Índice 04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigorícos 18 Aves 22 Bovinos 28 Ovinos 30 Suínos 34 CAPA EPI's - Exercício seguro da prossão: empresas dentro da lei, funcionários dentro do padrão
38 Estufas se adaptam para atender às necessidades do mercado 40 Injetoras garantem qualidade, sabor e maciez aos produtos cárneos 42 Erradicação da aftosa é fator prioritário para o CAS 44 Governo vai questionar União Europeia na OMC por causa da carne 46 Guerra aos clones na Europa ameaça exportadores de gado 48 Norma do Mapa altera uso de anabolizantes em bovinos de abate 50 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigos Técnicos) 60 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho
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Produção brasileira de frango está mais próxima da norte-americana Pelas previsões, em 2012 País estará produzindo somente 200 mil toneladas a menos que China O Brasil está muito perto de alcançar a China no que diz respeito à produção de carne de frango, conforme arma o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, sigla em inglês). Segunda maior produtora mundial, há 10 anos a avicultura chinesa produzia cerca de 3 milhões de toneladas do produto a mais que o Brasil, mas, em 2012, pelas previsões do USDA, estará produzindo somente 200 mil toneladas a mais: o Brasil com 13,6 milhões e a China com 13,8 milhões de toneladas. Outra previsão positiva do órgão americano é que essa aproximação se aplica também aos próprios EUA. Aliás, números do USDA revelam que 10 anos atrás, em 2001, a produção brasileira de carne de frango correspondia a menos da metade da produção norte-americana. Naquele ano, o volume produzido pelo Brasil totalizou 6,567 milhões de toneladas, enquanto o dos EUA já ultrapassava os 14 milhões. Passada uma década, a distância que separava
os dois países é bem menor. Pelas indicações do USDA, em 2011 a produção de carne de frango dos EUA deve situar-se nos 16,9 milhões de toneladas, volume que irá representar aumento de pouco mais de 20% sobre 2001. Já a produção brasileira tende a car nos 12,9 milhões de toneladas, volume que, se conrmado, signicará aumento de cerca de 97% – ou seja, quase o dobro – sobre 2001. Ainda conforme o USDA, considerando o incremento médio anual dos dois países entre 2001 e 2011 (1,9% ao ano nos EUA; 7% ao ano no Brasil), por volta de 2017 a produção brasileira estaria superando a norte-americana e, quem sabe, tornando-se a primeira do mundo. É preciso convir, no entanto, que até mesmo no Brasil a evolução tende a ser bem mais lenta que nos anos passados. Mesmo assim não é difícil o Brasil superar os EUA em menos de uma década ou pouco mais. Avisite, com edição da RF.
Sanidade: Brasil leva à OIE projeto pioneiro em avicultura O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encaminhou à representação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) um projeto inovador de compartimentação de avicultura industrial para a prevenção de Inuenza Aviária e Newcastle. A iniciativa busca certicar subpopulações de animais com status sanitário distinto dentro de um território. Além disso, em casos de surto dessas doenças, as propriedades que seguirem as medidas de controle e biossegurança recomendadas serão consideradas livres para produzir e comercializar seus produtos. O projeto é resultado de um estudo realizado ao longo de, aproximadamente, quatro anos em parceria com a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), iniciativa privada e agências estaduais de defesa animal. Por meio da cooperação dessas instituições com o ministério foi denido um protocolo de medidas de
biossegurança a partir de 10 fatores que representam maior risco para a entrada dos vírus. Após a adoção dessas ações preventivas, o Mapa vai auditar, scalizar e certicar esses estabelecimentos. Com esse reconhecimento, toda a cadeia produtiva – desde granjas de reprodução, incubatórios, granjas de corte, abatedouros, assim como fábricas de ração e fábricas de material para cama de aviários – será declarada “biossegura”. A medida vai favorecer a manutenção dos mercados compradores em casos de surtos. A Inuenza Aviária e a Newcastle são doenças classicadas como emergenciais e representam potencial de provocar grandes impactos econômicos (restrições comerciais) e sociais, além de comprometer a saúde das aves. O Brasil nunca registrou noticações de Inuenza Aviária. Já a doença de Newcastle em plantéis comerciais não ocorre há Mapa, com edição da RF. mais de 10 anos no país.
Números do setor De acordo com dados divulgados pelo Mapa, em 2010, o Brasil produziu 12,2 milhões de toneladas de carne de frango. Desse volume, 69% destinou-se ao consumo interno e 31% foi exportado. O país é o primeiro exportador do produto do mundo e o terceiro maior produtor do planeta. Só no ano passado foram exportadas 3,8 milhões de toneladas de carne, gerando uma receita de US$ 6,8 bilhões. A cadeia produtiva avícola representa cerca de 1,5% do PIB brasileiro.
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Egito deve normalizar importações de frangos do Brasil, diz Cônsul O diretor de Mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin, e o gerente de Relações com o Mercado, Adriano Zerbini, receberam o novo Cônsul Geral da República Árabe do Egito no Brasil, Allaaeldin Hussein Aly Mohamed Radwan. A reunião aconteceu na sede da entidade avícola, em São Paulo, no dia 29 de novembro. Durante o encontro, o cônsul egípcio ressaltou a importância da parceria comercial entre os dois países. Destacou ainda que, com a volta da estabilidade política ao país, os volumes de importação de frangos brasileiros deverão voltar aos patamares anteriores à revolução iniciada nos ns de 2010. Entre janeiro e outubro deste ano, o Egito importou 47,6 mil toneladas do produto avícola brasileiro, registrando queda de 53% em relação ao mesmo períododo de 2010. “A volta dos níveis de exportações para o mercado egípcio será de fundamental importância para o Brasil, especialmente considerando o cenário nebuloso que temos pela frente, com a crise internacional corrente”, disse Santin.
Irã - A Ubabef enviou ofício ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, solicitando apoio do Itamaraty diante do bloqueio imposto pelo Irã às exportações brasileiras de carne de frango, sem nenhuma justicativa. Assinado pelo presidente executivo, Francisco Turra, o ofício destaca que esse bloqueio tem causado prejuízos enormes ao setor avícola exportador brasileiro, que desde então teve de buscar outros destinos para as cargas produzidas e embarcadas para o Irã. Segundo a entidade, os exportadores brasileiros embarcaram para o Irã, em 2010, 45 mil toneladas de carne de frango, o que gerou uma receita de US$ 72 milhões. O Brasil é o maior exportador de frango Halal (abatido de acordo com os preceitos da religião islâmica), e o Irã é um dos mercados de maior potencial. A entidade sugere, no ofício, a aplicação de medidas de retaliação comercial caso o bloqueio não seja retirado imediatamente. Ubabef, com edição da RF.
Parceria com Dinamarca para produção orgânica de aves e suínos avança Após uma semana de reuniões e visitas técnicas na França e na Dinamarca, de 19 a 25 de novembro, o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Valdir Avila, armou que o projeto “Desenvolvimento de novas estratégias para a produção pecuária no Brasil e na Dinamarca” está em fase de encaminhamento de propostas de pesquisa, à espera de um edital de nanciamento para se iniciar os trabalhos. Nas universidades de Aarhus e de Copenhague, Avila – que é especialista em produção avícola – apresentou pesquisas feitas na Embrapa Suínos e Aves no desenvolvimento de novas estratégias para sistemas produtivos animais Ele também discutiu futuras participações em projetos colaborativos da União Europeia na área dos sistemas produtivos alternativos pecuários. O projeto, em colaboração com a Universidade de Aarhus, é nanciado pelo Ministério da Ciência e Inovação da Dinamarca, e visa ampliar a capacidade da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC), empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura (Mapa), em vericar a experiência na pesquisa e na obtenção de soluções tecnológicas para a criação de suínos e aves em sistemas orgânicos e convencionais de produção. A Dinamarca se destaca nas áreas de sustentabilidade da suinocultura e avicultura. A presença da Embrapa neste projeto também viabiliza a aproximação e a formação de redes com instituições dinamarquesas em conexão com o Labex Europa (Laboratório Virtual da Embrapa). 06 6
Vale lembrar que a programação na Dinamarca deu continuidade ao encontro que aconteceu em agosto em Concórdia e Curitiba, quando pesquisadores brasileiros e dinamarqueses conheceram o sistema produtivo e as pesquisas feitas pela Embrapa. Eles discutiram propostas elaboradas por grupos de trabalho durante um workshop promovido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). França - Já na França, durante visita técnica a propriedades nas cidades de Villarceaux e GrignonVoves, Avila reuniu-se com pesquisadores da AgroParis Tech, encontro que resultou num pré-projeto de caracterização agroecológica de sistemas integrados de produção animal no Brasil e França. O objetivo desse estudo é caracterizar os fatores ambientais, socioeconômicos, técnicos e de mercado do uso de tecnologias relacionadas ao manejo agroecológico em unidades familiares com produção integrada no Brasil e na França. A ideia é selecionar 60 propriedades – 30 em cada país – que estejam desenvolvendo atividades relacionadas ao manejo agroecológico em sistemas integrados de produção. Em duas unidades modelo de cada país serão implantadas diferentes tecnologias relacionadas ao manejo de pastagens e volumosos e de produção vegetal com uso de adubação verde, introdução de leguminosas, uso de insumos alternativos (fosfatos de rocha, termopotássio e inoculantes), além da utilização de suplementação com subprodutos disponíveis na região. Embrapa Suínos e Aves, com edição da RF.
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Rússia entra na OMC e condições de importação de carne se mantêm A Rússia nalmente entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC), no dia 10 de novembro, depois de 18 anos de difíceis negociações, paralisadas nos últimos três anos pela Geórgia, devido às disputas fronteiriças que marcaram as relações entre os dois países. "Concluímos ocialmente 18 anos de negociações, prova de que é necessário ser paciente nesta organização", disse à imprensa o diretor da OMC, Pascal Lamy. Ele reconheceu que este foi o processo mais longo de admissão de um país. A China precisou de 15 anos para entrar na organização em 2001. Para ingressar na OMC, cada país candidato precisa negociar bilateralmente com todos os Estados membros sobre o aceso mútuo ao mercado, o que explica a lentidão do processo. As restrições às importações de carne foi um dos assuntos mais controversos nas negociações de entrada da Rússia na OMC. Durante o processo, as partes concordaram em manter o atual sistema de regulamentação de tarifas. Termos - O tamanho das cotas de importação de carne bovina permanecerá sem mudanças até 2020 e as cotas de importação de carne suína e de frango declinarão. As tarifas de importação acima da cota para todos os tipos de carne permanecerão as mesmas e não cairão. A produção doméstica russa fornece cerca de 85% de suas demandas de carne de frango, 75% de carne suína e 70% de carne bovina. A tarifa aplicada à cota de carne bovina é de 15%, com as compras fora da cota tendo tarifa de 55%. A cota para carne suína terá tarifa zero, mas as compras feitas fora da cota terão tarifa de 65%. Em janeiro de 2020, a tarifa para carne suína será
CONEXÃO GLOBAL
substituída por uma menor, de no máximo, 25%. As tarifas para carne de frango dentro da cota será de 25% e, fora da cota, de 80%. Os subsídios agrícolas também foram incluídos no acordo. O suporte total agrícola que pode distorcer o comércio não excederá US$ 9 bilhões em 2012 e será gradualmente reduzido para US$ 4,4 bilhões em 2018. Até 31 de dezembro de 2017, o suporte anual agrícola a produtos especícos não pode exceder 30% do suporte total agrícola que não é para produtos especícos para evitar concentração excessiva de suporte a produtos individuais. Com a entrada na OMC, a isenção de taxas de valor agregado a certos produtos agrícolas doméstico será eliminada. Missão russa no Brasil - Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) receberam no dia 28 de novembro, sete técnicos do Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), que vão visitar unidades exportadoras de carnes bovina, suína e de aves para aquele país. Ao longo de 10 dias da missão – que já havia sido agendada previamente desde outubro, quando o Mapa enviou correspondência ao Rosselkhoznadzor conrmando a aceitação da proposta de vinda de especialistas russos para a avaliação do sistema de inspeção nacional e a vericação de empresas brasileiras – foram visitados cinco frigorícos de São Paulo, cinco de Mato Grosso e um de Goiás. No Brasil, a missão veio vericar se os padrões estão dentro do que cou acordado entre os dois países. A iniciativa integra as ações do governo brasileiro para ampliar as exportações para a Rússia. G1, Mapa e BeefPoint, com edição da RF.
Um giro rápido pelo mundo
Estabelecimentos brasileiros de cárneos receberam duas missões veterinárias provenientes da Venezuela e da República das Filipinas. Os técnicos do país latino-americano zeram inspeção em plantas frigorícas entre os dias 26 de novembro e 3 de dezembro. Já os representantes das autoridades sanitárias do país asiático realizaram as visitas entre os dias 29 de novembro e 10 de dezembro. Os dois países cumprem os trâmites rotineiros para renovar as licenças de empresas brasileiras exportadoras. O Ministério da Agricultura anunciou a reabertura das importações de carne bovina in natura, desde que maturada e desossada, procedente do Paraguai. Os produtos somente poderão entrar no território brasileiro pelo município de Ponta Porá (MS) e deverão ser destinados a estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal brasileiro. Continuam temporariamente suspensas as compras de animais vivos e de outros tipos produtos in natura provenientes do país vizinho. Atualmente, o Paraguai está em 11º lugar na exportação de carne bovina, mas suspendeu todos os embarques em 19 de setembro, depois que o primeiro caso da doença foi identicado em uma fazenda de Santa Helena, no distrito de San Pedro. Na ocasião, o governo se mobilizou rapidamente para isolar a área e abater o rebanho afetado. A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória no país, mas um lote com defeito foi administrado na região afetada, segundo o Paraguai. Em 2010, o Paraguai exportou 170,34 mil toneladas de carne bovina (US$ 807 milhões). 8
Mapa prevê que Brasil terá 50% do mercado de comércio de aves Produção de alimentos terá de ser dobrada para atender 9 bilhões de pessoas no mundo O crescimento acelerado da população mundial combinado com a urbanização e a alta da renda nos países em desenvolvimento aponta um desao na produção de carne e abre uma grande oportunidade comercial para o Brasil. Até 2050, quando haverá mais de nove bilhões de pessoas no mundo, a produção de alimentos, necessariamente, terá de ser dobrada. Maior produtor mundial de carne bovina desde 2008, quando ultrapassou a marca de US$ 14 bilhões com a exportação de proteína animal, o Brasil deverá ampliar a fatia atual de 20,7% do mercado mundial para 44,5% até 2020, quando também dominará quase 50% do comércio de aves. As projeções são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A demograa cria uma demanda futura rme para produtos cuja competitividade é elevada no Brasil, mas o próprio governo vê entraves para que o país aproveite ao máximo essa oportunidade. Nesse sentido, durante visita ao Congresso no
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mês passado, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, defendeu uma estratégia integrada de apoio à pecuária. Ele diagnosticou uma capacidade ociosa nos frigorícos que não condiz com o aumento da oferta de proteína para atender à demanda externa. "Precisamos fomentar a pequena pecuária para que ela possa aumentar a produtividade. Isso requer programas de expansão de matrizes, de recuperação de pastagens e um programa tossanitário para escapar das barreiras", avalia Coutinho. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para alcançar o ritmo de aumento do consumo de carnes em países como China, Índia e Brasil, será preciso elevar a oferta dos atuais 228 milhões para 463 milhões de toneladas anuais até 2050. Nesse processo, o rebanho de bovinos saltará de 1,5 bilhão para 2,6 bilhões. Com informações do portal Estadão, no Pecuaria.com.br.
Exportações brasileiras mantém crescimento acima da média mundial Setor do agronegócio foi destaque em novembro, tendo a carne bovina apresentado índice de +42% As exportações brasileiras em novembro de 2011 (US$ 21,8 bilhões) registraram recorde na comparação com os resultados anteriores para este mês. O resultado das importações (US$ 21,2 bilhões) também é o maior da série histórica de novembro e o mesmo é válido para a corrente de comércio (US$ 43 bilhões). O saldo comercial foi de US$ 583 milhões no período e está 100% acima do valor aferido em novembro do ano passado (US$ 291 milhões). Os números da balança comercial brasileira foram analisados no dia 1º de dezemebro em entrevista coletiva durante o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex Mercosul), em Curitiba (PR). O ministro interino do Mdic, Alessandro Teixeira, destacou que o superávit da balança comercial no acumulado do ano (janeiro a novembro) está em US$ 26 bilhões, valor que é o maior desde 2007 (US$ 36 bilhões). "Eu me lembro que, no começo do ano, diante da crise nanceira global, havia muitas previsões de décit para 2011 e estamos terminando o ano com um resultado extraordinário", disse.
Já a secretária de Comércio Exterior do Ministério, Tatiana Lacerda Prazeres, informou que as exportações brasileiras de produtos básicos (38,7%) e de industrializados (20,2%) registram crescimento superior ao que se verica no comércio mundial - de 18%, segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Considerando que as vendas brasileiras no acumulado do ano cresceram 28%, podemos dizer que a fatia brasileira no mercado internacional deve aumentar em 2011", explicou. O setor do agronegócio foi destaque no mês com os seguintes índices: soja (+532%), algodão (+168%), óleo de soja em bruto (+56%), óleos combustíveis (+55%), carne bovina (+42%), café em grão (+37%). Os principais países de destino das exportações de janeiro a novembro foram: China (US$ 40,7 bilhões), Estados Unidos (US$ 23,3 bi), Argentina (US$ 20,9 bi), Países Baixos (US$ 12,7 bi) e Japão Mdic, com edição da RF. (US$ 8,6 bi).
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Diplomatas conhecem agronegócio brasileiro para fortalecer negociações Representantes do Brasil no exterior acompanharam a produção de algumas cadeias produtivas Os 17 diplomatas brasileiros que participaram do Programa de Imersão no Agronegócio Brasileiro, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), estão mais preparados para representar o Brasil nas questões agrícolas da agenda internacional. Essa foi a avaliação feita pelo secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, após o encerramento do programa, no dia 30 de novembro, em Brasília. “A carreira de vocês exige conhecimentos especícos para poder defender e argumentar, com propriedade, nas questões ligadas à agricultura brasileira em diversos países e ocasiões”, destacou Porto. Os diplomatas que participaram do programa estão lotados em postos estratégicos de países da Europa, Ásia, Oriente Médio e Américas. Durante dez dias de atividades, eles conheceram os principais setores produtores e exportadores e o funcionamento de toda a cadeia produtiva, até a exportação. A programação foi de extrema importância para apoiar a representação brasileira nas negociações internacionais. No período de 21 a 30 de novembro, os diplomatas passaram por municípios dos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Eles visitaram propriedades rurais e unidades de processamento de carnes bovina, suína e de frango, e de produção de etanol e vinho. Além disso, conheceram o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e uma grande usina produtora de açúcar e etanol. Pesquisa e desenvolvimento - Nesta edição do programa participaram todos os diplomatas que trabalham com agricultura e agrone-gócio nos seus postos e estão envolvidos diretamente nas
discussões ligadas à área. A Conselheira e Chefe de Agricultura na Embaixada do Brasil em Paris, Cláudia Vieira Santos, acredita que o curso realmente permite vivenciar um pouco da realidade brasileira. “Além de conhecer de perto o modelo agrícola adotado no Brasil, nas mais diversas áreas, pudemos conversar com produtores e sentir como funcionam técnicas importantes, como as disseminadas pelo Programa Agricultura de Baixo Carbono”, destaca a representante brasileira na França. Diplomata brasileiro em Washington (EUA), João Marcelo de Queiroz avalia que os participantes puderam constatar o alto nível tecnológico das empresas, a qualidade do trabalho que é feito, a integração com o produtor e a sustentabilidade ambiental no setor. “Tudo isso é muito valorizado no exterior. No caso dos Estados Unidos, eles vêem certamente o Brasil como principal competidor deles e têm muito respeito pela agricultura brasileira. Também um pouco de temor porque sabem que estamos avançando e temos espaço para avançar, enquanto eles já atingiram o nível ótimo de desenvolvimento”. O representante brasileiro acredita que a visita às empresas permitiu comprovar, in loco, esse desenvolvimento que já se expressa em números. Histórico - O Programa de Imersão no Agronegócio Brasileiro é realizado desde 2009 pelo Mapa, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores. O objetivo da ação é prover conhecimento teórico e prático sobre o sistema sanitário aplicado aos principais setores exportadores e, ainda, debater os principais temas do agronegócio. Mapa, com edição da RF.
Entidades de Cárneos debatem agenda de trabalho com adidos As direções da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) e da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carnes (Abiec) participaram no dia 2 de dezembro de encontro, em São Paulo (SP), com o secretário de Relações Internacionais, Célio Porto, e com os adidos agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na China, no Japão, na Rússia, na África do Sul, na Argentina, na União Europeia (Bruxelas e Genebra) e nos EUA. Durante o encontro, representantes das entidades zeram apresentações sobre o cenário atual e as perspectivas para o comércio internacional de cárneos do Brasil. Na oportunidade, representantes do poder público e da iniciativa privada debateram problemas pontuais nos mercados em que os adidos estão inseridos, e traçaram novas ações para a agenda de trabalho para o próximo ano. “O encontro foi fundamental para avaliarmos os pontos em que precisamos avançar, além de traçar novas estratégias para expandir a atuação nos vários mercados internacionais”, ressalta o diretor de Mercados da Ubaef, Ubabef Ricardo Santin, que participou da reunião.
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Aurora confirma exportação de carne suína para a China em janeiro Maior consumidor do planeta: chineses respondem por metade da demanda mundial do produto Mais uma empresa brasileira conrma a exportação de carne suína para a China. Isso porque a Cooperativa Aurora, com sede em Santa Catarina (SC), promete embarcar o produto para o país asiático no mês de janeiro, em uma quantidade aproximada de dez mil toneladas. O Grupo Marfrig já havia conrmado no mês passado o primeiro embarque de carne suína para os chineses (ver matéria abaixo). No caso da Aurora, a expectativa é exportar ao longo do ano que vem, 100 toneladas do produto para o país. O diretor comercial da Aurora, Leomar Somensi, conta que o Porto de Itajaí, em SC, vai ser o ponto de partida para a indústria, que projeta entrar também nos mercados do Japão e da Coreia. Ele relata que a empresa está otimista com as novas transações. "Estamos otimistas, vamos começar a embarcar para China, o que deve dar uma vazão na nossa produção. Estamos com uma expectativa muito produtiva com a abertura do novo mercado. Japão e Coreia dariam o escoamento à nossa carne e participaríamos em mercados de valores agregados", arma. A abertura do mercado para a empresa exigiu a realização de um longo processo. "O Brasil vem trabalhando para entrar nestes mercados, do Japão, da China, da Coreia, há muitos anos. Estamos atendendo a todas as especicações, toda qualidade exigida para estes mercados, e o Brasil está preparado para isto. É mais uma possibilidade de estar colocando na produção do nosso cooperado e quem sabe no futuro ampliar a produção da Aurora para exportar para estes países", conclui Somensi. Incremento - A China consumia a carne brasi-
leira por meio de importações feitas por Hong Kong, que repassava o produto aos chineses. Em 2009, o mercado chinês já havia passado a comprar carne de frango diretamente do Brasil. "Isso é bom para os dois países. Para a China, porque vai comprar sem atravessador, a preço menor. E para o Brasil, porque poderá incrementar as vendas, oferecer cortes mais nobres e entrar num país com população de renda emergente que certamente aumentará seu consumo de carne progressivamente nas próximas décadas", declarou o presidente da Aurora, Mário Lanznaster. Segundo ele, o consumo da carne de frango conrma essa expectativa: em 2009, a China importou do Brasil 20 mil toneladas e, em 2010, 120 mil toneladas. Em 2010, a Aurora vendeu US$ 30 milhões ou 12,5 mil toneladas em produtos de frango (asa, inteira e em porções, e pé de frango) neste ano, e espera incrementar as vendas àquele país em 2012 com o início dos embarques de carne suína. A China é responsável por metade da demanda de carne suína do mundo, o que, consequentemente, a torna o maior consumidor do produto no planeta. Entretanto, praticamente todo o consumo é suprido pela produção local, sendo importadas cerca de 480 mil toneladas. De acordo com relatório de setembro do USDA, a previsão é que os chineses consumam mais de 51 milhões de toneladas de carne suína em 2012, aumento de quase 4% se comparado com o montante estimado para este ano, de 49,7 milhões de toneladas. VEconômico e DCI, com edição da RF.
Seara dá início a novo mercado e embarca carne suína para a China O Brasil entrou ocialmente no mercado chinês de carne de suíno no dia 24 de novembro, quando a Seara Alimentos, empresa do Grupo Marfrig, fez o primeiro embarque de carne suína brasileira à China. Lotes de cortes de pernil, paleta, barriga e copa suína tiveram como destino o Porto de Xangai – considerado o mais ativo do mundo em toneladas transportadas – e, serão comercializados no mercado local por um distribuidor especializado. Produzidos no Complexo Agroindustrial Seara Itapiranga (SC), os produtos exportados para a China representam um marco na suinocultura brasileira. "Todo o nosso complexo sistema produtivo foi analisado e testado pelas autoridades chinesas e brasileiras, incluindo o dos nossos produtores integrados. Conseguimos comprovar que o nosso processo é seguro, de alta qualidade e rastreabilidade total", comemora o diretor-geral da Seara, Mayr Bonassi. Mesmo sem fazer projeções, Bonassi informa que os volumes são interessantes e devem crescer ainda mais. A China importava apenas carne bovina e de frango do Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, desde 2008 a China é a maior compradora de produtos agropecuários brasileiros e aumentou suas compras em 214% nos últimos três anos (US$ 3,5 bilhões em 2007 para US$ 11 bilhões em 2010). O Brasil aguarda a habilitação de mais seis unidades, sendo duas da Seara, para exportar carne suína para a China. DCI, com edição da RF.
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Minerva vê mercados interno e externo em crescimento em 2012 Para frigorífico, Brasil está num ciclo favorável, ao contrário do cenário vivido pelos concorrentes O Minerva, que deve fechar o ano com receita entre R$ 4 bilhões e R$ 4,2 bilhões – cerca de 15% acima de 2010 –, espera que a demanda no mercado interno continue crescente em 2012. "O mercado doméstico deve ser pujante no próximo ano". Além da expectativa de demanda doméstica rme – até o terceiro trimestre deste ano, o mercado doméstico respondeu por 46% da receita do Minerva e as exportações, por 54% –, a empresa também aposta em um mercado externo aquecido no ano que vem, apesar da crise no continente europeu. A demanda pela carne bovina brasileira deve seguir rme nos países em desenvolvimento, como os do Oriente Médio, Leste Europeu e Extremo Oriente, avalia o diretor-presidente do frigoríco, Fernando Galetti de Queiroz. "Está se estreitando o 'gap' de consumo entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento", observou. Segundo Queiroz, a demanda deve continuar aumentando num momento em que a oferta de bovinos para abate começa a se normalizar no Brasil
e segue em queda nos EUA e Europa. "Neste ano, nasceram 50 milhões de bezerros no Brasil. Estamos num ciclo favorável enquanto os concorrentes estão em ciclo desfavorável". Questionado sobre possíveis aquisições, ele disse que o foco da empresa é "seguir no crescimento orgânico" em busca de desalavancagem. "Não vamos adquirir alavancando a empresa", completou, explicando que a desalavancagem virá por meio de geração de caixa. Além disso, a empresa vai manter, em 2012, o montante de investimentos previstos para este ano, na casa dos R$ 20 milhões a R$ 25 milhões por trimestre, basicamente para manutenção, segundo disse o diretor nanceiro do Minerva, Edison Ticle. Diante de um cenário nanceiro internacional turbulento, Ticle disse que a empresa não tem planos para novas emissões de dívida. "Mas se [o mercado de dívida] abrir, vamos olhar oportunidades de alongar prazo e reduzir custos", armou. Canal Rural, com edição da RF.
Brasil Foods mira nordeste e realiza investimentos Atenta ao crescimento do consumo das famílias nas regiões Norte e Nordeste, a BRF - Brasil Foods, deve continuar investindo na expansão de suas fábricas instaladas em Pernambuco. Ao anunciar um aporte de R$ 140 milhões em uma nova unidade de margarinas no Estado, o vice-presidente de assuntos corporativos da empresa, Wilson Mello, revelou que já está no radar da empresa a ampliação da fábrica de embutidos em Vitória de Santo Antão (PE), que estaria operando próxima do limite da capacidade. O executivo da BRF armou, entretanto, que ainda não há denição sobre prazos para que isso aconteça. Ele também preferiu não falar em números da possível expansão. A unidade produz, hoje, 144 mil toneladas anuais de mortadela, salsicha, linguiça e presunto de peru. A nova unidade de margarina é o primeiro novo empreendimento anunciado para o Brasil após a fusão entre Sadia e Perdigão. A unidade de Vitória de Santo Antão foi inaugurada em março de 2009, em meio a um dos períodos mais difíceis da crise nanceira internacional. Trata-se, segundo Mello, da conança da companhia no potencial do mercado nordestino, no qual a BRF detém cerca de 20% de participação. "O Nordeste tem cada vez mais destaque por conta do crescimento da renda e do consumo", resumiu. Valor Econômico, com edição da RF.
BA: frigoríficos conversam sobre melhorias no processamento de carnes com neozelandeses Representantes do Sindicado da Indústria da Carne e Derivados do Estado da Bahia (Sincar) participaram de uma reunião com o embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Mark Trainor, para conhecer os interesses neozelandeses na agropecuária baiana e apresentar os potenciais do estado, sobretudo, as oportunidades de investimento para melhoria do processamento de carnes. O encontro ocorreu na sede da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), dia 11 de novembro, e foi ministrada pelo presidente da Federação, João Martins da Silva. A caprinovinocultura e a cadeia produtiva do leite também estiveram representadas no encontro. A Nova Zelândia é o sétimo maior exportador de carne bovina do mundo, tem um rebanho bovino aproximado de 9,5 milhões de animais, e exporta cerca de 80% do que produz. Ela contabiliza em torno de 30 milhões de ovinos. Nos últimos anos, recorrentes missões comerciais têm acontecido entre a Nova Zelândia e a Bahia, que incluíram a ida do governador Jaques Wagner para aquele país em 2010. Em junho deste ano, o Sincar também capitaneou uma expedição para buscar referências tecnológicas nas melhores e mais ecientes plantas industriais neozelandesas. A proposta esboçada pelo embaixador na reunião da Faeb teve foco maior na transferência de know how. Um grupo de consultores neozelandeses já se encontra em terras baianas, dispostos a iniciar um trabalho de consultoria nas plantas industriais. Padronizar para exportar - O presidente do Sincar, Júlio Farias, lembra que, embora no estado existam seis frigorícos com o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), sendo um deles o maior frigoríco do mundo, o JBS, mesmo assim, o estado não exporta "nem um bife". Segundo ele, não por falta de interesse dos frigorícos em se adequar. "Falta padronizar também a matéria-prima. Boi para exportação tem de ser rastreado e castrado, mas nada disto existe ainda. São necessários investimentos em toda a cadeia produtiva, melhorar genética, investir em recuperação de pastagens. O Estado também tem fazer seu dever de casa, scalizando o abate e diminuindo a clandestinidade", nalizou. Faeb, com edição da RF. 06 16
Exportações brasileiras de frangos crescem 12,1% em novembro Resultados com receita e volume representam recordes históricos para a avicultura nacional Levantamentos realizados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) indicam que as exportações brasileiras de frangos atingiram 358,7 mil toneladas em novembro, registrando alta de 12,1% em relação ao mesmo período de 2010 – 319,8 mil toneladas. Com este resultado, a receita dos embarques chegou a US$ 766,3 milhões no mês, número 23,5% maior que os US$ 620 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. No acumulado de 2011, os embarques acumularam 3,59 milhões de toneladas, representando um aumento de 2,51% em relação ao total de 2010. Em receita, o crescimento foi de 21,36%, com total de US$ 7,51 bilhões nos onze primeiros meses deste ano. Na avaliação do presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, mantido este ritmo e vericadas as tendências do atual cenário do comércio internacional avícola, as exportações de frangos deverão totalizar 3,9 milhões de toneladas em 2011, um resultado
2,7% maior que o saldo do ano anterior. E para a receita, a alta esperada é ainda maior, de 20,6%, com total de US$ 8,2 bilhões. Ambos os resultados representam recordes históricos para a avicultura nacional. “Apesar dos sérios problemas enfrentados pelo setor, como a greve no Porto de Itajaí, o embargo russo e a redução nos embarques para alguns mercados, a qualidade do frango brasileiro e a excelência do nosso status sanitário permitiram ao país alcançar um bom desempenho das exportações”, explica. Turra ressalta, no entanto, que o setor deverá manter a cautela com relação à previsão de negócios para 2012, considerando o cenário de crise corrente, em especial, nos países desenvolvidos, mas com tendência de repetir as previsões deste ano. “Nossa expectativa é que as exportações de frangos não deverão dar grandes saltos no próximo ano, mantendo um patamar de crescimento semelhante ao registrado em 2011”, destaca. Ubabef
Produção global de carne de aves apresenta avanço em 2011 A produção mundial de carne de aves deve ultrapassar o volume de 100 milhões de toneladas este ano, conforme relatório divulgado pela Agência de Agricultura e Alimentos (FAO) da Organização das Nações Unidas (ONU). A previsão é de que a produção alcance o re-
corde de 101,1 milhões de toneladas, 3,1% acima das 98,1 milhões de toneladas do ano passado. Apesar do avanço, o órgão observa que os altos custos de produção e regras sobre bem-estar animal limitaram o crescimento da oferta de aves nos principais países produtores. Valor Econômico
Consumo e exportação forçam aumento na produção de frango Consumo da carne de frango aumenta ano a ano e não só no Brasil. De olho no mercado, criadores e indústrias do estado do Paraná investem cada vez mais. A cada ano, novos produtores entram no negócio que, em sua maioria, funciona no sistema de integração, uma parceria entre produtores e frigorícos, em que cada um entra com uma parte. “O produtor entra com a granja, equipamento, estrutura, mão de obra e cuidados e a empresa entra com os pintinhos, ração, assistência técnica, medicamento e transporte”, explica o técnico agrícola João Carlos Brezolin. Para chegar no ponto de abate, os frangos levam 45 dias. No sistema de integração, os produtores recebem centavos por cada ave, mesmo assim, a maioria tem conseguido pagar as despesas e investir ainda mais no negócio. A criação de frangos movimenta a economia de vários outros municípios no noroeste do Paraná. Em Santo Inácio, 170 barracões devem ser construídos até o ano que vem. O que está motivando os produtores é um grande frigoríco que está sendo construído no município, cujas obras de R$ 100 milhões devem car prontas em dezembro. A indústria vai gerar 2.500 empregos e terá capacidade para abater 420 mil aves por dia, quase tudo para atender o mercado externo. Os atuais frigorícos também vêm sendo ampliados. Um deles em Maringá está dobrando de tamanho para exportar mais. Além do exterior, o mercado interno também aumentou. “Há 10 anos, o consumo era de 35 quilos per capita ao ano, e hoje são 45 quilos com projeção de aumento em 2012”, conta o diretor do Globo Rural, com edição da RF. Sindicato das Indústrias Aviárias do Paraná, Ciliomar Tortola. 06 18
Registro das granjas que produzem aves tem prazo adiantado em MG A emissão do certicado de registro está condicionada ao cumprimento de diferentes etapas O prazo para os avicultores mineiros entregarem a documentação necessária para o Registro dos Estabelecimentos Agrícolas Comerciais e se adequarem às normas que tratam dos procedimentos para registro, scalização e controle de estabelecimentos avícolas venceu dia 2 de dezembro. O registro das granjas que produzem aves foi determinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2007, por meio da Instrução Normativa Nº 56, que estabelece o processo para registro, scalização e controle das granjas avícolas comerciais e de reprodução. Além disso, a Instrução Normativa N° 59 institui a data limite de dezembro de 2012 para a obrigatoriedade de adequação das granjas. No entanto, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) antecipou em um ano o prazo para a entrega da documentação necessária para o registro no estado, por meio da Portaria n° 1158, publicada em 6 de agosto. Esse novo prazo refere-se ao requerimento e à entrega da documentação pertinente ao registro, e não está atrelado ao prazo de adequação das instalações, que continua em vigor e só termina em 6 de dezembro de 2012. O diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, explica que a emissão do certicado de registro está condicionada ao cumprimento de diferentes etapas. Segundo ele, o instituto estabeleceu prazo menor para o cumprimento do primeiro procedimento a m
de ter tempo hábil para processar o registro dos estabelecimentos avícolas até a data limite xada pelo Mapa, de 6 de dezembro do ano que vem. Tempo hábil - De acordo com Rodrigues Neto, a entrega da documentação até 2 de dezembro tinha como propósito tornar possível cumprir também a IN 59. A documentação exigida pelo ministério deveria ser entregue pelos avicultores no escritório seccional do IMA ao qual pertence o estabelecimento avícola a ser registrado. “Assim, garantiremos que os avicultores terão suas propriedade vistoriadas e tempo hábil de providenciar possíveis adequações eliminando o risco de chegar em dezembro de 2012 sem o registro”, esclarece. Depois de análise dos documentos, será realizada uma scalização no local e, tendo sido atendidos os requisitos exigidos, será emitido o Certicado de Registro de Estabelecimento Comercial Avícola. Sem o documento, o avicultor cará impedido de comprar pintinhos, vender a sua produção e emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), cando assim impedido de transportar as aves. Atualmente, Minas Gerais conta com 2.503 estabelecimentos comerciais avícolas. Até meados de novembro, aproximadamente 30% deles já haviam entregue a documentação para o registro no IMA. O Estado de Minas, com edição da RF.
Projeto da Seagri vai modernizar parque industrial de aves da Bahia A Secretaria da Agricultura (Seagri), através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), lançou o projeto de Implantação de Unidades Frigorícas Simplicadas de Abate de Aves, no dia 25 do último mês. O evento reuniu autoridades, associações e demais elos da cadeia produtiva da avicultura. O novo projeto da Seagri tem os objetivos de modernizar o parque industrial de aves do estado, aumentar o abate inspecionado do produto, e, principalmente, promover a inserção dos pequenos agricultores familiares no mercado, com destaque para a produção de aves caipiras. Durante o evento, foram assinados convênios entre o governo do estado, através da Seagri/Adab/ EBDA, e as cooperativas de produtores de Irará e Conceição de Feira, ambos situados na região de Feira de Santana, para a construção de abatedouros/ frigorícos avícola para frango caipira. “Com a utilização dessa estratégia, o estado fortalece a cadeia produtiva da avicultura e contribui para o desenvolvimento econômico regional, gerando emprego e renda, além de proporcionar um forte
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instrumento de inclusão social para a nossa gente”, destaca o secretário da Agricultura, o engenheiro agrônomo Eduardo Salles. O Estado da Bahia é o 2° maior produtor de frangos do Nordeste, atrás de Pernambuco, e o 10º no ranking nacional, com produção de 100 milhões de frangos/ano, correspondendo a 240 mil toneladas. A produção baiana representa 60% do consumo em todo o estado, caracterizando o grande potencial de crescimento deste setor produtivo. Hoje, o parque avícola é composto por dois frigorícos com inspeção federal (SIF), sete com estadual (SIE) e quatro com municipal (SIM), totalizando 13 matadouros. Municípios com atividades avícolas que visam ampliar o parque industrial da Bahia também podem integrar o projeto, assim como aqueles localizados longe das áreas de abrangência dos polos regionais de abate, de forma a promover a criação de novos polos para a avicultura no estado. O projeto disponibiliza um modelo de planta frigoríca padrão com capacidade para abater 5 mil aves/dia. Tribuna da Bahia, com edição da RF
Decreto que dispõe sobre a aplicação da rastreabilidade é regulamentado CNA será o órgão responsável pela gestão dos protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária O Governo federal regulamentou a Lei 12.097, de 2009, que dispõe sobre a aplicação da rastreabilidade na cadeia produtiva de carnes de bovinos e de búfalos. Ficou denido que caberá à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a gestão dos protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária. A regulamentação foi feita por meio do Decreto 7.623, publicado na edição do Diário Ocial da União do dia 22 de novembro. Os protocolos denirão as regras que pecuaristas e frigorícos precisarão seguir para vender para determinados mercados. "Essa é uma forma de garantir maior transparência para o sistema de rastreabilidade, que, num primeiro momento, valerá para a carne exportada, mas poderá ser ampliado para o mercado interno", arma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Na avaliação do presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, esse modelo facilitará o acesso dos produtores ao sistema de rastreabilidade, sem deixar de garantir o rigor necessário para o cumprimento das regras para exportação, em especial para a União Europeia (UE). Atualmente, o bloco responde por cerca de 6% em volume e 11% em valor da carne bovina in natura exportada pelo Brasil. Para importar do Brasil, os europeus fazem uma série de exigências, entre elas a necessidade da fa-
zenda estar numa área livre de febre aftosa e da região ser habilitada pela União Europeia são dois desses requisitos. "Os animais cuja carne será embarcada para o bloco precisam estar a pelo menos 90 dias na área habilitada para exportação e, no mínimo, a 40 dias na última propriedade antes de seguir para o frigoríco", acrescentou ele, lembrando que todas essas regras estarão contidas no protocolo, cujo modelo está em fase de elaboração. O decreto estabelece, ainda, que a identicação dos animais pode ser feita a partir da marca a fogo, tatuagem ou outra forma permanente e auditável de marcação dos animais, permitindo a identicação do estabelecimento dos proprietários. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) será o responsável por fornecer toda a numeração relativa à identicação individual dos bovinos e búfalos para efeito de rastreabilidade. O novo sistema terá como base a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), um banco de dados de informações integradas que será gerenciado em parceria com a CNA. As informações do Banco de Dados Único (BDU), da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) e do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SigSif) integram a PGA, garantindo as informações necessárias para assegurar CNA, com edição da RF. a rastreabilidade dos animais.
Rastreabilidade gaúcha é tema de reunião na Seapa A Plataforma de Gestão Agropecuária desenvolvida pela CNA, e que será adotada em parceria com o Ministério da Agricultura para gerenciar o banco de dados do rebanho bovino e bubalino brasileiro, foi apresentada pelo vice-presidente de Finanças da entidade, Ademar Silva Júnior, em reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina na Secretaria de Agricultura. As discussões ocorridas no dia 16 de novembro envolveram questões referentes ao projeto de rastreabilidade a ser implantado no Rio Frande do Sul. De acordo com o diretor da Farsul e presidente do Conselho Técnico de Pecuária de Corte do Fundesa, Carlos Simm, a utilização da PGA no projeto-piloto de rastreabilidade é fundamental, já que o Estado está interagindo com a plataforma, por meio do envio das Guias de Trânsito Animal (GTA). Em relação à tecnologia que será aplicada no sistema de rastreabilidade, o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) apresentou o chip desenvolvido pela empresa e que poderá ser utilizado nos brincos. Caso seja implantado, o centro terá disponível para o próximo ano 1 milhão de chips. Outro ponto destacado pelo diretor da Farsul foi a possibilidade do Senar-RS realizar o treinamento dos técnicos habilitados com identicação a campo. “Além disso, foi levantada a possibilidade de se realizar um seminário para desenvolver um alinhamento estratégico na parte técnica do projeto”, complementa Simm. O assessor técnico da Farsul, Luiz Aberto Pitta Pinheiro, lembra que o prazo para a implantação da rastreabilidade no Estado é a médio prazo e começará pelos terneiros, a exemplo do sistema uruguaio. Na próxima reunião, marcada para este mês, será abordada a operacionalidade do sistema e apresentada a base legal da rastreabilidade. Segundo Simm, um projeto de lei já está sendo desenvolvido pelo grupo de trabalho para composição do marco legal. Farsul, com edição da RF
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Número de animais connados deve alcançar 4 milhões de cabeças Connamento bovino em 2012 será estimulado pela maior disponibilidade de milho na safra 2011/12 O número de bovinos connados no Brasil deve atingir patamares recordes em 2012. Essa é a expectativa das consultorias Bigma e Agroconsult, que avaliaram os resultados do Rally da Pecuária 2011, expedição que percorreu as principais regiões de cria, recria, engorda e connamento de gado bovino em nove Estados brasileiros, entre os meses de setembro e novembro. Nessas regiões está 85% da produção de carne bovina do país. De acordo com as estimativas, o número de animais connados deve alcançar 4 milhões de cabeças no ano que vem, ante as 3,8 milhões previstas para 2011. O aumento dos connamentos é uma mudança estrutural e não conjuntural, segundo avalia o sóciodiretor da Agroconsult, André Pessôa. Para ele, "o crescimento não é um episódio fortuito por causa das secas" que atingiram as pastagens em 2010, incentivando a engorda intensiva. Ele acredita que o regime de connamento pode reduzir o tempo de abate para até 60 dias, ante 90 dias no semiconnamento.
De acordo com Pessôa, o crescimento do connamento bovino em 2012 será estimulado pela maior disponibilidade de milho na safra 2011/12, o que deve reduzir os preços do grão. Conforme estimativa da Agroconsult, o Brasil deve produzir 65 milhões de toneladas de milho na atual safra. Ainda na visão do dirigente da empresa, o connamento bovino deve continuar a crescer em 2013. Durante a apresentação dos resultados do Rally da Pecuária 2011, realizada na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), dia 29 do mês passado, Bigma e Agroconsult mostraram uma estimativa inédita para a safra nacional de pastagem, em torno de 4,9 bilhões de toneladas. "Temos que tratar pasto como safra", armou o sócio-diretor da Bigma, Maurício Palma Nogueira, antes de lembrar a necessidade de investimentos da ordem de R$ 40 bilhões para recuperar as pastagens degradadas do país. Valor Econômico, com edição da RF.
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Criadores ganham novas ferramentas para reprodução assistida de bovinos Adoção de novas tecnologias em programas de melhoramento genético causam mudanças signicativas O Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo e, Mato Grosso, o maior do país. Em função disso, a adoção de novas tecnologias em programas de melhoramento genético vem causando mudanças signicativas nos procedimentos adotados pelos criadores quanto ao manejo seletivo e reprodutivo dos seus rebanhos. Técnicas como inseminação articial, transferência de embriões, fertilização in vitro e, mais recentemente, análise de DNA bovino para identicação de marcadores moleculares, passaram a ser adotadas pelos pecuaristas. Em outros termos, a genética é hoje o principal instrumento de seleção na busca pela produção animal sustentável objetivando rentabilidade e produtividade. De acordo com o gerente da divisão de serviços genéticos IGenity da Merial Saúde Animal, Guilherme Gallerani, o marcador molecular representa uma informação conável sobre o mérito genético de touros e matrizes que serão os pais das futuras gerações, servindo para complementar as outras técnicas de reprodução assistida. Ele explica ainda que, na fase que antecede o início da estação de monta, a informação sobre o potencial genético dos reprodutores tem papel fundamental
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na escolha correta dos acasalamentos que precisam ser direcionados segundo as necessidades de melhoramento de cada rebanho. Isso signica uma inuência direta no potencial de reprodutividade dos animais. Muitas vantagens - Os benefícios da reprodução assistida por marcadores moleculares têm atraído o interesse para sua utilização em situações que envolvem a reprodução e que vão muito além da identicação de potencial genético para características produtivas. O teste de paternidade é outra ferramenta criada com a utilização da tecnologia de marcadores moleculares que começa a ser usada em larga escala no manejo reprodutivo do gado em grandes projetos de pecuária de corte comercial. Gallerani esclarece que há diferentes utilizações para os marcadores, desde a identicação de paternidade em rebanhos de múltiplos reprodutores, onde serve como uma ferramenta de avaliação de performance dos touros, até o uso administrativo das associações de raça na efetivação do registro genealógico dos animais. Gazeta Digital, com edição da RF.
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CNA quer renovar linha de crédito para aquisição de reprodutores O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, apresentou ao secretárioexecutivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Carlos Vaz, as primeiras propostas de linhas de nanciamento para a criação de gado em connamento e semiconnamento que deverão integrar o próximo Plano Nacional da Pecuária. As sugestões apresentadas durante a primeira reunião entre a CNA e o Mapa para discutir a elaboração do Plano visam contribuir para o aumento da produtividade da pecuária nacional. A CNA quer a renovação da linha de crédito de até R$ 750 mil para a aquisição de reprodutores e matrizes bovinas ou bubalinas anunciada no Plano Safra 2011/2012 Segundo Nogueira, o Brasil pretende conquistar os mercados asiáticos e exportar carne in natura aos Estados Unidos, mas para isso precisa aumentar a produtividade. "A pecuária brasileira tem tudo para crescer, mas o produtor precisa de condições para investir nas propriedades", defende o dirigente. Além da renovação da linha de crédito para a aquisição de reprodutores e matrizes, a CNA pretende incluir a possibilidade de usar os recursos desse
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nanciamento na aquisição de material genético, como sêmen e embriões, com o objetivo de melhorar a qualidade do rebanho. A CNA propôs também a criação de um mecanismo de apoio à comercialização e à aquisição de insumos pelos grandes produtores e connadores. Os limites de nanciamento atualmente em vigor atendem somente a pequenos e médios produtores. Com relação à produção sustentável, o comitê gestor do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) está avaliando a inclusão da criação de bovinos em connamento e semiconnamento entre as práticas contempladas com as linhas especiais de crédito. No sistema de connamento, os animais são alojados em uma área restrita, sendo alimentos e água fornecidos no cocho. Se comparado ao sistema tradicional de criação no pasto, o sistema de connamento proporciona diminuição de áreas de pastagem e redução das emissões de gases do feito estufa (GEE) por quilo de carne produzida. Caso o sistema de connamento seja incluído entre as práticas de produção sustentável, os produtores poderão contratar nanciamentos com as vantagens das linhas de crédito do Programa ABC. DCI, com edição da RF.
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Negócios aquecidos: "O mercado da ovelha nunca esteve tão bom" Com preços valorizados da carne e da lã, produtores estão otimistas com a temporada de verão Os ovinocultores estão apostando em bons negócios na temporada de venda de verão, que começou em novembro e prossegue até fevereiro, período em que devem acontecer 33 leilões particulares e exposições só no Rio Grande do Sul. Com carne e lã valorizados, a expectativa é alta tanto para quem está na atividade comercial quanto para quem atua na seleção genética. Segundo o leiloeiro Eduardo Knorr, desde a Expointer cresceram signicativamente os pedidos de informações de interessados em ingressar na atividade ou diversicar sua matriz produtiva. "O volume de pedido de informações tem sido muito expressivo. Tudo leva a crer que será uma bela temporada de verão", prevê. Além da produção internacional bastante ajustada e da redução das importações do Uruguai pelo Brasil, o presidente da Arco, Paulo Schwab, acredita que os ovinocultores estão estimulados com a disposição do governo federal em abrir linhas de nanciamento para elevar o rebanho.
Swchab lembra também que, no Estado, o produtor conta desde o começo do ano com o Programa Mais Ovinos no Campo, que nancia a retenção de matrizes e compra de animais. A linha estará disponível na temporada e tem R$ 40,2 milhões para aquisição. A busca aquecida, visando incrementar a produção de cordeiros atrai novos remates, como o da Cabanha Amoras, de Rio Pardo. Sem realizar leilões há três anos, o empresário Enio Müller promete estrear no Estado com a maior oferta de fêmeas PO Texel do país. O leilão será no dia 14 de janeiro, em Esteio. "O mercado da ovelha nunca esteve tão bom como no momento." A tendência é partilhada por organizadores de uma das maiores feiras comerciais do Estado: a Feovelha, marcada para 25 a 29 de janeiro, em Pinheiro Machado, que deve colocar à venda 7 mil animais. "Só ca com ovelha no campo quem quiser", garante o tesoureiro do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Max Soares Garcia. Correio do Povo, com edição da RF.
Embrapa e Emepa discutem projetos de desenvolvimento O diretor técnico Wandrick Hauss e o pesquisador Daniel Benítez, ambos da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), estiveram na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE) para uma série de reuniões sobre projetos em conjunto entre as duas instituições, nos dias 29 e 30 de novembro. Segundo Hauss, o diálogo vem em um momento em que as empresas passam por importan-tes reformulações em suas equipes de pesquisadores e nas suas estruturas físicas. Após visitar laboratórios e campos experimentais, Hauss destacou a "renovação" da Embrapa Caprinos e Ovinos e a oportunidade de integrar competências com as organizações estaduais de pesquisa agropecuária (Oepas). Segundo ele, o intercâmbio pode se ampliar, com a troca de informações e uso dos rebanhos das duas instituições para experimentos em projetos conjuntos. "A Embrapa Caprinos e Ovinos é hoje um novo centro de pesquisa, mas pode ter uma dinâmica ainda maior ao se integrar com pesquisas que estão acontecendo nos estados brasileiros. E a Emepa, hoje, é uma organização estadual com um trabalho forte na caprinocultura", frisou. Embrapa, com edição da RF. 06 28
Consumo interno de carne suína aumenta e ampara mercado Setor produtivo espera mais crescimento em 2012 e recuperação das vendas externas Depois de um ano em que as exportações deixaram um pouco a desejar e em que o mercado interno foi destaque, com aumento expressivo do consumo per capita de carne suína, o setor produtivo espera mais crescimento em 2012 e recuperação das vendas externas. Neste ano, o Brasil exportou 479.484 toneladas de carne suína até novembro, 5,03% a menos que as 504.890 toneladas de igual intervalo de 2010. Graças ao aumento dos preços médios, a receita com as vendas externas no período subiu 6,58%, saindo de US$ 1,25 bilhão, para US$ 1,33 bilhão, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne (Abipecs). Como era de se esperar, o embargo russo a estabelecimentos brasileiros exportadores, desde junho, foi o grande responsável pela queda nas exportações brasileiras de carne suína. Mesmo com o recuo, o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, considera que o ano foi favorável. "Só não foi melhor por causa da Rússia. Apesar de a Rússia estar há mais de meio ano fechada, a exportação cou quase igual", comentou. O país, que chegou a importar 400 mil toneladas de carne suína do Brasil em um ano, comprou, de janeiro a novembro deste ano 123.567 toneladas, 44,52% de aumento em relação ao mesmo intervalo do ano passado. As vendas ao país somaram US$ 385,28 milhões, recuo de 37,44% na mesma comparação. "Nunca exportamos tão pouco para a Rússia", observou o dirigente. Ele reconheceu que temia que o setor não fosse aguentar "car sem a Rússia", no entanto, as vendas conseguiram ser diversicadas. Segundo principal cliente do Brasil, Hong Kong, por exemplo, já
se aproxima da Rússia. Até novembro, importou 120.161 toneladas, alta de 33,01% ante o mesmo intervalo de 2010. De acordo com estimativa de Camargo Neto, as vendas para Hong Kong e China somadas superarão as destinadas à Rússia. O mercado chinês foi aberto este ano e os primeiros embarques aconteceram mês passado. Só três estabelecimentos brasileiros estão autorizados a vender, mas há cinco à espera de habilitação e outros 13 são "candidatos". Ainda que esteja otimista com o potencial da China e também com a esperada abertura de Estados Unidos, Coreia e Japão, Camargo Neto tentou evitar estimativas para o próximo ano. Mas não descartou alcançar entre 620 mil e 650 mil toneladas se a Rússia reabrir seu mercado e a China aumentar as compras. Da produção total de carne suína este ano, 84,7% foi absorvida pelo mercado interno, acima dos 83% do ano passado. "A produção cresceu quase 5% este ano, para 3,4 milhões de toneladas. Foram 180 mil toneladas a mais do que em 2010, que foram absorvidos integralmente pelo mercado brasileiro", disse o diretor de mercado interno da Abipecs, Jurandi Machado. Diante disso, houve crescimento de cerca de 5% no consumo per capita de carne suína no país, que subiu para 15 quilos. Esse crescimento também está relacionado, segundo Machado, à alta da carne bovina, que levou ao consumidor a migrar para o suíno. A expectativa do setor é de que a demanda por carne suína siga forte ano que vem, quando a produção deve crescer de 2% a 3%. A Abipecs também espera queda nos preços do milho usado na ração animal, fator de pressão este ano. Valor Econômico, com edição da RF.
Exportações em novembro aumentam em volume e em valor As exportações de carne suína aumentaram 0,06% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano passado (43.035 toneladas ante 43.008 t), e 13,45% em faturamento (US$ 130,61 milhões ante US$ 115,12 milhões). As estatísticas consolidadas pela Abipecs no mês mostram, também, aumento do preço médio: 13,38%. Em novembro, as vendas para a Rússia caíram 82,41% em toneladas e 81,73% em valor. O Brasil exportou 2.835 t e faturou US$ 9,28 milhões, em relação a 16.122 t no mesmo mês de 2010 e US$ 50,76 milhões. Assim, as vendas para Hong Kong, segundo principal destino para a carne suína, estão quase encostando nas da Rússia. No acumulado do ano, o Brasil exportou 120.161 t para Hong Kong, em comparação com 123.567 t para a Rússia. Houve um crescimento de 33,01% nas exportações para Hong Kong, em volume, nos onze primeiros meses do ano. No período, o faturamento cresceu 66,12%. A estimativa é que em 2011 Abipecs, com edição da RF. as vendas para Hong Kong superem as dirigidas à Rússia. 06 30
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ABCS apresenta Agenda Parlamentar da Suinocultura 2012 Num encontro que reuniu mais de 70 participantes entres líderes políticos e representantes de todas as associações estaduais de suinocultura, dia 22 de novembro, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) apresentou a agenda parlamentar da suinocultura para 2012, cujo objetivo é aprofundar a discussão sobre as necessidades na suinocultura. Em seu primeiro ano, a agenda priorizará o debate dos projetos de lei que vigoram na Câmara dos Deputados e também no Senado Federal. O objetivo da Agenda Parlamentar é acompanhar e incentivar a criação de Projetos de Lei que beneciem a suinocultura brasileira. Para tanto, a entidade tem realizado encontros semanais com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com a nalidade de estimular a ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento da atividade em âmbito nacional. Conra abaixo os cinco grandes projetos que estão sendo assistidos pela entidade: • Projeto de Lei, nº 8.023/2010, de autoria da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - dispõe sobre a Integração Vertical na agropecuária e estabelece condições, obrigações e responsabilidades nas relações contratuais entre produtores integrados e agroindústrias integradoras. • Projeto de Lei do Senado, nº 330/2011, de autoria da Senadora Ana Amélia - trata da Integração Vertical na agropecuária. Esses dispositivos têm como objetivo regular e normatizar a relação entre produtores integrados e agroindústrias. A aprovação desse PLS, assim como do PL 8.023/2010, trará be-
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nefícios para toda a cadeia produtiva, aumentando a eciência das relações contratuais e promovendo ainda mais o Brasil como referência na suinocultura mundial. • Projeto de Lei, nº 7.416/2010, de autoria do Senador Valdir Raupp - trata da inclusão da carne suína na pauta de produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), evitando, assim, que a volatilidade do preço dos insumos possa inviabilizar a produção de suínos (como o milho, por exemplo, que saiu de R$15,00/saca 60kg para R$32,00/saca 60kg em algumas regiões do País). • Projeto de Lei, nº 5.194/2005, de autoria do Deputado Ronaldo Caiado - determina que frigorícos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) informem, diariamente, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento os preços, quantidades e outras características dos bovinos adquiridos para abate. Também é objeto de interesse da suinocultura brasileira, no sentido de que seja proposto um mecanismo similar para o abate de suínos e, assim, favorecer a transparência e evitar a especulação na formação de preços. • Emenda do Plano Plurianual 0029/2011 - visa a implantação de centro de inteligência e formação em defesa agropecuária. Tem como objetivo reestruturar, implementar e coordenar o Sistema Unicado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA, e aperfeiçoar e modernizar os processo operacionais da defesa agropecuária para ampliar o alcance e a abrangência dos seus serviços em todo o território nacional. ABCS, com edição da RF.
Por Danielle Michelazzo
Exercício seguro da profissão EMPRESAS
DENTRO DA LEI, FUNCIONÁRIOS
DENTRO DO PADRÃO
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midade elevada, baixa temperatura, barulho, resíduos químicos, objetos perfurocortantes, equipamentos de precisão etc. São muitos os fatores que acabam expondo os funcionários de uma indústria, no exercício diário de suas funções, em situações que exigem o máximo de atenção. O mesmo ocorre em plantas frigorícas, que requerem um cuidado ainda maior: frigorícos trabalham com alimentos. “Além de proteger as pessoas que nelas trabalham, é necessário se preocupar com as pessoas que consomem os produtos, pois ambos correm risco à saúde caso não tenham todos os cuidados com os produtos que produzem”, explica o representante Bracol em Santa Catarina, Nelson Flores. Um frigoríco possui vários setores. Entre os mais importantes estão a área de abate, da desossa na linha de produção e de armazenagem dos alimentos já embalados. As vestes e equipamentos de proteção individuais (EPI's) obrigatórios nessas três fases não são os mesmos, havendo cada setor suas peculiaridades em atendimento às questões de segurança. “Todos os EPI’s utilizados nos setores produtivos são caracterizados pelos riscos que estarão expostos os colaboradores como, por exemplo, riscos físicos, químicos, biológico, acidentes e ergonômicos. A partir do reconhecimento dos riscos é que são classicados os EPI’s adequados”, relata a engenheira de alimentos da
ESEG - Equipamentos de Segurança do Trabalho Ltda., Thais Araujo Alves. Segundo o gerente comercial da Prevemax, Robson Piran, essa avaliação técnica deve ser feita por prossionais responsáveis na área através de laudos nos quais são descritos os EPI's cabíveis para cada respectiva atividade. “Dos mais comuns podemos citar: botas de PVC, sapatos de segurança hidrofugados, meias térmicas, roupas térmicas, aventais, mangotes, capas e luvas, entre outros, havendo ainda a exigência pelo CA [certicado de aprovação]”. Abate Cada setor dentro de um frigoríco tem seu risco de acidente e exige proteções diferentes. No setor de abate, são necessárias calça, camisa, touca, capacete, protetor auricular, bota de PVC branca e luva de látex natural ou nitrílico – normalmente com cano longo, ou uso de mangote, para evitar contato com umidades e escoriações causada pelos animais. “Nesse setor ainda não é exigido o rigor do branco, pois se está iniciando o manuseio do animal. Nesse caso, botas e luvas servem para proteger o trabalhador dos riscos da atividade no manuseio do animal (cascos, sangue e outros uídos) e da ferramenta utilizada no abate”, como conta o
supervisor Bracol da região de São Paulo, Gerson Lima. Já a vendedora da Danny Com. Imp e Exp. Ltda., Maria Alves, complementa explicando que como nesse procedimento o risco é de corte, as luvas são de extrema necessidade. “Devem ser usadas luvas tricotadas em os de aço resistente a corte e que tenham uma excelente exibilidade para facilitar o manuseio das peças de carne e o uso da faca evitando, assim, a fadiga e o cansaço do colaborador nos movimentos repetitivos, na mão que o colaborador segura a faca”. Ainda segundo ela, mesmo que o risco de acidente seja menor no momento do abate do que em outros setores, é indicado o uso de pelo menos uma luva com média resistência a corte, para o caso da faca escorregar. Na outra mão, como o risco é maior, o ideal é que seja utilizada uma luva com resistência ainda maior. “A resistência indicada é de pelo menos 4 os de aço ou a combinação de os de aço e os dyneema, que proporciona uma maior resistência, exibilidade e durabilidade mesmo após a higienização da luva. Ademais, sempre deve ser colocada uma luva de látex clorinada por cima visando a proteção do alimento, de forma a evitar o contato direto com a luva tricotada no caso de higiene”. No abate de aves, a particularidade ca por conta da adoção de equipamentos para proteção facial ou óculos “contra respingos e poeiras”, pontua Flores. Desossa Julgando-se pelo alto risco de acidentes, o setor de desossa, por sua vez, exige ainda mais acessórios de proteção, que vão além da calça, camisa, touca, capacete e protetor auricular. Conforme ressaltam os representantes da Bracol, as luvas e calçados utilizados nesse departamento são bastante especícos, principalmente para proteger os trabalhadores do contato com sangue, umidade e outros uídos. “Os uniformes devem ser brancos, para melhor identicação de sujeiras, e usam-se aventais descartáveis com manga. Quanto aos calçados, são utilizadas botas de PVC e calçados em couro branco, dependendo da umidade do ambiente”, relata Flores. “É necessário o uso de luva de látex na mão que
“Todos os EPI’s utilizados nos setores produtivos são caracterizados pelos riscos que estarãoexpostososcolaboradores como, por exemplo, riscos físicos, químicos, biológico, acidentes e ergonômicos. A partir do reconhecimento dos riscos é que são classificados os EPI’s adequados.” Thais Araujo Alves - ESEG-
empunha a faca, e luva de aço ou resistente a corte [de aço inox, o Spectra e ou de os de aço] na mão oposta”, complementa Lima. Maria, por sua vez, relata que em função dos riscos de corte – que são ainda maiores que no momento do abate –, o colaborador que trabalha na desossa dos animais deve usar um avental confeccionado em malha de aço. “O avental de malha de aço é muito importante, pois existe a desossa de peças de carne muito grande, o que aumenta o risco de acidente no tórax, abdômen, pernas e braços”. Sobre as luvas utilizadas nesse setor ela lembra, ainda, uma importante particularidade: o comprimento do acessório. “Para os braços também existe as luvas em malha de aço com a extensão do punho que vai até 19cm, e a luva super longa que tem a extensão do punho de até 50cm de comprimento e que protege até o ombro, evitando, assim, os riscos de acidente no braço e antebraço”. Detalhe não menos relevante, a densidade das luvas também deve ser observada. Isso porque como a malha de aço é confeccionada por elos em aço, “quanto mais espesso for, maior será a proteção, pois se torna mais resistente a
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qualquer impacto”, explica a vendedora da Danny. Linha de produção e armazenagem Ambientes um pouco menos agressivos do que os setores de abate e desossa, a linha de produção e a área destinada à armazenagem de produtos cárneos também exigem, ainda assim, cuidados especiais com a saúde e segurança no trabalho. “Na linha de produção, geralmente utilizam-se calçados de couro branco (se for ambiente com piso seco) ou bota de PVC (se úmido), enquanto que as luvas variam entre as tipo cirúrgicas, látex natural e borracha nitrílica. Já no armazenamento, usam-se botas de PVC ou de couro com proteção térmica, dependendo, se ambiente muito úmido ou não”, diz Lima. No setor de armazenagem dos alimentos já embalados, conforme explana Maria Alves, o maior risco diz respeito à baixa temperatura, pois os alimentos devem ser conservados em baixa temperatura para manterem suas propriedades e carem aptos ao consumo. “A baixa temperatura vai de 0º graus até -45º graus, ao que os colaboradores devem usar vestimenta adequada para essa temperatura, como calça, japona, touca modelo ninja, meia, bota e luvas, todos térmicos para evitar o contato extremo com a baixa temperatura, além do protetor auricular e capacete”. Ela aponta, ainda, que mesmo com a vestimenta necessária, o colaborador precisa variar o tempo de permanência dentro da câmara fria ou túneis de congelamento. “Para cada 30 minutos dentro da câmara, devem descansar 10 minutos fora do ambiente frio”, arma. Diretrizes técnicas De acordo com o técnico de Segurança do Trabalho da ESEG, Wilson Araujo Alves, os uniformes
utilizados em plantas frigorícas devem seguir as diretrizes do Regulamento Técnico que estabelece os Parâmetros e Critérios para o Controle HigiênicoSanitário em Estabelecimentos de Alimentos. Aprovado pela Portaria CVS-6/99, de 10/03/99, da Diretoria Técnica do Centro de Vigilância da Secretaria de Estado da Saúde, a norma determina o uso de “uniformes completos, de cor clara, bem conservados e limpos e com troca diária de utilização somente nas dependências internas do estabelecimento”. Sobre a cor clara a que se refere o regulamento, Alves é taxativo. “Os uniformes e EPI’s na cor branca são sinais de boa higiene”. Seguindo o mesmo entendimento, a vendedora da Danny, Maria Alves, declara que os uniformes devem ser brancos por conta das exigências e regras do Sistema de Inspeção Federal, do Ministério da Agricultura (SIF) e da Anvisa, “por questões de higiene e transparência no caso de sujidade da vestimenta, pois no local de uso é feito o manuseio de alimentos”. No caso das luvas, quando a cor é diferente, ela conta que isso ocorre para diferenciar cada setor que usa o material. Como exemplo ela cita as luvas de látex, que existem nas cores amarela, azul e verde. “As azuis são usadas nas áreas de abate e desossa, as amarelas são usadas nas áreas de limpeza e higienização, e as verdes na limpeza industrial em geral. Esse sistema de diferenciação de cor de luvas é somente para organização dos setores que usam o material”. “A cor branca normalmente atende a requisitos do segmento em questão. As cores diferenciadas, como no exemplo das luvas, já existem padrões pré-denidos, entre elas luvas azuis látex, verdes nitrílicas, descartáveis, nitrílicas azuis, entre outras. ormalmente a denição é dada pela especicação da área Técnica, pelo setor da qualidade de cada empresa e pelo SIF”, complementa o gerente da Prevemax, Robson Piran. RF
“É de responsabilidade da empresa que logo no início do processo de compra do EPI opte por um produto que esteja de acordo as normas elegislaçõesdomercado.ObterumprodutoquepossuaoCertificado de Aprovação é garantir o mais alto nível de proteção e segurança ao funcionário.” Marina Uccelli - Sete Léguas (marca de EPI da empresa Alpargatas)
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Fotos: Bracol
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Por Carolina Sibila
ESTUFAS Equipamentos estão se adaptando cada vez mais para atender às necessidades do mercado
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uito se tem falado nos últimos anos sobre o efeito estufa. Esta é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, mas, aproximadamente 35% da radiação que o planeta recebe é reetida de novo para o espaço, cando os outros 65% retidos na Terra. Isto se deve principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o dióxido de carbono e metano, presentes na atmosfera, que retêm esta radiação no planeta, gerando efeito caloríco dos mesmos. Nos frigorícos, as estufas, que são equipamentos fundamentais, funcionam de forma similar ao efeito estufa, pois são responsáveis pelo cozimento e a defumagem dos produtos cárneos. Segundo o diretor de marketing da Brusinox Indústria e Comércio de Máquinas e Equipamentos, Daniel Bacca, o cozimento é realizado por meio de aquecedores para vapor direto e vapor indireto, com ventiladores para circulação do ar aquecido na câmara do equipamento. Já para a defumagem, é utilizado o gerador de fumaça, que é conhecido como “fumeiro” e é opcional, ou adaptação de bico para injeção de fumaça líquida. A defumação por meio de fumeiros é o método mais tradicional e artesanal, no qual as peças dos produtos cárneos, dentro das estufas, são envolvidas por fumaça proveniente da queima de serragem de madeiras. Mais recentemente, a defumação tem sido efetivada pelo uso da chamada “fumaça líquida”, que é uma solução
aquosa produzida industrialmente, for-mada pela condensação e tratamento da fumaça proveniente da queima de madeiras. Este insumo é adquirido de terceiros pelos frigorícos. Normalmente, esse processo é realizado pela imersão das peças cruas do produto em um banho contendo a “fumaça líquida” ou, ainda, pela aspersão da solução deste composto sobre as peças de carne, o que é feito sob condições controladas de tempo, temperatura e concentração de “fumaça líquida”. A impregnação dos compostos da fumaça no produto durante o cozimento confere a ele as características típicas de produto defumado. Equipamento De acordo com Bacca, o equipamento pode ser fornecido nas capacidades de 1 a 16 carros e sua fabricação totalmente modular pode ser facilmente adaptada às novas capacidades. ”A estufa é fabricada totalmente em aço inoxidável, com paredes duplas e isolamento entre elas. Todos os componentes de aquecimento e ven-tilação estão localizados na parte superior, além de motores elétricos trifásicos de alto rendimento e painel elétrico. As portas são de vedação hermética, com fecho tipo cremona e manípulo interno e externo, que possibilitam o travamento em três pontos”, explica. A manutenção das estufas também é um processo de extrema importância. O proprie-tário
“O proprietário das máquinas deve obedecer a um planodemanutençãopreventiva.Casocontrário,além da desuniformidade de cor e temperatura de saída do produto, pode-se ter muitas perdas de energia, aumento no tempo de cozimento e também prejuízos imensuráveis.” ec
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das máquinas deve obedecer a um plano de manutenção preventiva. “Caso contrário, além da desuniformidade de cor e temperatura de saída do produto, pode-se ter muitas perdas de energia, aumento no tempo de cozimento e também prejuízos imensuráveis, colocando em risco a saúde das pessoas ao consumirem um produto de péssima qualidade devido ao mau estado de conservação e não padronização do equipamento”, alerta Bacca. Mortadela Sinônimo de falta de sosticação para muitos, a mortadela está entrando em cena para ocupar espaço de protagonista em lares, bares e restaurantes. Eleita por grandes chefs de cozinha como o embutido vedete da estação, por conta disso, pratos elegantes estão surgindo tendo a mortadela como atração principal. Mas, para chegar ao sabor inconfundível e tão apreciado nas mesas de tantas pessoas, o que muitos não sabem é que existe por trás um longo processo de fabricação dentro dos frigorícos que envolve, inclusive, um período dentro de estufas. De forma resumida, as matérias-primas (dianteiro bovino e paleta suína, por exemplo) são retiradas da câmara fria e levadas para a sala de manipulação, para serem moídas e picadas (toucinho). O material cárneo cominuído é colocado no cutter juntamente com os demais ingredientes, por aproximadamente 8 minutos, para obter uma massa renada. Em seguida, a massa é colocada na misturadeira juntamente com o toucinho picado para depois seguir para a embutideira em carrinhos de aço inox do tipo caçamba, onde será envolvido por bexiga natural bovina. O produto embutido é colocado em carrinhos do tipo gaiola e levado à estufa, para passar, então, ao processo de cozimento: 2 horas a 60ºC com a chaminé aberta, 2 horas a 75ºC com a chaminé fechada. Com a chaminé fechada, mantem-se a temperatura a 85ºC até atingir 74ºC internamente. Terminado o processo de cozimento é realizado o banho com água fria para baixar a temperatura. Quando o produto estiver seco, ele é passado pelo banho de verniz impermeabilizante (grau alimentício). Então a mortadela, após devidamente embalada, é levada á câmara de resfriamento para produto acabado, com temperatura entre 3ºC e 5ºC, onde aguardará sua saída para o mercado consumidor. RF 39
Injetoras garantem qualidade, sabor e maciez aos produtos cárneos
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esde o abate e durante todo o processo de as peças de carne. A desvantagem é que alguns manipulação do produto, a carne perde granequipamentos não podem trabalhar com peças com de parte de seu líquido, independente do osso, que podem ocasionar a quebra das agulhas e tipo (bovina, suína, aves, peixes etc). Para repor seu grande investimento, que pode ser superior a todo este líquido e devolver à carne todo o sabor, R$100.000,00. na indústria frigoríca, são utilizadas as máquinas injetoras. Cuidados Atualmente, existem no mercado três tipos de máquinas injetoras: as manuais, as semiautomáticas Uma injetora em mau estado de conservação ou e as automáticas. As manuais, também chamadas fora dos padrões pode acarretar muitos prejuízos. de seringas, possuem um pequeno reservatório em A empresa Inject Plus arma que a conservação do que são pressionadas manualmente para liberarem equipamento é imprescindível para inibir a perda o produto por uma única agulha. Isso exige grande de produto de injeção, injeção desuniforme e, até esforço do operador e fadiga e, por não disponibilizar mesmo, a contaminação das peças de carne. Por isso pressão, pode ocasionar no acúmulo do produto em o equipamento deve ser periodicamente analisado determinadas partes da peça de carne. com relação a entupimentos porque, com acúmulo, Já os equipamentos semiautomáticos são elétripode sanar a saída de produto durante o trabalho de cos ou pneumáticos, em que o operador introduz injeção. as agulhas na carne e liberam o produto por meio A limpeza prévia logo no início do ciclo de inde pedal (nos elétricos) ou gatilho (nos pneumátijeção também é fundamental para retirar qualquer cos) com pressão fornecida pelo sistema do equiimpureza do sistema no período de descanso do pamento. equipamento na troca de produto de injeção, para A grande vantagem deste sistema é o baixo custo não ocorrer contaminações que acarretem em baixa de investimento, que gira em torno de R$ 3.000,00 a qualidade do produto nal. R$ 15.000,00 para implantação do sistema. Outro ponto que merece Manipulação destaque é a pressão, que dissipa “Todo produto cárneo pode ser o produto uniforme na peça de injetado. No mercado, existem Todo produto cárneo pode ser carne, devendo apenas ser dosada produtos para diferentes tipos injetado. Tanto que no mercado a porcentagem a ser injetada pelo existem produtos para diferentes de aplicação, com formulações tipos de aplicação, com formulações operador para não sobrecarregar de produto.Nestes, existe a possi- direcionadasacadatipodecarne direcionadas a cada tipo especíco bilidade de injetar peças com ou e necessidade de produto final". de carne e necessidade de produto sem osso e, ainda, a possibilidade nal. de troca de agulhas, podendo ter Com relação à manipulação do de 1 a mais de 20 agulhas em seu sistema para produto injetado, deve ela ser fei-ta observando os injeção. cuidados e seguindo todas as re-gras da manipulação Por m, as injetoras automáticas são equipamento da carne in natura, tal como a conservação em maiores, que tra-balham com grande quantidade ambiente refrigerado. de agulhas, esteira alimentadora e sistema de Vale lembrar que alguns produtos que também regulagem da quantidade versus a pressão a ser podem ser encontrados no mercado trabalham com colocada, dependendo do tipo de produto a ser conservantes, que aumentam a vida útil do produto injetado. Neste, os operadores devem apenas suprir nal, e outros por processos posteriores à injeção, o sistema de produto de injeção e a esteira com que podem ser isentos de refrigeração. RF 06 40
Foto: Arquivo
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Erradicação da aftosa é fator prioritário para o CAS A erradicação da febre aftosa é prioritária para os países que formam o Conselho Agropecuário do Sul (CAS). A declaração foi assinada pelos ministros Julián Domínguez (Argentina), Nemesia Achacollo (Bolívia), Mendes Ribeiro Filho (Brasil), José Antonio Galilea (Chile), além do vice-ministro de Agricultura do Uruguai, Daniel Garín, e do diretor Planejamento Rural do Ministério da Agricultura (Paraguai), Pánlo Alberto Ortiz, no dia 23 de novembro. Os ministros e seus representantes participaram da 21ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), em Brasília. Os integrantes do Conselho reiteraram o apoio de recursos técnicos e nanceiros sucientes necessários para que o Paraguai supere satisfatoriamente esta situação e recupere a condição de livre de febre aftosa com vacinação, no menor tempo possível. O representante do ministro paraguaio apresentou, durante o encontro, relatório sobre a situação da febre aftosa naquele país. Pánlo Ortiz fez uma apresentação sobre as causas e consequências do surto da doença no Paraguai, istrado no último mês de setembro. O ministro da Agricultura do Brasil, Mendes Ribeiro Filho, atual presidente pro tempore do CAS, disse que os colegas de pasta propõem às autoridades paraguaias que recebam os prossionais do Comitê Veterinário Permanente para desenvolver atividades inerentes a melhoria do status sanitário. “As enfermidades, em especial a febre aftosa, não reconhecem fronteiras e colocam em risco toda a região, por isso a coordenação das ações para consolidar os avanços alcançados nos últimos anos”, armou. Outro assunto da declaração foram as negociações agrícolas internacionais entre os ministros e representantes do CAS. Eles acreditam que o comércio internacional desempenha importante função no desenvolvimento econômico e no alívio da pobreza, componentes para a solução da insegurança alimentar que enfrentam os países em desenvolvimento. De acordo com Mendes Ribeiro Filho, a falta de avanços na negociação agrícola da Rodada de Doha, lançado há mais de 10 anos, é preocupante. “Os ministros do CAS consideram indispensável a conclusão da negociação agrícola e a eliminação de toda forma de subvenções a exportação em 2013. Desta forma, será possível reduzir substancialmente a ajuda interna e melhorar as condições de acesso a mercados”, complementa. De acordo com o Mapa, mais informações podem ser obtidas no site www.consejocas.org. Mapa, com edição da RF.
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Governo vai questionar a União Europeia na OMC por causa da carne É "decisão unânime" do governo brasileiro abrir processo contencioso contra a UE O governo brasileiro está decidido a abrir na Organização Mundial do Comércio (OMC) um processo contencioso contra a União Europeia, por restrições à importação de carne, informou o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto. A decisão, discutida pelos técnicos dos ministérios da Câmara de Comércio Exterior há cerca de seis meses, dependia apenas da decisão do setor privado de arcar com os custos da disputa na OMC, mas, segundo o jornal Valor Econômico, não depende mais: a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) assumirá a conta. Os executivos da Abiec informaram ao governo que já concluíram a engenharia nanceira para custear o processo, que nesses casos pode chegar às centenas de milhares de dólares e será nanciado com contribuição dos exportadores segundo um per-centual de suas vendas ao exterior. De acordo com Porto, a Abiec quer formar um "colchão", até o começo do próximo ano, antes de abrir formalmente o contencioso, em decisão a ser ocializada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). O caso contra a União Europeia – que a Camex também ameaça processar na OMC por barreiras à carne de frango – será baseado na contestação das exigências de uma decisão comunitária conhecida como resolução 61, que cria credenciamento individual de fazendas brasileiras por veterinários europeus, além da obrigação de rastreamento dos bovinos desde o desmame. Segundo um técnico que acompanha o assunto, a exigência, que não é feita a outros países, foi criada com base nas demandas de controle da doença da vaca louca, inexistente no Brasil. Negociações - Enquanto não ocializa a decisão, o governo segue negociando a exibilização das exigências da União Europeia, sem sucesso até agora – e com poucas chances de êxito, tratando-se de um interlocutor imerso em profunda crise econômica e política. Na primeira quinzena de outubro, em Bruxelas, o chefe do departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias do Ministério da Agricultura, Otávio 06 44
Cansado, cheou uma missão de negociações com as autoridades europeias, em que os técnicos deixaram claro que só o alto escalão político da União Europeia tem poder sobre a questão. Em contatos mais recentes feitos com Brasília, os europeus deram sinais de que poderia haver boa vontade da Comissão Europeia, mas o governo brasileiro está cético em relação à possibilidade de resolver o caso antes da abertura do contencioso na OMC. Isso porque as exigências contra a carne brasileira têm o aval do conselho de ministros da Europa, onde representantes de países como a Irlanda são ativos na defesa de barreiras à carne brasileira. Embates - Com as restrições na compra de carne, as vendas aos europeus reduziram-se a quase um quinto do que eram há seis anos, e os exportadores brasileiros não conseguem volume suciente de gado dentro das especicações europeias para cumprir a chamada cota Hilton, de cortes bovinos de maior qualidade e melhor preço. O tema chegou a fazer parte dos pontos a serem levados pela presidente Dilma Rousseff aos encontros com líderes europeus na viagem presidencial a Bruxelas em outubro. Mas o governo preferiu evitar esse tipo de assunto e concentrar a discussão na crise europeia e na agenda positiva entre o Brasil e o bloco. Há ainda outro problema entre Brasil e Europa em relação às exportações de carnes, com a proibição europeia de entrada de carne suína contendo a substância raptomanina. Essa discussão, porém, está em debate em outra instância, o Codex Alimentarius, que registra substâncias aprovadas para consumo humano, no âmbito das Nações Unidas e da Organização Mundial da Saúde. A abertura de processo contra a União Europeia pelas restrições à venda de carne bovina é vista no governo como uma forma de abrir espaço na agenda política europeia para remoção das barreiras que prejudicam o Brasil, admite Célio Porto. O momento exato da ocialização do contencioso está nas mãos do setor privado. "O Itamaraty está pronto para iniciar o contencioso, tão logo haja fundos", garante. Fontes do Itamaraty conrmaram a disposição ocial. Rastreabilidade também gera entrave - O Brasil está também solicitando à União Europeia que retire a exigência de que a lista de fazendas aprovadas para fornecer bovinos para abate e venda
da carne in natura ao bloco seja publicada no diário ocial europeu. Essa é uma das fases do processo de certicação das unidades rastreadas e cujos dados fazem parte do Sisbov. Segundo o diretor de Programas do Ministério da Agricultura, Ênio Marques, a publicação no diário o-cial europeu é desnecessária. Por essa simples razão, a intenção do Brasil é reduzir a burocracia no processo. Marques esteve em Bruxelas dia 22 de novembro discutindo o tema na DGSanco, a Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia. Ele disse que os europeus reconheceram que houve avanços no sistema brasileiro de rastreabilidade nos últimos anos. Agora, o Brasil enviará correspondência ao órgão solicitando o m da exigência. Desde o início de 2008, a UE exige que apenas uma lista restrita de fazendas, com a rastreabilidade comprovada no Sisbov, forneça animais para abate e venda ao bloco. O bloco europeu alegou falhas no sistema de rastreabilidade do gado bovino no Brasil como fundamentação para as exigências. Por conta dessa medida, atualmente, pouco mais de duas mil propriedades brasileiras são autorizadas a fornecer carne aos europeus. Valor Online, com edição da RF.
Frango brasileiro é destaque em programa de televisão japonesa O frango brasileiro foi destaque na programação de novembro da TV estatal japonesa NHK, um dos mais importantes canais de televisão daquele país. O setor avícola brasileiro foi tema de matéria e entrevista com o Presidente Executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra. Com mais de 45 minutos de duração, a reportagem buscou investigar os diferenciais que fazem o frango brasileiro ser tão apreciado pelo consumidor japonês, segundo maior importador do frango brasileiro, tendo comprado 315 mil toneladas entre janeiro e setembro de 2011. Na entrevista, Turra ressaltou a qualidade da produção nacional, a atenção às questões sanitárias e destacou a força da agroindústria nacional frente às adversidades do mercado internacional. “Foi uma excelente oportunidade para mostrar para o consumidor japonês todo o empenho de nosso setor para proporcionar um produto realmente diferenci-]ado, que justica nossa liderança nas exportações globais de frangos”. Ubabef, com edição da RF.
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Guerra aos clones na Europa ameaça exportadores de gado A União Europeia (UE) está preparando restrições à venda de carne derivada de animais clonados, abrindo um novo fronte na batalha que envolve a engenharia alimentar contra poderosos produtores modernos, como a Argentina, que cada vez mais clonam bovinos, suínos e outros gados. A Comissão Europeia, o conselho executivo do bloco, está trabalhando na proposta de um veto ou plano de rotulação rigoroso para a importação de carne, laticínios e outros produtos derivados dos descendentes de animais clonados, dizem os ociais da UE. A batalha faz parte de um conito maior que envolve o futuro da agricultura global e reete outras disputas envolvendo organismos geneticamente modicados, ou transgênicos, a presença de hormônios na carne e de cloro na produção de frango. Enquanto isso, a Argentina está emergindo como o porta-estandarte da carne clonada. Cinco operações pioneiras no país encheram seus currais de clones bem-sucedidos, recebendo o apoio – e pouca interferência – do governo, das empresas privadas e universidades.
"Não há razão cientíca para se regular a clonagem", diz o chefe de gabinete do Ministério da Agricultura argentino. "Em cinco ou seis anos, a Argentina será a maior exportadora de produtos transgênicos e clonados do mundo, mas temos que contornar a resistência da União Europeia". A maioria dos países da UE, com exceção da Dinamarca, permite a importação de carne derivada de clones, mas com 58% dos europeus contrários a essa noção, de acordo com uma pesquisa da Comissão Européia, os reguladores de Bruxelas estão debatendo uma proibição antes que a prática se torne comum. Atualmente, há menos de mil bovinos, porcos, cabras, mulas e cavalos clonados no mundo, arma a Organização da Indústria de Biotecnologia, sediada em Washington. Mas esse número está crescendo e os custos estão caindo. Defensores da prática dizem que a clonagem de animais de qualidade superior pode potencialmente melhorar a genética e a produtividade, diminuindo custos. De acordo com o diretor de biotecnologia animal da Organização da Indústria da Biotecnologia,
David Edwards, a clonagem "é uma tecnologia de reprodução que ajuda os produtores a criarem animais mais saudáveis e contribuir para uma produção mais consistente de alimentos". Kartika Liotard e outros membros do Parlamento Europeu buscam regras tão rígidas quanto possível, incluindo uma moratória não só à importação de animais clonados, como à carne da sua prole. Eles querem, no mínimo, uma rotulação rigorosa que reduza efetivamente e desestimule a importação desse tipo de carne devido aos custos adicionais. Isso levou o Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado, a alertar sobre uma guerra comercial. "É um assunto muito delicado, e ainda estamos reetindo", disse Frederic Vincent, porta-voz de John Dalli, comissário da política de saúde e do consumidor. Segundo ele, a comissão deve propor uma legislação em 2012, ainda sem data marcada. Se a comissão adiar sua proposta, o Parlamento deverá impor sua própria lei, diz Kartika Liotard. Caso a UE vá adiante com este plano, certamente vai irritar grandes exportadores, como o Brasil, a Austrália, a Argentina e os Estados Unidos, que continuam fazendo experimentos com a clonagem e se uniram para incentivar outros governos a apoiar a prática.
A Argentina está fazendo pressão para avançar de todas as formas. No laboratório de biotecnologia da Cabaña Milenium em Buenos Aires, os cientistas clonaram 11 animais, incluindo cabras, ovelhas, porcos e um dos melhores touros Bradford do país – Pascual. "O desenvolvimento tecnológico é uma das minhas obsessões, porque é onde vamos tornar nossas vantagens agrícolas competitivas", disse a presidente argentina, Cristina Kirchner. Para clonar animais, os cientistas retiram amostras da pele de matrizes altamente valorizadas, extraindo seu DNA e substituindo o DNA de um embrião em desenvolvimento pelo do progenitor desejado. O embrião é então inserido numa fêmea que dá à luz uma cópia genética exata do animal em questão. Apesar da conclusão dos EUA de que a carne e o leite de descendentes de clones não oferecem nenhum risco adicional, a indústria precisa informar ao público sobre o processo de clonagem para superar a oposição, disse a conselheira de biotecnologia para a FDA, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA, Larisa Rudenko. O Departamento de Agricultura dos EUA solicitou aos produtores de carne que mantenham os clones (mas não sua prole) fora de mercados que se opõem à prática. The Wall Street Journal no Valor, com edição da RF.
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Norma do Mapa altera uso de anabolizantes em bovinos de abate Animais com a presença de substâncias proibidas poderão ter a movimentação impedida O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alterou um detalhe da regra que determina o uso de anabolizantes em bovinos de abate. Pela legislação anterior – descrita na Instrução Normativa nº 10, de 27 de abril de 2001 – qualquer substância utilizada para ns de crescimento e ganho de peso, até mesmo um grão de soja usado na alimentação dos animais, poderia ser classicada como anabolizante e, portanto, proibida. A Instrução Normativa nº 55, publicada no Diário Ocial da União (DOU), no dia 2 de dezembro, corrige essa determinação. A IN mantém facultativa a aplicação de hormônios ou assemelhados para ns terapêuticos e reprodutivos, como sincronização do cio de vacas e transferência de embriões, entre outras atividades. Segundo o diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários do Mapa, Ricardo Pamplona, a alteração tem como nalidade aprimorar o texto e esclarecer a regra. Ele salienta que os produtos permitidos não acarretarão riscos para a
saúde humana, pois se tratam de produtos de uso pontual e não contínuo. Permanece proibida a importação, a produção, a comercialização e o uso de substâncias naturais ou sintéticas, com atividade anabolizante hormonal, para engordar os animais. A scalização caberá ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Mapa. Os animais com presença comprovada de anabolizantes hormonais serão identicados e não poderão ser movimentados por um período de seis meses. Também segue proibido o uso dos anabolizantes do grupo estilbeno (Hexestrol, Dienestrol e Dietilestilbestrol). Caso seja comprovada a presença de al-guma dessas substâncias no laudo laboratorial, os bovinos serão abatidos compulsoriamente, no prazo máximo de 15 dias, contados a partir da data de noticação. Ademais, as carcaças dos animais sacricados não poderão ser destinadas ao consumo humano ou animal, e deverão ser incineradas. Mapa, com edição da RF.
Setor de carne se mobiliza, muda postura e agora defende TAC A indústria brasileira de carne bovina dá indícios de uma mudança importante de postura. Às voltas com questões jurídicas, o setor se mobiliza para costurar um compromisso único de defesa da Amazônia, traduzido em um futuro acordo com a Justiça de não comprar animais para abate de áreas com problemas ambientais e trabalhistas. Até hoje, tem funcionado assim: pego em agra por aceitar bois de áreas desmatadas, o frigoríco rma um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal e tenta resolver o problema. A questão é que esses TACs, de forma individual, não conseguem salvar a oresta e ainda promovem o que o setor chama de "competição desleal" entre as indústrias. "Se um frigoríco não compra de um fornecedor que não faz a coisa certa, outro vai lá e pega [os bois]", arma o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli. Sinal disso veio com um relatório da JBS, maior empresa de carne bovina do mundo, apresentado no mês passado ao MPF. O documento arma que a empresa rejeitou desde o início do ano passado dois milhões de bois para o abate por serem de áreas de conservação ambiental, terras indígenas e fazendas que usam trabalho análogo à escravidão. Segundo o relatório entregue à Justiça, 3.864 propriedades rurais no Mato Grosso e Amazonas 06 48
enquadram-se nesses casos. "Diante das irregularidades, a JBS evitou adquirir o gado, mas vericou que os animais foram vendidos a outros frigorícos", fez questão de salientar a empresa. A necessidade de rmar tantos acordos, cada qual com a sua peculiaridade, tornou-se uma dor de cabeça jurídica para os frigorícos. Além de consumir tempo e recursos humanos, ainda arranha a imagem da empresa. Somente no Pará, as indústrias de carnes somam cerca de 38 TACs, incluindo indústrias de pequeno, médio e grande porte. No Acre, foram rmados 14. No Mato Grosso, outros três acordos. "Não faz sentido cumprir uma coisa em um Estado e em outro não", diz o procurador do Pará, Daniel Azeredo Avelino, que há pelo menos dois anos defende a necessidade de um compromisso nacional do setor de carnes. "As indústrias nunca toparam. Mas acho que agora perceberam que este é um processo irreversível. O próximo passo é eles fazerem uma proposta ao MPF". A ideia de unicação de prazos de execução, e que obriga todos a seguir as mesmas regras, foi apresentada pela Abiec no dia 11 de novembro, durante reunião da indústria com os representantes do MPF da Amazônia, em Brasília. O mais difícil, avaliam fontes do mercado, será trazer para a negociação pequenos e médios frigo-rícos, que tendem a ser menos pressionados e vi-sados que os grandes frigorícos. Valor Econômico, com edição da RF.
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Perdigão apresenta novidades para as festas do nal de ano Com o propósito de proporcionar uma Ceia de Natal repleta de sabor e sem diculdades na hora de preparar os pratos, a Perdigão, marca da BRF Brasil Foods, este ano oferece produtos diferenciados para o consumidor. O Chester, já conhecido e aprovado pelos brasileiros, chega ao mercado em duas versões: Assa Fácil e Assa Fácil Desossado e Recheado com Farofa. Com embalagem interna especial, o produto vai do freezer direto ao forno. Esse invólucro possui ainda um picote em sua parte superior, que se abre à medida que a ave vai assando e permite um dourado de maneira uniforme. Já a versão desossada e re-
cheada, além de não precisar descongelar, tem um ótimo rendimento, pois o produto contém 100% de carne, sem ossos, o que elimina qualquer diculdade na hora de cortar o Chester para ser levado à mesa. O recheio de farofa complementa a união perfeita deixando a ave ainda mais saborosa. Outras novidades cam por conta da Sobrepaleta Recheada com Linguiça e do Pernil com espumante e ervas. O sabor diferenciado, reforçado por temperos especiais, garante aos cortes suínos uma surpreendente sugestão para as festas de nal de ano. “Além do sabor especial, esses produtos têm como características exclusivas praticidade e inovação, pois o preparo é muito simples, basta descongelar e levar ao forno”, reforça a gerente de Marketing de Comemorativos e In Natura, Gláucia Gomes. Todos os produtos Perdigão podem ser encontrados em supermercados e hipermercados do Brasil. Já a versão Assa Fácil Desossado e Recheado estará disponível exclusivamente no Estado de São Paulo.
Linha Boas Festas Aurora tem novas embalagens Buscando incremento de 8% a 10% nas vendas deste m de ano, a Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) lança em todo o país a linha Boas Festas Aurora 2011: são oito produtos cárneos de alta qualidade alimentar e sabor excepcional para a ceia de Natal e festas de m e princípio de ano. “Renovamos as embalagens e aumentamos o mix para ganhar espaço e participação no mercado de natalinos. A Aurora disponibiliza seu mix de produtos natalinos para consolidar-se nesse nicho de mercado que a cada ano cresce em média 6%”, explica o diretor comercial Leomar Somensi. A linha Boas Festas é formada por produtos natalinos em embalagens diferenciadas, vendidos na maioria das redes varejistas do país, sendo eles: o tradicional Blesser® (carne de frango suculenta, macia e pronta para ser assada com tempero exclusivo); tender suíno (presunto tenro que combina temperos especiais); tender de frango (resultado da seleção de cortes nobres de peito de frango cozido e defumado), peito de Blesser recheado (recheio especial contendo lingüiça tipo calabresa), sobrepaleta recheada (carne suína com o recheio da tradicional linguiça toscana Aurora), lombo temperado (produzido com carne suína selecionada e temperado); lombo recheado (corte selecionado que combina a carne nobre suína com o recheio de linguiça calabresa defumada) e pernil temperado sem osso (pernil temperado sem osso). Além dos produtos da linha Boas Festas Aurora, outras opções tradicionais são o pernil com osso in natura; o lombo in natura; e o pernil temperado com osso, obtido da carne suína selecionada, temperada com condimentos naturais e pronto para assar. Outra tradicional linha de negócio é a venda de kits natalinos para os departamentos de recursos humanos das empresas. A Aurora monta kits formados por uma bolsa térmica especial e vários produtos da linha Boas Festas, cuja composição permite uma série de variações, ao gosto das empresas compradoras, mesclando produtos de carnes suínas e de aves. Segundo Somensi, a otimista expectativa de venda da Aurora fundamenta-se no conceito e credibilidade da marca que, há mais de 40 anos no mercado, detém forte preferência dos consumidores. Também contribuem a queda da taxa de desemprego no país e o crescimento da renda média das famílias. 06 50
Bacalhau Dias inova com bacalhau dessalgado e congelado Preparar o tradicional bacalhau sempre foi uma verdadeira maratona para dessalgar, limpar e cozinhar o peixe. Uma verdadeira competição que durava cerca de 72 horas. Primeiro a produzir bacalhau dessalgado e congelado no Brasil, o Bacalhau Dias chega ao mercado apostando na praticidade, criatividade e inovação, trazendo aos brasileiros o tradicional conceito português: de que o consumo desse tipo de peixe não deve ser apenas uma opção de menu para datas comemorativas, e sim ser incorporado ao dia a dia. A marca apresenta mais uma sugestão rápida e saborosa dessa iguaria portuguesa ideal para quem é acometido pela falta de tempo, mas que aposta em receitas mais elaboradas. O Lombo é dessalgado em ambiente controlado, onde passa por um rígido sistema de controle de temperatura da água e salinidade. Após um processo de ultracongelamento, o produto chega à mesa dos brasileiros pronto para o consumo e com a garantia de aproveitamento de 100%. O preparo é rápido! Basta retirar os lombos da embalagem congelada e colocá-los numa panela com água, limão e alho por dez minutos. Depois é só nalizar com temperos e molhos desejados. A praticidade e inovação da empresa Dias faz com que o bacalhau seja, cada vez mais, uma opção de alimento para fazer parte do cardápio brasileiro o ano todo. O preço sugerido da embalagem com dois lombos é o valor médio de R$60,00 o quilo. Todos os produtos Dias estão à venda nas principais redes varejistas do país. Sobre o Bacalhau Dias - O Dias é uma linha de bacalhau de qualidade internacionalmente reconhecida, que chega até o ponto de venda seguindo normas rigorosas de controle e qualidade. Ainda a bordo dos barcos em alto mar, os pescadores iniciam a primeira preparação do produto, que após desembarque é reclassicado e embalado, mantendo assim suas características no seu percurso até a fábrica onde ocorre toda uma nova etapa de transformação do bacalhau. Tudo é feito para assegurar um produto que chegue com qualidade única à mesa do consumidor.
Metalúrgica Leoni lança seladora a vácuo com sistema Peak and Bone A Metalúrgica Leoni do Brasil acaba de lançar no mercado a seladora a vácuo modelo S500I/P, a única no Brasil com sistema Peak and Bone, destinado a embalar produtos com osso, sem que a indústria precise comprar embalagens especiais para estes produtos. Além das embalagens especiais, os produtos precisam obrigatoriamente passar por um segundo estágio, como tanque de encolhimento. É a Metalúrgica Leoni mais uma vez trazendo tecnologia e reduzindo custos de produção e tempo.
Alemã S+S rma parceria com brasileira ELO A empresa alemã S+S Separation and Sorting Technology GmbH, com sede em Schönberg, cidade localizada no interior da Baviera, iniciou recentemente uma cooperação em forma de parceria prestadora de serviço com a brasileira ELO, de Barueri (SP). Com o acordo, a fabricante de tecnologia de busca e separação de metais passa a consolidar a sua presença global e acaba de construir uma rede local de atendimento e distribuição mais estreita para atuar em todo o território. Erwin Trauner, diretor de exportações da S+S, fala sobre a parceria com a ELO. “Com esta nova parceria no Brasil podemos atender melhor aos nossos clientes em toda a América Latina, estamos perto dos nossos usuários. Podemos apoiar ainda mais nossos clientes com o nosso serviço competente, rápido, e garantir a longo prazo a qualidade dos produtos”. 51
Monta exige cuidados com nutrição: Nutroeste Nutrição Animal apresenta linha de produtos para estação reprodutiva A chegada do ciclo das águas marca o início da estação de monta na pecuária nacional, quando as condições nutricionais das vacas são determinantes para o resultado reprodutivo positivo. E adequados níveis nutricionais são conhecidos como benécos no retorno da atividade ovariana pós-parto. Por este motivo, a Nutroeste Nutrição Animal, empresa com sede em Goiânia (GO), disponibiliza ao mercado uma linha exclusiva para reprodução. • Destaque para os produtos Nutromax Reprodução, suplemento protéico mineral e vitamínico com promotor, para vacas primíparas e novilhas. • Nutroeste Reprodução, suplemento vitamínico e mineral, em perfeito balanceamento de macro e micro minerais, para vacas e novilhas. • Nutroeste 80 Cria, suplemento mineral com elevados níveis de macro e micro elementos, recomendados para vacas e novilhas. • Núcleo Ecológico Reprodução, um núcleo mineral com promotor de crescimento e cromo para o preparo de suplementos a touros e matrizes;
O Nutromax Reprodução e o Núcleo Ecológico Reprodução induzem as matrizes ao cio, melhoram os índices reprodutivos e a sua eciência alimentar, além de reduzir o estresse e diminuir a queda acentuada da fertilidade em novilhas primíparas (aquelas de primeira cria) e elevar a produção de leite. Já o Nutroeste 80 Cria e o Nutroeste Reprodução, aumenta o número de bezerros nascidos no ano, devido a maior fertilidade, proporcionada pela elevada concentração de vitaminas, macro e micro minerais, suplementadas as vacas em reprodução. Vale ressaltar que todos os produtos da Nutroeste com o “Selo Ecológico” – como é o caso do Núcleo Ecológico Reprodução – reduzem a produção de gases de efeito estufa e metano dos bovinos.
1º aplicativo pecuário para iPhones traz dicas de manejo Primeiro aplicativo pecuário do Brasil, o SmartBeck, desenvolvido pela Beckhauser, tem mais uma novidade: na seção Manejo Racional o produtor encontra dicas de fácil aplicação para melhorar os resultados do seu negócio com as boas práticas de manejo. Ilustrada com vídeos que facilitam a compreensão, a nova seção do aplicativo permite que o usuário consulte a qualquer momento as dicas e mostre para a sua equipe de lida com o gado. “O compromisso da Beckhauser é levar para o campo informações que agregam valor e ajudam a melhorar a produtividade de manejo, preservando a segurança do homem e do animal. A nova seção do SmartBeck é uma das formas de compartilhar informações seguras de forma prática sobre os conceitos de bem-estar animal e os benefícios da implementação das boas práticas de manejo na pecuária”, explica o médico veterinário Renato dos Santos, consultor técnico da Beckhauser e responsável pelo crivo das dicas disponíveis no aplicativo. Atualmente podem ser encontradas dicas para uma vacinação correta, alertando para os riscos de acidentes com o gado e os vaqueiros quando a prática é realizada brete coletivo, além da perda de equipamentos, doses de vacina e índices de reuxo e sangramento. O usuário do Smartbeck encontra ainda informações sobre as facilidades do uso de troncos de contenção de duas pescoceiras e aprende sobre a anestesia baiana, método simples e eciente para não borrar a marca a ferro. Além da nova seção, quem baixa o aplicativo tem acesso a notícias do setor e aos preços atualizados da arroba do boi e do bezerro (reposição) nas principais praças do país e do mercado futuro. E a Beckhauser está desenvolvendo para o aplicativo o recurso SisBeck, versão mobile do gerenciador de rebanhos que acompanha a balança idBECK 3.0, que possibilitará ao produtor ter no iPhone, via SmartBeck, os dados estatísticos das pesagens do seu rebanho, colocando o controle do negócio literalmente na palma de sua mão. Para baixar gratuitamente o SmartBeck é só acessar o site www.beckhauser.com.br. 06 52
Alternativas para a alimentação de animais de interesse econômico A Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) acaba de lançar o livro "Alimentação de Animais Monogástricos: mandioca e outros alimentos não convencionais", coordenado pelos professores Sílvio José Bicudo, da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Botucatu, e Manuel Valdivié Navarro, do Instituto de Ciência Animal de Havana, Cuba. A obra apresenta a pesquisadores, técnicos e produtores ligados a produção animal, uma nova perspectiva nas possibilidades do uso da fonte de alimentos energéticos e protéicos destinados aos animais monogástricos. A alimentação mundial dos animais de interesse econômico exige considerável esforço dos sistemas produtivos, no preparo, distribuição e uso de suprimentos de fontes de energia. Devido a fatores como a facilidade de aquisição e uso e a abundância de produção e informações, os produtores de proteína de origem animal estão extremamente dependentes da cultura do milho, segundo o professor Bicudo. "Os meios acadêmicos, empresariais e governamentais não parecem se dar conta dos riscos à segurança alimentar, ambiental e econômica dessa de-
pendência. A adoção de outras fontes de alimento para a produção animal esbarra em situações de desinteresse e desconhecimento técnico e cientíco". O livro reúne informações cientícas e parâmetros técnicos disponibilizados em importantes periódicos cientícos internacionais, sobre o uso de outras fontes de alimento capazes de garantir diversicação estratégica no abastecimento para os sistemas produtores de carne, ovos, leite e outros alimentos de origem animal. Já publicado em espanhol, foi traduzido e incrementado com informações direcionadas à realidade brasileira. A publicação é fruto do convênio estabelecido entre o Centro de Raízes e Amidos Tropicais (Cerat) da Unesp e o Instituto de Ciência Animal da Universidade Agrária de Havana (UNAH), como parte do acordo de coorperação internacional promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Ministério do Ensino Superior de Cuba. No valor de R$ 50,00, pode ser adquirido diretamente na sede da Fepaf na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu (SP), pelos telefones (14) 3882-6300 e (14) 3882-6300/Ramal 3, ou através do e-mail publicacao@fepaf.org.br.
Ágeis e econômicas: impressoras Apex para serviços em campo A Datamax-O´Neil, fabricante de impressoras industriais, matriciais e térmicas, está apresentando ao setor agrícola a sua Linha APEX de Impressoras Portáteis de Recibos. Desenvolvida para atender às necessidades dinâmicas dos serviços em campo, transporte e comércio, são indicadas para tornar eciente o controle de recebimento de frangos, ovos, verduras, hortaliças e cana de açúcar, entre outros produtos, pelas cooperativas e seus cooperados, pelas empresas, pelas que têm empregados que trabalham em comodato. Na operação diária de recebimento das mercadorias, o responsável pela coleta pode dispor de um dispositivo móvel que faz o controle da quantidade total coletada no dia, o horário, e várias outras informações que podem ser impressas num comprovante, que é entregue ao produtor, automatizando desta forma a coleta da informação e certicando a entrega. Ou seja, os prossionais de campo podem emitir in loco recibos de serviço e de pagamento, recibos de coleta e entregas; vales e vouchers; documentos de leitura e medição (tais como já utilizam as concessionárias de serviços de telefonia, luz, água), entre outras possibilidades que visam diminuir prazos de processamento e melhorar controles de recebimento. As Impressoras APEX são leves, compactas e resistentes, para uso diário, fornecidas com uma fonte de alimentação e bateria de elevada capacidade com 12 horas de operação de impressão; trabalham a temperaturas ambientes de -10 a +50ºC; são fáceis de operar; possuem sistema rápido e simples para colocação do papel. As Impressoras Econômicas da Série APEX, modelo 2, 3 ou 4, imprimem recibos de 5 cm, 7,5 cm e 10 cm respectivamente – as medidas que melhor atendem o mercado; pesam menos de 1 kg e podem facilmente serem portadas no cinto ou por alça que acompanha a impressora. LED’s especícos indicam o nivel de comunicação, carga e carregamento da bateria, facilitando esse acompanhamento. Capazes de imprimir grácos e códigos de barras em 1D e 2D, são equipadas com comunicação Bluetooth e RS232 (APEX 2 e 3), USB (APEX 4), ou com conectividade 802.11b/g e leitor de cartão magnético de 3 faixas. 53
Refrisat lança no mercado duas novidades em refrigeração industrial de falhas é totalmente inovador, dispondo de uma interface homem x máquina que possibilita a fácil compreensão e execução. O sistema de identicação de alarme indica em um quadro sinótico o componente em falha, que ao ser selecionado, apresenta uma lista de ações preventivas e corretivas que permitirão ao operador a identicação e solução das possíveis paradas, evitando interrupções no funcionamento do equipamento e o comprometimento do processo.
A Refrisat está disponibilizando ao mercado dois lançamentos na área de refrigeração industrial. A Unidade de Água Gelada, com inovador CLP, tem utilização mediante a carga térmica requerida, tendo o seu consumo em conformidade com a necessidade real, o que além de economizar energia, prolonga a vida útil do equipamento. Este controle é possível por trabalhar com circuitos de refrigeração independentes, possibilitando uma precisão da temperatura desejada. Com o inédito controlador CLP Siemens, programado por software, são possíveis todos os recursos imagináveis para proporcionar o melhor desempenho e maior eciência do equipamento. Sua lógica foi desenvolvida pela Refrisat para possibilitar a operação independente nos circuitos, realizando um rodízio automático dos compressores, para que o tempo de operação seja equivalente. Considerando que na maioria das empresas há uma grande diculdade na partida dos equipamentos de grande porte, a Refrisat desenvolveu uma partida aliviada, tendo um pequeno retardo entre os circuitos o que, desta forma, torna possível reduzir o consumo elétrico excessivo ou possíveis quedas de tensão na rede elétrica utilizada. Por consequência, os demais componentes do sistema são projetados e desenvolvidos para operar nesta mesma condição, sendo eles condensadores e evaporadores tipo shell and tube, além de válvulas de expansão, visor de líquido e ltro secador. O quadro elétrico dos equipamentos é desenvolvido e projetado seguindo normas nacionais e internacionais de identicação, posicionamento dos componentes, segurança e temperatura interna. Já o Sistema Touch de visualização e diagnóstico 06 54
Kit de Revezamento Automático - outra solução inovadora, o Kit de Revezamento Automático é constituído por duas ou mais unidades de chiller projetadas com sistema controlado via CLP para que uma faça a reposição da outra, ou seja, qualquer falha em um dos equipamentos aciona o outro que passa a operar automaticamente. Na opção manual, o usuário tem a possibilidade de escolher qual equipamento irá funcionar, sendo muito útil para questões de manutenção preventiva/ corretiva, sem a necessidade de desligar o processo. Na opção automática, o sistema funciona de duas formas: revezamento por hora, sistema no qual o usuário programa o número de horas que o equipamento irá funcionar; e revezamento por falha, que é um sistema que garante a continuidade do processo, fazendo com que o equipamento em alarme seja automaticamente desligado, acionando o equipamento em espera. É importante ressaltar que numa eventual remoção da central, os equipamentos passam a funcionar de forma independente, após seu acionamento individual. O Kit de Revezamento Automático opera duas ou mais unidades de chiller automaticamente, sem qualquer necessidade de intervenção humana, garantindo segurança ao sistema em todo o tempo e em qualquer situação de emergência. E mais uma vez a Refrisat inova, ao disponibilizar sistemas de monitoramento remoto via Supervisório e Módulo GPRS.
Tecnologia para o setor de carnes A Marel – destaque mundial no desenvolvimento de equipamentos e soluções para o processamento de carne bovina, suína, pescados e aves – será responsável pela criação e implantação de um sistema inédito no Brasil para a rastreabilidade da carne, utilizando chips (transponders) reutilizáveis. A iniciativa visa agregar informações adicionais ao processo de rastreamento da carne, além de reduzir custos com o uso de papel e impressão, utilizando tecnologias mais limpas e reaproveitáveis de controle de produção dos frigorícos durante todo o processo de abate. O objetivo é garantir maior segurança e integridade das informações e procedências da carne. O projeto é uma parceria com a Agência Curitiba de Desenvolvimento através do Programa Tecnoparque. Segundo o CEO da Marel Mercosul, Marcelo Machado, o projeto, que será desenvolvido inicialmente em Curitiba, pode trazer benefícios para todo o país. “Essa é uma oportunidade para usarmos as ferra-
mentas tecnológicas e a mão de obra que temos à disposição. Nossa empresa já é responsável por todo o sistema de rastreabilidade do Uruguai, onde as etiquetas impressas em papel são utilizadas como ‘transporte de dados’ entre os diversos processos dentro do Frigoríco. Porém, o ‘papel’ não permite a agregação de dados adicionais, como o PH, ou o tempo de maturação do produto, nem temperaturas de processo, além de ser um resíduo sólido que precisa ser descartado em algum momento. Todos esses problemas podem ser resolvidos com a utilização de transponders reutilizáveis, e nossa empresa possui o conhecimento, os meios e a aplicação necessária para tocar este projeto adiante”, destaca. O Programa Tecnoparque foi criado para incentivar a pesquisa de desenvolvimento cientíco e inovação tecnológica em empresas locais. Atuando desde 2007, a iniciativa prevê benefícios as organizações parceiras na dedução do ISS (Imposto sobre Serviço).
Bonsucesso vence PAT com Touro Halab e conquista certicação Global 3 Halab da Bonsucesso, de propriedade de Michel Caro e Patricia Zancaner Caro, sagrou-se em meados de novembro o Grande Campeão do Programa de Avaliação Total (PAT). Com MGT de 20,08, ele é Top 0,1%, e possui a melhor avaliação genética da Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP) da safra 2009 da Fazenda Bonsucesso. “Filho da Baraka TE da Bonsucesso com o Quark da Col, ele possui uma régua de DEP muito boa e bastante equilibrada, e representa linhagens muito produtivas da raça Nelore”, comentou Michel Caro. Após ser anunciado vencedor da prova, o Halab da Bonsucesso, com idade de 2 anos, foi contratado pela Central Alta Genetics onde terá, em breve, seu material genético disponibilizado para o mercado da pecuária de corte em busca de genética produtiva no Brasil. Promovido pela Nelore MS – Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore, em parceria com CTAG – Centro Técnico de Avaliação Genética e mais quatro grandes empresas da pecuária brasileira, entre elas a Pzer, o PAT – Programa de Avaliação Total – teve duração de três meses e a nal ocorreu dia 07 de novembro em Campo Grande/ MS, no Connamento Malibu. O Programa “PAT” foi projetado para identicar reprodutores superiores da raça Nelore aptos a disseminar uma genética melhoradora no rebanho. Recursos e tecnologias de avaliação muito rigorosos foram empregados neste processo de avaliação, em particular na sua fase nal”, explicou Michel Caro. Certicação - Localizada em Guararapes (SP), a Fazenda Bonsucesso conquistou recentemente a certicação Global 3, emitida pela ANCP. O Selo de certicação Global G é subdividido em três níveis, sendo eles G1- que determina a qualidade da informação; G2 – Qualidade da informação e objetivos genéticos e G3 – que reúne os itens anteriores somando-se a eles Responsabilidades Sociais, Ambientais e Sanitárias. Para que uma fazenda conquiste a certicação G3, ela precisa necessariamente iniciar pelo nível 1 e atingir 100% das exigências de cada um deles. De acordo com o portal da ANCP, mais de cem fazendas brasileiras possuem a certicação G1 e G2, porém, apenas quatro conquistaram a G3 - entre elas, a Bonsucesso. A certicação G3 abrange as seguintes atividades: ‘Medição dos efeitos ambientais com o uso de animais geneticamente superiores; correta identicação dos animais; uso apropriado dos instrumentos de medição; formação de lotes de manejo e treinamento dos funcionários para envio de dados’, além de conquistar também a Sustentabilidade Genética. Michel Caro, ressalta que “a conquista deste protocolo conrma a seriedade dos trabalhos desenvolvidos pelo nosso plantel, que busca continuamente ofertar o melhor produto para a pecuária da raça Nelore no Brasil, produzindo genética de forma sustentável”. 55
Brasil sediará o XXIV Congresso Mundial de Avicultura O XXIV Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012), realizado a cada quatro anos pela Associação Mundial de Ciência Avícola (WPSA), terá o Brasil como sede após 34 anos, quando o Rio de Janeiro abrigou o evento. Entre os dias 5 e 9 de agosto de 2012 o Centro de Convenções de Salvador (BA) irá receber cerca de 9 mil visitantes de todos os continentes e 4 mil congressistas para debater sobre a cadeia produtiva e industrial de aves e ovos. Considerado o mais importante evento do setor, o congresso retorna ao Brasil no momento em que o país atinge sua maior produção de frangos de corte da história, com 12 milhões de toneladas/ano. Desde 2004 o Brasil é o maior exportador de carne de frangos do mundo, com 3,8 milhões de toneladas/ ano, bem como ocupa hoje a posição de 3º maior produtor do mundo. Estima-se que dentro de um ano e meio a dois o Brasil ocupará a 2ª posição na produção mundial, cando atrás apenas dos EUA. Atualmente, cerca de 40% da carne de aves exportada mundialmente tem origem brasileira, e em 2019 este número poderá chegar a 90%. O país também se destaca pela modernização e emprego de instrumentos como o manejo adequado das aves, saúde do rebanho, alimentação otimizada, melhoramento genético e produção integrada. “O WPC 2012 terá ciclo de palestras com pesquisadores e especialistas de renome internacional e participação de centenas de empresas dos mais diversos segmentos, que mostrarão as últimas novidades em tecnologia para promover melhorias ao sistema de produção”, explica o Presidente da
Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas (FACTA) e presidente da WPSA no Brasil, Edir Nepomuceno da Silva. Em 2012 o WPC será organizado e realizado pela WPSA Brasil (ramo brasileiro da WPSA) com coorganização da FACTA e Ubabef (União Brasileira de Avicultura). Nesta oportunidade será comemorado o centenário da fundação da WPSA. A associação tem como objetivo estimular e disseminar o desenvolvimento e criação de tecnologias empregadas em todos os aspectos da ciência avícola e atuar como elo entre a pesquisa e os diferentes segmentos e prossionais que atuam no dia a dia da avicultura de corte e postura. Temário cientíco do evento - Mais de 70 cientistas de todo o mundo participam do comitê responsável pela formatação do programa, que fará a abordagem de 11 temas principais, dentro dos quais haverão tópicos relacionados. Os assuntos foram distribuídos nas seguintes categorias: Tecnologias de nutrição e de rações; Saúde das aves e biosseguridade; Abate e Processamento; Outras Espécies de Aves e Sistemas de Produção; Segurança dos Alimentos; Economia e Marketing; Bem-estar de Aves e Ambiente; Produção Comercial e Processamento de Ovos; Produção de Matrizes Pesadas e Frangos; Genética e Reprodução; Avicultura Familiar, Educação e Extensão. Além de palestras, haverão debates e apresentações dos trabalhos selecionados para representar os três grupos que integram o programa.
Feira internacional de aquicultura e pesca em 2012 será na Bahia Considerado maior encontro do setor na América Latina, a Feira Internacional de Pesca e Aquicultura (Aquapescabrasil) será realizada na Bahia em 2012. O anúncio foi feito pelo presidente do Sindicato de Armadores e da Indústria Pesqueira (Sindipi), Geovani Genázio Monteiro, durante a abertura ocial da Aquapescabrasil 2011, no Centro de Convenções de Itajaí, em Santa Catarina. "A Bahia tem grande potencial e está pronta para receber um evento deste porte", disse Monteiro. Ele destacou o objetivo do evento, que é agregar os estados produtores. O ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira, aplaudiu a decisão. Segundo ele, a Bahia pode se tornar referência para outros estados. Representando o governador Jaques Wagner no evento, o secretário estadual da Agricultura, Eduardo 06 56
Salles, agradeceu a oportunidade que está sendo dada ao estado, e convidou os empresários do setor para conhecerem o potencial da pesca e aquicultura, e investir na Bahia. Potencial – Para o ministro, a realização do evento na Bahia será muito importante porque o Nordeste brasileiro tem imenso potencial pesqueiro e o estado é grande produtor de peixe em cativeiro. Segundo o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, que fará palestra sobre as políticas públicas da Bahia no setor da pesca, a realização da Aquapescabrasil 2012 "representa para a Bahia o início da virada, da inserção do Estado nos projetos de pesca e aquicultura de maior porte". Ele se referiu à construção de dois terminais pesqueiros em Salvador e em Ilhéus.
Marco: Congresso Mundial do Couro supera expectativas O I Congresso Mundial do Couro, realizado em novembro, no Rio de Janeiro, foi um sucesso: â&#x20AC;&#x153;O evento superou as expectativas de participação, contando com a presença de 356 participantes vindos de 26 paĂses, dentre empresĂĄrios, produtores, tĂŠcnicos, autoridades e jornalistasâ&#x20AC;?, avalia Wolfgang Goerlich, presidente do Centro das IndĂşstrias de Curtumes do Brasil (CICB) e do International Council of Tanners (ICT), entidades responsĂĄveis pela organização do congresso em conjunto com a Couromoda. O congresso apresentou debates em alto nĂvel e foi palco para a exposição das mais modernas tendĂŞncias do setor e de projetos e iniciativas ligadas Ă inovação. â&#x20AC;&#x153;Com base no sucesso do evento, estamos projetando a realização de uma nova edição no futuro, inserindo o congresso no calendĂĄrio deď&#x20AC; nitivo da indĂşstria coureiraâ&#x20AC;?, relata Goerlich. Em sua avaliação, o evento pode ser considerado um marco para o segmento em nĂvel mundial, e o ĂŞxito da atividade foi resultado da intensa cooperação entre os diversos elos da cadeia coureira. â&#x20AC;&#x153;O fato de o Congresso Mundial do Couro ter sido realizado em conjunto com o Congresso Mundial do Calçado resultou numa produtiva soma de esforçosâ&#x20AC;?, aď&#x20AC; rma Goerlich. A opiniĂŁo do executivo ĂŠ compartilhada pelo diretor do Congresso, JosĂŠ Fernando Bello. Para ele, a realização dos dois congressos em situaçþes e momentos paralelos mostrou-se sinĂŠrgica. â&#x20AC;&#x153;Este formato proporcionou uma maior integração de empresĂĄrios, a convergĂŞncia de oportunidades e a interface de novas ideiasâ&#x20AC;?, aď&#x20AC; rma. Desaď&#x20AC; os - O Congresso Mundial do Couro reuniu mais de 40 palestrantes e debatedores, entre personalidades, pesquisadores e lĂderes empresariais da cadeia mundial. Dividindo experiĂŞncias, compartilhando dados inĂŠditos e analisando mercados e oportunidades, os especialistas puderam mostrar aos participantes do congresso os caminhos mais promissores e em ascensĂŁo para a indĂşstria do couro. O britânico Paul Pearson, secretĂĄrio geral do ICT, mencionou em sua apresentação que os paĂses em desenvolvimento despontam como mercados a serem explorados, principalmente nos segmentos de calçados e estofamentos automotivos. Pearson tambĂŠm disse que um dos grandes desaď&#x20AC; os da indĂşstria do couro ĂŠ o desenvolvimento de um trabalho de comunicação que destaque a diferenciação do couro em relação aos materiais sintĂŠticos. Para o presidente da divisĂŁo couros do Grupo JBS, Roberto Motta, a indĂşstria do couro deve focar principalmente em novas estratĂŠgias de atuação. Como exemplo, ele cita o continente africano como uma regiĂŁo promissora para o mercado, despontando como uma oportunidade para crescimento de negĂłcios.
AVICULTURA e SUINOCULTURA 2 cadeias produtivas na maior feira de negĂłcios da AmĂŠrica Latina
Feira da IndĂşstria Latino-Americana de Aves e SuĂnos
02, 03 e 04 de abril SĂŁo Paulo | SP | Brasil Das 12h Ă s 20h Expo Center Norte - PavilhĂŁo Amarelo
Realizada em conjunto com:
Produção e reutilização de resĂduos como fontes de energia.
Reciclagem de subprodutos de origem animal.
XI
Painel de mercado e temas tĂŠcnicos sobre as cadeias produtivas de aves e suĂnos.
Painel de mercado e temas tĂŠcnicos de biomassa e bioenergia.
Participe do ciclo de palestras. Solicite mais informaçþes no site:
www.avesui.com Realização e informaçþes:
Tel.: (11) 2118.3133 | 4013.1277 E-mail: avesui@gessulli.com.br
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Dejetos de animais podem ser transformados em biogás e garantir nova matriz energética em MT Entre as vantagens competitivas de Mato Grosso em relação aos demais estados brasileiros, estão o clima quente e a grande quantidade de animais. É o que garante o gerente do Centro de Estudos do Biogás, da Fundação Parque Tecnológico de Itaipú, Ansberto do Passo Neto, sobre a viabilidade sustentável e econômica dos biodigestores na produção de energia. Durante o 1º Seminário de Biodigestores de Mato Grosso promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), realizado no dia 22 de novembro, Neto citou ainda as experiências bem sucedidas realizadas no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, onde os Estados aproveitam os dejetos de animais (bovinos e suínos) e transformam em energia elétrica, através do biogás, que é utilizada na propriedade. O excedente é comercializado diretamente nas concessionárias de energia. O secretário da Sedraf, José Domingos Fraga Filho, destacou a importância do evento com a presença de pesquisadores e professores renomados no país que apresentaram exemplos bem sucedidos e soluções capazes de possibilitar a implantação e o desenvolvimento de atividades consideradas altamente poluidoras. “Atualmente estamos desperdiçando matériaprima quando jogamos fora os dejetos de animais que hoje são considerados fonte de riqueza na geração de emprego, renda, preservação ambiental e na qualidade de vida dos produtores rurais”, disse. Vantagens - Só para se ter uma ideia, tem-se uma propriedade rural sustentável que implanta um biodigestor, que é um equipamento que produz biogás, uma mistura de gases produzida por bactérias que digerem matéria orgânica. Se instalado na propriedade, pode transformar dejetos animais (esterco e urina) em combustível e energia elétrica. Além disso, os euentes do biodigestor possuem propriedades fertilizantes. O líquido contém elementos químicos como o nitrogênio, o fósforo e o potássio em grandes quantidades que podem ser utilizados na adubação de espécies vegetais através da fertirrigação. O pesquisador da Embrapa de Concórdia, Santa Catarina, Airton Kunz, explicou que dependendo do tamanho do biodigestor pode levar entre 30 e 60 dias para ser construído e cerca de 30 dias para começar a operar, período de adaptação de todo o sistema.
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Exemplo de sucesso em Mato Grosso - Mato Grosso gura em quinto lugar no ranking nacional de rebanho de suíno. E para evitar que os dejetos dos animais quem a mercê do meio ambiente, o diretor da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e presidente da Cooper Mutum, Valdomir Natal Ottonelli, revelou que no município de Nova Mutum foram construídos, há seis anos, cerca de cinco biodigestores. Segundo ele, a preocupação inicial era exclusivamente ambiental, mas, com a geração da fonte de energia elétrica, a granja passou a utilizar a matériaprima e o excedente é usado na biofertilização do eucalipto na cooperativa que é transformado em fonte de renda, através da madeira. Câmara técnica biodigestores - Criada a partir de uma demanda do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, a Câmara Técnica de Biodigestores está sendo implantada na Sedraf com representantes de todos os segmentos de pesquisa, ensino, iniciativa privada e governo do Estado. De acordo com o assessor Técnico da Sedraf e responsável pela Câmara Técnica de Biodigestores, Paulo Bilégo, o seminário foi a primeira ação desenvolvida pela Câmara e, com base no que foi discutido no evento, serão desenvolvidas políticas públicas para viabilizar a implantação de biodigestores que hoje ainda são muito caros, porque é preciso recorrer a outros estados. A meta é atrair as empresas para Mato Grosso, por meio de incentivos scais, a m de reduzir custos para que os pequenos produtores rurais também possam investir nessas ferramentas tecnológicas que garantem a preservação do meio ambiente, renda e qualidade de vida. Estiveram presentes o secretário de desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), José Domingos Fraga Filho; representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, o presidente da frente Parlamentar, Zeca Viana; o diretor da Acrismat e presidente da Cooper Mutum, Valdomir Natal Ottonelli; o analista de pecuária da Famato, Augusto Zanata; e o presidente da Empresa mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Enock Alves dos Santos, além de autoridades, Ongs e produtores rurais de vários municípios do Estado. Assessoria/Sedraf-MT, no Expresso MT.
"Iogurte" é a nova opção para suprir dietas de leitões Geralmente, o produtor acaba avaliando como resultados positivos da granja a prolicidade da porca, através do número de leitões. A busca é por garantir uma quantidade sempre maior a cada leitegada. No entanto, a partir do nascimento, um novo desao se inicia, visando garantir o desenvolvimento sadio dos leitões. O primeiro impasse surge com o fato que a produção de leite das matrizes nem sempre pode ser considerada satisfatória para alimentar todos os nascidos vivos. É preciso vericar se a produção total de leite da porca dividida pelo número de leitões da leitegada oferece volume disponível de leite ideal para nutrir. Um outro aspecto, apontado pelo gerente da Sloten/Trouw Nutrition Brasil/Nutreco, o médico veterinário Ton Kramer, é que com leitegadas maiores, o desgaste das fêmeas também é maior. “Assim, se elas não forem bem nutridas, a perda de condição corporal é maior e também pode comprometer sua produção de leite”, relata. Ele observa que o primeiro fator determinante para a produção de leite é o potencial genético da fêmea. Ademais, ainda há o período de lactação, mas a capacidade de ingestão de alimentos é o principal inuenciador quando se considera a lactação em si. “Fêmeas que se alimentam adequadamente são melhor nutridas e, assim, produzem mais leite”, justica o prossional. E é com base neste raciocínio que ele faz um alerta: “Por questões siológicas, temperaturas mais altas diminuem o consumo de alimentos e, por consequência, a produção de leite”, expõe. Suplementação - Tendo em vista, então, que há possibilidades da matriz não conseguir produzir leite o bastante quando há uma grande leitegada, os leitões que não forem bem alimentados não conseguem manifestar todo o seu potencial genético de crescimento e ganho de peso. Assim, explica Kramer, para compensar este décit, faz-se necessário a complementação da alimentação dos leitões. “O início da suplementação alimentar dos leitões depende da estratégia utilizada. Quanto mais precocemente os leitões estiverem adaptados ao alimento complementar, maior será o desenvolvimento e ganho de peso”, informa. Para o gerente de vendas, considerando que as leitegadas estão maiores ao longo dos anos, é possível denir que a suplementação alimentar dos leitões será sempre necessária, especialmente em granjas em que se busca o máximo desempenho da produção. Segundo ele, com a suplementação ali-
mentar da leitegada, possibilita-se aproveitar melhor o potencial genético de crescimento dos leitões, bem como aumentar a viabilidade da leitegada. O uso do iogurte para os “pequenos” - Ton Kramer explica que as características do produto semelhante ao iogurte fornecido aos leitões favorecem o maior consumo de matéria-seca quando comparado com uma ração ou um sucedâneo lácteo. “Este maior consumo de ingredientes de alta digestibilidade favorece o melhor desenvolvimento e viabilidade dos leitões e da leitegada”, menciona. Conforme Kramer, o consumo do "iogurte" deve iniciar logo após a ingestão do colostro, ou seja, já no segundo dia de vida. O fornecimento deve ser feito semi-ad libitum (ou quase à vontade), duas vezes ao dia, sendo que uma vez por dia os leitões por si só deverão limpar o comedouro. Seguindo especicações de produto da Sloten, o primeiro tratamento se oferece em torno de 120 ml/ leitegada, para que os leitões “conheçam” o produto. Ao longo dos dias o volume vai sendo aumentado até em torno de 1,5 l/tratamento/leitegada aos 14 dias. Aos 14 dias introduz-se a ração pré-inicial em concomitância ao iogurte. “A suplementação com iogurte melhora a transição entre a alimentação líquida e a alimentação sólida, o consumo de matéria-seca pelos leitões é maior no período pré-desmame. Isto favorece o desenvolvimento e a viabilidade dos leitões, e este benefício persiste após o desmame”, garante o médico veterinário, que adverte que os iogurtes devem ser fornecidos como uma alimentação suplementar, não substituindo o leite da porca. Vantagens - De acordo com o prossional da Sloten/Trouw Nutrition Brasil, com o fornecimento de iogurte a partir do primeiro dia, os leitões têm um maior consumo de matéria-seca. Como consequência, os leitões têm uma transição mais suave para a alimentação sólida, facilitando e incrementando o consumo de rações. Ele cita, ainda, que o ganho de peso diário é também incrementado, há maior viabilidade dos leitões e, assim, mais leitões desmamados, mais pesados e em uma leitegada mais homogênea. “Além disso, como todos os leitões são mantidos com a mãe, sem necessidade de remistura, há um ganho sanitário, possibilitando também redução na mortalidade”, conclui. O Presente Rural, no Suinocultura Industrial.
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A Busca do Primeiro Emprego *Por Fábio Lemos Uma coisa é certa: conseguir o primeiro emprego não é tarefa fácil para a maioria dos jovens, pois algumas barreiras se tornam um grande desao. Vale lembrar que o primeiro emprego, em geral, pode não ser o mais empolgante ou o mais graticante. A ideia é que o jovem, na busca do seu primeiro trabalho, comece por funções simples, aquelas que exigem mais esforço físico do que propriamente sua capacidade intelectual. Ainda deve começar por funções que não exijam experiência. Como o cenário apresentado, portanto, não é dos mais motivadores, é preciso ter consciência que é preciso dar o primeiro passo, pois ele é o começo de muitos que poderão levar você ao sucesso. Alguns dias passados, um vizinho me abordou solicitando uma ajuda. Seu pedido foi em favor de seu lho, que gostaria de trabalhar – seu primeiro emprego – e me pediu que lhe desse uma oportunidade em minha empresa. Eu lhe disse que daria sim a oportunidade. E por isso, z algumas perguntas básicas para conhecer o potencial do garoto e melhor utilizá-lo como: “o que ele sabe fazer? Quais são seus pontos fortes? Tem iniciativa e boa comunicação? Sabe vender? Tem facilidade em conviver com as pessoas? É carismático?”. Enm, despejei um mini bombardeio, que não é diferente do que acontece em uma entrevista de emprego e, como é comum, suas respostas em 90% foram negativas. “O garoto não sabe fazer nada, não entende de clientes, não é carismático, não lê, não é muito comunicativo”. Ainda, a partir das informações, respondi ao meu amigo que seu lho poderia começar no dia seguinte. Em resposta, meu vizinho esboçou: “Obrigado, Fábio, sou muito grato. Diga-me, quanto meu lho vai ganhar? Respondi: “Ele não vai ganhar nada nos primeiros três meses. Conforme seu espanto foi diminuindo, ele rebateu: “Mas como não vai ganhar nada?” Então, eu esclareci: “Simples, ele não sabe fazer nada e não tem experiência. Então, trabalha para aprender e assim que ganhar alguma experiência, após os três meses proposto, passa a receber um salário”. Como você deve imaginar, caro leitor, a proposta não foi aceita. Quero deixar claro aqui que coloquei um desao para este jovem começar com o pé direito. Infelizmente, como acontece com frequência, ele não estava disposto a pagar o preço, seja ele para o primeiro trabalho ou para o sucesso. As empresas têm custo elevado com seus funcionários e precisam de colaboradores que ofereçam algo em contrapartida, 06 60
que o trabalho oferecido seja justo pela remuneração. Vale lembrar que, hoje, no Brasil, temos milhares de vagas em aberto que não são preenchidas simplesmente por falta de qualicação. Um exemplo que cabe bem aqui é a carência de bons atendentes e vendedores no comércio. Conseguir o primeiro trabalho nestas funções poderia ser muito fácil, mas não é, uma vez que o aspirante à função não se dá ao luxo de ler sobre o assunto. Um livro que ensine a atender clientes é barato e muito fácil de comprar. Existe uma grande variedade de títulos acerca dos temas de vendas, motivação e atendimento a clientes, que podem oferecer a este aspirante ao primeiro trabalho uma noção do que fazer, de como fazer. Lembro-me de uma entrevista recente que realizei em uma seleção para uma empresa que precisava de novos atendentes. Um dos jovens me surpreendeu. Perguntei sobre a sua experiência em atendimento a clientes e ele, prontamente me respondeu: “Sr. Fábio, não trabalho, estou em busca de uma oportunidade e confesso que não tenho experiência na prática, mas tenho em teoria. Tive a oportunidade de assistir a uma palestra sua no início do ano, sobre vendas. Fui com meu pai, que é vendedor. Mudei muitas coisas que pensava. Antes, reclamava da falta de oportunidade e do descaso de várias empresas por não darem oportunidade aos iniciantes, mas descobri que é preciso ter o que oferecer primeiro. Também me atentei para a importância da leitura para a descoberta de novas coisas. Passei então a buscar informações sobre o trabalho em diferentes livros de vendas e atendimento, já que acredito que as duas funções podem ser portas de entrada para uma carreira estável. Por isso, eu digo que não tenho experiência na prática, mas, na teoria, sei como devo atender os clientes. Eu só preciso desta oportunidade para provar que sou bom e posso ajudar a empresar a lucrar mais.” Confesso que eu adoraria encontrar outros jovens como o Vinícius, rapaz citado acima. Hoje, tenho informações constantes sobre como ele se destacou, superou seus colegas de contratação e, agora, depois de menos de um ano, assumiu a função de supervisor. Se estiver em busca do primeiro emprego e desejar fazer a diferença, você precisa ter o que oferecer primeiro. Tendo o que oferecer a uma empresa, sua contratação será garantida. Sucesso hoje e Sempre!
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O Vendedor Interdependente A prossão de vendas sempre me pareceu solitária. Tinha a impressão de que poucos pensavam assim, mas ao trabalhar com vendas e treinar milhares de vendedores percebi que esse é um pensamento bastante comum. O vendedor, em primeiro plano, deve atingir as suas metas, tem as suas visitas para fazer aos seus clientes, que na verdade são da empresa e não seus. Entre tantos seus ca difícil a vida dos nossos, não é verdade? Mas é preciso lembrar que crescemos com a ilusão de que um dia alcançaríamos nossa independência. Independência soa como uma palavrinha mágica aos nossos ouvidos, pois já nos remete a sensação de liberdade. Mas creia, leitor, que o vendedor de suces-so é um sujeito interdependente, pois bem sabe que o seu sucesso depende do sucesso do outro. Veja como ser mais interdependente e melhorar seu desempenho na empresa e junto a seus clientes. Nada de depender dos outros. A relação de total dependência na verdade é sinal de imaturidade e só nos traz mazelas na carreira e na vida. Seja dono de seu próprio destino e lembre-se sempre que você é quem deve construir o seu sucesso. Nada de colocar nas mãos dos outros decisões que só você deve tomar. A total independência é só uma sensação. Uma utopia, nunca um fato. Ninguém vive completamente só ou consegue atingir objetivos sem a ajuda dos outros. Agir e querer viver como um prossional completamente independente só vai fazer com que os outros tenham uma vontade imensa de provar pra você o quando você depende deles. A maneira mais
fácil de fazer isso é complicando a sua vida! Isso é tudo o que você não quer e nem precisa, certo? Interdependência é exibilidade. O prossional de vendas de sucesso tem ciência do seu papel e do papel dos outros e, quer saber... Ele adora isso! Ele torce de verdade para que a concorrência também cresça, pois sabe que precisa de um mercado forte e maduro para sobreviver. Sabe que trabalhar em equipe é importante e que o cliente só vai voltar a comprar se todo o processo da empresa funcionar como uma orquestra, onde cada qual precisa tocar o seu instrumento com excelência e precisão. Já entendeu que a nova competitividade se faz com cooperação e não se angustia quando não sabe uma resposta e tem coragem para dizer: "- Eu não sei, mas vou me informar". Sempre leva em conta os sentimentos dos outros, os problemas dos colegas de trabalho dos outros setores, busca soluções e com um fervor missionário prega por toda a empresa que todos temos de focar no cliente, por que sem ele nossos sonhos não se realizam. Interdependência é assim como os três mosqueteiros - um por todos, todos por um! Dica do mês: Assista ao DVD Água para Elefantes com Robert Pattinson, Reese Whiterspoon, Christoph Waltz e Paul Schneider. Uma linda história sobre o ramo dos circos, mas é claro, com todas as suas particularidades na gestão do negócio!
Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas
e Motivação de Talentos. Diretor da Clientar - Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de "Paixão por Vender" (Editora EKO), entre outros livros. Site: www.pauloaraujo.com.br. Twitter: @pauloaraujo07
Sucesso no Facebook em oito passos Não resta nenhuma dúvida que a maneira como as marcas interagem com os consumidores mudou demais nos últimos três anos. A inuência e a relevância das chamadas mídias sociais ganharam corpo, importância e tornaram-se obrigatórias em qualquer estratégia de marketing. E, apesar de muito se falar em incluir mídias sociais nos planos, pouco se fala sobre como fazer isso da maneira correta. Recentemente, assisti a uma conferência sobre como ter mais eciência nos planos de comunicação utilizando o Facebook. O formato da conferência já mostrava que realmente as coisas estão mudando numa velocidade incrível. Tomei meu assento, acomodei-me no conforto da minha sala na agência e z como outras quase três mil pessoas: através de uma webinar, seminário via web, tive acesso a in06 62
formações que só conseguiria se viajasse a outro continente. O Social Media Examiner.com apresentou histórias de empresas que incluíram o Facebook em seus planos de marketing e obtiveram sucesso por utilizar a plataforma de maneira adequada. Alguns pontos mostram com clareza que a simples presença no Facebook não leva a lugar algum e não cria engajamento. Muitas marcas simplesmente replicam o conteúdo de seus sites em suas fan pages, um esforço absolutamente em vão. Usuários buscam integração, algo para compartilhar e fundamentalmente se sentir incluído e próximo das marcas. Também não basta ter milhares de fãs se a interação do usuário se limita a isso. É preciso trazer frequentemente o consumidor para
sua página e fazer com que o conteúdo disponível seja sempre relevante. De acordo com o Social Media Marketing Report de 2011, 75% das empresas ouvidas na pesquisa planejavam aumentar seus investimentos no Facebook nesse ano. No momento em que escrevo esse artigo, o Facebook tem 747.39 milhões de usuários, 26.83 milhões no Brasil e 31% dos usuários acessa o site diversas vezes ao dia. Um potencial gigante que deve ser explorado da maneira adequada. Para isso, relaciono aqui oito sugestões para que a estratégia de comunicação se torne ainda mais poderosa. 1- Concursos criam engajamento e ampliam o alcance - Promover concursos através de sua página é uma solução muito interessante para que o consumidor possa interagir com as marcas, como a melhor foto de um cheeseburguer, a melhor resposta a uma pergunta, um vídeo que mostre a melhor performance com uma bola e outras tantas. 2- Fotos e vídeos são grandes chamarizes - A IdeaPaint é uma empresa que produz uma tinta que, quando aplicada, transforma qualquer superfície comum em uma lousa. Trata-se de uma empresa B2B que transborda para consumidores comuns seu posicionamento e seu produto. A estratégia se torna vencedora por meio do uso de vídeos inspiradores que mostram claramente como o produto é utilizado e, principalmente, como projetos de sucesso acontecem com auxílio da tinta. Disponibilizar esse conteúdo no Facebook deixa muito simples o compartilhamento e interação com os fãs, enriquecendo a experiência de marca. 3- Integre sua loja ao Facebook - Lojas online disponíveis no Facebook encurtam o caminho dos fãs até o produto. A PETCO, varejista americana de produtos para pets, trouxe todo o conteúdo de sua loja online para sua página no Facebook. É possível comprar com segurança, contar aos amigos o que foi adquirido, sem que o usuário saia de sua página. O mesmo acontece com a Threadless, loja de camisetas que mostra suas estampas em uma vitrine em sua página do Facebook, onde é possível curtir uma estampa, postar um modelo no mural ou ainda efetuar a compra redirecionando o internauta para o site da loja para que a transação seja feita com segurança. 4- Encoraje seus fãs a postar em sua página Atitudes simples, que permitam que os fãs dividam como utilizam seu produto ou algo que compraram, podem trazer o público para junto da marca e estimular envolvimento e participação. Perguntas simples como: “Qual seu lugar favorito para comer um cheeseburguer?” ou “Para quem você daria o último biscoito do pacote?” são ótimos exemplos. Vale destacar que simplicidade e frequência correta são palavras chave para aumentar as chances de sucesso.
5- Guidelines que direcionam a interação com a sua página - A interação deve ser espontânea, mas algumas dicas podem ajudar a aumentar a aderência da interação do fã com a marca. Sugestões sobre o que postar e o que não postar devem ser feitas de maneira simpática e discreta. A intenção é deixar clara a política de moderação para que o usuário não se sinta censurado ou enganado quando algo que ele publicou for removido. 6- Use e abuse do Photo Strip e do avatar - O Photo Strip nada mais é do que as cinco fotos que aparecem na parte superior da página do Facebook. É uma das áreas mais nobres disponíveis e pode ser um grande atrativo. Produtos de destaque, mensagens de maior importância deve ser colocados no Photo Strip. O avatar, outra área nobre do Facebook e corresponde a foto do perl, também pode ser ricamente explorado. Avatares que são trocados regularmente geram uxo recorrente a página. Criar uma unidade entre o avatar e o photo strip é também uma opção muito interessante. 7- Dê motivos para que curtam a sua página Permitir que o usuário tenha acesso ao conteúdo da sua página apenas se ele curti-la é um recurso bem simples e garante que todos os usuários que se interessem sobre a sua marca engrossem a lista de fãs. Condicionar acesso a vídeos, descontos exclusivos, vantagens, séries limitadas apenas para quem se engaja com sua página aproxima consumidores, cria o sentido de pertencimento e engaja fãs. 8- Matenha o fã em sua página - Acessar a página é fundamental, mas mais importante ainda é manter o fã conectado. Por isso, desenvolver um conteúdo relevante para o público é fundamental. Criar uma série de vídeos que conta uma história em capítulos e faz com que o acesso seja diário ajuda muito. Jogos e atividades lúdicas que promovam o contato com seu produto e o contato com outros usuários de maneira atrativa vai, com certeza, manter seu fã conectado por muito tempo a sua página. O Facebook é uma plataforma poderosa e absolutamente estabelecida. O número estrondoso de usuários e a facilidade de interação e implementação podem tornar a rede social mais popular do mundo uma grande aliada. Por conta disso, muitas empresas buscam se inserir nesse cenário, mas é fundamental que isso seja feito com critério e principalmente com um cuidado muito grande com o conteúdo. Com a abordagem correta, com certeza, sobrarão motivos para curtir. Fernando Mainardi é diretor de estratégia digital da Plano1. A Plano1 é uma agência especializada em marketing promocional e eventos e atua em diversos segmentos, como alimentos, saúde, beleza, varejo, cartões, seguros, bebidas, telefonia e tecnologia. Site: www.plano1.com.br - Informações com Note! Assessoria de Comunicação: (11) 3796-9067
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