Revista Frigorífico Dez12

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04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigoríficos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 CAPA: Grampos - Sistema de grampeamento é opção rápida, eficaz e de baixo custo 36 Blends protéicos - Coadjuvante de tecnologia, proteína ajuda no aumento do shelf life dos produtos 38 Sistemas de embutimento - Capacidade de produção e porte da empresa são determinantes na hora da escolha 41 Seção Especial - Top Empresas de Embalagens 44 Mensagens de final de ano ao setor 46 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigo Técnico) 60 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho

Índice

EDITORIAL

EDITORIAL

QUE O PRÓXIMO ANO VENHA RENOVADO E COM ARES DE PROSPERIDADE

2012 foi um ano de muita luta para o setor pecuário, considerado um elo fundamental para a composição da economia brasileira e uma das cadeias mais importantes do agronegócio. Clima arduamente instável, fantasmas da crise financeira de 2008 que ainda assola o mundo, aumento no preço de insumos como milho e soja, que devastaram produtores de todo o país, entre outros. Muitos foram os problemas, poucas as soluções. Entraves mercadológicos decorrentes de disputa de poder entre governos também deixaram – e vêm deixando – cicatrizes. Considerado hoje “celeiro do mundo”, o Brasil, outrora restrito às migalhas, paga caro o preço do progresso. Isso porque pelas regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), os países podem fazer exigências sanitárias para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos que importa. E O Brasil, que cada vez mais se destaca entre os maiores mercados mundiais, anda sendo boicotado com o aumento do número de barreiras sanitárias e fitossanitárias impostas. Danielle Michelazzo Mas, apesar das dificuldades, produtores, indústria e associações batalham por tempos melhores para o Editora de Jornalismo setor. E acreditar em boas mudanças é possível, sempre! É o que comprova um relatório recente elaborado com base em uma pesquisa feita com 15 mil executivos globais: o crescimento dos investimentos públicos e privados em infraestrutura nos últimos cinco anos fez o Brasil avançar cinco postos em 2012, pelo segundo ano consecutivo, no ranking de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. E mais: o país chegou ao 48º lugar em uma lista de 144 nações que representam 98% da economia mundial. Que venha 2013, próspero e com as esperanças renovadas! Até lá!

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Frigorífico do RS é habilitado a exportar carne suína para a China Quinze outras plantas brasileiras ainda aguardam autorização de embarque pelos chineses Maiores consumidores de carne suína do mundo, os chineses poderão ter em breve produto gaúcho à mesa. Isso porque a unidade da Cotrijuí de São Luiz Gonzaga – cooperativa do noroeste do Rio Grande do Sul – está autorizada a vender para o país asiático, conforme anunciou o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), Rogério Kerber. A planta gaúcha é a quinta no país a obter liberação para enviar carne suína à China. Antes, dois frigoríficos catarinenses e um goiano estavam habilitados, sendo que o Rio Grande do Sul não tinha nenhuma planta com habilitação para exportar para a China. Em maio, a lista aumentou com a inclusão da planta da Brasil Foods em Uberlândia (MG). Mesmo que o volume inicial exportado pelo Brasil seja pequeno – de janeiro a setembro foram 2,6 mil toneladas, conforme a Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs) –, a abertura de um mercado como a China, que possui consumo per capita de 37,3 quilos ao ano, é considerada fundamental.

"É um mercado novo, que amplia o consumo por causa do crescimento da população. Além disso, a renda dos chineses vem aumentando. Será um importador expressivo no futuro", destaca Kerber. Mas, segundo o dirigente, é cedo para determinar o volume de compra dos chineses. "Não temos como quantificar a exportação, mas o mercado chinês é emergente na importação de carne suína", diz. "Precisamos trabalhar com os produtores questões de sanidade para haver adequação ao mercado chinês. Provavelmente as exportações nem comecem neste ano", salienta o diretor-secretário da Cotrijuí, Osmildo Bieleski. A planta frigorífica de São Luiz Gonzaga abate cerca de 40 mil animais por mês. Em busca de novos mercados, Bieleski conta que a cooperativa vem trabalhando há cerca de dois anos junto à Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e com o Sips. De acordo com ele, o objetivo é aumentar o faturamento da Cotrijui na cadeia produtiva da suinocul-

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Ideias com futuro


tura. Mas afirma que ainda não é possível determinar expectativas: "Ainda vai demorar um pouco, porque precisamos ter certeza que as unidades produtoras de suíno estejam adequadas à exportação, além disso, também é necessária a autorização do Mapa". O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, avalia que a Cotrijuí já deveria ter recebido aval no ano passado. Ele esteve na China, onde ne-gociou a garantia da liberação. A expectativa, agora, é a autorização do frigorífico da Alibem, em Santa Rosa. "Tivemos a promessa de que deverá ser liberada nas próximas semanas", afirma Camargo Neto. Burocracia - O Brasil está centrando esforços para ampliar as exportações de carnes (bovinas, suínas e de aves) para a China, mas esbarra nos processos burocráticos das autoridades daquele país. No momento, 15 unidades frigoríficas brasileiras estão à espera de autorização para exportar para o mercado chinês, segundo informações de Esequiel Liuson, que foi adido agrícola do Brasil em Pequim entre 2010 até este ano. "Nesses casos não há problema técnico, mas a China tem todo um processo longo para a habilitação de novas unidades. Esse país é um mercado ávido por abastecimento, mas tornou-se um consumidor

exigente. As principais dificuldades dos avanços nas negociações bilaterais são questões sanitárias e fitossanitárias, além da rigidez das auditorias", explica Liuson, que está de volta ao Brasil há alguns meses. Ainda segundo ele, em relação à carne suína exportada para a China, o Brasil passou de nenhum frigorífico habilitado em 2010 para atuais cinco. Já no que diz respeito à venda de aves, desde 2010 o Brasil possui 25 unidades autorizadas a embarcar para a China. "Neste ano, em março, as autoridades chinesas visitaram 17 unidades das quais cinco foram indicadas e estão esperando para serem autorizadas. Quando chegarmos aos 30 estabelecimentos habilitados, o Brasil se consolidará como o maior exportador de carne de aves para a China no lugar dos Estados Unidos", declara o adido do Mapa. Em relação aos bovinos, o Brasil passou de três unidades, em 2010, para oito, até o momento. "Temos nove frigoríficos aguardando habilitação já faz dois anos e esperamos que as autorizações saiam em breve", informa. Apesar dessas habilitações pendentes, em 2011, o Brasil representou 60% da importação dos produtos cárneos à China. Agência Estado e Zero Hora, com edição da RF


Negociações para exportação de suínos de SC ao Japão avançam Frigoríficos que irão exportar a carne para o país asiático receberão lista de exigências sanitárias Santa Catarina venceu mais uma etapa, a última que dependia dos esforços do Governo estadual, para conseguir a liberação da exportação da carne suína catarinense para o Japão. No dia 8 de novembro, o governador Raimundo Colombo liderou uma comitiva brasileira nas conversas com o vice-ministro para assuntos internacionais do Ministério da Agricultura do Japão, Masanori Sato. "Já vencemos oito de dez etapas. As duas últimas agora precisam ser tomadas por parte do Japão. Estamos bem otimistas", disse o governador, que foi acompanhado pelo embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, no encontro realizado em Tóquio. Das duas etapas que restam, uma é a apresentação de uma lista de exigências sanitárias, por parte do Japão, para os frigoríficos que irão exportar a carne para o país asiático. A outra é a mudança de uma parte da legislação agropecuária. Hoje, o Japão só pode importar de países livres de febre aftosa sem vacinação. Mesmo Santa Catarina sendo reconhecida com esse status de excelência

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sanitária – conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal em maio de 2007 –, ainda depende que a legislação permita a importação de alimentos de um estado específico de um país. "Estamos muito próximos. Já fizemos todo o dever de casa. Agora aguardamos as próximas manifestações do Governo japonês", disse o secretário da Agricultura, João Rodrigues. O vice-ministro japonês informou que um relatório técnico independente deu parecer favorável recomendando a importação da carne suína catarinense. "Uma das nossas preocupações constantes é obter fontes seguras de alimentos", disse. Nesse sentido, Santa Catarina se tornaria parte de um seleto grupo que pode exportar esse tipo de carne para o Japão. Hoje, o Estado já é, dentro do Brasil, o que mais exporta frango para o país. Secretário de Relações Internacionais de Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto também integrou a comitiva. O processo de negociação já leva cinco anos. SAA/SC, com edição da RF


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Rússia suspende embargo às exportações de carnes de MT, PR e RS Frigoríficos terão de assumir o termo de responsabilidade sobre exigências do serviço sanitário russo O embargo russo às exportações de carne bovina, suína e de aves de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul está suspenso. O anúncio foi feito ao secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques Pereira, e ao embaixador do Brasil em Moscou, Carlos Antonio da Rocha Paranhos, durante encontro com o chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), dia 23 de novembro, em Moscou. A decisão foi tomada após a equipe russa ter concluído a análise dos documentos apresentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre o serviço sanitário brasileiro. Ênio Marques explica que os dois países acertaram que todos os lotes de carne a serem enviados ao país europeu deverão ser acompanhados de declaração adicional confirmando a ausência de hormônio de crescimento. Contudo, a retomada das exportações dos três estados ainda depende da emissão de um comunicado oficial russo e da habilitação específica por estabelecimento exportador. De acordo com o ministro do Mapa, Mendes Ribeiro Filho, a perspectiva é de que os estabelecimentos localizados nesses três estados retomem as exportações após aprovação, pela autoridade russa, dos planos de ação demonstrando o cumprimento das normas da união aduaneira. “Apesar de termos conquistado mais espaço com a venda do produto a outros países, é inegável a importância do mercado russo. A perspectiva para o próximo ano é que o setor de carnes brasileiro bata recordes históricos de exportação com facilidade”, afirmou. Para detalhar aspectos adicionais sobre sanidade animal, os dois países acordaram em se reunir no-

vamente em janeiro de 2013 para dar continuidade ao debate e trabalhar a equivalência de sistemas veterinários e fitossanitários. Negociação - As restrições temporárias de exportação de produtos brasileiros à Rússia foram impostas em junho de 2011. Desde então, já foram realizadas mais de 160 supervisões em estabelecimentos brasileiros exportadores de produtos de origem animal, bem como enviados relatórios de auditoria e planos de ação, além de mais de 10 encontros com autoridades russas para tentar resolver o impasse. De agosto de 2011 a agosto deste ano, 26 frigoríficos localizados em outras Unidades da Federação voltaram a exportar carnes bovina, suína e de frango ao país europeu após o Mapa prestar informações quanto a inconformidades encontradas. Apesar das restrições, as exportações brasileiras de carnes mantiveram-se estáveis entre janeiro e outubro, somando US$ 12,981 bilhões, enquanto nos mesmos meses de 2011 foram R$ 12,965 bilhões. A Rússia também permanece sendo o principal destino dos produtos brasileiros. As vendas para esse país foram estáveis nos dez primeiros meses do ano, somando US$ 1,43 bilhão. Em 2011, no mesmo período, o resultado foi de US$ 1,48 bilhão. "A Rússia é um parceiro estratégico para o Brasil, um dos países membro dos Brics (acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China). Por isso, é imprescindível que não haja ruídos nas relações internacionais", afirmou o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto. Para o próximo ano, a tendência é de elevação nas exportações de carne. Mapa, com edição da RF

Para Ubabef, fim do embargo russo segue a lógica Para o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, o fim do embargo russo para as exportações de carne de frango, suínos e bovinos provenientes dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso "seguiu a lógica" e demonstra o reconhecimento do leste europeu à capacidade do setor exportador brasileiro de proteína animal. “Houve grande envolvimento do Mapa [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] nessa questão, com total suporte da Ubabef, da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carnes Suína (Abipecs) e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Com todas as solicitações atendidas, não havia mais justificativas para que esse embargo perdurasse. Apesar do fim do embargo, ainda enxergamos a visita da presidente brasileira à Rússia como um importante passo para evitar que novos embargos ocorram no futuro”, destaca Turra. Ubabef, com edição da RF

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Principais questões do setor de carnes em 2012 são debatidas em eventos Ubabef: mundo consumirá cada vez mais proteína animal, e Brasil precisa manter a competitividade O mundo vai continuar consumindo cada vez mais proteína animal, e o Brasil precisa garantir a competitividade na oferta desses alimentos. Foi o que disse o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, dia 22 de novembro, ao participar do painel “Mercado”, do III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat). “A logística está cada vez pior”, destacou ele, ao mencionar deficiências de infraestrutura em estradas e ferrovias. “Precisamos deslocar o milho do Centro-Oeste para o Sul”, completou, referindo-se à importância desse grão como insumo de atividades como a avicultura e a suinocultura, concentradas principalmente no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Análise do ssetores - No dia 13 do mesmo mês, na Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo (Fiesp), Turra já havia participado de reunião do Departamento de Agronegócios (Deagro/Fiesp), onde dirige a Divisão de Produtos de Origem Animal. Na ocasião, os participantes fizeram uma análise de cada setor e das dificuldades que enfrentaram este ano devido à escassez e aos altos custos da ração. Também manifestaram a necessidade de o governo continuar com o programa Brasil Maior, com apoio às exportações por intermédio da desoneração da folha de pagamento e da ampliação do Regime Especial de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (Reintegra). “Atualmente, no caso do setor avícola, apenas

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a carne de frango processada, que corresponde à parcela de 4% das exportações brasileiras do produto, é beneficiada com o regime, com a desoneração de impostos não ressarcíveis”, comentou Turra. O encontro, que teve a presença de representantes dos demais setores de proteína animal, discutiu também a necessidade de expansão das exportações para mercados que ofereçam uma bilateralidade nas relações comerciais. “Vamos buscar junto ao Itamaraty apoio para que haja uma força especial da diplomacia brasileira nesse sentido. Precisamos de uma negociação de mão dupla em nossos negócios”, frisou Turra. Na reunião também foi abordada a questão do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). O Deagro promoveu um amplo debate com representantes do setor de proteína animal, e encaminhou proposições para a modernização da legislação, datada de 1952. Hoje os participantes do encontro defenderam a importância da realização imediata dessas alterações. Outro ponto também debatido por Turra foi a aprovação da nova Norma Regulamentadora para a agroindústria de abate e processamento de aves, suínos e bovinos. Para ele, é importante que a normativa tenha realmente como objetivo proteger o trabalhador, sendo compatível com a realidade brasileira, e que não tire postos de trabalho, a fim de não colocar em risco a competitividade das indústrias de cárneos do País. Ubabef, com edição da RF


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Empresas de câmaras frigoríficas ampliam produção para atender demanda Crise do milho não afetou o mercado de câmaras frigoríficas para caminhões, que está aquecido O mercado de câmaras frigoríficas para caminhões está aquecido, com grande demanda e levando empresas a novos investimentos e contratação de mão de obra. Sediadas em Chapecó, Santa Catarina, duas empresas que atuam no setor – Randon Branctech e Niju – estão investindo R$ 13 milhões e abriram 75 novas vagas. Investimentos feitos pelo segmento servem de termômetro de mercado, uma vez que esse tipo de câmara é utilizada para transportar a produção das agroindústrias. A Randon contratou 45 funcionários e iniciou o segundo turno de trabalho em meados do mês. A meta é ampliar em 50% a produção na unidade de Chapecó, passando de duas câmaras frigoríficas por dia para três. "Queremos antecipar nosso prazo de entrega, pois temos encomendas até maio de 2013", explica o gerente da Randon, Geison Werner. Ele informou que a empresa está investindo R$ 6 milhões em ampliações. A Randon, que tem matriz em Caxias do Sul (RS), adquiriu em novembro do ano passado a Folle Indústria de Implementos Rodoviários Ltda. "Sem a aquisição não teríamos como

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atender a demanda", afirma Werner. Ele comenta que, apesar de alguns problemas enfrentados pelas agroindústrias, os investimentos no setor de frigoríficos continuam. No próximo ano, a Randon deve investir mais R$ 12 milhões na unidade de Chapecó e abrir outras 40 vagas. A atual produção de três câmaras frigoríficas por dia em Caxias do Sul será transferida para Santa Catarina. Outra que também começou a contratar novos funcionários, abrindo 30 vagas, e que investiu em ampliações foi a Niju – R$ 7 milhões. De acordo com o presidente da companhia, Sextílio Hans, houve um incremento de 30% na produção no segundo semestre. "Há uma recuperação do mercado, que foi ruim no início do ano", conta Hans. A empresa, que está fabricando 65 unidades por mês, precisou suspender as exportações para atender ao mercado interno. Os pedidos vão até março de 2013. A meta da Niju é aumentar a produção entre 10% a 15% até o final do ano, chegando a 75 unidades por mês. "Nosso limitante é a falta de mão de obra", explica Hans. Diário Catarinense, com edição da RF



Bovinos impulsionam margens de frigoríficos no terceiro trimestre Movimento ajudou a compensar o fraco desempenho de outras operações no país e no exterior A rodada de balanços do terceiro trimestre confirmou a tendência de recuperação das margens dos grandes frigoríficos com o abate de bovinos no Brasil, um movimento que ajudou a compensar o fraco desempenho de outras operações no país e no exterior. Destaque para JBS e Minerva Foods, que viram suas margens de lucro consolidadas antes de juros, impostos, depreciação e amortização (a margem Ebitda) crescerem pelo segundo e terceiro trimestre consecutivo, respectivamente. Para a JBS, maior processadora de proteínas animais do mundo, a margem de 7,1% apurada entre julho e setembro representa uma elevação de 2% em relação à registrada um ano antes. Trata-se, ainda, de sua segunda maior margem para o período e a terceira para qualquer trimestre desde a abertura de capital, em 2007. Contudo, a margem da companhia ainda é a menor entre as quatro grandes processadoras de carnes. Já a Minerva Foods viu sua margem Ebitda subir 3,2% ante julho e setembro de 2011, para 11,7% – seu melhor desempenho para qualquer trimestre

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desde o IPO, há cinco anos. Foi a maior margem entre as gigantes do segmento no período. Nos dois casos, a melhora reflete o ciclo favorável para o abate de bovinos no Brasil, com o aumento da oferta e a queda nos custos de aquisição dos animais. No terceiro trimestre, o preço médio do boi gordo recuou 5,2% ante o mesmo período de 2011, conforme o indicador Cepea/Esalq, aliviando a conta dos frigoríficos. A matéria-prima representa cerca de 70% dos custos de funcionamento de um abatedouro de bovinos. Esse cenário é particularmente benéfico para a Minerva, que obtém a maior parte de sua receita do abate de bovinos no Brasil. No caso de JBS e Marfrig, empresas que optaram pela diversificação de suas atividades e são mais internacionalizadas, o abate de bovinos no país representa menos de um terço de seu faturamento. Considerando-se apenas o resultado da JBS Mercosul – divisão que responde basicamente pela operação de carne bovina no Brasil –, a margem Ebitda da multinacional entre julho e setembro atingiu


14,5%, a maior já registrada pela companhia em um terceiro trimestre, e 2,8 pontos percentuais superior à obtida pela Minerva. Seu efeito sobre o balanço consolidado só não foi maior devido ao desempenho mediano dos negócios de carne bovina, suína e frango nos Estados Unidos e na Austrália, que respondem cerca de 70% das vendas da JBS no mundo. A Marfrig também poderia ter comemorado um aumento das margens, não fossem as dificuldades enfrentadas pela Seara Foods, sua divisão de frango, suíno e alimentos processados. A divisão, que representa 68,2% da receita líquida da Marfrig, teve de lidar com a escalada nos preços dos grãos usados na ração animal e o fraco desempenho das exportações. O resultado foi a queda de 5,8 pontos percentuais em sua margem Ebitda, para 7%. Como resultado, a margem consolidada da Marfrig caiu de 11,5%, no terceiro trimestre de 2011, para 8,7% nos três meses encerrados em setembro. A queda só não foi maior porque seu segmento de bovinos, a Marfrig Beef, registrou a melhor margem dos últimos três anos para o período. Entre julho e setembro, a divisão obteve uma margem Ebitda de 12,7%, um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

De olho no ciclo favorável para os negócios no Brasil, a JBS tenta ampliar o peso do país em seus negócios. A companhia anunciou a intenção de retomar a operação de seis frigoríficos atualmente parados até abril de 2013. Só neste ano, a empresa comprou ou arrendou pelo menos 12 plantas no país. Presidente da companhia, Wesley Batista contou que a meta é ampliar o volume de abate doméstico em pelo menos 2 milhões de cabeças (cerca de 22%, nas contas do executivo) no ano que vem. Com isso, ele prevê que a participação do Mercosul na receita total alcance 35% em 2013, ante 25%, em 2012, e apenas 20% no ano passado. A melhora das margens abriu caminho para que JBS e Minerva reduzissem seus níveis de alavancagem no último trimestre. No caso da JBS, a razão entre a dívida líquida e o Ebitda recuou para 3,68 vezes ao fim de setembro, o menor nível desde o segundo trimestre de 2011 – embora ainda elevado. A alavancagem da Minerva caiu mais timidamente na mesma comparação, de 3,99 para 3,7 vezes. No entanto, o indicador apresenta uma melhora contínua em relação ao patamar observado no fim de 2009, quando essa relação ficou próxima de 6,6 vezes. Já a Marfrig viu a alavancagem crescer, de 3,73 vezes para 3,93 vezes. Valor Econômico, com edição da RF


Norma Regulamentadora do trabalho em Frigoríficos é aprovada por unanimidade Após dois anos de discussão, o Grupo de Trabalho Tripartite formado por trabalhadores, Ministério do Trabalho e representantes dos frigoríficos aprovou, por consenso, no dia 23 de novembro, o texto da Norma Regulamentadora (NR) que versa sobre Ergonomia do Trabalho nas empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados (GTT Frigoríficos). Também foram aprovados prazos para a implementação das mudanças. Para o presidente-executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, “a solução encontrada é boa para todas as partes envolvidas, chegando-se a um acordo principalmente sobre as pausas ergonômicas e térmicas, de maneira que não se comprometa a produção e a produtividade dos frigoríficos”, atendendo os requisitos de maior segurança e bem-estar dos trabalhadores. A NR será implementada nos frigoríficos de abate bovino, suíno e de aves e as empresas terão prazos de seis meses para implantação de toda a estrutura da norma; de um ano para intervenções de mobiliário e equipamento; e de dois anos para alterações físicas nas empresas. A NR estava em Consulta Pública do Ministério do Trabalho, mas o acordo firmado “coloca um ponto final nas discussões sobre este tema que estava preocupando a indústria brasileira de processamento de carnes”, aponta Salazar. “O importante é que este resultado final embute uma situação muito melhor do que a que existia na Consulta Pública, trazendo tranquilidade para o setor produzir sem quedas ou prejuízos à produção”, finaliza o dirigente. Segurança jurídica - “O Brasil já detém uma das melhores condições de trabalho em frigoríficos do mundo. A nova norma, além de aprimorar o modelo de produção das agroindústrias, trará segurança jurídica para que as empresas operem com uma legislação clara, que até então não existia”, acredita o coordenador do Grupo de Trabalho do Setor Frigorífico, Ricardo Gouvêa. Participaram do grupo empresas do setor, a Abrafrigo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Abrafrigo e Canal do Produtor, com edição da RF 06 16



Avicultura brasileira é líder mundial na exportação de frangos Parceria entre indústria e avicultores contribuiu para a excelência técnica em todas as etapas A avicultura brasileira tem apresentado altos índices de crescimento nas últimas décadas e, hoje, o Brasil é líder mundial nas exportações de frangos, tendo conquistado os mais exigentes mercados. Ao todo, mais de 150 países fazem parte do hall de mercados clientes da produção avícola nacional. A produção da carne de frango tem destaque na região Sul, sendo Paraná e Rio Grande do Sul os principais estados fornecedores. A região CentroOeste, por ser grande produtora de grãos, vem crescendo no setor e recebendo novos investimentos. O Brasil modernizou e empregou instrumentos como o manejo adequado do aviário, alimentação balanceada, sanidade, melhoramento genético e produção integrada. Fatores que, aliados à qualidade e preço, contribuíram para aperfeiçoar a produtividade no setor. A parceria entre indústria e avicultores também contribuiu para a excelência técnica em todas as etapas da cadeia produtiva, resultando em reduzidos custos de transação e na qualidade – que atende às demandas de todo o mundo.

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No mercado consumidor interno, o brasileiro tem mudado seu hábito de consumo de carnes, indo de país preponderantemente consumidor de carne bovina para consumidor da carne de frango. Qualidade, imagem de produto saudável e preços acessíveis auxiliaram na conquista dessa posição. Segundo estatísticas consolidadas do setor avícola em 2011, foram produzidas 13,058 milhões de toneladas – crescimento de 6,8% em relação a 2010 e um recorde na história do setor. E a expectativa é de que 2012 termine com o Brasil na segunda posição do ranking mundial de produtores de carne de frango. O cumprimento das normas de sanidade e a vigilância quanto a epidemias e condições sanitárias são feitos pelo Ministério da Agricultura, por meio do Sistema de Inspeção Federal (SIF) e do Programa da Sanidade Avícola (PNSA). Já o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) monitora a presença de medicamentos veterinários de uso proibido em carnes, inclusive hormônios. Portal Suínos e Aves, com edição da RF



Novo mercado: produtos avícolas brasileiros rumo à América Central Na companhia do diretor de Mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin, o presidente executivo da entidade, Francisco Turra, participou de uma reunião com o embaixador do Brasil no Panamá, Adalnio Senna Ganem, na capital panamenha, no dia 7 de novembro. Durante o encontro, foram debatidos os caminhos para a abertura do mercado do Panamá aos produtos exportados pela avicultura brasileira. Segundo Turra, o embaixador destacou o potencial de consumo dos produtos avícolas do Brasil naquele mercado, uma oportunidade que pode ser alavancada pela cooperação técnica entre os dois países por meio da Embrapa Internacional, que atualmente conta com uma unidade no Panamá. “Mesmo sendo uma nação mais próxima política e territorialmente dos EUA, segundo maior exportador mundial, cremos que bons negócios podem surgir para os produtores de aves e ovos do Brasil, que possuem excelente imagem graças aos níveis sanitários de nossa produção”, ressaltou. De acordo com o presidente da Ubabef, o mercado do Panamá está atualmente fechado para as importações de produtos avícolas brasileiros. “Os questionários para habilitação de plantas brasileiras para esse mercado nunca foram respondidos. Vamos solicitar ao Ministério da Agricultura do Brasil que sejam agilizados os trâmites”, sinalizou. Uma nova visita deverá ser feita ao Panamá em 2013, desta vez com a participação de empresários. Cuba - Antes de cumprirem agenda no Panamá, Turra e Santin participaram de um encontro com importadores de carne de frango e ovos cubanos, durante a Feira Internacional de la Habana (FIHAV 2012), em Havana (Cuba). Durante a ação, que contou com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), os representantes da Ubabef destacaram as características do modelo da produção avícola brasileira, líder mundial em exportações, graças aos investimentos das empresas em tecnologias e ao foco na sanidade, qualidade e sustentabilidade do setor. “Cuba está às vésperas de uma grande mudança no país, e o turismo devolverá à ilha a prosperidade perdida. Essa é uma excelente oportunidade para intensificar nossos laços e garantir o setor brasileiro como parceiro na segurança alimentar cubana. Todos os fatores favorecem esse cenário e os próprios importadores demonstraram grande interesse pelos produtos brasileiros”, destacou Turra. O presidente da Ubabef ressaltou ainda que a cooperação técnica deve ser um dos alicerces para essa expansão nas relações comerciais entre brasileiros e cubanos. “Falamos com empresários, produtores e o próprio governo local, e todos estão confiantes em receber o apoio da Embrapa para o desenvolvimento técnico do agronegócio local. Por tudo isso, vemos que as relações estão cada vez melhores e tenho certeza que tanto ovos quanto carne de frango e genética avícola do Brasil serão bem recebidos pelo mercado cubano”, disse Turra. Ubabef, com edição da RF 06 20



Brasil deve exportar carne bovina in natura para os EUA em 2013 Abiec aguarda uma decisão oficial do país, que ainda não tem prazo certo para ser tomada O Brasil ainda espera decisão oficial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), sobre a abertura do mercado norte-americano à carne bovina in natura brasileira. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, isso deve ocorrer somente no ano que vem, uma vez que ainda não há prazo para tal decisão ser notificada. Atualmente, o Brasil exporta apenas carne bovina termoprocessada aos Estados Unidos. "No último contato que fizemos, as autoridades norte-americanas nos disseram que não fariam nada até as eleições presidenciais, realizadas no dia 6 de novembro. E já estamos praticamente no final do ano", disse o executivo após sua apresentação no Congresso Nacional da Indústria da Carne. Questionado se a demora poderia sinalizar uma desistência, Sampaio negou. “A abertura à carne in

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natura está dentro do processo do contencioso do algodão. Eles têm de abrir (o mercado)”, declarou. Sampaio reiterou, ainda, as perspectivas da Abiec para 2012. Ele acredita que o volume de carne bovina exportada deve crescer pelo menos 10%. "A receita também expandirá, mas o preço por tonelada deve ter leve baixa, impactado pela crise que está perdurando na Europa", declarou. Até setembro, as vendas de carne bovina somaram US$ 4,166 bilhões, alta de 4,86% ante o mesmo período do ano passado. Em volume, houve avanço de 9,74%, alcançando 896,571 milhões de toneladas. O preço no exterior nesse período recuou 4,45%, passando para US$ 4.646 a tonelada. "Temos de trabalhar cada vez mais na abertura de novos mercados, mas de maior valor agregado, como Japão, Coreia do Sul e Vietnã, e ampliar os embarques para a China", disse Sampaio. Agência Estado, com edição da RF


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Comissão do Senado aprova regras para a produção e o comércio de clones de animais A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) aprovou por unanimidade e em caráter terminativo, no dia 27 de novembro, o Projeto de Lei do Senado nº. 73, de autoria da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu. O texto legal regulamenta as atividades de produção e de comercialização de animais clonados no Brasil. Em tramitação no Senado Federal desde 2007, o PLS tem como principais vertentes a organização do mercado de prestação e serviço de clonagem de animais, e o estabelecimento de garantias jurídicas para os proprietários de animas cujas características os tornem comercialmente interessantes. Segundo a senadora Kátia Abreu, do ponto de vista econômico, a clonagem tem um grande potencial na reprodução de animais geneticamente superiores, tanto para a pecuária de corte, quanto para a produção de leite. “Tratase de um promissor segmento da economia baseado no conhecimento”, explica a parlamentar. Ainda de acordo com a senadora, além do mercado de animais de elite, a técnica de clonagem é importante para o desenvolvimento de animais geneticamente modificados, em especial aqueles que são destinados à produção de substâncias de interesse da indústria farmacêutica. Como exemplo, ela cita os casos das vacas geneticamente modificadas que produzirão insulina e leite com características do leite materno, que foram desenvolvidos por cientistas argentinos. Outro ponto abordado é que a clonagem animal também pode se tornar uma alternativa para a preservação das espécies, caso a tecnologia seja utilizada para reproduzir espécies ameaçadas de extinção. No Senado, o projeto passou pelas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania; de Agricultura e Reforma Agrária; e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. A proposta segue agora para apreciação na Câmara dos Deputados. Canal do Produtor, com edição da RF

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Rastreabilidade de ovinos tem fase de testes iniciada em AL A primeira série de visitas técnicas do Programa de Rastreabilidade de Ovinos foi iniciada em 19 de novembro, no Sertão de Alagoas, quando produtores da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Delmiro Gouveia (Coofadel) receberam os primeiros técnicos contratados para o manuseio do software criado em cooperação pela Desenvolve - Agência de Fomento de Alagoas, Sebrae/AL e a Coofadel. A ação simulou a coleta de dados que vai nutrir o sistema, cuja previsão é abrigar cerca de 200 produtores até o início do ano que vem. De acordo com o gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) Ovinocaprinocultura, Reginaldo Guedes, a rastreabilidade é um passo grande para a cadeia produtiva no Estado. "Com essa nova ferramenta, será possível alcançar uma melhora significativa do processo produtivo da nossa cadeia, além de proporcionar avanços no retorno de renda aos produtores. Nossa meta inicial é atingir 200 produtores com um plantel de 18 mil animais, mas esperamos que isso seja ampliado", esclarece. Primeiro sistema de rastreabilidade de ovinos e caprinos do Brasil, o software foi desenvolvido especialmente para atender às necessidades da cadeia. A diretora de APLs da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento (Seplande), Fátima

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Aguiar, relata o processo. "Há tempos acompanhamos o desenvolvimento dessa ferramenta. Sabíamos que essa era uma alternativa mais do que precisa para alcançar os resultados esperados. Tudo isso seria impossível sem o apoio mútuo entre esses profissionais, o grupo gestor do Arranjo e os produtores", enfatiza Fátima. Segundo Guedes, o início de dezembro marca a disponibilidade do site SisRastrus ao público. O monitoramento será possível através da identificação de brincos com código de barras que serão aplicados em cada animal. Com o acessório, produtores e técnicos terão a possibilidade de acompanhar a vida do animal, verificando itens como peso, vacinas e corte para comercialização. "Através da plataforma, o público poderá conferir a qualidade da carne que está consumindo. Será possível disponibilizar o acesso às informações exclusivas do produto que está sendo adquirido. Isso valoriza o trabalho árduo do produtor para alimentar o mercado com o que tem de melhor. Além disso, a iniciativa vai representar uma organização nunca vista antes para a nossa cadeia produtiva. Teremos números precisos e a possibilidade de corrigir falhas e melhorar cada vez mais", conclui. Sec. de Estado do P&D Econômico de Alagoas, com edição da RF


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Ucrânia se mostra o principal destino da carne suína brasileira Dados da Abipecs apontam que Argentina não está mais no ranking dos cinco principais mercados Apesar dos embargos russo e argentino à carne brasileira, as exportações da carne suína in natura (agregadas) aumentaram entre 2011 e 2012. De janeiro a outubro do ano passado, foram exportadas 370,25 mil toneladas. No mesmo período este ano, o Brasil exportou 489.927 toneladas e obteve uma receita de US$ 1,25 bilhão. O aumento das vendas externas de carne suína, no período, foi de 12,25% em volume e de 4,48% em valor, na comparação com igual período de 2011. Ainda segundo dados da Abipecs, em outubro, o Brasil exportou 61.742 toneladas de carne suína, o que resultou em uma receita de US$ 166,39 milhões. Foi o melhor mês do ano nos dois indicadores. E apesar do menor preço médio (-7,94%), em relação a outubro de 2011, houve au-mento de 33,64% no volume exportado e de 23,04% na receita. A Ucrânia foi o principal destino da carne suína brasileira e respondeu por 24,01% das exportações do ano em volume, seguida pela Rússia, com 22,34%.

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Entretanto, se a comparação for pela receita, a Rússia está em primeiro lugar, com 25,02%, e a Ucrânia com 24,14%. Hong Kong é o terceiro destino no acumulado do ano. No mês de outubro, a Ucrânia liderou o ranking em volume: respondeu por 27,67% das exportações, e Hong Kong, por 17,80%. Já em relação à receita, a Ucrânia ficou com a maior participação em outubro (26,58%), seguida da Rússia (19,20%). Já as vendas para a Argentina caíram tanto no mês como no período de janeiro a outubro, na comparação com 2011, o que tira o país vizinho da lista dos cinco principais destinos da carne suína brasileira. Exportou-se para o mercado argentino perto de 19 mil t nos primeiros 10 meses deste ano – queda de 43,32% em volume, e de 39,78% em receita, em relação ao mesmo período de 2011. Em outubro, as vendas para a Argentina somaram 2,41 mil t, uma variação negativa de 43,67%, se comparada com outubro do ano passado. Abipecs, com edição da RF


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Mapa intensifica o controle da entrada de suínos vivos no Brasil Iniciativa busca ampliar controle da entrada de suínos vivos e reduzir período da quarentena Para intensificar o controle da entrada de suínos vivos no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai reformar e adequar a Estação Quarentenária na Ilha de Cananéia-SP (EQC). A expectativa é que o local passe a recepcionar animais a partir de março de 2013, o que vai proporcionar um controle intensificado da entrada de animais aliado à redução da quarentena. De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques, o projeto reúne o interesse do governo de blindar a suinocultura, sob o ponto de vista econômico e social, tendo em vista a quantidade de empregos que são gerados pela atividade. "Assim teremos condições plenas de controlar o processo de importação de uma forma mais efetiva e reduzir os tempos em que essa quarentena ocorra", destaca Marques, que acredita que o período de isolamento de animais deve cair pela metade, passando para, em média, um mês em meio à duração da quarentena.

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Na EQC, os animais ficarão sob supervisão por período integral, o que possibilita o maior controle dos animais e exames para evitar a introdução de doenças exóticas ao plantel nacional. "Com o controle estrito do processo, mantemos a importação, que é importante para o país, com toda a segurança que a atividade requer", ressalta. A reforma transformará a estação em um grande centro de quarentena e pesquisa, o que pode viabilizar a importação e exportação de suínos para mercados estratégicos para o Brasil. "Com isso, poderemos ter respostas rápidas a todos os questionamentos que por ventura possam existir referentes a essas transações, como resultados sanitários, diagnósticos e garantias que envolvem todo o processo. A iniciativa do Mapa tem apoio de associações do segmento de suínos, cabendo ao setor produtivo o envio do projeto de reforma e adequação da estrutura para o padrão de quarentena para apreciação da equipe técnica do Mapa. Mapa, com edição da RF


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Por Danielle Michelazzo Martins

Sistema de grampeamento é opção rápida, eficaz e de baixo custo quando se fala em processamento de embutidos

Uma vez o alimento acondicionado adequadamente em um material flexível, este é possível de ser fechado com auxílio de grampos aplicados nas extremidades deste envoltório”. Foi com essa declaração que resume perfeitamente a importância dos grampos (clipes) para a indústria alimentícia – e, claro, frigorífica – que o gerente de Desenvolvimento da Poly-clip System, Fernando Baldini, deu início à entrevista concedida com exclusividade para a Nova Revista Frigorífico. Com formação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP) e Top Management Executive MBA pelo Ibmec Business School, Baldini possui ampla experiência no setor. Profissional com 27 anos de mercado, atualmente trabalhando em vendas e consultoria técnica de equipamentos e projetos para processamento de carnes, atuou também por mais de 12 anos gerenciando áreas de produção, controle de qualidade, laboratórios de análises, projetos e desenvolvimento de novos produtos em empresas de processamento de carne e produtos relacionados ao segmento. Ao falar sobre grampos e os sistemas de grampeamento mais adequados para o setor cárneo, bem como as vantagens de determinados produtos e materiais, o executivo deu uma aula. “Se o material de embalagem ou tripa sintética possui as características adequadas como barreiras contra umidade e a trocas gasosas entre o produto acondicionado e o ambiente, os grampos aplicados devem assegurar um perfeito fechamento nas extremidades de forma a garantir que estas barreiras continuem funcionando adequadamente durante toda a vida de prateleira deste produto. Isto só é possível com uma perfeita combinação entre grampo e maquinário”, explica. Dos principais cuidados que o assunto exige às finalidades da aplicação dos grampos, confira na íntegra o depoimento desse reconhecido profissional. 06 32

Revista Frigorífico - Quais são os sistemas de clipagem mais utilizados na indústria frigorífica? Fernando Baldini - Existem inúmeras aplicações na indústria frigorífica cujo fechamento da embalagem ou envoltório primário é realizado adotando a tecnologia de grampeamento. Entre elas o acondicionamento de aves e seus cortes, cortes bovinos e suínos, carnes moídas, embutidos diversos tais como: mortadelas, patês, salames, linguiças, copas, fiambres, presuntos e similares, produtos de pescados, pet-food, caldos, sopas, entre outros. Aplicações também podem ser feitas na área de laticínios como queijos, doces, manteigas, requeijão etc., e estão cada dia mais frequentes. Para um grampeamento eficaz se faz necessário o uso de equipamentos apropriados, os quais podem ser desde os de pequeno porte ou “de mesa ou bancada” com acionamento mecânico ou pneumático, passando para equipamentos destinados a um maior volume de produção: semiautomáticos ou totalmente automáticos. RF - Como funciona o processo de grampeamento? Baldini - O sistema de grampeamento pode variar de um tipo de equipamento para outro, embora em linhas gerais, o processo é bem simples e poderia ser descrito basicamente como um grampo pré-formado, o qual desce por uma calha guia e é comprimido por um martelo contra uma matriz. A matriz faz com que as extremidades do grampo se dobrem abraçando firmemente o volume de embalagem ou tripa colocada por sobre esta matriz. RF - E qual sua finalidade? Baldini - Como dito anteriormente, o grampeamento consiste na aplicação de um grampo, normalmente de alumínio, nas extremidades das em-


RF - E qual é o tipo de grampo comumentemente adotado? Baldini - O grampo mais usual é o de alumínio, devido às características mecânicas deste material. Ou seja, é macio o suficiente para ser dobrado pelos martelos e matrizes dos equipamentos grampeadores, e resistente o suficiente para que não volte a abrir uma vez aplicado. RF - Além destas vantagens, o que explica o fato dos grampos de alumínio serem os preferidos pela indústria? Baldini - O alumínio possui a característica de ser um material estável, inerte, e que não oxida facilmente quando exposto à umidade e ao ambiente nas condições normais de processamento, estocagem e transporte dos alimentos, dentro de seus prazos usuais de vida de prateleira. Embora recentemente tenham sido desenvolvidos grampos plásticos com bons desempenhos para algumas aplicações mais simples e específicas, o grampo de alumínio ainda é o mais utilizado dado suas excelentes características e relação custobenefício. O grampo de alumínio permite, ainda, o design de diversos tipos de perfis, além de poder ser ajustada a dureza do metal de acordo com a aplicação desejada. RF - Qual sistema de clipagem é o mais vantajoso? Por quê? Baldini - Não diria exatamente que um sistema de grampeamento seria vantajoso em relação a outro. O que existem são diferenças estruturais nas máquinas de grampeamento de acordo com a finalidade a qual se destinam. Por exemplo: uma máquina simples de bancada é excelente para o fechamento de um produto acondicionado em um saco plástico; já em um embutido cárneo, com uso de tripas, seria mais adequado utilizarmos uma grampeadora automática, promovendo, assim, um fluxo contínuo e alta produtividade. Nos equipamentos automáticos o separador mó-

vel constitui uma vantagem adicional em relação ao fixo, pois este faz com que seja possível o grampeamento de embutidos contendo pedaços de carne, além de promover a remoção do resíduo de massa das pontas dos embutidos grampeados. RF - Como escolher o melhor grampo e sistema de grampeamento? Baldini - A qualidade do grampo influencia diretamente no desempenho do equipamento no fechamento das embalagens e também será responsável direta pelo seu desgaste e consequentes despesas de manutenção. O processamento de embutidos cárneos acondicionados em tripas pelo sistema de grampeamento é indiscutivelmente reconhecido como a opção mais rápida, eficaz e de baixo custo. Os custos relativos aos grampos e laços aplicados nas extremidades das peças de embutidos geralmente são inferiores a 1% do custo total do produto. Desta forma, de nada vale utilizar um grampo de qualidade inferior, mais econômico, se suas características de dureza e resistência não estão perfeitamente ajustadas ao equipamento e ao produto que está sendo processado. Além dos inconvenientes de constantes paradas de produção por fechamento inadequado das embalagens, ocasionará maiores despesas com perdas de materiais, reprocessamento e maior manutenção dos equipamentos causando prejuízos maiores nas trocas frequentes de peças. Sem contarmos os danos potenciais contra a marca e credibilidade do fabricante, caso seus produtos cheguem ao mercado com falhas no fechamento, colocando em risco a saúde dos consumidores. Na hora de escolher o sistema de grampeamento, o fabricante deve levar em consideração o fornecedor que lhe apresentar o melhor conjunto de soluções, ou seja, equipamentos modernos, de fácil higienização, com bom desempenho e produtividade, baixa manutenção, consumíveis de qualidade assegurada (grampos e laços) e assistência técnica qualificada.

Fotos: Poly-clip System

balagens flexíveis (sacos plásticos, filmes ou tripas – plásticas, celulósicas, naturais, colágeno etc.). Tem como finalidade assegurar um fechamento inviolável, configurando, assim, uma perfeita barreira e proteção contra agentes externos tais como sujeira, poeira, umidade, contaminação microbiológica, trocas gasosas etc. Uma vez devidamente preso à embalagem, este grampo só poderá ser removido com o corte ou dano à embalagem, indicando, desta forma, que o produto foi violado. Portanto, trata-se também de uma segurança ao fabricante e ao consumidor do produto final acondicionado.

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RF - O que são os grampos higiênicos? Baldini - Grampos envoltos em óleo e graxa contaminam o produto. Existem vários graus desta contaminação nos grampos encontrados no mercado, incluindo grampos que recebem óleo durante seu processo de fabricação. Por que recebem óleo? A fricção do metal com metal é aliviada através do uso de lubrificantes – evitando o sobreaquecimento. Isto também se aplica aos grampos e máquinas, mas grampos com óleo podem contaminar a massa do embutido, sua embalagem e mãos dos operadores. Grampos higiênicos são aqueles livres de quaisquer contaminantes, oferecendo uma alternativa que não coloca em risco os produtos dos fabricantes.

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Um revestimento como o “Safe Coat” da Poly-clip System, o qual é seguro em termos de legislação sobre alimentos, substitui o óleo e também a graxa nos grampos. A Poly-clip tem seus produtos com estas propriedades monitoradas por meio de controles efetuados por institutos independentes, como SGS Institut Fresenius, para garantir esta máxima higiene. RF

Fotos: Poly-clip System

RF - Existe algum cuidado adicional nos processos de clipagem? Baldini - O grampo aplicado a um envoltório de um produto cárneo ou qualquer outro tipo de alimento, não pode, em hipótese alguma, contaminar este produto com agentes químicos ou microbiológicos. Tendo em vista este aspecto, a Poly-clip desenvolveu um sistema patenteado denominado “Safe Coat”, o qual consiste em se fazer um revestimento externo aos grampos, removendo previamente quaisquer graxas, óleos e poluentes encontrados nos fios trefilados de alumínio que são utilizados como matériaprima na fabricação dos grampos. Este novo revestimento externo inerte tem ainda uma característica adicional, pois promove um menor atrito e um melhor deslizamento dos grampos durante o grampeamento dos embutidos, diminuindo o desgaste das grampeadoras.


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Por Carolina Sibila

Coadjuvante de tecnologia, proteína ajuda no aumento do shelf life dos produtos

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blends protéicos podem ser usados em embutidos uito conhecidos pelos atletas, os blends cárneos, sendo aplicados diretamente na massa e protéicos são uma excelente opção para em cortes injetados e tumbleados, como um dos complementar a necessidade proteica ingredientes da salmoura que será posteriormente total do dia e em períodos onde a rapidez aplicada à carne. de absorção não é interessante. Eles são uma comAinda de acordo com Juliana, a função do blend binação de proteínas contendo whey protein + protéico é interagir com os outros componentes dos caseína e/ou albumina e/ou outros tipos de proteína alimentos, tais como carboidratos, água e gorduras, (como a de soja), sendo utilizada normalmente no com o objetivo de alcançar um efeito tecnológico período noturno devido a sua liberação gradual. específi co, que varia conforme a aplicação. Na indústria frigorífica, os blends protéicos tam“Se um fabricante deseja melhorar a perda de bém são muito utilizados, basicamente, com o meságua durante o cozimento de uma linguiça, ele mo princípio. São capazes de auxiliar a indústria de pode fazer uso de um blend de proteínas que fará alimentos em seus problemas mais comuns, como uma ponte conectando na busca por produtos de a umidade e a gordura, qualidade e de alto denaturalmente presentes sempenho. Porém, é imO desenvolvimento dos blends deve ser nas matérias-primas do possível citá-los sem ancriterioso e levar em conta a especifi cidade alimento, evitando que tes definir o que é uma tais componentes sejam proteína. de cada produto e empresa". Juliana S. Braga eliminados durante a vida Gerente de qualidade de prateleira [shelf life]. da Adtec Indústria e CoA consequência disso é a obtenção de um alimento mércio Ltda., Leonardo Viana explica que proteínas mais suculento e com maior estabilidade, sendo são macromoléculas cujos monômeros são aminoconservado por mais tempo, sem o uso de aditivos ácidos, além de serem parte constituinte dos tecidos conservantes”, exemplifica. biológicos. Muitas delas funcionam como enzima e, Mesma visão tem o diretor técnico da divisão de juntamente com os açúcares e lipídeos, constituem carnes da Globalfood – Advanced Food Technology, a alimentação básica dos animais. Rubison Olivo. Ele acrescenta que as misturas pro“A quase totalidade da proteína consumida pelo téicas têm como benefício, além do ganho nutriciohomem é de origem animal e vegetal, e somente nal, proporcionar estabilidade físico-química, micropequena quantidade é proveniente das chamadas biológica e sensorial aos produtos cárneos, por meio fontes não convencionais. As proteínas de origem do sinergismo funcional. “O sinergismo funcional vegetal e também as de micro-organismo, raramente resulta numa malha protéica estabilizadora e retensão completas em sua composição. Entretanto, contora de umidade, melhoria da textura, entre outros siderando os diferentes tipos de dietas no mundo, aspectos de qualidade”. tais proteínas são importantes por ser, em muitos Além da qualidade e da estabilidade, outro mocasos, a principal ou única fonte de aminoácidos estivo que leva os fabricantes a utilizarem os blends senciais na alimentação”, completa Viana. protéicos em seus produtos, de acordo com Olivo, é Sendo assim, é possível definir os blends proagregar valor aos seus produtos. Oferecer praticidade téicos como sendo misturas de proteínas vegetais e conveniência, com custo e qualidade compatíveis e e animais, podendo contar ou não com a adição de competitivos, tem sido um dos importantes desafios gomas e outros componentes não-orgânicos como para a indústria de carnes. fosfatos e sais. “Assim, na elaboração de produtos de valor agregado, como os temperados/marinados, empanados, Funções e benefícios grelhados, forneados, pratos prontos e outros, a indústria necessita recorrer à extensão cárnea como A coordenadora de garantia da qualidade e P&D forma de garantir a qualidade, rendimento, custo e da Luchebras, Juliana Sanchotene Braga, afirma que

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a satisfação do cliente”. Porém, devido à diversidade de aplicações na indústria de alimentos, de fabricantes e de possíveis áreas de aplicação, os usuários dos blends protéicos ficam, muitas vezes, em dúvida sobre como aplicar estes produtos. “O mais importante, nestes casos, é contar com uma empresa idônea, com conhecimento técnico e experiência na aplicação destes blends. Na maioria dos casos, uma mistura que serve para um produto não servirá para outro fabricado por outra empresa. O desenvolvimento dos blends deve ser criterioso e levar em conta a especificidade de cada produto e empresa”, alerta Juliana. Composição e conservação De acordo com a gerente de P&D da linha cárnea da Marsul Proteínas, Michelle Santos da Rosa, hoje, existem no mercado diversos tipos de blends protéicos como, por exemplo, produtos concentrados granulados que possuem uma funcionalidade diferenciada, e que são aplicados principalmente nas matérias-primas que possuem uma porcentagem maior de umidade e/ou matérias-primas com uma porcentagem protéica inferior. “Nota-se a necessidade de consumo de proteína nos embutidos cozidos, como salsichas, mortadelas, linguiças, carnes, aves temperadas, hambúrgueres, apresuntado e presuntos. Além dos produtos cárneos, também adiciona-se proteínas em leite reconstituído, iorgute, queijo, alimentação infantil, alimentação enteral, alimentação de esportistas e dietas de emagrecimento”, completa Viana, da Adtec.

Apesar dos diversos tipos de proteínas utilizadas na composição dos blends protéicos, tanto animais quanto vegetais, Michelle afirma que o mais comum é a proteína de soja. “Ela é aplicada geralmente com a finalidade de aumentar a capacidade de emulsificação das matérias-primas utilizadas no produto em questão. Tem como objetivo reduzir a sinérese, melhorar a textura e fatiabilidade, além da contribuição proteica oriunda da soja”. Com relação à conservação dos produtos em que são aplicados os blends, não é necessário nenhum cuidado especial além dos usuais, ou seja, eles devem ser conservados da mesma maneira que todas as carnes e produtos cárneos. “Os produtos elaborados com esta tecnologia são, a princípio, mais estáveis que os produtos naturais e, portanto, não necessitam diferenciação em sua forma de conservação. Inclusive, podem ter incremento em sua vida de prateleira, sem prejuízo à sua qualidade ou à sua segurança alimentar”, esclarece Olivo, da Globalfood. Contudo, o excesso de proteínas aplicadas em um produto modifica a textura, o sabor e a aparência do produto, conforme explica Viana. “Por a proteína ser um coadjuvante de tecnologia, em alguns casos ela, juntamente com os demais ingredientes, ajuda no aumento do shelf life dos produtos. Na maioria das vezes, é aconselhável que os produtos cárneos sejam conservados sob refrigeração. Portanto, produtos com proteínas devem seguir essa orientação". "Algumas mortadelas e embutidos cozidos e curados, por exemplo, não necessitam de refrigeração, enquanto que o hambúrguer precisa ser congelado”, complementa o executivo. RF

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Por Carolina Sibila

SISTEMAS DE EMBUTIMENTO Capacidade de produção e porte da empresa são determinantes na hora da escolha

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m dos processos mais importantes da indústria frigorífica é o de embutimento. Para a realização dessa operação, são utilizados equipamentos e sistemas que variam de acordo com o tipo de embutidos que se quer fabricar e, também, das tripas que serão usadas. A capacidade de produção e o porte da empresa também são determinantes na hora da escolha, como afirma o diretor comercial da Tripa-Rio, Thiago Ricco. “Cada frigorífico tem suas necessidades, limitações e demandas por seus produtos. Por isso, o tipo de máquina deve estar de acordo com a produção”, esclarece o gestor. Segundo ele, as máquinas mais simples são os canhãozinhos, que devem ser utilizados em pequenas fábricas. Para empresas de porte pequeno a médio, no entanto, ele recomenda o uso das máquinas de embutimento hidráulico e de pistão, que possibilitam uma maior agilidade de produção. Já para as fábricas de médio a grande porte, que investem em tecnologia e equipamentos mais avançados, que reduzem a mão de obra e o tempo de produção, o mais recomendável é o sistema de embutideiras a vácuo. “Para os fabricantes que desejam ter um equipamento de alta produtividade e reduzir seus custos de mão de obra, o mais indicado é obter uma embutideira a vácuo”, afirma. Supervisor de assistência técnica da América do Sul da Viscofan do Brasil, Michael Lycyniak fala sobre três equipamentos bastante solicitados hoje pela indústria frigorífica: a embutideira pistão, a embutideira a vácuo e a Frankamatic. A embutideira pistão (ar comprimido, elétrica e hidráulica) é indicada para o embutimento de qualquer embutido, sendo utilizada principalmente para a produção de linguiça frescal tipo Toscana e de pernil, como também para linguiças finas. São mais comuns em frigoríficos de pequeno e médio porte. Já a embutideira a vácuo é utilizada no processo de diversos tipos de embutido, com foco especialmente para a alta precisão de controle de peso; enquanto o modelo Frankamatic é adotado principalmente na produção de salsichas. Lycyniak explica ainda que, no Brasil, a embutideira a vácuo é utilizada corriqueiramente na produção de linguiça porcionada, torcida ou amarrada, frescal e cozida (massas moídas), nos calibres 22-45 mm. “Além disso, as máquinas embutem principalmente as massas de produtos como apresuntados e mor06 38

tadelas. Já nas máquinas Frankamatic, usadas na produção de salsichas (massas/emulsões finas), o calibre é de 18-26 mm”. Sistema a vácuo é o preferido Conforme afirmam especialistas do setor, os equipamentos a vácuo são os mais utilizados pelos frigoríficos. Esse sistema, segundo Lycyniak, garante a alimentação da bomba de massa e funciona em conjunto com a haste de alimentação, situada no centro do silo, que, por sua vez, funciona em conjunto com o parafuso de alimentação, também chamado de raspador. “Tudo funciona em conjunto. A haste de alimentação garante que o produto não gire junto com o parafuso de alimentação. Esse parafuso, ao girar, desloca o produto para a bomba de massa, enquanto o vácuo suga o produto para a bomba de massa e elimina as bolhas de ar superficiais”, explica. No mesmo sentido, Ricco conta que esse sistema calcula a quantidade de massa a ser colocada no interior da tripa e, após alcançar esse valor, a linguiça é torcida automaticamente em gomos pela torcedeira, que fica acoplada junto à embutideira. “Outra vantagem é que sua função principal é garantir a bomba de massa completamente cheia de produto e, assim, eliminar as bolhas de ar superficiais”. Ainda segundo o diretor da Tripa-Rio, a grande demanda pelos equipamentos a vácuo também se fundamenta no fato de que eles apresentam uma maior produtividade, melhor aproveitamento de mão de obra e redução de custos em geral. “Apesar de ter um custo relativamente maior do que os outros tipos de embutideiras, esse sistema de embutimento é mais compensador, pois o retorno sobre o investimento é obtido em um curto espaço de tempo”. Tripas Sistemas de embutimento remetem, diretamente, às rebobinadeiras de tripas – máquinas que possuem dois lados que podem ser usados ao mesmo tempo para diferentes tipos de tripas. De acordo com Thiago Ricco, vários frigoríficos utilizam as rebobinadeiras antes do embutimento para a colocação automática do fio de tripa em tubetes, de modo a facilitar o momento de colocá-lo no funil da embutideira. “Esse equipamento é de grande


utilidade, pois, além de acabar com problemas como a LER (Lesões por Esforço Repetitivo), reduz drasticamente o tempo de embutimento e os custos com a mão de obra”. Com o auxílio de corrugadores, as tripas são rebobinadas em tubetes plásticos. Após esse processo, os tubetes são levados à ensacadeira e a tripa é facilmente transferida para o bico injetor. Esse equipamento foi desenvolvido especialmente para ajudar na produção de embutidos e é totalmente construída em inox e outros materiais antiferrugem, para assegurar a inocuidade do alimento. Ainda sobre as tripas, é impossível definir a calibração ideal de um sistema de embutimento sem que se conheça o tipo de tripa a ser usado. Segundo informa a Viscofan, podem ser citados três tipos de tripas: a tripa de celulose, a de colágeno comestível e a de colágeno não-comestível. A tripa de celulose é uma envoltura elaborada por meio de processos mecânicos, físicos e químicos de matéria-prima línter de algodão. É utilizada na produção de salsichas, salames e salsichões, entre outros. Depois de elaborado o produto final, retirase a envoltura e o produto é embalado ou enlatado, conforme a forma de apresentação final envolvida. Os calibres utilizados para a tripa de celulose podem

variar entre 15 USA e 44 USA e diferentes longitudes, dependendo das necessidades de cada cliente. Já a tripa de colágeno comestível é uma envoltura fabricada a partir da matéria-prima do couro de vaca. As fibras de colágeno (proteínas) são tratadas e passam por vários processos de elaboração até sua apresentação final para consumo. A espessura da parede da tripa de colágeno comestível é bem fina, o que a torna mastigável. Esse tipo de tripa é usado na fabricação de linguiças frescas, defumadas, curadas e cozidas, além de salames (tipo steack), salsichas e chistorra. Para os produtos frescos fabricados com a tripa de colágeno comestível, o caibre das máquinas varia de 1830mm para produtos frescos, e de 18-28 mm para produtos cozidos. Por último, de acordo com a Viscofan, as tripas de colágeno não-comestíveis, assim como as comestíveis, são envolturas elaboradas por meio da extensão da matéria-prima de colágeno extraído do couro de vaca. No entanto, suas paredes são mais grossas e, portanto, muito resistentes. São utilizadas em grandes medidas para produtos cozidos, curados e defumados, como salsichão e paio. Dependendo do tipo de tripa escolhido, os calibres podem variar, tais como 36-90 mm e 33-58 mm. RF

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Conselho de Pecuária do Espírito Santo toma posse no 4º CCPB Ex-ministro Mailson da Nóbrega

O Congresso Capixaba de Pecuária Bovina encerrou a 4ª edição com números que superaram as expectativas dos organizadores do evento promovido pela Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN), de 21 a 24 de novembro, no Cine Teatro da Universidade Vila Velha, em Espírito Santo (ES). O encontro reuniu 701 congressistas oriundos de várias regiões brasileiras, obteve 100 inscrições nos dois minicursos (20 estudantes ficaram na lista de espera), avaliou 47 trabalhos científicos de alto nível técnico e entregou 127 vagas de estágios para estudantes dos cursos de ciências agrárias, numa iniciativa inédita em eventos desse gênero no Brasil. Foram 124 vagas distribuídas no congresso, e outras três vagas oferecidas logo após o término do Dia de Campo na Fazenda Heringer, além de duas visitas técnicas totalmente pagas para a Expozebu 2013 em Uberaba/MG. O tema principal da edição 2012 foi “Brasil: a Fazenda do Mundo”, abrangendo assuntos diversificados como sanidade, nutrição, bem-estar animal, uso de tecnologias em rebanhos, economia e mercado. Ao todo foram realizados quatro painéis com 11 conferências proferidas por renomados profissionais do setor, como o ex-ministro Mailson da Nóbrega, o presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, e o secretário da Agricultura/ES, Enio Bergoli. O encontro marcou a posse dos representantes de entidades que participam do recém conquistado Conselho de Pecuária do Espírito Santo, com a tarefa de buscar alternativas para a realização de investimentos no setor. Para o presidente do 4º CCPB, Nabih Amin El Aouar, “a mobilização em torno do evento e sua repercussão fora do estado do Espírito Santo, reforça o papel integrador e acelerador de crescimento que a pecuária nacional tem para oferecer ao País”. A organização do CCPB espera que a iniciativa de criar o Conselho Estadual fortaleça a proposta de formação do Conselho Nacional de Pecuária discutido em Brasília. Assessoria de Imprensa, com edição da RF

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Inovação: Tyson adota embalagem a vácuo na linha de frangos temperados resfriados A Tyson do Brasil lança no mercado cortes de frango temperados resfriados – da marca Macedo – em embalagens à vácuo termoformadas. A empresa é a primeira avícola do País a usar esse tipo de embalagem. “Queremos garantir que os produtos cheguem frescos à mesa do consumidor com a qualidade já atribuída a nossa marca”, afirma o diretor Comercial da Tyson do Brasil, Renato Gheller. Feitas de filme plástico multicamadas 100% reciclável, as embalagens termoformadas foram escolhidas porque são mais seguras e protegem melhor o produto. Como são seladas, evitam possíveis contaminações e os comuns vazamentos das embalagens tradicionais, de maneira que não sujam o local onde são armazenadas. “Elas são uma evolução das tradicionais embalagens em bandejas, já reconhecidas e atestadas pelos próprios consumidores, especialmente do ponto de vista da segurança e conservação dos alimentos. Além disso, ainda estão alinhadas aos conceitos de preservação ambiental ao deixar de lado a bandeja de isopor e ser totalmente reciclável”, diz Gheller. As novas embalagens trazem, ainda, outra vantagem para o consumidor: a completa visualização do produto. “Sua parte inferior totalmente transparente permite que o consumidor veja o que está comprando e ateste a qualidade do produto que está levando pra casa”, complementa o executivo. Os pontos de venda também serão beneficiados. Com a embalagem à vácuo, a durabilidade na prateleira (shelf life) dos cortes de frango temperados resfriados passa a ser 18 dias, diminuindo as chamadas quebras (vencimento do produto na gôndola) que são comuns para os alimentos perecíveis. A tampa selada, que impede vazamentos, também mantém as gôndolas limpas e reduzem o trabalho de limpeza dos estabelecimentos. A linha temperada resfriada da Macedo disponibiliza as seguintes opções de cortes de frango: filé de peito, coxas e sobrecoxas (sem osso), coxinhas das asas, sobrecoxas, filezinho (sassami), meio das asas e coração. É ideal no preparo das refeições de última hora.

Carrefour lança camarão com selo Garantia de Origem O programa Garantia de Origem Carrefour amplia seu sortimento de produtos e agora comercializa o camarão a granel certificado. Durante os últimos meses, a rede – presente em todas as regiões do país, com os formatos Carrefour Hiper, Carrefour Bairro, Carrefour.com.br e Atacadão – realizou uma auditoria independente, baseada por critérios sociomabientais, em três centros de cultivos do crustáceo nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, com principais produtores do país, para avaliar o processo produtivo. Todos foram aprovados e se tornaram fornecedores para as lojas Bairro e Hiper de todo o Brasil, exceto para as praças de Ma06 46

naus e do Rio Grande do Sul. A qualidade do Camarão com Garantia de Origem é assegurada pelo cumprimento de critérios rigorosos que garantem o bem-estar animal, registro de todos os processos de criação, preservação ambiental, e ações sustentáveis e sociais de apoio a instituições locais. Outro aspecto relevante está na alimentação do animal, desenvolvida por zootecnistas e veterinários para cada fase da criação, além de não possuir hormônios nem promotores de crescimento. A operação logística também possui papel fundamental neste processo, ao passo que permite a saída do produto direto do frigorífico da fazenda


Aurora apresenta novidades na Linha Boas Festas Ancorada nas celebrações de final de ano em família, a Coopercentral Aurora Alimentos coloca no mercado brasileiro sua afamada Linha Boas Festas Aurora formada por produtos à base de carnes de aves e de suínos – com uma grande diversidade de itens para todas as preferências. Para este fim de ano, os lançamentos são o Blesser® Aurora Preparo Fácil (ave), o Lombo Aurora Preparo Fácil e o Pernil Aurora Sem Osso Preparo Fácil. Os três já vêm temperados e com um saco próprio para assar, deixando o produto ainda mais prático, macio e suculento. Também não precisam descongelar, basta levar ao forno. Outra novidade que a Aurora traz é o Pernil In Natura com peso de aproximadamente 5 kg. É uma peça direcionada à famílias menores, que não abrem mão de temperar o próprio pernil, empregando, geralmente, tradicionais receitas de família. Linha completa - Onze produtos formam a Linha Boas Festas Aurora, entre eles, Tender de Frango (resultado da seleção de cortes de peito de frango cozido e defumado), Tender Suíno (presunto tenro que combina temperos especiais e garante sabor exclusivo), Lombo Recheado (um corte selecionado que combina a carne nobre suína com o recheio da linguiça calabresa defumada Aurora, tornando o produto atrativo e saboroso) e Lombo Temperado

(extraído de carne suína selecionada e temperado na medida certa). Também fazem parte: Blesser® (ave especial, ideal para festas comemorativas, pois já vem temperado, pronto para assar, e possui sensor que indica quando o produto está pronto), Peito de Blesser® Recheado (o produto combina a carne do Blesser com um recheio especial, contendo a linguiça tipo calabresa e uvas passas), Pernil sem Osso Temperado (produto obtido de carne suína selecionada e temperado na medida certa), Sobrepaleta Recheada (combina a carne nobre suína com o recheio da tradicional linguiça toscana Aurora). Completam a linha os três lançamentos: Blesser® Preparo Fácil (o sabor do já conhecido Blesser®, mas ainda mais prático, já vem temperado e não precisa descongelar), o Pernil Preparo Fácil e o Lombo Preparo Fácil. Além da linha Boas Festas, o consumidor brasileiro conhece outras opções para complementar a mesa nas festividades: o Pernil com osso In Natura, o Lombo In Natura e o Pernil Temperado com osso. Com embalagens atraentes e de fácil identificação, a Aurora aumenta a exposição da marca e o mix de produtos, suprindo expectativas e tendências de mercado. “Os consumidores querem sabor, qualidade e praticidade para o preparo das ceias de final de ano”, resume o diretor comercial Leomar Somensi.

para o Centro de Distribuição do Carrefour. Desta forma, o crustáceo, quando chega nas lojas, passa por um processo de descongelamento técnico, que garante venda do produto a granel fresco. O produto será identificado por uma placa “Garantia de Origem Carrefour”, que terá um código QR, aplicativo de smartphone para o consumidor acompanhar a procedência do produto direto do centro de cultivo pelo celular ou pelo site (www.garantiadeorigem.com.br). Além do camarão a granel, desde 2009 o Programa Garantia de Origem oferece aos consumidores o camarão congelado na bandeja. No total, são mais de 140 itens certificados, divididos entre peixes, carnes, legumes, frutas, sucos e ovos. Todos esses produtos são produzidos de acordo com os mais elevados padrões sociais e ambientais para produção de alimentos. 47


BRF reforça praticidade e sabor da linha de comemorativos A BRF – detentora das marcas Perdigão e Sadia – aposta em opções práticas e saborosas para garantir o convívio e bem-estar em datas tão importantes como as comemorações de final de ano. Por isso a linha Chester® Assa Fácil Perdigão ganha duas novas versões: Chester® Assa Fácil ao molho Pesto e Chester® Assa Fácil Desossado e Recheado. A primeira opção, disponível em São Paulo e região Sul, é temperada com uma receita italiana, adaptada ao paladar brasileiro, elaborada à base de azeite, manjericão, castanha do Pará e queijo parmesão. Já o Chester® Assa Fácil Desossado e Recheado, disponível em todo Brasil, se destaca pela praticidade na hora do preparo, além de proporcionar um maior aproveitamento da ave – recheada com farofa. Na linha de produtos Sadia, há três grandes novidades: Ave Sadia Supreme, Peru Fácil Sadia e Pernil de Cordeiro Sadia ao molho de hortelã e um toque de alecrim. Sadia Supreme é uma ave especial preparada com um tempero diferenciado, o que lhe confere extremo sabor e fácil preparo. Já o Peru Fácil Sadia é uma versão prática, pronta para assar e com tempero na medida certa. Ambos os produtos serão comercializados em todo Brasil. Para dar um toque refinado às festas, a sugestão é o Pernil de Cordeiro Sadia ao molho de hortelã e um toque de alecrim. A marca é a primeira a trabalhar este tipo de conceito no Brasil e foi buscar no Uruguai os melhores cortes da carne ovina. O resultado é uma carne macia, que fica bem grelhada, assada ou cozida, para quem busca diferenciação e requinte na ceia. Para preparar basta descongelar. O produto será comercializado em São Paulo e na região Sul. “Para cada fim de ano, nossa maior preocupação é inovar e oferecer produtos práticos e de qualidade. Estas são as principais características da empresa e de nossas marcas. Percebemos que cada vez mais o consumidor exige novidades. E, na hora de reunir toda a família para confraternizar, não é diferente”, afirma Eduardo Bernstein, diretor de marketing da BRF. Além destas novidades, a linha de comemorativos da BRF oferece outros produtos da marca Perdigão: Chester® Azeite e Ervas, Chester® Tradicional, Peito Chester® Desossado Bolinha, Tender Chester® e Peru Temperado Tradicional. Já a marca Sadia tem o Peru Temperado Tradicional, Peru Sabor Manteiga e Ervas, Peru desossado Sadia Recheado com Farofa, Peito de Peru Temperado Congelado sem Osso, Peito de Peru Recheado com Escarola e Queijo Sadia, a nova ave Sadia Supreme, Tender, Pernil Desossado, entre outros.

Linha NaBrasa Perdigão ganha reforço no pdv e na internet O churrasco é e sempre foi um bom motivo para reunir amigos e familiares. Pensando nisso, para que não haja sobras e/ou falta de itens essenciais nos encontros, a Perdigão criou uma ferramenta online e gratuita para sugerir a quantidade de carne para um bom churrasco. Basta acessar o hotsite www. nabrasaperdigao.com.br e informar a quantidade de convidados (homens, mulheres e crianças) e quais linguiças, cortes bovinos, cortes de frango e cortes suínos serão oferecidos. O sistema apresenta automaticamente uma sugestão de volume. Além do hotsite, dez supermercados de São Paulo contam com totens interativos que também fazem o cálculo. O mecanismo é o mesmo da ferramenta online e, ao término do processo, o consumidor pode imprimir a lista personalizada e realizar as compras sem preocupação. Ação - A Perdigão sabe que o churrasco é uma mania nacional. Por isso, promoveu até o final de novembro a ação promocional Petisco NaBrasa Perdigão. Nas compras acima de 1kg de linguiças NaBrasa Perdigão, o consumidor ganhava 1 Kit Petisco, com seis garfinhos coloridos. Os produtos participantes foram: Linguiça de Frango 1Kg; Linguiça Toscana 1Kg; Linguiça de Pernil 1Kg; Linguiça Toscana Apimentada NaBrasa 5kg; Linguiça Toscana 5kg; e Linguiça de Frango 5kg. A ação aconteceu nas principais redes supermercadistas das regiões Sul e Sudeste. 06 48


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Nativ aposta na praticidade para impulsionar consumo de peixe A população brasileira é uma das que menos consome peixes no mundo. De acordo com as pesquisas mais recentes, o consumo é de 9 quilos por pessoa, em média, durante o ano. O que fica abaixo dos 12 quilos considerado ideal pela Organização Mundial da Saúde. Aliando este dado com o desenvolvimento econômico, mudanças de hábito do consumidor – que também quer melhora na qualidade de vida – e com o fato do brasileiro não gostar de limpar peixes (e não encontrar peixarias com tanta facilidade), a Nativ, que atua no mercado de pescados e aquicultura desde 2008, apostou na praticidade para impulsionar a venda de seus produtos. “Hoje as pessoas têm cada vez menos tempo para cozinhar. Qual o consumidor que depois de um dia de trabalho ainda teria a paciência de limpar um peixe, temperá-lo e ainda fritar ou cozinhar?”, pergunta gerente de marketing da Nativ Pescados, Rosana Diniz. “É por isso que os pratos com peixes são normalmente feitos no fim de semana no Brasil”. Para mudar este cenário, a empresa apostou numa linha de peixes composta por produtos empanados, congelados e pré-prontos para produzir as mais diversas receitas, facilitando o dia a dia sem abrir mão de uma refeição saudável e sofisticada. Para se ter uma ideia da evolução, em 2011 as vendas da Nativ cresceram 35%, e a projeção é que em 2012 seja de 40%. Produtos - A Nativ conta com uma linha bem variada de produtos que podem servir famílias, crianças e quem mora sozinho, com opções para surpreender convidados, já que há peixes que podem ser servidos como petiscos: Fish Bits, Crispy Fish, Filé e Iscas de Tambaqui, Filezinho e Tirinhas de Pintado, Filé e Tirinhas de Tilápia, e Fish Kids.

Leardini oferece sabor e diversão que vem do mar Motivada pela tendência de alimentação saudável e na importância da oferta de refeições nutritivas para as crianças, a Leardini acaba de apresentar ao mercado a Linha Kids, em uma parceria com a Disney. O intuito principal é estimular o hábito no consumo de peixe desde a infância, numa comunicação direcionada com eficácia a este público. Especialmente elaborada para agradar o paladar das crianças, a Linha Kids da Leardini conta com a presença dos famosos personagens da Disney, marca que confere um atestado adicional de qualidade e segurança para os pais. Além de oferecer atrativos visuais significativos nas embalagens que contam com a presença de personagens como Nemo, Pequena Sereia, Mickey e Pato Donald. Com pedacinhos de filé de peixe moídos, o Fish PopCorn é muito fácil de preparar. Elaborado a partir de carne branca e suave da espécie Merluza, sem espinhas, foi desenvolvido para ficar crocante por fora e macio por dentro. Cada bolinha tem cerca de 10g, cabe numa única mordida, e vem em porções de 250 gramas. Pode ainda ser preparado assado ou frito, e é opção ideal para lanches ou acompanhamento de refeições completas. Já a linha batizada de Peixitos traz variedades de empanados de peixe em sabores como Pizza e Presunto e Queijo. Com formatos divertidos e zero de gordura trans, é uma maneira de motivar as crianças a incorporarem o hábito de comer peixe em sua rotina alimentar. Benefícios - O consumo de peixe traz benefícios atestados pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que recomenda a ingestão de peixe de duas a três vezes por semana. Com a Linha Kids, a Leardini – fundada em 1988 em Navegantes (SC) –, disponibiliza ao consumidor brasileiro opções de alimentos práticos e saborosos à base de peixe e frutos do mar, na medida certa para suprir as necessidades nutricionais de adultos e crianças. 06 50


Vinibiodigestor Sansuy oferece soluções para o pecuarista Em constante evolução, empresas e consumidores estão cada vez mais exigentes. Produtos mais saudáveis, descarte correto de materiais, produção que não agride o meio ambiente e preservação dos recursos naturais são algumas das premissas que não excluem o agronegócio, e que pedem produtores rurais cada vez mais conscientes de sua responsabilidade ambiental. Especialmente indicado para propriedades voltadas à bovinocultura e à suinocultura, o Vinibiodigestor da Sansuy – tradicional fabricante de laminados flexíveis e produtos manufaturados de PVC – é uma solução economicamente viável e ambientalmente correta. Atende cada propriedade rural de acordo com suas reais necessidades de demanda energética (biogás), produção de biofertilizante e preservação ambiental. Resíduos como matéria-prima - A criação de animais gera acúmulo de resíduos, que podem contaminar a água e o solo. Esses mesmos resíduos, no entanto, são excelente matéria-prima para o biodigestor. O processo de biodigestão anaeróbia é promovido por bactérias, que são as principais responsáveis pela degradação da matéria orgânica e produção de biogás. O Vinibiodigestor Sansuy é o equipamento que promove esse processo de biodigestão dos resíduos. Dentre os benefícios para o produtor rural está a melhora no aspecto de saneamento, o que diminui a presença de moscas e odores; e a produção de biofertilizante de qualidade, pois o biodigestor esta-

biliza a matéria orgânica e melhora o aproveitamento dos minerais. Outra vantagem é a disponibilidade de combustível (biogás) que pode ser utilizado no aquecimento de caldeiras, galpões, refrigeração, iluminação, motobombas, aquecimento de instalações para animais e outros, gerando economia para toda a propriedade. Fabricado com geomembrana de PVC (policloreto de vinila), com formulação especial para resistência às intempéries, o Vinibiodigestor é instalado em escavações em solo apropriado, com as paredes e fundo revestidos com geocomposto de PVC flexível. A cobertura é feita por outra manta, que infla e confere as condições anaeróbias necessárias, além de armazenar o biogás. Uma equipe técnica especializada da Sansuy é responsável pela avaliação e elaboração do projeto, além de estudo do custo-benefício e tempo de amortização do investimento. A empresa oferece. ainda, assistência técnica com cobertura em todo o território nacional.

NTC lança com exclusividade a primeira viga plástica para baias de suínos do Brasil A empresa NTC Moldes e Plásticos, sediada em Caxias do Sul (RS) e com filial estabelecida em Aparecida do Taboado (MS), apresenta o seu mais novo produto para o setor do agronegócio: a Viga Plástica da marca VitaSui® – sua linha própria de produtos direcionados à suinocultura. A solução tem como principais funções a sustentação e o auxílio na montagem de pisos elevados em granjas de suínos, substituindo com excelência as convencionais vigas de madeira e metal (materiais de curta vida útil e que exigem manutenção e substituição frequentes, aproximadamente a cada 3

anos). O produto é pioneiro no país. Em contrapartida aos materiais anteriores, a Viga Plástica VitaSui® se destaca por ter sido projetada especialmente para utilização em negócios de suinocultura. Seu design exclusivo permite uma instalação rápida e sem complicação, além do encaixe preciso dos pisos sobre ela. A facilidade de limpeza e a longa durabilidade do material são outros destaques do lançamento. Disponível no mercado desde novembro último, a Viga Plástica é comercializada no padrão de 1,20 m de comprimento, com garantia de 5 anos. Mais informações no site www.vitasui.com.br 51


Ceva reposiciona produtos no mercado de suínos O mercado de suínos será um dos principais focos de atuação da Ceva Saúde Animal em 2013. Visando ampliar sua participação neste segmento, a empresa anuncia que está fortalecendo o posicionamento estratégico de três dos seus principais produtos: Leucomag, Vetrimoxin LA e Coglapix. “Estamos apostando no crescimento destes produtos que são realmente diferenciados, e também na formação de uma nova equipe comercial e técnica para expandir nossa atuação neste segmento”, conta a gerente da Unidade de Negócios de Suínos, Cherlla Romeiro. Reposicionamento comercial - O Leucomag é um antimicrobiano macrolídeo à base de Leucomicina que, devido à baixa resistência e boa eficácia, possui um bom potencial para a rotação de programas terapêuticos. O produto é bastante eficaz no combate de infecções respiratórias em suínos, principalmente as micoplásmicas, por conta da alta concentração nos macrófagos alveolares, além da atuação para controle da Ileíte, infecção entérica causada pela Lawsonia intracellularis. Até então o Leucomag havia sido pouco utilizado

por questões relacionadas a custos. Agora, com este reposicionamento, o produto passa a ser uma opção de qualidade a um custo bastante competitivo. “Vale ressaltar que recentemente o Leucomag recebeu pelo MAPA a aprovação das atualizações do relatório técnico, atendendo às novas exigências da IN26”, acrescenta Cherlla. Por sua vez, o Vetrimoxim LA se trata da amoxilina injetável, líder de mercado, que se caracteriza pela boa eficácia com baixa reação e que conta com a embalagem CLASS – resistente a choques e quedas. Já a Coglapix é uma vacina premium contra a Pleuropneumonia Suína, considerada uma das principais pneumonias bacterianas e que tem distribuição mundial, levando significativas perdas econômicas à suinocultura industrial. A principal vantagem da Coglapix é que a vacina promove uma proteção cruzada contra todos os sorotipos do APP (Actinobacillus pleuropneumoniae), um dos maiores agentes causadores de problemas respiratórios em suínos. “Assim como o Leucomag e a Vetrimoxim LA, a Coglapix reúne características de ótima eficácia com o máximo de segurança quanto a efeitos colaterais aos animais”, conclui Cherlla.

Agroceres PIC homenageia Asemg por seus 40 anos A Agroceres PIC aproveitou as atividades alusivas aos 40 anos da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) para homenageála por sua contribuição para a evolução da suinocultura brasileira. Para celebrar a data, a Agroceres PIC presenteou a entidade com a escultura “Fêmea Suína”, idealizada pelo artista plástico Marcelo Palmeira. A obra retrata o “prolífico” trabalho da Asemg para o desenvolvimento da atividade suinícola no Brasil nas últimas quatro décadas e a “fértil” parceria entre a Agroceres PIC e a associação neste período. A escultura foi entregue ao presidente da entidade, João Bosco Martins de Abreu, pelo diretor Superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa, durante abertura do evento “Asemg 40 anos”, realizado entre os dias 26 e 28 de outubro, em Minas Gerais. “Desde a sua criação, a associação mineira sempre foi muito atuante na difusão de conhecimentos técnicos, na capacitação e valorização dos suino06 52

cultores, na divulgação das qualidades e estímulo ao consumo da carne suína e na defesa dos interesses dos produtores; atividades estas que ajudaram a impulsionar não só a suinocultura mineira, como a brasileira. E nós da Agroceres PIC sempre tivemos uma parceria muito forte com a Asemg”, disse o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Agroceres PIC, Sandro Cardoso de Moura. A Agroceres PIC possui uma estreita relação com a suinocultura e os suinocultores mineiros. Foi no estado que a empresa iniciou a comercialização de seu material genético no final dos anos 70 e início da década de 80, período em que começava o processo de industrialização e profissionalização da suinocultura no País. Formada a partir de uma joint venture com a inglesa Pig Improvement Company (PIC), a Agroceres PIC estruturou sua granja núcleo em Minas Gerais, trazendo as primeiras linhagens híbridas para o Brasil. Até então, a produção brasileira de suínos tendia pela adoção de animais de raça pura em substituição aos chamados tipo banha. O projeto da Agroceres PIC acabou mudando o rumo da suinocultura brasileira.


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HOFEX 2013 - feira liga China ao resto do mundo Ocupando posição de liderança na ligação da China com o resto do mundo, a HOFEX vem apresentando um crescimento constante ao longo dos últimos 30 anos. Na edição 2013 ocupará 13 halls com uma área total de 60.000 m2, terá mais de 1.900 expositores de 60 países e mais de 40 pavilhões nacionais e regionais. Espera-se movimentação de 35.000 compradores profissionais. A HOFEX 2013 apresenta dois grandes setores: food & drink (alimentos e bebidas) e equippment & supplies (equipamentos e suprimentos). Localizada estrategicamente no coração da Ásia, em Hong Kong, mais de 80% dos compradores da feira vem

de regiões vizinhas, dando aos expositores contatos extensivos e a possibilidade de ingressar neste mercado em permanente crescimento. Cada ano são mais os países da América Latina que decidem fortalecer seus vínculos com a China e o Sudeste Asiático por meio da participação na HOFEX. Até o momento, estão confirmados um pavilhão de carnes suínas, organizado pela Abipecs (Brasil); e dois pavilhões organizados pela Fundación ExporAr e o Consejo Federal de Inversiones - CFI (Argentina). O site oficial do evento é o www.hofex.com. Em espanhol, www.feriasalimentarias.com/hofex. Informações por e-mail: cecilia@feriasalimentarias.com.

IFE13 - Feira internacional de alimentos e bebidas IFE, a maior e mais respeitada exposição comercial do setor de alimentos e bebidas do Reino Unido, anuncia um retorno de peso ao ExCeL Londres, na Inglaterra, em março de 2013. A feira, que prevê acolher mais de 1.200 expositores, terá um programa de conteúdo revitalizado e um layout novo. Ao longo de quatro dias, o evento promete ser uma oportunidade única para milhares de compradores locais e internacionais, que poderão acompanhar uma série de novidades e lançamentos exclusivos do setor, bem como desfrutar de uma variedade de atrações, ações interativas e eventos ao vivo, tudo sob o mesmo teto. Isso porque para melhorar ainda mais a experiência do visitante em 2013, a IFE está lançando um layout totalmente novo que irá colocar atrações turísticas e eventos no centro da exposição. Com inúmeros conceitos originais em desenvolvimento, que vão se juntar ao retorno da iniciativa “Conheça o Comprador”, a IFE13 irá premiar novas ideias e apresentar seminários com relevantes temas à indústria de alimentos e bebidas, de forma a manter expositores e visitantes atualizados com as tendências de consumo e mercado. Destaque para as demonstrações de culinária ao vivo (The Skillery and the English Regional Kitchen) que serão executadas diariamente, com a intenção de ajudar as empresas de foodservice a melhorar suas habilidades culinárias e aumentar as margens de lucro. Com expositores de todo o mundo, a feira estará repleta de marcas renomadas, como Baxters, Illy Coffee, Kerrygold, Hershey’s and California Raisins. A IFE13 também vai sediar mais de 20 pavilhões internacionais e regionais do Reino Unido, inclusive

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do Marrocos – país parceiro oficial da IFE13 –, Japão, Itália, EUA, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte. Para o diretor do evento, Christopher McCuin, com seu novo modelo de exposição, a feira está destinada a ser um centro de inovações de novos produtos e ideias de alguns dos fornecedores e up-and-coming mais bem sucedidos da indústria. “Empresas-chave já reservaram estande, incluindo Rich’s, Plusfood, Petty Wood & Co, Cotswold Fayre, East End Foods and Irish Dairy Board Ingredients UK, para citar algumas. O novo layout coloca o conteúdo interativo da exposição e eventos na linha de frente, de modo que os visitantes possam facilmente descobrir as tendências e ideias mais empolgantes e relevantes de intercâmbio comercial. O setor de alimentos e bebidas é incrivelmente dinâmico e rápido, e a IFE13 foi projetada para refletir isso. Estamos ansiosos para abrir as portas e receber os compradores internacionais e do Reino Unido neste evento de classe mundial". Como nos anos anteriores, o evento será complementado com a realização do Pro2Pac – processamento e exposição de embalagens do Reino Unido para o setor de alimentos e bebidas. Reembalada, revigorada, renovada – a Pro2Pac 2013 foi transformada de acordo com investimentos extra e uma gama de excelentes novos eventos e atrações. Para mais detalhes sobre a feira e sobre como se inscrever como visitante ou expositor, visite www. ife.co.uk. Também é possível manter-se atualizado com as últimas novidades do evento seguindo @ IFEexhibition no Twitter, ou aderir a discussão sobre a páginano LinkedIn IFE: www.ife.co.uk / LinkedIn.


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A boa embalagem pode revitalizar o produto e a empresa! O Instituto de Embalagens marcou presença nas últimas edições do SIAL e da ANUGA, principais feiras internacionais da indústria de alimentos e bebidas, para conferir tudo que foi importante e estudar como as embalagens poderão contribuir no desenvolvimento desses mercados aqui no Brasil. Para entender melhor a importância da embalagem em todo esse contexto, o Instituto visita, por ano, pelo menos dois países que não visitou antes para conhecer outras culturas, outros mercados consumidores e a influência disso tudo nas embalagens que fabricam. Em outubro, em visita aos pontos de vendas da França e do Marrocos, constatamos que assim como nas visitas realizadas à Alemanha, Bélgica e Croácia em maio, à Austrália e Nova Zelândia em janeiro e de norte a sul do Brasil ao longo deste ano, as grandes tendências rumam para o mesmo sentido. Nessas pesquisas, observamos que grandes mudanças vêm definindo um novo perfil de consumo. Estamos falando do aumento das populações dos países do Leste e do Oriente, assim como do incremento no número de habitantes urbanos em relação aos rurais; do crescimento geral da expectativa de vida; dos novos grupos de consumidores como os kids, teens e a terceira idade, além dos grupos menores e das tribos diversificadas; e da, talvez, maior de todas as mudanças: o novo papel da mulher que altera radicalmente as necessidades das embalagens, pois elas já são maioria na população. Decidem ou orientam as compras. Atualmente a mulher tem assumido um novo papel na sociedade, sendo, em muitos casos, o pilar da família. A estrutura familiar se modificou e, hoje, os dois trabalham fora. Tanto o homem quanto a mulher permanecem solteiros por mais tempo, e há um aumento do poder de decisão por parte das crianças. As horas de trabalho aumentaram mesmo com a disponibilidade das novas tecnologias e muitas pessoas têm seguido um ritmo de dupla jornada e, em todos esses casos, há menor disponibilidade para as atividades domésticas demandando, assim, produtos muito mais práticos de ser consumidos e embalagens funcionais. Observem a proposta do salaminho para crianças, com abertura e uso fácil fazendo com que as crianças tenham acesso ao produto desde cedo e, com isso, adquiram o hábito de ingerir este tipo de proteína desde muito cedo. São cinco, dentre as principais preocupações dos consumidores, que geram macrotendências, e as embalagens devem atendê-las: conveniência; saúde; segurança; estilo de vida (autoindulgência); e a questão da sustentabilidade. 06 58

A necessidade de conveniência consagrou as embalagens que atendem à demanda de consumir em trânsito, com a possibilidade de levar a comida para onde for preciso, ou seja, os conhecidos produtos on the go. As embalagens para esses produtos devem ser fáceis de abrir e fechar; ir direto do freezer ao forno convencional ou de micro-ondas; ter porções unitárias ou pequenas; ser práticas; comportar num só produto acompanhamentos para agregar serviços e soluções, os chamados all together (colher, canudinho, molho, palitinho etc. – os acessórios); acompanhar o estilo de vida e se adaptar às novas situações de consumo: food to go, hands free, mobilidade (viagens); e, sobretudo, considerar os novos grupos: crianças, idosos e portadores de deficiência, entre outros. Notem a qualidade de impressão dos fatiados de peru da Fleury Michon. O efeito mate (fosco) aumenta a percepção de nobreza. A embalagem é fácil de abrir, pode ser refechada e traz apenas 2 fatias. Atenção especial para as pessoas que moram sozinhas e para as pequenas famílias. Com este pote de papelcartão da Belle France é possível consumir o aperitivo até na loja de conveniência. É só deixar por 50 segundos no micro-ondas. Acompanha palitinho. Os aperitivos de salaminho em porção adequada (apenas 75 g) são de tamanho que cabem na boca (se intitulam “one bite only”) e perfeitos para ser degustados em casa, no escritório ou no caminho. A preocupação com a saúde e segurança é claramente perceptível quando observamos as pessoas olhando a data de validade dos produtos e as tabelas nutricionais no ponto de venda. Os consumidores estão dedicando tempo para buscar essas informações e verificar os lacres e tampas, constatar a resistência do material e a qualidade do produto entre outros aspectos. Com isso notamos: maior foco em saúde e nutrição; preocupações com teores de lipídios, carboidratos, açúcar, colesterol e sódio, entre outros; diversificação das fontes de proteína; e a busca pelos orgânicos, pelos naturais, por produtos frescos. E atender a essas preocupações começa por: informar mais e melhor (datas, tabelas, etc.); ter mais higiene; utilizar tamper evidence (lacres invioláveis) ou child proof (à prova de crianças) e outras opções de


Produtos de proteína de peixe têm tido forte demanda, como no caso deste lançamento português, de hambúrguer de atum. A embalagem é de estrutura flexível e laminada com alumínio, dispensando a cadeia de frio, e o cartucho demonstra bem claramente do que se trata e, assim, a empresa ganha destaque dentre os produtos da mesma categoria. Além da procura por produtos convenientes, práticos e que preservem e garantam nossa saúde com segurança, ao mesmo tempo em que trabalhamos mais, nos sentimos no direito de nos presentearmos com as novas opções. A compensação é a tendência que podemos identificar em produtos relacionados a prazer. Produtos com maior valor agregado: a Del Pacha oferece aos seus clientes o “Chawarma” quase pronto para ser facilmente consumido. O recheio vem numa embalagem multicamada termoformada envolvida por uma luva de papelcartão, com uma bela produção fotográfica na frente e as instruções de preparo no verso. Observe o destaque de que se trata de um produto “HALAL”, mostrando a força dos produtos étnicos. Existe muita oferta de produtos premium, exóticos e étnicos, e é interessante mesmo que o produto se comporte como um prêmio ou mesmo uma celebração para o consumidor que quer encontrar glamour, exclusividade, ter produtos com sofisticação e que demonstrem poder e status, já que está em jogo a máxima do “eu mereço”. O atendimento a essa demanda pede uso e abuso de cores, transparência e, sobretudo, a valorização do sentido visual, capaz de despertar o appetite appeal. Muitos produtos frigoríficos são adquiridos para ser encaminhados como presentes e têm uma embalagem especial que agrega valor à ocasião e ao produto. Notem, por exemplo, a bela produção fotográfica utilizada para este salame marroquino. Vale destacar que a embalagem é multicamada com tampa abre e

fecha funcional, conferindo um aspecto bonito, além de seguro e prático. Já os espanhóis do mundo todo podem desfrutar de momentos especiais degustando suas Tapas preferidas, pois a Espanha está exportando para o mundo todo, numa solução conveniente, mini brochettes em variadas versões, todas com apresentações tentadoras. A questão da sustentabilidade tem tido espaço em todos os países. Assim, cabe, ao menos, que as embalagens: usem o correto símbolo do material utilizado para facilitar a coleta e a disposição; sejam analisadas desde o projeto até o seu descarte, ou seja, até a disposição e seus impactos ambientais; e aproveitem para falar de responsabilidade social e ambiental em sua própria superfície, com símbolos, ícones e outros recursos. As empresas que estiveram atentas às tendências e quiserem investir em inovação e adequarem as suas embalagens agregando serviços e valores que os consumidores buscam pensando em conveniência, praticidade, segurança e sustentabilidade, estarão à frente no desenvolvimento dos seus projetos e conseguirão alavancar seus negócios por meio da competitividade. Visitando os diferentes países concluímos que as empresas brasileiras estão num excelente momento para rever suas posições, design; desenvolver novos itens, sempre procurando entender e considerar toda a cadeia e entregar no ponto de venda e no varejo possibilidades impactantes para cada situação e região. Em resposta a essa necessidade, o Instituto de Embalagens promoverá, em março do ano que vem, um workshop sobre Inovação, para ajudar a indústria a ter uma visão mais ampla sobre a real importância de ser competitiva para se firmar em 2013. Perdem mercado e oportunidade as empresas que insistem em vender carne in natura ou produtos orgânicos sem a embalagem que poderia valorizá-los. A nova sociedade impõe produtos melhores, práticos, bonitos, saudáveis, seguros e ambientalmente sustentáveis. Embalagem melhor. Mundo melhor! Assunta Napolitano Camilo é diretora da FuturePack Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens - Ensino & Pesquisa. Professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora do kit de Referências de Embalagens e de outros livros para o setor. Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC e do Banco de Talentos da Faith Popcorn. Pesquisa feiras e PDVs do mundo desde 1986. Articulista dos principais veículos da indústria de embalagens.

Fotos do artigo: FuturePack

segurança; além de oferecer produtos frescos por mais tempo ou com maior vida de prateleira (shelf life), utilizando, por exemplo, a tecnologia MAP (Embalagem com Atmosfera Modificada). Sem dúvida, questões sobre barreiras ganham importância e evidência e existem muitas pesquisas e progressos para todos os materiais com barreiras à luz, UV, água, vapor de água, pó, insetos, fungos, gordura, gás carbônico, oxigênio, etc.

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*Por Minoru Ueda

Não deixe a tecnologia atrapalhar o seu networking Quem nunca ficou impaciente ao esperar um ônibus ou um vôo e sofreu com o atraso destes meios de transporte? A percepção cronológica no ato da espera é muito curiosa. Ao aguardar temos a sensação de que os momentos passam mais devagar. Nada mais desgastante do que permanecer em desconfortáveis bancos ou assentos por um período indeterminado. E é aí que surge a pergunta: o que fazer nesses momentos vagos? Ler um livro, enviar uma mensagem de texto, ouvir música no mp3? Tudo é válido para “matar o tempo”! Vivemos hoje a rotina dos atrasos aéreos e, em razão disto, as pessoas aproveitam esses momentos “ociosos” para colocar "em dia" suas tarefas. A famosa frase “tempo é dinheiro” não poderia fazer mais sentido do que quando estamos esperando por algo. Como ficamos irritados quando isso acontece! Para a maioria das pessoas, esperar é perder tempo. Entretanto, vamos falar um pouco sobre as possibilidades do ócio. Vivemos na era da tecnologia. Não há possibilidade de fugir disto. Como afirma Peter Drucker, ‘o conhecimento ficou portátil’, por isso é muito comum encontrarmos uma cena em que as pessoas estão consultando seus netbooks, notebooks, i-pads, i-phones ou outros artefatos tecnológicos para se conectarem com amigos, funcionários, chefes ou parentes. Estamos nos tornando escritórios ambulantes. Cada pessoa parece estar envolvida em um mundo paralelo quando usa esses aparelhos; parecem estar desligadas da “realidade”. As pessoas hoje convivem mais com os eletrônicos do que com elas mesmas. Nesta atmosfera high-tech, perdemos a oportunidade de nos conectar com as pessoas que se encontram ao nosso redor. Eu também me incluo neste desafio. Nada melhor do que um netbook, i-pads e outros recursos para consultar o e-mail naquela espera entre vôos. Evidentemente, há pessoas que não gostam de conversar ou até mesmo a timidez as impede de exercitarem tal habilidade. Outras pessoas querem dar um tempo e ficar sozinhas. Levando em consideração estes impasses de comunicação, percebi que podemos mudar as cenas e criar ambientes mais comunicativos. Ou seja, é possível ampliar nosso networking e conhecer pessoas novas em todos os lugares por onde passamos. Tudo depende de nossa abertura para a comunicação. Entretanto, deixo claro que networking não é apenas contato para trabalho. Refiro-me à palavra no seu sentido de “agregar pessoas em nossa vida”. Networking também significa: pessoas conectadas por troca de informação, seja profissional ou socialmente. Aqui podemos refletir sobre o tema da “convivência”. Será que a palavra significa simplesmente ocupar o mesmo espaço que outras pessoas? Desde sempre entendi networking como maneira de ampliar a convivência. Você, leitor, já parou para pensar quantas pessoas conheceu por sua livre e espontânea vontade? Com quantas pessoas abordou e iniciou um diálogo que se transformou em amizade ou contato profissional? Evidentemente, o distress de permanecer esperando em razão dos atrasos pode ser administrado por meio dos trabalhos, envio de e-mails, mensagens de SMS, etc. Porém, podemos abrir outras oportunidades, ou adotar a consciência de que existem outros movimentos a serem realizados para iniciar uma comunicação com outras pessoas. É momento de pensar em estratégias para transformar aquela situação de distress em eustress*, ou seja, o bom stress. Assim, entendo networking como manifestação do eustress, ou seja, manifestação da vontade de convivência. Agora é com vocês! Boa construção de networking para todos! Minoru Ueda é consultor da Leme Consultoria, na área Boa prática das habilidades sociais e de Educação Corporativa. É conferencista, pós-graduado das competências emocionais. *O eustress é o estresse positivo; o distress, o negativo. 06 60

e pesquisador na área do comportamento humano. Mais informações pelo site www.lemeconsultoria.com.br


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Posicionamento da marca para atrair e idelizar clientes Plano de negócios e identidade visual alinhados são decisivos na conquista de novos mercados Com a chegada do final do ano, muitas empresas aproveitam a ocasião para rever metas e planejar as ações para o próximo ano. Rever o plano de negócios é tarefa fundamental. Neste período, vale checar se as ações realizadas correspondem ao que está descrito neste documento. Mas e a marca? Ela atende a necessidade da companhia? Dialoga com seu público-alvo? Se a resposta for não, talvez seja o momento de alinhar a identidade visual ao que a organização deseja. Mesmo em pequenas e médias empresas – que muitas vezes não se preocupam com a importância da identidade –, a marca é o ativo mais importante, e sua gestão correta tem papel importante no sucesso da organização, pois ajuda na conquista de novos clientes e fidelização daqueles que já trabalham com a empresa, já que as pessoas utilizam de estímulo visual para selecionar suas escolhas. Neste sentido, uma marca que gere impacto visual positivo e demonstre seus valores obtém vantagem competitiva. “Hoje, oferecer apenas um produto adequado com uma estratégia de trabalho correta não é mais garantia de estabilidade dos negócios. Independente do ramo de atividade, investir na marca e criar valor para a própria identidade é essencial no atual cenário”, avalia Helio Moreira, diretor da NewGrowing Design & Branding, agência especializada em construção de marcas. Uma marca em harmonia com o conceito da empresa e a necessidade de seus consumidores é fun-

damental, mas o branding começa na conscientização dos colaboradores sobre o caminho que a empresa quer seguir e de que forma ela deseja ser vista pelo público, parceiros, clientes e fornecedores. A gestão de marca deve partir de dentro da empresa para conquistar o público externo. E o processo de branding ou rebranding (redesign de marca) é válido também para empresas prestadoras de serviços. Neste caso, a marca ajuda a tangibilizar e agregar valor ao serviço prestado, independente de seu tamanho e faturamento: “Não existe negócio sem identidade. Todo micro e pequeno empresário que monta um negócio precisa criar um nome, uma marca para ser reconhecida por seu público-alvo. A maioria investe em equipamentos, estrutura, ponto comercial e não se preocupa em aparecer, mostrar sua identidade aos stakeholders”, ressalta Moreira. Em um cenário cada vez mais competitivo, procurar diferenciais é primordial para o sucesso de uma empresa, por isso o executivo ressalta a importância de agregar valor ao seu core business: “Uma micro ou pequena empresa não tem muita margem para errar. O tiro tem de ser certeiro. A concorrência é grande, com muitas opções de consumo, além de concorrentes diretos e indiretos que dificultam ainda mais o crescimento”, completa. Helio Moreira é diretor da NewGrowing Design & Branding, agência especializada em construção de marcas. Mais informações: www.newgrowing.com

Sucessão familiar Como garantir a continuidade da empresa entre parentes É esperado que a maioria das empresas consolidadas no mercado passe por processos de sucessão. Mas o que está em jogo nas companhias familiares é muito mais do que escolher uma nova figura de liderança. É a manutenção da fonte de renda para sustentar a família, é a continuidade do sonho do empreendedor que a fundou. Ao chegar o momento de transferir a empresa para os filhos, independentemente dos motivos que causaram essa decisão, duas situações são fundamentais. Primeiro, no caso de os filhos quererem dar continuidade ao negócio e gostarem do que o 06 62

pai e/ou a mãe fizeram durante tantos anos, basta planejar a transferência e deixar bem definido quem fará o que, com os devidos percentuais de participação. Segundo, no caso de não haver quem toque o empreendimento – apenas herdeiros não interessados na administração –, o ideal é profissionalizar a gestão e deixar para os herdeiros apenas a tarefa de fiscalizar. Sem a ocorrência de uma dessas duas situações, o melhor será vender a empresa. Em geral, o fundador da empresa é um homem centralizador, que gosta de estar presente em todas as decisões. O que é natural, já que ele começou


tudo do zero. A sucessão, no entanto, não é algo empírico, mas essencialmente técnico. E a preparação do su-cessor que irá concorrer ao cargo de principal executivo não é um processo rápido, muito pelo contrário, pode exigir um determinado tipo de educação formal. A presença do fundador durante o processo de passagem do bastão é muito importante, porque ele conhece todos os bastidores da companhia, já que foi o responsável por definir seus valores e políticas de gestão. Logo, sua avaliação é fundamental para ajudar a identificar o herdeiro mais bem preparado para assumir o comando. Para isso, é preciso levar em conta não só suas habilidades e os bons laços familiares, mas principalmente sua capacidade de dar continuidade ao modelo cultural já estabelecido. Nessas situações, não é raro o acirramento das relações que aparentavam ser estáveis, já que o escolhido para estar à frente do negócio pode não ser unanimidade entre os sócios. São casos de protecionismo e paternalismo, às vezes existentes nessas organizações, que debilitam seu crescimento, visto que muitas vezes o pretenso sucessor não tem a mesma capacidade técnica para gerir do que os executivos ou funcionários da casa. É, pois, muito arriscado apostar que a sucessão possa acontecer naturalmente e sem erros. Então, o primeiro passo para essa mudança é designar um profissional ou escritório especializado para facilitar o diálogo sobre a sucessão da empresa familiar. É ele quem irá identificar quais são os pontos fortes e fracos dos possíveis sucessores e também da própria sociedade. A profissionalização é um bom instrumento para diferenciar os interesses da família e os da empresa, diminuindo possíveis conflitos. Isso significa estabelecer alguns critérios gerais para nortear as decisões dos diretores, além de criar regras para definir os papéis corporativos e dividir as tarefas dentro da companhia. O profissional será o responsável por redigir os documentos que possibilitarão a sucessão e definirá regras claras entre os sucessores e seus pais – os antigos proprietários –, incluindo mudanças em contratos e estatutos sociais, código de conduta, regimentos internos e acordos societários, entre outros. Ele também irá apontar quais são os caminhos mais seguros e econômicos para a sucessão, se é a compra, cessão, doações de ações/cotas ou redução/ aumento do capital, entre outros. Para muitos, profissionalização é sinônimo de substituir todos os membros da família que trabalham na empresa por profissionais do mercado de trabalho, mas esse é um pensamento equivocado. Na realidade, profissionalizar a empresa significa adotar as melhores práticas de administração, sabendo que, apesar da proximidade e interdependência dos sistemas “família” e “empresa”, é fundamental estabelecer limites claros e bem definidos entre eles. Helio Moreira é consultor e diretor do Grupo Candinho Assessoria Contábil. Mais informações: www.candinho.com.br

Dica de leitura Saborosos pratos e as melhores receitas culinárias à base de carne de aves e suínos integram o livro “Delícias de Chapecó”, obra que conta com o patrocínio da Coopercentral Aurora Alimentos e Globalfood, apoio da Fundação Aury Luiz Bodanese, da Unochapecó e do GR.OR. do Brasil – Santa Catarina. A entidade beneficiada com a comercialização da publicação será o Grupo de Apoio e Prevenção à AIDS (Gapa) de Chapecó. “Com o intuito de incentivar o consumo da carne branca, a cada ano é selecionada uma região de Santa Catarina. Em 2012, Chapecó será prestigiada com esta publicação que integra cultura, economia e solidariedade. O livro contempla receitas, história do município, da cooperativa e da entidade beneficiada. Os recursos arrecadados com a comercialização do livro serão destinados a um projeto social”, realça a presidente da Fundação, Isabel Cristina Machado. “O livro, não é apenas mais uma publicação de receitas, pois está dividido em três capítulos: a história de Chapecó, da Aurora e do GAPA. Pode-se afirmar que é um farto material estatístico e histórico das carnes brancas, de aves e suínos, desde 1980”, antecipa o autor Nilson Olivo. As receitas dos pratos à base de carne de aves e suínos foram desenvolvidas pelo curso de Gastronomia da Unochapecó. O material é muito utilizado nos cursos superiores de Veterinária e Engenharia de Alimentos, além das empresas agropecuárias de todo o Brasil. Olivo é administrador de empresas, pós-graduado, professor universitário e conceituado palestrante nas áreas de Administração e Marketing, com foco em mercado de carnes brancas. Há 13 anos é diretor comercial da Globalfood – Divisão de carnes e da Olivos – Alimentos e Bebidas Funcionais. Título: Delícias de Chapecó Patrocínio: Aurora Alimentos e Globalfood Apoio: Fundação Aury Luiz Bodanese, Unochapecó e GR.OR. do Brasil - SC 63


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