Revista do Aço - Edição 18

Page 1

INDÚSTRIA AÇO BUSCA SOLUÇÃO

LATÃO

INOX

COBRE

ALUMÍNIO

Ano IV - edição 18 - 2015


GRUPO ELINOX

SEMPRE a MELHOR solução em AÇO INOX!

Empresa Certificada

C RCC

PETROBRAS


índice Perfil WR Glass faz dez anos de mercado ........................................................................................... 12

Congresso I Congresso Brasileiro do Setor de Tubos................................................................................ 15

Artigo Aços de Alta Resistência, Características e aplicação ......................................................... 18

Perfil Elinox completa 30 anos ............................................................................................................... 22 CSN

Capa Indústria busca solução para ano de baixa produtividade .............................................. 24

Empresa Tradição em carrocerias ................................................................................................................ 32

Evento Congresso do Aço discutiu situação do mercado ..............................................................

34

Perfil TRUMPF: 30 anos verde/amarelo .............................................................................................. 36

Importação Importação de bens de capital cai 15,8% no primeiro semestre .................................. 38

Importação Produção e importações são afetadas pela crise econômica.......................................... 40

Evento Brasil Offshore 2015 é marcada pela geração de negócios ............................................. 46

REVISTA DO AÇO – Ano IV – Número 18 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço. Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO® Projeto Gráfico Elbert Stein (artes@revistadoaco.com.br) Capa CSN Colaboradores desta edição Laura Calado e João Francisco Batista Pereira, Gleyder Oliveira Bustamante e Rafael Fagundes Ferreira Publicidade e Comercial Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433 (marcelo@revistadoaco.com.br) Luis Cortez – (11) 9 9125-8489 (cortez@revistadoaco.com.br) Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda Tiragem 12.000 exemplares Redação, Publicidade, Administração e Correspondência: Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo Cep: 04230-030 – SP – Brasil – Telefone: +55 (11) 2062-1231 A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos. As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam necessariamente a opinião da revista. As matérias publicadas poderão ser reproduzidas, desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.

Receba gratuitamente a Revista do AÇO pelo correio. Envie suas informações para receber um exemplar. Envie um email com nome, cargo, telefone e endereço para o email cadastro@revistadoaco.com.br


Divulgação

GOIVAGEM A PLASMA Remoção física do metal (base ou solda) por meio de um processo térmico, a goivagem ainda é feita no Brasil basicamente com eletrodo de grafite. Existe, no entanto, uma tecnologia mais rápida e bem menos insalubre: a goivagem a plasma. “A velocidade da goivagem a plasma chega a ser até cinco vezes maior. O acabamento, seja em alumínio ou aço inoxidável, também melhora bastante. Fora que a geração de fumos e ruídos é muito inferior, o que aumenta o conforto de quem opera o equipamento. Destaque também para a redução ou eliminação dos depósitos de carbureto deixados pelo primeiro processo”, descreve Pablo Romero, gerente regional de vendas da Hypertherm. Os principais mercados para a goivagem a plasma, ele observa, são o de mineração, implementos agrícolas e fundição. “Setores que reúnem empresas acostumadas a trabalhar com soldagens muito pesadas. Mas qualquer um que faz uso das soldas acaba recorrendo à goivagem para efetuar o retrabalho das juntas”. Informações: www.hypertherm.com.br

Processos inteligentes e Pessoal qualificado.

• Chapas Grossas e Extragrossas Classificadas • Oxicorte de 6 a 500mm de Espessura • Perfis Laminados I H U • Perfis Soldados

w w w . a c o b r i l . c o m . b r

5 5

1 1

2 2 0 7 - 6 7 0 0 DESDE 1964


BOMBAS DE FÁCIL DESMONTAGEM As bombas Thomas “Simplicity”, da Metso, são equipamentos modernos que oferecem diversas vantagens em relação aos modelos antigos, incluindo avanços em designs de palheta dos rotores, que melhoram a eficiência hidráulica em pelo menos 25%. Essa é uma característica especialmente importante, considerando que - diferente de outras operações de dragagem - as dragas adotadas em mineração de agregados geralmente operam em turnos de 24 X 7. O suporte ao produto por meio de assistência técnica ou pela disponibilidade de peças sobressalentes é a chave para muitos operadores de dragas de agregados. A Metso oferece esse serviço em áreas de gerenciamento de projetos, cálculos de bombas e sistemas, além da resolução de problemas no bombeamento. Na área de disponibilidade de peças, a Metso possui estoque de peças de desgaste para bombas de dragagem padrão em várias localidades, e oferece estoques consignados para clientes que demonstrem a necessidade de disponibilidade de peças na planta. Informações: www.metso.com.br

Imagens: Divulgação

SALA DE CRISE PARA CREDORES DO SETOR DE ÓLEO E GÁS Dando continuidade a busca por soluções para a crise instalada no setor de óleo e gás, agravada com as informações descobertas com a Operação Lava Jato, a Sala de Crise, coordenada pelo Conselho de Óleo e Gás da Abimaq, realizou nova reunião, em junho, na sede da associação. Com a presença de representantes das principais câmaras setoriais envolvidas, o presidente do Conselho de Óleo e Gás, Cesar Prata, relatou os últimos encontros realizados com autoridades com poder de decisão, como parte dos esforços empregados pela Sala de Crise. Entre eles, foi realizada reunião no Ministério de Minas e Energia, para discutir a inadimplência e o futuro do setor, sem avançar, no entanto, em resultados concretos. Na reunião realizada com a diretoria da Petrobras, segundo Prata, houve ao menos um saldo positivo, já que, ao solicitarem um contato direto e acessível na empresa, receberam a indicação do gerente de Engenharia, Ivan Monteiro, para acompanhar e atender a Abimaq. “Nossas demandas foram adiadas, mas ao menos criamos um canal de comunicação direto”, afirmou Prata. Informações: www.abimaq.org.br

TECNOLOGIA DE PESAGEM

A Odebrecht Infraestrutura, que atua nas obras de construção dos primeiros submarinos com propulsão nuclear do Brasil (Prosub – Projeto Submarino) em Itaguaí (RJ),tem feito uso da Balança Embarcada, da Rossetti, proporcionando controle e eficiência aprimorados na terraplanagem. Instalada em caminhão basculante (caçamba meia-cana) que está em teste pela Odebrecht, a tecnologia apresenta resultado superior ao de outros sistemas de pesagem. “Isso resulta em maior produtividade, pois a caçamba é carregada em sua plenitude antes de seguir para o bota-fora”, diz Bruno Mendonça Fontes, responsável por Monitoramento do Apoio Funcional de Equipamentos da Odebrecht Infraestrutura.

Revista do Aço •

5



Divulgação

PRODUÇÃO SEMESTRAL DE AÇO CAI PELA PRIMEIRA VEZ DESDE 2009 Os dados da Worldsteel Association para o primeiro semestre confirmaram a tendência de queda da fabricação siderúrgica global em meio ao cenário de excesso de oferta e forte redução dos preços. De acordo com a entidade, os 65 países que acompanha produziram 813 milhões de toneladas de aço bruto de janeiro a junho, recuo de 2% frente ao mesmo período de 2014 e primeira baixa desde 2009, no pós-crise financeira. Dos mercados mais importantes para o setor, apenas Brasil, Rússia e Índia elevaram a produção na primeira metade deste ano. A alta brasileira, já divulgada previamente pelo Instituto Aço Brasil, foi de 2%, para 17,1 milhões de toneladas, enquanto os russos aumentaram os volumes em 0,8%, para 35,7 milhões de toneladas. Na Índia, o avanço foi de 4,2%, para 44,9 milhões de toneladas. Com o desempenho dos seis primeiros meses de 2015, as fabricantes chinesas passaram a atender por 50,4% do total mundial, contra 50% em 2014 e 37% antes da crise de 2008. O Brasil atualmente responde por 2,1%, os EUA representam 4,9% e a Alemanha, 2,7%. Só em junho de 2015, a produção mundial foi de 135,6 milhões de toneladas, queda de 2,4% ante igual mês de 2014 e de 2,7% perante maio, informou a Worldsteel. Na China, o recuo foi de 0,8%, para 68,9 milhões de toneladas, e nos EUA a baixa foi de 8,5%, para 6,7 milhões de toneladas. O Brasil aumentou a produção em 2,1%, para 2,8 milhões de toneladas. O uso de capacidade internacional foi de 72,2%, 0,1 ponto percentual a mais do que em maio e 3,5 pontos abaixo do mesmo período do ano passado.


FENAF 2015 16ª FEIRA LATINO-AMERICANA DE FUNDIÇÃO www.fenaf.com.br

PARTICIPE DO MAIOR EVENTO DA AMÉRICA LATINA DO SETOR DE FUNDIÇÃO Mais de 400 expositores e 30 mil visitantes. Toda a cadeia produtiva em um só local.

DE 28 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2015 EXPO CENTER NORTE - PAVILHÕES VERDE E BRANCO SÃO PAULO, BRASIL - DAS 13H ÀS 20H

PARALELAMENTE ACONTECE O CONAF 2015 - 17º CONGRESSO ABIFA DE FUNDIÇÃO (CENTRO DE CONVENÇÕES, EXPO CENTER NORTE, DAS 8H ÀS 12H)

PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO

COMERCIALIZAÇÃO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO – ABIFA Tel. 11 3549-3344 - www.abifa.org.br Informações Congresso: wgutierres@abifa.org.br Informações Feira: rbernardini@abifa.org.br

TECHNICAL FAIRS Tel. 11 3963-0144 / 3963-0145 technicalfairs@technicalfairs.com.br


GERDAU ANUNCIA REESTRUTURAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS AMÉRICAS No mês de julho a Gerdau S.A. anunciou uma reestruturação dos negócios nas Américas, com a redistribuição das operações em três divisões para América do Norte, América do Sul e Brasil. Para obter maiores sinergias estratégicas e operacionais, o “Projeto Gerdau 2022” prevê que as atividades no México e as joint ventures na República Dominicana, na Guatemala e no México passarão a integrar a “Operação de Negócio América do Norte”, atualmente composta pelas operações de aços longos no Canadá e nos Estados Unidos. A empresa também criou a “Operação de Negócio América do Sul”, que reunirá as atividades de aços longos na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru, na Venezuela e no Uruguai. Já a unidade de minério de ferro passa a integrar a chamada” Operação de Negócio Brasil”, atualmente composta pelas operações de aços longos e planos no Brasil e de carvão e coque metalúrgico na Colômbia. Além das três divisões reestruturadas, a companhia manteve a “Operação de Negócio Aços Especiais”, integrando aços especiais no Brasil, na Espanha, nos Estados Unidos e na Índia.

BONS NEGÓCIOS PARA A TUPER ÓLEO E GÁS Com clientes principalmente na América Latina e Estados Unidos, a Tuper Óleo e Gás exportou 60% de sua produção de tubos para condução e exploração de petróleo e gás em 2014. No acumulado de janeiro a maio de 2015, 45,5% da produção deste tipo de tubos foram destinados ao mercado externo. Segundo o presidente e CEO da Tuper, Frank Bollmann, as exportações não apenas incrementam a produção e complementam a capacidade produtiva da fábrica, mas comprovam que os produtos da Tuper têm qualidade reconhecida internacionalmente. A empresa também disponibiliza soluções complementares para a indústria de óleo e gás, como tubos estruturais pretos e galvanizados e perfis estruturais, tubos industriais, tubos de condução e eletrodutos, tubos para andaimes e chapas de aço. Todos os produtos atendem rigorosamente as especificações e normas técnicas necessárias às atividades do setor. Informações: www.tuper.com.br


USIMINAS É UMA DAS “100 EMPRESAS MAIS INOVADORAS“ DO BRASIL A Usiminas é uma das “100 Empresas mais Inovadoras” do Brasil em Ranking divulgado pelo Valor Econômico, em parceria com a consultoria Strategy&, do grupo PwC. A Usiminas ocupou a 46ª posição no ranking geral. Além da Companhia, apenas mais uma siderúrgica está presente na lista, a Votorantim Metais. Essa é a primeira pesquisa nacional que avaliou a inovação nas companhias que atuam no Brasil em diferentes atividades econômicas. Para elaboração do ranking foram usados como três pilares da cadeira de inovação: intenção, esforços e resultados. O objetivo foi avaliar como cada um desses pilares é desenvolvido nas empresas, e como isso reflete na inovação. Com base em indicadores qualitativos e quantitativos, em um modelo especialmente desenvolvido para o contexto do país, a edição apontou as empresas que adotam as melhores políticas de inovação, seus investimentos no mercado local e os resultados conquistados.

Divulgação

AÇO CHINÊS PREOCUPA USIMINAS O diretor vicepresidente da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), Sérgio Leite, disse no 26º Congresso Brasileiro do Aço, que é preciso que o País tome alguma medida para enfrentar a “avalanche” de entrada de aço chinês, que chega aqui de forma direta ou indireta. Leite afirmou que a China representa hoje uma fonte de concorrência desleal, fato que tem, até mesmo, afetado os empregos da cadeia no Brasil. “Essa concorrência desleal atinge a todos”, disse. O executivo disse ainda que o Brasil ficou para trás em termos de consumo per capita de aço, distante, por exemplo, da Coreia do Sul, país que ao longo dos últimos anos tem apresentado crescimento econômico muito superior ao brasileiro.


ABIMAQ TERÁ ESTANDE COLETIVO NA INTERMACH A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) é uma das apoiadoras da Intermach, maior feira do sul do Brasil para o setor metalmecânico, e na 10ª edição do evento (1 a 4 de setembro, em Joinville) decidiu ampliar sua participação. Com um espaço de 75 metros quadrados suas associadas poderão expor em estande coletivo denominado de “Ilha ABIMAQ”. Segundo o departamento de feiras da entidade, a Ilha busca viabilizar a participação de empresas associadas no evento de forma a contribuir para a concretização de novos negócios e fortalecimento do setor, especialmente em momentos de estagnação de economia. Informações: www.intermach.com.br

Imagens: Divulgação

RECICLAGEM DE METAIS A Tomra Sorting Recycling pretende aumentar sua presença na indústria global de reciclagem de metais, e para isso acaba de anunciar a nomeação de dois especialistas no setor. Brian Gist será o diretor comercial, metais, e o seu colega, Frank van de Winkel, foi nomeado gerente de desenvolvimento comercial, metais. Juntos vão liderar os planos de crescimento para a área de reciclagem de metais da TOMRA Sorting em todo o mundo. As máquinas da empresa são, hoje, responsáveis pela recuperação de cerca de 715 mil toneladas de metais globalmente, todos os anos. Informações: www.tomra.com/recycling


PERFIL

WR Glass faz dez anos de mercado empresa conQuista iso 9001 Da redação – redacao@revistadoaco.com.br Imagens: divulgação

F

oi em 2005 que a WR Glass nasceu. Com foco na fabricação de acessórios para corrimão e guarda-corpo, a empresa ocupava uma área de 80 metros quadrados com apenas um produto: o corrimão de parede. Wilmerson Ramos, sócio-diretor da WR Glass, lembra que, aos poucos, a empresa foi identificando as carências do mercado e criando novos produtos. “Ao mesmo tempo, aperfeiçoávamos os já existentes, que foram sempre bem aceitos pelo segmento vidreiro”, relata.

12 • Revista do Aço

Hoje, a WR Glass ocupa um galpão de 600 metros quadrados em Diadema, região metropolitana de São Paulo. A empresa oferta produtos para o setor de serralheria passando a fornecer tubos em alumínios e aço inox, além de uma grande variedade de conexões. “Também temos um grande leque de produtos no segmento de guarda corpos, corrimão e acessórios”, revela. Os maiores consumidores dos produtos oferecidos pela WR Glass estão no mercado vidreiro, seguido pelo mercado da serralheria.


Perfil

Ramos diz que, apesar das dificuldades atuais da economia, a WR Glass tem como meta manter a produção, promovendo produtos e otimizando sua utilidade e facilidade de instalação para não inviabilizar o consumo. “Acredito que logo o mercado reagirá e nossos produtos terão em sua aplicação um valor agregado que permanecerá pós-crise”, aposta. Completando dez anos de funcionamento agora, a WR Glass comemora uma nova conquista. A empresa acabou de conquistar a ISO 9001. “Reflexo da busca constante em manter a qualidade de nossos produtos. A WR Glass é a primeira empresa nesse segmento a receber tão cobiçada certificação”, diz. Um dos objetivos da empresa é oferecer ao mercado soluções que apresentem beleza e praticidade. Ramos diz que isso acontece porque o design das peças

buscam corrigi desvios e curvas, sem a utilização de soldas. “O ponto de fixação dos nossos corrimãos são estrategicamente posicionados, garantindo a continuidade do corrimão e reduzindo o efeito alavanca”, explica Ramos. Durante sua história a WR Glass sempre procura alinhar seu objetivo de ser reconhecida como a melhor empresa nacional de acessórios em aço inox e alumínio com a criação de produtos que possam agregar beleza, design e praticidade com alto padrão de qualidade. Dessa forma, a empresa pode superar as expectativas e conquistar a confiança do mercado.



CONGRESSO

I Congresso Brasileiro do Setor de Tubos

E

m um espaço de debate com o objetivo de analisar o mercado, divulgar inovações tecnológicas e incentivar a troca de informações e conhecimentos, o I Congresso Brasileiro do Setor de Tubos trará uma ampla programação de palestras, em paralelo à 8ª edição da Tubotech | Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes, de 6 a 8 de outubro de 2015, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo, visando potencializar ainda mais a participação de expositores e visitantes. Organizado pela ABITAM | Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal e promovido pela Fiera Milano em parceria com a Tarcom Promoções, o Congresso incorpora à Tubotech uma área

de conhecimento expressiva e abrangente, que visa analisar o mercado presente e futuro, integrar em nível de conhecimento o mercado produtor e consumidor, além de estimular que a troca de informações possa acelerar inovações, destacar vantagens competitivas e reduzir os custos em toda a cadeia. Entre os temas de destaque: Política de Conteúdo Local - a Visão do Governo (Marco Antonio Martins Almeida – Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME – Ministério de Minas e Energia); Nova Regulamentação de Dutos Submarinos (Engº Marcelo Marfra Borges de Macedo – Superintendente de Segurança Operacional e Meio Ambiente da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis); As Demandas do Mercado Automotivo Revista do Aço •

15


16

• Revista do Aço

17h00 às 18h00

16h00 às 17h00

15h00 às 16h00

Demandas e Perspectivas do Mercado de Máquinas e Equipamentos no Brasil – A Visão da Abimaq Carlos Pastoriza – Presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos

Política de Conteúdo Local: A Visão da Petrobras

Paulo Sérgio Rodrigues Alonso – Assessor da Presidência da Petrobras

Palestrante

Franco Papini – Vice-presidente Executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore

Antônio Guimarães – Diretor Executivo do IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis

Palestrante

T Tema

As Demandas do Mercado Naval: A Visão do Sinaval

Política de Conteúdo Local: A Visão do IBP

Esta g rade de palest ras está sujeita a alte rações sem p révio aviso.

César Afonso W Weis eis Olea – Engº Área de Qualidade e P&D da Laminação Automática, com Foco em Tratamentos Térmicos e Indústria de Óleo e Gás na Vallourec V

T Tubos de Aço de Alta Resistência e Processo para Fabricação com Resistência para Ambientes em H2S

Patrícia Cristina Silva Costa Santana – Engª de V Vendas endas de Tubos Estruturais da V Vallourec allourec

Estruturas TTubulares Metálicas

Fábio Arroyo – Gerente de Produto e Metalurgia da Tenaris T

Aurélio Santana – Diretor Executivo da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores V

Engº Marcelo Marfra Borges de Macedo – Superintendente de Segurança Operacional e Meio Ambiente da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Palestrante

T Tema

Novas TTecnologias em Materiais para TTubos de Alta Resistência para uso Offshore em Serviço Ácido

As Demandas do Mercado Automotivo – A Visão da Anfavea

Engº Javier V Velasco elasco – Instituto Nacional de T Tecnologia

Nova Regulamentação de Dutos Submarinos

Richard Cornelissen – Ceo do Grupo PFF

Marco Antonio Martins Almeida – Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME - Ministério de Minas e Energia

Palestrante

Corrosão em Aços Aplicados na Indústria do Pré-Sal

T Tema

O Mercado de Distribuição de TTubos e Acessórios

Política de Conteúdo Local: A Visão do Governo

T Tema

Engº Alfredo Lobo - Diretor de Qualidade do Inmetro

Palestrante

14h00 às 15h00

Certificação Compulsória – Inmetro

BLOCO TÉCNICO 8/10/2015

T Tema

BLOCOS: COMERCIAL E MERCADO 7/10/2015

13h00 às 14h00

BLOCO REGUL REGULA ATÓRIO ATÓRIO 6/10/2015

P PALESTRAS

HORÁRIO

Programação

I CONGRESSO BRASILEIRO DO SETOR DE TUBOS Congresso


Congresso

(Aurélio Santana – Diretor Executivo da ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores); As Demandas do Mercado Naval (Franco Papini – Vice-presidente Executivo do Sinaval – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore) e Demandas e Perspectivas do Mercado de Máquinas e Equipamentos no Brasil (Carlos Pastoriza – Presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). “O Congresso é uma importante ferramenta para mostrar ao fabricante de tubos a atual situação dos principais setores consumidores, entre eles o de máquinas, petrolífero, automotivo e naval, e como será a demanda e o cenário futuro, para que a indústria possa projetar investimentos e ter uma noção um pouco mais ampla de como estará o mercado. Realizado em paralelo à feira, o evento se propõe a criar um ambiente adequado onde os visitantes podem, além de se relacionar com fabricantes e fechar negócios, apreciar palestrar técnicas, com temas que envolvem, por exemplo, as novas regulamentações e a certificação compulsória do Inmetro”, afirma José Adolfo Siqueira, diretor executivo da ABITAM.

imagem cedida pela Sampaio

Congresso com entrada gratuita para profissionais do setor. Credenciamento e programação completa no site: www.tubotech.com.br Eventos simultâneos Considerada a principal feira do setor na América Latina, a Tubotech | Feira Internacional de Tubos,

Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes é realizada pela ABITAM | Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal, e organizada e promovida pela Fiera Milano em parceria com a Tarcom Promoções. Criada em 2003, a feira acompanhou a evolução da indústria de tubos, bombas, válvulas e conexões, tornando-se no Brasil a única e mais completa plataforma de marketing e mídia para o setor, e no mundo, uma das três maiores feiras de negócios voltadas para estes segmentos. Com a participação de representativos players nacionais e internacionais a Tubotech 2015 apresentará fabricantes, distribuidores e prestadores de serviços das áreas de tubos, válvulas industriais, bombas e motobombas, conexões, máquinas e equipamentos, componentes e acessórios para diversos setores industriais como automotivo, linha branca, construção metálica, óleo e gás, alimentício, móveis, mineração, tintas e de infraestrutura, dentre inúmeros outros. Em paralelo à Tubotech e ao Congresso acontece também a 2a edição da Wire South America - International Wire and Cable Fair, feira que congrega os setores de cabos e fios, suas máquinas, equipamentos e acessórios, além de logística e serviços diversos. Os eventos conjuntos reunirão mais de 500 expositores, em área de 32 mil m2, com expectativa de 15 mil profissionais visitantes. Mais informações: www.tubotech.com.br www.wiresa.com.br

Revista do Aço •

17


ARTIGO

Aços de Alta Resistência Características e aplicação João Francisco Batista Pereira Gleyder Oliveira Bustamante Rafael Fagundes Ferreira Imagens: Divulgação

APLICAÇÃO DO AÇO TRIP Dois tipos de aplicações têm sido observadas para o aço TRIP. A primeira delas está relacionada a maior capacidade de conformação desse aço em relação a outros aços de resistência mecânica similar. Nessas aplicações, quase sempre uma forma mais complicada é requerida, além da alta resistência. O segundo tipo está relacionado a absorção de energia que esse aço é capaz de proporcionar em um evento de impacto. Nesse caso, ele é aplicado em

18

• Revista do Aço

2 Parte

peças do veículo cuja função é se deformar e absorver a energia de impacto. Não raro, no entanto, o aço TRIP é aplicado em partes onde ambas as características são requeridas. 4.1 Barra de segurança de porta Nesse exemplo, a substituição pelo TRIP leva em consideração a maior capacidade de conformação e de absorção de energia desse aço. O aço originalmente especificado era o DP780 com revestimento GI. Contudo,


Artigo

em casos frequentes, durante a conformação esse material apresentava trincas nas bordas e/ou na conformação região de fixação da barra a estrutura do veículo. Foi avaliada a possibilidade de substituição pelo aço TRIP780 com revestimento eletrozincado EG.

Tabela 4. Propriedades mecânicas dos materiais avaliados Identificação

DP780 TRIP780 Norma FIAT-Chrysler DP780 Norma FIAT-Chrysler TRIP780

LE

LR

Al

(MPa)

(MPa)

(%)

437

841

549

790

420~550 440~560

n10%-eu

R

17,6

0,121

0,759

33,5

0,220

1,141

>780

>15

>0,11

-

>780

>20

>0,22

-

Figura 7. Aspecto da peça barra de segurança de porta estampada de um veículo Fiat Chrysler feita com os aços DP780 GI e TRIP780 EG, ambos com 1,5 mm de espessura

Fonte: Informação interna da Usiminas

Figura 8. Curvas tensão-deformação dos aços Dual Phase780 GI e TRIP780 EG



Artigo

Figura 10. Subconjunto do assoalho de um veículo Fiat Chrysler mostrando as peças a e b, esquerda e direita, produzidas com aço TRIP780

Fonte: Informação interna da Usiminas Figura 9. Diagrama Limite de Conformação de regiões da barra de segurança de porta automotiva estampada com os aços DP780 e TRIP780

Os diagramas limites de conformação, que contemplam a CLC do aço e as deformações de locais da peça, são mostrados na figura 9. As deformações da peça estampada com o aço DP780 encontram-se próximas da CLC, indicativo de que a estampagem da peça é bastante crítica para esse aço, principalmente na região 3. Para o TRIP780, verifica-se que as deformações encontram-se bem abaixo da CLC, indicando assim que esse material está melhor especificado para a aplicação. 4.2 Subconjunto do assoalho Nesse exemplo, figura 10, o uso de aços de resistência mecânica da classe de 780MPa foi adotado em substituição ao aço microligado da classe de 500MPa de resistência mecânica como forma de melhorar o desempenho do veículo em testes de impacto. Ao assoalho do carro, foram soldadas peças cuja função é aumentar a rigidez do subconjunto e absorver a energia de impacto no caso de uma colisão. O aço inicialmente proposto para substituir o microligado foi o DP780 GI. Contudo, ambas as peças, principalmente a peça a, demandam alta capacidade de conformação de forma que o aço TRIP780 foi usado com absoluto sucesso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O aço TRIP representa um passo significativo ao encontro do ideal do leve e resistente, pois permite produzir componentes de menor espessura e de formas mais complexas, com igual ou superior capacidade de conformação. Essa versatilidade tem se tornado um atrativo para aplicações onde se quer reduzir peso e, sobretudo, aumentar a capacidade de absorção de energia em eventos de impacto. Como uma empresa em sintonia com as tendências mais modernas na construção automotiva, a Fiat Chrysler Automobiles tem especificado o aço TRIP em vários componentes de seus novos modelos, sempre visando aumentar a segurança e contribuir com a redução da emissão.

REFERÊNCIAS

World Auto Steel, AHSS, Applications Guidelines, Version 5.0, Maio 2014 MOUTINHO, M. J. P., Perspectivas de produção de componentes em chapa para a indústria do automóvel, Escola de Engenharia, Universidade do Porto, Agosto 2000. ULSAB-AVC, Considerations in the Selection of Advanced High Strength Steels (AHSS) for the ULSAB-AVC, Materials Working Group, May, 2000. ISO/TS 16630 – Metallic Materials – Method of hole expanding test, First edition, 2003 CAETANO, R. A., Avaliação da Conformabilidade do Aço Tranformation Induced Plasticity (TRIP780) Eletrogalvanizado e Dual Phase (DP780) Galvanizado Por Imersão a Quente, Dissertação de mestrado, Engenharia Metalúrgica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2015, 104p.

Revista do Aço •

21


PERFIL

Elinox completa 30 anos empresa aposta na Qualidade e diVersidade de produtos para conQuistar clientes Redação – redacao@revistadoaco.com.br

L

ongevidade. O Grupo Elinox está completando 30 anos. O grupo é reconhecido como referência em qualidade, diversidade e amplitude de produtos em estoque. Fabiana Barboza, coordenadora de marketing, diz que o grupo vem durante todo esse tempo mantendo-se firme em seu compromisso de crescimento, alto desempenho e foco no bom relacionamento com os seus clientes. Desde 1985 a empresa atua no mercado de distribuição de aço inoxidável do país e conta hoje com unidades de negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde todas as condições estruturais são respeitadas para garantir as condições ideais para armazenamento do produto,

22

• Revista do Aço

bem como maximizar o processo logístico, viabilizando assim, maior agilidade na entrega. “O Grupo Elinox possui modernas instalações em todas as suas unidades de negócios, estoque amplo e diversificado, preços competitivos, qualidade nos produtos e atendimento especializado que mostram o compromisso assumido do Grupo Elinox com a total satisfação de seus clientes”, diz ela. A Elinox é distribuidora de aço inoxidável, tubos, barras, chapas, bobinas e cantoneiras. A empresa atende segmentos como construção civil, engenharia, petróleo e gás, plataformas industriais, entre outros. Para 2016, a expectativa é continuar a crescer no mercado de distribuição de aço inoxidável.


s e b u t n eed, i

n u o y l l A

á glia est a g e c r da Ma ço. A força ormação do a s produtivos to sf na tran stabelecimen e Nos 50 espalhados po do gru o mundo o pleto em tod o ciclo com ação. za se reali ira transform e da prim

ial industr o x le p sil 0 m² O com do Bra a li g 116.00 a e g e d c r a t a r e toque da M ea cob ado es r c á ifi a s r m e u e div ocupa ga. amplo m u i a entre u t s n s o o r p p e ara dutos p de pro

VISITA A NOS VENH

R:

2015 H C E T TUBO lo, Brazil u São Pa 015 6-8 OU

TUBRO

STAND

2

301

SIL O BRA GLIA D 11 A G E C MAR 01 Km ia BR 1 Rodov ubuquara Ur Bairro aruva - Brasil -000 G 8 4 atarina 05 2 C 89 a t n a de S 1 64 Estado 55 . 47 . 343 om.br + .c . a e li n g o a ph ceg s@mar venda

g a rc e g a m . w w w

lia.com

.br


24

โ ข Revista do Aรงo


Indústria busca solução para ano de baixa produtividade Índices são desanimadores e solução não está no curto prazo Laura Calado – redacao@revistadoaco.com.br Imagens – divulgação e sxc

A

crise econômica que se instalou no País esse ano tem deixado muitos setores da economia em uma situação difícil. De ponta a ponta, todo o setor produtivo tem queixas. E problemas. O faturamento da indústria brasileira de máquinas e equipamentos acumula queda de 6,5% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado. É o que mostram os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Considerando-se apenas o mês de junho, houve recuo de 13,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. A estimativa da associação é que o faturamento do setor recue 5% este ano, o que seria a terceira queda consecutiva da receita líquida de vendas da indústria de bens de capital mecânicos. Em 2013, houve retração de 5% e, em 2014, de 12%. “O drama desses números é que eles não se referem somente ao setor de máquinas. Isso significa reflexo do que está ocorrendo no país. Nossas vendas caem porque o país está

Revista do Aço •

25


Capa

Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq

investindo cada vez menos”, disse o presidente do Conselho de Administração da Abimaq, Carlos Pastoriza. O balanço mostra que, de janeiro a junho, as exportações caíram 17,4% em relação ao primeiro semestre de 2014. De acordo com a Abimaq, o resultado é explicado pela “paralisia nos financiamentos à exportação, combinada com a volatilidade cambial”. Para a Abimaq, as variações sucessivas do câmbio são um fator recessivo adicional, pois aumentam os riscos de que haja um descompasso entre os preços dos insumos de produção e os preços de venda. Carlos Pastoriza destacou que a valorização do dólar ocorreu também em outros países concorrentes e, por isso, não se reverteu em vantagem para os produtos brasileiros. “Pode parecer uma depreciação importante do real que poderia ter dado fôlego em relação aos produtos estrangeiros, mas essa depreciação foi acompanhada pelos outros países.” Segundo Pastoriza, a vantagem ocorre somente em relação à indústria norte-americana. A retração no setor também se reflete no emprego. As vagas recuaram 6,4% nos primeiros seis meses do ano. A indústria de máquinas e equipamentos encerrou o período com 337 mil pessoas empregadas. Em 2014, eram mais de 368 mil no mesmo período. Alta na taxa de juros Pastoriza considera que o último aumento da taxa básica de juros, a Selic, é um golpe ao setor produtivo. “No atual cenário, a alta dos juros significa mais um duro golpe e uma verdadeira catástrofe para o já combalido setor produtivo, justamente em um momento que o país necessita de mais e não menos investimentos, para que a economia brasileira possa dar sinais de retomada e evitar um mergulho na recessão, com consequente

26

• Revista do Aço

fechamento de centenas de milhares de postos de trabalho”, disse nota da Abimaq. Sempre que questionado sobre o assunto, o presidente da entidade diz estar convicto de haver outros mecanismos para combater a inflação. Segundo ele, o aumento na taxa de juros traz efeitos colaterais danosos para o setor produtivo. Na indústria siderúrgica as reclamações e os problemas são muitos. Os prognósticos são de deixar qualquer um preocupado. Dados do Instituto Aço Brasil indicam que a indústria siderúrgica brasileira deve ter uma redução de 3,4% na produção de aço e de 15,6% nas vendas para o mercado interno em 2015. A entidade divulgou um relatório com as projeções divulgadas em abril que situam os números deste ano em patamares próximos de 2007. “Esta é uma crise muito forte e diferente daquela de 2008 e 2009”. Para o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, a avaliação do conselho e de associados do instituto é que a crise de 2008 pegou o setor de forma diferente e, por isso, a recuperação foi mais rápida. “Estamos mergulhando na crise atual em condições mais adversas, pois temos quedas de crescimento mais recentemente.” A produção siderúrgica prevista para este ano é de 32,8 milhões de toneladas, 3,4% menor que em 2014, enquanto o cálculo das vendas no país para 2015 é de 18,3 milhões de toneladas, 15,6% inferior ao volume de aço negociado no país no último ano. Em termos de consumo, espera-se que o Brasil utilize este ano 22,3 milhões de toneladas de aço, o que representa uma redução de 12,8% frente aos números de 2014 e ratifica os patamares de 2007, antecipados no último relatório do Instituto Aço Brasil. Assim, para compensar a demanda interna, a importação da matéria-prima deverá chegar neste ano a 4 milhões de toneladas,

Marco Polo, Instituto Aço Brasil


Capa

um ligeiro crescimento de 0,8% em comparação com o ano passado. “O enfraquecimento do cenário político-econômico nacional foi determinante para piorar o desempenho verificado na indústria brasileira de aço neste ano e em seus principais segmentos consumidores”, apontou o relatório. O documento cita os problemas nos setores automotivo, de construção civil e de máquinas e equipamentos, responsáveis por quase 80% do consumo de aço no país. A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014 e, para este ano, calcula-se uma contração superior a 1,2%, enquanto a inflação prevista para 2015 será o dobro da meta oficial de 4,5%. Como consequência desse cenário, o setor suprimiu 11.200 postos de trabalho de “colaboradores”, unidades de produção foram paralisadas ou desativadas e investimentos da ordem de US$ 2,1 bilhões foram suspensos, segundo o instituto. “As importações cresceram, apesar da apreciação do dólar e das expectativas de que, com a flutuação da moeda, pudesse haver refluxo”, explicou Lopes. O presidente do instituto acrescentou que as questões estruturais e conjunturais obrigaram o setor a utilizar sua capacidade produtiva em grau muito baixo. “Deveríamos estar operando com 80% da capacidade instalada, mas operamos com 69%, muito abaixo do que seria razoável. Se nada for feito com relação a essa situação

de importações no país, estaremos em 2024 com 46% do consumo via importações diretas e indiretas. É inaceitável que se monte um parque industrial para ser atacado pelas importações.” Marco Polo esclareceu que os impactos da crise no setor foram a demissão de 11.188 funcionários e 1.397 mil contratos suspensos. Segundo ele, em 2014 o setor empregava 122.139. Acrescentou que a estimativa é que, no fim do ano, o setor feche com 15 mil postos de trabalho a menos, o que corresponde a 13% do contingente. “Também ocorreu adiamento de US$ 2,1 bilhões. Com isso, deixamos de gerar 7,2 mil novos postos de trabalho. Esse quadro se agravará se não houver medidas de reversão”, concluiu. Produção de veículos Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que a produção


Capa

de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro caiu 18,5% no primeiro semestre deste ano, divulgou ontem a. De janeiro a junho, foram fabricados 1.276.638 veículos em todo o País. Em junho, foram produzidas 184.015 unidades, o equivalente a queda de 12,5% ante maio e de 14,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção no primeiro semestre recuou 17%, ao totalizar 1.221.143 unidades produzidas, sendo 1.033.838 automóveis e 187.305 comerciais leves. Apenas em junho, 176.932 autos e leves foram fabricados, retração de 12,4% em relação a maio e recuo de 13,8% comparado com junho de 2014. Segundo a Anfavea, no em maio foram produzidos 149 650 automóveis e 27.282 comerciais leves no País. A produção de caminhões, por sua vez, tombou 45,2% nos seis primeiros meses de 2015. No período, foram fabricadas 41.630 unidades. Em junho, a produção totalizou 5.284 caminhões, o equivalente a quedas de 14,3% ante maio e de 35,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a produção de ônibus recuou 27,8% no primeiro semestre, ao totalizar 13.865 unidades. Só no mês

passado, foram fabricados 1.799 ônibus, quedas de 22,4% na variação mensal e de 29,2% na anual. A venda de veículos no mercado brasileiro caiu 20,7% no primeiro semestre de 2015, segundo a Anfavea. De janeiro a junho, foram emplacados 1.318.949 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o Brasil. Apenas em junho, foram licenciadas 212 524 unidades, o correspondente a quedas de 0,1% ante maio e de 19,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Levando em conta apenas automóveis e comerciais leves, as vendas no primeiro semestre recuaram 19,7%, ao somar 1.271.989 unidades, sendo 1.076.261 automóveis e 195.728 comerciais leves. Desse total, 204.896 autos e leves foram emplacados em junho, retração de

Setor siderúrgico vive uma de suas piores crises, diz IABr O presidente do Conselho diretor do Instituto Aço Brasil (IABr) e presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Mario Baptista, disse durante o 26º Congresso do Aço que o setor siderúrgico brasileiro está vivendo neste momento uma de suas piores crises. “Questões conjunturais e estruturais levaram a indústria a essa situação, que ficou mais evidente nesse ano, de grandes dificuldades para o País, com projeção de queda do PIB de cerca de 2% para este ano”, disse. Baptista destacou que em 2008 o setor siderúrgico mundial também atravessou uma crise, mas naquele momento a China funcionou como uma “âncora de salvação” foi o crescimento da China, que absorveu, segundo ele, grande parte da produção mundial de matérias-primas, por exemplo. “No entanto, rapidamente esse país aumentou sua capacidade de produção industrial e inverteu sua posição de importador líquido para exportador líquido. No Brasil, passamos pelo processo inverso”, disse. Por aqui, lembrou, houve um crescimento das importações diretas e indiretas de aço. Imagem: benjamin.jpg Ele também disse que a desvalorização do real não tem ajudado visto que outros países exportadores de aço também estão vendo suas taxas de câmbio retraindo em relação ao dólar, sendo que em alguns casos essa desvalorização foi ainda maior. O executivo disse que há um entendimento da necessidade de medidas de ajuste fiscal para reverter o déficit primário e manter o grau de investimento do país, mas que esse processo “não pode o único foco” do governo. “ Sem a indústria não há crescimento, geração de empregos, tampouco renda. Com a queda da competitividade da indústria, a curva exponencial de desmobilização de mão de obra própria e de terceiros vem ampliando o raio de degradação social no Brasil”.

28

• Revista do Aço


Capa

0,2% em relação a maio e recuo de 18,4% frente junho de 2014. De acordo com a Anfavea, no sexto mês de 2015, foram vendidos 175.272 automóveis e 29.624 comerciais leves em todo o País. A venda de caminhões, por sua vez, caiu 42,3% nos seis primeiros meses de 2015. No período, foram emplacadas 37.295 unidades. Só em junho, os licenciamentos totalizaram 6.181 unidades, o equivalente a alta de 2,7% ante maio, porém a queda de 41,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já os emplacamentos de ônibus recuaram 27,7% no primeiro semestre, ao totalizar 9.665 unidades. Só no mês passado, foram vendidos 1.447 ônibus, quedas de 0,3% na variação mensal e de 26,3% na anual. As exportações de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 5.549.347 no primeiro semestre deste ano, baixa de 7,4% em relação a igual período do ano

passado, segundo a Anfavea. Somente em junho, o setor exportou US$ 1.014.989, o equivalente a queda de 19,7% ante maio e a alta de 20,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No sexto mês deste ano, foram exportadas 48.068 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O número não incluiu máquinas agrícolas. A quantidade corresponde a altas de 17,9% na comparação com maio e de 96,8% ante junho do ano passado. Com o resultado, as exportações em unidades avançaram 16,6% no primeiro semestre de 2015 frente a igual período de 2014, ao totalizar 197.348 unidades. Retomada das vendas Com o impacto da piora da crise política sobre a conclusão do ajuste fiscal na economia brasileira, a retomada das vendas de veículos novos no Brasil deve

IDENTIFICAÇÃO RASTREABILIDADE E CAPTURA DE DADOS A KSA Tecnologia, com mais de 20 anos de experiência, especializada em soluções de identificação automática e captura de dados, ajuda seus clientes na automação de processos através do uso do código de barras e RFID, sendo focada em equipamentos, serviços e insumos para ambiente industrial. Atuando sempre na busca de melhores soluções, a KSA Tecnologia apresenta uma solução inovadora para identificação de produtos siderúrgicos durante o processo produtivo, através da utilização de código de barras em etiquetas metálicas resistentes a altas temperaturas (até 1.000°C) e a alguns processos, termo-químicos, como decapagem, recozimento e limpeza, entre outros.

www.ksa.com.br • ksa@ksa.com.br • (24) 3348 4995 Rua Altair Nogueira da Silva, 743 • São João • Volta Redonda/RJ


Capa

ficar somente para o segundo trimestre de 2016, prevê o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. Para o segundo semestre deste ano, o executivo projetou uma “estabilidade, com viés de alta”. “No início de junho, quando fizemos revisão de nossas previsões, colocamos claramente que poderíamos ter um início de retomada no último trimestre deste ano, mas, com o adiamento dessa questão (ajuste fiscal), já podemos pensar em uma inflexão da curva no segundo trimestre do próximo ano”, afirmou Moan. Na avaliação dele, a crise política deve atrasar a aprovação das medidas do ajuste no Congresso, o que “nos leva a uma crise um pouco mais prolongada e a um volume de vendas baixíssimo por mais tempo do que imaginávamos”. Para o segundo semestre de 2015, o executivo estimou que o setor deve apresentar um desempenho estável em relação à primeira metade do ano. Ele previu que as medidas de ajuste nos estoques - até maio, equivalente a 47 dias de vendas - devem durar até setembro. “Não vemos cenário de queda mais acentuada do que já tivemos. Diria muito pelo contrário: podemos até ter alguns indicadores positivos, além da estabilidade com viés de alta”, disse. De janeiro a junho, os emplacamentos acumulam retração de 20,7% ante igual período de 2015, enquanto a produção recua 18,5%. Para 2015, a Anfavea prevê que serão emplacados 2,779 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos em todo o País, o equivalente a queda de 20,6% em relação ao ano passado. Já para a produção, a entidade estima que serão fabricadas 2,585 milhões de unidades, retração de 17,8% ante 2014. A associação que

Luiz Moan, presidente Anfavea

30

• Revista do Aço

reúne as montadoras projeta ainda que serão exportados 338 mil veículos neste ano, crescimento de pouco mais de 1% na comparação com o ano passado. Moan ainda avaliou que os dados ruins da indústria automotiva brasileira refletem o “estado de espírito” não só do setor, mas da economia como um todo, inclusive de áreas que, em tese, não deveriam sentir, como o agronegócio. “Qual a crise real do setor de agronegócio brasileiro? A previsão é de safra recorde”, questionou. “Qual é o motivo real que está impactando o mercado? Se pensarmos e nos concentrarmos nesse setor, vamos perceber: há um exagero nesse clima de pessimismo que hoje verificamos no nosso País”, criticou. O executivo destacou que a Anfavea vem provendo ações para aumentar as vendas internas e estimular as exportações, como festivais de vendas com descontos e renovação de acordos comerciais com outros países. De acordo com ele, essas ações visam melhorar o nível de confiança dos consumidores. “A indústria automobilística continua investindo. E continuamos investindo porque sabemos que o momento (de crise) que estamos passando se restringe a um momento”, disse.


FUCO® TUPY.


EMPRESA

Tradição em carrocerias carrocerias Buoro Foi Fundada por dois irmãos Que Vieram da itália e cHeGaram ao B rasil em 1924 trazendo a tÉcnica para a produção de carroças para animais .

E

Imagens: divulgação

m 1946 os irmãos Humberto e Mario Buoro fundaram a Mário Buoro & Cia que deu origem a Carrocerias Buoro Ltda. Administrada por José e Rafael Buoro, filhos de Humberto Buoro, a empresa começou suas atividades produzindo carrocerias para autos. A empresa é especializada em carrocerias de madeira para qualquer tipo de transporte rodoviário. Jean Carlos, diretor da empresa diz que ainda hoje a técnica artesanal de produção é preservada. “É sinônimo de qualidade e a certeza da melhor carroceria do mercado”, garante. As carrocerias produzidas pela Buoro são feitas em madeira e aço para todo tipo de segmento para

32

• Revista do Aço

transporte de caminhões. “Sempre nos esforçamos para atender as necessidades de nossos clientes com atendimento personalizado com base em valores éticos , com respeito , seriedade para garantir sempre um relacionamento transparente e harmonioso”, diz Jean Carlos. Ele acrescenta ainda que para esse ano a expectativa é trabalhar para oferecer alternativas e novos caminhos para os clientes. “Dessa forma, tentaremos nos sobressair no mercado atual , com economia fraca e o governo tentando ganhar a confiança de todos . Acreditamos em nosso país que com certeza sairá deste momento mais forte “, aposta.



EVENTO

Especialistas debatem aço no mercado mundial

Congresso do Aço discutiu situação do mercado

considerado um dos principais eVentos do setor deBateu a economia mundial, competitiVidade e sustentaBilidade REDAÇÃO – redacao@revistadoaco.com.br imagens: divulgação

A

cadeia produtiva do aço esteve mais uma vez reunida em congresso. O 26º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2015 aconteceu em São Paulo durante três dias. Autoridades, especialistas nacionais e internacionais estiveram para uma série de debates em torno das indústrias mundial e brasileira do aço e da economia nacional. O presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, Benjamin Mario Baptista considerou o congresso uma grande oportunidade para que todos pudessem analisar os cenários atuais e as perspectivas. Os palestrantes do último painel de debates do 26º Congresso Brasileiro do Aço debateram a economia brasileira. Estiveram reunidos o empresário Jorge Gerdau e os ex-ministros Delfim Netto e Maílson da Nóbrega, em encontro que teve como conferencista principal o economista chefe do Bradesco, Octavio de Barros.

34

• Revista do Aço

Em sua conferência, Octavio de Barros fez uma análise completa do cenário atual da economia mundial, com destaque para o Brasil. Segundo Barros, apesar de a economia brasileira ser, atualmente, a mais isolada entre as 40 maiores e mais maduras do mundo, historicamente,

Benjamin Baptista discursa na abertura do evento


Evento

o País sempre adotou os procedimentos corretos para sair da crise e ele acredita que, desta vez, não será diferente. Segundo o economista, o cenário global está entrando em um processo de normalização apesar dos Estados Unidos crescerem menos do que o esperado, a China preocupar mais do que a Grécia e o FMI ter revisado o crescimento mundial para menos. Para Jorge Gerdau, o problema enfrentado pela indústria brasileira não é enfrentado somente pelo setor do aço, mas por toda a cadeia de produção de manufaturados. O empresário discorda de quem defende a abertura de mercado brasileiro e disse que para isso

Presidente da Alacero participa de painel sobre exportações

acontecer de forma responsável é imprescindível que haja isonomia competitiva. Gerdau ressaltou que o Brasil deve focar em duas metas prioritárias: o retorno ao crescimento e a melhoria da gestão. “É preciso criar as condições necessárias para a indústria sobreviver e lembrar que ajuste fiscal é meio e não fim”, concluiu. Cerca de 500 congressistas participaram dos paineis que trouxeram ao Brasil especialistas como o português José Santos, professor de Práticas de Gestão Global da INSEAD, a economista chinesa Haiyan Wang, sócia do Instituto China Índia, o diretor geral da World Steel Association, Edwin Basson, o consultor Nick Sowar, líder global do setor de metais da Deloitte, entre outros. Este ano, o Congresso Brasileiro do Aço voltou ao formato de Congresso e Exposição, modelo que o consagrou como o mais importante evento da cadeia siderometalúrgica no Brasil. A feira de negócios reuniu 20 expositores, entre empresas produtoras de aço, fornecedoras de equipamentos, serviços e inovações tecnológicas numa área de cerca de 3,7 mil metros quadrados. Os visitantes que passaram pela ExpoAço tiveram a oportunidade de conhecer o Espaço Conhecimento, onde assistiram a palestras gratuitas apresentadas pelos expositores sobre temas como a crise hídrica e sustentabilidade da construção em aço.


PERFIL

TRUMPF: 30 anos verde-amarelo empresa oFerece soluçÕes modernas de máQuinas e tecnoloGia a laser Redação – redacao@revistadoaco.com.br Imagens - divulgação

T

radição. A Trumpf foi fundada em 1923 e está no Brasil há mais de 30 anos. Hoje é uma empresa de tecnologia com três divisões de negócios: máquinas, tecnologia a laser e eletrônica. A operação da empresa está em Barueri com abrangência para prover assistência técnica a seus clientes em diferentes regiões, sendo responsável também por dar suporte as operações dentro da América do Sul. Em 2014 a unidade brasileira atingiu o marco de 1.500 máquinas vendidas em território nacional. No início, a empresa era uma oficina mecânica e tornou-se líder mundial no fornecimento de soluções para o processamento flexível de chapas e no uso do laser como ferramenta de manufatura. No ano fiscal de 2013/2014 a empresa, com quase 10.000 colaboradores, obteve um faturamento mundial de 2,34 bilhões de euros. No Brasil são 70 funcionários.

36

• Revista do Aço

Produtora de máquinas de corte a laser, puncionadeiras, máquinas combinadas (laser punciondeiras), dobradeiras, sistemas automatizados de corte e dobra , robôs de solda a Laser, lasers para as mais diversas aplicações, tais como solda, deposição de materiais, corte de chapas, vidros, fabricação de semicondutores, que utilizam laser Co2, fibra, disk lase, diode laser e lasers pulsados. A empresa atende prestadores de serviços de corte, dobra e solda, fabricantes de máquinas e implementos agrícolas e seus prestadores de serviço, fabricantes de máquinas da linha amarela e seus prestadores de serviço, fabricantes de máquinas e equipamentos para embalagem, processamento de alimentos e bebidas, indústria farmacêutica, automotiva, processamento de metais, fabricantes de armários metálicos, caixas, gabinetes, equipamentos eletrônicos, telecomunicações, indústria naval, óleo e gás e estaleiros, entre outras.


Perfil

Sore o atual momento econômico, ele diz que é preciso aproveitar as oportunidades. “Para nós, a grande lição está em enxergar na redução da atividade econômica brasileira não um sinal de crise, mas de incentivo para usarmos toda a nossa criatividade a favor do nosso crescimento”, afirma o presidente João C. Visetti. Isso significa, segundo ele, que é o momento de vender desde máquinas de entrada para empresas que querem aproveitar os benefícios de uma máquina a laser ou puncionadeira na melhoria de seus produtos, ou prestadores de serviço que estão entrando agora no segmento, até as soluções mais complexas e integradas, destinadas aos clientes de portes médio e grande. O executivo acrescenta ainda que os números do ano fiscal 2014/2015, encerrado em 30 de junho, dão uma pista de onde os esforços da empresa devem ser direcionados. “Tivemos um faturamento de R$ 115 milhões, 30% menos do que no ano fiscal passado. Esse mesmo porcentual negativo foi registrado pelos nossos clientes”, diz ele. Visetti aponta que a entrada de máquinas laser no Brasil caiu 50%. Isso representou uma performance melhor do que a maioria dos concorrentes. Além disso, segundo executivo, houve a entrada de novos players no mercado, especialmente no segmento de máquinas pequenas. “Tivemos que disputar mercado com mais empresas – e ganhamos da maioria. Ao mesmo tempo, vendemos mais soluções complexas”, destaca.

Na análise do presidente da Trumpf não há sinais de que a economia brasileira vai se recuperar neste segundo semestre de 2015, o que não quer dizer que tudo está perdido. Para ele, a vantagem de se trabalhar em uma empresa familiar é que a matriz não precisa resolver o problema do mundo em um trimestre, porque está livre da pressão dos acionistas. Ele destaca que, apesar disso, é preciso usar nossa criatividade para aproveitar melhor as oportunidades. “A economia é cíclica e devemos agir com inteligência estratégica e dedicação para sairmos na frente quando essa onda negativa passar. O Brasil é muito grande e o setor industrial tem tudo por fazer. É aí que entramos, quando a oportunidade for maior do que a crise”, aposta. Para encerrar, Visetti diz que a Trumpf investe perto de 10% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento na área do laser industrial. “O resultado disso é uma extensa gama de produtos que em sua categoria sempre oferecem o melhor custo beneficio ao cliente”, revela. Ele diz ainda que no campo de negócio da empresa - o uso do laser como ferramenta de manufatura – a Trumpf é a única que fabrica o próprio laser e a máquina, otimizando assim seu funcionamento e a performance. “No caso dos lasers guiados por fibra, patenteamos o ressonador tipo Disk (ou laser de disco), que obtém rendimento muito superior em relação às máquinas que utilizam o ressonador de fibra (ou laser de fibra)”, afirma.


IMPORTAÇÃO

sxc.hu

Importação de bens de capital cai 15,8% no primeiro semestre a Balança comercial FecHou positiVa no perÍodo, mas o comÉrcio diminuiu o seu ritmo Redação – redacao@revistadoaco.com.br

38

• Revista do Aço

O valor negociado com a importação de bens de capital sofreu uma redução de 15,8% de janeiro a junho de 2015, comparativamente ao mesmo período do ano passado, caindo de US$ 24.143,7 milhões para US$ 20.322,5 milhões. Os acessórios para maquinaria industrial sofreram uma queda de 24,7% e as máquinas e ferramentas contaram com uma baixa de 25,3 %.

Divulgação

D

ados da edição de julho do boletim Avaliação e Perspectivas da Economia Brasileira, realizado pelo economista e professor do Insper, Otto Nogami, consultor da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) mostram que as importações de bens de capital fecharam o primeiro semestre de 2015 em US$ 43,9 bilhões. No mesmo período, a importação total para o Brasil movimentou US$ 208,2 bilhões. O boletim analisa os dados já consolidados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e Câmara do Comércio Exterior (Camex) até 30 de junho. O documento destina-se à orientação dos importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos industriais associados da Abimei.

Otto Nogami, professor do Insper


Importação

O volume financeiro de máquinas e ferramentas, que registrou US$ 146,1 milhões em 2014, caiu para US$ 109,1 milhões. Os acessórios de maquinaria industrial registraram um volume financeiro de US$ 1.338,9 de milhões, ante US$ 1.778,1 no primeiro semestre do ano passado. Considerando-se a importação total de máquinas e equipamentos para a indústria em geral (não só máquinas-ferramenta), a atividade teve queda de 18,5% no primeiro semestre deste ano, comparativamente a igual período de 2014. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram nova piora na atividade industrial em junho. Segundo a última pesquisa de Sondagem Industrial, o índice de evolução da produção ficou em 36,8 pontos (valores abaixo dos 50 pontos revelam queda na produção). A utilização média da capacidade instalada ficou em 60%, a mesma média adquirida em maio de 2015 e 8 pontos a menos se comparado ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, os estoques estão acima da linha divisória de 50 pontos, totalizando 52,9%. Em maio, esse número fechou em 48,8%. Nesse cenário, as expectativas também sofreram abalo: o Índice de Intenção de Investimento atingiu 38 pontos, o menor da série histórica, iniciada em novembro de 2013. Comércio Exterior O primeiro semestre fechou positivo para a balança comercial, mas o comércio encolhe. Dados do estudo

apontam que a retração da atividade econômica acaba aumentando o desequilíbrio das contas externas e, apesar dos juros elevados, o fluxo de capital externo começa a perder força. Sendo assim, a dívida externa deve superar as reservas internacionais. Há a tendência de queda nas reservas e isso deixa o país mais vulnerável a choques econômicos. Diante deste cenário, o governo lança medidas para facilitar as exportações. Perspectivas O Boletim da Abimei mostra que a indústria cresce no mundo, mas cai no Brasil e que a economia informal volta a crescer no País. Já o índice que reajusta salário sobe mais que o IPCA, o que impacta na elevação dos custos de produção e desemprego. Em maio de 2015 foi registrado o maior volume de desemprego em 23 anos. Segundo Nogami, as importações de bens de capital devem acompanhar o “esfriamento” da economia, chegando a US$ 36 bilhões no volume de negócios, em 2015. Essa queda representa 24,6% em relação ao total negociado em 2014. O item maquinaria industrial puxa essa tendência, devendo importar menos 37,4% que no ano passado, com movimentando cerca de US$ 8,5 bilhões. Para 2016, é previsto um crescimento na produção da indústria de 1,40% após baixas sucessivas em 2015 e a balança comercial deve fechar com um aumento de 13%, 7,5% a mais do previsto para este ano.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CURVAS EM TUBOS ATÉ Ø - 76,2 mm Máquinas CNC de última geração

no o b r ínio a o C lum obre nox atão ç A A C I L

Raios FIXOS e VARIÁVEIS na mesma peça Nossa capacidade é curvar tubos até Ø 3” 76,2mm Fone/Fax: (0XX11) 2345-5887- 3384-1387 www.curvasemtubos.com.br - curvas@tabano.com.br Rua Ibitirama, 603 – Vila Prudente - São Paulo - SP

Certificada ISO 9001


sxc.hu

IMPORTAÇÃO

Participação da China na importação de produtos siderúrgicos brasileiros teria subido para acima de 52% em 2014

Produção e importações são afetadas pela crise econômica PLAYERS do setor apontam para uma onda de Grandes diFiculdades para o mercado Brasileiro do aço Carlos Alberto Pacheco

O

s dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr) em junho. As vendas de produtos siderúrgicos ao mercado brasileiro naquele mês mostraram queda de 9% em relação ao mesmo mês de 2014, atingindo 1,5 milhão de toneladas. As vendas acumuladas em 2015, de 9,7 milhões de toneladas, mostraram queda de 12,9% em comparação a igual período do ano anterior. “Ressalte-se que em 2015, para o período em referência, houve declínio mais acentuado de vendas do que aquele verificado em 2014 quando comparado a 2013”, comentou o IABr. Em termos de “consumo aparente nacional”, segundo o instituto, o resultado de junho alcançou 1,8 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos, totalizando 11,7 milhões de toneladas entre janeiro a junho de 2015. Esses volumes representaram queda de 7,5% e 10,4%,

40

• Revista do Aço

respectivamente, em relação aos mesmos períodos de 2014. E as importações? Em junho, registrou-se o volume de 330 mil toneladas (US$ 283 milhões), totalizando 2,1 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, alta de 4,3% em relação ao igual período do ano passado. “Apesar das condições adversas do mercado internacional, as exportações de produtos siderúrgicos em junho atingiram 1,2 milhão de toneladas, no valor de 571 milhões de dólares devido, principalmente, às operações “inter companies” de fornecimento de semiacabados para alimentar plantas na Europa e nos Estados Unidos, e, também, devido a ações emergenciais do setor para evitar redução ainda maior do grau de utilização da capacidade instalada”, avaliou o IABR. Com esse resultado, as exportações até junho último somaram 5,7



FAÇA UM ÓTIMO NEGÓCIO: GARANTA SEU ESPAÇO NA MAIOR FEIRA DE SUBCONTRATAÇÃO E INOVAÇÃO DA AMÉRICA LATINA.

De 06 a 09 de outubro de 2015 Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

www.mercopar.com.br Informações: 0800 701 4692 • Curitiba: (41) 3027.6707 • Novo Hamburgo: (51) 3067.5750


Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Importação

Lopes: cenário interno não permite ter perspectiva de crescimento

milhões de toneladas e 3,3 bilhões de dólares, avanço de 46,1% em volume e de 12,7% em valor, quando confrontados com o mesmo período do ano anterior. Os números acima não animam os players do mercado. Em recente entrevista à imprensa, o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, não demonstrou entusiasmo. Ao contrário: mesmo reconhecendo um ligeiro avanço nas exportações e importações do aço, Lopes lembrou que os setores ligados ao consumo interno apresentaram desempenho ruim no primeiro trimestre de 2015. “No curto prazo, não há nada que sinalize melhora nesse cenário”, advertiu. Outro fator que explica o péssimo desempenho dos setores consumidores de aço brasileiro está relacionado

ao baixo índice do PIB. “A perda de produtividade reflete no PIB e na demanda interna. Portanto, as importações de aço serão afetadas”, argumenta o presidente da Imexbra Trading, Osvaldo Sicardi. Lopes avalia que as condições econômicas não permitem o Brasil ter perspectiva de crescimento. “Estamos falando de uma previsão negativa do PIB”, emenda. O executivo adverte para a queda gradativa da participação da indústria no Produto Interno Bruto – de 25% na década de 80 para atuais 12%, o que naturalmente leva à perda inevitável de competitividade. Segundo o presidente do IABr, ao avaliar-se o cenário internacional é possível identificar excedente na capacidade de 700 milhões de toneladas de aço em todo o mundo. A conseqüência é a efetivação de “práticas predatórias e a um surto de importação muito grande para o Brasil”. Sicardi analisa a questão por outro ângulo. Segundo ele, com a queda da demanda interna, as usinas terão de voltar-se novamente ao incremento das exportações a custos variáveis para utilizar sua capacidade ociosa. “Evidentemente, fora os produtos que não são produzidos no Brasil, a importação de aço foi resultado de um oportunismo econômico devido ao fato de um Real supervalorizado, altos preços internos e facilidade em conseguir financiamentos baratos”, assevera o presidente da Imexbra.



sxc.hu

Importação

Sicardi recorda que, em 2000, a participação da China na importação de produtos siderúrgicos brasileiros, era de 1,3%. No ano passado, essa participação subiu acima de 52%. “É uma situação difícil”, disse ele. Em sua análise, com a desvalorização do Real, a diminuição da demanda interna, ajuste de preços das usinas locais e perda das margens de lucro, “as importações deveriam cair a quantidades históricas muito mais reduzidas que as dadas nos últimos cinco anos”. E não foi bem isso que aconteceu.

Divulgação

Divulgação

Lava Jato O presidente da Trumpf do Brasil, João Carlos Visetti, argumenta que o governo exibe falta de capacidade

Visetti: ano de 2015 será de “sobrevivência” para o setor

imagem cedida pela CSN

para investir em infraestrutura – na acepção ampla da palavra –, situação agravada com a operação Lava Jato, que afeta as concessões. “As grandes empreiteiras estão na lista negra nesse escândalo da Petrobrás”, avaliou. E acrescenta: “Não podemos penalizar toda a cadeia da indústria em função da ação de alguns poucos”. E pede punição a todos os envolvidos. Visetti debita ao governo a irresponsabilidade de não adotar uma política fiscal que atenda às necessidades do

setor e o descontrole nas contas públicas. Em sua opinião, o Executivo simplesmente transferiu os gastos do ano passado para 2014 e, naturalmente, teve como consequência a paralisia do mercado. Um exemplo é o segmento da agroindústria, que pode ser afetado por essa manobra. Mediante esse cenário Visetti acredita que 2015 será um ano de “sobrevivência”, com demanda reprimida, juros altos e confiança governamental abalada. Em entrevista à Agência Brasil, Lopes também analisa a questão com ceticismo. “Temos um cenário interno que, dadas as condições econômicas, não permite ter perspectiva de crescimento. Estamos falando de uma previsão do Produto Interno Bruto negativa”, reforça o presidente do IABr. Na análise do panorama internacional, o dirigente avisa: há um excedente de capacidade de 700 milhões de toneladas no mundo, “o que leva práticas predatórias e a um surto de importação muito grande para o Brasil”. De qualquer maneira, especialistas apontam a alta taxa básica de juros (Selic) como o principal vilão para a retomada dos investimentos no país. Somam-se a isso o câmbio, a alta carga tributária, custos da energia elétrica, entre outros componentes. Neste segundo semestre, ainda está valendo a tese: o setor de aço brasileiro enfrenta grandes barreiras para competir em pé de igualdade com os produtos importados e também perde em nível de exportação.

Revista do Aço •

45


EVENTO

Brasil Offshore 2015 é marcada pela geração de negócios eVento Foi considerado positiVo apesar do momento econÔmico Redação – redacao@revistadoaco.com.br Imagens: divulgação

P

ara expositores, parceiros e visitantes, a 8ª edição da Brasil Offshore foi uma surpresa bastante positiva e trouxe boas perspectivas para o cenário econômico nacional. Os quatro dias de evento reuniram 700 marcas expositoras e 51.300 visitantes. Somado o poder de compra do público visitante com o montante da Rodada de Negócios, a Brasil Offshore 2015 gerou negócios na ordem de R$ 600 milhões, que ao longo de 24 meses chegará ao montante esperado de R$ 1bi. Um levantamento feito após a Rodada e Negócios, organizada pela ONIP, mostrou que 91% das reuniões foram avaliadas pelas âncoras como sendo acima da média, com ótima e boa expectativa de negócios para os próximos 12 meses. A rodada contou com 20 empresas âncoras – Alphatec, Nuclep, Delp, FMC, Sotreq, Oil States, Shell Materiais, Queiroz Galvão, UTC, Schlumberger, Teekay, Subsea 7, Wartsila Brasil, Shell Serviços,

46

• Revista do Aço

Techint, GE Óleo e Gás, Expro, Halliburton, Transpetro e Petrobras UO-BC –, 113 fornecedores e foram realizadas 445 reuniões em dois dias de rodada. A partir da compilação de dados feita no último dia da Rodada de Negócios, realizada quarta-feira e quinta-feira, a expectativa é gerar, em um ano, 222 milhões e 500 mil reais contra os R$ 196 milhões da edição de 2013. Eventos simultâneos A 8ª edição da Brasil Offshore foi marcada pela plataforma de novos conteúdos. A Conferência do IBP e SPE levou centenas de profissionais para assistir palestras sobre as perspectivas para a revitalização de campos maduros. Os temas giravam em torno das evidentes oportunidades encontradas na Bacia de Campos, que está em produção desde os anos 1980, cobrindo novas maneiras e potenciais tecnológicos a serem aplicados para ampliar a vida útil dos campos. O inédito Espaço do Conhecimento Offshore, montado no meio da feira e com uma programação gratuita em todos os dias da feira, trouxe expositores/parceiros especializados à frente de palestras sobre novas tecnologias e produtos e serviços. “Venho à feira para me


Evento

capacitar. Gostei muito desse espaço e as palestras foram bem produtivas. Não só para ampliar o leque de conhecimento, mas também para se inteirar das novidades do setor”, disse a tradutora Márcia Buckley. A Brasil Offshore também foi palco de uma competição acadêmica promovida pela Society of Petroleum Engineers (SPE). O concurso regional de artigos científicos reuniu alunos de graduação, mestrado e doutorado que competiram entre si apresentando trabalhos sobre temas relacionados ao setor oil & gas. “O vencedor vai para Houston, nos Estados Unidos, concorrer no Concurso Student Paper International, com as despesas pagas pela SPE”, explica o presidente da empresa, Guilherme Castro. Expositores Na opinião dos expositores, a Brasil Offshore 2015 foi uma surpresa positiva. Apesar do atual cenário econômico,

os principais players do mercado compareceram nos quatro dias de evento. Para o suporte técnico da marca Mobil, licenciada para a Cosan Lubrificantes e Especialidades, Edmundo Rissi, esse momento de instabilidade vai passar. “Continuamos fazendo muitos contatos e nossos clientes sempre vêm nos prestigiar. A feira é importante também para aproximar as escolas das empresas. O ideal é trazer pra perto os formadores, porque é do interesse do mercado que esses futuros profissionais venham com uma base sólida e correta”, comenta. A MRM responsável por logística de cargas offshore, com estande montado no pavilhão principal da Brasil Offshore, recebeu dezenas de clientes e, segundo o executivo de


Evento

vendas Carlos Vinícius, essa movimentação deve representar – em curto prazo – um aumento nos negócios em até 30%. “Nós tivemos oportunidades de vendas concretas e para serem finalizados em um prazo bem curto. São quinze novas empresas que estão se estabelecendo em Macaé e precisando do atendimento na área de transporte de carga e até mesmo na liberação aduaneira”, detalha. O executivo de vendas da MRM explica ainda que, pela empresa oferecer soluções logísticas desde o transporte – aéreo, marítimo e terrestre – até a logística de armazenamento passando pela assessoria aduaneira, a procura está baseada principalmente em novas empresas, que precisam de um suporte completo, uma vez que não tem um setor montado especificamente para isso. Quinze empresas francesas estiveram presentes na Brasil Offshore. “Participamos do evento com objetivo de promover e desenvolver parcerias tecnológicas e de inovação com empresas brasileiras para o mercado local, em médio e em longo prazos. E também a internacionalização de empresas brasileiras em parceria com as francesas. É um trabalho de mão dupla, dinamizando o mercado”, disse o representante comercial da Embaixada da França, Hamza Belgourari. Para o diretor executivo da Oil States, o expositor Márcio Robles, a Brasil Offshore foi melhor do que se esperava. “O ambiente ainda é produtivo. Esse sucesso é reflexo da perfeita união entre órgãos públicos e privados que souberam criar um ambiente favorável aos negócios”, comentou.

48

• Revista do Aço

Já a UL aproveita o evento para comemorar seus 100 anos de atuação no segmento de Atmosferas Explosivas – ambientes que contam com equipamentos ou substancias que podem ser fonte de ignição e provocar uma explosão. “Este é um ano muito importante para a UL. Estamos promovendo uma celebração mundial nos principais eventos mundiais”, afirma Otávio Costa, gerente de vendas da UL, multinacional americana líder global em inspeções, ensaios e certificação de produtos. “Estamos expandindo os serviços oferecidos para aumentar a presença no Brasil e faz todo sentido estarmos aqui. Tudo o que aconteceu de mais positivo na indústria do petróleo nacional nos últimos anos passou por Macaé em algum determinado momento”, explica. Para o Fabio Isao Yamasaki, diretor técnico da TechnoHeat, o principal motivo da empresa estar a feira foi a consolidação da marca. “Outras empresas que não nos conheciam agora já sabem que estamos no mercado. Para a Brasil Offshore, trouxemos uma tecnologia de média voltagem, a Direct Connect, uma parceria com a Chromalox. A Direct Connect é uma inovação a nível mundial e inédita no Brasil. Estamos muito satisfeitos com os negócios feitos na feira. Nossos parceiros não esperavam tanta receptividade, a expectativa foi superior à estimada e captamos novos clientes para o futuro. Em 2017, estaremos aqui com certeza”, garante Yamasaki.


A BELEZA DE STRENX:

ATENDE AOS MEUS DESAFIOS O novo portfólio do Strenx é a mais ampla seleção do mundo de aços estruturais de alta resistência entre 600-1300 MPa e 0,7-160 mm. Ele permite aos designers e engenheiros tornar os produtos mais fortes, leves e seguros, mais competitivos e sustentáveis. Com o aço Strenx, seu implemento pode transportar mais carga útil. Você pode contar aos proprietários de caminhões sobre a redução do consumo de combustível e menos emissão de CO2. Operadores de guindaste ficarão felizes ao saber sobre uma maior capacidade de elevação de carga. Esta é a beleza do Strenx: seja qual for a aplicação, o aço estrutural Strenx pode melhorar o seu desempenho. Ligue para o seu contato na SSAB ou visite strenx.com para mais informações.

T: +55 11 3303 0800 E: contactbrazil@ssab.com

www.strenx.com


PARA ENTENDER O QUE FAZ A FEIMEC SER A FEIRA OFICIAL DO SETOR, BASTA VER OS EXPOSITORES QUE JÁ CONFIRMARAM PARTICIPAÇÃO.

EMPRESAS JÁ CONFIRMADAS NA FEIMEC 2016:

ABC ITAMARATI | AIRZAP | ANPRACO | ANTARES ACOPLAMENTOS | API BRASIL | AR BRASIL | ARPI | ASA INDUSTRIAL | ASCOVAL | ATLAS COPCO COMPRESSORES | ATLAS COPCO TOOLS | AUBERT | AUTO FERR | BAKER | BALLUFF | BELTON PNEUMATICA | BGL | BIELOMATIK | BOMBAS TEXIUS | BONFIGLIOLI | BOSCH REXROTH | BRASFIXO | BREMER | BREVIL | BREVINI | BRUMA | CALFRAN | CALIBRATOOLS | CAMOZZI | CESTARI | CHICAGO PNEUMATIC | CM DO BRASIL | CORREIAS SCHNEIDER | CORTESA | COSA INTERMÁQUINAS | DINATESTE | DYNAR | EL ELION | EMIC | ERGOMAT | FANUC | FESTO | FRANHO | FRESADORA SANT'ANA | FRISKE | FW TECNOLOGIA | GROB | GROM EQUIPAMENTOS | HAIMER | HB AR COMPRIMIDO | HELLER | HENFEL | HEXAGON METROLOGY | HOMMEL-TECH | INDEX TRAUB | INDUCTOTHERM | INDUSTÉCNICA | INDUSTRIAL HEATING | INGERSOLL-RAND | INSTRON | IST SISTEMAS | JAMO EQUIPAMENTOS | JENOPTIK | JOACEL | JUNTAS BRASIL | KABELSCHLEPP | KAMPMANN | KELTEC | KETER | KONE | KUKA ROBOTER | LIEBHERR | MADEMIL | MANSFER | MAUSA | MAZAK | MCS KOLLMORGEN | MELLO | MEP DO BRASIL | METAL WORK PNEUMÁTICA | METALPLAN | METALTREND | MÉTRICA | MINIPA | MITSUI MOTION MÁQUINAS | MITUTOYO | MOOG DO BRASIL | NEWTON | NIKON METROLOGY | NORD DRIVESYSTEMS | NORGREN | NTG EQUIPAMENTOS | OKUMA | PARKER | POLYSEAL | PORTA CABOS | PRENSAS JUNDIAI | PRESSURE | PRODTY | PTI | RENISHAW | ROMI | ROTHENBERGER | S&E INSTRUMENTOS | SCHNEIDER | SCHULER | SCHULZ | SEW | SIEMENS | SKA | SKF | SMC | STAR CNC | STAUBLI | STEMMANN | SWAGELOK | TAYLOR HOBSON | THERMOVAL | THK | THOMSON | TIMKEN | TM BEVO | TOX | TPI PROTEÇÕES | TRANSFLUID | TRANSMOTÉCNICA | TRUMPF | TSUBAKI | UNIC BRASIL | UNIMAQ | UNION AMERICANA | VASTEC | VISO QUADROS | WAFIOS | WDS | WEG | WEILER | WEISHAUPT DO BRASIL | WELLE TECNOLOGIA | WERK SCHOTT | WUTZL | ZEISS | ZUCOTEC

A FEIMEC É MAIS DO QUE UMA FEIRA: É UMA PLATAFORMA ESTRATÉGICA ORIENTADA PARA A GERAÇÃO DE NEGÓCIOS ENTRE TODA A CADEIA DA INDÚSTRIA MECÂNICA.

Reserve já a sua área e garanta uma posição estratégica ao lado dos líderes do setor industrial. ACESSE: W W W.FEIMEC.COM.BR


Há mais de 70 anos, a CSN tem contribuído de forma contínua para o desenvolvimento do Brasil. Com qualidade comprovada em aços planos, hoje produz também aços longos, ampliando ainda mais sua atuação. Aliado à qualidade, possui integração eficiente, da fabricação às logísticas ferroviária e portuária.

www.csn.com.br


es udi est u opro promo mo o

Tubos Apolo

Garantia de Qualidade e Segurança Os tubos Apolo atendem aos mais rígidos controles de qualidade para oferecer toda a segurança necessária para o seu projeto.

RJ 21 3452-9130 . SP 11 2273-1666 comercial@tubosapolo.com.br www.tubosapolo.com.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.