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Centro de Tecnologia Usiminas - Ipatinga (MG)
Tecnologia, inovação e qualidade fazem parte do nosso DNA. Líder no mercado nacional de aços planos, a Usiminas acaba de receber a certificação IATF 16949:2016, que atesta a excelência da empresa no controle de processos e no atendimento ao segmento automotivo. Ser a primeira siderúrgica do Brasil a ter essa certificação e outras importantes premiações em 2017 são reconhecimentos da competência técnica de uma equipe apaixonada pelo que faz. Afinal, fazer aço muita gente faz, mas fazer o melhor apenas nós sabemos.
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índice Notícias do Aço...........................................................................................................06 Tecnologia: Fronius.....................................................................................................16 Inovação: Trumpf.......................................................................................................18 : TOTVS.......................................................................................................20
: Schuwnk Rota/NCE...................................................................................48
Mercado: Usiminas.....................................................................................................22 : SSAB...........................................................................................................26 : Prysmian.....................................................................................................28 Trabalho: Reforma Trabalhista ...................................................................................25 Negócios: Impacto da terceirização............................................................................30 : Qual sua produtividade po Segundo..........................................................38 Qualidade: Usiminas...................................................................................................32 Perfil: Okuma .............................................................................................................34 ●
Capa: Gazes de Proteção para Soldagem ao Arco Elétrico...............................................40 Técnico: Processo Utilizado em Soldagem de Manutenção............................................46 Sustentabilidade: Usiminas.........................................................................................50
REVISTA DO AÇO – Ano VI – Número 24 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço. Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Redação Marcelo Lopes (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO® Diagramador Francisco Salles (francisco@revistadoaco.com.br) Colaboradores desta edição João C. Visetti (Trumpf do Brasil), Sergio Leite (Usiminas), Renata Domingues, Lívio Giosa, Raul Cesar Sales, Leandro Ferreira, Luiz Gimenes e Assessorias de Imprensa. Publicidade e Comercial Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433 (marcelo@revistadoaco.com.br)
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NORTON LEVA NOVAS TECNOLOGIAS PARA FERRAMENTAS ABRASIVAS E SUPERABRASIVAS Comprometida em criar novas soluções para o aumento contínuo da produtividade industrial, a Norton, marca da SaintGobain Abrasivos, investe fortemente no desenvolvimento de ferramentas abrasivas e superabrasivas com destaque para discos de corte e desbaste, lixas, rebolos, máquinas e acessórios utilizados nas indústrias de manutenção, aeroespacial, em fundições, siderurgias, montadoras, cutelarias e fabricantes de ferramentas entre outras. Os lançamentos, que ampliarão ainda mais o portfólio de ferramentas da marca para 2017. Dentre as novidades, um dos destaques é o disco de desbaste Norton Quantum³, lançamento mundial da marca que agora chega ao Brasil e aos países da América do Sul. Foi desenvolvido levando-se em consideração as necessidades e pedidos dos mercados industrial e de construção por discos mais agressivos e rápidos, que proporcionassem melhor conforto aos operadores. Fabricado com grãos abrasivos cerâmicos de alta tecnologia, o novo disco da Norton é indicado para desbaste, rebarbação de ligas de alta resistência, na remoção de soldas de alta dureza e em todo e qualquer tipo de aço carbono e aço inoxidável. O Quantum³ é mais agressivo devido ao grão cerâmico que desbasta o metal com maior facilidade além de possuir uma maior durabilidade devido à sua robusta camada com elevada taxa de retenção do grão. Desta maneira, uma quantidade menor de discos é necessária no processo, o que reduz custos e mão de obra. Características técnicas: • Maior conforto. Grãos cerâmicos mais agressivos reduzem a pressão necessária para o desbaste. • Elevada taxa de remoção (MRR). As micro fraturas dos grãos geram arestas de cortes ainda mais afiadas e prontas para o desbaste. • Maior vida útil. Camada de alta resistência desenvolvida exclusivamente para o Quantum³. • Disponível nos diâmetros de 180 e 230mm, com 7,0mm de espessura 180x7,0x22,23mm e 230x7,0x22,23mm. • Mercados: manutenção e reparação industrial/usinas de álcool, estaleiros, óleo & gás, offshores e desbaste de soldas especiais. Acesse: www.nortonabrasives.com/pt-br
WEG FIRMA PARCERIA COM A EPLAN, PLATAFORMA MUNDIAL DE DADOS PARA ENGENHARIA Conhecida internacionalmente por oferecer inúmeras soluções de softwares para o planejamento de projeto, documentação, gerenciamento de projetos elétricos e pela sua vasta biblioteca de arquivos para a área de engenharia elétrica e software CAE, a EPLAN agora conta também com o banco de dados de componentes da WEG em seu portfólio. Com a parceria, os usuários terão disponíveis, de maneira fácil e ágil, as informações de drives e componentes elétricos para comando e proteção de motores elétricos, otimizando os processos de desenvolvimento de projetos de engenharia. Uma importante ferramenta para montadores de painéis e fabricantes de máquinas, o EPLAN Data Portal conta agora com mais de 650 componentes WEG, com todas as informações necessárias para utilização em projetos elétricos. Além dos dados técnicos dos produtos da WEG, como descrição dos componentes, ligação, imagens, itens de compra, códigos de barras, macros para layout 2D e 3D e detalhes de fixação, os usuários podem também fazer o download de arquivos em formato DXF e TXT. Acesse o link http://eplandata.de/portal/pt_BR/catalog/ WEG e acesse todas as informações dos produtos WEG no portal de dados do EPLAN. Continuamente, a biblioteca de produtos da WEG está sendo ampliada e em breve toda a linha estará disponível no EPLAN Data portal. Acesse: www.weg.net
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IZDA apresenta soluções para eficiência energética na hidráulica industrial A líder nacional em hidráulica industrial IZDA leva soluções que garantem eficiência energética, com integração para a indústria 4.0, para a INTERMACH. A linha de produtos BOSCH REXROTH abrange hidráulica industrial, pneumática, Factory Automation FA (servomotores, fusos e guias lineares, inversores de frequência). A empresa conta com serviços especializados de assistência técnica e profissionais capacitados pelas fabricantes. Outro diferencial é a linha de filtros hidráulicos de alta performance, que reduz o impacto ao meio ambiente, com o lançamento internacional de novos materiais filtrantes. Além disso, sensores para diagnóstico controle e medição das marcas alemã GHM GROUP e inglesa WEBTEC estarão em exposição. Há 37 anos no mercado, a IZDA é especialista em hidráulica e automação industrial. Distribuidora e prestadora de serviço autorizado da Bosch Rexroth para a indústria metalmecânica. É especializada em instrumentos de medição e controle, e a única distribuição autorizada das marcas GHM GROUP da Alemanha e WEBTEC do Reino Unido. Possui bancada para testes e emissão de laudos além de atendimento a campo em serviços hidráulicos desde o diagnóstico até a manutenção.
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Turbina TGM de 42 MW operará em fábrica de papel jornal na cidade de Belkesir INOVAÇÃO é um conceito que muitas empresas aplicam em seus processos e equipamentos para elevar os níveis de eficiência, segurança e disponibilidade operacional nas indústrias. Dentro deste conceito, que está no topo da pauta diária da TGM, foi desenvolvida uma turbina de condensação, reação: um projeto inovador para energia renovável. A turbina modelo CTE50 de 42 MW, com escape subaxial, irá operar com 90 bar(a) de pressão e 540°C. Para o diretor da unidade de Turbinas da TGM, Marcos Nishi, essa inovação é extremamente positiva também para o meio ambiente. “O caminho da inovação e da autossuficiência em energia renovável é seguro e está nos planos de muitas empresas pelo mundo, como esse da Turquia. Nós contribuímos diariamente para isso, inovando e buscando soluções cada vez mais tecnológicas”, fala Nishi. Ela será instalada na cidade de Belkesir, Turquia, em uma fábrica de papel-jornal que, além de alimentar o processo industrial com vapor, produzirá energia para consumo próprio exportando o excedente para a rede elétrica daquele país. “Com a exportação do excedente para a rede elétrica, a indústria ainda consegue gerar lucro. Isso só é possível porque nossos equipamentos são desenvolvidos, especialmente, para cada projeto, os tornando únicos. A prova disso é que nossa alta tecnologia está presente em muitos países e vários segmentos”, diz o diretor. É a TGM contribuindo para a geração de energia verde nos quatro cantos do mundo.
Novo Pirômetros de Alta Performance Série Endurance® Duas Cores a partir de 250°C A INFRATEMP anuncia a expansão da linha de pirômetros da série Endurance, sendo 3 novos modelos de pirômetros de uma cor (única banda spectral) e um novo modelo de pirômetro duas cores (duas bandas espectrais / razão) para temperaturas a partir de 250°C. Antes apenas disponíveis para medições a partir de 600°, os pirômetros duas cores ou razão têm a vantagem de realizar medições precisas mesmo quando o alvo está parcialmente obstruído por poeira, gases, barreiras mecânicas, etc… Para os pirômetros de uma cor, há opções de bandas espectrais de 1 μm, 1,6 μm e 2,4 μm, com faixas de temperatura entre 50 a 3000°C e resolução ótica de até 300:1. Os pirômetros da série Endurance oferecem uma solução robusta para processos industriais que necessitam maior qualidade do produto, redução de taxas de rejeição, maximização de produtividade e economia de energia. Possuem também a opção de ter uma câmera de vídeo Ethernet para garantir que o alvo esteja sendo monitorado corretamente a partir da sala de controle. Além deste modelo de mira, há ainda a opção de mira laser e mira LED, que possibilitam ver o local exato da medição. Acesse: www.infratemp.com.br
Hypertherm é eleita a melhor marca de corte dos EUA Pesquisa foi realizada pela revista Metal Center News Hypertherm: marca número 1 para os profissionais dos centros de serviços de aço dos EUA Referência em sistemas e softwares de corte a plasma, laser e jato d´água, a Hypertherm foi eleita a melhor marca de corte dos EUA pela revista Metal Center News. A pesquisa, realizada entre os profissionais dos centros de serviços de aço, compreendeu a avaliação de todos os métodos de corte de materiais metálicos. “Estamos muito honrados com a escolha. Sabemos que é um setor altamente competitivo e entendemos as pressões que os nossos clientes enfrentam. E é por isso que nos comprometemos em desenvolver produtos que ajudam as empresas a reduzir os custos de corte e, ao mesmo tempo, aumentar o desempenho e a produtividade”, afirma Jeff Deckrow, vice-presidente da Hypertherm na América do Norte. Ao conduzir a pesquisa, a Metal Center News solicitou aos participantes que apontassem as marcas que gostariam de recomendar e comprar no futuro. A escolha da Hypertherm se deu algumas semanas antes de a empresa lançar a tecnologia de corte XPR300™, que contém o plasma X-Definition™. Considerada o maior avanço de todos os tempos da Hypertherm, a novidade combina melhorias de engenharia e processos de plasma de alta definição que proporcionam qualidade de corte inigualável em aço-carbono, aço inoxidável e alumínio. Fundada em 1968, na cidade de Hanover (EUA), a Hypertherm está presente em 93 países. Na América do Sul, conta com uma base na cidade de Guarulhos e um Centro de Distribuição (CD) em Cajamar, ambas no estado de São Paulo. Além de fabricar equipamentos para corte a plasma, laser e jato d´água, a Hypertherm fornece uma solução completa para o corte industrial, com produtos de automação (controladores de altura e CNC) e softwares de otimização de processo (CAD/CAM). Também é especialista no desenvolvimento e produção de tochas e consumíveis de alta performance. Acesse: www.hypertherm.com.br Revista do Aço - 9
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SCHUNK Intec Brasil apresenta crescimento acima do esperado no primeiro semestre de 2017 Os números apresentados superaram as expectativas da subsidiária brasileira e da própria matriz Alemã A SCHUNK Intec-Br., subsidiária brasileira da empresa familiar alemã SCHUNK GmbH & Co. KG, líder competente em sistemas de garras e tecnologia de fixação, apresentou no resultado total do primeiro semestre de 2017, taxas de crescimento de dois dígitos nas vendas de seus produtos, totalizando um crescimento de 78% em relação ao primeiro semestre de 2016, mesmo dentro de um cenário de incertezas. Dentro dos segmentos de produtos da multinacional, houve destaque principal a linha de garras e acessórios para robô, com aumento na casa de três dígitos. “Além da nova estratégia de atendimento, conseguimos com nossa equipe de vendas um crescimento gradativo e contínuo no número de novos clientes, sem contar com o aumento da equipe de vendas e maior cobertura do território nacional. Isso sem dúvida nos mostra que estamos no caminho certo para continuarmos superando as expectativas do mercado”, disse diretor geral da unidade de negócios no Brasil, Mairon Anthero, que garantiu ainda que as expectativas para o segundo semestre são ainda mais desafiadoras. “No ano de 2016 já havíamos alcançado o posto de terceiro maior crescimento de todas as subsidiárias no mundo (no total de 32) e não esperávamos os resultados do primeiro semestre de 2017”, afirma Thales Cortez, Coordenador de Vendas. “Vale frisar que a filial brasileira está preparada para um crescimento ainda maior no ano de 2018”, finaliza Mairon.
Grupo Alltech: soluções completas e inovadoras na Intermach
A Intermach 2017 será palco para a Alltech apresentar soluções inovadoras para o mercado de usinagem. Os Centros da Hartford tem a capacidade de aumentar a produtividade durante o processo de usinagem. Qualidade mais que reconhecida, também da Eletroerosão a fio da Mitsubishhi EDM. A Vending Machine é uma solução para a compra de ferramentas para o dia a dia da empresa. O Grupo Alltech conta com três divisões AllMáquinas, AllTools e AllService. A AllMáquinas dispõe de uma ampla linha de máquinas operatrizes para o mercado de usinagem, como centros de usinagem, tornos, fresadoras e injetoras. Está entre as três maiores importadoras de centros de usinagem do Brasil, com mais de 15000 equipamentos, trabalha com os maiores fabricantes de máquinas de Taiwan, China, Coréia, Japão e República Tcheca. A AllTools é a primeira empresa do Grupo ALLTech está no mercado há mais de 16 anos, com o maior estoque de ferramentas para o segmento de moldes e matrizes do Brasil. Com a ALLService, o cliente recebe o acompanhamento especializado desde compra até a instalação da máquina. Os serviços incluem monitoramento, manutenção do equipamento, assistência técnica para diversas marcas e fornecimento de peças para reposição.
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CRANESSERVICE EXPÕE SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS A representante exclusiva da Düren em Santa Catarina e no Paraná, CranesService divulga as soluções em movimentação de materiais na Intermach. Atua com venda, montagem, assistência técnica, reformas e modernizações de talhas e pontes rolantes. A linha de produtos abrange sistemas de pontes rolantes suspensas, monovias suspensas, pontes rolantes suspensas telescópicas, pontes rolantes suspensas para manipuladores, pórticos rolantes e sistemas de pontes rolantes empilhadeira e braços giratórios e de parede. Os produtos vendidos pela CranesServices são fabricados no Brasil pela Düren que destaca-se como principal fabricante de sistemas modulares do país, desenvolvidos por estrutura de engenharia de desenvolvimento, aplicações e projetos. A empresa oferece o desenvolvimento de projetos e os serviços de infraestrutura industrial, desde a concepção até a execução das instalações. Além disso, produz a talha elétrica de corrente DRT que foi desenvolvida com base nas necessidades solicitadas pelo mercado. Principais sistemas modulares Os sistemas modulares DR tipo “KBK” atendem diversificados segmentos da indústria, assegurando leveza, agilidade, ergonomia e segurança para os operadores de movimentação de materiais. O sistema é prático e fácil de ser instalado e dispõe de componentes modulares e padronizados, que oferecem versatilidade e diferentes possibilidade de aplicação em movimentação suspensa. O sistema modular DRI é ideal para aplicações leves e com fluxo de trabalho rápido para cargas de até 450 kg. Além da modularidade dos componentes, o sistema é versátil ao uso, e fácil de modificar a instalação, não necessitando de solda, apenas fixações por parafusos. O sistema modular DRI-C dispões de componentes modulares, similares e intercambiáveis ao “KBK-I” de mercado, e destinase a cargas de até 500 Kg. O sistema tem baixo peso diminuindo esforços da estrutura predial, reduzindo custos do projeto. O sistema modular DRII é indicado para cargas pesadas de até 2.000 kg. O diferencial é o baixo coeficiente de atrito entre os troles de translação e a parede interna do perfil, que permite movimento leve e manual para a maioria das aplicações. A modularidade dos componentes deixa os sistemas modulares versáteis em instalações novas e em modificações ou expansões de projetos para movimentação de materiais.
SICREDI DIVULGA DIFERENCIAIS COMPETITIVOS DE SUAS SOLUÇÕES FINANCEIRAS
A Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associação do Norte e Nordeste de Santa Catarina – Sicredi Norte SC, divulga as soluções financeiras disponíveis no stand da Intermach. O diferencial é o produto cobrança com sistema eficaz, ágil e com preço competitivo. As soluções abrangem financiamento de veículos, imóveis, serviços, bens náuticos e sustentável, depósitos a prazo, fundos de investimentos, previdência, seguros, domicílio bancário, cobrança, entre outras. Entre os serviços diferenciados está o consórcio sustentável destinado a aquisição de bens que não prejudicam o meio ambiente e contribuem para o consumo sustentável. Sobre o Sicredi Instituição financeira cooperativa, referência internacional pelo modelo de atuação em sistema. São 117 cooperativas de crédito filiadas, que operam com uma rede de atendimento com mais de 1.500 agências e presença em 21 estados brasileiros, com mais 3,5 milhões de associados, consolidando-se com uma das maiores instituições financeiras cooperativas do país.
INOX DO BRASIL OFERECE SOLUÇÕES SOB MEDIDA
Oferecer a quantidade certa de produtos conforme a necessidade do cliente, para evitar desperdícios e custos desnecessários, são diferenciais da Inox do Brasil. A empresa participa da Intermach com sua gama de produtos em aço inoxidável abrangendo chapas, barras, tubos, conexões, acessórios, arames, válvulas, tubos hidráulicos, maciços, tubos retangulares, cantoneiras e cortados a plasma. As opções em chapas e arames incluem diferentes tamanhos e espessuras para aplicações variadas. As barras podem ser solicitadas em formatos redondos, quadrados, sextavados e retangulares. Os tubos estão disponíveis em formatos OD, quadrados, retangulares e Schedule. As conexões podem ser roscadas ou soldáveis, com os mais variados diâmetros. Os acessórios foram desenvolvidos para facilitar o trabalho dos clientes na criação e montagem de peças. A empresa atende principalmente os segmentos químico, mineração, náutico, metalúrgico, hospitalar, alimentício, têxtil e usinagem. A sede da empresa está localizada em Blumenau/SC, com filiar em Içara/SC. As duas unidades contam com materiais a pronta entrega e opções de fracionamento.
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join the best: worldwide 3-5 Outubro 2017 São Paulo Expo - SP - Brasil | 11h às 19h wire South America, versão Sul Americana da maior feira de cabos e fios do mundo, a Wire Düsseldorf, chega a sua 3a edição e mostra uma visão única sobre as mais recentes tecnologias, produtos e serviços na fabricação e processamento de fios e cabos, além de oferecer uma plataforma completa para contatos e alavancar negócios. www.wiresa.com.br
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Realização
Cooperação
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Apoio
Mídia Oficial
Local
Evento Simultâneo
Revista do Aço FEIRA INTERNACIONAL DE TUBOS, VÁLVULAS, BOMBAS, CONEXÕES E COMPONENTES
Agência de Viagem
Promoção
Organização
NOVO DOSÍMETRO DE RUÍDO DIGITAL PORTÁTIL E SEM FIO CHEGA À INSTRUTHERM Medidor é o mais compacto e moderno equipamento que existe no mercado A Instrutherm acaba de receber o DOS-700 tipo 1, mais novo Dosímetro de ruído digital portátil e sem fio, com tecnologia avançada e diferenciais únicos de mercado. O medidor foi lançado no primeiro semestre de 2017 e a companhia vinha atendendo a demanda do setor através de pré-venda. Agora, o equipamento está disponível para pronta entrega. O DOS-700 é a evolução de uma linha reconhecida pelo setor de segurança do trabalho e um dos carros-chefes da Instrutherm, que é referência no segmento. Além do formato mais compacto, que permite o profissional utilizar até nos ombros de tão pequeno e leve que é a nova versão, o medidor apresenta inovações de funcionalidade, como: classificação tipo 1; característica 3 em 1 -audiodosímetro, nível sonoro e exposição sonora-; microfone sem fio destacável e incorporado ao equipamento; a possibilidade de realização de três dosimetrias simultâneas em normas diferentes; de medições simultâneas nas ponderações A, C e Z / Fast, Slow e Impulse ou em duplicações de dose diferentes 3, 4, 5 ou 6; a comunicação por infravermelho e USB; bateria recarregável em polímero de lítio; e uma base que permite o carregamento de até cinco dosímetros simultaneamente. Acompanhando as tecnologias mais avançadas, o DOS-700 também possibilita medições programadas para data e hora desejada; tem função de pausa para hora do almoço; vem com software multilinguagem -português, inglês e espanhol-; proporciona a seleção de 30 parâmetros de análise estatística e mais 94 parâmetros de medição através do software, Lavg, Leq, DOSE, TWA, NEN, entre outros. O instrumento foi desenvolvido para atender às normas nacionais e internacionais e também possui as pré-configuradas: NHO-01 e NR-15, bem como outras que podem ser configuráveis pelo usuário. Ainda vale ressaltar o exclusivo display de LCD multicaracteres, que dispensa o uso de um computador acoplado para as configurações; bem como o relógio de tempo real, para acompanhamento das medições e seus horários. A Instrutherm é uma empresa brasileira que atua há mais de 30 anos no mercado, considerada referência de qualidade e serviço e uma das líderes no segmento de segurança do trabalho. Seu portfólio dispõe de mais de 500 itens que também atendem outras áreas, como laboratório, mecânica, eletroeletrônica, agronegócios, entre outros. A empresa possui departamento de qualidade, assistência técnica multimarcas, além da calibração RBC de instrumentos das áreas de físico-química e pressão, bem como certificado rastreável RBC para as demais áreas. Está instalada em São Paulo e atende clientes em todo o Brasil, de pequenos varejos a grandes multinacionais, além de redes de distribuição. Acesse: www.instrutherm.com.br
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TECNOLOGIA
Fronius apresenta sistema de soldagem Arcing: A prova d´agua
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ÚNICA – União da Indústria da Canade-Açúcar – e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), concluiu no final de abril deste ano a estimativa para Safra 2017/2018 de cana-deaçúcar. A previsão indica 585 milhões de toneladas, queda de 22,14 milhões de toneladas em relação às 607,14 milhões de toneladas processadas na safra anterior. Esta queda resulta, sobretudo, da ligeira retração na área disponível para colheita e da diminuição esperada na produtividade agrícola do canavial a ser colhido no ciclo 2017/2018. Um dos maiores problemas enfrentados pelas indústrias de cana é na hora da moagem. São poucas empresas que ainda dispõem de tecnologia para enfrentar as chuvas, sem contar, que há muitos equipamentos no mercado que tem danos
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irreparáveis quando molhados. A Fronius - líder em tecnologia no setor de solda – dispõe de tecnologia de última geração através de seu sistema de soldagem Arcing: desenvolvido para revestimento em frisos dos rolos de moendas das usinas de açúcar e álcool. Por possuir um sistema moderno e seguro, não necessita de um operário. A máquina apresenta um desgin portátil e foi criada especificamente para a atuação em ambientes severos, como, debaixo de água e superfícies sujas devido ao esmagamento de rolos de moendas de açúcar durante a moagem. O equipamento apresenta duas opções ao cliente: trabalhar com um ou dois arames. Com dois arames é possível otimizar ainda mais o tempo
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de produção, mas ambos proporcionam total segurança na operação. Por ter tochas refrigeradas, o consumo do bico de contato (que faz a solda) é menor, resultando em menos paradas e reduzindo a manutenção do sistema. Outra vantagem para o consumidor é que pode ser utilizado para realizar reparos nos frisos durante a safra, ou seja, onde há desgastes contínuos (linhas de desgaste localizadas entre o material do friso e a camada da lateral aplicada – veias de desgaste que geram a quebra de pedações do friso). Duas fontes de soldagens O Arcing utiliza duas fontes de soldagens reguladas e monitoradas pelo microprocessador de cada máquina. Oferece uma perfeita ignição que impede que o arame grude no rolo na hora de desligar o arco. Em caso de queda de energia, o equipamento não precisa ajustar ou ser programado novamente. Basta acessar o
programa, referenciar e reiniciar a soldagem. Para facilitar sua manipulação, contém estabilizador de arco totalmente digital, faixa de entrada de energia estendida, multivoltagem compatível e um gabinete montado no carrinho da própria fonte de soldagem. É protegido pelo IP 67 ** (veja abaixo), ou seja, produto completamente protegido à prova de poeira e água. Ou seja, o sistema suporta por 30 minutos sua imersão dentro da água em profundidade de até um metro. A soldagem pode ser realizada de diversas formas: picote, solda lateral, solda base, solda de sobrebase e chapisco. ** Sistema de avaliação de proteção IP é um padrão definido pela norma internacional IEC 60529. O sistema de avaliação classifica o grau de proteção fornecido por um compartimento de equipamento elétrico contra objetos sólidos (poeira) e líquidos (água, óleo, etc). Acesse: www.fronius.com.br A
Identificação do aço logo após o lingotamento, a até 1.000ºC, com código de barras. • Melhor identificação visual (preto no branco) • Elimina escritas manuais e erros dela decorrentes • Elimina a perda da identificação por carepa e oxidação • Possibilidade da inserção de mais dados e logomarca • Possibilidade de endereçamento dos pátios de armazenamento • Confiabilidade na seleção, movimentação e reenfornamento do aço Oferecemos a possibilidade de testar nossas etiquetas na aplicação e ambiente do cliente, para medirmos o desempenho e garantir a confiabilidade da solução.
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INOVAÇÃO
TRUMPF está construindo uma Fábrica Demo para Indústria 4.0 em Chicago Processos conectados em exibição - foco em material e fluxo de informações -transparência em vários níveis - abertura no verão de 2017
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ndústria 4.0 na sua forma mais pura: a TRUMPF está construindo uma fábrica de demonstração em Chicago que é projetada desde o início como uma planta de produção flexível e conectada digitalmente. Toda a "cadeia de processo de chapa metálica" - desde a encomenda de uma peça até sua concepção, produção e entrega - está interligada de forma inteligente, de acordo com os princípios mais inovadores. Ao contrário dos tradicionais showrooms do Grupo TRUMPF, onde a ênfase está em máquinas individuais, a planta de Chicago será focada no processo completo do cliente, com informações sobre o material e fluxo da produção. Abrangendo uma área de cerca de 5.500 m², o novo local destinase a demonstrar a interação de pessoas, máquinas, equipamentos de armazenamento, automação, softwares e soluções da Indústria 4.0. As soluções da Indústria 4.0 na TRUMPF são todas classificadas sob o nome de TruConnect. Todos os módulos-chave TruConnect estarão em operação na fábrica de Chicago, permitindo uma ampla demonstração da produção de acordo com os princípios da Indústria 4.0. A linha de produção foi concebida de tal maneira que todos os processos reais de produção possam ser realizados - ou seja, os clientes da TRUMPF em Chicago podem despachar seus próprios pedidos. A fábrica de demonstração, 18 -
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com cerca de 30 funcionários, inicialmente, destinase a todos os que trabalham na conformação de chapas. O principal grupo-alvo são os pequenos e médios empresários estão apenas iniciando com conectividade digital. Seus requisitos e resultados da produção serão recolhidos nos escritórios de desenvolvimento no local e, em seguida, disponibilizados aos departamentos centrais de R & D do Grupo TRUMPF. Igualmente importante é a experiência de modelos de negócios totalmente novos da indústria 4.0, como o pool de capacidade, que pode ser sistematicamente coletada dentro da fábrica totalmente conectada. Localização estratégica Chicago foi escolhida para abrigar a nova fábrica de demonstração porque está no coração do mercado norte-americano de processamento de chapa metálica. Os estados diretamente adjacentes contêm cerca de 40% de toda a indústria de chapas do país. A proximidade do segundo maior aeroporto nos EUA também torna a nova subsidiária TRUMPF facilmente acessível, João C. Visetti Diretor Presidente Trumpf do Brasil tanto em nível nacional
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como internacional. A TRUMPF Chicago é vista como um centro internacional de excelência para soluções da Indústria 4.0 e tem uma arquitetura projetada para este fim. O "Centro de Controle" - um centro de comando com grandes áreas de exibição - disponibiliza vários parâmetros de processo aos visitantes em tempo real. Uma visão panorâmica da fábrica revela uma passarela, a chamada "Skywalk": que abrange todo o comprimento do salão de 55 metros, com seu fluxo de material e informação, enfatiza o fato de que as instalações de produção formam um sistema único e geral. O Skywalk é parte de uma estrutura de teto escorada fabricada por um cliente da TRUMPF em Atlanta. Com custos de construção estimados em cerca de € 13 milhões, a fábrica de demonstração foi desenhada pelo escritório de arquitetura Barkow Leibinger, de Berlim, e sua abertura oficial está prevista para o final de 2017. Em uma área de 5.500 m², a TRUMPF demonstra a interação de pessoas, máquinas, armazenamento, automação, software e soluções da Indústria 4.0 No "Centro de Controle", os visitantes recebem informações em tempo real sobre fluxo de material, desempenho da máquina e outros parâmetros do processo. Uma característica especial da nova fábrica de demonstração é o "Skywalk" de 55 metros de comprimento, que se estende no corredor. A nova fábrica de demonstração não está apenas
localizada em um lugar maravilhosoao lado de um lago, mas também está convenientemente perto do Aeroporto Internacional O'Hare, em Chicago. Sobre TRUMPF A empresa de alta tecnologia TRUMPF oferece soluções de fabricação nas áreas de máquinasferramenta, lasers e eletrônica. Oferece ainda conectividade digital na indústria de transformação através de consultoria, plataforma e software. TRUMPF é uma companhia líder de tecnologia no mercado mundial de máquinas-ferramentas utilizadas no processamento de chapa flexível, e também em lasers industriais. Em 2015/16 a empresa - que tem mais de 11.000 funcionários - alcançou vendas de 2,81 bilhões de euros. Com mais de 70 subsidiárias, o Grupo TRUMPF está representada em quase todos os países da Europa, Norte e América do Sul e Ásia. Possui instalações de produção na Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Áustria, Suíça, Polónia, República Checa, EUA, México, China e Japão. A TRUMPF comemora,em 2017, 36 anos de presença no Brasil. Com sede em Barueri, a empresa possui uma operação solidificada e com abrangência para prover assistência técnica a seus clientes em diferentes regiões, sendo responsável também em dar suporte às operações na América do Sul. Em 2014, a unidade brasileira atingiu o marco de 1500 máquinas vendidas em território nacional.
Acesse: www.trumpf.com.
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TOTVS leva a Indústria 4.0 à nuvem
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ompanhia aposta em softwares por assinatura para ajudar as pequenas e médias empresas a vivenciarem a Manufatura Avançada Aplicar o conceito de Indústria 4.0 na prática é um importante desafio para o segmento de manufatura no Brasil. Enquanto o mercado evolui para uma transformação digital, com produtos e processos cada vez mais inteligentes, as companhias nacionais, principalmente as pequenas e médias, buscam formas de se adequar a essa nova realidade. A TOTVS, que é líder em SMB (small and medium business), desenvolveu uma oferta para que essas empresas possam vivenciar os benefícios proporcionados pela Manufatura Avançada, de forma viável e adequada aos seus negócios: na nuvem. A modalidade, chamada TOTVS Intera, é uma forma inovadora e descomplicada de contratar soluções na nuvem através de uma assinatura. Isto é, por meio de um valor mensal, o cliente usufrui de softwares de gestão e funcionalidades especializadas e em constantes evoluções sem nenhum custo com infraestrutura, como servidores ou data centers, manutenção e suporte próprios. 20 -
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Além disso, elimina a necessidade da aquisição de licenças e torna a tecnologia de ponta acessível às PMEs, inclusive aproximando-as da Indústria 4.0. Ou seja, como cliente TOTVS, a empresa paga apenas a mensalidade correspondente ao número de pessoas que acessam (IDs) e recebe todo o portfólio de software e hardware da companhia na nuvem. Para as que estão começando, é disponibilizada uma oferta mais direcionada a esse perfil que, além do sistema de retaguarda, conta com quatro módulos especialistas e permite que seja escolhido o pacote de serviços de implantação que melhor se encaixa às necessidades daquela organização. O objetivo é permitir avanços na gestão, produtividade, redução de custos e elevar a qualidade da operação como um todo. O modelo também contempla a plataforma fluig, que permite ao cliente gerenciar as suas tarefas, organizar documentos, automatizar processos, criar os seus próprios portais, acessar online os principais indicadores da empresa e, ainda, manter todos conectados e atualizados por meio de uma rede social corporativa. Tudo em um único ambiente
INOVAÇÃO
e operando na nuvem, o que oferece um nível de segurança da informação extremamente confiável, e que, no contexto da Indústria 4.0, desempenha um importante papel na conectividade entre os elos da cadeia de suprimentos e entre as etapas da própria produção. O cliente Intera conta ainda com um profissional de atendimento especializado no seu segmento, que faz um acompanhamento constante, chamado de Copiloto. “Dentro da estrutura industrial brasileira as pequenas e médias empresas desempenham um papel extremamente relevante. Por isso, pensamos em ofertas que se adequem perfeitamente a esses negócios e a resposta está na nuvem. Operar em cloud é a combinação perfeita entre praticidade e custo – com tecnologias de ponta, mas sem altos investimentos. Assim, o mercado SMB consegue vivenciar, na prática, o que parecia ser uma realidade apenas para as grandes ou multinacionais”, afirma Angela Gheller Telles, diretora dos segmentos de
Manufatura e Logística da TOTVS. TOTVS na Manufatura O segmento de Manufatura é uma importante fonte de negócios para a TOTVS e representou 24,4% da receita total em 2016. A companhia focou na atualização e desenvolvimento de ferramentas e funcionalidades que permitem que as empresas brasileiras entrem nessa Era Digital. Dessa forma, é possível entregar recursos viáveis e aplicáveis, não apenas com olhar de futuro, mas ancorado no presente, para ajudar, hoje, as manufaturas nesse novo e denso desafio. MES, RFID, Portal de Vendas do Cliente, Configurador de Produtos Web, e-Procurement e S&OP (ferramenta de planejamento de vendas), e-Kanban, APS e Gestão da Qualidade, são algumas das suas soluções vocacionadas para o segmento.
Acesse: www.totvs.com
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MERCADO
Usiminas registra EBTIDA Ajustado de R$ 750 milhões Resultado alcançado no 2T17 inclui o reconhecimento de R$ 205 milhões recebidos em julho pela Mineração Usiminas. Sem esse valor, o EBITDA Ajustado é o maior em 13 trimestres, atingindo R$ 551 milhões
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Usiminas confirmou a tendência de melhoria de seus resultados, iniciada no 3º trimestre de 2016, e encerrou o semestre com números positivos, que consolidam a trajetória de ascensão da companhia. O EBITDA Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 749,9 milhões entre abril e junho de 2017, o melhor resultado em 28 trimestres. O número foi influenciado pelo reconhecimento de R$ 205,1 milhões recebidos, em julho, pela Mineração Usiminas (MUSA), após acordo firmado com a Porto Sudeste em junho deste ano. Sem considerar esse valor, a Usiminas alcançou, no período, um EBITDA Ajustado de R$ 550,8 milhões, o maior em 13 trimestres. A margem de EBITDA Ajustado chegou a 29,2%, 6,5 pontos percentuais acima do registrado no trimestre anterior, de 22,7%. A empresa também alcançou lucro líquido de R$ 175,7 milhões no 2T17, um aumento de 62% frente aos R$ 108,3 milhões obtidos nos três meses anteriores. Deve-se destacar que o lucro líquido foi parcialmente impactado por efeitos cambiais negativos no período. Para o presidente da Usiminas, Sergio Leite, os números do 2º trimestre de 2017 representam o novo momento da companhia, após a superação de complexos desafios ao longo dos últimos
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anos. “A Usiminas passou por três fases críticas até chegarmos à etapa atual, em que podemos voltar a construir o futuro da companhia. Tivemos uma primeira fase, em 2015, de deterioração de resultados, com enorme perda de valor da empresa. Em seguida, passamos para uma fase de busca pela sobrevivência, a partir do início de 2016, em que lutamos para eliminar o risco de falência da Usiminas, por meio de ações como a injeção de capital pelos acionistas e a renegociação da dívida. Nos meses seguintes, entramos na fase de construção de resultados, focando na redução de custos, na reestruturação do nosso quadro gerencial e no aumento da receita”, explica o executivo. Segundo Leite, a Usiminas vive hoje uma nova etapa, com metas de gestão estabelecidas, voltadas, principalmente, para a geração de resultados, a busca pela excelência no atendimento aos clientes e a melhoria do clima organizacional. “Estamos trabalhando intensamente para reforçar a Usiminas como protagonista no cenário siderúrgico brasileiro e da América Latina. Os números que apresentamos hoje ao mercado, consolidados com os registrados a partir do 3º trimestre de 2016, servem como base para pavimentarmos o caminho que queremos seguir. Temos a nosso favor o DNA de qualidade, inovação e tecnologia, que coloca a Usiminas no
estado da arte no segmento de aços planos.” OUTROS DESTAQUES Ressalta-se, ainda, nos resultados do 2º trimestre de 2017 o aumento de 9,3% da receita líquida da Usiminas, que subiu de R$ 2,4 bilhões no trimestre anterior para R$ 2,6 bilhões entre abril e junho deste ano. Os números refletem, especialmente, o maior volume de vendas e os maiores preços apresentados no período pelas unidades de siderurgia e pela Soluções Usiminas, empresa do grupo dedicada ao beneficiamento e distribuição do aço. Contribuíram para esse aumento, portanto, as vendas totais de aço das unidades de siderurgia, que somaram 990 mil toneladas no 2T17, contra 930 mil toneladas nos três primeiros meses do ano, um crescimento de 6%. Do total comercializado, 840 mil toneladas (85%) foram destinadas ao mercado interno, enquanto 150 mil toneladas (15%) foram exportadas. As vendas para o mercado externo aumentaram 43% em relação ao 1T17, quando foram comercializadas 105 mil toneladas para o exterior. Em termos de produção, 769 mil toneladas de aço bruto foram produzidas no 2º trimestre de 2017, um incremento de 4% na comparação com o trimestre anterior, e 1 milhão de toneladas de laminados foram produzidas nas usinas de Ipatinga (MG) e Cubatão (SP), o que representa, ainda, um aumento de 4% frente ao período de janeiro a março deste ano. Quanto a investimentos, a Usiminas totalizou R$ 34,1 milhões no 2T17, valor 45,8% superior ao apresentado no 1T17, de R$ 23,4 milhões. Do total registrado no período, aplicado, em sua maioria, em CAPEX de manutenção, aproximadamente 75% foram destinados à Unidade de Siderurgia, 14% à Mineração, 7% à Transformação do Aço e 4% aos Bens de Capital. SUBSIDIÁRIAS A Soluções Usiminas apresentou uma receita líquida de R$ 589,7 milhões no 2º trimestre de 2017, resultado 4% superior aos R$ 567,0 milhões registrados no trimestre anterior. O aumento deve-se ao crescimento do volume de vendas de produtos e serviços no período, na ordem de 1,2%, assim como o incremento de 2,8% no preço médio, em função do mix mais nobre de produtos comercializados. Já o EBITDA Ajustado da unidade apresentou uma
queda no trimestre na comparação com o 1T17, passando de R$ 36,9 milhões para R$ 27,3 milhões, devido, principalmente, à redução das margens pelo aumento do custo das matériasprimas. A margem de EBITDA Ajustado Presidente da Usiminas, Sergio Leite. foi de 4,6% no 2T17, contra 6,5% nos três primeiros meses de 2017. Em função da redução nos preços PLATTS no mercado internacional, bem como da queda de 2,2% no volume de minério de ferro comercializado, passando de 643 mil toneladas no 1T17 para 629 mil toneladas no 2º trimestre, a receita líquida da Mineração Usiminas caiu 17,7% entre abril e junho deste ano, saindo de R$ 108,3 milhões para R$ 89,1 milhões. Por outro lado, em razão do reconhecimento do montante pago pela Porto Sudeste, o EBITDA Ajustado da MUSA registrado no 2T17 saltou para R$ 225,8 milhões, contra R$ 51,5 milhões no trimestre anterior, um aumento de 338,3%. A margem de EBITDA Ajustado foi de 253,4%, frente aos 47,6% apresentados no 1º trimestre do ano. A Usiminas Mecânica segue impactada pela estagnação de projetos nos setores de infraestrutura no país e apresentou redução de 2,7% em sua receita líquida no 2T17, de R$ 80,4 milhões, contra R$ 82,7 milhões registrados no trimestre anterior. Ainda assim, a unidade conquistou um aumento do lucro bruto no período, chegando a R$ 5,3 milhões, número superior ao R$ 0,5 milhão alcançado no 1T17. O crescimento deve-se às maiores receitas obtidas no segmento de equipamentos industriais. O EBITDA Ajustado do 2º trimestre de 2017 foi de R$ 1,6 milhão negativo, ante os R$ 4,2 milhões negativo no 1T17, também em função das melhores margens do segmento de equipamentos industriais e da redução de despesas fixas no período. A margem de EBITDA Ajustado foi negativa em 2%, contra 5% negativa no 1T17. Acesse: www.usiminas.com
Crédito Leonardo Galvani
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TRABALHO
Reforma Trabalhista: 10 mudanças que as empresas precisam saber
Renata Domingues
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ara a especialista Mônica Gonçalves da Silva, sócia do BTLAW, alterações na jornada de trabalho, férias e teletrabalho são alguns dos destaques - 10 mudanças relevantes para as empresas. Veja abaixo: 1) Negociado sobre o Legislado As negociações prevalecerão sobre a lei e as condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. 2) Terceirização Liberação da terceirização na atividade-fim das empresas de forma expressa. 3) Jornada Prestação habitual de horas extras não descaracterizará acordo de compensação e banco de horas. Fim do intervalo de 15 minutos antes do início da sobrejornada. Inserção da jornada 12 x 36 na legislação. Celebração de banco de horas também por acordo individual escrito. Intervalo intrajornada poderá ser de 30 minutos. Não será computada na jornada de trabalho o tempo gasto no percurso para se chegar no local e trabalho e no retorno para casa (horas in itinere). 4) Extinção da contribuição sindical Contribuição sindical facultativa para participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais. 5) Férias Fracionamento em até três períodos, sendo
que um deles não poderá ser inferior a 14 dias e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias cada. 6) Trabalho intermitente Alternância dos períodos de prestação de serviços e de inatividade; trabalho determinado em horas, dias ou meses; prestação de serviços a vários empregadores. 7) Rescisão contratual Realizada na própria empresa, com partes acompanhadas por seus advogados; equiparação de dispensas individuais, plúrimas e coletivas sem prévia autorização da entidade sindical; demissão em comum acordo, com saque de até 80% do FGTS e pagamento de metade da multa do FGTS. 8) Teletrabalho Regulamentação da prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com utilização de tecnologias de informação e de comunicação; sem percepção de horas extras. 9) Arbitragem e acordo extrajudicial Arbitragem possível para empregados com remuneração superior a 2 vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência Social; possibilidade de submeter acordo extrajudicial à apreciação e homologação judicial. 10) Preposto Preposto não precisará ser empregado. A Revista do Aço - 25
MERCADO
Como identificar o verdadeiro Hardox, produzido pela SSAB
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iderúrgica sueca dá dicas sobre como identificar as verdadeiras chapas antidesgaste Hardox e se atentar às falsificações do aço de alta resistência Pensando em como evitar possíveis cópias ilegais do aço de alta resistência Hardox no mercado brasileiro, a SSAB, siderúrgica fabricante de aços de alta resistência com unidades produtivas na região nórdica e nos Estados Unidos, reuniu algumas medidas para reconhecer o produto, garantindo segurança e qualidade para seus clientes e usuários finais e também, evitar prejuízos. As chapas de aço Hardox têm diversas grades de durezas (350 a 650 Brinell), ampla faixa de espessuras, dimensões e características próprias e únicas, e assim oferecendo opções para reduzir o desgaste de produtos ou equipamentos, reduzir o tempo de fabricação, aumentar a vida útil e aumentar a produtividade das operações. “Todas as chapas Hardox são numeradas e contêm um certificado individual, o que demonstra a autenticidade do material”, afirma Diego Rigoletto, Gerente Regional de Vendas da SSAB.
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É possível identificar o verdadeiro aço Hardox a partir de dois exemplos: pelas chapas grossas laminadas a quente, com dimensão padrão de 2500 x 6000 (fabricadas na Suécia e nos EUA) e pelas tiras laminadas a quente e a frio, com dimensão padrão de 1500 x 5800 (fabricadas na Suécia e Finlândia). Lembrando que outras dimensões disponíveis também possuem a mesma marcação. Para a chapa grossa laminada a quente, Diego conta que toda chapa tem uma marcação puncionada indicando sua grade e sua identificação (número de lote e chapa) e uma pintura amarronzada, o que facilita a identificação pela cor. “Essa pintura refere-se a um primer de proteção contra corrosão
MERCADO
atmosférica”, diz. Toda chapa tem diversas informações impressas nas cores branca ou preta, com a dimensão impressa - no exemplo, 15 x 2500 x 6000, vem com a marcação da grade do Hardox: Hardox 450, 500, 550, etc., e estampa o nome da usina. “No nosso caso, SSAB significa Ssvenskt Stal A.B. - Aço Sueco S.A.” comenta. Além disso, o aço também tem o nome da cidade e estado onde a usina está localizada, como por exemplo, Oxelosund (Suécia) e Alabama (EUA). Todas as chapas são entregues com bordas aparadas também. No caso das tiras laminadas a partir de bobina, o material vem em fardos embalados, que são
identificados por meio de etiquetas alocadas em cada um, com as seguintes informações: a indicação da grade do Hardox, o nome da usina, que este material é produzido somente na Suécia (SSAB EMEA AB, Sweden) e sua dimensão – no exemplo, 4 mm x 1500 x 4020. Os dois casos – chapas grossas e tiras laminadas trazem o número da corrida e o número da chapa. “Esta informação liga cada chapa a um certificado de qualidade”, conclui Diego. Em resumo, todas as chapas ou bobinas da SSAB vêm com uma identificação com: - Espessura; - Largura e comprimento; - Número de lote e chapa (nos casos de chapas grossas); - Nome do material (Hardox); - Grade: Hardox 400, 450, 500 etc.; - Usina onde foi produzida. Primer e bordas aparados são importantes neste processo também. Acesse: www.ssab.com.br
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MERCADO
Prysmian fatura R$ 1,3 bilhão no Brasil e tem crescimento de 80% no lucro
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xpectativas para o exercício 2017 são de retomada nos mercados de telecomunicações e de distribuição de energia, contrapondo uma estagnação na construção civil e redução no setor de óleo e gás No mundo, o Grupo Prysmian obteve um volume de vendas de 7,5 bilhões de euros em 2016, impulsionado pela inovação tecnológica, novos ativos e capacidade para execução de projetos A Prysmian no Brasil, empresa líder global em cabos e sistemas para os setores de energia e telecomunicações, faturou R$ 1,3 bilhão no País em 2016 e obteve um lucro líquido, antes de efeitos extraordinários, de R$ 61,7 milhões no ano. Embora o volume de vendas tenha registrado uma queda de cerca 15% de um exercício para outro, com R$ 1,5 bilhão em 2015, influenciada sobretudo pela redução nos setores de óleo e gás e nos mercados de infraestrutura e construção civil, o lucro, por outro lado, apresenta uma forte melhora,
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antes de efeitos extraordinários de impairment e aumento de inadimplência, com montante 80% maior em comparação com o ano anterior. O principal motivo desses resultados, segundo o CEO da Prysmian na América do Sul, Marcello Del Brenna, está relacionado às adequações de
estrutura e processos dentro da realidade atual de mercado. “As expectativas para 2017 são de ligeira retomada nos mercados de telecomunicações e na distribuição de energia, contrapondo uma estagnação na construção civil e redução no setor
MERCADO
de óleo e gás”, comenta Del Brenna. Resultados mundiais A nota de rentabilidade do Grupo Prysmian em 2016 foi a mais alta da história da companhia, com o EBITDA ajustado em 711 milhões de euros, um crescimento de 16,4% em relação ao exercício anterior, quando atingiu 584 milhões de euros. O volume de vendas também subiu de um ano para outro e chegou a 7,5 bilhões de euros, ante os 7,3 bilhões de euros verificados em 2015. “O excelente desempenho nas vendas em empresas de maior valor agregado se refletiu em uma melhora significativa na rentabilidade, também fomentada pelo foco na eficiência operacional e na otimização do sistema de fabricação”, comenta Valerio Battista, CEO do Grupo Prysmian. “As inovações tecnológicas desenvolvidas, por exemplo, para projetos de energia, como o novo cabo P-Laser 600 kV e o cabo PPL 700 kV, representam hoje grandes marcos para toda a indústria”, acrescenta. O executivo ressalta ainda que o Grupo passou por um avanço significativo no desenvolvimento das capacidades de engenharia e execução de projetos, com o objetivo de fornecer um serviço turn-key aos clientes. “Também investimos na expansão de nossa frota de navios lança-cabos, o que significou um alto ganho de desempenho e rentabilidade”, comenta Battista. Segundo o CEO do Grupo Prysmian, as perspectivas da organização permanecem positivas, tanto para cabos submarinos como para sistemas. “Pretendemos conquistar novos projetos de interconexão de energia e em empreendimentos eólicos offshore, além de ampliar o negócio de Telecom, onde a demanda por cabo óptico permanece alta. O forte desempenho das vendas e a melhoria na rentabilidade ajudaram a fortalecer ainda mais a estrutura financeira do Grupo, com uma liquidez melhor do que a esperada", conclui Battista. *Este conteúdo foi divulgado em primeira mão no Clube de Imprensa.
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NEGÓCIO
Impactos da terceirização num ambiente de competitividade empresarial *Lívio Giosa
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assunto terceirização entrou na pauta da agenda corporativa no início da década de 90. O outsourcing, palavra em inglês que designa esta prática, já vinha sendo implementada, com sucesso, em meados dos anos 80, nos países desenvolvidos. São 25 anos de ativação no ambiente das organizações, que procuram alternativas estratégicas de ferramentas de gestão, buscando o aprimoramento das atividades e mais competitividade. Alguns setores da economia utilizaram com bastante ênfase os serviços terceirizados, concentrando esforços principalmente no seu core business, isto é, no seu negócio principal e contratando empresas para atuarem nas tarefas ditas complementares. Quando, recorrentemente, focamos a terceirização sob o aspecto da gestão, encontramos aqui elementos claros que permitem identificar a sua prática: No aprimoramento dos processos da qualidade dos serviços prestados; Na entrega dos serviços nos prazos ideais; Nas atividades que permitem a otimização de recursos com redução de custos; Na utilização constante de inovação tecnológica agregada à prestação dos serviços.
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A 7ª edição da Pesquisa Nacional sobre Terceirização, realizada em maio deste ano pelo Centro Nacional de Modernização Empresarial (CENAM), envolvendo 2.810 empresas em todo o país, indica que 70% dos participantes avaliam como satisfatórios e atendendo às expectativas os serviços prestados por empresas terceirizadas. Além disto, consideram que 95% cumprem as bases do contrato, 86% empregam uma metodologia de trabalho e 39% tiveram redução de custo nas atividades terceirizadas. No entanto, a pesquisa revela que em 78% das empresas participantes não há avaliação periódica e identificação dos índices de desempenho dos serviços terceirizados, 53% não atendem à qualidade dos serviços prestados, 69% não empregam tecnologia adequada e 34% já tiveram algum problema trabalhista com a contratação de serviços terceirizados. Mesmo assim, 96% acreditam que a contratação de serviços terceirizados continuará a ser utilizada na empresa nos próximos anos. Por outro lado, quando abordamos o tema sob o foco dos contratos de trabalho envolvidos no registro da mão de obra junto às empresas prestadoras de serviços, percebemos que, ao longo destes anos, muitas distorções ocorreram, gerando ações trabalhistas e denúncias de irregularidades
NEGÓCIO
diversas. Este sinal de alerta contratual tem ocorrido nas relações das empresas prestadoras de serviços com a iniciativa privada e com o setor público. Este último, por decorrência da utilização da Lei nº 8.666, que determina a contratação dos serviços pelo menor preço, acabou sofrendo uma sequência enorme de denúncias. Surge então, no cenário de discussão do tema, um fato relevante: a aprovação da Lei nº 13.429/2017 que dispõe sobre o trabalho temporário e definiu padrões legais para a prestação de serviços a terceiros. Com isto, estabeleceu-se uma nova premissa para a contratação dos serviços pelas organizações públicas e privadas, possibilitando fazê-la tanto para as atividades-meio quanto para as atividades-fim. Também, reforça-se as salvaguardas trabalhistas para o trabalhador da empresa prestadora de serviços, oferecendo mais segurança e resguardo no processo de contratação entre as partes. A premissa principal contida no texto desta ação legislativa determina a subordinação das empresas às condições predeterminadas pelos sindicatos de trabalhadores e complementadas pela aplicação dos serviços terceirizados nas atividades-meio e atividades-fim das empresas. Neste particular, setores estratégicos de atividades no Brasil vêm utilizando serviços terceirizados desde o início da construção deste conceito moderno de abordagem. Identificou-se, através daí, o enquadramento
destas atividades, seja no âmbito administrativo, seja no âmbito operacional, irradiando estas ações de uma forma horizontal na maior parte das áreas das empresas. Com o processo de privatização e concessão de vários setores estratégicos, por exemplo, nos últimos anos, estas empresas definiram um modelo de contratação dos serviços mais rígido, incluindo também indicadores de qualidade consistentes com os índices acordados pela agência reguladora e das práticas reconhecidas pelo mercado. Com isso, o que se depreende é que os impactos da terceirização e o gerenciamento dos riscos da aplicação deste processo são fundamentais para o bom desempenho das empresas num ambiente de eficiência e de busca de resultados. A terceirização, como ferramenta de gestão, se destaca assim como um modelo estratégico ou como um elemento decisivo no conjunto das atividades das organizações para atingirem indicadores de competitividade à altura das exigências do mercado. *Lívio Giosa – Presidente do Centro Nacional de Modernização Empresarial (CENAM); Presidente Executivo da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB); Sócio Diretor da GLM - Assessoria Empresarial e autor do Livro: “Terceirização: Uma Abordagem Estratégica” – 9ª edição – Ed.Pioneira/Thomson/ Meca.
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QUALIDADE
Usiminas é recomendada para certificação em nova norma da qualidade do setor automotivo Companhia é uma das primeiras empresas brasileiras a obter a recomendação para a certificação na IATF 16949:2016
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Usiminas acaba de se tornar uma das primeiras empresas brasileiras – além de uma das siderúrgicas pioneiras no mundo – a obter a recomendação para a certificação na nova norma de gestão da qualidade para fornecedores do setor automotivo, a IATF 16949:2016. A conquista reforça o protagonismo da companhia no atendimento qualificado às demandas da exigente indústria automotiva, o que inclui também o desenvolvimento de soluções customizadas para o cliente. A oficialização da recomendação aconteceu por meio de relatório enviado pela empresa Bureau Veritas Certification (BVC), à International Automotive Task Force (IATF), responsável pela certificação. O documento atende a uma solicitação de grande parte do setor automotivo mundial, que, para garantir o alto nível de qualidade, exige de seus fornecedores a certificação na norma. Desenvolvida pela IATF, ela estimula o desenvolvimento do 32 -
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mercado automotivo e é tida por muitos como um pré-requisito para se fazer negócios. A extensa e abrangente auditoria que credenciou a Usiminas para a certificação foi realizada pela BVC entre 29 de maio e 23 de junho deste ano e cobriu os processos desenvolvidos na sede da companhia, em Belo Horizonte; nas usinas de Ipatinga e Cubatão; no Centro Empresarial do Aço (CEA), em São Paulo; no Porto de Vitória e Cubatão e nos Centros de Distribuição TESP, Utinga, Imbiruçu e Santa Luzia. Eduardo Côrtes Sarmento, gerente-geral de Atendimento ao Cliente, Garantia da Qualidade e Produto da Usiminas, destaca o resultado conquistado pela empresa. “A Usiminas se coloca mais uma vez como pioneira nas certificações da Qualidade, graças à atualização de nosso Sistema de Gestão da Qualidade, colocando-o em linha com as mais recentes normas editadas no mundo. Chegamos à frente de muitas empresas, no Brasil
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e no mundo, e demonstramos nossa força de trabalho com capacidade para alcançar resultados importantes e inovadores”, comemora. Além da auditoria, o projeto de certificação da Usiminas na nova norma envolveu um planejamento que incluiu o estudo da norma, o treinamento das equipes envolvidas, a identificação das lacunas existentes e das ações para eliminação de cada uma delas, por fim, o ciclo completo de auditorias internas e as correções necessárias. Agilidade A norma IATF 16949:2016, que substitui e anula a ISO/TS 16949:2009, antiga regra voltada para o setor automotivo, foi publicada em outubro do ano passado. A Usiminas não perdeu tempo e atualizou o seu Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) para atender às mudanças. Todas as organizações certificadas na antiga norma precisarão migrar para a nova versão até setembro de 2018. A empresa, portanto, está mais de um ano adiantada nesse projeto. Na reunião de encerramento do processo de auditoria, o presidente da companhia, Sergio Leite, destacou a agilidade de toda a equipe. “É uma satisfação enorme celebrar esse resultado. A Usiminas possui 54 anos de operação e coloca a qualidade no atendimento ao cliente como prioridade desde a fundação da empresa”, destacou.
Cuidado no fornecimento Em 2016, a Usiminas lançou quatro novos produtos para o segmento, alguns deles inéditos e exclusivos no país, em um esforço para produzir localmente aços de alto conteúdo tecnológico. Até o fim deste ano, a previsão é que outros dois produtos sejam lançados com foco nesse mercado. Entre os diferenciais da Usiminas no atendimento ao setor automotivo – um dos principais mercados consumidores da indústria do aço – está o máximo rigor no desenvolvimento de produtos destinados a esse segmento, que tem a segurança dos veículos como premissa. A companhia desenvolveu o Processo de Segurança de Produto, com o objetivo de fornecer itens efetivamente seguros para a fabricação de peças críticas como longarinas, amortecedores, rodas, travessas, para-choques e tanques de combustível. Uma das principais ferramentas utilizadas nesse processo é a FMEA (Análise de Modos de Falhas e Efeitos), em que o controle dos riscos identificados é feito por meio de robustos projetos de aços, direcionados especificamente para a segurança na aplicação do produto; pelo atendimento aos requisitos do processo de manufatura e pela avaliação da conformidade do material, utilizando amostragem diferenciada e critérios de aceitação mais rígidos. A Acesse: www.usiminas.com
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PERFIL
Okuma comemora 20 anos de Brasil lidera na incorporação de tecnologias da indústria 4.0 no segmento de máquinas-ferramenta
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mpresa japonesa é uma das maiores fornecedoras de máquinas-ferramenta premium do setor na América do Sul Oferecer todo o suporte necessário às fabricantes japonesas no Brasil. Foi com esse objetivo que, em abril de 1997, a Okuma iniciou suas atividades no País e, por extensão, em toda a América do Sul. A empresa especializada na fabricação das chamadas máquinas mães (utilizadas para a construção de novas máquinas) para usinagem de alta precisão completa 20 anos de atuação como uma das líderes de mercado e pioneira no processo de automação do segmento. “A Okuma construiu uma história de duas décadas de sucesso no mercado brasileiro e tornouse uma das grandes referências na produção, manutenção e suporte para o segmento de maquinas-ferramentas. Comemoramos os nossos 20 anos já nos preparando para futuro. Acreditamos que os novos desafios apontam para a incorporação
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de tecnologias da indústria 4.0, Internet Industrial de Coisas (IIoT), Smart Manufacturing e outras. Com esse movimento estamos nos preparando para a indústria do futuro com infinitas possibilidades”, afirma Mohseen Hatia, diretor geral da Okuma Latino Americana”. De acordo com Hatia, o direcionamento para oferecer não somente máquinas, mas equipamentos inteligentes e mais eficientes é fundamental para consolidar ainda mais a presença e a referência da Okuma. “Há alguns anos, lideramos as iniciativas regionais em automação e desenvolvimento de soluções completas aos clientes, proporcionando alto nível de customização e eficiência na utilização dos equipamentos. Assim, mais do que máquinas, vendemos a solução completa, com programação e opcionais incluídos. É só virar a chave e esperar os bons resultados”, garante. Atualmente, a Okuma Latino Americana possui mais de 2000 máquinas instaladas em território
PERFIL
nacional e mantém um departamento de peças sobressalentes, que hoje cobre cerca de 90% dos casos de manutenção preventiva e corretiva. As principais áreas de atuação da empresa são: Automotivo; Óleo & Gás; Agrícola; Médico; Aeroespacial e Moldes & Matrizes. “Os números do primeiro trimestre indicam que o mercado automotivo voltou a crescer na casa dos dois dígitos, o que necessariamente vai gerar maior demanda por máquinas-ferramenta, suporte técnico e peças de reposição”, observa Hatia. Já o setor agrícola, que manteve bons números mesmo durante a crise, está aumentando a demanda por máquinas de precisão, que exigem alto grau de customização e automação. Apesar das várias crises enfrentadas nas últimas duas décadas, o número de clientes e base instalada da Okuma no País sempre cresceram de forma consistente e com total apoio da matriz no Japão. A empresa acredita no potencial de recuperação, mantendo um otimismo cauteloso para o próximo triênio. “Ainda há muitos fatores políticos e econômicos a serem definidos, mas estamos confiantes de que o País vai voltar a crescer. O mercado das Américas é o segundo maior para a Okuma no mundo, atrás apenas da Ásia. E a nossa matriz acredita muito no potencial do Brasil para a manutenção do desenvolvimento dos negócios”,
conclui. 20 anos de história Até 1997, os equipamentos da Okuma chegavam ao Brasil apenas para a indústria automobilística, por meio de uma única distribuidora. No entanto, ainda não havia a estrutura de suporte ou a assistência que os clientes necessitavam. Neste contexto, a empresa decidiu iniciar as operações na América do Sul e inaugurou o escritório brasileiro no dia 1º de abril. No ano seguinte, a Okuma passou a contar com mais um distribuidor e diversificou o canal de vendas, conquistando novos clientes. “Esse movimento foi importante para expandirmos nossa atuação para os segmentos de Óleo & Gás, Agrícola, Médico, Aeroespacial e Moldes & Matrizes”, relembra Hatia. A primeira grande transformação da empresa aconteceu no fim do ano 2000, quando desenvolveu um modelo de negócios específico para o Brasil: canal direto de vendas, sem a participação de intermediários, realizando todas as atividades de pré e pós-venda. “Essa é uma questão cultural. Os clientes brasileiros preferem manter um relacionamento direto, pois entendem que assim terão uma atenção do fabricante. A Okuma entendeu o mercado brasileiro e criou aqui o único modelo de vendas diretas da corporação em termos
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PERFIL
mundiais”, conta o executivo. A primeira equipe de vendas da Okuma contava com quatro pessoas. A iniciativa deu certo e a empresa manteve um crescimento sustentável desde então. Como resultado, o número de máquinas instaladas no País cresceu significativamente, com uma grande variedade de modelos, incluindo os grandes Centros de Usinagem Dupla Coluna, Tornos Multitarefas, Centros de Usinagem 5 eixos, etc. A equipe total também aumentou pelo menos seis vezes, chegando a cerca de 50 profissionais. Atualmente, os colaboradores de vendas estão distribuídos em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas e Pernambuco. A atuação no restante do continente é feita por meio de distribuidores na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. A Okuma acompanhou o desenvolvimento
da economia brasileira nas últimas décadas, ampliando o fornecimento de máquinas junto com o crescimento da indústria. Um dos projetos de maior destaque aconteceu em 2005, quando a companhia firmou parceria com o Senai para o desenvolvimento de peças para o Programa Espacial Brasileiro, hoje utilizadas tanto pela NASA quanto pela Estação Espacial Internacional. “Foi uma experiência muito positiva e que serviu para comprovar a capacidade e qualidade dos produtos desenvolvidos pela Okuma”, completa Hatia. Sempre buscando a excelência nos serviços prestados, em 2012 a Okuma inaugurou um novo Centro de Tecnologia em São Paulo, com um Show Room adequado para exposição de novas máquinas e promoção de eventos. O espaço é utilizado para treinamentos de clientes e testes avançados de usinagem. Acesse: www.okuma.com.br A
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NEGÓCIO
Qual a sua produtividade por segundo rodado?! *Por Raul Cesar Sales Specialist da startup
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empre procurei ser um colaborador eficiente, no entanto, até há pouco tempo eu centralizava todas as atividades em mim, sem delegar. De fato, eu consegui entregar o que era requisitado, as vezes de maneira rápida ou as vezes com o prazo estourado, mas sem o acabamento adequado. Essa publicação começa em formato de confissão, afinal foi um dos meus grandes desafios nos últimos anos, delegar! Passar pela disruptura de abrir mão do “Ei, mas só eu sei fazer isso assim”. Assim consegui produzir mais e melhor. Envolto em um ambiente de tecnologia e inovação, hoje eu vejo que acabei acertando em corrigir isso o quanto antes. Cada dia mais eu vejo o discurso da colaboração social, team work online, empresas planas (sem hierarquia) que apostam na inovação e no erro controlado para conquistar coisas novas. Isso só é possível quando os CEO’s abrem mão de ter direito e razão e decidem permitir-se que as ideias venham de outras formas. David Velez, CEO da Nubank, comentou recentemente em uma entrevista que nas empresas financeiras tradicionais, seus concorrentes tomam decisões porque alguém diz: “Eu tenho 40 anos 38 -
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de experiência nisso, por isso digo que o caminho que devemos seguir deve ser esse”. Já na Nubank, empresa que ele lidera, ninguém poderia tomar decisões assim porque poucos tem sequer 40 anos de vida, em compensação seus colaboradores de 25 nacionalidades diferentes estão envoltos em uma gestão que delega as ideias... Então eu me pergunto: e a capacidade de tomada de decisão, resultado?! Bom, o Nubank tem uma fila de espera de 70 mil pessoas querendo ser clientes de seu cartão de crédito. O ganho de produtividade é imenso, em vez de você ser o único responsável por fazer a máquina rodar, o todo trabalha em conjunto por você. Empresas de tecnologia criam células de conflito de propósito, a diversidade de opiniões gera conflito automaticamente, mas o saldo final é inovação. Passo por esta experiência todo dia. No meu ambiente corporativo temos colaboradores de vários níveis de graduação, idades, com pouca e muita experiência. Como trabalhamos todos juntos sem divisória ou salas, deparamos com problemas da engenharia que por sua vez foi sanado pelo marketing, ou ainda, do comercial que foi atendido
NEGÓCIO
diretamente pelos CEO’s que compartilham do mesmo espaço. Estamos caminhando cada vez mais para uma sociedade que não se preocupa mais em “quem sou”, mas “o que posso fazer melhor”. Recentemente, também em uma entrevista, Wilson Ferreira JR, presidente da Eletrobrás, conta que assumiu há seis meses uma estatal com uma dívida 9 vezes maior que seu ebitda (geração operacional de caixa da companhia), por quê?! “Primeiro foi a honra do convite. Eu sou do tempo em que se você fosse chamado para a seleção brasileira, ficaria orgulhoso, receber o convite para a Eletrobrás me fez sentir da mesma forma”, comentou Wilson na matéria, e qual a primeira frase que ele menciona na reportagem como sendo seu plano de ação para mudar a empresa?! “Nós precisamos implementar uma mudança cultural...mobilizar as pessoas para encontrar uma solução. A solução está lá dentro”.
Toda cultura devora no café da manhã, sejam planos estratégicos de seus CEO’s. Se eles não forem os grandes agentes da mudança, começando por delegar a inovação e tomada de decisão e passando a gerenciar erros controlados, de fato, não haverá relógio que de conta de tudo o que precisará ser feito para atingir resultados satisfatórios. Todo grande líder compreende que precisa de um grande time e um grande time precisa de autonomia aliada a confiança de seus gestores para executar tarefas com responsabilidade. Conseguir formar um time de alta performance, com certeza vai fazer você ser mais produtivo do que sozinho embebido em suas certezas e afirmações. Talvez o primeiro passo seja como disse o próprio David Velez: "Contrate pessoas que tem a cabeça muito aberta e cheias de perguntas, do que pessoas que tem muita experiência e a cabeça cheia de respostas”. Acesse: www.winov.com.br)
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CAPA
Gases de Proteção para LEANDRO FERREIRA E-mail: inspetor@infosolda.com.br LUIZ GIMENES E-mail: gimenes@infosolda.com.br
Em função do exposto, questionou-se: Como selecionar um gás de proteção? Como avaliar seu desempenho no processo de soldagem?
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ste descreve uma pesquisa experimental elaborada no laboratório de Soldagem da FATEC unidade deSão Paulo, buscando demonstrar a influência dos gases de proteção em suas varias combinações no processo de soldagem. O processo de soldagem aplicado foi o MIG/MAG, com a utilização de gases puros e misturas variadas. Os equipamentos utilizados foram: O conjunto Lincoln Eletricfonte S 350 e alimentador de arame LF 45. A leitura do relatório do equipamento de soldagem foi demonstrado pelo Laptop. A proteção gasosa foi feita através do conjunto de misturador ternário CO2/Ar/O2 de gases WITT. INTRODUÇÃO O conhecimento da função de cada gás e como poderá influenciar sobre o processo de soldagem que está sendo aplicado poderá beneficiar muito o desempenho da produção. O gás de proteção tem um efeito significativo sobre vários parâmetros do cordão de solda como exemplo podemos citar que é determinante: • Na velocidade de soldagem; • No perfil de penetração; • No aspecto do cordão; • Além de influenciar no aporte térmico, quantidade de respingos. Os gases de proteção fornecem uma
Soldagem ao Arco Elétrico PARTE 1
vantagem competitiva na redução dos custos de fabricação e através do aumento da produção reduzindo taxas de rejeição e melhoria da qualidade. Muitos profissionais que trabalham com soldagem não conhecem as contribuições vantajosas dos gases de proteção para o processo de soldagem. Os gases de proteção podem influenciar também no modo de transferência metálica, no teor de liga, na geração de fumos e em muitas outras características. A seleção adequada do gás de proteção para o processo MIG/MAG, ou soldagem com arame tubular, e com TIG pode trazer melhoria na velocidade de soldagem, na qualidade do cordão de solda, bem como na taxa de deposição (kg/h). Para se ter um conhecimento das propriedades dos gases apresenta-se a Tabela 1 Qual o impacto na qualidade, produtividade e qualificação de soldagem? OBJETIVOS DA PESQUISA Identificar a influência dos gases de proteção no processo de Soldagem, demonstrando através de relatórios e da confecção de corpos de provas no laboratório de soldagem do departamento de soldagem da FATEC-SP, a qualidade dos cordões de solda, quantidade de respingos.
CONCEITOS GERAIS 1. Gases Puros Os gases puros são utilizados para proteção do arco elétrico para a soldagem. Os principais são: Argônio, Hélio e Dióxido de Carbono. Estes gases podem ter efeitos tanto positivos como negativos no arco de elétrico de soldagem. Argônio É um gás monoatômico comumente utilizado para o processo de soldagem TIG empregado em todos os materiais base, já no processo MIG é empregado na soldagem de metais não ferrosos. O argônio é quimicamente inerte, tornando-o adequado para a soldagem em metais reativos ou refratários. Este gás tem uma condutividade térmica e potencial de ionização baixo, essas propriedades resultam em uma baixa transferência de calor para as zonas externas do arco, isso forma uma coluna estreita no arco elétrico proporcionando dessa forma um perfil de penetração profundo e relativamente estreito veja Figura 2. No processo MIG o argônio puro promove a transferência tipo spray.
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Figura 2 - Gás argônio perfil de penetração profundo e relativamente estreito. Hélio O gás He é também um gás inerte monoatômico, mais comumente utilizado para o processo de soldagem TIG nos USA em materiais não ferrosos. Em contraste com Argônio, o Hélio Figura 2 - Gás argônio perfil tem um elevado de penetração profundo e potencial de ionização e relativamente estreito. condutividade elétrica. O Hélio fornece um perfil de cordão com maior largura, boa molhagem na margem da solda, e promove um aporte de calor mais elevada do que Argônio puro. O alto potencial de ionização pode criar dificuldades para se iniciar o arco elétrico, dessa forma indica-se o uso de alta frequência ou capacitiva para abertura de arco no TIG. Devido ao baixo peso atômico do Hélio ele é consequente mais leve do que o ar, é recomendado vazões de gás ligeiramente mais elevadas, porque o gás tende a elevar-se acima do ar. O gás Hélio puro promove uma transferência globular e é raramente utilizado para MIG/MAG, com a exceção da soldagem de cobre puro. Figura 3 – Gás hélio fornece um perfil de cordão largo e média penetração. Dióxido de Carbono O dióxido de carbono, também conhecido como CO2, geralmente é utilizado para o processo de soldagem MIG/MAG e Arame Tubular com transferência em curto- Figura 3 – Gás hélio fornece um de cordão largo e média circuito. O CO2 é uma perfil penetração. molécula composta com interações bem complexas na coluna do arco elétrico, quando esse gás entra em contato com as altas temperaturas do arco; o CO2 é dissociado em CO e O2, isso cria um potencial de oxidação do metal 42 -
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base e essa adição provoca perda de elementos de liga na poça de solda, ao mesmo tempo em que ocorre a dissociação e também a recombinação do CO e O2; isso provoca um baixo potencial de ionização e condutividade térmica, tendo como consequência uma zona quente no centro da coluna do arco. Este fenômeno tende geralmente a fornecer um perfil equilibrado de largura e profundidade de penetração. Para aplicações MIG/MAG, o CO2 puro é incapaz de produzir transferência spray em fontes convencionais, e promove a transferência globular, o que pode causar uma grande quantidade de respingos. Já para aplicações de arame tubular o CO2 puro é produz transferência globular e em combinação com alguns fluxos transferência por spray, promovendo menor penetração da solda do que quando comparado com misturas gasosas. Figura 4 – Gás CO2 fornece um perfil equilibrado de largura e profundidade de penetração 2. Gases utilizados em Misturas Misturas gasosas utilizadas podem combinar vantagens separadas de dois ou mais gases. A alta porcentagem de gás inerte em misturas gasosas tem como consequências altas eficiências de transferência. Figura 4 – Gás CO2 fornece um Combinações contendo perfil equilibrado de largura e profundidade de penetração argônio possibilitam proteção da possa de fusão na temperatura de soldagem. A seguir temos a tabela de Misturas gasosas usuais na soldagem, relacionando os processos de soldagem com o tipo de gás e material a ser soldado. Oxigênio O gás O2 é uma molécula com dois átomos, geralmente é adicionado como componente ativo no gás de proteção utilizado no processo MIG/MAG, e as misturas têm concentrações de O2 com menos de 10 por cento. O oxigênio tem um aporte de calor maior, pois é o resultante da sua energia de ionização e
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sua energia de dissociação (energia liberada pela divisão da molécula em átomos individuais no arco), por este motivo o oxigênio promove uma melhor penetração, menos profunda, mas com maior largura de cordão, devido ao seu elevado aporte de calor na superfície. A explicação para esse fenômeno é que uma vez que a geração de calor é mais intensa a tensão superficial do metal em fusão tende a ser reduzida. Com a geração de calor mais intensa, a tensão superficial do metal em fusão tende a ser reduzida e a transferência por spray é facilitada, dessa forma o cordão fica mais espalhado e plano. A aplicação mais comum para o uso da mistura
Oxigênio/Argônio para o processo MIG/MAG em aço carbono é a necessidade de perfil de penetração mais largo. O oxigênio é também utilizado em misturas ternarias em pequenas porcentagens junto com CO2 com o objetivo de melhorar a molhagem do cordão e pulverização das gotas em modo spray. Hidrogênio O hidrogênio H2 é um gás diatômico, é adicionado intencionalmente para ser ativo, utilizase em misturas com concentrações inferiores a 10% favorecendo uma boa penetração. O Hidrogênio é usado principalmente na soldagem de aços inoxidáveis austenítico para
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Figura 5 – Comparativo entre os perfis dos cordões de solda de acordo com o gás de proteção
promover a remoção de óxido e aumentar o aporte de calor. Tal como acontece com todas as moléculas diatômicas esta tem grande poder de aquecimento, porém deve ser utilizado cuidadosamente, pois como é amplamente conhecido o hidrogênio não é adequado para os aços ferríticos ou martensíticos por causa de problemas de trincas a frio. Nitrogênio O N2 é pouco usado em proteção gasosas, este é usado principalmente para promover a formação de austenita e melhorar a resistência à corrosão em aços inoxidáveis duplex e super-duplex, pois, devido as caraterísticas do ciclo térmico dos processos de soldagem, tende a formar mais ferríta. Por ser um gás relativamente mais barato que o Argônio em algumas circunstâncias ele é usado como gás de proteção da raiz de soldas no processo TIG em aços inoxidáveis, porém da mesma forma que ele induz a formação de austenita e também pode inibir a formação de ferríta, sabe-se que a soldagem com o número de ferríta (FN) menor do que FN 4 deve ser evitada, pois causa uma grande propensão de trincas a quente em aços austenítico. MISTURA GASOSA 80% Ar + 20% CO2 Esta mistura tem desempenho semelhante ás adições de 22% e 25% Pode soldar aço de carbono indicado para transferência curto circuito ou spray. 85% Ar + 15% CO2 Esta mistura é indicada para uma variedade de aplicações em carbono e aços de baixa liga no modo de transferência curto-circuito de, principalmente 44 -
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indicada para espessuras finas e onde se quer altas velocidades de soldagem, menor quantidade de respingos com consequente aumento das taxas de deposição. Isso se deve a redução da quantidade dióxido de carbono com transferência spray. 90% Ar + 10% CO2 Esta mistura tem quase o mesmo desempenho que a mistura com 5% e podem ter composições de 8%, mas com o aumento do aporte de calor deixa o cordão mais plano e a poça de solda mais fluida, indicada para transferência em curto-circuito ou spray. 95% Ar + 5% CO2 Esta mistura é indicada para a transferência por pulso ou spray e também por transferência curto-circuito em uma variedade de espessuras de material bem grande. Muito utilizada para soldagem de aços baixa liga Aços e soldagem fora de posição, esta mistura tem menos respingos e uma poça mais controlável do que uma mistura de argônio e oxigênio. 95% Ar + 5% O2 Esta mistura proporciona uma poça de fusão mais fluida, mas com melhor controle da poça de fusão, indicado para soldar aço de carbono em geral, O oxigênio permite velocidades de soldagem mais elevadas. 90% Ar + 5% CO2 + 5% O2 Pouco utilizada, somente em aplicações especiais onde se procura um balanceamento entre velocidade de soldagem e qualidade de cordão. 80% Ar + 15% CO2 + 5% O2
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Pouco utilizada, somente em aplicações especiais onde se procura um balanceamento entre velocidade de soldagem e qualidade de cordão. 98% Ar + 2% O2 Esta mistura é indicada para soldar com arco de spray aços baixa liga, Aços Inoxidáveis. O oxigênio fornece maior ação de molhagem do que a mistura de oxigênio de 1%. As Propriedades mecânicas e a resistência à corrosão com adições 1% e 2% são semelhantes, mas aparência será mais escuro e mais oxidado para as misturas 2%. EXPERIMENTO A seguir apresentamos os cordões de solda com vários perfis com penetração e aparência de cordão obtidos no experimento realizado no laboratório de Soldagem – FATEC/SP. Podemos analisar nas fotos acima que há diferenças no processo pelos cordões feitos com curva características convencional e curva características pulsada. Observando os cordões quanto a variação gasosa podemos verificar: • Quantidade de metal depositado; • Largura do cordão; • Quantidade de respingos; • Aparência do cordão. O CO2 pode ser usado sozinho para aplicações no processo GMAW como gás de proteção. OCO2 é um gás reativo, dissocia-se em monóxido de carbono e oxigênio livre no calor do arco. O
Oxigênio, em seguida, combina-se com elementos de transferência através do arco para formar óxido sob a forma de escória, e também ajuda a gerar uma grande quantidade de fumaça. Embora o CO2 seja um gás ativo e produz à oxidação do material de solda, a aparência das soldas pode ser obtida de forma consistente com a seleção cuidadosa do metal de adição. O gás CO2 é geralmente utilizado para soldagem de aço carbono, porque é prontamente disponível e produz boas soldas a um baixo custo. Contudo, o baixo custo por unidade de gás nem sempre é traduzido para o menor custo de solda depositada. Outros fatores, como menor eficiência de deposição é devido à perda por respingos, geram altos níveis de fumo de solda, produzindo soldas pobres por conta de perfil do cordão e redução da força de tração que podem influenciar o custo de soldagem final, e deverá ser cuidadosamente considerada. Peças soldadas podem necessitar de uma operação de limpeza antes da pintura, que pode mais do que compensar o menor custo do gás de proteção CO2. As vantagens de gásCO2 são: • Boa profundidade e largura da fusão e a obtenção de propriedades mecânicas aceitáveis. Continuação deste na EDIÇÃO 25 A
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TÉCNICO
Processos utilizados, conceitos metalúrgicos e identificação dos metais na Soldagem de Manutenção Fonte: Paulo Cesar Bessa – www.alusolda.com.br
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rocessos utilizados A utilização do processo Mig/Mag, teve uma grande expansão nos últimos anos motivada pelo desenvolvimento de arames sólidos e tubulares que alteram a metalurgia do depósito melhorando os aspectos protetivos do revestimento com uma maior velocidade de deposição. Outro tipo de processo importante no setor de manutenção é o conjunto oxiacetilênico muito utilizado no setor de manutenção industrial para a soldagem de vários materiais pelo processo de brasagem. Uma evolução desse processo é o sistema gás flux que proporciona soldas limpas com maior qualidade final. O sistema de metalização utiliza materiais metálicos e cerâmicos em pó ou arames que são
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fundidos e aplicados sobre superfícies preparadas. Este processo é de grande versatilidade nos setores de manutenção, revestindo peças cilíndricas e planas com baixa transferência térmica. Atualmente é indicado o uso do sistema de corte plasma de ar comprimido nos setores de manutenção por sua versatilidade no corte dos diversos metais. Os técnicos e soldadores de manutenção, necessitam estar sempre atentos e atualizados para poder escolher o processo de soldagem, os equipamentos e acessórios ideais, o metal de adição e a técnica adequada para cada aplicação. Conceitos metalúrgicos As várias ligas metálicas aplicadas na prevenção e recuperação de partes e peças são desenvolvidas
TÉCNICO
através da metalurgia dos metais. A matéria conforme encontrada na natureza é constituída por várias composições químicas e mecânicas. Na soldagem de manutenção, devemos reconhecer os materiais das peças recuperadas aplicando a liga ideal. Identificação dos metais Existem diversos procedimentos para identificação dos metais. Os mais utilizados são: • Aparência; • Testes de faiscamento ou de laboratórios que determinam sua dureza; • Composição química; • Estrutura metalográfica. A aparência visual fornece as primeiras informações do tipo de metal, identificando os aços ou a oxidação que poderá definir os diferentes tipos de materiais.
Um dos testes mais simples que facilita a identificação da maioria dos metais é a visualização do tipo, comprimento, quantidade e a cor da faísca desprendida da peça esmerilhada. Tipos de desgastes Podemos classificar os principais tipos de desgastes por: • Abrasão; • Erosão; • Fricção; • Impacto; • Corrosão; • Cavitação. Conforme o metal base o tipo de desgaste selecionamos o processo e o material base ideal para cada aplicação. Acesse: www.alusolda.com.br
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INOVAÇÃO
Placas de torno SCHUNK ROTA NCE com baixo peso, alta rigidez e mínimo tempo de ciclo
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partir do segundo semestre de 2017, a SCHUNK disponibilizará o equipamento que trará, além de ganho de produtividade, eficiência energética A SCHUNK Intec-Br., subsidiária brasileira da empresa familiar alemã SCHUNK GmbH & Co. KG, líder competente em sistemas de garras e tecnologia de fixação, trouxe para o Brasil a SCHUNK ROTA NCE, placa de torno de alta tecnologia e eficiência energética. A SCHUNK é a primeira fabricante a combinar de forma bem-sucedida, o baixo peso com máxima capacidade de carga e um design extraordinário em uma única placa de torno. Ela tem como característica uma alta capacidade de carga 48 -
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combinada, com um peso baixíssimo. Comparada às placas de tornos convencionais, o momento de inércia foi reduzido em até 30% em relação a alguns modelos. A placa de torno SCHUNK ROTA NCE é ideal para processos altamente dinâmicos e produtivos com mínimo consumo de energia, que pode alcançar significantes economias por meio da redução de tempo nos ciclos, especialmente na produção em larga escala. Tanto econômica quanto sustentável Dentro da estrutura da iniciativa sustentável da VDMA (Associação Alemã dos Engenheiros Mecânicos) chamada de “Blue Compentence”, a
INOVAÇÃO
SCHUNK vem demonstrando seu compromisso de longa data em soluções de produção altamente eficientes. Avançadas guias de garras, micro válvulas integradas e sistemas de fixação com eficiência energética, permitem relação de ganho mútuo entre economia e conservação de recursos. Com a placa de torno de baixo peso, SCHUNK ROTA NCE, a inovadora empresa familiar definiu uma nova referência para as placas de torno. Os especialistas no centro de competência de tecnologia de placas de torno e sistemas de fixação estacionários da SCHUNK, em Mengen, na Alemanha, investiram cerca de 700 horas em pesquisas, desenvolvimento e modelagem, para adaptar a geometria da placa à máxima rigidez do fluxo de força, apesar do design de baixo peso. Uma estrutura de coroa entre as guias das castanhas, um recuo circular entre as guias e um contorno cônico permitem uma redução de peso substancial sem
que haja um efeito notável na rigidez da placa. Ao invés disso, as forças são desviadas diretamente para o suporte do fuso. O baixo peso permite uma aceleração significantemente mais rápida e desaceleração da placa com menor consumo de energia em comparação às placas de torno convencionais. Vencedora do prêmio de melhor design A placa de torno SCHUNK ROTA NCE é projetada para tornos CNC com cilindros de baixo curso e é completamente compatível com os tornos convencionais das fabricantes asiáticas. A placa de torno de baixo peso estará disponível a partir do segundo semestre de 2017 em quatro tamanhos, com diâmetros de 165 mm, 210 mm, 260 mm e 315 mm, respectivamente, com forças de fixação de 65 kN, 100 kN, 125 kN e 150 kN. A placa recebeu o prêmio iF DESIGN 2016, um dos mais conceituados e completos prêmios de design do mundo, por sua funcionalidade especial, eficiência e estética. A
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DICA SUSTENTABILIDADE
Programa socioambiental Usiminas é premiado em evento da FIEMG
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rojeto Caminhos do Vale foi um dos destaques da Semana de Produção e Consumo Sustentáveis, realizada na sede da entidade em Belo Horizonte. Por inovar ao reunir empresa, poder público e comunidade como parceiros em favor do desenvolvimento socioambiental, o programa Caminhos do Vale, da Usiminas, foi homenageado na última semana com o troféu e a certificação do Banco de Boas Práticas Ambientais da Indústria de Minas Gerais. A iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) incentiva e divulga o desenvolvimento de projetos voltados para a ecoeficência dos processos produtivos, com uso menos intensivo de recursos naturais e menor degradação ambiental. A entrega do prêmio foi realizada durante a abertura da “Semana de Produção e Consumo Sustentáveis” da FIEMG, evento que reuniu representantes de entidades do setor, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, do Pacto Global e de diversas empresas do estado. O gerentegeral de Meio Ambiente da Usina de Ipatinga, Pedro Luís Pereira Ribeiro, recebeu o troféu das mãos do gerente de Meio Ambiente da FIEMG, Wagner Soares Costa, e destacou o orgulho da Usiminas pelo reconhecimento. “A companhia sempre se pautou pelo compromisso junto às comunidades nas quais está presente. Ouvir depoimentos dos beneficiados pelo programa, de que não estão mais isolados ou de que o índice de assiduidade das crianças nas escolas passou para 100% depois da pavimentação das estradas é motivo para todos nós comemorarmos.” A premiação ocorreu logo após um painel sobre o Caminhos do Vale, em que o coordenador
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do Grupo de Trabalho Coprodutos da Usiminas, Henrique Hélcio dos Santos, mostrou os principais resultados conquistados pelo programa de coparticipação socioambiental em dois anos de existência. Desde 2015, foram doadas mais de 1 milhão de toneladas de agregado siderúrgico – material originado do processo siderúrgico – para a pavimentação de cerca de 700 quilômetros de estradas rurais no Vale do Aço, beneficiando 650 mil pessoas. “Além disso, como contrapartida à doação feita pela Usiminas para as prefeituras, já foram recuperadas 680 nascentes nos municípios participantes”, comemorou Henrique. Durante a apresentação, o coordenador despertou uma reflexão sobre a importância e a urgência da adoção de iniciativas sustentáveis por parte de empresas, organizações e da própria sociedade. “Daqui a algumas gerações, provavelmente não seremos lembrados por nossos bisnetos e tataranetos, mas eles certamente sofrerão os impactos das nossas ações”, finalizou. Sobre Usiminas Líder e presente em toda a cadeia siderúrgica – da extração do minério, passando pela produção de aço até sua transformação em produtos e bens de capital customizados para o mercado. Possui, hoje, o maior e mais inovador Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em siderurgia da América Latina. Por sua gestão ambiental, foi a segunda siderúrgica do mundo certificada com a ISO14001, gerando maior produtividade com menor consumo. A companhia contribui ainda para o desenvolvimento das comunidades onde atua, por meio do Instituto Cultural Usiminas e da Fundação São Francisco Xavier, oferecendo projetos nas áreas de saúde, educação e cultura. As ações são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque (ADR nível I) e Madri. A
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