Revista Frigorífico Fev12

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Índice 04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigoríficos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 Embarques de couros 34 CAPA Abate Humanitário - Mais lucro e produtividade para a indústria, melhor qualidade para o consumidor

37 Top 2012 - Empresas de Equipamentos para Abate 40 Vácuo - Produtos saudáveis e seguros por muito mais tempo 44 Famasul projeta indicador de custo de produção na pecuária 46 Brasil é 3º produtor mundial de alimentos 48 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigo Técnico) 60 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho * Imagens da capa: Internet

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Ministério divulga fazendas aptas a exportar para a União Europeia Retomada da elaboração das listas primárias de estabelecimentos credenciados era reivindicação antiga O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltou a publicar a lista de fazendas autorizadas a fornecer bovinos para abate e venda de carne in natura para a União Europeia (UE). Com isso, o Brasil retoma o gerenciamento da relação – conhecida como “lista trace” –, que desde 2007 era feito exclusivamente pelas autoridades europeias. Segundo o diretor de Programas do Mapa, Ênio Marques, a medida demonstra o reconhecimento dos avanços no sistema brasileiro de rastreabilidade e a retomada da confiança da UE em relação ao cumprimento das exigências de saúde animal por parte do Brasil. A intenção do governo brasileiro é reduzir a burocracia no processo. A solicitação de retirada da exigência de que a lista de fazendas habilitadas fosse publicada no diário oficial europeu (Diretiva 61) era uma reivindicação

permanente do Brasil nos últimos anos. O impasse chegou a ser tema de inúmeras reuniões com a Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DGSanco, sigla em inglês), em Bruxelas. Além da gestão da lista de fazendas habilitadas a exportar, as autoridades brasileiras ficarão responsáveis pela publicação da relação – que será atualizada a cada 15 dias – no site do Mapa. Ademais, os relatórios de auditoria não precisarão mais ser transmitidos para a Comissão Europeia. Sisbov - Atualmente, 1.948 fazendas estão credenciadas a vender carne para o bloco europeu. Somente propriedades que cumprem as exigências da Instrução Normativa nº 17, que regulamenta o Sistema Brasileiro de Rastreamento (Sisbov), podem ingressar no cadastro. Mapa, com edição da RF.

Ubabef debate comércio avícola com embaixador do Brasil na UE O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubaef), Francisco Turra, recebeu o embaixador da missão brasileira na União Europeia (UE), Ricardo Neiva Tavares, na sede da entidade em São Paulo. O encontro aconteceu dia 08 de fevereiro e também teve a presença da diretoria da entidade. Durante a reunião, foram debatidas questões relativas aos embarques do setor avícola brasileiro para a Comunidade Europeia, como as novas cotas para exportações de frango, e o andamento das negociações entre o bloco e o Mercosul, entre outros. Na oportunidade, o embaixador fez uma análise sobre o trabalho do setor brasileiro na UE. “O embaixador vem sendo um importante apoiador para nosso setor. Em outra oportunidade, alertou o setor avícola brasileiro da necessidade de esclarecer os compradores e consumidores europeus

sobre o perfil sustentável da avicultura brasileira, o que foi primordial para mantermos os índices de exportações que temos hoje”, disse Turra. O presidente da Ubabef ressaltou ainda o bom desempenho das exportações de frangos para a União Europeia que, em janeiro, totalizaram 43,8 mil toneladas – um crescimento de 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado. “Esse é um sinal claro de que, apesar da crise, a demanda por carne de frango continua, mostrando o potencial competitivo de nosso setor, com expectativas positivas com relação às vendas para esse mercado em 2012”, destacou. No encontro também foi definida a participação da Ubabef em missão na Comissão Europeia, programada para 26 e 27 de março. Ubabef, com edição da RF.

Carne bovina A receita cambial com exportação de carne bovina para a União Europeia apresentou aumento de 11,65% em 2011, passando de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões, impulsionada pelo crescimento de 25,17% nos preços médios do produto no período, segundo balanço divulgado em janeiro pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). O preço da tonelada subiu de US$ 3.913 para US$ 4.898 de 2010 para 2011. Em volume, entretanto, houve queda de 10,80%. Os embarques totalizaram 1,097 milhão de toneladas em 2011, em comparação com 1,230 milhão de toneladas em 2010. A Abiec informa que os resultados ficaram em linha com o esperado inicialmente (receita cambial de US$ 5,3 bilhões e queda de 10% em volume). Diário de Cuiabá, com edição da RF.

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Medidas antidumping adotadas pela África do Sul são "mal embasadas" Ubabef contestará o relatório preliminar que deu origem à medida e pedirá explicações na OMC O presidente executivo da União Brasileira de Agricultura (Ubabef), Francisco Turra, e o diretor de Mercados da entidade, Ricardo Santin, e o gerente de Relações com o Mercado, Adriano Zerbini, se manifestaram no dia 13 deste mês sobre a aplicação de sobretaxas provisórias de dumping feitas pela África do Sul contra o frango brasileiro. Segundo o Diário Oficial sul-africano, no dia 10 a Comissão de Administração de Comércio Internacional da África do Sul (Itac, na sigla em inglês) anunciou a decisão de impor uma tarifa de 62,92% sobre as vendas brasileiras de frango inteiro e de 46,59% sobre os cortes desossados. As sobretaxas somam-se às tarifas normais de importação (5% para o frango inteiro e 27% para os cortes desossados). As medidas, que já estão em vigor, afetam contêineres já embarcados. A sanção vale até 10 agosto e é prorrogável por mais três meses. De acordo com Turra, o setor avícola, juntamente com os órgãos governamentais, irá recorrer da decisão do governo da África do Sul, uma vez que tal ação

afeta várias agroindústrias brasileiras exportadoras de carne de frango. Classificadas como "sem fundamento" e como "mal embasadas tecnicamente" pelo governo brasileiro, as tarifas antidumping aplicadas pela África do Sul sobre as importações de carne de frango do Brasil poderão significar uma perda anual de US$ 70 milhões aos exportadores nacionais. “Esta denúncia é descabida e já começou torta, pois o documento entregue pela entidade avícola local às autoridades, com pedido de investigação, baseia-se em foto de produto não exportado àquele mercado e em informações inconsistentes. Além disso, o Brasil não sofre processo de dumping em nenhum outro mercado do mundo”, explicou. Turra informou ainda que, segundo avaliação técnica de advogados envolvidos no caso, a decisão pelo dumping é política. A Ubabef contestará o relatório preliminar que deu origem à medida e acionará o Governo Federal brasileiro para que cobre explicações do governo sul-africano no comitê antidumping da


Organização Mundial do Comércio (OMC), que se reúne em abril. “Ocorreram violações flagrantes ao acordo antidumping da OMC. Nesta decisão, está claro que não houve consideração às respostas dos importadores sul-africanos, às informações repassadas pela Ubabef sobre o cálculo de custo do produto brasileiro, além de outras falhas técnicas”, ressalta. Decidida a recorrer à comissão antidumping, a Ubabef informou que municiará o governo brasileiro com uma análise a ser elaborada pela advogada da BRF, Ana Caetano, e pelo ex-secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral. Caso não haja reversão da medida, o passo seguinte pode ser uma queixa formal ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. "Contamos com a reação do governo brasileiro", cobrou Turra, preocupado com o efeito multiplicador da medida e com a imagem do setor. Cenário - Segundo dados da entidade, em 2009 foram exportadas 160 mil toneladas de carne de frango à África do Sul. Em 2010, este volume foi de 181 mil toneladas e, em 2011, 195 mil toneladas. Cortes sem osso equivalem a 10% e os frangos in-

teiros, a 4% das exportações de 2010, período sob investigação de dumping. De acordo com Ricardo Santin, o relatório preliminar da Itac aplicou a medida antidumping sobre um volume que representa apenas 3% das importações sul-africanas – 7 mil toneladas de frango inteiro e 18 mil toneladas de cortes desossados. "Como 3% poderiam causar grandes prejuízos aos produtores locais?", indagou. Além disso, disse, a própria produção de frango do país africano cresceu nos últimos anos. Os sul-africanos importaram apenas 16% do frango consumido em 2010, ante 20% quatro anos antes, revelou. A África do Sul importa 16% de todo o frango consumido no país, sendo 70% deste volume proveniente do Brasil. Os outros 84% provêm da produção local. "A importação é apenas complementar", argumentou Santin. Valor e Ubabef, com edição da RF. O Itac anunciou tarifa diferenciada (6,26%) para as exportações de cortes desossados da catarinense Aurora. Porém, empresas como Seara, da Marfrig, e BRF - Brasil Foods também responderam aos questionamentos sul-africanos e não tiveram quaisquer vantagens.

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Brasil acelera negociações com a China para habilitações de frigoríficos Novos frigoríficos brasileiros serão habilitados a exportar carne bovina, suína e de aves para a China. A ampliação do comércio bilateral foi anunciada pelos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e Zhi Shuping, da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, da China. De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o anúncio ocorreu durante a 2ª Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em Brasília, em 13 de fevereiro. Vice-Presidente da República, Michel Temer chefiou a delegação brasileira, tendo o VicePrimeiro Ministro da China, Wang Qishan, comandado a delegação chinesa. Encerradas as atividades, Mendes Ribeiro Filho fez um balanço dos resultados obtidos com a visita da comitiva chinesa ao Brasil. Entre eles, o ministro destacou, como um dos principais avanços, o comprometimento do governo chinês em acelerar e finalizar o processo de habilitação de novos frigoríficos para exportar carne suína, de aves e bovina para aquele país. A ampliação das áreas autorizadas a exportar tabaco e a autorização para exportação de milho também foram tratadas. "Nos últimos dois anos estabeleceu-se, por meio da Cosban, um mecanismo eficaz de cooperação Brasil-China nas áreas sanitária e fitossanitária, com avanços e progressos para ambos os países", destacou Mendes Ribeiro. Segundo ele, os governos dos dois países querem reforçar cada vez mais a cooperação e estão todos prontos para resolver, por meio de consultas, os problemas relacionados à inspeção, que impeçam o comércio bilateral de alimentos e produtos agrícolas.

CONEXÃO GLOBAL -

O ministro informou, ainda, que a partir dos entendimentos alcançados durante a Cosban, os dois governos vão aprofundar a implementação do plano decenal Brasil-China. Aprovado em 2010, o plano engloba ações a serem anunciadas durante visita do Primeiro-Ministro chinês ao Brasil, prevista para o mês de junho. Para dar sequência às negociações, Mendes Ribeiro estuda a possibilidade de ir a Pequim no final de março. Carne suína - Conforme expectativas do Mapa, 15 novos estabelecimentos de suínos devem ser autorizados a exportar para a China ainda no primeiro semestre de 2012. O serviço de inspeção veterinário chinês está analisando a documentação e vai decidir se aprova esses estabelecimentos com base na análise dos relatórios de ações, que deve ser concluída até o mês de junho. Além disso, a autoridade sanitária chinesa deverá realizar visita in loco a dez desses estabelecimentos. Carne bovina e de aves - O serviço veterinário chinês comprometeu-se, também, a acelerar a revisão de documentos para habilitação de mais nove estabelecimentos para exportar carne bovina à China. Além disso, recebeu 47 questionários de estabelecimentos avícolas brasileiros, que estão em fase de análise. A autoridade sanitária chinesa vai organizar missões de inspeção a esses estabelecimentos de aves até o próximo mês de abril. Gigante - Principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, a China foi responsável por mais de 17% do total exportado pelo Brasil em 2011, somando US$ 16,5 bilhões. Mapa, com edição da RF.

Um giro rápido pelo mundo

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Chile triplicou as compras de carne bovina brasileira em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2011. Em janeiro do ano passado, os embarques para o Chile somaram 1,06 mil toneladas equivalente carcaça (tec), ante 3,27 mil tec em janeiro de 2012. Apesar do volume exportado ser pequeno, quando comparado aos tradicionais compradores da carne brasileira, nenhum outro destino apresentou um crescimento tão expressivo durante o período. Com os embarques para o país, o Brasil faturou em janeiro deste ano US$14,66 milhões, ante US$4,44 milhões em 2011. A reabertura do mercado russo para carne suína brasileira, fechado desde junho de 2011, deve acontecer em março. Segundo o diretor Dipoa do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos Oliveira, a retomada depende apenas de sintonia fina. As últimas duas etapas incluem posicionamento dos russos sobre os relatórios de auditorias enviados pelo Brasil e a formulação de protocolo de regras. Oliveira defende a abertura de mercados. O leque de possibilidades inclui China, Japão e Coreia do Sul. Estados Unidos e Canadá também são alternativas e receberão missões brasileiras em março. As orientações sobre exigências do comércio internacional e critérios para exportação de carne suína foram repassados a empresários no final de janeiro, em Porto Alegre. 8



Ministro participa de reunião com entidades do setor de cárneos Encontro reforçou proximidade do governo com representantes da cadeia de proteína animal O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, esteve reunido com representantes dos três setores de cárneos no dia 9 de fevereiro, em São Paulo. O encontro contou com a participação dos presidentes da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra; da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto; e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli. Na reunião, foram tratados temas relevantes para toda a cadeia produtiva, entre eles a habilitação de 41 plantas frigoríficas para exportação ao mercado chinês, o fim do embargo russo, a revisão do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal (Riispoa) e a Proposta de Emenda à Consituição (PEC), que prevê a liberação de 200 mil toneladas de milho para os produtores gaúchos e catarinenses atingidos pela seca. A necessidade do apoio do ministério com relação a revisão da legislação que trata da rotulagem de

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transgênicos, reiterando a importância da revisão e racionalização dos critérios que determinam quais produtos devem ser sinalizados com o rótulo foi outro assunto debatido. “O bom momento do agronegócio brasileiro foi construído por todos os envolvidos na cadeia. Precisamos de agilidade para trazer empregos, gerar recursos e trabalhar em favor da sociedade. É por isso que estamos promovendo mudanças administrativas na estrutura do Ministério e não em pessoas. O papel do ministro deve ser igual ao de um bom juiz de futebol que apita o jogo sem aparecer”, declarou. Na opinião de Francisco Turra, a presença do ministro no evento representa a harmonia existente entre o governo e os setores de carnes. Após a audiência, Mendes também participou de reunião da Câmara das Casas Genéticas e Avoseiros da Ubabef, que realiza estudos de acompanhamento de importação, produção e exportação de material genético, entre outras atividades. Mapa e Ubabef, com edição da RF.


Brasil deve "esquecer" Europa e buscar novos mercados para carne Explicação se fundamenta na queda gradual das exportações brasileiras de carne bovina O Brasil deve focar em novos mercados para ampliar suas exportações de carne. A projeção é do economista e analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari. Para ele, apesar da União Europeia ser um nicho de mercado valioso, a obsessão brasileira em atender as exigências sanitárias do bloco fez o Brasil perder oportunidades em outras regiões. “Esquece a Europa, temos de buscar quantidade”, sugeriu ao público presente no encontro de confinadores realizado pela Premix, em Campinas, São Paulo, nos dias 7 e 8 deste mês. A explicação de Molinari se fundamenta na queda gradual das exportações brasileiras de carne bovina de 2007 a 2011. No período, o Brasil registrou diferença de 32,2% na quantidade. Se em 2007 foram embarcadas 1,618 milhão de toneladas, no ano passado foram enviadas 1,097 milhão de toneladas. “Devemos focar na Ásia, no Caribe e na África, regiões com alta demanda e que já importam do

Brasil”, aponta. A maior demanda contribui para o aumento da produção, melhoria no manejo, facilita o escoamento e a liquidez do mercado interno. Ele ainda salienta que o avanço da agricultura em tradicionais áreas de pecuária, como o Triângulo Mineiro, deverá ser registrado também no leste do Mato Grosso até o sul do Pará. “Em cinco anos o cenário da pecuária será outro”, estima o economista. Ele explica que a intensificação da produção dobrará a quantidade de animais confinados no período e elevará a quantidade de propriedades com o semiconfinamento. Molinari também destaca que não há motivo para preocupação com preço nem com escassez de oferta de milho para 2012. Isso porque, mesmo com a quebra de produção na Região Sul, a safra nacional será maior que a de 2011. “Basta acompanhar as notícias sobre a safra norte-americana de maio. Caso venha a quebrar a safra por lá, aí sim valerá à pena adquirir o cereal antecipadamente”, avalia. Portal DBO, com edição da RF.

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Mendes Ribeiro prevê ano positivo para o setor de carnes brasileiro Países árabes são grandes promessas para exportações: compras da Líbia surpreenderam em janeiro O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, afirmou no dia 9 de fevereiro, em São Paulo, que 2012 será um ano "bom" para o setor de carnes brasileiro. Em visita à União Brasileira de Avicultura (Ubabef), ele disse que prevê aumento das vendas para a União Europeia (UE) e China, além do fim do embargo russo à carne brasileira, embora reconheça que, neste caso, a negociação é mais difícil e demorada. Já o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, afirmou que, entre os países árabes, a Líbia voltou a importar grandes volumes em janeiro e há expectativas de que as vendas para o Egito também cresçam. "Líbia e Egito (países que passam por transição política) estão racionalizando o comércio exterior. A quantidade que a Líbia comprou em janeiro nos surpreendeu e o comércio com o Egito está mais fluído. Também há mercados abertos em que deveremos avançar, como é o caso do Marrocos", disse. O presidente da Ubabef, Francisco Turra, disse, por sua vez, que o comércio de aves para os árabes deverá crescer este ano em relação a 2011, quando o consumo per capita em países como Emirados Árabes Unidos e Catar aumentou mais de 14%. A Arábia Saudita foi o principal destino da carne de frango brasileira. Sozinho o país importou 622,6 mil toneladas, o correspondente a 16% das exportações brasileiras.

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Ainda assim, Turra acredita haver espaço para aumento das vendas para a região. Ele disse também que é possível abrir mercados na África e em países islâmicos que não são árabes. Secretaria das Cooperativas - Mendes Ribeiro declarou que o Brasil pode aumentar suas vendas por meio das cooperativas. Segundo a Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA), ele afirmou que o governo brasileiro está discutindo a criação da Secretaria das Cooperativas, com status de ministério. "Com ela, as cooperativas têm mais impulso para agregar valor [ao produto]", ressaltou. Rússia - Em reunião com Camardelli, Turra e o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, o ministro da Agricultura discutiu o embargo russo à carne brasileira. Ele afirmou que as autoridades russas deram demonstrações de que podem suspender o embargo, mas não soube dizer quando isso irá ocorrer. A Rússia impôs o embargo sob a alegação de que fazendas no Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul não cumprem as exigências sanitárias. Mendes Ribeiro observou, no entanto, que o país quer abastecer o seu mercado, especialmente de frango, com produção própria. "Queremos recuperar a parcela que perdemos", disse o ministro. Agência de Notícias Brasil-Árabe, com edição da RF.



Mais duas plantas frigoríficas serão liberadas para vender à Rússia Confirmação da habilitação ainda não é oficial, conforme ressalvou o presidente da Abiec A Rússia deve liberar os embarques de mais duas unidades nacionais, uma de bovinos e outra de suínos. A afirmação foi feita pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, dia 9 de fevereiro. Em dezembro, quatro unidades já haviam sido liberadas pelo Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), que impõe restrições aos estabelecimentos brasileiros exportadores de carnes desde junho do ano passado. Ao todo, 145 plantas permanecem com restrições. A confirmação da habilitação das duas unidades ainda não é oficial, conforme ressalvou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, que discutiu o tema em encontro com o ministro e os presidentes da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Na oportunidade, Mendes Ribeiro apresentou aos representantes do setor de carnes um relato positivo sobre a reunião que teve no início deste mês com a ministra da Agricultura da Rússia, Yelena Skrynnik, em que ficou acertado o envio dos últimos questionários solicitados pelos russos. Apesar do otimismo oficial, conforme apurou o Valor junto aos representantes das indústrias de carnes, o ministro não apresentou medidas efetivas para a questão. "Foi um encontro genérico", disse uma fonte, citando a demora para a resolução do embargo russo, que se arrasta há mais de seis meses. Questionado pelos dirigentes sobre a lentidão, Mendes Ribeiro reconheceu as dificuldades impostas pelos russos. "Não podemos esquecer que a Rússia

está tentando fazer o seu próprio mercado, especialmente o de aves", disse ele. "No setor avícola, teremos novas aberturas de unidades para a Rússia. Mas elas serão em menor escala do que em bovinos e suínos, produtos que eles têm maior necessidade", admitiu Turra, da Ubabef. "Certamente, os russos serão menos receptivos conosco, até porque eles estão fazendo um trabalho de defesa do produtor local", reforçou o dirigente, para quem os exportadores brasileiros de aves devem depender cada vez menos deste mercado. China - Além do embargo russo, o ministro também abordou as negociações para a aprovação de novas unidades aptas para exportar carnes para a China. Ao todo, seriam entre 9 e 16 plantas de abate de bovinos e 41 de aves. "Temos convicção de que as aprovações devem sair entre os próximos dois e três meses", afirmou Turra. Para ele, os embarques de frango para os chineses devem crescer "no mínimo 50%" com as aprovações. Em 2011, o Brasil exportou cerca de 200 mil toneladas de carne de frango para o país asiático – atualmente, 21 unidades de abate de aves estão habilitadas. O acordo com a União Europeia, que passou a gestão da lista de fazendas autorizadas a exportar carne bovina para as autoridades brasileiras, também foi tema da reunião. O Brasil possui, hoje, 2 mil fazendas autorizadas, com um rebanho de 4,6 milhões de cabeças. Com o novo entendimento, Camardelli, da Abiec, explicou que o número de propriedades credenciadas poderá chegar a 29 mil, com 26 milhões de animais. Valor Econômico, com edição da RF.

Abertura do mercado chinês anima criadores e indústria de SC Os frigoríficos brasileiros autorizados a exportar carne suína para a China começam a fazer os embarques com regularidade. Por enquanto, o volume ainda é pequeno. Boa parte da cadeia produtiva do oeste de Santa Catarina está envolvida nas vendas para o mercado chinês. O estado é o maior produtor e exportador de carne suína do país, mesmo tendo muitos produtores abandonado a atividade em razão da instabilidade no mercado. Mas a abertura do mercado chinês vem animando os criadores e a indústria. Nesta primeira etapa, 35 propriedades foram certificadas para produzir exclusivamente para a China. Os produtores foram treinados pela indústria que controla e fiscaliza todo o processo. A indústria, por seu turno, também precisou se readequar para receber a aprovação do mercado chinês. Nos dias de abate, que acontecem duas vezes por mês, a unidade trabalha somente com os produtos que vão para a China. A carcaça do animal recebe uma etiqueta de identificação para dar sequência ao processo de rastreabilidade, principal exigência dos chineses. No processo há, também, a fiscalização no Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura. Globo Rural, com edição da RF.

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Frigoríficos podem ter que informar dados de bovinos para abate Descumprimento da obrigação sujeitará estabelecimentos ao cancelamento do registro Um projeto que obriga os frigoríficos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) a informarem ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) preços, quantidades e outras características dos bovinos adquiridos para abate, está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Fornecidas por meio eletrônico ou em papel, essas informações deverão ser mantidas em sigilo, embora o Ministério da Agricultura possa divulgar dados e análises com base nas informações que receber. É o que determina o projeto. Oriundo da Câmara dos Deputados, o PLC 85/11 chegou ao Senado Federal com cinco artigos e o propósito de tornar mais transparentes e competitivas as transações no mercado de bovinos de corte. Pelos termos do projeto, os frigoríficos deverão fornecer ao Ministério da Agricultura, até cinco dias após o abate, informações referentes a pagamento, preço da arroba, lote de bovinos adquirido, peso médio dos animais, sexo, idade, data da transação, nome, endereço e CPF ou CNPJ do vendedor. O

texto estabelece, ainda, que o descumprimento da obrigação de prestar essas informações sujeitará o estabelecimento ao cancelamento do registro. Relatora da matéria na CAE, a senadora Ana Amélia (PP-RS) vincula a importância da iniciativa à necessidade de oferecer maior visibilidade a informações indispensáveis à tomada de decisão pelo mercado de carne que, no Brasil, ainda se caracteriza por elevada informalidade. No entender de Ana Amélia, se aprovada, a nova lei oferecerá instrumentos de orientação e proteção comercial aos produtores de bovinos de corte, diante da imperfeição de um mercado em que a indústria frigorífica tende a se beneficiar extraordinariamente do reduzido preço pago aos produtores. Em sua opinião, o projeto produzirá uma lei capaz de coibir a transferência de renda do setor pecuário para o setor industrial, fenômeno mais visível no momento em que os preços internacionais se mantêm em alta e os preços pagos aos pecuaristas brasileiros mal cobrem os custos de produção. Agência Senado, com edição da RF.


BRF firma parceria com empresa chinesa para distribuição e processamento de carnes na China A BRF e a empresa chinesa Dah Chong Hong Limited – DCH oficializaram a criação de uma joint venture que permitirá à companhia brasileira distribuir produtos no mercado chinês, processar carnes em unidades locais, desenvolver a marca Sadia e atuar nos canais de varejo e food service na China Continental, Hong Kong e Macau. Concretizada a união no dia 14 de fevereiro, as conversações entre as duas empresas vinham desde maio do ano passado. A joint venture contempla a participação de 50% para a BRF e 50% para a DCH, com abrangência em produtos in natura e processados; foco na geração de capacidade e a operação do mercado local, incluindo vendas, importação, suprimentos de produtos, customer clearance e trade marketing. A administração será compartilhada entre membros das duas companhias, que integrarão o Conselho de Administração e o Comitê Executivo. Na primeira fase do projeto, caberá à BRF a produção, suporte técnico e marketing dos produtos a serem comercializados. Já a DCH atuará na cadeia de suprimentos e distribuição das operações, serviço de processamento, embalagem e serviços gerais de suporte de operação. A expectativa é que o negócio represente, no primeiro ano, volumes acima de 140 mil toneladas e receitas de cerca de US$ 450 milhões, com investimentos em capital de giro. Tradição - A empresa Dah Chong Hong Limited – DCH, criada em 1949, é um dos maiores distribuidores de automóveis, alimentos e produtos de consumo na China, com estrutura para a distribuição de resfriados e congelados. Companhia aberta, listada na Bolsa de Hong Kong desde 2007, é subsidiária integral do conglomerado internacional Dah Chong Hong Holdings Limited (DCHH). O DCHH é controlado atualmente, em cerca de 55,9% pelo Grupo CITIC Pacific Limited, companhia aberta, listada na Bolsa de Hong Kong. O Grupo CITIC Pacific Limited é controlado pelo CITIC Group Corporation, companhia estatal incorporada à People´s Republic of China. BRF, com edição da RF.

Marfrig anuncia troca de presidente-executivo da Seara Alimentos O novo presidente-executivo da Seara Alimentos, do Grupo Marfrig, será David Alan Palfenier, em substituição a Mayr Bonassi, que vai se aposentar após 38 anos atuando nos segmentos de avicultura e suinocultura. A saída de Bonassi está prevista para o final de 2012. Até lá, ele fará a transição do cargo para seu substituto e atuará na companhia como Membro do Conselho Consultivo, informou o Marfrig em comunicado ao mercado. Bonassi se uniu ao Grupo Marfrig para implantar o negócio de Aves e Suínos e comandou o processo de integração das empresas e ativos que compõem atualmente a Seara, produtora e exportadora de alimentos. Já Palfenier deixa a presidência da ConAgra Foods Consumer Foods International, empresa na qual ingressou em 2004 como vice-presidente sênior de marketing. Ele também atuou como presidente de várias unidades de negócios da ConAgra, como a de Alimentos Congelados, Enlatados, Frios, Marcas Especiais e Snacks, incluindo marcas populares e linhas inovadoras de produtos, nos Estados Unidos e internacionalmente. Antes da ConAgra Foods, Palfenier trabalhou por 13 anos na PepsiCo, tendo sido presidente da empresa no Brasil, após oito anos na Procter & Gamble. David Palfenier é bacharel em administração de empresas com ênfase em marketing pela Eastern Washington University. Reuters, com edição da RF. 06 16



Exportações surpreendem favoravelmente no mês de janeiro Embarques crescem com relação a 2011, mas setor deverá adotar certa cautela este ano As exportações brasileiras de frangos totalizaram 328,8 mil toneladas em janeiro de 2012, registrando alta de 11,3% na comparação com o primeiro mês de 2011, quando foram embarcadas 295,3 mil toneladas. Os dados foram divulgados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), dia 13 de fevereiro. Também em alta, a receita dos embarques atingiu US$ 634,6 milhões em janeiro, com crescimento de 7,9% em relação aos US$ 588,3 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Na avaliação do presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, as altas nas comparações com o primeiro mês de janeiro de 2011 não reflete a verdadeira situação das exportações do setor, ao passo que o crescimento do volume seguiu ritmo bastante diferente da receita, indicando queda de preços. “Além disso, quando feito um comparativo com dezembro de 2011, constatamos que houve queda de 6,1% nos volumes e de 14,7% na receita”, explica. Segundo o dirigente, o setor deverá adotar estratégias mais cautelosas para enfrentar as adversidades esperadas para este ano. “Escassez de insumos, a instabilidade do câmbio e problemas em alguns mercados mais afetados pela crise indicam dificuldades para a manutenção do ritmo dos embarques em 2012”, ressalta.

Por segmento - As exportações de cortes de frangos, em janeiro deste ano, totalizaram 164,4 mil toneladas com receita de US$ 315 milhões. Já os embarques de frangos inteiros atingiram 129,2 mil toneladas, no valor de US$ 217,9 milhões. No caso das carnes salgadas, foram embarcadas 19,7 mil toneladas, com receita de US$ 59,1 milhões. Por fim, as exportações de frangos industrializados acumularam 15,3 mil toneladas e US$ 42,4 milhões em receita. Por destino - Principal destino das exportações avícolas brasileiras, o Oriente Médio foi responsável por 110,8 mil toneladas, com receita de US$ 202 milhões. Já a Ásia, no segundo posto, totalizou 87,4 mil toneladas e US$ 172,7 milhões. Retornando ao posto de terceiro lugar no ranking dos importadores de frangos do Brasil em volumes, os países da África atingiram 53,1 mil toneladas, com US$ 72,7 milhões. Quarta maior importadora, a União Europeia totalizou 43,8 mil toneladas e receita de US$ 119,3 milhões. As exportações para os países das Américas – sexto maior destino – acumularam 27,8 mil toneladas e US$ 54,6 milhões. Ubabef, com edição da RF.

Produtores de aves apostam em aumento da produção A avicultura nacional deve experimentar um crescimento moderado este ano, algo em torno de 2%, tanto na produção quanto na exportação, em função da crise internacional. A avaliação foi feita pelo presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubrabef) – que congrega os produtores e exportadores de aves do país –, Francisco Turra. O consumo interno atingiu 47,4 quilogramas por habitante/ano (kg por hab/ano), em 2011. Ex-ministro da Agricultura entre 1998/1999, Turra manifestou, entretanto, que, para 2012, o setor preferiu ser cauteloso nas previsões. "Nós somos até conservadores. Não estamos fazendo projeção de grande crescimento. Mas nós não vamos nem empatar, nem decrescer". Ele explicou que há muita turbulência no mercado exterior. Alguns países compradores, com o objetivo de proteger o produtor local, começam a ameaçar as exportações brasileiras de aves. "Se não tivéssemos 154 mercados abertos, teríamos sofrido muito". Rússia foi um dos países que embargaram as compras do produto brasileiro, de forma "indevida e injustificada", na opinião de Turra. Irã e Iraque também reduziram as importações "para proteger o seu produtor". A produção avícola nacional cresceu 7% em 2011, tornando o país o segundo maior produtor do mundo, junto da China e logo depois dos Estados Unidos. As exportações evoluíram 3,2%, mantendo o Brasil na liderança internacional, com 40% do mercado mundial. Em relação ao consumo, o crescimento observado foi 10% no ano passado. O presidente da Ubabef disse que as classes C e D estão consumindo muita proteína. "O brasileiro come 47,4 quilos de frango, 35 quilos de bovino e 15 quilos de suíno [por ano]. Acho que o brasileiro hoje tem acesso [ao consumo de proteínas] mais democratizado, universal. E a carne de frango é mais barata". Agência Brasil, com edição da RF.

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Rio de Janeiro confirma parceria para revitalizar a avicultura Acordo de cooperação foi firmado entre Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado e Ubabef

Em reunião com o secretário de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro, Christino Áureo, no dia 30 de janeiro, o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, acertou que a entidade e a secretaria vão trabalhar em parceria para criar formas de estimulo à avicultura fluminense. Impressionado pelo grande crescimento da avicultura brasileira e com a atuação da Ubabef, o secretário pediu apoio para um projeto de revitalização do setor avícola no Estado do Rio de Janeiro. “Esperamos contribuir para o crescimento da avicultura no Estado do Rio, um estado que já foi um dos grandes produtores avícolas do Brasil”, afirmou Turra na oportunidade. Bastante receptivo à realização de um trabalho conjunto com a Ubabef no sentido de retomar a produção avícola fluminense, segundo o secretário, o Rio de Janeiro é o primeiro estado brasileiro a desonerar a carga tributária da cadeia de proteína animal, o que, para Áureo, é um grande estímulo para que in-

dústrias do setor se estabeleçam no estado. “Vamos juntos, governo do estado e Ubabef, dar início as tratativas para a elaboração de um programa de reestruturação da avicultura do estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, nós estaremos em breve celebrando um instrumento entre a secretaria de estado e a entidade para desdobrar o tema”, afirmou o político. Sociedade Brasileira de Agricultura - Turra participou, ainda, de almoço comemorativo dos 115 anos da Sociedade Brasileira de Agricultura (SNA). O evento, que aconteceu na sede da entidade, contou com as presenças da senadora Kátia Abreu e de mais dois ex-ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues e Alysson Paulinelli, além de representantes do empresariado carioca, como os presidentes da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Antenor de Barros Leal; e o vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), Luiz Chor. Ubabef, com edição da RF.


Chile reconhece Minas Gerais como estado livre de Newcastle O estado de Minas Gerais conquistou o reconhecimento de livre da doença de Newcastle (DNC) pelo Chile. A decisão foi comunicada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pelo Serviço Agrícola e Pecuário (SAG, sigla em espanhol) depois de uma missão realizada na região em maio de 2011. Com o reconhecimento, o estado poderá exportar carne e material genético – como ovos férteis e pintos de um dia – para aquele país. O início das comercializações ainda depende de uma nova missão chilena para a habilitação de plantas frigoríficas, granjas e incubatórios de Minas Gerais. Outros três estados já haviam sido autorizados a enviar produtos do gênero para o Chile: São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No final deste mês, técnicos do SAG devem inspecionar estabelecimentos paulistas para habilitar novas unidades para exportar. Nos dois últimos anos, o Chile foi o quinto maior importador de pintos de um dia do Brasil em valores,

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com US$ 4,3 milhões. Segundo a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), as exportações de material genético (matrizes) em 2011 totalizaram US$ 38 milhões, com um crescimento de 11,3% em comparação a 2010. O volume foi de 1,2 mil toneladas (+9,2%). Já as vendas internacionais de ovos férteis somaram US$ 81,9 milhões, com aumento de 11%, com embarques de 14,2 mil toneladas (+1,6%). Atualmente, o Brasil tem permissão para exportar material genético para 58 países. Entre os maiores mercados de destino estão Venezuela, Paraguai e Emirados Árabes. Danos - A doença de Newcastle é classificada como emergencial e representa potencial de provocar grandes impactos econômicos (restrições comerciais) e sociais, além de comprometer a saúde das aves. A enfermidade não ocorre há mais de 10 anos em plantéis comerciais do país. Mapa.


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Exportação de carne bovina deve somar US$ 6 bilhões em 2012 Previsão de crescimento das exportações do produto é de 10% nos volumes e de 20% na receita Os exportadores brasileiros de carne bovina esperam uma recuperação em 2012, com potencial para elevar a receita com os embarques a mais de US$ 6 bilhões, após um ano com queda nas vendas para seus principais mercados. Essa é a previsão apresentada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), ao divulgar os números de 2011. No ano passado, os embarques totalizaram 1,097 milhão de toneladas, 10,8% a menos que no anterior, segundo a Abiec. Apesar da queda dos volumes, a receita com as exportações totais de carne bovina cresceu 11,65%, saindo de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões no ano passado. Ainda que os volumes tenham recuado, a alta de 25,17% no preço médio da carne exportada em 2011 permitiu o aumento da receita. "Com esse resultado, as exportações voltaram para o patamar de 2008", comentou o presidente da Abiec, Antônio Camardelli. UE - Importante cliente do Brasil, principalmente no caso dos cortes nobres de carne bovina, a União Europeia (UE) reduziu em 10% os volumes comprados no mercado brasileiro. Foram 109,5 mil toneladas ano passado ante 121,7 mil toneladas em 2010. Já a receita ficou em US$ 836,3 milhões, alta de 21,82%. Para Camardelli, a razão para os volumes menores é a oferta reduzida de animais para abate, já que apenas 2 mil propriedades estão habilitadas a fornecer bovinos para venda ao bloco (cerca de 4,3 milhões de cabeças). Em 2008, quando entraram em vigor as exigências da UE, havia 26 mil propriedades aprovadas (cerca de 26 milhões de cabeças de gado). A crise na UE também influenciou a queda das vendas, segundo o dirigente. "Provavelmente, você não irá encontrar filé mignon em qualquer lugar na Europa hoje", comentou.

Rússia - As vendas para o maior cliente do Brasil, a Rússia, caíram 19,45% em 2011, para 237,5 mil toneladas. Apesar do preço médio ter avançado, ainda assim houve queda na receita, que saiu de US$ 1,071 bilhão em 2010 para 1,060 bilhão em 2011. O embargo russo a estabelecimentos exportadores de carne do Brasil explica a queda nas vendas, mas a expectativa da Abiec é retomar os volumes em 2012 com a reabilitação de unidades exportadoras. EUA - O Brasil enfrentou um revés também no mercado americano, para onde vende carne bovina industrializada. Os volumes embarcados aos EUA caíram ano passado, ainda reflexo do episódio do vermífugo ivermectina ocorrido em maio de 2010, quando os EUA detectaram resíduos acima do permitido do vermífugo em carne do Brasil. Mesmo com a reabertura, os volumes continuaram caindo ano passado. Foram apenas 13 mil toneladas, 6,72% menos que em 2010. A receita cresceu 112%, para US$ 166,5 milhões, por conta da disparada do preço médio da carne industrializada. "O preço subiu por causa do alto custo para atender as exigências [dos americanos]", disse Camardelli. A necessidade de fazer vários testes durante o processo para verificar se há resíduo eleva os custos do setor e o Brasil perde competitividade, explicou. Chile - Mas nem tudo foi queda. As vendas ao Chile subiram, especialmente a partir de outubro, depois do surgimento do foco de aftosa no Paraguai. O país, que exportava carne ao mercado chileno, sus-pendeu as vendas e abriu espaço para o Brasil. O resultado foi um embarque de 35,5 mil toneladas, alta de 66% sobre 2010. A receita com as vendas cresceram 102,8%, para US$ 208,9 milhões ano passado.

Cenário para 2012 A previsão de crescimento das exportações de carne bovina para este ano – de 10% nos volumes e de 20% na receita – se baseia na perspectiva de recuperação das vendas para os principais mercados do Brasil, como a Rússia, que deve habilitar mais frigoríficos. Para a União Europeia, a Abiec também prevê aumento nos embarques, após a decisão da DGSanco, a Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia, de reduzir a burocracia no processo de aprovação de fazendas para o fornecimento de animais. O órgão da UE aceitou que o Brasil cuide da gestão da lista de fazendas aptas a exportar e da publicação dela. Até agora, isso ficava a cargo da UE. Os exportadores esperam, ainda, que a recente normativa do Ministério da Agricultura que proíbe criadores de gado de aplicar nos animais medicamentos antiparasitários com princípios ativos da classe das avermectinas, com período de carência superior a 28 dias, contribua para que o Brasil possa recuperar vendas aos EUA. Valor Econômico, com edição da RF. 06 22


Para especialistas, Brasil pode retomar terreno em exportação bovina O Brasil pode ser favorecido no mercado externo de carne bovina em 2012, ante a expectativa de boa demanda global e aumento da disponibilidade local de animais para abate, recuperando participação depois de um ano de acirrada disputa com seus principais concorrentes – os Estados Unidos e a Austrália –, avaliam especialistas do setor. A previsão somente não irá se cumprir em caso de agravamento da crise na Europa, por seu impacto direto na demanda, observa o diretor executivo da Bigma Consultoria, Maurício Nogueira. "O Brasil recupera volume este ano. A expectativa é recuperar mercado em 2012. a Europa já flexibilizou", disse, em referência à decisão do bloco europeu de transferir para o Brasil a listagem das fazendas habilitadas a exportar à UE. Neste cenário, Nogueira conta que o Brasil cresce absorvendo fatia de outros países, com mais dificuldades para elevar a oferta de carne no curto prazo. E cita o caso dos Estados Unidos, cujo rebanho atingiu o menor nível em décadas, depois de elevar fortemente o abate, inclusive de matrizes, nos últimos anos. Este aumento expressivo no abate norte-americano, em meio à crise que afetou a demanda interna, implicou aumento das exportações em 2011, levando o Brasil a perder participação no mercado global de carne bovina. Limites - "O mercado mundial deve estar demandante, e o Brasil poderá suprir parte desta demanda, mas existe um limite", disse o analista do setor para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wander Sousa. Ele pondera que o país ainda não tem plena oferta de animais, porque ainda sente os efeitos do abate de matrizes entre 2006 e 2007. Em 2010 e 2011, os preços da carne bovina no mercado interno permaneceram elevados por conta da baixa disponibilidade de animais prontos para o abate. O analista da Pasturas, Fernando Penteado, aponta outro fator limitante para o Brasil cobrir espaço eventualmente deixado pelos EUA: acesso a mercados. "O Brasil ainda atende principalmente a periferia do mercado mundial... são mercados que pagam menos", disse Penteado. O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, reconhece que o Brasil não tem acesso a dois importantes mercados dos EUA – Japão e Coreia do Sul –, que pagam melhor por cortes mais nobres. Ele explica que a indústria vem trabalhando para ter acesso a mais mercados, entre estes estão justamente os Estados Unidos, para onde a Abiec tem a expectativa de vender carne in natura. A negociação é parte do acordo firmado depois que o Brasil venceu o contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios dos EUA concedidos aos produtores de algodão. O processo deve entrar em consulta pública para receber eventuais sugestões de partes interessadas e só então definir regras de importação. Reuters, com edição da RF. 23


Pesquisa avalia cadeia produtiva do biodiesel feito do sebo bovino Integração vertical pode ser considerada a estrutura de governança mais apropriada para produção Uma pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba, aponta as variáveis que podem aumentar a eficiência da cadeia do biodiesel que usa sebo bovino como matéria-prima, indicando a integração vertical como regime de governança mais adequado para o setor. Realizado pelo economista Gabriel Levy, o trabalho mostra que a produção de biocombustível com sebo apresenta problemas na aquisição da matéria-prima, pela falta de coordenação na cadeia produtiva entre frigoríficos, graxarias e usinas de biodiesel. Na pesquisa, orientada pela professora Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia(LES) da Esalq, foi realizado um estudo multi-caso com oito usinas de biodiesel no Brasil que utilizam sebo bovino como matéria-prima. Para o pesquisador, o fato do País possuir o segundo maior rebanho bovino do mundo, aliado ao baixo preço da matéria-prima e ao alto aproveitamento desta na produção de biodiesel (até 93%), pode explicar o desenvolvimento dessa indústria no país. Levy afirma, também, que a utilização desta fonte de matéria-prima permite, de um lado, a expansão da produção sem a concorrência com a produção de alimentos e, de outro, pode ser uma forma ambientalmente melhor de destinação do resíduo. "O biocombustível revelou-se um possível destino para o sebo, além dos cosméticos, sabões e ração animal, e pode resultar na menor geração de danos

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ambientais, como contaminação de solos e lençóis subterrâneos no despejo do material no ambiente". De acordo com o economista, a integração vertical pode ser considerada a estrutura de governança mais apropriada para a produção de biodiesel a partir de sebo bovino, dada a falta de padronização existente. Levy explica que o sebo é um ativo com especificidades técnicas e físicas, o que atesta tanto a necessidade de criação de normas técnicas para a padronização da matéria-prima, como também a extensão do selo social ou criação de certificação ambiental para o sebo bovino a fim de melhorar a coordenação entre os agentes das transações por meio de políticas públicas. Produção - A implantação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), em 2005, estimulou a produção de oleaginosas a partir da agricultura familiar e a negociação do biodiesel por leilões, impulsionando o desenvolvimento da indústria de biodiesel no país. Hoje, cerca de 80% da produção brasileira provem do uso do óleo de soja e de 9 a 15% advêm do uso de sebo bovino. A participação do sebo em 2009 foi quase seis vezes superior à soma do uso da mamona e da palma. Porém, a gordura bovina ainda é pouco associada à produção de biodiesel, seja pela incipiência de um mercado organizado para o sebo ou pelas poucas informações acerca das transações entre fornecedores e as plantas produtoras de biodiesel. Esalq, com edição da RF.


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Pró Ovinos dissemina técnicas de criação em Mato Grosso do Sul Objetivo do programa é incentivar a produtividade do setor como atividade sustentável O crescente mercado em expansão no Brasil e exterior, a relação custo-benefício, a qualidade da carne e, principalmente, a aptidão natural do clima e solo, tornam-se responsáveis pelo crescimento e interesse dos produtores em Mato Grosso do Sul (MS) pela ovinocultura. Sendo assim, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS cria em 2012, o Programa Pró Ovinos, com objetivo de incentivar a produtividade do setor como atividade sustentável. Atualmente, o Estado possui o 8º maior rebanho ovino brasileiro, com cerca de 700 mil cabeças, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Temos qualidade, mão de obra e oportunidades de trabalho. Precisamos orientar os produtores e interessados para que aproveitem o momento e as ferramentas que possuímos”, explica o superintendente do Senar/MS, Clodoaldo Martins. Gestora do Programa Pró-Ovinos, Mariana Gilberti Urt, que também é uma das palestrantes, explica que é preciso que o produtor se organize, que aprenda a preparar um calendário de ações para conseguir

maior rentabilidade. “Nos seis municípios que iremos percorrer, irei ensinar como preparar o calendário do ovinocultor. Com ele, é possível negociar melhores preços, comprar insumos mais baratos, enfim, fazer uma boa gestão”, afirma Mariana. “Queremos expandir o mercado, levar informação aos produtores e mostrar que é possível fazer uma boa gestão. O mais importante também é conscientizá-los de que não é preciso abrir mão do gado, ele pode ser desenvolvido de forma integrada com a agricultura ou a pecuária. Uma oportunidade para quem busca incrementar a renda no campo”, completa Martins. O Programa - O Pró Ovinos é realizado pelo Senar/MS e Famasul em parceria com sindicatos rurais do Estado, Banco do Brasil e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Embrapa CNPGC, e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur). Senar/MS, com edição da RF.

Marfrig vai reforçar parceria com produtores de ovinos do RS A ovinocultura brasileira apresenta grandes possibilidades de expansão. Prova disso está nos crescentes ganhos financeiros e de qualidade, bem como na gradativa percepção favorável do consumidor. Tradicional produtor de ovinos brasileiro, o Rio Grande do Sul já experimenta recolocação de plantel e adoção de novas genéticas para gerar produtos de maior valor agregado. "O aumento da demanda e a maior exigência do consumidor quanto à qualidade da carne são determinantes para o investimento da companhia na criação de ovinos diferenciados, oferecendo um produto com qualidade superior ao varejo e ao setor food service", conta o gerente de Fomento Ovino da Marfrig, Guilherme Tessaro. Ele apontou para a questão da sazonalidade da oferta, que é maior no verão e escassa no decorrer do ano. "Queremos trabalhar junto ao produtor mostrando que o aumento da oferta de cordeiro poderá ser absorvido, pois nossas plantas operarão o ano todo, por isso nossa proposta de parceria" afirma. Os produtores instalados próximos à unidade da Marfrig de Alegrete poderão aumentar a oferta de cordeiro na entressafra, usando o sistema de engorda por semiconfinamento. 06 26


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Exportações de carne suína aumentam quase 9% em volume Enquanto Hong Kong domina compras, China aparece pela primeira vez na lista de importadores As exportações brasileiras de carne suína aumentaram 8,47% em toneladas e 4,08% em valor, em janeiro, na comparação com igual período de 2011. O Brasil embarcou 37.756 toneladas e obteve uma receita de US$ 96, 82 milhões. Houve queda do preço médio de 4,05%. O ano começou com Hong Kong despontando como principal destino da carne suína brasileira – a ilha asiática absorveu quase 37% das exportações em janeiro. A Rússia despencou para o 6º destino, atrás da própria Hong Kong, Ucrânia, Argentina, Angola e Singapura. No fim do ano, iniciaram-se os embarques para a China, que comprou 52 toneladas. Pela primeira vez na lista de importadores brasileiros, o país é o principal produtor mundial, com 51,3 milhões de toneladas, na previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para 2012. É o 4º importador, com 560 mil t, e o 5º exportador, com 280 mil t. Os chineses se classificam em 6º lugar no quesito consumo per capita: 38,40 kg por pessoa/ano. Os principais destinos da carne suína brasileira, em janeiro, foram: Hong Kong, com uma participação de 36,83%, Ucrânia (13,61%), Argentina (11,32%),

Angola (8,61%) e Singapura (6,04%). Para a Rússia, o Brasil embarcou 2,15 mil toneladas em janeiro – queda de 85,46% em volume e 85,92% em valor, na comparação com janeiro de 2011. Em toneladas, o resultado é próximo da média do que o País vinha exportando nos últimos meses. Para a Ucrânia, as vendas brasileiras de carne suína subiram bastante – 473,43% em volume e 419,25% em receita. Foram exportadas 5,14 mil t em relação a janeiro de 2011. Cresceram 99,05% os embarques para Hong Kong em toneladas e 122,48% em valor: 13,90 mil t e US$ 33,8 milhões. A Argentina importou 4,27 mil t em janeiro, um aumento de 18,62% na comparação com janeiro de 2011. Otimismo - Além da habilitação de sete frigoríficos nacionais pelos órgãos de defesa sanitária da China, que já iniciaram o embarque de carne para o gigante asiático, outra recente boa notícia que esparrama otimismo pelas granjas de suinocultura do Brasil, principalmente na região oeste de Santa Catarina, foi a abertura do mercado americano. Abipecs e Suino.com, com edição da RF.

Exportação mineira tem 122,3% de aumento em janeiro Em meio à retração econômica mundial, a carne suína de Minas Gerais alcançou vendas expressivas em janeiro. Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a receita das exportações mineiras foi de US$ 5,9 milhões, contra os US$ 2,7 milhões registrados no primeiro mês de 2011. “Houve, portanto, um aumento de 122,3% nas vendas efetuadas por Minas, enquanto o valor das exportações brasileiras do produto tiveram crescimento de 3,85%”, informa o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez. Conforme argumenta, os negócios foram beneficiados pelo aumento dos embarques. “O volume de carne suína colocado por Minas no mercado mundial alcançou 2,5 mil toneladas, um crescimento 154,3% em relação ao registrado em janeiro de 2011”. O aumento de vendas para os países que lideram as compras de carne suína procedente de Minas Gerais foi de fundamental importância. Hong Kong, que encabeça a relação, respondeu no primeiro mês deste ano por 56,6% das aquisições, contra 45,2% registradas em todo o ano de 2011. A Albânia passou a responder por 23,5% na comparação com os 13% do ano passado. O grupo dos principais compradores da carne suína de Minas no primeiro mês do ano também contou com Cingapura, Ucrânia e Angola. Para Albanez, as primeiras vendas de carne suína do Brasil efetuadas para a China em janeiro (52 toneladas) sinalizam para possíveis boas negociações do produto mineiro no futuro, pois aquele mercado é o que apresenta o maior consumo do produto. “O setor poderá se beneficiar dos resultados das conversações realizadas no ano passado entre os governos brasileiro e chinês com o objetivo de colocar as carnes do Brasil na China”, assinala. “Será um importante passo para o fortalecimento da produção de carne suína, pois com a exportação haverá um ajustamento da oferta do produto no mercado interno e uma das consequências será a melhoria da remuneração dos produtores.” SAA/MG, com edição da RF.

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Indústrias suspendem exportação de carne suína para Argentina Novas regras de importação trazem instabilidade e podem acabar de vez com o Mercosul As novas medidas impostas pela Argentina à importação de bens de consumo começam a ganhar peso no mercado exportador brasileiro. A barreira aos produtos agropecuários que entraram em vigor no dia 1º de fevereiro preocupam as indústrias de carne suína. A partir de agora, os importadores precisam fazer uma declaração jurada de importação com a quantidade e a necessidade do produto. Depois, é necessário emitir o registro de origem de importação. Os exportadores ainda estão avaliando o tempo de embarque de produtos, mas a prévia é de que o processo, que levava cerca de três dias, aumente para 20 dias. Para o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips-RS), Rogério Kerber, a medida vai criar novas barreiras para a exportação. "Evidentemente que esta nova declaração jurada de importação é mais uma medida restritiva para criar alguma dificuldade, que já existia anteriormente, e agora se acresce de mais esta". O Rio Grande do Sul responde por 45% do total das exportações de carne suína para o país vizinho, que em 2011 atingiu as 3,4 mil toneladas, com faturamento médio de US$ 10,7 milhões. Cautela ou retaliação? - Presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto

anunciou no final de janeiro que as vendas de carne suína à Argentina foram suspensas. Segundo explicou, as empresas brasileiras preferem suspender os embarques como medida de cautela, para não corrererem o risco de ter as cargas barradas na fronteira pelo fisco argentino. A ação sinaliza uma retaliação ao país parceiro, segundo avaliou o professor de comércio exterior da Fundação Getulio Vargas (FGV), Evaldo Alves. Quarto mercado importador de carne suína do Brasil, Alves disse que se a decisão dos exportadores brasileiros permanecer por um tempo maior do que o devido, a balança comercial não será impactada. "O Brasil ainda tem uma indústria mais forte e consolidada do que a Argentina, o que não deve impactar o nosso saldo comercial, pois temos mercados maiores que compram a nossa carne". "Além do mais, o mercado de carnes no Brasil é bem conceituado mundialmente, o que abre o caminho para que essa oferta seja direcionada a outros países, o que pode compensar o saldo da balança comercial", conplementou. Risco ao Mercosul - Na visão de Camargo Neto, a medida tomada pelo governo argentino poderá acabar de vez com o Mercosul, pois acaba com o livre comércio no bloco, afetando a entrada naquele mercado de muitos produtos brasileiros. Rural BR, Agência Estado e Brasil Econômico, com edição da RF.

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Brasil é 4º lugar no ranking de produção de carne suína mundial A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína divulgou em seu site o Ranking Mundial - 2011 referente ao comércio, produção e consumo de carne suína. O Brasil ocupa posição de destaque em dois ítens. Segundo a Abipecs, o País seguiu em 4º lugar no ranking de produção de carne suína mundial no ano passado. Além disso, o Brasil também é o 4º em exportações mundiais do produto. Veja o ranking completo abaixo, com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês): Principais produtores mundiais de carne suína: China – 49,5 milhões de toneladas União Europeia (27 países) – 22,53 milhões de t Estados Unidos – 10,27 milhões de t Brasil – 3,22 milhões de t Rússia – 1,96 milhão de t Principais importadores mundiais de carne suína: Japão – 1,21 milhão de t Rússia – 930 mil t México – 630 mil t China – 550 mil t Coreia do Sul – 625 mil t Estados Unidos – 379 mil t Principais exportadores mundiais de carne suína: Estados Unidos – 2,24 milhões de t União Europeia (27 países) – 2 milhões de t Canadá – 1,16 milhão de t Brasil – 582 mil t China – 260 mil t Principais por consumo per capita: Hong Kong – 66,5 kg Macau – 54 Kg Belarus – 46,5 Kg União Europeia – 40,2 Kg Montenegro – 39,3 KG China – 37,3 Kg Taiwan – 36.6 Kg Servia – 35,6 Kg Suinocultura Industrial, com edição da RF.

A carne suína manteve sua posição de mais produzida no mundo em 2011. Segundo o USDA, o posto é mantido desde 1979, quando a produção do produto superou a de carne de frango. Em 2011, a produção de carne suína foi de 101,1 milhões de toneladas equivalente carcaça. 06 30


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Embarques de couros movimentaram US$ 139,6 milhões em janeiro São Paulo retoma a liderança nacional das vendas externas, com 25,4% de participação As exportações brasileiras de couros e peles contabilizaram US$ 139,6 milhões em janeiro deste ano, embarcando 27,4 mil toneladas. A receita representa uma queda de 13% em relação a dezembro, e redução de 1% em comparação ao primeiro mês de 2011. O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SECEX/MDIC). Considerando-se a redução dos negócios fechados durante os últimos dois meses do ano passado, as exportações do início deste ano ainda deverão apresentar desempenho mais fraco. Ao longo do ano, entretanto, o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, aponta que o cenário deverá ser de recuperação. "Principalmente porque há relativa escassez de matéria-prima no mercado mundial. Dessa forma, há boas perspectivas de que os embarques cresçam de 5% a 10% em relação a 2011, movimentando perto de US$ 2,2 bilhões”, projeta. Outro fator que contribuirá para atingir esse patamar é a conquista de novos mercados com produtos acabados, de maior valor agregado, explica ele. Segundo dados do Relatório do CICB, o perfil das exportações brasileiras por tipo de couro no ano passado, nos produtos acabados, foi de 57%, em receita, e 42% em volume. Goerlich chama a atenção, contudo, para outros gargalos que continuam a impactar negativamente as exportações da indústria curtidora, a exemplo dos já conhecidos componentes do chamado Custo Brasil: a elevada carga tributária, as altas taxas de juros, a falta de linhas de crédito para capital de giro e a excessiva burocracia, dentre outros entraves.

O presidente do CICB lembra que o desempenho da indústria do couro vem – a despeito dos desafios e obstáculos enfrentados – aumentando a sua importância e sua contribuição econômica para a própria balança comercial brasileira, cuja participação representou 6,86% do saldo registrado em 2011. Um dos motores da economia brasileira, o couro também conferiu projeção internacional ao país a partir da realização do I Congresso Mundial do Couro, promovido pelo CICB no Rio de Janeiro, em novembro passado. Além da realização do congresso, a indústria nacional também vem se esforçando em consolidar a boa imagem do couro brasileiro no exterior graças à promoção do programa “Brazilian Leather”, conduzido em parceria da entidade com a Apex-Brasil, agência vinculada ao MDIC. Principais compradores - No primeiro mês do ano, os principais destinos do produto nacional foram a China e Hong Kong, com US$ 48,94 milhões, 35,1% de participação e decréscimo de 1% ante 2011; Itália (US$ 29,1 milhões, 20,8% de participação e elevação de 4%); e Estados Unidos, com US$ 17,36 milhões, (12,4% e queda de 11%). Outros importantes destinos das exportações brasileiras foram Tailândia (US$ 4,6 milhões, 3,3% e salto de 244%); Hungria (US$ 4 milhões, 2,9% e 166% de aumento); Taiwan (US$ 3,44 milhões, 2,5% e 7%) e México (US$ 3,26 milhões, 2,3% e di-minuição de 23%). Entre países que aumentaram as compras do couro nacional no período, figuram África do Sul (US$ 2,34 milhões, 1,7% e 48%) e Japão (US$ 2,32 milhões, 1,7% e 127%). Ranking de estados exportadores De acordo com balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros em janeiro deste ano, em relação a 2011, os principais exportadores foram São Paulo (que retomou a liderança nacional, US$ 35,42 milhões, 25,4% de participação), seguido do Rio Grande do Sul (US$ 24,62 milhões, 17,6% de participação), Paraná (US$ 21,53 milhões, 15,4%), Goiás (US$ 14,26 milhões, 10,2%) e Ceará (US$ 10,39 milhões, 7,4%). Os demais estados são Mato Grosso do Sul (US$ 7,9 milhões, 5,7%), Mato Grosso (US$ 7,25 mi, 5,2%), Minas Gerais (US$ 6,34 mi, 4,5%), Bahia (US$ 5,56 mi, 4%) e Santa Catarina (US$ 4,24 mi, 3%). CICB, com edição da RF.

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Por Danielle Michelazzo

ABATE HUMANITÁRIO Mais lucro e produtividade para a indústria, melhor qualidade para o consumidor

Foto: Ge aves

Qualidade da carne é influenciada pela forma com que animais são abatidos

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abate humanitário pode ser explicado como sendo o conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais de produção que serão abatidos, desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico. Com base neste conceito, bastante se discute se os termos “abate humanitário” e “bem-estar animal” refletem o que realmente querem dizer. Se não seriam, de certa forma, um contrassenso. Mas, muito além da substancialidade desse debate, o certo é que a ciência comprova que o manejo menos truculento dos animais reflete positivamente na qualidade do produto final que chega ao prato do consumidor. Con-sequentemente, mudanças na forma de manejo atendem aos interesses de toda a cadeia produtiva, pois melhoram a produção e agregam valor ao produto. Em outros termos, ao contrário do que muitos ainda acreditam, o chamado abate humanitário não implica em gastos para o pecuarista ou à indústria frigorífica, e sim em investimentos que obrigatoriamente se revertem em lucro, uma vez que a carne de animais abatidos dentro dos padrões de bemestar animal acaba sendo mais valorizada. E possuir um selo de “humanidade” na carne que produz significa ao produtor conquistar acesso a mercados mais exigentes, como o europeu. Sem falar no consumidor que, em tempos de sustentabilidade e compromisso ético e moral, aceita pagar um preço mais elevado por acreditar que está consumindo um produto diferenciado. 06 34

“Existe uma conscientização generalizada para se ter os melhores ajustes das condições de insensibilização mais próximas às práticas de bem-estar animal. O fato é que essas práticas resultam em uma melhor produtividade e qualidade nutricional do produto fornecido ao consumidor, bem como lucratividade da operação já no curto prazo”, explica o diretor Comercial da Geave – uma empresa GA Tecnologia, Luiz Storino Filho. Segundo ele, o correto manuseio dos animais, a adoção de procedimentos adequados, ajustes eficazes e controles periódicos são essenciais neste trabalho não só para garantir o retorno do investimento daqueles que adotam essas práticas, mas, também, para firmar o posicionamento competitivo em mercados cada vez mais disputados. “Fraturas e hematomas [nos animais] são muito comuns em linhas que não têm um controle fino dos seus parâmetros de insensibilização. Isso acarreta perdas diretas de produtividade do frigorífico que se acumulam a cada minuto de produção dentro da linha de abate”, afirma. Produto final Se por um lado é possível produzir carnes com muito mais qualidade, oferecer o menor sofrimento possível aos animais no momento da insensibilização e sangria é um passo muito importante – se não o principal – para esse feito. Isso porque quanto mais amedrontado e estressado estiver o animal no momento do abate, quanto mais ele sofre para


ser abatido, mais seu organismo libera toxinas na carne. “A carne pode apresentar características como DFD – Dark, Firm and Dry [dura, seca e escura] ou PSE – Pale, Soft and Exsudative [pálida, mole e exsudativa], além de toxinas que podem ser cancerígenas ao consumo. Nas indústrias, em produtos finais nestas condições pode-se notar a baixa qualidade da carne, acarretando, assim, menor participação de mercado”, aponta o gerente Técnico Comercial da Gil Equipamentos Industriais Ltda., Tulio Marcus de Oliveira. De acordo com o gestor, uma carne muito fibrosa e seca, por exemplo, é mais suscetível à ação do tempo e fica mais sensível aos controles de temperatura, tão importantes para a correta conservação dos alimentos e devida apresentação final. Ele lembra que outros fatores ainda afetam a validade do produto na prateleira depois de acabado e embalado, entre o frigorífico e os pontos de distribuição. Nesse sentido, o diretor da Geave, Luiz Storino Filho, afirma que sabor e textura também sofrem com falhas no processo de abate. “Quem realmente perde é o frigorífico, que fica com sua marca atrelada a experiências ruins junto ao consumidor final, que é quem escolhe na gôndola do supermercado a marca do produto que leva para casa”.

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A importância e a tendência dos equipamentos é assegurar ainda mais o bem-estar animal, de acordo com um conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria”. Túlio Marcus de Oliveira, gerente da GIL

Equipamentos e métodos Com base no fato que a qualidade da carne é influenciada pela forma com que os animais são abatidos, Oliveira chama a atenção para um detalhe tão fundamental quanto o momento da insensibilização em si: os equipamentos e métodos que serão usados no abate. “A importância e a tendência dos equipamentos é assegurar ainda mais o bem-estar animal, de acordo com um conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria”. Ao utilizar o insensibilizador de maneira correta, ele conta que ocorre a imediata paralisação dos reflexos do animal, que são olhos vidrados e língua e mandíbulas relaxadas, assim como a respiração arrítmica. “Itens importantes para uma carne de boa qualidade, sem toxinas e apropriada para o consumo”, analisa. “Uma carne excessivamente exsudorada, que o consumidor final coloca na panela e se surpreende com a quantidade de água que surge e com o encolhimento seguido do enrijecimento da carne, é sinal de que há problemas de insensibilização que podem ser evitados com a correta configuração dos equipamentos”, complementa Storino Filho. Sobre os métodos de abates – mecânicos e elé-

tricos – para fazer o atordoamento de animais que estejam dentro dos padrões de bem-estar, tanto o dirigente da Gil quanto o diretor da Geave discorrem, de forma sucinta, sobre o procedimento nos respectivos ramos de atuação. Confira os depoimentos: GIL: "Há 35 anos no mercado efetuando pesquisas e trabalhando em função do abate humanitário, em meados de 1976 foi lançado no país o primeiro insensibilizador para bovinos de método concussivo (pancada, sem penetração) com sistema de disparo por detonação (festim), denominado TMO 100, o qual hoje em dia é utilizado por frigoríficos de grande porte na área de abate emergencial, por ser portátil e de fácil manuseio. Com a exigência dos frigoríficos, fomos trabalhando novas formas de abate conforme a legislação do Serviço de Inspeção Federal (Ofício Circ. SIPA/ SP 016/96 e Circular 028/98/DCI/DIPOA, que determinam o cumprimento da diretriz 93/119 da CEE, para um abate mais ágil e preciso. Foi então que começamos a instituir uma ação conjunta com os pesquisadores mais capacitados na área de abate animal, entre eles o professor da Unesp (USP - Botucatu/SP), Roberto de Oliveira 35 35


Roça, que nos ajudou a homologar o uso das pistolas pneumáticas MJO 1201E e MGO 1301E, de método percussivo, para abate de bovinos, equinos e bufalinos. Desde então, a GIL passou a desenvolver outros métodos para abate, como o Método por Eletronarcose (choque) para suínos e avestruzes denominado Insensibilizador HS 600. E, em conjunto com os pesquisadores Zilka Campos e Marcos Coutinho, dos órgãos Embrapa e Ibama, foi desenvolvido um insensibilizador de nome ZILKA para abate de animais silvestres e de pequeno porte, tais como jacaré, ovinos e caprinos. Hoje, o mais recente lançamento na área de insensibilização por método pneumático concussivo e percussivo sem injeção de ar é o modelo IPPON, para bovinos, equinos e bufalinos. Já o insensibilizador Umana para pequenos produtores de método percussivo sem injeção de ar com sistema de disparo por detonação (festim), está em teste e sendo divulgado pelos parceiros WSPA – Steps. Sobre os meios de fazer a sangria de bovinos que estejam dentro dos padrões de abate humanitário, em termos de eficiência, umas das vantagens prin-cipais do uso de insensibilizadores GIL é a de que o animal é abatido no primeiro disparo, o que dependendo da velocidade da nória utilizada o animal pode ser sangrado em tempo hábil (até 60 segundos), aumentando a temperatura corporal em até 3ºC, o que possibilita um escoamento rápido, profundo e completo do sangue, além de evitar características na carne como DFD ou PSE. Por quem manuseia, este é o processo mecânico que mais favorece o abate humanitário, pois desde que manuseado de forma correta consegue, por excelência, qualidade de carne vista nas prateleiras". GEAVES: "Para as aves, o método recomendado pelas organizações de proteção animal que norteiam as práticas de abate humanitário é por insensibilização eletrônica, seguido imediatamente pela sangria. Esse é o método mais comum nos abatedores bra-

sileiros, e é executado em diferentes escalas nos abatedouros de aves da América do Sul, Estados Unidos e México. As grandes unidades de processamento de operação de insensibilização são automatizadas para cobrir o alto fluxo de aves. Manualmente descarregadas de suas gaiolas e suspensas pelas pernas nos ganchos da nória em movimento, após ser concedido um tempo para acalmá-las, as aves são conduzidas a um banho de água onde a cabeça é submersa, completando um circuito elétrico e causando a insensibilização por eletronarcose. Funcionários treinados devem checar se todas as aves estão inconscientes e insensíveis quando elas saem da insensibilização. Há especial preocupação em limitar a corrente elétrica por ave dentro da cuba, o que garante uma insensibilização mais profunda e um sangramento mais homogêneo. No entanto, outros métodos poderão ser adotados, como a insensibilização por gás e as práticas de atmosfera controlada, mas, no Brasil, são raras as instalações que optam por essa prática que ainda depende de ter previamente aprovados os procedimentos pelo DIPOA, e que estejam em consonância com os dispositivos do art. 135 do RIISPOA, alterado pelo Decreto 2244, de 04.06.97. No mais, permite-se o abate sem prévia insensibilização apenas para atendimento de preceitos religiosos ou de requisitos de países importadores. Sobre os meios de fazer a sangria de aves que estejam dentro dos padrões de abate humanitário, a degola, onde se inicia a sangria, pode ser manual ou automática, dependendo da velocidade da linha e do ferramental do cliente. Os mais exigentes ainda utilizam soluções de pós-atordoamento dentro do túnel de sangria, seja para estimular uma sangria mais efetiva, ou facilitar a desossa automática com melhor rendimento das carcaças de peito e sobrecoxa, como alguns estudos nos EUA já demonstram, além da catalisação do processo de maturação da carne exigidos por alguns mercados. O tempo mínimo exigido para a sangria é de dois minutos". RF

GEAVES

Abate Halal: acompanhe na próxima edição uma entrevista exclusiva com o secretário-geral da Divisão Halal Do Centro Islâmico No Brasil - Alimentos Halal Brasil, Nasereddin Khazraji. 06 36


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Por Danielle Michelazzo

O poder das máquinas para selagem a vácuo

Produtos saudáveis e seguros por muito mais tempo

Foto:Sunnyvale

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arantir vida útil prolongada aos produtos cárneos. Esta é a principal função do processo de embalar a vácuo, entre tantas outras qualidades inerentes ao procedimento, pelo menos quando se fala em indústria frigorífica. É o que afirmam especialistas do setor de desenvolvimento de tecnologias em seladoras para embalar produtos a vácuo. “Todos os produtos alimentícios podem se beneficiar de serem embalados a vácuo, principamente os produtos frigoríficos, porque têm sua matéria-prima de origem animal. E carne fresca bovina, suína ou de aves, são alimentos extremamente perecíveis, pois têm alta atividade enzimática, grande atividade de água, micro-organismos e nutrientes oxidantes”, afirma o gerente comercial da Multivac do Brasil, Marcelo Gil. Engenheiro de alimentos, ele explica que o processo de embalar a vácuo, desde que observados os equipamentos e embalagens corretos – e, claro, respeitada a cadeia do frio –, possibilita com que os produtos se mantenham saudáveis e seguros por muito mais tempo. “Os alimentos embalados a vácuo têm um ganho de tempo de vida de prateleira que pode ultrapassar cinco vezes mais do que se fossem embalados com ar dentro. Com isso, os frigoríficos podem entregar seus produtos em locais mais distantes (exportação inclusive), com a segurança alimentar de um produto fresco por mais tempo, e com suas propriedades nutricionais válidas”, analisa. No mesmo sentido, o supervisor de vendas da Divisão de Embalagens da Sunnyvale, Rafael Franciscato, aponta que conservar os produtos perecíveis por um tempo maior, conservando as qualidades originais até o seu consumo, “facilita a logística da distribuição, conseguindo atingir mercados distantes sem prejudicar a conservação dos produtos”. “As indústrias percebem imediatamente que embalando a vácuo corretamente têm muito menos prejuízo com produtos estragados, que acabam tendo que ser retirados das prateleiras e, por fim, viram lixo”, complementa Gil. E se carnes in natura são beneficiadas pelo “poder” do vácuo, o engenheiro da Multivac ressalta que os produtos processados, curados e embutidos também ganham com o sistema. “Nestes casos, a embalagem a vácuo permite explorar diferentes processos produtivos e uso de ingredientes, cores e sabores que contenham menos sal ou conservantes, etc”. “Todos os produtos cárneos podem se beneficiar da embalagem a vácuo,


para o mercado interno e para exportação. Existem máquinas de bancada para pequenas produções, máquinas médias manuais para pequenas indústrias e máquinas automáticas, para grandes produções”, conta Franciscato.

sucesso das termoformadoras que, segundo ele, são equipamentos mais versáteis e de várias capacidades produtivas. “Diferente das seladoras de câmara, onde se usam sacos, e nas seladoras de bandejas, as termoformadoras a vácuo ‘criam’ suas embalagens a partir Tipos de seladoras de duas bobinas: uma fundo, que pode termoformar diferentes cavidades rígidas ou flexíveis, e uma A escolha do equipamento correto somado a uma bobina tampa, geralmente de plástico flexível e com embalagem criativa definirá as possibilidades de arte impressa do cliente”. venda de um produto no mercado, destacando-o dos Como consequência, ele conta que as termoforconcorrentes e, consequentemente, determinando o madoras permitem criar uma série de tamanhos de sucesso do produto. Em outros termos, a escolha da embalagens, nas chamadas cavidades de termoforseladora adequada é fundamental. “É o começo de magem, nos mais diferentes formatos: “redondas, todo o processo”, sintetiza Marcelo Gil. “São equiquadradas, rasas, fundas, com ou sem Atmosfera pamentos que atendem desde o pequeno empresáModificada, com apelos de abre fácil, resseláveis, rio, açougues e boutiques de carnes, até os grandes com gancheiras para gôndolas, com fundo e ou frigoríficos”. tampa rígida, com divisórias, entre outras várias “A máquina seladora a vácuo é que produz a possibilidades”. embalagem a vácuo para todos os produtos perecí“Resumindo, podemos afirmar que as termoveis. Ela tem uma bomba de vácuo que extrai mais de formadoras usam menos quantidade de plástico ou 99% do oxigênio da embalagem, embalagem para o produto, perem seguida sela o saco plástico mitindo a criação de formatos com segurança, deixando a emmais atrativos e funcionais ao Alimentos embalados a vácuo balagem hermeticamente fechaconsumidor. E, especificamente, têm um ganho de tempo de da”, detalha Franciscato. para cortes de carne fresca verApesar de existirem três tipos melha, as termoformadoras com vida de prateleira que pode básicos de máquinas para selaselagem perimetral, que selam ultrapassar cinco vezes mais do gem a vácuo – as seladoras de ao redor do produto, evitam o câmara, as seladoras de bandejas desprendimento excessivo de que se fossem embalados rígidas e as termoformadoras –, sangue, que acontece nos sacos com ar dentro.” o conceito de embalar a vácuo plásticos e é pouco atraente paMarcelo Gil, gerente comercial da Multivac no Brasil, na opinião de Gil, ainda ra o consumidor final”, analisa está muito associado a seladoras Marcelo Gil. de câmara e sacos plásticos. “Mais comuns no mercado brasileiro, as seladoras de câmara (bancada, gabinete ou dupla) limitam o produto a ser embalado e vendido apenas dentro de sacos. Já as seladoras a vácuo de bandejas préfabricadas retiram o ar da embalagem e, no lugar, inserem uma atmosfera modificada, comumente abreviada como ATM ou MAP (Modified Atmosphere)”, explica. “Nos modelos de câmara existem os modelos de bancada, depois os modelos de dupla câmara, até os modelos contínuos, de esteira motorizada, para alta produção, com entrada e saída automáticas das embalagens. Nas seladoras de bandejas também existem desde os modelos de bancada, para uma bandeja selada por vez, até os modelos contínuos, para 20, 40 e até 60 bandejas por minuto”, continua o engenheiro. Contudo, apesar de todas essas possibilidades, ele acredita que a tecnologia de termoformagem vai prevalecer. “Igualmente como no resto do mundo”, Fot o: Mu prevê Gil, antes de elucidar sobre sua crença no ltiv a

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“E para sorte da indústria, hoje existem também termoformadoras compactas, para frigoríficos que queiram melhorar a aparência e conservação dos seus produtos e economizar com custo de sacos plásticos e mão de obra”, pontua. Embalagens adequadas Após um produto ser embalado no equipamento correto – aquele que, segundo Gil, garante os mínimos residuais de oxigênio, umidade e estanqueidade dentro da embalagem (selagem) –, a embalagem correta passa a ser a segunda parte importante do processo de vácuo e conservação dos produtos. “Uma vez que o vácuo estende a vida útil do produto por muito mais tempo, uma embalagem que garanta sua proteção, ou seja, os corretos níveis de barreira ao oxigênio e a umidade do lado de fora da embalagem, torna-se vital para o sucesso do produto”. Indagado sobre o que torna as embalagens a vácuo aptas a estender a vida útil dos produtos, bem como o que as diferencia de outros tipos de embalagem, tais como os filmes plásticos de policloreto de vinila (PVC), o supervisor de vendas da Sunnyvale, por sua vez, falou sobre a função de barreira que o sistema proporciona.

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“As embalagens a vácuo são fabricadas com plásticos ‘barreiras’, que não permitem, após o produto embalado, que o oxigênio entre novamente em contato com o produto perecível; e desde que seja mantido sob refrigeração, este produto terá uma vida útil mais prolongada. Outros plásticos, como o PVC, não são barreiras e não devem ser utilizados para a conservação de produtos. Usa-se o PVC apenas para apresentar melhor o produto no ponto de venda e para um consumo rápido”, explica Franciscato. “O PVC esticável, junto com bandejas de EPS (isopor), é um exemplo comum de embalagem para o giro da carne fresca em no máximo dois dias, pois sua barreira é mínima e a troca de ar de fora para dentro é constante, fazendo a carne perder qualidade e a segurança alimentar muito rapidamente. Por isso dispomos de uma tecnologia de seladoras de bandejas ou termoformadoras, ambas com uso de Atmosfera Modificada, que pode elevar estes dois dias para até oito dias os cortes frescos (mantendo a cor vermelho vivo), ou em caso de vácuo até 90 dias, aumentando muito sua chance de venda e consumo, antes do vencimento”, finaliza Gil, da Multivac. RF



Famasul projeta indicador de custo de produção na pecuária Para subsidiar os pecuaristas com informações mais precisas de preço de custo e tendência de mercado, a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) está criando uma ferramenta de levantamento de dados da bovinocultura. Com variáveis como evolução de rebanho, abate e trânsito de animais desde 2007, o estudo vai facilitar um diagnóstico mais apurado do setor para indicar ao produtor rural benefícios de investimento na atividade ou na diversificação de produção. “Com uma análise mais detalhada, o produtor poderá fazer projeções e mesmo comparações com outras atividades. Isso vai facilitar sua visão de negócio para que ele decida como aumentar sua produtividade e lucratividade”, explica a economista e assessora técnica da Famasul, Adriana Mascarenhas. O sistema de indicadores deve ficar pronto até o final do ano. Até lá, a Famasul irá ouvir pecuaristas e entidades representativas na produção de gado. Para a Associação Sul-mato-grossense de Produtores de Novilho Precoce (ASPNP), a iniciativa vai complementar as ações de modernização que o Estado tem adotado na pecuária. “Ao longo dos últimos cinco anos, o produtor teve de se adaptar à tecnologia. Com a informatização do sistema de controle de trânsito animal e vacinação feito pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), por exemplo, sabemos da verdadeira quantidade de cabeças nas propriedades”, diz o presidente da entidade, Alexandre Scaff Raffi. Mas a maior contribuição do indicador para os pecuaristas está na avaliação real da rentabilidade da produção. “Com dados do que foi vendido, comprado e exportado, vamos ter um raio x da evolução da pecuária no Estado e entender a dinâmica do mercado. O produtor terá mais condições de avaliar qual retorno esta tendo e o que pode dispor para diversificar”, analisa Alexandre. Sobre a Famasul - A Famasul é uma das 27 entidades sindicais que integram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Tem atuação voltada para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representa os interesses dos produtores e dos sindicatos rurais do Estado. Mais informações sobre a entidade ou sobre o sistema de indicadores no site www.famasul. com.br. Famasul, com edição da RF. 06 44


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Brasil é 3º produtor mundial de alimentos, incluindo biocombustíveis Criação de gado de corte expandiu 39% nos últimos 11 anos e, para CNA, pode crescer ainda mais O agronegócio brasileiro foi tema de seminário no David Rockefeller Center for Latin American Studies, da Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos, no dia 10 de fevereiro. Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu afirmou para alunos e professores do Programa de Estudos Brasileiros da Harvard e do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), que o Brasil é a solução para garantir a alimentação mundial sem destruir o meio ambiente. De acordo com números divulgados no encontro, a agricultura brasileira cresceu 247,13%, nos últimos 35 anos, mas preservou 73,3 milhões de hectares de mata virgem. “Isso acontece graças ao investimento em tecnologia. O resultado foi o aumento de 151% da produtividade, enquanto a área do campo ocupada por atividades rurais cresceu apenas 31%”, afirmou a presidente da CNA. “O Brasil tem uma das maiores e mais sustentáveis produções agrícolas do planeta, mas a atividade neste setor ocupa apenas 27,7% do território brasileiro, sendo que 61% estão cobertos por vegetação nativa”, completou. Números impressionam - Os números da produção agrícola brasileira impressionam e classificam o País como o terceiro produtor mundial de alimentos, incluindo biocombustíveis. Em 2010, o Brasil liderou o mercado de produção e exportação de açúcar, café, suco de laranja e etanol. Só os Estados Unidos importaram US$ 3,1 bilhões em produtos agrícolas brasileiros, em 2010, um aumento de 16,3% em comparação a 2009. No entanto, a senadora Kátia Abreu acredita que a expansão da produção se dá devido ao crescimento do poder aquisitivo do brasileiro. “Hoje, 70% da nossa produção é para consumo interno”, comentou. Já a criação de gado de corte expandiu 39% nos últimos 11 anos, atingindo 11,4 milhões de toneladas no ano passado. “Ainda podemos aumentar esse número se investirmos em adubos para acelerar o tempo de crescimento do gado, que é criado em pasto livre”, disse. Atualmente, o agronegócio brasileiro responde por 22,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Somando US$ 467,9 bilhões para os cofres do País, é responsável por 36% dos empregos. O setor também responde por 37,9% das exportações, que rendem US$ 76,44 bilhões ao Brasil. “Esse sucesso nos permitiu superar a crise mundial que abalou os Estados Unidos e a Europa”, destacou. Segundo a senadora, o Brasil também expandiu 06 46

os seus parceiros comerciais. “O mercado de aves, por exemplo, concentrava as vendas para a Europa e, hoje, tem a China e os países do NAFTA como grandes consumidores”, citou. Incentivos - A presidente da CNA declarou no Painel que os números podem ser ainda melhores “se houver mais investimento em pesquisa, incentivo à adoção de novas tecnologias e, especialmente, a reforma do Código Florestal Brasileiro”. Para ela, a atualização do Código Florestal vai regular a atividade rural no País e oferecer garantias legais para quem investir no setor. “Os representantes dos produtores rurais, que são a maioria no Congresso e no Senado, concordaram em reduzir em 30% a área de cultivo para recuperar a mata. Somos o único país a abrir mão de desmatar para plantar”. Para a senadora, o acordo torna o investimento em tecnologia ainda mais urgente. “A demanda mundial exige que o Brasil produza 2,8 bilhões de toneladas até 2050. Nós vamos chegar lá, mas temos que continuar a traçar o caminho da tecnologia”. A sugestão vai ao encontro aos projetos lançados pelo governador de Massachusetts, Deval Patrick, no início do ano, que inclui um contrato de colaboração entre a Universidade de Massachusetts Amherst e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A senadora falou, ainda, sobre o Projeto Biomas, parceria entre a CNA e a Embrapa, que desenvolve técnicas para a produção rural sustentável a partir da intensificação do uso da árvore nas propriedades rurais. “Os pequenos produtores não podem investir em tecnologia e, por isso, desenvolvemos modelos de uso sustentável da área rural para que eles possam adotá-los”, descreveu. Mudança Climática - Kátia Abreu também se reuniu com o diretor do Harvard University Center for the Environment, o professor Daniel P. Sharag. Ele é assessor do Presidente Barack Obama e do ex-vicepresidente Al Gore, um dos maiores especialistas do mundo em mudança climática. Após o encontro, ela disse que o Brasil tem condições de produzir 400 milhões de toneladas de alimentos até 2050, contribuindo significativamente para o cumprimento da meta de produção mundial de 2,8 milhões de toneladas estimada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), para alimentar as cerca de 9 bilhões de pessoas que habitarão o planeta em 2050. CNA, com edição da RF.



Chr. Hansen lança nova cultura cárnea com ação anti Listeria reprime o desenvolvimento de bactérias indesejáveis", aponta Jensen.

Uma cultura versátil - O novo produto é uma cultura "multi-cepas" que combina características positivas das cepas individuais em relação à acidificação, cor e formação de sabor e, não menos importante, garante ainda um efeito documentado anti Listeria. “Além disso, a nossa cultura adiciona um toque final latino, que torna o salame irresistível e ainda reduz o risco de oxidação, garantindo que a cor permaneça estável durante a validade do produto”, explica John Jensen, Diretor de Marketing, Divisão de Culturas Cárneas. “A versatilidade dessa combinação única envolvendo dois tipos de Pediococcus, um Lactobacillus, Staphylococci e Debarymyces hansenii, a torna adequada para uma ampla faixa de temperatura – e também

Sobre a Chr. Hansen - A Chr. Hansen é uma empresa de biotecnologia que desenvolve soluções em ingredientes naturais para as indústrias de alimentos, nutrição, farmacêutica e agrícola. Todas as soluções são baseadas em sólida pesquisa, desenvolvimento e significativos investimentos em tecnologia. A empresa conta com 2.300 colaboradores em mais de 30 países, atuando nas divisões Culturas & Enzimas, Saúde & Nutrição e Corantes Naturais. Fundada em 1.874, é hoje uma empresa de capital aberto, listada na bolsa de valores de Copenhagen, NASDAQ OMX.

ToyStory deve superar a marca de dois milhões de doses vendidas Recordista mundial de vendas de sêmen, o reprodutor Holandês Jenny-Lou Mrshl ToyStory, em coleta na C.R.I., deve ultrapassar dois milhões de doses de sêmen comercializadas no primeiro semestre deste ano. Até o momento, nenhum touro tão jovem alcançou essa marca no mundo. Com apenas 10 anos de idade, Toystory já e o recordista mundial de venda. Números recentes, que acabaram de chegar dos Estados Unidos, da Cooperative Resources International, dão conta de que, até o mês passado, foram vendidas 1.863.862 de doses de sêmen de ToyStory, que é considerado o touro completo. Por ser um reprodutor de altíssima confiabilidade e modernidade, e que transmite suas características econômicas e funcionais aos seus descendentes, sua genética está espalhada em 16.825 rebanhos, com um total de 67.364 filhas avaliadas. “Suas filhas são produtivas, longevas e de excelentes características funcionais, o que comprova sua enorme capacidade de transmissão genética, para produção e em todas as pistas do mundo”, destaca o gerente de Produto Leite C.R.I. Genética Brasil, Henrique Rocha. 06 48

Foto: Divulgação

A partir de agora, os fabricantes de produtos cárneos têm um importante aliado no quesito segurança alimentar, quando da produção do autêntico salame italiano. Isso porque com as novas culturas de bioproteção da Chr. Hansen, é possível produzir o original salame tipo italiano e, ainda, manter um severo controle sobre segurança alimentar. A nova solução para essa realidade é Safepro® B-LC-007, uma cultura cárnea de bioproteção que garante: • Inibição do crescimento de Listeria e repressão máxima ao desenvolvimento da Salmonela; • Aroma típico italiano; • Rápido desenvolvimento de cor.

Sabor autêntico - Até agora, o sabor ácido proporcionado pela rápida queda do pH era um desafio bastante conhecido pelos produtores de salame do Norte Europeu. Contudo, a nova solução Safepro® B-LC-007, assim como inúmeras culturas starter da Chr. Hansen, proporcionará um produto com sabor suave e agradável em menos tempo. O segredo está no sabor ácido ser menos afetado pelo pH e velocidade de acidificação do que pelo ácido orgânico dominante.


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LabTec obtém o 2º melhor resultado do mundo em ensaio de proficiência O LabTec – laboratório especializado no segmento analítico – obteve o segundo melhor resultado do mundo em ensaio de proficiência organizado pelo FAPAS (órgão europeu considerado o maior provedor mundial de ensaios de proficiência). No final do ano passado, 54 laboratórios participaram do ensaio de proficiência organizado pelo FAPAS. Durante o ensaio, foram pesquisados resíduos de antiparasitários (Avermectina, Ivermectina, Moxidectina, Doramectina e Eprinomectina) em carne processada. Fundado há mais de 30 anos, o laboratório dispõe de equipamentos de alta tecnologia, tais como cromatógrafos à líquido, cromatógrafos à gás, espectrômetros de massas e infra-vermelho, entre outros. O LabTec realiza diversos tipos de análises, nas quais utiliza equipamentos de última geração, operados por pessoas qualificadas e com formação específica. Entre seus grandes diferenciais estão estudos de estabilidade de produtos e análise de resíduos de medicamentos em sangue, leite, ovos e tecidos de animais. Outros serviços importantes que o LabTec oferece ao mercado são: desenvolvimento de métodos; validações; controle de qualidade para medicamentos da área veterinária; análises de micotoxinas, ami-

noácidos, ácidos graxos, vitaminas, minerais, metais pesados e bromatogologia completa (proteína, gordura, fibra, umidade etc). Com equipe formada por corpo técnico composto por químicos, biólogos, farmacêuticos, bioquímicos e técnicos em alimentos e em química, o LabTec utiliza métodos de diversas fontes, como USP (United State Pharmacopeia), AOAC (Association of Analytical Chemists), AACC (American Association of Cerela Chemists) e AOCS (American Oil Chemist´s Society), além de desenvolver e validar novos métodos para serem aplicados em análises dos mais diversos tipos de materiais. Perfil - Pioneira no Brasil na terceirização de análises químicas para o setor veterinário, o LabTec emprega aproximadamente 70 funcionários, numa área de 2.000m². Um de seus diferenciais é o serviço especializado em Estudos de Estabilidade de Medicamentos e Análises de Resíduos de drogas veterinárias em matrizes animais. Atualmente, o LabTec atende em todo o Brasil e atua em diversos segmentos, sendo eles nutrição animal, veterinária, química, alimentos, açúcar e álcool, entre outros.

Jacarezinho insemina 12 mil fêmeas Nelore em 2012 A Agropecuária Jacarezinho está colocando em reprodução cerca de 16.500 matrizes Nelore, incluindo fêmeas do seu plantel e do programa de parceria com projetos pecuários de cria espalhados pelas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Desse total, serão inseminadas 12 mil fêmeas – quase 75% do rebanho de matrizes da empresa. Esse processo segue rígidos procedimentos de seleção, que procuram maximizar o ganho genético e produtivo dos animais da Jacarezinho. “Reconhecemos nossa responsabilidade de melhoramento constante, geração após geração. Assim, não medimos esforços para fazer um criterioso programa de acasalamento dirigido (PAD), acasalando machos e fêmeas cujas características se complementam, produzindo progênies que multiplicam o ganho econômico, com destaque para fertilidade, precocidade e conformação de carcaça”, explica o gerente de pecuária Luis Fernando Boveda. O trabalho inclui 25 touros Nelore em teste de progênie. São animais superiores, que estão em avaliação nos projetos pecuários parceiros da Conexão Delta G Norte. “Confiamos em nossa genética melhoradora, oferecendo aos clientes produtos eficientes sob todos os aspectos”, ressalta o gerente de pecuária da Jacarezinho. No procedimento, a empresa também utiliza touros de altos índices genéticos para repasse. E as progênies têm paternidade reconhecida por análise de DNA. “O pioneirismo da Jacarezinho na utilização das mais modernas tecnologias é uma garantia a mais aos pecuaristas. A compilação da massa de dados do nosso projeto de melhoramento, incluindo o uso de marcadores moleculares, está na base da DEP Genômica que, entre outros benefícios, proporciona maior acurácia no resultado dos indivíduos a partir da identificação de paternidade. É uma revolução em curso na pecuária”, diz. 06 50


Nutrimar inova no mercado de pescados e aposta na rastreabilidade Pioneira no Brasil com o cultivo do camarão orgânico, mais uma vez a Nutrimar sai na frente e acaba de conquistar o título de única empresa de Pescados no Brasil a possuir rastreabilidade em seus produtos. Desde 2009 a Nutrimar vinha investindo nesta tecnologia que, agora, virou realidade. “No Brasil a Nutrimar é a primeira e única empresa de pescados a oferecer esta garantia e já foram investidos R$ 180 mil no projeto. A ideia agora é vincular mais um selo de garantia aos produtos e gerar mais conforto ao consumidor, que poderá saber tudo sobre o que está comprando, além de trazer uma inovação ao mercado de pescados, ainda pouco desenvolvido no país” afirma o diretor comercial da Nutrimar Pescados, Fabrico Ribeiro.

"Com novas técnicas e maior controle sobre a produção, a Nutrimar Pescados deseja se tornar um parâmetro de qualidade para o mercado de pescados no Brasil", diz. A rastreabilidade permite traçar o caminho da aplicação, do uso e da localização de um produto individualmente ou de um conjunto de produtos, por meio da impressão de números de identificação. Originalmente, muito utilizada pelo setor de logística, a rastreabilidade era adotada para verificar em que local da cadeia produtiva o produto estava. Porém, é como uma ferramenta de controle de qualidade que a rastreabilidade ficou conhecida, pois por meio dela é possível obter diversos dados sobre o produto, tais como produção, qualidade e rendimento.

Registrador de temperatura e umidade Datalogger ITLOG 75 O Registrador de Temperatura - Datalogger ITLOG 75 é ideal para monitoramento de temperatura e umidade no transporte de alimentos, peças museulógicas, em caminhões frigoríficos e empresas farmacêuticas, entre outros. Entre suas vantagens encontrase o armazenamento de dados em intervalos de 1 segundo à 2 horas, podendo ser descarregados em qualquer computador; a seleção de modo non-sleep, que não apaga a programação anterior mesmo após se descarregar os dados medidos; memória nãovolátil para até 16000 registros (os dados armazenados não serão perdidos caso a bateria acabe) e bateria recarregável.

Rubbermaid® Commercial lança carro utilitário com 3 prateleiras Xtra®: durabilidade e alta capacidade A Rubbermaid® Commercial já está oferecendo aos clientes brasileiros o carro utilitário com 3 prateleiras Xtra®, agora fabricado no Brasil. Versátil, o produto é indicado para uso em restaurantes, buffets e escritórios, pois facilita o transporte dos mais diversos objetos. Composto por colunas de alumínio e prateleiras plásticas projetadas para alta durabilidade, com boa aparência e o máximo de eficiência no uso do espaço, é capaz de acomodar grande variedade de equipamentos e materiais. Sua estrutura não enferruja, não amassa e não risca, e ainda conta com rodas giratórias que não deixam marcas. Disponível nas cores cinza, preto e branco, o carro utilitário com 3 prateleiras Xtra® suporta até 136 kg de carga e permite customização com diferentes acessórios. Sua dimensão é de 103,2 x 50,8 x96 cm e o peso da caixa é 19,7 Kg. Os acessórios que acompanham o produto são: cesto rígido lateral de 15L ou 30L; kit de painéis laterais e de fundo; e kit de portas. A Rubbermaid® Commercial é uma das mais importantes marcas de produtos para limpeza institucional e transporte de materiais do mundo. Com mais de 40 anos de mercado, está presente em dezenas de países e destaca-se pela engenharia no desenvolvimento dos seus produtos, que oferecem maior produtividade para as empresas, além de conforto e segurança aos usuários. 51


Lavadora de alta pressão J4800 é destaque no agronegócio Destaque da JactoClean na 14ª Itaipu Rural Show, feira realizada entre os dias 25 e 28 de janeiro na cidade de Pinhalzinho (SC), a lavadora de alta pressão J4800 foi desenvolvida para limpeza e desengraxe de máquinas e equipamentos industriais e agrícolas e de veículo em geral, remoção de sujeira de estruturas metálicas, limpeza em geral de áreas de agricultura e pecuária, entre outras aplicações, que exijam jato de água de média pressão. Leve, com design compacto e robusto, a lavadora J4800 é indicada para uso profissional e limpeza de equipamentos utilizados em diferentes culturas, tais como colheitadeiras e tratores. Seu esguicho com paleta de aço inox oferece excelente qualidade na limpeza de currais, ordenhadeiras, equipamentos em geral, veículos e motocicletas, beneficiando diretamente as propriedades rurais. Com vazão máxima de 17 litros por minuto ou 1020 litros por hora, o produto é fornecido nas versões 220 V monofásico e 220/380 V trifásico e conta com motor elétrico de indução de 3cv ou 4cv de potência e protetor térmico contra variações de corrente elétrica. O bico de alta pressão possui jato regulável: concentrado, para a remoção da sujeira mais difícil; em forma de leque, que varre a superfície, completando a limpeza.

A lavadora profissional de média pressão da JactoClean – uma empresa do Grupo Jacto e referência nacional em equipamentos para serviços de limpeza – tem carrinho reforçado com estrutura tubular de alta qualidade, que garante durabilidade ao equipamento, proporcionando leveza e agilidade nas movimentações. Conta, ainda, com bomba com três pistões de cerâmica, que ampliam a resistência à abrasão e ao desgaste; sistema de virabrequim e bielas; além de cabeçote de alumínio injetado, que aumenta a durabilidade do produto. Possui medidor do nível de óleo da bomba externo, que permite fácil visualização. Eventos regionais - A Itaipu Rural Show não foi apenas mais uma oportunidade da empresa apresentar seu portfólio de produtos, mas também de fortalecer o contato com clientes da área agrícola, um setor de forte representatividade na economia nacional e de grande potencial de crescimento. “Atualmente, os eventos regionais são tão importantes como aqueles realizados nas capitais e regiões metropolitanas do País. E o setor agrícola se desenvolve justamente nas cidades interioranas, oferecendo muitas possibilidades de negócios”, afirma Antonio Luis Francisco, diretor da JactoClean.

Polycalha compra novos equipamentos e se destaca no setor

Apresentando um crescimento total de 35% em relação a 2010, a Polycalha cumpriu todos os seus objetivos para o ano que terminou e, por isso, considera 2011 um ano de sucesso para a empresa. Os investimentos na compra de novos equipamentos – incluindo uma das poucas máquinas de recorte CNC de Poliuretano Expandido do país – colocam a empresa na vanguarda de soluções em isolamento térmico. Essa atitude, somada ao constante desenvolvimento de novos produtos – como Poliuretano Reciclado, Poliuretano Ecológico e recor06 52

te de telhas e peças a partir de blocos inteiriços – diversificam o portfólio oferecido pela empresa. Segundo nota divulgada, todo o investimento realizado teve resultados rápidos que podem ser vistos no crescimento da carteira de clientes ativos: 38% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi acompanhado de uma ampliação de 75% no quadro de colaboradores para garantir a mesma qualidade e rapidez de atendimento, que são marcas da empresa. Embalada pelos ótimos resultados, a Polycalha projeta para 2012 um novo período de sucesso. De acordo com o gerente Administrativo da empresa, André Santos, a previsão para o ano de 2012 é de um crescimento total de 28% em relação ao ano de 2011.


Deltafrio completa 10 anos e recebe homenagem na ACI-NH

A empresa - Atualmente está instalada numa moderna planta fabril, com 3.000m² de área construída e 60.000 m² de área total. Sua estrutura conta com amplo espaço interno para treinamentos, refeitório próprio e sede social com excelente iluminação para prática de esporte durante a noite. Atua em dois segmentos distintos: fabricação de equipamentos de refrigeração (representa 75%) e fabricação de componentes metalúrgicos (representa 25%). Enquanto os equipamentos de refrigeração são comercializados para diversos distribuidores no

Brasil e no exterior, bem como são vendidos para fabricantes de máquinas e câmaras frias, o segmento de componentes metalúrgicos atende principalmente ao segmento automotivo. Projeções para 2012 - Além de dar início às obras de ampliação do parque fabril, a Deltafrio também irá implantar um novo software gerencial, muito mais moderno e completo, já no mês de março. O setor de P&D, por sua vez, está trabalhando continuamente para apresentar cada vez mais novidades ao mercado. Os próximos lançamentos deverão acontecer em máquinas para climatização de ambientes. Homenagem - Reconhecendo a importância que a empresa tem no seu contexto regional, a Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo (ACI-NH) prestou uma homenagem à Deltafrio, em almoço realizado dia 8 de dezembro, pela passagem de seus 10 anos. Di-retor geral da empresa, Marcelo Marx recebeu em nome de toda a equipe a homenagem, na sede da ACI-NH.

Foto: Fábio Winter

A Deltafrio completa uma década de atuação no segmento de equipamentos para refrigeração, aumentando a sua área de abrangência de mercado, profissionalizando cada vez mais a sua gestão, ampliando sua gama de produtos e expandindo suas vendas para o mercado internacional. Em comparação a 2010, a Deltafrio teve em 2011 um crescimento na ordem de 20%, tendo sido os evaporadores de ar forçado os equipamentos que mais contribuíram para tornar este crescimento possível. Também no ano passado, a grande novidade da empresa foi a inauguração do setor de P&D (Planejamento e Desenvolvimento), que conta com ampla estrutura para teste de protótipos, e que neste início de ano vem recebendo intenso reforço através de investimentos de aparelhos de medição e ensaios. Isso porque segundo o diretor geral da empresa, Marcelo Marx, a expectativa da Deltafrio para 2012 é continuar investindo tempo e dinheiro em P&D. “A Deltafrio aumentará, a cada ano, investimentos em novas tecnologias e novos produtos”. Ainda de acordo com Marx, ao completar 10 anos de mercado no último dia 26 de dezembro, o posicionamento estratégico da empresa foi redefinido, com o enfoque totalmente voltado para equipamentos de alto padrão de qualidade, “com características que os tornem diferentes, que os tornem únicos”. E por acreditar que uma empresa de sucesso precisa estar sempre se reinventando e oferecendo ao mercado o que há de melhor, de mais avançado tecnologicamente, e também antecipando tendências, o executivo conta que é com esta filosofia que a empresa está sendo direcionada para que os próximos anos sejam de ainda mais crescimento. “No ano em que completamos 10 anos, redefinimos nosso slogan para representar este novo momento da empresa. O slogan ‘Diferenças que antecipam o futuro’ visa indicar ao mercado e a toda a equipe interna que o foco está no novo, no diferente, no moderno”, conclui.

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Hobart do Brasil quer dobrar faturamento em três anos A Hobart do Brasil, multinacional norte-americana do Grupo ITW Food Equipment, acaba de nomear o executivo Luca Boselli como seu novo diretor geral. Boseli chega na empresa com a missão de duplicar o faturamento em três anos, promover o crescimento orgânico da companhia e manter as vendas crescendo em torno de 30% ao ano. “São metas ambiciosas, mas factíveis. Até 2016 o Brasil será palco de dois grandes eventos desportivos internacionais – a Copa do Mundo e as Olimpíadas – que já estão movimentando positivamente inúmeros segmentos do mercado, como o de Luca Boseli, novo diretor hotéis e restaurantes. Além disso, a melhora do poder aquisitivo geral da Hobart do Brasil da população, principalmente de classes C, D e E, é uma realidade que está impulsionando as vendas de vários setores, como de supermercados e padarias, que integram nossa carteira de clientes especiais”, explica. Reconhecida pela qualidade de seus equipamentos e especialista no desenvolvimento e fornecimento de soluções para higienização de louças, pré-preparo, cocção, refrigeração, açougue, fatiamento de frios, pesagem e empacotamento de alimentos, a Hobart do Brasil cresceu 35% nos últimos dois anos. Presente no mercado brasileiro desde a década de 30, possui forte atuação nos segmentos de Food Service e Food Retail. “O Grupo ITW reconhece o imenso potencial do Brasil e validou para o País um agressivo programa de investimento, que nos dará condições de cumprir as metas".

Novo site: ebm-papst apresenta novos projetos de comunicação Para comemorar os 14 anos de atuação no Brasil, a ebm-papst anuncia mudanças em sua comunicação por meio de investimento em novos projetos, ideias, informativo interno e site. “A ebm-papst continuará investindo na divulgação da marca e de seus produtos. Lançamos hoje o site novo no Brasil, após adaptações necessárias para que tivesse um formato similar ao do site alemão, trazendo mais notícias produzidas por nossa equipe de comunicação. O objetivo é que tenhamos um site com um modelo mais global”, avalia a diretora geral da ebm-papst, Adriana Belmiro da Silva. Com as mudanças, a página principal do site traz

os últimos lançamentos da empresa, notícias e press releases divulgados para a imprensa, com informações sobre os segmentos de mercados e linhas de produtos comercializados no Brasil. Para conferir as novidades – entre elas a seção FAQ, com respostas às perguntas mais frequentes recebidas pelo departamento de engenharia da ebmpapst –, basta acessar www.ebmpapst.com.br. Assim como o site, o ebm-papst informa (news mensal da empresa) também mudou, e passa a apresentar três seções com artigos sobre novidades no Brasil e no mundo, eventos, produtos, cases de sucesso e profissionais que fazem a diferença.

Heatcraft doa equipamentos para o Curso de Refrigeração SJRP Visando estimular a formação de mão de obra qualificada no interior do Estado de São Paulo, a Heatcraft doou um evaporador FBA com degelo a gás quente e uma Unidade Condensadora Flex 500 para o novo laboratório do curso de Refrigeração São José do Rio Preto, escola sem fins lucrativos que, desde 1996, forma técnicos em refrigeração. Os equipamentos doados pela Heatcraft serão instalados em uma câmara frigorífica doada pela São Rafael, que será utilizada nas aulas práticas dos alunos da escola. Segundo o professor e coordenador do curso, Diogo Martins, a instituição – que já formou mais de 300 alunos – ainda não tinha laboratório para a realização de aulas práticas, pois a escola não tem fins lucrativos e vive basicamente da contribuição dos alunos e de empresas de refrigeração. “Com a doação desses equipamentos poderemos atender melhor aos alunos e realizar a parte prática na própria escola. Antes precisávamos deslocar as turmas para supermercados e outras obras para fazer as demonstrações práticas”, conclui. 06 54


CICB elege seu novo Conselho Diretor para o biênio 2012/2014 O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) elegeu seu novo Conselho Diretor para o biênio 2012/2014, durante Assembléia Geral realizada durante a Couromoda em São Paulo, no dia 18 de janeiro 2012. Como novo presidente foi eleito Roberto Motta (JBS Couros), que sucede a Augusto Sampaio Coelho (Curtume Moderno). Já a Diretoria Executiva do CICB continua inalterada, tendo Wolfgang Goerlich como Presidente Executivo e Luiz Augusto Siqueira Bittencourt, como Diretor Executivo. A composição completa do novo Conselho Diretor está no quadro abaixo.

APCN também formaliza diretoria para o biênio 2012/2013 Outra entidade que realizou a formalização da sua diretoria para o biênio 2012/2013 foi a Associação Paulista dos Criadores de Nelore (APCN), em reunião que ocorreu na sede da entidade, em Bauru-SP. Evaldo Rino Ribeiro foi reeleito presidente da associação em chapa única, indicada pelos associados e, também, pela diretoria de outras entidades pecuárias que apóiam os trabalhos da APCN. Ribeiro destaca que, ao formar o novo quadro diretivo, preocupou-se em reunir nomes de representantes de diferentes regiões do Estado de São Paulo para poder assistir ao maior número de criadores e de novos associados, como aqueles localizados no Vale do Paraíba, em cidades como Taubaté, São José do Rio Preto e proximidades. “Contamos com um time bastante motivado e sólido que trará ideias muito produtivas para a próxima fase da associação, beneficiando os associados e a raça Nelore”, enfatiza Ribeiro. Alguns membros da nova diretoria executiva aproveitaram a ocasião da eleição para se reunir após a formalização da posse e adiantar as discussões de ações que a entidade desenvolverá na próxima etapa. Entre elas, está a organização de um leilão, cuja data ainda está sendo definida mas que,

provavelmente, ocorrerá no segundo semestre, e que será destinado para comercialização de animais apenas de associados ativos da APCN. As atenções dos diretores também serão voltadas para os pequenos e médios pecuaristas do Estado de São Paulo que precisam de apoio técnico em suas propriedades, mas que ainda não contam com a assistência da APCN. “Estamos preparados para acolher todos os perfis de Neloristas no Estado, desde os iniciantes e que precisam de orientações bá-sicas até mesmo àqueles que já desenvolveram seu nome no mercado e que também podem contribuir conosco para o fortalecimento da raça”, ressaltou Ribeiro. Eleitos - Os novos diretores executivos da APCN são: diretor presidente, Evaldo Ribeiro; diretor 1º vice-presidente, Paulo Roberto Oliveira Junior; diretor 2º vice-presidente, Rodrigo Pedrosa Sampaio Novais; diretor financeiro, Jayme Santos Miranda; diretor administrativo, Paulo Sérgio Meneses Garcia; diretor social, Lilian Bianchi; diretor de Marketing, Guilherme Mastrantonio Miranda; diretor técnico, Pedro Gustavo de Brito Novis; diretor Comercial, José Luis Sanches Boteon; e diretor Patrimonial, Claudinei Luiz Pereira. 55


XIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura terá novo formato O XIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura (XIII SBSA) terá novo horário nesta edição. Pela primeira vez, a programação científica vai começar na tarde de terça-feira, dia 17 de abril, às 13h30, e encerrar na manhã de quinta-feira, às 12h do dia 19. Consolidado pelo alto nível técnico das palestras, o evento deve reunir nesta edição mais de 2 mil participantes de toda a América Latina, entre médicos veterinários, zootecnistas, produtores, representantes da agroindústria, pesquisadores, empresários e as principais empresas de todos os elos da cadeia produtiva. O XIII SBSA vai acontecer no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). Inovação e tecnologia no XIII SBSA - Evento consagrado no calendário internacional de debates sobre sanidade e nutrição avícola, o SBSA tem mais de 10 anos de contribuição para a formação dos profissionais da região sul. Na programação desta edição, destaque para os debates sobre a qualidade de ingredientes e a importância da infraestrutura das fábricas de rações sobre o custo da produção avícola. No painel sobre sanidade serão apresentados os últimos avanços em qualidade intestinal e sua importância nos resultados produtivos e no controle de enfermidades das aves.

O futuro da produção animal com o uso da nanotecnologia, uma atualização que coloca os técnicos da Região Sul em contato com as mudanças e evoluções da avicultura mundial, também será debatido. “Este ano nossa programação vai abordar ainda o bem-estar das aves através de novas tecnologias em controle de ambientes e a utilização de novas ferramentas para o controle das principais enfermidades avícolas, com a presença de palestrantes brasileiros de renome internacional e, também, de pesquisadores internacionais. Vamos reforçar a qualidade profissional dos técnicos brasileiros”, destaca o presidente do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas de Chapecó (Nucleovet), que organiza o encontro, João Batista Lancini. Paralelo à programação técnica será realizada a IV Poutry Fair, uma feira de negócios e serviços que deve reunir os principais players da cadeia avícola em Chapecó durante três dias. Para este ano estão previstos lançamentos mundiais e novidades que prometem revolucionar a avicultura comercial. Os pacotes de inscrições já são comercializados com desconto para os patrocinadores e as principais empresas, brasileiras e multinacionais, já confirmaram participação. Mais informações no site www.nucleovet.com.br, ou (49) 3329-1640.

Brasil terá representantes na Foodex 2012, no Japão O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promove a primeira missão comercial de 2012 no próximo mês. Produtores, empresários e representantes do governo brasileiro participarão da 37ª Exposição Internacional de Alimentos e Bebidas Foodex Japão 2012, entre 6 e 9 de março, no Centro de Convenções Makuhari Messe, em Chiba, região metropolitana de Tóquio. A participação do Brasil na feira, que é um dos mais importantes eventos comerciais de alimentos e bebidas da região ÁsiaPacífico, conta com o apoio do Ministério de Relações Exteriores (MRE). A expectativa para esta edição do evento é receber mais de 80 mil visitantes e dois mil expositores de diversos países. O pavilhão brasileiro, com cerca de 360m², contará com a participação de mais de 40 empresas dos setores de carnes, café, cachaça, suco de frutas, vinho, mel, massas e biscoitos, chocolates, pescados, além de produtos da Amazônia. O evento é voltado para público especializado e

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atrai compradores do setor de alimentos do Japão e outros países asiáticos, incluindo varejistas, atacadistas, supermercados, importadores de bebidas, serviços de alimentação e outros. Em 2011, a feira teve a participação de 64 países em mais de dois mil estandes internacionais e recebeu aproximadamente 75 mil visitantes, entre eles, mais de 7,3 mil compradores internacionais de países como Coréia (47%), Taiwan (16%), China (13%), Tailândia, Hong Kong, Cingapura e outros países da costa asiática. “Além de excelente oportunidade para a realização de negócios, a participação em eventos internacionais como este é de grande importância para promover a imagem de nossos produtos e prospectar novos mercados”, destaca o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Marcelo Junqueira. Mais informações no site oficial da feira:www3. jma.or.jp/foodex/en/


Escola de Capacitação da Assocon Pelo terceiro ano consecutivo, a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) vai realizar uma série de cursos em sua Escola de Capacitação em Confinamento, com conteúdo técnico-profissionalizante atualizado sobre o manejo, a aplicação de vacinas e o uso de estratégias nutricionais, entre outras práticas que envolvem um sistema de confinamento. A primeira etapa foi realizada em Goiânia (GO), dos dias 13 a 17 deste mês. Em seguida segue para Jataí (GO), nos dias 27 de fevereiro a 02 de março. Em Barra do Garças (MT) o curso será de 26 a 30 de março; em Três Lagoas (MS) dos dias 16 a 20 de abril; e Paraíso do Tocantins (TO), dos dias 28 de maio 1º de junho. “Eu entendia muito pouco sobre pecuária intensiva porque sempre trabalhei mais na parte agrícola com planilhas de controle de lavouras. Fiz o curso e saí de lá sabendo muito mais sobre manejo, sanidade e nutrição animal, que tem a ver diretamente com a parte prática do manejo do gado”, revela Dirceu Aparecido Chenou, que há 39 anos trabalha na empresa Nova América Agropecuária, em Assis (SP). “Faltava para mim um maior conhecimento na parte prática do manejo dos animais na fazenda”, complementou Chenou, que participou do curso de Capacitação em Confinamento em maio de 2011, na etapa de Uberaba (MG), junto com outro amigo peão da fazenda Para o vice-presidente do Sindicato Rural de Barra do Garças, Eduardo Bueno de Queiroz Baroni, o curso de capacitação oferecido pela Assocon é um trabalho extraordinário de aprimoramento profissional ao pessoal que trabalha com pecuária extensiva. “O curso vem preencher uma lacuna importante no mérito da capacitação que é fazer com que o pecuarista atinja maior aproveitamento em termos de genética, alimentação e custos. São grandes confinamentos que ao terem essa incorporação de novos conhecimentos, em geral conseguem baratear significativamente custos na alimentação, por exemplo, que representa a maior fatia de despesas no confinamento, proporcionando, assim, uma substancial economia e melhores acertos na sua atividade”, argumenta. Ele reforça que, na atual conjuntura econômica, a informação e a inclusão de novas tecnologias e procedimentos são os diferenciais entre o lucro e o prejuízo no resultado para o confinador e indústria. “É fundamental essa capacitação para dispormos regularmente de colaboradores que agreguem conhecimento e qualidade no exercício do seu trabalho”. Inscrições - As inscrições já estão abertas pelo site da Assocon (www.assocon.com.br) e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail faleconosco@assocon.com.br, ou pelos telefones (62) 3432-0395/3432-0394 – Goiânia (GO). O valor das inscrições para não associados é de R$ 120, sendo que funcionários de confinamentos associados são isentos da taxa de inscrição.

Feira da Indústria Latino-Americana Feira da Indústria de Aves eLatino-Americana Suínos de Aves e Suínos

02, 03 e 04 de abril 02,Paulo 03 e 04 de| abril São | SP Brasil São Paulo SP20h | Brasil Das 12h| às Das 12h às 20h

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A codificação das embalagens e o controle de custos Há evidências de que o processo de identificação de produtos e suas embalagens é um poderoso recurso para controlar os custos de produção e a cadeia de abastecimento. Para as indústrias, a diminuição do lucro é uma ameaça constante que prejudica o investimento em novos produtos, fábricas ou mercados. Dado o mercado global, caracterizado pela constante movimentação de câmbio, a volatilidade dos preços dos ingredientes e matérias-primas, a instabilidade dos custos de energia e o crescimento urbano, as empresas devem redefinir a sua estratégia de custos, visando manter os lucros em tempos difíceis. Entre as medidas mais comuns que as empresas têm adotado estão: • ajustar o preço do produto, na certeza de que os consumidores tenham fidelidade à marca e ao produto; • aumentar a eficiência operacional, simplificando a estrutura organizacional e eliminando o desperdício; • reduzir os custos de embalagem, adotando práticas e tecnologias inovadoras que podem ser utilizadas por todas as fábricas da empresa; • melhorar a eficiência da cadeia de abastecimento, optando pelo "just in time" para reduzir tempo e custo de estoque; e • reforçar o investimento na marca para tirar partido de todas as mudanças no mercado e, ao mesmo tempo, proteger a marca e os produtos contra os recalls. Frente a este cenário, é possível que o processo de identificação de produtos possa ajudar a reduzir os custos de produção e distribuição? Perspectiva histórica sobre a codificação de produtos de consumo A necessidade de indicar a validade dos produtos, entre eles as carnes processadas, os mais exigidos, atende a uma legislação internacional que foi se disseminando aos poucos. Durante alguns anos, a necessidade de acrescentar validade do produto na sua embalagem foi visto, apenas, como um custo adicional de produção; no entanto, alguns riscos significativos que afetam determinados produtos, como a carne fresca, frutos do mar processados, outros alimentos e ingredientes e mesmo a água para beber, colocaram a rastreabilidade desses produtos no centro das atenções. Os varejistas passaram a ser mais vigilantes, exigindo maior precisão na codificação de produtos 06 58

e aplicação de multas ou penalidades a seus fornecedores, em caso de erro na marcação de datas. Assim, os fabricantes começaram a perceber que um processo eficaz de identificação e rastreabilidade do produto é também uma proteção da marca. A sofisticação atual da tecnologia de identificação do produto se reflete em índices mais elevados de desempenho e confiabilidade, permitindo aos fabricantes maximizar o investimento, integrando a codificação à linha de máquinas de embalagem de alta velocidade e alcançando velocidades sem precedentes. Esses processos ajudam as empresas com presença global a aumentar a produtividade de suas principais fábricas e ultrapassar fronteiras, promovendo as melhores práticas. Atualmente, o processo de identificação de produtos desempenha papel fundamental no controle de custos de produção, mão de obra, distribuição, energia, materiais de embalagem, estoque e recall do produto. Uma codificação (impressão dos dados nas embalagens) mal feita e etiquetas borradas só aumentam custos. Mas um sistema sólido e eficiente pode gerar economia em todas as áreas, por exemplo: • a tecnologia laser é ideal para linhas de produção de alta velocidade que operam 24 horas por dia. A utilização desta tecnologia é altamente confiável, com excelente performance, eliminando o uso de consumíveis e intervenções de manutenção; • um sistema automatizado de administração de codificação garante que cada embalagem ou pallet seja codificado corretamente. As informações são enviadas diretamente para a linha de produção, evitam o erro humano e reduzem os custos de mão de obra; • um sistema de codificação de caixas na linha de produção, contribui para a redução dos custos de caixas de papelão, eliminando o custo de etiquetas (é possível comprar caixas genéricas e imprimir as informações diretamente, em tempo real e em quantidades precisas); • a tecnologia de codificação que se adota para substituir os codificadores de baixo relevo ou hot stamp proporciona melhoras significativas, evitando paradas constantes da máquina, ocasionadas pela troca de tipos para cada turno e gerando controle de custos de manutenção. O investimento em capital de giro e obtenção de recursos são duas outras áreas onde a identificação de produto pode oferecer redução aos fabricantes. Parcerias com fornecedores confiáveis dão como resultado soluções distintas, mas efetivas, que redefinem a relação tradicional cliente-fornecedor.


Para tornar mais ágil o processo de compra é possível obter produtos e serviços em uma única transação, reduzindo os custos de compra e contribuindo para a implementação do projeto, de forma rápida e com maior consistência. Em um ambiente de incerteza econômica, oferecer uma solução total de identificação de produto, assumindo a total responsabilidade pela instalação e manutenção do equipamento de codificação, torna possível a melhoraria ou ampliação do processo de identificação de produto, a um custo mais accessível. A necessidade de capital considerável é eliminada e os custos futuros de codificação são completamente previsíveis. Cuidados básicos na identificação de produto Atualmente, a engenharia de embalagem tem desenvolvido uma vasta gama de tecnologias de codificação e etiquetagem. Laser, jato de tinta, transferência térmica ou Print & Apply, todos têm lugar de destaque no cumprimento dos requisitos de identificação de produtos, para uma grande variedade de tipos de embalagens. A quantidade de opções de codificação permite que os fabricantes tenham uma visão mais holística de sua codificação e etiquetagem.

Para melhorar as operações e o controle de custos, algumas considerações devem ser vistas: • flexibilidade do processo de codificação atual; • facilidade de expansão, reconfiguração ou atualização dos equipamentos para futuras necessidades de impressão, sem exigência de investimentos substanciais; • investimento para imprimir as etiquetas do produto ou da embalagem, e codificar em tempo real; • robustez e confiabilidade dos equipamentos de apoio à operações de produção 7dias na semana, 24 horas por dia; e • contribuição das tecnologias de codificação para simplificar o processo de compra e oferecer economias de escala nos custos de operação. A análise precisa é o primeiro passo no processo de redução de custos de produção e na cadeia de abastecimento. O tempo para selecionar um sistema de codificação e etiquetagem, conjugado com uma execução bem planejada, é uma poderosa ferramenta para controle de custos. Hoje é possível adaptar as soluções e tecnologias às necessidades mais especificas e contar com a solução em codificação sob medida é uma realidade. David Habib, gerente de Produto da Markem-Imaje América Latina

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*Por Fábio Lemos

ADAPTAR-SE ou MORRER Há muito tempo, eu uso este discurso sobre mudanças. Aliás, é fala obrigatória em minhas palestras e cursos. Ainda assim, após muitos anos, percebo que a ficha ainda não caiu para muitos que insistem em continuar fazendo as coisas como sempre fizeram e com esperança de obter resultados diferentes. Pior é constatar que a mudança só ocorre mesmo quando chegamos ao fundo do poço. Vejo casais se perderem ao longo dos anos e não notarem os evidentes sinais que surgem pedindo mudança, mas fecham seus olhos e, quando percebem, não há alternativa a não ser o rompimento. Então, vem o momento de suplicar por mais uma chance, uma nova oportunidade, mas, em regra, é tarde demais. Alguns aprendem a lição, outros partem para novos relacionamentos e cometem os mesmos erros, proclamando, mais tarde, indignação aos quatro cantos do mundo se sentindo vítimas injustiçadas do destino cruel e traiçoeiro. Assim como nos relacionamentos, o mesmo pode ocorrer em nossas vidas profissionais. Iniciamos em um trabalho com toda a motivação do mundo, nossa energia é capaz de nos fazer atravessar o deserto do Saara, mas esquecemos facilmente porque fomos contratados e não sabemos para onde foi aquela motivação toda. Tudo porque não prestamos atenção aos sinais da mudança. Todo início, seja lá do que for, um novo trabalho, uma viagem, um novo carro, um novo projeto, um novo relacionamento, possui uma motivação natural do começo e, como tudo na vida, se não receber a devida manutenção, vai embora como água pelo ralo. Quando contratam, as empresas estão na espera que todo o belo discurso realizado por você seja, em primeiro plano, verdade. Espera-se que você faça, aplique, dedique, gere resultados e lucro. Infelizmente, o que acontece com muitas pessoas é agir como cavalo paraguaio: no começo, uma loucura, um entusiasmo ímpar, uma motivação singular e, em pouco tempo, mais um na multidão. Nossa motivação muda drasticamente o que antes era a pura vontade de fazer acontecer. Dessa forma, passamos a esperar para ver o que vai acontecer, perdendo oportunidades sociais, pessoais e profissionais. Lembre-se: seu foco e sua energia devem estar focados o tempo todo. Pergunte-se sempre o que é necessário para viver e trabalhar motivado, como gerar melhores resultados, o que é preciso para valer cada centavo pelo qual é pago. Ou nos adaptamos às coisas ou morreremos no fracasso. E a adaptação deve começar pela mudança de nossos hábitos. Identifique, primeiramente, se você realmente deseja mudar, ou constate se a mudança já está em curso. Entenda que nosso foco deve ser e estar em como fazer mais e melhor, entrando para o time de vencedores, os imprescindíveis para a empresa e para o mercado. Fique tranquilo, pois existe uma saída e esta pode te levar a um caminho de excelentes resultados. Comece por querer fazer, perguntese sempre o que é preciso fazer para ser um profissional melhor, uma pessoa melhor, que cursos fazer, que livros ler, que hábitos mudar, como fazer para se relacionar melhor com as pessoas. Liberte-se do medo e da insegurança, mudar não tira pedaços. Ao contrário, não mudar pode lhe trazer consequências indesejáveis. Assuma suas responsabilidades, pois a hora é agora. Ou você muda ou o mercado te muda. Sucesso, hoje e sempre! 06 60


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Frustrações e Vendas Adoro vender. Adoro prospectar, mandar propostas. Adoro quando alguém me pede um orçamento. Adoro o relacionamento com o cliente. Vender é um grande barato! Não tem rotina. Eu me sinto vivo. Sinto correr o sangue nas veias. Mas vendas também é frustrante. Isso mesmo! Nós levamos muito mais "não, obrigado" do que um "sim, valeu!". Andamos de um lado para o outro, levamos chá de cadeira, às vezes imploramos para marcar uma visitinha, carregamos pastas e catálogos. É duro quando não acontece aquilo que esperávamos. O mundo real é assim, em vendas é assim. Você tem grandes chances de se sentir frustrado. Mas e daí? E daí que você precisa praticar algumas "regrinhas" para alcançar mais sucesso e menos frustrações. 1. Aprenda a lidar com o NÃO, OBRIGADO! Ouvir "não" é normal. E o NÃO pode ser um grande incentivador, pois quanto mais um NÃO eu recebo mais perto estou de um... SIM! Uma tática que uso até hoje é prospectar todos os dias e às vezes ligo com o propósito de levar um NÃO. Daí, como já sei que vou levar um NÃO mesmo eu faço todos os tipos de perguntas. Por que não contratar um treinamento agora! Porque o Senhor pensa que sua equipe não precisa disso nesse momento? Perguntas e mais perguntas. E vou aprendendo com as respostas. Moral da história: use o NÃO como um aprendizado e um incentivador para chegar mais perto de um SIM. 2. Dedicação e persistência. Vender é um ato de dedicação e persistência. Você precisa provar que

é um grande negócio. Que é um sujeito confiável. Haverá obstáculos e agradeça a Deus por eles, pois é assim que você vai amadurecer e crescer nessa profissão. Winston Churchill, um dos maiores estadistas britânicos, fez o discurso mais rápido e curto da história para motivar os ingleses na Segunda Guerra Mundial e na luta contra o nazismo. Eis o discurso: "Não desistam! Nunca, nunca, nunca!" 3. Autocontrole e autodisciplina. Não no sentido radical da coisa, mas sim em estabelecer uma rotina de trabalho e de planejamento (como vendedor detesta planejar, meu Deus!). Não sair dando tiro pra todo lado. Obedecer aquilo que você tratou, usar efetivamente o conhecimento que têm e, principalmente, autocomprometimento. Autocontrole e autodisciplina no sentido de ter empenho, ou melhor, muito empenho para atingir suas metas e realizar os seus sonhos. Pois é meu amigo vendedor, vendas não é uma arte. Não é questão de ser simpático, sorridente ou carismático. Vendas é uma ciência que tem pouco de exata e muito de humana. E eu, na qualidade de vendedor, só posso garantirlhe com toda a certeza do mundo que vender não é fácil, mas é apaixonante! Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos. Diretor da Clientar - Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de "Paixão por Vender" (Editora EKO), entre outros livros. Site: www.pauloaraujo.com.br. Twitter: @pauloaraujo07 - Informações sobre palestras ou treinamentos de Motivação, Talentos e Vendas pelo telefone (41) 3267 6761.

Seu líder é formal ou moral? Ficar em dúvida se o seu líder é formal ou moral é uma questão bastante comum, acontece praticamente todos os dias, em todas as empresas, basta haver uma equipe e um líder para que esse sentimento tramite entre os colaboradores. Isso ocorre porque as pessoas nem sempre têm os mesmos comportamentos. A cada situação nos deparamos com reações diferentes e, consequentemente, comportamentos diferentes. Daí basta não ter um líder preparado para que essa dúvida venha à tona. Ao pensarmos em qual seria a melhor resposta para essa pergunta, verificamos que a situação parece fácil de ser resolvida, porém, não é tão simples. Nem sempre constatamos comportamentos coerentes com cada forma de liderança, pois o dis06 62

curso dos líderes às vezes pode ser contraditório à prática de sua função. Para nos ajudar a identificar de maneira rápida e objetiva, trago algumas características de duas formas de liderança, a formal e a moral. Vamos interpretar alguns pontos da liderança formal. O líder formal: • Ainda manda pelo peso do crachá; • É permissivo com o meio, a fim de deixar a equipe insegura, entendendo que só desta maneira conseguirá manter seu lugar; • É centralizador, não confia em ninguém, inclusive nele mesmo, não dissemina informações nem conhecimento, imaginando assim ser o “detentor do poder”; • Não reconhece talentos, resultados, superação


das pessoas de sua equipe; • Não comemora os resultados; acha que os consegue sozinho. Então, podemos dizer que o líder formal ainda vive e gerencia pessoas como se fazia na era industrial, em que o trabalho era apenas simples tarefa, e os “subalternos” viviam com a percepção de monotonia, sentimento de insatisfação e extremamente resignados. Para esse tipo de líder a era do conhecimento é algo que vem para atrapalhar, para tirá-lo da sua “zona de conforto” e fazer com que seus subordinados tenham suas “cabeças viradas”. Em contrapartida, temos, e acredito que seja uma crescente daqui para frente, o surgimento, ou melhor, o desenvolvimento do líder moral. São despojados do medo de serem superados, possuem conceitos inovadores, atuais, e pensam no todo, não só na parte que lhe cabe. O líder moral tem diversas características que o torna alguém que deva ser seguido, visualizado e, por que não dizer, “copiado”. Vejamos as características que fazem do líder moral o gestor diferenciado entre os outros: • A sua competência no relacionamento interpessoal, com ênfase no respeito pelo próximo, pelos seus subordinados, pares e superiores, não fazendo distinção quando se trata de hierarquia; • Promove, em seu departamento, um clima cordial, de confiança e credibilidade, valorização e reconhecimento das pessoas, o que é um ponto crucial; • É um líder que incentiva, motiva e demonstra, por meio de seus comportamentos e valores, respeito a todos de forma incondicional, entendendo que nada é conquistado se não for com a participação de todos; • É fortemente focado em resultados, porém não fica “míope” em relação às pessoas que lidera; • É agregador (dos valores das pessoas e da empresa) e disseminador de conhecimentos – “Conhecimento parado é conhecimento morto”; • Seu poder de inteligência emocional é surpreendente, anseia por ajudar e desenvolver pessoas, resolver problemas de forma simples e com propriedade, sempre mantendo o equilíbrio em seus gestos, atitudes, palavras e comportamentos; • Tem mente aberta para os feedbacks e aperfeiçoamento constante, e ininterrupto. Enfim, poderia ficar horas escrevendo as boas características da liderança moral, mas não é o caso aqui. A ideia é refletir sobre a busca do entendimento dessas diferenças entre as formas de líderes (formais/morais), permitindo que nos tornemos um, ou identifiquemos com clareza e destreza qual a linha que nossas lideranças seguem, para que a pergunta que nos fazemos sempre seja sanada e deixe de povoar nossas mentes de uma vez por todas. Alexandre Giomo é consultor de Educação Corporativa da Leme

Consultoria, palestrante e facilitador de treinamentos em cursos abertos e in company. É graduado em Ciências Químicas com atribuições Tecnológicas, com MBA em Gestão de Pessoas e em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.

Dica de leitura As empresas são construídas com base na confiança. Ela proporciona a integração de bons produtos/serviços, bom atendimento e uma excelente ferramenta de comunicação e marketing que dissemina as novidades e apresenta o negócio da empresa, gerando compreensão mútua e contato perene. Cuidar da imagem da empresa é um trabalho interminável que demanda tempo, networking e investimento. Tudo isso aliado a uma constante pesquisa de mercado e promoções. Sobre o assunto, no livro Marketing e Comunicação em Tempo Real, David Meerman Scott – considerado um dos maiores especialistas e palestrantes em liderança, marketing e relações públicas do mundo – é enfático ao afirmar que a velocidade da comunicação é crucial no mundo competitivo, tanto para o relacionamento com o cliente quanto para gerar engajamento de mercado, criando produtos/serviços e transformando as informações em um trampolim para os negócios. A obra contém dicas e cases que exemplificam e explicam a importância de se reunir, interpretar e reagir às novas informações o mais rápido possível. O livro também pontua em seus capítulos cases onde empresas souberam responder a tempo e a contento às reclamações de consumidores, apresentando exemplos de como a tecnologia e o crescente fluxo de dados na internet e nas redes sociais precisam ser monitorados pelas corporações. Gerenciar bem todos os meios de comunicação é vital para preservar a boa imagem da empresa. Marketing e Comunicação em Tempo Real é uma excelente indicação, imprescindível para todos os gestores, líderes, administradores e presidentes de empresas que precisam compreender a importância da comunicação empresarial, jamais relegando-a a um segundo plano. Título: Marketing e Comunicação em Tempo Real Subtítulo: Cresça instantaneamente, crie novos produtos, conecte seus clientes e engaje o mercado Editora: Évora Autor: David Meerman Scott N. de páginas: 248 Edição: 1ª Preço médio: R$ 54,90 63


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