Coopersulca 50 Anos

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EDIÇÃO COMEMORATIVA JULHO 2015

COOPERSULCA 50 ANOS

Preservando o meio ambiente Promovendo o desenvolvimento Difundindo o cooperativismo


Há 50 anos, nós da IHARA fazemos Durante todo esse tempo, investimos em pesquisa e inovação para trazer soluções de alta tecnologia e assim, ter respostas cada vez mais eficientes para os desafios de hoje e de amanhã no campo. Aliamos a nossa tradição e valores para criar lavouras de alta produtividade e, com isso, contribuir para atender a uma crescente demanda por


da agricultura a nossa vida. alimentos, sempre com seguranรงa e qualidade. Com um olhar para o futuro, reafirmamos nosso compromisso em contribuir para o desenvolvimento da agricultura brasileira. Aos nossos clientes, fornecedores e demais parceiros, agradecemos por fazer da nossa jornada parte da sua vida.


Coopersulca 50 Anos

Coopersulca 50 anos

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Arlindo Manenti, presidente da Coopersulca e sua esposa, Margareth Manenti.


Coopersulca 50 Anos

T

enho especial satisfação em falar a respeito dos 50 anos da Coopersulca. Significa falar sobre uma trajetória de idealismo forjado na incessante vontade de buscar alternativas de organização dos agricultores através do trabalho e do esforço conjunto. Significa relembrar a história de empreendedores que visavam a alcançar objetivos que resolvessem problemas comuns a todos. Pessoas que pensavam além do seu tempo. Não imagino que tenha sido fácil, jamais, basta ouvirmos os relatos do primeiro presidente, dos primeiros associados e dos percussores; Padre Osni Carlos Rosenbrock e do engenheiro agrônomo Afonso Back. Padre Osni me disse: “1964 foram tempos nebulosos e difíceis, quando, a pedido da Igreja católica, e obedecendo ao bispo da Diocese de Tubarão, dom Anselmo Pietrula, ajudei a organizar os agricultores do sul do Estado de Santa Catarina. Lutávamos contra a tentativa de socialização excessiva dos meios de produção pelo governo federal daquela época”. Afonso Back também me disse que: “Os desafios eram muito grandes, pois sabíamos produzir os alimentos, mas não tínhamos nem mercado nem preço justo para nossa produção. Os insumos eram escassos ou muito caros, mais tínhamos uma vontade muito grande de organizar os agricultores em torno de uma cooperativa e prosperar”. Sei que o esforço coletivo, o trabalho árduo dos nossos avós, pais, colaboradores e pessoas simpáticas à causa permanecerão para sempre vivos na história de Turvo e da região sul de Santa Catarina. Eles acreditaram que era possível, sim, unir seus esforços para o bem de toda uma sociedade. Sem sombra de dúvida, venceram grandes percalços comuns ao início de qualquer novo empreendimento. Mais tarde, muitos testemunharam nossa cooperativa prosperando e transformando para melhor a vida de milhares de pequenos agricultores.

Não posso jamais esquecer, e tenho o dever de informar aos jovens produtores, que, antes da fundação de nossa cooperativa, nosso avós e pais sempre encontravam muitas dificuldades para que o mercado e a sociedade reconhecessem e valorizassem o fruto do trabalho deles. Digo e repito, não devemos nunca deixar de reconhecer o trabalho incansável dos nossos antepassados, que com muito esforço, vencendo barreiras, guiados por pessoas de bem, visionárias mais tarde alcançaram para si e para seus descendentes melhores condições de vida. Sim, merecem nosso respeito, estavam certos, a união das pessoas, o surgimento do espírito de cooperação que culminou com criação da Coopersulca foi um ato grandioso. Prova disso é que ela cresceu, se modernizou, representa um avanço para nossa região, zelando sempre pelos interesses dos associados, funcionários e parceiros. Enfim, garantimos presença, voz e vez aos associados, exercendo vigilância e acompanhamento dos preços dos seus produtos. Praticando sempre a melhor assistência técnica. A Coopersulca sempre deu provas da solidez de seus propósitos, da seriedade de seus compromissos e da eficiência de seus colaboradores. Minha responsabilidade, junto com os diretores, é muito grande, sempre acreditei no cooperativismo. Meu pai foi sócio fundador, e tão logo pude também me tornei sócio; minha esposa e meus filhos também são associados à Coopersulca. Conduzo esta sociedade de pessoas com muito zelo e dedicação, tenho procurado transformar em realidade projetos que visam a dar continuidade ao trabalho daqueles que me antecederam e desta forma garantir o sucesso daqueles que me sucederem. Meu muito obrigado a todos e a todas que ontem e hoje nos auxiliaram e nos auxiliam a conduzir esta sociedade de pessoas com espírito cooperativista.

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Expediente

Coopersulca

Conselho de Administrativo Mandato de 15/02/2013 a 15/02/2017 Arlindo Manenti - Presidente Marcos José Rosso - Vice-Presidente Sandro Acordi - Secretário Flavio Marcon Júnior - Conselheiro Efetivo José Euclides Destro - Conselheiro Efetivo Valdir Zilli - Conselheiro Efetivo Walter Herr - Conselheiro Suplente David Correia Magnus - Conselheiro Suplente Joaquim Schimitz - Conselheiro Suplente Sidnei Duminelli - Conselheiro Suplente Conselho Fiscal Mandato de 12/02/2015 a 12/02/2016 José Tonetto - Conselheiro Fiscal Efetivo Mário Valentim BezBatti - Conselheiro Fiscal Efetivo Carlos Alexandre Gava - Conselheiro Fiscal Efetivo Jeane Moraes Scandolara - Conselheiro Fiscal Suplente Leoni Herr Lothhamer - Conselheiro Fiscal Suplente Marli Terezinha Scheffer - Conselheiro Fiscal Suplente

Da esquerda para direita

José Euclides Destro - Conselheiro Efetivo, Flavio Marcon Júnior - Conselheiro Efetivo, Sandro Acordi – Secretário, Arlindo Manenti – Presidente, Walter Herr, Conselheiro Efetivo, Valdir Zilli - Conselheiro Efetivo, Marcos José Rosso - Vice-Presidente.

Coopersulca Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense Rua Rui Barbosa, 440 - Turvo - SC Cep 88930-000 - Fone (48) 3525-8300 www.arrozfazenda.com.br Produção

‘’Transmitindo valores à sociedade’’

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Revista das Cooperativas Rua Aurino Arnoldo Meira, 162 – Real Park 88113-455 – São José – SC (48)3258-6195/9645-7740 revistadascooperativas@comidia.com.br Diretor Geral – Ricardo Tapado Gerente Geral – Carmen Cinara Muller Reportagens – Coopersulca e Equipe Revista das Cooperativas. Editor de Arte – Teodoro de Souza Assistente Administrativa – Priscila Martins Tapado Revisão – Renato Tapado Fotos – Divulgação Coopersulca, Comídia. Assessoria Jurídica – Belmiro Pereira Jr e Roberto Luiz Pereira Advogados Associados Impressão – Impressul

Da esquerda para a direita Carlos Alexandre Gava - Conselheiro Fiscal Efetivo, Marli Terezinha Scheffer - Conselheiro Fiscal Suplente, José Tonetto - Conselheiro Fiscal Efetivo, Jeane Moraes Scandolara - Conselheiro Fiscal Suplente, Mário Valentim BezBatti - Conselheiro Fiscal Efetivo, Leoni Herr Lothhamer - Conselheiro Fiscal Suplente.


Depoimento

Coopersulca 50 anos: Paradigma brasileiro de cooperação

O

s O 50º aniversário de fundação da Coopersulca Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense é uma dessas efemérides de extraordinária importância para o cooperativismo brasileiro e mundial. Nesse meio século de existência, a Coopersulca notabilizou-se no Brasil por unir as famílias rurais da valorosa região sul do território barrigaverde, organizar a produção, acessar os mercados do País e do exterior, incorporar novas tecnologias, assegurar renda e defender as classes produtoras rurais. Essa ação associativista e mercadológica resultou na elevação da qualidade de vida dos cooperados e no desenvolvimento econômico de uma vasta região. A doutrina cooperativista impregnou os pioneiros italianos, germânicos, poloneses e portugueses que, unidos às comunidades regionais, implementaram um intenso processo de desenvolvimento que iniciou na década de 1960 na região de Turvo. Os baixos níveis de produtividade, o fraco emprego de tecnologia, a falta de dinamismo econômico, as deficiências infraestruturais da microrregião e outras deficiências que obstaculizavam o desenvolvimento foram, paulatinamente, sendo neutralizadas pela eficiência da ação cooperativista da Coopersulca ao longo dessas cinco décadas. Em consequência, as potencialidades regionais foram emergindo com resultados sociais e econômicos fruídos por toda a população regional. A admirável estrutura de produção – incluindo o Parque Industrial Coopersulca Arroz Fazenda,

Marcos Antônio Zordan Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc)

a rede de supermercados, a rede de lojas agropecuárias, a operação logística com a moderna central da distribuição e a oficina de máquinas e implementos agrícolas – testemunha o sucesso de Coopersulca e permite projetar, com fundado otimismo, a linha reta e ascendente que trilhará nos próximos 50 anos. Parabéns aos associados, colaboradores e dirigentes que tornaram a Coopersulca um paradigma brasileiro de cooperação, sucesso comunitá- 2015 / Coopersulca / 7 rio e empresarial.


Galeria dos Presidentes

Iracy Scarabelot de 1964 à 1967

Antônio Bez Batti Neto 1971

Valdemar Saccon de 1974 à 1976

8 / Coopersulca / 2015

João Bez Batti de 1968 à 1971

Moacir Mário Rovaris de 1971 à 1974

Alfredo Angeloni de 1986 à 1990


Galeria dos Presidentes

Paulo Marcon de 1972 à 1974, 1976 à 1986, 1990 à 1992

Mário Valentin Bez Batty de 01.09.1996 à 30.11.1996

Jorge Jonelso Marcon de 1992 à 1996

FLÁVIO MARCON de1996 à 2010

ARLINDO MANENTI de 2010 a 2013 2013 a 2017 2015 / Coopersulca / 9


Sócios Fundadores

Abramo Trichês Abel José Conti Abel Marcon Abeloide Feltrin Adão Luiz Roque Adevino Sávio Adolfo Biz Adolfo Dandolini Alberto Frasson Albino Biz Alcides Manoel Vitorino Alcides Pagnan Alcides Sasso Aldinode Prá Aldo Angelico Panatto Aldo Lodetti Alício Tonetto Amélio Miott Américo Borges André Avelino Panatto Angelo Biava Angelo Dagostin Angelo Manenti Angelo Maragno Angelo Marcon Angelo Sartor Angelo Scarabelot Angelo Simon Anibal Neto Anibal Piassoli Antonio Avelino Giust Antonio Boteon Antonio Daré Antonio Daros Antonio Estevão Patricio Antonio Lucieti Antonio Marcon Antonio Pagnan Antonio Pavei Antonio Sempre Bom Antonio Simon Anvidorino Barbosade Oliveira

Aprizio Simon Ariovaldo Carlessi Arno Marcon Artur Constantino Pedro Arvaldomingo Savio Atílio Feltrin Atílio Idalino Feltrin Augusto Manenti Augusto Vicentin Avelino Fascin Avelino Lucieti Avelino Maragno Bento Cristóvão Soares Bento Guilherme Bento José Luiz Bento Leonel dos Santos Bernardino Manoel Januário Candido Bom Carmino Manoel Caetano Cezário Bilézimo Claudino Bom Claudino Damin Claudino Lodetti Danilo Dandolini Dário Panatto David Biz Dionízio Bez Batti Domingos Tramontin Donato Favarin Elias Bardini Elias Marcon Elvirio Patricio Emilio Tonetto Ereditáriode Prá Sobrinho Erminio Lodetti Esilio Marcon Eugenio Tramontin Eulino Manoel Teixeira Ézio Bendo Fernando Biz Fortunato Malgarezzi Gentil Buzanello

Getúlio Antonio Cardoso Guerino Dagostin Henos Feltrin Hilário Biz Hilário Feltrin Hilário Pinto Hilário Vicentin Hilário Zanin Idalino Boza Idalino Tonetto Idel Panata Inácio Nagildo Inocente Bendo Iracy Scarabelot Ivo Feltrin Jácomo Carminati João André João Batista João Bento Da Silva João Berti Mafioleti João Bez Batti João Biz João Conti João Costa Helena João Cristiano Becher João Damin João Darabas João Fascin João Felisberto Cardoso João Pedro Cechinel João Vieira João Zeferino Joaquin dos Santos Teixeira Joaquin Lourenço Tramontin José Andre Rodrigues José Antonio Monteiro José Bardini José Berti Mafioleti José Biz José Dagostin José Daros José Florentino Dos Reis

Momentos da história

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Iracy Scarabelot 1º Presidente Coopersulca

1966:

Associação Rural. Passou a ser a primeira loja agropecuária Coopersulca

1987: A Antiga Associação rural passou a ser a 1 Loja Agropecuária Coopersulca


Sócios Fundadores

José João Darabas José Scarabelot José Semler José Tonetto José Vitalvino Inácio Lauro Malgarezzi Lesalmo Dal Pont Liberatino Rodrigues Luiz Bento da Silva Luiz Biz Luiz Dagostin Luiz Jovino Espindola Luiz Lummert Neto Luiz Marcon Luiz Menegaro Luiz Peterle Luiz Trichês Manoel Jovino Espíndola Manoel Pinto Manoel Vergilino Teixeira Marcos Maia Borges Máriode Prá Mário Marcon Mário Scarabelot Mário Tomazi Matorino Antonio Joaquin Moacir Feltrin Naide Simon Nazareno Favarin

Osvaldo Aguiar Otávio Dal Pont Otávio Netto Otávio Scarabelot Otávio Vicentin Paulo Marcon Pedro Bordignon Pedro da Rocha Pedro Evaristo Gomes Pedro Idalino Pedro Marcon Primo Bianchini Primo Lucieti Quentinode Prá Quentino Espader Destefani Raile Buzanelo Raulino Savi Reno Pescador Rodolfo Pescador Rodolfo Silvestre Romoaldo Pescador Rubens Maragno Rubens Pisoni Santo Buzanelo Neto Santos Liberato Simon Serafin Tomaz Borges Silvestre Dandolini Silvestre Rovaris Silvestre Scarabelot

Silvino D’ Stefani Silvino Fávaro Silvio Bardini Silvio Bez Batti Silvio Pedro da Rocha Tranquilo Lucieti Tranquilo Pescador Umbertode Betio Valdecir Bento Leonel Valdemar Bardini Valdemar Búrigo Valdemar Jose Wagner Valdemar Scarabelot Valdemir Bardini Valdevino Flores Valdir Carlessi Ferreira Valentin Sartor Valentin Zilli Valmor Roseno Cardoso Venceslau Francelino Custódio Veneri Caralino Vergilio Manoel Vitorino Vergino Biz Vicenti da Silva Esteves Vinicio Dandolini Vinício Scarabelot Virgínio Scarabelot Vitalino Valentin Scarabelot Zeferino Meneguel

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1966:

Armazenamento de arroz em sacos

1975: Armazém para arroz

1980: Armazenagem de arroz em sacos


História

O início de tudo, por Iracy Scarabelot

A Coopersulca é hoje a empresa que verdadeiramente representa os nossos agricultores. No dia 20 de dezembro de 2014, completou 50 anos de trabalho e cooperativismo. Não poderíamos deixar de fazer nossa homenagem. Vamos resgatar a história de como tudo começou através das palavras do primeiro presidente da cooperativa, o Sr. Iracy Scarabelot. Acompanhe a narrativa do Sr. Iracy Scarabelot em entrevista concedida à equipe da revista Copersulca 50 anos:

Momentos da história

12 / Coopersulca / 2015 1980:

Construção dos primeiros Silos para Milho

1980:

Construção dos primeiros Silos para Milho

1980:

Construção dos primeiros Silos para Milho


História

Minha apresentação Em primeiro lugar, quero fazer a minha apresentação e explicar por que um moço ainda jovem, na época com 27 anos de idade, foi eleito o primeiro presidente da Cooperativa Agropecuária de Turvo Ltda. em 20 de dezembro de 1964. Em 1957, eu concluí o curso normal regional, que na época era um nível alto para a região. Eu era o único filho de agricultor da época que tinha este curso. Em 1958, eu fiz um curso de vacinador em Florianópolis, e lá fiquei estagiando durante três meses. Eu acho que sou o único aqui da região sul que tem este curso de vacinador.

Fui eleito o primeiro presidente da Cooperativa Agropecuária de Turvo Ltda, em 20 de dezembro de 1964. Trabalhei na Secretaria da Agricultura durante quatro anos, fui criado no meio rural e sempre tive amor por esse serviço. Naquela época, o veterinário mais perto morava em Tubarão, então eu fazia, às vezes o papel de veterinário, realizando pequenas cirurgias e outros trabalhos de atendimento. A década de 1960 foi tumultuada, pois só se falava em comunismo, socialismo, movimento de classes, greves, e planejava-se a derrubada dos governos. No Nordeste, existiam as Ligas Camponesas, que eram movimentos de classes camponesas lideradas por Miguel Arraes, padre Alípio de Freitas e o famoso Julião, que eram as três pessoas de mais destaque daquela região. Essas ligas camponesas começaram a invadir o Sul do País com seus ideais, penetrando no meio para criar Sindicatos Rurais. Surgiu, então, a Frente Agrária Catarinense, com o apoio do Clero, que era da direita, e foi designado para liderar o movimento o padre Osni Carlos Rosembrock. A Frente Agrária Catarinense não foi criada para defender o agricultor, mas sim para se antecipar à chegada dos sindicatos, porque, se o município já tivesse um sindicato registrado, não se poderia fundar outro.

Surgiu a Frente Agrária Catarinense, com o apoio do Clero, que era da direita, e foi designado para liderar o movimento o padre Osni Carlos Rosembrock. O padre Osni era jovem, dinâmico, com uma oratória que convencia todo mundo, grande comunicador, extrovertido, disposto, brincalhão, chegando às vezes a se exceder. Na época, eu fui enviado para São Paulo para fazer um curso de oito dias, escondido em um sítio no interior daquele Estado, mais precisamente no município de Jacareí. Lá aprendi como fazer uma ata, aprendi também todas as malícias para dirigir uma assembleia e uma reunião de um sindicato. O movimento da esquerda era comunista, socialista, era o movimento dos nordestinos. Do lado da direita, faziam parte o Clero e os empresários. Então, voltei de São Paulo, e sob a liderança do padre Osni fizemos a campanha para a fundação do Sindicato Rural de Turvo, que depois de fundado o teve como primeiro presidente. Para ter uma ideia da força que tinha o padre Osni, em 20 de março de 1964, no dia de São José, aqui em Turvo houve a primeira concentração do movimento dos sindicatos da direita, que abrangia toda a Diocese de Tubarão.

Estiveram naquele dia no seminário Servos de Maria cinco mil pessoas, e esse dia ficou conhecido como o “Dia da Fome”, porque foram abatidos cinco bois, que não foram suficientes para que todo mundo se alimentasse. O padre Alípio de Freitas, do Movimento Nordestino, esteve entre nós disfarçado e teve muita sorte de não ser reconhecido, tamanha era a motivação de nossos agricultores. Poderia ter acontecido algo ruim com ele. O motivo de ele estar aqui é que à noite iria fazer uma reunião em Araranguá com os seus simpatizantes, mas os nossos companheiros descobriram, foram até o local e impediram assim a tal reunião.

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1980:

primeiros tanques para arroz

1981:

Indústria e Escritório

1981:

Indústria e Escritória Recebimento de arroz


História

As cooperativas Em 30 de março de 1964, estourou o Golpe Militar, e nós escapamos bonito, porque, quando veio o Golpe, foi um deus nos acuda. Naqueles dias, quem tinha mais garrafas para vender levava a melhor. Nessas alturas, o Sindicato não tinha mais razão de ser, pois não oferecia vantagem nenhuma, e o nosso objetivo fora alcançado, pois conseguimos impedir o avanço dos sindicatos da esquerda. Já que o Sindicato não tinha mais utilidade, nós tínhamos que promover algo para ajudar os agricultores economicamente. Então, surgiu a ideia da cooperativa, e começamos tudo outra vez: as reuniões, as discussões, mas tudo direcionado para a fundação de uma cooperativa. Na época, o município de Turvo abrangia Turvo, Jacinto Machado, Ermo e Timbé do Sul, e nós percorremos todas as comunidades para tentar organizar a cooperativa.

Como já disse, o padre Osni era um grande incentivador, mas um pouco desorganizado, e nós não entendíamos nada. E o pior, as cotas-partes para fundar essa Sociedade eram tão irrisórias, que não deram nem para o escritório, era somente um fundo simbólico. O padre Osni dizia que não havia problemas, desde que a cooperativa estivesse legalizada, o banco arrumaria o dinheiro. O agricultor da época tinha uma certa aversão ao pessoal que morava no centro da cidade e achavam que os comerciantes eram exploradores e sonegadores de impostos. Em 20 de dezembro de 1964, duzentos e quatorze agricultores reuniram-se para fundar a cooperativa. A primeira exigência foi que a cooperativa teria que ser dirigida por um colono ou filho de colono.

Nessa momento surgiu a ideia da cooperativa, e começamos tudo outra vez: as reuniões, as discussões, mas tudo direcionado para a fundação de uma cooperativa.

Em 20 de dezembro de 1964, duzentos e quatorze agricultores reuniram-se para fundar a cooperativa.

O primeiro presidente Então, fui eleito presidente, e a primeira atitude que tomei foi viajar para a cidade de Tubarão e, chegando lá, fiz uma compra na Loja Leão, onde comprei duas peças de brim azul e duas peças de cambraia branca, pois na época os alunos dos colégios usavam uniformes azuis e brancos, feitos desses tecidos. Comprei também mais algumas mercadorias necessárias para os nossos agricultores. Eu gostaria de lembrar que quem trouxe a mercadoria de jeep foi o Preto Velho, irmão do Sebastião Morais, o Preto do CTG de Tubarão. Chegando aqui, abrimos a primeira loja da Cooperativa no Prédio do Canela, com essa mercadoria comprada em Tubarão, isso em 1965. O padre Osni, que era o líder do movimento, foi a Tubarão e lá procurou o representante do açúcar da

Usina Oliveira e comprou dezoito mil quilos de açúcar cristal, empacotados em pacotes de cinco quilos. Resultado: não vendemos nada! Os agricultores da época tinham por hábito comprar açúcar em sacas de 60 kg, e o pior aconteceu, o açúcar acabou empedrando, e nós não tínhamos como pagá-lo. O Sr. José Biz, que era o gerente da época, conseguiu um empréstimo e pagou a dívida. Mais tarde, tivemos a sorte de haver um aumento no preço do açúcar e nós vendemos o açúcar por um preço abaixo do mercado, safando-se assim da dívida. A contabilidade era desorganizada, ou melhor, não tínhamos, Padre Osni e nós nada entendíamos, éramos inocentes.

Momentos da história

14 / Coopersulca / 2015 1982:

Visita da Padroeira N.S. da Oração

1982:

Reunião com associados

1982:

Coopersulca na Fecoop de Xanxerê


História

Sai o Clero e entra a Acaresc Nessa época, o padre Osni foi embora, e veio para Turvo o Dr. Afonso Back, portanto, saiu o Clero, e entrou a Acaresc para coordenar o movimento de cooperativismo no Sul do Estado.

famoso EGF no Banco do Brasil. Mas nós continuávamos sem registro federal, e o Banco do Brasil não emprestava dinheiro sem este registro. Resultado: o agricultor queria o dinheiro, nós não tínhamos, e o arroz continuava estocado.

Nessa época saiu o Clero e entrou a Acaresc para coordenar o movimento de cooperativismo no Sul do Estado. Afonso Back era engenheiro agrônomo, jovem, inteligente, comunicativo, muito calmo e logo quis organizar a contabilidade. O que nós fizemos; colocamos todas as notas e recibos em um saco e arrumamos um contador na cidade de Orleans. Foi a partir desse momento que começamos a acertar a contabilidade da cooperativa de Turvo. O próximo passo seria a implantação do setor de produção (indústria), mas nós não tínhamos dinheiro, mas sempre dizendo que o banco iria emprestar compramos um terreno, se não engano, por seis mil cruzeiros, não tenho certeza se era essa a moeda da época. O terreno comprado é o mesmo onde se encontra hoje o depósito central de insumos da Coopersulca. Como poderíamos conseguir empréstimo bancário, se nossa contabilidade estava atrasada? A Acaresc, aqui representada por Afonso Back, conseguiu para nós um empréstimo no Banco Estado de Santa Catarina (BESC) no valor de dezoito mil cruzeiros. A Acaresc ficou responsável perante o banco, e a cooperativa com promissória avalizada pelos associados avalizava a Acaresc. Com esse dinheiro, nós compramos uma máquina de descascar arroz da marca Fabri, com capacidade para 13 sacas por hora, e um secador da marca Pampeiro, com capacidade para secar 90 sacas de arroz por hora. Compramos também os primeiros pavilhões de estrutura metálica, afinal, precisávamos de tudo isso na época para tocar um engenho de arroz. Em 1966, recebemos 6.500 sacas de arroz. Então, dizíamos que os associados podiam depositar a safra na cooperativa, para que depois se pudesse fazer o

Nós temos que agradecer ao saudoso Ires Olivo, que na época era concorrente da cooperativa, mas querendo preservar os agricultores, conseguiu um empréstimo para nós, inclusive avalizando-o. O arroz predominante naquela época era o barriga branca, de grão curto e de péssima qualidade. Tínhamos também o paulista e o pragana, também de grão curto e de pouco mercado. Na região, existiam o dourado precoce e o precoce IAC4, com pouca produtividade. Esse arroz barriga branca era tão ruim, que quando cozinhado ficava uma papa, um pirão. Para melhorar a qualidade, nós o colocávamos em tanques durante três ou quatro dias até ele brotar, porque com a brotação saía o gesso, que formava a barriga branca. No mercado de Curitiba, nós não podíamos vender o nosso arroz, pois lá entrava muito arroz sem nota de Santa Catarina, e como o nosso produto era vendido com nota, não podíamos concorrer. No mercado de São Paulo, não era fácil entrar, já que os gaúchos vendiam lá um arroz de melhor qualidade, o arroz longo, que nós ainda não produzíamos. Nós, então, conseguimos uma empresa de representação chamada Machado Neves, de Juiz de Fora, MG, que trabalhava na Zona da Mata, onde existiam muitos boias-frias, que não se importavam com a baixa qualidade de nosso arroz, e sim com o preço acessível. Vendíamos também no Rio de Janeiro.

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1986:

Assembléia Geral

1986:

Festa do Colono Turvo

1987:

Loja e Super Cooper


História

A crise de 1971 Em 1967, recebemos 17.000 sacas de arroz; em 1968, 22.000 sacas. Em 1968, aconteceu a primeira falha na cooperativa, que originou a crise de 1971. Nesse ano, os oito maiores produtores de arroz associados da cooperativa quiseram aumentar o parque industrial. Então, adquirimos uma máquina de 45 sacas/hora, mais secadores, pavilhões, tanques, etc. Como não houve aumento no preço do arroz nos três anos posteriores, eles acharam por bem não depositar a sua produção na cooperativa, ela ficou com estoque baixo, e com isso a produção e as novas máquinas ficaram ociosas, e a firma, com dificuldades de pagá-las. O pior é que não conseguia empréstimo bancário. Como o arroz não aumentou, também teve pouca sobra para o repasse para o agricultor no final do ano, ficando assim em situação difícil o associado e

a cooperativa, visto que os nossos concorrentes levavam vantagens, pois tinham a facilidade de sonegar impostos. Prova disso foi uma pesquisa feita na época em nosso município, na qual constava que a cooperativa com 10% da comercialização do arroz do município contribuía para os cofres públicos com 40% da arrecadação, sem contar com os outros produtos agrícolas comercializados no município por terceiros. Com essa pesquisa em mãos, nos dirigimos ao então governador do Estado, Ivo Silveira, e reivindicamos um retorno de 50% do ICMS arrecadado pela Cooperativa. O governador, vendo que o pedido era justo, nos prometeu estudar o caso. Já estávamos no início de 1971, quando saí da cooperativa, foi quando a tal promessa foi cumprida, e a cooperativa recebeu 20% de retorno via Fundesc.

Troca de comando Em 1971, já estávamos com o controle da situação, com a contabilidade organizada e aproximadamente 600 sócios e o movimento comercial em plena expansão, a expectativa era de progresso, pois o pior já havia passado. Mas, por ordens superiores vindas da capital do Estado, o coordenador Afonso Back foi substituído. Ele estava a par de toda situação, em seu lugar assumiu o Dr. Rogério Remor, que coordenava a formação das cooperativas do Oeste catarinense, mais capitalizados que os do Sul.

Sai o coordenador Afonso Back e assume o Dr. Rogério Remor, que coordenava a formação das cooperativas do Oeste catarinense, mais capitalizados que os do Sul. Rogério Remor, acostumado com um estilo diferente de coordenação, já que as cooperativas do Oeste não tinham problemas financeiros, foi infeliz nas suas colocações, dizendo que a cooperativa devia certa quantia, considerada por ele alta, não explicando ele o grande investimento que a cooperativa tinha em

Momentos da história

bens; com essas declarações de Remor, parte dos agricultores assustados evadiu-se da cooperativa, ficando somente 73 associados. Esses 73 corajosos associados que ficaram aumentaram o capital social, resolvendo assim os problemas financeiros da Cooperativa. Em seguida, assumiu uma diretoria, na qual alguns diretores não conheciam a situação real da firma e precisavam de um bode expiatório. Conclusão: eu fui considerado culpado e passei por ladrão pela boca de muita gente que não conhecia a situação. Fui processado judicialmente e condenado por ter comprado alguns pulverizadores da marca capeta, de uma firma japonesa, com representante em Araranguá chamada Suzuki. O representante comercial era o Dr. José Valentin Lorenzetti. Estando eu certo dia no Banco do Brasil de Araranguá, o Dr. José me pediu um adiantamento da referida compra. Naquele momento, ali no banco, fiz um recibo para saída de caixa, e como a cooperativa não tinha recebido a mercadoria, eu, agindo na maior boa fé, coloquei no recibo “empréstimo em curto prazo”. Acontece que eu não sabia que a cooperativa não podia emprestar dinheiro a terceiros, era considerado apropriação indébita, então acabei sendo condenado.

16 / Coopersulca / 2015 1987:

Assembléia Geral

1987:

Treinamento de Funcionários

1989:

Comemoração aos 25 anos


História

Curiosidades Antes de terminar a minha história, eu gostaria de lembrar alguns fatos pitorescos da época. * Para telefonar para São Paulo, tínhamos que ir a Torres, no RS, pois lá tinha um telefone. Íamos de carona para economizar. * Quando conseguimos um empréstimo no Banco do Brasil de Araranguá, trouxemos o dinheiro em um saco de 60 kg. Foi grande a fila de turvenses para ver tanto dinheiro junto.

Quero relembrar os que merecem, no mínimo, o nosso respeito, como: padre Osni, Dr. Afonso Back, José Schülter, Reneu do Amor Berni, Dr. Egas Donadel, João Afonso Zanini Neto, João Bez Batti, José Biz, Antônio Bez Batti Neto, Mário Trichês, Arno Marcon e todos os diretores da época. Quero também agradecer ao presidente, Sr. Flávio Marcon, que permitiu expor a minha história em palestras comemorativas quando a cooperativa completou 35 anos, história esta que ficou oculta por todo esse tempo. Iracy Scarabelot Primeiro presidente da Coopersulca.

A Bayer CropScience saúda a Coopersulca pelos seus 50 anos, ressaltando o orgulho de fazer parte desta importante história e da parceria estabelecida. Parabéns a todos que fazem parte da família Coopersulca por esta história de muito sucesso. www.bayercropscience.com.br

2015 / Coopersulca / 17


História

Tudo começou assim, por Osny Rosembrock

“A têmpera e a jovialidade de seu primeiro presidente, aliadas ao espírito lutador e ordeiro daquele povo, também por mercê de Deus, converteriam a tênue semente cultivada, convertendo-a na atual portentosa Cooperativa do Sul Catarinense, prêmio merecido a quem soube trabalhar”, finaliza Osny.

Momentos da história

18 / Coopersulca / 2015 1989:

Desfile 07 de Setembro

1990:

Palestra para associados

1990:

Escritório Central Visita de Estudante


História

Movimento das Frentes Agrárias A exemplo da Frente Agrária Gaúcha, norteada pelo bispo Dom Edmundo Kunz, dom Anselmo Pietrulla, bispo de Tubarão, convocou e atribuiu a mim a missão de politização da classe agricultora, a fim de resguardar seus direitos civis e profissionais, com a fundação de sindicatos, e promover-se economicamente, mediante a criação de cooperativas. Só Deus sabe os sacrifícios padecidos na incansável peregrinação evangelizadora pela mobilização da classe agrícola. Ora com um velho Ford-40, ora em cima de tratores, ora a cavalo, sempre cedidos pelos colonos, ao cabo de quase quatro anos, já haviam se filiado à Frente Agrária Catarinense mais de vinte e dois mil agricultores. Não houve recanto remoto ou capela isolada do território da Diocese de Tubarão que não recebesse a mensagem redentora.

O movimento conquistou inclusive reconhecimento e fama nacionais, tanto que foram incontáveis os convites para conclaves. Destaque para que eu participasse, como participei, no Rio de Janeiro, a convite do então ministro Arnaldo Sussekind, dos estudos sobre formulação do Estatuto da Terra. Não aconteciam conclaves nacionais afetos à agropecuária sem que eu não recebesse convite, com viagens e hospitalidade pagas.

Já haviam se filiado à Frente Agrária Catarinense mais de vinte e dois mil agricultores.

A ditadura militar O pior, porém, aconteceria em 31 de março de 1964. Destituindo João Goulart da Presidência, o exército implantou no País a ditadura militar. O comandante do 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau, corporação militar que descera a Tubarão para impedir a progressão do 3º Exército de Porto Alegre, fiel a Jango e Brizola, me aprisionou de madrugada no Palácio do bispo. Motivo da prisão: ladeado por milhares de populares pobres da localidade de São Martinho, dias antes, acontecera, mediante violenta invasão (dragas dinamitadas), a reintegração de posse na Fazenda Revoredo, mais conhecida como Compáscuo do Campo de Pirituba, que o governo federal infelizmente vendera a Diomício Freitas e Santos Guglielmi. No mesmo dia, transitando por Tubarão, um promotor da 5ª Região Militar concedeu-me ordem de soltura, sendo eu recebido com vibrante aclamação na hora do almoço pelos padres todos da Diocese, reunidos com o bispo no seminário. Tudo se desenhava para que meu futuro fosse incerto e impreciso. Entendi que deveria concretizar

com rapidez a fundação de cooperativas nos municípios, onde a classe agrícola demonstrava condições efetivas de sucesso e crescimento. Foram criadas as cooperativas de Orleans e Meleiro, e, em 20 de dezembro de 1964, a de Turvo.

Tudo se desenhava para que meu futuro fosse incerto e impreciso. Em janeiro de 1965, novamente preso pelo exército na casa paroquial de Criciúma, em seguida fui levado, com outros 22 presos, para o edifício do Plano Nacional do Carvão, e, na madrugada, em ônibus da Santo Anjo da Guarda para a penitenciária do Ahú, em Curitiba. Não tive o prazer de acompanhar o progresso e todo o desenvolvimento da hoje Coopersulca, esta gigante do cooperativismo nacional. Porém, distante e isolado em degredo, uma certeza pulsava em meu coração, também quando já trôpego vendia tapetes nas ruas de São Paulo. Osny Rosembrock - OAB – SC nº 20.081

2015 / Coopersulca / 19

1991:

Vista aérea da Matriz

1991: Indústria de Arroz

1995:

Loja Agropecuária Matriz


História

Relembrando momentos inesquecíveis, por Afonso Back

Em 1963, como já acontecia em anos anteriores, a Acaresc – Associação de Crédito e Assistência Rural de Santa Catarina contratou um grande número de engenheiros agrônomos recém-formados para trabalhar na assistência rural do Estado, principalmente no sul. O objetivo era levar para o campo a tecnologia e a assistência rural, e dessa forma fazer o desenvolvimento do Estado.

Momentos da história

20 / Coopersulca / 2015 1995:

Loja Agropecuária Matriz

2001: Palestra com Carlos Cogo na Adesul

2000: Escritório Central Atendimento


História

Primeiro grande desafio

Apoio da Igreja

O que aconteceu é que se levou ao campo assistência e tecnologia, que foi aumentando a produção, mas não tínhamos comercialização. Foi o primeiro grande entrave enfrentado. Quando o produtor tinha o produto, não tinha preço. Quando tinha preço, não tinha comercialização. A partir daí, a saída foi organizar o produtor rural em cooperativas para resolver a questão da comercialização. Mas naquela época tinha-se muito pouco conhecimento sobre cooperativas.

Para resolver esta questão e buscar credibilidade, resolvemos envolver a igreja. Através do apoio do bispo dom Anselmo Pietrulla, que prontamente nos atendeu, tivemos o envolvimento da igreja com todo o clero a serviço de nossa missão. O primeiro passo foi dar um curso de cooperativismo aos padres, na época da diocese, pois eles não tinham a mínima ideia do que era cooperativismo. Tínhamos um centro de treinamento em Urussanga, onde foi dado o curso aos padres. Nesta época, o padre Osni foi nomeado como Quando o produtor tinha o produto, coordenador do clero. Nossa estratégia era irmos não tinha preço. Quando tinha às comissões do interior e convidávamos o pespreço, não tinha comercialização. soal para uma missa, na qual o padre informava que um engenheiro agrônomo iria falar sobre Preparo para as cooperativas cooperativismo, um assunto sério e de muita importância para o produtor rural. Naqueles anos, o presidente da Acaresc enBem, praticamente o sermão era nosso, e isso tendeu que deveria mandar alguém se especialifoi trazendo excelentes resultados. zar em cooperativas, para trazer o conhecimento para a equipe de técnicos e consequentemenAtravés do apoio do bispo dom te levar ao produtor rural. Fui, então, escolhido Anselmo Pietrulla, que prontamente como o técnico que iria fazer esse trabalho. Partinos atendeu, tivemos o envolvimento cipei de um curso em Campinas por muito temda igreja com todo o clero a serviço de po e voltei para dar a assistência aos técnicos, nossa missão. que a levariam ao campo. Na época, eu trabalhava em Orleans. Tínhamos uma grande afinidade com o paDepois do curso, começamos a levar o cooperativismo aos técnicos da Acaresc, que o levaram dre Osni, muito influente na época, e persuapara o campo. Passei a coordenar os trabalhos, e sivo, que acabou nos auxiliando muito nesse começamos a conversar com os produtores ru- trabalho. Tinha também o frei Euzébio, um capuchirais. Era uma coisa nova para todos eles, e havia nho de Maracajá, que muito auxiliou também. muita desconfiança na época.

2015 / Coopersulca / 21

2004: Escritório Central reformado

1978: Evolução da Indústria de Arroz Empacotamento

1989: Indústria de Arroz

Seleção eletrônica de arroz


História

Em 1963, a Acaresc contratou engenheiros agrônomos recémformados para trabalhar levando ao campo a tecnologia e a assistência rural, e dessa forma fazer o desenvolvimento do Estado.

O início dos trabalhos O início do trabalho foi em Orleans, onde chegamos a ter cerca de 800 produtores rurais cooperados. Mas logo foram sendo criadas cooperativas em toda a região.

Profissionalização Nascia também a Coopersulca em Turvo. Cada município tinha seu núcleo, sua cooperativa, após o pessoal estar treinado. Na época, o entusiasmo e a motivação eram enormes em relação às cooperativas. Qualquer reunião marcada, seja onde fosse, contava com grande participação dos produtores. Isso empolgava a todos. Como era na época da ditadura, havia uma certa cautela no que se fazia. Inclusive fui proibido a sair do País neste período. Ensinávamos a cada participante das cooperativas a exercer sua função na cooperativa para que se tivesse êxito.

Na época, o entusiasmo e a motivação eram enormes em relação às cooperativas.

Juntávamos a documentação toda e íamos para o Rio de Janeiro registrar a cooperativa no Ministério da Agricultura. Às vezes, ficávamos mais de uma semana para fazer o registro. Depois do registro, tínhamos que organizá-las para o desenvolvimento do trabalho. Na época, tínhamos um importante apoio do técnico Juarez Bittencourt, que ia de cooperativa em cooperativa ensinar tudo em detalhes. Depois disso, começavam a produzir e, consequentemente, crescer. Algumas chegaram a potencias, como é o caso da Coopersulca. A repercussão desse crescimento associativista foi muito intensa. Acabei sendo convidado pelo Banco Central do Brasil e pelo Banco do Brasil a proferir palestras sobre cooperativismo em universidades de boa parte do Brasil, mostrando como se fundaram as cooperativas e como esse crescimento era vitorioso. Na ocasião, também verificava o andamento de cooperativas já existentes. A partir daí, fomos em busca de financiamentos e recursos para os primeiros armazéns. Foi um trabalho muito árduo. Na época, o presidente da Acaresc era Glauco Olinger. Enfim, o nosso trabalho foi se propagando por todo o Estado como uma verdadeira e agradável “onda” boa. E a Coopersulca, hoje nos seus 50 anos, passou por todos esses períodos e chegou aonde está. Meus parabéns a todos que participaram dessa bela história.

Afonso Back

Momentos da história

22 / Coopersulca / 2015 2004: Indústria de Arroz

Seleção eletrônica de arroz

1995: Indústria de Arroz

Máquina beneficiamento de arroz

1978: Marcas de Arroz

Primeira Marca Tapera Tipo 2


História

Sede Administrativa atual da Coopersulca, em Turvo.

50 anos,

Parabéns, COOPERSULCA!

de dedicação à agricultura e ao homem do campo. Para a Yara, é um imenso orgulho estar junto desde o começo, compartilhando histórias, conhecimentos e sucessos.


A Coopersulca

COOPERSULCA

Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense A nossa missão

24 / Coopersulca / 2015

“Produzir os melhores alimentos, visando à satisfação, à saúde dos consumidores, através da qualidade dos nossos serviços, preservando o meio ambiente e promovendo o desenvolvimento econômico, social e cultural das famílias produtoras, difundindo o cooperativismo.” Acompanhamos o processo produtivo do arroz Fazenda desde o plantio até chegar à mesa do consumidor, garantindo a qualidade dos nossos produtos.

Produzindo os melhores alimentos.


A Coopersulca

Sede 01

A cooperativa A década de 1960 foi marcada por profundas transformações políticas, econômicas e sociais. Em resposta aos movimentos sociais radicais de esquerda, o governo brasileiro fomentou a criação das cooperativas. Com apoio da igreja católica e após a realização de inúmeras reuniões, nasceu o espírito empreendedor num grupo de 214 produtores rurais. Após a disseminação dos princípios cooperativistas, estes pioneiros, reunidos numa assembleia geral, fundaram a Coopersulca em 20 de dezembro de 1964.

“Eu me associei 30 dias depois da fundação da Coopersulca. E continuo até hoje, por assim dizer. Lutei dia e noite sem cessar, para que a cooperativa se tornasse um dia a defesa do nosso associado e também a valorização de sua profissão, como agricultor”, lembra Flávio Marcon, ex-presidente.

2015 / Coopersulca / 25


A Coopersulca

Todos os desafios foram superados com muito trabalho e dedicação.

Todos os líderes cooperativistas eleitos e que conduziram a cooperativa ao longo destes 50 anos sempre foram postos diante de grandes desafios, superados com muito trabalho e dedicação, apoiados por associados, parceiros e funcionários.

“Comecei na Coopersulca em 1964. Mas eu ainda não tinha produção nenhuma. Em 1968, meu pai me deu uma pequena área para trabalhar, mas produzia muito pouco. Mas tudo que eu produzia eu colocava na cooperativa”, cita Arno Marcon, sócio fundador e primeiro funcionário.

Momentos da história

26 / Coopersulca / 2015 1982: Marcas de Arroz

Família de produtos Coopersulca

2004: Marcas de Arroz

Família de produtos Coopersulca

2003: Desfile 7 de Setembro

Homenagem Coopersulca


A Coopersulca

Na Coopersulca, o foco é o ser humano, investimos constantemente na capacitação profissional dos associados e colaboradores, que são a razão de ser da cooperativa. Ela foca o desenvolvimento econômico e social, que é a base para a melhoria da qualidade de vida das 1.800 famílias associadas residentes no sul catarinense e no nordeste do Rio Grande do Sul. O desenvolvimento econômico e social é a base para a melhoria da qualidade de vida das 1.800 famílias associadas.

“Hoje, o agricultor é um empresário rural. A sua lavoura, a sua propriedade, é uma empresa. Para tocar bem essa empresa, foi muito importante esse conhecimento adquirido durante os módulos feitos em 2014, em que as mulheres participaram”, destaca Margareth M. Manenti, do Núcleo Feminino e esposa do presidente.

O Departamento Técnico A qualidade do nosso produto final começa no campo, através da assistência técnica qualificada e aplicada por engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas altamente capacitados, que orientam diariamente as famílias dos associados desde o plantio das sementes até a comercialização do arroz beneficiado.

A qualidade do nosso produto vem através da assistência técnica qualificada.

2015 / Coopersulca / 27

1990:

Construção Super Cooper I

1990: Inauguração Super Cooper I

2004: Super Cooper


A Coopersulca

“Nossos engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas ficam à disposição dos associados durante 365 dias do ano, contribuindo com o crescimento dos produtores e difundindo as doutrinas cooperativistas”, comenta Juliano Z. Favarin, engenheiro agrônomo. O Departamento Técnico acompanha os associados, orientando-os no preparo do solo, nas atividades como incorporação da palhada através da rotativa, nivelamento, semeadura, adubação, manejo da água e aplicação de defensivos recomendados. Realiza projetos de custeio e investimentos e recuperação dos créditos de ICMS de máquinas e implementos agrícolas para os associados.

Engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas orientam as famílias dos associados desde o plantio das sementes até a comercialização.

“Quando meu pai me associou, eu nem sabia por que estava ali, na verdade. Mas com o passar do tempo eu fui vendo que aquele jovem um dia ia fazer a diferença. Porque as pessoas envelhecem. Hoje, eu tenho a minha família, meu filho é associado desde muito jovem, minha esposa é associada, e minha filha em breve será associada. Me sinto muito seguro e agradeço fazer parte da família Coopersulca”, afirma Geraldo Saccon, associado.

28 / Coopersulca / 2015 1984: Inauguração UBS

1986: UBS

2004: Inauguração Silos UBS


A Coopersulca

Estrutura administrativa O presidente administra em conjunto com os conselheiros, analisando os projetos, aprovando-os quando viáveis, garantindo a transparência administrativa e gerando o desenvolvimento da Cooperativa. Todas as decisões são tomadas em conjunto.

“De acordo com o segundo princípio cooperativista – Gestão Democrática –, com a Lei Cooperativista e o Estatuto da Coopersulca, os nossos associados são convocados a participar das assembleias gerais ordinárias, elegendo democraticamente os seus representantes. São os conselheiros de administração, os conselheiros fiscais e os membros do comitê educativo”, declara Marcos José Rosso, vice-presidente.

Em 2014, realizamos a assembleia geral ordinária no dia 14 de fevereiro, participaram os associados e associadas aptos a votar. Na oportunidade, a maioria absoluta aprovou o relatório do Conselho de Administração. Também foram eleitos os novos conselheiros fiscais para o mandato de um ano. Junto com o presidente, para facilitar a administração, a Coopersulca conta com o trabalho de cinco gestores, cada um é responsável por um setor, sendo eles: Administrativo, Financeiro, Produção, Técnico e Comercial. O setor administrativo é conjunto e participativo.

2015 / Coopersulca / 29

2004: Inauguração Silos UBS

2004: Sementes de Arroz Fazenda

1982: Início da Construção da

Oficina Mecânica


A Coopersulca

“Dentre as funções de nossa equipe, podemos destacar recursos humanos, gerência de marketing, tecnologia de informação, promoção social, auxílio às filiais e gestão dos supermercados”, destaca Mário Luiz Bez Batti, gestor administrativo.

“Dentre as principais atribuições que cabe ao gestor financeiro, está o zelo pela saúde financeira da cooperativa”, comenta José Mueller, gestor financeiro.

“A Coopersulca conta com o setor de consumo que atua em diversos Estados do Brasil. Dentre eles, os principais são Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, ressalta Gladisson S. dos Santos, gestor comercial.

Momentos da história

30 / Coopersulca / 2015 1986: Oficina Mecânica

1987:

Unidade de Armazenagem Santana - Ermo

1998:

Inauguração Frigorífico


A Coopersulca

A estrutura física Setor de Produção Nosso moderno parque industrial está localizado em Turvo, Santa Catarina. Anualmente, durante a colheita, entre os meses de fevereiro a abril, recebemos em média 4.000 toneladas por dia e armazenamos 110.000 toneladas de arroz em casca. Ao longo do ano, processamos, selecionamos, empacotamos e expedimos 90.000 toneladas, atingindo três milhões de fardos de arroz por ano. Moderno parque industrial localizado em Turvo, SC.

A parceria com nossos associados nos permite receber 2.600.000 sacas de 50 kg de arroz em casca, que representam 130.000 toneladas. Este volume de grãos é armazenado em silos metálicos distribuídos em unidades localizadas no sul catarinense e na região nordeste do Rio Grande do Sul.

Temos representantes em 14 Estados.

Nossas vendas de arroz beneficiado no mercado nacional são fruto do trabalho, dedicação e comprometimento dos nossos 20 representantes comerciais, que atuam em 14 Estados. O transporte do arroz Fazenda até o mercado consumidor é realizado com rapidez e qualidade, em parceria com empresas especializadas. Recebemos cerca de 2.600.000 sacas de 50kg de arroz em casca, que são armazenadas em silos, nas nossas unidades.

2015 / Coopersulca / 31

2001:

Visita ao Frigorífico

2003:

Apoio Lions Club ao Frigorífico Imbituba

2003: Caminhão Frigorífico


A Coopersulca

O Setor Comercial Desempenhando um papel fundamental para o sucesso dos associados, instalamos nove lojas agropecuárias distribuídas no sul catarinense e nordeste do Rio Grande do Sul. Fornecemos insumos agrícolas de qualidade, sinônimo de confiabilidade e preços competitivos em Turvo, Timbé do Sul, Meleiro, Forquilhinha, Rio Cedro Médio (Nova Veneza), Maracajá, Araranguá, São João do Sul e Torres, no Rio Grande do Sul.

Outro ponto em destaque do setor é a ampla e diversificada loja / central de distribuição de peças para tratores e máquinas agrícolas, localizada em Turvo, junto com uma espaçosa e moderna oficina mecânica. A oficina recebe investimentos constantes visando a suprir a crescente demanda por serviços mecânicos de qualidade exigidos por associados e clientes.

Nossa oficina é moderna e espaçosa.

“É muito bom poder contar com as lojas da Coopersulca. Aqui encontramos tudo de que precisamos”, afirma Rita Bez Batti, do Núcleo Feminino e Cliente.

Momentos da história

32 / Coopersulca / 2015 2003:

Visita do Ministro Frietsh ao Frigorífico

2004: Tratamento de efluentes do Frigorífico

1980: Unidade Araranguá Depósito e Escritório


A Coopersulca

A Central de Distribuição coordena toda a remessa feita às lojas.

A central de distribuição, localizada em Turvo, coordena o recebimento das mercadorias dos fornecedores e a distribuição feita diariamente para as lojas agropecuárias. A Unidade de Beneficiamento de Sementes é reconhecida em Santa Catarina como a maior e melhor, por processar sob rígidas normas e critérios de qualidade as sementes de arroz Fazenda com elevados níveis de pureza e altos índices de germinação e vigor. Utilizamos somente as cultivares Epagri, consideradas as melhores sementes do Brasil. Na UBS utilizamos somente as cultivares Epagri, consideradas as melhores sementes do Brasil.

2015 / Coopersulca / 33

1980: Unidade Araranguá

Depósito e Escritório

1995: Inauguração Escritório Araranguá

2004: Escritório Araranguá


A Coopersulca

Super Cooper A cooperativa atualmente conta com dois supermercados amplos e modernos, o Super Cooper I, em Turvo, e o Super Cooper II, em São João do Sul. O Super Cooper II passou recentemente por reformas e adequações, deixando-o mais moderno e funcional. Com a demanda crescendo em função do atendimento excelente prestado pelos colabora-

dores do Super Cooper I, em breve será ampliado, modernizado, tornando-se mais atraente, funcional e competitivo. Estacionamento coberto, padaria própria, seguindo todas as normas de segurança, acessibilidade e conforto, permitindo aumentar o mix de produtos à disposição dos clientes e associados.

O Super Cooper, em Turvo, em breve será ampliado e modernizado.

“Em 1987, foi criado o Super Cooper de Turvo, no início um pequeno mercado com apenas um check-out com o intuito de atender os associados Coopersulca. Em pouco tempo, o espaço ficou pequeno pelo reconhecimento da população turvense do investimento feito. Em 6 de setembro de 1990, foram inauguradas as novas instalações do Súper Cooper”, relembra Roberto Maragno, gerente.

Momentos da história

34 / Coopersulca / 2015 2009: Inauguração Silos Araranguá

1993: Unidade de Maracajá

1982: Inauguração Unidade São João do Sul


A Coopersulca

Trabalhamos na observância do manual de boas práticas de fabricação.

Os nossos produtos

Colocamos a qualidade em primeiro lugar.

Colocando a qualidade em primeiro lugar, industrializamos alimentos obedecendo às rigorosas normais de qualidade nacionais e internacionais, através da observância do manual de boas práticas de fabricação e dos cinco esses. Após a pré-limpeza e secagem do arroz, ou seja, tão logo esteja armazenado nos silos metálicos, o submetemos a um tratamento térmico, diminuindo a temperatura da massa de grãos, impedindo a proliferação dos insetos que o danificam. O resfriamento é feito através de um equipamento moderno, sem o uso de agroquímicos. Outra vantagem é a garantia de que a temperatura será mantida baixa até a industrialização, garantindo que não haverá deterioração do arroz.

2015 / Coopersulca / 35

1986: Armazem de Arroz São João do Sul

1989: Silos São João do Sul

1985: Reunião Comitê Educativo São João do Sul


A Coopersulca

A industrialização é feita com a observância das práticas dos cinco esses.

A parboilização ou pré-cozimento é um processo industrial hidrotérmico natural que se inicia com o encharcamento do arroz ainda com a casca colocado em tanques metálicos revestidos e inundados com água aquecida a uma temperatura entre 65 a 75 graus Celsius, permanecendo neles por sete horas.

“A parboilização é um processo hidrotérmico que consiste na hidratação do arroz em tanque de encharcamento por um período de sete horas, fazendo com que todos os nutrientes que existem na película entre a casca e o grão migrem para o interior do grão. Após esse processo de hidratação, ele passa pelo de parboilização numa temperatura de 600 a 700 graus. Nesse processo, existe um pré-cozimento dos grãos, fazendo com que os grãos que estejam trincados ou fissurados se unam e passem a permanecer grãos inteiros”, explica Denílson de Oliveira, Técnico.

Momentos da história

36 / Coopersulca / 2015 2004:

Unidade Rio Cedro Médio Nova Veneza

2004:

Silos Rio Cedro Médio - Nova Veneza

2004:

Silos para arroz Meleiro


A Coopersulca

A parboilização mantém inalterados os valores nutricionais do arroz.

Em seguida, passam por um forno rotativo aquecido a 600 graus por nove minutos, realizando o précozimento dos grãos e deixando-os gelatinizados. O próximo passo é a secagem, diminuindo a umidade de 18 para 13%. O objetivo da parboilização é manter inalterados os valores nutricionais do arroz. Durante o processo, as vitaminas e os sais minerais solúveis existentes numa fina película na periferia do grão são fixados no seu interior.

Corte lateral de um grão de arroz.

2015 / Coopersulca / 37

2003:

XXI Fecoop - Abertura da “Feccop do Calor Humano”

2003:

XXI Fecoop Futebol dos Presidentes

2003:

XXI Fecoop Visita do Governador


A Coopersulca

Família arroz Fazenda.

A família arroz Fazenda é composta por:

A Farinha de Arroz Fazenda não contém glúten, é comercializada para fábricas de alimentos e voltada ao público celíaco. O Arroz Fazenda Orgânico é o resultado do plantio totalmente livre de agrotóxicos. O Farelo de Arroz é devidamente registrado no Ministério da Agricultura.

Arroz Fazenda Parboilizado Arroz Fazenda Branco Arroz Parboilizado Moenda Arroz Moenda Branco Arroz Fazenda Mix Arroz Fazenda Integral Arroz Fazenda Vermelho Arroz Nutriforte Parboilizado Arroz Nutriforte Branco Arroz Biluzinho Branco Arroz Biluzão Parboilizado

Momentos da história

38 / Coopersulca / 2015 1989: Inauguração Silos

Rio Cedro Médio - Nova Veneza

1990:

Inauguração Loja Agropecuária Rio Cedro Médio - Nova Veneza

1993:

Inauguração do Super Cooper III Rio Cedro Médio - Nova Veneza


A Coopersulca

Responsabilidade ambiental Nossos produtores de arroz seguem rigorosas normas técnicas de produção, desde o plantio até o desenvolvimento das lavouras, cuidamos para que nossos rios permaneçam limpos. É comprovado cientificamente que a água utilizada na irrigação do arroz é devolvida aos rios mais limpa do que quando entra nas quadras. Na unidade industrial, seguimos as normas da legislação ambiental vigentes, evitando a poluição do meio ambiente. Os efluentes sólidos e líquidos são retidos através de uma unidade de tratamento de efluentes. O circuito é fechado, as partículas sólidas passam pelos lavadores de gases, onde ficam retidas na água, liberando para

o ambiente apenas vapores de água. Os sólidos passam por um processo de decantação e posteriormente são utilizados para adubação pelos agricultores. Já o líquido é tratado, retido e reutilizado num circuito fechado.

A responsabilidade social A cooperativa é formada pela união das pessoas e pelo valor que dá a elas. Pessoas estas que trabalham unidas por um objetivo econômico social comum. Estes 50 anos nos trouxeram grandes expe-

riências e com elas o fruto do nosso trabalho. Aprendemos com os tropeços e crescemos. Hoje, somos uma cooperativa forte, que busca inovar, renovar e progredir sempre.

“Comida é uma coisa que não pode faltar. Quem é que produz a comida? É o agricultor. E esse agricultor sendo bem organizado, pertencendo a uma sociedade como a cooperativa. Pertencendo a um sistema que é o cooperativismo, que lida tanto com o financeiro, com a administrativo, mas principalmente com o lado social, é muito importante. Tudo o que acontece dentro da cooperativa tinha o acompanhamento da mulher. Ela ia junto. Não deixava de participar, de dar sua opinião. Essa foi uma das grandes mudanças na Coopersulca. A Coopersulca investe muito nas escolas, com o Cooperjovem. É lá, da adolescência que começamos a plantar a sementinha do cooperativismo. E isso está acontecendo dentro da Coopersulca”, observa Margareth M. Manenti, Núcleo Feminino e esposa do presidente.

2015 / Coopersulca / 39


A Coopersulca

A Coopersulca pratica e dissemina os princípios do cooperativismo. Em parceria com o Sescoop, coordena projetos de cunho social: “Cooperjovem” e “Núcleos Femininos”.

Este grupo é o Núcleo feminino Coopersulca. São associadas e esposas de associados que tiveram formação através do Sescoop, para conhecer e aproximarem-se mais da cooperativa.

Nosso faturamento vem crescendo constantemente nos últimos anos. Destacamo-nos perante as demais empresas da nossa região pelo expressivo recolhimento de tributos, reflexo de uma administração transparente, competente, comprometida com o futuro, que preza a honestidade e a seriedade nos negócios.

A primeira Mostra de Teatro Cooperjovem, foi sucesso total. Os alunos ficaram maravilhados e desempenharam seu papel brilhantemente junto com a Professora Suzana Bedinot , Quelem Magnus e alunos. E Maria Eduarda, Rafaela, Marilucia, Paloma, Pabline, Billi, Mateus e Tiago, com a peça : “ A Chapéuzinho Malcriada.”

“Esses 50 anos trouxeram para nós grandes experiências e com elas o fruto do nosso trabalho. Aprendemos com os tropeços e crescemos. Hoje, somos uma cooperativa forte que busca inovar, renovar e progredir sempre. A Coopersulca pratica e dissemina os princípios do cooperativismo. Em parceria com o Sescoop, desenvolve projetos de cunho social – Cooperjovem e Núcleos Femininos. Nosso faturamento vem crescendo constantemente nos últimos anos. Nos destacamos perante as demais empresas da região pelo expressivo recolhimento de tributos”, finaliza Arlindo Manenti, presidente da Coopersulca.

40 / Coopersulca / 2015


A Coopersulca

Nós praticamos o cooperativismo Somos uma cooperativa fruto da união dos associados, somado com o esforço e comprometimento dos 270 colaboradores e parceiros, buscando sempre ultrapassar as metas estabelecidas no planejamento estratégico.

O cooperativismo é a união das pessoas com objetivos comuns.

Através da cooperação, progredimos ao longo destes 50 anos num mercado globalizado e cada vez mais competitivo. Coopersulca, 50 anos praticando o cooperativismo.

2015 / Coopersulca / 41


Unidades

Unidades da Coopersulca Um pouco de suas histórias

Conheça um pouco da história de sucesso de cada unidade da Coopersulca, em sua região de atuação

O início das atividades foi em 1º de março de 1980.

Loja de Araranguá A história da unidade (03) de Araranguá começou no início da década de 1960. Inicialmente composta por associados de Araranguá, recebia principalmente a produção de farinha de mandioca e feijão. Paralelamente, muitos associados que dispunham de várzeas férteis também começaram a plantar arroz. Mais tarde, com a falta de escala para competir, alia-

da à baixa produtividade das lavouras, houve grandes dificuldades para todas as cooperativas da região. A recém-criada Ocesc (Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina) sugeriu a união das Cooperativas de Turvo e Araranguá. Esta união somaria esforços, agregaria mais valor à produção, seria excelente para as duas cooperativas, já que esta integra-

Momentos da história

42 / Coopersulca / 2015 2003:

Treinamento Culinária de Arroz

2004:

Prêmio Educacional

2004: Prêmio Top de Agronegócio


Unidades

ção seria benéfica para ambas que compartilhavam os mesmos objetivos. O Sr. Sílvio Scarabelot era o presidente da Cooperativa dos Produtores do Vale do Araranguá (Coopeara), e o Sr. Paulo Marcon era presidente da Cooperativa Agropecuária de Turvo Ltda.

A recém-criada Ocesc (Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina) sugeriu a união das Cooperativas de Turvo e Araranguá. Após reunirem seus associados, de comum acordo decidiram unir forças para enfrentar os problemas que possuíam. A incorporação de fato e de direito ocorreu no dia 31 de agosto de 1979, e desta incorporação surgiu uma nova cooperativa, a Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense Ltda. (Coopersul), que mais tarde passou a se chamar Coopersulca. O início propriamente dito das atividades desta unidade deu-se no dia 1º de março de 1980, a filial possuía um armazém convencional com uma capacidade de armazenagem para 60.000 sacas de arroz. Também no ano de 1980, se iniciaram as atividades do setor de consumo com a abertura da loja agropecuária. O setor de produção de arroz recebeu em 1980 a sua primeira safra pós-incorporação, foram 18.000 sacas. Houve um esforço muito grande por parte de diversos associados que, através do comitê educativo, procuraram fortalecer cada vez mais os ideais cooperativistas. Dentre os quais, gostaríamos de lembrar: Orides Espíndola, Dalmo João Machado, Antônio Zanoni e Rodolfo Steckert Filho.

Houve um esforço muito grande por parte de diversos associados para fortalecer cada vez mais os ideais cooperativistas. Gostaríamos de lembrar: Orides Espíndola, Dalmo João Machado, Antônio Zanoni e Rodolfo Steckert Filho.

A filial iniciou as atividades com um secador de cereais da marca Pampeiro, com capacidade de secagem de 220 sacas. A filial também administrava o Campo Agropecuário, que pertencia ao Governo do Estado, onde hoje está instalado o Cetrar. No Campo Agropecuário, eram cultivados 30 hectares de arroz destinados à produção de sementes que eram comercializadas para os associados. O associado Dólar Pessi era o responsável pelo plantio daquela área de 30 hectares. Portanto, as primeiras sementes fiscalizadas comercializadas pela Coopersulca eram da filial de Araranguá, que possuía uma máquina com capacidade de beneficiamento de cinco sacas de sementes por hora, que ficava sob responsabilidade do funcionário Altair Scussel.

As primeiras sementes fiscalizadas comercializadas pela Coopersulca eram da filial de Araranguá, que possuía uma máquina com capacidade de beneficiamento de cinco sacas de sementes por hora, que ficava sob responsabilidade do funcionário Altair Scussel. A primeira venda de sementes de arroz foi feita para o associado Antônio Florêncio, foram duas sacas de sementes Empasc 102. (Fato curioso, ele mesmo disse que somente compraria as duas sacas de sementes se o arroz produzisse 60 sacas por hectare.) O então gerente Donato Dal Pont garantiu que, se o senhor Antônio seguisse as orientações técnicas, o associado iria colher a quantidade desejada. Terminada a safra, a área plantada com a semente rendeu 90 sacas por hectare, e o senhor Antônio acabou sendo um dos maiores divulgadores da semente fiscalizada na região.

2015 / Coopersulca / 43

2004:

Assembléia Geral - Reeleição

2004: Assembléia Geral

2004: Assembléia Geral


Unidades

A primeira venda de sementes de arroz foi feita para o associado Antônio Florêncio, foram duas sacas de sementes Empasc 102. A filial de Araranguá também era responsável pela produção de arroz beneficiado polido, que inicialmente era comercializado em sacas de 60 quilos e posteriormente foi embalado na marca Tapera. A máquina instalada tinha capacidade de produção de seis sacas por hora, posteriormente desativada quando da instalação de uma nova indústria em Turvo. Dentre os associados que deram início às atividades na filial de Araranguá, lembramos: Líbero Della Vechia, Lavino Zeferino Ricardo, Dólar Pessi, Antônio Zanoni, Alôncio De Luca, Lauri Goulart Medeiros, Edgar Carneiro, Beloni Rocha, Neco Tomázia e Sílvio Scarabelot. Os quatro primeiros funcionários foram: Donato Dal Pont, Altair Scussel, Nélson da Rocha e Cláudio Pessi. Como o setor de produção vinha alcançando um crescimento muito grande, as antigas instalações do centro da cidade eram inapropriadas. O

então presidente Flávio Marcon reuniu os associados da filial para ver a possibilidade da construção de silos metálicos.

Os quatro primeiros funcionários foram: Donato Dal Pont, Altair Scussel, Nélson da Rocha e Cláudio Pessi. E assim, a Coopersulca investiu em silos modernos para a armazenagem de arroz, e desta forma surgiu a filial 08 em Sanga do Marco. A unidade foi construída em dois terrenos vendidos por dois sócios, os senhores Lauri Goulart Medeiros e José Luiz Destro. A inauguração dos três primeiros silos com capacidade para 105.000 sacas de arroz foi no dia 15de maio de 2002, e no ano seguinte foram inaugurados mais três silos, elevando para 210.000 sacas a capacidade total.

Em 2/11/2011, foi reinaugurada uma moderna loja com 400 metros quadrados. Em 2/11/2011, foi reinaugurada uma moderna loja com 400 metros quadrados, com depósitos para agroquímicos, banheiros, cozinha e sala de reuniões. E mais um depósito de insumos com 700 metros quadrados.

A moderna loja atual foi reinaugurada em 2011, e conta com equipe especializada para um excelente atendimento.

Deixamos aqui nosso profundo agradecimento a todos os que, de uma forma ou outra, contribuíram para o crescimento desta Unidade do Cooperativismo e da Coopersulca.

Momentos da história

44 / Coopersulca / 2015 2004: Departamento Técnico

2004: Campo Tecnológico Coopersulca

2004: Campo Tecnológico Coopersulca


Unidades

O início das atividades foi em 2002

Loja Forquilhinha A Coopera de Forquilhinha atuava como distribuidora de energia elétrica em sua atividade principal, e atuava na secagem e armazenagem de arroz e milho no setor de cereais.

A Coopera, de Forquilhinha atuava como distribuidora de energia elétrica em sua atividade principal, e atuava na secagem e armazenagem de arroz e milho no setor de cereais. Como não havia mais interesse por parte da Coopera em continuar com o setor de cereais, o presidente desta cooperativa propôs uma parceria, com o intuito de futuramente vender os silos para a Coopersulca. Inicialmente, a Coopersulca instalou uma pequena loja agropecuária numa pequena sala em frente aos silos da Coopera e comercializava insumos agrícolas, enquanto se desdobravam as negociações

para a aquisição dos silos por parte da Coopersulca. Os silos eram financiados, e em função de alguns entraves burocráticos na época, as negociações não avançaram. Desta forma, em 20/1/2003, a Coopersulca alugou uma estrutura maior na cidade de Forquilhinha para atender ao crescimento contínuo das vendas verificado nesse período..

Equipe pronta para atender ao crescimento contínuo da unidade.

2015 / Coopersulca / 45

2004: Diretoria

2004: 1º Encontro Mulheres Coopersulca

2003: Festa do Colono Turvo


Unidades

A loja foi inaugurada em 1982.

Loja de Maracajá Nos anos 1980, a Coopersulca, através do Departamento Técnico coordenado pelo engenheiro agrônomo Dilso Scarabelot e pelo técnico agrícola Nelson da Rocha, organizava reuniões e fazia visitas aos produtores rurais do Extremo Sul catarinense. No município de Maracajá, a exemplo dos demais municípios do Extremo Sul, um grande número de agricultores foi aderindo ao sistema e se associando ao longo daqueles anos, quando verificamos um aumento expressivo do quadro social. Para que a Coopersulca pudesse oferecer um serviço à altura do que era necessário, e seguindo o que havia sido feito nos demais municípios da região, no ano de 1982 foi inaugurada a Unidade de Maracajá.

No município de Maracajá, um grande número de agricultores foi aderindo ao sistema e se associando ao longo daqueles anos.

Colaboradores oferecendo um serviço à altura da necessidade local.

A Coopersulca adquiriu as antigas instalações de uma cooperativa local que alguns anos antes havia encerrado suas atividades, e o imóvel se encontrava alugado para a Acaresc, até o momento da aquisição por parte da Coopersulca.

Momentos da história

46 / Coopersulca / 2015 2004: 1º Festa do Peixe de Água Doce

2004:

1º Festa do Peixe de Água Doce

2004: Inauguração Unidade Forquilhinha


Unidades

A administração da Coopersulca resgata os anseios dos associados de Meleiro e investe na loja.

Loja de Meleiro Para entendermos melhor como tudo aconteceu até chegarmos à 20 de dezembro de 2010, vamos voltar um pouco no tempo e ver o que aconteceu no Brasil, para então estabelecer este breve histórico da filial da Coopersulca de Meleiro. O início da década de 1990 foi marcado por grandes desafios na reestruturação financeira, principalmente por parte daquelas cooperativas que não haviam conseguido equacionar suas dívidas na década anterior. Um grande número de cooperativas brasileiras encontrou dificuldades para se adaptar a um novo modelo econômico, a saber, o da eficácia em detrimento da especulação financeira através da instituição do Plano Real. O Plano Real foi um programa brasileiro cujo objetivo foi a estabilização econômica, iniciado oficialmente em 27 de fevereiro de 1994 com a publicação da Medida Provisória nº 434 no Diário Oficial da União. Tal Medida Provisória instituiu a Unidade Real

de Valor (URV), estabeleceu regras de conversão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da economia e determinou o lançamento de uma nova moeda, o Real. O programa foi o mais amplo plano econômico já realizado no Brasil e tinha como objetivo principal o controle da hiperinflação que assolava o País. Utilizaram-se diversos instrumentos econômicos e políticos para a redução da inflação, que chegou a 46,58% ao mês em junho de 1994, época do lançamento da nova moeda. A idealização do projeto, a elaboração das medidas do governo e a execução das reformas econômica e monetária contaram com a contribuição de vários economistas, reunidos pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.

Utilizaram-se diversos instrumentos econômicos e políticos para a redução da inflação, que chegou a 46,58% ao mês em junho de 1994.

2015 / Coopersulca / 47

2004: Degustação Caldo de Tilápia na Merenda Escolar

2004: Finalista Prêmio Cooperativa do Ano OCB & Revista Globo Rural

2004: Selo Amigo do Celíaco


Unidades

O presidente Itamar Franco autorizou que os trabalhos se dessem de maneira irrestrita e na máxima extensão necessária ao seu êxito, o que tornou o ministro da Fazenda o homem mais forte e poderoso de seu governo, e no seu candidato natural à sua sucessão. Assim, Fernando Henrique Cardoso elegeu-se Presidente do Brasil em outubro do mesmo ano.

O Plano Real mostrou-se o plano de estabilização econômica mais eficaz da história, reduzindo a inflação (objetivo principal), ampliando o poder de compra da população e remodelando os setores econômicos nacionais. O Plano Real mostrou-se nos meses e anos seguintes o plano de estabilização econômica mais eficaz da história, reduzindo a inflação (objetivo principal), ampliando o poder de compra da população e remodelando os setores econômicos nacionais. Os brasileiros e as empresas brasileiras estavam acostumados a se defender da inflação galopante através dos altos ganhos financeiros especulativos. Quem não se lembra da ORTN, do Over Night, conta corrente corrigida diariamente e muitos outros instrumentos que tentavam minimizar as perdas ocasionadas pela hiperinflação? Com o advento da estabilização financeira, as pessoas e as empresas precisavam se reeducar financeiramente, ou seja, o ganho especulativo havia acabado, e teríamos que aprender novamente a sermos produtivos.

Quem não se lembra da ORTN, do Over Night, conta corrente corrigida diariamente e muitos outros instrumentos que tentavam minimizar as perdas ocasionadas pela hiperinflação?

Para as empresas cooperativas, cito alguns exemplos: havia a necessidade de aumentar a eficácia, através da modernização das indústrias sucateadas por anos de inflação. No setor comercial das cooperativas, era necessário substituir o ganho financeiro pela eficácia do giro rápido dos estoques. Pois armazenar grandes quantidades para especular mais tarde não era mais possível. Todas as cooperativas tiveram dificuldades para se adaptar, umas em maior grau, outras em menor grau; mais, via de regra, todas apresentavam dificuldades. Inclusive a Coopersulca e a Coapeme.

Todas as cooperativas tiveram dificuldades para se adaptar. Outros setores da economia acostumados com a inflação começaram a ter dificuldades, os bancos, por exemplo Até o final de 1995, existiam no Brasil cerca de 250 bancos nacionais, muitos em sérias dificuldades financeiras, e a expectativa era de que esse número se reduzisse a cem na realidade pós-Real, o equivalente à uma redução de 150%. O governo esperava que uma MP reduzisse à metade o tamanho do sistema financeiro, promovendo o enxugamento e a incorporação de instituições. Até o final de junho de 1995, o Estado já tinha gasto mais de 14 bilhões de reais com o socorro financeiro através do Proer aos bancos privados deficitários. Mais tarde, foi a vez de as cooperativas serem submetidas a um processo de revitalização através Medida Provisória nº 1.715-2, de 29 de outubro de 1998, que criou o Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária – Recoop e autorizou a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – Sescoop.

Momentos da história

48 / Coopersulca / 2015 2004:

Prêmio Top de Agronegócio

2004: Produção Mais Limpa Indústria Turvo

2004: Relatório Final Programa “Produção Mais Limpa”


Unidades

O Recoop Para socorrer as cooperativas, o Recoop exigia: 1) um projeto de reestruturação demonstrando a viabilidade técnica e econômico-financeira da cooperativa, com direcionamento das atividades para o foco principal de atuação de uma cooperativa de produção agropecuária e desimobilizações de ativos não relacionados com o objeto principal da sociedade, entre outros aspectos; 2) um projeto de capitalização; 3) um projeto de profissionalização da gestão cooperativa; 4) um projeto de organização e profissionalização dos cooperados; 5) um projeto de monitoramento do plano de desenvolvimento cooperativo. A cooperativa interessada em financiamentos do Recoop deveria comprovar a aprovação, pela assembleia geral, de reforma estatutária, com a previsão das seguintes matérias: 1) fusão, desmembramento, incorporação ou parceria, quando necessário e conforme o caso; 2) auditoria independente sobre os balanços e demonstrações de resultados de cada exercício; 3) garantia de acesso de técnicos designados pelo governo federal a dados e informações relacionados com a execução do plano de desenvolvimento da cooperativa; 4) mandato do conselho de administração não superior a quatro anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, um terço dos membros;

A partir daí, o governo federal destinou 2 bilhões e cem milhões para a revitalização das cooperativas para refinanciar suas cotas-partes em até 15 anos com encargos financeiros cobrados com base do IGPDI + 4% a.a. As exigências burocráticas eram tão grandes, que as negociações se arrastaram por mais de quatro anos, e alguns casos até mais que isso. Em nosso caso, a Recoop exigia a incorporação da Coapeme à Coopersulca.

Coapeme Em julho de 2002, mais precisamente no dia 25, foi realizada uma assembleia geral extraordinária nas dependências da Adesul, em Turvo, conduzida pelo então presidente da Coopersulca, Flávio Marcon, que autorizou a incorporação da Coapeme à Coopersulca. Em seguida, o presidente Flávio Marcon designou Luiz Fernando Bendo para assumir a gerência da então nova filial da Coopersulca, número 21, permanecendo aqui até dia 1º de abril de 2004. O desafio em relação à recuperação da Coapeme era enorme, as dívidas eram muito grandes, e seus credores que eram os associados, terceiros e fornecedores; e todos queriam receber. A primeira fase do processo foi muito difícil e consistiu justamente na negociação das dívidas da Coapeme junto aos credores. Foram inúmeras e tensas reuniões, até se chegar a um denominador comum.

Em nosso caso, a Recoop exigia a incorporação da Coapeme à Coopersulca.

O desafio em relação à recuperação da Coapeme era enorme, as dívidas eram muito grandes, e seus credores que eram os associados, terceiros e fornecedores; e todos queriam receber. Posteriormente, ao final de três anos todos haviam recebido.

2015 / Coopersulca / 49

2004: Feira Super Norte - Belém do Pará Governador do Estado

2003:

Congresso dos Celíacos Curitiba/PR

2004: 19nn Vencedor as utatur doaut Campeonato as recessi mperita. Adesul de Futebol 7


Unidades

Uma loja completa, com equipe preparada para atender às necessidades dos associados e clientes.

Modernização

46º Aniversário

Paralelamente às negociações das dívidas, investiu-se na modernização da indústria, que inicialmente industrializava 20 mil fardos por mês; atingindo nos anos subsequentes a marca de 50 mil fardos por mês. Entre o período de abril de 2004 e julho de 2009, nosso saudoso Antoninho Dal Pont trabalhou muito objetivando a retomada da confiança dos associados na cooperativa. Com este excelente trabalho, os números da filial foram crescendo ano após ano. Para ter uma ideia, em 2003 o faturamento da filial era de apenas de R$ 2.016.000,00, e no ano passado atingiu a cifra de R$ 5.051.000,00. Da mesma forma, cresceu o volume de arroz depositado, na safra 2002/2003 os associados de Meleiro depositaram 156.420 sacas de arroz, e no ano passado, 329.000 sacas.

Uma data tão importante como 20 de dezembro marcou, os 46 anos da Coopersulca e inauguramos amplas e modernas instalações de 420 metros quadrados, compostas por uma loja agropecuária, salas administrativas para os funcionários, depósito de insumos e defensivos, sala de reuniões, estacionamento, tudo de acordo com as normas vigentes. São investimentos de mais de R$ 200.000,00, e desta forma, mais uma vez, a administração da Coopersulca, agora presidida por Arlindo Manenti, resgata os anseios dos associados de Meleiro e investe na melhoria da infraestrutura que permitirá melhorar cada vez mais o atendimento e o bem-estar dos nossos associados e clientes

Momentos da história

50 / Coopersulca / 2015 2004: Capacitação Cooperjovem

2004:

Encontro Estadual Mulheres Cooperativistas - Florianópolis/SC

2004: EJAAC - Joaçaba/SC


Unidades

Rio Cedro Médio, em Nova Veneza se tornou a 12ª filial da Coopersulca com a inauguração da loja agropecuária.

Loja de Rio Cedro Médio Nova Veneza A década de 1980 foi marcada por uma expansão muito grande do número de associados em toda a área de atuação da Coopersulca. A disseminação dos princípios do cooperativismo encontrou terreno fértil no município de Nova Veneza. No ano de 1989, cresceu muito o número de associados, tornando-se necessária a construção de uma unidade de recebimento de arroz. Posteriormente, com o aumento crescente da demanda por insumos modernos, Rio Cedro Médio em Nova Veneza se tornou a 12ª filial da Coopersulca com a inauguração da loja agropecuária.

Equipe de atendimento da loja de Rio Cedro Médio.

2015 / Coopersulca / 51

2004: 40 anos Coopersulca

2004: 40 anos Coopersulca Entrega de Brindes aos Representantes

2004: 40 anos Coopersulca Sócios Fundadores


Unidades

A história do Super Cooper começou em 1987.

Super Cooper I A história do Super Cooper se divide em três fases distintas, a primeira fase no ano de 1987, quando a diretoria comandada por Paulo Marcon decidiu diversificar as atividades comerciais com o objetivo de diminuir os riscos de atuação em um número restrito de setores comerciais. Em parceria com o governo do Estado, conseguiu uma pequena sala no prédio onde funcionavam a Acaresc e a Cidasc, ao lado da loja agropecuária da Coopersulca, no centro de Turvo, e ali foram iniciadas as atividades do Super Cooper I.

Em parceria com o governo do Estado, conseguimos uma pequena sala no prédio onde funcionavam a Acaresc e a Cidasc. Ali foram iniciadas as atividades do Super Cooper I.

Desde o início, o empreendimento se mostrou bastante promissor, e prova disto é que as instalações modestas não comportavam o crescente número de clientes e associados já no primeiro ano de atividades. Desta forma, a diretoria decidiu investir na ampliação com a construção de uma ampla e moderna loja. A segunda fase ocorre no ano de 1990, quando o setor de supermercados se tornou um sucesso, por isso houve a necessidade de ampliá-lo. O presidente, Sr. Paulo Marcon, convocou uma assembleia geral, na qual os associados autorizaram a realização deste novo supermercado. Posteriormente, a Coopersulca adquiriu um terreno na Rua Frei Gregório Dal Mont, e em 6 de setembro inaugurou o novo Super Cooper I em Turvo.

Em 6 de setembro de 1990, inaugurou o novo Super Cooper I, em Turvo.

Momentos da história

52 / Coopersulca / 2015

Produção de Arroz Orgânico com Peixe Preservando o Meio Ambiente

2004:

40 anos Coopersulca Presidente Flávio Marcon

2006:

Fecoagro


Unidades

A Equipe do Super Cooper, preparada para a ampliação da loja.

Em 2015, o presidente Arlindo Manenti iniciou a terceira fase, com a ampliação do Super Cooper I, um novo projeto com estacionamento coberto, padaria própria, mais de 1.500 m2 de área de vendas, lojas anexas, que passará a contar com 5.200 m2 de área construída, possibilitando atender à demanda crescente.

Ano após ano, o Super Cooper vem buscando crescer com responsabilidade social. Em parceria com a APAE de Turvo, tem a campanha Moeda Amiga. Em parceria com a CDL, tem as campanhas Bolsa Ecológica e Recicla CDL, campanhas que buscam a inclusão social e a preservação do meio ambiente.

Ano após ano, os colaboradores preocupam-se em atender cada vez melhor.

2015 / Coopersulca / 53

2006

2006: 5º Encontro de Mulheres

2006:

Nova Unidade Industrial


Unidades

Em 19 de junho de 1992, foi inaugurada a nova loja do Súper Cooper II com 775 m².

Super Cooper II A filial de São João do Sul começou a tecer sua história entre os anos 1978 e 1980. Foi neste período que a diretoria e colaboradores da Coopersulca da matriz em Turvo, juntamente com alguns agricultores deste município, concluíram que havia aqui um grande potencial agrícola. Diante da necessidade dos agricultores de ter uma empresa que lhes oferecesse qualidade, confiança e companheirismo, iniciou-se um trabalho de divulgação dos segmentos da Coopersulca, e o mais importante, juntamente com este trabalho, a semente do cooperativismo começou a ser semeada aqui em São João do Sul.

Junto com o trabalho de divulgação dos segmentos da Coopersulca, a semente do cooperativismo começou a ser semeada em São João do Sul.

E foi com o resultado deste trabalho que surgiram os primeiros associados, que durante três anos efetuavam suas compras de insumos agrícolas e depositavam sua produção de arroz através da matriz em Turvo. No decorrer deste período, houve grande interesse por parte dos agricultores para que fosse instalada aqui uma unidade para melhor atender à demanda da região. Em 20 de dezembro de 1980, foi aprovado em assembleia por unanimidade o projeto de instalação desta unidade que foi inaugurada em 1º de junho de 1981. São 34 anos de história e de trabalho junto a este querido povo de São João do Sul, que nos recebeu de braços abertos.

Momentos da história

54 / Coopersulca / 2015 2006:

Cooperjovem

2006:

E.T.A Meleiro 03/2006

2006:

Nova Unidade Industrial 03/2006


Unidades

Uma loja totalmente informatizada, estacionamento coberto, produtos de qualidade e um atendimento familiar.

São 34 anos de história e de trabalho junto a este querido povo de São João do Sul, que nos recebeu de braços abertos. Aquela semente que começou a ser lançada em 1978 germinou, cresceu e está produzindo bons frutos. Este supermercado é um deles. Em Turvo, no ano de 1987, os associados da Coopersulca decidiram ampliar as atividades da cooperativa criando o Super Cooper. Essa nova atividade no ramo de supermercados viria para satisfazer as necessidades principalmente dos associados com maior variedade e melhores preços nos alimentos. Após a abertura do Super Cooper I em Turvo, e o sucesso sendo uma realidade, foi decidida, então, a instalação de uma filial do Super Cooper na cidade de São João do Sul. Mais precisamente, em 16 de agosto de 1990 foi instalado o Super Cooper II nesta cidade, que iniciou suas atividades em uma pequena sala anexa à loja agropecuária.

Após a abertura do Super Cooper I em Turvo, e o sucesso sendo uma realidade, foi decidida, então, a instalação de uma filial do Super Cooper na cidade de São João do Sul.

Com o crescimento das vendas, foi necessária a construção de uma nova loja para melhor atender ao número de clientes que aumentava consideravelmente a cada dia. Em 19 de junho de 1992, foi inaugurada a nova loja do Súper Cooper II com 775 m², com isso gerando mais emprego e renda para o nosso município. E em agosto de 2012, inauguramos a reforma desta loja, foram quase dois meses de trabalho acelerado, esforço e dedicação da diretoria e da equipe de colaboradores, que trabalharam incansavelmente para que nesse momento estivesse tudo muito bem apresentável. A partir de então, o Super Cooper II esteve novamente à disposição dos associados e clientes com uma loja totalmente informatizada, estacionamento coberto, produtos de qualidade e um atendimento familiar. Todo esforço feito é para oferecer maior comodidade para todos os clientes e associados que aqui vierem em busca de satisfação de suas necessidades. Neste momento, lembramos e agradecemos a todas as pessoas que se esforçaram para a realização desta restauração, desde a reivindicação até finalmente chegar a este momento. Lembramos e agradecemos com carinho ao gerente desta unidade, Alessandro, que esteve perseverante todos os dias solucionando problemas no decorrer desta obra.

2015 / Coopersulca / 55

2005:

1º Encontro de Jovens 05/2005

2006:

Homenagem p/ sócio 02/2006

2006: 19nn Nova as Unidade utatur aut Industrial as recessi 02/2006 mperita.


Unidades

A loja de Timbé do Sul foi a primeira filial da Coopersulca fora da sede em Turvo.

Loja de Timbé do Sul Nos anos de 1973 e 1974, a Cooperativa começava a expandir seus negócios, mesmo com a reestruturação ocorrida anos antes, verificou-se que a grande maioria dos associados de Timbé do Sul permaneceram fiéis aos princípios cooperativistas. Como todos necessitavam adquirir insumos para cultivar suas lavouras, solicitaram à diretoria a instalação de uma loja agropecuária, que foi a primeira filial da Coopersul-

Equipe de Timbé do Sul se orgulha de seu atendimento aos associados locais.

ca fora da sede em Turvo. Por tratar-se de uma filial, convencionou-se chamá-la de filial nº 1, com crescimento razoável nos anos posteriores tanto em negócios quanto em número de associados. Em 1996, após enfrentarmos vários planos econômicos, os agricultores foram mais uma vez submetidos a diversas dificuldades. As cooperativas também tiveram que se adaptar a esta nova realidade, e tornou-se necessária uma reestruturação do setor de consumo, com o fechamento de algumas unidades. E após 22 anos de funcionamento com a prestação de bons serviços, em dezembro de 1997 a filial 1 da Coopersulca em Timbé do Sul encerrou suas atividades. Mas os associados de Timbé do Sul continuaram sendo atendidos por Turvo. Atualmente, a Coopersulca conta com uma estrutura bastante sólida em todos os setores. E no dia 30 de setembro de 2011, a Coopersulca retornou ao município de Timbé do Sul, acreditando na força dos seus associados, que estão transformando a agricultura do município, que cresce e se desenvolve a passos largos rumo a um futuro próspero.

Momentos da história

56 / Coopersulca / 2015 2006:

Nova Unidade Industrial

Despolpadeira do Frigorífico

2006:

Supernorte - Belém


Unidades

O grande e moderno parque industrial, que é o maior do Estado numa única planta e é responsável pelo processamento do arroz branco e parboilizado.

Unidade Industrial No dia 7/7/2007, foi inaugurado o grande e moderno parque industrial, que é o maior do Estado numa única planta e é responsável pelo processamento do arroz branco e parboilizado. Por se tratar de uma linha de produção, a industrialização do arroz é dividida em várias etapas, iniciada com a armazenagem e a secagem e, posteriormente, a seleção e a embalagem dos grãos de arroz. Todas as etapas de produção são automatizadas e controladas eletronicamente, sem contato manual com os grãos, garantindo, desta forma, rapidez e alta qualidade ao produto a ser comercializado, tornando-o altamente competitivo no mercado nacional e internacional. Nosso produto principal, também denominado de carro-chefe, é o arroz beneficiado. É embalado e comercializado numa das mais tradicionais marcas do País, denominada Arroz Fazenda, sendo preferido pelos consumidores nas principais praças do Brasil. Orgulhamo-nos de nosso grande e moderno com-

plexo industrial, mas também possuímos um sistema logístico moderno e excepcional, formado pela central de distribuição localizada em Turvo, que conta com um enorme depósito para insumos agrícolas, atendendo às nossas nove lojas agropecuárias. Para armazenar a produção de arroz, foram construídos, ao longo dos últimos anos, inúmeros silos metálicos, que estão dispostos em várias unidades de recebimento, e mais seis armazéns com capacidade para armazenagem de 130.000 toneladas de cereais.

Nosso Arroz Fazenda é transportado e distribuído para os clientes em todas as regiões do Brasil. Nosso Arroz Fazenda é transportado e distribuído para os clientes em todas as regiões do Brasil.

2015 / Coopersulca / 57 Nosso Arroz Fazenda é transportado e distribuído para os clientes em todas as regiões do Brasil.


Unidades

Com a inauguração da loja, a semente do cooperativismo começou a ser semeada em São João do Sul.

Loja de São João do Sul A filial da Coopersulca de São João do Sul começou tecer a sua história entre os anos de 1978 e 1980. Foi neste período que a diretoria e funcionários da matriz em Turvo, juntamente com alguns agricultores deste município, concluíram que aqui havia um grande potencial agrícola. Diante da necessidade dos agricultores de uma empresa que lhes oferecesse qualidade, confiança e companheirismo, iniciou-se um trabalho de divulgação dos segmentos da Coopersulca, e o mais importante, juntamente com este trabalho, a semente do cooperativismo começou a ser semeada em São João do Sul. E foi com o resultado deste trabalho que surgiram os primeiros associados, que durante três anos efetuavam suas compras de insumos agrícolas através da matriz em Turvo. No decorrer desse período, houve grande esforço e interesse por parte dos agricultores para que se instalasse aqui uma filial com recursos próprios para melhor atender à região. Em 20 de dezembro de 1980, foi aprovado em assembleia por unanimidade o projeto de instalação da filial que em 1º de junho de 1981 foi inaugurada.

A filial iniciou suas atividades apenas no setor de consumo com uma loja agropecuária e um funcionário. Em 1984/1985, foram adquiridos um secador de arroz e um pavilhão para armazenar 25.000 sacas. Este foi o pontapé inicial do setor de produção. Com um grande aumento de produção em 1985/1986, foi implantada a filial 10 com dois secadores e um pavilhão com capacidade de armazenar 40.000 sacas. A cada ano, foram sendo conquistados novos associados e clientes, aumentando o volume de vendas, a quantidade de produção e o faturamento. Isso fez com que a Coopersulca modernizasse os setores, e para acompanhar o processo de crescimento a loja agropecuária foi ampliada e informatizada.

A cada ano, foram sendo conquistados novos associados e clientes, aumentando o volume de vendas, a quantidade de produção e o faturamento.

Momentos da história

58 / Coopersulca / 2015 2006:

Tombador UBS

Caminhão Nova Veneza

Reforma do Supercooper II


Unidades

O escritório tem funcionários do departamento técnico que atuam juntamente com os associados prestando assistência técnica diretamente nas lavouras e também prestam informações para os produtores de arroz ecológico. O setor de produção também foi ampliado com silos secadores, elevando a capacidade de armazenamento para 160.000 sacas, porém há um fato importante: na safra 2003/2004, foram recebidas 330.000 sacas, o excesso foi distribuído entre outras filiais. Ainda para o setor de produção, foi adquirida uma balança eletrônica com capacidade para 60.000 kg. Tivemos ainda outra conquista, com o apoio dos membros do comitê educativo, do diretor José Adolfo Wagner, um cooperativista batalhador que representou a filial de São João do Sul e outros cooperados atuantes, uniram ideias e forças, e juntos com a diretoria conseguiram adquirir um terreno rural com 6 ha para futuras instalações e melhorias no setor de produção.

Somos um time de funcionários vencedores e exercemos nossas atividades com habilidade e profissionalismo, cada um em seu setor. Estamos jogando num time de vencedores, pois temos o privilégio de trabalhar para o crescimento da Coopersulca e a realização pessoal.

Concluindo, quero chamar a atenção para aquelas sementes de cooperativismo semeadas lá no início da história, com certeza caíram em terra fértil, germinaram e deram bons frutos. Para nossos associados, são destinados diversos cursos, palestras e encontros sempre com intuito de divulgar a Coopersulca, a importância do cooperativismo e a administração da propriedade rural. Somos um time de funcionários vencedores e exercemos nossas atividades com habilidade e profissionalismo, cada um em seu setor. Estamos jogando num time de vencedores, pois temos o privilégio de trabalhar para o crescimento da Coopersulca e a realização pessoal. Esta realização pessoal só é possível, porque alguém está depositando confiança nas nossas pessoas, na nossa empresa e no nosso trabalho. Por esta razão, o nosso agradecimento sincero aos cooperados, cooperadas e clientes em geral. Ao presidente Flávio Marcon, queremos agradecer de modo especial, por estar sempre pronto para nos atender e apoiar nos momentos de dúvidas e incertezas. E dizer ao Sr. Flávio que foram muitas as oportunidades que nos ofereceu para que nos tornássemos a cada dia melhores, pois desde 1996 procura, através de muitos cursos, palestras, encontros e reuniões, buscar a capacitação profissional de cada um. O objetivo foi alcançado, pois muito aprendemos, e boas lições ficarão para sempre guardadas em nossas memórias.

2015 / Coopersulca / 59 Somos um time de funcionários vencedores e exercemos nossas atividades com habilidade e profissionalismo, cada um em seu setor.


Unidades

A oficina foi criada a partir do crescimento acelerado da mecanização agrícola.

Oficina No dia 7 de novembro de 1981, a diretoria da época convocou seus 244 associados para uma assembleia geral extraordinária, na qual foi aprovada a construção da oficina com um capital de cinco milhões de cruzeiros, administrada pela matriz, cuja atividade atribuída foi Oficina de Máquinas Agrícolas e Comércio de Acessórios. A inauguração foi realizada no dia 20 de agosto de 1982, os pavilhões e as máquinas haviam sido dimensionados para os tratores e máquinas da época, e a antiga oficina cumpriu bem sua função. Hoje, as máquinas e os equipamentos são maiores, por isso houve a necessidade de construirmos um espaço mais amplo. Este novo pavilhão tem 731 metros quadrados e custou R$ 250.000,00. Atende a todas as exigências legais e ambientais.

Histórico da fundação e construção das instalações da Unidade 10 da Coopersulca.

60 / Coopersulca / 2015

Buscando satisfazer as necessidades e visando ao bem-estar dos agricultores da região, em 1º de junho de 1981 instalou-se em São João do Sul a Coopersulca, iniciando suas atividades com uma loja agropecuária.

Vendo a dificuldade de seus associados armazenarem sua produção em Turvo devido à distância, após três anos (1984) foram construídos dois secadores e um pavilhão armazenador com capacidade para 25.000 sacas de arroz. Porém, com a difusão de novas tecnologias e o aumento gradativo dos índices de produtividade, em 1986, atendendo a um pedido da diretoria e dos associados, a Prefeitura Municipal de São João do Sul, na gestão do então prefeito municipal Renato Porto Santos, doou para a Coopersulca um terreno com uma área de 4.200 m2, que abrigou, até no ano de 2008, a antiga unidade de recebimento de arroz, cuja capacidade era de 150.000 sacas. E em 22 de janeiro de 2009, foram inauguradas as novas instalações desta unidade. Desde a idealização e a concepção do projeto até a alocação de recursos pelo BRDE em parceria com o BNDES, inúmeras dificuldades foram surgindo, mas com esforço e dedicação da equipe coordenada pelo presidente Sr. Flávio todas foram superadas ao longo desta jornada, mostrando mais uma vez que não existem barreiras que impeçam o crescimento e o desenvolvimento da Coopersulca. O projeto teve recursos na ordem de R$ 4.500.000,00, sendo R$ 3.518.929,00 financiados pelo BRDE, com prazo de pagamento para nove anos, tendo três anos de carência e juros de 6,75% ao ano. O início das obras da construção deu-se no dia 27 de outubro de 2007, portanto uma construção planejada e executada com rapidez e agilidade, utilizando materiais de primeira linha e mão de obra qualificada.


Unidades

O terreno onde está construída esta tão importante obra tem uma área total de 15 hectares, terreno este adquirido pela Coopersulca e que está situado na Estrada Geral, Vila Pinheiros neste município e contempla o setor de armazenagem desta unidade. O setor de armazenagem possui aproximadamente 6.500 m2 de área construída para abrigar uma residência, sala de espera e sanitários para caminhoneiros, uma subestação de energia, uma casa de força, balança rodoviária, duas moegas com capacidade pa-

ra 600 sacas cada, laboratório de classificação, máquinas de pré-limpeza, um secador contínuo com capacidade para 750 sacas/h e seis silos metálicos, sendo três silos armazenadores e três secadores com capacidade para 54.000 sacas cada, totalizando 324.000 sacas de arroz em casca armazenados. Tem capacidade para receber e secar até 8.000 sacas de arroz em casca por dia. Isso mostra que, onde há força, união e cooperação, o sucesso com certeza acontece.

São três silos armazenadores e três secadores com capacidade para 54.000 sacas cada, totalizando 324.000 sacas de arroz em casca armazenados.

É O TRABALHO EM PARCERIA QUE FAZ A PRODUTIVIDADE DO CAMPO.

Parabéns Coopersulca por essa grande conquista. São 50 anos levando soluções para o agricultor e gerando mais produtividade no campo. A BASF tem orgulho de ser sua parceira nessa jornada.


Unidades

UBS Coopersulca

A melhor entre as maiores Nossa UBS iniciou suas atividades em 1986 e conta hoje com uma estrutura muito sólida na produção de sementes de arroz fazenda. Nos últimos anos foram realizados diversos tipos de investimento para atender a necessidade e demanda crescente de sementes de arroz fazenda dos associados e clientes da Coopersulca.

A Coopersulca produz hoje cerca de 15% de toda semente Epagri produzida no estado de Santa Catarina. Hoje conta com uma capacidade de recebimento de 95.000 sacas de arroz, sendo que a sua capacidade de recebimento diário é de 7.000 sacas /dia nos silos secadores e 1.800 sacas /dia nos secadores, perfazendo um total de 8.800 sacas de 50 kg/dia. Isso significa que toda a semente de arroz produzida pela Coopersulca é colhida com uma umidade padrão entre 19 e 21 graus de umidade. O sistema de secagem e beneficiamento conta com 02 secadores intermitentes com capacidade para secagem de 700 sacas de arroz, sendo monitorada via termosec, apa-

Crescente demanda requer equipe especializada.

relho que faz o controle de temperatura e secagem da massa do grão. A produção é automatizada, e proporciona o beneficiamento de 140 sacas de sementes por hora. A Coopersulca produz hoje cerca de 15% de toda semente Epagri produzida no estado de Santa Catarina, o que nos coloca entre os maiores produtores de semente do Estado de Santa Catarina.

Unidade de Torres- RS

62 / Coopersulca / 2015

Um sonho acalentado por muitos anos começou a se tornar realidade a partir do ano de 2012 com o início da construção da unidade 33 da Coopersulca localizada no bairro São Brás, no município de Torres, no Rio Grande do Sul. Desde o inicio década de 1980, a Coopersulçca atua em São João do Sul, SC, divisa com Rio Grande do Sul. Esta unidade sempre atendeu os associados gaúchos . Ao Longo das últimas décadas, a crescente corrente migratória de orizicultores catarinenses para o vizinho estado do Rio Grande do Sul, resultou num aumento da produção de arroz dos associados de maneira significativa. E assim sendo o investimento não pode mais ser adiado, se fez necessário investir numa unidade que possa atender as demandas dos nossos associados no dias atuais e que tenha condições de ser ampliada no futuro. Esta unidade já encontra-se em pleno funcionamento e já armazenou grande parte da safra dos associados gaúchos dos anos de 2014 e 2015. Foi construída dentro de uma área de 9,6 hectares.,

A Unidade de Recebimento de Arroz é supervisionada por Gabriel Bauer.

já conta com 6 silos secadores com capacidade total de 19.500 toneladas, conta ainda com amplo depósito para insumos em fase de liberação pelos órgãos competentes escritório, balança rodoviária duas moegas e tombador para descarga de arroz. A unidade foi projetada para que futuramente possa receber novos investimentos, podendo inclusive abrigar indústria de arroz polido branco.


Projetos Futuros

Projetos Futuros

• Manter estratégias de administração com

o objetivo de gerar capital de giro próprio suficiente para atender à demanda dos investimentos em reformas, melhorias e ampliações das instalações, bem como para pagamento dos investimentos já realizados. Focando sempre no acompanhamento e na avaliação do desempenho financeiro da Coopersulca através de indicadores a serem apurados e analisados mensalmente. Manter o foco nas pessoas, organizando e implementando programas de treinamento e aperfeiçoamento para conselheiros, colaboradores e cooperados, buscando constantemente a profissionalização. Intensificar os trabalhos junto às Entidades Estudantis através do Cooperjovem. Junto ao quadro social, manter e ampliar os Núcleos Femininos, valorizando e promovendo o cooperativismo. Planejar, organizar e realizar eventos demonstrativos e profissionalizantes aos cooperados, como: campos demonstrativos, reuniões comunitárias, palestras,

etc.; através de visitas frequentes junto aos representantes dos alimentos por nós industrializados, manter e criar vínculos aumentando a fidelidade e a preferência em consumir nossos produtos. Monitorar possibilidades no mercado externo com ações que visem às exportações. No mercado interno, implantar ações de marketing, visando a aumentar as vendas e melhorar os resultados. Estimular e incrementar as vendas através da marca de arroz Moenda, para tanto prospectar e abrir novas praças para comercializar os produtos da Coopersulca; inclusive, com maior diversificação das linhas de produtos. Ampliar e otimizar o espaço físico dos supermercados, objetivando melhor atendimento, com maiores e melhores opções de produtos aos clientes. Manter projetos de ampliação da capacidade de armazenamento, através da construção de mais silos para arroz em casca 2015 / Coopersulca / 63 junto à Unidade Industrial.


Promoção 50 Anos

GANHADORES PROMOÇÃO 50 ANOS COOPERSULCA

Ivan Albano, de Meleiro, recebeu o 1º Prêmio - um automóvel, das mãos do presidente Arlindo Manenti.

64 / Coopersulca / 2015

50º Prêmio (Vale Compras) Flávia Gabriel Teixeira Linha Contessi, Turvo-SC

45º Prêmio(Vale Compras) Cleonilde das Graças Giorgini Molha Coco, Timbé Do Sul-SC

40º Prêmio (Vale Compras) Sonir de Sena Silva Encruzo, São João do Sul-SC

49º Prêmio (Vale Compras) Voni B Pessi Centro, Turvo-SC

44º Prêmio(Vale Compras) Crisley Figueiredo Farias Jundiá, Meleiro-SC

39º Prêmio (Vale Compras) Salete A Scarabelot Linha São José, Meleiro-SC

48º Prêmio (Vale Compras) Artur T Lotthammer Pirataba, Torres-RS

43º Prêmio(Vale Compras) Rafael Ortolan Milanez Rio Morto, Meleiro-SC

38º Prêmio(Vale Compras) Erian de Lima Scandolara, Viamão -RS

47º Prêmio (Vale Compras) Evanei Mota Sapiranga - Meleiro-SC

42º Prêmio(Vale Compras) Alcione Daniel São Pedro, Forquilhinha-SC

37º Prêmio(Vale Compras) Edmara Vitali Rio Cedro Medio, Nova Veneza-SC

46º Prêmio(Vale Compras) Armelino Conti Nova Vicença, Timbé Do Sul-SC

41º Prêmio (Vale Compras) Alessandra Junkes Santa Ana, Forquilhinha-SC

36º Prêmio(Vale Compras) Vanderlei Sartor Centro, Turvo-SC


Promoção 50 Anos

35º Prêmio(Vale Compras) Antonio Chaves Magnus Passo Magnus, São João do Sul-SC

29º Prêmio(Vale Compras) Antonio Jose Moretto Vila Maria, Nova Veneza-SC

23º Prêmio(Vale Compras) Salezio Serafim São Jorge, Forquilhinha-SC

34º Prêmio(Vale Compras) Adilson de Luca Novo Paraiso, Meleiro-SC

28º Prêmio(Vale Compras) Maria Marli Bauer Pirataba, Torres-RS

22º Prêmio(Vale Compras) Cleonilde Das Graças Giorgini Molha Coco, Timbé Do Sul-SC

33º Prêmio(Vale Compras) Aurelio Piazza Sanga das Pedra, Morro Grande-SC

27º Prêmio(Vale Compras) Maria Z de Prá Vila Nova, Timbé do Sul-SC

21º Prêmio(Vale Compras) Fabio Magagnin Pontão, Araranguá-SC

32º Prêmio(Vale Compras) Fatima Macarini Magagnin Rio Dos Anjos, Araranguá-SC

26º Prêmio (Vale Compras) Diogo Bauer Teixeira Campestre, São João Do Sul-SC

20º Prêmio(Vale Compras) Elvino José Panatto Santa Bárbara, Morro Grande-SC

31º Prêmio(Vale Compras) Ezequiel Custodio Costa Guarita, Sombrio-SC

25º Prêmio (Vale Compras) Mateus de Giorgi Molha Coco, Timbé Do Sul-SC

19º Prêmio(Vale Compras) Remidio Da Silva Vicente Areia Branca, Jacinto Machado-SC

30º Prêmio(Vale Compras) Moacir da Silva São Roque, Criciúma-SC

24º Prêmio(Vale Compras) Antonio Panatto Vila São Jose, Turvo-SC

18º Prêmio(Vale Compras) Marcelo Candido Zanin Novo Vicença, Timbé Do Sul-SC

2015 / Coopersulca / 65


Promoção 50 Anos

66 / Coopersulca / 2015

17º Prêmio(Vale Compras) Leila Fascin Linha Seminário, Turvo-SC

11º Prêmio(Vale Compras) Alencar Salvaro Jardim Itália, Meleiro-SC

05º Prêmio(Motocicleta) Erian De Lima SCandolara Viamão -RS

16º Prêmio(Vale Compras) Elder Pereira Da Silva Vista Alegre, Ermo-SC

10º Prêmio(Tablet) Eder Vargas Correa Pirataba, Torres-RS

04º Prêmio(Motocicleta) Vitor Mantovani São Peregrino, Turvo-SC

15º Prêmio(Vale Compras) Jose Da Silva Lodetti Turvo Baixo, Turvo-SC

09º Prêmio(Tablet) Ivone Angeloni Centro, Turvo-SC

3º Prêmio(Motocicleta) Joelso Donadel Vila Nova, Timbé Do Sul-SC

14º Prêmio(Vale Compras) Valmir Concencio Boa Vista, Meleiro-SC

8º Prêmio(Tablet) Keli M Piazza Centro, Morro Grande-SC

13º Prêmio(Vale Compras) Dario Sartor Linha Maragno, Turvo-SC

7º Prêmio(Tablet) Aline D L Casagrande Santa Isabel, Forquilhinha-SC

2º Prêmio(Motocicleta) Pedro Manenti Passo Da Cachoeira, Praia GrandeSC

12º Prêmio(Vale Compras) Isabel Varnier Morro Azul, Timbé Do Sul-SC

6º Prêmio(Tablet) Magali Bardini Simon Turvo Baixo, Turvo-SC

01º Prêmio(Automóvel) Ivan Albano Vila União, Meleiro-SC


Promoção 50 Anos



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