Edição 17

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ISSN 2238-7420

www.revistadue.com.br . 2015 - Vol. 17 - Ano 05

ASIAN STYLE Tendências * Viagens * Minimalismo * Aventuras Gastronomia * Cultura * Saúde



Mulheres e ffl lores Devem ser polinizadas Com amores. Haikai de Sandro Sans達ao




@valnadantas

Sempre pesquise por Revista Due

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ntendemos que o trabalho e o estresse muitas vezes nos consomem, mas, já pensou em como a sua vida poderia ser mais leve se você tivesse a mesma esperança, brilho nos olhos e, principalmente, a vontade de viver de quando faz uma viagem? Esta edição está expandindo horizontes e superando alguns medos. Nós convidamos você, leitor, para uma experiência extremamente enriquecedora: viajar na leitura. É assim que traduzimos as páginas da revista Due, como uma viagem. Nossos colaboradores não pouparam esforços para acrescentar conteúdo de bom gosto, trazer tendências, explorar o novo e despertar em você reflexões sobre o máximo e o mínimo, o online e o offline. A fé, o estilo e a moda, que estão distantes apenas em medidas geográficas, agora estão aqui. Sabemos que os olhos do mundo estão na Ásia, mas o universo desse continente, que abriga mais da metade da população mundial, ainda é pouco explorado por nós. Os mistérios e belezas são muitos. Uma edição para homenageá-los ainda é pouco, afinal, são mais de 50 países compondo um cenário com tamanha riqueza cultural, natural e econômica. A China, outrora vista como pobre e atrasada, é a segunda maior economia mundial. Macau, nosso “primo distante”, traz uma surpresa agradável a cada quarteirão. Há as formidáveis economias do Japão, da Coréia do Sul e o dinamismo de todo o sudeste asiático. Nesta edição, trouxemos conteúdo do outro lado do mundo, literalmente, para suas mãos.

Boa viagem e boa leitura!

Valná Dantas / Editora-chefe

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prateleira Travel

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Lifestyle

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Fashion

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Health

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Europa Ásia

Almanaque Due Comportamento Tendência Aventura Empresa Emprego Música Almanaque de sexo Cultura

Editorial Moda Homem Beleza

Capa 02 Fotografia: Paulo Higor Nunes Beleza: Everton Felix Modelo: Yoshie Higa Styling: Meire Anne Ilustração: Cyntia Freitas

Corpo Almanaque Fit Arena Almanaque Kanoa Gastronomia Receitas Dicas de Nutrição Perfil Destaques alagoanos Due apresenta


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Foto: Divulgação

Europa

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Portugal Os encantos do pequeno notรกvel Por Fรกtima Oliveira

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magine um país pequeno, mais ou menos do tamanho do nosso vizinho Estado de Pernambuco. Agora imagine um país relativamente velho, quase com o dobro da idade do país que ele colonizou. Pronto: agora você pode mensurar mais ou menos a relação tempo e espaço entre Brasil e Portugal. Mais ou menos. “O que é velho pra vocês é novo pra gente; o que é perto pra vocês, é longe pra gente”. Ouvi essa frase de uma mocinha muito simpática que nos guiava numa visita a uma vinícola na região do Douro, na bucólica cidade do Porto, em um dia qualquer do mês de abril do ano de 2010.

Lisboa Portugal é um país incrível, com privilégio geográfico e tudo mais. Ao desembarcar em Lisboa, capital, tem-se a sensação de se estar chegando à casa de um parente há muito não visto, um tio-avô, tio-primo ou qualquer coisa parecida. A sensação é familiar e você se sente acolhido. É a língua irmã que dá essa sensação? Ou será um atavismo, já que tudo começou com eles? Não sei, só sei que o sentimento é bom. Então, desarrume suas malas, vista-se de boa vontade e comece a explorar essa cidade, pois ela é cheia de cantinhos que vão te impressionar. Além dos tradicionais monumentos históricos, como o Mosteiro dos Jerônimos, a Torre de Belém, o Castelo de São Jorge, o Parque Eduardo XII, o Chiado, os arcos da Praça do Comércio (Terreiro do Paço), etc., Lisboa tem motivos de sobra para encantar o turista mais exigente. Tem praia e tem rio, e que rio! Lisboa tem o Tejo, que dá um ar cinematográfico e poético à cidade. Além do mais, o local oferece tanto um estilo de vida mais calmo, já que estamos falando de uma cidade pequena, como também um lado cosmopolita, com seus restaurantes estrelados, seus eventos culturais, sua vida noturna e até seu cassino.

Sons e Sabores A culinária, os doces, os azeites e o fado são um capítulo à parte. Não saia de Lisboa sem antes experimentar os internacionalmente conhecidos pastéis de Belém, e não ouse não provar as variações do prato mais pedido do país: o bacalhau. Ir a uma casa de fado pode parecer programa de índio, mas não é, acreditem! Existem desde as casas famosas, que atraem turistas do mundo inteiro, até as mais discretas e menores. É só escolher a que melhor combina com você. E não se envergonhe de dar aquela choradinha discreta, 12

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até porque depois de duas taças de vinho, quando a fadista entoar os primeiros versos e a música começar a entrar pelo seu ouvido, não se emocionar vai até pegar mal.

Vinhos E por falar em vinhos, Portugal é um país conhecido pela qualidade da bebida mais antiga do mundo. Lá, os vinhos são nominados por regiões. Alentejo, Minho e Dão são nomes que já vimos gravados nos rótulos de vinhos conhecidos dos brasileiros. Contudo, a mais comentada é a região do Douro, bastante conhecida pelo famoso vinho que produz: o Vinho do Porto, vinho licoroso com alto teor alcoólico e sabor marcante. É também na região do Douro que está localizada a cidade que dá nome ao vinho. Porto merece uma visita de, no mínimo, dois dias. O seu centro histórico foi classificado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e, além do mais, a cidade tem um ar que mistura história preservada e a praticidade do moderno.

Aventure-se Estando em Lisboa, você pode também conhecer outras cidades em apenas um dia. O sistema de transporte por trem é comum e facilita a vida de quem não gosta de dirigir. Mas se você é daqueles que não acham que durante uma viagem o bom mesmo é se aventurar, o país conserva boas estradas, e isso facilita bastante. Alugue um carro e se aventure. Você não vai se arrepender de conhecer as cidades de Sintra, Óbidos, Alcobaça, Batalha e Fátima, onde está localizado o Santuário que leva esse mesmo nome. Cidades onde a vida parece caminhar com passos mais lentos, sem pressa e com tempo até para sentar na pracinha e bater um papo. Existe em Lisboa um museu totalmente dedicado ao azulejo. O museu mais visitado de Portugal, no entanto, é o Museu Nacional dos Coches, uma instituição voltada para os transportes à tração animal, especialmente carroças e carruagens. Portugal é um país desenvolvido, moderno, mas que ainda conserva ares interioranos , através dos hábitos do seu povo. E é isso que faz dele, na minha opinião, ser um país notável. Eu diria que é um lugar pra se ir pra gastar o tempo, aquele tempo que a gente não tem, mas deveria ter. E então: está esperando o quê para começar a pensar numa visita à terra de Camões, Eça, Pessoa e tantos outros talentos que nos inspiram? Arrume as malas, “se faz favor”!


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Foto: Divulgação


A música ambiente é o Fado, que vez ou outra dá espaço para um jazz. Saladas, sanduíches leves ou antepastos, queijos e brusquetas que combinam perfeitamente com um bom vinho. Bolos e, como não poderia faltar, o famoso pastel de nata português. Empório com produtos e até livros de autores lusófonos disponíveis para venda. Good Scent Brasil @ good_scent_brasil


Good Scent é empório, é cafeteria, é casa de chá e vinoteca. Good Scent é aconchego,é cultura, é sabor e arte.

Rua José Pontes de Magalhães, Jatiúca, 223. Por trás do antigo Meliá. Rua do Massarela. +55 82 3235-2904 | www.good-scent.com


Foto: Divulgaテァテ」o

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Japamala O terรงo budista Por Mariana Lima

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apa é uma palavra em sânscrito que vem da raiz verbal “Jap”, que significa “Murmurar, Susurrar”. Mala é uma palavra de vários significados em sânscrito, porém neste caso, ela quer dizer, apenas, “Cordão de Contas”.O Mala é utilizado para contar mantras. A palavra Mantra vem do sânscrito, “Man” que significa “Mente” ou “Pensamento” e “Tra” significa “Proteger“, “Socorrer“. Assim, mantra quer dizer: Proteger nossas mentes de maus pensamentos. Quem entoa mantras busca a intercessão espiritual. Uma forma de orar repetidamente, a fim de magnetizar as energias de uma determinada divindade. Mantras são formados por palavras com poderes para elevar a consciência, promover a cura, solucionar problemas, conseguir proteção e direção espiritual, lembrando que a respiração deve ser lenta e profunda.

Foto: Divulgação

Quem utiliza o Japamala? •

Budistas Tibetanos – O mala é um elemento religioso de destaque, ajudando a limpar a mente. Para eles a repetição desses sons sagrados, ajuda abrir o coração para o amor e a compaixão.

Católicos – Utilizam o rosário ou “terço” para fazer as orações. O rosário possui 50 contas separadas de dez em dez por outra conta maior, e seus extremos se unem em uma cruz. Somando 54.contas.

Umbanda e Candomblé – As contas são feitas de pedras ou materiais naturais, e cada pessoa tem o seu rosário particular, condicionado com as cores correspondentes ao nível de desenvolvimento espiritual e à vibração energética. Segundo eles, servem para proteger e manter boas energias.

Sufismo e Islamismo – O tasbi, como é conhecido o rosário mulçumano, pode ser feito de madeira, madrepérola, metais e pedras preciosas, com ricos significados dentro da astrologia islâmica, contem 99 ou 33 contas.

O Japamala é utilizado para contar mantras em grupos de 108 repetições. Um Mala pode conter contas que somem múltiplos de 108, de modo que facilitem o cálculo do número total de 108 repetições. Por exemplo, as pulseiras usadas para este fim possuem 27 contas, existem também malas com 54 contas. 18

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Benefícios do Japamala 1. Tirar a tensão, ansiedade e o medo; 2. Levará você a atingir níveis mais altos de consciência; 3. Realização espiritual; 4. Aumenta a felicidade; 5. Aumento da capacidade de meditação; 6. As contas do Japa dão mais foco e maior determinação a quem às utiliza.

Como cuidar do Japamala Ao adquirir um japamala, lave-o com água e sal e deixe por alguns minutos. Algumas tradições têm sua forma de usar, faça-o como preferir ou de acordo com a tradição ou filosofia que segue. Quanto mais você utilizar o Japamala, mais ele será imantando com sua própria energia. Utilizando de modo apropriado, ele chegará a se converter em poderoso amuleto, ou talismã, que lhe trará sorte, saúde, proteção, prosperidade, felicidade, consciência e realização espiritual.

Como usar o seu Mala Segurando o seu cordão de contas, o Japa Mala, na mão direita, deixe que ele escorregue sobre o dedo do meio (o dedo do céu, o dedo mais longo). O dedo indicador não deve tocar as contas, ficando estendido durante todo o período da entoação dos mantras. Comece sempre pela conta seguinte à grande conta, o “Guru ou Meru” – (Ela representa a Energia Cósmica, a divindade ou o seu objetivo), ponto inicial e final das contagens das contas. Puxe as contas do seu mala sempre em sua direção, uma a uma, entre seu dedo polegar e o dedo do meio, usando o seu polegar para contar e puxar cada conta, puxando levemente, enquanto recita o mantra escolhido e movendo para a próxima conta, até completar a série de 108 contas do seu mala. O polegar representa seu chakra da garganta e o dedo do meio representa o éter divino no chakra do coração. Assim como estamos nos comunicando com seres elevados do plano etéreo, este mudra aumentará nosso poder de comunicação espiritual.

Sugestão de Mantra •

OM GUM GANAPATAYEI NAMAHA – Mantra para remoção de obstáculos e atração de prosperidade. revistadue

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Ásia

Por Valná Dantas

Las Vegas do Oriente Macau, uma colônia portuguesa na China

Foto: Arquivo pessoal

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m tanto dos traços europeus, mais o tradicionalismo da cultura Oriental. Que mistura exótica! Chegar ao Centro de Macau, considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO, é ter um reencontro com nossas origens. Andar por Macau e ler todas as placas escritas em português, já é fazer turismo. Mas engana-se quem pensa que, em Macau, a população fala português. Eles não falam nem inglês, e para comunicar-se, se você não sabe chinês, é preciso ser bom em mímica e andar acompanhado de um bom dicionário ou tradutor. 20

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É curioso ver a enorme quantidade de chineses em meio às ruas que lembram cidades históricas brasileiras, como Ouro Preto, em Minas Gerais, ou Marechal Deodoro, em Alagoas. Essa semelhança se dá ao fato de Macau, assim como Hong Kong, ter sido colônia europeia por um bom tempo mais de 400 anos, até o final do século passado -. Hoje é uma República Administrativa Especial, um país bem pequeno, que, apesar de ser administrado pela China, vive uma atmosfera diferente e única, cheia de modernidade, cassinos e laços históricos com Portugal, seu colonizador.


Curiosidades •

Macau é o destino favorito dos apostadores chineses. A receita dos cassinos por lá é, acreditem ou não, 6 vezes maior do que em Las Vegas.

Brasileiros não precisam de visto. Para Hong Kong, a entrada é liberada para permanência de até 90 dias; para Macau, de até 30 dias.

Apesar de ser colônia portuguesa, 94% da população de Macau é chinesa, sendo quase impossível achar pessoas que falem português.

Todo território possui uma área total de 29,9 quilômetros quadrados (é menor do que 4 Copacabanas), por isso a visita cabe bem num bate-volta.

Ao todo, são 25 pontos que podem ser visitados no centro histórico de Macau, que é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco.

Ruínas da igreja de São Paulo, o Largo do Senado, e a catedral da Sé são o pontos mais visitados de Macau, além dos grandes cassinos.

A hora da refeição é acompanhada da dúvida, pois Macau oferece comida chinesa, portuguesa, espanhola e, acreditem, tem até restaurante com comida caseira brasileira.

E para quem quer matar as saudades, em quase todas as ruas do centro de Macau é possível encontrar o delicioso pastel de Belém.

Macau até 1999: Colônia Portuguesa.

Macau hoje: Símbolo de diversão para a China, única região do país onde os cassinos são permitidos.

Como chegar Para chegar a Macau, deve-se pegar o voo de ida ou de volta para o aeroporto de Hong Kong. No próprio aeroporto há serviço de ferry interligando os dois lugares. Também é possível embarcar na cidade, na estação Sheung Wan do metrô (MTR). De Macau ou Hong Kong para Guilin ou Kunming, a opção com melhor preço é pegar o trem ou ferry rumo a Shenzhen, na China, e tomar o avião lá. revistadue

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Capa

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s gueixas são símbolo de feminilidade e delicadeza, as japonesas que encantavam os homens mais poderosos do Japão, passaram a encantar o mundo inteiro, com sua aparência frágil, mas peculiar, elas sempre estiveram envoltas em mistérios e até mitos. Atualmente, o número de gueixas ficou muito reduzido, mas, as remanescentes, mantém a mesma tradição milenar. Embora os soldados americanos que invadiram o Japão tenham se encarregado de distorcer as atividades artísticas das gueixas e difundir uma ideia errônea de que seriam todas prostitutas de luxo, elas são vistas com respeito em seu país, porque os homens sabem que são artistas, como a tradução do nome já diz: gei= arte; sha= pessoa, ou seja, artista. Elas eram mulheres poderosas em uma época em que as mulheres japonesas não possuiam muitas liberdades, nem oportunidades de trabalho e educação, por exemplo.

Fotografia: Paulo Higor Nunes Beleza: Raphael Ramos Modelo: Yoshie Higashikawauchi Higa 22

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s gueixas eram escolhidas quando crianças e, invariavelmente, eram meninas que as famílias ofereciam para que tivessem a oportunidade de terem a formação cultural e artística reservada somente a quem seria especial no futuro. As gueixas vivam em uma casa (okiya) liderada por uma mulher, que já havia sido gueixa, onde só moravam mulheres. Ao chegarem, crianças, elas eram destinadas ao trabalho doméstico da casa, assim que chegassem a certa idade, passavam a frequentar a escola especial de gueixas e começavam sua formação, que incluía aulas de etiqueta, música, canto, danças artísticas e cultura em geral. O objetivo dessa instrução era o entretenimento (e leia-se: sem sexo!) de homens poderosos que se reuniam para reuniões de trabalho ou apenas por lazer e apreciavam que grupos de gueixas os mantivessem ocupados, assistindo suas apresentações, ouvindo sua conversa inteligente e, se eles fossem menos instruídos do que elas, habilidosamente, elas os mantinham na ilusão de que eram homens muito inteligentes e especiais. Elas preparavam-lhes seu chá e davam a eles a atenção e a diversão que jamais teriam com suas esposas, que não possuíam cultura nenhuma, nem liberdade para sequer falar se não fossem perguntadas. Visto por esse lado, é triste, mas é uma questão cultural e, assim, podemos entender por que as gueixas são fetiches até hoje. Seu poder vinha do conhecimento, que elas usavam para ganhar a vida honestamente, afinal, os homens estavam contratando artistas para seu entretenimento, cujo tempo era muito caro. Elas eram as únicas mulheres que tinham controle sobre a própria vida, podendo se sustentar, não precisando casar e, se quisessem ter um filho, poderiam. O livro, que foi transformado em filme, “Memórias de Uma Gueixa”, mostra de forma bem realista como viviam essas mulheres. 24

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Ásia

Por Valná Dantas

Coréias De olhos bem abertos

Foto: Arquivo pessoal

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uem diria: um país pequenininho, que durante o século XX foi invadido, destroçado, escravizado e incorporado pelo Japão, depois bombardeado pelos Estados Unidos, finalmente dividido em duas partes, e cuja parte norte tem vivido sob um regime totalitário de fazer inveja a qualquer outro regime totalitário, e que vive às beiras da fome generalizada, faz o Japão; a Inglaterra e os Estados Unidos viver sob tensão. Sim, quem diria? O fato é que a Coréia do Norte está fazendo exatamente isto. Como tal coisa pode ser explicada? 26

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A tensão entre Coreia do Sul e Coreia do Norte tem origem na divisão de poder global após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com a derrota das forças japonesas na Segunda Guerra Mundial, a Coréia foi dividida em dois países: Coréia do Sul (capitalista) e Coréia do Norte (comunista). Tanto a Coréia do Norte (ocupada pelos soviéticos no final da Segunda Guerra) quanto a Coréia do Sul (ocupada pelos Estados Unidos e aliados) reinvidicaram a soberania sobre toda a Península da Coréia, o que deu origem a futura Guerra da Coréia., que matou mais de 3 milhões de coreanos


e, efetivamente, nunca acabou. Na prática, Coréia do Norte e Coréia do Sul ainda estão em guerra, pois nunca assinaram um tratado de paz. Ambos os países continuaram investindo fortemente em suas Forças Armadas. No Sul, o foco estava no treinamento das tropas e na aquisição de caças e tanques americanos. O Norte, por sua vez, desenvolveu um polêmico programa nuclear que culminou, em 2006, com o primeiro teste de uma bomba atômica do país comunista.

A atual tensão O desenvolvimento da arma nuclear pela Coreia do Norte elevou as tensões a um novo patamar na península e provocou intensificação das sanções econômicas da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país. Paradoxalmente, analistas acreditam que a situação só não se desenvolveu em um novo conflito por causa da bomba atômica norte-coreana, que desencoraja um ataque do Sul. As duas Coréias estão divididas por uma extensa faixa de terra chamada de Zona Desmilitarizada. Apesar do nome, a Zona Desmilitarizada é vigiada por soldados, binóculos e câmeras 24 por dia. Ela também é cercada por arame farpado. Essa divisão separou milhares de famílias e os reencontros de parentes (muitas vezes televisionados) são marcados por forte emoção e lágrimas. A Coreia do Sul é um país relativamente pequeno em território, mas é um gigante em desenvolvimento, tecnologia e infraestrutura. Sua capital, Seul, ainda pouco visitada por brasileiros é um destino impressionante e, quem conhece, ama. Já a Coréia do Norte, tem regras (muitas e rigorosas) pra turistas. Definitivamente não é a melhor opção de turismo para quem está na Ásia.

Deixando de falar na história política das Coréias, vamos conhecer um pouco seus costumes curiosos. Imagine como seria uma sopa de cachorro. Para nós, ocidentais, esse prato é uma tremenda cachorrada. Mas, entre os coreanos, o cão é considerado energético e, de acordo com as crenças locais, melhora o desempenho sexual dos homens. Além da carne, a sopa leva legumes e tem um cheiro forte, principalmente por causa do tempero - em geral, especiarias como açafrão, cravo e canela. Outra “iguaria” muito apreciada nas duas Coréias é o sannakji, um polvo consumido ainda revistadue

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vivo. Os coreanos recomendam mastigá-lo bastante para que os tentáculos não grudem na boca e não matem a pessoa por asfixia. O McDonald’s adaptou seu cardápio à cozinha de diversos países - os sanduíches levam ingredientes locais. Um exemplo é o coreano Burger Bulgogi, um sanduíche feito com carne de porco marinada. Dois dos maiores parques de diversões do mundo, o Lotte World e o Everland, ficam na Coréia do Sul. O Everland é o sétimo parque mais visitado do mundo e o Lotte World, o nono.

Foto: Arquivo pessoal

O esporte nacional da Coréia do Sul é o tae-kwon-do. Coréia do Sul e Japão foram os únicos países a sediarem juntos uma Copa do Mundo de futebol. A Copa ocorreu em 2002 e o campeão foi o Brasil. A Coréia do Sul é um dos poucos países “homogêneos” do mundo, isto é, em que praticamente toda a população (98%) pertence à mesma etnia. Ao contrário da escrita chinesa (e japonesa, que recebeu forte influência da China), que utiliza ideogramas para representar ideias, a coreana usa símbolos que representam sons. Podemos dizer, portanto, que a escrita sul coreana se parece mais 28

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com a portuguesa do que com a chinesa. A bandeira sul-coreana possuiu um forte simbolismo. O círculo no centro representa o yin e o yang (símbolos taoistas que representam os opostos absolutos) e o trigramas dos cantos simbolizam o céu, a terra, o fogo e a água. Apesar de ser um país de longa tradição budista, a maior parte dos sul-coreanos é cristã. A Coréia do Sul possuiu o maior acesso per capita de banda larga de todo o mundo. Seul é considerada a capital mais “conectada” do planeta. Aproximadamente 5 mil cães são estrangulados, eletrocutados e espancados até a morte diariamente na Coreia do Sul. Por ano, são cerca de 2 milhões de cães brutalmente mortos. Tudo para manter a indústria da carne de cachorro no país. O primeiro cão clonado do mundo foi gerado na Coréia do Sul. Apesar do que muito se fala da população asiática ser muito reprimida quanto ao sexo, o parque Jeju Loveland que se localiza em Cheju, na Coréia do Sul conhecido também como “Love Land” é um dos poucos parques temáticos de esculturas eróticas em todo o mundo e conhecido como um centro de educação sexual para recém-casados.


Embora você nunca possa realmente se tornar de uma raça diferente, este é um tutorial divertido de como parecer e agir como um coreano: Sempre respeite os mais velhos. Na Coréia, é comum que as pessoas respeitem seus idosos falando com eles formalmente. Uma coisa que muitas pessoas na Coréira irão fazer é perguntar o ano em que você nasceu. É assim que eles estabelecem como irão agir e tratar seu novo amigo. Ouça música coreana. Artistas musicais são importantes na Coréia entre o público adolescente e até mesmo adulto. Diferente dos Estados Unidos, os grupos de garotos/garotas são mais populares do que artistas solo. Esteja sempre atualizado das últimas músicas que rolam por lá. Alguns artistas coreanos populares que você pode ouvir são: Super Junior, Girls Generation, B2ST, DBSK, 2ne1, Big Bang, SHINee, BoA, Rain e Psy. Vista-se em roupas coreanas. As pessoas da Coréia podem se enxergar como materialistas por conta de seu gosto caro. Na sociedade coreana, isso é realmente um estilo de vida. Ter boas roupas é status. Embora você não seja menosprezado por não estar vestindo a última tendência da moda, isso ajudaria você na sua vida social. E até mesmo a conseguir um emprego. Cante no Karaokê! Os coreanos adoram karaokê. Há tantos locais de karaokê na Coréia que você não precisará andar muito pra encontrar um! Saiba o que beber, de preferência Soju. Soju é uma bebida alcoólica que muitos coreanos adoram. É tão popular que é veiculada em cada um dos dramas. Outra bebida popular é o mak-guli, que é um vinho de arroz que é muito popular entre os mais velhos.

Assista TV. Os coreanos adoram seus programas de TV e seus filmes de drama! Você deve assistir alguns para ganhar conhecimento sobre a vida na Coréia. Os dramas coreanos consistem de cerca de 24 episódios, cada um com 1 hora de duração. Você pode assistir alguns sucessos como: Boys Over Flowers, You’re Beautiful, My Lovely SamSoon, Full House e Shinning Inheritance. revistadue

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Foto: WIKIHOW

Coma Shin-ramen. É o prato de sopa com macarrão instantâneo mais popular que toda família coreana, solteiros, adolescentes e estudantes comem. Quando terminar de preparar, você pode comê-lo diretamente da panela enquanto usa a tampa dela como prato para segurar o macarrão a medida que você o come.


Foto: Divulgaテァテ」o

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Sob o véu Entenda o que há por trás do tecido Islâmico Por Mariane Tesch D’Avila

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eninas proibidas de ir à escola e condenadas ao analfabetismo. Mulheres impedidas de trabalhar e de andar pelas ruas sozinhas. Milhares de viúvas que, sem poder ganhar seu sustento, dependem de esmolas ou simplesmente passam fome. Mulheres com os dedos decepados por pintar as unhas. Casadas, solteiras, velhas ou moças que sejam suspeitas de transgressões - e tudo o que compõe a vida normal é visto como transgressão - são espancadas ou executadas. E por toda parte aquelas imagens que já se tornaram um símbolo: grupos de figuras idênticas, sem forma e sem rosto, cobertas da cabeça aos pés nas suas túnicas - as burqas. Quando o Afeganistão entrou no noticiário por aninhar os terroristas que bombardearam o World Trade Center e o Pentágono, essas cenas de mulheres tratadas como animais voltaram a espantar o Ocidente. Elas viviam em regime de submissão absoluta havia muito tempo, mas a situação ficou ainda pior desde que a milícia Talibã tomou o poder no país, em 1996.

Os diferentes véus islâmicos: 1. Hijab O “hijab” tem origem na palavra árabe “hajaba”, que significa esconder, se ocultar dos olhares, estabelecer distância. Este véu esconde os cabelos, as orelhas e o pescoço, e só deixa visível o rosto.

1. 2.

2. Burca Longo véu que cobre completamente a cabeça e o corpo da mulher muçulmana, e tem apenas uma rede sobre os olhos que permite a ela ter certa visão do mundo exterior. A burca é símbolo do regime talibã no Afeganistão, que tornou seu uso obrigatório. 3. Niqab Este grande véu é complementado por um pedaço de tecido, que só deixa os olhos expostos. Algumas mulheres o vestem acompanhado de óculos e luvas.

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Foto: Divulgação

4. Chador O chador é uma vestimenta tradicional das mulheres do Irã e cobre seu corpo dos pés à cabeça, sendo usado sobretudo pelas seguidoras do islamismo. Trata-se de um pedaço de tecido semicircular, aberto na frente, que não costuma ter espaço para as mãos, nem fecho. É preso com as mãos ou com os dentes, ou envolvendo suas extremidades em volta da cintura. 32

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O Véu que Apaga Diz-se que a origem do uso do véu vem do culto à divindade “Astarde”, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia. Em homenagem a essa deusa do amor físico, todas as mulheres, sem exceção, tinham que se prostituir, uma vez por ano, nos bosques sagrados ao redor do templo da deusa. Para cumprirem tal preceito sem serem reconhecidas, as mulheres da alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu para proteger sua identidade. Para mim, pessoalmente, essa é uma linda história, que encara o sexo e o amor carnal como divinos. Contudo, se essa é realmente a origem do véu, parece até cômico se as consequências não fossem tão trágicas! Historicamente, portanto, o uso do véu não é originário e muito menos restrito à religião muçulmana e suas seguidoras. Ao contrário: o uso do véu pelas mulheres foi, e ainda é, amplamente dissiminado no judaísmo e cristianismo. Contudo, ele ganhou no islamismo uma força e violência surpreendentes, como se, sem ele, a mulher de nada valesse. Nesse contexto, ela, então, é menos que um pedaço de pano, geralmente preto, isento de cor ou vida; também nessa linha de raciocínio,os homens nada mais são do que animais incontroláveis, insensíveis e irracionais. No meu ponto de vista tão ocidental, isso é simplesmente inaceitável. Não necessariamente o uso do véu em si, pois acredito na liberdade de escolha total, seja ela religiosa, política, sexual, e, claro, vestuária! Mas o inaceitável é o que se carrega junto. Essa opressão incontrolável, esse preconceito arraigado, intrínseco, sobre esse “pseudovalor” virginal, essa corrosão diabólica que referenciaram à sexualidade, sensualidade, homossexualidade ou qualquer forma de apreciação da beleza física! Isso arranca as pessoas delas mesmas e as deixa à mercê de normas, regras, dogmas e preceitos religiosos que massacram e condenam, uma antítese total do amor que poderia ser o canal da religião. É como se, cobrindo a cabeça - ou às vezes todo o corpo -, a capacidade de usá-la para pensar fosse também encoberta, tornando-se impossível um desenvolvimento distinto do indivíduo separadamente de suas crenças. É como se a própria religião as envolvesse nesse manto que aprisiona e não deixa espaço para que nada floresça ou cresça em liberdade, muito menos opiniões, pensamentos, vontades, desejos, riso, canto,

arte, cultura, amor... Individualmente, sinto como se elas, usando esse véu negro, fossem gradativamente caindo em um buraco negro sem fim e sem volta! Uma questão para mim surpreendente é ouvir que as mulheres se sentem “protegidas” usando o véu, suas diversas variações ou mesmo a burca. Protegidas do quê? Dos homens? De estupros? De serem abordadas? E por acaso estão elas realmente protegidas disso tudo? Deveríamos nós precisar ser protegidas dos nossos parceiros de existência? Os homens? E a violência generalizada que sofrem as mulheres sob o olhar do Talibã, do Estado Islâmico, dos ISIS e de algumas sociedades inteiras? No Oriente, no Ocidente, em culturas islâmicas, judaicas, cristãs, budistas, hindus ou qualquer que seja a religião que se conectam? E por que as mulheres precisam se cobrir, se esconder para se sentirem seguras? Não é esse um direito inerente à nossa existência, nos sentirmos seguros? O uso ou não do véu, como vemos, não nos garante nada! Somente nos restringe, ao meu ver! Nos restringe de nos mostrarmos, de nos exibirmos e exigirmos respeito! Nos restringe de nos movimentarmos livremente, de pensarmos, de dizermos o que sentimos, o que queremos e como queremos. Isso não deveria ser imposto; o uso pode até ser escolhido por algumas, e minha falta de empatia nesse caso não tem nenhuma importância! Mas é um direito de escolha! Usar ou não. Crer ou não! Eu prefiro ver as comunidades de índios e índias nativos aqui do Brasil rindo sensuais, pelados, com seus corpos pintados em dança e homenageando os deuses da natureza. Mas a minha preferência também é irrelevante! O mais premente é não se subjulgar, apoiar quem resiste, quem luta contra. Exemplos disso são as mulheres iranianas que se arriscam e publicam fotos sem o véu numa página do Facebook condenada pelo Islã, chamada “My Stelthy Freedom” (Meu momento de liberdade roubado! – e eles não deveriam ser roubados!); ou as mulheres e homens Kurdos, que fazem parte da resistência e guerrilha pela liberdade contra o Estado Islâmico; e, ainda, as mulheres e homens de Kobaine, que venceram e estão tentando reconstruir uma democracia única. E outros tantos de nós, mulheres e homens, que lutamos tanto pela igualdade de gêneros. Pelo direito de escolha, PELO DIREITO DE SE PERTENCER! revistadue

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Ásia

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Por Fábio Mariano Borges

Índia É preciso abrir o coração

Foto: Fábio Mariano

Índia é para nós brasileiros, um lugar tão diferente e tão parecido com a nossa terra e com o que vivemos por aqui. Quando se está na Índia, a vontade é grande de ir embora para outro lugar. Quando se está longe da Índia, é maior a vontade de voltar. Tudo é muito diferente. Porque a Índia é a terra onde tem muito de tudo. Tudo está sempre em exagero. Nada na Índia é pouco, nem suave. Afinal são mais de um bilhão de pessoas. Quase um bilhão de deuses. Tudo por lá é muito. Muito diferente e igual. O cheiro é muito diferente. Mistura-se o cheiro da sujeira das ruas, do esterco dos animais, da poluição com o cheiro doce e intenso dos incen34

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sos. Pachouli é o cheiro mais frequente e aroma forte. Os indianos espalham incenso de pachouli ao longo das calçadas. Imagine você andando em ruas com cheiro de pachouli a cada meio metro. Pois é. Dizem que acalma. Disto não tenho muita certeza, mas sei que depois de alguns minutos pelas ruas, você não vai querer acender um incenso pelos próximos dez anos. As ruas estão sempre incensadas porque acreditam que purifica, tranquiliza, afasta o que é ruim, atrai o que é bom. Purificação é quase uma obsessão para os indianos. O banho é para se purificar. O perfume é para purificar. A comida apimentada é para purificar. E não faltam bebidas para purificar. Jogam


as cinzas dos mortos no rio Ganges para purificar. Mergulham no mesmo rio para purificar o corpo e a alma. O que será que esse povo tanto tem para se purificar? Parece que os indianos estão sempre em sintonia espiritual. Seja pela postura corporal, pelos gestos, pelos olhos. Não faltam sorrisos, nem olhares gentis na Índia. Não faltam templos. Eu arriscaria que não é possível contabilizar o número total de templos pelo país. Andando pelas ruas e becos indianos, você corre o risco de se deparar com um templo perdido em qualquer beco ou esquina. Para tantos templos, muitos deuses. São pelo menos 330 milhões de deles, só no hinduísmo, a religião mais comum entre os indianos. E isso por enquanto. Digo por enquanto, porque os monges que moram no templo de Bhuvaneshwari, na cidade sagrada de Tiruvannamalai, estão desde o século XVI fazendo um tipo de censo para catalogar e registrar todos os deuses hindus. Eles apostam que os indianos podem contar com cerca de 1 bilhão de deuses. É muito de divindade. Praticamente um deus para cada indiano. Ou cada indiano seria um ser sagrado? Isso não soaria nada estranho. Há deuses por todos os lados. Vacas e macacos divinos. Pessoas divinas. Comidas divinas para os mortais. Comidas divinas para os espíritos. Cheiros divinos. Sons divinais. Riqueza e pobreza que foram determinadas pelos divinos. E missões divinas. Acreditam que cada existência, seja humana, seja vegetal, um animal ou até mesmo uma pedra, tem uma finalidade a cumprir por aqui. Todos têm um propósito. Cada um com uma missão própria e individual que só o próprio ser pode cumprí-la. Não há chances de delegá-la para outro. É a lei da existência. É o darma, a lei natural, a lei da existência, é a disciplina em abraçar e trilhar a missão única que só você pode cumprir. Os atos práticos em cumprir esta missão é o que os indianos chamam de carma. O carma é o resultado das nossas ações atuais no nosso futuro. Traduzindo: colhe-se o que você planta, ainda que numa outra vida. Aceitar e cumprir o darma é conseguir um equilíbrio com o carma e daí, alcançar a libertação. Isso tudo faz da Índia um darma sedutor e desafiador para cada visitante, em especial para os brasileiros. Tudo é muito diferente e desigual. Diferente porque tem uma surpresa em cada cor, em cada esquina, em cada templo, em cada prato, em cada cheiro, em cada tapete, em cada sari, típica veste feminina. Desigual porque pobreza e riqueza, liberdade e opressão, alegria e tristeza, música revistadue

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Foto: Fábio Mariano

e silêncio, religião e corrupção, generosidade e autoritarismo convivem o tempo todo. Dois lados de uma mesma moeda, mas que muito diferente da moeda, não se vê um lado por vez. O tempo todo, temos os dois lados na nossa frente, um vizinho do outro escancarado às nossas vistas. Se tudo na Índia é muito diferente para nós, tudo também é muito igual. Em meio à pobreza, os indianos estão sempre sorrindo e recebendo os visitantes de braços abertos. No meio da tristeza, estão sempre cantando e celebrando. Tudo é motivo para cantar, dançar e festejar. Tudo tem que ser intenso: o tempero forte da comida, a pimenta ardida, as cores super coloridas das roupas, a música alta, as buzinas incessantes dos carros, o trânsito confuso e sempre apertado, o excesso de crianças pelas ruas pedindo comida ou dinheiro, o excesso de luxo em cada esquina. Sim, há muito luxo na Índia: shoppings, lojas, templos, hotéis, restaurantes que satisfazem qualquer brasileiro que queira ostentar. Mas de qualquer janela do luxo, há sempre uma vista da miséria. É preciso visitar a Índia com o coração aberto. Aí sim a experiência fica rica e percebe-se o quão pequeno e apertado é o nosso coração para caber tanta intensidade e diversidade. Daí percebe-se 36

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que na verdade, o nosso coração ainda é muito pequeno para acolher o que é tão diferente e tão igual. Como nós, os indianos parecem um tanto anestesiados diante da miséria, da corrupção que está desde o alto escalão do Governo até cada esquina nas ruas. Tem sempre um indiano muito simpático e sorridente esperando uma oportunidade para fazer dinheiro fácil, seja porque te ajudou em algo ou porque te cumprimentou. Como eles dizem por lá, estão sempre esperando ganhar algum “presente” de quem tem condições. Conhece algum lugar com práticas parecidas? Ao abrir o coração para os indianos, temos uma importante lição para aprender com eles. Cada um tem um darma prório. Eu tenho o meu, você o teu. Cada um tem o seu próprio carma, resultado de seus atos. Eu tenho o meu, você o seu. Acreditando nisso, os indianos respeitam a diversidade de valores. Ninguém tenta converter nem convencer o outro a mudar de religião, crença ou de deus. Cada um com o seu. Nisso os indianos nos ensinam a conviver pacificamente com as diferenças. O problema é quando as diferenças sustentam a desigualdade. Vale muito à pena várias visitas à Índia, um lugar tão diferente e tão parecido com nós mesmos.


LIFESTYLE


Almanaque Due

Por Valná Dantas

CD

SOBREMESSA

BOYCE AVENUE É uma banda norte americana de pop rock romântico formada em Sarasota, Flórida pelos irmãos Alejandro, Daniel e Fabian Manzano. O nome da banda surgiu de uma combinação de duas ruas em que os irmãos viviam quando eram crianças. A banda é famosa por lançar músicas originais e principalmente covers de canções clássicas e modernas no YouTube. Boyce Avenue também colaborou com vários outros artistas do Youtube, como Fifth Harmony, Diamond White, Carly Rose Sonenclar, Hannah Trigwell, Kina Grannis, Tifanny Alvord, Megan Nicole, Alex Goot, Megan & Liz, David Choi, Tyler Ward,Savannah Outen, Jourdy Suparjo, Cobus Potgieter, DeStorm e Bea Miller.

PARA ADOÇAR Ao pé da letra Petit Gâteau significa “pequeno bolo”, e embora tenha nome francês sua receita é genuinamente americana. No Brasil, essa maravilha chegou no ano de 1996, e virou a favorita de muitos brasileiros. Em Maceió, recomendamos a receita do Kappuccino Gourmet. Aproveite! Que seja doce!

BANHO Tome seu banho da noite no escuro. Ou à luz de velas. Ao som de uma música suave, esqueça o mundo lá fora. Deixe que o universo se resuma apenas ao seu pensamento e ao toque da água morna escorrendo por seu corpo. PÉ NA ESTRADA

VAI COM TUDO A região de Duas Barras, em Alagoas, é muito bonita e rende um ótimo passeio para quem está em Maceió. O lugar pacato é palco do encontro do rio com o mar; por isso, quem o visita pode tomar banho de água doce e água salgada. Através do complexo de entretenimento é possível fazer os passeios para a praia de falésias coloridas ou o passeio no mangue e banho de lama, entre outros. Passar o dia no Dunas de Marapé é ideal para quem busca sossego e quer poder curtir um visual bucólico, sem todo o movimento da orla urbana da capital. É possível chegar ao complexo com empresas turísticas ou por conta própria (ônibus ou carro). Se quiser bastante sossego, evite os dias em que as agências levam seus turistas ao lugar e vá por conta própria. Lembre-se apenas de conferir se o complexo está aberto, pois nos dias em que ele fica fechado não há passeio às falésias, por exemplo. 38

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MÚSICA

RED HOT

O QUE ESTA TOCANDO NO MEU IPOD

Ingredientes: 40ml de Vodka 4 morangos maduros 1 pitada de canela 2 cravos-da-índia 2 gotas de tabasco 1 colher de açúcar Modo de preparo: Amasse o morango com o açúcar e adicione a canela, o tabasco e a vodka. Bata tudo em uma coqueteleira com seis pedras de gelo e coe em uma taça de Martini resfriada. Decore com uma pimenta vermelha. SÉRIE

Neil Young, Heart Of Gold João Gilberto, S’wonderful Damien Rice, Volcano Eddie Vedder, Society Lakmé, The Flower Duet

THE GOOD WIFE Uma série dramática que tem como protagonista a vencedora do Emmy, Juliana Marguiles, como Alicia Florrick, uma esposa e mãe que assume responsabilidade total sobre sua família e volta ao mercado do trabalho depois do escândalo de sexo e corrupção em que seu marido se envolveu e o levou para a cadeia. Alicia recomeça sua vida e volta a trabalhar como advogada em um prestigioso escritório em Chicago. Alicia se transforma de uma envergonhada esposa de político em uma poderosa mulher de carreira E, pela primeira vez em anos, ela rejeita sua identidade de “boa esposa” e toma conta de seu destino.

PRATO DO DIA Já pensou em preparar receitas deliciosas utilizando apenas ingredientes que você tem em casa? O aplicativo “Sazón Prato do Dia” te ajuda! Basta escolher de 2 a 5 ingredientes e o tipo de prato que deseja preparar! TRELLO Um sistema que lhe permite organizar todos os seus projetos na web, de maneira individual ou colaborativa. O serviço organiza as tarefas de seu projeto aplicando o conceito dekanban, onde você pode gerenciar as tarefas arrastando-as de uma coluna para outra, e assim ter um controle de quais tarefas já foram concluídas, quais estão em execução, e as que deverão ser feitas. revistadue

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Fotos: Divulgação

APPS


Foto: Divulgação

Comportamento

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Minimalismo Simplificar a vida e se concentrar no mais importante. A essĂŞncia do estilo de vida inspirado nas artes ĂŠ viver com menos. Por Fernanda Neute

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V

ocê já reparou como algumas palavras aparecem na mídia e, de repente, viram moda? Quem dava a mínima para glúten e lactose há alguns anos? Os entusiastas que me perdoem, mas fui criada a leite de saquinho tipo B, além de toneladas de glúten e estou viva, saudável e magra. Não, eu não estou aqui para dizer que sou contra qualquer um desses modismos, pois geralmente eles tratam de assuntos que fazem parte do processo de evolução. Mas, o que tem me incomodado há algum tempo, é a forma com que a imprensa brasileira tem se posicionado em relação a todos esses assuntos, principalmente na internet, muitas vezes ignorando o fato de que nossa população é gigantesca e extremamente diversificada. De um lado, tenho a sensação de que alguns produtores de conteúdo e profissionais que trabalham com propaganda não fazem a menor ideia do que seja a verdadeira classe C. Do outro lado, essa classe C que recentemente entrou na onda do consumo e agora tem acesso irrestrito a qualquer tipo de informação através da internet, se sente totalmente incompreendida e desiludida quando lê um artigo em um portal de notícias dizendo que, segundo minimalistas, não é preciso de muito para ser feliz.

Foto: Divulgação

Como explicar para uma criatura que, pela primeira vez na vida, está sentindo o prazer de comprar um carro, uma TV de LED ou um smartphone que para ser feliz é preciso abrir mão de coisas materiais? Tenho certeza que não é usando uma típica família de classe AA como exemplo.

Mas o que o minimalismo tem a ver? Minimalismo é a nova palavra da moda, principalmente entre pessoas que já se cansaram do consumismo desenfreado e agora estão pres42

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tando um pouco mais de atenção em coisas que o dinheiro não pode comprar, como a satisfação com a vida e a felicidade. Mas, ser minimalista, não significa viver em um apartamento pequeno com poucos móveis modernos e brancos e não ter televisão. Também não significa vender todas as roupas, o carro, pedir demissão do emprego, ir morar em alguma cidade com nome exótico no Sudeste Asiático e ter apenas uma mala. Minimalismo é muito mais do que um estilo de vida. É uma ferramenta que pode ajudar a todos aqueles que estiverem dispostos a se livrar dos excessos em favor de se concentrar no que é importante para encontrar a felicidade, realização pessoal e, principalmente, liberdade. Quando identificamos o que não é necessário, começamos a tomar decisões mais conscientes e isso acaba nos libertando de medos, preocupações, angústias, culpa e das armadilhas do consumo que acabamos construindo em nossas vidas e que nos fazem sentir que estamos presos aos nossos empregos ou a determinados círculos sociais. Para ser minimalista não existe regra. Não existem 10 passos que farão você se livrar de tudo o que é desnecessário da sua vida. Até porque,cabe a cada um saber o que é importante para si mesmo. Esta mudança está diretamente ligada ao que cada um entende como felicidade. Por isso, não está errado querer ter um carro confortável, roupas bacanas ou uma bela casa se essas coisas são importantes para você e fazem a sua vida feliz. O problema está no significado real que essas coisas têm nas nossas vidas e no sacrifício que às vezes fazemos para possuí-las sem perceber o quanto elas arruínam nosso


bem-estar, nossos relacionamentos e até mesmo nossa saúde. Meu pai sempre achou que ter um carro bacana o fazia parecer bem sucedido aos olhos dos clientes que ele atendia. Por isso, ele trocava de carro todo ano, fazia prestações altíssimas que tiravam seu sono, deixava os filhos estudando em escola pública, parava de pagar o plano de saúde e acabava brigando com a minha mãe todo fim de semana porque não sobrava dinheiro para sair de casa. Será que a satisfação de ter o carro compensava tudo isso? Não sei, mas infelizmente ele morreu aos 51 anos vítima de um AVC comprovadamente causado por anos de stress e de uma vida completamente cheia de excessos. Mas, se ainda assim você gostaria de ler algumas dicas para ter um ponto de partida, aí vão três mudanças importantes que fiz na minha vida e que contribuíram para que eu fosse mais feliz no longo prazo: 1. Liquidei todas as dívidas Eu sempre fui a rainha das prestações e achava que o cheque especial fazia parte do meu salário. Só quando me dei conta do quanto estava pagando de juros e do quanto isso tirava o meu sono eu resolvi tomar uma atitude. Foi difícil, mas depois disso começou a sobrar dinheiro para fazer uma previdência, sair para jantar fora que é uma coisa que eu adoro e nunca podia fazer e viajar duas vezes por ano. 2. Diminuí radicalmente as idas ao shopping Este era o meu lugar preferido para passar o tempo. Adorava olhar vitrines e receber pilhas de

catálogos em casa. Meu coração chegava a acelerar quando eu lia a palavra 50%OFF em uma vitrine. Além de sempre ter parcelas no cartão de crédito por causa disso, com o tempo percebi que 2/3 do que eu comprava eram usados apenas uma vez, quando não ficava esquecido no armário. Resumindo, para que? 3. Abri mão de absolutamente tudo o que não tinha utilidade Qual é a razão de manter uma coleção de 400 CDs se você só ouve música pelo MP3? Além de acumular poeira e ocupar espaço, não faz sentido ter apego a algo que não tem utilidade nenhuma. Quanto menos coisas inúteis você tem em casa, menos tempo você ou sua faxineira vai passar limpando. Isso pode resultar em uma casa mais limpa ou em mais tempo para você fazer coisas mais interessantes do que limpar a casa. Vendo assim, parece que foi fácil. Mas, não foi. Esse processo todo demorou cinco anos para acontecer. O mais importante foi que uma coisa levou à outra quase que automaticamente. Depois de me livrar das dívidas não fazia sentido criar novas parcelas para comprar roupas e, depois de parar de comprar, não fazia mais sentido manter o que estava parado sem uso há tanto tempo. E, depois de perceber que viver dessa forma se tornou natural, eu me senti livre para fazer outras mudanças acontecerem, como pedir demissão para viajar. Gostaria de saber a sua opinião. Você concorda que o minimalismo pode ser um dos caminhos para ter uma vida mais feliz ou acredita que ainda vamos viver algum tempo na sociedade do consumo? Vamos bater um papo nos comentários! revistadue

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Comportamento

Foto: Divulgação

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Nômades digitais

ão pessoas que se aproveitam da tecnologia e da internet para realizarem seu trabalho independentemente do lugar onde estejam. Eles não têm moradia fixa e obviamente trabalham em negócios que possam ser geridos online. Essa comunidade é bem grande, mas hoje ainda concentra muitos americanos, europeus, alguns australianos e infelizmente, pouquíssimos brasileiros ou mesmo sul-americanos.

Quem pode ser um nômade digital? Um dos grandes precursores desse estilo de vida foi o americano Tim Ferris, que ficou milioná44

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Por Fernanda Neute

rio por causa do best seller “The 4-Hour Workweek”. Neste livro ele apresenta uma fórmula bem simples, mas não muito realista, de que todo mundo é capaz de ter um negócio online e ser feliz trabalhando 4 horas por semana sem ter de esperar a aposentadoria para aproveitar a vida. Este discurso ganhou tamanha força que existem milhares de sites e negócios online no mercado americano que ganham dinheiro vendendo essa ideia e motivando pessoas a pedirem demissão e a construírem o trabalho dos seus sonhos, se possível, viajando. O problema é que muitos deles trazem somente o discurso sobre a geração


wireless e o de que você deve seguir a sua paixão, mas no fundo, não ensinam absolutamente nada de útil. Seguindo essa linha de raciocínio, teoricamente, todo mundo pode ser um nômade digital, certo? Afinal, é muito simples entrar no WordPress e começar um blog de graça, montar uma loja online vendendo produtos da China ou até criar um brechó online. Também existem profissões em que é possível trabalhar como freelancer que é o caso de designers gráficos, programadores, escritores, fotógrafos, jornalistas, blogueiros, consultores e coachings, por exemplo. A grande verdade é que, como em todas as profissões existentes no planeta, alguns vão dar certo e vão ser bem sucedidos, e outros (quase sempre a grande maioria) não. Não porque eles sejam menos competentes do que outros, mas porque é preciso ser realista e entender que essa não é uma escolha de vida fácil e também exige tanto quanto ou até mais trabalho e sacrifício do que o emprego que você provavelmente tem hoje.

Nômades digitais não são mochileiros Isso não significa que uma coisa exclua a outra, mas não é porque você é um nômade digital, que vai viver perambulando por hostels fazendo check-list de pontos turísticos e também não significa que em algum momento você vai “se encontrar” e voltar para casa. Ser nômade digital é uma decisão de vida. Eles conscientemente não têm uma casa para voltar. Eles escolheram não ter raízes em seus países ou em qualquer outro país onde eles venham morar eventualmente. Eles não estão fugindo de nada e nem estão em busca de nada. Eles simplesmente aproveitam o percurso e as novas paisagens enquanto vivem a vida e trabalham “normalmente”. É claro que mudanças acontecem no percurso. As pessoas casam, têm filhos, expandem seus negócios ou mudam seus gostos pessoais. Mas aqueles que decidem viver esse estilo de vida geralmente acabam conciliando tudo isso com a vida na estrada. Quando olhamos de fora, parece a vida dos sonhos de qualquer um. Viajar pelo mundo sem precisar estar de férias, trabalhar de onde quiser e ainda ganhar dinheiro! Mas, ser um nômade digital tem seus altos e baixos e, depois de viver dessa forma por 6 meses, eis o que posso dizer:

Sim, é tão legal quanto parece porque… … temos a oportunidade de conhecer mais profundamente vários lugares.

Meus primeiros 6 meses foram divididos entre Tailândia, Vietnã, Camboja, Filipinas, Indonésia, Singapura, Malásia e Hong Kong. Alguns por meses, outros apenas por poucos dias, afinal, a ideia era ser nômade. Não digo que seria impossível visitar todos esses lugares em 30 dias de férias, mas a forma com que você interage é totalmente diferente. … conhecemos pessoas e culturas incríveis o tempo todo. Eu sou radicalmente contra o ditado popular “os opostos se atraem”, pois acho que o que acontece é exatamente o contrário. Você atrai quem você é, por isso, é inevitável que você acabe se relacionando com outros nômades digitais na estrada. Isso faz com que você tenha contato com pessoas que estão fazendo coisas impressionantes, que ajudam negócios a crescerem e que estão levando o conceito de empreendedorismo para outro nível. Muito diferente do que ler sobre essas pessoas, é se inspirar convivendo com histórias de vida, além de estar em contato diário com a verdadeira cultura de cada lugar, já que você passa mais tempo do que um curto período de férias em que só é possível conhecer os pontos turísticos. … temos flexibilidade de horários. Uma das coisas mais importantes para mim atualmente é ser dona do meu tempo. Eu decido se vou trabalhar de madrugada, se vou acordar cedo, dormir à tarde, ir à academia no meio do dia ou se vou fazer o que tenho de fazer de um aeroporto indo de um lugar para o outro. Viver no esquema de trabalho das 9h às 18h era uma das coisas que mais me massacrava quando eu trabalhava em agência. Principalmente pelo fato de você entrar as 9h, mas raramente sair as 18h o que faz com que seu dia simplesmente evapore sem que você perceba. Isso quer dizer que hoje eu trabalhe menos? De jeito nenhum! Há dias em que eu chego a trabalhar de 10 a 12 horas. A diferença é que eu posso escolher como vou distribuir essas horas durante o meu dia. … o custo de vida é relativamente mais baixo. Esse é um item que confunde as pessoas em relação à quantidade de dinheiro que é preciso ter (ou ganhar) para viver a vida viajando. Se eu fizer uma comparação entre a vida que eu tinha em revistadue

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São Paulo antes de eu me mudar e a minha vida no Sudeste Asiático, o meu custo de vida diminuiu em 60%. Num primeiro momento é impressionante pensar que hoje eu vivo com 40% do dinheiro que eu vivia em São Paulo, não é? Mas é preciso avaliar outras coisas também. Quando você não está vivendo na sua cidade, você abre mão de coisas que não abriria se estivesse vivendo a sua vida normalmente. Você sabe que só vai ficar naquela cidade por no máximo 3 meses, então, se o apartamento com a melhor localização e melhor preço não for necessariamente o mais bacana não tem problema, afinal, você vai morar lá por pouco tempo mesmo. Quando você está começando um negócio ou trabalhando em um projeto como o meu e não tem muita estabilidade financeira é uma excelente opção, mas o mesmo não é verdade caso você decida viver em um país de primeiro mundo, por exemplo. Até porque, infra-estrutura custa caro em qualquer lugar.

Mas, nem tudo são flores porque… … estamos trabalhando em lugares onde quase todo mundo está de férias. Nômades digitais não são turistas. Eu morei no Vietnã por 3 meses e não fiz nenhum dos vários roteiros turísticos do país. Foi um período em que eu estava totalmente focada em trabalhar na pesquisa e em outras coisas. Por outro lado, tive a oportunidade de fazer uma imersão na cultura e também de fazer amigos que fizeram com que a cidade de Ho Chi Minh tivesse um significado totalmente diferente do que teria se eu a tivesse visitado de férias. Também houveram dias em que eu estava em uma das praias mais lindas do mundo na Tailândia e tudo o que eu queria era passar o dia todo esticada em uma canga tomando Sol, mas estava preocupada com o trabalho que precisava entregar. … temos de lidar com o stress que é precisar estar conectado o tempo todo. Quando você trabalha online acaba sendo 100% dependente de internet. Nós, brasileiros, sabemos bem que quando não há infraestrutura a internet ou 3G não são confiáveis. Isso acontece muitas vezes dependendo do lugar onde você está viajando. Passei por situações em que eu precisei ir a 5 lugares diferentes até que encontrasse um café com uma conexão decente. Ou passar 2 dias inteiros com dor de barriga porque não conseguia entrar na internet. … não pertencemos a lugar nenhum. 46

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Ter um lar faz falta. Por lar entenda qualquer lugar onde você se sinta confortável e seguro que não necessariamente é o lugar que você deixou antes de partir. Embora você mantenha contato com a sua família, amigos e também faça novos amigos na estrada, faz falta ter uma comunidade próxima com quem você possa se relacionar mais profunda e intimamente, trocar ideias ou simplesmente encontrar para sair no fim de semana. Sem contar que, para quem é solteiro, acaba sendo muito, muito difícil ter um relacionamento estável vivendo esse estilo de vida. … nós somos sem fronteiras, mas o mundo não. Vistos são um problema constante na vida dos nômades digitais. A não ser que você tenha um passaporte europeu que é a melhor coisa que pode acontecer a um ser humano nascido no Brasil, você vai ter de lidar com o fato de que os vistos variam entre alguns dias, 1, 3 e, raramente, 6 meses. Por mais que você se apaixone por um lugar e decida ficar, muitas vezes isso não depende da sua vontade. Como investir em vistos mais longos ou residência é geralmente caro e trabalhoso, isso faz com que sejamos quase obrigados a nos mudar constantemente. A forma com que cada um lida com isso está totalmente relacionada ao quanto cada um quer viver de um jeito diferente. Tem gente que não suporta instabilidade e mudanças constantes e isso é ótimo, pois precisamos dessas pessoas para que haja equilíbrio no mundo.E, mesmo para quem sonha em viver desse jeito, saiba que não é fácil. O segredo é fazer um balanço e avaliar se os pontos positivos te fazem mais felizes do que os negativos e aí sim, vale muito a pena! É claro que essas são percepções baseadas na minha experiência pessoal, sendo brasileira e tendo vivido apenas 6 meses no Sudeste Asiático conhecido por ser um destino relativamente barato e atraente principalmente entre os iniciantes. Não faço a menor ideia se eu vou viver essa vida para sempre, mas nos próximos 6 meses a aventura continua, desta vez, nas Américas.

“Você pode procurar uma resposta no Google. Você pode procurar um relacionamento, ou uma carreira, no Google. Mas você nunca vai encontrar o que está em seu coração em uma busca online” – Joe Plumeri, presidente do conselho da Willis Group


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Comportamento

Por Flávia Motta

Superexposição Foto: Divulgação

Quando sua vida deixa de ser exclusivamente sua. Como lidar com a superexposição dos dias atuais?

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Famosos e anônimos compartilham diariamente suas ações cotidianas, além de dividirem frustrações e conquistas com seus seguidores virtuais. Porém, muitas dessas pessoas não param para pensar duas vezes no que postam - se tal situação atingirá alguém ou até mesmo se poderá, mais na frente, ser utilizada contra eles mesmos. Como exemplo, temos a jovem sulista de 16 anos que, no último ano, tirou a própria vida após ter suas fotos íntimas compartilhadas na internet. O principal suspeito seria seu ex-namorado, segundo investigações policiais. O caso ainda não foi concluído, contudo, nos dá pauta para entender a importância da educação digital. Como a jovem sulista, muitos são os que compartilham seus passos sem pensar nas consequências. Segundo a psicóloga Mayara Correia, a internet tem sido utilizada como fuga da realidade. “Nós a usamos como uma válvula de escape, pois, normalmente, nos sentimos mais seguros, desabafamos e colocamos nossas opiniões sem ter que enfrentar ‘o outro’ pessoalmente. Além disso, e principalmente, a internet nos dá a sensação de que não estamos sozinhos”, diz. Dependendo do nível de utilização das ferramentas, uma ‘’máscara’’ é criada, e relacionamentos interpessoais acabam sendo afetados com tal. No mundo virtual, é mais difícil achar os defeitos do outro, enquanto, pessoalmente, não há a pausa entre pensar e agir.

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oto do café da manhã, da corrida no parque, das pernas na praia... Qualquer movimento, nos dias atuais, vira motivo para tirar foto e compartilhá-la nas redes sociais. Com a superexposição do cotidiano, receber conselhos e “pitacos” indesejados torna-se algo fácil, além de nos deixar vulneráveis em algum momento. As inúmeras fotos e vídeos compartilhados por dia nos fazem pensar que, pelo menos, metade da população mundial está incluída digitalmente. Contudo, pouco se sabe ainda sobre a necessidade de uma educação digital. Onde chegaremos com tanta exposição?

Para quê expor tudo o que você faz? Hoje, algumas empresas jurídicas contratam especialistas em monitoramento de redes sociais para investigar adversários de seus clientes. Por exemplo: em um caso de briga por pensão, o ex-marido afirma receber o salário X, porém, compartilha na internet alguns locais que frequenta e aquisições materiais fora desse padrão. Durante o julgamento, essas fotos podem ser utilizadas contra seus argumentos a ponto de fazê-lo perder o caso. Além de casos jurídicos, a autoexposição pode afetar também o campo profissional. Atualmente, cerca de 80% das empresas, antes de contratar algum candidato, faz pesquisa do seu nome na internet. É necessário prestar atenção na vida na web. Como solução, Mayara Correia indica o autocontrole. “Não é preciso chegar ao ponto de se banir do mundo virtual. As redes sociais são um ótimo meio para manter contato com pessoas que você não vê com frequência, principalmente se você mora fora da sua cidade natal. Contudo, é preciso ter cuidado com o que se fala publicamente; o que você não pretende falar a alguém pessoalmente, não compartilhe em seus perfis virtuais”, indica. Como dica, tente ler mais sobre educação digital. revistadue

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Comportamento

Por Gustavo Barbosa

Abuso infantil

No Brasil, o abuso sexual infantil é o segundo tipo mais comum de violência contra crianças

O Foto: Divulgação

abuso sexual em crianças de zero a nove anos é o segundo tipo mais comum de violência sofrida nessa faixa etária, ficando pouco atrás das notificações de abandono e negligência, segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde. Por incrível que pareça, a maioria dos casos ocorre dentro de casa e atinge mais as crianças do sexo masculino. Em 2011, um levantamento feito pela Viva (Vigilância de Violência e Acidentes), do Ministério da Saúde, registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física, entre outros tipos de agressões, contra crianças menores de 10 anos. Infelizmente, os casos de violência sexual contra crianças até os nove anos representaram 35% das notificações. Já a negligência ou abandono corresponderam a 36%. Em 2010, esse tipo de notificação se tornou obrigatório a todos os estabelecimentos de saúde do Brasil. 50

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Dentro de casa Outro dado alarmante é o fato de que boa parte das agressões aconteceu na própria residência da criança (64,5%). E, em sua maioria, foram por espancamento (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas (21,6%). Em 45,6% dos casos, o principal autor da violência era do sexo masculino. Grande parte dos agressores são os próprios pais ou familiares, ou até mesmo alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente, como amigos e vizinhos.

As consequências As consequências desse tipo de agressão podem ser percebidas a curto e longo prazos. O Manual de Prevenção do Abuso Sexual, publicado pela Organização Não Governamental (ONG)


Save the Children (Salvem as crianças), mostra detalhes das seguintes consequências:

Consequências a curto prazo do abuso infantil •

Físicas: pesadelos e problemas com o sono, mudanças de hábitos alimentares, perda do controle de esfíncteres.

Comportamentais: consumo de drogas e álcool, fugas, condutas suicidas ou de autoflagelo, hiperatividade, diminuição do rendimento acadêmico.

Emocionais: medo generalizado, agressividade, culpa e vergonha, isolamento, ansiedade, depressão, baixa autoestima, rejeição ao próprio corpo (sente-se sujo).

Sexuais: conhecimento sexual precoce e impróprio para a sua idade, masturbação compulsiva, exibicionismo, problemas de identidade sexual.

Sociais: déficit em habilidades sociais, retração social, comportamentos antissociais.

Consequências a longo prazo do abuso sexual infantil Existem consequências da vivência que permanecem, ou inclusive podem piorar com o tempo, até chegarem a configurar patologias definidas. Por exemplo: •

Físicas: dores crônicas gerais, hipocondria ou transtornos psicossomáticos, alterações do sono e pesadelos constantes, problemas gastrointestinais, desordem alimentar.

Comportamentais: tentativa de suicídio, consumo de drogas e álcool, transtorno de identidade.

Emocionais: depressão, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade para expressar sentimentos.

Sexuais: fobias sexuais, disfunções sexuais, falta de satisfação ou incapacidade para o orgasmo, alterações da motivação sexual, maior probabilidade de sofrer estupros e de entrar para a prostituição, dificuldade de estabelecer relações sexuais.

Sociais: problemas de relação interpessoal, isolamento, dificuldades de vínculo afetivo com os filhos.

O papel da família é de extrema importância na recuperação física e emocional da criança que sofreu algum tipo de abuso sexual. Porém, a atenção proporcionada a essa criança não deve apenas estar focada no cuidado das lesões físicas, mas também é imprescindível que haja um acompanhamento psicológico.

Impunidade Medo de não ser compreendida, ameaças ou até mesmo a vergonha fazem com que muitas vítimas mantenham o silêncio, abafando o abuso sexual, algo tão tenebroso e sombrio. Como na maioria dos casos o abuso é cometido por alguém muito próximo da família, isso acaba dificultando ainda mais o processo. Devido à falta de denúncias, muitos acabam impunes, e continuam roubando a infância de outras crianças. Por isso, os pais devem ficar bastante atentos: ao perceberem algum comportamento estranho em seus filhos, é preciso agir. Muitos deles, por terem pouca idade, nem compreendem o que de fato aconteceu, e o reflexo é notado através da mudança de comportamento das crianças. Se seu filho relatar algo suspeito, não perca tempo: denuncie! A denúncia é um importante meio de intervenção, pois ajuda as autoridades competentes a coibirem esse tipo de prática. O disque 100, que é vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento, tem sido um dos grandes facilitadores para esse tipo de denúncia. Além de recebê-las, eles orientam como denunciar casos de desaparecimento; como acionar outros órgãos, como os Conselhos Tutelares; acompanham e monitoram cada denúncia; e fornecem informações e dados que podem subsidiar políticas públicas e ações de enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes.

Punição Recentemente, foi aprovado pela Câmera e pelo Senado um Projeto de Lei que torna hediondo o crime de exploração sexual de crianças e adolescentes. O projeto prevê que condenados pelo crime não poderão ter nenhum direito à liberdade provisória, anistia ou indulto. Além disso, o texto aprovado também prevê que o ato de favorecer a prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável também se torne crime inafiançável sob pena de quatro a 10 anos, que deverá ser cumprida em regime fechado. revistadue

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Tendência

U

O que é seu,

ma nova economia está surgindo, e, nela, tudo pode ser compartilhado, desde um quarto, o carro que você largou na garagem, a furadeira que você mal usa e até mesmo suas horas. Conheça a “economia do compartilhamento”: a promessa de um futuro sustentável, com menos desperdício e mais oportunidades.

Foto: Divulgação

Atualmente, não usamos mais CDs, certo? Alguns baixam músicas nos sites de compartilhamentos, outros compram em alguma plataforma online, e há aqueles que preferem pagar uma taxa mensal e ouvir seu artista preferido sem ter que encher a memória do seu smartphone. As locadoras de vídeos estão quase extintas, e serviços como o Netflix facilitam a vida, não só dos usuários, mas também das grandes produtoras, que são menos atingidas pela pirataria. Essa tendência de usar o serviço sem necessariamente ter o objeto vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. A experiência, agora, é mais importante que o produto em si. 52

Por Fabiano Carlos

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A “economia compartilhada” ou “economia sob demanda” é o nome dado a um conceito que vem crescendo no mundo todo, e ganha força no Brasil. Como o nome já diz, a ideia é partilhar, desde uma vaga no sofá até uma carona para outra cidade. Esse novo modelo econômico está abrindo portas para todos os tipos de serviços e ideias, facilitando a vida das pessoas e indo ao encontro das suas necessidades.

Aluga-se qualquer coisa! Em 2009, Garett Camp e Travis Kalanick resolveram criar um aplicativo que funcionasse como uma espécie de táxi de luxo, oferecendo carros diferenciados na cidade de São Francisco. Cinco anos se passaram e a Uber agora é avaliada em 41 bilhões de dólares, e está presente em mais de 53 países, incluindo o Brasil. O aplicativo vem tirando a paz de taxistas do mundo todo por permitir que qualquer veículo torne-se um táxi, basta apenas o motorista se cadastrar e estar disponível em um determinado horário.


é meu... Daí você pergunta: por qual motivo eu deixaria a segurança de um táxi para entrar no carro de um estranho? Todos os motoristas têm um perfil com foto, endereço e a placa do carro, o que torna a experiência bem segura. O preço é bem mais acessível, e muitos clientes preferem o conforto e a discrição de um carro do ano a um táxi convencional.

Outro exemplo é a AirBnb, um aplicativo e site que conecta pessoas que disponibilizam quartos, casas e até barcos para terceiros. Você tem um quarto vazio? Sua casa é bem localizada? É só se cadastrar, colocar o valor da diária e seu domicílio se torna um hotel. A empresa já tem mais de um milhão de imóveis cadastrados, e a troca de experiências entre usuários facilita a confiabilidade do serviço. Esse sistema de “empréstimo” se estende a inúmeras áreas, desde a locação de carros particulares até permuta de serviços. Na Bliive, por exemplo, você pode trocar uma hora de algo que você saiba fazer pelas habilidades de outra pessoa.

Uma nova economia está surgindo, e, nela, tudo pode ser compartilhado

Há pessoas disponibilizando conversações em inglês, cursos de massagem, ensinando a fazer currículos, bolos, pavês e até mesmo dando conselhos, uma espécie de psicólogo particular. Procura uma mochila para viajar? Uma furadeira? Um par de tênis? Uma máquina fotográfica? Um iPhone? Na Zelok, qualquer pessoa pode disponibilizar o que quiser para alugar e com um preço bem acessível. Os serviços se expandem também para os bichinhos de estimação: a Dogvacay oferece hospedagem para o animal e já conta com 10 mil usuários, enquanto a Gowalk disponibiliza pessoas que querem passear com o seu cãozinho. Há inúmeros exemplos de economia colaborativa, e alguns deles estão indo além, dispensando o dinheiro pelo simples prazer de dividir.

Vem que é de graça! Um arquiteto e artista plástico alemão que mora em Nova York teve a brilhante ideia de colocar nas paredes de algumas ruas conectores revistadue

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USB. A intenção era que as pessoas que por ali passassem conectassem seus notebooks e compartilhassem seus arquivos, partilhando, também, preferências musicais, textos, imagens e qualquer outra coisa, uma espécie de comunicação cultural entre estranhos. Em Bruxelas, a ideia é mais filantrópica. Uma organização belga chamada Corvia instalou uma geladeira pública no centro da cidade, onde os cidadãos podem doar alimentos. A geladeira, que recebeu o nome de FreeGo e funciona todos os dias, em qualquer horário, permite que pessoas carentes sirvam-se dos alimentos disponibilizados. Engana-se, porém, quem pensa que tudo isso se trata de um “novo conceito”. O Couchsurfing, por exemplo, existe desde 1999, e foi criado por Casey Felton, um mochileiro americano que, antes de fazer sua primeira viagem à Islândia, resolveu enviar dezenas de e-mails para alunos de uma faculdade solicitando um sofá para se hospedar. A resposta foi positiva, e Felton criou um site onde pessoas do mundo inteiro concedem seus sofás gratuitamente para viajantes, em troca de conhecimento cultural e socialização. Já no Brasil, recentemente, um cantor paranaense que mora em Curitiba lançou um projeto chamado “A nuvem de Gabriel”. O jovem colou cartazes em vários pontos de Curitiba com cópias de seu novo álbum, disponíveis gratuitamente para todos. O conceito não só facilitava a divulgação do artista, como associava sua imagem a uma ideia criativa.

É o fim do capitalismo como conhecemos? A “economia compartilhada” surge em um momento crucial para a sociedade: estamos com necessidade de um consumo mais consciente, e há a emergência de um mundo mais sustentável. O conceito de partilhamento está provocando uma mudança de hábitos na população, e essa mudança vem atrelada à tecnologia, que facilita a interação entre pessoas de qualquer lugar do mundo. A população não se sente mais refém das grandes empresas, já que a internet possibilitou a disseminação do conhecimento; ou seja, não somos mais ludibriados por certos serviços ou ideias como antes.A instabilidade econômica também colabora com essa nova ideia de “compartilhar”: mais e mais pessoas veem nela uma oportunidade de melhorar suas rendas. Não estamos diante de um declínio capitalista; na verdade, o que ve54

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mos é uma integração de serviços, que permite que qualquer cidadão tenha suas necessidades atendidas da forma como lhe convém. Cada vez mais pessoas estão “emprestando” seus bens para os outros e, assim, gerando não só dinheiro, mas freando o consumo excessivo e poupando lixo. Imagine você precisar de uma prancha de surfe para curtir uma praia durante uma viagem e ter que comprar ou ter o incômodo de levar aquele objeto enorme de casa. É oferta e procura por um bem maior: a satisfação imediata. Estamos diante da verdadeira liberdade de consumo.

Críticos S.A. Contudo, claro, existem críticos a esse movimento. Segundo alguns especialistas, essa história toda surgiu com a crise financeira que vem abalando alguns países. A necessidade de um dinheiro extra é o principal motivo desse impulsionamento à “economia compartilhada” ou à “oficialização do bico”, como é chamado por algumas empresas. Além disso, eles afirmam que, diante de qualquer sinal de estabilidade, as pessoas deixarão de disponibilizar seus bens pessoais para estranhos. Corporações tradicionais censuram tais aplicativos atrelando a eles atos de ilegalidade, competição desleal, sonegação de impostos e falta de garantia real para o consumidor. De acordo com alguns, esse novo modelo pode, ainda, aumentar as taxas de desemprego.

Consenso compartilhado A questão é que essa “nova economia”, duradoura ou não, vem facilitando a vida de milhões de pessoas e desobstruindo o pensamento arcaico e prejudicial do consumo excessivo. As grandes empresas estão diante de uma população mais generosa e consciente do seu papel, e é imprescindível que tais corporações se adequem as essas novas formas de consumo. As legislações, claro, também precisam passar por mudanças: com a chegada da internet, muitas coisas mudaram, novas formas de comunicação foram criadas e crimes que antes não existiam agora fazem parte da realidade virtual, por exemplo. Muitas leis estão ultrapassadas, mantendo a consciência da impunidade e freando a evolução da coletividade. A sociedade está crescendo com essas novas ideias que explodem por todos os lugares; estamos mais independentes, mais sustentáveis e totalmente cientes da nossa liberdade. Liberdade para escolher, para consumir e para compartilhar o que quisermos. E o mundo precisa acompanhar esse processo.


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Aventura

Por Isabela Vieira

Viajar ou juntar dinheiro? V

Jovens deixam de lado a rotina de juntar dinheiro e priorizam viagens

Foto: Divulgação

iajar vem se tornando cada vez mais um hábito na rotina dos brasileiros. As prioridades mudaram e agora conhecer o mundo se tornou mais importante do que possuir carro e casa própria. Os jovens vem reconhecendo a importância de se ter uma bagagem cheia de conhecimentos e ver o mundo com outra perspectiva, o que apenas viagens podem proporcionar. Existe agora uma necessidade em explorar novas experiências e culturas, abdicando assim de bens materiais. Até que ponto vale a pena deixar as nossas vontades e sonhos de lado para juntar dinheiro? Essa é a reflexão da nova geração de jovens adultos, que vem investindo cada vez mais em experiências, viagens, consumo e aventuras, deixando pra mais tarde a responsabilidade e obri56

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gação de ser ter uma casa própria. Não só jovens recém-formados, como também adultos com carreiras consolidadas vem aderindo ao hábito de explorar o mundo e novas culturas, viajando pelo menos uma vez ao ano. O que também contribui para essa nova rotina é o fato de está cada vez mais barato para a classe média viajar. Com pacotes de viagens a preços que cabem no bolso, o que antes era um privilégio apenas para a classe alta, agora se tornou comum para grande parte dos brasileiros. Os destinos mais famosos, como os Estados Unidos e a Europa, estão cada vez mais acessíveis aos jovens, que não pensam duas vezes em investir viajando ao exterior. É possível ver claramente que os valores mudaram para a maioria dos jovens e que o que foi


tantas vezes repetido pelos pais, como ter uma boa poupança e dar entrada em um apartamento ou carro novo, esta sendo deixado pra trás. O que se quer agora é ver o mundo além da tela do cinema e de fotografias. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que as pessoas que mais viajam no Brasil tem menos de 35 anos. O principal sonho da nova geração é buscar novas experiências e descobertas enquanto não se existe a responsabilidade de sustentar uma família. De acordo com a B2, empresa que trabalha com o público universitário produzindo eventos e viagens, quando perguntados qual seria o hábito de consumo preferido para o prazo de um ano, 23% dos jovens afirmaram querer uma viagem nacional; e 31% uma viagem ao exterior. Esses índices superam as preferências de consumo, como adquirir um tablet (12%), fazer um MBA (10%), comprar carro (6%) e adquirir casa própria (5%).

Como economizar e guardar dinheiro para viajar? Uma pequena mudança aqui e ali nos seus hábitos pode ajudar bastante e fazer você economizar para as suas próximas viagens Roupas e acessórios: essa é uma área bem delicada e de difícil controle para as mulheres, que geralmente usam as compras como terapia. Porém é aí onde os gastos mensais são mais altos e quando diminuídos podem fazer uma grande diferença na sua poupança. Procure organizar o seu guarda-roupa periodicamente, assim ficara mais fácil lembrar do que você já tem e evitar compras desnecessárias e por impulso.

Os jovens vem deixando de lado o estilo de vida individualista e o pensamento em investir em bens materiais como prioridade, e ao invés disso, vem crescendo essa vontade de viajar o máximo de tempo possível, e consequentemente uma vida que prioriza as experiências e a relação multi-cultural. Esse é o caso da paulista de 25 anos, formada em Relações Publicas, Camila Polese. Ela conta que desde que se formou na faculdade, em 2010, vem viajando pelo Brasil e pretende continuar investindo seu dinheiro em aventuras: “ainda moro com meus pais, não tenho carro, não tenho bens materiais. Porém tenho memórias incríveis dos lugares que passei. Eu não me arrependo nem um pouco, uma hora sei que vou ter que dar uma pausa pra investir em outras coisas, aliás, eu até tenho a consciência de que se eu não viajasse tanto, no mínimo um carro já teria. Mas aí quais histórias eu iria contar pros meus filhos?”, afirma.

Manicure:

A sociedade nos convida a seguir sua cartilha e acreditar que atingir certo status significa felicidade. Ser feliz não é ter roupas caras e de marcas famosas, ou o mais novo iPhone lançado no mercado. Felicidade não é nada disso. Felicidade é conhecer pessoas de diferentes partes do mundo e aprender algo sobre a vida com elas. É se virar sozinho em um país onde se fala uma língua completamente diferente da sua.

Balada:

É também descobrir lugares indescritivelmente belos e assistir aos mais bonitos pores do sol do mundo. Existe uma famosa frase que diz: “Viajar é a única coisa que você compra e que te deixa mais rico”. E agora, o que você tá esperando pra cair no mundo?

Defina o local da viagem e a data desejada; pesquise os preços de vários hotéis e analise o quanto você gostaria de gastar em passagens + hotéis + alimentação. Faça o cálculo de quanto será preciso guardar mensalmente para atingir o valor total da viagem.

esse é um hábito muito comum para as brasileiras. Ir ao salão de beleza cuidar das unhas pelo menos duas vezes ao mês já virou rotina. Considerando um gasto de 80 reais mensais, lá se vão anualmente 960 reais da sua conta, o que poderia ser usado em hotéis, bilhetes aéreos ou alimentação. Se você não é lá uma expert quando se trata de manicure, não custa nada assistir a vídeos e tutoriais no Youtube onde são ensinadas técnicas bem fáceis de como fazer as unhas em casa mesmo! Comida: esse também é um habito constante dos brasileiros, que saem pelo menos duas vezes na semana para barzinhos ou restaurantes. A dica é reduzir as saidinhas e desse jeito economizar cozinhando em casa com mais frequência. ok, todos nós somos pelo menos um pouquinho baladeiros. Porém sabemos que os clubs no Brasil cobram um valor absurdo tanto para entrar quanto para bebidas. O bolso dói só de pensar! Portanto, considere outras opções mais baratas como exposições e filmes. Plano de viagem:

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Aventura

Por Gérson Alves

Caminhos reais V

Conheça o projeto Ouricuri Caiçara e ouse trilhar um caminho de evolução

Fotos: Acervo pessoal

iver confortavelmente e sem esforço é o que a maioria das pessoas busca. Mas será que é possível embarcar em uma aventura, e passar por momentos inesquecíveis, mesmo com sofrimento? Afinal, o que nos ensina esse evento que objetiva provar o quanto nos tornamos melhores não apenas experimentando sensações agradáveis? O Grupo Caiçara, formado por quem entende que dificuldades transformam pessoas simples em seres capazes de realizar grandes feitos, convida os membros da sociedade para passarem por um desafio.

História Desde épocas pré-colombianas, indígenas do Nordeste migravam para regiões isoladas e montavam acampamento com palhas da palmeira ouricuri, por isso o momento recebeu esse nome. 58

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O principal objetivo destes acampamentos era manter vivo o contato com um estilo de vida que estivesse sob o controle do próprio grupo. Para cultivar esta tradição tão antiga de formação de pessoas guerreiras e dispostas à organizarem objetivos de vida, no ano de 2008 organizou-se uma adaptação do Ouricuri das aldeias, aberto aos brasileiros que valorizam elementos da natividade. A partir de 2010 os Ouricuris passaram a ter o apoio da Universidade Federal de Alagoas, que ampliou o alcance dos envolvidos no evento que, a cada edição, se torna mais maduro e satisfatório.

O que é e quando ocorre? No verão há um acampamento vivencial dentro da mata, e no inverno é realizada uma longa caminhada de aproximadamente 150km. O grupo passa cinco dias caminhando durante o mês de


julho, com pouca comida, redes, barracas, cantis de água e estrutura montada a partir de recursos locais. É um momento de conexão com os limites individuais, de descoberta de suas forças e fraquezas. De união com o grupo que passa a ser uma família. De aprendizado e desprendimento. É, literalmente, um momento de evolução pessoal.

Gostou da ideia? O próximo Ouricuri Caiçara será no dia 01 de julho. A caminhada partirá do Alagoinhas/Ponta Verde/Maceió e terminará na Foz do Rio Persinunga na divisa com Pernambuco. O evento tem apoio e segurança garantida pela equipe organizadora e demais parceiros. O evento é aberto aos interessados, que devem entrar em contato para tirar dúvidas e se inscrever.

Objetivos •

Desconectar de estresses, vícios e turbulências externas, podendo assim conectar-se com questões que realmente contribuem para nossa evolução pessoal e profissional.

Trabalhar o desenvolvimento de repertórios comportamentais para relação com grupos.

Desenvolver o planejamento de ações com metas definidas.

Reforçar padrões comportamentais de persistência e perseverança.

Discriminar diferença entre processos reforçadores e fortalecedores.

Normas •

Proibido uso de celular e outros aparelhos eletrônicos e de qualquer substância psicoativa (incluindo cigarros e bebidas alcoólicas)

Proibido namoro, troca de carícias e qualquer outra forma de relacionamento entre casais.

Proibido fazer incursões sozinho ou sem autorização dos organizadores.

Informações E-mail: institutocomportamental@gmail.com Telefone: (82) 9665.8680 Entre em contato para saber mais detalhes. revistadue

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Aventura

A

Estava offline, mas vivia

Foto: Divulgação

cabo de chegar de uma longa trilha. O tempo não estava bom, mas estávamos, eu e as amigas, extremamente empolgadas com o nível de radicalidade que nos seria exigido. Uma trilha longa, uma hora e meia de subida e uma cachoeira a nos esperar. Eu, feliz da vida, sentindo-me exploradora; as amigas, com uma gopro em mãos, economizavam energia para investi-la nas fotos que estavam por vir. Duas semanas antes, eu não sabia o que era uma gopro, e, menos ainda, como funcionava. Zombava de um tal “pau de selfie”, que aparece mais nas fotos do que a própria beleza a se registrar. Já me olhavam como uma alienígena desde 60

Por Camila Alves

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aí. Após uma pequena apresentação - acreditem, não precisa ser gênio para manuseá-la -, até me afeiçoei com as possibilidades de fotos: debaixo d’água, de dentro da cachoeira, na chuva... Parece não ter mesmo limite para essa coisinha pequena. Em “terra firme”, ansiávamos por comida e por um computador. Na verdade, o item de sobrevivência mais desejado era o computador, de preferência conectado ao wi-fi mais veloz da região. Conseguimos comer, mas o computador só chegou horas depois, e trouxe com ele uma frustração: as fotos não ficaram legais. A chuva e o céu cinzento não refletiam o dia especial que tivemos. E agora? Parecíamos mesmo estar diante de um


grande dilema. “Ninguém vai acreditar que viemos na cachoeira”; “droga, não registrei nada no meu celular para poder mandar para minha mãe”; “é só colocar um efeito que melhora”. Ideia genial! Colocamos um efeito aqui, uma legenda criativa ali, e é só esperar um horário de muita movimentação na internet para que possamos publicar e ganhar várias curtidas. Há 10 anos, eu não ia a cachoeiras, tampouco sentia necessidade de estar conectada. A internet discada freava a ansiedade pela conexão. Demorava tanto e fazia um barulho tão chato, que era mais atrativo ler um livro, conversar com os amigos, ou “fazer nada” em conjunto. Quando finalmente conectava, era uma felicidade só, mas passava rápido: primeiro os mais velhos, depois os mais novos. Essa era a regra de acesso. Em resumo, acessar a internet era uma tarefa incrivelmente lenta, que exigia muita paciência. Hoje, vou a cachoeiras e de lá mesmo respondo e-mails, cumprimento amigos e me faço presente em qualquer lugar. Entre um mergulho e outro, consolo uma amiga que acabou de brigar com o namorado, marco um cineminha para o fim de tarde e me atualizo das notícias do mundo. Tudo isso sem sair da água, sem sair do espaço em que fui para “purificar a alma”, como descrito na legenda daquela minha foto cheia de efeitos. Em resumo, não purifiquei a alma, não consolei a amiga, me poupei para o cinema e li, sem critério algum, um bando de notícias que, simplesmente, saltam do visor do celular. Na expectativa da onipresença, eu não me entreguei a uma só tarefa; de pouquinho em pouquinho, não fiz nada por inteiro. Uma tia, ao ver minha foto, concordou com a legenda e deu um “curtir” em aprovação. Logo em seguida, me telefonou para saber sobre minha tarde de aventura. Para que pudesse imaginar, pediu-me detalhes. Analisei na minha memória e cheguei à conclusão de que era somente aquilo ali: a foto, a legenda. Nada a acrescentar! Minha tia debochou da minha falta de memória, como se fosse um problema da geração atual: “vocês jovens não sabem aproveitar o momento”. Passado o incômodo do perspicaz deboche, percebi que não se tratava de um “mal de memória”, mas, sim, de um mau uso dela. Confiamo-nos na tecnologia para anexar fotos, descrever momentos, carregar conosco toda a sorte de informações que recolhemos. Aliás, parece ser difícil recolher algo para si sem o uso de qualquer aparelho de armazenamento. Depositamos nossa memória na “nuvem”, e com um

clique relembramos o que de lá não sai. É uma espécie de economia: para quê guardar, se basta clicar para que tenhamos tudo em mãos? Poupamo-nos de lembranças “irrisórias”. Estamos em tantos lugares ao mesmo tempo, e com tantas pessoas, que fica difícil não aderir às nossas geniais ferramentas. As contribuições positivas são tão novas e atrativas que ansiamos por digeri-las rapidamente, por vezes sem critério, apenas para nos sentirmos incluídos, participantes. Mas, vamos com calma! Os dias continuam com 24h, temos obrigações sociais, desejos individuais e necessidade extrema de um outro, de uma relação que nos coloque a par de todos esses anseios. A internet lenta, discada e de barulho chato nos lembrava que o outro, aquele que esperava pacientemente, era mais divertido do que aquela máquina demorada e aquele universo novo. As rápidas conexões nos induzem a ir e vir de onde for e para onde quisermos. É um espaço aberto, inexplorado, e, convenhamos, tudo que é novo requer atenção e muito empenho. Mas será que não estamos nos empenhando demais? Colocando efeitos, legendas, publicando momentos e esquecendo que a vida precisa ser construída tão lentamente quanto nossas próprias imagens? Basta um simples clique, é verdade, fácil e rápido, não há como discordar. Mas, novamente, vamos com calma! Estar offline é apenas um status, é só uma condição. E esta, por vezes, indica que a vida - não a que é ampla e “maquiadamente” exposta em redes sociais, mas aquela real: suor, trabalho e felicidade - está sendo efetivamente vivida.

Livre Recomendamos o filme Livre, baseado no livro “Livre - A Jornada de Uma Mulher Em Busca do Recomeço” que, assim que foi lançado, em 2012, fez um baita sucesso, liderando por sete semanas consecutivas a lista dos mais vendidos de não-ficção do jornal The New York Times; foi selecionado para o popular Clube do Livro de Oprah Winfrey; e traduzido para mais de 30 idiomas. revistadue

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Empresa

Por Em Contexto

Assessoria de imprensa, marketing de conteúdo? Entenda a diferença e saiba o que vale a pena para impulsionar o seu negócio

A Foto: Divulgação

o buscar um profissional ou empresa de comunicação para promover sua marca, produto ou serviço, nem sempre é fácil saber que tipo de estratégia contratar. A assessoria de imprensa costuma ser a primeira opção entre os empresários, mas atualmente existem novos métodos para se relacionar com clientes, como o Marketing de Conteúdo, que também inclui a assessoria. O termo, que começou a ser usado há pouco tempo no Brasil, refere-se a uma estratégia focada em resultados, obtidos por meio da entrega de conteúdo útil a um determinado público-alvo.

Entendendo a diferença A Assessoria de Imprensa tem o objetivo de expor o cliente nos meios de comunicação. Trata-se de uma área que tem como foco principal a 62

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visibilidade na imprensa, seja ela TV, rádio, jornal ou portais de notícias, e cujas atribuições recaem, principalmente, aos profissionais formados em Jornalismo. Cabe ao assessor munir os veículos de comunicação com informações corretas e precisas a respeito do assunto de interesse do assessorado. Além de produzir textos – chamados de releases – que podem ser publicados na íntegra em jornais e sites, o material também serve de base para entrevistas. O profissional que atua na área ajuda o cliente a identificar as vertentes mais interessantes a serem abordadas sobre o tema do seu negócio, faz os agendamentos na imprensa, prepara o entrevistado para as perguntas que possam surgir e também faz gestão de crise, quando necessário.


Depois, cabe ainda ao assessor reunir em uma plataforma todo o material que foi divulgado na mídia (o chamado clipping), tendo em mãos o resultado das ações realizadas. Já o Marketing de Conteúdo, ou Content Marketing, é uma área ampla, que trabalha diversas alternativas de divulgação, como as plataformas digitais e mídias sociais. É uma estratégia que visa a geração de resultados por meio da entrega de conteúdo relevante a um público-alvo específico. Diferente da Assessoria de Imprensa, que é direcionada ao público geral dos veículos de comunicação, o Marketing de Conteúdo distribui as informações para uma base de dados segmentada. Para as empresas, esses resultados são principalmente financeiros, como aumento de receita, vendas ou redução de despesas. Outros objetivos também podem fazer parte do planos de uma instituição, seja ela privada ou sem fins lucrativos, a exemplo de consciência de marca, relacionamento com clientes/beneficiados e posicionamento da empresa. O conceito é simples. A empresa produz conteúdo útil para seu público-alvo e, a partir daí, obtém uma audiência segmentada. Tendo esse público formado, passa a fazer ações com fins comerciais. Sob essa perspectiva, são produzidos textos, vídeos, imagens, áudio, e-books e apresentações on e off-line úteis para nutrir as pessoas que demonstraram interesse em determinado tema. A ideia é compartilhar conhecimento sobre o universo que envolve o produto ou serviço ofertado, utilizando os canais de comunicação da empresa ou de seus parceiros. Todas as divulgações são acompanhadas bem de perto para auxiliar na conversão de audiência em cliente.

Qual escolher? A decisão pelo tipo de serviço mais adequado deve considerar verba, tempo e objetivo da comunicação pretendida. Em muitos casos, a Assessoria de Imprensa pode se tornar uma ferramenta do Marketing de Conteúdo ou auxiliar o cliente a divulgar sua marca de forma pontual. Independentemente da escolha, vale ter em mãos um planejamento claro, destacando a audiência que se deseja alcançar. Sabendo do que a empresa precisa, quais problemas precisa minimizar e quais características precisa fortalecer, a comunicação com o público vai direto ao ponto, contribuindo de maneira eficiente para o crescimento do negócio. revistadue

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Empresa

Por Andréa Carvalho

Gestão para pequenos

“A sua equipe é a coisa mais importante que você tem”. O lobo de Wall Street

Foto: Divulgação

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ivemos um momento de muita turbulência, em que a imprevisibilidade da economia nos deixa inseguros e sem a garantia do sucesso. A dinâmica global atual convoca as empresas a sempre estarem no ritmo das mudanças, para tentar se manter sustentáveis. No Brasil, isso está ainda mais axiomático, levando em consideração o momento de incertezas, não só na economia, mas na política do país. Tudo isso também leva a transições significativas no mundo do trabalho. Mas, será que as organizações estão preparadas para essas mudanças? E não falo apenas das grandes organiza64

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ções... E as micro e pequenas empresas, que, hoje, segundo dados do Sebrae de junho de 2014, são responsáveis por cerca de 27% do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro? Apesar de gerarem 52% dos empregos formais no país, será que essas empresas têm ideia do tamanho de sua responsabilidade? Estamos falando de nove milhões de micro e pequenos negócios em todo o Brasil. Sabemos que o povo brasileiro, além de possuir o sonho da casa própria, também sonha com o próprio negócio. Isso faz com que o empreendedorismo no Brasil cresça ano a ano. Os dados mostram que as pessoas estão empreendendo


cada vez mais e, assim, gerando riqueza para o país. Todavia, ainda esquecem que abrir um negócio também traz novas responsabilidades. A preocupação inicial nesse caso é sempre em relação às questões estruturais, administrativas, financeiras e contábeis, e os empresários acabam deixando para depois a gestão de pessoas.

Equipe Gerir pessoas é sempre um grande desafio, especialmente quando se trata do próprio empreendimento. Claro que não se vai exigir que essas micro e pequenas empresas tenham uma área de RH estruturada, como funcionam as grandes corporações, entretanto, não quer dizer que podemos negligenciar essas questões. Para isso, os empresários podem escolher alguns caminhos. Por exemplo, ter um gestor preparado para saber gerir as pessoas e principalmente os processos relacionados ao RH. Ou outro caminho, e que vem sendo mais comum, que é terceirizar a área com uma consultoria especializada. O mais importante é descobrir qual modelo se adapta melhor à cultura do pequeno negócio, construindo, assim, uma relação com seus colaboradores, embasada no profissionalismo e na confiança. Por ser “ainda” pequena, não quer dizer que essas empresas não precisem selecionar profissionais com perfis mais próximos da cultura organizacional, que não possam desenvolver pessoas, que não necessitem buscar e manter colaboradores comprometidos com a missão da empresa, que não construam políticas de benefícios com o grande desafio de reter talentos, que não tenham que remunerar competitivamente e que não sejam obrigados a construir um ambiente organizacional mais humanizado e paradoxalmente com foco e pressão por resultados. Por isso, chegamos a uma conclusão: as pessoas é que têm o dom de construir o sucesso ou o fracasso de qualquer organização e, portanto, tornam-se vitais, pois são elas que estabelecem estratégias e objetivos, criam, analisam, inovam, produzem, controlam a qualidade, empreendem, comercializam e alocam recursos financeiros. Ou seja, são as grandes responsáveis pela eficiência e a eficácia organizacional.

Novos desafios Na verdade, é desafiador para os atuais empreendedores de micro e pequenos negócios gerir pessoas! Mas, nesse interim, só temos uma certeza: como já dizia Fernando Pessoa, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”!

Rodovia AL-101 Sul, Km 25, Quadra A Zona Rural, Barra de Sao Miguel - AL, 57180-000. Telefone:(82) 3272-1115 www.iloa.com.br


Emprego

Por Vítor Luz

Aperte o “pause” no trabalho Um intervalo entre as atividades elimina estresse e gera maior produção

Foto: Divulgação

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s dias estão cada vez mais exaustivos, e as 24h não são mais suficientes: as pessoas desejam dias com 35h e torcem para o relógio não acelerar. Imersos em toneladas de afazeres, não existe tempo para parar. Entretanto, pequenas quebras nessa rotina acelerada são essenciais, por isso preparamos algumas dicas para que os leitores aprendam a dar algumas pausas durante o trabalho. É comprovado que o melhor desempenho e bem-estar de qualquer trabalhador depende do cuidado pessoal, seja ele físico ou emocional. As 66

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pausas estratégicas otimizam o rendimento profissional e promovem a execução do trabalho com mais segurança. O lenhador, por exemplo, para ao longo do seu trabalho para afiar o machado, com o objetivo de produzir mais com um mínimo de desgaste.

Torne o trabalho mais produtivo Pausa mental: aquela moleza comum depois do almoço pode comprometer o nosso trabalho, certo? Por isso, para evitar o desgaste, descanse um pouco; ninguém consegue estar 100% o tem-


po todo. Levante-se, estique as pernas, espaireça, converse, ria e recomece da melhor forma possível. Descanse a vista: Tão importante como descansar a mente é descansar a vista, principalmente para quem passa o dia em frente a um computador. Forçar a vista pode trazer problemas de visão, dores de cabeça, cansaço e irritabilidade, e todas essas coisas são inimigas de um trabalho bem executado. Quando sentir a vista ficar cansada, pare e se afaste do computador durante algum tempo. Os seus olhos agradecem. Inspire-se: Quando passamos determinado tempo dedicados à mesma tarefa, parece que nunca mais vamos terminar de fazê-la. Pôr essa tarefa de lado e fazer uma pausa pode ser a melhor maneira de obter a inspiração que você precisa para concluir aquilo que deve ser feito. Alivie o stress: Quando a tensão toma conta do seu ambiente de trabalho e quando todos estiverem à beira de um ataque de nervos, o melhor a ser feito é parar. As pausas ajudam a pôr as coisas em perspectiva, evitando palavras, ações ou decisões precipitadas. Quando voltar, verá a situação ou o trabalho que tem à sua frente de outra forma, certamente mais positiva. Evite o cansaço extremo: Trabalhar oito ou mais horas por dia sem fazer uma pausa, além de não ser saudável, pode ser contraprodutivo. Evite o esgotamento, preserve sua vida pessoal e mantenha sua carreira equilibrada.

ção pode ser mantida e quanto tempo leva para retomá-la depois de alguma interrupção. Esses fatores são fundamentais para estabelecer um plano de pausas diárias. Cada pessoa tem as suas necessidades e características. Conhecendo o seu próprio ritmo, poderá estabelecer quantos momentos de pausa necessita por dia. Esteja atento aos sinais de cansaço: Os sintomas mais frequentes de cansaço são facilmente detectáveis. Dores de cabeça e de costas, olhos vermelhos ou pescoço dolorido, por exemplo, são um sinal claro de que você precisa se levantar da cadeira e espairecer uns minutos.

Aproveite o cafezinho Uma pesquisa realizada pela psicóloga e pesquisadora da Universidade de Copenhaguen (Dinamarca) Pernille Stroebaek teve um resultado interessante, embora tenha sido feito com um grupo de participantes reduzido. Os envolvidos na pesquisa foram funcionários de um departamento dedicado a lidar com conflitos familiares, divórcios e adoções. Eles confirmaram que a pausa para o cafezinho é encarada como um momento de alívio do estresse resultante do trabalho. Assim, na volta às atividades, eles estão mais focados e estimulados. Portanto, para a saúde pessoal e organizacional, o que mais merece atenção é a conscientização das pessoas. Cada uma pode ser responsável pela criação de novos hábitos e atitudes, que resultarão em mais saúde e felicidade, contagiando o ambiente à sua volta. Para uma melhor qualidade de vida e sucesso profissional, faça das pausas uma parte da sua agenda, todos os dias.

Atenção à legislação vigente: Existem algumas leis que determinam momentos de descanso durante o horário de trabalho. É o caso da NR 17, que alerta sobre a obrigatoriedade tanto de paradas programadas quanto não-programadas em ambientes confortáveis fora dos postos de trabalho. O texto proposto pelo Ministério do Trabalho e Emprego determina que devem ser incluídas pausas registradas para descanso durante a jornada de trabalho de seis horas, sem prejuízo à remuneração. Conheça o seu próprio ritmo: Tente perceber quanto tempo sua concentrarevistadue

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Música

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Por Livía Buarque

Dê voz, dê vez, De Vas

inta de POP e veia poética pulsando ensandecidamente: atributos facilmente perceptíveis no jovem – e promissor – artista alagoano Felipe De Vas, que vem angariando espaço, admiração e elogios desde a mais alta classe de críticos aos mais leigos audientes.

Foto: Acervo pessoal

Música sincera e com nome A música é sincera, como ele mesmo a descreve e, talvez, por essa razão, alcance e deleite tantos tipos diferentes de ouvintes. Possuidor de uma voz suave e honesta, De Vas impõe sua verdade e personalidade utilizando-se de elementos doces, como o ukulele, e os timbres mais variados inclusos pelo piano eletrônico, que refletem a música intimista que produz. POP, samba, soul, MPB, ou tudo isso aliado de forma uniforme e homogênea. Na verdade, essa nem é uma questão importante. Sou adepta ao 68

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pensamento de que o artista é o nome – traduzido no ecoar do som que criou –, e não o estilo musical. E Felipe tem nome! O som que ele cria é feito por ele e por ninguém mais. Penso que, pouco a pouco, a comunidade consumidora da música em geral deixa de definir o artista pelo gênero, na mesma velocidade em que os artistas passam a descrever seu estilo através de nomes e referências. Para De Vas, suas influências musicais originam-se em Jorge Ben, Marcelo Camelo e Beirut – donos de ritmos distintos, assim como Felipe, que, em um só, agrega todo um arsenal de sonoridades.

O primeiro EP O cantor e compositor de 25 anos lançou seu primeiro EP (Extended Play – disco com menos faixas que os tradicionais), denominado Lampejo, há pouco mais de um ano, e, associado a ele, um clipe da música de mesmo título, que foi premiado


pela 2ª Mostra de Vídeo Clipes Alagoanos com a primeira colocação, pelo voto popular, e com o segundo lugar, pelo júri técnico especializado. Lampejo foi a primeira composição do artista no ukulele; doce e com letra poética, essa canção, em especial, externaliza-se de um modo um tanto quanto pesado, justamente por descrever o sentimento de perder alguém querido. Isso a difere, em parte, das demais músicas do mencionado EP – Carnaval, Fukushima, Drummond, Sem véu nem vaidade e Papapa rara. Carnaval, por sua vez, conforme descreve o artista, “é uma contemplação saudosa às pessoas que nos fazem bem, estejam em qual estação/lugar que estiverem”. Sem dúvidas, é a música mais POP e comercial do disco, e traduz o sentimento de De Vas enquanto morava em São Paulo – descrita na canção como “o frio” –, em contraposição ao “carnaval”, que é a calorosa Maceió. O samba Fukushima trata de “mulheres radioativas que causam efeitos colaterais nos homens”, segundo o próprio compositor. “Nessa efusão feminista em que vivemos, Fukushima acaba sendo uma analogia a essas mulheres instáveis, donas de si, colocando-as como se fossem radioativas, mas de uma forma positiva”. Em homenagem a Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro inspirador do trabalho de Felipe, mais especificamente iluminado pelo texto “Definitivo”, foi composta Drummond. A música, assim como o texto, trata da dor sentida não pelas perdas que tivemos pelo caminho, mas pela impossibilidade de se cumprirem as coisas que foram sonhadas. “Esquivando da dor eu me esquivo também da felicidade”, alerta-nos a canção.

como Natália Moreira, Lyara Cavalcanti e Ícaro Drasan. Tudo isso disponível de forma gratuita.

Apresentações e planos para 2015 Em Alagoas, o cantor teve oportunidade de mostrar seu trabalho em diversos shows importantes: abriu as apresentações das bandas 5 a seco (SP) e Scracho (RJ). Já em 2015, Felipe De Vas participou do projeto MPB Petrobras, ocasião em que abriu o show de Marcelo Jeneci (SP) em uma exibição simples e intimista – apenas piano, violão/ukulele e voz; e, junto à banda Os Carburados, que o acompanha corriqueiramente, apresentou-se no Maceió Verão 2015. Sobre essa última performance, De Vas afirma ter sido um marco em sua carreira. “Centenas de milhares de pessoas prestigiando calorosamente, aplaudindo e cantando minhas música; esse é um fato simbólico e espiritual que me mudou pra sempre. É algo relativamente novo pra mim, então estava tão em frenesi quanto os fãs, e não espero perder nunca essa efusão interna de felicidade com abraços alheios”, descreve. Para 2015, os planos são de lançar o tão desejado primeiro disco na carreira solo, que, inclusive, já tem nome: Instinto Gravitacional. Enquanto o disco completo não sai, nos deliciamos com as músicas já conhecidas e agradabilíssimas do EP Lampejo, disponíveis em soundcloud.com/felipedevas.

o dócaneçãoo. lá, regarriffsentre “VouEtentrcar sta de e os moaçldão.ura” r, te cor VouMteinhena femóitarrb, idvoua de Felipe de Vas

Por dois anos consecutivos, Papapa rara, música de refrão simples e quase que infantil – sem que isso soe de qualquer forma pejorativa –, foi o jingle da propaganda de fim de ano da TV Gazeta, emissora de televisão de Alagoas afiliada à Rede Globo, invadindo, da forma mais natural, as casas e as mentes dos alagoanos. Mais recentemente, Felipe lançou o single Sem véu nem vaidade, música e clipe, de forma criativa e inovadora: durante uma semana, o teaser do clipe foi exibido junto aos trailers dos filmes, em um cinema de Maceió; no dia do lançamento, o vídeo clipe foi apresentado em alta definição na telona, seguido de um pocket show do artista. No mesmo espaço, havia uma mostra de ilustrações e fotografias de outros artífices da terra, revistadue

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Almanaque do Sexo

Por Raphael Araujo

APPS LOVE SPARK Se o sexo tornou-se chato e previsível, basta baixar este aplicativo. É o mais indicado aos casais que querem abrir suas mentes e apimentar a relação de modo criativo. Ele permite que você registre seu progresso até que se torne o “mestre do amor” e apresenta ideias e sugestões de como potencializar a experiência sexual. Ao contrário dos aplicativos mais comuns, ele vem com ilustrações e instruções. Este app não é somente para os namorados ou amantes esporádicos, mas também é projetado para casais em relacionamentos de longo prazo que pretendem atingir novos níveis de intimidade. ÁGUA

Foto: Divulgação

@raphadoisreais

DICA DO RAPHA!

LOGO CEDO... Escovar os dentes antes de acordar o parceiro carinhosamente garante beijos mentolados e pode proporcionar boas sensações ao parceiro no sexo oral. A dica é concentrar na cabeça do pênis. Logo após, escolha a posição de conchinha pois é uma ótima pedida para o sexo matinal porque além de não demandar muita força e energia, permite que o parceiro fique com as mãos livres e sussurre no ouvido. 70

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POR QUE NO BANHO?

Fazer sexo no chuveiro é bom para sair da rotina. Como não é algo que o casal faz todo dia, além de diferente pode ser um momento de criar ainda mais intimidade. Muitos casais ficam sem transar durante o período menstrual da mulher, logo você pode aproveitar o banho para driblar os dias de distanciamento sexual. Se a casa tiver banheira, o casal ainda pode investir em outros itens para dar um clima especial ao espaço. Velas, sais de banho com aromas diferentes e afrodisíacos, pétalas de rosa e até mesmo a espuma pode deixar o banho mais sensual. Sexo frio, morno ou quente? Faça o teste e descubra como anda sua performance nesses temperaturas. E fica a principal dica: para evitar escorregões e acidentes durante o sexo no chuveiro é importante colocar um tapetinho de borracha no chão. Isso evita que o casal escorregue, é essencial.


HOMEM

6 zonas erógenas do corpo masculino que você deve conhecer

TAMANHO É DOCUMENTO? Mito. Tamanho não é documento. Já está mais que comprovado que não é o tamanho do pênis que faz a mulher sentir prazer e, sim, o conjunto de todo o ato sexual. SEDUÇÃO

SEXO DE MANHÃ Ter relações sexuais no período da manhã libera oxitocina, conhecida como o hormônio do amor, que proporciona sensação de bemestar físico e emocional. O hormônio conecta o casal e faz a mulher se sentir mais amada durante ao dia. O sexo pela manhã aumenta os níveis de IgA, um anticorpo que fortalece o sistema imunológico, protegendo-o de infecções. Outro ponto a favor do sexo matinal é o fato de o nível de testosterona dos homens ser muito mais alto após horas de sono, o que pode resultar em uma relação de mais prazer.

Uma das dicas para proporcionar ao parceiro uma noite inesquecível é estimular as zonas erógenas masculinas. Preocupadas em proporcionar prazer por meio do pênis, intitulado zona erógena primária, muitas mulheres deixam de explorar outras partes do corpo do homem, que também são sensíveis. Conheça as 6 partes que podem apimentar mais o sexo: NUCA: A nuca está na lista de partes do corpo do homem que não podem ser ignoradas. A dica é acariciar delicadamente ou beijar a região para ajudar a esquentar o clima. LÁBIO INFERIOR: Os lábios também são uma zona erógena masculina, principalmente o lábio inferior, que possui receptores nervosos sensíveis. Passar a língua na área ajuda é o truque para oferecer boas sensações ao parceiro. PESCOÇO: A parte da frente do pescoço também é sensível a carícias, seja por meio de beijos, mordidas ou lambidas. O truque para deixar o parceiro querendo mais é brincar com a região do pescoço logo abaixo do pomo-deadão, onde fica localizada a glândula tireoide, que possui influência sobre hormônios. PARTE INTERNA DA COXA: A parte interna da coxa também é uma região do corpo masculino que muitas mulheres não pensam em estimular. Contudo, passar as unhas levemente ao longo das coxas ou massagear sensualmente a região garantem boas sensações ao parceiro. MAMILOS: Os mamilos masculinos são tão sensíveis quanto os femininos. Por isso, eles estão na lista de zonas erógenas masculinas que muitas mulheres desconhecem. Beijos ou mordidinhas bem leves são boas opções para medir a reação dele ao estímulo na área. VIRILHA: Os homens gostam de toques próximos ao pênis, principal zona erógena do corpo masculino. Por isso, o truque é dar beijos, mordidinhas e fazer carinho suave com as unhas para oferecer sensação de prazer ao parceiro. revistadue

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Cultura

Por Valná Dantas

LIVROS

FILMES

A FESTA DE MARIA

“O mundo de fora é um mercado onde pássaros engaiolados são vendidos e comprados. As pessoas pensam que, se comprarem o pássaro certo, terão alegria. Mas pássaros engaiolados, por mais belos que sejam, não podem dar alegria. Na alma não há gaiolas. A alegria é um pássaro que só vem quando quer. Ela é livre. O máximo que podemos fazer é quebrar todas as gaiolas e cantar uma canção de amor, na esperança de que ela nos ouça. Oração é o nome que se dá a esta canção para invocar a alegria”. O autor nos conduz a refletir sobre questões humanas básicas, e nos convida a repensar sobre Deus e sobre nós.

PARA SEMPRE ALICE

Uma história forte e comovente que envolve problemas existenciais de uma mulher ao ser diagnosticada com Mal de Alzheimer, aos 50 anos. Para Sempre Alice é muito mais que um drama tocante, é uma lição de vida. O roteiro, que é baseado na obra de Lisa Genova, aborda a vida da protagonista no trabalho e na família, antes e depois de ser diagnosticada com a doença. No campo familiar, as relações são melancólicas, frias e distantes. Vemos uma protagonista que se desmonta no campo emocional com tanta verdade que somente uma atriz do nível de Julianne Moore para conseguir tal feito. Não tenham dúvidas, é uma das grandes interpretações femininas do ano, que deu a Moore seu merecido Oscar.

GOLPE DUPLO

Foto: Divulgação

A CAMA NA VARANDA

Um dos maiores sucessos editoriais dos anos 90. A Cama na Varanda é daqueles livros que o tempo decanta. É assim porque sua base é a insatisfação que predomina nos relacionamentos amorosos e sexuais. Este livro não é só psicologia. É história - pesquisa profunda da sexualidade humana através dos tempos, até chegar nos dias de hoje. Leitura obrigatória para quem quer entender porque somos como somos e qual a saída para uma dos maiores dramas humanos: os relacionamentos. 72

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Will Smith interpreta Nicky, um trapaceiro profissional que vive de aplicar golpes. Ao conhecer outra golpista, menos treinada, que vê nele a possibilidade de aprender mais sobre a “profissão”, o coração de Nick vai sendo conquistado. Margot Robbie, interpretando Jess, seduziu não apenas o público de Golpe Duplo, mas se tornou uma das estrelas mais importantes de Hollywood, atualmente. Apesar de estar mais rodeado por críticas frias ou negativas, o longa cumpriu bem sua função de entreter o espectador. E tem como mérito o fato de não se prender a um só gênero. Tem humor, romance, ação e suspense. A trama é envolvente e os atores parecem muito confortáveis.


FA S H I O N


Editoral

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Entre estouros e bolhas gaseificadas, a burguesia continua sentada. A pedra já não é mais atirada, e o nepotismo se torna a grande cartada. Mas quando encontram a possibilidade de ascensão, nos outros não pensam mais não. O salto ganha dimensão, e o burguês se torna o carrasco vilão. E nas noitadas dos sábados, burgueses e proletários são libertados do trabalho. Suas válvulas de escape são ativadas, a sede saciada... E ao fim da madrugada, de igual pra igual, viram seres humanos da mesma linhagem, sem preconceitos, sem imagens. Até o acordar do dia seguinte, quando o burguês lembra do requinte, e o proletário... Do esvair de seu salário.

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O lixo é retirado e o luxo adiado para o próximo fim de semana, por todos almejado. Uma sociedade em cacos, repleta de anjos prostrados em dúvidas petrificadas e alicerçadas na maior verdade absoluta: atirá-las. Quanto mais cavalo no motor, mais você mostra o seu valor. Vendendo a alma ao temido boleto, enquanto se entrega a um eterno divã obsoleto. De sangue, chora o pintor, exteriorizando a sua dor. Num muro de lamentação, revela sua operação. O lixo, ele não enxerga mais... O luxo o deixou para trás. As lágrimas ganham cor de um povo violentamente sofredor.

Fotografia: Gustavo Sarmento Modelos: Renata Sarmento e Thiago Pancinha Iluminação: Adriana Lima e Ana Pedrosa Texto: Renata Sarmento 78

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Moda

Por Lucas Eduardo

Foto: Divulgação

Ética e o Consumo Afinal, qual o sentido da moda?

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ato de consumir moda está além do ato de possuir uma peça. A moda fala e comunica sobre estilos de vida, identidades e padrões à frente de uma indústria que movimenta inimagináveis quantias de dinheiro. Ao responder à sociedade sobre nós mesmos, consumidores constantes, dizemos que consumir moda é uma forma de expressão e interação social.

O poder do consumidor Levar uma marca para o mundo, partindo dos consumidores, não é uma tarefa fácil. A publicidade e o marketing até agem de forma integrada exercendo suas funções na busca pela persu-

asão, mas só quem consome um produto pode gerar o buzz necessário para atrair o próximo possível cliente. Vivemos em uma era mais antenada, agora o voyeurismo social e de consumo se faz presente em todo lugar e a todo o momento. Na moda não é diferente: hoje, o valor está além do preço, os consumidores estão mais atentos à ética no mundo fashion.

A era do consumerismo Fatidicamente, pode-se dizer que já não mais compramos uma peça de roupa cara, pelo simples fato do consumo inconsciente. Temos conhecimento daquilo que estamos adquirindo, pagamos caro pelo que vestimos, seja pela quarevistadue

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lidade superior ou pela empatia que temos com a marca escolhida. A partir desta prática consciente de agregar valor às peças que usamos e que, de certa forma, nos representa em nossos gostos pessoais e grupos sociais, estamos deixando de lado o consumismo e assumindo uma forma mais saudável de consumo. O consumerismo designa uma atitude oposta ao consumismo e tem como principais características o consumo racional e responsável. Por mais novo que pareça ser o tema, ele surge em meados do séc. XX, devido aos diversos movimentos em defensa do consumidor, que procuravam a legitimação de seus direitos e melhorias na qualidade dos produtos e serviços prestados à época. Esta forma de consumo leva o indivíduo a refletir sobre suas necessidades e recursos, nunca se desligando das consequências dos seus atos para com os fatores humanos, econômicos e ambientais.

A ética e o consumo consciente Ao discutir sobre o quão juntas andam a moda e a ética, por ser um assunto amplo, é de extrema importância levar em consideração os fatores sociais e suas vertentes. Ao adquirir uma nova peça de roupa, dificilmente olhamos para a etiqueta e paramos para refletir sobre a sua origem, certo? São exatamente atitudes como estas que refletem, ainda, a nossa mania consumista de ser. Não observar estes pequenos detalhes acarreta em grandes estragos ao homem, ao meio ambiente e à situação econômica. Tudo o que vai, volta. Inconscientemente ou não, pagamos pelas consequências de uma sociedade persistente ao consumismo. Analisando ainda a ética na moda, tomemos como início a indústria têxtil, matéria prima para a criação de qualquer peça de roupa. Por questão de consciência, muitas marcas estão optando por tecidos orgânicos, naturais ou reciclados, no entanto, o algodão continua sendo o mais utilizado. Isso nos faz refletir sobre quantas plantações de algodão existem mundo afora: inúmeras, mas ao mesmo tempo em que uma nova peça de vestuário em algodão é produzida, outra está sendo descartada por não mais servir ou simplesmente por estar “out of fashion”. O problema ambiental não fica somente na extração do algodão, mas também na poluição propagada pelas fábricas de tecidos sintéticos, que utilizam fontes não renováveis. 82

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O fator financeiro e os “escravos da moda” E não para por aí. Em pleno séc. XXI ainda encontramos trabalhadores em situações degradantes nas “senzalas fashion”, principalmente em países como o Brasil, China, Índia e Bolívia. Vivenciamos situações como estas, ainda que mascaradas, por pura ganância sobre lucros exorbitantes e preços superfaturados das grandes grifes brasileiras e internacionais. O fator financeiro não se abala somente com a existência destes “escravos da moda” e os preços superfaturados. A opção sustentável da utilização de peças provenientes de tecidos naturais ou reciclados ainda é considerada uma nova forma de confecção, e isto encarece o produto final, não atraindo o consumidor em sua constante busca por tendências.

A sociedade do consumo consciente Ora, se estamos numa era muito mais antenada, o consumismo e suas consequências não são assuntos desconhecidos. O consumo consciente tem que partir de cada indivíduo, que deve, em prol da ética, ter um olhar mais crítico sobre o que está sendo adquirido, como por exemplo, atentar-se à matéria prima da peça, procurar saber sobre a mão de obra utilizada e quais os valores pelos quais se cria a empatia por determinada marca.

O Brasil e as marcas antenadas Vale lembrar que, hoje, brechó não é lugar de coisas cafonas. O site “enjoei” conseguiu reinventar o conceito destes e tem uma quantidade imensa de clientes e empáticos, basta analisar as suas redes sociais. As marcas “House of Mother Joana” e “A Versão”, ambas comandadas por brasileiros, apostam no handmade e na customização, pois além da exclusividade, a utilização de técnicas formidáveis para com o meio ambiente – como a aplicação de tintas compostas por elementos orgânicos - são valores éticos que se fazem presentes àqueles que consomem de forma consciente.

O alerta Muitas coisas estão sendo descartadas rapidamente. O meio ambiente sofre e pagaremos a conta de tudo aquilo que nós, consumidores constantes, adquirimos caso não comecemos a agir agora. A moda é global, e globalizado deve ser o pensamento de que consumir por impulso e de forma irracional transforma o luxo em descaso.



Homem

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Por Kaio Joan

Pulseirismo Pulseira masculina: ela chegou para ficar

á se foi o tempo em que acessório masculino era apenas um relógio de pulso e que essa moda era restrita às mulheres. As pulseiras hoje são peças que dão aquele “up” no look dos homens, e as marcas ao redor do mundo estão caprichando cada vez mais em detalhes para atrair esse público. Elas estão por toda parte, e em diversos materiais, para atender a todos os estilos. Seja de cordão de nylon, borracha ou mais sofisticados como o couro e metais, há sempre um modelo que combina com o vestuário masculino, que pode ser básico ou tomado por aplicações de spikes, ganchos, pijentes de âncora, e por aí vai. Tudo para dar um ar moderno e sofisticado.

Foto: Divulgação

E como usá-las? As pulseiras podem vir acompanhadas do habitual relógio de pulso, o que acaba gerando um efeito visual bacana, ou você pode utilizar mais de uma, dependendo da espessura, até 3 (três) modelos diferentes. Mas é importante ficar atento para não pecar pelo excesso. Outra dica interessante é na hora de usar uma pulseira com acabamento colorido: Antes disso, observe o ambiente e/ou seu destino, para não acabar chamando tanta atençao negativa. 84

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Beleza

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maquiagem colorida nunca esteve tão em alta. Essa produção cheia de vida e alegria, pede como itens básicos: batom colorido, muito delineador, sombra metalizada e itens rosados. O make sem nada no olho e bocão também é uma opção. Algumas cores são garantia de sucesso: laranja (que combina com todas as mulheres) e vermelho (em tonalidades mais abertas). Outra cor que também está fazendo sucesso é o roxo. Vale lembrar que quando a boca está em destaque, os olhos e o restante da maquiagem devem ficar mais neutros. Outra dica para quem aprecia uma maquiagem colorida é apostar nos delineadores que ganharam versões coloridas. Aposte nos tons de azul, verde e rosa. Perfeitos para quem pretende investir em cor sem ficar over (exagerado). A maquiagem colorida imprime jovialidade e deixa o visual alegre sem exageros. Não há restrições. Existe cor e tom exato para mulheres claras, pardas e negras. Basta saber a combinação ideal e deixar a inspiração fluir. 86

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Fotografia: Paulo Higor Nunes Beleza: @contem1g.pe Produção: Helô Paiva e Marcela Sotero @ LePorte Modelo: Luana Bione


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Beleza

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Beautiful cokes Escolha um tipo e arrase no penteado Por Valná Dantas

Prático e bonito, o coque é um penteado que não tem erro e combina com qualquer festa. Veja alguns tipos de coques que estão em alta e inspire-se.

Não há penteado mais democrático que o coque. Alto, baixo, desfiado ou com franja. Existem vários tipos, que podem ser usados em qualquer ocasião, desde festas sofisticadas à reuniões descompromissadas. Dica: Cabelos muito lisos podem precisar de laque para segurar os fios. Se quiser um visual mais sensual, faça o coque alto e use com brincos grandes. O coque nózinho combina com formaturas, jantares, happy hours e baladas. Deixe que esse queridinho faça, literalmente, a sua cabeça.

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Fotografia: Paulo Higor Nunes Beleza: @contem1g.pe Produção: Helô Paiva e Marcela Sotero @ LePorte Modelos: Mariana Galhardo Fernanda Oliveira @Amazing Model Bruna Bloise @Epmodels revistadue

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Foto: Divulgação

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Perigo oculto A contaminação de hepatite B e C também ocorre através do uso de alicates e outros objetos compartilhados

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o longo dos anos as unhas deixaram de ser apenas anexos de beleza, hoje, além disso, são também semelhança de higiene. Mas diversos riscos envolvem a prática de manicure e pedicuro como físicos, químicos, ergonômicos e biológicos, por isso a prevenção, minimização ou eliminação de riscos, tanto do atuante quanto do cliente, se faz tão importante.

Hepatite, o mal silencioso Qualquer inflamação que acometa o fígado, podendo variar de casos simples até doenças fulminantes e fatais, como cirrose ou câncer primário do fígado, é hepatite. Os tipos mais graves da doença são provocados pelos vírus B e C. Muitas pessoas infectadas pelo vírus não apresentam sintomas, porém, correm o risco de desenvolver doenças hepáticas graves. Outros podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo fadiga, febre baixa, dores musculares e nas articulações, dor abdominal descrita como sensação de peso, diarreia ocasional e icterícia.

Contaminação Ocorre no contato com o sangue infectado ou por via sexual. A prevenção da doença é muito simples e depende de alguns cuidados básicos diários. Um deles é evitar o compartilhamento de objetos da manicure, como alicates, espátulas e palitos, uma vez que eles podem conter sangue infectado. O ideal é levar o seu próprio kit de manicure ao salão ou escolher um estabelecimento confiável, que utilize autoclave. Um estudo recente, feito na cidade de São Paulo, revelou que 93% das manicures reutilizam materiais descartáveis, como palitos, lixas e sacos plásticos. Mais preocupante ainda, é que apenas 7% das entrevistadas afirmaram usar fornos para esterilização, sendo que, destas, nenhuma sabia direito como usá-los (temperatura adequada e tempo de exposição dos materiais).

Segundo Alessandra Doria, proprietária de uma empresa que realiza atendimento domiciliar de beleza e estética, em Maceió, os processos de higiene são rigorosos, mas fundamentais. “Nossos profissionais são capacitados para atender com segurança e oferecemos tratamentos com todo o cuidado e esterilização necessária e exigida pela Vigilância Sanitária (ANVISA)”, afima. Com materiais descartáveis para unhas e depilação e escovas e pentes esterilizados à vapor, para evitar transmissão de fungos e bactérias, a empresária garante que o atendimento é mais que personalizado, tem qualidade suprema.

Outras medidas preventivas •

Tome as três doses da vacina contra hepatite B; não há vacina contra hepatite C;

Use preservativo sempre;

Não compartilhe objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear, escovas de dente e seringas;

Faça tatuagens e piercings somente em locais confiáveis: a agulha deve ser descartada a cada cliente.

Fique atenta: •

“Antes de fazer as unhas, confira sempre se os alicates e espátulas estão em envelopes lacrados e são abertos na sua frente. Na lateral do envelope existe uma faixa rosa que fica cinza quando o alicate já passou pela autoclave”, sugere Alessandra.

Quanto às lixas de unha e espátulas, Alessandra Doria, proprietária do Bela em Casa, explica que a Vigilância Sanitária determina que todos os instrumentos de madeira devem ser jogados fora após o uso individual: “Isso porque a madeira é porosa e não é possível ser esterilizada. Por isso, cada cliente deve ter sempre um novo kit”, orienta.

As toalhas devem ser descartáveis, pois a má higienização deste item pode causar doenças como impetigo, escabiose e pediculose.

Verifique se o salão que você frequenta segue as normas de higiene e proteje você. Mais do que bela, você merece ser saudável.

Entenda a esterilização A esterilização é o processo que visa destruir ou eliminar todas as formas de vida microbiana presentes, por meio de processos físicos ou químicos. A autoclave é o meio de destruição total e segura dos esporos. Antes de ser autoclavado, todo instrumento perfuro cortante deve passar por uma desinfecção prévia. No serviço de manicure/ pedicure, deve-se utilizar detergente enzimático, deixando agir por cerca de 5 minutos, após seco, o material é autoclavado. 94

revistadue


Manicure Pedicure Depilação Tintura Sobrancelha Penteado Escova Progressiva

Bela em Casa Maceio e Bela em Casa @BelaemCasaMaceio

Unhas, cabelos e depilação. Para homens e mulheres que procuram praticidade, conforto e qualidade. Atendimento domiciliar, em hotéis e pousadas ou escritórios. 82 9913-3030 / 9190-8282 / 8849-8941 belaemcasa@belaemcasa.com.br Serviços e valores: belaemcasa.com.br


Moda

ASIAN STYLE G Foto: Divulgação

eralmente quando se fala sobre moda asiática, nós pensamos nas tendências mais extremas. Mas as influências e belezas que vêm do outro lado do mundo vão além dos tecidos extravagantes. O alcance da moda asiática no Ocidente começou com a Rota da Seda, e aos poucos conquistou os designers mais influentes. De Paul Poiret , Richard Nicoll , até Yves Sain Laurent e John Galliano. Hoje é quase impossível ver uma coleção que não teve qualquer contato com esta moda, seja na inspiração para os desenhos ou apenas pelo trabalho. A verdade é que, mesmo no cenário em que a indústria da moda está sempre em constante mudança, o estilo elegante e tranquilo das asiáticas, com cores moderadas e sóbrias, veste uma mulher sofisticada, moderna e cheia de estilo, não importando a estação ou continente. 96

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Por Ana Brígida Farias


Sofisticado: A sofisticação das saias acima do joelho, os modelos com grandes pregas, a renda, o tecido modelado e pesado recebendo um efeito mais poderoso.

Singelo: A combinação de um detalhe minimalista numa base preta, golas altas ou mangas compridas. revistadue

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Belo:

Foto: Divulgação

O visual básico do jeans, o couro ou o verde militar são alguns dos muitos exemplos da elegância nas peças orientais que valorizam ainda mais a beleza exótica de mulheres que podem parecer bonecas ou mulherões, e não perdem o glamour e a identidade. 98

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H E A LT H


Corpo

Por Izadora Costa

1, 2, 3: Postura!

V

Não é só dor nas costas. Várias doenças são causdas por má postura

ocê sabia que várias doenças, de enxaqueca até pedras nos rins, podem ser causadas por má postura? Segundo os dados da organização mundial da saúde, 80% da população já sentiu, sente ou sentirá dores nas costas. Uma dorzinha aqui, outra ali. Pode parecer normal ou inofensivo, mas a dor nada mais é do que um sinal de alerta que demonstra que há algo errado com o nosso corpo.

Foto: Divulgação

As causas de dores no corpo são diversas, mas boa parte é proveniente de postura inadequada adotada por um longo período de tempo. Basta um simples sentar de forma errada ou uma dormida sem o travesseiro correto, que os problemas começam a aparecer. A RPG é uma técnica da fisioterapia que promete tratar e prevenir dores e desconfortos causados por má posturas, desvios posturais, dores musculares, cefaleias tensionais e problemas de coluna, como por exemplo as hérnias de disco. Realizadas em sessões semanais e individuais, com duração de 50 minutos a 1 hora, respeitando as particularidades de cada indivíduo, a técnica busca a verdadeira causa do problema e trata o corpo como um todo, não somente o local da dor, pois a RPG parte do princípio que a verdadeira causa do problema pode estar distante do sintoma. O objetivo é reorganizar os segmentos do corpo, proporcionando conscientização corporal. A 100 revistadue

técnica consiste em uma reeducação postural, através de posturas, treino respiratório e associação de técnicas da terapia manual, como alongamentos, liberação de fáscia, mobilizações articulares e neurais, associadas às orientações para o paciente manter a boa postura em diversas ocasiões e evitar riscos de lesões. Durante as sessões são abordados temas como o melhor jeito de sentar, dormir e trabalhar, visando a correção e melhorias das atividades do dia a dia. Os benefícios são vistos após algumas sessões, como um corpo livre de tensões, bloqueios, desconfortos, uma consciência postural ativa, melhora na autoestima e ganhos na linguagem corporal. Uma postura adequada além de proporcionar saúde e qualidade de vida, adéqua uma linguagem corporal positiva, transmitindo uma mensagem de pessoa confiante, determinada, capacitada, sucedida, poderosa, e elegante. Para se ter ideia, a postura de peito aberto, tronco reto e queixo levemente levantado (postura de peito aberto e olhar para o horizonte), reflete em um aumento em 19% de testosterona, o hormônio da liderança, e redução de 25% do cortisol, responsável pelo estresse. Instigante, não é? Endireite-se na cadeira e comece a levar em consideração como está sua postura atual. Uma avaliação com um profissional pode mudar, literalmente, sua postura diante da vida.


Nada no lugar:

Rim ruim: Acredite: as costas curvadas podem ser as culpadas pelos cálculos renais. Elas amassam os rins, fazendo com que eles funcionem mal.

Saiba tudo o que uma postura ruim pode causar no cotidiano de sua vida. Sufocado: Pessoas curvadas absorvem menos oxigênio porque têm os pulmões comprimidos. O risco de pneumonia é grande.

Sem saída: Uma prisão de ventre pode ser reflexo de um intestino esmagado pelo peso das costas.

Sangue preso: Posturas ruins amassam as veias e atrapalham a circulação sanguínea, além de abafar os batimentos cardíacos.

ASSIM PODE: Para evitar todas essas mazelas, você deve manter esta postura - com a coluna e pescoço eretos.

Autodigestão: Dentro de um estômago prensado, os ácidos da digestão acabam atacando as paredes do próprio órgão. Resultado: úlcera. revistadue 101


Almanaque Fit Arena

Por Veruska Lobato

SUGESTÃO

PLENAJAMENTO NO TREINO

Tenha mais foco e planejamento no seu treino. Antes de ir para academia, saiba, com auxílio de um profissional, qual região você tem a trabalhar, quantas séries, quantas repetições. Assim você estará preparando seu cérebro para a batalha que você enfrentará naquele dia e encontrará mais disposição. Trabalhando seu psicológico ajuda a consistência e a concentração no seu treino. CORPO

DICAS FIT

DADOS QUE TE IMPULSIONAM

Foto: Divulgação

VOCÊ É O MELHOR

De uma coisa você precisa ter certeza: Sempre haverá uma pessoa maior ou mais forte que você. Quanto antes você compreender e aceitar isso melhores resultados você terá. Treine sempre pra você mesmo, nunca pensando no colega ao lado, no pessoal da rua ou da balada. Tenha força para sempre ser melhor dia após dia, mas sempre para você mesmo. Isso fará você se superar ao dia anterior todos os dias. 102 revistadue

Registre semanalmente seus dados. Meça seu corpo como peso, porcentagem de gordura pois isso ajudará você sentir mais motivado. Se você tiver fazendo corretamente a dieta, respeitando o treino, alimentação, descanso você verá uma progressão. Isso só aumentará sua vontade de continuar treinando corretamente.


SAÚDE

SEU CORPO AGRADECE Sua pele, seu cabelo, suas curvas, tudo vai melhorar! A atividade física tem muitos benefícios para a saúde e independente de você querer perder ou manter o peso, ela é essencial pro nosso bem-estar. Quando malhamos, liberamos endorfina, que é o hormônio da felicidade e isso nos livra do estresse, da depressão e da tristeza cotidiana, e isso também é saúde. DICAS FIT

TREINO

PARCERIA NO TREINO Tente entrar ou permanecer na academia sempre com um amigo(a) namorado(a), colega de escola/ faculdade, vizinho(a). Uma pessoa que tenha um interesse igual a você pela academia. Ou então, uma que tenha mais interesse seja mais experiente, isso fará com que você tenha essa pessoa como modelo e dará sempre seu máximo no treino. Um bom parceiro de treino influenciará muito na motivação da sua continuação na academia, fará com que vire um compromisso com esta pessoa pois ela estará esperando por você diariamente para vocês irem treinar. Tanto ela como você, é uma ajuda recíproca.

MUY AMIGO

INVESTIMENTO EM LONGO PRAZO

Não se deixe levar pelo entusiasmo excessivo. Tudo que é novo nós damos uma grande importância, há uma grande excitação para praticar várias vezes, com grande duração e intensidade. Mas quando nos tratamos de treino na academia, precisamos ir com mais calma.

Maaaas, se, contrariando o tópico acima, você não tem um parceiro para ir malhar com você, ou tem vergonha de chegar na academia e as pessoas ficarem olhando, saiba que ir à academia proporciona aquela experiência de ver gente com pique, de conversar e fazer amizades. Você pode encontrar pessoas muito legais e com objetivos similares aos seus e, de repente, estão malhando juntas, se apoiando, saindo juntas e frequentando a casa uma da outra. Maravilha, não? Só não vale forçar aproximação com aquela pessoa que está focada no treino, com fones de ouvido e querendo ficar quieta. Fit Arena Oficial @fitarenaoficial Rua Professor Aldo Cardoso S/N - Loteamento Parque do Farol, Lots:3, 4, 5, 6 e 8, Maceió. (82) 3338-3278 Das 05 às 23h revistadue 103


Almanaque Kanoa

Por Velkenner Dantas

SUGESTÃO

MAIS DO QUE UM BOM LUGAR!

O Kanoa Beach é um bar para quem quer relaxar ou aproveitar momentos de descontração com os amigos. No coração da orla de Pajuçara, a barraca recebe pessoas vindas do Brasil inteiro e embala o fim de tarde e a noite com uma programação que mistura pop rock, sertanejo, e o deep house do Pitão, dj residente da casa. Pratos, petiscos e drinks incríveis deixam o lugar ainda mais bacana. Em qualquer estação, o kanoa é parada certa. DICAS KANOA

ÁLCOOL FAZ BEM? FATO

Foto: Divulgação / Acervo Kanoa

Você também já deve ter ouvido que é saudável tomar um pequeno cálice de vinho diariamente ou que a cerveja pode trazer alguns benefícios para sua saúde, desde que consumida de forma moderada, é claro. Mas o que você não sabia é que o álcool é considerado medicinal em alguns locais da Europa e da América do Norte. O “Livro de bolso de drogas úteis”, do Conselho Estadual de Licenciamento e Examinação Médica dos Estados Unidos, defende que “pequenas doses de álcool produzem euforia, estimulam a respiração, dilatam moderadamente os vasos cutâneos e esplâncnicos e modificam a circulação”. A conclusão é a seguinte: “o álcool é empregado como um estimulante difusível, diurético, sudorífico e hipnótico”. Mas o mesmo livro deixa bem claro uma recomendação importante: na maioria dos casos, o álcool é “capaz de causar mais danos do que benefícios”, portanto: moderação. 104 revistadue


A CAIPIRINHA É NOSSA? FATO

A bebida sempre foi definida como uma receita oficialmente brasileira, mas foi somente em 2003 que o país passou a ter um registro dessa bebida como sendo um produto inerentemente brasileiro. No registro oficial, podemos encontrar uma definição de como deve ser feita a Caipirinha: “tem graduação alcoólica de 15 a 36% em volume, é servida a -10 graus Celsius, obtida exclusivamente com cachaça, acrescida de limão e açúcar”. O objetivo desse decreto é deixar bem claro que a cachaça e a Caipirinha são produtos brasileiros. VOCÊ SABIA?

É MITO!

BEBER PARA AQUECER? MITO!

DA SENZALA AO EXTERIOR

A cachaça existe há aproximadamente 400 anos e os seus primeiros consumidores foram os escravos africanos no Brasil. Eles bebiam o líquido para dar energia no decorrer do dia e aliviar um pouco o árduo trabalho que enfrentavam diariamente. Hoje, o produto brasileiro que vende aproximadamente 85 milhões de garrafas por ano, está conquistando o mundo.

É comum ouvir dizer que uma dose de algum destilado ajuda a proteger do frio. Quando você bebe cachaça, tequila ou conhaque, por exemplo, você se sente aquecido, mas saiba que isso não passa de uma ilusão corporal. O negócio funciona mais ou menos assim: quando você sente frio, o sangue circula menos na superfície do corpo e mais na parte interna, assegurando o bom funcionamento dos órgãos vitais. Quando você bebe, o álcool faz com que os vasos sanguíneos superficiais se dilatem, fazendo com o sangue retorne até ali.

Kanoa Beach @kanoa_bar Rua Silvio Viana S/N - Orla da Ponta Verde, Maceió. (82) 3235-4943 revistadue 105


É mais fácil alcançar o objetivo, quando sua academia está em dois endereços.

Na Ponta Verde ou Mangabeiras. Consulte planos para alunos Fisiofitness.

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Fotos: Yan Eckychandrey / Modelo: Amanda Melo / Looks: Loja Fisiofitness

@vemprafisiofitness Rua Desportista Humberto Guimarães 285, Ponta Verde, Maceió AV. Dr. Mário Nunes Vieira, 334, Jatiúca, Maceió


Gastronomia

Por Célia Souza

Japão

China

A

Culinária

culinária asiática é um termo algumas vezes usado no Ocidente como um termo genérico para as várias culinárias da Ásia e para uma mistura de pratos baseados na combinação delas. Normalmente os termos empregados para os restaurantes especializados em culinária asiática são, entre outros, “comida chinesa”, “sushi” ou “comida indiana”. Estes termos não levam em consideração as culinárias regionais, particularmente em países grandes, como a China e a Índia. Saiba mais sobre a rica e exótica cozinha que fascina o mundo ocidental

Foto: Divulgação

CHINA Uma das cozinhas mais ricas do mundo em virtude da variedade de ingredientes e modos de confecção. Sabe tirar proveito da inventividade e da versatilidade. Busca a harmonia entre sabores básicos: doce, salgado, azedo e amargo. Possuidora de sutis técnicas de preparo, é uma das culinárias mais sofisticadas do mundo. 108 revistadue

CORÉIA

Culinária com personalidade própria e que prima pelas combinações de sabores. Autêntica e rica, é cheia de peculiaridades gastronômicas. Culinária que carrega na pimenta, na mesa coreana não pode faltar três cores: o branco (arroz), o vermelho (pimenta) e o verde (verduras).

ÍNDIA Dificilmente se encontra carne, especialmente a de vaca, na culinária indiana. A grande variedade de pratos é vegetariano, temperados com especiarias. De grande exibição aromática, a cozinha do país é uma mistura de espiritualidade e gastronomia. O culto das especiarias chega ao ponto de incorporar produtos bastante inusitados.

INDONÉSIA Extraordinária variedade de cores, aromas e sabores. O arroz é o comum denominador em todos os pratos, mas é temperado de forma diferente em cada ocasião.


asiática Coréia

JAPÃO

A presença do arroz branco é marcante e todos os outros pratos servidos durante a refeição são acompanhamentos deste. O macarrão originário da China é presença constante na culinária japonesa e os frutos do mar também são ingredientes fundamentais das receitas da ilha.

TAILÂNDIA Leve, fresca e tradicionalmente temperada com pimenta e ervas aromáticas. Cheia de contrastes de cor e textura, a culinária tailandesa espanta pela diversidade e equilíbrio básico entre temperos e ingredientes.

VIETNÃ Apresenta semelhanças com culinárias de outros países do sudeste asiático, diferencia-se pelo emprego de ervas e plantas aromáticas. Possui três distintas culinárias: vietnamita do norte, similar a culinária chinesa, a cozinha do centro, na região de Hué, antiga capital imperial, mais ela-

Índia

Vietnã

borada e condimentada, e a sul vietnamita, que é mais aromática.

CARNE DE CACHORRO!? Imagine como seria uma sopa de cachorro. Para nós, ocidentais, esse prato é uma tremenda cachorrada. Mas, entre muitos asiáticos, o cão é considerado energético e, de acordo com as crenças locais, melhora o desempenho sexual dos homens. Além da carne, a sopa leva legumes e tem um cheiro forte, principalmente por causa do tempero - em geral, especiarias como açafrão, cravo e canela. Importante lembrar que, enquanto notícias sobre o consumo de cães e gatos podem chocar muitos ocidentais, os métodos de tortura e morte são aplicados igualmente em fazendas industriais de maneira cotidiana no resto do mundo. Todos os anos são mortos mais de 70 bilhões de animais para o consumo humano. Só no Brasil há 205 milhões de bois, além de 4 bilhões de frangos e 40 milhões de porcos serem assassinados anualmente. revistadue 109


Foto: Divulgação

Due recomenda

quantidade com mesas que normalmente passam dos 10 lugares. Com cardápio em mandarim e português, a casa é especializada em massas, mas tem várias iguarias e clássicos da culinária chinesa.

N

Com sabores incríveis, preço justo e porções muito bem servidas, o restaurante Rong He é destino de vários grupos, sejam amigos, familiares ou turistas a passeio. O cardápio traz tantas opções que você precisa ir mais de uma vez para conhecer as delícias.

o colorido e exótico bairro da Liberdade, em São Paulo, há um restaurante de fachada modesta, que passaria desapercebido não fosse a fama e a fila de espera que povoa a porta do estabelecimento. Esses primeiros clientes em sua grande maioria são chineses e descendentes, que sempre vão em grande

O alface refogado com molho de ostra, o pastel de nirá e a salada de pepino e água viva são minhas entradas favoritas, mas o verdadeiro show do restaurante são as massas. Com a cozinha totalmente à mostra por um grande vidro, o espetáculo do chef fazendo a massa fina na mão com movimentos rápidos e precisos é impressionante e só ver esse trabalho já vale a visita ao restaurante.

www.ronghe.com.br Rua da Glória, 622-A - Liberdade - São Paulo Rua Tutóia, 312, Paraíso – São Paulo 110 revistadue




Para diferentes estilos, ocasiões e paladares

Almoço Executivo. Reunião de Negócios. Encontro com amigos.Lanches leves. Jantar ou Sobremesas incríveis.

KappuccinoGourmet @kappuccino_gourmet

Rua José Pontes de Magalhães, Jatiúca,82. Por trás do antigo Meliá. Rua do Massarela. +55 82 3432.2008


Receitas

Por Célia Souza

Chutney de hortelã

Ingredientes: • • • • • • • •

1 maço de hortelã fresca 1 a 2 pimentas chilli ou dedo de moça (se não gostar de apimentado, coloque uma ou até meia, e bem pequena) 1 a 2 pitadas de sal 1 colher de sopa de suco de limão 1 colher de sopa de coentro fresco picado Leite de coco Água Farinha de grão de bico (pode substituir por mandioca ou rosca) para engrossar

Foto: Divulgação

Preparo:

Abra a pimenta, tire as sementes e pique. Separe as folhas de hortelã dos cabinhos e pique grosseiramente junto com o coentro. Coloque todos os ingredientes no processador ou liquidificador e bata, adicionando, aos poucos, o leite de coco (cerca de meia garrafinha) e a mesma quantidade de água, o suficiente para obter uma mistura homogênea. Vá acrescentando um pouco da farinha para não ficar muito líquido, até ficar em uma consistência que dê para passar no pão. Prove para ver se está bom de tempero - o limão e o coentro devem equilibrar o apimentado. Já está pronto para ir à mesa! Depois sirva com uma salada de folhas ou com pão sírio ou pão folha árabe. 114 revistadue

Salada tailandesa

Ingredientes: • • • • • • • • • • • • • •

¼ xícara de coco sem açúcar 2 colheres de gengibre descascado 2 cebolas pequenas ½ xícara de calda de verduras 1 colher de açúcar e de sal ¼ colherinha de suco de limão 1 colherinha de molho de soja 3 xícaras de grão-de-bico cozido ½ xícara de abacaxi fresco em cubos Castanhas de caju torradas Pimentão vermelho em cubos 1 pimenta-jalapenho sem talo nem sementes e picada bem fina ½ xícara de pepino em cubos 1 talo de aipo cortado em cubos

Preparo:

Em uma frigideira seca, torre o coco até que fique com uma cor branca. Mexa e depois deixe esfriar. Uma vez que o coco fique seco, liquidifique-o junto com o gengibre, as cebolas, a calda de verduras, o açúcar, o suco de limão e o molho de soja. Coloque a mistura em uma panela e adicione o grão-de-bico. Cozinhe com o fogo baixo durante dois minutos, depois retire do fogo e adicione mais um pouco de suco de limão e coloque na geladeira. Adicione os vegetais e o abacaxi na mistura. Tempere com sal. Esfrie e depois sirva com uma salada de folhas verdes e castanhas.


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Dicas de Nutrição

Por Célia Souza

Abóbora: Além de ser um delicioso alimento, também é fonte de vários nutrientes. Ela é rica em vitamina A, vitamina B, cálcio e fósforo, e tem baixa quantidade de calorias. É considerada uma fruta com propriedades medicinais indicada para combater inflamação das vias urinárias, infecções dos rins, inflamação do fígado e baço, além de ser vermífuga, estomáquica, antifebril, hepática e muito usada para combater a náusea. Em pessoas que enfrentam problemas digestivos, a abóbora é muito recomendada por possuir um alto teor de fibra, o que contribui para ajudar na digestão adequada.

Foto: Divulgação

Pitaya - Fruta dragão: Fruta de características exóticas e benefícios excelentes para a saúde. Ela veio da América Central e conseguiu se espalhar pelo mundo todo, principalmente no Oriente, embora no Brasil seja apenas cultivada em São Paulo. Sua casca é irregular, formando gomos escamosos que lembram um dragão, mas sua polpa é doce e macia, com um sabor comparado ao do kiwi e melão. Muito rica em vitaminas, minerais e oligossacarídeos, a pitaya ajuda excelentemente na manutenção da boa saúde. Essa fruta consegue diminuir o colesterol, retardar o envelhecimento celular e ainda regular os níveis de açúcar no sangue. É encontrado em sua fórmula o Omega 3, que é rico em magnésio e cálcio, minerais que turbinam a imunidade do organismo.

Couve: É uma verdura que pode ser utilizada como planta medicinal, pois ajuda a combater uma série de doenças. A couve serve para fortalecer os ossos, regular o intestino, combater o reumatismo e a fibromialgia e outras doenças, como úlcera no estômago, anemia, vermes, asma, bronquite e problemas do fígado. As propriedades da couve incluem a sua ação tônica, vermífuga e laxante, e ela ainda possui compostos fenólicos que ajudam a combater o câncer.

Coco: Os pigmentos responsáveis pela cor branca da polpa do coco são riquíssimos em flavonoides, que combatem doenças cardíacas, evitam formação de tumores no intestino, reduzem o risco de câncer, têm ação antibacteriana, antiviral e anti-inflamatória. Além disso, possuem uma forte atuação no fígado, estimulando a produção de enzimas que reforçam a imunidade e combatem substâncias cancerígenas. 116 revistadue


SOCIETY


Foto: Divulgação

Perfil

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Por Raíssa França


Frida ‘’Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.’’

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rida Kahlo Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon, conhecida como Frida Kahlo, nasceu em 6 de julho de 1907, em Coyoacan, no México. Foi uma importante pintora do século XX. É considerada por alguns especialistas em artes plásticas, uma artista que fez parte do Surrealismo. Porém a própria Frida negava que era surrealista, pois dizia que não pintava sonhos, mas sua própria realidade. Destacou-se ao defender o resgate à cultura dos astecas como forma de oposição ao sistema imperialista cultural europeu. Personagem de uma vida cheia de percalços, Frida era uma revolucionária. Ao contrário da elite de sua época, ela gostava de tudo o que era verdadeiramente mexicano: jóias e roupas das índias, objetos de devoção a santos populares, mercados de rua e comidas cheias de pimenta. Fiel ao seu país, a pintora gostava de declarar-se filha da Revolução Mexicana ao dizer que havia nascido em 1910. Militante comunista e agitadora cultural, Frida

usou tintas fortes para estampar em suas telas, na maioria autorretratos, uma vida tumultuada por dores físicas e dramas emocionais. Aos seis anos contraiu poliomielite (paralisia infantil) e permaneceu um longo tempo de cama. Recuperou-se, mas sua perna direita ficou afetada. Teve de conviver com um pé atrofiado e uma perna mais fina que a outra, além de persistentes dores de coluna, um problema de úlcera, anorexia e ansiedade. Apesar de tantas dores, a ideia da morte parecia algo tranquilizador para Frida que tivera uma vida tão conturbada. Frequentemente ela se refere a isso em seu diário e em sua autobiografia, “...a tragédia é o mais ridículo que há...” “...nada vale mais do que a risada...”. Na noite de 13 de julho de 1954, Frida Kahlo é encontrada morta em seu leito. A versão oficial divulgou que ela teve morte por embolia pulmonar, mas suas últimas palavras em seu diário foram: “Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar.”. revistadue 119


Perfil

Por Carolina R. Pontes

Ela quer, ela pode, ela faz U

Perfil da mãe, empresária e mulher independente

Foto: Marco Aurélio | Look: Loja Lolla

nhas bem feitas, cabelos sedosos, um look da moda, o poder de um salto alto e uma comunicação de chamar atenção. Qualquer um teria motivos para achar que esta seria uma história de vaidade, sedução ou consumismo feminino. Nada disso! Sucesso é o enredo. Maria Teresa Rocha é uma jovem de 28 anos, mãe e publicitária. Seu ofício é inovador e tem nome: STAMP Mídia. Uma empresa pioneira em Alagoas especializada em propagandas em táxis. “A grande circulação deste transporte pela cidade é o maior atrativo do meu serviço. Uma marca pode ser conhecida por nativos e turistas. Por pessoas que estão dentro do automóvel ou até mesmo por quem está passando. Possui uma abrangência enorme”, conta a empresária. Maria Teresa tem todas as características de uma mulher do século XXI. Articulada, gestual e o principal: tem brilho nos olhos quando conta o que faz. Carrega na bagagem o orgulho de dar lucro aos anunciantes que se interessam pelo seu trabalho e de poder proporcionar uma nova forma de 120 revistadue

ganho aos motoristas desta classe. Foi isso que fez dela uma pessoa bem-sucedida. Para construir seu próprio negócio contou com o feeling aguçado, criatividade e personalidade contemporânea. “Essa nova forma de falar com o público consumidor tem dado certo. Creio no despertar da atenção de cada pessoa quando é surpreendida por algo que foge do trivial”, explicou ela. No começo, saía de porta em porta oferecendo esta mídia para pequenas, médias e grandes empresas. “Foi assim que consegui formar uma cartilha de clientes, arregacei as mangas, literalmente, e saí a apresentar o meu produto. Esta coisa de ser meu o contato com a empresa me fez angariar ainda mais “know how” e, consequentemente, mais parceiros. Ética, respeito e dedicação são apenas três dos valores que agregam a esta profissional. Ela é daquelas que de “sexo frágil” não tem nada. Quer ainda mais, pretende alçar voos cada vez maiores, fazer a expansão de seu negócio para outros estados e ser inspiração para tantas outras “Marias”, “Teresas”, “Claras”, “Anas”, “Joanas” e etc


Perfil

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Por Camila Alves

Um gesto sereno para a música

antora e compositora alagoana, Lili Buarque escolheu o violão como companheiro e a música como veículo de expressão. Nascida Lívia Maria Tenório de Freitas, reformulou seu nome em homenagem ao pai, Dirceu Buarque, a quem deve um violão e a promessa de carregá-lo aonde for. “Desde criança gosto de escrever, não importa o quê: poesias, poemas, textos aleatórios, palavras soltas, pensamentos que querem ganhar o mundo. E, depois de um tempo convencida de que eu sou a música e a música sou eu, passei também a escrevê-las.” Lili Buarque Ladeada de amigos, há cinco anos fez da banda Casa de Noz morada de suas composições. Com o grupo, ganhou reconhecimento do público, seja como intérprete, seja como artista autoral e independente; teve oportunidade de realizar diversos shows e de participar de inúmeros festivais de música em Alagoas, sendo, inclusive, finalista no Festival de Música da UFAL – Femufal, por dois anos consecutivos (2013 e 2014), como compo-

sitora e intérprete das músicas “Elucidar” e “Uma dose”. A Casa de Noz, verdadeiramente, foi o desabrochar de Lili Buarque à imprensa e ao público alagoano em geral, fazendo-se presente em incontáveis programas de TV e rádio ao lado de seus companheiros de estrada. Ainda motivada por sua timidez, Lili coleciona músicas intimistas que tomam forma em seu primeiro trabalho solo e sua primeira proposta de ganhar espaço e vez na cena musical brasileira.

O primeiro disco Chama-se “Sereno”, termo que nomeia, também, uma das canções que o compõe. A partir daí muita coisa pode ser extraída; não é um disco pra se ouvir em festas regadas de agitação, é um disco intimista, pra ouvir apreciando cada nota, cada letra, cada arranjo. O disco se condensa em 12 músicas, 11 de autoria de Lili Buarque, com alguns parceiros nas composições, e uma releitura de “Amor e restos humanos” de Wado e Adriano Siri. revistadue 121


Bem-estar

Detox do corpo, da mente e da alma Tratamentos terapêuticos são oferecidos em meio a um paraíso natural

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Foto: Jonathan Lins

om o objetivo de promover a purificação do corpo e da mente com tratamentos terapêuticos, e propiciar a cura física, mental e emocional, a Fazenda Marrecas, em Maragogi, Litoral Norte de Alagoas, foi o cenário escolhido pelo Spa Tantien, que tem a proposta de cuidar do corpo e da mente de quem está preso a uma rotina pesada e exaustiva. A renomada terapeuta transpessoal Rosiane Venâncio, que já tratou de personalidades como Patrícia Pilar, Frejat, Fernanda Abreu, Patrícia Travassos e tantos outros, explica que as doenças são geradas pela intoxicação do organismo e isso ocorre com o estresse, má alimentação, angústia, ansiedade e traumas emocionais. “As doenças psicossomáticas são causadas na mente estressada, na alma, no sistema nervoso e se refletem por todo corpo”, explica. A alimentação do Spa também é diferenciada porque os produtos são naturais e orgânicos retirados da própria horta. A nutricionista gaúcha Vilma Stimer é a responsável por cuidar da desintoxicação dos órgãos vitais com alimentos saudáveis. “Nosso grande diferencial é que o spaziano não é tratado apenas 122 revistadue

com uma dieta restritiva com contagem de calorias e atividades físicas. A pessoa terá um regime alimentar curativo, composto de frutas, verduras cruas, cereais e alimentos integrais para restabelecer o equilíbrio, a flora intestinal e sentindo de fato os benefícios de cada alimento”, relata Vilma Stimer. Durante uma semana ou três dias, a depender da disponibilidade de cada um, serão ofertados diversos tratamentos como massagens com ervas e raízes, tratamentos pela água e aromaterapia, além de atividade física ao ar livre. “Sabemos que a obesidade ou algum outro distúrbio alimentar é causado por algum gatilho emocional. Isso pode ter ocorrido lá na infância e se refletido somente na fase adulta. É aí que vamos trabalhar, no resgate interior”, afirma a terapeuta Rosiane Venâncio. A proposta do Spa Detox é ir além da cura do físico, é purificar o organismo de toxinas, gorduras excessivas e retenção de líquido. “O emagrecimento é consequência desse trabalho mais profundo. O objetivo é fazer uma limpeza de dentro para fora”, conclui a nutricionista Vilma Stimer.


Spa Tantien @spatantien

Local: Fazenda Marrecas- Eco Hotel Maragogi Reservas: (82) 8821-0404 / 3234-2600 Informaçþes: contato.spatantien@gmail.com revistadue 123


Destaques Alagoanos

Foto: Junior de Assis

LIA AYRES

Dona de um sorriso contagiante, cheia de energia e disposição, Eliana Ayres, carinhosamente chamada de Lia, vai conquistando amigos e fãs por onde passa. Mas não apenas por sua simpatia. É que a empreendedora tem a mão cheia quando o assunto são Bolos de Rolo. Os famosos e tradicionais ganham seu toque especial e não deixam a desejar no quesito sabor e doçura. Entre uma aula de dança e outra, sessões de pilates ou musculação, Lia atende às encomendas que devem ser feitas com, pelo menos, 24h de antecedência, afinal, o diferencial do seu bolo, é ser fresquinho e fofinho, sem lactose e personalizado com muito amor, como seu paladar merece. Para pedir o seu: (82) 9124.5507 124 revistadue

ALESSANDRA DORIA

A empresária abriu, em Maceió, a primeira empresa para atendimento de beleza em domicílioWW. “A cidade não tinha nada parecido, apesar de muitas pessoas serem atendidas em casa, não se tratam de empresas registradas, serviço personalizado e 100% de rigor na higiene e normas da Vigilância Sanitária, como esterilização e descartáveis”, afirma. A empresa trabalha com manicures e cabeleireiros especializados e treinados para melhor atender ao público que procura por praticidade e qualidade. Atendem em hotéis, pousadas, no trabalho ou residência do cliente. Alessandra garante que a aceitação é maravilhosa em tempos de transito caótico e otimização de horários livres. Para conhecer serviços e valores: belaemcasa.com.br


PORTUGAL

GOOD SCENT

Idealizado pelo alagoano Adré Vargas, radicado em Portugal há 27 anos, o Good Scent está, no Brasil, comandado pelo trio Carmo Rocha, Cila Rocha e Vera Rocha. A casa, que é um misto de cafeteria, empório e cantinho português, abre ao meio dia e fecha às 22:30, de segunda à sábado. No cardápio podemos encontrar desde diferentes tipos de saladas e sanduíches leves, até antepastos, queijos e brusquetas que combinam perfeitamente com um bom vinho. A parte de cafeteria também foi pensada com cuidado na escolha dos produtos. São opções de bolos e, como não poderia faltar, o famoso pastel de natas. A casa é pequena. Com apenas 5 mesas, traz ao ambiente um ar europeu desde a escolha do papel de parede, passando pela iluminação até os objetos de decoração que fazem da atmosfera do Good Scent um misto de sabor e arte.

ZIRLEIDE LIMA

Se você gosta de chocolate, presa por qualidade e não abre mão da riqueza dos detalhes, precisa conhecer o talento traduzido em arte da empreendedora alagoana Zirleide Lima, que, há dez anos se especializou em chocolateria, e pegou gosto por outras delícias como macarrons, bem casados e outros doces diferentes. Para Zirleide, a regra é clara: “No meu ateliê não entram chocolates fracionados ou hidrogenados, só trabalho com chocolates nobres. Qualidade em primeiro lugar”, afirma. Ao falar de seu trabalho, a empreendedora não esconde o brilho nos olhos e o sorriso tímido, sua marca registrada. Mas o que falta em desinibição frente às câmeras, sobra em técnica e capricho no trabalho. Para conhecer os produtos da emoresa Showcolart, acompanhe nas redes sociais. Instagram: @showcolart e Facebook: Showcolart Whatsapp: (82) 9616.0005

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Foto: Divulgação

Perfil

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Por Valná Dantas


Expression O destaque da arte urbana do brasileiro Eduardo Kobra

O

grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos e está ligado diretamente à vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos. Portanto, o grafite reflete a realidade das ruas. O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo, mas os brasileiros não se contentaram com o estilo norte-americano, então começaram a incrementar a arte. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo. Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo, que, diferente da arte, é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Um dos maiores expoentes da arte de rua brasileira, Eduardo Kobra, 36, ficou conhecido por seus murais em paredes e espaços públicos de São Paulo, onde retrata cenas e construções do século passado. Equilibrando-se numa escada estreita que alcança o terceiro andar, com um pincel na mão e um chapéu panamá na cabeça, o paulistano chama a atenção das pessoas que caminham pelos arredores do seu painel que, quando pronto, se torna uma atração turística. O brasileiro é um dos grafiteiros mais famosos do mundo e sua arte conquista cada vez mais fãs. “Gosto de viajar, conhecer pessoas e lugares. Na verdade, gosto de deixar minha marca por onde passo”, afirma o artista qu merece nossos aplausos.. revistadue 127


Due apresenta

C

om a roupa impecável, a bolsa pesada, o celular apitando com ligações, mensagens e e-mails, a próxima reunião esperando e o dia acabando, ela chega para a sessão de fotos e entrevista. A equipe se pergunta: “vai dar tempo?”. E, então, a mulher moderna, ocupada e social dá espaço a muita serenidade, simpatia e objetividade. Porque algumas coisas não mudam no perfil das mulheres que sabem o que querem: elas têm foco.

Foto: Junior de Assis

Poderia ser a história de uma mulher “à moda antiga”, mas nossa personagem trilhou caminhos bem diferentes. Nem a criação tradicional, o casamento e o primeiro filho aos 15 anos foram capazes de apagar a chama de uma jovem que escolheu estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir independência e uma história de sucesso. A alagoana Adriana Toledo construiu um belo currículo. Trabalha sem medo e representa a geração de mulheres guerreiras que encontra felicidade na liberdade, e nem quer ouvir a palavra “submissão”. Essa mulher que faz acontecer dentro e fora de casa, que é mãe, avó, amiga, se128 revistadue

Por Valná Dantas

cretária, e que toca projetos que modificam a vida de tantas pessoas escolheu como missão amar e ser amada. Seja no seu ambiente de trabalho, nos projetos coletivos ou nos momentos com suas maiores paixões: o neto João Pedro e a meia neta Maria Flor. Abrir seu acervo pessoal de memórias é viajar em momentos que marcaram a história. Dela, do nosso estado e até mesmo de nosso país. É falar da presença da mulher na política brasileira, é falar de avanços sociais, é falar de forças, fraquezas. É, literalmente, viajar no tempo e se emocionar. Ser gestora não é uma missão fácil. E, por mais que o cenário tenha evoluído quanto à participação da mulher nas empresas e na política, o serviço público, ainda muito machista, traz espinhos e obriga a mulher a provar, diariamente, competência e serenidade. Por isso, Adriana deixa um recado especial para todas as mulheres, estejam elas inseridas no mundo da política, no mundo empresarial ou mesmo nas tarefas do lar: “Não deixem de escolher e ocupar seus espaços, e, apesar da luta e das dificuldades, sejam persistentes sem perder a doce característica feminina: a ternura”.


Um cantor: Nosso genial alagoano Djavan. Uma paixão: Meu neto João Pedro Uma mania: Ir à praia renovar energias Não pode faltar na minha bolsa: Chaves e Cartão de crédito Um hobby: Cozinhar. Bacalhau é minha especialidade. Receita de família.

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Currículo: Adriana Toledo é pedagoga, especialista em Pedagogia Empresarial e em Gestão Pública. Servidora Pública concursada para o cargo de Técnica de Recursos Humanos. Desde os anos 90 atua no serviço público, especificamente nas áreas do Trabalho, Gestão de Pessoas e Gestão Pública. Administrou o SINE/AL de 1993 a 1998 deixando-o na condição de 4° melhor desempenho no país. Nesta época concebeu e implantou diversos Programas que beneficiou o trabalhador alagoano: o Programa Mão na Massa que qualificou mais de 24 mil trabalhadores, o ousado Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos em Alagoas que beneficiou 19 municípios, o Programa de Alfabetização para 1.500 Mulheres chefes de família em situação de vulnerabilidade. Implantou o Centro do Trabalhador Autônomo para intermediar e orientar esses trabalhadores. Instituiu o Conselho Estadual do Trabalho. Em 2002, implementou na Secretaria de Saúde o maior concurso por categoria visando dar melhores condições à saúde em Alagoas. Trabalhou na implantação da Unidade de Emergência de Arapiraca. Instituiu a Mesa de Negociação Permanente do SUS. Assumiu em 2004 a Gestão de Recursos Humanos do Estado, iniciando o processo de modernização da gestão de pessoas no serviço Público. Desenvolveu o Código de Ética do Serviço Público. Em 2005 assumiu a Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Renda dando continuidade a defesa do trabalhador alagoano e sua qualificação. Em 2006 assumiu a Secretaria Adjunta da Administração do Estado, logo após assumindo a Chefia de Gabinete do Governador onde permaneceu por 05 anos. Assumiu a Representação da ANCHEGAB – Associação Nacional de Chefes de Gabinete na Região Nordeste em 2013. Foi candidata a Vereadora por Maceió nas últimas eleições obtendo 1815 votos. Hoje é Secretária Executiva do Gabinete do Prefeito de Maceió e coordena o Projeto Bairro Vivo e o Plano Juventude Viva.

“Mulheres, participem de forma efetiva da vida política e partidária do nosso país. Só teremos uma democracia forte e de fato representativa, quando alcançarmos a paridade de gênero nas câmaras e assembléias de nosso país.” Adriana 130 revistadue


PA R A B É N S , S H E I L A M A L U F, GANHADORA DO TROFÉU O U R O N A C AT E G O R I A PEQUENOS NEGÓCIOS, À FRENTE DA VIVA EDITORA E LIVRARIA.

Sheila Maluf

Especialistas em pequenos negócios - 0800 570 0800 - www.sebrae.com.br/alagoas


Apresenta:


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