REH_v.15, nº 15, 2022

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ISSN 2965-3045

Estudos

HOMEOPÁTICOS

Publicação Digital Quadrimestral Gratuita

Uma realização do Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro -Oeste

Nesta edição...

O primeiro Homeopata

Ano 6

N° 15

Abril/2022

Revista de
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Editorial

Mantenedores da Revista

Agda Freitas

Alessandra Santos

Ana Dóris da Silva

Bárbara Prandini

Cássia Regina da Silva

Osvaldo Dantas

Ronaldo Miranda

Silvana Maria Mendes

José de Assis

Kátia Waldemarin

Wilson Pires

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Regina Medeiros, Goiânia, Go

“Amei a sessão de Entrevista dessa edição da nossa Revista, com a Terapeuta Carolina sobre TDAH! Importante conhecer o ser Humano que está ali para ser atendido e após a consulta, o Terapeuta conduz o percurso homeopático para a sua plena harmonização! Resultados incríveis nós temos com essa terapia conjugada a outros profissionais!

Gratidão aos editores pelo texto!”

Perônica Maria Pires, Goiânia, Go

Parabéns à toda equipe pela produção magnífica dessa linda revista de estudos homeopáticos com conteúdo riquíssimo e de grande utilidade para todos que se interessam em cuidar da saúde com consciência e sabedoria!!!a saúde! Que venham as próximas!

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Jornalista Responsável

Editora-Executiva Conselho Editorial

Projeto Grá co e Diagramação

Karine Santos

Redatores

Revisão

Contato

7 ÍNDICE EDITORIAL 2 MANTENEDORES DA REVISTA TERMO DE ADESÃO CARTA AO LEITOR 5 EXPEDIENTE 6 ÍNDICE ANUNCIANTES PRIMEIRA PARTE: HOMEOPATIA E NÓS 9 SEGUNDA PARTE: HOMEOPATIA TAMBÉM É CIÊNCIA Revista de Estudos HOMEOPÁTICOS
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Se você também quiser publicar aqui a divulgação do seu trabalho terapêutico, por favor faça contato com revistadeestudoshomeopaticos@gmail.com e receba os detalhes! Teremos prazer em torná-lx mais conhecidx!

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HOMEOPATIA E NÓS

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Revista de Estudos HOMEOPÁTICOS

DIÁRIO DE BORDO

DIÁRIO DE BORDO – RETROSPECTIVA DO TRABALHO DO GRUPO LIVRE DE HOMEOPATAS DO CENTRO-OESTE

De dezembro a março, o Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste descansou do III Saberth, realizado com sucesso, mas os estudos mensais, a preparação da 15ª edição da Revista de Estudos Homeopáticos, os trabalhos para a obtenção do ISSN para a Revista e a assinatura do Issuu Premium, que permite o download diretamente do repositório, continuaram.

A 15ª edição ficou pronta, a assinatura do Issuu Premium foi feita, graças à renda obtida com as contribuições recebidas pelo III Saberth e o ISSN está em fase final. Os estudos mensais foram retomados em fevereiro, dando continuidade ao estudo do livro “Combatendo Fogo com Fogo”, traduzido por um de nossos integrantes, Evandro Nascimento, em parceria com Raquel Rita. O estudo de cada capítulo está sendo conduzido por diferentes equipes, com grande proveito para todos.

O projeto de atendimento social na comunidade Jardins do Cerrado, em Goiânia, continuou suas atividades de modo híbrido, com alguns terapeutas no presencial, cumprindo ainda todos os protocolos de segurança, e outros online. Dessa forma, as comunidades socialmente carentes continuaram tendo acesso de qualidade às terapias integrativas, tudo de forma voluntária, confirmando a vocação do nosso Grupo para a ação social responsável.

Em breve, espera-se retomar também as atividades em Terezópolis de Goiás e Alto Paraíso, considerando a relativa estabilização da propagação de novas cepas da Covid 19, observada no período pós-vacinação.

Acompanhe agora os convites para os domingos de estudo mensal.

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Veja agora a retrospectiva visual do III Saberth

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Cards de divulgação publicados durante 2 meses, com intervalos de 2 dias entre as publicações. Os textos foram construídos colaborativamente pela equipe gestora e a arte final ficou a cargo de João Henrique Menendez Tupy, da Tupy Edições, São Paulo. Os cards envolveram 3 categorias:

Frases de homeopatas famosos; Conceitos homeopáticos; Conteúdo específico do evento. Você consegue perceber a qual categoria cada card ficou associado?

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Agora, acompanhe o resumo visual das apresentações do III Saberth, que trataram o histórico da homeopatia em epidemias, as ações de natureza homeopática desenvolvidas durante a pandemia de covid 19 e o tratamento das sequelas dessa grave síndrome sistêmica.

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17 1. Virginia Stefanichen
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32 2. Amarylis Cesar
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38 3. Sheila da Costa
Oliveira
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As apresentações foram gravadas e estão disponíveis em nosso canal do YouTube. Acesse e aproveite na íntegra esse rico conteúdo!

Agora, nossos pôsteres de pesquisa, apresentados na parte da tarde por quatro diferentes terapeutas.

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Acompanhe todo o conteúdo disponibilizado em nossas redes sociais e comente, auxiliando a dar mais visibilidade aos nossos perfis!

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E em nosso blogue oficial:
https://www.saberth.com.br/

Sebastian Des Guidi:

O primeiro Homeopata da França

Foto: Reprodução./Sébastien Des Guidi - Geneanet.org.

Sébastien Gaétan-Salvador Maxime Des Guidi nasceu na Itália, na cidade de Nápoles, no dia 5 de agosto de 1769. Ele permaneceu em sua terra natal até o ano de 1799, quando participou da República Napolitana, ou República Partenopeia, um estado fundado em Nápoles e que existiu por alguns meses antes da Revolução Francesa. Des Guidi foi feito prisioneiro enquanto atuava como general de um exército revolucionário, teve suas propriedades confiscadas e foi exilado por conta de suas opiniões liberais.

Depois disso, ele fugiu para Marselha, na França. Contudo, logo mudou-se para Lyon,

onde foi naturalizado francês e passou a atuar como professor de matemática e física.

Em 1813, ele se tornou inspetor da Universidade de Grenoble, e, em 1819, inspetor da Universidade de Lyon. Apesar de suas múltiplas ocupações, ele também adquiriu seu diploma de doutor em filosofia e o título de doutor em medicina pela Universidade de Estrasburgo.

No ano de 1828, Des Guidi deixou a França para acompanhar sua esposa, que sofria de uma doença considerada incurável, a uma consulta homeopática. Após constatar a cura

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completa dela, ele passou a se dedicar profundamente aos estudos da Homeopatia e tornou-se um dos discípulos de Hanhemann.

Assim que ele retornou para a França, em 1830 e aos 63 anos, Des Guidi passou a atender a população como homeopata e a difundir o tratamento homeopático em Lyon. Um de seus inúmeros pacientes foi Benoit Mure, que em 1833 foi tratado e curado de um quadro grave de tuberculose através do tratamento homeopático. Depois disso, Mure também se tornou um praticante da Homeopatia e, anos depois, trouxe o método hahnemanniano para o Brasil.

No ano de 1830, Des Guidi era o único homeopata na França. Dois anos depois, já havia 25; em 1840, 50; em 1850, 200; e em 1865, 500. Seu livro, intitulado “Letter to the Physicians of France”, foi traduzido para o inglês em 1834, e foi uma das primeiras obras homeopáticas publicadas nos Estados Unidos.

Des Guidi faleceu no dia 27 de maio de 1863, em Lyon, aos 94 anos de idade, e foi sepultado no Cimetière de Loyasse. Não deixou filhos, porém, seu nome permanece ligado à história da Homeopatia e seu maior legado à humanidade foi seu trabalho incansável para introduzir e divulgar a Homeopatia no território francês.

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Foto: Túmulo de Sébastien Des Guidi/ Site do “Cemeteries Route”.

Lições de Filoso a Homeopática

Imagem: Reprodução

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Publicada pela Editora

Organon, a obra “Lições de Filosofia Homeopática” foi escrita pelo médico norte-americano James Tyler Kent (1849 - 1916) e reúne diversas notas com explicações doutrinárias, com o objetivo de facilitar a compreensão das bases filosóficas da

Homeopatia à luz dos conhecimentos científicos atuais. Além disso, o livro também contém um índice temático com palavras-chave relacionadas a conteúdos específicos do pensamento “kentiano”, tornando o momento de pesquisa mais ágil .

É possível encomendar a obra nos sites:

Amazon

Estante Virtual

Mega Leitores

Organon Books

Shopee

Submarino

Traca

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Homeopatia veterinária pode ajudar no tratamento de doenças

A Homeopatia é considerada uma medicina terapêutica que trata todos os tipos de enfermidades e utiliza medicamentos compostos por substâncias minerais, animais ou vegetais que se assemelham aos sintomas que um paciente sofre. Tanto no Brasil quanto em outros pontos do globo, o tratamento homeopático vem sendo utilizado para tratar seres humanos, o meio-ambiente e também animais.

Segundo a médica-veterinária e especialista em Homeopatia Veterinária, Cassia Yumi Ikuta, em entrevista para a Revista Casa e Jardim, a Homeopatia “considera o indivíduo como um todo, com todos os órgãos, tecidos e células interligados.

Para a Dra. Viviane Campos Garcia, também médica-veterinária e especialista em Homeopatia Veterinária, a Homeopatia é recomendada para animais e, hoje em dia, é utilizada como tratamento para cães, gatos, cavalos, porcos, bovinos, aves, animais silvestres e até mesmo peixes.

“Os tratamentos que não podem ser completamente homeopáticos são aqueles que necessitam de cirurgia, como, por exemplo, uma fratura exposta”, aponta Garcia. “Mas, mesmo nesses

casos, existem medicamentos homeopáticos que auxiliam na cicatrização e na recuperação pós-anestésica do paciente”, complementa..

“Outro fator importante é que a técnica [homeopática] em si não é considerada complementar, mas uma medicina completa que pode ser usada para qualquer doença que não envolva alteração estrutural”, explica Ikuta.

Para compreender como os medicamentos homeopáticos agem no organismo de um animal, é importante entender seu processo de preparo. De acordo com Garcia, primeiramente é feita uma diluição inicial da matéria-prima em água. Em seguida, a agitação da solução. A partir daí, novas diluições são feitas com a substância anterior. Isso provoca uma alteração no campo eletromagnético das moléculas do medicamento que, ao ser ingerido, causa um estímulo energético no corpo do animal.

“Para que se possa alcançar uma boa resolução do problema, o pet precisa ser acompanhado por um pro ssional do ramo da homeopatia durante todo o tratamento, que poderá ser alterado no decorrer do tempo”, conclui Garcia.

Fonte: Revista Casa e Jardim

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NOTÍCIAS

Farmácia homeopática de Betim é referência para o Brasil

O trabalho com plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de feridas que o Programa Farmácia Viva vem realizando há cerca de 18 anos na Rede SUS de Betim (MG) foi reconhecido novamente pelo Ministério da Saúde (MS) e a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.

A experiência será retratada no “Curso de Qualificação dos Profissionais de Saúde para a Aplicação de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Tratamento de Feridas”. A capacitação está em fase final de elaboração pela Fiocruz, com o apoio do MS, e será ofertada na modalidade ensino a distância (EAD).

Segundo representantes da Fiocruz, ainda não é possível a data de início do curso devido às restrições sanitárias impostas em função da pandemia. O que se sabe até então, é que o programa será gratuito e sem limite de vagas.

De acordo com a referência técnica das Práticas Integrativas e Complementares no SUS, Camila Ferreira Campos Paixão, o tratamento de feridas por fitoterápicos é adotado por profissionais qualificados em unidades de saúde dos três níveis de atenção à saúde:

“Temos profissionais de saúde de várias categorias autorizados a prescrever fitoterápicos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no Hospital Público Regional e em outros equipamentos da atenção secundária. A Farmácia Viva recebe as prescrições das unidades e faz a dispensação dos medicamentos regularmente”, assinala.

Fonte: Portal Agita

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Homeopatia Veterinária é aliada no controle do estresse de animais

grave. Quando havia festas, jogos de futebol ou eventos com fogos, ela se escondia embaixo dos móveis e chegava ao ponto de agredir os outros cães e até as pessoas da casa. [...] Comecei a colocar a Homeopatia na água deles e em apenas uma semana percebi os resultados. Os últimos eventos com fogos foram o melhor teste, pois a Julie não se agitou”, relata a estudante.

O estresse desencadeado por barulhos intensos é tão perigoso para animais que pode causar de crises de pânico até mesmo a morte de um pet. Com uma audição extremamente sensível, os cães, por exemplo, podem ouvir ruídos de forma 300 vezes mais intensa do que seres humanos.

Para auxiliar no controle emocional dos pets, a Homeopatia é uma grande aliada, uma vez que não possui contraindicações e apresenta resultados e cientes, como explica a médica veterinária-homeopata Mônica de Souza:

“A Homeopatia aumenta a tolerância e a sensação de segurança dos animais frente ao medo por barulhos intensos. É comum as clínicas [veterinárias] receberem animais feridos, que se debatem ou tentam pular de janelas, e há casos mais extremos de pets que enfartam”, detalha. A acadêmica Gabriela Garcia de Souza é tutora de nove cães, todos resgatados da rua ou vítimas de maus-tratos. Segundo ela, os animais tinham crises constantes quando ouviam ruídos mais altos, como os de fogos de artifício.

“Como esses cachorros vieram de situações difíceis, são muito sofridos e medrosos. A Julie, que tem cerca de um ano, era o caso mais

Ainda de acordo com Gabriela, a Homeopatia veterinária também auxiliou no comportamento dos outros cães. Belinha, o último resgate da estudante de Medicina Veterinária, é uma cadela que sofria maus-tratos em um canil clandestino. Agressiva, ela não aceitava conviver com outros animais. Contudo, após poucos dias de tratamento homeopático, ela passou a conseguir dividir espaço e rotina com os demais pets.

“Antes ela tinha pavor de car perto dos machos”, conta Gabriela. “Hoje, cou muito amiga de um deles e não se separam. Além disso, tenho dois cães de porte grande que rivalizavam muito e agora, convivem mais paci camente. [...] Até os latidos exagerados reduziram muito”, acrescenta.

Para a Dra. Mônica, A Homeopatia também ajuda a tratar animais que sofrem com a ausência do tutor quando a rotina é alterada a curto ou a longo prazo, como nos casos de viagens de férias:

“Muitos animais cam extremamente abalados e com sensação de abandono durante as férias dos donos. Alguns adoecem pela depressão ou estresse de car sob cuidados de terceiros. Há ainda os que cam agitados porque vão sair de sua rotina e viajar junto. Nesse caso, o tratamento homeopático preventivo auxilia no controle desse tipo de estresse, tornando o animal mais sereno diante das mudanças”, ressalta a homeopata.

Fonte:

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Imagem ilustrativa. Fonte: PixaBay.
TempoMS UNA Comunicação

UNAM e IPN apoiam Homeopatia para sintomas “leves” de Covid-19

Apesar da polêmica iniciada pelo Dr. Alejandro Macía, que chamou o tratamento de "água com açúcar", ambas as instituições defendem que o paciente é livre para buscar o melhor remédio.

O Instituto Politécnico Nacional (IPN) e a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) apoiaram o uso de preparados homeopáticos como tratamento individualizado contra a Covid-19, uma vez que a Homeopatia possui evidências cientí cas para tratar qualquer problema de saúde.

“Em casos leves de Covid, o tratamento é sintomático, o que signi ca que só se tratam os sintomas que um paciente apresenta. Por se tratar de uma doença infecciosa viral, não há tratamento especí co, então qualquer pessoa pode tratar seus sintomas com paracetamol, ou outros medicamentos sintomáticos, inclusive homeopáticos”, relatou a Dra. Andrea Flores, membra da Comissão de Pesquisa em Homeopatia e integrante da UNAM.

Após a crítica polêmica do infectologista Alejandro Macías ao uso de medicamentos homeopáticos para tratar o diretor do Instituto de Segurança e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), Pedro Zenteno, Flores assegurou que qualquer pessoa deve ter a liberdade de escolha o tratamento, pois a medicina homeopática também possui estudos clínicos que comprovam sua ecácia e segurança.

“No caso do Dr. Zenteno, ele optou por tratar seus sintomas de Covid com medicamentos homeopáticos, e é isso que nós, médicos homeopatas, fazemos com outros pacientes que têm Covid. Há muitos medicamentos que podem ser usados. A Homeopatia trata os sintomas de qualquer doença de forma segura e e caz”, frisou.

Em nota informativa, o diretor da Escola Nacional de Medicina e Homeopatia (ENMyH) do IPN, Dr. Rodolfo Luna Reséndiz, especicou que este tipo de medicamento pode ser utilizado em todos os tipos de problemas de saúde, inclusive combinando-o com alguns medicamentos alopáticos ou outro tipo de tratamento, porque “a ideia é controlar rapidamente a doença”.

“A Homeopatia não é uma opção para o tratamento de nenhuma doença, a homeopatia é água com açúcar, de qualquer forma é um prazer. Em que casos pode funcionar? Bem, em doenças que são sempre limitadas por si mesmas. As pessoas têm fé no tratamento e têm desconfortos que podem ser curados com autossugestão”, insistiu Macias.

O IPN mantém seu apoio à homeopatia, apesar das críticas dos médicos.

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Imagem ilustrativa. Fonte: PixaBay.

Aumento da demanda por medicamentos homeopáticos na Cidade do México (CDMX)

medicamento está em alta demanda porque é para problemas pulmonares, para bronquite, mas você pode experimentá-lo em outra filial”, disse uma vendedora à equipe do Milenio.

A poucos quilômetros de distância, na Farmácia Homeopática Similia Caballito, a procura por tratamentos de substâncias naturais que prometem aumentar as defesas do sistema imunológico são as mais pedidas pelos moradores da capital.

“Temos um remédio para aumentar as defesas com Echinacea, Própolis e vitamina C. Também vendemos muito dessa fórmula”, diz o vendedor ao telefone.

Enquanto as instituições e autoridades de saúde lutam para reconhecer o tratamento homeopático como alternativa para tratar a Covid-19, a Cidade do México aumentou o compromisso com o uso dessa medicina alternativa para reduzir os estragos do vírus.

Numa visita realizada pela equipe do jornal mexicano Milenio, apurou-se que os medicamentos Bryonia alba e Arsenicum album 30c, adquiridos para tratar doenças respiratórias, estão esgotados nas Farmácias Homeopáticas Paris e Nacional, no centro histórico da capital.

“Para o problema da Covid, você poderia dar a ele Bryonia e Arsenicum, mas no momento não temos nenhum. Este

No entanto, alguns especialistas em saúde sustentam que o uso de medicamentos homeopáticos é produto da ineficiência do sistema de saúde e da desinformação sobre seu alcance.

“O que temos é a combinação de um costume com pouquíssima vigilância por parte das autoridades e um discurso sem clareza sobre o que as pessoas devem e não devem administrar para a Covid. Isso faz com que as pessoas recorram aos conselhos de comadres ou ao que lhes é dito nas redes sociais”, opinou o analista de saúde Xavier Tello.

Fonte: Jornal Milenio

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Imagem ilustrativa. Fonte: PixaBay.

Acampamentos de atendimento AYUSH para a polícia de Guwahati

A iniciativa envolve a distribuição de Shamsamani Vati & Ashwagandha Vati de Ayurveda e Arsenicam Álbum 30 de Homeopatia após consulta com médicos.

Em uma iniciativa para aumentar a imunidade das equipes da polícia de Guwahati, uma série de acampamentos de atendimento de saúde AYUSH serão organizados na cidade, começando na Reserva Policial de Guwahati em Paltan Bazaar.

A medicação AYUSH foi iniciada cerimonialmente quando a Dra. Amulya Ratna Sahoo, Oficial responsável, RRH & Dr. Ekta, Oficial de Pesquisa (Ayurveda), CARI entregou a medicação a Hemanta Kumar Das, DCP (Administração), Polícia de Guwahati na quarta-feira.

A iniciativa do Ministério de AYUSH envolve a distribuição de Shamsamani Vati & Ashwagandha Vati de Ayurveda e Arsenicam Álbum 30 de Homeopatia após consulta com os médicos de Ayurveda e Homeopatia nos acampamentos. Estes são medicamentos clinicamente comprovados para impulsionar o sistema imunológico.

Falando sobre esta iniciativa, Hemanta Kumar Das, DCP, Administração, Polícia de Guwahati, disse: “Nosso pessoal está na linha de frente e devemos permanecer saudáveis para servir melhor às pessoas. Esses acampamentos trarão ganhos

imensos à nossa força para controlar seu bem-estar”.

Falando sobre os benefícios de Ashwagandha e Shamsamani Vati, o Dr. Ekta, Diretor de Pesquisa (Ayurveda) disse: “Shamshamani Vati tem propriedades medicinais ricas que ajudam a aumentar a imunidade e melhorar a capacidade do corpo humano de combater várias infecções bacterianas e virais. Ashwagandha ajuda a controlar o estresse e a ansiedade.”

Amulya Ratna Sahoo, oficial responsável, RRIH, disse estar “Muito feliz em distribuir o Arsenicum Album 30, um comprovado reforço de imunidade contra a Covid-19, entre o pessoal da polícia, pois são os trabalhadores da linha de frente mais expostos após a fraternidade médica na guerra contra a pandemia.”

Fonte: EastMojo

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Tratamento

homeopático de sequelas da Covid-19

Com a chegada da variante Ômicron, o Brasil registrou mais casos de Covid (Sars-CoV-2) no início deste ano do que no segundo semestre de 2021. Atualmente, há três linhas de pesquisa orientando cientistas de todo mundo a encontrar um tratamento efetivo para a doença: uma delas foca no uso de antivirais, a segunda no de anticorpos, e a terceira no de substâncias que modulam o sistema imunológico.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há 150 medicamentos sendo testados. Enquanto isso, indivíduos de todas as idades que sobrevivem a Covid-19 precisam lidar com suas sequelas, que podem variar de formas mais leves a mais graves.

As sequelas mais comuns são fadiga, cansaço, fraqueza, mal-estar, falta de ar ou

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Foto: Iqbal Nuril/Pixabay.

di culdade para respirar e brose nos pulmões e/ou rins, além de perda de paladar e olfato.

Cássia Regina da Silva Luz, 51 anos, de Goiânia - GO, testou positivo para Covid no ano passado, assim como toda sua família:

“Em 26 de junho de 2021 senti os primeiros sintomas de faringe por volta de 21h”, relembra. “Esses sintomas permaneceram muito sutis por dois dias. Meu filho, Hélio Neto, já vinha apresentando sintomas de nariz entupido e falta de energia há mais de seis dias, sintomas muito semelhantes a sinusite, que era um quadro recorrente no caso dele. Até então, eu já estava no terceiro dia de faringe arranhando, e meu marido, Hélio Júnior, não tinha nenhum sintoma, nem minha filha, Isabela”, relata.

De acordo com o terapeuta homeopata

Francisco Marini Júnior, 52 anos, de Cláudio - MG, as sequelas da Covid-19 podem atingir pessoas de todas as faixas etárias:

“As sequelas podem ser de natureza hematológica, cardiológica, neurológica, dermatológica ou psicológica”, assinala. “Podem se manifestar em qualquer pessoa que teve contato com o vírus, mesmo os que não apresentaram sintomas após a infecção.”

Depois que os resultados dos testes de Cássia Luz e seus familiares apontaram diagnóstico positivo para Covid, todos iniciaram tratamento homeopático e passaram a

tomar os preparados homeopáticos Arsenicum album, Calcarea phosphorica, Camphora officinalis, Allium sativum e Equinacea angustifolia.

“Todos nós perdemos o olfato e o apetite por volta do sétimo dia”, retoma Luz. “Após o décimo dia, sentimos uma sensação horrível de tristeza, olhos descaídos e pensamentos confusos. Essa sensação permaneceu até o vigésimo-quinto dia. Era difícil trabalhar, concatenar as ideias, escrever um raciocínio lógico com mais de 20 palavras. Após o décimo dia, apareceu uma tosse seca, que permaneceu por uns dez dias”, detalha.

Para a tosse, Luz e sua família tomaram as fórmulas homeopáticas Allium sativum, Equinácia ang., Pulmão e Taraxacum off durante cerca de 30 dias. Depois de algumas semanas, eles passaram a sentir tontura leve e a notar perda de cabelo, e procuraram preparados homeopáticos para tais sintomas.

“Atualmente, continuamos tomando homeopatias repertorizadas para cada um”, esclarece Luz. “Os sintomas que ainda tenho são falhas de memória recente, e esquecimento de palavras no meio de uma frase.”

Já Gerson Neves Guimarães, 50 anos, de Brasília - DF, iniciou tratamento homeopático para conter suas sequelas de Covid assim que saiu da UTI:

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“Desenvolvi uma pneumonia muito severa, ficando bastante debilitado, com perda bastante significativa de massa muscular, dificuldade de locomoção e emocional bastante fragilizado”, conta Guimarães. “Tive perda de cabelo, desidratação, perda de peso e refluxo, entre outros sintomas”.

Para auxiliar sua recuperação, a homeopata que cuidava de Gerson recomendou Phosphorus e o composto de Sais de Schussler, durante 2 meses, o que permitiu a ele retomar plenamente suas atividades.

Para a terapeuta homeopata Sheila da Costa Oliveira, 61 anos, de Águas Claras - DF, até o momento não há sequela que a Homeopatia não possa tratar:

“A regra geral é: existe força vital?”, explica. “A Homeopatia ajuda a fortalecer e equilibrar. Não se pode garantir que tudo ficará 100% para todos, pois os níveis de lesão e sensibilidade são diferentes para cada paciente. Entretanto, com o acompanhamento longitudinal adequado, mesmo que as sequelas não sejam totalmente revertidas, obtém-se muita qualidade de vida e um período de equilíbrio maior no pós-Covid. Creio também que, se houvesse mais abertura no SUS e demais hospitais para a abordagem homeopática, haveria menos sequelas, pois o paciente se -

ria tratado antes de elas se instalarem no corpo”, opina.

Novamente segundo Marini Júnior, existem diversos medicamentos homeopáticos que podem ser indicados para tratar sequelas da Covid, entretanto, vale a pena lembrar que a Homeopatia é diferente da alopatia, ou seja, da medicina convencional:

“A homeopatia não segue a linha de conduta alopática, em que um mesmo medicamento é prescrito para uma série de pessoas que relatam os mesmos sintomas”, destaca. “É preciso fazer a individualização, ouvir cada paciente de maneira minuciosa e atenta. Entender cada particularidade, modus vivendi e história de vida do paciente são fundamentais para a escolha do medicamento.”

Segundo Sheila Oliveira, de forma geral, o similimum - o medicamento que mais se parece com o indivíduo que será tratadoé se mpre o melhor remédio para tratar as sequelas da Covid. Porém, quando não há conhecimento dessa informação ou como consegui-la, os homeopatas recorrem aos medicamentos que foram estudados durante a pandemia e considerados como “gênios epidêmicos”. Estes são: Arsenicum album, Phosphorus, Bryonia, Chlo -

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rum, Camphora, Nux vomica, Belladona e China, entre outros.

“Todos são policrestos, isto é, remédios que atingem os sistemas corporais e a energia mental e emocional com muita potência, provocando também melhorias sistêmicas”, pondera Oliveira. “Em todos os casos, deve-se buscar a similitude com os sintomas do paciente, já que alguns desenvolvem mais problemas respiratórios; outros, mais cardiovasculares, digestivos, e assim por diante. Além desses, o composto com os Sais de Schussler, que agem no nível celular, também é muito recomendado, já que a Covid afeta diretamente o funcionamento de todas as células corporais, que são usadas pelo vírus como ambientes de autorreprodução”, complementa.

É importante destacar que o tratamento homeopático das sequelas da Covid-19 pode ser feito simultaneamente com o tratamento alopático convencional sem qualquer problema.

“Um exemplo simples dessa situação é uma infecção bacteriana, em que temos o antibiótico agindo para diminuir o número de bactérias existentes, enquanto o medicamento homeopático atua incrementando a imunidade e melhorando o estado geral do paciente”, argumenta Marini Júnior.

O tempo de recuperação das sequelas de Covid varia de acordo com o indivíduo, pois, afinal, a Homeopatia trata o doente e não diretamente a doença. Logo, cada pessoa terá uma resposta única e gradual em direção à cura.

“A Homeopatia atua em todos os níveis: corpo, mente, emoção e energia”, aponta Oliveira. “Quando adoecemos, esses níveis estão em desequilíbrio, tanto internamente, quanto entre si. Os medicamentos homeopáticos vão restaurar o equilíbrio de cada nível e dos níveis entre si, trazendo de volta o estado de saúde”, acrescenta.

“O tratamento homeopático contribui visando a uma melhora do estado geral e da vitalidade do paciente”, completa Marini Júnior. “Vale ressaltar que o medicamento homeopático é um estímulo energético, e o sucesso do tratamento está intimamente relacionado com a capacidade do paciente de reagir a esse estímulo. No caso de sequelas da Covid-19, principalmente as sequelas psíquicas, a Homeopatia tem contribuição de grande valia ao provocar um realinhamento mental, físico e emocional, impactando diretamente no reestabelecimento da saúde em todos os níveis na pessoa que ficou com sequelas”, conclui.

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Neurali da Conceição Santos, 49 anos, funcionária pública

Foto: Arquivo pessoal

Eu sou funcionária pública municipal há mais de 20 anos, e com a pandemia, no meu trabalho não foi diferente, a maioria contraiu Covid, e eu também. De repente, me deparei em um hospital. Tudo era estranho para mim. Eu, que sempre fui autossuficiente e criei meus filhos sem pedir ajuda de ninguém, ali estava sem sequer saber quem eu era. Eu era uma mulher sem passado e nem minha filha eu reconhecia. Eu não lembrava de nada, e saí com muitas sequelas. Não andava e não me alimentava, pois estava sem os movimentos. Aí tive uma nova oportunidade, de onde surgiu a luz do arco-íris. Ali estava eu lutando com a deficiência, e buscando lembrar quem eu era. A Homeopatia me ajudou com a memória e meus movimentos voltaram gradativamente, assim como a minha memória. Quando eu estava no hospital, algumas pessoas da equipe técnica falaram que eu ficaria na cadeira de rodas e que o fato de eu não ter ficado com problema na fala já era bom, pois muitos pacientes da UTI, além de terem perdido os movimentos, também perderam a fala. Com a ajuda do tratamento homeopático, hoje estou andando e já sinto meu lado direito do corpo praticamente perfeito.

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Eu z um tratamento de homeopatia, a princípio para a asma do meu lho, mas que na verdade foi mais utilizada na gestação do meu caçula.

Entre os dois, eu tive a perda de um bebê, o que me deixou bem traumatizada. Ao mesmo tempo que queria muito um segundo lho, o medo de falhar e sofrer era como uma sombra para mim. Com a Homeopatia, encontrei pessoas maravilhosas que foram muito importantes para mim nesse momento.

O tratamento homeopático me ajudou com os seguintes quadros:

1. Medo e angústia: usei muito Aconitum durante toda a gravidez, que de forma rápida (no mesmo dia) me aliviava dos medos súbitos de uma possível perda.

2. Constipação do Intestino: usei para isso Hamamelis Virginiana, que me aliviavam com o intestino preso, quadro muito comum após o 2 trimestre.

3. Quadro de baixa ferritina: ao 7 mês tive esse quadro e o uso do Cyclamen foi bem útil, mantendo meus índices normais até o nascimento do Caio.

4. Sais de Schussler: meu bebê e eu recebemos os sais durante o tratamento e Caio nasceu muito saudável, com menos propensão a alergias respiratórias em comparação ao meu mais velho e eu tive uma recuperação pós parto muito boa, recuperando meu peso rapidamente.

5. Cuidado com o puerpério: usei também homeopatia para a produção de leite como Lac Caninum (me ajudou demais logo no segundo dia) além do uso de Sepia para o início desse momento tão propício a um quadro depressivo.

6. Cuidado com a vacinação: Caio usou uya também, indicado pelo Milton para evitar problemas com a vacinação para meu caçula.

7. Asma: Felipe após o tratamento, nunca mais teve crises, em dois dias ele manifestou afecções cutâneas que desapareceram rapidamente. Felipe usou: Phosphorus que eu me lembre.

Eu indico e voltaria a usar Homeopatia, seja na gestação ou no cuidado com meus lhos. Aliás, eu continuo usando. Vejo a diferença que um tratamento natural pode fazer: diminuição do uso de corticoides e remédios químicos, principalmente com as crianças.

EVITE MESMO A

PARA SABER COMO E QUANDO USAR CADA

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Bruna Salvate, bancária, 40 anos, Brasília/DF
AUTOMEDICAÇÃO!
SUBSTÂNCIA CITADA NAS MATÉRIAS DESTA REVISTA, OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR, PROCURE SEMPRE UM HOMEOPATA. HÁ RISCO DE EFEITOS INDESEJADOS, SE A PRESCRIÇÃO NÃO FOR FEITA ADEQUADAMENTE.
Foto: Arquivo pessoal

Homeopatia e Organoterápicos

A organoterapia é uma prática milenar, com origens na pré-história, e que consiste na ação de tratar doenças a partir de extratos de tecidos, órgãos e glândulas hormonais de animais. Revisitando a história, nota-se que tribos primitivas tinham o costume de se alimentar dos órgãos dos mortos com o propósito de absorver parte de suas virtudes.

Já durante os séculos seguintes, o uso medicinal de materiais orgânicos voltado a práticas curativas entrou em cena e tornou-se cada vez mais comum.

Os organoterápicos não são preparados homeopáticos clássicos ou tradicionais, mas a lei de semelhança é um fator comum entre ambos. Isso porque a organoterapia parte do princípio de que os materiais orgânicos conservam parte de suas propriedades, e sua ingestão pode suprir a insu ciência de órgãos similares.

Para falar mais sobre organoterápicos, conversamos com o médico veterinário homeopata e farmacêutico homeopata, Roberto Mangieri Junior (63):

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Foto: Caroline Macedo/Arquivo pessoal.

REH: O que são organoterápicos?

Mangieri: São medicamentos preparados segundo as técnicas da Farmacopéia homeopática, produzidos a partir de órgãos sadios. Seu propósito é levar informação correta, de um órgão sadio para um órgão que tem um desvio desta informação.

REH: Como os organoterápicos são usados para complementar o tratamento homeopático?

Mangieri: São usados das mais diferentes formas e nas mais diferentes potências, sempre acima de 12 CH, com o intuito de devolver ao organismo a sua possibilidade de autocura.

Vai muito bem quando usado com remédio constitucional e drenadores, remédios que ajudam na eliminação de toxinas do corpo.

REH: Quais são as etapas do processo de produção de organoterápicos, e quais são as funções de cada uma delas?

Mangieri: Acredito que a principal etapa é a coleta adequada do órgão ou da parte que se quer obter o OT (conhecimento de anatomia vegetal ou animal) e do acondicionamento correto. Deve ser mandado o quanto antes ao laboratório para se iniciar o processo de trituração, na maioria das vezes, e então as diluições e sucussões, para se conseguir as diferentes potências.

REH: Há diferenças entre os organoterápicos produzidos para auxiliar no tratamento homeopático e os produzidos para auxiliar nos tratamentos convencionais? Por quê?

Mangieri: Os organoterápicos são obtidos através da mesma técnica de preparação, seja lá qual for o seu uso. Acredito que o tratamento convencional raramente use este recurso.

REH: De quais formas os organoterápicos agem em um organismo adoecido para promover a cura?

Mangieri: Sempre enviando uma informação correta ao órgão ou parte do corpo que está adoecida.

REH: A eficácia dos organoterápicos é maior quando estes estão associados a um tratamento homeopático? Por quê?

Mangieri: Sim, principalmente quando se usa o remédio constitucional do indivíduo, e, quando necessário, os drenadores adequados.

REH: A organoterapia também pode ser considerada como homeopatia? Por quê?

Mangieri: É um assunto controverso. Entende-se como Isoterapia, mas alguns homeopatas fazem bom uso. Independentemente de ser ou não Homeopatia, é um recurso que ajuda bastante, quando bem aplicado.

REH: Os organoterápicos podem ser indicados para tratar qualquer quadro de saúde? Por quê?

Mangieri: Os organoterápicos são indicados quando a condição patológica pede, quando há mal funcionamento de algum órgão, víscera, músculo, etc. Não vejo indicação de organoterápicos para casos como resfriado e vômitos. Logo, é sempre bom consultar um homeopata.

REH: Quais profissionais estão autorizados a receitar organoterápicos de maneira segura?

Mangieri: Todos os profissionais homeopatas estão autorizados, mas nem todos estão seguros para fazê-lo.

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HOMEOPATIA TAMBÉM É CIÊNCIA

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O Pyrogenium é conhecido como “o antisséptico dinâmico homeopático”. Trata-se de um nosódio - preparado homeopático produzido a partir de amostras patológicas de animais ou vegetais - que trata sintomas como: febres, in amações, infecções e dores queimantes.

De acordo com a terapeuta homeopata Karla Rubia Souza, 57 anos, o Pyrogenium é produzido a partir da decomposição de carne magra bovina:

“O Pyrogennium também é chamado de Sepsinum, e é um nosódio, pertencente ao miasma Tifóideo, segundo Sankaran.”, explica Souza. “É obtido a partir da carne de vaca, que é colocada em água e permanece ao ar livre, sob irradiação solar, por cerca de duas a três semanas, entrando em decomposição devido à ação dos germens. O medicamento então é obtido a partir desse material, que passa por diluições e sucussões, seguindo a farmacopéia brasileira, tendo sua ação potencializada”, esclarece.

Segundo o terapeuta homeopata Milton Bezerra, 58 anos, o Pyrogenium é o medicamento ideal para tratar febres sépticas:

“[O Pyrogenium] é um dos grandes medicamentos das septicemias graves, de origem puerperal ou cirúrgicas ou em ferida dissecantes, em di eria ou febre tifóide ou qualquer enfermidade infecciosa grave”, destaca Bezerra.

Já o terapeuta homeopata Antônio Pilé, 71 anos, também indica o Pyrogenium para tratar outras demandas:

“Esta matéria médica tem uma abrangência muito extensa, na minha experiência, e uma semelhança com o Aconitum, pelo menos na febre”, relata o homeopata, que costuma receitar o Pyrogenium para pessoas com febre alta associada a distúrbios emocionais. “Em alguns casos, a melhora foi imediata. Em cerca de quatro dias já havia resultados satisfatórios”, aponta.

Para Souza, assim como toda homeopatia, o Pyrogenium pode ser usado como medicamento simillimum, ou seja, o que mais se adapta às queixas e que seja o mais semelhante possível ao indivíduo:

“Em quadros crônicos, assim como uma homeopatia para quadros agudos que tenha similitude

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com as características mentais, emocionais e físicas do indivíduo e do processo em curso, tendo ação especial em quadros graves de saúde envolvendo septicemias”, observa a terapeuta homeopata.

Bezerra complementa a informação, ressaltando que o Pyrogenium possui a melhor ação em processos agudos de adoecimento, que tenham surgido quase que de imediato, ao contrário de processos crônicos que se arrastam há muito tempo:

“Em casos de infecções que ameacem putrefação ou infecções graves, não há melhor medicamento a ser usado. Já há longo prazo, podemos pensar nos processos de ´envenenamento da alma´, que se revelam através de ´sentimentos podres´, cheios de mágoas e ressentimentos”, assinala.

O indivíduo que chega a precisar do Pyrogenium costuma apresentar características emocionais e psicológicas especí cas. De acordo com Bezerra, há um simbolismo por trás delas:

“O Pyrogenium poderia simbolizar a imagem popular do homem rico cuja riqueza não o salva da morte”, opina. “Dinheiro e podridão seriam a dupla deste personagem, que é bem conhecido quando a sepsis o devora. Vamos imaginar aquela criatura avarenta, que deixa sua família e as pessoas mais próximas a ele chegarem ao estado máximo

de carência e necessidade, mesmo tendo condições e recursos para prover a todos. São pessoas densas e negativas que exalam ‘putrefação’, sentimentos asquerosos, pensamentos daninhos, palavras agressivas, ríspidas”, analisa.

Souza complementa, relatando as características mais observadas nas pessoas que fazem uso deste preparado homeopático:

“O indivíduo apresenta inquietude, e precisa mover-se continuamente”, pondera. “Sente a cama dura, e deseja mudar de lugar continuamente porque tem a sensação de que a parte do corpo na qual ele se apoia está sendo esmagada. Sente-se em pedaços, em decomposição. Todas as suas excreções como suor, fezes, menstruação, vômitos e hálito tem odor pútrido, cadavérico. Além disso, apresenta taquicardia exagerada durante a febre, desproporcional à temperatura”, explica.

Na farmácia homeopática, o Pyrogenium pode ser encontrado no formato de glóbulos, gotas, pastilhas, pomadas e óleos, entre outros. Contudo, Bezerra recomenda a preferência pelo formato líquido:

“Quando utilizado desta forma, podemos ter a certeza de que não ocorreu a perda da substância, já que o líquido realmente vai ser absorvido pelo sistema, indo diretamente à energia vital”, conclui.

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Artigo: Aumente sua imunidade com Homeopatia

Em casos de doenças infecciosas como a Covid-19, os preparados homeopáticos indicados podem produzir os anticorpos necessários para combater a doença no menor tempo possível e sem nenhum efeito colateral.

Quando um homeopata pergunta a um paciente sobre todos os seus sintomas em detalhes, ele está selecionando simultaneamente um medicamento que pode provocar sintomas semelhantes. Esses medicamentos estão entre as substâncias naturalmente preparadas e potencializadas, mais adequadas ao paciente com base na Lei dos Semelhantes.

Existem vários remédios e é necessário selecioná-los de acordo com a singularidade do indivíduo. Isso signi ca que preparados homeopáticos diferentes serão indicados a pacientes diferentes, pois os sintomas tendem a variar de

acordo com cada indivíduo, em termos de suas sensibilidades e suscetibilidades.

O vírus está sofrendo mutações com rapidez e criando variantes próprias. Por isso, ao selecionar um remédio, também é necessário levar essas variantes em consideração, pois seus sintomas também variam.

Agora, a pergunta que prevalece é se, quando você ainda não está infectado, existe uma maneira de aumentar sua imunidade com a Homeopatia para que você possa estar protegido e o remédio possa ser preventivo. A resposta é sim, é possível. Mas tudo isso depende dos sintomas dos pacientes e de suas sensibilidades. A seguir, alguns medicamentos que podem auxiliar nisso, embora o melhor seja sempre o similimum da pessoa – aquele medicamento com o qual ela mais se parece. Para conhecer

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esse similimum, a consulta com um homeopata é fundamental.

Arsenicum album: Uma pessoa altamente sensível ao seu entorno quanto à limpeza e com muito medo de infecções. Essa pessoa deve tomar quatro comprimidos uma vez por dia durante três dias na semana e repeti-lo nas semanas seguintes durante um mês.

Aconitum napellus: Uma pessoa que entrou em estado de pânico devido ao medo de infecção. É tanto que ela teme a morte. Essa pessoa deve tomar quatro comprimidos uma vez por dia durante três dias na semana e repeti-lo nas semanas seguintes durante um mês.

Acidum nitricum: Uma pessoa muito ansiosa de pegar a infecção, mas muito obstinada e em seu temperamento. Adora comer manteiga

e todas as coisas gordurosas e fritas. Gosta de viajar e sua urina é muito ofensiva. Além disso, diz que as solas dos pés permanecem muito frias. Essa pessoa deve tomar quatro comprimidos uma vez por dia durante três dias na semana e repetir nas semanas seguintes durante um mês.

Muitos outros medicamentos homeopáticos existem, mas a imunidade de uma pessoa é sensível ao tempo e à situação. Dessa forma, recomenda-se sempre buscar a ajuda de um homeopata para fazer essa escolha.

Fonte: e Free Press Journal

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