Índice
04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigorícos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 Liderança gaúcha discute superação de entraves na produção 34 CAPA Instrumentos de Medição: controle da temperatura inuencia diretamente na conservação e qualidade dos produtos
38 Isolamento adequado é sinônimo de conforto térmico e economia 40 Enlatados são a nova promessa para o mercado de produtos cárneos 42 Projeto de deputados pode impor normas rígidas aos frigorícos 44 Ministério divulga subprograma que reforça controle de alimentos 46 Dirigentes do setor apontam entraves na cadeia produtiva 48 Escritório do Vigiagro no Paraguai vai facilitar comércio 50 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigos Técnicos) 60 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos)
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Brasil pode promover expansão da agropecuária pelo mundo Declaração foi dada pelo novo diretor-geral da FAO, o ex-ministro José Graziano O novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano, defendeu que os países de renda média – como Brasil, Argentina e Chile – devem assumir o papel de difusores de novas tecnologias para promover a expansão da agropecuária pelo mundo e, assim, combater a fome. "Esses países talvez não possam atuar como doares nanceiros, mas como prestadores de assistência técnica", disse Graziano. Segundo ele, que assume o posto no início do próximo ano –, o Brasil tem contribuições substanciais a oferecer em pelo menos três áreas: combate ao greening, que afeta a citricultura; recuperação de pastagens degradadas; e produção de biocombustíveis.
Ainda de acordo com Graziano, atualmente há condições técnicas para promover a erradicação da fome no mundo, mesmo com o crescimento da população. Ele argumentou, contudo, que é necessário desfazer os entraves políticos para permitir a expansão produtiva. Apoio - O novo diretor da FAO esteve no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no início de agosto para agradecer ao ministro Wagner Rossi pelo apoio dado durante a eleição da FAO, realizada em Roma, em junho. Rossi e outros ministros brasileiros foram à Itália, durante a reunião, para defender a candidatura de Graziano. Agência Estado, com edição da RF.
Conselho promete acabar com entraves entre Brasil e Argentina Brasil e Argentina deram mais um passo para reduzir as barreiras que prejudicam o comércio entre os dois países. Isso porque durante reunião realizada no Palácio do Planalto, dia 29 de julho, as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner instalaram um conselho de empresários para integrar e fortalecer as exportações regionais. No encontro, as duas governantes ocializaram o Conselho Empresarial Brasil-Argentina, mecanismo que promete acabar com entraves comerciais entre os países, tais como licenças de importação. O Conselho vai contar com aproximadamente 10 empresários de cada país. "Com uma integração dessa magnitude, é im-
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possível retroceder. Diante dela, os problemas que surgem aqui e ali – e que estamos resolvendo – são de pouca monta", armou Dilma Rousseff. Já Cristina Kirchner ressaltou que a união dos empresários vai possibilitar a análise das cadeias produtivas dos dois países, para que estes setores possam se integrar e fortalecer a competitividade do Brasil e da Argentina no mercado internacional. "Essa união vai servir para acelerar os processos de integração produtiva e analisar as cadeiras de valor, bem como fortalecer e integrar essas cadeias para que Brasil e Argentina tenham mais competitividade no mercado global", avaliou a presidente argentina. Canal Rural, com edição da RF.
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Abiec comemora aumento das exportações para a China A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) aguarda o sinal verde do governo chinês para que mais sete frigorícos brasileiros possam exportar carne bovina para aquele país. Somente neste ano, quatro novas indústrias iniciaram as exportações de carne bovina à China, somando nove empresas no total. Este incremento fez as vendas de carne para a China dispararem de 75 toneladas em março para 333,8 toneladas de carne em junho. Com a aprovação de mais empresas, o número de exportadores brasileiros pode chegar a 16 ainda em 2011. De acordo com o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, os miúdos ainda compõem a maior parte dessas exportações, mas os chineses estão comprando cada vez mais carnes para abastecer o seu mercado, embora a carne brasileira, mais magra, não seja a preferência dos chineses. "É um mercado novo e estamos estudando este público com cuidado para identicarmos a demanda com mais precisão", diz o executivo. De acordo com Camardelli, o paladar chinês para carne bovina mais elaborada é mais parecido com o
dos norte-americanos e australianos. "Eles gostam de carnes com mais gordura entremeada". Apesar disso, o executivo acredita que a carne bovina brasileira possa se adaptar muito bem ao mercado chinês. "A carne brasileira atende a demanda em maior escala, o mercado diário, que requer quantidade, enquanto os cortes nobres demandarão carne oriunda de gado europeu e australiano, com mais gordura", explica. Por ainda ser um tanto quanto "desconhecido" para a indústria brasileira, a Abiec não faz estimativas de quanto o Brasil venderá aos cxhineses neste ano. "A tendência é que as vendas aumentem cada vez mais, no entanto, ainda não podemos fazer estimativas concretas porque aquele mercado ainda está sendo analisado". Carne suína - Em maio, três plantas brasileiras foram habilitadas a exportar carne suína para a China – uma da Brasil Foods, uma da Marfrig e uma da Aurora –, conforme anunciado durante a visita da presidente Dilma Rousseff para o país na ocasião. Globo Rural e InfoMoney, com edição da RF.
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Abrafrigo: Ucrânia habilita quatro novos frigoríficos brasileiros Enquanto a Rússia mantém o embargo à carne bovina brasileira, os ucranianos estão ampliando a lista de frigorícos habilitados a vender carne bovina para eles. No dia 09 de agosto, o Ministério da Agricultura da Ucrânia anunciou que vai comprar a carne processada por pelo menos quatro empresas que ainda não faziam parte da lista. Segundo a Associação Brasileira dos frigorícos, a Abrafrigo, no ano passado o Brasil já havia exportado para a Ucrânia, país do leste europeu, 10,3 mil toneladas de carne bovina, num valor equivalente a US$ 38,3 milhões, o que representou 0.8% do total de exportações brasileiras no período. As estimativas de vendas a partir da inclusão de mais quatro frigorícos à lista, porém, ainda não foi divulgada. Os frigorícos habilitados às exportações foram o Tatuibi, que pertence à Rodopa Alimentos, de Limeira (SP); o Mafripar, no Pará; Frigon, do grupo Irmãos Gonçalves, de Rondônia; e o Barra Mansa, de Sertãozinho (SP). Presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar acredita que até o nal do ano, mais países abram seus mercados para a carne brasileira. A entidade, segundo ele, trabalha algumas estratégias para a ampliação dos mercados no exterior, principalmente visando a inserção dos pequenos e médios frigorícos no comércio internacional. "Há algumas mudanças no cenário de vendas para a Ucrânia que podem auxiliar no aumento das negociações, pois recentemente o país fez a unicação dos serviços veterinários de importações de carne com a Rússia e a Bielorrúsia", disse Salazar. De acordo com ele, a entidade, através de sua Diretoria Internacional, está trabalhando para habilitar novas plantas brasileiras para exportação para o Leste Europeu e também para países do Sudoeste Asiático e Oriente Médio. "Uma das grandes conquis-
CONEXÃO GLOBAL
tas que já tivemos foi a abertura do mercado na África do Sul para a carne brasileira. O consumo naquele país aponta receptividade ao produto brasileiro", completou o executivo. A liberação das plantas é resultado de uma missão de veterinários ucranianos ao Brasil, que inspecionaram as unidades em fevereiro deste ano. "É um mercado que pode ser muito importante para o setor de carnes do Brasil", comentou Salazar. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de carnes (Abiec), Antonio Camardelli, essa expansão é o resultado do esforço de todo o setor no sentido de ampliar os volumes e plantas capacitadas a exportar carnes. "No caso da Ucrânia, essas novas plantas capacitam o país a voltar aos volumes de importações do Brasil praticados antes. Esse país já teve um período de importação de carnes brasileiras bastante grande, mas depois veio a crise de 2008, que acabou reduzindo o fôlego de muitos países. Agora podemos recomeçar para voltar aos quantitativos anteriores", frisou. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ainda não conrmou o pedido, entretanto, a coordenação geral de Programas Especiais (CGPE) do Mapa recebeu um comunicado do setor sobre o assunto. "Enquanto o Itamaraty não nos enviar um comunicado ocial, não podemos fazer nada. Eu recebi um documento enviado por um importador, só que não podemos enviar nenhuma circular até receber essa documentação. Mas já pedi esse comunicado", informou o coordenador-geral do CGPE, Vantuil Sobrinho. Segundo o Mapa, o Brasil havia solicitado aos ucranianos a habilitação de duas plantas frigorícas, uma para carne bovina, e uma para suínos. Contudo, não recebeu qualquer resposta do país. Globo Rural, DCI e Abrafrigo, com edição da RF.
Um giro rápido pelo mundo
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Chile aumentou sua participação nas compras de carne bovina brasileira em julho em relação a junho. Em julho, foram embarcados para o Chile 2,7 mil toneladas equivalente carcaça (tec), ante 1,3 mil tec no mês anterior. Quanto ao faturamento, o Chile comprou US$10,3 milhões em carne bovina do Brasil. Em junho a receita com os embarques para o país foi de US$4,7 milhões. No acumulado do ano, os chilenos compraram 14,8 mil tec. O maior volume embarcado de carne bovina brasileira no ano foi em abril: 4,5 mil tec. Os Estados Unidos têm aumentado sua participação nas compras de carne bovina industrializada brasileira. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) o Brasil exportou, em julho deste ano, 1,15 mil toneladas equivalente carcaça para os Estados Unidos. Em junho, o volume embarcado foi de 790 tec, volume 31% menor que em julho. A quantidade de carne exportada vem aumentando gradativamente desde janeiro de 2011 quando o país voltou a comprar carne bovina brasileira. De junho a dezembro de 2010, as exportações para os Estados Unidos foram suspensas voluntariamente pelo Brasil após ser detectada a presença de ivermectina em níveis acima do permitido em lotes do produto brasileiro. Em julho a participação total em volume das compras norte-americanas foi de 15,7%, ante 9,7% em junho. 8
Representantes do agronegócio pedem revisão de regras do Mercosul Mercado brasileiro é o principal destino das exportações de carnes, leite e trigo Apesar de dominar os negócios de produtos manufaturados entre países do Mercosul, o Brasil vem tendo seu mercado invadido por produtos agrícolas dos parceiros do bloco, colocando em risco a produção brasileira. Para reverter esse quadro, a revisão das regras comerciais do bloco foi defendida por representantes das cadeias produtivas de carne, leite, trigo e vinho, em debate realizado dia 04 de agosto na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. Para os participantes do encontro, as normas devem ser diferenciadas por setores ou mesmo por produtos, tendo em conta as especicidades de cada segmento. Se o Mercosul, de forma global, tem sido benéco para o Brasil, alguns setores, como o agrícola, estão "pagando a conta", armou o representante dos produtores de trigo, Carlos Poletto, presidente da Cooperativa Agropecuária & Industrial (Cotrijui). "Um setor não pode ser penalizado em favor de outro, sob pena de colocar em risco toda a produção nacional", disse. No mesmo sentido, o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim, avaliou que o "surto de importações" de produtos agrícolas garante emprego e renda para produtores rurais dos países parceiros, em detrimento dos produtores brasileiros. No debate, o representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, observou que um processo de revisão no Mercosul deve ser olhado "com cautela", por não ser uma ação unilateral, e sim um processo de negociação entre todos os países do bloco. Ele informou que o governo está alerta à grande assimetria das economias dos países que formam o bloco, aspecto que preocupa a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) e motivou a apresentação de requerimento para realização do debate. Conforme alegou Godinho, o país apresenta, desde 2003, superávit nas relações comerciais com todos os parceiros do bloco, havendo tendência de crescimento das exportações brasileiras e de recuo das importações. Ele ressaltou, no entanto, que as
exportações brasileiras dentro do Mercosul estão concentradas nos produtos manufaturados (91%), sendo que, pelo lado das importações, têm grande relevância produtos agrícolas dos demais membros. Brasil - O mercado brasileiro é o principal destino das exportações de carnes, leite e trigo produzidos na Argentina, Uruguai e Paraguai, o que conrma a importância das aquisições do Brasil para dinamizar o setor agrícola dos parceiros de bloco. Na discussão do assunto, parte importante dos problemas do agronegócio brasileiro foi atribuída ao fato de o custo de produção no Brasil ser mais elevado que nos outros membros do bloco, por conta da alta carga tributária. Para que a produção nacional possa voltar a competir com os alimentos importados, os debatedores cobraram a desoneração da produção. A disputa pelo mercado nacional ganha importância frente à crise nanceira que afeta diversos países, reduzindo seriamente as exportações brasileiras, na opinião do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. Para ele, o momento é de "olhar para dentro" e resgatar a competitividade do agronegócio. Ao falar sobre a realidade da vinicultura brasileira, o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani, concordou que o volume de impostos cobrados no país é um grande obstáculo à busca de novos mercados para os produtos brasileiros. O segmento leiteiro fala em "importações predatórias", principalmente do Mercosul. E pede cota para países que ultrapassaram as médias de exportação neste ano. "Estamos acabando com o setor leiteiro no Brasil nesse ritmo", disse Rodrigo Alvim. Outro problema apontado foi a valorização do real frente ao dólar, dinamizando as importações e desestimulando a produção nacional. Os palestrantes citaram impactos da taxa de câmbio sobre a agroindústria e, em consequência, sobre a produção primária. "O câmbio atual dispensa comentários", disse o presidente da Abiec. Agência Senado e Valor Econômico, com edição da RF.
Exportações de carnes têm alta A média diária com as exportações de carnes (bovina, suína e de frango) na primeira semana de agosto foi de US$ 60,2 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Este valor é 5,5% superior à média diária em julho. No último mês, o valor cou em US$ 57,1 milhões, já em agosto de 2010 foram exportados diariamente US$ 55,9 milhões em carnes. O desempenho atual é 7,7% superior. A comparação com julho deve considerar as quedas nos embarques no último mês, inuenciadas pelo embargo russo. O cenário internacional turbulento, seja no Oriente Médio, com as questões políticas, ou Scot na Europa e Estados Unidos, com as economias instáveis, são fatores negativos para os embarques. 06 10
Exportações de carne in natura caíram em volume no mês de julho As exportações de carne in natura caíram 38,2% em volume no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado e atingiram 62,8 mil toneladas. A receita com os embarques chegou a US$ 316,2 milhões, ante US$ 407,8 milhões, um recuo de 22,5%. Os resultados reetem o embargo russo à carne brasileira, segundo fonte do setor. Ainda segundo as informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as as vendas externas de carne suína foram as mais prejudicadas na comparação de julho ante junho: US$ 82,4 milhões de receita, queda de 40,8% na relação com os US$ 139,1 milhões de junho. Em volume, a queda foi de 34,7%, passando de 46 mil toneladas para 30 mil toneladas. As vendas externas de carne de frango in natura tiveram receita de US$ 555,5 milhões em julho, queda de 12,7% ante os US$ 636,4 milhões de junho, parcialmente prejudicada pela diminuição de 2% no preço médio praticado no período. Em volume, os embarques totalizaram 276,9 mil toneladas, recuo de 11,1% ante as 310,9 mil toneladas de junho. De acordo com os dados do MDIC, houve recuo nos embarques de carne bovina in natura também
em relação ao mês passado. Em volume, a retração foi de 19,2%, contra 77,7 mil de toneladas. Já em receita, a queda foi de 17,6% em comparação com os US$ 383,9 milhões obtidos em junho. Por sua vez, o preço médio por tonelada chegou a US$ 5 mil e apresentou incremento de 25,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 2% em relação a junho deste ano. Já as exportações de carne bovina somaram US$ 316,2 milhões em julho, queda de 17,6% ante US$ 383,9 milhões de junho. Em volume, foram embarcadas 62,8 mil toneladas da proteína in natura, recuo de 19,2%. O desempenho fraco das exportações de proteínas também aparece na análise dos números de julho deste ano ante julho de 2010. Em receita, as vendas externas de carne suína in natura recuaram 17,4%, 21,5% em volume e 5,2% nos preços médios. Na mesma base de comparação, as exportações de carne bovina in natura diminuíram 22,5% em receita e 38,2% em volume. Os preços, porém, tiveram alta de 25,6% no período. E as vendas externas de carne de frango in natura aumentaram 2,2% em receita e caíram 14,6% em volume. Os preços médios da carne bovina do período subiram DCI, com edição da RF. 19,7%.
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Agronegócio brasileiro deve fechar 2011 com alta de 9% no PIB Passando por boa fase, o agronegócio brasileiro deve fechar 2011 com alta de 9% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor, o dobro da expansão esperada para o PIB nacional. "Estamos vivendo o maior ciclo de preços altos da história recente. Nunca houve tamanha duração de demanda maior que a oferta", arma o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, atual coordenador do Centro Estudos em Agronegócio (GVAgro) da Fundação Getulio Vargas. O cenário aquecido pela demanda internacional por alimentos, puxada por países emergentes como a
China, bem como o aumento no poder de compra da classe C brasileira, estão entre os fatores apontados como âncoras para o excelente desempenho do setor, segundo a revista AméricaEconomia. Exportação recorde - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que as exportações do agronegócio brasileiro ultrapassem US$ 90 bilhões em 2011, valor recorde e 18% acima do registrado no ano passado. No primeiro semestre, foram embarcados US$ 43,2 bilhões. Agrosoft, com edição da RF.
Vaz: Agronegócio passa longe da crise externa no curto prazo O aprofundamento da crise econômico-nanceira internacional não deve comprometer os resultados do Agronegócio brasileiro na safra 2011/12. A armação é do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. "No curto prazo, a crise não deve atingir o agronegócio. Os preços agrícolas continuam sustentados e, por enquanto, não temos crise de crédito [no Brasil]", considerou, antes de participar do 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio. Segundo Vaz, os produtores chegarão à fase do
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plantio com as compras de insumos adiantadas. Além disso, destacou, o cenário é de preços sustentados durante o período de comercialização em 2012. Mas ele admitiu que o cenário é incerto. "Fazer previsão com mais do que três meses é longo prazo", disse o secretário. Vaz considera que os produtores devem enfrentar o momento mais bem preparados. "Os produtores da maioria das cadeias estão capitalizados e investindo mais em tecnologia, máquinas e armazenagem. O O Estado do Paraná, com edição da RF. cenário é bom".
BRF cresce 279% no semestre e anuncia fábrica no oriente médio Com investimento de US$ 120 milhões, início das operações está previsto para 2012 A BRF Brasil Foods vai construir uma fábrica de processados no Oriente Médio, nos Emirados Árabes Unidos. O projeto representa investimento da ordem de US$ 120 milhões, a serem aplicados em duas etapas: US$ 95 milhões na primeira fase e US$ 25 milhões na segunda. Quando estiver operando a plena carga, a planta terá capacidade de produção de cerca de 80 mil toneladas/ano. O início das operações está previsto para o nal de 2012. Segundo nota divulgada pela empresa no dia 11 de agosto, "o Oriente Médio é estratégico dentro do processo de internacionalização da BRF e deverá se constituir num importante pólo para consolidar a posição de liderança da companhia, contribuindo para o fortalecimento das marcas, da distribuição e das vendas no mercado externo, além de alavancar o acesso a novos mercados". A produção local de processados permitirá, também, oferecer exibilidade e adaptação dos produtos às demandas regionais, bem como a ampliação do portfólio nos canais de food service e varejo, em especial de produtos como empanados, hambúrgueres, pizzas, industrializados e marinados. Atualmente, o Oriente Médio representa 31,8% das exportações da BRF e a marca Sadia é considerada Top of Mind em vários países árabes. As marcas da companhia chegam aos Emirados Árabes Unidos, Arabia Saudita, Egito, Kwuait, Qatar e Baherein, Irã, Iraque, Jordânia, Líbano e tem forte presença também no Golfo Pérsico. Lucro - Originária da fusão de Sadia e Perdigão, a BRF comunicou no dia 11 de agosto que registrou um lucro líquido de R$ 498 milhões no segundo trimestre do ano. A cifra corresponde a um salto de 190% se considerado o resultado do mesmo período em 2010. No acumulado do primeiro semestre, o montante
foi 279% maior que o mesmo período do ano anterior e somou R$ 881 milhões. Já a receita líquida somou R$ 12,3 bilhões , crescimento de 16%. Os números foram apoiados pela expressiva performance operacional, especialmente nas exportações, e também beneciados pela captura de sinergias. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 1,6 bilhão, atingindo margem de 13%. A geração operacional de caixa medida pelo EBITDA foi de R$ 785,9 milhões, uma alta de 28%. Segundo explica a empresa no informe do balanço, o número reete o desempenho dos mercados e a incorporação de sinergias, embora os custos de grãos permanecessem pressionando o trimestre. Fusão - Com a aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão anunciada em 13 de julho último, a BRF vive uma nova fase e começa a executar plano de cerca de 200 ações para a adoção das melhores práticas, que vão orientar a atuação da companhia. O objetivo nal desse processo é capturar as sinergias da fusão, que devem resultar numa economia de R$ 500 milhões ao ano, a partir de 2012. “Estamos liberados para tocar o negócio. Ganhos de escala e escopo já estão acontecendo”, comenta o vice-presidente de Finanças, Administração e Relações com Investidores, Leopoldo Saboya. “O fortalecimento da presença global da companhia trará benefícios signicativos para a economia brasileira, em termos de geração de impostos, empregos e renda no Brasil”, acrescenta o executivo. Saboya destaca que o compromisso da BRF é oferecer uma linha de produtos cada vez mais diversicada, de alta qualidade e preços acessíveis, a todas as classes de consumo, agregando maior valor aos acionistas. BRF e Brasil Econômico, com edição da RF.
JBS encerra atividades de 3 curtumes em SP e MS O grupo JBS-Friboi, um dos maiores produtores de carne do mundo, fechou dois curtumes paulistas e um em Mato Grosso do Sul. As demissões chegam a 1.025 funcionários, somando as que também ocorreram num frigoríco do grupo. Segundo a empresa, problemas tributários levaram ao fechamento dos curtumes paulistas e, nos dois casos, diz o grupo, não se trata de demissões, mas de reorganização, ao passo que o mesmo número de empregados está sendo contratado em curtumes no Ceará, Minas Gerais e em Goiás. O fechamento mais recente ocorreu em Franca, no dia 05 de agosto, com 370 funcionários dispensados. O curtume, adquirido há um ano, era o quinto maior do grupo, e o maior dos 15 curtumes da cidade. Em Aguaí, por seu turno, as demissões começaram em 15 de julho. Foram 350 desligamentos e a produção foi paralisada no dia 08. A empresa não deu detalhes sobre quais seriam os problemas tributários, mas o estopim seria o fato de a Secretaria de Estado da Fazenda ter retido créditos de ICMS do grupo. A Fazenda arma, porém, não haver Folha de S.Paulo, com edição da RF. nenhum registro de crédito retido relativo aos dois curtumes.
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Embarques da Aurora crescem e ultrapassam R$ 294,6 milhões As exportações da Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) ultrapassaram R$ 294,6 milhões nos primeiros sete meses deste ano. Em relação ao mesmo período de 2010, o desempenho é 19,7% superior na área de frango e 0,09% em carnes suínas. Apesar dos bons resultados, a cooperativa está cautelosa sobre o comportamento do mercado mundial no segundo semestre. “A política cambial brasileira, ao manter o real valorizado, retira a competitividade e a lucratividade dos produtos exportados”, lamenta o presidente Mário Lanznaster. Segundo ele, "a sobrevalorização do real reduz a competitividade do produto brasileiro e achata os resultados da empresa”. Por outro lado, o aumento dos custos de produção e o embargo russo ao Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso criam diculdades a toda cadeia produtiva. Nos primeiros sete meses de 2011 a Coopercentral embarcou 36.600 toneladas de carnes de frango, volume 12,10% maior que o primeiro septuamestre de 2010. As receitas com essa venda ao exterior atingiram 165,7 milhões de reais. Os produtos asas, cartilagens congeladas de aves, coxas e sobrecoxas, meio peito, peito inteiro, meio das asas, moela, pés, pontas das asas e fígado pet
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food foram exportados para 36 países: África do Sul, Alemanha, Angola, Argentina, Aruba, Áustria, Ilhas Bahamas, Barein, Catar, Chile, China, Cingapura, Coreia do Sul, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, França, Gabão, Holanda, Hong Kong, Iraque, Japão, Kuait, Montenegro, Omã, Portugal, Romênia, Rússia, Marteen, Seicheles, Grenada, Moldávia, Bósnia-Herzegovina, Saint e Suriname. No geral, o mercado de aves manteve boa demanda, gerando possibilidade de absorção do volume de produção exportável e melhora do preço em dólar. “Neste momento, enfrentamos algumas diculdades de mercado devido a crise econômica mundial que tem demandado mais esforços de negociação junto aos importadores”, relata o gerente de mercado internacional, Dilvo Casagranda. As exportações de carne suína somaram 25.900 toneladas que geraram divisas da ordem de 128,8 milhões de reais. Em volume e em faturamento não houve expansão, mas, estabilidade. A ampliação do mercado internacional para carne suína não ocorreu e os principais compradores continuaram os mesmos países do ano anterior: Rússia, Ucrânia, Angola, Argentina, Armênia, Cingapura, Geórgia, Hong Kong e Uruguai. MB Comunicação, com edição da RF.
Exportações de frangos registram alta de 3,4% em volume Receita em julho também foi positiva, com total de US$ 669 milhões e crescimento de 3,8% As exportações brasileiras de carne de frango atingiram 2,239 milhões de toneladas entre janeiro e julho de 2011, 3,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Esse saldo, divulgado pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) no dia 11 de agosto, representou receita de US$ 4,669 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, 24,3% acima dos US$ 3,756 bilhões de 2010. Em relação ao mesmo mês do ano passado, as exportações de julho registraram queda de 13,8% em volumes, com 310,8 mil toneladas, frente as 360,5 mil toneladas do ano anterior. Já em receita o resultado foi positivo, com crescimento de 3,8%, com total de US$ 669 milhões no sétimo mês de 2011, e US$ 644 milhões no ano passado. “Além do mês de julho de 2010 ter se congurado em um período excepcional em vendas, contribuíram para esta queda as baixas cotações do dólar durante o mês, a redução sazonal de consumo no continente europeu e em alguns mercados, o embargo russo às carnes brasileiras e a crise internacional que tem afetado a economia dos países ricos”, explica o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra. O Oriente Médio continuou líder nas importações
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de frango brasileiro entre os meses de janeiro e julho de 2011, com volume de 828,2 mil toneladas e receita de US$ 1,571 bilhão. Em segundo lugar, a Ásia foi responsável por 632,5 mil toneladas e US$ 1,443 bilhão. O terceiro maior destino das exportações de frangos foi a União Europeia (UE), com 284 mil toneladas e receita de US$ 839 milhões. A África cou no quarto posto em importações por volumes, com 263,8 mil toneladas e US$ 360,6 milhões. Já as exportações para os países das Américas, o quinto maior volume registrado, representaram 154 mil toneladas, com US$ 289 milhões. Por m, as exportações para a Europa extra-UE representaram 73,5 mil toneladas e US$ 159 milhões. Em relação aos tipos de produtos embarcados, as exportações de cortes de frangos – principal produto da pauta – totalizaram 1,182 milhão de toneladas entre janeiro e julho deste ano. Em seguida, os embarques de frango inteiro somaram 846,1 mil toneladas. Terceiro produto mais exportado, os “industrializados” somaram 106,5 mil toneladas. Por sua vez, os embarques de carnes salgadas representaram 103,3 mil toneladas. Ubabef, com edição da RF.
Ubabef defende ampliação do Plano Brasil Maior ao setor da avicultura Após analisar as medidas do Plano Brasil Maior, lançado na primeira semana de agosto pelo governo federal para aumentar a competitividade da indústria nacional, o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, considerou a iniciativa extremamente positiva. O dirigente espera que o setor avícola possa ser enquadrado entre aqueles a serem apoiados pelo programa. “O Brasil é o maior exportador mundial e terceiro maior produtor de carne de frango. E essa importância da avicultura em nosso país não é apenas econômica, mas também social, ao responder pela geração de 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos. Isto credencia o setor a ser apoiado por medidas destinadas a ampliar a competitividade”, destacou Turra. Ao mencionar uma análise do Plano Brasil Maior feita para a Ubabef e pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), o presidente da entidade disse que o setor avícola deveria ser contemplado, por exemplo, pela criação do Reintegra, que estabelece a devolução ao exportador de bens industrializados de 3% sobre o valor exportado. “As medidas se referem a bens manufaturados, mas, já que o agronegócio é um dos blocos produtivos mencionados pelo programa, entendemos que os produtos avícolas podem e devem ser incluídos”, argumentou. Turra também avalia que as empresas do setor que ainda têm a receber créditos de PIS/Cons incidentes sobre exportações deveriam ser igualmente atendidas pelo plano, que prevê maior agilidade nos pedidos de ressarcimento. A entidade está avaliando, por m, a possibilidade de dos frigorícos avícolas utilizarem as medidas referentes ao nanciamento das exportações, por meio do Proex e do Fundo de Garantia às Exportações (FGE). “Iremos analisar com nossos associados a utilização dessas medidas de forma a estimular ainda mais nossas vendas no mercado internacional”, concluiu Turra. Ubabef, com edição da RF.
Avicultura brasileira no mercado mundial “A avicultura brasileira tem fatores importantes que a tornam líder mundial no comércio internacional de frangos e Santa Catarina tem participação preponderante nesse sucesso comercial”. A declaração foi dada pelo presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, durante a Feira AgroPonte – Agronegócio e Agricultura Familiar, que aconteceu dia 10 de agosto no Centro de Eventos de Criciúma (SC). No decorrer do seminário sobre avicultura destinado a produtores integrados, que ocorreu paralelamente ao evento principal, Turra falou sobre a avicultura brasileira e sua importância no mercado mundial. O executivo também abordou as principais questões que envolvem o setor e falou sobre a importância do estado na produção e nas exportações brasileira de aves. Santa Catarina se mantém como o maior exportador brasileiro e no primeiro semestre de 2011 atingiu 520,1 mil toneladas em volumes exportados, 9,2% a mais que no mesmo período do ano passado. Ubabef, com edição da RF. 06 20
Acrimat aponta desaos e ações efetivas para o crescimento da pecuária "O Brasil está sendo observado e cobrado pelo mundo", observa o superintendente da entidade O Brasil é o maior produtor comercial de proteína vermelha do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças de gado. Dessas, Mato Grosso é responsável por 28,7 milhões de cabeças, o maior rebanho do país. Mas, para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), muitos desaos ainda precisam ser enfrentados dentro e fora do Brasil. "O Brasil está sendo observado e cobrado pelo mundo, pois é daqui que sairá o alimento que o planeta precisa", disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele aponta três grandes desaos e as ações necessárias – que devem ter a mesma medida para haver equilíbrio – para que o país continue produzindo alimento O superintendente pontua que o primeiro grande desao é mostrar que o Brasil não tem passivo, e sim ativo ambiental, "pois temos aqui a prática mais sustentável de criação do mundo, onde o maior rebanho comercial é produzido com 64% de suas terras preservadas". Para Vacari, os países que só têm passivo ambiental precisam pagar os produtores que preservam
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o meio ambiente. "Para se ter uma ideia do que isso representa, um frigorico que abate mil cabeças/dia de boi tem ao seu redor, num raio de 300 km, um ativo ambiental que vale um bilhão de dólares, e esse recurso é do produtor". O segundo desao refere-se à renda. Sem renda o produtor não consegue acessar os pacotes tecnológicos disponibilizados no mercado, "e isso tem um impacto direto nos investimentos no melhoramento genético do rebanho, na manutenção da pastagem que também preserva o meio ambiente e na infraestrutura da propriedade", enfatiza. O terceiro desao é erradicar a febre aftosa no continente Sul Americano. "Temos que fazer a lição de casa com medidas que envolvem o governo federal, estadual e os produtores". "O governo federal tem que investir no aparelhamento dos postos de fronteiras e treinamento de vigilância e sanidade animal, além da necessidade de integração de ações de todos os países do continente e a continuidade do trabalho dos produtores em vacinar seu rebanho". Acrimat, com edição da RF.
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Carne de bovino connado garante oferta em Minas Gerais A carne de bovinos submetidos a connamento em Minas Gerais começou a chegar ao mercado no mês de agosto. Contudo, a produção por meio desse sistema prossegue no estado até dezembro de 2011, para garantir a oferta da carne de 200 mil animais durante o período de seca. A avaliação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). "O connamento consiste em manter os animais em piquetes ou currais, onde recebem ração e água", explica José Alberto de Ávila Pires, coordenador estadual de Bovinocultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada à Secretaria. Adotado em Minas há cerca de 30 anos, o sistema substitui a estocagem de carne congelada, que era mantida pelo governo federal em décadas passadas, na entressafra do boi." Segundo Pires, o número de bois connados em MG equivale a cerca de 7% do total registrado no país nas mesmas condições. "Levantamento realizado pela Emater-MG mostra que o custo da engorda do gado connado em Minas, no período de 70 dias, foi de R$ 70,00 por arroba, enquanto a cotação do
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produto no Estado está próxima de R$ 100,00 a arroba", acrescenta. O coordenador observa que as vendas atuais ajudam na recomposição da renda do produtor diante da redução do preço da carne bovina. No primeiro trimestre de 2011 a cotação do produto alcançou R$ 100,00 no estado, sendo que no segundo trimestre o preço caiu por causa da grande oferta de bois. "O mercado começou a mostrar recuperação com o início do período de frio e pastos secos, um cenário marcado pela menor oferta de carne", ressalta. Ele lembra que os pecuaristas mineiros têm a expectativa de boas condições para prosseguir com a engorda dos bois, agora com a previsão de uma safra de 6,4 milhões de toneladas de milho, volume cerca de 6% superior ao registrado no ano passado. Segundo maior rebanho bovino do país, atrás do Mato Grosso, Minas Gerais tem 22,4 milhões de cabeças – 10,9% do total brasileiro –, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística (IBGE). A estimativa para este ano é de uma produção de 1 milhão de toneladas de carne bovina, em função do abate anual de 20% do rebanho, conforme cálculos de Pires. Agrosoft, com edição da RF.
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FAO divulga previsões para o mercado internacional de carne ovina Com preços recordes e baixo crescimento na produção, comércio aumentará marginalmente De acordo com o último relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre previsões para o mercado de carnes, as menores ofertas pressionarão os preços a novos níveis recordes. Em maio de 2011, o índice de preços de carnes da FAO alcançou um novo recorde de 183 pontos. Os preços internacionais de todas as carnes se mantiveram rmes desde janeiro. O fortalecimento dos preços reete, principalmente, fatores direcionados pela oferta, incluindo condições climáticas adversas no nal de 2010, reconstrução de rebanhos, problemas sanitários e maiores custos dos insumos que, consequentemente, levou a uma parada no crescimento da produção global. Vendo a perspectiva de 12 meses, as carnes ovina e bovina tiveram fortes crescimentos e, baseadas em seus respectivos índices de preços, aumentaram 38% e 20%, respectivamente, desde maio de 2010. A limitada disponibilidade de exportação em países tradicionalmente fornecedores, combinada com uma forte demanda de importação, deverá manter uma tendência de alta nos preços mundiais das carnes em curto prazo. Ao mesmo tempo, os altos preços dos grãos continuam limitando os lucros do setor. Cenário - Pelo quinto ano consecutivo, o mercado global de carne ovina verá apenas um crescimento marginal, para 13,1 milhões de toneladas, à medida que os principais exportadores do produto – Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos – encontram-se em
fase de reconstrução de rebanhos. As exportações deverão aumentar para 845.000 toneladas este ano, à medida que as baixas ofertas estão restringindo as vendas da Austrália e da Nova Zelândia. Com a atual reconstrução do rebanho nos dois países, os preços dos ovinos continuam sob pressão de alta em curto prazo, à medida que a competição intensica para abates, reconstrução de estoques e exportação de ovinos. As ofertas limitadas da Austrália e Nova Zelândia podem estimular maiores vendas da América do Sul (em particular, da Argentina e do Uruguai) e da Ásia (em particular, da Índia). No caso das importações, os altos preços da carne e dos ovinos vivos estão impulsionando uma reavaliação das políticas de importação de carne nos países do Oriente Próximo, como Bahrain, que opera grandes programas de subsídio a importações de carnes vermelhas. O declínio na produção sustentará as importações pela União Europeia, bem como pelos Estados Unidos, que recentemente removeram uma barreira de uma década às importações do Uruguai devido a preocupações relacionadas à febre aftosa. Na África, a boa forragem e a forte demanda do Oriente Médio estão levando a uma maior produção no Sudão, o segundo maior produtor da região depois da Nigéria. No Paquistão, apesar da perda de animais pelas enchentes de 2010, os maiores preços e a forte demanda de exportação estão induzindo FAO, com edição da RF. maiores abates e embarques.
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Embargo russo faz exportações de carne suína caírem 17% em julho Em faturamento, contudo, houve um crescimento de 7,74% nos primeiros sete meses deste ano Uma queda de 17,52% em volume, nas exportações de carne suína brasileira, em julho, conrma o prejuízo causado pelo embargo sanitário russo decretado em 2 de junho e que entrou em vigência no dia 15 daquele mês. O alvo foram as exportações de carne suína do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. Em julho, o Brasil vendeu para o exterior 36.104 toneladas e obteve uma receita de US$ 93,85 milhões. A queda em valor foi de 13,28%. De janeiro a julho, o Brasil embarcou 302.957t, em relação a 313.468t no mesmo período de 2010, uma queda de 3,35%. Em faturamento, porém, houve crescimento de 7,74%: US$ 829,12 milhões nos primeiros sete meses de 2011 ante US$ 769,52 milhões em igual período de 2010. Em julho deste ano, o preço médio da carne suína aumentou 5,14%, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), os demais destinos cresceram quando se comparam os meses de julho de 2011 com 2010, e janeiro a julho dos dois anos. “Porém, é muito difícil, no curto
prazo, manter os volumes exportados sem o m do embargo nos três estados e mesmo o retorno de outros estabelecimentos que ainda permanecem com suspensão temporária”, avalia Camargo Neto. “Continuamos esperançosos com a rápida solução para o embargo, pois entendemos que se trata mais de uma questão burocrática e de desencontro entre autoridades sanitárias do que de fato uma questão técnica sanitária”, acrescenta. Na opinião do dirigente, “é preciso que o Ministério da Agricultura ofereça atenção e prioridade para esta questão e agilize uma solução”. Importância do mercado russo - O mercado russo para carnes, em geral, é muito importante, pois impacta a formação de preços e a renda dos produtores e da agroindústria do Brasil. De janeiro a julho de 2011, o Brasil embarcou para a Rússia 112.646t, uma redução de 21,07% em volume e de 10,40% em valor (US$ 351,11 milhões ante US$ 391,86 milhões), em comparação com mesmo período do ano passado. Abipecs, com edição da RF.
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Programa em prol do suinocultor brasileiro é lançado pela Ourono A Ourono Agronegócio acaba de lançar o Programa Ourono de Suinocultura (PO$). O objetivo é planejar solução aos prejuízos sofridos pelo suinocultor brasileiro nas principais patologias entéricas, respiratórias, reprodutivas e nervosas que acometem os animais em todas as fases de criação. Diretor do departamento de Suínos da Ourono, Amilton Silva arma que o Programa foi idealizado para atender a carência da suinocultura nacional na área de prestação de serviços diferenciados. “O Programa oferece condições para os suinocultores tomarem decisões estratégicas com a utilização racional da antibióticoterapia. Identicamos a necessidade desta orientação, principalmente no manejo preventivo e prolático dentro da granja e criamos o programa que caminha direto para a rentabilidade, maximizando o investimento”. No Programa, médicos veterinários acompanham a rotina da granja para a formatação de uma análise detalhada sobre os principais desaos a serem vencidos nas instalações e que atrapalham o desempenho do animal. Segundo Silva, com esta análise em mãos, é possível traçar uma estratégia de melhoria em um curto período, com resultados obtidos já no primeiro ciclo da granja.
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O trabalho do PO$ começa com a visita de um médico veterinário da Ourono à granja, quando é feita uma análise das situações externas e internas que podem ocasionar algum tipo de patologia, diminuição do desempenho zootécnico e até mortalidade dentro da granja. A avaliação é feita com referência nos estudos e trabalhos publicados pela Embrapa. Após esta etapa, o especialista acompanha o abate dos animais para uma análise patológica. Esta análise engloba os principais órgãos dos suínos e as informações coletadas serão inseridas no Programa de Avaliação Patológica no Abate de Suínos (ProAPA). “Desta forma, vamos identicar e quanticar a prevalência e incidência das doenças que acometem os animais e que causam grandes prejuízos”, conta. Com estas informações, o PO$ fornecerá um relatório detalhado da situação atual da granja e dos problemas encontrados, sugerindo medidas proláticas mais adequadas. “Com toda esta avaliação em mãos, entraremos com a proposta de solução identicada no PO$ que sempre será norteado pelo cálculo do prejuízo que esta patologia pode proporcionar ao suinocultor e como minimizar ao máximo esta perda e, assim, aumentar a rentabilidade da granja”, conclui Silva.
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Liderança gaúcha discute superação de entraves na produção de carnes Lideranças de entidades ligadas à cadeia produtiva de carnes se reuniram com o novo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, em Porto Alegre (RS), no dia 1º de agosto. No encontro estiveram presentes o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra; o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli; e o Diretor Técnico da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas. A reunião contou, também, com a presença do secretário da Agricultura e Pecuária gaúcho, Luiz Fernando Mainardi; do diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luiz Carlos de Oliveira; do superintendente federal de Agricultura do Rio Grande do Sul, Francisco Signor; além de membros de outras entidades do estado. Durante o encontro, as lideranças expuseram as principais diculdades enfrentadas pelo setor de
cárneos para produzir e exportar produtos industrializados no Rio Grande do Sul. Na oportunidade, Turra deu destaque à perda de competitividade dos produtores devido a escassez de milho, além de ressaltar os entraves logísticos e a alta carga tributária. Também foi abordada a necessidade da ampliação do número de scais agropecuários e de laboratórios que permitam realizar com mais rapidez o monitoramento sanitário local. “Esta foi a primeira vez que vi todo o setor de cárneos gaúcho reunir-se para avaliar de forma lúcida, coerente e convicta na busca por soluções plausíveis", disse o presidente da Ubabef. "Este encontro rmou um compromisso entre os vários elos da produção de, periodicamente, promovermos encontros, sendo o próximo para antes do m do ano”, explicou Turra. Ubabef, com edição da RF.
Três municípios receberão matadouros públicos no Piauí O governo do Piauí, através da Secretaria das Cidades (Secid) e da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), está investindo na construção e implementação de matadouros públicos. O objetivo da medida é proporcionar carne de mais qualidade, seguindo as normas ambientais e a demanda local necessária. Na lista das cidades que receberão matadouros construídos com verba do tesouro estadual, Caridade do Piauí, Curral Novo e São Francisco do Piauí são os próximos municípios. "A construção nessas cidades está bem adiantada, seguindo todas as exigências das legislações sanitária e ambiental e dentro das indicações estruturais para o matadouro padrão", arma o superintendente de Agricultura Familiar da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Piauí, Carlos Domingos. Somente em julho já foram inaugurados dois matadouros públicos, ambos construídos com verba do tesouro estadual, no valor total de R$ 296 mil. O primeiro no município de Guadalupe, a 340 quilômetros de Teresina, e o segundo, no município de Simões, a 450 quilômetros. Ao todo, 90 matadouros devem ser construídos, sendo a maior parte deles com recursos oriundos de uma operação de crédito feita pelo Governo do Estado junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No momento, técnicos estão analisando os últimos detalhes para liberação da verba para execução do 1º lote de matadouros. Governo do Piauí no FarmPoint, com edição da RF.
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Por Danielle Michelazzo
Controle da temperatura em frigoríficos influencia diretamente na conservação e qualidade dos produtos
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os processos industriais antigos, as variáveis eram controladas “manualmente”. Até o nal do século XVI – quando foi desenvolvido o primeiro dispositivo para avaliação da temperatura –, os sentidos do corpo humano eram os únicos elementos disponíveis para dizer se um determinado corpo estava mais quente ou mais frio do que um outro. Com a revolução industrial e tecnológica, contudo, devido a complexidade dos processos, o elemento humano foi sendo gradativamente substituído por aparelhos capazes de executar essas tarefas: os instrumentos de medição e controle. Assim, seja por questões de segurança ou de economia, esses instrumentos passaram a ser essenciais não só para manter as condições ideais de funcionamento das plantas fabris por meio do correto funcionamento de equipamentos, mas, consequentemente, para permitir procedimentos de inspeção e segurança e, desta forma, garantir a qualidade do ambiente de trabalho e dos produtos nais que chegam ao consumidor. E a indústria frigoríca sabe perfeitamente como fazer uso desses aliados. Para se ter uma noção mais exata da importância desses aparelhos dentro do setor frigoríco, basta voltar as atenções para as câmaras frias. Uma vez mantidas temperatura e umidade em seus interiores estáveis e em níveis especícos, bactérias como a Salmonella, por exemplo, não apresentam crescimento propício em carnes e derivados. Assim, 06 34 34
a conservação e o armazenamento de produtos cárneos em temperaturas constantes e controladas são fatores primordiais para a segurança do alimento. “O controle da temperatura em frigorícos inuencia diretamente na conservação e qualidade dos produtos cárneos. A utilização de baixas temperaturas, desde a produção até a comercialização, é fundamental para preservar as características originais do produto e garantir que ele esteja adequado para o consumo”, relata a Market Manager - Divisão Ali-mentos da Hanna Instruments Brasil, Barbara Pian. Segundo explica a gerente, a composição da carne contém vários fatores que podem inuenciar o crescimento de microrganismos, como seus altos teores de proteínas, minerais e vitaminas. “Além disso, suas características intrínsecas, como pH, atividade de água e temperatura, também são favoráveis para o desenvolvimento microbiano. Desta forma, o controle destes parâmetros, principalmente da temperatura, se torna imprescindível para a manutenção dos padrões de qualidade do produto e garantir que o mesmo não ofereça risco à saúde do consumidor”. Assessor de Marketing da Salvi Casagrande Medição e Automatização, Nelson Theodoro Junior concorda com Barbara. Ele é taxativo ao armar que o controle da temperatura em câmaras frigorícas tem uma importância fundamental. “Para o transporte, é necessário que o veículo seja refrigerado ou iso-
Fotos: Hanna
Instrumentos de medição
alerta, nesse sentido, que para cada variável existem os instrumentos relacionados. “E a adequação de sua utilização depende do grau de importância do processo a ser medido ou controlado, pois os instrumentos estão escalonados e relacionados em sua incerteza de medição dependendo do uso pretendido”, esclarece o assessor. Inúmeros são os instrumentos utilizados para medição, teste e controle dentro de uma indústria, entre eles termopares, controladores e indicadores de temperatura, termômetros, manômetros, pressostatos, termômetros de “Todopara aparelho de bancada e as balanças com gancho Tendal máxima e mínima, termohigrômetros, controle de temperatura chaves de uxo, transmissores de pesagem suspensa. Variáveis possui uma margem de pressão e temperatura. Para medir a temperatura, Barbara As grandes variáveis que o hoerro, mas isso depende conta que existem vários tipos de mem mede para a fabricação de promuito do nível de equipamentos de medição que difedutos em seu contexto geral estão qualidade do produto” rem-se uns dos outros pela grandeza relacionadas na seguinte ordem: termométrica. “Os mais utilizados no tempo, temperatura, pressão, nível e segmento alimentício são os termômetros, termovazão, entre outras, observando que tudo que é propares e os termoregistradores”, enumera a gerente duzido à nossa volta é vinculado a essas variáveis. ons Unir os: Fot da Hanna. “Em uma planta industrial esses fatores estão 100% “Tem os de contato, espeto e o infravermelho. No relacionados, e os instrumentos de medição s ã o de contato há vários modelos de agulhas, como o de fundamentais para controle de processo, medição penetração, para imersão em líquido e gases, com e fabricação”, conta Theodoro Junior. superfície cilíndrica em movimento, para ar e gases, O instrumentista e assessor da Salvi Casagrande térmico e a temperatura máxima permitida é de 10°. Para o armazenamento, essa temperatura deverá estar em aproximadamente 0º”. Com esse controle, reforça o instrumentista, torna-se possível preservar as qualidades nutritivas dos alimentos, evitar contaminação e a incidência de microorganismos indesejáveis no alimento. “A importância medições é para uma garantia do Devido ànessas úmidade, refrigeração e constante exposição produto nal, com menor tempo possível, e todas as à água, entre outros fatores "agressivos", balanças medições conhecidas e monitoradas para atender o objetivo feitas com aço inox são ideais para as vigilância sanitária eoas necessidades da requisições qualidade, da tempo e, o principal, dos frigorí entre elas os modelos de piso, de produto nal”,cos, complementa.
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retos e angulares para superfície e com resposta ultrarápida. Existem ainda os de infravermelho, com leitura pontual, e os de leitura por aproximação, sendo ambos utilizados em ambientes de difícil acesso”, detalha Theodoro Junior. Sobre o controle de temperatura ser 100% conável, o instrumentista conta que todo aparelho possui uma margem de erro. “Mas isso depende muito do nível de qualidade do produto”, alerta. lvi Fotos: Sa
Fotos: Hanna
“O controle da temperatura em câmaras frigoríficas torna possível preservar as qualidades nutritivas dos alimentos, evitar contaminação e a incidência de microorganismos indesejáveis no alimento” Theodoro Junior
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Fiscalização Questionada sobre a importância do controle da temperatura nos frigorícos e, por conseguinte, sobre o papel dos instrumentos de medição, Barbara lembra que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é o órgão scalizador de todos os estabelecimentos fabricantes de produtos de origem animal, incluindo produtos cárneos e derivados. “Para comercializar legalmente seus produtos no mercado interno e externo, é necessário que o frigoríco tenha o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Mapa, que identica os alimentos com procedência conhecida, permite a rastreabilidade e indica que foram inspecionados pelo governo”. Ela aponta, ainda, que existe um regulamento técnico de identidade e qualidade para cada tipo de produto e que, quando um frigoríco pede registro no SIF, é obrigado a atender as especicações contidas nestes regulamentos. “Hoje temos em vigor a circular n° 175 do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), do Mapa, que abrange todos os requisitos de controle e monitoramento da cadeia produtiva da carne”. RF
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Por Carolina Sibila
ISOLAMENTO ADEQUADO É SINÔNIMO DE CONFORTO TÉRMICO E ECONOMIA
Foto: Iso-Systems
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or meio da aplicação de materiais de baixa condutividade o isolamennto térmico consiste, basicamente, em proteger superfícies aquecidas, como a parede de um forno, ou refrigeradas, como a parede de um refrigerador. O objetivo é minimizar os uxos de calor nos ambientes, seja por problemas térmicos, por um critério de conforto térmico ou, ainda, por questões nanceiras. Na fabricação de isolantes térmicos são utilizados materiais porosos ou brosos, que aprisionam o ar nas pequenas cavidades do material sólido, evitando sua movimentação e impedindo a convecção. Gerente geral da Iso-Systems Isolantes, Luiz Eduardo Vilela Feres explica que existem vários tipos de isolantes térmicos. “Os mais ecientes são os isolantes a base de alumínio, geralmente utilizados em subcoberturas, e agora em formato de resina”. Esses isolantes possuem nanotecnologia, que faz o isolamento por reexão e por baixa condução, isolando temperaturas de -20ºC até 400ºC. Eles são utilizados, geralmente, em tubulações, caldeiras e equipamentos industriais, ajudando também a reduzir o consumo de energia. Apesar de serem os mais utilizados, o melhor isolante térmico ainda é o vácuo. Porém, devido à grande diculdade para obter-se e manter condições de vácuo, ele é empregado em muito poucas ocasiões, limitadas em escala. Por isso, na prática se utiliza ar, que graças a sua baixa condutividade térmica e um baixo coeciente de absorção da radiação, constitui um elemento muito resistente à passagem de calor. Em frigorícos, para manter os produtos cárneos sempre nas condições ideais, é importante deixar o ambiente sempre com a temperatura estável, para economizar energia elétrica nos ambientes e equipamentos. “Nestes ambientes, o ideal é usar os isolantes de alumínio para subcobertura, as resinas refratárias, aplicadas na parte externa, e a resina de baixa condutibilidade nos equipamentos, tudo para manter a temperatura estável nos locais aplicados”, diz Feres. 06 38
Gerente de marketing da Polycalha, André Santos arma que outro material também muito utilizado pela indústria frigoríca é o poliestireno estendido (EPS), um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em água. Em seu processo produtivo, não se utiliza o gás CFC ou qualquer um de seus substitutos. Como agente expansor para a transformação do EPS, emprega-se o pentano, um hidrocarbureto que se deteriora rapidamente pela reação fotoquímica gerada pelos raios solares, sem comprometer o meio ambiente. O produto nal é composto de pérolas de até 3 milímetros de diâmetro, que se destinam à expansão. No processo de transformação, essas pérolas são submetidas à expansão em até 50 vezes o seu tamanho original, através de vapor, fundindo-se e moldando-se em formas diversas. Tipos de isolantes Nas indústrias onde são utilizados isolantes térmicos, os materiais mais encontrados são o amianto, um mineral de estrutura brosa, com bras longas, nas e exíveis; o carbonato de cálcio, que possui microscópicas células de ar; a lã de rocha, que apresenta baixa condutividade térmica devido aos espaços com ar entre as bras; e as cortiças, provenientes de uma casca de árvore e que apresentam uma estrutura celular com ar encerrado entre as células. Além desses, são também muito utilizados a vermiculita, que se dilata em um só sentido durante o aquecimento; a sílica diatomácea, que consiste de pequenos animais marinhos cujas carapaças se depositaram no fundo de rios e mares; e os plásticos expandidos, que são o poliestireno e o poliuretano expandidos. Estes dois últimos materiais, durante seu processo de fabricação, sofrem uma expansão com formação de bolhas internas de tamanho microscópico.
Câmaras frigorícas As câmaras frigorícas estão se tonando cada vez mais importantes. A construção destas exige muitos cuidados com o isolamento térmico, que deve ser feito com materiais de qualidade e que sejam duráveis. Elas podem ser fabricadas no próprio local ou, então, serem pré-fabricadas em painéis. Segundo aponta a empresa Rib-Therm, as câmaras que são construídas no próprio local são erguidas de maneira convencional, sendo que o isolamento é feito com chapas isolantes de EPS, respeitandose as espessuras ideais para cada tipo de produto. Por exemplo: para salsichas, a espessura do isolante deve ser de 75 milímetros. Já para carne bovina congelada, a espessura deve ser de 200 milímetros. Já a montagem de câmaras em paineis pré-fabricados em EPS pertence ao isolamento de terceira geração. Os paineis, geralmente, são revestidos com chapas metálicas, a montagem é mais rápida e as barreiras de vapor mais ecientes, além de possuir paredes mais nas que ocupam menor área para o mesmo volume de câmara. O núcleo de EPS e o revestimento são unidos por colagem e prensagem, formando um elemento rígido e de resistência mecânica muito boa. O fechamento do teto dispensa lajes e permite grandes vãos sem colunas. Em tempo, vale explicar que o EPS, depois de expandido, é uma espuma rígida de poliestireno. É ideal para isolamento térmico, leve, branco, robusto, que possui prolongada durabilidade e resiste ao envelhecimento – mais do que qualquer outro material plástico moderno. É um material largamente conhecido por oferecer uma relação privilegiada e excelente entre o custo e o benefício – tanto sob o ponto de vista ambiental como económico – e
que, portanto, acabou se tornando indispensável devido às suas excelentes qualidades, entre elas de reciclagem. Sustentabilidade Quando se opta pela utilização do isolamento térmico, nota-se que ao longo da sua vida útil existe um consumo menor de energia na climatização do edifício e, consequentemente, a quantidade de CO2 emitida. Desse modo, o impacto ambiental não oferece riscos. Além disso, os isolantes térmicos ainda controlam temperaturas e aumentam a eciência operacional dos processos, previnem ou reduzem a condensação supercial e interna; controlam a temperatura supercial para proteção pessoal e de equipamentos; e reduzem o ruído de sistemas mecânicos. “Edifícios sustentáveis têm melhor aproveitamento, reduzem o desgaste dos materiais construtivos e aumentam a vida útil dos produtos, máquinas e equipamento. Alguns tipos de materiais também garantem a qualidade dos produtos, além de não poluírem, e podem ser reaproveitadas com o processo de reciclagem”, alerta Feres. É importante também, no processo de preservação ambiental, que as empresas trabalhem com prossionais qualicados, que sempre renovem seus conhecimentos para aplicarem nos sistemas já existentes e para melhorar a qualidade de serviços e garantir um futuro sustentável para o setor. Deve-se atentar aos produtos a serem empregados no isolamento, pois muitos deles são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, porém, ainda não estão proibidos por lei, além da baixa durabilidade e alta manutenção. RF
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Por Carolina Sibila
Tendência
ENLATADOS A nova promessa para o mercado de produtos cárneos cionais. A embalagem de aço é capaz de preservar os nutrientes, vitaminas e bras dos produtos nela envasados”, explica. Ainda segundo Thaís, alguns estudos comprovam, no caso de conservas, que a lata de aço possui melhor valor nutricional do que alimentos in natura. A carne envasada em lata de aço geralmente é processada dentro da própria embalagem preservando, assim, o sabor e o valor nutricional. “A carne enlatada é fechada hermeticamente, o que garante a segurança alimentar e evita a contaminação do meio externo e de microorganismos. Não há necessidade em adicionar conservantes químicos para que a carne seja enlatada, o que garante um produto mais saudável”, completa a gerente. Outro fator que deve ser levado em consideração é o tipo de embalagens de produtos cárneos utilizado na armazenagem de carnes. Geralmente, a carne processada envasada em embalagens de aço é acondicionada em latas trapezoidais e em latas cilíndricas de diâmetros variados (o mais comum 73mm), nas quais são envasadas feijoada, carne fatiada com molho e almôndegas, entre outros.
E
m supermercados e açougues do Brasil, o que os consumidores mais procuram são as peças tradicionais de carne (picanha, fraldinha, maminha etc.) que vêm, geralmente, em embalagens permeáveis a gases, com atmosfera modicada ou a vácuo. Porém, com o objetivo de trazer mais praticidade, muitas indústrias já estão investindo em carnes enlatadas. De acordo com a gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), Thaís Fagury, isso está acontecendo porque esse tipo de embalagem oferece uma série de vantagens ao mercado de carnes. “Além de preservar por mais tempo os produtos envasados, mantém todas as características nutri06 40
Conservação Com relação ao tempo de vida útil das carnes, as latas de aço apresentam mais uma vantagem sobre os demais tipos de embalagens: elas aumentam o tempo de prateleira dos produtos. Durante o processo de armazenagem, os alimentos são colocados em recipientes completamente fechados e cozidos a uma temperatura sucientemente alta para garantir que sejam esterilizados. Como os microorganismos presentes no interior do recipiente são destruídos e o ar não pode entrar, os alimentos enlatados conservam-se durante muito tempo sem se deteriorarem. “Geralmente 24 meses
é a validade da carne enlatada, variando entre 12 e 60 meses”, arma Thaís. Outros produtos cárneos, como o salmão e a sardinha conservados em óleo, mantém-se perfeitamente seguros por mais tempo (durante quatro ou cinco anos). A data de consumo indicada é encontrada na embalagem, mas o alimento não se tornará necessariamente estragado ou perigoso após passar o período de validade. O que acontece é que ele poderá não apresentar mais suas características originais, pois mesmo os alimentos enlatados começam a se deteriorar a partir de determinado tempo. Mercado no Brasil Nos países americanos e europeus, as carnes enlatadas já são bastante consumidas. No Brasil, esse mercado ainda é recente, mas já está em processo de crescimento. “O mercado de corned beef (carne bovina tratada em salmoura e fervida em vinagre em fogo lento), por exemplo, é de aproximadamente 200 mil toneladas por ano, sendo a maior parte do volume destinada à exportação”, exemplica Thaís. Outro mercado também em crescimento é o de feijoada enlatada, o qual movimenta cerca de 10 mil toneladas por ano. Seu crescimento é justicado pela praticidade do prato pronto. No Brasil, ainda podem ser encontradas almôndegas pronta para consumo, salsichas e outros itens à base de carne enlatados. Para aqueles que tiverem curiosidade em experimentar as carnes enlatadas, no Brasil, elas podem ser encontradas facilmente em grandes redes de supermercados a preços bem acessíveis – a partir de R$ 2,00, como é o caso da salsicha.
Peculiaridades O efeito do processo para enlatar alimentos, inclusive cárneos, é quase nulo sobre as proteínas, carboidratos, gorduras ou vitaminas A, D e riboavina que o alimento possa conter. Porém, as elevadas temperaturas destroem a vitamina B1 e a vitamina C de alguns alimentos. Além disso, enlatar um alimento geralmente altera sua cor, textura, sabor e, em muitos casos, contém teores relativamente elevados de sal, e por isso Thais Fagury, é sempre bom vericar o gerente executiva da Abeaço rótulo. Se ao abrir uma lata apenas parte de seu conteúdo for utilizado, o indicado é não guardar o que sobrou do produto na própria lata, a m de evitar que o metal afete os alimentos após exposição ao ar. O ideal é que o restante do produto seja armazenado em um recipiente coberto, em ambiente refrigerado, e consumido em até dois dias. Latas amassadas ou enferrujadas também podem afetar o produto e devem, portanto, ser evitadas. Se a lata estiver deformada ou estufada, isso signica que, provavelmente, há microorganismos produtores de gás em seu interior. Por isso ela dever ser descartada, pois apresenta risco de conter diversos tipos de bactérias, até mesmo venenosas. RF
"A carne enlatada é fechada hermeticamente, o que garante a segurança alimentar "
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Projeto de deputados pode impor normas rígidas aos frigorícos Abrafrigo manifesta-se contra projeto para que frigorícos enviem informações ao Mapa A Associação Brasileira de Frigorícos (Abrafrigo) enviou nota aos seus associados posicionando-se contra o projeto de lei PL 5194/05. De autoria do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), o texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania no dia 03 de agosto, e estabelece novas e diversas obrigações aos frigorícos, determinando o envio de informações ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com os termos do PL, os frigorícos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) serão obrigados a enviar ao Mapa informações sobre preços, quantidades e outras características dos bois adquiridos para corte, em um prazo de cinco dias úteis após o abate. O objetivo é combater a informalidade do comércio de carne bovina no Brasil. "Este projeto signica mais um atrapalho no cotidiano das empresas, exatamente porque não tem nenhuma fundamentação técnica, econômica e jurídica que o justique", arma o presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar. "Além disso, penaliza somente as empresas com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF)", acrescenta. Na opinião da entidade, o projeto de lei irá criar uma burocracia enorme para os frigorícos que também deverão informar o peso médio dos animais do lote – informações discriminadas por sexo e idade do animal – e a data da transação, o nome, endereço e CPF, ou CNPJ do vendedor. Aprovado em caráter conclusivo, o texto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário. "Não faz nenhum sentido. Por-
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que um frigoríco teria de enviar ao Mapa cópias de nota scal de quem comprou e de quem vendeu?, argumenta Salazar. A nota da Abrafrigo arma, também, que a associação irá lutar contra a aprovação do projeto no Senado. "Precisamos trabalhar juntos nas próximas fases de tramitação manifestando nossa completa discordância. Vamos ter de mobilizar parlamentares para mostrar-lhes que este projeto não tem a mínima consistência, até porque o próprio Ministério da Agricultura não terá condições físicas de avaliar o enorme volume de informações que serão disponibilizadas", complementa o dirigente. Emendas - Relator na CCJ, o deputado João Magalhães (PMDB-MG) recomendou a aprovação da proposta com três emendas acatadas anteriormente pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Ele também apresentou emendas para retirar o estabelecimento de atribuições para o Mapa. "A proposição contém vício quanto à xação de atribuições para o ministério, para realizar e divulgar estudos sobre o mercado de bovinos. O mesmo vício está em uma das emendas da Comissão de Agricultura, que atribui ao ministério a função de noticar os frigorícos inadimplentes. Esses dispositivos violam a separação dos Poderes, ao atribuir competência a órgão do Poder Executivo em projeto de iniciativa parlamentar", explica o relator. Abrafrigo e Agência Câmara, com edição da RF.
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Ministério divulga subprograma que reforça controle de alimentos Medida visa garantir produtos de origem animal mais seguros e de melhor qualidade O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou o subprograma de monitoramento em carnes (bovina, de aves, suína e equina), leite, mel, ovos, pescado e avestruz para este ano, referente ao Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal (PNCRB). A determinação está descrita na Instrução Normativa nº 24, publicada no Diário Ocial da União (DOU) no dia 11 de agosto. O programa visa monitorar o controle de resíduos de produtos veterinários e contaminantes – como antibióticos, antiparasitários, agrotóxicos e metais pesados – que possam oferecer riscos à saúde dos consumidores. O coordenador da Coordenação de Controle de Resíduos e Contaminantes do Mapa, Leandro Feijó, explica que a lista inclui os principais medicamentos veterinários utilizados no setor produtivo do Brasil atualmente. “É mais uma ferramenta do ministério para garantir segurança alimentar e melhorar a qualidade dos produtos de origem animal”, destaca.
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Além de estabelecer quais são as substâncias scalizadas e as espécies, a regra indica os limites máximos de tolerância permitidos e a amostragem a ser realizada. Segundo a norma, as análises serão realizadas nos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) e nos estabelecimentos credenciados pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários, do Sistema Unicado de Atenção à Sanidade Agropecuária. A amostragem será aleatória – com base anual por meio de sorteio de estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF) onde as amostras serão coletadas. O procedimento será realizado conforme critérios e parâmetros previamente estabelecidos e reconhecidos . A Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial (CGAL/SDA) ira determinar o remanejamento da remessa de amostras para outro laboratório credenciado a realizar as análises requeridas sempre que for detectado que o laboratório antes escolhido apresentou alguma não conformidade que impossibilite a realização do exame. SNDS, com edição da RF.
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Dirigentes do setor apontam entraves na cadeia produtiva O impacto dos elevados preços das commodities no custo de produção de carnes, nanciamento e estratégias de comercialização, além da abertura de novos mercados e legislação para regulamentar a integração nas cadeias de aves e suínos foram os destaques da reunião da Comissão de Aves e Suínos da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que aconteceu dia 03 de agosto em Salvador, na Bahia. Entre as lideranças presentes no encontro estavam o representante da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Gouveia; da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Fabiano Coser; e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Machado. Também participaram Júlio Carneiro, Valdemar Zanluchi e João Martins, respectivamente representantes das Federações da Agricultura e Pecuária dos Estados do Ceará, de Santa Catarina e da Bahia. A reunião foi mediada pelo presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Renato Simplício. Preço da carne - O impacto do novo patamar de preços das commodities no custo da carne é um dos desaos do setor. "Precisamos discutir as problemáticas locais. O Estado de Santa Catarina, por exemplo, produz 80% do milho que consome, mas grande parte desta produção é vendida para fora do Estado", armou Ricardo Gouveia. Ele ainda ressalta a falta de infraestrutura. "Estamos defendendo o transporte do milho do Paraná para Santa Catarina através do rio Paraguai, e depois vamos precisar de investimentos em ferrovias". Flávio Saboya também destacou a necessidade de investimentos em infraestrutura. "A Bahia tem uma responsabilidade muito grande no projeto de desenvolvimento do Nordeste, principalmente falando da produção de grãos, por isso precisamos de investimentos em infraestrutura. Já existe uma reivindicação de dois armazéns da Conab no oeste da Bahia e no Piauí. Não justica pagarmos um frete que chega a quase 50% do preço nal do milho para transportar o milho da Bahia ao Ceará". Por sua vez, João Martins defendeu investimentos em ferrovias. "O governo precisa entender que o transporte mais barato é o ferroviário". Por m, o representante da Ubabef defendeu uma legislação própria para a cadeia produtiva de aves e suínos. "Todos nós somos unânimes em defender a regulamentação do setor", ressaltou Gouveia. SNDS, com edição da RF.
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Escritório do Vigiagro no Paraguai vai facilitar comércio O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) inaugurou no dia 29 de julho, um escritório da Superintendência Federal de Agricultura do Paraná (SFA/PR) na Área de Controle Integrado Paraguai/Brasil. A nova sede é uma das ações previstas no Acordo de Facilitação do Comércio Internacional (Acordo de Recife), com a nalidade de estabelecer as medidas técnicas e operacionais para regular os controles aduaneiros, migratórios, sanitários e de transporte nessas regiões. O escritório vai funcionar nas instalações da Administração Nacional de Navegação e Portos (ANNP), em Ciudad Del Este (Paraguai), e será coordenado pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). O objetivo é alcançar níveis satisfatórios de segurança zootossanitária para os dois países e simplicar os trâmites nos processos de despacho aduaneiros. “A inspeção de verduras e frutas exportadas do Brasil para o Paraguai, que era realizada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Foz do Iguaçu, será feita num mesmo local, pelas autoridades dos dois países, o que vai reduzir tempo e facilitar a troca de informações”, ressalta o scal federal agropecuário do Vigiagro Bernardo Sayão Neto. As autoridades scalizadoras também esperam melhorar a competitividade do agronegócio brasileiro e paraguaio com a redução dos custos no desembaraço de cargas agropecuárias. O aumento do uxo no corredor de exportação vai elevar o Produto Interno Bruto (PIB) da economia do estado, com aumento da utilização dos serviços diretos e indiretos decorrentes do trânsito internacional nos portos de Paranaguá e Antonina e no terminal de granéis sólidos Franco Paraguaio, com capacidade estática de 200 mil toneladas. “Hoje, 95% da soja exportada pelo Paraguai é embarcada por portos da Argentina. Com essa integração, pretendemos ampliar em 30% as exportações de grãos paraguaios somente por meio dessa fronteira”, destaca o superintendente federal de Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho. Dois scais federais agropecuários e três auxiliares de inspeção brasileiros serão os responsáveis pelas atividades de scalização e controle na nova unidade. O Acordo de Recife prevê a aplicação de medidas técnicas e operacionais para regular os controles integrados nas zonas de fronteira entre os países do Mercosul. O pacto é regido pelas normas do Tratado de Montevidéu, de 1980, assinado por Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Mapa, com edição da RF.
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Coopercentral Aurora constrói unidade de disseminação de genes A Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) anunciou que irá inaugurar em dezembro deste ano a Unidade de Disseminação de Genes (UDG) que permitirá a concentração produtiva e operacional da produção de sêmen do complexo agroindustrial. Adotando o que há de mais avançado em genética suína, a UDG absorve investimentos da ordem de R$ 2,3 milhões e está localizada no distrito de Marechal Bormann, município de Chapecó. O anúncio foi feito pelo presidente Mário Lanznaster, pelo vice-presidente Neivor Canton, pelo diretor de agropecuária Marcos Antônio Zordan e pelo gerente de produção de suínos, Valdir Schumacher. Com produção totalmente automatizada, a central de inseminação terá 2.400m² de área construída em área territorial de 202 hectares. No local serão alojados 430 machos doadores, que produzirão 520 mil doses de sêmen por ano (11 mil por semana), atingindo um rebanho aproximado de 105 mil matrizes, ou seja, 61,40% de toda a base produtiva da Coopercentral Aurora. O potencial máximo de produção será alcançado até meados de 2012. Os reprodutores estarão alojados em instalações climatizadas e com alto grau de biosseguridade. Pa-
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ra garantir a sanidade do rebanho, a UDG será dotada de instalações acessórias, como arco de desinfecção, escritório para controle de entrada de pessoas, barreira sanitária e quarentena obrigatória. Esses cuidados irão permitir certicar a sanidade de todos os animais introduzidos na unidade. Mário Lanznaster, Segundo a empresa, os Presidente da doadores alojados na unidaCoopercentral Aurora de serão de três congurações genéticas: Landrace e Large White (destinados às multiplicadoras das fêmeas comerciais GA2012) e machos sintéticos, resultantes do cruzamento de raças com o intuito de produzir animais destinados a produção de suínos para a plataforma de abate. Os animais das raças puras Landrace e Large White serão fornecidos pelas granjas-núcleos da Aurora. Os animais comerciais se originarão de diversos geradores de genética, principalmente da empresa Agroceres.
Kemin apresenta nova tecnologia de encapsulamento para ruminantes A Kemin apresenta MicroPEARLSTM, sua mais nova linha de aminoácidos e nutrientes encapsulados LysiPEARLTM, MetiPEARLTM e CholiPEARLTM para nutrição e alimentação de ruminantes no Brasil. O MicroPEARLSTM é uma tecnologia patenteada que utiliza o inigualável processo de encapsulamento spray-freezing, que permite a proteção necessária para que cada nutriente oferecido ao animal atravesse efetivamente o rúmen (by-pass) e atinja o intestino delgado de forma íntegra, pronto para ser absorvido. Segundo a empresa, LysiPEARLTM e MetiPEARLTM são fontes de lisina e metionina protegida da ação ruminal, com alta liberação intestinal, apresentando grande exibilidade e ótima relação custo/benefício no balancemando de dietas e rações de bovinos leiteiros. O balanceamento de dietas através da utilização dos aminoácidos essen-ciais lisina e metionina é uma ferramenta estratégi-ca para otimizar a produção de leite e seus compo-nentes, atingindo índices positivos de retorno em investimentos.
Já o CholiPEARLTM é uma fonte diferenciada de cloreto de colina, protegida da degradação dos microorganismos do rúmen, com alta liberação intestinal, usada na alimentação de bovinos de leite. Colina é reconhecida como um nutriente essencial que contribui para o ótimo funcionamento da sáude animal. A suplementação estratégica de colina – disponível diretamente no intestino – permite melhor manutenção nas mudanças do balanço energético, reduzindo o risco de desenvolvimento de doenças metabólicas, principalmente a síndrome do fígado gorduroso em vacas leiterias de alta produção durante o período de transição.
Touro Nelore Backup é o novo recordista de produção de sêmen da pecuária brasileira No mês em que a CRV Lagoa comemora 40 anos, o touro Backup, que pertence à bateria da CRV Lagoa, atinge a marca histórica de 463 mil doses vendidas e se torna o novo recordista de produção de sêmen da pecuária brasileira. Com isso Backup ocupa a posição que durante vários anos foi ocupada por seu pai, o touro nelore Fajardo da GB, que produziu 460 mil doses ao longo da vida. Palheta de Ouro, com diversos recordes batidos de produção e comercialização de sêmen, o touro é destaque em sumários da raça nelore, com produção excepcional nas fazendas de todo o Brasil. Esses são alguns atributos de Backup, que completou 10 anos em 2010 e que provem do núcleo PO da seleção da CFM Agro-Pecuária, sendo de propriedade de um condomínio formado pela CRV Lagoa em conjunto com Antônio Françolin, Iporanga Agropecuária, Pedro Novis e Ricardo Merola. O touro possui outro recorde em seu currículo: mais de 20 mil doses comercializadas em um único mês, em maio de 2010. Gerente de produto Corte Zebu da CRV Lagoa, Backup, touro Nelore
Ricardo Abreu relembra a trajetória de Backup. “Esse grande reprodutor foi descoberto no teste de performance CAT, em 2001, que era realizado nos mesmos moldes do Centro de Performance CRV Lagoa atual. Lá ele nos chamou muito a atenção. De lá para cá, o touro é sinônimo de eciência e de recordes. Ele tem doses de sêmen disponibilizadas desde 2002. Desde então, já bateu diversos recordes de produção e comercialização, tornando-se, agora, o recordista absoluto”, explica. Backup reúne a genética de Fajardo, ícone para longevidade e fertilidade, com linhagem materna Faulad e Golias, destacando-se aí carcaça moderna com musculatura de posterior proeminente. Assim, um de seus inúmeros atributos é o máximo em musculatura. “O touro atende a todos os pers, pois é completo. Além do sêmen convencional, conta com sêmen sexado de macho e fêmea, também cando entre os líderes de venda”, enumera Abreu. Diretor-presidente da CRV Lagoa, Vladimir Walk comemora o recorde de Backup. “Parabenizamos toda a equipe da Central responsável pela coleta e produção do sêmen do reprodutor, bem como os nossos consultores de campo, responsáveis por comercializar o produto em todo o Brasil. E, claro, também parabenizamos a Agro-Pecuária CFM, criatório que originou o Backup e, em especial, aos nossos quatro parceiros que acreditaram no potencial desse excepcional reprodutor”, naliza. 51
JactoClean inova ao lançar lavadora de água quente que utiliza etanol A JactoClean – referência nacional em equipamentos para limpeza – anuncia o lançamento de uma inovação mundial: a lavadora de alta pressão com água quente modelo J15000H - ECO, que utiliza etanol (álcool combustível) para o aquecimento da água. Indicada para uso industrial, a J15000H – ECO da JactoClean proporciona um desempenho superior em locais que precisam de água quente para desengraxar, desengordurar e diluir sujeiras incrustadas, sendo ideal para indústrias alimentícias, petroquímicas, frigorícos, abatedouros, usinas e outras empresas que buscam soluções sustentáveis para a limpeza pesada. Isso porque o etanol é considerado uma fonte de energia renovável, ao contrário dos combustíveis derivados de petróleo, que hoje são utilizados para o aquecimento da água nas lavadoras de alta pressão. Ele reduz a taxa de emissão de poluentes na atmosfera e, devido às suas composições químicas, não libera o gás tóxico e corrosivo dióxido de enxofre (SO2) presente na queima do querosene e diesel. E a cana, principal planta da qual é extraído, absorve grande parte do gás carbônico (CO2) emitido durante a sua combustão. A tecnologia do produto é da própria JactoClean, que pertence ao Grupo Jacto, reconhecido mundialmente por seu pioneirismo e tradição em oferecer produtos de conança, ecientes, seguros, duráveis e de qualidade superior. O depósito do pedido de patente desta que é a primeira lavadora de alta pressão com água quente do mundo a utilizar o etanol para esta aplicação foi registrado em abril de 2010.
“Esse lançamento da JactoClean é uma alternativa às lavadoras de alta pressão que utilizam querosene ou diesel para o aquecimento de água. A utilização do etanol como combustível exigiu novos conceitos de projeto, mas temos estrutura, competência e domínio tecnológico para desenvolver, fabricar e testar soluções inteligentes para os mais variados serviços de limpeza, sempre feitos com rígidos critérios de qualidade e segurança”, enfatiza o diretor da JactoClean, Antonio Luis Francisco. Fabricação nacional - Oferecendo ótima relação custo-benefício em razão da durabilidade, baixos custos de manutenção e a possibilidade de reposição de peças que se desgastam ao longo do uso, a J15000H - ECO está disponível em dois modelos e será fabricada pela JactoClean no Brasil, assim como as demais lavadoras de alta pressão comercializadas pela marca. Por usar água quente na limpeza, o lançamento torna mais ágil a remoção de sujeira, proporcionando redução do tempo de trabalho, economia de água e eciência na lavagem. Tanto os tanques de combustível como o de detergente da J15000H possuem capacidade de 35 litros e, para sua maior durabilidade, essa lavadora de alta pressão conta com: protetor térmico tipo fenólico no motor, para proteção contra superaquecimento, travamento do rotor e queda de tensão; disjuntor elétrico magnético; sensor de nível de combustível; sistema de temporizador; serpentina de aço inox etc.
Brado investe e une o poder da ferrovia com a sinergia de serviços A Brado Logística, criada pelas parceiras América Latina Logística (ALL) e Standard Logística, está apta para atuar dentro das exigências do novo marco regulatório ferroviário. O assunto foi debatido durante o Seminário Concessão de Ferrovias – Impactos do Novo Modelo para a Infraestrutura, realizado em São Paulo. Desde a criação da Companhia, em abril de 2011, serão realizados no período de um ano, investimentos de R$ 150 milhões em ativos rodantes como vagões e locomotivas, além da ampliação de Unidades, Terminais e compra de equipamentos. O processo para a aquisição de vagões e locomotivas está em andamento. Um dos destaques é o projeto de implementação de vagões long-stack, no corredor Mato Grosso-Santos, por onde irão passar 50% das mercadorias e onde estão os Terminais de carga e descarga da Brado. A meta é conquistar cerca de 12% a 15% do mercado de contêineres no período de cinco anos. Hoje, a Brado responde por 2,5% das operações conteinerizadas via ferrovia em todo o País. “A missão da Brado é ser a melhor operadora logística intermodal rodoferroviária da América Latina. Estamos preparados para atuar dentro das normas do novo marco regulatório”, disse o gerente comercial intermodal da Brado, Theo Camurça. 06 52
Aurora conquista Troféu Onda Verde pela décima vez A Coopercentral Aurora é uma das empresas que mais vezes venceu o Prêmio Expressão de Ecologia. Na última semana, a cooperativa recebeu o décimo Troféu Onda Verde. Um dos maiores líderes do cooperativismo brasileiro, Aury Luiz Bodanese, in memoriam, foi escolhido para receber o troféu de Personalidade Ambiental deste ano. A Aurora Alimentos recebeu também o certicado de destaque no tema Comunidade, um dos sete inMarcos Zordan e Isabel Machado dicadores Ethos computados pela pesquisa. com o superintendente da Ocesc, Para representar Bodanese, foi convidado o presidente da Organização Geci Pungan das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Zordan. Com mais de 30 anos dedicados ao associativismo, Zordan, que também agrega a função de diretor agropecuário da Aurora, conviveu 24 anos ao lado do homenageado. “Essa homenagem ao pioneiro do cooperativismo, Aury Luiz Bodanese, é mais uma prova de que todo o trabalho dele foi determinante para que hoje os cooperados priorizem o desenvolvimento sustentável, pois quando ainda não se falava em preservação ele pedia aos produtores que cuidassem da água e do solo”, destacou. Presidida por Isabel Machado, a Fundação Aury Luiz Bodanese honra o legado de continuar defendendo a responsabilidade socioambiental. Para tanto promove, coordena e executa ações, projetos e programas de cunho social, cultural e ambiental, além de incentivar e executar atividades relacionadas ao exercício da cidadania, promovendo eventos, palestras, seminários, exposições, cursos e concursos.
Professor da ESALQ ganha Prêmio Fundação Bunge 2011 A Fundação Bunge anunciou os nomes dos contemplados com o Prêmio Fundação Bunge 2011. Na área de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, o professor do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ),José Roberto Postali Parra, foi o indicado na categoria Vida e Obra. A escolha dos agraciados coube ao júri formado por reitores e representantes de entidades e institutos cientícos e culturais de todo o país, em solenidade realizada dia 29 de julho, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Luiz Drude de Lacerda foi o indicado na área de Oceanograa. Na categoria “Juventude” a agraciada em Defesa Sanitária Animal e Vegetal é Helena Lage Ferreira e, em Oceanograa,
o contemplado é César de Castro Martins. O Prêmio foi criado há 56 anos para incentivar a inovação nas diversas áreas do conhecimento, que se alternam a cada edição. A categoria “Vida e Obra” reconhece o trabalho de um pesquisador, cujos projetos desenvolvidos representem patrimônio importante para o país. Já a categoria “Juventude” visa dar destaque a um prossional de até 35 anos, cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área. A cerimônia de premiação será em setembro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Os premiados receberão R$ 100 mil cada um (categoria Vida e Obra) e R$ 40 mil (categoria Juventude), além de diplomas e medalhas.
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Marfrig faz história e será premiada com Prêmio Transparência As companhias que se destacam pela transparência em seu gerenciamento nanceiro são reconhecidas em uma premiação promovida desde 1997 pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipeca). Esse ano, a Marfrig marcou a história do Prêmio Transparência: pela primeira vez, uma empresa de alimentos está no rol das 15 companhias de capital aberto mais transparentes do mercado. A premiação leva em consideração um conjunto de critérios técnicos estabelecidos pela Fipeca, com a avaliação de mais de 800 balanços contábeis, que envolvem a qualidade e grau das informações contidas
nas demonstrações contábeis, a transparência das informações prestadas, a qualidade do relatório da administração e consistência com as informações divulgadas, bem como a aderência aos princípios contábeis, a ressalva no parecer dos auditores independentes, a qualidade da apresentação dos resultados e a divulgação de aspectos relevantes não exigidos legalmente, mas importantes para o negócio. A entrega do Prêmio Transparência acontecerá durante evento no dia 22 de setembro, em São Paulo (SP). Mais informações sobre a Anefac e sobre o Troféu Transparência no site www.anefac.com.br.
Prêmio Empreendedor Cooperativista - Troféu Aury Bodanese O produtor rural Edson Tonioli, da Cooper A1, foi o grande vencedor do Prêmio Empreendedor Rural Cooperativista 2011 – também chamado de “Troféu Aury Luiz Bodanese”, entregue dia 23 de julho no Centro de Convenções Tabajara em Chapecó. O produtor havia conquistado a mesma posição na primeira edição do prêmio, em 2008. O evento reuniu 300 pessoas e foi prestigiado pelo presidente e vice-presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster e Neivor Canton; pelo presidente da Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Marcos Antonio Zordan; pelo presidente do Movimento Catarinense por Excelência (MCE) André Gaidzinski; pelo prefeito em exercício Itamar Agnoletto; pelo secretário de Estado da Agricultura João Rodrigues; o vice-presidente oeste da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Américo do Nascimento e pelo diretor técnico do Sebrae/SC, Anacleto Ângelo Ortigara, entre outras lideranças. Conhecido como o “Oscar do agronegócio”, o Troféu Aury Bodanese reconhece o desempenho de produtores que se tornaram empresários rurais e adotaram práticas diferenciadas, melhorando a qualidade de vida e a renda sem agressão ambiental. Participaram dessa terceira edição propriedades rurais de produtores associados a sete das 13 cooperativas liadas ao sistema Coopercentral Aurora. O prêmio – uma iniciativa da Coopercentral Aurora, do Sebrae/SC, Sescoop, Senar e MCE – é concedido ao empresário rural que ingressou na atividade antes de dezembro de 2005, tenha domicílio scal na área de abrangência da cooperativa, comprove regularidade scal, faça parte de cooperativa liada à Coopercentral e tenha participado integralmente do Programa Qualidade Total Rural (QT Rural), desenvolvido pela Aurora, Sescoop, Senar e Sebrae. 06 54
Presidente da Ocesc, Marcos Zordan destacou que a inclusão das mulheres no processo de prossionalização rural foi essencial para o sucesso da iniciativa. “Estamos mudando a cabeça do produtor, que não pede mais aumento de preço, pede melhoria de processos”, comemora. Já o presidente do MCE, André Gaidzinski, realçou que a busca da qualidade é um processo de inclusão e superação onde não há exclusão nem concorrência. Secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural, João Rodrigues lembrou, por sua vez, que um aviário gera mais riquezas e impostos que uma microempresa. E o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, assinalou que os produtores rurais estão aproveitando a capacitação proporcionada pelas Cooperativas, Sebrae, Sescoop e Senar e se transformando em empresários rurais.
André Gaidzinski, Presidente do MCE; e Neivor Canton, vice-presidente da Coopercentral Aurora Diretoria da Aurora Alimentos com os três grandes vencedores
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Interconf apresenta casos bem sucedidos de gestão empresarial na atividade de pecuária intensiva A experiência de empresas agropecuárias que apostaram no modelo prossional de gestão com o objetivo de intensicar a produção e ampliar suas margens dentro do concorrido universo da produção de alimentos será tema de palestra na 4ª Conferência Internacional de Connadores (Interconf), que ocorre de 13 a 15 de setembro no Hotel Oliveira's Place, em Goiânia (GO), das 8h00 às 19h. Na ocasião, o connador Abel Leopoldino, dono do Grupo EngeBand, ministrará palestra relatando sua vivência que já dura algumas décadas na administração rural. O pecuarista conhece como poucos os desaos da atividade que além dos problemas de ordem climática nos últimos tempos tem enfrentado concorrência pesada de outros setores do agronegócio, em especial da produção de grãos, açúcar e álcool. “A pecuária tende a ser cada vez mais pressionada pelo uso consciente e eciente das terras agrícolas e o desao do setor como um todo será avançar na melhora dos indicadores zootécnicos da produção para obter um animal que possa ser abatido jovem, pesado e bem terminado para a indústria”, explica. Leopoldino cita o exemplo do Centro-Oeste que tem investido em lavouras de cana-de-açúcar para
a produção do etanol e, ainda, a ocupação de grandes corredores de soja e milho. Ele avalia que em função disso será crescente a pressão e o desao de se produzir ecientemente em espaços menores e com maior produtividade, inserida neste contexto principalmente a atividade da pecuária intensiva. O connador acredita que é plenamente possível equilibrar esta relação entre gestão de custos e gestão comercial. “É muito importante construir esta relação saudável, priorizar a gestão bem feita no intuito de se conseguir uma rentabilidade viável mesmo com todas as oscilações que o setor vem enfrentando no custeio da matéria-prima para a formulação da ração do gado que, no primeiro semestre, variou entre 10% e 15%, corroendo boa parte da margem da lucratividade previamente planejada pelo produtor”, conclui. Nesta 4ª edição da Interconf é aguardado público superior a 1.000 prossionais no espaço de eventos Oliveira's Place, para acompanhar dois dias de plenárias com os principais especialistas e um dia de campo na Fazenda Santa Fé, em Santa Helena de Goiás (GO), pertencente ao pecuarista Ricardo de Castro Merola, para nova troca de experiências e intercâmbios.
Setembro é mês do 9° Simpósio nacional de avicultura da Acav Caracterizado como um dos maiores eventos nacionais da avicultura promovidos em Santa Catarina, o 9º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição contará com grandes parceiros. O evento, promovido pela Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), está programado para o período de 21 a 23 de setembro, no centro de convenções do Hotel Sibara, em Balneário Camboriú, e reunirá cerca de 500 pessoas entre empresários, técnicos, autoridades, imprensa e demais convidados. Entre os patrocinadores estão empresas de renome nacional e internacional, que contribuirão para dar visibilidade do evento, entre elas Elanco, Ceva, Aviagen, Casp, Vencomatic, Aveword, Cobb, Biovet, Yessinergy Nutribiotech e a Vanzil. O jantar do Galo será patrocinado pela Seara e Marfrig Group e o coquetel de abertura pela MSD Saúde Animal, antiga Intervet. Fazem parte dos apoiadores a Embrapa, a Edege, o Presente Rural, Edege Hatch, Avisite e Word Turismo. “Um grande evento merece grandes parceiros. O encontro apresentará informações inovadoras de alto nível técnico e cientíco e a parceria com em06 56
presas de credibilidade contribuirá para consolidar ainda mais o simpósio”, destaca o coordenador da Comissão de Patrocínios, Marcos Teo. Coordenador geral do evento, Bento Zanoni conta que a 9ª edição do simpósio foi organizada com base em rigorosos critérios, priorizando a qualidade das palestras, da infraestrutura e organização geral, bem como a conquista de patrocinadores, apoiadores e fornecedores reconhecidos pela excelência do trabalho que desenvolvem. “Tudo isso contribuirá para fortalecer ainda mais o evento que já é reconhecido no setor”. Estrutura - A comissão organizadora é constituída por Bento Zanoni, Carla Andréa Schwertner, Cláudio Luiz Schell, Fábio Bittencourt, Ivonei Socha, Marcos Lopes, Marcos Téo, Aline Kuntze, Rodrigo Toledo, Renata Steffen, Vilmar Pedott, Eduardo Karl, Paulo Pelissaro, Fernando Farias, César Poletto, Grazieli Ecco, Josenio Cerbaro e Alexandre Dohi. Também participam o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Clever Ávila, e o diretor executivo, Ricardo Gouvêa.
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Unesp conclui sequenciamento genético do zebuíno O sequenciamento genético da principal raça bovina do Brasil (Nelore) foi tema de um estudo inédito coordenado pelo professor José Fernando Garcia, da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp, câmpus de Araçatuba. A pesquisa, que contou com a participação de colaboradores internacionais, amplia as possibilidades de controle no processo de seleção dos melhores animais e de seus cruzamentos, propiciando, entre outros benefícios, a melhoria na qualidade da carne e do leite bovino brasileiro. Atualmente, o Brasil é o maior exportador de carne do mundo, batendo a Austrália e a Argentina, entre outros. Cerca de 90% da carne produzida em solo nacional é de animais zebuínos. O bovino de corte brasileiro (com exceção dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina) tem a genética zebuína na sua composição. "O objetivo da pesquisa foi oferecer à comunidade cientíca e técnica, o genoma de referência de um animal zebuíno, tão importante para as regiões tropicais". A pesquisa, que teve a duração de dois anos, recebeu investimentos de cerca de US$ 500 mil, provenientes da Unesp e do edital 64 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientíco e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O estudo consistiu no sequenciamento completo de uma das duas principais subespécies bovinas, a Bos primigenius indicus, também conhecida como o grupo zebuíno ou indiano. O touro escolhido para representar essa subespécie chama-se Futuro POI do Golias. Até então só se tinha concluído o sequenciamento da outra subespécie, a Bos primigenius taurus, denominada taurino ou europeu. O fato aconteceu em 2009, por intermédio de uma equipe internacional da qual Garcia também era integrante, e que consumiu US$ 50 milhões. "Isso porque houve um grande desenvolvimento das tecnologias analíticas, que permitiu gerar mais informação, de forma mais rápida e com menor custo", compara o professor. De acordo com o pesquisador, conhecer em detalhes o código genético de ambas subespécies propicia entender os fatores determinantes das características que diferem os taurinos dos zebuínos, para que em breve seja possível um melhor controle
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nos processos de seleção dos animais e de seus cruzamentos. Os pesquisadores realizaram o sequenciamento, a montagem e as comparações entre os genomas das raças. Geraram, ainda, uma nova ferramenta analítica para testar o DNA dos bovinos chamada "SNP chip" de alta densidade. Essa tecnologia tem a capacidade de testar cerca de setecentos mil pontos do genoma, por meio da análise do DNA de um animal, revelando as diferenças existentes entre raças e indivíduos, permitindo simultaneamente o desenvolvimento do genoma e suas aplicações. Com o conhecimento do catálogo completo das duas subespécies, será possível desenvolver novos testes de DNA para selecionar os melhores animais dentro de uma população, bem como identicar a existência das características mais importantes para uma qualidade aprimorada, como tamanho das peças das carnes, maciez, padrão de distribuição de gordura entre as bras musculares e as depositadas nas carcaças. Também será possível auxiliar na seleção para a resistência a parasitas e outras enfermidades e na tolerância ao calor, além de melhorar as tecnologias de rastreabilidade e certicação, condições exigidas para a liderança do setor. As raças de zebuínos ocupam o sul da Ásia (Índia e Paquistão), leste da África e América do Sul. No Brasil, desde o nal do século 18, começaram a ocorrer importações de animais zebuínos oriundos da Índia, que foram cruzados com os animais locais (de origem ibérica e africana), adaptando-se muito bem às condições do país. As principais raças zebuínas introduzidas e desenvolvidas no Brasil foram as que se convencionou chamar de Nelore e Gir. Além do professor Garcia, a pesquisa é coordenada em conjunto com o pesquisador americano Tad Sonstegard, do Agricultural Research Service (ARS) e Departamento Americano de Agricultura (USDA). Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos EUA, e Università Cattolica Del Sacro Cuore, na Itália, também participaram do projeto. As informações do sequenciamento são públicas e estarão disponíveis no portal do National Center for Biotechnology Information (NCBI). Nota da Unesp, com edição da Revosta Frigoríco.
Crédito, contrato futuro e produtividade ampliam pecuária bovina no Brasil Pesquisa realizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, mostra os fatores que ajudaram na expansão da pecuária bovina no Brasil. O trabalho foi desenvolvido com orientação da professora Mirian Rumenos Piedade Bacchi, no Programa de Doutorado em Economia Aplicada. De acordo com o estudo do pesquisador Waldemiro Alcantara da Silva Neto, o avanço se deve, entre outros fatores, ao uso de novos instrumentos de mercado, como a Cédula de Produto Rural (CPR), facilidades de crédito, uso de contratos futuros que asseguram menor risco de preço e ganhos de produtividade conseguidos com novas técnicas de manejo e melhoramento genético. Entre os anos de 1945 e 2008, o rebanho bovino cresceu em média 2,37% ao ano, índice superior a taxa de crescimento da população brasileira. Considerando o período analisado pela pesquisa, de 1994 a 2009, o efetivo do rebanho subiu de 155 milhões de cabeças no primeiro trimestre de 1994 para mais de 200 milhões de cabeças em 2009, tanto de gado leiteiro quanto de corte. "Em 2004, o Brasil superou a Austrália como maior exportador de carne no mundo", diz a professora. "O volume de exportações chegou a 2 milhões de toneladas em 2007, mas caiu para 1,8 milhão em 2009, como reexo da retração do rebanho desde 2005 e da queda das exportações a partir de 2008", aponta. Por meio de um modelo econométrico, a pesquisa fez a análise qualitativa dos fatores que inuenciaram a expansão da pecuária bovina. O uso de crédito rural teve correlação positiva com o aumento da produção, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. "O uso de instrumentos de mercado, como a CPR, ajudaram a propiciar recursos para a expansão", conta Mirian. A Cédula de Produto Rural é um título usado na captação de investimentos para nanciar a produção. "O crescimento signicativo dos contratos futuros na BM&F; Boi Gordo minimizaram os níveis de preço, assegurando menos riscos aos produtores e favorecendo o crescimento da pecuária". O modelo também considerou a inuência de variáveis tais como produção, estoque de animais, produtividade, preços ao produtor e ao consumidor, renda e exportações, por meio da técnica de autoregressão vetorial. "Os ganhos de produtividade indicados pelo maior peso das carcaças elevam contemporaneamente a produção e se reetem maiores excedentes, causando um impacto positivo nas exportações", conta a orientadora da pesquisa.
"Com a produção crescente, o maior valor acumulado se concentra no terceiro trimestre de cada ano", complementa. Estoques Segundo a professora da Esalq, os aumentos de estoque a curto prazo têm efeito negativo na produção e na exportação. "Os estoques aumentam devido a uma expectativa de preços mais favoráveis em um futuro próximo, funcionando como uma espécie de reserva de valor", diz. "Com a redução do abate, diminui o volume da produção e, ao mesmo tempo, se reduzem as importações". Inicialmente, imaginava-se que o aumento dos preços da carne no varejo, por reduzirem o consumo, favoreceriam as exportações, devido a maior disponibilidade do produto. "No entanto, o efeito vericado é negativo", ressalta Mirian. "Preço elevado para o consumidor pode ser um sinal de escassez, o que leva as exportações a caírem". Ao mesmo tempo, um sistema de arbitragem, tendo em vista melhores preços no mercado internacional, pode levar a um aumento da exportação a curto prazo. Práticas de criação O crescimento da produtividade tem relação direta com a expansão da pecuária, e pode estar relacionada às práticas de criação, em que há utilização crescente dos sistemas de connamento e semiconnamento. "Estas técnicas proporcionam maior controle dos rebanhos e ganho de peso", diz a professora. "Ao mesmo tempo, reduzem o uso da terra e diminuem as pressões de desmatamento", arma. Mirian lembra que o maior crescimento do rebanho acontece na região Norte do Brasil, o que aponta a necessidade de uma expansão mais controlada. "Isso pode ser feito com a ampliação do uso do semiconnamento e do connamento e a restrição a outras práticas de manejo do gado", recomenda. "A maior produção conseguida com um menor número de animais também pode inuir na emissão de gases do efeito estufa", naliza. A pesquisa "Crédito, contrato futuro e produtividade ampliam pecuária bovina no Brasil" foi realizada no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq, e divulgada pela Agência USP de Notícias.
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Siga em Frente
*Por Fábio Lemos
Um grande exemplo do passado usado pelos grandes generais pode muito bem ilustrar o que desejo lhes passar. São inúmeras as vezes que nos acovardamos diante da vida, abaixamos nossas cabeças e choramos por nossos fracassos e derrotas. Diferentemente, as pessoas bem sucedidas alcançam seus objetivos porque seguem em frente, agem, lidando com seus medos. Como nós, os vitoriosos sentem medo, cam ansiosos, nervosos, mas eles seguem em frente, com ou sem medo, pois sua vontade de vencer é maior e suplanta tudo. Seus pensamentos são fortes o bastante para impulsioná-los adiante e vencer os possíveis desaos. A estratégia que mencionei anteriormente é a seguinte: um exército que atracava em território inimigo não poderia ter outro objetivo maior senão vencer, por isso seu líder, o general, um sábio da condição mental humana, sabia o quanto seus liderados precisavam acreditar na sua força. Por isso, sua estratégia não tinha plano B, o exército iria para cima do inimigo sem opção de recuar. Dessa forma, logo após atracarem na praia, ele ordenou que os soldados queimassem as embarcações, sem exceção, não deixando opção de voltar ou de recuar, restando apenas seguir em frente. Além de nos deixar inseguros, o medo nos leva a pensar de forma derrotista. Ao mesmo tempo, todo o receio nos faz criar artimanhas de defesa, planos B, C, D, que acabam por nos enfraquecer, não nos dando a devida força para arriscar e seguir em frente. Ao longo da vida, somos condicionados a algumas ideias como: “não podemos fracassar”, ou “só os fracos erram”. No entanto, a história nos ensina que os vencedores também erram, choram e perdem batalhas. A diferença dessas pessoas encontra-se nas suas crenças. Elas acreditam que podem mais, que merecem conquistar o que desejam e, assim, com a postura de seguir em frente, vencem seus medos, mesmo sabendo que a coragem de agir não nos assegura uma vitória, mas nos dá a força de fazer as coisas acontecerem. A melhor estratégia para vencer é: - Elimine todos os pensamentos contrários a sua vitória; - Cultive pensamentos que o fortaleça a vencer, a seguir em frente; - Não deixe nenhuma porta aberta que leve você de volta a sua zona de conforto, que lhe dê opções de recuo. E lembre-se de que três coisas na vida não têm volta: a echa atirada, o dia de ontem e as palavras por você proferidas. Tudo na vida está em completa mutação, e as mudanças são necessárias ao nosso cres-cimento e a nossa evolução. Liberte-se das amarras que estão lhe prendendo ao passado, queime suas pontes para ingressar em uma nova vida de luz, paz, prosperidade e de realizações.
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Crise econômica não é motivo para desespero Os reexos desta nova crise mundial que atravessamos é objeto de preocupação, mas não de desespero para o brasileiro. Isto porque estamos com uma boa reserva cambial, o que dá a tranquilidade necessária para que o governo tome as atitudes necessárias, entre elas, a principal deve ser o corte substancial nos gastos públicos. Lembro que o exemplo vem de cima, e está mais que na hora do governo fazer um diagnóstico minucioso nanceiro em todos seus setores. Caso se queira realmente mudar para melhor progredir nossa economia, é preciso tomar atitudes que se convertam em benefícios para a sociedade como um todo. Por isso sempre lembro que mais grave que a crise é o analfabetismo nanceiro de nossa população, cujo efeito é visível e preocupante. Também é importante que os governantes estimulem o consumo consciente, e principalmente a necessidade de poupar. Temos que orientar melhor nossa população em consumir estritamente o necessário, nada de excessos, nada de supéruos. Reunir os familiares, conversar sobre o momento vivido, estabelecer e priorizar os verdadeiros sonhos e objetivos, saber o quanto custam, quando guardar e em quanto tempo é o segredo para inibir o consumo não consciente. Em períodos de crises como esse é que se torna mais importante que as pessoas mantenham a calma, tomando o controle de sua vida nanceira, vendo qual é a real situação. Contudo, também é essencial cortar gastos supéruos, adequando a uma nova realidade de padrão de vida, realizando compras normalmente e, principalmente, continuando a realizar os seus sonhos. Para quem hoje se encontra endividado, essa é uma ótima hora de negociar as dívidas e, caso não consiga tenha calma. Mas, como fazer isso? A alternativa é se conscientizar da importância de mudar sua cultura e hábitos nanceiros. Uma boa gestão nanceira é fruto de uma série de pequenas ações e atitudes que levam ao controle das contas. Assim, primeiramente deve-se elaborar um diagnóstico nanceiro, registrar por 30 dias para onde está indo seu dinheiro e, então, montar seu verdadeiro orçamento nanceiro.
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Com o domínio de seu dinheiro, estará pronto para uma possível negociação com seus credores. Mas todo cuidado é pouco! As prestações desta negociação deverão caber no seu orçamento. Caso não seja possível, seja honesto com seu credor e relate a real situação, pedindo mais algum tempo para saldar a dívida. Para quem não está endividado, mas também não tem reservas, é hora de guardar dinheiro e, para isso nada melhor do que rever todos os gastos. Normalmente de 20% à 30% do que uma família gasta são excessos, inclusive isso ocorre nos gastos essenciais como energia elétrica, água e telefone, entre outros. Também é importante que sempre que receber seus ganhos mensais, faça a reserva de parte do dinheiro para seus objetivos e sonhos, caso contrário não conseguirá mudar este ciclo vicioso do consumir primeiro e tentar guardar depois. Mas, para quem já possui dinheiro suciente para realizar seu sonho de consumo, trata-se de um ótimo momento para realizar a compra à vista, fazendo uma boa pesquisa de preços e solicitando um bom desconto. Tenha a certeza que em quase a totalidade dos produtos e serviços existe uma margem de desconto a ser obtida. Só é preciso perder a timidez e tomar a atitude. Mas compre somente o necessário, sem exageros, e lembre-se que este é um momento de se estruturar nanceiramente e criar reservas para realizar futuros sonhos e desejos. Um importante alerta: evite parcelamentos, mesmo dentro de um planejamento nanceiro, pois as taxas de juros continuam extremamente altas. Assim, o grande segredo nesse momento é não entrar em pânico perante o cenário que alguns economistas apresentam. O cenário é preocupante, mas, é importante ter consciência que a crise também não será nenhum “m do mundo”, que devastará tudo, é preciso cautela, atenção, muita disciplina e educação nanceira. Reinaldo Domingos é educador e terapeuta nanceiro, presidente do Instituto DSOP, autor da primeira Coleção Didática de Educação Financeira no Ensino Básico (2011) e dos livros Livre-se das Dívidas (2011), Terapia Financeira (2007) e O Menino do Dinheiro (2008), todos pela Editora DSOP.
A importância do fundador nas Empresas Familiares Sem dúvida, a gura mais importante da empresa familiar é o fundador. O pai, o avô, aquele que desenvolveu e concretizou o negócio é exemplo a ser seguido pelos familiares. Ele possui todo o conhecimento sobre a empresa e sabe a melhor forma de solucionar cada tipo de problema corporativo. Além disso, a imagem que a própria organização apresenta frente ao mercado está diretamente vinculada à personalidade do patriarca. Seus princípios e valores são incorporados no modo de atuação da empresa, direcionando o posicionamento que ela apresenta frente aos funcionários, aos clientes e à comunidade. A identidade de uma empresa familiar está pautada em quatro pilares, que foram adotados pelo fundador no início do negócio. Garantir a perpetuação desses sustentáculos, transmitindo-os aos sucessores, é o principal meio para dar continuidade ao modelo de gestão consolidado. Os quatro pilares são: Palavra/Credibilidade; Perseverança; Carisma/Liderança; e Cultura. No início, a palavra é tudo o que o fundador possui como forma de garantia, ou seja, toda sua credibilidade ca pautada na concretização de suas ações. Se o sucessor estiver consciente da força que tem a palavra dada, a conança que os clientes depositaram em seu antecessor também será transmitida a ele. Além disso, é importante que a futura geração conheça a trajetória de vida do fundador, a m de compreender a importância da sua perseverança e do seu esforço no desenvolvimento da empresa. Os herdeiros que sabem das diculdades enfrentadas tendem a valorizar mais o negócio da família. A liderança e o carisma são as únicas características que o patriarca não consegue transmitir aos seus herdeiros, pois a personalidade é moldada a partir da trajetória de vida de cada um. O herdeiro deverá, além de apresentar capacidade necessária para assumir a gestão, possuir e transmitir os valores que simbolizam a organização. A palavra, a credibilidade, a perseverança, a liderança e o carisma foram os pilares de apoio na formação e expansão do negócio, formando a cultura empresarial. Um planejamento sucessório consiste em manter esse conjunto de valores, transferindoos às próximas gerações. Por este motivo, a presença do fundador, como fonte do conhecimento, é fundamental no processo sucessório. Ele é quem deve indicar a pessoa mais capacitada para assumir seu cargo na empresa, sendo ela da família ou não. Esse sucessor ca responsável por levar adiante toda a cultura do patriarca, inclusive suas crenças e suas atitudes relacionadas aos desaos, aos sucessos e aos insucessos enfrentados. Assim, é possível perpetuar o negócio desenvolvido e consolidado, mantendo também a imagem da empresa no mercado. Domingos Ricca é PhD em administração, professor de graduação e pósgraduação, autor de livros sobre temas de empresas familiares. Sócio Diretor da DS Consultoria Empresarial e Educacional e da Revista Empresa Familiar. Consultor especializado em empresas familiares. Certicado em Governança Corporativa pela SQS Suíça e Fundação Vanzolini, realizada em Buenos Aires Argentina. Site: www.empresafamiliar.com.br
Dica de leitura O Verdadeiro Poder O livro do guru brasileiro Vicente Falconi está entre os títulos mais vendidos da categoria "administração". O Verdadeiro Poder traz exemplos tirados da vivência do autor entre 1997 e 2009, quando foi conselheiro em empresas como AmBev e Sadia. Ele também dá lições extraídas de sua participação em projetos de gestão de governos municipais, estaduais e federal, junto com os consultores do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG). De uma maneira didática, Falconi fala em seu livro sobre os pontos de sucesso que se escondem por trás do crescimento sustentável e saudável nas empresas e instituições em geral. Na primeira parte do livro, Falconi esclarece a importância nas empresas da manutenção do Foco correto. E o 1º capítulo trata do por que falhamos nesse intuito. Para ele, o Foco de todas as ações nas corporações deve estar sempre voltado à satisfação de quatro stakeholders: clientes, funcionários, sociedade e acionista (foco no resultado nanceiro). O autor ajuda a determinar claramente como estabelecer cada foco, além de ensinar a estabelecer métricas para acompanhar se as premissas estão sendo de fato seguidas. Ainda conforme ele, três fatores são fundamentais para a obtenção de resultados: liderança, conhecimento técnico e método, sendo que a liderança é o fator mais importante numa organização. "Sem esta não acontece nada", diz. Sobre os líderes, explica ser preciso a promoção de uma cultura de “enfrentamento de fatos” que valoriza a verdade e não tem medo de ver os fatos como são. “Promova uma cultura onde se valoriza a busca de fatos e dados para analisar eventos, e não somente opinião e intuição”, ensina. "Vale cada centavo investido na compra e cada minuto investido na leitura", arma Leonardo Simões, no NexoCorporativo. Título: O Verdadeiro Poder Editora: INDG Autor: Vicente Falconi N. de páginas: 159 Preço: R$ 40,00
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