palavra do presidente
Credibilidade e fidelidade
dos cooperados
F
alar dos 30 anos do Sicoob Creditaipu é falar de compromisso e responsabilidade. Desde a fundação, buscou-se cumprir o objetivo idealizado pelos sócios fundadores, que era de viabilizar recursos para o fomento das atividades dos produtores rurais. Nestes 24 anos atuando como conselheiro fiscal, conselheiro de administração e agora como diretor-presidente, muitas coisas mudaram, principalmente o desenvolvimento da região de abrangência e o próprio Sicoob Creditaipu, que ocorreu de forma excepcional e constante. Cabe sempre destacar que, se a Cooperativa alcançou os patamares de hoje, é porque há credibilidade e fidelidade dos cooperados para com a instituição. Os resultados obtidos pela Cooperativa em toda sua trajetória são o reflexo de um quadro social comprometido, de uma administração focada na gestão eficaz e responsável dos recursos, e um quadro funcional profissional e capacitado a sempre atender às necessidades dos associados. Hoje, temos novos perfis de cooperados e clientes, novos produtos para atender às demandas, novo cenário econômico e de consumo. Procuramos nos adaptar e atender a todas as necessidades, mas sem nunca esquecer dos princípios e dos propósitos daqueles que não mediram esforços para que a Cooperativa saísse da esfera de projeto e prosperasse. Desde sempre, mantemos uma política de gestão otimizada, equilibrando investimentos, constituição de reservas e de remuneração ao associado. Nossa maior bandeira é poder
oferecer produtos e serviços com o menor custo possível, com isenção de várias tarifas, como manutenção de conta, extratos, talão de cheques, entre outros benefícios, e ainda auferir resultados que garantem a solidez da Cooperativa. Temos orgulho em expor o resultado socioeconômico ao nosso público. Pois, além da remuneração do capital social e da distribuição das sobras, buscamos demonstrar a economia que os associados fizeram ao optar pela Cooperativa para realizar as suas operações financeiras, seja pela isenção de tarifas, seja pela diferença na taxa de juros. Em 2015, o resultado socioeconômico atingiu o montante de R$ 42,5 milhões. Um montante expressivo que continua movimentando a economia da nossa região de atuação. Temos muitos desafios a cumprir. A expansão para o Rio Grande do Sul é um projeto que vem sendo implementado. Temos grandes expectativas e muito trabalho a realizar. Vontade e determinação não nos faltam, e queremos oportunizar mais pessoas a usufruir dos benefícios que só o cooperativismo de crédito tem a oferecer. Queremos agradecer a todos os nossos associados que acreditam na nossa causa, e ressaltamos que não há cooperativa sem a presença de seus associados. É sempre uma satisfação poder atender a todos com o carinho e profissionalismo que nossos cooperados merecem. Elói Guilherme Presotto Presidente do Sicoob Creditaipu.
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eXpediente
Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Itaipu Rua João Pessoa, 1.490 – Centro – Pinhalzinho – SC – 89.870-000 Fone (49) 3366-6800 http://www.creditaipu.com.br DIRETORIA-EXECUTIVA Elói Guilherme Presotto
Diretor-Executivo Financeiro
Cláudio André Heinen
Diretor-Executivo Operacional
Carlos Alberto Utzig
Diretor-Executivo Administrativo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Elói Guilherme Presotto
Presidente
Anildo Aloísio Junges
Vice-presidente
Adi Decesaro
Secretário
Marcos Antônio Zordan
Conselheiro de Administração
Arno Pandolfo
Conselheiro de Administração
Janes Timóteo Krieser
Conselheiro de Administração
Seno Both
Conselheiro de Administração
Da esquerda para a direita: ARNO PANDOLFO Conselheiro de Administração MARCOS ANTÔNIO ZORDAN Conselheiro de Administração ELÓI GUILHERME PRESOTTO Presidente ANILDO ALOÍSIO JUNGES Vice-presidente JANES TIMÓTEO KRIESER Conselheiro de Administração ADI DECESARO Secretário SENO BOTH Conselheiro de Administração
eXpediente
Da esquerda para a direita:
CONSELHO FISCAL
DILVANIR FERRONATTO
Adelar Nildo Bundchen
Conselheiro Fiscal Efetivo
Alcides Carlos Aiolfi
Conselheiro Fiscal Efetivo
Lucia Baumbach
Conselheiro Fiscal Efetivo
Arcelo Jorge Assmann
Conselheiro Fiscal Suplente
SILVIO GUBERT
Dilvanir Ferronatto
Conselheiro Fiscal Suplente
LUCIA BAUMBACH
Sílvio Gubert
Conselheiro Fiscal Suplente
ADELAR NILDO BUNDCHEN
ALCIDES CARLOS AIOLFI ARCELO JORGE ASSMANN
Produção: Jornalista convidada – Samara Braghini reportagens – Arquivo Sicoob Creditaipu e Samara Braghini Rua Aurino Arnoldo Meira, 162 – Real Park 88113-455 – São José – SC
Editor de arte – Teodoro de Souza Filho
(48) 3258-6195/9645-7740 revistadascooperativas@comidia.com.br
revisão – Renato Tapado
diretor-geral – Ricardo Tapado
assessoria Jurídica – Belmiro Pereira Jr. e Roberto Luiz Pereira Advogados Associados
gerente-geral – Carmen Cinara Muller
assistente administrativa – Priscila Martins Tapado fotos – Arquivo Sicoob Creditaipu e Revista das Cooperativas
impressão – Impressul
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Quem acreditou Fundadores e o primeiro Conselho A fundação da Creditaipu aconteceu de forma simples e objetiva. No dia 27 de março de 1986, foi realizada a assembleia de constituição da Cooperativa de crédito numa sala da Cooperitaipu, pois a presença de interessados era a mínima necessária. Vinte e cinco agricultores assinaram a Ata de Fundação. São eles:
Sócios Fundadores 1 - Marcos Antonio Zordan 2 - Adelfo Frandoloso 3 - João Ogliari 4 - Nelson Decesaro 5 - Urbano Boesing 6 - Marino Wickert 7 - Pedrinho Bolis 8 - Neido Benvenutti 9 - José Abilio Junges 10 - Ari Royer 11 - Anselmo Wandscheer 12 - Ivo Carlos Schlosser 13 - Irto Seno Röpke
14 - Nelson Höhn 15 - Marino Antonio Junges 16 - Edenor Jacob Orth 17 - Abilio José Luft 18 - Edgar Köhnlein 19 - Ignacio Reiter 20 - Affonso Floss 21 - Lauri Balestrini 22 - Arnildo Reynaldo Schiehl 23 - Avelino Gubert 24 - Silvio Blanger 25 - Verneldo Carlos Schlösser
O primeiro Conselho O primeiro Conselho de Administração da então formalizada Cooperativa de Crédito Rural Itaipu – Creditaipu foi composto tendo como base o mesmo Conselho de Administração da Cooperativa agropecuária. A única alteração foi na presidência: o presidente da Cooperitaipu assumiu a vice -presidência da Creditaipu. O presidente da Creditaipu era o vice da Cooperativa agropecuária. Este intercâmbio no Conselho de Administração de ambas as cooperativas foi realizado com o objetivo de facilitar as reuniões e não gerar despesas com o pagamento de cédulas de presença, caso entrassem outras pessoas. “Após as reuniões da Cooperitaipu, tratavam-se os assuntos da Coo-
“Após as reuniões da Cooperitaipu, tratavam-se os assuntos da Cooperativa de crédito”, lembra Zordan.
perativa de crédito”, lembra Zordan. O dirigente recorda que a instituição da Creditaipu teve o fundamental apoio da Ocesc (Organização das Cooperativas de Santa Catarina), especialmente na pessoa de Aníbal Henrique Galassini, muitas vezes consultado e que sempre prestou os esclarecimentos necessários. Outro sempre lembrado pelo idealizador Zordan, pelo apoio que deu à Creditaipu, é Darci José Santin, na época contador da Cooperitaipu. “Ele ajudou muito na parte burocrática da Cooperativa de crédito, além de elaborar o primeiro estatuto da nova sociedade cooperativa”.
sÓcios Fundadores
Os primeiros administradores. Da esquerda para a direita: Marcos Zordan, Adelfo Frandoloso, Nelson Decesaro, Pedrinho Bolis, José Abilio Junges, Marino Wickert, Dirceu Luiz da Silva, Verneldo Schlösser, Urbano Boesing, Neido Benvenutti, Anselmo Wandscheer, Ary Royer e Avelino Gubert.
O funcionamento da Creditaipu não dependia apenas da boa vontade das pessoas. Muitas questões legais e burocráticas precisavam ser vencidas. Constituída em 1986, com o trâmite de aprovação, pelo Banco Central, uma duração de três anos. A Creditaipu obteve a autorização para funcionamento em dezembro de 1988 e abriu suas portas em 24 de maio de 1989.
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Galeria dos presidentes
Os presidentes O primeiro presidente da Creditaipu, eleito na assembleia de constituição, foi Adelfo Frandoloso (in memoriam). Ele, que também era o sócio número 01, permaneceu no cargo até data próxima ao início das atividades da Cooperativa. Nelson Decesaro (in memoriam) assumiu a Creditaipu quando esta já estava operando. Não tinha expediente, mas sempre que havia necessidade se fazia presente. Foi ele quem presidiu a primeira assembleia geral após a criação da Creditaipu, tendo na vice-presidência Marcos Zordan. Carlos Léo Kliemann (in memoriam) foi o terceiro presidente da Creditaipu e o primeiro a dar expediente, pois as necessidades da nova Cooperativa já eram maiores. Nesse período, a Creditaipu estava em franca evolução. O mandato de Kliemann marcou a aquisição do terreno para a construção da futura sede da Cooperativa. Com o falecimento de Kliemann, o vice-presidente, Marcos Zordan, assumiu o cargo até a assembleia eleger o atual presidente, Elói Guilherme Presotto. “Foi a partir daí, mas tendo por base o trabalho feito pelos seus antecessores e com o auxílio dos colaboradores e conselheiros, que a Creditaipu se solidificou e ampliou seus horizontes”, comenta Zordan. Em seu mandato, o agricultor de Serra Alta Elói Guilherme Presotto construiu a sede própria, além das agências de Saudades e Serra Alta, todas com bela arquitetura. Nelson Decesaro (in memoriam) em seu primeiro pronunciamento como segundo presidente da Creditaipu.
Adelfo Frandoloso (in mamoriam) foi o primeiro presidente da Creditaipu.
“Foi a partir daí, mas tendo por base o trabalho feito pelos seus antecessores e com o auxílio dos colaboradores e conselheiros, que a Creditaipu se solidificou e ampliou seus horizontes”, comenta Zordan. “Independente de quem a presidia, a Cooperativa de crédito sempre foi bem conduzida. Isso fica explícito pela demonstração de muita confiança por parte dos associados e pelos resultados apurados ao fim de cada exercício”, destaca Zordan. As pessoas da cidade, comércio, indústria e funcionários são fundamentais para a Cooperativa de crédito, acredita Zordan. O líder diz ainda que não se podem esquecer os agricultores que, mesmo tendo um movimento econômico pequeno, quando chamados à responsabilidade, têm contribuído e apoiado. . “Eles foram os primeiros a aceitar a ideia da fundação da Cooperativa de crédito. Eu não esqueço essas pessoas que me apoiaram e disseram: ‘Vai, que estamos juntos nesse negócio’.” Zordan não se declara como responsável pela fundação da Creditaipu. “Fui um idealizador, junto com as pessoas que estavam conosco nos Conselhos de Administração e Fiscal, e aqueles que deram a sua parcela de contribuição.”
Galeria dos Presidentes
Adelfo Frandoloso
27/03/1986 à 24/05/1989 Período de constituição
Carlos Léo Kliemann 13/05/1994 à 20/06/2002 Período em atividade
Nelson Decesaro
24/05/1989 à 04/05/1992 Período em atividade
Marcos Antonio Zordan 04/05/1992 à 13/05/1994 Período em atividade
Marcos Antonio Zordan Eloi Guilherme Presot to 20/06/2002 à 20/02/2003 Período em atividade
20/02/2003 até hoje Período em atividade
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diretorias
Diretorias do 27/03
1986
Ata n° 01
Diretoria de Constituição Conselho de Administração
24/05
1989
Ata n° 02
Início das Atividades Conselho de Administração
Adelfo Frandaloso
Presidente
Nelson Decesaro
Vice-presidente
Marcos Antonio Zordan
Vice-presidente
Marcos Antonio Zordan
Secretário
Nelson Decesaro
Secretário
Tranquilo Zanatta
Presidente
Marino Wickert Conselheiros de
Pedrinho Bolis
Administração
Neido Benvenutti
Marino Wickert Conselheiros de
Adelfo Frandoloso
Administração
Hélio Wandscheer Abilio Kreutz
José Abilio Jungues
Conselho Fiscal
Conselho Fiscal Pedrinho Bolis
Ari Royer Conselheiro Fiscal Efetivo
Conselheiro Fiscal Suplente
Anselmo Wandscheer
Conselheiro Fiscal Efetivo
Nelson Hohn
Ivo Carlos Schlosser
Romeu Aloisio Simon
Irto Seno Ropke
Nelson Kehl
Nelson Hohn
Conselheiro Fiscal Suplente
Carlos Léo Kliemann José Nelson Schmitz
Silvio Blanger
26/03
1990
Ata n° 03 Conselho Fiscal
Romeu Aloisio Simon Conselheiro Fiscal Efetivo
Carlos Léo Kliemann Elmo Pfeiffer Verneldo Carlos Schlosser
Conselheiro Fiscal Suplente
Ivo Willibaldo Hohn Inácio Hansen
diretorias
Ata n° 05
21/03
1991
Conselho de Administração
Presidente
Nelson Decesaro
Vice-presidente
Marcos Antonio Zordan
Secretário
Léo Pedro Schneider
28/02
1992
Carlos Léo Kliemann
Administração
Helio Wandscheer
Conselho Fiscal
Romeu Aloisio Simon Conselheiro Fiscal Efetivo
Abilio Kreutz Eloi Guilherme Presotto
Adelfo Frandoloso Conselheiros de
Ata n° 06
Antonio Dafaveri Conselheiro Fiscal Suplente
Bruno Orlando Zimermann Elosio Damo
Ivo Willibaldo Henn
Conselho Fiscal Abilio Kreutz Conselheiro Fiscal Efetivo
Noemio Elmo Pfeiffer Romeu Aloisio Simon Tranquilo Zanatta
Conselheiro Fiscal Suplente
18/03
1992
Ata n° 10 Conselho Fiscal
Antonio Schmatz Norberto Meneguzzi
Eloi Guilherme Presotto Conselheiro Fiscal Efetivo
Bruno Orlando Zimermann Ivo Willibaldo Maldaner Serafim Francisco Thiesen
Conselheiro Fiscal Suplente
Antonio Schmatz Neri Mauri Damo
11
12
diretorias
26/03
1994
Ata n° 11 Conselho de Administração
Presidente
Carlos Léo Kliemann
Vice-presidente
Marcos Antonio Zordan
Secretário
Ivo Willibaldo Maldaner Eloi Guilherme Presotto
Conselheiros de
Serafim Francisco Thiesen
Administração
Hélio Wandscheer
Ata n° 12
28/03
1995
Conselho Fiscal Marino Rovani
Conselheiro Fiscal Efetivo
Roque Clemente Junges Tiago Kreutz Eliseu Plack
Conselheiro Fiscal Suplente
Alsidio Simon Genésio José Macagnan
Marino Wickert
Conselho Fiscal Bruno Orlando Zimermann Conselheiro Fiscal Efetivo
Antonio Schmatz Roque Ranolfo Hermes Norberto Meneguzzi
Conselheiro Fiscal Suplente
22/03
1996
Ata n° 14 Conselho Fiscal
Antonio Dafaveri Roque Clemente Junges
Tiago Kreutz Conselheiro Fiscal Efetivo
José Nelson Schmitz Nadir Nicolli Nilton Simplicio Reichert
Conselheiro Fiscal Suplente
Lauro Both Genésio José Macagnan
diretorias
Ata n° 15
15/02
1997
Conselho de Administração
Presidente
Carlos Léo Kliemann
Vice-presidente
Marcos Antonio Zordan
Secretário
Ivo Willibaldo Maldaner
27/02
1998
Tiago Kreutz
Administração
Anildo Aloisio Junges
Conselho Fiscal Serafim Francisco Thiesen
Conselheiro Fiscal Efetivo
Milton Kerbes Enio Parisotto
Eloi Guilherme Presotto Conselheiros de
Ata n° 16
Oliden Luiz Vani Conselheiro Fiscal Suplente
Elton Inácio Schneider José Roberto Wickert
Ivo Willibaldo Henn
Conselho Fiscal Nadir Nicoli Conselheiro Fiscal Efetivo
Serafim Francisco Thiesen Heinbert Bohrz Nilton Simplicio Reichert
Conselheiro Fiscal Suplente
05/03
1999
Ata n° 10 Conselho Fiscal
Ruben Luiz Detzbacher Oliden Luiz Vani
Oliden Luiz Vani Conselheiro Fiscal Efetivo
José Kunzler Nilo José Corbellini Enio Parisotto
Conselheiro Fiscal Suplente
Luiz Granella Darci Silvério Kottwitz
13
14
diretorias
05/02
2000
Ata n° 18 Conselho de Administração
Presidente
Carlos Léo Kliemann
Vice-presidente
Marcos Antonio Zordan
Secretário
Serafim Francisco Thiesen Anildo Aloisio Junges
Conselheiros de
Marino Wickert
Administração
Elói Guilherme Presotto
Ata n° 19
29/01
2001
Conselho Fiscal Antonio Eugênio Scatolin
Conselheiro Fiscal Efetivo
Milton Kerbes Tiago Kreutz Adi Decesaro
Conselheiro Fiscal Suplente
Jucimar Albani Ruben Luiz Detzbacher
João Batista Brancher
Conselho Fiscal José Kunzler Conselheiro Fiscal Efetivo
Milton Kerbes Luiz Granella Antonio Eugênio Scatolin
Conselheiro Fiscal Suplente
01/02
2000
Ata n° 20 Conselho Fiscal
Bruno Orlando Zimmermann Elton Inácio Schneider
Milton Kerbes Conselheiro Fiscal Efetivo
Adi Decesaro Elton Inácio Schneider Edilio Pauletto
Conselheiro Fiscal Suplente
Perci Provenci José Kunzler
diretorias
30/01
2003
Ata n° 22 Conselho de Administração
Presidente
Eloi Guilherme Presotto
Vice-presidente
Silvio Mocelin
Secretário
João Batista Brancher Marcos Antonio Zordan
Conselheiros de
Tiago Kreutz
Administração
Serafim Francisco Thiesen Milton Kerbes
Conselho Fiscal Edilio Pauletto Conselheiro Fiscal Efetivo
José Kunzler Jucimar Albani Ruben Luiz Dertzbacher
Conselheiro Fiscal Suplente
Renato Luiz Ruver Carlos Alberto Signor
Ata n° 23
19/02
2004
Conselho Fiscal Adi Decesaro
Conselheiro Fiscal Efetivo
Edilio Pauletto Ruben Luiz Dertzbacher Jacir Gubert
Conselheiro Fiscal Suplente
Darciano José Assmann Antonio Eugênio Scatolin
15
16
diretorias
02/07
2004
Ata n° 24
Preenchimento de Vagas Conselho de Administração
Ata n° 26
25/03
2005
Conselho Fiscal Adi Decesaro
Presidente
Eloi Guilherme Presotto
Vice-presidente
Silvio Mocelin
Secretário
Milton Kerbes
Jucimar Albani
Marcos Antonio Zordan
Jacir Gubert
Conselheiros de
Tiago Kreutz
Administração
Serafim Francisco Thiesen Anildo Aloisio Junges
Conselho Fiscal Adi Decesaro Conselheiro Fiscal Efetivo
Edilio Pauletto Ruben Luiz Dertzbacher Jacir Gubert
Conselheiro Fiscal Suplente
Darciano José Assmann Antonio Eugênio Scatolin
Conselheiro Fiscal Efetivo
Conselheiro Fiscal Suplente
Leonardo Paulo Muller
Nelson Luiz Finger Ivaldo Defendi Ribeiro
diretorias
Ata n° 26
02/02
2006
Conselho de Administração
Presidente
Eloi Guilherme Presotto
Vice-presidente
Anildo Aloísio Junges
Secretário
Milton Kerbes
28/02
2008
Antonio José Maldaner
Administração
Elton Inácio Schneider
Conselheiro Fiscal Efetivo
Jucimar Albani Conselheiro Fiscal Efetivo
Leonardo Paulo Muller Roque Both
Adi Decesaro Elton Inácio Schneider Edilio Pauletto
Conselheiro Fiscal Suplente
Perci Provenci José Kunzler
Marcos Antonio Zordan
Conselho Fiscal
Conselho Fiscal
Milton Kerbes
Adi Decesaro Conselheiros de
Ata n° 28
05/02
2009
Ata n° 29 Conselho Fiscal
Arno Franken Conselheiro Fiscal Suplente
Irineu Both Luiz José Bach
Antonio Eugenio Scatolin Conselheiro Fiscal Efetivo
Arno Franken Sadi Fiorini
Ata n° 27
29/01
2007
Conselho Fiscal Antonio Eugenio Scatolin
Conselheiro Fiscal Efetivo
Arno Franken Roque Both Darciano José Assmann
Conselheiro Fiscal Suplente
Darci Vilson Welke Mário Fischer
Carlos Alberto Signor Conselheiro Fiscal Suplente
Olávio Spohr Junior Roberto Both
17
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diretorias
19/01
2010
Ata n° 30 Conselho de Administração
Presidente
Eloi Guilherme Presotto
Vice-presidente
Anildo Aloísio Junges
Secretário
Tiago Kreutz Arno Pandolfo
Conselheiros de
Jucimar albani
Administração
Luiz José Bach
Ata n° 32
27/03
2012
Conselho Fiscal Adi Decesaro
Conselheiro Fiscal Efetivo
Clades Neuza Horbach Menegotte Waldir Kottwitz Alcides Carlos Aiolfi
Conselheiro Fiscal Suplente
Julia Maria Knorst Heissler Leonir Possenti
Marcos Antonio Zordan
Conselho Fiscal Roberto Both Conselheiro Fiscal Efetivo
Selmo Loreno Ficagna Valdir Elias Fidler
Conselheiro Fiscal Suplente
Clades Neuza Horbach Menegotte
Ata n° 33
14/03
2013
Conselho Fiscal
Elodir José Verde Lauri Balensiefer
Adi Decesaro Conselheiro Fiscal Efetivo
Emerson Vergilio Pesenato Julia Maria Knorst Heissler
22/03
2011
Ata n° 31 Conselho Fiscal Roberto Both
Conselheiro Fiscal Efetivo
Clades Neuza Horbach Menegotte Waldir Kottwitz
Conselheiro Fiscal Suplente
Lucia Baumbach Márcio Antonio Vincenzi Nadir Adir Bunchen
Ernani Luiz Wachholz Conselheiro Fiscal Suplente
Janes Timóteo Krieser Gilmar Giaretta
diretorias
13/02
2014
Ata n° 34 Conselho de Administração
Presidente
Eloi Guilherme Presotto
Vice-presidente
Anildo Aloísio Junges
Secretário
Adi Decesaro Arno Pandolfo
Conselheiros de
Janes Timóteo Krieser
Administração
Marcos Antonio Zordan
Ata n° 35
27/03
2015
Conselho Fiscal Adelar Nildo Bundchen
Conselheiro Fiscal Efetivo
Alcides Carlos Aiolfi Lucia Baumbach Arcelo Jorge Assmann
Conselheiro Fiscal Suplente
Dilvanir Ferronatto Silvio Gubert
Seno Both
Conselho Fiscal Adelar Nildo Bundchen Conselheiro Fiscal Efetivo
Julia Maria Knorst Heissler Valdir Dalla Vechia Ivanir Forgiarini de Oliveira
Conselheiro Fiscal Suplente
03/03
2016
Ata n° 36 Conselho Fiscal
Jairo Boehlke José Lari Staudt
Alcides Carlos Aiolfi Conselheiro Fiscal Efetivo
Arcelo Jorge Assmann Vidimar José Tasca Idacir Rasolin
Conselheiro Fiscal Suplente
Valmir Aloisio Neis Zelir Maria Cesco Ceccon
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20
histÓria
Uma história com muitos desafios
“Assembleia Geral Ordinária em 19/1/2010. Participação expressiva de associados.”
“A Creditaipu comemora 30 anos em 2016 com uma bonita história para contar”, resume o agricultor e presidente da instituição, Elói Guilherme Presotto. Para chegar até aqui, esta história teve muitos capítulos de lutas enfrentadas. Todas vencidas.
Para chegar até aqui, esta história teve muitos capítulos de lutas enfrentadas. Todas vencidas. Quando a Creditaipu era apenas uma ideia na cabeça de seus visionários idealizadores, a primeira grande batalha foi vencer a desconfiança e as dúvidas dos agricultores que eram convidados a se associar. Na época, os agricultores eram convidados por alguém para associar-se
à Creditaipu. Todos tinham conta nos bancos tradicionais. Como a Cooperativa era algo novo, tinham receio de colocar seu dinheiro ali. Assim como o trabalho na agricultura, 30 anos atrás, era praticamente
“A expressiva participação dos associados nas reuniões, e o interesse no acompanhamento da gestão e dos projetos da Cooperativa demonstram que a desconfiança inicial foi superada, e o desejo é de que a Cooperativa continue prosperando e contribuindo com o desenvolvimento da comunidade” fala de Marcos Zordan citada pelo presidente Elói Presotto.
Na época, praticamente tudo era registrado na ponta da caneta.
todo braçal, na Creditaipu não era diferente. Praticamente, tudo era registrado na ponta da caneta. Tinha somente um computador. Os recebimentos no caixa eram feitos com autenticadora mecânica. Depois, os registros eram passados para o setor de conta corrente em fichas gráficas. No fim de cada mês, juros e correções eram calculados manualmente. A chance de erros era grande. Muitas noites foram necessárias para conferência e assim poder garantir a infalibilidade dos saldos e informações dos relatórios.
histÓria
21
Uma simples ideia, um grande ideal Zordan teve participação fundamental também na fundação da Creditaipu. A luta para fundar a Cooperativa de crédito rural surgiu da vontade de vencer dificuldades enfrentadas pelos agricultores. Em 1978, o médico veterinário Marcos Antônio Zordan ingressou no quadro funcional da Cooperativa Regional Itaipu. Um dos seus legados foi inserção na região da inseminação artificial em bovinos. Em 1985, foi conduzido à presidência da Cooperativa, cargo que ocupou até 2006, quando assumiu a diretoria agropecuária da Cooperativa Central Aurora. Sempre atento às demandas dos agricultores associados à Itaipu, Zordan teve participação fundamental também na fundação da Creditaipu.
“Nos bancos, os agricultores eram, muitas vezes, humilhados por pessoas que os deixavam esperando mesmo que morassem longe. Ficavam lá o dia inteiro sem ser atendidos. Isso dificultava muito o acesso ao crédito.” Zordan recorda que, antes mesmo de ser presidente da Cooperitaipu, já sabia da existência de cooperativas de crédito. “Eu achava interessante a função destas cooperativas, apesar do pouco tempo de funcionamento.” No convívio diário com os associados da Cooperativa agropecuária que presidia, Zordan acompanhou de perto as dificuldades enfrentadas por estes agricultores para acessar serviços e recursos financeiros. “Nos bancos, os agricultores eram, muitas vezes, humilhados por pessoas que os deixavam esperando mesmo que morassem longe. Ficavam lá o dia inteiro sem
ser atendidos. Isso dificultava muito o acesso ao crédito.” A Cooperativa agropecuária não podia fazer nada quando o associado necessitava financiar a compra de uma
terra, de um carro, de móveis ou até mesmo levantar recursos para o casamento de um filho. “Com o início das atividades da Creditaipu, isso passou a acontecer.”
22
histÓria
A ideia Tudo o que se esperava de uma instituição financeira para atender o agricultor era ter um local para guardar o dinheiro, que por sua vez financiaria outro associado a um custo muito menor que num banco comum. Além disso, o resultado e as sobras deste negócio de um emprestar para o outro voltariam, como ocorre ainda hoje, em forma de cota capital e retorno efetivo em dinheiro para os associados. “Esta foi uma das razões principais que nos motivou a construir e pôr em prática a ideia de ter uma cooperativa de crédito.” Todo este movimento aconteceu logo após Zordan assumir a presidência da Cooperitaipu, pensando no associado e sua família. A busca por uma instituição de crédito cooperativa tinha duas motivações principais. “Em primeiro lugar, além de beneficiar diretamente o agricultor, pensamos no
“Esta foi uma das razões principais que nos motivou a construir e pôr em prática a ideia de ter uma cooperativa de crédito.”
movimento que este dinheiro, ficando na região, proporcionaria ao comércio e à indústria. E este giro de dinheiro na região continuaria refinanciando.” O outro objetivo era que a Cooperativa de crédito se tornasse o “financeiro” da Cooperativa agropecuária. “Na prática, até hoje, isso não se realiza totalmente. Nossa ideia era de que todo empréstimo, a compra a prazo, a conta-corrente da Cooperativa agropecuária fossem feitos pela Coopera-
tiva de crédito.” Em parte, isso é feito pelos financiamentos, quando o associado buscar dinheiro para algum investimento ou necessidade. “A Cooperativa de crédito não supre totalmente as necessidades de serviços financeiros da Cooperativa agropecuária. Mesmo assim, pedimos que as duas cooperativas nunca se desvinculem, pois os clientes praticamente são os mesmos, assim como suas necessidades. Que não venha esse cliente da Cooperativa agropecuária se endividar em ambas as instituições.” Para Zordan, cada uma das cooperativas, Cooperitaipu e Creditaipu, tem seu destino, suas metas, sua forma de trabalhar e suas leis, que devem ser respeitadas. “Mas sempre tivemos a preocupação de não haver a desvinculação das duas, principalmente na área financeira.”
Do outro lado do Atlântico “Foi minha primeira viagem ao exterior e uma das mais longas. Visitamos diversas cooperativas de crédito portuguesas, pequenas, médias e grandes e com diversas formas de trabalho.” Portugal, país mãe da nossa língua portuguesa, serviu como escola para os cooperativistas catarinenses que aspiravam formar a sua própria cooperativa de crédito. No ano de 1986, com esta ideia na cabeça e a mala na mão, Marcos Zordan e outros dirigentes cooperativistas aceitaram a sugestão de Aury Bodanese e, com ele, partiram para Portugal. Durante um mês inteiro, cumpriram um intenso roteiro pelo interior do país para conhecer como funcionavam, na prática, estas coope-
rativas e quais os benefícios uma instituição deste nível poderia trazer aos agricultores do Oeste de Santa Catarina. “Foi minha primeira viagem ao exterior e uma das mais longas. Visitamos diversas cooperativas de crédito portuguesas, pequenas, médias e grandes e com diversas formas de trabalho.” Zordan destaca ainda que observou algumas com foco mais voltado para o aspecto social, outras menos, mas todas com o objetivo de ser o suporte do associado. A viagem confirmou aquilo que imaginava. Zordan lembra que a região já tinha experiências com cooperativas de crédito em Cunha Porã, Concórdia, Rio do Sul, Canoinhas e São Miguel do Oeste, além de Itapiranga, sede da cooperativa mais antiga do Estado. “Fazia pouco tempo que essas cooperativas haviam sido instituídas, estavam engatinhando, ainda sem base sólida para dar suporte às necessidades de seus
associados.” Zordan voltou animado com o que viu em Portugal. Com muitas informações obtidas na Europa e com a imaginação fértil, voltava a Pinhalzinho obstinado em pôr em prática a ideia pré-concebida. “A primeira coisa que fiz foi reunir os funcionários da Cooperitaipu e relatar tudo o que vira e que havia planejado.” Entre estes funcionários, estavam Paulo Junqueira da Silva e Darci José Santin. “Eles gostaram da ideia e, com o Paulo – a pessoa que mais tinha contato com os associados por ser agrônomo –, começamos a fazer reuniões pelo interior.”
“Animado com o que vi em Portugal, a primeira coisa que fiz foi reunir os funcionários da Cooperitaipu e relatar tudo o que vira e que havia planejado.”
histÓria
As reuniões começaram Realizado à noite para não prejudicar as atividades dos agricultores, o roteiro de reuniões não representou tarefa fácil. “Além da pouca participação, a maior dificuldade foi a desconfiança do agricultor em relação ao seu dinheiro, e não à ideia em si.” Os questionamentos quase sempre eram os mesmos: “Quem vai cuidar do nosso dinheiro? Onde vão guardar? O que vão fazer? Se vocês emprestarem e o pessoal não devolver?”. Por um lado, existia a vontade muito grande de constituir a cooperativa e, por outro, a justificável desconfiança dos associados. O idealizador da Cooperativa de Crédito Itaipu afirma que esta foi uma grande preocupação.
“Quando se trata de administrar uma cooperativa, tem algo que é vital: a confiança”, destaca Zordan. Outra dificuldade para a constituição da Cooperativa de crédito dizia respeito à total falta de apoio do sistema bancário brasileiro e, inclusive, do próprio governo, que não desejava que estas instituições fossem criadas. “Demonstravam, com essa atitude, que as cooperativas de crédito seriam um espinho no pé do sistema financeiro tradicional. E tinham razão.” Após diversas reuniões em que, praticamente, as mesmas perguntas eram respondidas, os associados queriam mais segurança. Queriam saber, por exemplo, em qual município seria a matriz, quem seria o presidente e se a
“Quando se trata de administrar uma cooperativa, tem algo que é vital: a confiança”, destaca Zordan.
cooperativa agropecuária Cooperitaipu estaria junto. “Sempre respondemos a todos os questionamentos com muita tranquilidade, como sempre foi nosso jeito de trabalhar. No cooperativismo, deve ser assim, com franqueza, liberdade, democracia e a interlocução entre cooperativa e associado”, afirma Zordan.
Acreditar nos princípios Sem saber que rumo a ideia que estava vendendo aos agricultores associados à Cooperitaipu tomaria, o ex-funcionário Darcy Santin buscava inspiração nos princípios do cooperativismo de crédito. “Fundamentos como a redução das tarifas bancárias, proporcionar crédito aos menos favorecidos e, principalmente, a distribuição das sobras geradas nos davam a ideia de que o associado faria o papel de cliente e proprietário do próprio banco.” Com estes argumentos na ponta da língua, Santin participou dos primeiros passos para a instituição da Creditaipu. “Não tínhamos ideia de que rumo poderia tomar nem que cresceria tão rápido.” Santin lembra que ele e seus colegas sabiam das dificuldades a serem enfrentadas, especialmente para passar confiança aos agricultores e os convencerem a associar-se. Dados os primeiros passos, improvisou-se um espaço na sala do setor de Recursos Humanos da Cooperativa agropecuária em Pinhalzinho e, logo depois, o espaço do depósito de mercadorias para o funcionamento da Creditaipu. “Contratamos para ge-
renciar uma pessoa que já conhecia o mercado e os lides bancários, o gerente de banco com atuação em Pinhalzinho e que há pouco tempo havia se aposentado, sr. Alfredo Dinor Morello”, recorda. Santin, que redigiu o primeiro Estatuto da Creditaipu, hoje é sócio proprietário da ADM Compensados Pinhal.
Sem saber que rumo a ideia que estava vendendo aos agricultores associados à Cooperitaipu tomaria, o ex-funcionário Darcy Santin buscava inspiração nos princípios do cooperativismo de crédito.
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histÓria
O plantio da semente Atuando na Cooperitaipu, o engenheiro agrônomo Paulo Junqueira da Silva foi responsável por disseminar no campo as sementes do cooperativismo de crédito. “Na época, realizamos diversos cursos sobre o funcionamento de uma cooperativa de crédito.” Além de explicar sobre o funcionamento de algo tão inédito, Paulo e seus colegas tinham a missão de motivar os agricultores. “Dias antes da fundação da Creditaipu, nas reuniões que realizamos, incentivamos os agricultores a confiar e levar adiante a proposta.” Para o agrônomo, plantava-se uma pequena semente, como a do eucalipto, que, após alguns anos, se trans-
Atuando na Cooperitaipu, o engenheiro agrônomo Paulo Junqueira da Silva foi responsável por disseminar no campo as sementes do cooperativismo de crédito. forma numa grande árvore. “Instalada em um dos prédios mais bonitos da região, a nossa Creditaipu serve de exemplo para muita gente de que é possível visualizar um projeto e colocá-lo em prática. Prova disso é a economia que a Creditaipu proporciona a toda a família cooperativista.”
A Creditaipu abre suas portas A concretização do sonho de ter uma cooperativa de crédito demandou um longo período de espera. Após a fundação, questões burocráticas e legais impediam que a Creditaipu saísse do papel. Durante três anos, a Cooperativa ficou inativa, até que o Banco Central homologasse a autorização para funcionamento. A tão esperada notícia foi publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de dezembro de 1988. Por isso, a Cooperativa registra em seus anais o início das atividades no dia 24 de maio de 1989.
A tão esperada notícia foi publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de dezembro de 1988.
Paulo Junqueira da Silva testemunha o corte da fita inaugural feito por Marcos Zordan e Adelfo Frandoloso. Durante três anos, a Cooperativa ficou inativa, até que o Banco Central homologasse a autorização para funcionamento.
Assembleia que elegeu Nelson Decesaro (só, no banco), segundo presidente e marcou o início das atividades da Creditaipu.
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As primeiras agências
Primeira agência de Modelo.
Aos poucos, a região, com predominância agrícola na época, começava a ser transformada através de um sistema de crédito diferenciado. O cooperativismo mostrava o seu potencial de mudança também no sistema de crédito.
A agência, nos dias de hoje.
Modelo Tratados com respeito e dignidade, os agricultores aderiam à ideia e tornavam possível a expansão da Creditaipu. Com a matriz em Pinhalzinho, a primeira agência foi instalada no município de Modelo, em fevereiro de 1992, dentro da filial da Cooperitaipu. O gerente Leocir Scatolin recorda que a agência foi constituída com uma máquina de escrever, outra de calcular, uma registradora, um cofre e uma mesa. “O pouco dinheiro permitia um pequeno giro de caixa.” Com apenas 33, mas importantes sócios, o único funcionário realizava depósitos em conta-corrente, pagamentos de cheques, poupança e recebimento de contas de luz. “No início, o movimento diário era levado a Pinhalzinho em um veículo emprestado pela
Cooperitaipu.” Em alguns anos, o crescimento da agência proporcionou a mudança do local de atendimento, ainda junto à Cooperativa de produção, porém em uma sala exclusiva e com acesso à rua. O crescimento continuou, e a agência foi instalada em uma sala ampla no centro da cidade. Hoje, a agência de Modelo com 1.807 associados, aguarda a construção da sede própria. O projeto está pronto, o terreno já está sendo preparado, e as obras se iniciam ainda em 2016.
“No início, o movimento diário era levado a Pinhalzinho em um veículo emprestado pela Cooperitaipu.”
Leocir Scatolin, gerente da agência de Modelo.
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Saudades O primeiro funcionário da agência de Saudades e atual gerente, Narciso Geller, lembra bem todos os detalhes. A agência da Creditaipu no município foi criada em 12 de março de 1992 em um espaço físico de 14 m2 e apenas um funcionário. “Ficava no segundo piso, nos fundos da Cooperitaipu. Para chegar, era preciso passar entre as gôndolas do mercado, subir a escadaria para então adentrar em uma pequena sala, identificada por uma placa de 20 X 40 cm, com a inscrição Creditaipu.”
A agência da Creditaipu no município de Saudades, foi criada em 12 de março de 1992 em um espaço físico de 14 m2 e apenas um funcionário. A pequena agência não lembrava em nada uma instituição financeira. “Tinha um balcão antigo doado pela Cooperitaipu, uma escrivaninha, uma registradora manual, uma calculadora, uma máquina de escrever e um relatório de saldos de conta-corrente de dois dias antes da data do atendimento.” Geller conta que os únicos serviços oferecidos aos produtores rurais associados eram o pagamento
de cheques e o depósito em contacorrente. Tempos depois, a agência mudouse para uma sala com acesso à Rua Miguel Couto. Novos funcionários foram contratados. “Investimos em patrocínios de eventos do município, onde divulgávamos os produtos e serviços prestados pelo Sicoob, além das vantagens do cooperativismo de crédito.”
Em 2010, a Creditaipu em Saudades ganhou uma bem localizada sede própria, um prédio moderno e confortável com 700 m2 para o atendimento de 2.200 associados por dez funcionários treinados e capacitados. “Este empreendimento e o crescimento da agência só foram possíveis pela participação e confiança dos associados. O sonho que sonhamos juntos tornouse realidade”, destaca Geller.
“O empreendimento de hoje, e o crescimento da agência só foram possíveis pela participação e confiança dos associados. O sonho que sonhamos juntos tornou-se realidade”, destaca Geller.
A Agência de Saudades, nos dias de hoje.
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Serra Alta O prédio próprio da agência de Serra Alta, construído em 2010, é o cartão-postal da cidade. Trata-se da representação material do crescimento contínuo da Creditaipu no município. A agência abriu as portas em abril de 1993 com um único funcionário, Paulo Roberto Zamignan, para atender 50 associados. No espaço junto à Cooperitaipu, Zamignan realizava todas as funções, da gerencia à limpeza. Oito anos depois, com o crescimento do quadro social e o aumento de serviços, a agência necessitava de um
“A agência abriu as portas em abril de 1993 com um único funcionário, Paulo Roberto Zamignan, para atender 50 associados. Zamignan realizava todas as funções, da gerencia à limpeza.”
A agência, atualmente.
espaço maior. A primeira mudança foi para uma sala alugada enquanto um espaço maior era construído, ainda anexo à Cooperativa agropecuária, que atendia às necessidades da época. A inauguração da própria agência
em Serra Alta, no dia 22 de abril de 2010, demonstra a solidez da Creditaipu. O quadro social e os resultados continuaram evoluindo. Atualmente o número de associados da agência é de 1.793 associados.
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Momentos históricos
Inauguração Saudades.
Agência de Serra Alta.
Assembleia Geral Ordinária, em 19/01/2010.
Assembleia Geral Ordinária/Extraordinária de 05/02/2009.
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A Cooperação já fazia
M
parte do dia a dia
arino Wickert, de linha São Carlos, Sul Brasil, hoje com 71 anos, foi um dos fundadores da Creditaipu. Antes disso, a cooperação já era praticada quando ele e seus vizinhos precisavam acessar uma instituição bancária. “Para ir ao banco, um carro e vários caroneiros ajudavam a pagar a despesa.”
“Para ir ao banco, um carro e vários caroneiros ajudavam a pagar a despesa.” Caso contrário, o jeito era ir de ônibus. Saía de casa no clarear do dia e caminhava quatro quilômetros até linha Boa Vista, onde pegava o ônibus até Pinhalzinho. Ali, às seis da manhã, embarcava em outro coletivo com destino a Chapecó que, para chegar ao seu destino, seguia por estrada de chão e subia na barca para cruzar o Rio Chapecó. Se conseguia chegar à cidade até as 10 horas, ia direto ao banco fazer os negócios. Caso contrário, era preciso voltar às 14 horas, pois na época os bancos fechavam ao meio-dia.
“Chegava de noite em casa. Para poucos minutos no banco, era um dia inteiro perdido.” “Chegava de noite em casa. Para poucos minutos no banco, era um dia inteiro perdido.” Hoje, ele valoriza o fato de que sai de casa até a sede do município de Sul Brasil, onde na Creditaipu não gasta mais de meia hora. Com os demais fundadores da Creditaipu, Marino integrava o Conselho de Administração da Cooperitaipu. “Quando o Zordan nos falou da ideia de uma cooperativa de crédito, aceitamos a proposta e passamos a trabalhar para alcançar esse objetivo.” O agricultor
Marino Wickert, de Linha São Carlos, Sul Brasil, foi um dos fundadores da Creditaipu.
recorda que, durante três anos, após tratar os assuntos da Cooperitaipu, discutiam-se os assuntos da Creditaipu, da qual não se ganhava nada. “Mesmo porque a ‘Credi’ não tinha sequer uma caneta de sua propriedade, tudo era cedido pela Cooperativa agropecuária. A gente assinava um monte de documentos que iam e voltavam do Banco Central porque faltava o pontinho da letra i. Assim foi, até que saiu a autorização para o funcionamento.” O fundador lembra que, muitas vezes, as reuniões iam até 10, 11 horas da noite, e ele ainda tinha que voltar pra
“Quando o Zordan nos falou da ideia de uma cooperativa de crédito, aceitamos a proposta e passamos a trabalhar para alcançar esse objetivo.” casa. “A Renilsa, minha mulher, nunca reclamou, mas eu acho que ela desconfiava e se perguntava: ‘Onde é que ele estava até essas horas’?”, brinca.
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Um banco só nosso? Como!? “Na época da fundação, tivemos que desembolsar uns ‘trocos’, mais de dois salários, que para mim era meio graúdo. Era um dinheiro que a gente investia e não sabia se teria retorno”, recorda Neido.
Residente no município de Serra Alta, Neido Benvenutti foi um dos que acreditaram na ideia de que uma cooperativa de crédito poderia dar certo. “O Zordan puxou a frente, mas eu apostei pelo sofrimento que era quando precisava ir a um banco. Fui ao banco em Palmitos, fiquei lá o dia inteiro e voltei pra casa sem nenhuma satisfação. E não foi uma vez só. Chegava de manhã, pegava a senha e esperava ser chama-
do. Quando eram 15 horas, informavam que o expediente estava encerrado e não atendiam mais ninguém.” Quando ouviu Zordan falar de se fazer um “banco”, Neido ficou satisfeito, ao mesmo tempo em que surgiu a dúvida: tem como fazer isso? Dias depois, foi conhecer a Cooperativa de Crédito Itapiranga para ver como funcionava. “Na época da fundação, tivemos que desembolsar uns ‘trocos’, mais de dois salários, que para mim era meio graúdo. Era um dinheiro que a gente investia e não sabia se teria retorno”, recorda. Hoje, Neido está satisfeito por ter as portas abertas na Creditaipu e ser atendido “em cima da pinta”. “É um espetáculo, comparado ao que se tinha antes da Cooperativa. Fico orgulhoso de ver.”
A Cooperativa é uma famílias No começo, foi tudo muito difícil. Na verdade, existia a necessidade de fundar a Cooperativa – para nós, até então, um banco. Queríamos fundar um banco próprio. Mas não era nada fácil, para nós, entender o que era fundar um banco. Era uma coisa nova. Não existia nada na época, somente os bancos tradicionais. O sentimento de desconfiança e insegurança era geral. Isso foi um Lauri Balestrini grande problema naqueSócio fundador. les tempos. “Será que vai dar certo?” Esta pergunta era o sentimento de todos. O que ajudou a termos confiança e acreditar na Cooperati-
va foi o fato de sermos sócios da Cooperitaipu e também, principalmente, porque os fundadores eram pessoas bemconceituadas, pessoas respeitadas em suas respectivas comunidades e municípios. Eram pessoas corretas. Mesmo ante as dificuldades que surgiram, como o fechamento do BNCC, as pessoas não desistiram. Fico muito feliz pelo que somos hoje. Acreditamos em pessoas certas que já vinham fazendo o bem. E chegamos aonde estamos. Mas os jovens precisam participar mais, acompanhar mais, pois é o dinheiro deles que a Cooperativa administra. Parabéns a todos que participaram dessa história de sucesso. Para mim, a Cooperativa é uma família. Sem dúvida alguma, o Sicoob Creditaipu continuará contribuindo e muito para o cumprimento da missão que tem todo o Sistema OCB: “tornar o cooperativismo reconhecido por suas particularidades e benefícios, em especial por sua competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados”.
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Nem consigo imaginar mais o trabalho sem a Cooperativa No início, foi meio complicado. Entrar na Cooperativa significava colocar o dinheiro no fundo, e não podíamos mexer nele. O dinheiro precisava ficar lá. À minha volta, os comentários eram de “ficar com um pé atrás”. Mas tínhamos informações de que o cooperativismo de crédito, na Europa, estava crescendo. Isso ajudou a acreditar mais na Cooperativa. Pouco a pouco, o pessoal foi aderindo. Eu demorei um pouco, pois, na época, era um plantador um pouco maior e precisava de recursos que a Cooperativa ainda não podia ceder. Mas logo mais adiante, a Cooperativa cresceu, e já comecei a participar dela. Hoje, na minha opinião, não existe outro banco melhor para o agricultor do que o Sicoob Creditaipu. A Cooperativa, hoje, é muito importante para o meu trabalho. Nem consigo imaginar mais o trabalho sem ela. É como estar em casa, com as pessoas que amo, de que gosto. No Sicoob Creditaipu, se preciso de alguma coisa, a solução é imediata, na hora. Me sinto muito realizado por fazer parte dessa bela história de cooperação de promover a felicidade dos cooperados”.
Ignacio Reiter - Sócio fundador.
Fim do BNCC e início do Bancoob Em pouco tempo, a Creditaipu crescia na confiança e na adesão dos associados. Um fator externo, porém, pareceu abalar as estruturas recém-fundadas. O BNCC (Banco Nacional de Crédito Cooperativo) foi extinto em 1990. “Na época, já tínhamos captado associados, eles vinham trazendo seu dinheiro, suas economias, e nós repassávamos isso ao BNCC. Do dia para a noite, o BNCC sumiu. Tudo o que estava ali passou a ser pago por outra instituição”, lembra Carlos.
Grande baque
A Creditaipu se viu – como todas as demais – sem o amparo de uma entidade superior na área financeira. O baque foi grande. “Muitos associados descontentes. Eles diziam que tínhamos prometido que seria diferente. O associado não queria saber se era um fator externo, não queria conversa”, lembra Utzig. Para continuar operando, a Creditaipu firmou convênio com o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC, atualmente absorvido pelo Banco do Brasil), seu concorrente direto na transação financeira com agricultores e no serviço de compensação. Além disso, todos os recursos captados pela Creditaipu na poupança foram transferidos para o Banco do Brasil, que realizou os pagamentos. Muitos desses recursos, porém, não voltaram mais para a Creditaipu. A situação ficou estável em 1996, quando foi constituída uma nova instituição de amparo para as entidades de crédito cooperativo, o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), e a Creditaipu tomou um novo rumo de crescimento. Logo no seu início a instituição passou por duas grandes perdas. O primeiro presidente da Cooperativa após o início de suas atividades, Nelson Decesaro, faleceu durante o exercício da presidência em um acidente. O presidente seguinte, Carlos Léo Kliemann, também faleceu por problemas de saúde. Nas duas oportunidades, o vice-presidente Marcos Zordan assumiu a condução da Creditaipu. “Sorte que estávamos bem
amparados pelo Marcos Zordan, idealizador da Cooperativa. Como ele era bem-conceituado na comunidade, as pessoas confiavam nele”, afirma Carlos Utzig. Os sócios fundadores da Creditaipu também eram pessoas bem-conceituadas. Além disso, a Cooperativa sempre teve um conselho de administração ativo, que fez com que a Cooperativa tomasse o rumo de crescimento. “Precisamos de pessoas bem-conceituadas para conduzir o negócio, porque elas inspiram confiança.” Foi amparada na credibilidade destas pessoas que a Creditaipu começou a crescer. “Cooperativas de crédito não eram comuns na região. Era uma coisa recente, e as pessoas questionavam quem garantia”, recorda Carlos.
“Cooperativas de crédito não eram comuns na região. Era uma coisa recente, e as pessoas questionavam quem garantia”, recorda Carlos Utzig.
BNCC O Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), criado pelo Decreto-Lei número 60, de 21 de novembro de 1966, visava ao fomento do cooperativismo sob todas as formas, principalmente mediante a assistência creditícia. O BNCC possibilitava, com exclusividade, a participação indireta das cooperativas de crédito que captassem depósitos à vista na câmara de compensação de cheques. Diante de uma ampla reforma administrativa, conduzida no início do Governo Collor, o Poder Executivo Brasileiro foi autorizado, pela Lei 8.029, de 12 de abril de 1990, a extinguir várias entidades, entre elas o BNCC.
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Conta conjunta Com a extinção do BNCC, a Cooperativa de Crédito Rural Itaipu abriu uma conta no Banco do Estado de Santa Catarina (BESC). A conta era utilizada pelos cerca de 400 sócios, e este era um motivo de grande preocupação. Por ser uma espécie de conta conjunta, se alguns dos sócios emitissem um cheque sem fundos, criaria problemas para todos. Para evitar que isso acontecesse, os saldos individuais eram fiscalizados sistematicamente. Para movimentar a conta, o BESC enviava as folhas de cheques para a Creditaipu, que montava os talões. “Quando estes cheques chegaram ao comércio, os empresários se apavoraram. Me ligaram pedindo se aquele tipo de cheque tinha validade e quem respondia por aquilo”, recorda Zordan.
A benção inaugural.
Para movimentar a conta, o BESC enviava as folhas de cheques para a Creditaipu, que montava os talões. “Quando estes cheques chegaram ao comércio, os empresários se apavoraram. Me ligaram pedindo se aquele tipo de cheque tinha validade e quem respondia por aquilo”, recorda Marcos Zordan. A informação repassada era de que a Cooperativa Regional Itaipu respondia pela veracidade e pelo lastro financeiro dos documentos, pois estava montando uma cooperativa de crédito. Talvez seja por esse apoio inicial que, até hoje, muitos pensam que a Cooperativa de crédito pertence à Cooperitaipu. Logo, a Creditaipu passou a funcionar no andar térreo na sede da Cooperitaipu, local antes utilizado para depósito de mercadorias. Cada exigência da fiscalização era executada. “Não permitimos que, por questões burocráticas, a Creditaipu fosse fechada.”
A Creditaipu iniciava suas atividades.
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Fatos relevantes na história Uma viagem relâmpago Uma intensa estiagem comprometeu a safra 1995–96 quando estava em pleno desenvolvimento. Além do tempo seco e persistente, pairava no ar uma grande dúvida que preocupava agricultores e Cooperativa: com a safra comprometida, seria possível saldar as dívidas de custeio agrícola? Angustiados e preocupados em manter o crédito, os agricultores buscavam a Cooperativa em busca de informações e orientações sobre como agir. De última hora, o então presidente Carlos Léo Kliemann e o secretário Ivo Willibaldo Maldaner (ambos em memória) precisaram viajar a Brasília em busca de alívio para a situação. Foram informados de manhã que deveriam estar na capital do País naquela mesma tarde a fim de assinarem o contrato de securitização. O documento prorrogava as dívidas de custeio agrícola dos associados da Creditaipu por 20 anos. Com a boa notícia, pararam tudo o que estavam fazendo, colocaram poucas mudas de roupas na mala e, num esforço imenso, conseguiram chegar a Brasília em tempo hábil para a assinatura do contrato. Com o objetivo de não ficar inadimplentes e manter seu crédito, muitos agricultores renegociaram o prazo final destes contratos. O término do prazo acordado neste contrato está encerrando agora, em 2016.
2014 – Aprovação do projeto de expansão
O então presidente Carlos Léo Kliemann e o secretário Ivo Willibaldo Maldaner (ambos in memoriam) viajaram à Brasília para assinarem o contrato de securitização, que prorrogava as dívidas de custeio agrícola dos associados da Creditaipu por 20 anos.
2005 – Pilares da consolidação
A construção de sedes próprias, a partir de 2005, foi muito criticada na época. Até então, se tinha o apoio da Cooperitaipu, que sempre cedeu um telhado para que a Creditaipu se instalasse. “Chegou um momento, porém, em que nosso quadro social cresceu, e era preciso focar no atendimento em um local reservado e confortável”, afirma Utzig. Os números provam que a Cooperativa cresceu ainda mais a partir do investimento nas sedes próprias.
Após um amplo estudo e detalhamento da viabilidade no plano de negócios, o Banco Central aprovou o projeto de expansão da área de ação do Sicoob Creditaipu para 47 municípios do Estado do Rio Grande do Sul. Até o momento, foram abertas agências nas cidades de Passo Fundo e Sarandi. Para Presotto, “o desafio é grande, mas a vontade de trabalhar é ainda maior. É uma área nova, nova cultura, uma região diferente financeiramente, com uma ótima oportunidade de firmar o Sicoob”. Um ano após o inicio das atividades no RS, os resultados da expansão vão além das expectativas. Para Utzig, “a ampliação da área de atuação é mais um passo importante para manter a solidez da Cooperativa. Nossa área de abrangência no Oeste Catarinense está limitada, e praticamente 50% da população já integra nosso quadro social”.
2015 – Funcionários
Em 2015, a Creditaipu atingiu a marca de cem funcionários. Atualmente, são 107 funcionários em dez pontos de atendimento. O presidente, Elói Presotto, destaca a abertura à possibilidade de crescimento que a Cooperativa proporciona aos seus colaboradores. Além disso, os treinamentos são constantes. “Procuramos ter as pessoas certas no lugar certo, pessoas que vestem a camisa e tratam o associado com respeito, pois ele é o dono do negócio”.
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Casa ampla, bonita e confortável Quem vivenciou o início da Creditaipu lembra que a Cooperativa, em todos os municípios, estava instalada junto à Cooperitaipu. Muitas vezes, numa sala improvisada e sem acesso para a rua. A casa da mãe sempre é aconchegante, mas, quando o filho cresce, precisa tomar novos rumos. Com o crescimento, surgia a necessidade de ter o próprio teto. Iniciava-se aí uma nova luta. O desafio de comprar o terreno, construir e instalar-se na nova casa parecia, para muitos, impossível
de ser realizado. Nada foi feito de improviso. Primeiramente, decidiu-se por construir o prédio da matriz, em Pinhalzinho. O projeto contabilizou muitas reuniões e cálculos. Seria o passo maior que a perna? Apesar da necessidade de um espaço amplo para melhorar o atendimento ao número crescente de associados e, por consequência, de funcionários, o Conselho de Administração da época estava receoso.
O desafio de comprar o terreno, construir e instalar-se na nova casa parecia, para muitos, impossível de ser realizado. Primeiramente, pagou-se pelo terreno, cujo valor assustava. Porém, antes mesmo de iniciarem as obras de construção do prédio, o lote praticamente havia duplicado de valor.
histÓria O sétimo Conselho de Administração eleito, com Elói Guilherme Presotto à frente, assumiu o desafio de construir a nova sede. O sétimo Conselho de Administração eleito, com Elói Guilherme Presotto à frente, assumiu o desafio de construir a nova sede. Mais uma vez – pelo volume do investimento –, surgiam dúvidas. Com muita ousadia e segurança, foi dado início às obras, demonstrando credibilidade do Conselho de Administração perante os associados. A intercooperação entrou em cena para erguer este sonho.
A estrutura pré-fabricada foi confiada à cooperativa Ceraçá – Infraestrutura e Desenvolvimento Vale do Araçá.
Com muita ousadia e segurança, foi dado início às obras.
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Palanque oficial da inauguração.
A inauguração do belo prédio, em 2005, mostrou para toda a comunidade não somente a solidez da Creditaipu, mas que, apesar de jovem, esta é uma cooperativa de raízes.
Ivano Barbierini (in memoriam), presidente da Aliança Cooperativa Internacional, Neivor Canton, então presidente da Ocesc (centro), e José Samuel Thiesen, presidente da Ceraçá (à direita).
Na nova sede da Creditaipu, foi realizada a recepção ao então presidente da Aliança Cooperativa Internacional, o italiano Ivano Barberini (in memoriam). Em seu pronunciamento, enalteceu a intercooperação. “O sistema cooperativista do Oeste de Santa Catarina, um dos mais respeitados do Brasil, propaga seu exemplo mundo afora, mostrando que pequenos sistemas são capazes de transformar problemas em grandes soluções.” Na foto, está acompanhado de Neivor Canton, então presidente da Ocesc (centro), e José Samuel Thiesen, presidente da Ceraçá (à direita).
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Inauguração da sede de Pinhalzinho.
Sócios Fundadores na inauguração da sede de Pinhalzinho.
Presidente Elói Presotto, na solenidade de inauguração da nova sede.
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Creditaipu de livre admissão A fundação de uma cooperativa de crédito na região 30 anos atrás fechava o ciclo da produção agrícola. A maior parte dos agricultores já compravam seus insumos e vendiam sua produção na Cooperativa agropecuária. O crédito, porém, dependia de instituições financeiras que, na maioria das vezes, não satisfaziam as reais necessidades dos produtores rurais. Com a fundação da Cooperativa de Crédito Rural Itaipu, o ciclo se fechou. A Creditaipu iniciou a captação de recursos de seus próprios associados.
A fundação de uma cooperativa de crédito na região 30 anos atrás fechava o ciclo da produção agrícola.
À medida que aumentava o número de membros, também cresciam os depósitos à vista e aplicações financeiras. Porém, o volume de recursos era insuficiente para atender à demanda por crédito dos próprios associados. A solução encontrada foi a tomada de dinheiro em outros bancos a um custo elevado. Este dinheiro era repassado aos agricultores. A associação limitada a produtores rurais dificultava a expansão da Cooperativa, por se tratar de cooperativa segmentada. Necessitava-se encontrar novas alternativas de captação. A Creditaipu já chamava a atenção de muitos comerciantes, industriais e prestadores de serviços – a maioria ligados ao meio rural, pelo seu atendimento diferenciado, taxas e juros mais
A Creditaipu já chamava a atenção de muitos comerciantes, industriais e prestadores de serviços – a maioria ligados ao meio rural, pelo seu atendimento diferenciado, taxas e juros mais baratos. baratos. Estes, diariamente, demonstravam o desejo de poder operar com a Cooperativa. Tanto a Creditaipu como outras cooperativas de crédito da região expuseram ao Banco Central do Brasil (Bacen) a necessidade de acabar com a limitação ao atendimento e a intenção de abrir as portas para todos os que desejavam se associar.
Uma assembleia importante Depois de muitas idas e vindas, o Banco Central do Brasil, em 22 de maio de 2007, autorizou a transformação de cooperativa segmentada para cooperativa de livre admissão para municípios com até 700 mil habitan-
tes. A livre admissão de associados foi um dos momentos mais marcantes da Creditaipu. Gerou muitas dúvidas e questionamentos dos agricultores que, até então, tinham acreditado na
Cooperativa e trabalhado com ela. “O associado dizia que a Cooperativa não iria mais atender os agricultores, iria direcionar o ‘dinheiro barato’ para os empresários, para o pessoal da cidade, e eles iriam ficar desampara-
histÓria dos”, recorda o presidente Presotto. Embora alguns fossem contrários à mudança, a maior parte dos associados presentes na assembleia realizada no ano de 2007 acabou aprovando a livre admissão. “Isso fez com que a Creditaipu alçasse voo”, define Carlos Utzig. Antes disso, a Creditaipu apresentou um projeto de viabilidade com demonstrativo de crescimento sus-
A livre admissão de associados foi um dos momentos mais marcantes da Creditaipu. Gerou muitas dúvidas e questionamentos dos agricultores que, até então, tinham acreditado na Cooperativa e trabalhado com ela.
tentável. A elaboração deste projeto consumiu várias horas de trabalho e foi totalmente realizada por funcionários da Creditaipu, com o auxílio técnico do Sicoob/ Central-SC e coordenados pelo contador Carlos Alberto Utzig. Em menos de 60 dias após a autorização do Bacen, os associados se reuniram em assembléia extraordinária. Abrir a Cooperativa para os demais segmentos preocupava a muitos. Teria a Creditaipu disponibilidade para continuar atendendo os agricultores com o “dinheiro barato”? O presidente da Creditaipu, Elói Guilherme Presotto, consciente e confiante no novo sistema de livre admissão, simulou várias situações e “garantiu” que a entrada de pessoas físicas da cidade, além do comércio, indústria e prestadores de serviços, ampliaria o lastro de recursos para repasse aos agricultores interessados.
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a creditaipu hoje
Sólida financeiramente e com um quadro social crescente
A
Creditaipu comemora 30 anos de fundação em 2016 sólida financeiramente e em plena expansão. Com 19.200 associados, tem em seu quadro social praticamente 50% da população residente nos municípios de sua área de ação no Oeste Catarinense: Pinhalzinho, Modelo, Serra Alta, Saudades, Sul Brasil, Bom Jesus do Oeste e Saltinho.
Expansão Em 2015, iniciou o processo de expansão para uma área de 47 municípios e mais de 700 mil habitantes no Rio Grande do Sul. Em terras gaúchas, abriu dois postos de atendimento: Sarandi e Passo Fundo. Outras agências se iniciarão ainda em 2016. “A população da nossa área de ação em Santa Catarina é de cerca de 45 mil pessoas. No Rio Grande do Sul, são mais de 700 mil. Esse número dá uma ideia do passo que estamos dando”, comenta Presotto.
Representado pelos saldos na conta corrente e aplicações financeiras dos associados, os depósitos representam importante elo na conjuntura de recursos para as operações de crédito. Pode-se observar no gráfico acima o valor de R$ 273.393 (duzentos e setenta e três milhões, trezentos e noventa e três mil reais) em 2015, apresentando um crescimento de 115,35% no último sexênio.
O desempenho evolutivo dos recursos administrados
O crescimento do quadro social é sinônimo de credibilidade e confiança que o associado deposita na Cooperativa e na sua administração. Encerramos o ano de 2015 com 18.776 (dezoito mil, setecentos e setenta e seis) associados. Apresentando uma evolução de 75,26% no período que contempla o último sexênio.
Chama-se de operação de crédito o contrato realizado entre um consumidor (denominado tomador ou devedor) e uma instituição financeira (denominada credora), que coloca à disposição do tomador determinado montante de recursos financeiros, destinado as mais variadas finalidades do tomador, comprometendo-se o tomador a devolver esses recursos em um determinado prazo, acrescido de juros. No gráfico acima pode-se observar a evolução de 211% das operações de credito no último sexênio. Enfatizamos ainda o volume de recursos viabilizados aos Coopera-
a creditaipu hoje dos através do Bancoob, BRDE e BNDES, um total de R$ 98.975.479,44. Somados ao volume apresentado no gráfico acima totaliza-se R$ 398 milhões de reais.
O capital social representa o investimento dos Cooperados na Cooperativa, acrescido do rateio das sobras e pagamento de juros ao capital. Pode-se observar no gráfico acima a evolução de 269% ocorrida no ano último sexênio.
Antecipação de juros ao capital beneficia cooperados e fortalece a cooperativa
Social. Pode-se observar no gráfico acima o crescimento de 231% considerando o período 2010 à 2015.
Um dos componentes do balanço patrimonial de uma empresa é o Patrimônio Líquido que reflete a soma do capital social realizado, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucro e lucro ou prejuízo acumulados no período. O crescimento é proveniente da conscientização dos associados em capitalizar a Cooperativa e da capacidade da cooperativa gerar riquezas (sobras). Pode-se observar no gráfico acima a evolução de 25,65% ocorrida no ano de 2015. O crescimento do Patrimônio Líquido é vital para qualquer empresa, pois serve para alavancar seus negócios.
A Cooperativa remunerou o capital social do associado. Conforme previsto na LC130/2009 é facultado às cooperativas a remuneração do capital social em no máximo 100% da taxa Selic. Em 2015 a cooperativa remunerou o capital em 80% da taxa Selic. Considerado como antecipação de sobras, o valor pago com juros ao capital foi de R$ 5.456.671,06 (cinco milhões, quatrocentos e cinquenta e seis mil, seiscentos e setenta e um reais, seis centavos).
Os Ativos Totais são representados pela soma dos ativos circulantes e não circulantes. Pode-se observar no gráfico acima o volume de recursos administrados pela Cooperativa e sua expressiva evolução de 145,49% no último sexênio.
As reservas constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da Cooperativa. Instituída por determinação da Lei 5.764/71 e LC 130/09, sua finalidade e seus critérios estão previstos no Estatuto
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Economia Social
Solidez
Uma das importantes informações da qual o associado precisa tomar conhecimento e, principalmente, compreender de forma plena trata da economia social proporcionada pela opção de direcionar a solução das necessidades financeiras para a cooperativa de crédito. Utilizando-se das soluções financeiras do Sicoob Creditaipu em comparação com as demais instituições tradicionais, o cooperado estará se beneficiando diretamente de três formas: 1) pagando menos tarifas – A política do Sicoob Creditaipu, por determinação do Conselho de Administração, é isentar, tanto quanto for possível, a cobrança de taxas e tarifas aos associados sem que isso comprometa a estabilidade financeira da Cooperativa. Atualmente, não são cobradas tarifas de manutenção de conta, extratos e talonários de cheques, além de outros serviços. Considerando que estes itens comumente compõem a cesta de serviços das instituições tradicionais, e que o custo médio da cesta é de R$ 15,00 mensais multiplicados pelos 19.200 associados de 2015, isso totalizou uma economia de R$ 3,4 milhões de reais aos nossos cooperados; 2) pagando menos juros – Em relação ao mercado, a diferença na taxa de juros praticada pela Cooperativa chega a 18,49%. Se considerarmos o valor médio de R$ 212,55 milhões de reais negociados na Cooperativa, essa diferença na taxa corresponde a R$ 39,30 milhões de economia em juros. São juros que o associado deixou de pagar por ter optado por fazer seus empréstimos na Cooperativa, ao invés de fazer nas instituições tradicionais; 3) recebendo na partilha das sobras – Em 2015, a Cooperativa apurou como resultado do exercício sobras que totalizaram R$ 12,36 milhões. Valores estes devolvidos ao associado na forma de correção da sua cota capital, na forma de integralização de capital e na forma de crédito em conta corrente. Somados os valores, a economia apurada é de 54,9 milhões de reais, que constituem poupança ou continuam circulando e movimentando o comércio local em forma de consumo ou investimentos, e desta forma alimentando o círculo virtuoso da economia. Observando este aspecto, mais uma vez o cooperativismo se destaca como propulsor do desenvolvimento na sua região de abrangência. Além de proporcionar economia e distribuição de resultados, possibilita o desenvolvimento conjunto da comunidade
Em um ano após seu início, o processo de expansão apresenta resultados que vão além das expectativas, informa Utzig. Ele considera a ampliação da área de atuação um passo importante para a Cooperativa se solidificar. “Temos solidez e condições de expandir, e este movimento é importante para o crescimento da Cooperativa. Nossa área de atuação no Oeste Catarinense está limitada em sete municípios, e, no mínimo, 50% da população já integra nosso quadro social”, afirma o diretor.
“Temos solidez e condições de expandir, e este movimento é importante para o crescimento da Cooperativa. Nossa área de atuação no Oeste Catarinense está limitada em sete municípios, e, no mínimo, 50% da população já integra nosso quadro social”, afirma Utzig.
Em um ano após seu início, o processo de expansão apresenta resultados que vão além das expectativas.
Funcionários
A Creditaipu opera, hoje, com 107 funcionários em dez postos de atendimento. O presidente Elói Presotto destaca a abertura que a Cooperativa proporciona aos seus colaboradores. Além disso, os treinamentos são constantes. “Procuramos ter as pessoas certas no lugar certo, pessoas que vestem a camisa e tratam o associado com respeito, pois ele é o dono do negócio”, destaca o presidente.
“Procuramos ter as pessoas certas no lugar certo, pessoas que vestem a camisa e tratam o associado com respeito, pois ele é o dono do negócio”, destaca o presidente.
Pilares da consolidação A construção de sedes próprias, a partir de 2005, foi muito criticada na época, lembra Utzig. “Até então, nós tínhamos o apoio da Cooperitaipu, que sempre nos cedeu um telhado. Chegou um momento, porém, que nosso quadro social cresceu e precisamos focar no atendimento em um local reservado e confortável”, afirma o diretor. Os números, conforme Utzig, provam que a Cooperativa cresceu ainda mais a partir do investimento nas sedes próprias. “Precisamos proporcionar o atendimento que o associado merece”, sentencia.
Os números provam que a Cooperativa só cresceu ainda mais a partir do investimento nas sedes próprias.
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Postos de Atendimento
Equipe da Unidade de Saudades, SC
Equipe da Unidade de Bom Jesus do Oeste, SC
Equipe da Unidade de Saltinho, SC.
Equipe da Unidade de Serra Alta, SC.
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Equipe da Unidade de Passo Fundo, RS.
Equipe da Unidade de Modelo, SC.
Equipe da Unidade de Sul Brasil, SC.
Equipe da Unidade de Pinhalzinho, SC.
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Equipe da Unidade de Sarandi, RS.
Equipe da Sede de Pinhalzinho, Santa Catarina.
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DEPOIMENTOS DE PERSONALIDADES
SICOOB CREDITAIPU 30 ANOS
Era o nosso grande sonho
A ideia de fundarmos uma cooperativa de crédito surgiu quando sentimos a dificuldade enfrentada pelos produtores e, muitas vezes, o desrespeito com eles por parte de algumas agências bancárias na época. Praticamente com a ausência de transporte, comunicação e a própria restrição ao crédito, nos sentimos na obrigação de buscarmos solução para os problemas existentes. Em 1986, surgiu a oportunidade de fazermos uma viagem de estudos à Europa com um grupo de cooperativistas, capitaneada pelo sr. Aury Bodanese. Lá, ficamos em torno de vinte dias percorrendo o interior de Portugal conhecendo o papel das cooperativas de crédito daquele país, que cumpria bem sua função junto ao quadro social. Voltando para casa, começamos o trabalho para fundarmos uma cooperativa de crédito na área de atuação da Cooperativa Regional Itaipu. Iniciaram-se, então, as reuniões no interior para explicarmos como seria seu funcionamento. Muitas dúvidas surgiram, muita desconfiança, já que tínhamos um histórico não muito bom com cooperativas do Rio Grande do Sul. Após discussões, e sempre usando toda a franqueza e profissionalismo, sentimos que o ambiente estava pronto. Com o apoio da Ocesc, Cocecrer (central de crédito da época) e, não menos importante, o apoio dos Conselhos de Administração e Fiscal e de nossos funcionários da Cooperitaipu, conseguimos convocar a assembleia de fundação. Aprovada esta, iniciou-se toda a parte burocrática para registro nos órgãos oficiais para legalizarmos a nova cooperativa e começar a operar, que era nosso grande sonho. Trabalhamos um bom tempo com uma única conta no BESC, que foi naquele momento o grande apoiador,
confeccionando nossos cheques na Ocesc e na própria Crédi para darmos início às operações enquanto aguardávamos o nosso número de compensação, o que foi nosso grito de independência. Custeados pela Cooperativa Itaipu, desde a sala, móveis, funcionários, energia elétrica e equipamentos, começamos a operar com mais coragem e cumprimos com nosso papel, financiando desde casamento, junta de bois, necessidade básicas e essenciais dos associados. Começamos com os repasses de custeio, e a partir daí ela vem muito bem cumprindo com seu objetivo, mesmo depois de se transformar em Cooperativa de Livre Admissão. Aproveito para agradecer aos sócios fundadores que acreditaram em nosso trabalho, funcionários da Cooperitaipu, que foram muito importantes aos Conselhos de Administração e Fiscal, lideranças, Ocesc e aos ex-presidentes. Nesta oportunidade, quero parabenizar a todos os sócios e sua diretoria. Que nunca esqueçam o motivo pela qual foi fundada, que é para suprir as necessidades financeiras de seus associados, sempre respeitando as normas vigentes. Marcos Antônio Zordan. Foi o mentor e sócio fundador do Sicoob Creditaipu. Por duas vezes, assumiu a presidência da Cooperativa. Ex-presidente da Cooperitaipu. Ex-Presidente da Ocesc. - Diretor da Aurora.
O que era um sonho virou realidade Em 1986, o Presidente José Sarney e seu ministro Dilson Funaro, sem êxito, editavam o Plano Cruzado como tentativa de revigorar a economia brasileira, contaminada pela desenfreada inflação. Enquanto isso, em Pinhalzinho/SC, com êxito, 25 corajosos agricultores se reuniam para fundar uma cooperativa de crédito – a Creditaipu. Passadas três décadas, o que era um sonho virou realidade, não apenas para seus fundadores. O sonho de “gerar soluções financeiras adequadas e sustentáveis por meio do cooperativismo” já alcança quase vinte mil cooperados. E, por certo, continuará a crescer. Parabéns, cooperados e dirigentes da Sicoob Creditaipu. Neivor Canton. Vice-presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos.
DEPOIMENTOS DE PERSONALIDADES Tornou-se um paradigma pela eficiência de suas ações A Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Itaipu (Sicoob Creditaipu) chega ao 30º ano de existência como uma das mais atuantes e eficientes cooperativas desse ramo em Santa Catarina. Com uma extraordinária folha de serviços prestados às famílias rurais e urbanas cooperadas, a Cooperativa de crédito dinamizou a economia regional ao intermediar serviços financeiros e oferecer todos os produtos creditícios do mercado aos seus associados. Tornou-se, assim, um paradigma para as demais cooperativas pela eficiência de sua ação, pela visão de seus dirigentes e pelo comprometimento de seus associados. A Aurora sabe que apoiar o cooperativismo de crédito é essencial, porque o desenvolvimento de um grande país depende fortemente do acesso, por parte dos agentes econômicos de pequeno e médio portes, aos serviços financeiros. As cooperativas de crédito nasceram na Alemanha em 1848, mas assumiram características próprias desde que aportaram no Brasil em 1902. Elas se transformaram em um segmento importante do Sistema Financeiro Nacional, tendo sofrido alterações de acordo com o desenvolvimento político e econômico da sociedade, destacando-se as regras baixadas pelo governo Vargas, na década de 1930, e pelos governos militares, na década
de 1960, até chegarmos ao modelo atual, traçado pela Resolução nº 3.442, de 2007, do Conselho Monetário Nacional, que consolida um novo cenário para cooperativas de crédito. O Sicoob Creditaipu é o mais altissonante exemplo dessa realidade e acompanhou a história da evolução normativa no Brasil, que registrou avanços em 2003, quando o sistema de cooperativas de crédito foi autorizado a criar cooperativas de livre admissão. Desde a aprovação da Lei Cooperativista (5.764), em 1971, o cooperativismo de crédito segue uma linha ascendente de evolução, independentemente das inúmeras crises econômicas e políticas que o País sofreu ao longo desse período, o que não ocorreu com as demais instituições financeiras. Parabéns, Sicoob Creditaipu, pelos 30 anos de fundação! Mário Lanznaster. Presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos.
Um grande orgulho para todos nós
Equipe dedicada e responsável
Falar do Sicoob Creditaipu, sem dúvida, é algo que nos dá orgulho. Cooperativa de Crédito que nasceu aqui, ganhou força e expressão regional, hoje conta com mais de 19 mil associados. Referência em qualidade e credibilidade nos serviços prestados, proporciona oportunidades de crescimento para seus associados com produtos que atendem às suas demandas, contribuindo com o desenvolvimento de seus negócios e da comunidade na qual está inserida. Queremos, de forma especial, agradecer a parceria formada nesses 30 anos e dizer que os trabalhos oferecidos têm contribuído para a evolução dos associados da Cooperitaipu, gerando renda e qualidade de vida a todos. Parabéns, Sicoob Creditaipu!
O cooperativismo, a partir dos anos 1970, prosperou e hoje floresce grande e forte, especialmente no Oeste de SC, com mais força e expressão. No Ramo de Crédito, encontramos o maior avanço, destacando-se o Sicoob Creditaipu. Sua liderança, associados, colaboradores, suas diretorias até então foram e são o fermento da grandeza da atual Creditaipu. Parabéns a todos pelos 30 anos! Presidente Elói Presotto e sua qualificada e dedicada equipe que, com responsabilidade, se abraçam pela intercooperação nos demais sistemas pela camisa do cooperativismo. Recebam o abraço carinhoso da Ceraçá, sua direção e colaboradores.
Arno Pandolfo. Presidente da Cooperitaipu.
José Samuel Thiesen. Presidente da Ceraçá.
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DEPOIMENTOS DE PERSONALIDADES Comprometimento com a causa de cooperados e cooperativas Trinta anos! Alcançar esta marca exige, certamente, muito esforço, gestão, flexibilidade, dedicação pelo que se faz e, sobretudo, comprometimento com a causa de cooperados e cooperativas. Essas são, sem dúvida, características que definem a atuação do Sicoob Creditaipu. Neste ano, quando a Cooperativa comemora três décadas de atividades, contribuindo com o desenvolvimento do cooperativismo de crédito não só de Pinhalzinho e região, mas do Estado de Santa Catarina, é fundamental reconhecer o trabalho dos homens e mulheres que fazem parte dessa família. São cooperativistas entusiastas que, juntos, buscam oferecer produtos e serviços que atendam às expectativas dos quase 19 mil associados, obtendo, assim, resultados expressivos, como é o caso dos depósitos – para não dizer outros indicadores –, que cresceram mais de 115% nos últimos seis anos.
Sicoob Creditaipu, 30 anos de credibilidade, trabalho e crescimento Pinhalzinho nunca mais foi o mesmo, depois que um grupo de pessoas decidiu criar o Sicoob Creditaipu, que neste ano celebra três décadas de atividades voltadas para os associados e as comunidades onde atua. A Cooperativa deu sustentação a muitos associados, famílias, empreendimentos rurais e urbanos, tornando-se a principal instituição financeira cooperativa da cidade e região. Em 2015, os 18.776 associados fizeram depósitos totais de R$ 273,3 milhões e operações de crédito de R$ 299,8 milhões. Os ativos totais alcançaram R$ 474,7 milhões. Em nome do Conselho de Administração do Sicoob Central SC/RS, quero parabenizar a Creditaipu, seus dirigentes, funcionários e associados, que, ao longo de 30 anos, têm prestado todo o tipo de apoio ao seu quadro social, melhorando a qualidade de vida das pessoas e suas famílias, e impulsionando as atividades econômicas da região. Fundada em 1986 e tendo iniciado as atividades em 1989, hoje a Cooperativa tem mais de dez mil associados e funciona no segmento de livre admissão (desde 2007), ou seja, aberta à participação de qualquer pessoa da
Chegar aos 30 não foi fácil, mas o caminho percorrido, as dificuldades, o aprendizado e a capacidade de resiliência do Sicoob Creditaipu dão sinais claros de um futuro promissor aos cooperados que o compõem. Sem dúvida alguma, a Sicoob Creditaipu continuará contribuindo e muito para o cumprimento da missão que tem todo o Sistema OCB: “tornar o cooperativismo reconhecido por suas particularidades e benefícios, em especial por sua competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados”.
Márcio Lopes de Freitas Presidente do Sistema OCB.
área de atuação, desde que atenda às normas do seu estatuto. O começo difícil, quando começou a operar em um escritório da cooperativa de produção (com móveis e funcionários cedidos), foi ficando cada vez mais para trás, e hoje a Cooperativa é uma referência em Pinhalzinho e nos demais municípios onde tem ponto de atendimento. Atualmente, o Sicoob Creditaipu está presente em sete municípios: Pinhalzinho, Modelo, Saudades, Serra Alta, Sul Brasil, Bom Jesus d’Oeste e Saltinho, que comportam, no total, cerca de 50 mil habitantes. Os resultados alcançados em 2015 mostram que a Cooperativa vem crescendo ano após ano, graças à união e confiança dos associados, à credibilidade e transparência da gestão, e ao empenho e qualidade no atendimento por parte dos funcionários, projetando um futuro ainda mais promissor para os próximos anos.
Rui Schneider da Silva. Presidente do Sicoob Central SC/RS.
DEPOIMENTOS DE COLABORADORES Oportunidades para as pessoas que trabalham e se dedicam
Entre as soluções de crédito, o Sicoob Creditaipu disponibiliza diversas linhas de crédito que atendem da agricultura familiar à empresarial, com linhas de comercialização, custeio e investimento, capital de giro, investimentos e antecipação de recebíveis para empresas, além de crédito adequado e com taxas competitivas para pessoas físicas. Por fim, quero parabenizar a toda a diretoria do Sicoob Creditaipu, os sócios fundadores, colaboradores, parceiros e principalmente aos associados, que são o motivo da existência desses 30 anos de muitas conquistas.
Tive a oportunidade de fazer parte do Sicoob Creditaipu em 2003, quando entrei na função de técnico em Agropecuária, pois a Cooperativa era de crédito rural. Essa função foi desenvolvida por curto período, pois, devido ao rápido crescimento da Cooperativa, logo fui convidado para permanecer na carteira de crédito, no atendimento aos cooperados e no auxílio das atividades diárias. Desde lá até os dias atuais, trabalho na área de crédito desempenhando o papel de assessor. Já são 13 anos de Creditaipu, e minha carreira tem sido bastante promissora. Durante esse período, tive a oportunidade de ter incentivo à minha primeira graduação, cursar pós-graduação e participar de uma viagem de estudos para o Canadá. Além de gratidão, me sinto muito orgulhoso de fazer parte desta conceituada Cooperativa, que proporciona oportunidades para as pessoas que trabalham e se dedicam, melhores soluções financeiras para os associados, participação nas decisões e resultados, Cristian Albani. Gerente de Crédito do atendimento humanizado, entre outros tantos pontos Sicoob Creditaipu. positivos.
Trabalhar no Sicoob Creditaipu é muito gratificante O Sicoob Creditaipu apareceu em minha vida quando eu tinha recém-completado 18 anos e estava cursando Licenciatura em Matemática na UTFPR – Campus de Pato Branco – PR. Meus pais são associados da Cooperativa desde 1994. Ao saber que o Sicoob Creditaipu estava fazendo um processo seletivo, me ligaram solicitando urgentemente um currículo para encaminhar ao gerente da agência da cidade de Bom Jesus do Oeste, sr. Ronaldo Senger. No momento, confesso, não fiquei eufórico, pois o meu sonho até então era ser professor de Matemática, porém o fiz e encaminhei a ele. A avaliação do currículo foi efetivada, e fui chamado para entrevista, e consequentemente contratado. Tudo o que havia planejado começara a mudar: mudar de cidade, faculdade, curso... E tudo valeu muito a pena! Ingressei como colaborador no dia 11 de abril de 2012. O Sicoob Creditaipu me ofereceu e oferece uma nova lição a cada dia. Iniciei as atividades no caixa, posteriormente tesouraria, cobrança bancária e, posteriormente, uma oportunidade ímpar, ser gerente da nova agência do Sicoob Creditaipu na cidade de Passo Fundo, participando do projeto de expansão no Rio Grande do Sul. Sendo o meu primeiro trabalho formal, todas as minhas expectativas foram superadas desde o primeiro dia. O quadro de colaboradores sempre foi e é muito unido, estabelecendo uma relação não apenas de amizade,
mas também de família, sensação esta que abrange toda pirâmide hierárquica da Cooperativa. O reconhecimento e a amizade dos sócios também sempre foram pontos muito positivos dentro da Cooperativa. Trabalhar no Sicoob Creditaipu é com certeza muito gratificante, pois ele oferece um clima organizacional muito favorável, onde trabalhamos com produtos e serviços de que os associados precisam e que de fato venham a trazer vantagens e benefícios a eles, você tem certeza de que os está ajudando. Oferece uma perspectiva profissional aos seus colaboradores, sendo mais um incentivo e ponto motivador. Responsável por mudar todos os meus planos, hoje também o Sicoob Creditaipu é responsável por eu poder me considerar uma pessoa realizada pessoal e profissionalmente, e o melhor de tudo é que tenho ciência de que tenho muito mais para descobrir e fazer pela Cooperativa e associados, e assim reciprocamente. Só tenho a agradecer por tudo o que já vivi e aprendi aqui, e ter a plena certeza de continuar buscando e crescendo intelectualmente e como ser humano cada dia mais dentro do Sicoob Creditaipu. Huelisson Ceccon. Gerente do PA de Passo Fundo.
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DEPOIMENTOS DE COLABORADORES Com o passar do tempo fomos mostrando nosso potencial Estar presente na comemoração dos trinta anos do Sicoob Creditaipu é motivo de orgulho e satisfação. Comecei a trabalhar na Creditaipu de Modelo/SC em fevereiro 1992, na época foi o primeiro ponto de atendimento, onde, sozinho, realizava todos os trabalhos necessários em uma sala anexa ao escritório da Cooperativa de produção, no tamanho de 2 x 3 m, com uma máquina de escrever, uma calculadora, uma registradora, um cofre e uma escrivaninha, com somente 33 sócios, onde o movimento diário era levado com um carro emprestado da cooperativa de produção a Pinhalzinho. Não bastassem estes obstáculos iniciais, também sentíamos dificuldades em transmitir para as pessoas, de forma objetiva e clara, o que era essa nova cooperativa de crédito. Naquela época, não tínhamos muitos meios para divulgação de ideias e materiais, apenas o contato direto e pessoal, mas, com o passar do tempo, mediante muito trabalho e transparência, as pessoas passaram a perceber a credibilidade e o potencial que possuíamos. Hoje, há uma nova realidade, uma cooperativa só-
lida, com muitos associados, com sedes próprias, que conta com apoio de profissionais habilitados, tecnologia de ponta, tudo para melhor atender o associado, trazendo o que tem de melhor de uma instituição financeira. Pessoalmente, acredito cada vez mais nessa força que é o cooperativismo, pensando no futuro daqui a trinta anos, com a perspectiva de ver o cooperativismo de crédito nos mais diversos pontos do Brasil, enxergando, através do cooperativismo, uma luz, um meio, um método para a melhoria da vida das pessoas e da política social do País.
Leocir José Scatolin. Gerente do PA de Modelo.
A Cooperativa sempre cumpriu muito bem o seu papel A coragem dos 25 sócios fundadores, que colocaram à disposição seus nomes, aportando recursos financeiros e dando início à Cooperativa, foi o ponto crucial para que hoje possamos vislumbrar toda esta história de sucesso do Sicoob Creditaipu. Tenho orgulho de poder ter contribuído com meu trabalho nesta história de sucesso desde 23 anos atrás. A evolução que o sistema teve neste período é coisa de encher os olhos. No início, tudo muito pequeno, poucas opções de negócios, mas a grande vontade que desse tudo certo e que o associado fosse bem atendido foi fundamental. As conquistas do período ora festejado foram tantas que deram ao sistema o status de banco completo, no qual o associado pode fazer todos os seus serviços. As vitórias foram tantas, que os pequenos problemas vividos no percurso passam a ser insignificantes. E a Cooperativa sempre cumpriu muito bem o seu papel, financiando o crescimento econômico de nossa região, prestando um bom serviço financeiro a seu cooperado, e no final de cada exercício, distribuindo sobras
a todos os seus associados. Hoje, seus 30 anos completados, sua base sólida de associados e seus grandes números, que hoje já atingem praticamente meio bilhão em ativos, dão a condição de buscar ainda mais a expansão de suas atividades, seja em nossa área de ação em Santa Catarina, seja também no Estado do Rio Grande do Sul. Vida longa ao Sicoob Creditaipu! Vida longa ao cooperativismo!
Cláudio André Heinen. Diretor operacional do Sicoob Creditaipu.
DEPOIMENTOS DE COLABORADORES Os associados falam com orgulho da sua Cooperativa É uma honra poder fazer parte da família Sicoob Creditaipu, uma instituição diferente de todas as outras, onde os associados falam com orgulho da forma de trabalho e do atendimento humano, onde se busca trazer as pessoas para dentro da instituição e deixá-las o mais à vontade possível para solucionar seus problemas. O Sicoob Creditaipu está comemorando 30 anos neste ano, e é muito gratificante ver como ano após ano vem crescendo e melhorando seus resultados, e cada vez distribuindo mais aos seus associados, mostrando que, mesmo sem cobrar taxas de manutenção, pode alcançar bons números, mostrando de verdade como se faz cooperativismo. Junto com o Sicoob Creditaipu, cresci como pessoa e profissionalmente e aprendi de uma forma muito especial e gratificante o valor das pessoas, um jeito diferente de ver e trabalhar com elas, e é isso que o Sicoob quer mostrar, que o maior valor para a instituição não é a moeda, e sim os seus associados, como já diz no slogan, o Sicoob é associado ao que há de melhor associado a você.
Estamos em constante evolução Em março de 1993, fui contratado pela Creditaipu para fazer parte do quadro de funcionários, e me foi dito na época que, em abril do mesmo ano, seria aberto o posto de atendimento no município de Serra Alta e eu seria o funcionário responsável para dar andamento à implantação dos negócios neste município. Prontamente, aceitei o desafio. No início, fazíamos todos os serviços da agência, desde a parte da limpeza, abertura de contas, empréstimos, financiamentos, entre outros, pois era o único funcionário e foi assim por oito anos, quando da contratação de uma funcionária. Como todo o negócio, o início é sempre difícil, trabalhava em uma sala muito reduzida, e tínhamos que passar credibilidade nas abordagens para novos associados. Fomos vencendo todos os desafios. Com o passar dos anos, com o crescimento dos números de associados e, consequentemente, dos negócios, sentiu-se a necessidade de trocarmos de sala, foram três salas com o decorrer
Fábio André Rudell. Gerente do PA de Bom Jesus do Oeste.
dos anos, até que em 2010 nos mudamos em definitivo para uma construção ampla e aconchegante com aproximadamente 700 m2. Hoje, contamos com oito funcionários no PA de Serra Alta e cerca de 1.780 associados ente pessoas físicas e jurídicas. Para concluir, posso afirmar que a agência está em constante evolução, graças à credibilidade da marca Sicoob/Creditaipu, à credibilidade dos seus diretores e dirigentes e também do quadro de funcionários. Parabéns, Sicoob/ Creditaipu, pelos seus 30 anos de fundação. Paulo Roberto Zamignan. Gerente do do PA de Serra Alta.
O sucesso é resultado do que fazemos com as oportunidades que temos Sinto-me orgulhosa e realizada profissionalmente por poder trabalhar em uma cooperativa onde temos a possibilidade de, a cada dia, fazer diferente e melhor do que fizemos anteriormente. Nestes 17 anos de carreira, muitas coisas mudaram, e sem dúvidas para melhor. Da forma que a Cooperativa cresceu e como vem crescendo, dia após dia, me faz sentir privilegiada de fazer parte dessa história. Com profissionalismo e compromisso, quero ainda poder participar dessa história por muitos anos, pois o sucesso no futuro se constrói com a dedicação no presente. O sucesso é resultado do que fazemos com as oportunidades que temos a cada novo dia. Juliana Kappaun. Assessora comercial do Sicoob Creditaipu.
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DEPOIMENTOS DE COLABORADORES Tenho orgulho em fazer parte da história Tive a oportunidade de acompanhar como funcionário a abertura das portas da Cooperativa, quando ela iniciou suas atividades em 24 de maio de 1989. Um dos grandes desafios foi convencer os associados a acreditarem na Cooperativa, depositar suas economias num empreendimento novo, e, como era novidade, desconfiavam achando que não iria dar certo, diziam que o negócio de banco deveria ser feito em um banco, e não por uma cooperativa de crédito. A adesão ao quadro social começou pelo apoio incondicional da Cooperitaipu, pela influência das lideranças que estavam à frente da Cooperativa, todos líderes bem-conceituados capitaneados pelo idealizador da Creditaipu, presidente da Cooperitaipu, senhor Marcos Antônio Zordan. A confiança que os associados tinham neles é que os fez comprar a ideia. Na época, eu e os outros dois colegas éramos funcionários da Cooperitaipu, que nos cedeu a Cooperativa de crédito por um ano, trabalhávamos na Creditaipu, e quem pagava o nosso salário era a Cooperitaipu, que, além dos funcionários, cedeu toda a mobília. Minha função era na carteira de crédito, além de preencher os contratos com máquina de datilografia no final do mês, calculava manualmente os juros e correção monetária das operações datilografando os valores atualizados nas fichas gráficas. No final daquele ano, tivemos uma troca de funcionários, e eu passei a assinar a responsabilidade pela contabilidade, onde permaneci até o final de 2013, quando ocupei o cargo de diretor administrativo. Nos municípios onde havia PAs (pontos de atendimento), tinha somente um funcionário, e quando eles entravam em férias, eu os substituía durante o dia e à noite retornava para trabalhar na contabilidade, isso por muitos anos. O controle dos saldos na conta corrente era efetuado através de um relatório, e o funcionário do caixa adicionava manualmente os depósitos e descontava os cheques pagos. Evoluímos e começamos a ter a carteira de crédito informatizada, e aí eu configurei o sistema para que pudesse separar e gerar os arquivos por PA (ponto de atendimento). Toda manhã, copiava os arquivos atualizados em um disquete e os levava de carro até os pontos de atendimento nos municípios de Saudades, Modelo e Serra Alta, para que pudessem trabalhar sempre com os saldos atualizados. O fluxo da documentação de um depósito se iniciava com o recebimento no caixa, que no final do dia passava para o setor de conta corrente fazer o lançamento e pos-
teriormente era lançado na contabilidade. Começamos a Cooperativa com um gerente, e mais três funcionários. No caixa, as autenticações eram feitas com uma autenticadora elétrica, e quando faltava energia, funcionava a manivela. A calculadora também era acionada a manivela, e tínhamos um poderoso computador, o PC 286 20Mhz – 1Mb RAM – monitor VGA Mono. A Cooperativa foi constituída como cooperativa segmentada (cooperativa de crédito rural). Participei da elaboração dos projetos enviados ao Banco Central do Brasil para a transformação de cooperativa segmentada para cooperativa de livre admissão de associados e expansão da área de ação para o Estado do Rio Grande do Sul. Após aprovados os projetos, a assembleia geral aprovou a transformação para livre admissão em 19 de julho de 2007 e a expansão da área de ação. Estes projetos já provaram ser essenciais para o fortalecimento e crescimento da Cooperativa. São 30 anos no cooperativismo e, destes, 27 no ramo de crédito. Tenho orgulho em fazer parte da história do Sicoob Creditaipu, uma história marcada com momentos de grandes perdas de pessoas ligadas à Cooperativa, momentos de buscar as últimas forçar para avançar, e no final todo esforço coroado com uma cooperativa de sucesso, por buscar constantemente trabalhar focado no associado, observando os princípios do cooperativismo. Buscamos crescer sempre com o associado, proporcionando-lhe um atendimento especial, pois ele é a razão de ser da Cooperativa.
Carlos Alberto Utzig. Primeiro funcionário do Sicoob Creditaipu. Diretor administrativo do Sicoob Creditaipu.
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Agente de transformação P
ara quem pensa que no cooperativismo de crédito só se empresta e capta dinheiro e distribui sobras, não tem noção da dimensão de todos os resultados e benefícios proporcionados. No início, sim, o objetivo era ter recursos para atender às necessidades dos associados, e ser uma opção rentável e segura para quem tinha excedente de capital. Mas engana-se quem pensa que essa operação para por aí. É preciso ir muito mais além nesta matemática. Com a criação das cooperativas de crédito e o suprimento da necessidade de crédito dos agricultores, os desejados investimentos planejados puderam ser concretizados. Consequentemente, os investimentos geraram compras no comércio, desde implementos e máquinas agrícolas, insumos para plantio, material de construção para galpões, estábulos, pocilgas e aviários. Com o aumento desta demanda no agronegócio, o comércio local foi crescendo, afinal era preciso que houvesse fornecedores. O aquecimento do comércio ampliou as oportunidades de emprego, e houve aumento da arrecadação do município, que pôde aumentar seus investimentos em infraestrutura e demais projetos de desenvolvimento.
Uma contribuição relevante e sutil do cooperativismo, por muitos sequer percebida. Logo, com os investimentos realizados, as famílias puderam colher os frutos e melhoraram a qualidade de vida. Aumentaram a produtividade, diversificaram a produção, aumentaram a rentabilidade, e puderam ampliar a cesta de consumo e continuar a fazer novos investimentos. Degrau a degrau, ano após ano, a roda da fortuna avolumava desenvolvimento. Não podemos ignorar que, nestes 30 anos, houve vários períodos de grande dificuldade. Inflação, intempéries, crises econômicas, falta de recursos e inadimplência que geraram retrocesso e, consequentemente, empobrecimento e retração nos investimentos das famílias. Com a participação e a credibilidade dos associados, a Cooperativa tornou-se sólida e, com a livre admissão e a ampliação da área de atuação, pôde oportunizar a outros segmentos da sociedade usufruírem dos serviços e dos benefícios que só no cooperativismo de crédito é possível. O projeto de expansão para áreas ainda não atendidas pelo Sicoob pretende oportunizar mais pessoas a vivenciarem uma experiência financeira diferente.
Com a criação das cooperativas de crédito e o suprimento da necessidade de crédito dos agricultores, os desejados investimentos planejados puderam ser concretizados.
Nesses 30 anos, a participação e a credibilidade dos associados, tornaram a Cooperativa sólida.
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cooperativisMo e eMpreendedorisMo
Cooperativismo e empreendedorismo
A
presença de cooperativas em uma comunidade faz toda a diferença. No caso de uma cooperativa de crédito, o dinheiro que circula retorna para a sociedade local. Presotto explica que, além de não cobrar taxas de manutenção de conta, por exemplo, e ter taxas de juros reduzidas, a Creditaipu remunera o capital social. “A Cooperativa paga juros ao capital que o associado coloca nela”, afirma Cláudio Heinen, da área de Relacionamento com Associados.
“O cooperativismo precisa estar presente na comunidade.” Elói Guilherme Presotto, presidente da Creditaipu.
Hoje, para se associar na Cooperativa, o interessado deve depositar uma cota capital de R$ 80,00. “A cota vai crescendo à medida que, para realizar uma operação de crédito, o associado precisa ter capital proporcional a esta operação.” Por Lei, a Cooperativa pode remunerar o capital social ou não. “O Conselho de Administração da Creditaipu sempre aprovou a remuneração. Então, se torna um investimento, e o associado vê isso com bons olhos. Sem esta política, convencer a pessoa a se associar ou ampliar o capital social seria mais dificultoso”, considera Presotto. Além disso, todo ano, uma parte das sobras da Cooperativa é destinada para investimentos, enquanto a outra segue para a conta-corrente dos associados, conforme o movimento de cada um.
Cooperativismo que dá certo O diferencial do cooperativismo praticado na região, um cooperativismo que dá certo, está na profissionalização dos dirigentes e funcionários. “Não se faz cooperativismo sem conhecimento e seriedade”, afirma o presidente Elói Presotto. A base do sistema, acredita, é o foco no associado. “Estar dentro de uma cooperativa sem pensar em seu associado não vai dar certo. Precisamos ser transparentes, apresentar as contas. Quando é reconhecido, o associado passa a se sentir o dono da cooperativa. É isso que temos feito.”
“Um dos diferenciais de uma cooperativa, que as outras instituições não fazem, é prestar contas para a comunidade de todas as atividades.” Carlos Utzig, diretor administrativo da Creditaipu. Todas as políticas dos Conselhos de Administração e Fiscal da Creditaipu têm foco no associado. Os conselhos se reúnem todo mês. Eles estão a par de tudo o que acontece na Cooperativa, são ouvidos e trazem as demandas. A Creditaipu está presente na vida de seu associado. A Cooperativa cresce, mas continua atendendo bem seu dono. “O associado quer se sentir bem na Cooperativa. Logicamente, todo mundo olha o bolso, mas, se ele não se sente bem na Cooperativa, nem o bolso vai segurá-lo. Vai preferir pagar mais caro em outro lugar para ter um
bom atendimento”, acredita o presidente. O associado bem atendido fala bem da Cooperativa, salienta o diretor operacional, Cláudio Heinen. “Ele luta por ela tanto que, nas pré-assembleias, por exemplo, os delegados e associados se disponibilizam para auxiliar em tudo. Se precisar puxar cadeira, ajudar na churrasqueira, estão disponíveis”, conta Heinen.
“A Cooperativa paga juros ao capital que o associado coloca nela”, afirma Cláudio Heinen.
Delegados Os 19.200 associados são representados por 180 delegados escolhidos nas comunidades. Devido ao crescimento da Cooperativa, nos últimos dois anos, a Assembleia Geral é realizada com a participação dos representantes. “Antes, todos os associados eram convocados. Com a livre admissão e a expansão para o Rio Grande do Sul, ficou difícil trazer todos para a Assembleia”, explica Heinen.
cooperativisMo e eMpreendedorisMo
Vantagens de ser associado Além de fazer parte de uma instituição que se preocupa com as pessoas, o associado da Creditaipu tem vantagens que refletem no bolso. O associado não tem despesas com a Cooperativa. A manutenção da conta não tem custos, bem como talão ou folha de cheque. “No fim do ano, ainda tem re-
O associado não tem despesas com a Cooperativa. A manutenção da conta não tem custos, bem como talão ou folha de cheque.
torno. A Assembleia aprova as sobras, uma parte vai para a conta-corrente, e a outra, para investimentos”, explica Heinen. Presotto avalia que a economia mensal em taxas no fim do ano, na soma de mais de 19 mil associados, gera um valor elevado. “Este dinheiro fica na comunidade, beneficiando o associado, sua família, a indústria e o comércio local.” Desta forma, afirma o presidente, a Cooperativa contribui para o crescimento das comunidades no campo e na cidade. “Todos crescem juntos, o associado, a comunidade e a Cooperativa.” Quando o associado negocia com a Cooperativa, ao invés de uma instituição bancária tradicional, as sobras representam o dobro do valor. “No banco comum, tem o desembolso mensal. Quando vem para a Cooperativa, além de não pagar as taxas mensais, ainda recebe retorno, cita Utzig.”
Intercooperação em benefício da sociedade A intercooperação tem gerado bons frutos na região. Juntas, Ceraçá, Aurora, Cooperitaipu e Creditaipu atendem a algumas demandas da sociedade. As cooperativas já se uniram em auxílio a instituições como hospitais e bombeiros. “São ações que beneficiam toda a comunidade, mesmo quem não é associado, destaca o presidente Elói.”
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solenidade
Solenidade 30 anos homenageia sócios fundadores
O
s 30 anos da Creditaipu foram coroados com um evento comemorativo no dia 1º de abril, no Grêmio Recreativo Pinhalense, em Pinhalzinho, SC. “Não poderíamos deixar passar em branco uma data tão importante. Nesta comemoração, prevalece o reconhecimento ao nosso sócio fundador”, reconhece Presotto.
Evento em reconhecimento ao sócio fundador.
solenidade
Reconhecimento O presidente da Creditaipu diz que sempre compara a Cooperativa com a relação entre pai e filho. “O filho, quando ganha um capital do pai, tem duas escolhas. Ou torra tudo em pouco tempo ou aumenta este capital. Nós somos os filhos que recebemos a Creditaipu dos sócios fundadores.” Por isso, continua Presotto, é preciso reconhecer o trabalho dos que primeiro acreditaram na ideia. “Para que nossos funcionários de hoje saibam a razão de ser da Cooperativa, dar valor a quem começou naquela época.” Presotto afirma que sempre procura reconhecer os sócios fundadores, pois começar uma cooperativa 30 anos atrás exigia muita coragem. Lembra ainda que muitos fundadores não tinham o valor estabelecido para entrar na Creditaipu. “Para a época, era um valor elevado. A Cooperitaipu, então, emprestou o dinheiro.” A Cooperativa Regional Itaipu viabilizou ainda o funcionamento da cooperativa de crédito quando esta iniciava suas atividades. “Deu sala, colocou mesa, cadeiras, máquina de escrever, seus funcionários, canetas... Tudo começou dentro da Cooperativa de produção”, reconhece.
Um brinde aos 30 anos da Creditaipu.
Placa de assinaturas dos sócios fundadores.
Reconhecimento do trabalho dos que primeiro acreditaram na ideia.
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Homenageados da Creditaipu em seus 30 anos de fundação: Sócios Fundadores Marcos Antônio Zordan Adelfo Frandoloso (in memoriam) João Ogliari (in memoriam) Nélson Decesaro (in memoriam) Urbano Boesing (in memoriam) Marino Wickert Pedrinho Bolis Neido Benvenutti José Abílio Junges Ari Royer Anselmo Wandscheer (in memoriam) Ivo Carlos Schlosser Irto Seno Röpke
Nélson Höhn Marino Antônio Junges Edenor Jacob Orth Abílio José Luft (in memoriam) Edgar Köhnlein (in memoriam) Ignácio Reiter Affonso Floss Lauri Balestrini Arnildo Reynaldo Schiehl (in memoriam) Avelino Gubert (in memoriam) Sílvio Blanger Verneldo Carlos Schlösser
Funcionários por tempo de serviço Tempo
Função
Nome
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Diretor administrativo
Carlos Alberto Utzig
24
Diretor-presidente
Elói Guilherme Presotto
24
Gerente de Relacionamento II
Jandir Raimundo Copati
24
Gerente II
Leocir José Scatolin
24
Gerente II
Narcísio Geller
23
Gerente II
Paulo Roberto Zamignan
22
Diretor operacional
Cláudio André Heihnen
17
Analista pleno
Carlos Juares Gehlen
16
Analista pleno
Janice Maria Herbert Sulzbacher
17
Assessor comercial
Juliana Kappaun
15
Analista júnior
Sérgio Francisco Rauber
15
Analista júnior
Cleudes Parisotto Jacoby
solenidade
Funcionários homenageados.
Personalidades Darci Santin – auxiliou na constituição da Cooperativa nos aspectos legais e na elaboração do primeiro estatuto.
Paulo Junqueira da Silva – auxiliou nas reuniões com os primeiros associados na disseminação da ideia de fundar a Cooperativa.
Uma festa inesquecível
Homenagem às esposas de presidentes.
Neri Roque Lauer – membro por vários anos do Comitê de Crédito da Cooperativa.
Personalidade Elio Luis Frozza.
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Homenagem do G7.
Brinde aos 30 anos.
Brinde aos 30 anos.
Homenagem do Sicoob Central.
Personalidade Namir Piere.
Convidados da Ceraçá.
Funcionários.
reconheciMento
Sicoob Creditaipu recebeu prêmio nacional D
urante os dias 29 e 30 de junho de 2016, o auditório do Centro Corporativo Sicoob foi palco da 7ª edição do Workshop de Crédito Rural. O evento contou com a presença de 160 participantes de Centrais e Singulares, e representantes dos órgãos que elaboram e regulam a política agrícola nacional. A abertura desta edição foi anunciada pelo presidente do Sicoob Confederação, Henrique Castilhano, seguido pelo diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, e pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.
Em seguida, a Gerência de Agronegócios do Bancoob (Gerag) apresentou os principais pontos e novidades do Plano Safra 2016–2017, que vai repassar o montante de R$ 8,5 bilhões em recursos para os produtores rurais associados. O valor é cerca de 20% maior que o total liberado no período passado. A maior parte dos recursos – R$ 8 bilhões – será direcionada para operações de custeio, investimento e comercialização, atendendo aos beneficiários do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), do Pronaf (Programa Nacional
O evento contou com a presença de 160 participantes de Centrais e Singulares, e representantes dos órgãos que elaboram e regulam a política agrícola nacional. de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e demais produtores rurais. Os outros R$ 500 milhões serão contratados com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do FCO Rural (Fundo Constitucional do Centro-Oeste).
Premiação Destaques em Crédito Rural Neste evento, o Bancoob realizou a segunda edição do prêmio que reconhece as Cooperativas Centrais e Singulares que se destacaram ao longo do último Plano Safra (2015–2016) em liberações de crédito. O Sicoob Creditaipu foi condecorado com o 3º lugar
na categoria Destaque em Liberações de BNDES no Bancoob, sendo esta colocação em nível nacional dentro do Sistema Sicoob. O Sicoob Creditaipu foi representado no evento pelo seu gerente de Crédito, sr. Cristian Albani, que recebeu o
O gerente de Crédito, sr. Cristian Albani (esq.), recebeu o prêmio das mãos do sr. Ênio Meinen (dir.), diretor de Operações do Bancoob.
prêmio das mãos do sr. Ênio Meinen, diretor de Operações do Bancoob. Para Elói Guilherme Presotto, presidente da Cooperativa, “é uma satisfação imensa, no ano em que completamos 30 anos, sermos reconhecidos no cenário nacional pelo trabalho que temos feito com nossos associados. Mais uma vez, o cooperativismo se mostra como uma importante fonte de recursos para aqueles que necessitam investir em seus empreendimentos e, por consequência, gerar mais renda, proporcionar mais oportunidades de emprego, bem como fortalecer a economia da região. Ressaltamos, também, que essa premiação é de todos os associados da Cooperativa, principalmente aqueles que buscam no Sicoob Creditaipu a solução para as necessidades financeiras de custeio e investimento das suas atividades. E o mais importante, juntos, Cooperativa e associados, podem fazer a verdadeira diferença, quando se trata de justiça social, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável. É um orgulho para o Sicoob Creditaipu fazer parte de tudo isso”, finaliza Elói.
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Futuro
O banco é focado no resultado; a cooperativa, no associado A
o completar 30 anos, a Creditaipu segue a premissa de sempre colocar seu associado, do campo ou da cidade, em primeiro lugar. “Trabalhamos buscando manter nosso compromisso de ser a melhor alternativa para solução das necessidades financeiras dos nossos associados. Queremos ficar distantes de qualquer possibilidade de comparação com a atuação das instituições tradicionais”, afirma Elói Presotto, presidente da Creditaipu. Para o líder, as cooperativas que mantiverem seus princípios vão ga-
nhar mercado, pois o banco é focado no resultado, e a cooperativa, no associado. Comenta ainda que, em viagens para o exterior, ouviu muitos relatos de cooperativas que, na tendência da automatização do atendimento, perderam contato, e muitos não conhecem mais os seus associados e que atualmente estão buscando resgatar o relacionamento pessoal. “Este é um ponto que observamos muito, pois não queremos cometer o mesmo erro. A tecnologia existe e está à disposição para facilitar a vida do cooperado, mas
Ao completar 30 anos, a Creditaipu segue a premissa de sempre colocar seu associado em primeiro lugar, do campo ou da cidade. não pode ser instrumento de distanciamento da relação entre as partes, e o atendimento humanizado aumenta as possibilidades de negócio.” Para estreitar ainda mais o relacionamento, visitas e reuniões com associados fazem parte da agenda de gerentes e comerciais da Cooperativa.
Seguir em frente, mas com muita responsabilidade Vamos continuar trabalhando com seriedade, como sempre fizemos.
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Responsabilidade. Esta é a palavra que melhor define a missão de quem está na Creditaipu hoje. “Temos que estar comprometidos com a missão da cooperativa. Se alcançamos o sucesso, uma história foi construída, e temos a responsabilidade por sua continuidade”, destaca Carlos Alberto Utzig, diretor administrativo.
O maior desafio da Creditaipu, ao completar 30 anos, é com relação à expansão para o Rio Grande do Sul. “O plano é cobrir toda a nova área de 45 municípios em dez anos”, afirma Claudio André Heinen, diretor operacional.
“Eu gosto de falar do futuro, mas nós jamais podemos nos esquecer de atender bem onde nascemos e crescemos. “Pensamos em outras áreas de atuação visando ao crescimento e ao fortalecimento da Cooperativa, mas ainda temos muito trabalho por aqui”, afirma Elói Guilherme Presotto, presidente.
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LOGGIA