Revista do Aço - Edição 7

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latão

inox

cobre

na indústria automobilística

alumínio

Ano II - edição 7 - 2013

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• Galvanização à quente

• Agronegócio de AÇO



índice Notícias do Aço ...................................................................................................................... 04 Artigo Inspeção tecnológica: segurança e economia....................................................................... 22

Corrosão Revestimento para proteção........................................................................................................ 26

sxc.hu

Capa Aço é predominante na indústria automobilística............................................................... 30

Mercado Ital e Italindústria estão juntas..................................................................................................... 36

Agronegócio A vida do aço no campo................................................................................................................ 38

Seção do AÇO Inox Aço inoxidável: aplicação em usinas de açúcar e álcool.................................................... 44

Evento Feicon Batimat bate recordes de visitação e de negócios................................................. 50

Caderno de Classificados do Aço ........................................................................... 55 Revista do Aço – Ano II – Número 07 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.

Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br)

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Projeto Editorial Revista do AÇO Projeto Gráfico Elbert Stein (artes@revistadoaco.com.br) Capa Elbert Stein Montagem de capa sxc.hu/Villares Metals Colaboradores desta edição Gislaine Vicente, Gustavo Cassiolato, Joner Oliveira Alves, Paulo Silva Sobrinho

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A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos

com contato e cargo para o envio, através do e-mail cadastro@revistadoaco.com.br

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Revista do Aço •

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Redução de imposto A Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou, no final do mês de março, no Diário Oficial da União a Resolução nº 17 criando novos ex-tarifários de bens de capital alterando para 2%, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do Imposto de Importação sobre vários bens de capital. A lista inclui itens como motores de pistão; bombas centrífugas; combinações de máquinas, montadas em “skid”, próprias para bombeamento de oxigênio líquido; ventiladores axiais; equipamentos para síntese de ácido clorídrico (HCL); torradores de laboratório para desenvolvimento de produtos como amendoins, castanhas e nozes; entre vários outros. A norma também zera a alíquota do Imposto de Importação, até 31 de dezembro de 2013, para combinações de máquinas, de aplicação exclusivamente ferroviária, para fabricação de locomotiva diesel-elétrica de 8 eixos, com potência bruta superior a 4.100HP.

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• Revista do Aço

Unylaser amplia área fabril

Divulgação

Aço resistente A Villares Metals, produtora de aços especiais não planos de alta-liga, apresenta na Feiplastic 2013 o VP ATLAS, um aço de elevada resistência mecânica e que oferece desempenho superior na produção de moldes para injeção de plásticos para as indústrias automotivas e de eletrodomésticos. O produto é indicado para as mais severas aplicações automotivas e de eletrodomésticos por apresentar alta resistência mecânica, por exemplo, característica essencial exigida nesses segmentos. “Este novo aço possui composição química balanceada, com patente requerida, passando por tratamento de microinclusões, o que lhe garante melhor equilíbrio e desempenho, que são vistos como vantagens competitivas em mercados tão acirrados, como o Automotivo, entre outros”, destaca José Bacalhau, Engenheiro Pesquisador, responsável pelo desenvolvimento do produto. Informações: www.villaresmetals.com.br/

A Unylaser Produtos e Componentes Metálicos, empresa do Grupo PCP Steel, sediada em Caxias do Sul (RS), está em fase de expansão. Com o objetivo de aumentar a produção e visando incrementar os negócios atuais com a atração de novos clientes, uma área de 3.500 metros quadrados será agregada à atual, totalizando um espaço de 13 mil metros quadrados no Distrito Industrial. De acordo com Eduardo Maggioni, gerente geral da Unylaser, a expansão visa complementar a produção já existente e a captação de novos clientes. “Vamos aumentar a linha de produção de basculantes, chassis e outros produtos da área de implementos rodoviários, confeccionadas sob o design e projeto de clientes.” A produção neste ano deve atingir 12 mil toneladas de peças e componentes. Com a incorporação da nova área, a meta é atingir um crescimento de 25%, que representa uma média de 15 mil toneladas. Informações: www.pcpsteel.net



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Presidente do Comitê de Economia do worldsteel e da Federação Alemã do Aço

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Professor de Harvard

Sócia do Instituto China-Índia

Chris Houlden

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Gerente de Pesquisa da CRU especialista em Ásia

Professora de Harvard

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Fotos: Divulgação

Engates rápidos Os engates rápidos para instrumentação Swagelok® Série QTM são utilizados para fazer a conexão e desconexão de uma forma rápida e segura. Estes Engates Rápidos possuem testes de qualificação baseados na norma ANSI B93.51M e com retenção dupla (DESO). Os engates podem ser fornecidos com: Conexão Swagelok® (dupla anilha), rosca NPT e ISO (macho e fêmea), nas dimensões 1/8” até 1”. Podem ser fornecidas em Aço Inoxidável 316 e Liga 400. Este tipo de Engate Rápido possui ajuste dos componentes, reduzindo a inclusão de ar e derrame. O mecanismo de trava da haste possui uma área grande de contato que retém a espiga, além de ter o alojamento dos O-Rings rebaixados para maior proteção. Também estão disponíveis opcionalmente corpos da série QTM com botão de liberação para evitar desacoplamento. Informações: www.swagelok.com.br

Rigging Brasil tem unidade de atendimento móvel A Rigging Brasil, empresa especializada na inspeção de materiais para elevação, movimentação e amarração de cargas, conta com novo sistema de atendimento. Trata-se de uma unidade móvel de inspeção, que prestará acompanhamentos mensais no controle de qualidade e segurança dos materiais utilizados pelos clientes. O novo braço de prestação de serviços da Rigging Brasil terá início no próximo mês de abril. A unidade contará com controle de inspeção por meio de tecnologia RFID, máquina de micropulsão, que registrará dados legíveis de rastreabilidade do material, capacidade de carga e identificações pertinentes dos produtos, e uma bancada de ensaio, especializada para teste de resistência a tração dos materiais. “O novo trabalho da Rigging Brasil permite aos nossos clientes rápida atualização e controle de seus materiais. Evitando, assim, sua não danificação, já que a máquina de micropulsão, por exemplo, evita possíveis fissuras nos produtos”, detalha Gustavo Cassiola, diretor da Rigging Brasil, que também enfatizou às empresas Metso, Tecsis, Siemens, Rexam e Votorantim como as primeiras a contarem com o novo suporte de segurança. Informações: www.riggingbrasil.com.br

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Medida da Camex provoca conflito entre fabricantes A resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre o ICMS da guerra dos portos iniciou um novo conflito entre fabricantes de manufaturados de cobre em torno de dois insumos básicos desse segmento industrial: um concentrado (sulfeto de cobre) e o catodo de cobre. Desde janeiro, quando entrou em vigor a Resolução 13, que teve como objetivo acabar com o incentivo fiscal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para importações, a Associação Brasileira do Cobre (ABCobre), que reúne fabricantes de cobre e de seus manufaturados, entrou com dois pedidos na Camex. A primeira delas, apresentada em janeiro, pediu a inclusão do catodo de cobre na lista de produtos considerados sem similar nacional da Camex. O que a associação quer, na prática, é que o catodo seja uma das exceções da Resolução 13. Isso permitiria que o item seja importado com a possibilidade usar incentivos fiscais de ICMS. Em fevereiro, a ABCobre entrou com novo pedido na Camex. Desta vez a entidade solicitou a exclusão do concentrado (o sulfeto de cobre) da lista dos itens sem similar nacional. A ABCobre diz que há produção de sulfeto no Brasil e por isso o item estaria na lista de forma indevida. A distinção de tratamento pela Camex entre o sulfeto de cobre e o catodo de cobre deve-se aos critérios adotados para definir a lista dos sem similares nacionais. Um dos critérios é a alíquota do imposto de importação aplicada. Para entrar na lista da Camex a alíquota precisa ser de zero ou 2%. A alíquota nominal do sulfeto de cobre é de 0% enquanto a do catodo de cobre é de 6%. As demais indústrias de fios, tubos e vergalhões, porém, que também utilizam o catodo como insumo, diz a ABCobre, precisam importar o item porque a produção nacional também é insuficiente. Como o catodo de cobre ficou fora da lista da Camex, o incentivo de ICMS para sua importação praticamente perdeu o efeito, elevando o custo do insumo comprado de fora. A ABCobre considera que a situação atual beneficia empresas como a Paranapanema enquanto prejudica as demais.


Tubos da V & M do BRASIL em cobertura do estádio As obras de instalação da cobertura do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, estão a todo vapor. No fim de março foi instalado o primeiro pórtico de aço, em formato de folha, dando início a um trabalho de instalação de módulos em série. Ao todo, serão 65 folhas, todas elas feitas com tubos de aço fornecidos pela V & M do BRASIL (VMB). O estádio, que pertence ao Sport Club Internacional, receberá cinco partidas do mundial, quatro pela fase de grupos e uma das oitavas de final. Para o Beira-Rio, a VMB foi contratada diretamente pela empreiteira Andrade Gutierrez e fornecerá cerca de 2.150 toneladas de tubos estruturais circulares sem costura. O material será utilizado nas folhas que vão compor a nova cobertura e fachada do estádio. Após a reforma, a estrutura tubular garantirá proteção a 100% dos expectadores. Ela será visível por dentro e por fora do estádio e revestida por uma membrana autolimpante feita em politetrafluoretileno (PTFE), que permitirá que sejam produzidos efeitos de iluminação. De acordo com Márcio Wanderson Rodrigues, engenheiro de vendas da V & M do BRASIL, a utilização dos tubos permite agilidade na montagem. “Algumas das vantagens são a redução do acúmulo de poeira na estrutura e a redução no número de elementos estruturais, o que facilita a manutenção da cobertura. Além disso, as peças estruturais em perfis tubulares, sejam eles circulares ou retangulares, têm excelente aspecto estético e dão um ar de modernidade”, diz. A utilização dos tubos ainda pode propiciar obras até 30% mais leves do que as feitas com estruturas metálicas convencionais. Informações: www.vmtubes.com.br

Ruukki comercializa aço de alta resistência Optim 700 MC Plus para o Brasil A usina siderúrgica finlandesa Ruukki, por meio da PCP Produtos Siderúrgicos, iniciou a comercialização da linha de aços Optim 700 MC Plus para o Brasil. Essa marca que possui resistência mecânica e ao impacto, além de conformabilidade a frio. Um dos grandes diferenciais desse aço é a repetibilidade na dobra, o que contribui para aumentar a produtividade no processo de fabricação, já que não é necessário calibrar a máquina a cada vez em que a chapa é dobrada. Além disso, o Optim 700MC Plus passa por um processo de aplanamento chamado Dead Flat, desenvolvido especialmente pela Ruukki. Esse processo isenta a chapa de tensões residuais, evitando distorções excessivas no corte térmico e na soldagem, o que contribui para aumentar a produtividade do cliente final. O engenheiro de materiais da PCP, Vagner Santos de Araújo, diz ainda que o Optim 700MC Plus apresenta uma característica inédita entre os aços de alta resistência. “Esse aço permite a fabricação de componentes dobrados com raio mínimo de dobra de apenas uma vez a espessura da chapa, possibilitando a fabricação de peças com maior precisão”. A PCP Produtos Siderúrgicos, de Caxias do Sul (RS) é a Parceira Certificada da Ruukki para distribuição exclusiva de aços de alta resistência no Brasil. Informações: www.ruukki.com.br

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• Revista do Aço

Fotos: Divulgação

BMC-Hyundai apresenta empilhadeira à gás A Brasil Máquinas de Construção, BMC, participou da Intermodal South America, feira para os setores de logística, transporte de cargas e comercio exterior, que aconteceu em São Paulo, no mês de abril, no Transamerica Expo Center. A empresa mostrou para o mercado a empilhadeira Hyundai modelo GLP 45L-7A com capacidade de 4.500 kg, equipado com motor GM de seis cilindros e potência de 70kW, que garante à máquina uma aceleração mais rápida, mais velocidade e melhor desempenho em qualquer tipo de terreno e inclinação. Dentre as características do equipamento destacam-se o sistema de freio a disco banhando em óleo, que proporciona um desempenho de frenagem altamente eficiente, e ainda a inclinação do mastro de 15o para frente e 10o para trás. Além disso, a empilhadeira oferece operações com mais segurança e conforto por conta da excelente visibilidade e ergonomia na cabine do operador. Informações: www.brasilmaquinas.com


Metalpó na Automec A Metalpó, empresa do Grupo Combustol & Metalpó, participou da Automec – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, eu aconteceu em São Paulo, no mês de abril. A Metalpó mostrou aos profissionais do mercado de autopeças e montadoras, durante os cinco dias do evento, sua equipe de técnicos e engenheiros que apresentaram as vantagens, viabilidade e aplicação das peças e componentes sinterizados na indústria automotiva. Além disso, puderam vender diretamente para os visitantes da Automec os componentes sinterizados, pós metálicos e a linha tradicional e completa de fornos industriais, materiais refratários e de automação de equipamentos e serviços de tratamento térmico em geral da Metalpó. Informações: www.metalpo.com.br

ArcelorMittal investe US$10 mi na galvanização A ArcelorMittal Vega, unidade industrial da ArcelorMittal em São Francisco do Sul (SC) especializada na transformação de aços planos, coloca em funcionamento a partir desse mês um novo sistema de pós-tratamento na linha Galvanização 1. Com investimentos de US$ 10 milhões, o equipamento possibilita aplicar qualquer produto líquido na chapa de aço galvanizado. Para atender o mercado automotivo, a empresa usará fosfato e NIT para proporcionar a seus clientes uma solução em aço mais fácil na estampagem de peças. (fase em que o aço é colocado em prensas para dar forma às peças do carro, como portas, para-lama, teto). Dessa forma, as montadoras conseguem diminuir o acúmulo de resíduos nos moldes, reduzir o índice de rejeição das peças e aumentar a produtividade. O investimento da ArcelorMittal Vega visa agregar valor e tecnologia ao aço para atender a crescente demanda por carros mais seguros e leves. Informações: www.arcelormittal.com/br/

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Renner Coatings na final da Copa Os produtos de alta performance da Renner Coatings - empresa do Grupo Renner Herrmann S.A - farão a proteção anticorrosiva do Maracanã, que será sede da grande final da Copa do Mundo de 2014, assim como da abertura e encerramento das Olimpíadas de 2016. A Renner Coatings participa por meio do Rethane FLV 653, que irá revestir as estruturas metálicas pré-pintadas do estádio, com serviço executado pela Unifrax.

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• Revista do Aço

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Honda destaca Usiminas entre fornecedores no Brasil O trabalho realizado com a Honda Automóveis, em 2012, rendeu à Usiminas o reconhecimento da montadora, que premiou 15 de seus fornecedores no Brasil. O desempenho em qualidade, pontualidade das entregas e as soluções de redução de custos propostas foram alguns dos fatores-chave para a conquista do prêmio. A Usiminas é o principal fornecedor do grupo Honda, no segmento de automóveis e motos, com 90% do fornecimento de aço e complementariedade de serviços da Soluções Usiminas. “Este reconhecimento foi importante para consolidar ainda mais a nossa relação com a Honda e sua cadeia de fornecedores. Uma grande oportunidade para continuar evoluindo no relacionamento é reforçar a sinergia de atendimento ao cliente entre a Usiminas e a Soluções Usiminas”, destaca o diretor executivo de Vendas, Ascanio Merrighi. Em 2012, a Usiminas trabalhou propostas técnicas como a redução da espessura média das chapas, que resultam na redução de custo e de peso, respeitando os requisitos de qualidade da Honda. A aplicação de um novo tipo de material, que apresenta melhorias de desempenho no processo de estampagem, também foi uma importante iniciativa da siderúrgica. Em 2011, a Honda passou a utilizar o produto, que recebe o chamado tratamento L - pós-tratamento em material zincado, no modelo Civic produzido no Brasil. O aço utilizado na aplicação era importado, até que no ano passado passou a ser produzido pela Usiminas e utilizado pela montadora. Informações: www.usiminas.com.br

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Naturaço

Produção de aço A produção brasileira de aço bruto em março de 2013 foi de 2,9 milhões de toneladas, queda de 7,6% quando comparada com o mesmo mês em 2012. Em relação aos laminados, a produção de março, de 2,2 milhões de toneladas, apresentou redução de 1,7% quando comparada com março do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2013 totalizou 8,3 milhões de toneladas de aço bruto e 6,2 milhões de toneladas de laminados, havendo redução de 4,3% e queda de 1,3%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2012. Quanto às vendas internas, o resultado de março de 2013 foi de 1,9 milhão de toneladas de produtos, aumento de 0,5% em relação a março de 2012. As vendas acumuladas em 2013, de 5,4 milhões de toneladas, mostraram crescimento de 1,0% com relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações de produtos siderúrgicos em março de 2013 atingiram 719 mil toneladas no valor de 474 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2013 totalizaram 2,5 milhões de toneladas e 1,6 bilhão de dólares, representando declínio de 4,6% em volume e de 13,7% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. No que se refere às importações, registrou-se em março o volume de 271 mil toneladas (US$ 320 milhões) totalizando, desse modo, 843 mil de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, redução de 15,4% em relação ao mesmo período de 2012. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em março foi de 2,2 milhões de toneladas, totalizando 6,2 milhões de toneladas em 2013. Esses valores representaram queda de 2,2% e 1,7%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior. Informações: www.acobrasil.org.br


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Visite a Construction Expo 2013 e conheça em detalhes as principais obras em execução no País, bem como os sistemas construtivos e os materiais inovadores que contribuem para o aumento da produtividade e da qualidade da construção. A Construction Expo é apoiada pelas principais entidades, construtoras e fornecedores do setor e reúne, em um único local, serviços, materiais e equipamentos para obras e o Construction Congresso, Edificações e Infraestrutura. Se você atua no setor da Construção preparese para ver a segunda edição da feira mais completa do setor. evite filas, faça já o seu credenciamento no www.constructionexpo.com.br de 5 a 8 de junho de 2013 | centro de exposições imigrantes | são paulo | Brasil Rod. dos Imigrantes, Km 1,5 | Dias/Horários: de 5 a 7, das 13h às 20h, e 8, das 9h às 17h | ENTRADA GRATUITA rEalização:

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Fotos: Divulgação

Usinagem para segmento ferroviário A Okuma, tradicional fabricante de máquinas operatrizes de última geração, forneceu um Centro de Usinagem Vertical, modelo Dupla Co­luna, para a Manser, empresa especializada em fabricação, recuperação e modernização de motores de tração de corrente contínua e alternada para aplicações ferroviárias, metroviárias e mineração. O modelo fornecido é o MCR-A5C 25X50, que produz motor elétrico para locomotivas. Segundo Carlos Eduardo Ibrahim, gerente de vendas da Okuma, a empresa tem investido tempo e dinheiro no desenvolvimento de novos produtos e estratégias que visam atender cada vez mais e melhor o mercado de energia e transporte do País. “É o caso da atual conjuntura mercadológica do Brasil, onde cada vez mais as grandes empresas anunciam investimentos em construções de novas fábricas, de alianças com empresas existentes no país com o intuito de expandir o transporte via férreo em todo o território nacional”, explica.

Arcellor ganha prêmio A ArcelorMittal foi eleita uma das fornecedoras que mais se destacaram em 2012 durante a 24ª edição do prêmio Qualitas Awards, realizado pelo Grupo Fiat Chrysler na América Latina. A ArcelorMittal foi classificada na categoria “Materiais Metálicos e Powertrain”, como reconhecimento a sua qualidade, inovação, competitividade e nível do serviço. No quesito inovação, o destaque foi o reconhecimento ao projeto S-in Motion, conjunto de aços especiais desenvolvido para o mercado automotivo. Esses aços são mais leves e reduzem o peso de um veículo de passeio em até 20%. Utilizados nas carrocerias, portas e chassis, os produtos aumentam os níveis de segurança e mantêm o custo final. Com o tema “Mãos no presente, olhos no futuro”, o evento realizado em São Paulo premiou 24 parceiros, levando em conta qualidade, inovação, competitividade e nível de serviço. Informações: www.fiat.com.br

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A Galvanização instantânea a Frio é uma alternativa ao processo de galvanização tradicional. Para atender essa demanda de mercado, a Quimatic Tapmatic, fabricante de especialidades químicas tem em seu portfólio de produtos o CRZ, desenvolvido especialmente para facilitar o processo de galvanização. O método desenvolvido pela Quimatic Tapmatic permite que a galvanização a frio possa ser aplicada no local onde estão as grandes estruturas metálicas e que não podem ser transportadas para passarem pelo processo comum de galvanização. Com aplicação semelhante a um processo de pintura, utilizando pincel ou o jato da lata de aerossol, dispensando inclusive a necessidade de uma mão de obra especializada para execução, o CRZ reduz o alto custo que as empresas de galvanização convencional investem em energia necessária para executar o processo a quente. O produto é constituído por uma combinação de zinco e outros metais galvânicos, juntamente com resinas selecionadas que apresentam excepcional proteção contra a corrosão, o CRZ adere ao metal graças a uma ação por fusão eletroquímica, intensificada pelo “Lectrol”, que ativa a proteção catódica contra a ferrugem. Informações: www.quimatic.com

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• Revista do Aço

Trumpf na Forind Fotos: Divulgação

Proteção anticorrosiva

A Trumpf esteve presente na 5ª Feira de Fornecedores Industriais Nordeste e Sucronor que aconteceu no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, no mês de abril. A empresa alemã, produtora de máquinas para corte, conformação e marcação de metais a laser, tem uma ampla linha de máquinas e equipamentos utilizados em diversos ramos da indústria e aposta no potencial da região Nordeste, especialmente em Pernambuco. Para a estreia na feira, a Trumpf reservou a máquina de marcação a laser TruMark Station 1000. O equipamento faz acabamento em superfícies de metal, podendo ser usado para logomarcas, nomes, códigos e números seriados, de modo fácil e sem a necessidade de softwares adicionais. Informações: www.trumpf.com.br

Alstom renova contrato com a Petrobras A Alstom Power renovou um contrato de manutenção com a Petrobras, válido por sete anos, para prestar assistência técnica para 11 turbinas a gás, quatro turbinas a vapor e 14 geradores instalados nas usinas de energia de ciclo combinado Governador Leonel Brizola (Termorio), Fernando Gasparian (Piratininga) e Celso Furtado (Termobahia). O acordo, no valor aproximado de 90 milhões de euros, compreende serviços de assistência técnica e peças para manutenção programada e não programada para as três usinas. As usinas Governador Leonel Brizola, de 1.040 MW, e Fernando Gasparian, de 586 MW, entraram em operação comercial em 2004, um ano depois da usina Celso Furtado, de 185 MW. As três unidades foram atendidas pela Alstom desde o início da operação comercial.


Cesar Lopes

Tramontini no segmento de empilhadeiras A área Industrial da Tramontini, de Venâncio Aires (RS), desenvolveu uma empilhadeira capaz de satisfazer às necessidades de um público exigente. São dois modelos TEC (Tramontini Empilhadeira Combustão), equipados com motor Nissan K25 de 4 cilindros e 37.6KW de potência a 2400 rpm, combustível GLP; transmissão powersift com conversor de torque (sem embreagem), freio hidráulico; ajuste de inclinação do volante e comandos na lateral do banco do operador. A capacidade de carga do modelo TEC 2.5 é de 2.500 quilos e do modelo TEC 3.0 é de 3 mil quilos. A aplicação do equipamento é destinada essencialmente aos operadores logísticos, transportadores, depósito, armazéns, centros de distribuição (CDs), entre outros. O ingresso da Tramontini no segmento de empilhadeiras para movimentação de cargas contribuirá com cerca de R$ 3 milhões no faturamento global da empresa já neste primeiro ano e com potencial para atingir R$ 12 milhões num curto espaço de tempo. A rede de vendas e assistência técnica já está em estruturação nos três estados do Sul, atual mercado prioritário para o produto. Paralelamente ao lançamento das empilhadeiras, a montadora está firmando parcerias em todo o Brasil para a criação de uma ampla rede de serviços ao cliente. Informações: www.tramontini.com.br



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Cobertura da Arena Grêmio

Em tempos de construção da infraestrutura necessária para realização da Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016 no Brasil, a Bemo está na Arena do Grêmio Futebol Clube, um dos estádios que vão receber jogos da Copa 2014. Recentemente inaugurada, a Arena do Grêmio traz uma cobertura metálica termoisolante que pela primeira vez no Brasil foi executada com o sistema de telhas zipadas cônicas. Determinada em função do projeto arquitetônico, a solução de cobertura metálica com telhas zipadas cônicas foi escolhida principalmente por garantir 100% de estanqueidade, segurança no desempenho e durabilidade. Informações: www.bemo.com.br

Festo apresenta inovações na MDA South America A Festo, multinacional alemã líder no mercado de automação industrial e presente há mais de 40 anos no Brasil participou da MDA South America, a feira voltada para os setores de Hidráulica, Pneumática, Mecânica e Elétrica, que aconteceu em março, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A empresa mostrou o atuador EPCO e o controle de atuador CMMO-ST além de abordar dois conceitos inovadores, o Integrated Automation (IA), que consiste na integração das tecnologias por meio de produtos capazes de operar em diversas necessidades sem alterar a infraestrutura da instalação; e, o Mechatronic Motion Solution (MMS), visto como a interconectividade de componentes mecânicos, elétricos e softwares, que trazem ao cliente interface e solução correta. Informações: www.festo.com


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Sasazaki lança portas sociais de aço Com o objetivo de mudar o conceito sobre os produtos de aço padronizados, inovar o segmento e quebrar diversos paradigmas de mercado quanto às portas sociais feitas com esta matéria-prima, a Sasazaki elaborou novos projetos e fez investimentos para apresentar soluções diversificadas, tecnologicamente mais aperfeiçoadas e com estilo e design diferenciados. A empresa celebra 70 anos de atividades e anuncia a ampliação de seu portfólio de produtos de aço das linhas Prátika e Silenfort. A Linha Prátika – composta de esquadrias prontas para instalar – ganha as Portas Sociais com ou sem Seteira com Vidro Temperado, que são ideais para uso em entradas sociais residenciais ou comerciais; com vidro temperado acidado opaco, tem puxador reto com 70 cm; e fechadura rolete. As Portas Sociais com ou sem Seteira com Lambris e Frisos, que podem ser encontradas tanto na Linha Prátika como na Silenfort – linha que permite a customização dos produtos, que não são fornecidos com vidro instalados ou pintura de acabamento. Nestes modelos, os frisos são de aço inox - sendo que na Linha Silenfort são recobertos com película protetora para maior facilidade de pintura de personalização das portas. O puxador do tipo curvo é de alumínio polido e tem 70 cm, conferindo ainda mais beleza ao ambiente. O vidro neutral – fornecido somente na Linha Prátika – é mais um detalhe que leva sofisticação à entrada social. Informações: www.sasazaki.com.br

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• Revista do Aço

Telhas e coberturas de aço inox Com grande potencial de crescimento nos próximos anos, as telhas e coberturas em aço inoxidável vêm se destacando como uma das melhores alternativas para construções sustentáveis. As suas principais características - resistência à corrosão, durabilidade, reciclabilidade e apelo estético - são diferenciais do aço inox quando

comparado aos demais materiais utilizados no mercado. Estudo comparativo realizado pela Aperam, durante 12 anos, mostrou que os aços inoxidáveis 444 e 430 têm os menores custos de manutenção quando comparados com os aços pré-pintado superior, pré-pintado e Galvalume, sendo que o 444 quase não apresentou aumento de custos durante a pesquisa, feita em ambiente com alto grau de agressividade. Para Daniel Rodolpho Domingues, gerente-executivo de Vendas para os segmentos de linha branca, utilidades domésticas, automóveis e construção civil da Aperam South America, “o aço inox é naturalmente protegido”. Segundo Daniel o custo do material para uso em telhas e coberturas é apenas um paradigma. “Em poucos anos o custo inicial se paga, sendo o inoxidável mais barato que qualquer aço carbono. A rara manutenção do produto e a longevidade do inox compensam o investimento”, afirma Domingues. Por possuir a superfície lisa e reflexiva o inox confere ao material excelente propriedade de reflexão de calor, proporcionando um conforto térmico maior que outros produtos do setor. Informações: www.aperam.com


Aço para dar volta ao mundo A Família Schurmann embarca para a sua terceira volta ao mundo, a expedição Oriente, a bordo de um novo barco. O veleiro Kat será construído com 85 toneladas de aço doadas pela ArcelorMittal Brasil. As chapas de aço de alta resistência, certificadas por classificadora naval reconhecida internacionalmente, produzidas na ArcelorMittal Tubarão e os arames para solda fornecidos pela Belgo Bekaert Arames - joint-venture da ArcelorMittal Brasil com o grupo belga Bekaert – garantem a reciclabilidade da estrutura do veleiro. O material será fornecido em diferentes espessuras (de 3,2 a 12,7 mm) e larguras (1.500 e 1.800mm). Sua produção incorpora características diferenciadas, como alta resistência e baixa liga (HSLA), requisitos de ensaios mecânicos especiais (charpy) e ensaio de tração, que permitirão à embarcação navegar em águas geladas. As bobinas de aço são aplainadas e cortadas em um centro de serviço credenciado pela ArcelorMittal. Em seguida, as chapas são enviadas, juntamente com os arames de solda, para um estaleiro em Santa Catarina para construção da embarcação. Informações: www.arcelormittal.com.br

Novo site A Elinox está de casa virtual nova. O site da empresa mudou e agora tem novo layout, funcionalidades que o tornam mais interativo e dinâmico para atender seus clientes e parceiros. O objetivo é oferecer um ambiente ágil, seguro e de confiança com informações sobre produtos, certificações, eventos, chat online e sustentabilidade. Informações: www.elinox.com.br


Montagem: Arquivo/sxc.hu

Artigo

Inspeção tecnológica: segurança e economia As tecnologias estão em quase

todos os equipamentos que usamos , mas ainda existem atividades que parecem não avançar (*) Gustavo Cassiolato Imagens: Divulgação

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• Revista do Aço

O

avanço de tecnologias tanto na parte de sistemas como de equipamentos é realidade em todos os setores da economia. A afirmação, certamente, seria tida como correta por 99% de qualquer leitor desavisado. Porém, existem ainda processos de fundamental importância dentro da realidade de setores como industrial, construção civil e logística que parecem estarem parados no tempo: é o de inspeção de materiais para elevação, movimentação e amarração de cargas. As consequências da falta do uso da inteligência tecnológica podem ser menos impactantes, com uma manutenção tardia com custos mais elevados, e muito impactantes, com acidentes graves e perdas irreparáveis aos recursos humanos envolvidos nesses processos. Até pouco tempo não havia nenhuma evolução significante na hora de se ter um controle maior da condição de cabos de aço, cintas de poliéster, lingas de correntes, balancim, talhas, treliças de guindastes, entre outros materiais. O que se faz ainda em 95% das empresas que precisam da inspeção para aten-


Artigo

der normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é algo precário. São anotações manuais que podem gerar erros e tornam os arquivos de dados da inspeção um verdadeiro mar de papéis. Foi então que a tecnologia RFID (Rádio Frequência) apareceu como uma solução barata e muito eficaz. Hoje já é possível ter investimento muito acessível e garantir segurança na coleta de dados. São instalados chips nos materiais que armazenam a informação exata das condições atuais de cada componente. A informação é repassada para tablets ou outros dispositivos móveis por meio da leitura deste chip.

O processo fica mais ágil, o que propicia inspeções com maior frequência. Mais que isso, tudo passa a estar dento de sistema que pode ser acessado de forma muito rápida, ajudando na tomada de decisão e na manutenção preventiva. É economia direta de recursos financeiros com eliminação de papel e perda de equipamentos, além da parte mais importante que é diminuição brutal dos riscos de acidentes. O uso do RFID é ainda recente no Brasil. E estamos vendo o mercado responder de forma muito interessada. E não seria pra menos. O importante é conscientizar que não há limites para esta tecnologia

no caso de inspeção. É possível ter chips espalhados em todos os tipos de equipamentos, aplicado desde pequenas peças até os guindastes de grande porte. E ir além: outros setores podem se beneficiar desta solução, que necessitam de controle de ativos como na indústria petroquímica com controle das condições de extintores até parques de diversão para evitar danos aos usuários por pequenos detalhes de fiscalização que a tecnologia não deixaria passar em branco.

Qualificação Vale ressaltar também que com a tecnologia em mãos é possível ter



Artigo

maior condições de qualificar o profissional responsável pela operação. Ao agilizar a tarefa, ele poderá se dedicar a entender mais das características dos materiais e suas aplicações. E chega a ser incompreensível como o empresário ainda pode gastar milhões em equipamentos de movimentação com foco em maior segurança, mas esquecer de que o investimento pode ir para o ralo se não houver recursos humanos qualificados. Já vi empresas adquirem equipamentos altamente tecnológicos, que demoram cerca de dois anos para serem fabricados e que custam milhões de reais. Não pode ser visto com bons olhos o trato que se dá no cenário nacional, no qual o operador muitas vezes não tem conhecimento mínimo e nem formação escolar. Em alguns países são engenheiros quem operam esse tipo de máquina e possuem treinamento específico com uma elevada carga horária e reciclagem periódica. Como se vê, no Brasil ainda se esta engatinhando na qualificação dos profissionais nessa área, na qual as normas vigentes exigem que o operador e o responsável

pela inspeção devem ser treinados por uma organização com conhecimentos específicos. O centro de treinamento deve apresentar um programa adequado para os mesmos realizarem os serviços baseados em exigências de normas técnicas de cada material. A carga horária deve ser de no mínimo 8h e deve acontecer preferencialmente no horário de trabalho do colaborador. Por fim, o que deve ficar explícito é que o advento tecnológico mudou a maneira de se gerir empresas, de se comunicar e de ser mais competitivo. Não poderia ser diferente quando o assunto é segurança nos processos produtivos ou ainda garantir o bom funcionamento de qualquer equipamento que precisa estar em condições perfeitas para não acontecer o pior. A tecnologia agora já pode ser aliada. A questão passa a ser cultural. E não repensar a forma como ainda se vê a inspeção na maioria dos setores que dependem disto para se manter ativos pode custar muito caro. (*) Gustavo Cassiolato é sócio-diretor da Rigging Brasil, formado em Engenharia Civil e especializado no desenvolvimento de materiais utilizados para movimentações de carga, atua no mercado há seis anos. Participa das revisões de normas técnicas do segmento e ministra cursos específicos para qualificação de profissionais na área de movimentação de cargas

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Peças passando pelo tanque de passivação

Corrosão

Revestimento para proteção Corrosão branca e passivação no aço galvanizado por imersão a quente (*) Paulo Silva Sobrinho Imagens: Divulgação

A

lguns metais apresentam uma condição termodinâmica instável e tendem a mudar para uma condição estável pela formação de óxidos, hidróxidos, sais, etc. Desta maneira a corrosão é um processo espontâneo e indesejável. Uma das formas de combater a corrosão consiste em evitar o contato do metal com o meio corrosivo. Pode-se, por exemplo, recobrir o metal com revestimentos metálicos e orgânicos, de espessura e composição adequadas. Os revestimentos protetores são películas aplicadas sobre a superfície metálica e que dificultam o contato da superfície com o meio corrosivo, objetivando minimizar a deterioração da mesma pela ação do meio. O tempo de proteção dado por um revestimento depende do tipo de revestimento (natureza química), das forças de adesão, da sua espessura e da permeabilidade à passagem do eletrólito através da película. Influenciará também o mecanismo de proteção. Nos revestimentos protetores o mecanismo de proteção é denominado proteção por barreira ou por retardamento do movimento iônico. Em virtude da porosidade da película, depois de algum tempo o eletrólito chegará à superfície metálica e iniciará um processo corrosivo. Desta forma, a falha do revestimento

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• Revista do Aço

dá-se sempre por corrosão sob a película, com exceção, é claro, dos casos em que a própria película é atacada pelo meio corrosivo ou danificada por ações mecânicas. Outra forma de ampliar a vida de um revestimento é quando ele possui um mecanismo adicional de proteção denominado proteção catódica. Neste caso, forma-se uma pilha galvânica entre o metal de base e o metal do revestimento. Esse fato ocorre quando se utilizam revestimentos metálicos menos nobres que o metal a se proteger. Assim, o revestimento metálico age como anodo de sacrifício, permitindo a proteção do metal-base contra a corrosão.

Corrosão branca O zinco é o metal mais indicado e mais utilizado para a proteção de superfícies metálicas contra a corrosão, devido à sua facilidade de aplicação e seu baixo custo, a exemplo da galvanização por imersão a quente. Através de cálculos termodinâmicos e de medidas de potencial de eletrodo, vemos que o zinco é um metal bastante reativo, portanto com uma tendência apreciável para se corroer. Na prática, o zinco sacrifica-se sofrendo corrosão, protegendo assim o metal base.


Corrosão

A cobertura de zinco quando danificada funciona como proteção catódica. Esta prolongará a vida útil do substrato e dependerá da espessura da camada de zinco e da extensão da área exposta. Se considerarmos o revestimento galvanizado por imersão a quente em uma estrutura de aço que foi arranhada acidentalmente durante o descarregamento, a umidade da atmosfera criará uma célula eletrolítica entre o revestimento de zinco e o aço exposto pelo risco. O zinco então corroi preferencialmente ao aço, que é assim protegido. Óxido de zinco é o produto de corrosão inicial do zinco em atmosfera relativamente seca e é formado pela reação entre o zinco e o oxigênio presente na atmosfera. Na presença de umidade, este produto é convertido em hidróxido de zinco. O hidróxido de zinco e o óxido de zinco ainda reagem com o dióxido de carbono presente no ar para formar carbonato de zinco. O carbonato de zinco é aderente e relativamente insolúvel e é o principal responsável pela excelente proteção anticorrosiva proporcionada pelo revestimento galvanizado. O filme de carbonato de zinco forma-se razoavelmente rápido e a taxa de crescimento diminui com o tempo. Este processo é denominado pelos galvanizadores de “Cicatrização”, esquematizado abaixo. “cicatrização” (Zn  ⇒ ZnO ⇒ Zn(OH)2  ⇒ ZnCO3)

ar umidade Co2

Quando o acesso de dióxido de carbono atmosférico na superfície galvanizada é restrito, o filme de carbonato de zinco protetivo não se forma. Ao invés dele, um depósito branco consistindo essencialmente de uma mistura de óxido de zinco e hidróxido de zinco é formado. Este depósito branco é chamado de corrosão branca. As manchas brancas raramente causam danos permanentes, mas se consideradas indesejáveis no ponto de vista estético podem ser removidas por escovação, utilizando uma escova de cerdas rígidas, ou por tratamento com um ácido fraco seguido por lavagem e secagem.

Corrosão branca não significa má qualidade A ABNT NBR 6323 – Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido – Especificação – menciona no subitem 6.1.2 que “Excesso de zinco, inclusão de fluxo e corrosão branca Foto de corrosão branca somente serão considerados motivos de rejeição se comprometerem a funcionalidade e/ou a durabilidade do material” e na Nota 1 do mesmo sub-item que “ A corrosão branca não é prejudicial à durabilidade do material quando esta não diminuir a espessura do revestimento abaixo do especificado....”

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Corrosão

A superfície galvanizada escurece na exposição prolongada pelo acúmulo de sujeira e poeira, especialmente em atmosferas urbanas e industriais. O mais importante contaminante a ser considerado em corrosão atmosférica do zinco é o dióxido de enxofre. Seu efeito é particularmente notado sob condições de umidade alta. A reação de corrosão pode ser complexa, mas no final resulta em sulfato de zinco que aparece no produto de corrosão. Os revestimentos galvanizados por imersão a quente possuem uma camada externa de zinco puro, formado durante a extração da peça do banho de zinco fundido, e é esta camada que proporciona a longa vida de existência deste filme protetivo, sendo proporcional à espessura total da camada. Um revestimento galvanizado por imersão a quente, de espessura comercial, em uma estrutura de aço, dependendo do meio, pode ter uma vida de não menos que 40 anos ao todo. Como a superfície de zinco resiste à corrosão atmosférica, a taxa de corrosão do zinco é muito baixa em meio ambiente neutro, aumentando em condições extremas de acidez e alcalinidade. Isto é ilustrado na Figura 1.1. A

0.50

B

C

Taxa de Corrosão (cm/ano)

0.45

A galvanização por imersão a quente envolve imergir o substrato com superfície limpa em um banho de zinco fundido, o qual reage com o ferro formando uma camada. O revestimento de zinco consiste de uma camada externa de zinco puro e de uma série de compostos intermetálicos zinco-ferro presentes entre a camada externa de zinco e o substrato de aço. Cada uma dessas regiões pode ser afetada pelo tempo de imersão e pela temperatura do banho, assim como pela composição química do banho e do substrato do aço. A qualidade do revestimento é influenciada ainda pelas operações de preparação da peça (pré-tratamento da superfície como desengraxe, decapagem, fluxagem e secagem), operações e tratamento após galvanização (lavagem e passivação), e também pelo estado superficial da peça a ser galvanizada.

Passivação A passivação retarda o aparecimento da chamada “Corrosão Branca”. Se a peça for posteriormente destinada à pintura, não poderá ser passivada, em função da não aderência da tinta sobre a camada passivada. Se a peça for pintada, o ideal é que isto acontece logo após a galvanização. Há galvanizadores que possuem um setor de pintura e também há aqueles que cedem

0.40 0.35 0.30 0.25 0.20 0.15

HC1

0.10

NaOH

0.5 0 0

2

4

6

8 10 12 14 16 pH

A – Corossão rápida B - Filme estável baixa taxa de corrosão C - Corrosão rápida Efeito do pH na taxa de corrosão do zinco. Fonte: Hall [1970]

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• Revista do Aço

Tanque de galvanização por imersão a quente


Corrosão

A NACIONAL TUBOS apostou na T&H Lemont quando investiu em uma formadora de tubos em 2009. "Hoje, além de produzir tubos de diâmetros maiores dobramos nossa produtividade e vendas, atestando significativamente nossa competitividade no mercado de tubos." - João Luis Groth – Diretor

espaço para que seus clientes a faça. O Sistema de pintura sobre o galvanizado é denominado Sistema Duplex. Em algumas galvanizações, aproveita-se o tanque de resfriamento para realizar a passivação da camada de zinco das peças galvanizadas Trata-se de um banho rápido em soluções cromatizantes, à base de ácido crômico e bicromato de sódio. Neste banho (etapa de passivação), a estabilização da camada de zinco ocorre em segundos, através de uma série de reações químicas entre o passivador e a superfície galvanizada, formando uma capa protetora em torno de 0,5µm de cromato de zinco insolúvel. Esta passivação confere ao galvanizado um aspecto ligeiramente amarelado, sendo mais claro quanto menor a concentração da solução ou menor o tempo de imersão A camada com solução cromatizante dura em média 30 dias, se material armazenado em local coberto. Em local descoberto a chuva lavará a solução da superfície. O aparecimento da corrosão branca é um indício de que a peça já está sem a camada passivada pela solução cromatizante. (*) Paulo Sobrinho é coordenador Técnico do Instituto de Metais não Ferrosos (Paulo.sobrinho@icz.org.br)

NOTAS: Atualmente a CEE 114 – Comissão Especial de Estudo da Galvanização por Imersão a Quente da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – reativada em dezembro de 2012, com sede no ICZ – Instituto de Metais Não Ferrosos – estudará a eliminação da etapa de passivação no Brasil, a exemplo do que é praticado na Europa. A NBR 6323 – Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido – Especificação – está sendo revisada e deverá apresentar na nova versão as melhores formas para envio dos produtos a serem galvanizados, com furações (locais e dimensões) para permitir a passagem do zinco liquefeito por toda superfície a ser galvanizada, externa e internamente, além da inserção sobre acabamento final do galvanizado em função da composição química do material base enviado para o galvanizador.

Quando João Luis Groth, Diretor da Nacional Tubos do Brasil precisou de uma nova formadora de tubos, ele consultou cinco empresas de qualidade internacional antes de optar pela WU40-11, uma Formadora para Tubos estruturais da T&H Lemont localizada em Countryside, Illinois. “Desde a compra eu fiquei impressionado que a formadora da T&H tem a capacidade de trabalhar facilmente com produtos de paredes espessas sem comprometer a velocidade de produção e o projeto dos ferramentais é simplesmente impecável”, disse João. Ele complementou, “a troca dos ferramentais é bastante rápida e o setup muito facil”. “No ano seguinte nós compramos uma nova formadora de tubos, modelo WU20M-11, disse João. “Com base em nossa experiência com as formadoras da T&H, estamos satisfeitos por alcançar produtividade, rentabilidade e competitividade além de nossas expectativas”.

Para mais informações, ligue 708-482-1800 ou visite www.thlemont.com

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โ ข Revista do Aรงo

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Aço é predominante na indústria automobilística O metal representa mais de 50% do peso de um veículo, porém há

A

uma tendência mundial de contínua redução de uso na indústria

nalistas, tecnólogos e engenheiros são unânimes em apontar o aço como insumo indispensável na indústria automobilística nacional. Em 2012, a indústria siderúrgica comemorou os números favoráveis da produção de veículos junto com as montadoras. Ainda não há dados exatos, mas sabe-se que a venda de veículos particulares e comerciais leves deve chegar à marca de 3,8 milhões de unidades. Isso representaria um crescimento de 4,5% em relação a 2011. Contudo, o sócio da Roland Berger Strategy Consultants, Stephan Keese, em recente artigo, advertiu que esse excelente desempenho provavelmente não se repetirá em 2013. Segundo a consultoria, algo em torno de 75% do crescimento do ano passado deveu-se à redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), cujo boom nas vendas teria se restringido a um fato que se esgotou no tempo. E com a manutenção do imposto não aconteceria mais o “eldorado”. Imagem cedida pela Villares Metals

Carlos Alberto Pacheco Imagens: divulgação

Revista do Aço •

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CAPA

Redução máxima de peso por componente

Keese: indústria estagnará em

2013, com primeiro semestre fraco e segundo semestre mais forte Por outro lado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) persegue a linha do otimismo e acredita no mesmo percentual de crescimento este ano, ou seja, 4,5%. A produção alcançaria 3,5 milhões, superando 2012 (pouco mais de 3,2 milhões). Há quem aposte num percentual cauteloso de até 3%. Para Keese, no entanto, “a indústria estagnará em 2013, com um primeiro semestre fraco e segundo semestre mais forte”. Março salvou o primeiro trimestre de uma possível desaceleração do setor. Após dois meses fracos, a produção de carros, co-

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• Revista do Aço

merciais leves, caminhões e ônibus em março cresceu 39,2% em relação a fevereiro e 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Anfavea. Embora as exportações das montadoras tenham evoluído 3,1% até agora, a entidade afirma que a tendência é de queda para os embarques deste ano. E qual será a participação do setor automotivo no mercado siderúrgico nacional? De acordo com o Instituto Aço Brasil (IABr), os dados sobre distribuição setorial disponíveis são de 2011. A distribuição dos produtos é distribuída nos seguintes percentuais: 24,7% no setor automotivo; 35,4% no setor de construção civil; 20,7% em máquinas e equipamentos (bens de capital); 6,5% em utilidades comerciais, 4,4% - tubos (pequenos diâmetros); 3,1% embalagens e 5,2% outros. A indústria automobilística é a segunda que absorve mais aço, perdendo apenas para a construção civil.

Em 2009, o envolvimento do setor automotivo na indústria siderúrgica nacional superou em dois pontos o dado do ano retrasado, chegando a 26,7%. Em valor absoluto, naquele ano, o setor au-

“Temos pesquisadores e líderes mundiais e falta de gente capacitada ”


CAPA

tomotivo consumiu 4,9 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos. Não há uma estatística oficial em relação a 2012. O IABr apenas informa que o consumo aparente de produtos siderúrgicos no País atingiu o total de 25,2 milhões de toneladas. É fato que a indústria siderúrgica atende a quase totalidade das

necessidades do setor. Mas, segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), Horacídio Leal Barbosa Filho, há deficiência na formação de mão de obra específica. “Temos pesquisadores e líderes mundiais no segmento. Porém, falta gente capacitada”, adverte. A associação procura suprir

essa lacuna no mercado nacional, promovendo cursos, seminários, congressos e palestras. “A ABM procura sempre mostrar ao seu público as novidades tecnológicas presentes no mundo”, declara. Leal ressalta que as grandes novidades concentram-se no Hemisfério Norte, em países como Alemanha, França e Áustria.

Aço representa menos de 8% na venda do bem Essa é uma experiência muito interessante e com forte cunho didático. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a pedido do IABr, desmontou dois carros, um fogão e uma geladeira e detectou o peso do aço nesses bens fundamentais para o dia a dia do brasileiro. O resultado não surpreendeu os especialistas: mais de 50% do peso da matéria-prima usada em automóveis e refrigeradores é puro aço. Mas há uma contradição: sua participação no valor comercial desses bens é inferior a 10%. Para ser mais exato, no automóvel – sonho de consumo de qualquer cidadão candidato à classe C -, o aço corresponde a 55,7% do peso do veículo e apenas 7,9% no preço de venda do bem. Mas, em determinados casos, o percentual é ainda menor – 6,03%. O IPT constatou em estudo que há perdas do processo de construção do automóvel. Exemplo: as sobras decorrentes de corte da porta para aplicação do vidro. Sendo assim, o instituto concluiu que um aumento de 10% no processo do aço representa menos de 1% (0,6 a 0,9 ponto percentual) no

valor de venda dos veículos, que possuem alíquota de 35% na Tarifa Externa Comum – TEC, enquanto a dos produtos siderúrgicos é de 14%. Na visão de Leal, da ABM, a tendência, a partir de agora, é uma contínua redução do uso do metal na construção de veículos, sejam carros de passeio, ônibus, caminhões e até implementos agrícolas. “Ligas de magnésio, nióbio e titânio, por exemplo, diminuem o peso dos automóveis”, destaca. De acordo com o instituto, o aço tem sido aproveitado na carroceria dos carros e autopeças – eixos, rodas, parafusos, biela, cilindro, estrutura do banco etc. O diretor da ABM lembra, por sua vez, que para-choques e para-lamas já não recebem aço. Leal revela a disposição das montadoras em reduzir o peso de plataformas, carrocerias e motores, com a utilização de outros produtos. “Fala-se muito na utilização do alumínio nos veículos automotores. É uma tendência que se confirmará com tempo”, argumenta.


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CAPA

O dilema das importações A questão do preço do aço é polêmica. Segundo opiniões de especialistas de entidades do setor (e aí se inclui evidentemente o IABr), os preços praticados no mercado interno precisam ser comparados com os do mercado interno de outros países e não ao nível de comércio internacional. Nesse último cenário, os negócios sofrem distorção por subsídios ou práticas ilegais oriundas de nações que atravessam uma crise conjuntural. O panorama se repete em quaisquer atividades econômicas em que o aço é protagonista. O grande gargalo continua sendo o chamado custo Brasil: a carga tributária onerosa somada aos encargos financeiros oneram a produção e os investimentos das organizações que produzem o metal. O terreno é pantanoso e a realidade não pode ser alterada em curto ou médio prazo. Muitos falam que é necessário o aumento das importações do aço como

forma de suprir as necessidades produtivas das empresas. O aço dos países desenvolvidos é muito utilizado nos automóveis. Contudo há uma convergência de variáveis que criam uma espécie de “artificialismo” nas condições de importação. Há tese difundida no mercado que explica esse artificialismo. As variáveis são três: valorização da moeda, guerra fiscal entre os estados e superoferta do produto no mercado externo. Os benefícios ao cliente praticamente se diluem no processo de importação. O preço opes medidas do fixado no mercagoverno podem do internacional é quase idêntico ao contribuir para do mercado interimpulsionar as no. Então há quem não enxergue vanvendas internas tagem alguma na importação do aço. Segundo o advogado mineiro Rinaldo Maciel de Freitas, se setor siderúrgico não voltar os olhos ao exterior, “as importações caem em 50%”. Em recente declaração à imprensa,

L

“Se o setor siderúrgico não voltar os olhos ao exterior , as importações

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• Revista do Aço


CAPA

o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, descreveu um cenário de “importações mais fracas”. Há

uma avaliação otimista. Para Lopes, as recentes medidas do governo de defesa comercial e o aumento da

importação em alguns tipos de aço podem contribuir para impulsionar as vendas internas do produto.

Vantagens dos aços patináveis O tipo mais comum de aço utilizado na indústria automobilística é o aço de baixo carbono, devido a sua capacidade para assumir as diferentes formas exigidas nas diversas peças dos automóveis. O produto tem larga utilização nas carrocerias dos automóveis. E exatamente por isso possui a característica de maleabilidade, possui precisa suportar as conformações impostas a eles. No entanto, em face da tendência mundial de se reduzir o peso de veículos automotores, novos tipos de aço foram desenvolvidos, visando reduzir emissão de gases poluentes e a corrosão.

A principal característica do aço patinável é a sua resistência à corrosão atmosférica. Dependendo da agressividade do meio ambiente e do tempo de exposição, esta resistência pode ser de cinco a oito vezes maior que a dos aços-carbono. “A resistência à corrosão dos aços patináveis foi estudada ao AÇOS Patináveis fabricados no Brasil longo de anos por meio de ensaios acelerados e não–acelerados de Fabricante Tipo de AÇO Sites corrosão em diferentes condições ASTM A588 atmosféricas, onde foi comprovada www.arcelormittal.com/br/ ARCELORMITTAL a sua superioridade em relação ASTM A242 aos aço-carbono comum”, ressalta o estudo. CSN-COR 420, CSN-COR 500 CSN www.csn.com.br Esses aços resistentes à corrosão são disponíveis no Brasil GERDAU /AÇOMINAS ASTM A588 sob a forma de chapas e bobinas, COS-AR-COR 400, COS-AR-COR 400E, produzidos por siderúrgicas e COS-AR-COR 500, ASTM A242, ASTM A588 www.usiminas.com.br USIMINAS possuem denominações comerciais USI-SAC-300, USI-SAC-350, USI-FIRE-350 específicas. Os pesquisadores ASTM A242, ASTM A588 definem esses produtos como VMB 250 COR, VMB 300 COR, de baixa liga, que além da www.vmtubes.com.br V&M resistência à corrosão, apresentam VMB 350 COR boa soldabilidade.

Ap

CIMM

Dois exemplos clássicos são os aços inoxidáveis e os aços patináveis. Segundo estudo do Laboratório de Mecânica Computacional da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), os aços patináveis foram introduzidos no início dos anos 30, nos Estados Unidos, para fabricação de vagões de carga. “Dadas às características e qualidades desses aços, que combinavam alta resistência mecânica com resistência à corrosão atmosférica, rapidamente encontraram aceitação, ainda que, na maioria das vezes, fossem empregados com revestimento”, diz o estudo.

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Fotos: Divulgação

Mercado

Ital e Italindústria estão juntas Empresas voltam a fazer parte do mesmo grupo empresarial, mas continuam a existir isoladamente

D

esde outubro de 2012 a Italindústria Termo Eletro Mecânica e a Ital produtos Industriais fazem parte do mesmo grupo empresarial. Ambas empresas continuam a existir separadamente, aproveitando o ponto forte de cada uma. Desde a união oficial as linhas de produtos estão sendo harmonizadas para atender as necessidades do mercado. A nova associação estará presente na Feimafe que acontece em junho, em São Paulo. “As empresas fabricam, importam e reparam equipamentos magnéticos em geral. Especificamente para o ramo de usinagem, temos uma linha de placas magnéticas e outros acessórios de fixação magnética para fresadoras, retificadoras, CNC´s etc”, afirma Alexandre Ronconi, diretor. Ele explica que a Ital era uma divisão da Italindustria que se separou em 1999. Segundo ele, a partir de agora, com essa

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• Revista do Aço

nova operação, as empresas continuarão a existir separadamente. O que muda? “A Italindustria focará a linha de equipamentos pesados e a ITAL Produtos a linha mais leve”, afirma. As duas empresas passam a dividir a nova sede que será inaugurada na cidade de Embu. É um espaço que ocupa 3 mil metros quadrados no entroncamento da Rodovia Regis Bittencourt com o Rodoanel, em São Paulo e que deve ser inaugurado em julho de 2014. Atualmente A Ital Produtos está localizada na cidade de Cotia e a Italindustria fica no município de Taboão da Serra, na frente da Rodovia Regis Bittencourt. Para 2013, a expectativa de crescimento é de 10% nas vendas e de 20% na lucratividade em função da sinergia entre as operações das empresas. Informações: www.italpro.com.br e www.italindustria.com.br



Agronegócio

A vida do aço no campo

Safra com bons preços de commodities e a regularidade de crédito para compra de máquinas geram otimismo Gislaine Vicente Imagens: sxc.hu

A

s perspectivas de crescimento do consumo de aço no agronegócio é tema recorrente em indústrias do setor. Depois de um 2011 marcado pelo enfraquecimento da demanda na Europa em crise e nos Estados Unidos, o que deixou os empresários reticentes, a temporada de novos investimentos no Brasil já a partir de 2012 criou expectativas mais otimistas – e isso pelo menos pelos próximos quatros anos. Em 2013, a palavra-chave é otimismo. O presidente da ArcelorMittal Aços Longos para a América do Sul,

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• Revista do Aço

Augusto Espeschit de Almeida, diz que o Brasil se tornou quase que um paraíso para investidores. “Isso, de uma certa forma, é bom, mas temos de tomar muito cuidado com essa visão”. Entretanto, ele está otimista com a expansão da economia brasileira e de alguns dos vizinhos da América do Sul, como Peru e Bolívia, o conglomerado vai se aproveitar da eficiência máxima de suas fábricas para atender as compras mais aquecidas no subcontinente. Já o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos

Agrícolas da Abimaq, Celso Casale, fala em um período de recuperação para o setor de máquinas e equipamentos. “Pelo menos no nosso segmento tivemos um bom ano. Os dados consolidados de janeiro a dezembro apontaram para um crescimento de 8,5% no faturamento nominal do segmento de máquinas e implementos agrícolas, que totalizou R$ 10,8 bilhões. Também no número de empregados atingimos a marca de 59.236 funcionários, o que representou um avanço significativo, na casa dos


Agronegócio

8,4% em comparação com o quadro existente em dezembro de 2011. Nossa expansão foi decorrente de dois fatores principais: a boa safra com bons preços das principais commodities agrícolas e a regularidade da oferta de crédito para compra de máquinas, que deixaram os agricultores com recursos suficientes para investir em renovação ou ampliação de sua frota de máquinas e implementos”, explicou. Casale acredita que os bons resultados alcançados deverão ser mantidos em 2013, em razão da tendência de continuidade dos investimentos na produção agropecuária. Produtores capitaneados por boas safras, dando regularidade na oferta de financiamento e estimulando programas de apoio à agricultura familiar e maior conscientização do agricultor em relação aos ganhos decorrentes da mecanização da produção são pontos positivos que confirmam o bom desempenho nas vendas de máquinas e implementos agrícolas.

A previsão de crescimento de 10%, em 2013, é otimista, porém, merece cautela, diz Casale. “Estamos crescendo isoladamente em meio a uma economia que apresenta índices de expansão bastante discretos. A marcha lenta das economias centrais (Estados Unidos e Comunidade Econômica Europeia) despertam a atenção de fabricantes de todo o mundo para o mercado brasileiro. Como a nossa agricultura tem registrado índices expressivos e constantes de expansão, todos os grandes fabricantes de implementos e máquinas do mundo olham com bastante interesse para o nosso mercado”, diz Casale. Um ponto bastante positivo é o forte desenvolvimento do Rio Grande do Sul na agricultura e na pecuária, o Estado sempre se coloca entre os de maior demanda de máquinas e implementos. Há também entre os produtores gaúchos uma maior cultura e tradição de investir em tecnologia e inovação, o que acaba também


Agronegócio

puxando as vendas de implementos e máquinas. A presença é forte também no interior de São Paulo por existir um bom número de grandes indústrias do setor instaladas. É um excelente mercado, assim como são os mercados dos estados líderes na produção agrícola. No caso do Rio Grande do Sul, esperamos um aumento entre 10% e 15% para as vendas de máquinas e implementos agrícolas em 2013. Oportunidades de negócio para a indústria do inox, de aços elétricos e especiais ao carbono, principalmente no Brasil, devem-se uma série de fatores e de projetos.

A questão ambiental, a descoberta do pré-sal, a fronteira agrícola, Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas de 2016 são alguns dos ‘motores’ da cadeia. Para a Aperam South America, o inox ampliou significativamente o seu leque de aplicação. Segundo a assessoria da empresa, há aplicações em mobiliário urbano, acessibilidade, decoração e design. Em relação ao setor de gás e petróleo, existe um investimento em produtos como o aço duplex, com maior resistência mecânica e à corrosão, no intuito de atender a demanda proveniente da exploração no pré-sal. Quanto ao agrone-

gócio, a participação do aço deve crescer muito, como no caso do setor sucraalcoleiro, no qual já peças específicas para alguns clientes já foram desenvolvidas. O bom momento vivido pela agricultura brasileira está atraindo grandes investidores dispostos a explorar o mercado brasileiro, o que pode provocar ou acelerar fusões, incorporações e aquisições. Outro desafio hoje da CSMIA é criar condições para elevar o padrão tecnológico das empresas associadas para que elas consigam melhorar sua competitividade, e assim enfrentar uma concorrência cada vez mais


Agronegócio

acirrada e mais globalizada, inclusive com possibilidade de ocorrer fusões e incorporações no segmento. O vice-presidente da Área de Máquinas Agrícolas da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS), Duílio Weissheimer De La Corte, exemplifica o segmento de colheitadeiras. “No mercado interno, o total vendido dessas máquinas cresceu 17,3%, em 2011, na comparação com 2010, passando de 4.549 para 5.338 unidades. As vendas externas, por sua vez, cresceram menos, 5,7%, indo de 2.261 para 2.389 colheitadeiras exportadas. No conjunto, as vendas desse segmento aumentaram 13,5%, crescendo de 6.810 para 7.727 máquinas comercializadas”, relembrando o início do boom desse mercado. Ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, hoje coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro), lembra de outro fator que contribuiu para o aumento da renda do setor. Ele diz ter detectado um fenômeno novo, ainda pouco divulgado, que tem ajudado a aumentar o consumo de aço. Segundo ele, é um fato curioso que vem ocorrendo no Centro-Oeste, assim como no Triângulo Mineiro e em Tocantins. “Houve três bons anos agrícolas seguidos nessa região”, explica. “Isso causou uma redução da dependência do agricultor por crédito, e isso fez deles agentes produtivos quase autossuficientes”. De acordo com Rodrigues, esses produtores ganharam dinheiro

nos últimos três anos e não querem ou não precisam mais investir em suas fazendas. Isso porque esses agropecuaristas já renovaram o seu parque motomecanizado, não vão comprar trator, já reformaram barracão, casa, deram uma consertada na vida e sobrou dinheiro. “Esses agricultores anônimos, desconhecidos, estão produzindo um movimento de urbanização desse dinheiro que está sobrando, por assim dizer”, explica Rodrigues. “Eles não querem aumentar a área plantada, querem diversificar. Eles têm três ou quatro filhos, dos quais um filho fica na fazenda e os outros saem, vão para a cidade”. Ou seja, esse tipo de fazendeiro está montando empresa comercial, consultório de advogado, de dentista, para os filhos na cidade e comprando carro, caminhonete, apartamento. Está mudando o investimento dele da agricultura para outras áreas de atividade econômica que têm aço. “É um aquecimento da demanda urbana, por causa dessa injeção dos recursos agrícolas”, diz Rodrigues. “É uma inversão do processo, o campo, com sobra, está enriquecendo a cidade. E isso tem um reflexo na indústria do aço muito significativo, que ainda não está contabilizado”. Mas nem sempre foi assim. Até chegar a esse nível de importância para a economia brasileira e o desenvolvimento do país, a agricultura nacional teve que evoluir muito. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-


Agronegócio

cimento (MAPA), a safra de 2010/2011 foi de 149,1 milhões de toneladas, um pouco maior do que as 148,82 milhões de toneladas do ciclo anterior. Ainda de acordo com o MAPA, o agronegócio é um dos motores da economia brasileira, respondendo por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos. Em 2009, por exemplo, dado mais recente disponível, a produção agropecuária representou 42% das exportações, com US$ 64,7 bilhões dos US$ 152,2 bilhões vendidas ao exterior pelo país. O engenheiro agrônomo Otávio Gutierrez explica uma forma que dá margem a uma grande produção do aço no setor de agronegócio. “O carvão vegetal no aço e no arame que cerca o gado nas fazendas de criação é um nicho de produção que cresce sempre, e que dá uma penetração bastante significativa no agronegócio”, resume. “O aço é feito da combinação do minério de ferro com o carbono, que tanto pode ter origem no carvão mineral, uma matéria prima de fonte finita, como pode vir do carvão vegetal obtido a partir da madeira de florestas plantadas e, portanto, um recurso renovável”. De acordo com Gutierrez, já há empresas brasileiras produzindo aço com certificação de uso de carvão vegetal e gozando dos benefícios dos contratos am-

bientais de sequestro de carbono, de modo que as aciarias e todo o imenso universo industrial baseado no aço passarão crescentemente a também fazer parte da cadeia do agronegócio. Com a população dos países emergentes crescendo mais rápido do que a produção de alimentos, não faltou demanda para os produtos agropecuários. Isso fez com que os preços das principais commodities agrícolas ficassem acima da média histórica. Como não poderia deixar de ser, esses aspectos positivos se refletiram no consumo de aço, principalmente indireto, por meio do segmento de máquinas agrícolas, que também teve um bom desempenho nos últimos anos. Gerente executivo comercial para os segmentos indus-

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triais da Aperam South America, Daniel Rodolpho Domingues, diz que o agronegócio dá margem para que vários trabalhos sejam feitos em torno do mercado. “Nesse sentido, o Centro de Pesquisas da Aperam South America representa o nosso grande trunfo”, assegura Domingues. Para ele, com o crescimento de diversos segmentos ligados ao agronegócio, o aço salta na frente pela rentabilidade e diversificação apresentadas. “Há uma redução dos custos de manutenção em mineração e açúcar e álcool, por exemplo. Quanto ao agronegócio, a participação do nosso aço deve crescer muito, como no caso desse mesmo setor sucroalcooleiro, no qual já desenvolvemos peças específicas para alguns clientes”, cita Domingues.



Aço Inox

Aço inoxidável: aplicação em usinas de açúcar e álcool Manutenção dos equipamentos acontece durante entressafra; inox tem forma diferenciada de proteção contra a corrosão (*) Joner Oliveira Alves

A

Imagens: cedidas pelo autor

tradicional produção de açúcar associada à crescente demanda de etanol fez da indústria sucroalcooleira um dos principais segmentos da economia brasileira. Uma realidade que despertou o interesse de grandes grupos levando a ocorrência de fusões e a uma mudança do modelo de gestão deste segmento, com uma intensificação da busca por maior

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• Revista do Aço

produtividade e melhor qualidade de produto. A reforma ou troca de equipamentos consome uma parte significativa da rentabilidade das indústrias de açúcar e álcool. Historicamente, grande parte dos equipamentos das usinas sucroalcooleiras é constituída de aço carbono, correntemente utilizado pelo menor custo por tonelada.

Entretanto, devido à agressividade do ambiente de trabalho, um intenso trabalho de manutenção é demandado. As manutenções ocorrem principalmente durante a entressafra, quando diversas partes dos equipamentos são trocadas devido ao fim de vida útil do material empregado. As operações durante a entressafra ocorrem praticamente simultâneas em todas


Aço Inox

as usinas, o que gera escassez de mão-de-obra especializada. A degradação dos equipamentos ocorre principalmente pela ação, combinada ou não, do desgaste e corrosão. O desgaste é inerente do atrito de um material abrasivo sobre a superfície do equipamento. Nas usinas de açúcar os principais meios abrasivos são areia, gomo da cana, palha e até mesmo as partículas metálicas desprendidas pelo desgaste do equipamento. O recebimento da cana representa a região de maior desgaste nas usinas. A figura 1 mostra chapas de aço carbono (imagem 1-A) e aço inoxidável 410D (imagem 1-B) após

aplicação no recebimento da cana, mais precisamente na lateral do “esteirão de cana”. Nesta aplicação, o desgaste acumulado de cinco safras causou ao 410D uma redução de espessura de apenas 0,5 mm, esA

tando ainda apto para outras safras. A chapa de aço carbono atingiu espessura mínima de trabalho após três safras, precisando ser reposta. Outro mecanismo associado à degradação dos equipamentos, a B

Figura 1 - Chapas aplicadas no lateral do esteirão de recebimento da cana (espessura inicial de ¼”): aço carbono após 3 safras (A) e aço inoxidável 410D após 5 safras (B)

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Aço Inox

corrosão é caracterizada pela perda de material frente ao meio envolvido. Durante o processamento e tratamento da cana existem diversos meios corrosivos que vão do mais fraco, como a água da chuva no recebimento da cana, até os mais severos como nos casos dos evaporadores, condução de vinhaça e colunas de destilação. Um exemplo de ambiente altamente corrosivo é a área de evaporação do caldo. Nas usinas, a evaporação é empregada para eliminar a água contida no caldo clarificado, seja ela originada da própria cana-de-açúcar ou adicionada no processo. As usinas possuem vários estágios de evaporação, sendo o último efeito o mais corrosivo (figura 2). Neste estágio, o arraste de caldo pelo vapor vegetal do efeito anterior causa deposição externa ao feixe tubular, gerando um ambiente propenso ao desenvolvimento de bactérias que aceleram o processo de degradação do material. A imagem 2-A mostra as paredes de um evaporador em A

aço carbono (com processo corrosivo) e a região do espelho em aço inoxidável AISI 444 (intacto) após uma safra. Tubulações produzidas em AISI 444 empregadas no evaporador podem ser observadas na imagem 2-B. O aço inoxidável (inox) apresenta uma forma diferenciada de proteção contra a corrosão. Durante a fabricação deste material, ainda na fase líquida, são adicionados elementos que não fazem parte da composição do aço comum, como: cromo, níquel, molibdênio, titânio B

Figura 2 - Último efeito de evaporação: A - aço carbono nas laterais (com processo corrosivo) e aço AISI 444 no espelho (intacto); B- tubulação em aço inoxidável

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• Revista do Aço

e nióbio. Cada um destes elementos proporciona características diferenciadas ao inox, sendo o cromo o principal agente na proteção anticorrosiva. De uma forma geral, a corrosão é uma reação química entre os elementos oxigênio (presente no ambiente) e o ferro (encontrado na composição do aço). A união do ferro com o oxigênio forma o óxido de ferro, popularmente conhecido como ferrugem. O cromo presente na composição dos aços inoxidáveis atua como um elemento de sacrifício, entrando em contato com o oxigênio formando o óxido de cromo, o que cria uma camada de proteção para o aço. Invisível a olho nu, esta camada impede que o elemento ferro seja removido do aço, evitando a formação da corrosão. Ao contrário dos revestimentos, esta camada possui a capacidade de regeneração, não necessitando de manutenções uma vez que o cromo está presente na própria composição do aço inoxidável.


Aço Inox

A escolha do tipo de material a ser aplicado deve ser pautada em diversos fatores, sempre levando em consideração o ambiente de trabalho. Mesmo dentro de uma única classe de materiais existem diversas especificações, como no caso dos aços inoxidáveis que são divididos em ferríticos, austeníticos, martensíticos e duplex. Assim, um material com excelente aplicabilidade em um determinado setor pode não ter bons resultados em outro. Na última década, um intenso trabalho de pesquisa foi realizado junto às usinas de açúcar visando uma detalhada especificação dos aços a serem empregados em cada área, a Tabela I (veja na página 48) apresenta um resumo destas definições. O custo da matéria-prima, outro fator de extrema importância nos projetos, deve ser visto de uma forma geral. Nas usinas de açúcar é preponderante considerar a quantidade de safras que o material suporta. Assim, um custo inicial mais elevado pode ser completamente revertido no futuro. Um exemplo do custo-

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Aço Inox

Tabela I - Principais ligas de aço inoxidável aplicadas nas usinas de açúcar e álcool* Aço

Descrição

Áreas de Aplicação

410D

Aço com alta resistência ao desgaste associado à corrosão. Oferece ampla resistência à corrosão atmosférica.

Equipamentos de recebimento e preparo da cana em geral, esteiras, chaminés e lavadores de gases.

439

Devido ao acréscimo de mais cromo, esta liga possui maior resistência à corrosão, tendo ainda bom desempenho em condições de temperatura elevada.

Extração e tratamento do caldo, pré-ar, evaporadores, condensadores, cozimento, secagem.

444

Aço inoxidável ferrítico com a maior concentração de elementos de liga. Atua com primor em ambientes corrosivos, de alta temperatura e/ou sujeitos a tensões.

Condução de vinhaça, pré-ar, evaporadores, condensadores.

304/ 304L

Tido como o “coringa” do inox, o AISI 304 possui alto grau de conformação e resistência à corrosão. O tipo 304L é demandado para temperaturas mais elevadas.

Piso industrial, tanques, tubulações diversas, fermentação, destilação.

316/ 316L

O AISI 316/316L possui aplicações semelhantes ao aço 304, sendo demandado para ambientes com maior intensidade dos meios corrosivos, como cloretos.

Destilação, sulfitação, fermentação, condução de vinhaça.

* Outras tipos de aços inoxidáveis também possuem aplicação em menor volume: AISI 317 (sulfitação), Duplex 2304 (região de impacto) e AISI 409 (telhas e dutos de gás)

-benefício do emprego de um aço com melhor qualidade é o manejo da vinhaça (resíduo da destilação fracionada do caldo da cana fermentado para a obtenção do etanol). A vinhaça da Usina Coruripe (Alagoas) é conduzida a cerca de 90º C, sendo ainda a tubulação exposta a uma das mais corrosivas atmosferas do solo brasileiro. Nesta usina, o aço carbono necessitava de manutenção a cada safra, sendo sucateado após o terceiro ano. A solução encontrada foi a substituição pelo aço inoxidável AISI 444, que está em operação a nove safras sem nenhum tipo de manutenção (a imagem 3-A mostra esta tubulação). Portanto, levando em conta apenas o tempo de vida, o custo inicial pode ser diluído em pelo menos três vezes

48

• Revista do Aço

nesta aplicação. Outro fator a ser colocado é a espessura das tubulações, como o aço inoxidável possui maior resistência mecânica e à corrosão, menores espessuras são demandadas, reduzindo ainda mais os custos. A imagem 3-B exibe um recente desenvolvimento em aço inoxidável A

410D, o projeto do sistema de lavagem de gases incluindo torre de lavagem, dutos, carcaça do exaustor e chaminé. As condições de trabalho colocam este equipamento em contato direto com água, cinzas, pressão elevada, gases oxidantes e altas temperaturas. A fabricação deste equipamento em aço carboB

Figura 3 - Outros projetos desenvolvidos com aços inoxidáveis ferríticos: condução de vinhaça em AISI 444 (A) e sistema de lavagem de gases em 410D (B)


Aço Inox

no o deixa altamente susceptível à corrosão generalizada, fazendo com que ocorra uma perda acelerada da espessura das chapas aplicadas. O emprego do 410D pode dobrar a vida útil do sistema, com um baixo índice de manutenção. Além do decréscimo nos custos e decaimento dos riscos aos trabalhadores, a redução das paradas para manutenção representa mais tempo de produção para as usinas. Este fator ganhou ainda mais im-

portância nos últimos anos dada a uma crescente demanda por produção de energia através do bagaço até mesmo durante a entressafra. Durante o processamento da cana de açúcar, aproximadamente 225 kg de bagaço de cana são gerados para cada 1.000 kg de cana inserida no processo. As indústrias brasileiras processaram cerca de 560 milhões de toneladas de cana na safra 2011/2012, gerando 126 milhões de toneladas de bagaço.

Este co-produto possui conteúdo energético de 17 MJ/kg, podendo ser queimado em caldeiras para produzir energia e vapor, tornando as usinas auto-sustentáveis e com possibilidade de venda do excedente energético. (*) Joner Oliveira Alves é pesquisador da Aperam South America e professor Adjunto do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (joner. alves@aperam.com)


Evento

Feicon Batimat bate recordes de visitação e de negócios Expositores aproveitam evento para fazer negócios e mostrar tendências em produtos e qualidade para compradores e expositores Por Redação redação@revistadoaco.com.br Imagens: divulgação

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• Revista do Aço

A

Feicon Batimat 2013 - 19º Salão Internacional da Construção aconteceu em março no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo e teve cerca de 2 mil lançamentos e mais de 125 mil visitantes entre construtores, incorporadores, engenheiros, arquitetos, designers e demais compradores do setor. Várias das 800 marcas expositoras chamaram atenção para a alta qualificação dos visitantes e para o expressivo volume de negócios realizados e prospectados, que ficaram acima

da expectativa de muitas delas. A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre 45 produtos; os empréstimos para a compra de materiais de construção a baixas taxas de juros; o aumento substancial da Classe C brasileira; as obras do Governo Federal; a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e as gigantescas obras relacionadas contribuíram para que o evento batesse todos os recordes de visitação e de negócios. Na abertura do evento, o secretário estadual de Habitação de


Evento

São Paulo anunciou ainda o investimento de R$ 80 bilhões em construção civil nos próximos 4 anos. Os presidentes da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) – duas das principais entidades apoiadoras – apresentaram números positivos tanto da indústria como do varejo de materiais de construção. “Temos muitos associados na feira – explicou Cláudio Conz, presidente da Anamaco – e diversos fecharam negócios de R$ 1 milhão por dia no evento. Estimamos que de dois a três meses de vendas para o varejo da construção são efetuados durante a Feicon Batimat,”, mensurou Conz. As vendas do varejo de material de construção devem crescer 6,5% em 2013 sobre o ano passado. Também houve a participação de vários profissionais de renome e de autoridades como ministros e empresários africanos, da secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, e do secretário executivo de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Roberto Abreu, entre outros. Entre os itens de iluminação, aquecedores, condicionadores de ar, revestimentos, portas, janelas, acessórios, fundações, estruturas e produtos para cozinhas e banheiros a tendência mais marcante foi a automação alinhada à sustentabilidade e ao design funcional. “Os tomadores de decisão querem oferecer a seus

públicos produtos sustentáveis. Mas também bonitos e estilosos, com diferenciais de mercado, como valores agregados ainda pouco difundidos. Eles querem oferecer o que não é lugar-comum. E isso eles encontraram na Feicon Batimat – agora é esperar que as novidades cheguem às revendas, aos prédios e às prateleiras”, comemora a diretora da feira, Liliane Bortoluci.

Lançamentos A Gravia esteve presente na Feicon e registrou muitos visitantes em seu estande. A empresa teve um saldo bastante positivo, com a realização de bons negócios com clientes de todo o Brasil.


Outra empresa que esteve presente no Anhembi foi a Tuper que aproveitou o evento para mostrar a nova linha de Andaimes e Escoras Metálicas. A empresa desenvolveu uma linha completa de Andaimes composta pelos tipos Modular, Fachadeiro e Multiuso, além de Escoras Metálicas. A empresa pretende atender, inicialmente, os segmentos de locação, construção civil, obras de arte rodoviárias, estaleiros, manutenção de aviões, plataformas de petróleo, instalação e manutenção de caldeiras e equipamentos industriais. E depois suprir outras demandas do mercado como, por exemplo, as áreas de eventos esportivos e culturais com o fornecimento de arquibancadas para jogos, palcos para shows e montagem de galpões provisórios. A Kone levou para a feira a Fresadora Ferramenteira modelo KFE-3BR que tem como principais características uma superfície da mesa de 300/1300mm; Distâncias dos fusos X,Y de 32mm; Curso longitudinal (man./aut) de 900mm; Curso transversal (man./aut) 350mm; Curso vertical (man./aut) de 420mm; Avanço automático longitudinal/ transversal (variável) 24/630 mm/ min; Avanço automático vertical (variável) 35/470 mm/min; Cone ISO40; Distância (mín./máx.) entre o eixo-árvore/mesa 45/465 mm; Distância (mín./máx.) entre o eixo-árvore/coluna 200/600mm; Avanço do eixo-árvore 0.04,0.08,0.15 mm/ volta; Rotações do eixo-árvore (inversor de frequência) 60-4200 RPM;

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• Revista do Aço

Motor do eixo-árvore 5 CV. A KFE-3/ BR permite ser financiada através do Finame e do Cartão BNDES. A Constálica Soufer, empresa que resultou da joint-venture entre a empresa portuguesa Constálica e o Grupo Soufer também esteve na Feicon. A empresa divulgou seu Sistema Construtivo MadreMax® que possui sobreposição variável, mediante acoplagem sucessiva dos Perfis; 6 seções distintas: MadreMax 50/1,5, MadreMax 100/1,5, MadreMax 150/1,5, MadreMax 200/1,5, MadreMax 250/2,0 e MadreMax 250/2,5. Perfil Estrutural em Aço ZAR 345, com revestimento galvanizado Z 275; aplicação em estru-


Evento

turas de aço, concreto e madeira. Além disso, o sistema tem possibilidade de cruzamento de perfis de seção igual ou diferente. A Gerdau, líder na produção de aços longos das Américas, mostrou

todo o portfólio para a construção civil na Feicon. Entre os principais produtos que serão expostos estão o vergalhão Gerdau GG 50 e armaduras prontas, como telas soldadas nervuradas, treliças e colunas POP, além da linha de pregos com mais de 1.000 itens para as mais diversas aplicações, incluindo o prego cabeça dupla para aplicação em fôrmas de madeira na construção civil. Foi mostrada também a linha de perfis estruturais laminados, ideais para aplicação em projetos de construção metálica ou padronizados, como conjuntos habitacionais. O produto pode ser utilizado

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A CSN foi a primeira produtora integrada de aços planos no país, em 1941. Desde então, são 72 anos de trabalho e compromisso com o desenvolvimento do Brasil. Hoje, a empresa é um complexo siderúrgico moderno e competitivo, que atua em toda a cadeia produtiva do aço e nos segmentos de mineração, logística, cimento e energia, nos mercados europeu e norte-americano. Com a dedicação de seus milhares de empregados, a CSN vai continuar crescendo e investindo no desenvolvimento sustentável do país. E, assim, vai continuar escrevendo a história do aço no Brasil.

www.csn.com.br Revista do Aço •

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