Revista Frigorífico Jul12

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A pecuária brasileira está esquecendo a castração à moda antiga que usava o... Como era mesmo? “Nos programas de qualidade nos quais atuo, exigimos que 100% dos animais sejam FDVWUDGRV 3RUWDQWR o ]HPRV XP WHVWH SDUD VDEHU VH SRGÕDPRV VXEVWLWXLU D FDVWUD£ÐR FLUàUJLFD SHOD FDVWUD£ÐR FRP %RSULYD $V DQËOLVHV LQLFLDLV VÐR PXLWR SRVLWLYDV HP UHOD£ÐR DR FRPSRUWDPHQWR GRV DQLPDLV DR DFDEDPHQWR GH FDUFD£DV H DR marmoreio da carne.” Roberto Barcellos &RS\ULJKW /DERUDWÁULRV 3o ]HU /WGD 7RGRV RV GLUHLWRV UHVHUYDGRV

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04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigoríficos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 Fispal Tecnologia 2012 34 CAPA: Sustentabilidade - Demanda por carne pode ser atendida de forma sustentável 38 Isolante térmico adequado e de qualidade garante rendimento e economia 40 Pisos e revestimentos: higiene e boa aparência dentro das plantas frigoríficas 43 TOP 2012 - Empresas de Isolamento Térmico 46 Centro de Pesquisas da Agroceres Multimix é ampliado em Minas Gerais 48 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigo Técnico) 60 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho

Índice

* Imagem da capa: RF

EDITORIAL

Danielle Michelazzo Editora de Jornalismo

SUSTENTABILIDADE TAMBÉM É "PALAVRA DE ORDEM" NA CADEIA DA CARNE Apesar de muitos se lembrarem da Eco 92 e da ainda mais recente Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada em junho deste ano, foi na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, capital da Suécia, que o conceito de sustentabilidade começou a ser delineado, no ano de 1972. Assim, foi em meio a uma época em que ainda se acreditava que o Planeta Terra era uma fonte inesgotável, que a primeira grande reunião internacional para discutir as atividades humanas em relação ao meio ambiente ocorreu. Do latim sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar e cuidar, mais recentemente, em razão da necessidade urgente do homem reverter um cenário de perigosa devastação ambiental, o conceito de sustentabilidade acabou por tornar-se um princípio, segundo o qual os recursos naturais devem ser usados visando satisfazer necessidades presentes sem, contudo, comprometer a satisfação das necessidades de gerações futuras. Apelo para uns, necessidade iminente para outros, o certo é que atuar em favor do meio ambiente se tornou palavra de ordem dentro de muitas corporações. E nesta edição, trazemos uma boa notícia em nossa matéria de capa: os setores que compõem a cadeia da carne já estão entrando nesta “onda verde”. Bom para o segmento, ótimo para os consumidores, melhor para o planeta!

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Senadores russos prometem vinda de nova missão para resolver embargo Para políticos, barreira se deu por divergência em relação a alguns requerimentos para exportação à Russia Os três senadores russos que estiveram no Brasil se comprometeram a levar as reivindicações brasileiras ao novo ministro da Agricultura da Rússia, Nikolai Fyodorov, para reverter o embargo às carnes brasileiras em breve. A comitiva esteve reunida com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, no dia 3 de julho, e também participou de reunião na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal. “Estamos cientes do problema, mas reforçamos que não existe nenhum motivo político nesse processo. Houve divergência em relação a alguns requerimentos para exportação ao nosso país e esperamos resolver esse problema com a vinda de uma missão ao Brasil”, declarou o senador Gennady Gorbunov. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Enio Marques, o Ministério ainda está aguardando a confirmação da data e dos locais a serem visitados pelos técnicos russos. O Brasil já realizou várias reuniões com as autoridades sanitárias daquele país na tentativa de definir critérios de equivalência entre as regras brasileiras e as da União

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Aduaneira. “Esperamos dar continuidade ao processo o mais rápido possível. Já enviamos os documentos para definir a equidade de procedimentos e estamos aguardando uma posição por parte deles”, explicou. A visita faz parte de uma tentativa de aproximar o relacionamento entre os dois países sobre temas do agronegócio. Os senadores russos reiteraram o interesse em desenvolver acordos de cooperação com instituições brasileiras. Conforme eles, a Rússia enfrenta déficit de carne bovina e o Brasil poderá ser um dos principais fornecedores desse produto para a Rússia no futuro. A suspensão temporária do comércio de carnes entre três estados brasileiros – Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso – e a Rússia completou um ano no dia 15 de junho. Nesse período, além de inúmeras reuniões e visitas técnicas para tentar desbloquear o entrave, o Brasil procurou abrir novos mercados para os seus produtos cárneos e, assim, evitar prejuízos para os produtores brasileiros. Houve avanços nas negociações com a China, Estados Unidos e Japão, entre outros países. Mapa, com edição da RF



Na França, presidente da CNA defende a prática de criação do boi verde "A agropecuária brasileira cresce, ao mesmo tempo em que respeita o meio ambiente", afirma Kátia “A agropecuária brasileira cresce, ao mesmo tempo em que respeita o meio ambiente”, disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, ao representar o Brasil na mesa-redonda de encerramento do Congresso Mundial da Carne realizado em Paris, na França. Ela afirmou que o Brasil tem uma das legislações ambientais "mais rigorosas do mundo". A senadora citou como exemplo as Áreas de Preservação Permanente (APPs), que fazem parte do novo Código Florestal, e obrigam os produtores a retirar-se das margens dos rios, para que essas áreas sejam reflorestadas. A presidente da CNA defendeu ainda as APPs, lembrando que, no Brasil, é reconhecida sua importância para preservação das fontes de água, o que levou à sua regulamentação em lei. Durante sua exposição, a senadora lembrou que o setor agropecuário brasileiro já vem se desenvolvendo de forma sustentável há décadas. "Se nós observarmos o período de 1940 até 2006, quando

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foi realizado o último Censo Agropecuário no Brasil, tivemos um aumento no rebanho em torno de 400%. No entanto, a superfície de pastagem cresceu apenas 80%", afirmou ela. "Em 2004, o governo brasileiro adotou o compromisso de diminuir o desmatamento em 80%. Ou seja, sair de 27 mil km2 de florestas desmatadas por ano, para 5,4 mil km2, em 2020. No final do ano passado, oito anos antes do prazo, nós já quase cumprimos esta meta, com uma área desmatada de 6,6 mil km2", explicou a senadora. A presidente da CNA também defendeu a prática de criação do boi verde, que deixa o gado pastar livremente, mas é apontada como causadora de malestar animal. "Eu quero lembrar a essas pessoas que esse boi não tem que andar quilômetros para se alimentar. A cada passo que o boi verde do Brasil dá, ele encontra comida. Ao contrário do boi confinado, que precisa comer oito quilos de grãos por dia, afetando a alimentação humana", declarou em seu discurso Kátia Abreu. CNA, com edição da RF


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Argentina libera carne suína brasileira, após meses de negociações Três primeiros dias de julho mostraram uma elevação de mais de 226% nas exportações do produto Mesmo com ressalvas, o governo avalia que o embargo argentino à carne suína brasileira está próximo do fim. Após meses de negociações – as últimas finalizadas no final de junho – os três primeiros dias de julho mostraram uma elevação de 226,1% nas exportações do produto na comparação com igual período de junho. Como o governo argentino liberou praticamente todas as Declarações Juradas Antecipadas de Importações (DJAI) em 29 de junho, com isso, os exportadores brasileiros embarcaram 143 mil toneladas do produto, que renderam US$ 498 mil. No entanto, para concluir o processo de exportação, os brasileiros precisam de uma segunda licença, o Registro de Operação de Importação (ROI), que se aplica apenas à carne suína. O governo avalia que muitos produtores já conseguiram a ROI e que a Argentina se comprometeu a liberar a "comercialização efetiva", entregando por fim todas as licenças. "O primeiro passo já mostra resultados. Uma parcela expressiva das empresas já têm registradas as liberações", explicou a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvi-

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mento, Tatiana Prazeres. Segundo ela, o período de análise é curto, mas a liberação "substantiva de licenças" em três dias seria um sinal claro de que os argentinos estão cumprindo o compromisso assumido. "Esse aumento de 226% das exportações é bastante expressivo", argumentou. Na avaliação do governo, a relação entre os dois países tem sido tumultuada, mas as perspectivas agora estão melhores. "Essa relação com a Argentina demanda um monitoramento muito constante. Não significa que não haverá problemas para o setor até o final do ano. Mas estamos convencidos de que o esforço do lado brasileiro deve ser permanente", alertou Tatiana. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto, avalia que o acordo só foi cumprido em partes. "O acordo era liberar as DJAI e as ROI, mas até agora, só as DJAI foram liberadas. Sem as ROI, o acordo não está sendo cumprido". Para o dirigente, é importante continuar monitorando as emissões das licenças, que são feitas de forma "aleatória". Valor Online, com edição da RF



Brasil deve voltar a ser maior exportador de carne bovina em 2012 Cenário interno também apresenta uma expectativa positiva, com aumento do consumo O câmbio – que melhora a competitividade do país – e as restrições enfrentadas por concorrentes para ampliar a oferta, levarão o Brasil de volta à primeira posição no ranking dos maiores exportadores de carne bovina no mundo este ano, disse o diretor-técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz. Pela estimativa da consultoria, o Brasil poderá chegar à primeira posição com um embarque de 1,465 milhão de toneladas equivalente carcaça (tec), à frente da Austrália (1,38 milhão de tec) e dos Estados Unidos (1,25 milhão de tec). No ano passado, o Brasil ficou em segundo lugar, com 1,322 milhão de tec embarcados, atrás da Austrália (1,35 milhão de tec), mas ainda um pouco à frente dos Estados Unidos (1,24 milhão de tec). O levantamento leva em conta os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ferraz observa que os principais concorrentes terão dificuldades para ampliar a oferta neste ano. Os EUA devem ter baixa disponibilidade, depois do

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grande abate de animais que reduziu o rebanho ao menor nível em mais de 50 anos, e da manutenção do consumo no país. Já a Austrália, diz ele, teria custos elevados se optasse por expandir sua produção por causa de uma seca endêmica que afeta o país, o que a faria perder competitividade no mercado externo. O cenário interno também apresenta uma expectativa positiva, com o consumo aumentando mesmo diante da desaceleração econômica do Brasil vista neste primeiro semestre, por causa de uma mudança estrutural neste mercado. A Informa aponta um crescimento de 2,3% no consumo de carnes no Brasil em 2012, para 97,5 kg por pessoa no ano, sendo puxada pela carne de frango (mais 4%), e pela de bovino (mais 3%). O diretor-técnico da consultoria ressalta que não se trata de movimento pontual, mas é fruto de mudanças de hábitos de consumo, culturais, de incremento da renda, da demografia, entre outros. Segundo ele, estas mudanças geram um dilema para a cadeia produtiva, que tradicionalmente já vive im-


passe entre pecuaristas e a indĂşstria frigorĂ­fica, que brigam para conseguir os melhores valores para os seus negĂłcios. Este cenĂĄrio, diz Ferraz, torna necessĂĄria uma aproximação destes elos da cadeia. “O que antes parecia uma utopia, agora virou necessidade: integrar a cadeiaâ€?, avalia. Grandes frigorĂ­ficos, JBS, Minerva e Marfrig, começaram a criar divisĂľes de relacionamento com pecuaristas, com intuito de estreitar os vĂ­nculos com seus fornecedores. Sobre a perspectiva da indĂşstria frigorĂ­fica de inĂ­cio de um ciclo de baixa no boi gordo, por conta da maior disponibilidade para abates, Ferraz levanta dĂşvidas sobre a extensĂŁo deste recuo. â€?Temos visto muitos pecuaristas saindo ou transferindo expressivas parcelas (de suas propriedades) para a agriculturaâ€?. Ele pondera que a rentabilidade do setor estĂĄ boa, com a arroba acima de 90 reais base SĂŁo Paulo, acima da mĂŠdia histĂłrica em torno de 75 reais para o perĂ­odo. A tendĂŞncia era de que o pecuarista elevasse o investimento, mas a opção pela agricultura – por sua rentabilidade ainda maior – pode levar a alguma liquidação do rebanho e interferir no volume de animais para abate e nos preços. Reuters, com edição da RF

A participação do agronegócio nas exportaçþes totais brasileiras passou de 37,6% em junho de 2011 para 41,7% em junho de 2012. Em junho, as exportaçþes somaram US$ 8,07 bilhþes, enquanto as importaçþes somaram US$ 1,07 bilhão. Como resultado, o saldo da balança comercial do setor foi superavitårio em US$ 7 bilhþes no mês. Os números foram levantados pela Secretaria de Relaçþes Internacionais do Agronegócio, do MinistÊrio da Agricultura, Pecuåria e Abastecimento (Mapa), a partir dos dados do MinistÊrio do Desenvolvimento, Indústria e ComÊrcio Exterior. O complexo soja foi o setor que teve melhor desempenho em valores exportados, com US$ 27,37 bilhþes, ou 28,3% das vendas externas. Em seguida destacaram-se, as carnes (US$ 15,64 bilhþes), o complexo sucroalcooleiro (US$ 15,42 bilhþes), os produtos florestais (US$ 9,38 bilhþes) e o cafÊ (US$ 7,94 bilhþes). Estes cinco setores foram responsåveis por 78,4% das exportaçþes do agronegócio no período. Mapa, com edição da RF

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Ractopamina: substância para engorda será aceita com limite máximo Empresas poderão exportar produtos cárneos com índice de ractopamina já permitido no Brasil Os exportadores brasileiros de carne suína e bovina poderão comercializar músculos, gordura, rins e fígados dentro dos limites máximos para o uso da ractopamina – substância que estimula o ganho de peso dos animais e reduz custos de produção – para todos os países do mundo. A decisão foi anunciada durante a reunião do Codex Alimentarius, órgão que estabelece os padrões de qualidade dos alimentos em nível internacional, no dia 5 de julho. A votação que determinou a medida foi vencida por uma diferença de apenas dois votos, depois de quatro anos de negociações. A Comissão Alimentar do Codex (CAC, sigla em inglês) concluiu por meio de pesquisas científicas realizadas pelo Comitê Conjunto de Especialistas sobre Aditivos Alimentícios da FAO/OMS (Jecfa, sigla em inglês) que a utilização da ractopamina não tem impacto sobre a saúde dos consumidores. No Brasil, o emprego da substância na criação de suínos já era permitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) há 10 anos. Em confinamento de bovinos, a aplicação foi autorizada em 2011.

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“Toda a cadeia produtiva será beneficiada porque já utilizamos essa tecnologia e agora teremos o nosso parâmetro como referência internacional. Foi uma conquista importante e o Ministério da Agricultura participou ativamente para que esses padrões fossem adotados”, destaca a chefe da Divisão de Fiscalização de Aditivos, Suzana Bresslau. De acordo com o Mapa, os Estados Unidos também permitem a mistura de ractopamina na ração dos suínos e bovinos, mas na União Europeia e na China, grandes importadores de carne, ela é proibida. Com a determinação, um país importador não pode proibir a entrada da carne que contenha a substância dentro dos padrões autorizados. O Codex deverá publicar a decisão formalmente nos próximos dias por meio do relatório da reunião. Imediatamente após a publicação, os novos índices permitidos serão atualizados no Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), responsável pelo monitoramento da quantidade de resíduos de produtos veterinários aplicados nos alimentos. Mapa, com edição da RF



Por decisão do Cade, JBS não poderá fechar três unidades frigoríficas Novo mercado: fábrica de Campo Grande vai dividir fornecimento do McDonalds com o Marfrig O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspendeu a possibilidade de a JBS fechar plantas ou partes de três frigoríficos adquiridos pela empresa em três Estados. Para isso, o órgão antitruste assinou três Acordos de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apros) com a empresa, no início de julho. Um trata da aquisição da Jema Participações pela JBS em Rio Branco (AC); outro da MJE Administradora de Bens, em Ariquemes (RO); e FR participações, que está instalada nas cidades de São Miguel do Guaporé (RO) e em Confresa (MT). A decisão de congelamento foi tomada depois que membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniram com membros do conselho e demonstraram preocupação com o aumento da concentração do setor no Brasil. “A preocupação que nos foi passada é a de que o JBS pudesse fechar frigoríficos”, explicou o presidente do Cade, Vinícius Carvalho. Com o Apro, a empresa pode até ampliar as novas plantas que adquiriu, mas está proibida de encolhêlas. “Em todos os casos, a JBS se compromete a não

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alterar a estrutura de ativos até o julgamento final do Cade”, comentou o presidente. Segundo estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o grupo JBS conta com 19 unidades frigoríficas em Mato Grosso, das quais 13 estão em operação, com capacidade para abater 18.363 animais por ano, dando a empresa uma representatividade de 48% do mercado regional. Portal Estadão, com edição da RF

Depois de meses de testes severos, a JBS foi escolhida para dividir com a Marfrig o abastecimento de hambúrgueres para o McDonald's. Uma fonte do Brasil Econômico conta que esse movimento foi reflexo do plano de expansão do McDonald's no país. A ideia é ampliar a cadeia de fornecedores e não depender de apenas um frigorífico. A parte da JBS será produzida na fábrica de Campo Grande (MS), que tem capacidade para processar 64 toneladas de carne por dia e foi criada apenas para produzir "super-gelados" (almôndega, quibe e hambúrguer). A JBS já fornece para o Burger King.



Seara Foods recebe novas plantas e marcas da BRF com ampliação Empresa assume o controle da Excelsior Alimentos S.A. e de cinco novas unidades industriais A Seara Foods, segmento de negócios de alimentos industrializados a base de carnes, massas, vegetais congelados e sobremesas do Grupo Marfrig, assumiu no dia 2 de julho, cinco novas plantas industriais e o controle da empresa Excelsior Alimentos S.A., conforme previsto no “Contrato de Permuta de Ativos e Outras Avenças” celebrado com a BRF em 20 de março de 2012. Passam a integrar a plataforma de produção da Seara Foods no Brasil as unidades São Gonçalo dos Campos (BA), que produz cortes de frango, salsichas e mortadelas; Salto Veloso (SC), produtora de hambúrgueres, linguiças e linha de produtos light à base de peru; Três Passos (RS), dedicada ao processamento de suínos; Bom Retiro do Sul (RS), focada na produção de linguiças, mortadelas e salsichas e Santa Cruz do Sul (RS), de salsichas e mortadelas com a marca Excelsior. “Além dos produtos Rezende, Excelsior, Confiança e Wilson, estas plantas passarão a produzir também produtos com as especificações da marca Seara”, informa o diretor de marketing da Seara Foods, Antonio Zambelli. A Seara Foods assumiu também o controle por participação acionária majoritária (64,57%) da Excelsior Alimentos S.A., detentora da marca Excelsior. A Seara Foods irá manter ativa a marca e a linha de produtos Excelsior, composta por pizzas, lasanhas,

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pães de queijo, presuntos, salsichas e frios artesanais. “A Excelsior é uma marca com mais de 100 anos de tradição e de convivência ininterrupta com os consumidores gaúchos”, esclarece Zambelli, que foi diretor presidente da Excelsior de 2008 a 2010. Novos profissionais de venda - Para manter a presença das marcas advindas da BRF e ampliar a oferta dos produtos com a marca Seara no mercado brasileiro, a Seara Foods iniciou em fevereiro deste ano um processo de recrutamento e treinamento in-tensivo de cerca de 650 novos profissionais de vendas. Também, a equipe de promotores de pontos de venda foi ampliada em 30%. “A ampliação da equipe comercial é necessária principalmente para manter a comercialização da marca Rezende e dar suporte ao crescimento do volume de produtos com a marca Seara”, completa Zambelli. Em junho, a Seara Foods incorporou as unidades industriais Lages (SC), Duque de Caxias (RJ) e Carambeí (PR), além de quatro centros de distribuição localizados em Salvador (BA), Campinas (SP), Brasília (DF) e São José dos Pinhais (PR). Para agosto, estão previstas as incorporações das unidades industriais Brasília (DF) e Várzea Grande (MT), e dos centros de distribuição de Ribeirão Preto, Bauru e Santos, no estado de São Paulo. Marfrig, com edição da RF



Volume das exportações de carne de frango cresce em 2012 Embarques entre janeiro e junho totalizaram 3,07% a mais que total acumulado no ano passado A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) divulgou em levantamento que as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 1,987 milhão de toneladas entre janeiro e junho de 2012, número 3,07% maior que o total acumulado no mesmo período do ano passado, de 1,928 milhão de toneladas. Com esse resultado, as projeções da Ubabef indicam um saldo total acima de 4 milhões de toneladas exportadas este ano. Apesar disso, esse resultado gerou receita de US$ 3,819 bilhões, dado 4,51% inferior ao do ano passado, com US$ 3,999 bilhões. Já no comparativo mensal, houve queda nas exportações. Em volume, foram 307,1 mil toneladas embarcadas em junho, resultado 7,28% menor em relação ao mesmo período de 2011. Em receita a redução foi mais expressiva, de 21,25%, com US$ 551,8 milhões de saldo no sexto mês de 2012. “Alguns países importaram grandes volumes em maio, mês em que as exportações brasileiras atin-

giram recorde histórico, com 374 mil toneladas. Essas compras influenciaram o resultado de junho, já que pequenos estoques se formaram na passagem do mês”, explica o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra. Apesar da forte queda na receita mensal, Turra explica que, graças à taxa cambial, houve crescimento de 1,6% na receita das exportações em reais. No acumulado do ano, esse resultado é ainda maior, com aumento de 9,4%. “O dólar elevado tem garantido a sustentabilidade dos negócios das empresas, o que não justifica a falta de crédito para o setor agroindustrial brasileiro, como vem ocorrendo por parte de instituições financeiras públicas e privadas. Porém, precisamos de medidas de apoio que nos permitam navegar em águas mais seguras, como a desoneração da folha de pagamento e a inclusão de todos os produtos avícolas entre os beneficiados pelo REINTEGRA”, explica. Ubabef, com edição da RF

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Selo internacional pretende servir como garantia de qualidade para carne de frango Com a intenção de oferecer à carne de frango brasileira um diferencial de origem e qualidade, a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) acaba de lançar um selo internacional: o Brazilian Chicken. A chancela foi criada pela entidade avícola com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no âmbito do Projeto Setorial (PS) entre as duas entidades, com o objetivo de promover a divulgação das propriedades e qualidades dos produtos que apresentam a marca nos mercados importadores internacionais. Segundo o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, o selo certificará identificação comum entre os produtos avícolas exportados pelas mais de 30 agroindústrias associadas à Ubabef (responsáveis por 97% de toda a exportação da avicultura brasileira) e os valores demandados pelos consumidores dos mais de 150 mercados abastecidos pela carne de frango do Brasil. “Entre os princípios identificados pelo selo estarão a qualidade, a biossegurança, a sustentabilidade, o respeito ao meio ambiente e aos consumidores, dentro dos parâmetros das boas práticas agrícolas e de manufatura, do bem-estar animal e da responsabilidade social, em conformidade com a legislação do Brasil. Com isso, vamos agregar mais confiabilidade e valor ao produto brasileiro”, ressalta. De acordo com a entidade, somente poderão utilizar o selo Brazilian Chicken nas embalagens de seus produtos e materiais promocionais as empresas associadas à Ubabef que exportem há, no mínimo, 12 meses. As agroindústrias participantes também deverão atender a uma criteriosa avaliação com mais de 70 itens, e somente terão participação aprovada após a análise de uma comissão técnica. Dentre os pontos destacados estão questões como bem-estar animal, qualidade da alimentação, controle e respeito à sanidade e à gestão ambiental. Todos os parâmetros serão verificados periodicamente por auditorias independentes credenciadas pela Ubabef, dotadas de técnicos comprovadamente conhecedores da cadeia produtiva avícola. “O frango brasileiro já conta com percepção de valor diferenciada no comércio internacional. A criação do selo é uma garantia de origem que deverá estimular ainda mais a preferência mundial por nossos produtos, em um mercado consumidor pautado pela qualidade e custo/ benefício, dentro do conceito do 'consumo consciente'”, explica o diretor de Mercados da Ubabef, Ricardo Santin. Ubabef, com edição da RF O consumo da carne de frango no Brasil deixou de ter relação mais direta com outras carnes e se tornou uma preferência nacional. Pesquisa encomendada pela Ubabef apurou que 100% dos domicílios do país consomem o produto. O resultado animou o presidente da Associação Catarinense de Avicultura, Clever Pirola Ávila, para quem a atual média per capita de 47 quilos por habitante/ano deverá subir para 50 quilos, a mesma dos países desenvolvidos. O que preocupa o setor, no momento, é a dificuldade para aumentar as vendas do produto brasileiro, tanto no mercado interno quanto no exterior. O que pesa para isso é o alto custo de produção, em função dos preços elevados da alimentação das aves (milho e soja). Segundo Ávila, há expectativa de abertura dos mercados da Indonésia, Malásia e de alguns países da África para este ano. Ele observou que, em 2011, o Brasil produziu 13.058 milhões de toneladas de carne de frango e, deste total, 9,1 milhões de t foram consumidas internamente. 06 20



Nutrigenômica traz benefícios e vantagens à indústria da carne Alltech apresenta o “bife perfeito” através da nutrição programada, em simpósio nos EUA Coloração, maciez, quantidade ideal de gordura e enriquecimento natural. Estas são apenas algumas das características do “bife perfeito”, obtido com o uso da nutrição programada – um dos temas tratados durante o 28° Simpósio Internacional de Saúde e Nutrição Animal da Alltech, realizado recentemente em Lexington, Kentuchy (EUA). Diretor global de pesquisa e do Centro de Nutrigenômica da Alltech, Karl Dawson comandou a sessão sobre o assunto. A nutrição programada é o planejamento de produção a partir de conhecimentos sobre nutrição animal e nutrigenômica – o estudo dos padrões da alimentação sobre a expressão dos genes. Esta ciência visa estudar as interações entre genes, dietas e hábitos de vida, a fim de identificar os componentes dietéticos que influenciam o organismo de forma benéfica ou prejudicial. “Mudanças estratégicas na nutrição nos permitem melhorar o sabor da carne, sua qualidade, vigor, conteúdo de gordura, consistência e prazo de validade”, declarou Dawson. O “bife perfeito” é aquele produzido a partir de uma produção sustentável, ou seja, além de ser economicamente viável, é também ecologicamente correto. Este cuidado deve fazer parte de toda a cadeia, desde a produção até a mesa. É ideal que este alimento tenha quantidade correta de gordura e que seja enriquecido naturalmente. Com o uso da nutrigenômica, a alimentação animal pode ser enriquecida com componentes benéficos para a saúde humana, como selênio-levedura e Ômega3,

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tornando os alimentos de origem proteica animal num alimento funcional. Isso porque a nutrigenômica permite que sejam traçadas estratégias para cada fase da vida do animal com melhoras na saúde, fertilidade, desempenho e consequentemente na produção de produtos (carne ou leite) de qualidade superior. Em 2011, numa parceria entre o Laboratório da Alltech nos Estados Unidos e a Colorado State University (EUA), foi realizado um teste onde foi comprovado que, com o uso da nutrigenômica é possível reduzir em 25% o tempo de terminação, em consequência do melhor ganho de peso. Foram notados também aumento do rendimento da carcaça e da eficiência alimentícia, diminuição da morbidade, mortalidade e do custo de maneira significativa. O crescimento do poder de compra do brasileiro possibilitou mais acesso e mais entendimento sobre o que é uma carne mais saborosa. Cada vez mais a indústria se desenvolve para estimular o consumo da carne bovina e desmistificar as dúvidas sobre sua influência na saúde humana. “Desde os pequenos até os grandes produtores brasileiros estão trabalhando com o conceito de 'grife' de carne, se associando, ou não, às raças, sistemas de produção e novilho precoce, e dedicando-se a proporcionar um alimento mais saudável. Esta é uma tendência global de consumo", concluiu o gerente técnico de bovinos para América Latina da Alltech, Marcelo Manella. LN Comunicação, com edição da RF


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Bellman Nutrição Animal apresenta técnica do Confinamento Expresso® A Bellman Nutrição Animal desenvolveu com exclusividade o conceito do Confinamento Expresso®, técnica de suplementação nutricional intensiva de rebanhos criados em regime de pasto, com altas quantidades de concentrado, que proporciona ganhos de peso similares aos obtidos no confinamento convencional. A técnica consiste em manter os animais em pastagem vedada (diferidas) e suplementação com ração balanceada para altas doses de energia, duas vezes ao dia, na proporção de 2% do peso vivo – em média – dos animais. “O ajuste sobre o percentual de concentrado pode sofrer variação segundo a categoria animal, o desempenho esperado e a quantidade de pastagem disponível para o sistema”, destaca o sócio-diretor e responsável técnico da Bellman, Marco Balsalobre. O complemento da alimentação é feito com núcleo concentrado que deve ter formulação a partir de dois ou três alimentos (milho, sorgo, casquinha de soja, polpa cítrica), misturados ao suplemento mineral ‘BellPeso Express’, que possui formulação à base de macro e microminerais, vitaminas, tamponantes, mo-

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nensina, ureia e proteína verdadeira. A implantação do sistema é bastante simples, composta por infraestrutura para armazenagem, mistura dos ingredientes, pastagem vedada, bebedouro e 45 centímetros lineares de cocho para cada animal confinado. Balsalobre explica que o grande diferencial do sistema de confinamento expresso está na formulação da dieta, que proporciona ganho de peso maior, sem gerar distúrbios de ordem metabólica no animal. Qualquer categoria animal pode ser inserida no programa, desde que reúna condições adequadas para desenvolver engorda eficiente (genética, condição corporal e sanidade). A proposta é que o produtor feche grupo de até 200 animais para que o lote chegue ao final do período de seca já em condições de seguir para abate. O ganho de peso projetado é de 1 kg a 1,8 kg por animal/dia nesse sistema. As principais vantagens apontadas para o sistema de confinamento expresso envolvem tomada de decisão rápida, praticidade pelo uso mínimo de capital, estrutura e não necessidade de volumoso e o ganho de peso elevado que a técnica proporciona.


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Demanda elevada por ovinos e caprinos não é atendida no Ceará Apesar de viver fase de expansão, o setor produtivo da ovinocaprinocultura ainda é bastante tímido em relação à procura por derivados, carne e leite, de ovinos e caprinos. A oferta está longe de atender à demanda regional. "O setor é crescente, expande-se a uma média anual de 10%, mas o que produzimos não atende a necessidade do mercado consumidor", observa o coordenador do segmento de ovinocaprinocultura e presidente da Associação dos Criadores de Caprinos de Leite (Caprileite), Daniel Pimentel. Segundo asseguram os especialistas no setor de criação de ovinos e caprinos, o mercado é amplamente favorável. "Tudo o que se produz no Ceará é vendido", observa Pimentel. "Na verdade, estamos atrás de produtores e, em particular, de leite de cabra". A produção leiteira é muito insuficiente para atender à demanda. No Ceará, segundo avaliação de Pimentel, aconteceu o contrário do que se verifica em geral na atividade econômica. "Primeiro, criamos o mercado consumidor e, agora, estamos atrás do produtor",

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destaca. No município de Umirim, uma unidade produtora foi instalada com o objetivo de manter uma criação de 50 mil cabeças e já chegou a 14 mil animais. "Precisamos dar uma alavancada", alerta Daniel Pimentel, que também é criador no Município de Horizonte. Em decorrência da melhoria genética e de alimentação adequada, além dos cuidados de sanidade, um cordeiro atinge o peso de 36 quilos em 120 dias, o ideal para o abate. "Houve um aumento no consumo de carne de ovinos e a tendência do mercado é de manter essa expansão", frisa Pimentel. A ovinocultura e a caprinocultura são atividades tradicionais no Nordeste, região que concentra 57% dos ovinos e 91% dos caprinos do Brasil. A baixa adoção de tecnologia, aliada à pouca ou nenhuma organização dos produtores tem perpetuado o setor como atividade de subsistência, sem maiores chances de se tornar opção de renda ou de negócio. Ao mesmo tempo, existe uma demanda pela carne ovina no interior e maior ainda nas cidades turísticas litorâneas. Diário do Nordeste no FarmPoint, com edição da RF


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Não vejo a hora de crescer RS 105: Tecnologia fundamental disponível para produções de pequena escala A embutideira contínua a vácuo RS-105 é uma completa e extremamente versátil máquina ideal para pequenos e médios produtores. Este modelo inclui toda tecnologia dos modelos maiores da linha Risco destinados aos grandes produtores e o resultado é uma máquina compacta e confiável. A flexibilidade da embutideira permite facilmente a troca de um produto a outro durante o dia de trabalho.

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Queda nas exportações de carne suína amplia crise do setor Vendas externas caíram 16,76% em volume no mês de junho, em relação a igual período de 2011 Ao analisar os resultados das exportações de carne suína no mês de junho, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, concluiu que os números de exportação de junho mais uma vez frustraram o setor de suínos. “Junho de 2012 foi menor que maio de 2012 e também menor que junho de 2011”. O Brasil embarcou 43.913 toneladas e faturou US$ 108,40 milhões em junho, uma queda de 16,76% em volume e 28,75% em receita, na comparação com junho de 2011. No acumulado do ano, o aumento foi de apenas 0,72% em toneladas (268.783 t) em relação ao período de janeiro a junho de 2011, enquanto a receita caiu 6,52%, ficando em US$ 687,35 milhões. Para o dirigente, que no dia 12 de julho pretende participar de ato público organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), no Senado Federal, "uma ampliação nas vendas externas certamente ajudaria a reduzir a amplitude da crise pela qual atravessa a atividade”. De acordo com a Abipecs, o tema da manifestação será a crise na suinocultura brasileira. O protesto incluirá audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, caminhada dos produtores entre o Congresso Nacional e o Ministério da Agricultura, churrasco de carne suína na Esplanada e encontro com o ministro Mendes Ribeiro. Na audiência pública, Pedro de Camargo Neto fará uma análise das dificuldades pelas quais passa

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o setor, desde problemas tributários e de logística até os relacionados com preços de insumos e mãode-obra. Também mostrará o atual cenário dos mercados externos para a carne suína brasileira. Os mercados suspensos, atualmente, são Rússia, África do Sul, Argentina e Albânia. Recentemente, foram abertos Estados Unidos e China, e ainda faltam Japão, Coreia do Sul e União Europeia. Principais destinos - A Ucrânia, com 11.938 toneladas, passou a figurar como primeiro importador da carne suína brasileira em junho, seguida de Rússia (11.623 t), Hong Kong (7.313 t), Angola (3.539 t) e Singapura (2.244 t). “A incapacidade do governo federal de resolver o embargo da Rússia aos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso permanece. Notícias esparsas de que uma missão veterinária do Rosselkhoznadzor chegaria neste mês, infelizmente ainda não se confirmaram”, lamenta o presidente da Abipecs. “Destacamos que a Ucrânia passa a ocupar a posição de principal destino da carne suína, porém esse mercado tem preço médio significativamente inferior ao pago pela Rússia. Só estamos mantendo os volumes à custa do sacrifício das empresas exportadoras”, diz Camargo Neto. As vendas de carne suína para a Rússia caíram 52,87% em volume e 57,91% em receita, em junho – 11.623 toneladas e US$ 32,77 milhões –, ante igual período de 2011. Abipecs, com edição da RF



Governo planeja socorro para criadores de suínos e produtores agrícolas Após criar uma linha de crédito para retenção de matrizes no Plano de Safra 2012/13, o governo decidiu incluir, até o ano que vem, as indústrias integradoras de suínos no programa de desoneração da folha de pagamento. As medidas de auxílio ao segmento são parte de um pacote de socorro mais amplo, costurado pelos ministérios da Fazenda e da Agricultura, para resolver problemas pontuais em alguns setores da agropecuária. O governo avalia que não será necessária uma renegociação geral de dívidas, mas apenas solucionar problemas de quem sofreu perdas devido aos graves problemas climáticos e não possuía seguro, bem como os criadores de suínos, considerados um caso "único". Para o Ministério da Fazenda, a suinocultura já recebeu uma grande ajuda com a linha de retenção de matrizes. Contudo, o órgão admite que alongar o prazo da dívida pode não resolver todos os problemas. Além da desoneração da folha de pagamento das indústrias integradoras, também está em estudo um auxílio aos produtores independentes. "A suinocultura é um setor único, em que houve aumento no valor dos insumos, como o milho e a soja, e queda no preço de venda. Ao mesmo tempo houve um aumento da produção", disse uma fonte da Fazenda. Apesar da grande perda na Região Sul do país devido à seca, grande parte dos produtores agrícolas possuía seguro. Por isso, o governo avalia que alongar o prazo para o pagamento dos empréstimos já seria uma solução para quem não estava segurado. "Não existe pressão por crédito no Sul causada pela seca. Aqueles que sofreram com a estiagem e não possuíam seguro já tiveram seus prazos alongados. Caso seja necessário, vamos analisar uma segunda ajuda", explicou a fonte. A bancada ruralista no Congresso encaminhou ao Ministério da Fazenda um pedido para auxiliar produtores endividados que não podem mais contratar recursos em instituições financeiras. A intenção dos parlamentares é integrar ao mercado financeiro quem não possui mais garantias para tomar novos empréstimos. A Fazenda, por enquanto, não pensa em criar um mecanismo complexo para este fim. De acordo com uma fonte do ministério, a contratação de crédito "foi boa" nos últimos anos, e os problemas são regionais, como nos casos da produção de maçãs e criação de suínos. "Nenhum estudo que subsidie uma ação de auxílio para resgate de produtores de arroz e soja chegou no Ministério da Fazenda". "A capacidade de tomar crédito está boa. Praticamente todo dinheiro disponibilizado foi pego e isso mostra que o sistema está fluindo. A produção está acontecendo e fomentada pelo crédito. Existem alguns problemas localizados que deveremos tratar", explicou. "O que deixamos claro é que o governo não quer rediscutir todas as dívidas existentes. Vamos resolver problemas pontuais". Na safra 2011/12, de julho de 2011 a maio deste ano, foram empenhados R$ 93 bilhões dos R$ 107 disponibilizados. Mesmo a par das intenções do governo, alguns setores produtivos pediram extensão dos pagamentos de financiamentos. O segmento de suínos pediu 20 anos para pagamento de suas dívidas. Para o arroz, foram solicitados 35 anos e para a maçã, 10 anos. Valor Online, com edição da RF.

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Válvulas Industriais A Valvugás apresenta ao mercado válvulas para Refrigeração Industrial. A Valvugás é uma empresa especializada em produção de Válvulas para a linha de Refrigeração Industrial. Oferecemos Válvulas e Filtros, garantindo sempre alta produtividade, em aço laminado, o que resulta em um produto mais leve, oferecendo perfeita vedação, mesmo nas condições mais severas. Valvugás são preferidos entre Os produtos da V fabricantes pela confiabilidade e performance. Entre em contato, e conheça nossos produtos.

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Fispal é marcada por lançamentos e estímulo de novos negócios A 28ª Fispal Tecnologia - Feira Internacional de Embalagens e Processos para as Indústrias de Alimentos e Bebidas, promovida pela BTS Informa, deu novo ritmo ao setor. A presença de mais de 60 mil visitantes qualificados de todo País e do exterior abriu oportunidades de negócios para as duas mil marcas expositoras, que ocuparam os quase 80 mil m2 do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 12 a 15 de junho. A participação de 146 expositores estrangeiros, de 16 países diferentes – crescimento de 35% em relação à edição de 2011 –, também confirma o momento favorável para ampliar as relações comerciais com o mercado brasileiro. Este ano os Pavilhões Internacionais trouxeram novidades da Alemanha, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Itália, México, Taiwan e Turquia. Durante o evento também foram realizadas 112 rodadas de negócios com 10 compradores internacionais e 25 empresas brasileiras transformadoras de plástico associadas ao Programa ExportPlastic. De acordo com o Instituto Nacional do Plástico (INP),

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a projeção de negócios é US$ 1,7 milhão para os próximos 12 meses. “A cada Fispal queremos melhorar os resultados e esta edição é a prova de que atingimos os nossos objetivos”, afirma Marco Antonio Basso, CEO do Informa Group no Brasil. Futuro do setor - Simultaneamente à Fispal Tecnologia, foram realizados três congressos técnicos e um simpósio sobre Segurança Alimentar, iniciativa conjunta da BTS Informa e do IBC Brasil. Entre os dias 12 e 14 de junho, 500 congressistas trocaram informações e experiências sobre tecnologias, tendências e desafios para a indústria de alimentos. A abertura do evento foi marcada pela Plenária de Presidentes, que contou com a participação de presidentes e vice-presidentes de grandes indústrias do setor – J. Macêdo, BRF Brasil Foods, Schincariol, Kraft Foods, Cargill Agrícola, Tetra Pak e PepsiCo. Os debates sobre os Rumos da Indústria Alimentícia no Brasil foram conduzidos por Luis Madi, presidente do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 2PRÓ Comunicação, com edição da RF


FISPAL TECNOLOGIA 2012

Fotos: Divulgação


Por Danielle Michelazzo

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SUSTENTABILIDADE Demanda por carne pode ser atendida de forma

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m tempos em que a palavra de ordem no meio empresarial é sustentabilidade, a indústria cárnea, responsável por movimentar bilhões de reais todos os anos e aquecer diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio no País, vem adotando progressivamente práticas que procuram demonstrar o seu respeito e a sua preocupação com as condições do ambiente e da sociedade em que está inserida. Seja investindo em edifícios e/ou equipamentos sustentáveis, ou na tomada de ações que operem de forma ecologicamente correta, é inegável que diversos setores englobados pela cadeia da carne estão inserindo cada dia mais recursos tecnológicos em suas fábricas com o fim de aumentar sua eficiência de maneira sustentável, como foi apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro. Durante o projeto Humanidade 2012 – um dos eventos da Rio+20 –, representantes das principais entidades do setor falaram sobre a sustentabilidade no setor de carnes. Eles apontaram trabalhos que vêm sendo realizados pelos seus diversos setores para ampliar a produção de maneira sustentável. No painel Segurança Alimentar e Tecnologias de Agronegócios, ocorrido dia 19 de junho, o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, apresentou cases que comprovam a preocupação do setor em ter uma atuação com baixo impacto ao meio ambiente. “A implementação de práticas para o tratamento da água, proteção da fonte e redução de consumo e a utilização da cama, resíduo gerado da criação de frangos de corte em granjas, para produção de biogás, são algumas das ações empreendidas”, destacou. Maior exportador e o terceiro no ranking de produção de carne de frango do mundo, Turra fez questão de lembrar que mesmo tendo se tornado um potente segmento da economia brasileira, o setor se mantém alinhado aos conceitos de sustentabilidade. “Essa

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sustentável

vantagem competitiva é fruto do grande potencial para produção de biomassa, de disponibilidade hídrica, de grãos e de terras aráveis. Por isso a perspectiva é a de que o Brasil continuará alimentando o mundo com uma carne de frango sustentável”, disse. Já na mesa-redonda que debateu o tema Inovações Tecnológicas e Sustentabilidade no Setor de Carnes – ao lembrar que a pecuária bovina figura no centro das discussões sobre o desmatamento por ser uma atividade de fronteira – foi a vez do diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, afirmar que a demanda por carne pode e deve ser atendida de forma sustentável. "Depois da estabilização da economia, o produtor se viu forçado a ser eficiente e, em 15 anos, reduzimos 2% as áreas de pasto e aumentamos a produção em 700%", ressaltou. E assim como avicultores e pecuaristas garantem estar fazendo a sua parte, trabalhando com novas tecnologias e ações logísticas, educativas e de gestão, os suinocultores também entraram na chamada “onda verde” com força total. Entre as várias iniciativas adotadas pelos produtores de suínos ante a necessidade de preservação do meio ambiente, muitos já construíram em suas unidades de produção um sistema biodigestor que gera energia elétrica para tratamento de águas residuais. Caldeiras a vapor movidas a biomassa em substituição aos combustíveis fósseis também vêm sendo instaladas, bem como melhorias em efluentes de tratamento de esgotos e resíduos, incentivo ao reflorestamento e uso crescente de energia renovável. "Registramos queda de 1,9% no consumo de energia em 2011 em relação ao ano anterior", relatou no evento o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abiecs), Pedro de Camargo Neto. Apelo sustentável Enquanto muitas empresas agem em busca dos


benefícios ambientais oriundos de ações “politicamente corretas”, outras se preocupam mais com o retorno de marketing e consequente aprovação pública que possam vir a ter. Mas, independente da motivação, o certo é que diversos setores englobados pela cadeia da carne estão realizando investimentos tecnológicos com o fim de aumentar sua eficiência de maneira sustentável. O apelo público crescente e o desejo do consumidor em adquirir produtos que tenham um histórico de sustentabilidade garantido, também têm se mostrado de grande apelo para motivar mudanças posturais das pequenas firmas às grandes indústrias nos quatro cantos do globo. “Estamos caminhando para uma economia verde por opção de escolha de consumidores que, no mundo inteiro, estão cada vez mais conscientes da nossa fragilidade perante as forças de reação da natureza. Adotar a sustentabilidade como diretriz pode trazer bons retornos e tornar-se um quesito de alto valor agregado na hora do consumidor fazer sua escolha”, afirmou à Nova Revista Frigorífico o engenheiro ambiental da AgE Tecnologias, Michel Felipe Santos. Atuando em uma empresa que tem como visão a interação entre meio ambiente, sociedade e desenvolvimento, ele lembrou, ainda, que agir de forma a não agredir os recursos naturais é plenamente viável no Brasil, uma vez que o país tem condições ambientais muito favoráveis para a prosperidade econômica: disponibilidade hídrica abundante, elevada oferta de terras agricultáveis, baixa densidade demográfica e um dos mais elevados índices de disponibilidade energética renovável/limpa (-CO2) per capita do mundo. “Além de tudo isso, temos acesso a informações sobre os muitos erros já cometidos contra o equilíbrio natural por outros países, uma crescente preocupação com melhoria na educação, bons pesquisadores, e temos ainda a chance de não errar”, disse. Para a diretora geral da ebm-papst, Adriana Belmiro da Silva, é uma tendência as empresas buscarem a eficiência energética e produtos voltados para a sustentabilidade. "Na Europa, essa questão é muito forte para a empresa, mas no Brasil percebemos que ainda há muito a ser feito", alertou. Com 14 anos de atuação no mercado brasileiro e 48 no mundo, a ebm-papst vislumbra um crescimento sustentável à medida que cria novas tecnologias que beneficiam tanto os clientes quanto o planeta. Gerente de marketing e produto para o negócio de Fluidos de Performance da Dow Brasil, Flavia Venturoli fez uma análise tomando como referência o recente histórico da área de Pesquisa & Desenvolvimento da Dow, que reflete as demandas e tendências do mercado. “É possível perceber que a preocupação com o

meio ambiente vem crescendo. Os consumidores estão mais exigentes e isto reflete em toda a cadeia produtiva, fazendo com que nossos cientistas foquem no desenvolvimento de soluções com alta performance, mas com um forte apelo sustentável. É o caso de produtos que contribuem para eficiência energética, como o fluido secundário base glicol inibido e os sistemas de PU para painéis, como também produtos para telhados brancos que reduzem as temperaturas internas e contribuem para a redução do efeito estufa”. Segundo André Demétrio Nietsche, da área de Marketing da AgE Tecnologias, é fato notório que o assunto “virou febre”. “Além disso, a indústria quer agregar esse envolvimento com o meio ambiente porque as soluções estão mais visíveis e acessíveis que antigamente, acessíveis para empresas que já reservam esse tipo de investimento no seu planejamento, seja para reestruturação, meta ou adequações legais”. Resultados valem investimentos À medida que o apelo dos consumidores é crescente e a vontade das empresas abraçarem a causa da sustentabilidade empresarial acompanha este ritmo, o investimento necessário para tal mudança, porém, às vezes age como um entrave. Isso porque o preço a se pagar por produtos sustentáveis é, geralmente, elevado. Indagada se as indústrias estão mais condicionadas a optar por instalações e equipamentos sustentáveis na hora da compra – ou se o preço ainda é fator determinante –, a gerente da Dow Brasil foi taxativa. “Este é um pensamento comum, e em muitos casos realmente não há outra solução que não a de pagar mais caro por produtos Foto: Dow Brasil sustentáveis, mas nem sempre funciona assim. Basta uma análise mais profunda do cenário a longo prazo para entender que os benefícios podem também se estender ao custo, ou seja, o investimento inicial pode ser mais alto, mas será compensado”, ponderou Flavia. Na visão de Nietsche, as empresas estão vendo 35 35


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As empresas estão vendo que as soluções sustentáveis vieram para colaborar com o processo produtivo, e que através delas é possível economizar e gerar renda”. André Demétrio Nietsche, Marketing da AgE Tecnologias

que as soluções sustentáveis vieram para colaborar com o processo produtivo, e que através delas é possível economizar e gerar renda. “O ramo de Bioenergia, por exemplo, vem ganhando cada vez mais destaque no Brasil, pois é uma solução energética alternativa, renovável e volta na forma de benefícios econômicos para a indústria”, ressaltou. “Entendemos que um produto sustentável precisa ser necessariamente economicamente interessante, não apenas no investimento, mas a médio e longo prazo”, completou Michel Felipe Santos. Ele acredita que apesar de ter provocado a renovação do hábito, o preço do investimento é, na maioria das vezes, determinante. “Eu não diria que o preço é um fator determinante, mas ainda pesa na decisão”, argumentou o coordenador do Segmento de Refrigeração da ebm-papst, Jonathan Faber Pretel. Segundo ele, as indústrias estão solicitando orçamentos com opções de produtos mais sustentáveis e, pouco a pouco, aplicando em seus equipamentos. “A realidade é que se estiver dentro do budget e com um retorno de investimento adequado, a chance de vender é maior”. Argumentos de venda E para convencer uma empresa interessada em adquirir produtos ou implementar projetos sustentáveis, as empresas que estão do outro lado da moeda – ou seja, que fabricam e oferecem produtos que atendam essas expectativas – usam de vários argumentos. Na área de Refrigeração da ebm-papst, Pretel revelou que os clientes são convencidos, normalmente, por meio de testes e apresentações na prática. “Por exemplo, primeiro medimos a situação de consumo de energia atual e em seguida instalamos nossos equipamentos. Depois fazemos uma nova medição de consumo, comparamos e apresentamos o resultado. O resultado sempre é muito positivo, com pay-backs aceitáveis, e o cliente consegue enxergar os resultados obtidos, ficando comprovados os benefícios aplicados em nossos produtos”, contou. Na AgE Tecnologias, por sua vez, mais precisamente no campo de tratamento de efluentes, Santos explicou que são desenvolvidos projetos sob um prisma onde os principais aspectos que interagem são a garantia de resultado de purificação, eficiência energética, simplicidade operacional, durabilidade e 06 36

robustez, resultando em um produto extremamente competitivo e com alto potencial para redução de custos operacionais. “Assim, auxiliamos nossos clientes, caso a caso, na demonstração dos potenciais de gerar uma economia operacional que pode pagar eventuais diferenças no investimento em poucos meses de operação”, explicou o engenheiro ambiental. Por outro lado, em se tratando dos painéis de isolamento térmico produzidos pela Dow do Brasil, o diretor da divisão de negócios de Sistemas Formulados da empresa, Paulo Vegette, esclareceu que a nova geração de espumas com agentes não agressivos não demanda investimento significativo no processo, pois levam em conta os sistemas produtivos existentes. Ainda de acordo com ele, em longo prazo, a utilização de sistemas de PU na cadeia do frio garante maior eficiência energética. “Preocupada também com os aspectos técnicos, além de ambientais, a Dow destaca os sistemas de poliuretano Voratect que podem aumentar a economia de energia elétrica de 3% a 5%, sem comprometer o desempenho do isolamento”, afirmou o diretor. Vale ressaltar que a empresa oferece ao mercado de refrigeração soluções e tecnologias para isolamento térmico a partir de espumas rígidas de poliuretano. Com forte aplicação em baús e câmaras frigoríficas, os sistemas de espumas de poliuretano (PUR) e poliisocianurato (PIR) se destacam por sua alta eficiência como isolante térmico. Dentre as inovações deste portfólio, a Dow Brasil recentemente desenvolveu uma nova geração de espumas rígidas para isolamento térmico com expansores não agressivos ao meio ambiente. “Trata-se de uma nova geração de sistemas de poliuretano combinado com agentes expansores que não afetam a camada de ozônio e que não causam impacto direto sobre o aquecimento global”, concluiu Vegette. RF Foto: Ebm-Papst

Jonathan Faber Pretel, coordenador do Segmento de Refrigeração da ebm-papst


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Ideias com futuro

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Por Carolina Sibila

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as câmaras frias, o ambiente deve ser mantido constantemente a temperaturas muito baixas para conservação térmica dos produtos acondicionados. De acordo com a analista de marketing da Spumapac – Divisão Buildspuma, Aline Costa, o calor externo que atravessa as estruturas dos ambientes refrigerados é um fato que atrapalha muito o bom desempenho nas câmaras e, por isso, a solução para reduzir essa troca de temperaturas é um bom isolamento térmico. Ela também explica que o isolamento térmico é fundamental para um rendimento ideal e economia enérgica dos ambientes refrigerados, além de evitar a condensação e garantir boa resistência mecânica. O diretor de negócios da Armacell Brasil, Rogério Pires, concorda e afirma que os custos relacionados à produção de frio são muito significativos e que a qualidade do mesmo é fundamental para que todo o processo funcione de acordo com as boas normas de fabricação e produção. Dessa forma, o isolamento é extremamente relevante e deve ser considerado primordial desde o início do projeto. “O isolamento térmico representa um controle de custos em longo prazo, o que se dá pelo fato de que o gasto para produção de frio é diário. Assim, representa um custo adicional, como energia e manutenção. Já um isolamento danificado pode ser um terreno fértil para proliferação de microorganismos, o que certamente não combina com um negócio que tem a higiene como ponto determinante para seu funcionamento”, completa Pires.

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Matéria-prima O material com o qual são produzidos os isolantes térmicos também é um fator que deve ser levado em consideração em todo e qualquer projeto. Hoje, no 06 38

mercado, podem ser encontrados isolantes feitos de poliuretano, poliisocianurato, poliestireno expandido e poliestireno extrudado. Porém, há também algumas empresas que utilizam outros recursos. O gerente geral da Iso-Systems Isolantes, Luiz Geraldo Feres, afirma que em sua empresa, por exemplo, são utilizados isolamentos sustentáveis para fazer o isolamento térmico, como a tinta que é formulada à base de água, que possui as esferas ocas e o alumínio separadamente. Dependendo do tipo de isolamento a ser feito, ambos possuem uma durabilidade muito grande evitando, assim, trocas e manutenções. Como as opções são muitas, na hora de escolher o isolamento ideal, Aline aconselha levar em consideração quesitos como a condutividade térmica, a resistência mecânica, a absorção de água, a resistência à putrefação, facilidade de manuseio e, principalmente, a longevidade das características termomecânicas do material. Ela explica que as placas de poliestireno extrudado são, atualmente, uma das mais utilizadas porque têm como principais características o isolamento térmico e a proteção mecânica. Esses fatores são decorrentes da cadeia celular fechada e homogênea (Closed Cells), que protege o ambiente termicamente, permitindo que o material se mantenha por muito mais tempo sem que exista a perda de propriedade térmica, garantindo maior economia de energia e menor custo de manutenção. As placas são resistentes a altas e baixas temperaturas, podendo ser aplicadas diretamente em câmaras e baús frigoríficos, containers, painéis termo-isolantes, freezers, expositores refrigerados e refrigeradores, entre outros. A praticidade de aplicação se deve ao formato do material, que é em placas, e a seu peso, que sendo extremamente leves,


facilita também a estocagem e armazenamento das mesmas. “O importante no momento da instalação dos isolantes é não deixar bolsas de ar, fissuras e rachaduras no acabamento. Além, disso, em câmaras frias comerciais, também é preciso ficar atento, pois os produtos adequados são placas térmicas industrializadas que acompanham o padrão Anvisa e vigilância sanitária, pois a temperatura é regulada para cada tipo de produto” alerta o diretor da Thermo-Flex Baús e Refrigeração, Ademir Barbosa Teixeira. De acordo com o diretor comercial da Isar Isolamentos Térmicos e Acústicos, Rafael Furtado, outro fator determinante para que se obtenha o isolamento ideal é que a temperatura desejada seja previamente determinada após a aplicação do material e as características desejadas do mesmo, tais como densidade e espessura. O isolamento eficiente garante também a economia de energia, evitando assim o desperdício dos recursos naturais garantindo a empresa uma maior sustentabilidade. Riscos e benefícios A Anvisa é o órgão responsável pela fiscalização dos isolamentos térmicos. De acordo com as portarias CVS-6 e CVS-11, respectivamente de 06.06.1991 e 27.08.1991, os isolantes devem proteger ou eximir de risco de contaminação, integridade, qualidade, dano ou deterioração de qualquer produto ou matériaprima alimentar para consumo humano, perecível de qualquer espécie animal, vegetal ou mineral, industrializado ou natural, a granel ou embalados em recipientes hermeticamente fechados, impermeáveis e resistentes para temperaturas positiva de 65ºC ou negativa -38ºC. A diretora comercial da Polycalha Comércio de Isolamentos Térmicos Ltda., Eva Costa da Silva, garante que, caso essas leis não sejam cumpridas, as consequências podem ser sérias. “O isolamento térmico bem feito é muito importante em câmaras frigorificas, pois, caso a instalação não seja feita corretamente, os produtos serão mal conservados, o que pode até levar à perda dos mesmos”. Pires, da Armacell, acrescenta que, para os frigoríficos, além da perda dos produtos, quando o isolamento é feito de forma irregular, isso acarreta em gastos constantes e desperdício de recursos. Ele alerta também para a proliferação de microorganismos, que podem contaminar os alimentos e prejudicar a saúde dos consumidores. Por isso, Aline, da Spumapac, ressalta que, na indústria frigorífica, a união de desempenho, economia de energia e eficiência térmica, são fatores essenciais para se trabalhar com a qualidade necessária para o segmento. “Apesar de os investi-

mentos em equipamentos e aparelhos reguladores de temperatura serem cada vez mais completos, isso não é garantia de excelência no serviço prestado. É preciso planejar melhor e investir mais”. O uso de isolantes térmicos na indústria frigorífica vem crescendo significantemente, pois sua significância tem sido cada vez mais notada. É importante destacar, também, a pesquisa a ser feita sobre os diversos tipos de isolantes e seus respectivos benefícios, antes de adquiri-los, para que seja identificada a opção ideal que atenderá as necessidades da empresa, tornando o investimento certeiro. Isolamento em veículos O transporte de alimentos, inclusive de carnes e produtos cárneos, é um dos momentos que mais exige cuidados para que não haja quebra da cadeia do frio, pois, de acordo com o diretor da Revescap, Edvaldo Oliveira, é nesse momento que o calor piora. Por isso, o controle adequado da temperatura, a estanqueidade e a assepsia em isolamentos térmicos aplicados em veículos são de extrema importância. Assim como nas câmaras frigoríficas, o isolamento térmico nos veículos ajuda a manter a temperatura pré-determinada dentro do ambiente, o que, consequentemente, ajuda na preservação de produtos alimentícios entre os traslados e evita a proliferação de bactérias e fungos e aumenta o seu prazo de validade. Com relação à matéria-prima com a qual é produzido o isolante para veículos, Oliveira afirma que assim como nos frigoríficos, o mais utilizado é o poliuretano, mas isso depende da necessidade de cada caso. “A densidade do poliuretano aumenta na medida em que a temperatura requerida diminui. Quanto maior o frio no ambiente, maior será a densidade do poliuretano”, finaliza. RF

Fotos: Iso

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Por Danielle Michelazzo e Carolina Sibila

PISOS E REVESTIMENTOS Higiene e boa aparência dentro das plantas frigoríficas

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igiene, organização e boa aparência são quesitos fundamentais dentro da indústria alimentícia, inclusive nos frigoríficos. Por isso, a instalação e manutenção de pisos e revestimentos, bem como o acabamento de paredes, precisam ser seguidas à risca, conforme determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da Portaria CVS-6/99, de 10/03/99. Pela norma, as paredes de estabelecimentos que produzem, fabricam, industrializam e/ou manipulam alimentos têm que ter acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras, isento de fungos (bolores) e estar em bom estado de conservação. E mais: devem ter ângulos arredondados tanto no contato com o piso quanto com o teto e, se forem azulejadas, devem respeitar a altura mínima de 2 metros. Já o material utilizado na confecção de pisos e revestimentos deve ser liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras e estar em bom estado de conservação, bem como ser antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e de fácil higienização. “A indicação dos órgãos fiscalizadores é que os pisos sejam sempre de cor clara para facilitar e garantir a limpeza do local, além de proporcionar um melhor conforto visual aos funcionários”, explica o gerente nacional da divisão NBK – empresa pertencente ao Grupo Hunter Douglas –, Renato Salvatti. Ainda segundo ele, atentar-se a detalhes como este, buscando estar sempre em conformidade com as determinações legais e práticas exigidas pelo mercado, é, hoje, fator determinante para os negócios. “Comumente, há fiscalização de parceiros internacionais que compram a produção dos frigoríficos do Brasil e fazem auditorias para garantir a qualidade e assepsia dos parques industriais”, conta o executivo. 06 40

Particularidades de cada setor O diretor técnico e industrial da Polipiso do Brasil, Valter Sanches, lembra que as indústrias alimentícias são compostas por vários setores. “Neste sentido, podemos dizer que existe uma solução adequada para cada local, como setor de industrialização, túnel de congelamento, câmaras frias, abate, corte, desossa, triparia, graxaria e expedição, cada setor com as exigências de resistências diferentes”. No setor de industrialização, ele explica, por exemplo, que o piso exigido deve ter resistência química, resistência à queda de equipamento, abrasão, ao deslizamento, dever ser resiliente e de fácil limpeza. Já nas câmaras frias e expedição, as características devem ser voltadas à alta resistência mecânica, ou seja, resistência à compressão, flexão e abrasão, sem esquecer da fácil assepsia. “Em poucas palavras, para que o piso escolhido tenha sucesso, primeiramente é preciso conhecer as necessidades da indústria, elaborar um bom projeto, escolher o piso adequado e o melhor instalador do sistema”, ressalta. Ainda conforme Sanches, os pisos podem ter várias composições, como epoxídico, uretanos (concreto resinado) ou cimentícios, ao passo que não existe no Brasil uma norma específica para composição de piso para os frigoríficos. “Mas sabemos que o piso não deve desprender odor depois de curado nem soltar resíduos, deve ser de fácil assepsia, impermeável e principalmente deve conter agente antimicrobiano”. Nas câmaras frias, o gerente de negócios da Resinar Materiais Compostos, Wanderley Pfeferkorn, afirma que o revestimento do piso, seja ele de cerâmica anticorrosiva extrutada ou argamassado monolítico polimérico, também tem que ser resistente as baixas temperaturas e variações, causando grandes


dilatações em função destas variações. “Por isso eles devem ser sempre planejados com os materiais apropriados”, alerta. Opções de mercado Indagado sobre o tipo de piso ideal para plantas frigoríficas, Salvatti aponta que, numa escala decrescente, três características fundamentais devem ser contempladas na hora da compra: a resistência química, a superfície e a resistência mecânica. Para ele, a resistência química é de extrema importância, uma vez que é fundamental que o piso seja antiácido, pois o sangue presente em algumas etapas do processo é corrosivo e, em um piso de concreto convencional, acabaria sendo contaminado ou infiltrado. “Além disso, a frequência de lavagem com produtos de limpeza e desengordurantes, realizada quatro ou cinco vezes por dia, causaria ataques em pisos sem esta resistência”. A segunda característica – a superfície –, por sua vez, é fundamental em razão das condições habituais dos frigoríficos. “Por estar constantemente molhada e engordurada com o processo, precisa ser antiderrapante, mas com o cuidado de não ser áspera, a ponto de impregnar a sujeira e a gordura, comprometendo a assepsia em uma área de produção de alimentos”, detalha. Por fim, o gerente da divisão NBK do Grupo Hunter Douglas fala sobre a relevância da resistência mecânica. “Neste caso, o piso necessita ser resistente ao impacto, já que nestes locais há grande ocorrência de quedas de carcaças ou carretilhas. Caso contrário, a manutenção seria constante. Nas placas cerâmicas industriais, estes três elementos são encontrados”.

Renato Salvatti, gerente comercial Divisão NBK

Fotos: NBK

Diretor de negócios da NS Brazil, Newton Carvalho Júnior recomenda que por serem ambientes de baixas temperaturas, os frigoríficos necessitam de um revestimento de piso monolítico, à base de resinas MMA-Metil Metacrilato ou Uretano vegetal. Apesar de serem diferentes entre si de diversas maneiras, ele conta que os produtos possuem excelentes propriedades, principalmente nos quesitos de resistência ao impacto e choque térmico. “Os revestimentos de piso a base de resina MMAMetil Metacrilato possuem boa resistência química e mecânica. Sua principal característica é a rápida aplicação e cura em apenas 2 horas depois de aplicado, além de ser o único tipo de revestimento resinado indicado para aplicação em câmaras frigoríficas com temperaturas até -30ºC”, explica Carvalho. Já os revestimentos à base de uretano vegetal, segundo o diretor, são eco sustentáveis, à base de poliol vegetal e com formulação à base de água, e apresentam baixíssimo odor durante a aplicação, podendo ser aplicados durante o expediente produtivo. “Possuem boa resistência química e mecânica e cura relativamente rápida, podendo receber tráfego de empilhadeiras e carrinhos em apenas 12 horas”, complementa. Outro tipo de revestimento também muito utilizado em frigoríficos são os polimétricos. De acordo com o gerente técnico e marketing da Polipox Indústria e Comércio Ltda., Glaucio Conde, esse tipo de revestimento tem importante papel no setor, pois economiza matéria-prima, protege equipamentos e solo, e evita contaminações. “Isto se dá porque com os revestimentos poliméricos evitam-se grandes investimentos em tanques de aço inox, pois o mesmo pode transformar instalações de alvenaria em reservatórios confiáveis com baixo custo e eficiência”, esclarece. Os revestimentos polimétricos também protegem os equipamentos contra a ação corrosiva dos resíduos e detritos. Seus revestimentos nos pisos evitam a infiltração no solo protegendo-o e, por ser um revestimento com filme vitrificado, sem porosidade e de alta resistência química, não permite que bactérias se alojem e se proliferem, além de permitir e resistir à limpeza química. Por sua vez, o responsável pelo Marketing da Perfortex Tintas e Resinas, Gustavo Lopes, aponta que o mercado para aplicação de pisos tem crescido bastante nos últimos tempos, pois há uma grande procura por tintas para esta finalidade. “Já existem vários produtos para atender esta demanda, desde simples aplicação para pisos de pequeno porte, até pisos que necessitarão grande resistência, como química, abrasão e intempéries”, analisa. Na visão de Lopes, a grande tendência para a 41 41


aplicação de pisos são as tintas de alto sólidos e base d'água, que são passíveis de serem aplicadas em locais fechados tais como indústria alimentícia e hospitais, onde o uso de solventes não é possível. Como exemplo, ele cita os revestimentos Epóxi. “Existem no mercado tintas com praticamente 100% de sólidos, onde é possível a aplicação em espessuras mais baixas que os autonivelantes, possíveis de serem aplicadas com rolo, rodo ou até pistola air less, proporcionando excelente resistência química, abrasão, tráfego de carros, caminhões e até empilhadeiras, com excelente aspecto de brilho e um custo benefício baixo, levando em consideração o m2 aplicado, como é o caso do Perfordur Piso, fabricado pela Perfortex Tintas”. Uma outra tendência, continua Lopes, é o uso do sistema base d'água, que é praticamente inodoro e também proporciona excelentes resultados quando aplicado em piso. “Sua característica o qualifica para aplicação principalmente em hospitais e indústrias alimentícias, onde a exigência é muito grande para a diminuição de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis). É o caso do Perfordur Piso WB, comercializado pela Perfortex”. Limpeza Manter a higienização e a limpeza nos frigoríficos é essencial. Como ressalta Newton Carvalho Júnior, o segmento alimentício tem algumas exigências específicas em relação a outros tipos de indústrias, pois requer um revestimento de piso com facilidade de limpeza e alto grau de assepsia do piso. Portanto, devem ser utilizados produtos químicos específicos na limpeza diária, bem como ser realizada lavagem com água quente e, ainda, esterilização com vapor d'água. “Esses cuidados requerem um revestimento que suporte choque térmico, além de alta resistência mecânica e ao impacto”. O parágrafo 16.1 da Portaria CVS-6/99, da Anvisa, diz que a higienização do local, equipamentos e utensílios é de suma importância. Wanderley Pfeferkorn alega que para os diversos tipos de produtos, como o bovino, suíno, aves e peixes, existem métodos de higienização que cada frigorífico adota, de acordo com sua necessidade, para manter a higiene e a desinfecção do ambiente e dos pisos. Segundo o gerente da Resinar, produtos como desengraxante alcalino, agente ácido decapante, Fotos: Polipox

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detergentes em pó clorados, desinfetante à base de quaternários de amônia e desinfetante à base de ácido peracéticos, incidem diariamente sobre os pisos e são altamente corrosivos. “Por isso os pisos devem ter resistência química extrema”. Como complementa Renato Salvatti, a rotina da limpeza nestes locais deve ser efetivada com detergentes e desengordurantes, até cinco vezes ao dia, dependendo da área interna de produção. “O piso precisa ser resistente e ter a garantia com maior vida útil declarada pelo fabricante. Os pisos cerâmicos industriais têm resistência a este processo de limpeza e manutenção, sem comprometer sua durabilidade”. Manutenção e conservação Para obter um piso duradouro, Valter Sanches alerta que a melhor maneira é realizar manutenção preventiva. “Nos pisos, são derramados variados tipos de material, além de incidirem todos os tipos de arraste e queda de material sobre eles. A própria sujeira do dia a dia, como resíduo de industrialização, é um tipo de abrasivo e, se o mesmo não for removido, iniciará a degradação do piso”, explica o diretor técnico e industrial da Polipiso do Brasil. De acordo com Glaucio Conde, da Polipox, normalmente, como parte da manutenção preventiva, o piso de frigoríficos deve ser tratado como uma pintura automotiva. Ele pode ser polido para revitalizar sua cor original e mantê-lo sempre brilhante até o ponto onde é necessário recompor sua espessura com mais uma demão superficial. “O que é muito fácil para um sistema epóxi e poliuretano, permitindo com apenas uma demão conservar o mesmo para mais anos de jornadas”. Ademais, tincas e acidentes com ferramentas pontiagudas devem ser reparados imediatamente para evitar a entrada de água e que a contaminação ou oxidação, isso se o substrato não for danificado por baixo. Por fim, Carvalho, da NS Brazil, afirma que essa manutenção deve ser feita a cada 5 anos, mas, devido ao tipo de uso e processo produtivo, pode ser feita em prazos menores ou maiores. “Para uma revitalização estética ou funcional, caso haja perda de antiderrapância do revestimento, pode-se optar por um revestimento multicamadas ou pintura poliuretano, uretano-cimentício ou MMA”, conclui. RF



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Centro de Pesquisas da Agroceres Multimix é ampliado em Minas Gerais A Agroceres Multimix inaugurou uma área de ampliação do seu Centro de Pesquisas Professor José Maria Lamas, em Patrocínio, Minas Gerais. O objetivo é aumentar a capacidade de geração de informações científicas nas áreas de saúde e nutrição animal. “Nossa atividade é ajudar o setor a produzir uma carne de qualidade e competitiva. E isso requer pesquisa e inovação. Por isso estamos ampliando nossa capacidade de gerar conhecimento”, explica o diretor superintendente da empresa, Maurício Nacif. Segundo divulgou a empresa, o investimento de R$ 42 milhões na ampliação da capacidade de desenvolvimento de pesquisas inclui a inauguração de uma área de confinamento de bovinos totalmente coberta, com 200 cabeças, permitindo a realização de experimentos durante todo o ano, o que significa menor impacto de fatores climáticos e maior bem-estar aos animais. Já na estrutura para aves, o investimento contemplou uma granja de reprodução para matrizes pesadas e uma granja de poedeiras comerciais, além de dois galpões de frangos de corte com pressão negativa: um com sistema Dark House e outro com galpão reservado para recria. Toda esta infraestrutura tem uma equipe de 44 funcionários na unidade de Patrocínio, que já realizou, em uma área de 54 hectares, 33 experimentos com aves de corte, 19 experimentos com aves de postura, 4 com matrizes pesadas e 46 experimentos com suínos, além do primeiro projeto com bovinos em confinamento. Novos investimentos e projetos - Outros investimentos de curto prazo no Centro de Pesquisas são destacados por Nacif, como a implantação de uma granja de produção de leite no valor aproximado de R$ 2 milhões. Ele contou, ainda, que outros R$ 1,5 milhão estão previstos para a ampliação e modernização das instalações de suínos. “Gerar e adaptar tecnologias e inovações que beneficiem os produtores de proteína animal e ajudar a produzir com eficiência são os principais objetivos destes investimentos”, disse o executivo. Nacif relatou que o plano de expansão do setor de pesquisas da empresa ainda não está concluído e que, hoje, a empresa tem uma equipe de 11 pesquisadores mestres e doutores em Rio Claro, no interior de São Paulo, além do reforço de 15 nutricionistas, também mestres e doutores, que atuam diretamente no campo e participam diretamente das pesquisas. Outra equipe de cerca de 110 funcionários, entre as unidades de Patrocínio e Patos de Minas, na região do Triângulo Mineiro, também contribuem com o desenvolvimento de pesquisas. Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Agroceres Multimix, Leandro Hackenhaar destaca que o objetivo do


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Centro de Pesquisas é realizar testes de novos ingredientes e aditivos, desenvolvimento de especialidades nutricionais, testes de novas técnicas e práticas de manejo, de programas de formulação, além de treinamento para a equipe da empresa. “Este centro de pesquisas, que mantemos há alguns anos, vem recebendo investimentos constantes. As novas etapas de produção ilustram bem este cenário, como as matrizes pesadas e mais recentemente o confinamento de bovinos, por exemplo. Esta área, aqui em Patrocínio, também é usada no treinamento continuado na nossa equipe, de estudantes e de nossos clientes”. 4 2

5 1. Confinamento; 2. Leitões; 3. Centro de Pesquisas Professor José Maria Lamas; 4. Frangos de corte; 5. Poedeiras

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Com plano de expansão, Apris – Cabrito Carne Premium chega a Salvador

Seguindo tendência norte-americana, a carne de cabrito vem sendo cada vez mais apreciada pela alta gastronomia brasileira. Em território nacional, o consumo é significativo no Nordeste e bastante desenvolvido no Sul do país. Já em São Paulo, a carne de cabrito é muito consumida pelas comunidades italiana, portuguesa, árabe e judaica. Por conta disso, a Apris - Cabrito Carne Premium – empresa pioneira na produção de carne premium de cabrito no estado de São Paulo – está expandindo sua distribuição para o território baiano, mais precisamente Salvador. A marca Apris pertence a empresa Caprivales. Segundo o veterinário e proprietário da empresa, Gustavo Domingues, o maior diferencial da marca é que a carne Apris é produzida com base em animais de

raça com aptidão para o corte. "Além disso, abatemos os caprinos ainda jovens, o que nos propicia uma carne mais macia, saborosa e com cortes finos”, explica. A carne de cabrito é a carne vermelha mais magra que existe e uma das mais saudáveis do mercado. Tem baixo teor de gordura e baixa taxa de colesterol, além de ser rica em cálcio, proteína, ômega 3 e ômega 6, que desempenham um papel anti-inflamatório e estão diretamente ligados à resistência imunológica. O rebanho Caprivales tem, hoje, cerca de 1200 fêmeas e 20 reprodutores, sendo que a pretensão é chegar a 5000 fêmeas até 2015. A empresa produz três toneladas de carne de cabrito por mês. A marca Apris pode ser encontrada tanto em supermercados quanto em restaurantes. Seu foco é estar presente no food service e ao alcance do consumidor final, “popularizando” o consumo de uma carne vermelha diferenciada. “Já expandimos nosso alcance para Salvador, Espírito Santo e Paraná. A pretensão é que, em um ano, estaremos atendendo a todo território nacional, principalmente as grandes capitais”, finaliza Gustavo.

Seara Hereford: nova linha de produtos Marfrig A Marfrig anunciou durante a Feicorte 2012 o lançamento da linha Seara Hereford, composta por cortes provenientes de animais jovens com até quatro dentes, com bom acabamento de gordura e participantes do Programa de Premiação Hereford Marfrig, que bonifica de 3% a 10% pela qualidade da carcaça da raça. Essas características garantem um produto com os atributos de maciez, suculência e sabor, fruto da qualidade genética, da gordura mediana, entre 3 e 6 mm de precocidade dos animais expressada pela idade jovem no momento da produção. “Essa novidade mostra a evolução da parceria da Marfrig com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) para o Programa Carne Certificada Pampa, pois o volume de animais processados permitiu a criação de uma marca própria da raça, certificada, com a força que a Seara tem no mercado, permitindo agregar valor ao produto”, explica o gerente de Fomento da Marfrig no Rio Grande do Sul, Diego Alagia Brasil. Os produtos Seara Hereford serão vendidos, a princípio, apenas no Rio Grande do Sul. 06 48


Metalúrgica Leoni do Brasil lança nova formadora e picador de carnes A Metalúrgica Leoni do Brasil, a pedido da região norte do país, acaba de lançar uma nova formadora para espetinhos. De manuseio manual para confecção de espetos chatos, o kit confecciona 60 unidades a cada tiragem. O equipamento, que tem regulagem para espetinhos com 100g e 150g padrão, diferencia-se dos demais pela agilidade. Para assar, bastam duas viradas nos espetos e, sendo assim, assa com a metade do tempo se comparado com outras máquinas. Picador de carnes em cubo - Em outro lançamento, a Metalúrgica Leoni apresentou recentemente no Brasil sua nova tecnologia em máquinas para picar carnes em cubos, tiras e outros: a B100/TI Turbo. O equipamento, além de processar carnes em cubos, pode ser usado para cortes de legumes, fatiados e até cortes de bisteca suína com osso. Única no Brasil com tecnologia nacional, esta série de máquinas possui quatro modelos. Podem colocar carnes em um só pedaço, sendo que em uma só passada no equipamento os cubos são confeccionados segundo a necessidade de cada empresa.

O sistema de guilhotina é digital para modificar os cortes automaticamente. Veja vídeo no site www. leonivacio.com ou QRCode.

Estande da Multivac é sucesso de público e vendas na Fispal Tecnologia

Referência em máquinas para embalagem a vácuo e atmosfera modificada, a Multivac esteve presente entre os dias 12 e 15 de junho no maior evento do setor na América Latina, a Fispal Tecnologia. O estande sempre movimentado e os diversos projetos fechados confirmam o sucesso da Multivac na edição do evento. Com o apoio de equipe técnica especializada, a empresa realizou demonstrações para o público em máquinas de portes variados, como a termoformadora R 105 e a máquina de dupla câmara C 500. Também expôs equipamentos como a fatiadora A510 e a etiquetadora GLME 20, ambas da Bizerba, e as clipa-

doras KDCMA 90 e Swipper, da Tiper Tie, empresas representadas pela Multivac no Brasil. A Multivac é uma empresa alemã especializada na fabricação de máquinas para embalagem a vácuo. Presente em mais de 140 países, chega ao Brasil trazendo o know how de uma companhia que é líder mundial no segmento. Com mais de 50 anos de experiência no mercado internacional, a Multivac orgulha-se de ter elevado os padrões de higiene, design, desempenho e valor para cada categoria de máquina desenvolvida: termoformadoras, seladoras, seladoras de bandeja e sistemas de etiquetagem nas áreas alimentícia, industrial e hospitalar. Preza, ainda, o desenvolvimento de máquinas de alta performance e durabilidade, fáceis de limpar, com design sofisticado – sem soldas aparentes – e de acordo com as normas internacionais. Desta forma, reduz os riscos de contaminação, padroniza e amplia a vida útil do produto final no ponto de venda, fatores diretamente relacionados com o aumento da produtividade. A Multivac é, hoje, a única empresa no Brasil com serviço técnico nacional integrado, incluindo um programa de manutenção preventiva, política de garantia e treinamento operacional exclusivo. 49


Datalogger de temperatura e umidade da Akso é destaque no mercado

Destaque no mercado, o Datalogger de temperatura e umidade com conexão USB direta da Akso, modelo AK172, possui memória para 16.350 registros de temperatura (-40 a 70°C ±1°C) e umidade (0 a 100%RH ±3%RH), em intervalos que podem ser

configurados pelo usuário desde 1s até 24h, e calcula o ponto de orvalho de cada registro via software. Com um amplo visor LCD, permite a visualização da temperatura ou umidade (seleção via tecla), além de mostrar a data e o horário correntes (em modo alternado), a indicação do nível da bateria e os valores máximos e mínimos registrados. Também permite a configuração de alarmes de mínima e máxima. Para garantir a segurança e integridade dos dados coletados e evitar que pessoas não autorizadas acessem os mesmos, o AK172 é fornecido com um invólucro plástico protetor e cadeado com senha. O modelo dispensa, ainda, o uso de interface para descarregar os dados coletados no computador, pois possui conexão direta USB (cabo USB e software inclusos).

Líder Balanças investe no setor frigorífico com produto de alta tecnologia Assim como a construção civil e o setor de silvicultura, o seguimento frigorífico vem aumentando a cada dia. Pensando mais especificamente neste setor, a Líder Balanças, empresa pioneira na fabricação de células de carga, desenvolveu um produto de alta tecnologia para atender este mercado. Ideal para açougues e frigoríficos, a Balança Tendal TD800 é fabricada com perfil em aço chato laminado e protegido, e disponível em aço inox ou carbono. Com capacidade para 300kg e 500kg, são diversas opçãoes de escolha: 40, 60 e 80cm. Possui duas células de carga em aço inox – isto significa uma célula com vida útil maior, em um setor salubre, além do grau de IP-68. Segundo esclarece o analista de Marketing da Líder, Fernando Prudencio, ao comprar uma balança para o setor, deve-se pensar em alguns fatores. De extrema importância, o primeiro é a qualidade. "Procure balanças com células com alta capacidade, mesmo você trabalhando com cargas relativamente pequenas, sempre será bom ter uma 'gordura' para queimar. Materiais anticorrosivos e pintura de qualidade (quando for pintado), também são critérios a serem avaliados", ressalta. Não menos importante, outro ponto relevante são os selos. "Os selos do INMETRO e ISO9001 são geradores de credibilidade e garantia de bons produtos. Não se esqueça de verificar se o produto que você está adquirindo tem estes selos".

Perfortex comemora 20 anos e lança tinta indicada para câmeras frias Para comemorar os seus 20 anos de existência, a Perfortex desenvolveu o Sistema Tintométrico Perfortex, que foi elaborado para a reprodução e personalização de cores para o segmento industrial. O equipamento possibilita diversas opções de cores e significativo ganho de agilidade. Além disso, a empresa acaba de lançar o Perfordur Cold, uma tinta de acabamento à base de resina epóxi, curada com poliamina, que é resistente a grande umidade e baixas temperaturas. Trata-se de 06 50

um produto de alta espessura e com baixo teor de compostos orgânicos voláteis (Low VOC). Pode ser aplicado em ambientes onde a temperatura pode chegar a 5°C, e é recomendado como primer e acabamento em estruturas de aço carbono e alvenaria. Garante resistência a soluções ácidas e alcalinas, sendo indicado para aplicação em câmeras frias, onde o equipamento não pode ser desligado e em local com alta umidade do ar e baixa temperatura.



Eagle apresenta sistemas avançados de inspeção por raio x Para atender às necessidades dinâmicas da indústria de bebidas e alimentos, a Eagle Product Inspection demonstrou tecnologias avançadas de raio x na Expo Pack México 2012, realizada na Cidade do México, de 26 a 29 de junho. Os sistemas em exibição incluíram o novo Pack 240 XE, projetado para pequenas e médias empresas; e o Eagle Tall PRO XS, utilizado para a inspeção de garrafas e embalagens rígidas. A equipe da Eagle também apresentou a última tecnologia em Análise de Gordura para os fabricantes de carne. Com novas formas de embalagens sendo introduzidas, diretrizes dos fabricantes cada vez mais detalhadas destinadas ao varejo e as regulamentações de segurança alimentar que se intensificam, a conformidade e a rastreabilidade são essenciais em todas as etapas do ciclo de vida de um produto. Formas eficazes de detecção de contaminantes são uma parte importante do processo e, na feira, a Eagle demonstrou como sua tecnologia de raio x está atendendo às demandas de conformidade. As demandas do consumidor estão criando novas tendências de tipos de embalagens e alimentos, o que impõe desafios únicos à inspeção de produtos.

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A tecnologia raio X para Discriminação de Materiais (MDX), projetada originalmente para o setor de segurança, é capaz de diferenciar materiais por sua composição química e permite a detecção e a rejeição de contaminantes inorgânicos historicamente não detectáveis, como cacos de vidro, pedras, borracha e plástico de alta densidade, mesmo em imagens de raio x cheias. Os fabricantes também estão sendo desafiados constantemente pela introdução de novos tipos, tamanhos e formatos de embalagens, como a embalagem de sanduíches em papelão dobrável ou os sacos flexíveis. Estas embalagens podem representar desafios à inspeção de produtos, e na feira a Eagle mostrou tecnologia de raio x que permite a análise precisa dessas novas formas e materiais. Os visitantes do estande da Eagle também puderam descobrir como os sistemas de inspeção da empresa são capazes de executar uma ampla variedade de verificações de qualidade na linha, como a verificação do nível de preenchimento, medição do volume acima do líquido, e evidenciar a presença ou a ausência de componentes.


Intermec oferece computadores móveis com tecnologia e robustez

A Intermec, empresa especializada em desenvolver soluções de transmissão de dados entre a cadeia de suprimentos, anuncia suas mais novas e inéditas ferramentas: o CV41 e o CV61. A tecnologia de ambos consiste no aumento comprovado da produtividade dos negócios, além de precisão, segurança e compatibilidade com o Vocollect Voice. Conforme o vice-presidente sênior da Unidade de Negócios de Soluções Móveis da Intermec, Earl Thompson, os computadores móveis foram construídos para suportar ambientes mais desafiadores dos clientes. “Com o lançamento, vamos entregar conexão rápida, segura e confiável para sistemas de gerenciamento de armazém, oferecendo um equilíbrio

ideal. Assim, fortalecemos ainda mais a posição da Intermec no setor de soluções avançadas de coleta de dados”, salienta o executivo. Os computadores móveis da Intermec trazem melhorias significativas na instalação em veículos, principalmente em ambientes que carecem de equipamentos com maior resistência. O diretor de Vendas da Intermec no Brasil, Luiz Eng, ressalta a importância das funcionalidades no resultado final. “Projetados para atender a evolução das necessidades dos negócios nos centros de distribuição, o CV41 e o CV61 permitem maior resistência em ambientes difíceis, proporcionando conexão rápida, segura e confiável para sistemas de gestão de armazém, além da facilidade de uso e montagem”. Especificações - O CV41 é indicado para aprimorar o desempenho do operador de empilhadeiras. Com este equipamento, é possível melhorar o desempenho do aplicativo e facilitar sua implantação e manuseio. Já o CV61 é ideal para instalação em veículos. O equipamento possibilita aumento de performance do operador e economiza tempo e custo para atualizações.

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Rancho do Laço é destaque no 1º Festival do Leitão no Rolete, no ES

Rubens e Marly Martins, da Rancho do Laço

A suinocultura capixaba mostrou sua importância para a economia do Espírito Santo (ES) e comprovou que está cada vez mais presente na mesa do consumidor. O 1º Festival do Leitão no Rolete, realizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) em parceria com o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) e Sebrae/ES, contou ainda com o apoio da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim e do frigorífico Cofril. O festival, que aconteceu nos dias 16 e 17 de junho em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, reuniu mais de 2,5 mil pessoas. Uma das ações que chamou a atenção do público foi a vitrine da carne, onde o mestre açougueiro Daniel Furtado ensinou os cortes especiais da carne suína, comprovando sua versatilidade e facilidade de preparo. Mas a grande atração do evento foi o preparo de 30 leitões inteiros no rolete, que começaram a ser temperados na manhã do primeiro dia do festival. Os suínos foram assados a partir de 16h de sábado e foi um atrativo que chamou a atenção dos visitantes, que acompanharam o processo de preparo dos suínos. Os animais ficaram assando durante toda a noite e só foram servidos a partir das 11h de domingo. Ao todo, foram mais de 1,5 mil quilos de carne. A preparação dos animais ficou a cargo da empresa Rancho do Laço, de Indaiatuba (SP), comandada por Rubens Martins e Marly Cecilia de Oliveira Martins. Para o presidente da ASES, José Puppin, o evento mostrou que comer carne suína é saudável. “Nossa intenção é divulgar a carne suína. Os leitões inteiros que foram assados foram um atrativo do festival, mas também serviram para estimular o consumo. Muitas pessoas falam que não comem a carne suína, mas também nunca experimentaram. No evento demos essa oportunidade ao público presente”, disse. Os principais objetivos do evento foram: valorizar o produtor de suínos, especialmente do Sul do Estado – onde se concentra a maior produção capixaba de suínos; aproximá-lo do mercado consumidor, incentivando o aumento do consumo; e desmistificar preconceitos, enfatizando a saudabilidade e versatilidade da carne suína. 06 54


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Tecno Fidta 2012 apresenta as últimas novidades em produtos e serviços para a indústria alimentícia Em atendimento ao pedido feito por visitantes e expositores, a Tecno Fidta 2012 – 11ª Exposição Internacional de Tecnologia Alimentar, Aditivos e Ingredientes – modificou seu horário de abertura e encerramento. O evento, que acontece de 18 a 21 de setembro em Buenos Aires, na Argentina, terá início às 14h e encerramento às 20h. Evento de relevância mundial para a indústria alimentícia, a Tecno Fidta promove a interação en-tre empresas e novas tecnologias, com o fim de buscar soluções que atendam às exigências do mercado e que otimizem a indústria de alimentos.

Durante os quatro dias de evento, serão realizados um programa acadêmico relacionado à tecnologia de alimentos, incluindo: • Conferência Técnica AATA, com a presença de palestrantes de renome internacional • Mostra de seminários entregues por agências e universidades com temas relevantes para a indústria • Espaço Rastreabilidade em Ação, que permite conhecer as vantagens de ter diferentes sistemas de rastreabilidade nas cadeias alimentares • Conferências de expositores. Mais informações no site www.tecnofidta.com.

Interconf 2012 acontece em Goiânia, de 11 a 13 de setembro De 11 a 13 de setembro, Goiânia (GO) vai receber a 5ª edição da Interconf - Conferência Internacional de Confinadores. O evento deste ano será um palco de discussões sobre a evolução da cadeia da carne e seus impactos nos processos produtivos. A Interconf 2012 é resultado de uma parceria entre a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) e o Canal Rural. Esta edição do congresso terá como tema "Processos que desencadeiam Processos", isto é, todos os processos realizados pelos produtores de gado "dentro da porteira", para produzir gado de corte da mais alta eficiência e qualidade. Processos ligados a pastagem, reprodução, manejo, nutrição, melhoramento genético e muitos outros, quando completos na forma de animais prontos para abate, geram outros diversos processos, estes realizados pela indústria frigorífica, responsável por "desmontar" o boi e transformá-lo no produto carne e pelo varejo responsável por distribuir a carne aos consumidores. A qualidade da programação técnica do Congresso é um dos destaques da Interconf 2012. Este ano, a Interconf recebe em suas palestras Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda (1987 a 1990, no governo Sarney), colunista da revista Veja e sócio da Tendências Consultoria Integrada; Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC); Claus Deblitz, economista agrícola alemão, coordenador da rede de pesquisa global Agri Benchmark; Eduardo Biagi, atual presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ); Eduardo Correa

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Riedel, diretor vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Eduardo Krisztan Pedroso, coordenador do Programa de Qualidade Nelore Natural; Jeremy O’Callaham, irlandês com mais de 30 anos de experiência na indústria da carne, que reside no Brasil desde 1979; Márcia Dutra de Barcellos, executiva do Programa Carne Pampa; Nancy Morgan, Economista Sênior da Food and Agriculture Organization (FAO); e Pablo Caputi, especialista em planejamento estratégico dos setores agrícolas tendo prestado consultoria para a FAO. Serão três dias de evento, sendo dois de plenária e um dia de campo. Para esta edição houve uma renovação dos temas discutidos. Ao todo serão três painéis expositivos, que terão como tema os assuntos: aspectos gerais da produção de boi e da indústria da carne no mundo; mercado consumidor de carne no Brasil; e relações entre produtores e frigoríficos. Por último, uma mesa redonda final, que abrirá discussão entre produtores, indústria da carne e varejo. Com patrocínio da Dow AgroSciences Pastagens, Elanco, Tortuga, Casale, Pfizer e Beckhauser, entre outros, esta edição da Interconf, que conta com o apoio da JBS promoverá ainda um Dia de Campo que levará os congressistas para conhecer as instalações do Confinamento da JBS em Nazário (GO). Na oportunidade, serão apresentados os processos utilizados pela maior empresa em processamento de proteína animal do mundo. Mais informações sobre a Interconf podem ser obtidas no portal www.interconf.org.br, onde também podem ser realizadas as inscrições.


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Dorper e White Dorper, opções para rentabilidade na *Por Carlos Vilhena Vieira ovinocultura brasileira Criada pelos colonizadores ingleses na África do Sul, em meados de 1940, a raça Dorper conquistou ovinocultores em todo mundo, principalmente aqui no Brasil, que já conta com um plantel de 40 mil animais registrados. Surgiu após uma década de pesquisas, a partir da necessidade de uma espécie que fosse eficiente na produção de carne e, ao mesmo tempo, resistisse às intempéries regionais, como baixa oferta de alimentos e o clima semidesértico. Os trabalhos se afunilaram com os cruzamentos entre o Blackhead Pérsian, raça nativa tolerante ao calor, com a britânica Dorset Horn, produtora de uma carne de excelente qualidade. Em geral, os produtos meio-sangue apresentavam o corpo branco e a cabeça preta (Dorper), entretanto, em duas ou três gerações, surgiriam animais totalmente brancos, mas com as mesmas características comerciais. Os brancos passaram a ser chamados White Dorper, assim como os borregos oriundos da cruza entre o Dorset Horn e o Van Rooy, outra raça indígena muito semelhante ao Blackhead Persian. A única diferença entre ambas é que o White Dorper (os animais brancos) é um pouco mais comprido e possui uma distribuição de gordura mais equânime, enquanto que o Dorper apresenta um pequeno acúmulo na região da calda e no peito, herança do seu ancestral da região. Se tratando de fertilidade, precocidade, ganho de peso, adaptabilidade e velocidade de terminação de carcaça, não há distinção entre eles. Os primeiros exemplares da raça Dorper chegaram ao Brasil há 20 anos, embriões importados pelo Centro de Pesquisa EMEPA, e os nascimentos foram leiloados aos criadores nordestinos. Estes foram cruzados com raças lanadas e semideslanadas, e os resultados surpreenderam. A heterose gerou cordeiros que, ainda jovens, apresentam um excelente desempenho de carcaça e, desde então, começaram a surgir projetos especializados na seleção genética. Dorper e White Dorper são, até o momento, as únicas raças no Brasil criadas e selecionadas exclusivamente para produzir carne de alta qualidade. Atualmente, estão distribuídos em todos os estados, principalmente no Norte e Nordeste, respondendo por animais que vão cedo para o gancho. O Sudeste vem se destacando como polo de excelência genética e fornecedor de reprodutores comerciais para serviço de campo, enquanto que no Sul, os criadores usam principalmente o White Dorper para agregar valor 06 58

de carcaça às raças lanadas, com pouco prejuízo na qualidade de lã. Já no Centro-Oeste, onde a ovinocultura encontra as melhores condições para produção em larga escala, sua participação ainda é tímida, mas a perspectiva de crescimento é imensa. Os preços aquecidos para a carne de cordeiro também ajudam a explicar a preferência por estas raças. O consumo per capita, que gira em torno de 700 gramas/habitante/ano, está abaixo da média mundial – 2 quilos –, e há um déficit de 80 mil toneladas/ano, que representa 10% do nosso consumo. Com um rebanho de 16 milhões de ovinos, a produção sequer arranha a demanda e nos mantém dependentes de países como Austrália, Novas Zelândia e Uruguai, esse último nosso principal fornecedor. Cerca de 80% de toda carne que levamos à mesa vem do vizinho com abate controlado, que recentemente passou a direcionar grande parte de sua produção a outros mercados, tornando o produto ainda mais escasso no Brasil. Se de um lado há pouca produção, do outro, surge uma oportunidade de negócio a ser considerada pelos investidores. Hoje, o mercado paga quase o triplo do que pagava pelo quilo de cordeiro há dois anos, e esse cenário deve prosseguir. Com melhor margem de renda, aumentaram os investimentos em genética, nutrição e sanidade, e começam a surgir projetos audaciosos, alguns com mais de 10 mil ovelhas, um sinal evidente da transformação da ovinocultura. Assim como o Angus agrega valor de carcaça ao gado Nelore na bovinocultura de corte, o Dorper e o White Dorper aumentam o rendimento de carcaça, precocidade em ganho de peso, diminuição no tempo de abate e a qualidade da carne das raças ovinas já fixadas. Quem usa animais puros nos cruzamentos consegue abater cordeiros entre os 100 e 150 dias, com até 40 quilos de peso vivo, perfil que garante o tipo de corte ideal. Creio que, em breve, seremos autossuficientes em produção, e as raças Dorper e White Dorper desempenharão um papel fundamental nesse processo, pela capacidade de gerar ganhos de até 25% em toda a cadeia de criação até o abate, devido a qualidade da raça e a heterose. Carlos Vilhena Vieira é Engenheiro Agrônomo e gerente da Dorper Campo Verde, de Jarinu (SP). Contato pelo telefone (11) 2626-9491, ou pelo e-mail carlosvilhena@ dorpercampoverde.com.br


Controle de parasitos na entrada do confinamento promove bem-estar e possibilita ganho de produtividade A produção de carne bovina a partir dos confinamentos cresce ano a ano no Brasil e tem contribuído para consolidar o país como membro ativo do comércio mundial de proteína animal. A expectativa de atingir uma marca em torno de 4,5 milhões de bovinos engordados e terminados sob confinamento na atual safra devolve ao setor a relevância perdida nos anos de crise financeira, entretanto, representa também um desafio para se manter elevada produtividade e qualidade da carne produzida. Assim, os cuidados relativos ao controle sanitário e bem-estar dos rebanhos são premissas de grande importância. O ritmo intensivo da operação confere ao confinamento um caráter de produção em escala industrial, onde nutrição e sanidade são peças chave na garantia do sucesso do negócio. “A alimentação corresponde ao segundo item de maior importância nos custos do confinamento, só perdendo para os valores pagos na aquisição dos animais. Com relação às principais verminoses, em geral, os bovinos terminados sob confinamento são afetados por doenças subclínicas, que podem afetar a conversão alimentar”, destaca o médico veterinário e gerente técnico ruminantes da Merial, Marcos Malacco. “A presença de vermes redondos no aparelho digestivo, mesmo em níveis subclínicos, pode interferir no apetite normal dos animais, bem como na digestão, absorção e aproveitamento dos nutrientes. Tudo isso passa despercebido. Assim, os esforços empreendidos com a correta e dispendiosa nutrição podem ser subaproveitados nos animais com cargas

subclínicas de vermes gastrointestinais”, explica. Atenta a isso, a Merial Saúde Animal colocou no mercado brasileiro a molécula endectocida Eprinomectina, princípio ativo do Eprinex® Pour-on. Tal molécula apresenta potência singular sobre os principais vermes redondos que podem afetar os bovinos. Além disso, atua sobre importantes parasitos externos, sendo indicada no controle da mosca dos chifres, berne e como auxiliar no controle do carrapato, o que pode ser importante na entrada dos animais nos currais de confinamento. Segundo Malacco, a aplicação de Eprinex® logo na entrada dos animais no confinamento é a solução que muitos confinadores vêm usando com sucesso para atenuar os efeitos dos principais parasitos internos nos bovinos. Ele conta que o produto apresenta grandes benefícios, como: alta potência e alta persistência de controle contra os principais vermes redondos dos bovinos, proporcionando condições para maior produtividade; ausência de carência ou período de retirada para o abate dos animais tratados (Carência de zero dias); facilidade de aplicação por ser pour on, porém, sem ter seus benefícios afetados por condições climáticas adversas, como ocorrência de chuvas e extremos de temperatura. Além disso, por ser aplicado pela via pour on, o tratamento com Eprinex® resulta em menor estresse e não determina lesões na carcaça dos animais tratados passíveis de serem penalizadas no frigorífico, que podem ocorrer quando empregamos produtos pela via injetável, por exemplo.

Agroceres PIC promove Workshop de Nutrição de Suínos A Agroceres PIC apresentou e debateu as novas orientações nutricionais para as linhas genéticas da empresa no dia 19 de junho, em Campinas, durante o I Workshop de Nutrição de Suínos que promoveu. De acordo com o diretor superintendente da empresa, Alexandre Furtado da Rosa, um dos propósitos do evento foi ressaltar e discutir a importância da nutrição para a expressão do potencial genético dos animais da Agroceres e, consequentemente, para maximizar rentabilidade do negócio suinocultura. “Utilizar uma nutrição adequada a cada etapa de vida da fêmea e/ou a cada fase de crescimento dos cevados é fundamental para a expressão de todo o potencial genético do animal, tanto em termos de desempenho como de rentabilidade. Ainda mais num

cenário como o atual, onde cada vez mais os custos de produção e os preços de mercado pressionam a suinocultura”. O workshop marcou também o lançamento do Guia de Especificações Nutricionais Agroceres PIC. Segundo o gerente de Contas Chave da Agroceres PIC, Marcio Faleiros, é preciso buscar o uso adequado dos conhecimentos em nutrição para otimizar a performance produtiva animal e obter o melhor resultado econômico possível com ela. “O equilíbrio entre ótimo desempenho zootécnico e controle de custos gera maior rentabilidade. Por isto queremos fornecer informações relevantes para que seja possível obter a máxima eficiência alimentar com nossas linhas genéticas”, reforça o gerente. 59


Apesar de vocês

*Por Tom Coelho

"Quem tem um porquê suporta qualquer como." (Victor Frankl) Emmanuelle Garrido tem formação em Direito e ocupa cargo de chefia. Apesar de ser deficiente visual desde os seis meses de idade. Monique Romano é gerente comercial e conseguiu superar uma grave crise financeira em sua empresa. Apesar da queda expressiva nas vendas ocorrida em determinado período. Giselle Dellatorre trabalha para melhorar a qualidade de vida de crianças com doenças reumáticas. Apesar da falta de incentivo governamental. Rodney Santos celebra todos os anos sua maior conquista pessoal: a vitória pela vida, após superar um câncer. Apesar do pessimismo de muitos, anos atrás. Todos os nomes mencionados são de leitores, hoje amigos, com os quais me correspondo. Não são celebridades, participantes de reality shows ou receberam heranças ou facilidades. São pessoas diferentes porque decidiram enfrentar a mediocridade, o pessimismo, a negligência. É comum nos abatermos diante das dificuldades. E superdimensioná-las. Nossos problemas são sempre mais relevantes do que os dos outros. Contratempos revestem-se de tragédias. Sentimo-nos incapazes, impotentes, injustiçados. A frase que introduz este texto é do psiquiatra e psicólogo austríaco Viktor Frankl, criador da logoterapia, segundo a qual o desejo de encontrar um significado para a vida é a motivação básica do comportamento de um indivíduo. Estabelecer e perseguir um objetivo trilhando o próprio destino é aspecto mais relevante do que satisfazer instintos e aliviar tensões, como sustenta a psicanálise convencional. Frankl pertencia à corrente judaica socialista marxista, a classe de judeus mais odiados por Hitler. Passando por quatro campos de concentração entre 1942 e 1945, perdeu os pais, a esposa e um irmão, sofrendo com os maus tratos e a fome. Mas sobreviveu, por seus princípios e por seus propósitos. Teorizando a partir de suas observações e sua própria experiência, Frankl observou que um indivíduo pode encontrar um sentido para sua vida a partir de três vias (com base nos escritos do filósofo Rubem Queiroz Cobra): 1. Criando um trabalho, realizando um feito notável ou sentindo-se responsável por terminar um trabalho que depende fundamentalmente de seus conhecimentos ou de sua ação. Aqui poderíamos relacionar as contribuições de personalidades como Pasteur, Einstein e Bohr, entre outros. 2. Experimentando um valor, algo novo, ou esta06 60

belecendo um novo relacionamento pessoal. Esse é o caso de uma pessoa que está consciente da responsabilidade que tem em relação a alguém que a ama e espera por ela. O amor incondicional de uma mãe por um filho exemplifica essa tese. 3. Pelo sofrimento, suportando as amarguras inevitáveis diante da consciência de que a vida ainda espera muito de sua contribuição em relação às demais pessoas, como aconteceu com o próprio Frankl. Nestes três casos, a resposta do indivíduo deixa de ser a perda de tempo em conversas e meditação, e se torna a ação correta e a conduta moral objetiva. Tenho visto empresas que produzem e geram empregos, apesar dos juros elevados, da carga tributária indecente, da carestia das linhas de crédito. O desejo de encontrar um significado para a vida é a motivação básica do comportamento de um indivíduo. Tenho visto profissionais que são promovidos, apesar de uma formação acadêmica deficitária, da ausência de um MBA ou da fluência em outro idioma. Tenho visto pessoas que praticam ações filantrópicas, levando consigo o carinho do olhar, o calor do abraço e o conforto da palavra, apesar de pessoalmente não necessitarem disso. Tenho visto casais que se reconciliam e amantes que se saciam, apesar das divergências e da eventual discórdia. Aprecio muito o conceito de resiliência, a capacidade de superar adversidades. E meu amigo Roberto Ambrósio presenteou-me com uma metáfora sobre o boxe, um esporte duro e violento que nos lega de forma muito especial o conceito de assimilação. Um boxeador toma um direto de direita e assimila, bem ou mal, o choque sofrido. Assimilar é tornarse semelhante a. Como se o golpe passasse a ser uma parte da própria pessoa, modificando-a externa e internamente. O boxeador sofre, baqueia, devolve a energia potencial em forma de persistência (permanecer em pé), ou em forma de contragolpes defensivos, mas, acima de tudo, aprende enquanto assimila. Aprende que a guarda deveria estar mais alta, que a esquiva deveria ocorrer um décimo de segundo antes. Aprende com a dor e aprende sozinho. Também tenho aprendido a oferecer menos resistência aos sacrifícios impostos, a suportar melhor as dificuldades, a ser mais tolerante. E a encontrar um sentido para a vida. Apesar dos que a tudo isso se opõem.


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No marketing digital, gerar conteúdo é gerar clientes Publish or perish (traduzido em português para “publique ou morra”) é um jargão cunhado nas universidades, mas poderia muito bem ter sido criado para as empresas que investem em marketing digital. Gerar conteúdo relevante e constantemente atualizado é igualmente importante tanto para o sucesso e a sobrevivência de um profissional do meio acadêmico quanto para uma empresa na internet. Afinal, o que o seu consumidor ou cliente em potencial procura quando faz uma pesquisa no Google ou visita o seu site? Ele quer informação sobre alguma coisa de que necessita no momento. Pode ser o detalhe técnico de uma câmera fotográfica que pretende comprar, a previsão do tempo para o próximo fim de semana, algum vídeo engraçado para descontrair o estresse do dia ou o contato de um fornecedor para complementar o terceiro orçamento de uma licitação. Quanto mais prático, elucidativo ou atraente for o conteúdo, mais chances terá de ser relevante e maiores as chances de quem acessou voltar interessado em novos conteúdos, em um orçamento ou em uma compra direta. Nos EUA, o conteúdo é levado tão a sério que se transformou em um braço do marketing digital (o content marketing, ou marketing de conteúdo) com vários sites e portais especializados no assunto, entre eles o Content Marketing Today (www. contentmarketingtoday.com). Um dos principais gurus na área é Joe Pulizzi (www.joepulizzi.com), autor do livro Get Content, Get Customers (Gere Conteúdo, Gere Clientes, em uma tradução livre). No Brasil, curiosamente, o content marketing ainda é pouquíssimo explorado, revelando talvez o pouco valor que damos ao que é nosso, uma característica cultural, aliás. Mas isso não é de todo ruim. Ao contrário, é uma oportunidade para sua empresa se posicionar no mercado, criar diferenciais e se aproximar de seus clientes e consumidores. Para isso, o primeiro passo é descobrir as maiores prioridades e necessidades do seu público-alvo, aquilo que eles mais procuram na internet. O segundo é desenvolver material que atenda a estas necessidades com um alto grau de satisfação. Como se vê, marketing de conteúdo é uma área com muito potencial e que pode se desdobrar em várias atividades, de acordo com o perfil do públicoalvo, segmento de atuação e características da empresa. Para não estender a questão, vou listar cinco fundamentos essenciais que servem de referência 06 62

para iniciar esse trabalho: 1. Tenha uma mensagem principal: o marketing de conteúdo é, antes de mais nada, uma forma de relacionamento e envolvimento com o seu cliente. Portanto, não perca a oportunidade de transmitir a imagem que deseja: credibilidade, versatilidade, qualidade, etc. 2. SEO depende de conteúdo relevante, e viceversa: no Brasil, muitas empresas consideram que apenas o trabalho de SEO (colocar os site nas primeiras posições nas pesquisas do Google) é suficiente para gerar negócios. Mas sem conteúdo que atraia o interesse dos visitantes, a otimização se transforma em uma espécie de propaganda enganosa. Seu cliente pode encontrar o site, mas não as informações que realmente procura ou deseja, que vai frustrá-lo. Já conteúdo sem SEO é como ter um belo outdoor no meio do deserto. Nesse caso, quem acaba se frustrando é você. 3. Encare o conteúdo como uma prestação de serviço ao seu cliente em potencial: veja o exemplo do site da Likestore, um aplicativo que transforma sua fan page no Facebook em uma loja. Além das informações sobre o funcionamento e vantagens, o site possui manual passo-a-passo para instalação e configuração que pode ser baixado. Já o portal IDG Now! (www.idgnow.uol.com.br), voltado para profissionais de tecnologia, oferece relatórios técnicos e estudos (White papers) em diversas áreas de TI. 4. “Espalhe” conteúdo pela internet: estude todas as oportunidades para criar conteúdos nas redes sociais, mas lembre-se de que terá de seguir as características de cada uma. As pessoas interagem de uma forma no Facebook e de uma forma diferente no Twitter, por isso é preciso estudar suas diferentes linguagens e se adaptar a elas. Procure as empresas no Brasil e no exterior que melhor utilizam esses sites e avalie formas de implementá-las. Uma referência é a construtora Tecnisa (www.tecnisa.com. br), presente em praticamente todas as redes e mídias sociais. 5. Incentive o compartilhamento e a participação: Outra característica importante das redes e mídias sociais é a de permitir que as pessoas comentem, avaliem e compartilhem o conteúdo que lhes interessa, tornando-o mais dinâmico e aumentando seu potencial de viralização. Silvio Tanabe é consultor de marketing digital da Magoweb,

autor do blog Clínica Marketing Digital (www.clinicamarketing8ps) e um dos autores do e-book Caia na Rede – 12 Maneiras de Planejar e Fazer Sucesso nas Redes Sociais Mais informações: silvio.sp@magoweb.com.br


Investimentos em ações de mídia online proporcionam resultados efetivos Novos investimentos, clientes e parceiros em potencial, projetos qualificados e muito empenho são alguns fatores que acarretam em bons resultados a empresas, sejam elas de qualquer natureza. Mas, para aumentar o faturamento de seu negócio, que tal ganhar dinheiro na internet? Escolhendo corretamente a estratégia, prestando atenção nas tendências do mercado e agindo com cautela, alguns fatores podem contribuir diretamente nesta questão. Neste “mundo virtual” que hoje faz constantemente parte do nosso dia-a-dia, é perceptível a presença de inúmeros tipos de mídias que podem ser utilizadas e exploradas para gerar lucro. Mas, o grande diferencial está em focar naquelas que realmente possam gerar vendas efetivas, e fazer com que o retorno em dinheiro seja mais rápido e direto. Se você pudesse apostar em alguma mídia, qual delas seria? Grande parte dos investidores responderia nas redes sociais, graças a expansão e “barulho” que vêm fazendo atualmente. Apesar de ser muito boa e fundamental para a construção da marca, é imprescindível optar também por outras mídias para alavancar o seu negócio. Digo isso, pois a venda em si está associada a ações como: envio de E-mail Marketing, Links Patrocinados, Rede Display e Otimização de Sites, mais conhecido como SEO (Search Engine Optimization). Para que você possa investir em tais ações, primeiramente, é de suma importância que seja feito um estudo sobre cada uma das mídias em que irá focar. Se for necessário, pergunte até mesmo a empresas especializadas neste segmento, já que é sempre bom ficar inteirado sobre o assunto, principalmente em reuniões com possíveis fornecedores de mídia online. Feito isso, basta analisar se a estratégia traçada está de acordo com o mercado de atuação e política da empresa para entrar em ação. Em média, como ocorre em todo formato de mídia, é possível começar a verificar o retorno em 90 dias, já que a mídia atual online tem como ponto positivo a rápida mudança de budget, e veicula quase que instantaneamente os resultados captados. Para finalizar e fazer com que todo o investimento online valha a pena, lembre-se que só é possível ganhar dinheiro na internet se houver uma métrica muito bem instalada para mensuração de resultados. Boa sorte! Tamara Costa é diretora geral da linksearch. Formada em marketing, é empreendedora e fascinada pelo mundo virtual. Mais informações: www.linksearch.com.br

Dica de leitura Você sabe o que é sustentabilidade? Qual a relação de um besouro com o aumento da produção de carne? Vale a pena investir em um negócio sustentável? Apesar de serem temas recorrentes na mídia, questões como essas vêm preocupando a população nos últimos anos. No entanto, esses assuntos ainda são tratados como algo longe do cotidiano das pessoas e fora da realidade econômica da maioria. Pensando nisso, os autores Rafael Moraes Chiaravalloti e Cláudio Valladares Pádua, escreveram o livro “Escolhas Sustentáveis”. O objetivo da obra é fazer uma reflexão sobre a importância dos sistemas naturais e como a ciência pode ajudar as pessoas no processo de escolhas mais sustentáveis. O livro, baseado em muitas pesquisas e estudos de casos, aborda temas como desmatamento, aumento da temperatura da Terra, tratamento de água, o tripé da sustentabilidade e energias limpas. Além disso, a obra se propõe, de uma maneira simples, a desmitificar essas questões mostrando o que se tem feito ao redor do mundo em termos de preservação ambiental. Sobre os autores - Chiaravalloti é biólogo e começou trabalhando com mamíferos no pantanal. Cursou mestrado em desenvolvimento sustentável na Escola Superior de Conservação e Sustentabilidade. Trabalhou como parceiro e fez estágio em instituições nacionais como Vivo e Natura, e internacionais, como Volans e Sustainability. Pádua é administrador de empresas e biólogo. Possui mestrado e doutorado em ecologia pela universidade da Flórida em Gainesville, EUA. É professor aposentado da universidade de Brasília, reitor da Escola Superior de Conservação e Sustentabilidade, vice-presidente do Ipê – Instituto de Pesquisas Ecológicas, pesquisador da Columbia University, conselheiro do WWF Brasil, diretor internacional de conservação do Wildlife Trust Alliance (Nova York) e sóciodiretor da Biofílica SA. Título: Escolhas Sustentáveis Editora: Urbana Autores: Chiaravalloti e Pádua Preço médio: R$ 28,00 - 168 páginas

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ERRATA: Ao contrário do que foi publicado no Anuário – edição de maio da Nova Revista Frigorífico –, na seção "Prestação de Serviços", os telefones de contato da Solução Fiscal são: (21) 2112-4909 e 9988-6181. Já o e-mail é contato@solucaofiscal.com A Solução Fiscal é uma empresa especializada na prestação de Consultoria e Assessoria Tributária.



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