nosso compromisso de replicar todas estas experiências com as outras mulheres que estão em nosso convívio” Ainda temos muito a desenvolver e a alcançar, acredito que o envolvimento de toda a família nestas ações de formação e transformação deve ser uma meta constante. O

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machismo ainda é muito presente na vida de muitas mulheres, e o envolvimento dos maridos é um grande passo que precisa ser dado.” Luize Traudi Bratz Conselheira de Administração da Cooper A1 e empresária rural


MUITAS DE NÓS VIEMOS DE UMA DURA REALIDADE

Muitas de nós viemos de uma dura realidade, com pouco estudo e oportunidades, e o sistema cooperativo acredita e investe em nós, basta querer. Nenhum outro sistema faz isso por nós. A cada encontro, um novo aprendizado. Mudou minha vida, transformando-me em uma nova mulher cheia de sonhos e ideais; transformando até mesmo minha família e propriedade, mudando meu jeito de ser perante a comunidade e a sociedade. A minha participação na liderança da Copérdia, especificamente, foi como se eu estivesse feito um curso superior de vivência e cooperativismo. Sinto que ainda tenho muito o que aprender, mas também já posso dar bons exemplos.

“O sistema cooperativo acredita e investe em nós. Nenhum outro sistema faz isso por nós”.

“As ações do Sescoop/SC e das próprias cooperativas são essenciais e têm nos dado a oportunidade de adquirir mais conhecimento e aprendizado, além de nos impulsionar na busca por mais espaços significativos em nossas cooperativas.

O Sistema e as cooperativas precisam continuar capacitando as mulheres, que, assim como eu, sonham com um mundo melhor, despertando nelas o interesse em participar mais ativamente da vida de suas unidades cooperativas. E, assim como os dirigentes da Copérdia acreditam, investem e nos impulsionam a conquistar espaços nos Conselhos, que outras cooperativas, principalmente do ramo agropecuário, sigam o exemplo.” Idilse Canton Mosele Conselheira de Administração da Copérdia

ESTAMOS SENDO INCENTIVADAS E CAPACITADAS A OCUPAR CARGOS DE LIDERANÇA “As mulheres estão cada vez mais inseridas na sociedade cooperativista e nas atividades promovidas pelo Sescoop/ SC. Estão sendo incentivadas e capacitadas a ocupar cargos de liderança. Com a participação nos eventos cooperativistas, pude ter a real dimensão e importância do cooperativismo na sociedade moderna e o quanto as mulheres estão engajadas neste movimento. A participação da mulher no cooperativismo acrescenta e enriquece muito as relações cooperativas. A presença de mulheres na gestão das cooperativas ainda é incipiente, mas acredito que com uma maior participação feminina o crescimento seria considerável.” Maêve Silveira Castelo Branco Associada e colaboradora da Frutas de Ouro

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Mulheres Extraordinárias PRECISAMOS DE MAIS MOMENTOS DE APROXIMAÇÃO COM MULHERES DE OUTRAS COOPERATIVAS

“Todas as atividades e encontros de que tenho participado, seja através do Sescoop/SC, seja da Auriverde, têm sido ações muito importantes. Sempre que participo de algum evento organizado pela Cooperativa, aumento ainda mais o conhecimento sobre o cooperativismo. Se a Cooperativa está me proporcionando participar dessas capacitações e treinamentos, sei que tenho muito para ajudar na construção de uma Auriverde ainda melhor. Aprendi a me conhecer melhor, vi que tenho muita coisa boa e que posso ajudar muitas pessoas. Esses encontros me ajudaram a perder o medo de expor minhas opiniões. Também aprendi a valorizar ainda mais a minha família, e essa é a base de tudo, e as pessoas como elas são realmente. Percebi que devo ter mais responsabilidade e ficar mais atenta aos negócios da minha propriedade e adquirir mais conhecimento com a minha cooperativa.

“É preciso incentivar ainda mais a participação da mulher nos trabalhos e nas decisões diárias da Cooperativa”. Acredito que é preciso incentivar ainda mais a participação da mulher nos trabalhos e nas decisões diárias da Cooperativa, bem como da família e da comunidade; abrir mais espaços para que nós, mulheres, possamos mostrar nosso talento e a nossa capacidade. Outro ponto importante é proporcionar mais momentos de aproximação com mulheres de outras cooperativas para a troca de experiências, buscando fortalecer a cooperação.” Andreia Kobs Agricultora da Auriverde

APRENDI QUE A MULHER TEM QUE OCUPAR O SEU LUGAR, DEMONSTRAR SUA COMPETÊNCIA “Os treinamentos e capacitações proporcionados pelo Sescoop/SC oferecem todo o suporte necessário para darmos continuidade. Estão sempre presentes nos projetos e ações desenvolvidos pelos Núcleos Femininos, assim como as Cooperativas – todos andam juntos, demonstrando uma parceria de grande sucesso. O espaço para a mulher é concedido, basta querermos. Eu, particularmente, melhorei muito minha autoestima com os eventos. Aprendi que a mulher tem que ocupar o seu lugar, demonstrar sua competência. Precisamos continuar nos capacitando e atualizando cada vez mais em todos os assuntos que nos rodeiam, buscando o novo, mas sem esquecer de nossas raízes. Para o futuro, espero mais convites para participação em ações na Cooperativa, abrindo as portas para demonstrar o quanto a mulher é importante; dando voz e escutando o que ela tem a dizer, o que pensa, sua opinião; e concedendo oportunidades para participação em conse- Danúbia Lopes Silveira Associada e integrante do Núcleo Feminino do lhos e demais decisões na Cooperativa.” Sicoob Credija

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Mulheres Extraordinárias CONQUISTAMOS NOSSO ESPAÇO PROFISSIONAL E ESTAMOS EM CONSTANTE ASCENSÃO “Vejo que cada ação e atividade do Sescoop/SC proporciona a nós, mulheres, muitas formas de crescimento e aprendizado. Através delas, percebemos nosso valor, nossa força e nossa importância no meio cooperativista, na família e na sociedade de um modo geral. A cada encontro, percebemos mais nossos valores, conhecemos mais da nossa capacidade e ficamos mais confiantes, inclusive profissionalmente. Nós, mulheres, realmente conquistamos nosso espaço profissional e estamos em constante ascensão, graças às oportunidades que as cooperativas vêm nos proporcionando para que possamos mostrar a que viemos. Só temos a agradecer a todos que acreditam em nosso potencial.

“A participação da mulher, com seu dinamismo e sua lealdade aos princípios da cooperação, acaba incentivando o homem a participar mais de sua cooperativa”. Os encontros, principalmente o Encontro de Mulheres Cooperativistas, despertam a nossa autoconfiança e autoestima, e nos fazem acreditar que podemos, sim, fazer a diferença na humanidade, na família e ainda nas empresas onde trabalha-

mos. A cada oportunidade oferecida, nos sentimos mais valorizadas. Que essas atividades tenham continuidade, proporcionando maior participação da mulher nas cooperativas, pois é notória e incrível a evolução da participação das mulheres nas cooperativas, desde que foram iniciadas as atividades do Sescoop/SC e das próprias cooperativas. Esse é o ponto que se destaca e que vem fortalecendo muito o cooperativismo de Santa Catarina, pois a participação da mulher, com seu dinamismo e sua lealdade aos princípios da cooperação, acaba incentivando o homem a participar mais de sua cooperativa.” Janete Barcaro Gerente Administrativa e Financeira da Fecoagro

EU ACREDITO NO COOPERATIVISMO, E A PARTICIPAÇÃO DA MULHER FORTALECE A POLÍTICA COOPERATIVISTA “Faço parte do quadro de funcionários da Cejama – Cooperativa de Eletricidade Jacinto Machado há 25 anos e, desde que passei a fazer parte da Cooperativa, sempre ouvi falar em participação da mulher. É notável que, depois que começaram os Encontros Estaduais de Mulheres Cooperativistas, promovidos pela Sescoop/SC e Ocesc, realmente as mulheres ganharam mais espaço. Eu acredito no cooperativismo, e a participação da mulher fortalece a política cooperativista. Participei em 2012 do Encontro, e naquele momento se formaram grupos para discutir as necessidades dentro das cooperativas e no que as mulheres poderiam contribuir para o desenvolvimento destas. Voltei a participar agora em 2016 e pude per- Rosane Possamai Della Molgaro ceber que, de lá para cá, muitas coisas mudaram, e para melhor. Os nú- Colaboradora da Cejama, há 25 anos cleos já são realidade e estão funcionando, e as mulheres hoje estão protagonizando a história do cooperativismo.”

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CONSEGUI ME SOLTAR MAIS, TER MAIS CORAGEM DE CONVERSAR COM AS PESSOAS “As atividades desenvolvidas pelo Sescoop/SC e pelas cooperativas são maravilhosas e melhoraram muito a participação e a convivência entre as mulheres. A partir dos encontros, as mulheres começaram a ser mais ouvidas e atuantes dentro da Cooperativa. Eu antes era muito fechada e com estes encontros consegui me soltar mais, ter mais coragem de conversar com as pessoas. Hoje, sou mais aberta para o novo. Com a participação nos núcleos, comecei a refletir, interagir, me conhecer melhor e me tornei uma pessoa mais feliz e atuante. Hoje, as cooperativas estão mais abertas para receber as mulheres, vejo que basta cada uma de nós sair do casulo e abrir as asas para participar mais ativa- Elza Pizolo Picolo Associada e agricultora da Cooperja mente.”


Mulheres Extraordinárias O DESPERTAR DE UM INTERESSE QUE ANTES NÃO EXISTIA. ESSA FOI A GRANDE MUDANÇA

Não importa o que você faz ou produz, se é em grande ou pequena propriedade, sempre devemos nos esforçar para sermos melhores. A cooperação é a melhor forma de organização, e nós, os produtores, precisamos fazer parte de uma cooperativa para termos sustentação e representatividade. As transformações na minha vida pessoal foram muitas... Novas amizades, muito conhecimento, integração, a descoberta do quanto é gostoso quando você se envolve e se compromete; levar e engrandecer o nome da sua cooperativa e, principalmente, saber o que é cooperação; princípios e valores cooperativistas. Minha realização pessoal foi muito grandiosa e só vem a somar essa convivência nos eventos, que nos fazem sentir cada vez mais empoderadas e valorizadas. Tenho orgulho de dizer: somos cooperativistas, sim.

“Tenho orgulho de dizer: somos cooperativistas, sim”. “O despertar de um interesse que antes não existia. Essa foi a grande mudança que as atividades do Sescoop/SC e da Cooperativa nos proporcionaram ao olharem para nós, mulheres, abrindo espaço e oportunizando conhecimento, crescimento e nos mostrando que dentro do sistema cooperativista tem espaço para a mulher, e que ela precisa se fazer presente e atuante. Estão abrindo cada vez mais oportunidades para as mulheres e devemos abraçar e contribuir para o desenvolvimento de novas ações nas quais possamos mostrar nosso potencial de atuação.

“O cooperativismo vem abrindo cada vez mais, espaço para as mulheres”.

COOPERATIVISMO NÃO É COMPETIÇÃO, E SIM COOPERAÇÃO “Nos últimos anos, melhorou muito a atenção para as mulheres cooperadas, pois tivemos mais reconhecimento e participação. A cada evento da Cooperativa ou do Sescoop/SC, uma surpresa, ótimas palestras, capacitações, treinamentos de alto nível, e tudo pensado com muito carinho. A mulher cooperada passa a ter voz ativa dentro da Cooperativa e, consequentemente, aumenta seu interesse pelas atividades. É preciso conscientizar os cooperados e cooperadas de que cooperativismo não é competição, e sim cooperação, só assim a Cooperativa ficará mais forte.” Aparecida Costa Agricultora e associada da Cooperserra.

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Mas eu gostaria de ver uma participação maior das mulheres em reuniões, assembleias, palestras, eventos que as cooperativas promovem. Em primeiro lugar, conhecer e acompanhar os assuntos, negócios e investimentos dentro da sua propriedade; estar informada, querer fazer parte, aceitar os desafios e abraçar as oportunidades, sair do casulo e se tornar uma mulher transformadora; deixar sua contribuição, fazer a diferença! As cooperativas têm espaço para nós, mulheres, basta querermos que eles sejam nossos. Competência e vontade, nós temos, basta colocá-las em prática e a serviço do cooperativismo. Com isso, nosso papel de cooperadas vai engrandecer ainda mais nossa sociedade e o sistema cooperativista.” Miria Di Domenico Integrante do Núcleo Feminino da Coopervil e Sicoob Videira


PARTICIPAR DESSES EVENTOS MUDOU TUDO NA MINHA VIDA “O Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, promovido pelo Sescoop/SC, alcançou o objetivo, e a participação das mulheres sempre foi além do esperado. Eu e todas as mulheres que participam assiduamente ficamos contando os dias para o Encontro, porque o conteúdo de todas as reuniões é muito bem programado. Posso dizer, com segurança, que participar desses eventos mudou tudo na minha vida, a maneira de viver, como cuidar da saúde, alimentação e da autoestima, como me valorizar mais como mulher. Quanto ao meu lado profissional, aprendi a tratar melhor o próximo, valorizar as pessoas, afinal, somos iguais, somos seres humanos apesar de nossas falhas. As mulheres, quando participam dos Encontros, passam a conhecer melhor sua cooperativa, o que ela faz, suas propostas e afins. E só receber este olhar mais atento a nós já nos desperta. Todas as mulheres deveriam participar do Encontro Estadual, pois ele é diferenciado dos demais, e só se ouvem elogios.”

Anilda Alberton Faust Associada e incentivadora do projeto com mulheres, da Cergapa

TORNEI-ME MAIS FOCADA E OBJETIVA, CORAJOSA “As ações voltadas às mulheres são ótimas e ousadas, mas ainda estão longe do ideal, por conta de uma certa resistência feminina em razão dos seus afazeres, e dos homens pelo machismo, por acharem que as mulheres pouco podem acrescentar ao movimento cooperativista. Minha participação nos Encontros provocou mudanças demais em minha maneira de pensar e agir. Entendendo como funciona a minha cooperativa, passo a entender melhor meu negócio e toda facilidade que isso pode me proporcionar para melhor gerenciá-lo, o que me proporciona melhor qualidade de vida. Na área pessoal, autoconhecimento e autoestima elevados. Tornei-me mais focada e objetiva, corajosa. Aprendi a dizer não e sim quando se faz necessário e desenvolvi um espírito de liderança que a mim era desconhecido. Conquistei o respeito das demais colegas e grandes amizades.

“As ações voltadas às mulheres são ótimas e ousadas, mas ainda estão longe do ideal”. Hoje, acredito que a participação da mulher através dos Núcleos Femininos deve ser incentivada, com palestras de

divulgação tanto para mulheres como para homens. Envolver os dois públicos com atividades integradas para o casal associado, cursos de capacitação e desenvolvimento para a sucessão familiar. As palestras motivacionais também são importantes, pois pessoas com autoestima elevada e valorizadas produzem mais e, como consequência, são mais felizes.” Luci Matos Dewes Associada da Coopersulca

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Mulheres Extraordinárias HOUVE EVOLUÇÃO NO GERENCIAMENTO E PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NA PROPRIEDADE “As atividades que o Sescoop/SC e as cooperativas proporcionam às mulheres são encontradas dentro da própria ação do cooperativismo. Tendo como princípio a valorização da mulher, cria-se um espaço para exposição de ideias e opiniões. Com encontros estaduais, o Programa Mulheres Cooperativistas e o Núcleo Feminino, temos a oportunidade de adquirir e disseminar conhecimento, fazer amizades e ter contato com diversas culturas. Isso desenvolve o senso participativo em relação ao meio em que estamos inseridas, fazendo com que haja a percepção da importância da mulher em movimentos e l

“No lado pessoal, aprendi a me valorizar, tendo minha própria opinião e melhorando minha autoestima”. Profissionalmente, essas ações me agregaram conhecimento, e, como consequência, houve evolução no gerenciamento e planejamento das atividades realizadas na propriedade e fora dela, como por exemplo, a execução e a organização das atividades previstas, a assertividade no gerenciamento dos investimentos e a melhora na comunicação como os clientes. Com bases sólidas de planejamento, é possível mensurar os acertos e erros, e com isso, refletir sobre o sucesso ou fracasso para projetar ações futuras. No lado pessoal, aprendi a me valorizar, tendo minha própria opinião e melhorando minha autoestima, desenvolvendo habilidades

de cooperação e companheirismo, aprimorando a comunicação, além dos momentos de troca de experiências e novas amizades.

“As cooperativas deveriam ampliar e estimular o envolvimento das mulheres”. As cooperativas deveriam ampliar e estimular o envolvimento das mulheres fazendo com que se conscientizem da importância de ser parte do movimento cooperativo, tendo voz ativa e participativa, principalmente nas tomadas de decisões, mostrando o valor da mulher e o potencial que ela oferece. Além disso, as próprias mulheres devem participar efetivamente dos eventos ou atividades que as cooperativas promovem, só assim é possível perceber a importância de sair do casulo e voar como borboletas.” Salete Maria Crotti Agricultora e integrante do Núcleo Feminino da Coopervil e Sicoob Videira, delegada eleita do Sicoob Videira e coordenadora da Pastoral da Saúde Videira

ESTAMOS NO CAMINHO CERTO DOS PRINCÍPIOS E VALORES DO COOPERATIVISMO “Sensacional a iniciativa do Sescoop/SC e do Sicoob Credivale de envolver as mulheres em ações e eventos como o Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas. Faz com que as mulheres sejam despertadas para a vida, é um incentivo a mais para elas e contribui para o desejo constante de mudança. Mostra que podemos mais. Sinto falta, por exemplo, de desenvolvermos ainda mais a atividade social in loco nas comunidades em que temos a área de ação, inclusive em projetos de ações voluntárias. Esses encontros dão abertura para as mulheres se interessarem ainda mais em participar ativamente da Cooperativa, preocupando-se também com a comunidade e o seu desenvolvimento. Devagar, percebo que estamos no caminho certo dos princípios e valores do coope- Lucimare Baggio rativismo.” Diretora Operacional do Sicoob Credivale

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Lideranças dos Núcleos Femininos OS NÚCLEOS FEMININOS DAS COOPERATIVAS NASCERAM DA UNIÃO DE MULHERES QUE BUSCAVAM CONHECIMENTO PARA SER E FAZER A DIFERENÇA EM SUA FAMÍLIA, COMUNIDADE E NAS SUAS UNIDADES COOPERATIVAS.

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para conduzir cada Núcleo, foram escolhidas coordenadoras, líderes para conduzir e orientar as ações do grupo. São mulheres que têm a missão de gerir projetos sociais, propostas de capacitação e ações que trabalhem o empoderamento da mulher, mas sempre com a visão conjunta do Núcleo. Nas páginas a seguir, elas falam à Revista das Cooperativas de Santa Catarina sobre suas experiências como líderes dos Núcleos Femininos.

DEPOIMENTO DAS COORDENADORAS O SESCOOP E AS COOPERATIVAS ESTÃO ALCANÇANDO SEUS OBJETIVOS “As mulheres têm participado mais das atividades da Cooperativa, por isso, a abordagem dos temas desta natureza é essencial para aperfeiçoar o conhecimento e fortalecer o papel de líder. Todas as palestras do Encontro de Mulheres Cooperativistas – Edição 15 anos foram oportunas e atingiram as expectativas de nossa delegação. Tenho percebido que o Sescoop e as cooperativas de Santa Catarina têm conseguido brilhantemente trabalhar a atuação da mulher no sistema cooperativista nos últimos anos, vistos os inúmeros projetos e atividades desenvolvidos, assim como o grande número de mulheres participantes.” Dilce Cittadini Maciel Coordenadora dos Programas Sociais – Ceprag

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Mulheres Extraordinárias

INDIVIDUALMENTE, CADA COOPERATIVA DEVE FOMENTAR AÇÕES VOLTADAS PARA AS COOPERADAS DURANTE O ANO Mudou muita coisa, principalmente a mentalidade das mulheres cooperativistas. Hoje, elas sabem que são parte de um sistema que, diferente das demais empresas do mercado, se preocupa com elas e suas famílias, que oferece subsídio para crescerem tanto econômica quanto socialmente e intelectualmente. É com muita alegria e satisfação que vemos hoje muitas delas ocupando cargos nos conselhos e sendo mais atuantes no dia a dia da cooperativa de que fazem parte. Passaram de um status passivo para ativo, e isso é muito bom. E os Encontros Estaduais contribuíram muito para isso. Certamente, a continuidade de ações promovidas pelo Sescoop SC, como este encontro e o Programa Mulheres Cooperativistas, que servem como “alimento e bagagem” para as mulheres, é fundamental para melhorar ainda mais a participação das mulheres. Mas individualmente, cada cooperativa deve fomentar ações voltadas para as cooperadas durante o ano. Temos isso como lema aqui na Copérdia, onde há 28 anos desenvolvemos o Projeto Núcleos Femininos Copérdia, e possibilitamos a formação de cooperadas em líderes. O resultado aparece: hoje, temos nove mulheres integrando os conselhos, o que, para uma cooperativa do ramo agropecuário, é um índice ímpar. Silmara Vitto Coordenadora do Núcleo Feminino - Copérdia

UM ENCONTRO INESQUECÍVEL O Encontro Estadual 2016 foi um presente do Sescoop/SC para o núcleo feminino da Cooperativa Juriti. Uma maneira de valorizar o trabalho realizado pelas integrantes do núcleo. Durante todo o ano, são realizadas ações voluntárias, reuniões, eventos e treinamentos. Elas participam, trabalham, cooperam. Muito justo comemorar com uma viagem de estudo e lazer. E para a coordenadora Leila Estrowispi, além de memorável e gratificante, foi a comemoração também dos 15 anos participando. Um encontro inesquecível... Leila Estrowispi Coordenadora do Núcleo Feminino - Cooperativa Juriti

É PRECISO CONTINUAR PROPORCIONANDO MOMENTOS DE INTEGRAÇÃO Os encontros reforçaram a participação das mulheres na gestão das cooperativas e na importância de seu papel na família e na sociedade, além de reforçar os valores do cooperativismo. Percebemos que as mulheres estão participando mais ativamente nas atividades da Cooperativa. Acredito que continuar proporcionando momentos de integração para trocas de experiências e capacitá-las para que contribuam na organização da propriedade fará com que elas participem ativamente da Cooperativa. Luciane Maria Batista Antunes Coordenadora do Núcleo Feminino - Copercampos

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ESTAMOS MAIS CONSCIENTES DO NOSSO PAPEL NA SOCIEDADE O empoderamento feminino, dentro da Cooperativa e na sua comunidade, vem crescendo a cada encontro, em cada formação oferecida pelo sistema e pela Cooperativa. Durante esses15 anos, a formação do Programa Mulheres Cooperativistas permitiu que as mulheres se tornassem críticas e mais conscientes do seu papel na sociedade. Também contribuiu para que fossem buscar mais desenvolvimento pessoal e profissional, ir atrás de seus sonhos, e com certeza estão mais fortalecidas perante a sua a família e na Cooperativa. A única coisa que de fato influencia na efetiva participação das mulheres nas cooperativas é a formação. Por isso, o investimento no desenvolvimento do quadro social permite ampliar ainda mais o conhecimento geral das participantes, além do aprofundamento sobre os conceitos dos princípios e valores cooperativistas. Thaís Cristina Grahl Weege Coordenadora do Núcleo Feminino - Cooper

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Mulheres Extraordinárias A CADA ATIVIDADE, A MULHER SE EMPODERA MAIS Percebo que, a cada Encontro Estadual, a cada atividade, a mulher se empodera mais, e é como uma injeção de ânimo para seguir em frente nesse caminho de luta contra a desigualdade de gênero. O caminho ainda é longo e exige compromisso, persistência, resiliência. Essas atitudes dependem muito de nós, não podemos desistir diante das dificuldades, por isso precisamos melhorar e praticar constantemente. Vitoria Kostetzer Drago Coordenadora do Núcleo Feminino - Cecred

NESTES 15 ANOS, ACOMPANHAMOS INÚMERAS MULHERES DESCOBRIREM SUA VERDADEIRA FORÇA, CORAGEM, AUTOESTIMA E CONFIANÇA O cooperativismo catarinense tem dado especial atenção às mulheres, pois são elas que convivem intensamente com os filhos na formação do caráter, valores, metas e objetivos de vida, desde o ventre materno, bem como com os demais membros da família e comunidade. A mulher fala em média 20.000 palavras por dia (o homem, 7.000). Sendo assim, é um grande potencial disseminador de conhecimento, organização, cooperação, determinante na formação de seres mais conscientes de sua missão neste meio onde vivem. Nestes 15 anos, acompanhamos inúmeras mulheres descobrirem sua verdadeira força, coragem, autoestima, confiança de que pode e deve contribuir muito mais para o seu meio, ser mais feliz e atuante em lideranças ao lado de seu companheiro no núcleo familiar e na propriedade, bem como dar sua contribuição feminina nas diversas lideranças, ocupando cada vez mais cargos de maior importância em nossa sociedade. São de grande importância a continuidade e a ampliação da abrangência dos programas Sescoop e Cooperativas, conscientizando e fortificando um maior número de mulheres, assim despertando cada vez mais esta força feminina que esta aí escondida, adormecida, mas disponível para ser despertada e para, junto às cooperativas em todo o seu conjunto (instituição, sócios, funcionários e comunidade), ampliar cada vez mais as ações rumo a um futuro mais consciente, responsável, comprometido com um futuro sempre melhor e equilibrado. Claudete Zornitta Ciota Coordenadora do Núcleo Feminino – Sicoob Videira (esq.) Suzana Araldi Patrício Coordenadora do Núcleo Feminino – Coopervil (dir.)

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Mulheres Extraordinárias

Presidentes incentivam participação da mulher

PRESIDIR UMA COOPERATIVA É UMA MISSÃO DE GRANDE RESPONSABILIDADE, QUE TAMBÉM TRAZ CONSIGO A INCUMBÊNCIA DE FAZER COM QUE CADA COOPERADO TENHA CIÊNCIA DE SUA IMPORTÂNCIA DENTRO DO SISTEMA. NESSE CONTEXTO, MUITOS PRESIDENTES TÊM INCENTIVADO A PARTICIPAÇÃO, EM ESPECIAL, DAS MULHERES, PARA QUE ELAS ESTEJAM AINDA MAIS INSERIDAS EM TODAS AS DECISÕES E PARTICIPANDO ATIVAMENTE DAS AÇÕES DA COOPERATIVA. OS PRESIDENTES E DIRETORES, QUE ESTIVERAM PRESENTES NO EVENTO, FALARAM À REVISTA DAS COOPERATIVAS DE SANTA CATARINA SOBRE O PROCESSO DE INSERÇÃO DA MULHER NO MUNDO COOPERATIVISTA E COMO ELAS TÊM CONTRIBUÍDO PARA O DESENVOLVIMENTO DE SUAS UNIDADES.

QUANDO A MULHER PARTICIPA MAIS DAS DECISÕES, A PROPRIEDADE É MAIS BEM GERIDA “O sistema cooperativista vem, nos últimos anos, investindo muito na família. Percebe-se que, quando a mulher participa mais das decisões, dos assuntos relacionados ao ambiente dos negócios da família, a propriedade é mais bem gerida. Ela precisa querer, e os programas e eventos do cooperativismo têm ajudado nesta mudança de paradigma. Temos um exército de trabalhadoras sendo preparadas, capacitadas, incentivadas a assumirem mais responsabilidades. Hoje, a vida cotidiana está mais corrida, ágil, e as decisões precisam ser tomadas com rapidez. Por isso, o envolvimento da família colabora em muito para decidir corretamente, pois mais cabeças pensam melhor. Assim é o cooperativismo. Vanir Zanatta e sua esposa, Sra. Tânia Presidente da Cooperja

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AS MULHERES ESTÃO CONTRIBUINDO E MUITO COM O SISTEMA COOPERATIVISTA “Tive a oportunidade de participar do primeiro Encontro das Mulheres Cooperativistas. Percebo uma grande evolução em todos os sentidos, na árdua tarefa da organização em realizar a cada ano um evento ainda melhor, como também no esforço de todas as mulheres que conseguem, diante de tantos compromissos, dispor um pouco de seu tempo para compartilhar generosamente suas experiências. A cada encontro, é possível constatar uma sensível mudança na participação das mulheres no sistema cooperativista, e não falo apenas da ampliação do número dessas mulheres, mas principalmente na atuação efetiva do envolvimento feminino em nossas cooperativas. Sabemos que a mulher, com sua natural competência para administrar especialmente os conflitos e a sua capacidade de entender e atender em uma mesma situação às diferentes variáveis, estão contribuindo e muito com o sistema cooperativista, que em seus valores e princípios também se propõe a materializar a cooperação entre as pessoas.” Hercílio Schmitt e sua esposa, Sra. Bernadete Presidente da Cooper

A MULHER TRAZ ORGANIZAÇÃO, PERSISTÊNCIA E DINAMISMO “O ingresso ativo da mulher nos mais diversos ramos do cooperativismo catarinense como associadas ou integrantes de diretorias e especificamente como colaboradoras vem acontecendo com mais força nos últimos cinco anos, inicialmente em cooperativas agropecuárias, de crédito e de educação, onde o espaço as deixa mais confortáveis. Nos demais ramos, sua participação ainda é mais lenta. Na visão dos dirigentes, é bem-vinda! Traz organização, persistência, dinamismo com formação específica em suas áreas em média acima da masculina, nivelando a força do cooperativismo.” José Samuel Thiesen Presidente da Ceraçá

A PARTICIPAÇÃO DA MULHER É ALGO CONSOLIDADO E VEM TRAZENDO GRANDES RESULTADOS PARA AS COMUNIDADES DA NOSSA REGIÃO “Para avaliar o atual momento das mulheres cooperativistas, é necessário voltar ao tempo, quando a Cravil, como pioneira que foi, iniciou o trabalho com as mulheres em 1992 e viu que era fundamental a participação delas na Cooperativa. Assim, iniciamos o primeiro Encontro de Mulheres Cooperativistas da Cravil, o que fortaleceu a sociedade cooperativa e o desenvolvimento regional. Hoje, 24 anos depois do primeiro Encontro da Cravil e 15 anos desde o primeiro evento da Ocesc/Sescoop, concluímos que nós estávamos no caminho certo. A evolução da participação da mulher tem sido crescente e muito importante quando se fala em sociedade de pessoas. Enxergar a Cooperativa como uma família é preservar os objetivos comuns em prol do desenvolvimento da Cravil e toda uma região. Para nós, na Cooperativa, a participação da mulher é algo consolidado e vem trazendo grandes resultados para as comunidades da nossa região.” Harry Dorow e sua esposa, Sra. Elvira Presidente da Cravil

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Mulheres Extraordinárias OS RESULTADOS JÁ APARECEM NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS DA COOPERATIVA “A importância da mulher é inquestionável, e no meio cooperativista elas têm demostrado sua força e liderança a cada ano. A Cersul, juntamente com o Sescoop têm apoiado os programas voltados ao desenvolvimento das lideranças femininas, e já estamos vendo resultados efetivos nas comunidades, nas ações sociais e nas decisões estratégicas da Cooperativa.” Everton Aldir Schimidt e sua esposa, Sra. Marilva Presidente da Cersul

AS MULHERES SERÃO SEMPRE DEFENSORAS E PARTICIPANTES DA DOUTRINA COOPERATIVISTA “As mulheres estão vivendo um novo momento, com participação mais efetiva na sociedade, seja com uma presença mais marcante no mercado de trabalho, seja nas ações comunitárias. Isto é primordial para o crescimento de todos os segmentos onde haja este engajamento das mulheres, pela diversidade de comportamentos. A formação das mulheres cooperativistas tem oportunizado a muitas delas um desenvolvimento em todos os âmbitos, antes nunca experimentados. O crescimento destas mulheres é visível, muitas delas destacam ser este um momento único, no qual conseguiram aprimorar seus relacionamentos com a família e com a comunidade em que participam. Outro grande destaque é a multiplicação da doutrina cooperativista. Estas mulheres serão sempre defensoras e participantes desta doutrina. Portanto, vamos oportunizá-las a ter uma nova leitura da vida e ajudá-las a viver bem melhor.” Walmir João Rampinelli e sua esposa, Sra. Helen Presidente da Coopera

TODO ESTE MOVIMENTO É CONTAGIANTE, A INTEGRAÇÃO, COOPERAÇÃO, AS EXPECTATIVAS E O BRILHO NO OLHAR “A representatividade feminina está cada vez mais forte dentro do cooperativismo. Sempre apostei na participação feminina. A cooperada está se destacando cada vez mais, e sua doação dentro da Cooperativa é de extrema importância. Dessa forma, elas não são apenas importantes e responsáveis pela administração familiar. Durante esses 15 anos, as mulheres comprovaram sua eficiência nas atividades e estão cada vez mais conquistando seu espaço. Este Encontro é uma conquista da mulher cooperativista, e sua participação é muito positiva. A presença da mulher tem uma contribuição significativa nas organizações, todo este movimento é contagiante, a integração, cooperação, as expectativas e o brilho no olhar. Parabéns a todas as mulheres que cooperam e se integram na Cooperativa fortalecendo este elo!” Mariozan Correa e sua esposa, Sra. Sulamita Presidente da Cooperserra

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A MULHER FORTALECE A COOPERATIVA E EQUILIBRA A GESTÃO “Vejo o trabalho de inserção da mulher catarinense no processo cooperativista de grande valia, tanto na valorização da mulher e de seu trabalho na produção como também para o fortalecimento da cooperativa; equilibrando a sua gestão e/ou através de formação de núcleos que contribuem social e produtivamente.” Paulo Yoshitaka Iida e sua esposa, Sra. Conceição Yumiko Presidente da Sanjo


Mulheres Extraordinárias É GRATIFICANTE VER O DESENVOLVIMENTO DAS MULHERES COOPERATIVISTAS “A preparação de mulheres para a liderança é um trabalho contínuo da Itaipu. É gratificante ver o desenvolvimento destas mulheres através da busca contínua de conhecimento e implantação de diversas ações. O crescimento, a troca de experiências e a motivação das mulheres têm sido importantes para o desenvolvimento da Cooperativa e com certeza das suas famílias, propriedades e comunidade onde estão inseridas.” Arno Pandolfo e sua esposa, Sra. Rosângela Presidente da Cooperitaipu

A MULHER SE TORNOU MAIS PARTICIPATIVA E ESTÁ MAIS PRESENTE NAS ATIVIDADES “O Encontro foi excelente, a participação e o interesse das mulheres comprovam que, mais uma vez, a escolha dos temas foi bem-sucedida. A partir da implantação de um Projeto que envolve 450 mulheres na Cooperativa, percebemos que a mulher se tornou mais participativa e está presente nas atividades, reuniões e assembleias, e este fato tem melhorado muito a relação da Cooperativa com o associado.” Patrique Alencar Homem e sua esposa, Sra. Tatiani Gerente-geral da Ceprag.

É NATURAL DA MULHER A CAPACIDADE DE ADMINISTRAR “A mulher está tendo a oportunidade de receber conhecimento e capacitação para seu desenvolvimento, valorizando a participação na família e trazendo benefícios. Dessa forma, consegue auxiliar melhor na propriedade e aumentar a renda, contribuindo ainda mais com a Cooperativa, pois é natural da mulher a capacidade de administrar.” Marilene Silveira Castelo Branco Presidente da Frutas de Ouro



Mulheres Extraordinárias PASSADOS ESSES 15 ANOS CONSTATAMOS A MATURIDADE E A CONTRIBUIÇÃO QUE OS QUADROS FEMININOS TRAZEM PARA AS COOPERATIVAS “Ter participado do 15º Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas foi uma oportunidade ímpar de constatarmos o avanço que houve desde o início em que algumas cooperativas iniciaram um trabalho de valorização e de chamada das mulheres para participar do processo nas organizações. Até hoje, o que se constata de fato é que houve uma adesão das cooperativas de SC de diversos ramos, não apenas restrito ao agropecuário, e isso vem selar de uma vez por todas a grande ideia de que as cooperativas, que eram organizações masculinas, passassem a ter a presença das mulheres. Seria indispensável ilustrar as grandes contribuições, pelas características e pelos requisitos que o sexo feminino adiciona em qualquer circunstância e em qualquer organização, o que nos deixa felizes e satisfeitos. Nós tivemos a oportunidade, há algumas décadas, de participar de um trabalho em uma das cooperativas singulares, a Copérdia, onde tínhamos na época núcleos femininos se organizando, se articulando, recebendo organizações de liderança de parte dos Conselhos de Administração e Fiscal das cooperativas e que compuseram o Conselho de Ética na Copérdia – uma experiência extraordinária. Passados esses 15 anos dos encontros estaduais promovidos pelo Sescoop/SC, nós, de fato, constatamos a maturidade e a contribuição que os quadros femininos trazem para as cooperativas. A sociedade catarinense é a grande ganhadora e vencedora pelo fato de as cooperativas terem atribuído às mulheres a valorização que sempre tiveram, mas que demorou para ter o reconhecimento.” Neivor Canton Vice-presidente da Coopercentral Aurora Alimentos

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MELHORADO ANO A ANO, GRAÇAS AO SEU INTERESSE NAQUILO QUE SE PROPÕE A FAZER “O desempenho da mulher cooperativista tem melhorado ano a ano. Isso é graças não somente ao que se coloca à disposição dela para melhorar a participação, mas sim ao seu interesse naquilo que se propõe a fazer, inclusive participando dos negócios da família, dos conselhos das cooperativas e da sociedade como um todo. Com o trabalho desenvolvido pelo Sescoop, a mulher mudou muito nos últimos anos. Ela tem uma autoestima diferenciada pelo fato de ser uma pessoa com o dom mais observador, mais cobrador e tem levado isso para a sociedade como um todo. No cooperativismo, em especial, ela tem prestado um grande serviço. Primeiramente, o que observamos é um grande progresso na participação da mulher, segundo é a importância em realmente emprestar o seu dom, sua sabedoria ao cooperativismo, à sociedade catarinense e à sociedade brasileira.” Marcos Antonio Zordan e sua esposa, Sra. Dalva Diretor de Agropecuária da Coopercentral Aurora Alimentos

O ESPAÇO ESTÁ SENDO CONQUISTADO MERECIDAMENTE A mulher era relegada a segundo plano até pouco tempo atrás, e ainda tem alguns tabus para serem vencidos. Mas, mais do que nunca, ela tem buscado espaço dentro de todas as camadas sociais. E dentro do cooperativismo e do próprio agronegócio, ela vem tendo uma voz ativa, dentro da própria propriedade, com a família. Certamente, com o decorrer dos anos, esse espaço que ela vem buscando será cedido merecidamente. Atualmente, dentro das famílias, passou aquela época em que só o marido mandava. Hoje, há um entrosamento muito grande. Mas a participação da mulher dentro das cooperativas ainda é muito tímida. Com o passar do tempo, ela deve buscar seu espaço e, aos poucos, os próprios homens, pois a grande maioria dos associados são os maridos, também estão aceitando bem a participação delas dentro do cooperativismo. Percebemos, também, que a camada social feminina mais jovem, que tem outro estilo de vida, diferente das pessoas com mais de 50 anos, por exemplo, também tem acompanhado a evolução da sociedade. E as pessoas com mais de 50 anos têm olhado para esta outra camada social mais jovem também, porque os tempos são diferentes. A mulher também está acompanhando essa evolução. E à medida que vai adquirindo mais conhecimento, vai se tornando mais exigente na busca de seus espaços. Presidente da Cooperalfa, vice-presidente da Ocesc, conselheiro de Administração da Aurora e secretário do Conselho da Fecoagro.

É MUITO IMPORTANTE QUE AS ORGANIZAÇÕES MANTENHAM AS MULHERES INTEGRADAS AOS SEUS PROGRAMAS SOCIAIS “A participação da mulher no ambiente cooperativo tem sido fundamental no desenvolvimento de ações sociais. Na Copérdia, nós conseguimos aproximar a mulher do sistema cooperativo e, consequentemente, aproximamos a família. Acredito que é muito importante que as organizações mantenham as mulheres integradas aos seus programas sociais. Este momento do Encontro das Mulheres Cooperativistas que o Sescoop promoveu foi muito valioso, porque as participantes tiveram a oportunidade de trocar informações com mulheres de outras cooperativas. Essas iniciativas consolidam o trabalho que há muitos anos as cooperativas vinham buscando, e essa interação representa ainda mais força onde o cooperativismo só tende a ganhar. Percebo que as mulheres conquistaram seus espaços. Na Copérdia, por exemplo, a mulher está muito bem preparada, prova disso é que temos mulheres assumindo cargos em Conselhos, e isso se deve ao trabalho social desenvolvido.”

Ademar da Silva Vice-presidente da Copérdia

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Mulheres Extraordinárias A ATUAÇÃO DO COOPERATIVISMO FEMININO CRESCE DE UMA FORMA EXPRESSIVA EM SC “A atuação do cooperativismo feminino vem crescendo de uma forma expressiva em nosso Estado e não somente em número, mas também em ações na comunidade. O Encontro das Mulheres Cooperativistas foi uma prova desta força e da importância das mulheres neste momento. Para nós, do Ramo da Saúde, tem uma importância muito grande esta participação cooperativista das mulheres, tanto pelo poder de decisão que a mulher tem dentro da família como pela preocupação muito grande que ela tem com relação ao cuidado da saúde e a prevenção, o que com certeza faz toda a diferença. Foi a primeira vez que participei deste encontro e parabenizo o sucesso alcançado.” André Marques Vieira Diretor de Gestão Operacional e Serviços da Unimed SC

SÓ TIVEMOS VANTAGENS COM A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO PROGRAMA MULHERES COOPERATIVISTAS “O Programa Mulheres Cooperativistas contribui para que a mulher apresente maior interesse pela cooperativa da qual é cooperada. Hoje, na Cooperativa Juriti as mulheres participam mais das reuniões, debatem assuntos administrativos e de produção, realizam movimentações financeiras. O número de mulheres cooperadas está aumentando, e pela primeira vez na história da Cooperativa uma mulher faz parte do Conselho de Administração. Portanto, somente vantagens tivemos com a participação das mulheres Juriti no programa e assim fortaleceremos ainda mais o cooperativismo em santa Catarina.” Orlando Giovanella e sua esposa, Sra. Rosimeri Presidente da Cooperativa Juriti

HOJE É FUNDAMENTAL A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES DENTRO DO QUADRO SOCIAL DAS COOPERATIVAS “Considero fundamental a participação das mulheres dentro do quadro social das cooperativas, até porque elas conseguem desempenhar muito bem o papel de difusão do cooperativismo dando mais ênfase nos pequenos detalhes que fazem com que o cooperativismo seja inspirador e muito mais eficiente na prática da interação do principal objetivo do sistema de trabalho, a divisão de tarefas, pois fazem isso muito bem junto à sua família, e isso contribui para melhorar o relacionamento com os associados e familiares. Na parte comercial, elas ajudam e muito na agilização das negociações e concretização dos negócios de interesse das cooperativas, pois são muito ativas e atualizadas quanto aos novos produtos oferecidos aos cooperados, e logo se encorajam a usá-los, fazendo com que possamos oferecer mais oportunidades de uso de serviços prestados pelas nossas cooperativas. Olhando do ponto de vista da participação e integração, percebemos uma grande facilidade de trabalho em grupo e uma contribuição para a promoção de eventos, levando para suas famílias tudo aquilo que observam no sentido da melhoria de vida para todos nós, sem esquecer do lado humano e da forma de tratar as pessoas com muito amor e carinho.”

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Dgimi Parmo e sua esposa, Sra. Catia Rosana Presidente do Sicoob Joaçaba


www.cravil.com.br / 47 3531-3000


Mulheres Extraordinárias A MULHER VEM DEMONSTRANDO ALTA CAPACIDADE DE INTERAÇÃO E GESTÃO “A mulher vem demonstrando alta capacidade de interação e gestão junto aos negócios familiares nos últimos tempos, graças ao grande incentivo e à importância com que as cooperativas tratam o tema. A evolução da participação da mulher nas cooperativas em SC é constante e muito progressiva, não tenho dúvidas disso, basta observar o entusiasmo das participantes do grande evento realizado.” Vilmar José Rui e sua esposa, Sra. Ângela Presidente da Cootravale

A MULHER TEM UMA SENSIBILIDADE CARACTERÍSTICA QUE A FAZ TOMAR DECISÕES MAIS ACERTADAS “Faço uma avaliação muito positiva da participação feminina no movimento cooperativista. É notório que as cooperativas catarinenses desenvolvem excelentes atividades e projetos que visam a conectar cada vez mais as mulheres ao sistema, fazendo com que elas se envolvam nas decisões que são tomadas em todas as esferas da Cooperativa. A mulher tem uma sensibilidade característica que a faz tomar decisões mais acertadas, e nós, dirigentes, devemos aproveitar essa capacidade das mulheres. Quando o casal compartilha as mesmas informações, tanto aquelas ligadas à Cooperativa quanto as da família e da propriedade, as decisões se tornam mais harmoniosas e acertadas. E a Cooperativa reflete aquilo que acontece na família do cooperado. Graças ao trabalho desenvolvido pelo Sescoop e pela Ocesc com o público feminino, motivando a mulher a participar cada vez mais das decisões da Cooperativa, temos o envolvimento feminino crescendo cada vez mais e sua participação ajudando a cooperativa a se tornar sustentável. Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas os primeiros passos rumo à consolidação da mulher dentro do sistema cooperativista já foram dados. É preciso investir ainda mais em capacitação e ações fazendo com que as mulheres se sintam cada vez mais integradas e importantes para o processo decisório da sua cooperativa. Claudio Post Presidente da Auriverde

JUNTOS, HOMENS E MULHERES PODEM TRABALHAR EM PROL DA SUSTENTABILIDADE DO NOSSO SISTEMA “O protagonismo da mulher no cooperativismo está cada vez maior. Neste ano em que comemoramos 15 anos do Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, percebemos que a mulher conquistou seu espaço de forma definitiva. Ela possui uma visão mais holística do todo e contribui de forma significativa em todos os setores do cooperativismo. No Sicoob Creditapiranga, temos a presença das mulheres no Conselho de Administração e Fiscal, desde muitos anos já. No quadro social, são quase 8.000 associadas, em torno de 45% do total de cooperados. Juntos, homens e mulheres podem trabalhar em prol da sustentabilidade do nosso sistema.” José Adalberto Michels Presidente do Sicoob Creditapiranga

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A CADA ANO QUE PASSA, A MULHER SE TORNA MAIS INDEPENDENTE E MAIS PARTICIPATIVA “É o melhor momento de todos estes anos, principalmente na participação das mulheres num contexto geral do cooperativismo de todos os ramos. Mulheres cada vez mais participativas, mais autônomas, mulheres que tomam as suas decisões em conjunto nas suas famílias, junto com seus maridos e com seus filhos. A cada ano que passa, a mulher se torna mais independente e mais participativa, tanto no cooperativismo quanto na comunidade onde ela está inserida. As cooperativas cada vez mais estão conscientes da importância da mulher para o desenvolvimento do cooperativismo e da gestão dos negócios. As ações fomentadas pelas cooperativas em parceria com o Sescoop/SC se refletem na maior integração familiar, o que melhora a vida das famílias associadas e, com certeza, gera o fortalecimento do cooperativismo.” Elio Casarin e sua esposa, Sra. Zaida Maria Presidente da Cooper A1

CONTINUIDADE E DISSEMINAÇÃO DO COOPERATIVISMO “No momento atual, não se tem visto muito a expressão da mulher no cooperativismo, mas com o objetivo de tornar isso mais evidente, na Copercampos criamos o Núcleo Feminino Copercampos com o intuito de valorizar as nossas associadas, esposas e filhas de associados, trazendo-as para mais próximo da Cooperativa. E temos visto isso em outras cooperativas também. O foco é inseri-las no cooperativismo desenvolvendo habilidades e promovendo a participação da mulher na cooperativa e a sua atuação nos negócios da família, a fim de auxiliar os associados. Nosso trabalho tem sido realizado baseando-se na premissa de que o cooperativismo é muito importante para a construção de um mundo melhor, portanto nada mais justo do que a participação da mulher. No meu ponto de vista, a mulher desempenha um papel fundamental, pois como as mulheres apresentam características como sensibilidade, perspicácia e empatia de forma mais evidente, surge a importância de vê-las trabalhando lado a lado com os homens. Há informações de que em Santa Catarina 50% da população é cooperativista, então isso reforça ainda mais a importância deste sistema no nosso dia a dia, por isso a participação da mulher, que com certeza tem que ser envolvida, auxiliará na continuidade e disseminação do cooperativismo.” Claudio Hartmann Vice-presidente da Copercampos

A MULHER ESTÁ CONTRIBUINDO E MUITO PARA O CRESCIMENTO DO COOPERATIVISMO “O cooperativismo está despertando o interesse para todos os segmentos da comunidade catarinense. A mulher, por ser mais atuante, sugestiva e organizada, está contribuindo e muito para o crescimento do cooperativismo e a participação cada mais constante das pessoas. Sem sombra de dúvidas, o cooperativismo segue como o melhor modelo econômico, onde todos podem ter uma melhor qualidade de vida.” Wolni José Walter Presidente do Sicoob Credija

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Mulheres Extraordinárias

Uma mulher extraordinária “Você se considera uma mulher extraordinária?”. Ao ser questionada, Lucia Cortarelli, associada e líder da Cooperalfa, respondeu que se acha uma mulher comum, mas sente-se completamente grata por ter sido escolhida para participar da série de reportagens sobre “Mulheres Extraordinárias”, da Revista das Cooperativas de Santa Catarina. Lucia foi indicada pelas suas qualidades e trabalho de destaque realizado, de maneira voluntária e despretensiosa, na comunidade. Além disso, ela é um exemplo de mãe, esposa e liderança comunitária e cooperativista. Na manhã do dia 3 de outubro, em sua residência na Linha Fátima, interior de Quilombo, Oeste catarinense, participaram da reportagem Lucia, a mãe, dona Maria, o marido, Danilo Cortarelli, e o gerente da filial da Cooperalfa daquele mu-

A FAMÍLIA Lucia, 38, é filha de Camilo e Maria Martini. Tem duas irmãs: Nelma e Ana Paula. Casou-se com Danilo Cortarelli em 22 de julho de 2000, com quem teve dois filhos: Mateus, 15, e Felipe, de 6 aninhos. Como mãe, ela procura investir na formação de seus filhos, começando por Mateus, que está no Colégio Agrícola de Concórdia. Ela defende que “os pais precisam ajudar seus filhos a se prepararem para o futuro, dando-lhes condições de decidir por conta própria o que querem para as suas vidas”. Se o menino vai permanecer na propriedade ou não, isso será uma decisão dele. “Os meus pais também me deram essa liberdade de escolha, e sou muito grata por isso.” Lucia também faz questão de citar o cooperativismo como um dos melhores sistemas para trabalhar. “Aliás, acho que eu não saberia viver fora da Cooperativa, que nos oferece tudo de que precisamos para evoluir como pessoa e profissionalmente.”

nicípio, José Schneider. Muito mais que uma entrevista concedida à jornalista Sidivânia Peroza, foi um momento de reflexão e de tecer elogios a esta mulher extraordinária, que tem o dom de ser mãe, companheira, filha, irmã e líder de verdade.

“Eu sempre gostei de ajudar as pessoas e compartilhar um pouco de tudo que Deus me deu. Isso me deixa mais feliz.” Sobre a sua experiência na liderança da Cooperativa, Lucia não tem palavras para agradecer. “Como líder da Alfa, nesses quatro anos, tive muitas oportunidades de aprender mais e mais.”

Lucia Cortarelli: “A mulher tem que se valorizar nas atitudes”.

“Eu não saberia viver fora da Cooperativa, que nos oferece tudo de que precisamos para evoluir como pessoa e profissionalmente.”

José (Alfa), Danilo, Lucia e Maria: parceria que deu certo.

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A VIDA NO CAMPO Sobre a vida no campo, Lucia reconhece que a agricultura não é uma tarefa fácil, mas, segundo ela, tudo que vale a pena na vida não é fácil. “Nada se consegue de graça, precisamos descobrir o que queremos e o que amamos para então ir à luta e colher os resultados.” Mesmo nos tempos mais remotos, em que ser agricultor era a profissão mais difícil e desvalorizada, ela nunca deixou de acreditar em dias melhores. “Eu sempre pensei que tudo iria mudar para melhor, e deu certo.” Apesar dos compromissos que a atividade leiteira lhes impõe, as tecnologias chegaram para facilitar, como os equipamentos de ordenha e manejo mais adequados.

“Nada se consegue de graça, precisamos descobrir o que queremos e o que amamos para então ir à luta e colher os resultados.”

AO LADO DE MEU MARIDO Lucia é casada há 16 anos, e sobre o segredo para manter um casamento por tanto tempo, ela disse que é preciso ser companheira e estar ao lado do marido, nem acima nem abaixo. “Se a mulher quer ser valorizada, ela também precisa se valorizar através de ações que agreguem. Nós precisamos um do outro, e, quando somamos esforços, as coisas dão certo.” E nos momentos de crise ou de conflito, ela percebeu que, quando um está nervoso, o outro não pode enfrentar no mesmo tom de voz. “Mas deixar a poeira baixar e depois conversar.” Na opinião de Lucia, muitas vezes o que separa os casais é a ausência de tolerância, de ambas as partes. “O amor é muito mais que uma aventura, é a convivência do dia a dia familiar, o respeito, a cumplicidade, a vida a dois e a vida dos filhos”, complementou o

esposo, Danilo. Ao destacar as qualidades da esposa Lucia, Danilo reconhece que muitas vezes ele cobra dela até demais. “Não por mal, mas por acreditar no potencial que ela tem.” Danilo sente-se orgulhoso de ter uma mulher extraordinária como esposa. “Muito obrigado.” Ainda na opinião de Danilo, “a mulher não precisa querer se igualar ao homem para ser melhor, mas precisa ser ela mesma com todos os seus valores”.

“Se a mulher quer ser valorizada, ela também precisa se valorizar através de ações que agreguem. Nós precisamos um do outro, e, quando somamos esforços, as coisas dão certo.”

A EVOLUÇÃO DAS MULHERES Na sua opinião, as ações e atividades do Sescoop e das cooperativas têm o objetivo de melhorar a capacitação e a participação da mulher na Cooperativa. “Exemplo disso é o Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, que contribui muito para o nosso crescimento pessoal.” Lucia esteve no evento em Florianópolis, nos dias 28 e 29 de setembro, e toda vez fica encantada com tudo que vê. “Obrigada à Alfa e ao Sescoop por mais essa oportunidade de aprendizado”, declarou esta mulher extraordinária, Lucia Cortarelli.

“Como líder da Alfa, nesses quatro anos, tive muitas oportunidades de aprender mais e mais.”

Danilo e Lucia: confiança e amor.

A LIDERANÇA A mãe, dona Maria, falou do quanto percebeu de mudança na vida da filha e do genro, depois que passaram a integrar a liderança da Cooperalfa. Ela defende que a pessoa não pode economizar em conhecimento, mas aproveitar todas as oportunidades que tiver para amadurecer e ver o mundo de forma diferente. “Com Deus no coração e conhecimento na mente, a pessoa vive melhor”, disse. O gerente da filial Alfa de Quilombo, José Schneider, parabenizou Lucia e todas as mulheres extraordinárias que integram o quadro social da Cooperativa. Se-

gundo ele, a Cooperalfa precisa da participação da mulher junto do associado. “Quando o casal trabalha unido, a gente percebe que as atividades da propriedade andam melhor.”

“Obrigada à Alfa e ao Sescoop por mais essa oportunidade de aprendizado”, declarou esta mulher extraordinária, Lucia Cortarelli.

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Mulheres Extraordinárias

Mãos femininas na maior cooperativa médica do mundo

UNIÃO E IGUALDADE SÃO DUAS PALAVRAS QUE FAZEM PARTE DO VOCABULÁRIO DAS MULHERES, DAS SUAS CONVICÇÕES E LUTAS DIANTE DOS DESAFIOS QUE AINDA CERCAM O UNIVERSO FEMININO. NÃO POR ACASO, AS DUAS PALAVRAS TAMBÉM ESTÃO IMPRESSAS NO DNA DO COOPERATIVISMO EXERCIDO PELA MAIOR COOPERATIVA MÉDICA DO MUNDO. Na Unimed, o quadro social reúne 25.500 mulheres, entre os 114 mil médicos cooperados em todo o País, nas 351 cooperativas singulares do sistema, que cobrem 84% do território nacional. No exercício da medicina no Brasil, elas já somam cerca de 189 mil médicas, entre os 420 mil profissionais em atividade no País, conforme dados do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Em Santa Catarina, o Conselho Regional de Medicina (CRM) tem registradas 5.904 médicas (no universo de 15.720 mil profissionais em atividade), e aproximadamente 2 mil delas são cooperadas do Sistema Unimed, nas 22 cooperativas singulares e prestadoras em todo o Estado.

AS MULHERES NAS COOPERATIVAS A médica Maria de Lourdes Silva da Fonseca, presidente da Unimed Xanxerê, destaca que as mulheres vêm atuando cada vez mais dentro das cooperativas, seja no papel de cooperadas, seja no de dirigentes, como agentes de difusão da cultura cooperativista e colaboradoras ativas de suas ações. “O sucesso de qualquer empreendimento está atrelado à maneira como as empresas conseguem mesclar homens e mulheres, aproveitando e combinando as melhores características de cada um. Há também uma crescente e benéfica participação das mulheres em entidades associativas. Nós costumamos ser mais detalhistas e metódicas. Nossa participação nos debates costuma harmonizar as diferenças e realçar os interesses comuns, por meio do fortalecimento dos pontos de convergência”.

“A igualdade de gênero e de oportunidades nas cooperativas é uma importante estratégia na consolidação de mudanças”.

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“Empresas com perfil moderno e empreendedor não podem prescindir da atuação das mulheres em cargos diretivos”.

A médica Cristina Maria Iannoni de Moraes, ex-presidente da Unimed Planalto Norte (gestão 2014 a 2016), com sede na cidade de São Bento do Sul, também analisa a importância da presença feminina nas cooperativas. “Nos dias atuais, empresas com perfil moderno e empreendedor não podem prescindir da atuação de mulheres em cargos diretivos. Também é fundamental a presença feminina no quadro de cooperados, nas mais diversas especialidades, mesmo porque, no curso de Medicina, o número de mulheres chega muitas vezes a suplantar o de homens no corpo discente.” Ainda são ressaltados pela médica o indispensável olhar feminino e a característica integradora. “O diferencial de uma gestão feminina é que a visão costuma englobar um espectro maior, com mais nuances. Acredito que a mulher seja mais detalhista e perfeccionista quando exerce cargos diretivos. É mais sensível emocionalmente, devido ao seu perfil mais protetor, envolvendo-se mais com os problemas dos colaboradores, com sua vida profissional e pessoal, resultando numa maior capacidade de integração no trabalho”. Porém, a dirigente cooperativista salienta que a capacidade de agregar também é dividida com muitas lideranças masculinas. “O fundamental é sempre imaginar que as diferenças são importantes, pois mantêm o equilíbrio e o engajamento. O mundo ideal será aquele em que as pessoas serão vistas apenas pela competência e pelo mérito, não simplesmente por serem homens ou mulheres.”

DESAFIOS “Destaco, entre os desafios femininos, a competitividade, a necessidade contínua de provar sua capacidade técnica e o fato de ter que aliar ao seu desempenho como empreendedora qualidades de administradora das relações familiares, no seu contexto mais amplo.” Maria de Lourdes Silva da Fonseca Presidente da Unimed Xanxerê

“Os desafios são muitos. Além dos inerentes à responsabilidade do cargo, que tanto homens quanto mulheres têm que enfrentar, há também o desafio de a mulher se sentir capaz de assumir o cargo. A sociedade ainda tem uma ótica mais exigente em relação à capacitação feminina para altos postos de comando.” Cristina Maria Iannoni de Moraes Ex-presidente da Unimed Planalto Norte

“FEMINIZAÇÃO” DA MEDICINA BRASILEIRA A pesquisa “Demografia Médica do Brasil – 2015” foi o último estudo do perfil médico no País e detectou o crescente aumento de mulheres se formando em cursos de Medicina, embora os homens ainda sejam a maioria exercendo a profissão. Mário César Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e coordenador da pesquisa, alerta para uma tendência do que ele chama de “feminização” da medicina. Isso porque, desde 2010, as mulheres brasileiras são maioria entre os novos registros de médicos. Em 2014, entre os cerca de 400 mil profissionais, os homens representavam 57,5% dos médicos, enquanto o índice de mulheres era de 42,5%. Porém, ao analisar o grupo que está terminando a graduação, com 29 anos ou menos, as mulheres são maioria, com 56,2% contra 43,8% dos homens. Na faixa de 30 a 34 anos, há uma espécie de empate, com 49,9% de mulheres e 50,1% de homens. Já no grupo dos 50 aos 54 anos, o percentual masculino é maior, alcançando 55,6%. Vantagem que se amplia ainda mais na faixa dos médicos com idade entre 65 e 69 anos: 77,6% são homens. O estudo da Faculdade de Medicina da USP tem o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina e revelou ainda que existem mais mulheres médicas na esfera pública: 52,7%, contra 47,3% dos homens. A presença feminina em especialidades médicas essenciais (clínica médica, pediatria, ginecologia e medicina da família, por exemplo), responsáveis pelo atendimento da maior parte dos problemas de saúde da população, é de grande relevância e benéfico para todo o sistema.

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OPINIÃO

MONÓLOGOS COM O ANJO

A

editoria da Revista das Cooperativas de Santa Catarina pede-me um artigo em homenagem às mulheres, eis que toda esta edição é a elas dedicada. O que direi, se os melhores escribas já ofereceram delicados e intensos textos? Presunçosamente, seleciono três excertos do livro (de minha autoria e ainda inédito) Monólogos com o Anjo. --“Não reclamarei que esse anjo não sorri, não fala platitudes, não envia mensagens, não telefona, não declara seu amor... Aprendi que os anjos são assim mesmo. O seu sorriso é interior e só pode ser percebido pela diáfana janela dos olhos (é por isso que fico embevecido com esse olhar profundo, às vezes misterioso). Não fala platitudes para não conspurcar a beleza da palavra; para não emascular o poder da verdadeira linguagem – a não verbal, a gestual, a do silêncio, a dos sentimentos, a das atitudes. Não envia mensagens, porque os anjos são, em si mesmos, obras da criação divina, meio e mensagem que precisam ser decodificadas, interpretadas, amadas. Não telefona, porque os anjos são emissores de luz, de beleza, calor e sabedoria – e o telefone é pungente e limitante, incapaz de uma perfeita conexão, visto que a missão primordial dos anjos é servir de comunicação entre o Grande Arquiteto do Universo e os homens. Não declara seu amor, porque isso representaria reduzir a palavras (incapazes de traduzir a real dimensão desse sentimento) algo simplesmente inefável.” - - “O Anjo deitou-se em meu leito. E iluminou minha alcova com a luz de seus olhos, a brandura de sua face e a beleza imaculada de uma figura feminina, misto de sensualidade e pureza angelical. E eu amei o Anjo em todas as dimensões do amor – carnal, emocional, espiritual. E isso tornou-me o homem mais feliz do universo. Amar o Anjo é um privilégio, tê-lo em meu leito é uma dádiva que os Deuses autorizam a poucos mortais. E quando acreditava ter experimentado o deleite máximo das experiências mais intensas que um coração apaixonado pode suportar, fui tomado por um frêmito de emoção: o Anjo chorou. (Sim, os Anjos choram!) Chorou lágrimas sinceras e condoídas. Chorou pelo desamor, chorou pela solidão, chorou pelas iniquidades, chorou pelos que sofrem, chorou pelos desencontros, chorou por mim... Naquele momento, senti o desejo de beber aquelas lágrimas e confortar o Anjo, desejando que transferisse para mim todas as suas melancolias, suas dores e temores: eu sofreria, de bom grado, em seu lugar, se isso restituísse a alegria àqueles olhos tristes. Naquele momento, senti o quanto eu amo, eu adoro, eu preciso desse Anjo na minha vida – e o quanto a minha vida se reduz a nada, nada, nada... Sem a presença doce, terna e maravilhosa de você...” --“Sofri contigo (ou sofri mais?) quando te encontrei ali, sentada, olhos no infinito, aquele rostinho angelical emoldurado por uma máscara de dor, uma taça ao alcance da mão... Queria saber a natureza daquele sofrimento: uma fatia era emocional, outra era física? Meu impulso era abrir meus

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braços como se fossem grandes asas emprestadas de entes celestiais por decreto do Grande Arquiteto do Universo, cobri-la de afetos protetivos e untá-la com os fluidos de minha ternura, proclamando solenemente que estavam banidos a dor, a solidão, o medo, o egoísmo, a desconfiança. Frustrei-me porque acreditava – néscio e presunçoso! – que meu amor teria efeito terapêutico, funcional e utilitário. Anjo, mulher e menina, três vezes querida e três vezes amada, reparta comigo tuas dores e temores. Por favor...” - - “Eu já te disse, meu amor, que não sou esteta nem vate, nem poeta. O que escrevo é ditado pelo coração: as palavras brotam, e eu apenas as deposito no papel, uma a uma, como se estivesse despetalando uma rosa para desvendar os segredos da flor; como se, ansioso demais, não suportasse esperar o seu desabrochar à luz do dia para dizer tudo o que sinto. (E, como bom italiano, a verbalização me é essencial.) Por isso, o que escrevo talvez não tenha poesia nem luz, nem beleza, porque meu compromisso não é com a literatura, mas apenas com a manifestação sincera do meu afeto. E se as palavras brotam e se eu apenas as deposito no “papel digital”, eu não tenho sobre elas controle. Por isso, as abordagens – ora simples e pueris, ora plenas de erotismo – mudam de foco, mas são, sempre, variações do mesmo tema: o anjo-mulher-menina e o amor que sinto por esse ente celestial.” --“Os olhos se crispam, as mãos enrijecem, a voz torna-se grave e densa, a face assume um ricto de dor e irritação. O Anjo está zangado. Contrariou-se. Seu interlocutor não decodifica a mensagem. Mortais são incorrigíveis, falhos, fracos, desatentos, obtusos, incapazes de compreender além do seu ridículo microcosmo. Com tantos e etéreos afazeres celestiais de elevada magnitude a desincumbir-se, o Anjo perde seu divino tempo com querelas vazias, com projetos mal concebidos com beócios metidos a ilustrados. Que não se invoque a explosão química e biológica protagonizada pela TPM nem seus deletérios efeitos emocionais, pois o Anjo superou condicionamentos estandardizados por uma síndrome à qual se submetem somente as mulheres não iniciadas (a maioria) nos superiores arcanos das altas esferas teístas. Que não se invoque a imprecisão da mensagem, pois cabe ao interlocutor o papel de exegeta. Que não se invoque a intencionalidade, pois ela é imanente ao relacionamento entre homem e anjo. Que se espere o bombardeio serenar e, como em um avatar, o ser se retransfigurar no Anjo.” Marcos A. Bedin Jornalista, diretor da MB Comunicação e diretor regional do Oeste da Associação Catarinense de Imprensa (ACI).


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