Websérie traz depoimentos de pessoas com deficiência
PINHEIROS AGITADA
Todos Diferentes e Todos Iguais tem um episódio novo toda quarta-feira Pág. 08
Arte pública em grande escala no bairro Pág. 06
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São Paulo - Centro-Oeste (Perdizes, Pompeia, Lapa, Pinheiros, Vila Leopoldina, Alto de Pinheiros, Higienópolis e Jardim Paulista)
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Tombamento de imóveis na zona oeste é bem recebido Após 13 anos de tramitação, a Secretaria Municipal de Cultura anunciou o tombamento definitivo de 32 imóveis na cidade, dos quais oito estão situados na zona oeste. Sobre a fachada da Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros (foto), o anúncio foi recebido com alívio. Ex-alunos dessa tradicional escola temiam que a especulação imobiliária pudesse transformar a área em empreendimento residencial Pág. 02
Nello’s Vila Leopoldina participa do Restaurant Week, até 15 de outubro Uma das melhores cantinas de São Paulo oferece acessibilidade para a pessoa com deficiência física e cardápio em braile Pág. 08
CadÚnico para idosos e pessoas com deficiência Aproximadamente 130 mil idosos e 160 mil pessoas com deficiência que atualmente recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) são convocadas para se recadastrar Pág. 04
Boca no Trombone Os moradores do Alto de Pinheiros estão amedrontados com a onda de criminalidade na região, sobretudo com os delitos na Praça Pôr do Sol e nas ruas próximas Pág. 04
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EIS A QUESTÃO...
*Rúbem Soares
Imóveis tombados na zona oeste despertam diferentes reações Medida definitiva. Moradores sentem alívio, demonstram preocupação e são solidários com tombamentos de imóveis
Liberdade sem barreiras Outro dia passei pela PUC, em Perdizes, onde fiz meu primeiro curso universitário. A estrutura física do local não mudou muito: o emblemático prédio velho, com suas indefectíveis escadas apertadas, sem rampas ou elevadores. Sem acesso autônomo a cadeirante ou pessoa com mobilidade reduzida aos andares superiores. Não me lembro de ter visto sinalização tátil em todo o ambiente. É pena: só pela arquitetura do prédio velho já merece ser visitado por todas as pessoas. Já o prédio novo tem outra concepção arquitetônica: rampas largas e elevadores. As escadarias se concentram nas laterais, para evacuação de emergência. Falando nisso, no último 22, completaram-se 40 anos da invasão da PUC por cerca de três mil policiais militares de São Paulo. Centenas de alunos e professores tentaram se evacuar às pressas. A PM utilizou comboio de ônibus para conduzir os mais de 900 presos, dentre os cerca de dois mil participantes do III Encontro Nacional de Estudante, que ocorria no local. Entrei na PUC uns cinco anos após o fim da ditadura. Contudo, ainda presenciei diversas barreiras à liberdade de expressão. Estávamos no Tuquinha, vendo clandestinamente Je vous salue Marie e tivemos de sair às pressas, ante a batida de agentes da censura que apreenderam o filme, cuja exibição fora proibida em todo o país pelo Presidente Sarney. Contra a elitização da PUC e a quebra de barreiras sociais, participei de vários movimentos estudantis, incluindo uma das mais longas greves de alunos, com a invasão à reitoria. Da ditadura Vargas até poucos anos após o regime militar, o foco da luta era contra barreiras à liberdade. Hoje, o foco é bem maior nas barreiras arquitetônicas. Mas, será que já quebramos as barreiras à liberdade e as atitudinais? Eis a questão... *Rúbem Soares, psicólogo, mestre e doutorando em educação (USP) rsoares@cidadesembarreiras.com.br
Imóveis tombados na Rua Coriolano, na região da Lapa
Até casa de Taipa em Perdizes
Após 13 anos de tramitação, a Secretaria Municipal de Cultura anunciou o tombamento definitivo de 32 imóveis na cidade, dos quais oito estão situados na zona oeste. A medida publicada no Diário Oficial atende em grande parte à resolução do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). Outros 11 imóveis ficaram de fora e tiveram os seus processos arquivados. Com a decisão, qualquer projeto ou intervenção deverá ser previamente submetido à análise do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e do Conpresp. O tombamento indica se a preservação das instalações deve ser integral ou apenas nas características arquitetônicas externas. E ainda reafirma a importância das edificações para a identidade da paisagem urbana paulistana. Na relação constam edifícios fabris, antigas moradias, estabelecimentos de serviços, templos religiosos, passarelas de travessia de estradas de ferro e área de proteção ambiental. De acordo com a Secretaria, “Os imóveis são testemunhos de técnicas construtivas representativas de sua época ou têm valor afetivo reconhecido pela população local”. Em alguns dos imóveis da zona oeste, a homologação despertou diferentes reações. O tombamento da facha-
da da Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, foi recebido com alívio. “Esperamos que agora seja respeitado e reconhecido o valor do prédio e da escola”, comentou a ex-aluna Maria Cecília Mello Sarno. Ela fez todo seu ciclo básico, de 1956 a 1968, nessa tradicional escola da região, que completa 70 anos. “Em conversas com ex-alunos sempre houve a preocupação e o temor de que a especulação imobiliária pudesse transformar essa valiosa área em empreendimento residencial”. Na região da Lapa dois imóveis tombados vivem situações distintas. Os três sobrados e o casario da Rua Coriolano com a Rua Caio Graco exibem ótimo estado de preservação com pinturas recentes e chamam atenção de quem passa pelo local. Remanescente da época da ferrovia, o casarão da Rua Engenheiro Fox, esquina com a Rua Antônio Fidélis, na Lapa Baixa, está vazio e com sinais de degradação. Moradores locais não escondem a preocupação com seu destino, mas se mostram solidários. “Seria ótimo se recuperassem a casa, mas quem vai arcar com os custos se a família nem reside mais aqui?”, indaga o comerciante Geraldo Olímpio de Oliveira. “Estamos dispostos a ajudar na limpeza e até na recuperação”, acrescenta. CSB Por André Kuchar
Dom Duarte, no Butantã, a recomendação é preservar de forma integral o edifício da capela e o seu auditório. Da relação dos tombamentos das fachadas, uma joia rara pode ser encontrada na Rua São Bartolomeu, em
Perdizes. Trata-se de uma antiga casa de taipa. Ela resiste de forma heroica às modernas construções vizinhas e passa desapercebida por grande parte da população que transita em seus carros pela rua.
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EXPEDIENTE
O jornal Cidade Sem Barreiras traz ao leitor informações de utilidade pública, lazer e entretenimento, promovendo a cidadania. Com uma atenção especial sobre as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, procura estimular políticas de inclusão e acessibilidade ao Poder Público e ações das empresas e da sociedade em geral. A publicação também traz para a sociedade uma nova visão sobre as pessoas com deficiência, colaborando com a quebra de antigos paradigmas e criando uma nova imagem para esse grupo na sociedade. Com distribuição gratuita, o jornal Cidade Sem Barreiras tem periodicidade quinzenal e circula na cidade de São Paulo. A circulação da edição Centro-Oeste se dá nos seguintes bairros: Perdizes, Pompeia, Lapa, Pinheiros, Vila Leopoldina, Alto de Pinheiros, Higienópolis e Jardim Paulista, atingindo um público de mais de 360 mil pessoas. A distribuição é feita nas principais ruas da região e também nos órgãos públicos, nas escolas, universidades, associações, clínicas e nos consultórios médicos, parques, terminais de ônibus e em estações de trem e metrô.
Diretor Executivo: Rúbem Soares Editora-Chefe: Taís Lambert (MTB: 35.729) Jornalista: André Kuchar (MTB 15.513), Editor de Arte: Rodolfo L. Pereira Revisora: Eliza Padilha Diretor de Publicidade: Denílson Nalin Diretor Comercial e de Circulação: Luciano César Guastaferro
Educacional, Cultural, Social e de Apoio à Inclusão, Acessibilidade e Diferença
Reações à parte, algumas curiosidades dos tombamentos merecem registros, seja pelo valor afetivo religioso, seja pelo significado histórico. A Igreja
Nossa Senhora do Brasil, no Jardim Europa, e a Igreja de Monte Serrat, em Pinheiros, terão que manter as características arquitetônicas de forma íntegra, tanto nas dependências internas como na parte externa. Para o Educandário
Editado e distribuído por MAIS Editora (CNPJ 03.354.003/0001-11) em parceria com ADESO - Associação para o Desenvolvimento
ANUNCIE CONOSCO: 11 5581-1739
Rua da Contagem, 201 - Saúde CEP: 04146-100, São Paulo Telefone: (11) 5581-3182 Impressão: Folha Gráfica O jornal Cidade Sem Barreiras não se responsabiliza por opiniões e conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este de inteira responsabilidade dos anunciantes. Cidade
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BOCA NO TROMBONE
ACESSIBILIDADE
Onda de crimes atinge Alto de Pinheiros
Aproximadamente 130 mil idosos e 160 mil pessoas com deficiência que atualmente recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no Estado de São Paulo estão sendo convocadas para se recadastrar no CadÚnico. Os idosos têm prazo final até dezembro deste ano para não perder o benefício. Já para as pessoas com deficiência, o recadastramento termina em dezembro de 2018. Popularmente conhecido como Loas (Lei Orgânica da Assistência
Social), o BPC é um programa do governo federal destinado a idosos e pessoas com deficiência. Para se cadastrar no CadÚnico é necessário que o idoso procure um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) próximo de sua residência, que atende das 8h às 18h. Para a inscrição do CadÚnico, é preciso levar o CPF (obrigatório para todos os membros da família) ou título de eleitor do responsável pela unidade familiar e qualquer documento de outros integrantes da família: certidão de nascimento ou de casamento, RG, CPF, título de eleitor ou carteira de trabalho. O cadastro no CadÚnico deve ser atualizado a cada dois anos ou quando houver alteração nas informações declaradas no último cadastramento. CSB Endereços região centro oeste Cras Sé - Av. Tiradentes, 749. Tels: 3313-1014 e 3396-3500 Cras Pinheiros - R. Mourato Coelho, 104. Tels: 3061-5936 e 3061-5430 Cras Lapa - R. Caio Graco, 421. Tel: 3672-5994
SOBE & DESCE
NOSSO BAIRRO
Passarela da Eusébio Matoso
Mutirão poda árvores na Lapa
CadÚnico para idosos e pessoas com deficiência
Índices de furtos e roubos crescem na região do 14º Distrito Policial neste ano
Guarda Civil Metropolitana não tem contingente suficiente para a Praça Pôr do Sol
Os moradores do Alto de Pinheiros, zona oeste, estão amedrontados com a onda de criminalidade na região, sobretudo com delitos na Praça Pôr do Sol e em ruas próximas. São cada vez mais frequentes as queixas de roubos e furtos de veículos, invasões de residências e assaltos a pedestres e motoristas. As reclamações também são em relação à precariedade da iluminação pública e denúncias de tráfico de drogas. Na noite de 19 de setembro, numa tentativa de assalto perto da Praça Pôr do Sol, um estudante foi baleado no peito, pois, segundo a polícia, teria demorado a passar a chave do seu carro para o ladrão. No dia seguinte ao assalto, o prefeito João Dória publicou decreto para o parque Pôr do Sol voltar a ser praça. A decisão revoga medida de 2015 do então prefeito Fernando Haddad, que passou a qualificar a área de 28 mil m² como parque.
Entidades representativas, como a Associação dos Amigos do Alto de Pinheiros (Saap) e a Associação dos Vizinhos da Praça do Pôr do Sol (Avisol) reclamam da insegurança e se surpreenderam com o decreto. A gestão anterior alterou há dois anos o status do local. A avaliação era de que, como parque, o local receberia melhorias como sanitários, serviços de zeladoria, administrador próprio, conselho gestor e, principalmente, vigilância permanente. Mas com exceção do conselho eleito em 2016, o parque não saiu do papel. Problemas não se resolvem. Em sua página na rede social, a presidente da Saap, Maria Helena Bueno, afirma que a mudança para praça ainda não resolve a principal questão. “O problema é de noite, quando são realizados pancadões, há tráfico de drogas e ocorrem brigas e assaltos”, comentou na internet. “Desde o crime, a PM está com uma viatura 24 horas no local”.
Apesar da presença da polícia agora, as entidades reclamam da falta de planos e projetos concretos da Prefeitura e dos órgãos de segurança para o parque ou para a praça. “A Secretaria de Segurança Urbana disse que a Guarda Civil Metropolitana não tem contingente para vigiar a Pôr do Sol”, informou a presidente da Saap. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de roubos registrados no 14º Distrito Policial (Pinheiros), que abrange o Alto de Pinheiros, subiu de 1.213 para 1.353 casos, comparando o primeiro semestre deste ano com o de 2016, o aumento é de 11,5%. Já os furtos tiveram alta de 33,5% no mesmo período. E informa que, neste ano, 385 pessoas foram presas em flagrante na área do 14º DP, com a apreensão de 21 armas de fogo. CSB
SOBE Após sofrer reforma, a Prefeitura Regional de Pinheiros entregou no mês passado a rampa de acessibilidade localizada abaixo da passarela do Shopping Eldorado, na Rua João Rizzo (foto). A melhoria oferece acessibilidade para aqueles que desejam cruzar a Avenida Eusébio Matoso utilizando a passarela para os pontos de ônibus ou mesmo se dirigir ao Shopping Eldorado.
Por André Kuchar
DESCE No entanto, o elevador da lateral da passarela está quebrado há mais de duas semanas (foto). A manutenção dos três elevadores da passarela é de responsabilidade do Shopping Eldorado. O passeio público perto da passarela também registra problemas com buracos (foto), inclusive na sinalização para deficientes visuais. De quem é a atribuição de conservar o piso? CSB
Parceria celebrada entre Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais e a AES Eletropaulo, com apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), está viabilizando em regime de mutirão o serviço de podas e remoções de árvores. Na região da Prefeitura Regional da Lapa, o serviço já passou pela Rua Aimberê, no trecho entre as Ruas Heitor Penteado e Havaí, Pompeia. Os galhos próximos da fiação elétrica receberam a poda da Eletropaulo. Caminhões com cesto elevatório foram usados para o serviço, que se estendeu pelas ruas Apinajés, Cayowaá, Dr. Paulo Vieira e Avenida Professor Alfonso Bovero. As ações continuaram no Sumaré. Até o início de outubro a estimativa é podar cerca de 800 árvores. Esse é um dos serviços com maiores demandas da cidade e em especial na área da Prefeitura Regional da Lapa por ser uma das regiões mais arborizadas da cidade. Ao todo neste ano foram solicitados via Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) 1821 pedidos de poda ou remoção. CSB
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GASTRONOMIA
DIVIRTA-SE EM LIBRAS
Nello’s participa do Restaurant Week
Cruzadas Você já fez uma cruzadinha em Língua Brasileira de Sinais, a Libras? Trata-se da língua oficial dos surdos no Brasil. Abaixo você pode aprender o alfabeto em Libras. Traduza para português, preenchendo a cruzadinha.
Restaurante oferece acessibilidade para a pessoa com deficiência
A cantina da Vila Leopoldina conta com mesas no jardim para quem prefere jantar ao ar livre
Até 15 de outubro o festival de gastronomia que democratiza o acesso da população a restaurantes e pratos especiais por valores menores do que os de costume comemora 10 anos em São Paulo, com sua 21ª edição. O Nello´s Vila Leopoldina é um dos mais de 200 restaurantes que participam do Restaurant Week, cujo tema é “Temperos do Quintal”, buscando proporcionar uma experiência rica em cultura e diversidade que traz certa lembrança de casa. Os valores são fixos, para o Menu Tradicional, o almoço é R$ 41,90 + R$ 1 de doação para projetos sociais da Fundação Cafu; e no jantar, R$ 54,90 + R$ 1 de doação. Em todos os restaurantes a refeição inclui entrada, prato principal e sobremesa. A pitoresca casa foi eleita ponto turístico da cidade e é local de encontro
de intelectuais e artistas. Exibe relíquias do cinema italiano e das produções de Nello, que é ator, diretor e produtor de cinema, além de criador do bordão “Bonita camisa, Fernandinho”, que fez história na televisão. O Menu Restaurant Week, oferecido para o jantar pela cantina, é composto de mini sopa de cebola ou salada de rúcula, tomate e mozarela de búfala como entrada; para o prato principal a escolha fica entre penne com camarões ou escalopes de mignon alla Pizzaiola com fettuccine ao creme. Já para a sobremesa, tartufo de chocolate com creme ou creme de papaia com licor de cassis. Para fechar com chave de ouro, a casa conta com rampas, banheiro adaptado e cardápio em braile, além de cumprir a lei aceitando a presença de cães-guia. CSB
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www.restaurantweek.com.br. Nello’s Vila Leopoldina: Rua Guaipá, 880
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Por Taís Lambert
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Tartufo de chocolate com creme
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Painel da artista colombiana GLeo e, no detalhe abaixo, Anne Galante e seu tricô gigante
Com mais programação para o próximo final de semana, 7 e 8 de outubro, o bairro de Pinheiros está recebendo a primeira edição do Nu Festival. A programação gratuita conta com instalações, intervenções, palestras e workshops, que acontecerão no prédio do escritório Nubank, na esquina da Rua Capote Valente com a Avenida Rebouças. O evento tem a curadoria do Instagra-
fite, maior plataforma de arte pública do mundo. O Festival está reimaginando a cidade com intervenções urbanas criadas por alguns dos principais no-
mes da nova geração da arte pública. Entre os artistas estão a paulista Anne Galante, conhecida pelos seus gigantescos trabalhos em tricô e a artista colombiana GLeo, responsável por pintar um dos vários murais gigantes que estão ilustrando as laterais de prédios, o que ficará como legado para o bairro. CSB Por André Kuchar
A nova websérie Todos Diferentes e Todos Iguais, desenvolvida pela RMA Comunicação, foi lançada na quarta-feira (27/09) e contará com quatro episódios: lançamento de um por semana, toda quarta. Ideia da empresa Sompo Seguros S.A, tem como objetivo trazer o debate sobre a relação da coletividade com a pessoa com deficiência. Na série, pessoas com deficiência comentam suas percepções sobre os temas Sociedade, Lazer, Trabalho e Amor & Sexo. A narrativa busca mostrar que a deficiência física é uma condição, mas não é o que determina quem a pessoa é como indivíduo e cidadão ativo na sociedade. O episódio a ser lançado hoje (04/10) é o Lazer.
Fotos: Divulgação
Websérie traz depoimentos de pessoas com deficiência
A blogueira Ana Kelly e o humorista Paulo Fabião
Os entrevistados convidados a con- ilusionista Vagner Molina, mais conhetribuir com a iniciativa são a blogueira cido como Mágico Burke. Assista no Ana Kelly, o atleta profissional de rugby Youtube, em goo.gl/zMzAzj. CSB em cadeira de rodas Lucas Junqueira, o humorista Paulo Fabião e o mágico Por Taís Lambert
Pinacoteca homenageia Di Cavalcanti com exposição até janeiro A Pinacoteca do Estado de São Paulo, a Pina Luz, apresenta megaexposição com 200 obras de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976), um dos mais importantes artistas do modernismo brasileiro. Algumas obras têm pouca visibilidade, como as cenas de bordéis, que estavam em mãos de colecionadores. A mostra ocupa sete salas do 1º andar. Não faltam quadros com as famosas figuras femininas e suas formas generosas, morros cariocas, bordéis, bares, zona portuária, mangue, rodas de samba e festas populares – lugares e situações que, na obra de Di Cavalcanti, são representados como espaços de prazer e descanso. Um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, Di Cavalcanti teve várias influências durante sua vida artística. As suas primeiras pinturas foram influenciadas pelo expressionismo, presente na obra de Anita Malfatti (1889- 1964), pioneira do modernismo no Brasil. Essa influência permaneceu até o fim de suas criações. Junto ao cubismo também veio a influência do expressionismo alemão. A influência do ambiente cultural da França também está presente em Di Cavalcanti, assim como em outros grandes nomes do modernismo brasileiro, como Tarsila do Amaral (1886-1973) e Oswald de Andrade (1890-1954). Apaixonado pela vida boêmia carioca, Di Cavalcanti pintou as mulheres em bares, cenas de carnaval, festas populares, prostíbulos, postos de trabalho. Para ele a arte tinha pa-
pel de engajamento social. Sempre sensuais e coloridas, as brasileiras da obra de Di Cavalcanti não são somente figuras de desejo, mas componentes da nova sociedade brasileira que estava ajudando a criar. CSB
Para cego ver Entre as obras expostas, uma prancha acessível poderá ser tocada por cegos e videntes. Trata-se de uma reprodução da tela Mulheres na Janela, feita de resina, em relevo, um recurso proposto pelo Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca. Pinacoteca: Praça da Luz, 2, 1º andar. No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos. Até 22 de janeiro. De quarta a segunda-feira, das 10h às 17h30 – com permanência até as 18 horas. Ingressos: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Crianças com menos de 10 anos e adultos com mais de 60 não pagam. Grátis aos sábados.
Fotos: Divulgação
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Arte com intervenções urbanas em Pinheiros