Revista Frigorífico Mar12

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Índice 04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigoríficos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 Entrevista com Nasereddin Khazraji: Mercado Halal 34 CAPA Aquicultura - Em alta no cenário global, carne de peixe passa por momento de expansão no Brasil

38 Integração de sistemas: informação ao alcance das mãos 42 Análise do DNA revoluciona produção mundial de carne e leite 44 Reestruturação deixa SISBOV mais transparente e menos burocrático 46 Ministério revê níveis de minerais em rações 48 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigo Técnico) 61 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho

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Brasil precisa investir em tecnologia para atender demanda por carne Para especialistas, faltam incentivos para setor aumentar produtividade e comercialização do produto A fim de aumentar a oferta de carne bovina e atender a forte demanda mundial prevista para os próximos anos, os pecuaristas brasileiros precisam ter mais acesso a financiamentos e iniciativas que estimulem os investimentos na atividade. A afirmação foi feita por especialistas da Scot Consultoria, que acreditam que o Brasil tem todas as possibilidades de elevar a produção da proteína, pois possui área, clima favorável e oferta crescente de grãos – mas precisa investir em tecnologia para aumentar a produtividade. De acordo com dados da Scot, o rebanho brasileiro é estimado em 215,2 milhões de cabeças e tem crescido a uma taxa de 5,72% ao ano desde 1961. Daquela época até 2011, o plantel aumentou 286%. Porém, a produtividade média por hectare segue baixa, sendo de 1,28 cabeça por hectare, com um índice de tecnologia de 0,97%. Zootecnista da consultoria, Gustavo Aguiar diz que o pecuarista tem usado tecnologia para aumentar a produtividade por hectare, mas a falta de financiamento, tanto da iniciativa privada quanto por parte do governo, freia os investimentos na atividade. “O Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 do governo federal prevê financiamento rural de R$ 107,2 bilhões. De julho de 2011 a janeiro de 2012, já foram usados R$ 65,1 bilhões do montante total, um pouco mais de 60%. O governo ainda oferece uma nova linha de financiamento, o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O problema é que as linhas disponíveis, devido à burocracia e às regras para concessão, não chegam aos produtores e isso precisa ser facilitado”, defendeu. Abates e produção de carne - Ainda que insuficiente, a utilização da tecnologia na cadeia produtiva

da pecuária é comprovada quando se analisa a taxa de crescimento de animais abatidos e da produção de carne. Com base em informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados da Scot mostram que, de 1961 até 2011, os abates no Brasil têm crescido à taxa de 9,5% ao ano (475% no acumulado do período), enquanto a produção de carne vem subindo 11,4% ao ano (571% no acumulado). Segundo observou o diretor da Scot, Alcides Torres, o aumento dos abates em relação ao rebanho (desfrute) aumentou 48,8%. Já a produção de carne subiu por conta do aumento de 16,7% do peso médio da carcaça. Em 2011, o peso médio da carcaça ficou em 221,8 quilos ou 14,8 arrobas, enquanto a taxa de desfrute foi de 19,2%. Torres afirmou que há espaço para o Brasil avançar na sua taxa de desfrute, pequena comparada à de outros países. Nos Estados Unidos, o desfrute é de 38%; na Austrália, de 30,9%. “Ambos os países possuem uma taxa maior porque utilizam mais o confinamento, que é realizado desde a desmama. Não dá para chegar nesses níveis, porque engordar o boi no pasto é mais barato”, disse o analista. Entretanto, ele acredita que, se o peso da carcaça subir e a taxa de desfrute chegar aos níveis do porcentual da Austrália, a produção de carne brasileira aumentará substancialmente. “O que falta para o Brasil chegar a esse ponto? O setor precisa de incentivos para a comercialização do produto tanto no mercado interno quanto nas exportações”, argumentou. Canal Rural, com edição da RF.

Intercâmbio Interessados em manter cooperação na área da suinocultura, representantes da empresa Agro-Soyuz Corporation, de Dnipropetrovsk, Ucrânia, e técnicos da Agência de Desenvolvimento Rural da Coreia do Sul (RDA), estiveram no Brasil no início deste mês para discutir com pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves os termos de possibilidades de parceria. A vinda dos coreanos ao Brasil faz parte das ações do Labex Coreia, escritório da Embrapa na Coreia do Sul, coordenado pelo pesquisador Gilberto Schmidt. Para o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Suínos e Aves, Gérson Scheuermann, o intercâmbio internacional é essencial para o cumprimento das metas de pesquisa da Unidade. “Conhecer as experiências de outros países são fundamentais e aprimoram aquilo que fazemos aqui”, disse. Embrapa Suínos e Aves, com edição da RF.

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Ministério da Agricultura intervém para acabar com entraves comerciais Embargo russo e imposições aplicadas pela Argentina atingem o setor brasileiro de carne suína Como estratégia para acabar com a barreira comercial que vem impedindo a entrada de carne suína brasileira na Argentina, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, deverá antecipar a sua visita ao país vizinho ainda para este mês. A posição foi anunciada durante audiência com a diretoria da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), dia 6 de março, em Brasília. A proposta inicial era uma visita em conjunto dos ministros da Agricultura; das relações Exteriores, Antonio Patriota; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior , Fernando Pimentel, mas Mendes Ribeiro quer resolver o impasse antes da próxima reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), marcada para maio. “Não podemos deixar nossas relações se deteriorarem. Temos que proteger o nosso sistema produtivo, e é por isso que já estou marcando minha ida à Argentina. Esses impedimentos não podem continuar e estou atento a essa prioridade”, garantiu.

Com a necessidade imposta pela Argentina de autorização prévia para todas as importações, as exportações brasileiras de carne suína para o país, que representa 9% do mercado, estão praticamente paradas. "A venda de carne suína é a nossa principal preocupação agora em relação à Argentina", afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do ministério. "Nas exportações em geral, não houve redução de vendas." Rússia - Mendes Ribeiro também fará um novo contato com a ministra da Agricultura russa, Yelena Skrynnik, para tentar agilizar o fim do embargo russo à carne brasileira. Apesar do momento de indecisão e de mudanças políticas na Rússia, ele acredita que já houve avanços – como a liberação de exportação de um frigorífico de Santa Catarina no dia 02 de março – e aposta na boa relação com Yelena para re-abrir o mercado russo aos produtos do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso nos próximos meses. Mapa e Folha.com, com edição da RF.

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Estados Unidos podem rever restrições feitas à carne suína brasileira Segundo ministro do Mapa, após aval de Santa Catarina, mais 13 estados poderão ser liberados O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, está confiante na abertura do mercado norte-americano à carne suína brasileira. Tanto que as restrições ao produto devem sofrer alterações depois da visita da presidenta Dilma Rousseff a Washington, nos Estados Unidos, em abril. Ela visitará o país entre os dias 9 e 11 do próximo mês. "Já me acenaram com a liberação de [outros] 13 estados, além de Santa Catarina, e eu saí bem otimista do encontro [com autoridades norte-americanas]. Agora, temos uma viagem aos Estados Unidos e eu quero trazer alguma coisa mais objetiva de lá", disse o ministro. Apesar de importarem grande quantidade de carne suína, os EUA também exportam, o que dificulta aos produtores brasileiros a venda de grandes volumes para o país. Reconhecimento - Em janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em

inglês) comunicou o reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção de carne suína do Brasil. No documento, o órgão norte-americano autoriza a habilitação de frigoríficos de Santa Catarina para a exportação de carne suína in natura aos Estados Unidos. O reconhecimento norte-americano sobre o produto brasileiro, segundo especialistas do governo, pode ajudar a derrubar barreiras nas negociações, que duram anos, com dois dos maiores importadores mundiais de carne suína: o Japão e a Coreia do Sul – mercados de mais de US$ 1 bilhão em importações do produto. No final de fevereiro, o subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, ao visitar o Brasil, foi cobrado pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Ruy Nogueira, sobre as barreiras impostas a alguns produtos brasileiros e a revisão do Tratado de Cooperação Econômica e Comercial (TECA, sigla em inglês). Agência Brasil, com edição da RF.

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Ideias com futuro

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Veterinários brasileiros conhecem sistema de registro animal da Bélgica Uma delegação brasileira formada por veterinários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e da Delegacia Regional do Ministério da Agricultura, esteve em Bruxelas, em fevereiro, para conhecer o sistema de identificação e registro de animais adotado na Bélgica, considerado um dos melhores da União Europeia (UE) e implantado a um custo de dois milhões de euros. Composta pela coordenadora técnica da Câmara Setorial da Carne, Anna Suñé, pelo coordenador do Serviço de Doenças Vesiculares da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff e pelo representante do Departamento de Defesa Agropecuária, André Mendes Ribeiro Correa, bem como pelo representante do Ministério da Agricultura, Roberto Schroeder, o grupo contou com o apoio do adido agrícola da Embaixada Brasileira em Bruxelas, Odilson Silva. Responsável pela integração de Business Information, Jean-Marie Robijns mostrou como funciona a base de dados belga que faz interface do cadastro das propriedades rurais com a identificação animal, programas sanitários, dados relacionados ao abate, exames laboratoriais, movimentação animal e importação. O sistema provê a comunicação com o sistema TRACES da União Europeia e, de forma simples e funcional, pode ser acessado e alimentado com as informações relevantes por todos os envolvidos da cadeia produtiva. Com o mecanismo, produtores, frigoríficos, veterinários privados, associações de raça e veterinários oficiais acessam em diferentes níveis de permissão e contribuem em rede para o abastecimento do sistema com capilaridade. "Todos os processos que envolvem programas sanitários e segurança alimentar, prioridade máxima na União Europeia, partem de uma análise de risco, e para isso é fundamental o acesso às informações e a capacidade de fluxo das mesmas conferidas por

CONEXÃO GLOBAL -

um sistema integrado", segundo Robijns. Para a melhoria do sistema informatizado de defesa sanitária do Rio Grande do Sul (SDA), bem como da harmonização do mesmo com a plataforma de gestão agropecuária (PGA), do Ministério da Agricultura, foi proposta uma cooperação técnica com a agência federal do governo belga. “Com a experiência e eficiência operacional desta base de dados, poderemos implementar, de forma ágil, nossa integração com a base de dados única nacional”, destacou Anna Suñé. "Por indicação do adido em Bruxelas, Odilson Silva, encaminharemos solicitação ao secretário de Relações Internacionais, Célio Porto, para formalizar este termo de cooperação com o governo belga", acrescentou. Além de serem recebidos pela Agência Federal de Segurança da Cadeia Alimentar do governo da Bélgica, por dois dias, a agenda englobou uma tarde no serviço de saúde animal da região de Flandres, que demonstrou na prática a inserção de informações de nascimentos de animais, movimentação e impressão de passaportes. O roteiro foi concluído com visita a uma propriedade rural de engorda e terminação, com um rebanho de 400 animais, onde foi realizada a inspeção de animais e demonstração prática, em tempo real, realizada pelo produtor, na comunicação de nascimentos ao sistema, movimentação de amimais e acompanhamento de informações relativas a animais abatidos no dia anterior. A missão, que também visitou a Irlanda e participou de reuniões com membros do Serviço Veterinário Oficial da UE, em Dublin e em Bruxelas, segmento do Departamento Geral de Saúde e Consumidor (Sanco), teve como objetivo promover a troca de experiências na área de sanidade animal. Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, com edição da RF.

Um giro rápido pelo mundo

Autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai (Senacsa, sigla em espanhol) concluíram que o aumento da fiscalização do trânsito e do comércio de animais é uma das melhores formas de coibir o contrabando e a propagação de doenças como a febre aftosa na região. A proposta de integrar o trabalho dos serviços veterinários, policiais e de inteligência dos dois países e de se criar um canal de troca de informações permanente foi discutida em reunião bilateral Brasil-Paraguai, realizada dias 8 e 9 de março, no Sindicato Rural de Ponta Porã (MS). Para o presidente do Senacsa, Félix Otazú, o apoio técnico permanente do Brasil e a manutenção da compra de carne do Paraguai têm contribuído para o país superar esse momento difícil. Na opinião dele, a experiência brasileira no combate à aftosa é fundamental para definir critérios, rumos e correções para o fortalecimento da sanidade da região e do continente. “Entendo esse relacionamento não só na sanidade animal, mas como um compromisso de uma região perante o sistema sanitário mundial. Não existe outro caminho que não seja trabalharmos de forma cooperada e por meio de alianças estratégicas com os países vizinhos”, ressalta. 8



Primeiro hambúrguer de carne artificial deve ir à mesa em outubro Pesquisadores estimam de 10 a 20 anos para produto ser reproduzido em escala industrial O primeiro hambúrguer de carne criada em laboratório, a partir da reprodução de fibras musculares geradas de células-tronco bovinas, poderá ir à mesa em outubro deste ano. A declaração foi feita pelo líder do projeto de criação de carne artificial da universidade alemã de Maastricht, Mark Post, na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver, no Canadá. De acordo com o jornal Financial Times, onde a notícia foi publicada, o pesquisador quer convidar o célebre chefe de cozinha Heston Blumenthal para prepará-lo. Blumenthhal é dono do restaurante inglês The Fat Duck, eleito em 2005 o melhor do mundo pela Restaurant Magazine. Segundo informações publicadas pelo jornal, a carne feita em laboratório ainda não tem a aparência suculenta de um "grosso bife mal passado de churrascaria", porque não têm sangue. Ao contrário, é de uma palidez rosácea e amarelada. Por isso, o visual é um dos pontos nos quais a equipe de Post terá que concentrar esforços daqui para frente.

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Caso a tecnologia avance, poderá resultar em grandes implicações para o Brasil, maior exportador de carne do mundo. Segundo os pesquisadores, uma das grandes vantagens de se produzir carne em fábricas é o rendimento. No campo, somente 15% das proteínas vegetais ingeridas pelos animais é efetivamente transformada em carne. Em laboratório, a expectativa é chegar a 50%. Uma das curiosidades a respeito da produção de carne em laboratório é que, para que cresçam, as fibras musculares precisam ser exercitadas. Por isso, são flexionadas e esticadas nos discos nos quais são produzidas e alimentadas com proteínas vegetais e nutrientes semelhantes aos encontrados na dieta dos bovinos. Até que o processo possa ser reproduzido em escala indústrial, porém, os pesquisadores estimam que levarão ainda de 10 a 20 anos. Ainda segundo a publicação, células de gordura também estão sendo testadas em laboratório, para garantir o sabor dos hambúrgueres, e serão misturadas às fibras musculares. IG, com edição da RF.


Ubabef defende política nacional de abastecimento de grãos mais efetiva Presidente da entidade, Turra reiterou a importância de mais ações por meio de VEP e PEP O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, participou do 4° Fórum Nacional do Milho, durante a Expodireto Cotrijal 2012, em Não-Me-Toque (RS), dia 05. Durante o fórum, que teve como tema central a “Interação com o Mapa: Políticas em tempos de crises, estiagem e supersafra”, Turra destacou ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Tibério da Rocha – um dos debatedores do evento – a necessidade de ações mais rápidas por parte do ministério. O presidente da Ubabef reiterou a importância de mais ações por meio de Valor de Escoamento de Produção (VEP) e promoção de Prêmios de Escoamento de Produção (PEP), entre outras iniciativas, que objetivem reduzir os impactos da falta de insumos para a cadeia produtiva avícola do Sul. “A Região Sul do país é responsável por 73% da exportação de aves e 66% da produção de suínos do Brasil. O governo precisa intervir para garantir que o

abastecimento de insumos não seja comprometido, especialmente em situações de estiagem como a que recentemente atingiu esses estados”, ressalta. Em concordância com o presidente da Ubabef, o secretário do Mapa destacou que o próximo Plano Safra contemplará ações voltadas para a disponibilização de insumos, fomentando tecnologias para a produção e a oferta de sementes mais resistentes à seca – um dos pleitos apresentados por Turra no encontro. Juntamente com Turra e Rocha, foram debatedores do Fórum o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, Marcelo Lopes; o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas, Narciso Barison Neto, e o engenheiro agrônomo da Semeato S/A, Eduardo Copetti, com coordenação de Odacir Klein. Como expectadores, o evento contou com a presença de dirigentes de cooperativas, empresários, líderes do agronegócio e produtores, entre outros. Ubabef, com edição da RF.

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Brasil Foods inicia embarques de carne suína para a China Volumes serão comercializados pela joint venture criada pela BRF e a empresa chinesa DCH A Brasil Foods fez o primeiro embarque de carne suína para a China, no dia 1º deste mês. O produto – sobrepaleta suína congelada sem osso – foi processado na unidade da empresa em Rio Verde (GO), uma das três plantas brasileiras de carnes habilitadas a exportar para aquele país. Os volumes serão comercializados pela joint venture criada recentemente pela BRF e a empresa chinesa Dah Chong Hong Limited - DCH, para distribuir produtos no mercado chinês, processar carnes em unidades locais, desenvolver a marca Sadia e atuar nos canais de varejo e food service na China Continental, Hong Kong e Macau. Por enquanto, a BRF está autorizada a exportar apenas carne suína desossada, mas a empresa já trabalha para habilitar plantas instaladas em Santa Catarina, de onde é permitido também o embarque de carne suína com osso, uma vez que o Estado é considerado livre de febre aftosa sem vacinação.

A China é o maior produtor de carne suína do mundo, porém não tem oferta suficiente para suprir a demanda local. O acesso àquele mercado é um marco para a BRF e para o Brasil, pois abre promissoras perspectivas para o agronegócio nacional. Parceria - O início das conversações sobre a parceria entre a BRF e a DCH foi anunciado ao mercado em maio do ano passado. A expectativa é que o negócio represente, no primeiro ano, volumes acima de 140 mil toneladas e receitas de cerca de US$ 450 milhões, com investimentos em capital de giro. Na primeira fase do projeto, caberá à BRF a produção, suporte técnico e marketing dos produtos a serem comercializados pela joint venture. A DCH atuará na cadeia de suprimentos e distribuição das operações, serviço de processamento, embalagem e serviços gerais de suporte de operação. BRF, com edição da RF.

Exportação de gado vivo: 2,7 mil bois morrem em navio no Mar Vermelho Mais de 2,7 mil bovinos morreram a bordo do navio MV Gracia del Mar, no Mar Vermelho. O navio do Panamá saiu do Brasil no início de fevereiro com cerca de 5,2 mil bovinos vivos, rumo ao Egito. Problemas de ventilação podem ter causado as mortes. Segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (ABEG), todos os animais foram vendidos pelo frigorífico Minerva, e informações preliminares

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apontam para um problema com a documentação necessária para a entrega dos animais. “Ao que tudo indica, os importadores não conseguiram a liberação do crédito para honrar com o pagamento da carga” explica o presidente da ABEG, Daniel Freire. A ABEG assegura que todos os animais embarcados passaram pelo processo de quarentena e estavam em perfeito estado de saúde. DBO, com edição da RF.



Marfrig Alimentos cria nova unidade operacional: a Seara Foods Nova unidade vai reunir as operações da empresa em aves, suínos e alimentos processados A Marfrig Alimentos agitou o mercado e anunciou em fevereiro, dia 27, sua nova unidade operacional: a Seara Foods. Aproveitou, ainda, para divulgar a realização de ajustes estruturais na holding do Grupo e na Marfrig Beef, cuja criação já havia sido anunciada ao mercado em outubro de 2011. As mudanças fazem parte da nova estrutura organizacional, aprovada pelo conselho de administração no mesmo dia. De acordo com a empresa, a Seara Foods nasce com o objetivo de garantir uma "maior integração e, consequentemente, a criação de mais sinergias operacionais no segmento de aves, suínos e alimentos processados do Grupo – Seara, Moy Park e Keystone Foods –, que continuarão operando com suas identidades próprias, enquanto as alterações no âmbito da holding buscam acentuar o foco nas decisões estratégicas". A Marfrig diz, ainda, que o formato de divulgação das informações financeiras seguirá o mesmo padrão por segmento já utilizado. Com estas alterações, a configuração da estrutura da empresa passa a ser a seguinte: Marcos Molina, CEO do Grupo Marfrig e CEO interino da Seara Foods;

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Ricardo Florence, vice-presidente de Finanças e RI do Grupo Marfrig; James Cruden, CEO do Marfrig Beef e COO do Marfrig Beef; Alexandre Mazzuco, CFO do Marfrig Beef; Andrew Murchie, CEO do Beef Brasil e Exports; Martin Secco, CEO do Beef Uruguai; Martin Carignani, CEO do Beef Argentina; David Palfenier, CEO da Seara Brasil e COO da Seara Foods; Eduardo Miron, vice-presidente de Finanças da Seara Foods; e Larry McWilliams, CEO da Keystone Foods. Novo sócio? - Dando sequência à reestruturação anunciada pela companhia, o Itaú BBA estruturou proposta para vender a fundos de investimento cerca de 40% da recém-criada unidade, por R$ 2 bilhões. Molina nega que esteja vendendo a participação. “A reestruturação dos nossos negócios e a recente venda de ativos vão nos deixar numa posição confortável. Não precisamos vender mais nada”, afirma. Como o aporte de dinheiro por um sócio visa reduzir o endividamento da Marfrig, se Molina conseguir obtê-lo nos termos em que está negociando, o alívio seria de 25%. AE e Exame.com, com edição da RF.


BRF vai abater suínos criados para a Doux Frangosul no RS Cade vetou a compra pela Brasil Foods, que chegou a comunicar ao mercado a intenção A Brasil Foods ficará com a produção do frigorífico de abates de suínos da Doux Frangosul em Ana Rech, Caxias do Sul (RS). Desde o final de fevereiro, produtores integrados vêm sendo comunicados por representantes da BRF de que os pagamentos por lotes de leitões e animais terminados serão assumidos pela companhia. Como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetou a compra da unidade pela Brasil Foods – que chegou a comunicar ao mercado a intenção –, os interlocutores do grupo dizem que "a gestão será supervisionada". Os produtores também estão assinando acordos com a Doux Frangosul, que incluem cláusula de sigilo, no qual a empresa promete quitar dívidas, avaliadas em R$ 13 milhões, até o fim de março. São débitos existentes desde setembro do ano passado. "Ela (a BRF) diz que vai assumir o pagamento e que o contrato com a Doux é de transição e quitação. Dizem que vão supervisionar a unidade, pois estão proibidos de comprar pelo Cade. Se entrar outra empresa, eles saem da operação", relatou um

dos integrados. Técnicos que eram contratados pela Doux Frangosul, que enfrenta forte crise nos últimos três anos com redução de abates e demissões no Estado, falam agora em nome da BRF. "É uma esperança", traduziu o produtor, um dos 700 que atuam com suínos. Cenário - Em fevereiro, após audiência no Ministério Público Estadual (MP-RS), a filial brasileira, com sede em Montenegro, anunciou que o grupo de origem francesa abriria o capital para captar investidores. No mercado brasileiro, Marfrig e JBS são cotados como virtuais interessados na aquisição e possivelmente não enfrentariam restrições do Cade. Dirigentes do setor primário, ligados a Fetag-RS e a Associação dos Criadores de Suínos (Acsurs) confirmam a negociação. A dívida com os suinocultores será quitada em duas vezes: débitos até janeiro seriam saldados até o dia 15 deste mês, e as faturas de fevereiro, até o dia 31. Em abril, o pagamento retornaria à rotina pré-crise, com repasse no dia 15 de cada mês. Jornal do Comércio, com edição da RF.


Cooperativas paranaenses se unem para construir frigorífico suinícola As cooperativas paranaenses Castrolanda, Batavo e Capal estão acertando os detalhes finais de uma parceria que vai resultar na construção de um frigorífico de suínos na região do Estado conhecida como Campos Gerais. O projeto, que está orçado em R$ 100 milhões e já foi aprovado pelos associados, será executado em duas fases. Na primeira, terá capacidade para abate de 2,3 mil animais por dia e, depois, deve dobrar de tamanho. A intenção é que as obras comecem ainda neste semestre e que a inauguração aconteça no segundo semestre de 2013. Para concretizar o projeto, alguns terrenos na região estão sendo estudados, e o objetivo é ter uma área de cerca de 40 hectares em local que facilite a logística de distribuição. A forma de participação de cada cooperativa está sendo discutida e uma das possibilidades é pelo volume de fornecimento de suínos. Os associados das três já atuam na área mas, como não possuem frigorífico próprio, fornecem para terceiros, entre eles a BRF Brasil Foods e empresas menores. "Como vendemos animal vivo, estamos em um mercado não muito seguro", diz o presidente da Castrolanda, Frans Borg. Com a industrialização, segundo ele, a meta é dar mais garantias e sustentabilidade aos criadores. Borg conta que a ideia é abater para trabalhar com cortes e também embutidos. Entre as definições pendentes está a marca. "Podemos industrializar com marca própria e também prestar serviços para terceiros", diz Borg, que está conversando com possíveis interessados. Hoje, a Castrolanda, que fica no município de Castro, é a que tem o maior número de suínos entre as três (cerca de 60%), enquanto a Batavo, de Carambeí, e a Capal, de Arapoti, dividem o restante. Histórico de parceria - Esta não é a primeira vez que esses grupos se associam, ao passo que já atuaram em conjunto no passado, com a marca Batavo, antes de decidirem vender o negócio nos anos 90 para a Parmalat. Na sequência, o controle foi para a Perdigão e para a BRF. Atualmente, as cooperativas têm intercooperação na área de leite. Mas, com o frigorífico, farão o maior investimento conjunto dos últimos anos. Parte dele deve ser financiado – 70% a 80%. Os suínos terão como destino os mercados doméstico e externo. A Castrolanda, que atua na industrialização de batata, leite e ovinos, com marca própria e de terceiros, deve ficar com a gestão do frigorífico, mas as decisões serão compartilhadas. Maior das três, o grupo faturou R$ 1,29 bilhão em 2011, tendo as receitas da Batavo somado R$ 873 milhões, e as da Capal, R$ 459 milhões. Antes da parceria na área de suínos, a Batavo investiu R$ 60 milhões, em 2011, em uma fábrica de leite e criou a marca Frísia para voltar ao varejo. A unidade fica em Ponta Grossa, distante a 120 quilômetros de Curitiba. A industrialização tem sido o caminho das cooperativas paranaenses nos últimos anos, para crescer e remunerar melhor o produtor. EM 2011, elas faturaram, no total, R$ 30 bilhões. Valor Econômico, com edição da RF.

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Mercado de aves passará por processo de modernização Auditoria em nível nacional busca reconhecer os pontos fracos da cadeia produtiva

O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, durante reunião com representantes do setor de frango da Região Sul, realizada no final de fevereiro, disse que há uma auditoria sendo feita em nível nacional para reconhecer os pontos fracos da cadeia produtiva. O objetivo da ação é reforçar, com investimento, a competitividade do ramo. Assim, pode-se dizer que o segmento de aves inicia um processo de modernização no Brasil. Turra discutiu com empresários avícolas os prejuízos causados nos estados sulistas pela estiagem prolongada no início deste ano. Santa Catarina e Rio Grande do Sul terão de dobrar a compra de milho de outros estados para sustentar a produção de aves em 2012. O volume importado passará de 1,5 milhão para três milhões de toneladas, no caso dos catarinenses, e de dois milhões para quatro milhões de toneladas, para os gaúchos. "O grande problema do Sul é que o milho está sempre faltando, e muito. Em segundo lugar, há a necessidade de uma modernização da infraestrutura avícola, que [hoje] causa perda de competitividade", observou Turra. Como foram pioneiros na produção de frango no País, os estados sulistas apresentam equipamentos de produção "envelhecidos", segundo o representante – que achou exagero falar em "sucateamento". Mas, segundo afirmou o dirigente, o caso do Sul não é o único. "O Centro-Oeste tem ração barata, mas a logística é cara. Os estados do Sul não têm milho, porém bons portos. É preciso discutir a competitividade do segmento", disse. Rivalidade - No ramo das aves, há uma concorrência histórica entre os estados do Sul, que são os maiores e mais antigos produtores de frango do Brasil. "Os três estados perfaziam, até pouco tempo, 73% da produção e exportação brasileiras", contou Turra. "É claro que entre eles, invisivelmente, há uma disputa, que ainda é mais forte entre Santa Catarina 06 18

e o Paraná, pois o Rio Grande do Sul perdeu espaço", analisou Turra. Os sindicatos e associações sulistas do setor avícola sempre divulgam balanços comparando o resultado do estado com os números do vizinho. "Nas notícias, sempre se diz que Santa Catarina passou o Paraná ou vice-versa", notou. Autossuficiente em milho, o Paraná é onde mais se produz carne de frango no País. Em 2011, o resultado da produção estadual foi de 13,059 toneladas – crescimento de 6,8% sobre o ano anterior –, de acordo com a Ubabef. 30,2% destinaram-se às exportações, que renderam US$ 2,048 bilhões, com 1,036 bilhão de toneladas enviadas para o exterior, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). "O que sustenta o segmento é a exportação", afirmou uma fonte da Secretaria de Agricultura e Abastecimento paranaense. "O Paraná é o primeiro produtor do Brasil e rivaliza com Santa Catarina, por este ser o maior exportador", disse. O diretor-executivo do Sindiavipar, Ícaro Fietcher, lembrou que as empresas paranaenses não passaram incólumes pelo embargo russo, em meados de 2011. Ao contrário das companhias catarinenses, que se livraram, as exportações do Paraná foram afetadas. Santa Catarina exportou 1,043 bilhão de toneladas de carne de frango no ano passado, cerca de 100 mil toneladas a mais do que o estado vizinho. Mas a maior diferença está no valor da carne exportada: os catarinenses geraram US$ 2,406 bilhões na relação com o mercado externo, valor quase 20% maior do que o resultado do Paraná. "A carne de ave exportada por Santa Catarina tem maior valor agregado que o produto paranaense por uma razão: Santa Catarina exporta mais carne de frango desossada do que o Paraná", explicou uma fonte ligada à Coopercentral Aurora, citando como exemplo a coxa e sobrecoxa desossadas que a cooperativa vende para o Japão. "Esses produtos são feitos manualmente, não há maneira de mecanizar a operação. E no Paraná, esse tipo de mão de obra é escasso", continuou. Por outro lado, a agroindústria catarinense sofre pressão na base da cadeia produtiva, tendo que pagar mais caro pelo milho que não produz. "Há um incremento no custo do milho que certamente pesa no custo de produção do frango", analisou o chefe do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) de Santa Catarina, Ilmar Borchardt, alertando para o risco de "fuga" de frigoríficos do estado. DCI, com edição da RF.


USDA revê números da produção brasileira de carne de frango Condições econômicas presentes não permitem expansão de consumo além dos 3%

Menos de seis meses depois de prever que a produção brasileira de carne de frango chegaria aos 13,600 milhões de toneladas este ano, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) fez uma revisão em suas projeções e, agora, estima volume da ordem de 13,250 milhões de toneladas. Isto irá corresponder a uma expansão anual de não mais que 3%, contra uma previsão inicial de pelo menos 5% de incremento. Nas primeiras projeções para 2012, divulgadas em outubro de 2011, o USDA ainda previu que o consumo interno de carne também poderia aumentar 5% e ultrapassar a marca dos 10 milhões de toneladas. Agora, já considerando que o volume consumido em 2011 ficou aquém do que era estimado, o órgão avalia que as condições econômicas presentes não permitem uma expansão de consumo além dos 3%. Assim, o consumo interno no ano tende a ficar próximo, mas aquém dos 10 milhões de toneladas. O mesmo índice de incremento de 5% havia sido aplicado às estimativas de exportação. Mas, o USDA

optou por reduzir o índice inicialmente estimado e, desta forma, sem incluir as patas de frango no balancete, as novas projeções de exportação também prevêem incremento de 3%. Três motivos principais justificam a perspectiva de exportações menores: a contínua valorização do real, "embora este fator não tenha impedido novo recorde das exportações no ano passado", conforme ressalva o próprio USDA; as incertezas decorrentes da crise financeira mundial, em especial na Europa; e as questões específicas com importadores representativos – como a Rússia, "demorada na liberação de abatedouros avícolas", e a África do Sul, "que acaba de aplicar tarifa antidumping ao frango brasileiro". Janeiro - As exportações de carne de frango no primeiro mês de 2012 corresponderam ao melhor de todos os janeiros do setor, tendo a oferta interna do produto atingido níveis jamais registrados. O volume total produzido foi 1.156.403 t, segundo a Apinco. Avisite, com edição da RF.


Os grandes importadores de Debate sobre exigências de carne avícola da próxima década metionina para aves e suínos Arábia Saudita, União Europeia – bloco composto por 27 países – e Japão adquirem no mercado externo, atualmente, volume anual quase similar de carne de aves. Contudo, tendem a apresentar, no início da próxima década, comportamentos bem diferentes. Enquanto a Arábia Saudita pode aumentar suas importações em mais de 25%, a União Europeia tende a uma expansão inferior a 10%, ao passo que as compras externas do Japão podem sofrer um crescimento real negativo e que, em relação ao previsto para o corrente exercício, pode se expandir não mais do que 0,5%. Recém-divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), as previsões sugerem que os países do Oriente Médio permanecerão como o grande mercado importador de carnes avícolas. Aliás, considerados apenas os 10 principais países e blocos apontados pelo USDA, o Oriente Médio deve continuar absorvendo mais de um terço das importações, a Arábia Saudita mantendose como caso à parte. A presença da Rússia é uma curiosidade nesse cenário. O país, que foi até poucos anos atrás o maior importador mundial de carnes avícolas e que, hoje, já está colocado em posições inferiores, pode reduzir suas importações em até 70%. Nada impede, por sinal, que nesse meio tempo esteja transformado em exportador. Avisite, com edição da RF.

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"Refinar as exigências de aminoácidos e avaliar o efeito potencial do meio-ambiente sobre tais requisitos são questões que valem a pena considerar, tendo em vista o potencial genético e as diferenças entre as espécies", declarou o diretor de Inovação e Marketing da Adisseo, Dr. Pierre-André Geraert, no 5º Seminário Internacional Advancia sobre Metionina. No evento foram apresentados estudos sobre exigências de aminoácidos em frangas e poedeiras (Prof. Perazzo Costa, da Universidade Federal da Paraíba, Brasil), em diferentes genótipos de frangos de corte na fase inicial (Prof. Dozier, da Universidade de Auburn, EUA), e em suínos e aves domésticas (Prof. Rostagno, Universidade Federal de Viçosa, Brasil). Os resultados mostraram claramente um aumento nos requerimentos de aminoácidos sulfurados (até 5%) para os genótipos modernos, embora o consumo de ração tenha aumentado para garantir um melhor desempenho. Comunidade científica e técnica lançada há 4 anos pela Adisseo, a Advancia reúne cientistas e nutricionistas de todo o mundo para compartilhar o progresso das pesquisas em aminoácidos sulfurados. As pesquisas têm demonstrado que os aminoácidos, particularmente os sulfurados, exercem influência não só no crescimento do animal, mas em várias funções metabólicas: potencial antioxidante e saúde animal, bem como na qualidade da carne e suas propriedades tecnológicas. EiraCom, com edição da RF.


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Mesa Redonda Global para Carne Bovina Sustentável vira ONG Cadeia precisa ser ambientalmente positiva, socialmente responsável e economicamente viável A Mesa Redonda Global para Carne Bovina Sustentável (GRSB, sigla em inglês), uma coalizão de companhias e organizações interessadas no futuro da produção de carne bovina, foi registrada como organização sem fins lucrativos (ONG) na Suíça. Os membros fundadores da GRSB incluem: AllFlex, Aliança de Terra, Cargill, Elanco, Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), JBS, McDonald’s, Merck Animal Health, National Wildlife Federation, Rainforest Alliance, Roundtable for Sustainable Beef Australia, Solidaridad, The Nature Conservancy, Walmart e World Wildlife Fund (WWF). Em novembro de 2010, a mesa redonda organizou a Conferência Global sobre Carne Bovina Sustentável, que contou com cerca de 300 participantes, incluindo produtores, frigoríficos, varejistas, donos de restaurantes, ambientalistas, cientistas e outros. Na ocasião, a coalizão não tinha uma estrutura organizacional formal, mas o grupo anunciou na última semana de fevereiro que adotou estatutos e regulamentos que guiarão seu trabalho e formalizaram o compromisso da organização com a cadeia global de fornecimento de carne. O grupo enfatiza a abordagem do “tripé da sustentabilidade”, significando que a cadeia de produção precisa ser ambientalmente positiva, socialmente responsável e economicamente viável. Durante conferência de imprensa realizada em 22 de fevereiro, o presidente da mesa redonda, Ruaraidh Petre, que é coordenador do programa internacional para pecuária, Solidaridad, na Suíça, disse que a GRSB planeja expandir seus membros para toda a cadeia internacional de produção de carne bovina e desenvolver análises do ciclo de vida das práticas de produção de carne bovina nos próximos anos. “Abordagens mais eficientes, ambientalmente sustentáveis para trazer a carne bovina da fazenda ao garfo ajudarão a conservar os recursos finitos do planeta, enquanto também suportam os fundamentos das nossas comunidades e de nossos membros”, analisou Petre. O diretor de estratégia global da cadeia de for-

necimento do McDonald’s, Jose-Luis Bretones, disse que sua companhia está trabalhando para obter carne de fontes sustentáveis em todo o mundo e que vê a GRSB como uma forma de identificar e verificar as práticas de produção sustentável. Já o diretor de comunicações da Cargill, Michael Martin, disse que embora a empresa produza e comercialize alimentos em todo o mundo, suas operações de carne bovina são principalmente nos Estados Unidos. Porém, à medida que a companhia antecipa o desafio de ajudar a alimentar 2,5 a 3 bilhões de pessoas a mais até 2050, vê a colaboração como a melhor abordagem para aumentar a produção, enquanto se protege os recursos naturais em todo o mundo. Representante da WWF, Dave McLaughlin, declarou que o grupo visa reduzir os impactos ambientais e sociais da produção de carne bovina, notando que, internacionalmente, a carne é produzida em áreas ambientalmente sensíveis e a crescente demanda por carnes cria desafios para proteção dos recursos naturais. O diretor executivo da AllFlex, Brian Bolton, responsável por dispositivos de identificação de bovinos, destacou que a produção sustentável de carne bovina que supre a crescente demanda global por proteínas demandará mais tecnologia e mais produção intensiva. A identificação animal tem um papel na continuidade das melhoras na produtividade. Ele também destacou que a GRSB é uma organização “pró-carne bovina”. Por fim, o diretor executivo da Aliança da Terra, John Carter, disse que sua organização representa 500 produtores com 2,8 milhões de hectares e 1 milhão de bovinos no Brasil. Ele citou os rápidos avanços que os produtores brasileiros estão fazendo no manejo ambiental e na eficiência de produção. Os produtores de carne bovina brasileiros, disse ele, estão tentando alcançar em 10 anos o que os produtores dos Estados Unidos alcançaram no último século. Sua organização está ansiosa para mostrar aos consumidores as práticas sustentáveis de manejo de recursos que os produtores de carne bovina já usam.

Pautas da GRSB A GRSB planeja focar seus esforços nos seguintes temas: - Energia - Biodiversidade - Ar (incluindo emissões de gases de efeito estufa) - Água - Solo - Pessoas e animais (incluindo commodities, negócios, nutrição e segurança alimentar) O site da GRSB é www.sustainablelivestock.org Drovers, traduzida pelo BeefPoint. Com edição da RF. 06 22


Brasil pode ter status insignificante para doença da Vaca Louca Mudança irá reduzir custos e contribuir para tornar os produtos brasileiros mais competitivos A Comissão Científica para Enfermidades dos Animais da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que o Brasil reúne condições para mudar a sua classificação para Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (conhecida vulgarmente como doença da Vaca Louca) do atual risco controlado para insignificante. O parecer favorável foi decidido durante reunião da Comissão Científica da OIE realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro, na sede da entidade, em Paris. A confirmação definitiva da alteração do status sanitário brasileiro ainda depende de um período de consulta perante os 178 países-membros da OIE. Durante 60 dias, os delegados da entidade poderão solicitar informações complementares ou fazer questionamentos à OIE. Caso não existam objeções fundamentadas, a Comissão Científica apresentará a recomendação para a mudança durante a Assembleia Mundial de Delegados da organização, marcada para o mês de maio. Segundo o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(Mapa), com a mudança o Brasil passará a fazer parte de um grupo seleto de 15 países dentre todos os integrantes da OIE. A alteração favorecerá a retomada do mercado de tripas para a União Europeia e a exportação de animais vivos e de carne in natura com osso para países que hoje vetam a entrada de produtos brasileiros, com o argumento de o país estar classificado como risco controlado. Para o diretor do DSA, Guilherme Marques, a mudança também terá um “impacto moral” e tornará os produtos mais competitivos, pois irá reduzir custos atribuídos às certificações adicionais requisitadas pelos mercados consumidores. O Brasil nunca registrou casos de EBB, pois, além de ter a maior parte do seu rebanho criado à pasto, aplica medidas recomendadas internacionalmente de vigilância e de mitigação de risco. Nos últimos sete anos também não houve nenhuma importação de bovinos vivos ou de farinha de ruminantes de países considerados de risco para a doença. Mapa e BeefPoint, com edição da RF.

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Receita da exportação de carne bovina pode subir 11% em 2012 Entre os novos mercados, a expectativa maior da Abiec é pela autorização dos Estados Unidos As exportações brasileiras de carne bovina devem alcançar US$ 6 bilhões em 2012 – uma alta de 11% sobre os US$ 5,375 bilhões do ano passado – por conta da melhoria no cenário externo, com a retomada da demanda da Rússia, Europa e Irã, bem como a perspectiva de abertura de novos mercados, como Estados Unidos e Indonésia. A previsão é da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Conforme o secretário-executivo da entidade, Fernando Sampaio, a situação da Rússia, que chegou a embargar carne bovina brasileira por questões sanitárias, “melhorou muito”, assim como da União Europeia, que repassou ao Brasil a habilitação de fazendas aptas a exportar ao bloco econômico. “Com isso, esperamos voltar a crescer nesses mercados”, afirmou Sampaio, no 7º Encontro Confinamento da Coan Consultoria, em Ribeirão Preto (SP). Além dos dois mercados, a Abiec espera ampliar o comércio com a China, que recentemente habilitou as cinco primeiras unidades brasileiras para exportar carne. “Ainda temos uma lista encaminhada para lá com outras nove unidades exportadoras, as quais responderam todas as informações solicitadas”, disse. “Esperamos que elas sejam também habilitadas o mais rápido possível”, completou Sampaio. As exportações para o Irã também devem ter uma retomada, na avaliação da Abiec. O país é um dos mercados que mais cresceram para a carne bra-

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sileira, mas sofreu uma queda recente por causa de embargos econômicos, principalmente dos Estados Unidos. Os embargos atingiram os bancos que operam com o país e tornaram difíceis as operações comerciais, como a compra de carnes. Entre os novos mercados, a expectativa maior é pela autorização dos Estados Unidos para a compra da carne bovina brasileira in natura. “O processo está em consulta pública lá e temos de aguardar essa definição”, disse o secretário-executivo da Abiec. Já a Indonésia, mercado ainda incipiente para o setor, mas com uma população de 200 milhões de habitantes, começa as negociações com o Brasil. Na próxima semana, uma delegação daquele país asiático estará no Brasil para uma série de negociações comerciais e a carne bovina será um dos produtos em pauta. Maior exportador - Na avaliação de Sampaio, caso o Brasil atinja a meta de US$ 6 bilhões de exportações em 2012, deve retomar o posto de maior exportador mundial de carne bovina, perdido em 2011 para os EUA. Para ele, os norte-americanos só ultrapassaram os brasileiros no ranking no ano passado porque pecuaristas americanos abateram muitas matrizes, por conta da seca nas regiões produtoras, e reduziram o rebanho ao menor nível em 50 anos. “Essa posição não vai se sustentar em 2012″, concluiu. Agência Estado, com edição da RF.


Frigoríficos pedem imposto na venda de gado vivo ao exterior Para CNA, manobra de taxar exportações de produtos primários é tentativa de reserva de mercado As três maiores associações de frigoríficos e exportadores de carne do País solicitaram ao governo federal a cobrança de imposto nas exportações de boi vivo, para estimular a venda de carne processada no exterior. Os produtores, no entanto, prometem questionar qualquer imposto na Justiça, por entender que a indústria quer usar a taxa para barganhar preços menores. Juntas, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e União Nacional da Indústria e Empresas de Carne (Uniec) pediram ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a cobrança de 30% de Imposto de Exportação de bovinos vivos. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, o pedido foi encaminhado para análise técnica, antes de ser submetido à Câmara de Comércio Exterior (Camex). Dados oficiais mostram que em 2011 o Brasil exportou 404.853 cabeças de gado vivo, a menor quantidade nos últimos cinco anos. O número representa, grosso modo, 2% do abate nacional, porcentual aceito tanto pela indústria quanto pelos produtores. No ano anterior, foram 654.964 cabeças exportadas, ante 530.226 em 2009. No ofício enviado em 31 de janeiro, os frigoríficos defendem a ideia de isonomia entre o exportador de carne processada e quem vende gado vivo ao exterior. Alegam que se a indústria paga impostos ao comprar

a carne do fazendeiro, nada mais justo que sejam cobrados tributos dos exportadores de boi vivo. Reserva de mercado - De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, "isso nada mais é do que uma tentativa de reserva de mercado, que restringe a capacidade do produtor rural de vender sua produção". Ele disse que a CNA vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre qualquer eventual decisão de taxar exportações de produtos primários. Hoje em dia, o único produto que paga Imposto de Exportação no País é o couro. Para a senadora Kátia Abreu, presidente do CNA, o argumento das indústrias de que as exportações de animais vivos comprometem o abastecimento de carne bovina para o mercado interno não é real. “Todos já sabem de cor e salteado que, de toda a produção de carne do Brasil, o mercado interno é abastecido com 80% de toda carne produzida. Apenas 20% da carne produzida no Brasil é exportada”, afirmou. Presidente da Uniec, Francisco Eduardo Oliveira Victer nega a intenção de criar um contencioso com os produtores. "Queremos que toda a cadeia seja vitoriosa", disse, ressaltando que os produtores não foram consultados sobre o pedido enviado ao governo. CNA e O Estado de S. Paulo, com edição da RF.

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Arábia Saudita declara que vai importar ovinos do Brasil

Programa Mais Ovinos é apresentado em Brasília

A Arábia Saudita importará ovinos do Brasil, declarou o ministro da Agricultura daquele país, Fahd Balghonaim. Oficiais do Ministério visitarão o Brasil para fazer acordos visando importar ovinos. De acordo com Balghonaim, as raças locais de ovinos, como Al-Niaimi, Al-Najdi e Al-Harri são normalmente muito caras, enquanto os preços dos ovinos importados são razoáveis. "O Ministério também está querendo abrir novos mercados para importar ovinos". O Ministério impôs uma barreira às importações de países europeus como uma medida de precaução para proteger os animais do país de doenças e epidemias como a do vírus Schmallenberg, que se espalhou amplamente entre os ovinos da França e de outros países europeus. Os atuais conflitos políticos em alguns países árabes também afetaram as importações de ovinos da Arábia Saudita. De acordo com fontes do Ministério, a Arábia Saudita parou completamente de importar ovinos da Síria. FarmPoint, com edição da RF.

O Programa de Valorização da Ovinocultura, lançado pelo governo gaúcho no ano passado e que vem sendo executado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, foi elogiado por membros da Câmara Setorial e Temática de Caprinos e Ovinos, em reunião realizada em Brasília (DF), no dia 29 de fevereiro. O coordenador da Câmara Setorial da Ovinocultura, José Galdino Garcia Dias, explicou aos membros da câmara nacional os detalhes de uma das ações do programa, que é o Mais Ovinos no Campo. O projeto, desenvolvido em conjunto com o Banrisul, concede financiamentos subsidiados a ovinocultores para a retenção de matrizes e também para a aquisição de matrizes e reprodutores. De acordo com Galdino, o trabalho pode se tornar referência para o País, ficando definido que será montado um grupo de estudo, com o objetivo de elaborar proposta de inclusão da medida no próximo Plano Safra Nacional. Governo do Rio Grande do Sul no FarmPoint., com edição da RF.

Resultados positivos no uso da ração de caju para pequenos ruminantes Em Dia de Campo no município de Cerro Corá, o secretário de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do Rio Grande do Norte, Betinho Rosado, acompanhou atividades no Povoado Albino, presenciando a conclusão e demonstração da unidade de engorda de ovinos com ração de caju. A programação também contou com palestras para explicar aos agricultores da região sobre os resultados positivos alcançados pela ração de caju. Caprinos e ovinos que na estação seca do ano chegam a perder mais de 25 gramas de peso vivo por dia, quando suplementados com ração de caju de boa qualidade podem ganhar acima de 150 gramas de peso vivo/dia, favorecendo e incrementando a sustentabilidade do semiárido. A Emparn, em parceria com a Embrapa Agroindústria Tropical e Emater/RN, iniciaram em 2007 a condução de Unidade Técnicas Demonstrativas de Ração de Caju (UtdrCaju) como suplemento alimentar para cabritos e borregos. Em unidades conduzidas em Boa Vista (Severiano Melo), Melancias (Apodi) e Chafariz (Mossoró), os animais apresentam um ganho médio de peso vivo de 12 a 16 kg em 120 dias. Governo do Rio Grande do Norte FarmPoint, com edição da RF.

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Fase promissora promete aquecer suinocultura brasileira Assim como Santa Catarina, Paraná e Goiás embarcam nesse novo cenário de demanda aquecida A suinocultura brasileira está prestes a entrar em uma fase nova e promissora. Isso porque depois de um 2011 marcado por barreiras de importação levantadas pela Rússia – o mais importante cliente do produto –, os mercados norte-americano e asiático abrem as portas para a carne suína do Brasil. Segundo avaliam representantes do setor, o Paraná, que no ano passado sofreu prejuízos significativos com a imposição de Moscou, também vai entrar nessa nova fase de aquecimento da demanda. O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Carlos Geesdorff, projeta incremento de 20% a 30% nas vendas externas do estado ainda neste ano. Além disso, o aumento dos embarques ao exterior de Santa Catarina – estado que já começou a enviar lotes para a China – deve abrir novas oportunidades para o Paraná no mercado brasileiro. "O Brasil inteiro sairá ganhando. Isso porque, inevitavelmente, o estado catarinense deixará de abastecer o mercado doméstico, ou mesmo o externo, para dar conta do mercado chinês", avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Geesdorff partilha do mesmo raciocínio do presidente da Abipecs, mas pondera que o Paraná ainda tem gargalos a serem superados. "Esse novo momento é promissor, mas tudo vai depender de um conjunto de fatores", analisa, elencando questões relacionadas à defesa sanitária e ao alto custo da produção no estado. A abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne suína de Santa Catarina, que é o maior produtor nacional, ocorre justamente por conta de seu

status sanitário. O estado é o único do país livre de febre aftosa sem vacinação. Goiás - Segundo estimativa da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a expectativa de receita com a exportação de carne suína para a China, neste primeiro ano, é de U$ 450 milhões A Agrodefesa vistoriou e credenciou, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as 158 granjas responsáveis pelo fornecimento da carne à Brasil Foods, empresa exportadora. O primeiro carregamento de carne suína do Brasil para a China saiu no início da tarde do dia 05 de março de Rio Verde, Região Sudoeste de Goiás. Ao todo serão enviadas, ao longo do ano, 160 mil toneladas de carne com certificação sanitária para o país asiático. Para o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, essa primeira exportação significa uma vitória econômica para o Brasil e, principalmente, para Goiás. Para ele, é uma resposta do mercado internacional ao bom trabalho de melhoria sanitária desenvolvido pelo governo goiano. Antenor acredita que a venda de carne suína para a China deverá abrir as portas do mercado asiático para a carne brasileira. Conforme dados do Mapa, a China tem um consumo de 132 quilos de proteína animal per capita ao ano e, desse total, 94 quilos são de carne suína. Esse comércio internacional, segundo Nogueira, deve permitir uma melhora no desenvolvimento econômico do estado com um aumento na produção e agregando mais valor ao produto goiano. "Toda a cadeia produtiva deve ser beneficiada, do produtor à industria", concluiu. Suino.com, com edição da RF.

Criadores de suínos comemoram bom momento da atividade em MG Há 20 anos na atividade, o criador de suínos Ricardo Bartolo, de Patrocínio, região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais (MG), comemora o fato de o lucro com o setor estar se mantendo nos últimos anos. "2011 foi um ano bom para suinocultura, em termos de preço médio, os custos estavam um pouco pressionados, mas na média geral foi um ano bom. 2012 está se mostrando melhor ainda. A gente partiu de um preço de R$ 2,90, quando o ano passado estava em R$ 2,50 nessa mesma data". Mesmo com a alta no preço da soja e do milho, que são os principais ingredientes da alimentação dos suínos, os criadores em MG estão satisfeitos com a atividade. É que o valor recebido pelo quilo do animal vivo se mantém estável nos primeiros meses do ano, época em que, tradicionalmente, há queda nos preços. Um dos fatores que está ajudando a manter o preço em MG é o aumento das exportações. Do total de carne suína exportada pelo Brasil no mês de janeiro, 8% saíram de Minas e as vendas no começo do ano mais do que dobraram no estado, segundo dados da Secex. G1, com edição da RF. 06 28


PNDS será ampliado em Minas Gerais para impulsionar setor Melhoria da cadeia produtiva pretende incrementar o consumo de carne suína no Brasil As ações do Programa Nacional do Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) em Minas Gerais serão ampliadas neste ano. O projeto será estendido para a região Centro-Oeste do Estado. Até 2011, as ações eram desenvolvidas nas regiões da Zona da Mata e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. Entre 2012 e 2015 deverão ser aplicados no PNDS da região CentroOeste mais de R$ 500 mil, com a ajuda financeira de parceiros locais. O objetivo é aprimorar a cadeia e impulsionar o consumo de carne suína. De acordo com a gerente de marketing da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) e coordenadora do PNDS mineiro, Sabrina Cardoso de Moura, no início de fevereiro foram traçadas as principais metas para o desenvolvimento da suinocultura no Estado. A expectativa é contemplar todas as etapas do processo produtivo, englobando a produção, indústria e comercialização dos produtos. A estruturação do plano de ação foi feita em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de MG (Sebrae Minas) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas). "O PNDS tem proporcionado à cadeia suinícola de Minas resultados muito positivos, por isso vamos dar continuidade ao projeto e expandir a atuação. As ações em 2012 irão priorizar a capacitação da mão de obra, a melhoria dos processos industriais e a estruturação da comercialização", disse Sabrina. Entre as iniciativas previstas para o comércio

da carne estão o treinamento dos açougueiros, visando à diversificação dos cortes; investimentos em merchandising e melhor posicionamento dos produtos nos supermercados. Para ampliar a divulgação das propriedades da carne suína, também deverá ser realizado, ainda neste ano, o Festival da Carne Suína. Capacitação - A expansão do projeto para a região Centro-Oeste do Estado é vista como fundamental para o desenvolvimento da cadeia da carne suína. De acordo com Sabrina, ao longo deste ano a região contará com consultorias industriais, estudos de viabilidade de negócios, palestras com renomados médicos e nutricionistas a respeito da saudabilidade da carne suína, ações para inserção do produto em refeições coletivas, como merenda nas escolas, no sistema prisional e no segmento de food service, capacitação de açougueiros e cantineiras, festivais gastronômicos, distribuição de material, diversos cursos na área de produção e ações no varejo, entre outros. Com a melhoria da cadeia produtiva e a diversificação dos cortes é esperado incremento no consumo de carne suína no Brasil. Em 2011, o consumo per capita ficou em torno de 15 kg por habitante. Até 2015 a meta é alcançar 18 kg. Em MG a média de consumo em 2011 ficou em torno de 22 kg, e a meta até 2015 é ampliar para 25 kg por habitante/ano. Rural BR, Agência Estado e Brasil Econômico, com edição da RF.

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Oferecemos assistência técnica moderna, ágil e eficiente. Nossos técnicos são altamente treinados e atualizados e mantém contato direto com a equipe Frigostrella, através de aparelhos de comunicação Nextel e veículos equipados, o que permite o pronto-atendimento dos nossos clientes. Dispomos de amplo estoque de peças sobressalentes para fácil reposição, pois nossos produtos são fabricados 100% no Brasil.


Aliança visa elevar a média de consumo de carne suína no país

McDonald’s nos EUA age para eliminar celas de gestação

Produtores, indústria e comércio de suínos de 10 Estados receberão cursos de capacitação. A ideia é elevar a média de consumo de carne suína no país. Atualmente, os brasileiros comem cerca de 15 kg por ano – dois a mais do que em 2009. Segundo o gerente de Agronegócios do Sebrae, Enio Queijada de Souza, é preciso mostrar que o produto vai além dos itens da feijoada. Já para a nutricionista Luciane Felix, além de ampliar o leque de opções ao consumidor, o objetivo é acabar com o mito de que a carne suína faria mal à saúde. A expectativa é aumentar também a produção, de acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Fabiano Coser. "A cada quilo de aumento no consumo per capita brasileiro, nós temos um incremento potencial de cem mil novas matrizes no campo. A expectativa é que cheguemos a 2015 com 18 quilos de consumo per capita e uma produção de 4,2 milhões de toneladas de carne suína", afirma.

A rede McDonald’s anunciou que vai exigir que seus fornecedores de carne suína dos Estados Unidos (EUA) definam seus planos para a eliminação gradual do confinamento de porcas reprodutoras em celas de gestação, um movimento apoiado pela Humane Society of the United States e Humane Society International. A ação do McDonald’s nos EUA é apoiada por especialistas independentes e líderes em bem-estar animal, como a renomada cientista Temple Grandin. “Mudar das celas de gestação para melhores alternativas vai beneficiar o bem-estar das porcas e eu fico contente em ver o McDonald’s trabalhando com seus fornecedores para esse fim”, afirma. “A HSI tem trabalhado há muito tempo para a eliminação do uso das celas de gestação e o comunicado do McDonald’s nos Estados Unidos é promissor”, disse o gerente de Campanhas da HSI no Brasil, Guilherme Carvalho. “Todos os animais merecem um trato humano, inclusive os animais criados para consumo no país.” HSI, com edição da RF.

Suinocultura Industrial, com edição da RF.

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Mercado Halal cresce cerca de 20% ao ano

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religião islâmica requer que o ser humano cuide de sua saúde e, para tanto, determina algumas normas para sua alimentação. Estas regras, ao serem seguidas, tornam o alimento Halal. Há mais de 20 anos no mercado, o Centro Islâmico no Brasil e a Alimentos Halal Brasil têm como missão cuidar para que os alimentos produzidos e exportados em território brasileiro sigam corretamente as orientações e tenham a Garantia Halal, através de uma inspeção cuidadosa e certificação reconhecida que proporcionem o acesso a um dos maiores e mais importantes mercados mundiais: o mercado Halal que, atualmente, abrange mais de 1,5 bilhão de pessoas ao redor do mundo. Considerado um dos mercados mais seguros do planeta pela agência JWT, o segmento Halal demonstra um aumento significativo a cada ano e não para de crescer no mundo inteiro. Tanto que previsões apontam que em 5 anos seu giro capital chegará ao patamar de 4 trilhões de dólares. Para se ter uma ideia maior da dimensão desse ramo mercadológico, entre os anos de 1990 e 2012 houve um crescimento três vezes maior da população islâmica, em comparação com a mundial. Este é um dos principais motivos do potencial do mercado halal, ou seja, tão certo quanto o aumento dos consumidores é o crescimento da demanda por produtos halal – os maiores consumidores de alimentos halal do mundo são os países do Golfo, que gastam cerca de 44 bilhões de dólares anuais com este mercado. Como não poderia deixar de ser, devido a sua grande importância, o mercado Halal é foco de investimento das maiores companhias alimentícias do mundo. No ocidente, Canadá, Brasil e Nova Zelândia lideram o ranking dos maiores produtores de alimentos halal e, no oriente, Tailândia, Malásia e Indonésia. Presente em mais de 50 frigoríficos e indústrias brasileiras, com aproximadamente 150 profissionais treinados e habilitados na área, a Divisão Halal do Centro Islâmico no Brasil presta os serviços de Certificação Halal em quatro modelos específicos para cada padrão de exportação, e também presta assistência aos setores de abate, processamento, empacotamento e carregamento halal. Para falar sobre como funciona o mercado Halal, mais precisamente o setor de abates deste valioso sistema, a Revista Frigorífico realizou entrevista exclusiva com o secretário geral da Divisão Halal Do Centro Islâmico No Brasil - Alimentos Halal Brasil, Nasereddin Khazraji.

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RF - Qual o significado da palavra Halal? Khazraji - A palavra árabe Halal significa, literalmente, permitido ou lícito. Halal é um sistema muito amplo que define o que é lícito no Islam em todos os aspectos da vida, tais como: econômicos, políticos, sociais, educacionais, relações e etc. Todos os campos da vida podem ter seu aspecto lícito ou ilícito no Islam. Baseados nisso nós temos trabalhos Halal, relações Halal, educação Halal e etc. RF - O alimento é considerado Halal (permitido para consumo) quando obtido de acordo com os preceitos e as normas ditadas pelo Alcorão (livro sagrado da religião islâmica) e pela Jurisprudência Islâmica. Esses alimentos não podem conter ingredientes proibidos, tampouco parte deles. Animais como os bovinos, caprinos, ovinos e frangos podem ser considerados Halal, desde que sejam abatidos segundo os rituais islâmicos (Zabihah). Sendo assim, o que seria o abate Halal? Nasereddin Khazraji - O abate Halal é o processo de abate que atende as exigências e jurisprudências islâmicas para que a carne do animal abatido segundo o rito islâmico torne-se Halal, ou seja, lícita para o consumo dos muçulmanos. As condições para realizar o abate Halal são: 1. O animal deve ser lícito e ter o seu consumo permitido; 2. O abatedor deve ser muçulmano; 3. O abatedor deve estar ciente e intencionar o abate; 4. Deve-se ter certeza que o animal está vivo no momento do abate; 5. Devese direcionar a frente do animal para Mekka, no momento do abate; 6. Abater com uma faca afiada de metal (ferro); 7. O abatedor deve dizer Bismillah ("Em nome de Deus") no momento do abate; 8. Abater cortando a garganta do animal e não a nuca; 9. Degolar todas as quatro vias de uma vez (traqueia, esôfago, artérias e jugulares) e não apenas cortálas; 10. Conservar o gogó com a cabeça no momento do abate; 11. Não intencionar a separação da cabeça do corpo no momento do abate; 12. Saída de sangue após o abate; 13. Deverá haver movimento do animal após a sua degola. RF - Como é feita a sangria em abates Halal? Khazraji - A sangria deve se dar por meio da degola cortando os quatro principais canais do animal (traqueia, esôfago, artérias e a veia jugular), sendo que a degola deve ocorrer pela garganta do animal, e não pela nuca. A saída natural do sangue deve ser observada, pois é um dos princípios do abate Halal. Caso o animal for degolado dentro do ritual Islâmico


e não sair a quantidade necessária e natural de sangue dele após a degola, este abate não será Halal. Significa que deve ser rejeitado e não pode ser consumido pelos muçulmanos. RF - Existe alguma peculiariedade própria do abate Halal, referente à degola cruenta? Khazraji - O Islam não recomenda que o animal seja degolado em um ambiente de stress ou na frente de outros, pois acredita que isso terá um efeito negativo sobre a qualidade da carne. Recomenda-se, inclusive, que o animal possa tomar um gole de água antes do abate, dentre outras recomendações. Isso ajuda a aliviar o stress do animal e, como consequência, elevará a qualidade da carne. Mas isso não faz parte dos requisitos que determinam se a carne de tal animal degolado dentro do ritual islâmico será Halal ou não. Os requisitos determinantes são os já mencionados (na primeira pergunta). RF - Quais os métodos (mecânicos/elétricos) para fazer o atordoamento dos animais dentro dos padrões de abate Halal? Khazraji - A recomendação do Islam é que o animal sofra o menos possível no momento do abate. Por isso, recomendam-se alguns métodos de atordoamento que, de uma forma ou de outra, anestesiam o animal e fazem com que o mesmo não esteja totalmente consciente no momento do abate. Mas, mais importante que o método de atordoamento em si é que o animal não morra através dele, devendo a degola ser o principal motivo da sua morte. Portanto, seja o método mecânico ou elétrico, caso um destes leve o animal à morte antes de ser degolado, será ilegal no Islam e não atenderá às exigências Halal do abate. Talvez, no futuro, surjam novos métodos de atordoamento, todos podem ser utilizados no processo de abate Halal, menos os que levem à morte o animal antes do seu abate. RF - Para que uma empresa produza e forneça equipamentos para insensibilização animal voltados ao abate halal, é preciso atender algum preceito? Khazraji - O mais importante é que esta insensibilização não mate o animal antes do seu abate. RF - Existem frigoríficos e abatedouros próprios para realizar o abate halal? Khazraji - Qualquer frigorífico que atender as exigências Halal na produção pode ter abate e produção certificada Halal. O mais importante é atender às condições de abate e produção Halal. RF - Qualquer animal pode ser abatido para consumo?

Segredo para acesso ao mercado islâmico está na Certificação Halal A religião islâmica permite apenas o consumo de alimentos que fazem bem à saúde e ao espírito. Por outro lado, veda o consumo de qualquer alimento que seja prejudicial à saúde, e é esse o critério que define o que é halal (lícito) e o que é haram (ilícito)

Khazraji - Não é permitido o abate de suínos, cachorros e semelhantes, bem como de animais com presas (tais como tigres, elefantes e macacos, dentre outros), pestilentos (ratos, centopeias, escorpiões), pássaros predadores e criaturas repulsivas. Peixes e outros animais aquáticos são permitidos, já animais que vivem tanto na terra quanto na água são proibidos (crocodilos e semelhantes). RF - Existe alguma limitação quanto ao consumo de carnes, de acordo com o preceito Halal? Khazraji - Uma observação importante é que mesmo realizando o abate Halal, alguns órgãos não podem ser consumidos pelos muçulmanos, tais como: - Sangue, mesmo se for pouco. A sobra que fica na carne é proibida de ser consumida separadamente; - Urina e fezes. Pouco ou muito, mesmo se for o que sobra no animal e em seus órgãos; - Órgãos genitais e bexiga, que é o órgão no qual é armazenada a urina; - Útero e cordão umbilical; - Medula espinhal, que é o órgão que se estende desde o pescoço seguindo os ossos da coluna; - Hipófise do cérebro; - Retina ocular; - Tutano vertebral. Se localiza dentro dos ossos da coluna vertebral, a qual se inicia no pescoço e chega até a bacia; - Tumores, os quais são pedaços de carne de cor cinza que se localizam em diversas partes do animal; - Baço e Bílis; - O que não é de costume ser consumido, tais como osso, pele e pêlos; - Qualquer animal que cresce sendo alimentado com impurezas humanas. Por Danielle Michelazzo

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Por Danielle Michelazzo

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AQUICULTURA Em alta no cenário global, carne de peixe passa por momento de expansão no Brasil

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ica em proteínas como qualquer outra carne, a carne de peixe tem grande quantidade de minerais e vitaminas que são essenciais para uma alimentação saudável. Além disso, possui baixo teor de gordura quando comparada às outras carnes – o que torna sua digestão mais rápida –, sendo que essa gordura apresenta uma série de benefícios no combate e prevenção de várias doenças. Isso porque algumas espécies de peixe, principalmente os de água fria, são ricas em ômega-3, um ácido graxo não produzido pelo organismo e que, portanto, deve ser obtido por meio de dieta. Mas, apesar de refletir de forma tão positiva na saúde humana e de ser uma das mais consumidas no mundo, a carne de peixe ainda não tem o espaço que merece no varejo e na mesa dos brasileiros, quando comparada às carnes bovina, de frango e suína. É o que aponta a coordenadora técnica de vendas da Indukern do Brasil Química ltda., Vera Salvo. “O Brasil, apesar da grande extensão costeira e abundância em rios, possui baixo consumo per capta de pescados, se comparado com outros países”, lamenta. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 2009 o consumo dessa proteína no Brasil era de nove quilos de peixe por habitante/ ano, sendo que a meta recomendada pela FAO é de 12 quilos. E essa defasagem se explica, muito provavelmente, porque o extrativismo cobra um preço elevado que, por sua vez, torna o peixe não mais uma opção de alimento, mas uma iguaria acessível apenas a uma pequena parcela da população, com poder aquisitivo mais elevado. Visando reverter esse cenário e sabendo do enorme potencial do Brasil para o desenvolvimento da aquicultura* – principalmente nas áreas da piscicultura, maricultura e da carcinicultura –, em junho de 2009, a Presidência da República criou o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), antes denominada Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca (SEAP), com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável dessas atividades, inclusão social, aumento da produção, da renda e do consumo de pescado no país. Números da Aquicultura no Brasil Se o que faltava ao mercado de pescados era o incentivo de políticas públicas e, porque não dizer, de investimentos privados – mesmo com o cultivo de peixes sendo o segmento da produção animal que mais cresce no cenário mundial atual –, um relatório publicado no dia 22 de fevereiro deste ano pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, intitulado “Boletim Estatístico da Pesca E Aquicultura - Brasil 2010”, confirma que tanto o consumo quanto a produção de pescado no Brasil estão, de fato, crescendo. De acordo com o documento do MPA, a produção de pescado brasileira, em 2010, foi de 1.264.765 toneladas, um incremento de 2% em relação ao ano de 2009, quando foram produzidas 1.240.813 toneladas. A pesca extrativa marinha continuou sendo a principal fonte de produção de pescado nacional, sendo responsável por 536.455 tonela-


das (42,4% do total de pescado), seguida, sucessivamente, pela aquicultura continental (394.340 t; 31,2%), pela pesca extrativa continental (248.911 t; 19,7%) e aquicultura marinha (85.057 t; 6,7%). A Região Nordeste foi novamente a que assinalou a maior produção de pescado do país em 2010, com 410.532 toneladas, respondendo por 32,5% da produção nacional. As regiões sul, norte, sudeste e centro-oeste vieram logo em seguida, nesta mesma ordem, registrando 311.700 t (24,6%), 274.015 t (21,7%), 185.636 t (14,7%) e 82.881 t (6,6%), respectivamente. Com relação à análise da produção nacional de pescado por Unidade da Federação, o Estado de Santa Catarina continuou sendo o maior polo produtor de pescado do Brasil, em 2010, com 183.770 toneladas, seguido pelos estados do Pará (143.078 t) e Bahia (114.530 t). E entre os estados que apontaram maior crescimento, Rio Grande do Sul, Acre e Piauí tiveram um incremento na produção de pescado em relação ao ano de 2009, com aumentos de 24,5%, 17,8% e 12,3%, respectivamente. Já a balança comercial brasileira de pescado apresentou exportações de US$ 263 milhões e importações de US$ 1.011 milhões no ano de 2010, ou seja, um déficit de US$ 748 milhões, representando uma elevação de US$ 273 milhões em relação ao déficit computado em 2009 (US$ 475 milhões). Investimentos em tecnologia Percebendo que “a maré está para peixe”, muitas empresas estão investindo alto neste mercado para colocar de vez o Brasil no cenário mundial de pescado e, também, para levar às prateleiras dos supermercados uma ampla linha à base de peixe. “Pescados são alimentos com alto valor nutritivo e podem ser processados na forma de filés, postas, congelados, defumados, embutidos, empanados, marinados, salgados etc”, enumera Juliana Nunes, também coordenadora de vendas da Indukern. Ainda de acordo com Juliana, muitos fatores químicos, físicos e microbiológicos afetam a qualidade dos pescados, entre eles bactérias, variação de pH e temperatura. Por isso soluções tecnológicas e inovadoras que atendam às necessidades específicas de cada cliente, como as produzidas pela companhia – multinacional com matriz em Barcelona, na Espanha –, se fazem cada dia mais importantes. Ela conta que para oferecer ao mercado um alimento de qualidade, prático e seguro, os ingredientes e aditivos alimentares vêm se mostrando recursos tecnológicos aliados da indústria e do consumidor, uma vez que possibilitam que os produtos cheguem à mesa “deliciosamente frescos”. “Aditivos e ingredientes permitem que lagostas, camarões, crustáceos,

moluscos, polvos, lulas e peixes mantenham sabor, textura e cor, mesmo congelados ou cozidos”. Para aprovar o uso de aditivos alimentares e estabelecer funções e limites máximos de sua aplicação, o Regulamento Técnico Mercosul sobre Atribuição de Aditivos e seus Limites Máximos para a Categoria de Alimentos 9 (GMC nº 53/98) aprova vários aditivos para garantir a melhoria da qualidade dos pescados e, consequentemente, a qualidade da alimentação do consumidor. Entre eles, destacam-se os fosfatos, produtos para glazeamento e a proteína de soja. Misturas de estabilizantes Os fosfatos são compostos naturais de quase todos os alimentos, sendo impossível o consumo de qualquer tipo de alimento sem que esses compostos estejam presentes. Usados como aditivos funcionais – que têm por finalidade agregar valor nutricional ao alimento ou desempenhar funções benéficas no metabolismo humano – na Europa desde a década de 60, seu uso em pescados é amplamente conhecido. Para se ter uma ideia mais precisa do quão importantes são os fosfatos, na indústria processadora de carnes eles têm por função aumentar a capacidade de retenção da água e proteger contra a rancidez oxidativa, o que se traduz em melhoria na qualidade do produto final, garantindo, assim, uma sensível melhora no sabor. “Podemos dizer que todos os frigoríficos utilizam fosfatos e outras misturas em seus produtos processados com a finalidade de obter produtos que sejam apreciados sensorialmente por seus consumidores. Apesar de pouco divulgado no Brasil, cada vez mais empresas de pescados também utilizam esses ingredientes em seus produtos processados para atender a qualidade exigida pelo consumidor”, explica Juliana Furlan, coordenadora técnica comercial da Indukern. “De maneira geral, com a utilização desses ingredientes, consegue-se permitir que o produto ainda permaneça com suculência e maciez, reduzindo a desidratação durante o congelamento e cozimento, além de melhora em sua aparência”, complementa. Representante exclusiva dos produtos da Budenheim, empresa alemã líder em tecnologia de aditivos para pescados, a Indukern destaca a ação dos fosfatos e suas misturas. “Na estrutura do músculo vivo, a miosina e a actina estão ligadas à água, pois estão na forma relaxada e desconectadas. Enquanto no músculo contraído, após rigor mortis,, ocorre a desidratação do músculo devido à formação Fotos: Indukern

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do complexo actomiosina. Em outras palavras, quando a carne está em rigor, não há mais produção de ATP e o pH abaixa devido a formação de ácido lático. Quando se utiliza a tecnologia Budenheim, ocorre uma variação no pH da carne, que volta ao seu estado natural”, elucida Juliana. Ela ressalta, ainda, que os fosfatos são separados em diferentes classes como monofosfatos, difosfatos, trifosfatos e polifosfatos, de acordo com o tamanho da cadeia. “Cada grupo distingui-se com suas propriedades de estabilizante de pH, sequestrante de sais minerais, solubilidade e retenção de umidade, sendo relevante saber que um dos mais importantes são os difosfatos, que proporcionam maior hidratação da proteína, mas não são solúveis em água”. “Os produtos da Budenheim são diferenciados por serem misturas integradas de dois ou mais fosfatos, permitindo maior disponibilidade dos sais que agem diretamente no músculo da carne e, consequentemente, rendimento e melhor performance mesmo em temperaturas abaixo de zero”, reforça, ao lembrar que a Indukern conta com a solução completa – com ou sem fosfatos – para pescados e frutos do mar. “Como exemplo temos o Carnal 346, produto a base de fosfatos muito recomendado para peixes de coloração avermelhada, como atum e salmão, pois evita a perda de cor, fator de extrema importância nesse tipo de produto. Assim como o Carnal 665 é um produto que tem ótimos resultados em camarão e lagosta. Já o Aquapro SQ 35 foi desenvolvido especialmente para tilápias, enquanto o Altesa ABC2D é uma opção para pescados em geral que não devem ser adicionados de fosfatos, devido alguma exigência de exportação”, conta a coordenadora. Proteína de Soja Outra grande aliada no processamento de pescados, a proteína de soja pode ser utilizada como aditivo em empanados, nuggets, linguiças, hambúrgueres, surimi e patês, de forma a melhorar algumas características, como a textura, e a aumentar a retenção de água. As proteínas de soja apresentam diferentes funções, em diferentes produtos. Nos produtos à base de carne processada, como os hambúrgueres, a proteína de soja permite melhorar a coesão e o volume, bem como diminuir os custos de formulação. Já nos produtos cárneos emulsionados, melhora a estrutura e aumenta o rendimento, reduzindo a

perda de gordura e umidade durante o processo de cocção. “Esse ingrediente contribui na estabilização da emulsão e formação de gel, além de agregar teor protéico ao produto acabado”, diz Vera Salvo. “Quando um produto à base de peixe é cozido e congelado, suas proteínas perdem parte da funcionalidade, desidratando, perdendo consistência e nutrientes. A proteína de soja Arcom SM, produzida pela americana ADM e distribuída pela Indukern, mantém a suculência do processado de peixe, proporcionando melhor textura e sabor”, conclui. Produto para glazeamento Quanto a conservação dos pescados, a redução da temperatura é um dos fatores mais importantes, pois a velocidade de proliferação das bactérias depende, em parte, desse fator. Assim, para uma conservação mais prolongada, o ideal é baixar a temperatura a, no mínimo, -18ºC, até -30ºC ou -35ºC, pois os micro-organismos deterioradores dificilmente se desenvolvem abaixo de -10ºC. Os métodos de conservação do pescado pelo frio podem se dar com a utilização do gelo, pela aplicação de correntes de ar frio, com a utilização do gelo seco, pela imersão em água fria ou, ainda, por congelamento – este último com e sem gla-zeamento. A operação de glazeamento é realizada logo após o congelamento, e consiste em submergir o pescado congelado em água fria, que é instantaneamente congelada, a fim de formar uma película de gelo protetora. Este procedimento tem como objetivo previner que o pescado se queime com o frio excessivo e proteger o produto contra perdas de água da carne durante o armazenamento congelado, pois o ar frio da câmara de estocagem é geralmente muito seco. “A Indukern fornece o Glases IQF para ser adicionado à água de glazeamento. Este produto garante maior brilho e transparência ao gelo e evita que as peças congeladas grudem umas nas outras. Além disso, previne a quebra e o desconche durante o processamento e transporte”, explica Juliana Nunes. “O Glases IQF formulado com açúcares é um avanço ao processo de glazeamento, pois impede a desidratação durante a armazenagem e protege o pescado da oxidação. A consequência direta é que as propriedades sabor, aroma, qualidade e textura permanecem inalteradas. Em outros termos, o produto potencializa o simples processo de glazeamento, e seu uso permite que o pescado congelado seja tão saboroso e suculento como o pescado fresco”. RF

* Aquacultura ou aquicultura é a produção de organismos aquáticos, como a criação de peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e o cultivo de plantas aquáticas para uso do homem. A maricultura refere-se especificamente a aquicultura marinha, enquanto a piscicultura refere-se ao cultivo de peixes, principalmente de água doce. Já a carcinicultura é a criação de camarões.

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Por Danielle Michelazzo

Foto: AIS

Tecnologia da Informação

INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS PROPORCIONA INFORMAÇÃO AO ALCANCE DAS MÃOS

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nformações distribuídas em planilhas e em bases de dados dispersas, sistemas com finalidades variadas e cadastros comuns – como de clientes ou produtos – "espalhados" em dois ou mais desses sistemas. Atualizar os dados necessários nesse cenário é um processo demorado e constante e, nem sempre, com um resultado satisfatório. Para padronizar os processos, facilitar o acesso às informações, organizar e aumentar a agilidade na tomada de decisões e, assim, elevar a eficiência e aumentar a produtividade, entre outros tantos benefícios, muitas empresas estão encontrando na integração de sistemas a solução ideal. Até mesmo porque observa-se uma crescente pressão de mercado para que empresas troquem informações de forma automatizada e segura para obtenção de melhores resultados, fazendo-se necessário, pois, que repensem a forma como são concebidos seus sistemas de informação. Conforme explica o diretor da Atak Sistemas, Roberto Pavan, quando o assunto é Tecnologia da Informação (TI), o termo “sistema integrado” pode ser definido como “um conjunto de módulos funcionais que possui uma relação entre si, formando um único sistema e tratando um mesmo fluxo de informação”. Como exemplo, ele cita uma ação de venda de um determinado produto com informação originada no módulo de vendas e que, a partir desta e pela integração que ocorre, vai desencadear ações nos

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módulos de compras, financeiro, produção, custos, estoque, faturamento, contábil, fiscal, expedição e logística. “No meio corporativo, estes sistemas são comumentemente conhecidos como Sistema Integrado de Gestão Empresarial ou, ainda, ERP (Enterprise Resource Planing), e são os responsáveis por processar informações entre departamentos e armazenar, de forma segura, em uma mesma base de dados”. No mesmo sentido, o diretor da AIS Tecnologia & Sistemas, Alexandro Simioni, resume os sistemas integrados como sendo aqueles que atendem às diversas funcionalidades das áreas operacionais e administrativas, e onde uma informação que seja comum não precise ser lançada mais de uma vez. “Sistemas que conversam entre si fornecem informações mais completas e evitam retrabalhos”, destaca. Integração entre setores Assim como acontece em toda e qualquer indústria, um frigorífico possui vários setores, cada qual com uma necessidade específica de comunicação, sistemas de gestão e armazenagem de dados. “A começar pela gestão industrial, que é fundamental, passando pela gestão comercial, administrativa, de logística e de transportes”, ressalta Simioni. “Em alguns casos ainda há gestão de varejo, para venda direta ao consumidor. Todos esses setores


devem ter a gestão integrada, com sistemas que todas as normas de produção, para alcançar mercontemplem todos os recursos necessários e que cados externos e internos, e fornecer informação interajam entre si”, complementa. ágil e completa, em tempo real”. Como cada setor controla especificamente uma Ele conta, ainda, que há uma tendência ao uso atividade dentro da empresa que, no final das contas, de novas tecnologias, em especial o acesso às inatende às necessidades de uma mesma regra de formações via Internet (web), através de compunegócio, Pavan lembra que os módulos do sistema tadores, tablets e celulares. “A informação deve são ferramentas funcionais construídas para auxiliar estar acessível de qualquer lugar, de maneira fácil e usuários em suas atividades diárias, tratando um eficaz”, pontua. mesmo fluxo de informação. Conforme relata Roberto Pavan, o planejamento “Por exemplo, o vendedor tem à sua disposição e controle da produção em frigoríficos, pela transum módulo de call center e de vendas que auxilia formação de peças inteiras em produtos fracionano processamento dos pedidos que, uma vez emidos – muitas vezes embalados e prontos para o tidos, remete ao setor financeiro informação para consumo –, desencadeia a necessidade de controles verificação de limite de crédito e, para o setor de de elementos complexos desde a compra, transporte compras, uma solicitação para aquisição de matériae recepção de animais, abate, desossa e tipificação prima. Posteriormente, vai movimentar o estoque e de carcaça, pontos de inspeção e rastreabilidade, até gerar o contas a pagar no finana estocagem e expedição. ceiro. O módulo industrial trata “Neste ambiente complexo, esta informação dentro de um o sistema de informação deve Há uma tendência ao uso de lote de produção com vários ougarantir em seu módulo indusnovas tecnologias, em especial tros pedidos de outros clientes; trial que as diversas fases enmovimenta almoxarifado, estovolvidas no processo fabril seo acesso às informações via que, custo e gera informações jam controladas. Deve permitir, Internet (web), através de para o módulo de faturamento também, que os apontamentos que processa a nota fiscal elede dados dentro da planta de computadores, tablets e trônica, gera o contas a receber produção sejam realizados em celulares. A informação deve e um romaneio para expedição”, tempo real, através de coletas estar acessível de qualquer lugar, automáticas de pesos de balanilustra o diretor da Atak Sistemas. ças, leitura de código de barras, de maneira fácil e eficaz.” Ainda sobre essa operação, sensores de passagem, entre Alexandro Simioni, diretor da AIS ele continua: “Por fim, todo este outros pontos de controles, gefluxo gerado a partir de um únirando informações precisas e co lançamento no setor de vengarantindo exatidão no controdas, é tratado nos módulos contábil e fiscal, gerando le de estoque, controle de custos e análise de reninformações para o Sped PIS/COFINS, Sped Contádimentos”, detalha. bil, Fiscal e FCONT. Ao setor de TI, deixa seu trabaPavan comemora o fato de as empresas estarem – lho especializado por terem ao seu dispor um único mais do que nunca – em busca de traçar estratégias, sistema para administrar e prestar manutenção a tomar decisões, satisfazer o cliente e, consequenteServidores e Base de Dados". mente, obter lucro. Em outros termos, Pavan acredita que cada de"Em função deste contexto de mercado aberto, partamento tem responsabilidade por gerenciar sua altamente competitivo, o setor frigorífico vem buscando cada vez mais padrões de eficiência e compeatividade específica. "Porém, tudo muito facilitado por tência em seus processos operacionais e gerenciais. terem de operar os módulos de um sistema que tratam É justamente esta demanda que abre às empresas as informações totalmente integradas, evitando refornecedoras de sistemas, oportunidades para detrabalhos e possíveis erros de redigitação”, diz. senvolvimento de softwares verticalizados. É por este motivo que a Atak procura ser especialista e se Sistemas de informação nos frigoríficos dedicar naquilo que sabe fazer de melhor, que é justamente prestar serviços e a desenvolver produtos Indagado sobre como a indústria frigorífica pode específicos para toda a cadeia produtiva de carnes”. contar com os sistemas de informação, no sentido de "O ERP da Atak informatiza todos estes processos obter um bom planejamento de controle e produção, na indústria de forma totalmente integrada com os Alexandro Simioni afirma que um bom sistema de módulos administrativos, resultando em informações gestão industrial deve ser completo em recursos, fácil úteis para tomada de ações nos planos operacionais, de usar, rápido e estável. Tudo ao mesmo tempo. táticos e estratégicos da organização", conta. RF “Um bom sistema de produção deve atender a

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Análise do DNA revoluciona produção mundial de carne e leite DEP genômica é elaborada para acelerar a velocidade do ganho genético dos rebanhos Considerada a nova revolução na produção de carne e leite no Brasil e no mundo, a genômica, que promete acelerar – e muito – a velocidade de ganhos genéticos em rebanhos, foi o destaque do 2º Workshop Internacional: Genômica Aplicada à Pecuária. O evento, ocorrido em Araçatuba (SP) nos dias 26 e 27 de fevereiro, expôs novidades sobre as pesquisas já desenvolvidas e as que estão em andamento em várias partes do mundo sobre a análise do DNA para melhoria do sistema produtivo animal, e contou com alguns dos mais importantes nomes nacionais e internacionais do estudo de genômica para aplicação na produção animal. Cerca de 300 participantes, entre pecuaristas e técnicos, participaram do workshop, realizado pela primeira vez em 2011, ano em que foi concluído o genoma do gado zebuíno. Agora, com banco de informações mais consistente, principalmente da espécie Bos indicus, que compõe a maior parte do rebanho brasileiro, é criada a DEP genômica para acelerar a velocidade do ganho genético dos rebanhos, tendo como foco a maior produtividade (ganho de peso, fertilidade, crescimento etc). Para Fernando Garcia, professor da Unesp Araçatuba – e um dos organizadores do workshop e líder da conclusão do genoma em 2011 –, um encontro como este, que reuniu importantes pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Nova Zelândia e Europa, demonstra que, apesar de as pesquisas ainda estarem em fase inicial no nosso país, já apresentam o enorme potencial da tecnologia. “Já desenvolvemos pesquisas de interesse mundial, com nível de primeiro mundo. Obviamente que temos de agradecer ao apoio de pesquisadores internacionais que estão em níveis mais avançados no desenvolvimento de tecnologias genéticas para a pecuária”, explica. O workshop mostrou que o desenvolvimento de marcadores moleculares com maior acurácia para características de interesse comercial em zebuínos agrega muito à cadeia da produção Fernando Garcia, líder da de carne bovina e de conclusão do genoma em 2011 leite. 06 42

Diretor da Agropecuária Jacarezinho, Ian Hill informa que o grupo – que tem fazendas em São Paulo e na Bahia – trabalha com capacidade média de lotação de 1,2 UA/ha, muito acima da média brasileira, que é de 0,7 UA/ha. “Este é um indicador confiável dos benefícios do uso da genômica apenas para a definição de paternidade. Os dados colhidos refletem uma capacidade produtiva bem acima do que ainda encontramos no país e confirmam que podemos produzir muito mais em áreas ainda menores. Este, sim, é um exemplo de pecuária sustentável”, enfatiza. Outro que está confiante nos rumos das pesquisas envolvendo a genômica é Daniel Biluca, diretorexecutivo da Conexão Delta G – parceira da Unesp na coordenação do evento. “Estamos em transição, passando de uma época em que desenvolvíamos a seleção do gado apenas prestando atenção a características fenotípicas para analisarmos de fato a ‘foto’ do DNA do animal e, daí, retirarmos informações de grande relevância para selecionar os melhores bovinos. Tendo como exemplo o caso da Jacarezinho, se eles têm capacidade de lotação tão acima da média do país apenas com o teste para registro de paternidade, imagine o que conseguiremos quando disponibilizarmos mais DEPs Genômicas específicas para zebus?”, indaga Biluca. Para que as DEPs Genômicas sejam difundidas por toda a cadeia produtiva nacional, Fernando Garcia destaca a importância dos minicursos desenvolvidos no primeiro dia de workshop. Segundo o especialista da Unesp Araçatuba, o trabalho de base é necessário para que todos entendam minimamente o assunto. “A genômica ainda é um tema árido, pouco conhecido por grande parte das pessoas e, no mundo agropecuário, não é diferente. Só com informação conseguiremos fazer com que todos participem desta revolução que se inicia e trabalhem para o desenvolvimento da pecuária brasileira”, ressalta Garcia. Texto Assessoria de Comunicações, com edição da RF.



Reestruturação deixa SISBOV mais transparente e menos burocrático Após quatro anos de trabalho do Conselho Técnico Consultivo (CTC), instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a reestruturação do Sisbov está concluída. O Sisbov é um dos protocolos de rastreabilidade destinado aos produtores que pretendem comercializar animais ao mercado europeu. O assunto foi debatido durante seminário realizado dia 1º de março, pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Segundo o membro do CTC, Luiz Carlos Meister, o novo modelo do Sisbov depende de um decreto presidencial para começar a sua vigência. "O trabalho técnico já foi realizado para tornar o sistema menos burocrático e de fácil operacionalidade. Agora, dependemos do Mapa para colocá-lo em vigência", destacou. A obrigatoriedade de identificação de todo o rebanho da propriedade continua, porém somente os animais que serão destinados ao abate para atender o mercado europeu deverão ser identificados com números individuais. Isso deve ser feito no mínimo 90 dias antes do abate. Os demais animais da fazenda necessitarão apenas de um número que identifique a propriedade como habilitada à exportação para a União Européia. Outra alteração significativa é a possibilidade do próprio produtor realizar as comunicações de nascimento, morte, abate e etc. dos animais rastreados. PGA - Uma das ferramentas importantes que vem sendo desenvolvida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Mapa é a Plataforma de Gestão da Agropecuária (PGA). Ela representa um banco nacional de dados desenvolvido para integrar as informações de todos os órgãos de defesa sanitária dos estados brasileiros. "A principal base do projeto é a formação de uma cadeia nacional com dados dos serviços de defesa de sanidade animal. O Brasil não possui uma base constituída", disse o coordenador executivo da Comissão de Sanidade da CNA, Décio Coutinho. Nessa plataforma, estarão as informações de todas as propriedades rurais do Brasil. Isso significa, por exemplo, que no ato de uma propriedade vender os animais em Mato Grosso com destino ao estado de Minas Gerais, essas informações estarão interligadas entre os órgãos de defesa desses dois estados. Hoje, isso não acontece. Famato, com edição da RF. 06 44


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Ministério revê níveis de minerais em rações O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) revogou os limites de minerais para formulações de rações destinadas a aves e suínos previstos na Portaria nº 20, de junho de 1997. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23 de fevereiro, foi tomada por considerar a regra anterior dispensável à regulamentação do setor de alimentação animal e não atender aos avanços tecnológicos da área. O objetivo da legislação antiga era estabelecer concentrações mínimas de minerais em produtos comerciais que garantissem aporte adequado de nutrientes para os animais. Porém, muitos destes valores – fixos e de atendimento compulsório – se tornaram obsoletos, uma vez que novas tecnologias têm permitido a redução dos níveis de minerais nas dietas, sem comprometimento dos índices de produção, ou do estado de saúde dos animais. Segundo a Coordenação de Fiscalização de produtos para Alimentação Animal (CPAA), a alteração está embasada em referências técnico-científicas. A principal delas seriam estudos que comprovam o uso de minerais quelatados e enriquecimento de leveduras eficazes em níveis inferiores àqueles previstos na portaria. Esses produtos apresentam maior disponibilidade, melhor absorção e maior aproveitamento dos minerais orgânicos pelos animais, permitindo a redução no nível de inclusão na sua fabricação. Outra vantagem da mudança da regra é a redução da contaminação ambiental, ao passo que os estudos atestam que os níveis de minerais eliminados pelas fezes dos animais são consideravelmente menores. Para bovinos houve a atualização da legislação em 2004, por meio da publicação da Instrução Normativa nº12. A norma permite o registro de produtos com níveis inferiores aos previstos, desde que comprovada cientificamente a eficácia dos novos teores, proporcionando desta forma flexibilidade aos limites estabelecidos.

Enio Marques assume Defesa Agropecuária Médico veterinário e fiscal federal agropecuário aposentado, Enio Anto-nio Marques Pereira foi nomeado para conduzir a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A nomeação do dirigente foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 02 de março. Paulistano, Marques – com mais de 40 anos de dedicação profissional ao Mapa –, já ocupava o cargo de secretário substituto desde a exoneração de Francisco Sérgio Ferreira Jardim, nomeado como assessor especial do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no dia 15 de fevereiro. Antes de assumir a pasta, ele atuava como diretor de Programas da SDA e tinha exercido a função de secretário de Defesa Agropecuária em duas ocasiões: de 1992 a 1993, e de 1995 a 1999. Com pós-graduação em projetos de planejamento em sanidade agropecuária pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marques foi ministro interino e representante do Ministério da Agricultura no Conselho Nacional da Saúde e no Conselho de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), de 1996 a 1999. Marques assessorou, ainda, a Divisão de Saúde Pública da Organização Pan-Americana de Saúde, em Washington, entre 1995 e 1996, e foi consultor técnico da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados de 1993 a 1995, e entre 1990 e 1992. Também atuou como secretário Nacional de Produção, de 1986 a 1989, e foi delegado Federal de Agricultura, em São Paulo, no ano de 1986. De 1983 a 1985, exerceu o cargo de secretário de Inspeção de Produtos de Origem Animal. No mesmo departamento também ocupou diversas funções técnicas entre 1971 e 1982 e chefiou o Serviço de Inspeção Federal, em São Paulo, de 1976 a 1977. Mapa, com edição da RF.



Sistema de Aspersão de Carcaças para o mercado frigorífico Ela ressalta, ainda, que a Spraying Systems utiliza Referência no segmento de soluções para pula aspersão de água fria (até 2º C) clorada a 1ppm, verização industrial, a Spraying Systems do Brasil disconforme definido pela resolução do Mapa, em ciclos ponibiliza aos frigoríficos de todo o país o Sistema de intermitentes. Aspersão em Carcaças (SAC). Rita explica também que para atingir um bom Baseada na Resolução Nº 02, de 9 Agosto de 2011, nível de satisfação, o frigorífico interessado na impleinstituída pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e mentação da solução deve levar em conta diversas Abastecimento (Mapa), que define os critérios para o variáveis, tais como, o peso da meia-caraça, distribuição uso do sistema de aspersão de meias-carcaças bovinas das capas de gordura, vazão/velocidade do sistema de no Brasil, a solução da Spraying Systems Co. tem por ventilação adotado, dimensão da câmara frigorifica, objetivo auxiliar os frigoríficos brasileiros no processo entre outros. “Cada projeto é sob medida, justamente de resfriamento de meias-carcaças – procedimento porque avaliamos muitos itens antes de implementar este já utilizado há bastante tempo pelos frigoríficos a solução”, completa. americanos e australianos. Segundo o sócio consultor da Comprovar ConCaso de Sucesso - Uma economia de sete milhões sultoria, Eduardo Krisztan Pedroso, durante o processo de dólares australianos por ano foi atingida pela JBS convencional de resfriamento de carcaças bovinas Swift*, da Austrália, após a utilização do Sistema – efetuada com ventilação forçada, por período de de Aspersão de Carcaças da Spraying Systems Co. 24 horas –, ocorre uma perda natural de peso, mais Além disso, para alcançar os benefícios no ciclo de conhecida como “quebra de frio”, que é provocada pulverização, o frigorífico australiano utilizou menos pela desidratação das carcaças. Durante este período de 400 litros de água, por ciclos, em períodos pode haver até 2% de perda de peso por carcaça. aproximados de 24-30 segundos de pulverização. “Em outras palavras, a cada 100 carcaças levadas à câmara fria, saem no dia seguinte o equivalente a Sobre a Spraying Systems - A Spraying Systems apenas 98, pois duas delas evaporaram. Esta perda de Co. é uma empresa líder mundial em tecnologia de peso se traduz em um enorme prejuízo para a indúsbicos pulverizadores. Fundada em 1937, a companhia tria. Além disso, está provado cientificamente que tal se consolida no mercado por meio de sua ampla rede tecnologia não interfere nas propriedades organolépde vendas globais com capacidade de fabricação global, ticas, sensoriais e microbiológicas da carne”, explica. incluindo 12 fábricas em todo o mundo. Com soluções Quando comparado com os volumes comercializainovadoras e abordagem agressiva, a empresa está dos pelos frigoríficos, essas perdas proporcionam 100% voltada aos seus clientes. Mais informações no prejuízos bastante significativos. “Em clientes que site www.spray.com.br já utilizam a solução da Spraying Systems Co. no exterior, constatamos que Com a nova solução é possível reduzir de forma significativa os índices foi possível atingir, por referentes às perdas de peso das meias-carcaças exemplo, uma redução de 1,10% na perda do peso da meia-carcaça, em um intervalo de 15 minutos de hidratação. Por isso, o Sistema de Aspersão em Carcaças da nossa empresa se apresenta com o melhor custo/benefício, uma vez que com a solução é possível formar uma película protetora sobre as meias-carcaças evitando que estas percam água para o ambiente”, revela a engenheira de desenvolvimento de novos produtos da empresa, Rita Zolin. *Fonte: Commercial proving of spray chilling in Australian beef plants – Phase 2. Meat & Livestock Australia, junho de 2011.

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GTFoods inaugura quarta fábrica de ração peletizada para frangos Melhorar o desempenho nos plantéis avícolas é um objetivo constante dentro do setor. Por isso, os estudos feitos nas indústrias procuram identificar quais fatores influenciam mais ou menos no bem-estar animal dentro dos aviários. E um dos principais pontos que são necessários para o bom desempenho dos frangos é a ração que os frangos consomem. Responsável pela nutrição dos animais, a alimentação através da ração deve ser facilitada e de alto teor energético. Diante desse cenário, uma das novidades que vem sendo implantada na alimentação de aves de corte é a nutrição de precisão, com o uso da ração peletizada. “Com esse conceito, é possível potencializar o desempenho dos plantéis avícolas”, afirma Ildeu Canalli, gerente agroindustrial do GTFoods, grupo paranaense focado no setor avícola que inaugura sua fábrica de ração 100% peletizada ainda no primeiro trimestre de 2012. “Esse investimento vai agregar valor ao produto que oferecemos ao mercado, tanto na questão nutritiva quanto na questão financeira”, explica. A nova fábrica de ração do grupo, na cidade de Indianópolis, no norte do Paraná, terá na primeira etapa uma produção de 70 toneladas por hora, sendo que na segunda etapa – programada para 2013 – a capacidade irá para 105 toneladas por hora. “Isto equivale a produzir ração para mais de 450 mil frangos por dia somente nesta fábrica, sem contar com a produção das outras três fábricas do grupo”, comenta Canalli. Nova unidade - A nova unidade dará ao GTFoods a capacidade de atender a proposta de crescimento do grupo, que pretende chegar, nos próximos anos, ao abate de 600 mil frangos por dia. Além disso, para essa unidade, o GTFoods investe em operação, manutenção e qualidade, afim de garantir um acompanhamento sério e preciso na produção.

“Todo o processo é acompanhado em laboratório com equipamentos de análises rápidas, desde a entrada da matéria-prima, que deve obedecer critérios rígidos de qualidade, até o controle do processo produtivo da fábrica e o produto final. O alimento para o frango passa por critérios tão rígidos quantos os utilizados para a alimentação humana”, afirma o gerente agroindustrial. O processo de avaliação do produto vem desde a chegada da matéria-prima, com a avaliação dos grãos. No produto final, antes de ser enviada ao produtor, a ração passa por uma avaliação que define seu nível de qualidade, atendendo conceito de nutrição de precisão. “Todas estas tecnologias e know how de profissionais confere a empresa e aos seus parceiros integrados total segurança no seu processo produtivo, sendo mais uma segurança e garantia para os investimentos dos novos e atuais integrados”, define. Sobre o GTFoods - O GTFoods iniciou a administração de ativos do Frangos Canção em 2012, mas a empresa avícola surgiu em 1992, na região de Maringá. Para promover o negócio, aos poucos a organização buscou ampliar a sua área de atuação, optando pela criação de frangos de maneira integrada. Atualmente, o GTFoods abate 400 mil aves por dia e administra os ativos Frangos Canção, Gold Frango, Mister Frango e Bellaves. O Grupo atende os mais exigentes clientes, inclusive do mercado internacional, oferecendo produtos de excelente qualidade. Para tanto, utiliza um processo de produção com alta tecnologia, agindo sempre com responsabilidade social e ambiental. O GTFoods se lançou às exportações em 2006 e já conquistou mercados consumidores importantes. Hoje, são mais de 50 países que recebem com regularidade produtos do grupo.

Lençol de Armalon Vick para seladoras Pertencente à família dos plásticos, o Lençol de Armalon é um material composto por tecido de fibra de vidro impregnado com PTFE e adesivo à base de silicone em um dos lados do liner. Devido às características especiais de seu componente PTFE, como antiaderência, resistência à temperatura e baixo coeficiente de atrito, o Armalon pode ser aplicado em uma variedade de produtos, estando presente em diversas áreas da indústria. “O Lençol de Armalon é um material que pode ser utilizado em indústrias plásticas, alimentícias, químicas, têxteis, gráficas, eletroeletrônicas, em máquinas seladoras, entre outros”, comenta a gerente de Marketing da Vick, Sílvia Orrù. Disponível em duas versões – uma com adesivo e outra sem –, entre suas muitas aplicações, na indústria frigorífica, por exemplo, o Lençol de Armalon pode ser utilizado na barra de selagem das seladoras, pois ao aquecer e derreter o plástico para proceder o selamento, é preciso haver um material que seja antiaderente. Para mais informações acesse www.vick.com.br. 06 50


Dispositivo industrial para confecção de espetinhos de kafta Leoni

www.leonivacuo.com

Dispositivo industrial para confecção de espetinhos de kafta, o dispositivo acoplado em todos os modelos de ensacadeiras manuais ou pneumáticas é mais um lançamento da Metalúrgica Leoni do Brasil. Acelerando a produção com tecnologia inteligente, o dispositivo entrega os espetinhos de kafta com o palito, já ensacado, pronto para a estocagem. O dispositivo recebe vários comprimentos de espeto, e o usuário tem a opção livre para determinar o tamanho e peso dos espetos, podendo o dispositivo ser usado para embutir todos os tipos de linguiças frescal.

Embrapa: girassol como opção para silagem e sementes do azevém BRS Ponteio para pastagem são grandes destaques Em Dia de Campo realizado em Pelotas, no Rio Grande do Sul, dia 16 de fevereiro, a Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) expôs como o girassol pode ser uma opção de silagem para a alimentação animal. “O girassol é uma boa alternativa em períodos de seca”, explicou o pesquisador Jorge Schafhauser Júnior. Na oportunidade, agricultores e técnicos conheceram o potencial da planta em diversas condições, sendo que o alto teor de proteína, a fibra de boa qualidade e o valor energético foram apontados como características de destaque do girassol. De acordo com a pesquisadora Ana Barneche, “o girassol tem um forte e diversificado potencial de uso”. Atualmente, o cultivo é voltado para a produção de óleo. A nutrição animal, com a silagem, seria mais uma opção viável para a planta, segundo o órgão. E por falar em Embrapa, as sementes do azevém BRS Ponteio já estão sendo comercializadas para a safra de 2012, com início de plantio previsto para este mês. Espécie de planta forrageira, o azevém é voltado à formação de pastagem para a alimentação do gado. O BRS Ponteio é caracterizado por formar uma pastagem de maior qualidade e que rende até 30 dias a mais de pasto. Enquanto as cultivares comuns cobrem um período de alimentação para os animais até outubro, o azevém da Embrapa chega até novembro. O ciclo mais longo e a alta proporção de folhas garantem o resultado. “A cultivar possui alto vigor e as sementes têm excelente germinação”, explica a pesquisadora Andréa Mittelmann, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS). A recomendação é de se usar 20 kg de semente por hectare – nas cultivares comuns, o volume chega até 60 kg/ha. O custo do kg vai de R$ 2,50 a R$ 4. Para esta safra, estarão disponíveis no mercado 400 toneladas de semente, suficientes para o plantio de 20 mil hectares de pastagem. O BRS Ponteio pode ser comprado em fornecedores licenciados (veja a lista completa no site www. cpact.embrapa.br/downloads/produtores_BRS_PONTEIO.pdf ) ou em casas agropecuárias especializadas. 51


Nova vacina vetorizada da Ceva será usada em campanha estadual Uma nova vacina vetorizada contra Laringotraqueíte Infecciosa das Aves (LTI), desenvolvida pela Ceva Saúde Animal – terceira maior empresa do mundo em vacinas para avicultura –, será usada no programa de combate à doença da Coordenadoria da Defesa Agropecuária (CDA) do Estado de São Paulo. A vacina Vectormune FP LT foi apresentada aos avicultores da região de Bastos (SP), em encontro técnico realizado dia 08 de fevereiro, em Tupã (SP). Cerca de 70 convidados participaram da reunião, que foi promovida em complemento à solenidade que marcou a abertura oficial do programa, que teve a presença do Governador de São Paulo, Geraldo Moacir Oizumi e Geraldo Alckmin, e da Secretária de Agricultura, Mônika Bergamaschi. Alckmin, durante demonstração da Gerente Técnico Internacional da Ceva, Luiz Sesti apresentou os difeVectormune FP LT, em Bastos (SP) renciais da Vectormune FP LT, mecanismo de ação, cuidados com a aplicação e resultados do uso da tecnologia da vacina vetorizada em outras regiões e outros países. “A Vectormune FP LT é uma vacina extremamente segura, que não induz a nenhum tipo de reação respiratória e não há excreção do vírus vacinal no ambiente”, ressaltou Sesti. A Vectormune FP LT possui a conveniência da dose única, o que a torna muito prática. Porém, como o sucesso da proteção está diretamente relacionado ao processo da vacinação, é fundamental que o avicultor receba a orientação correta para efetuar a aplicação, garantindo a eficácia do procedimento. “Toda nova tecnologia requer cuidados, desde a fase da introdução até a sua consolidação. Por isso, é um dever dos fornecedores disponibilizarem todo o suporte técnico para os produtores”, enfatiza o gerente da área de postura comercial da Ceva, Moacir Oizumi. Os trabalhos de treinamento e monitoramento no campo já estão sendo realizados na região, sob a liderança do médico veterinário da Ceva, Fernando Resende, com o acompanhamento do especialista local da CDA e o apoio da equipe técnica da região. Os primeiros lotes de aves já foram vacinados. A Vectormune FP LT - A Vectormune® FP LT é uma vacina vetorizada que utiliza o vírus da vacina da bouba aviária usada como vetor para a expressão de genes doados pelo vírus da LTI. O vírus vacinal da bouba aviária (vetor) expressa antígenos chave para a proteção contra o vírus da LTI. Os genes do vírus da LTI que codificam para estes antígenos foram selecionados entre várias possibilidades com o objetivo de induzir o melhor nível de proteção contra os vírus de campo causadores da LTI. O lançamento da Vectormune FP LT, assim como da Vectormune HVT NDV (vacina vetorizada contra Newcastle e Marek), faz parte da estratégia da Ceva Saúde Animal para oferecer ao mercado soluções que aliem eficácia, segurança e praticidade.

Tate & Lyle apresenta a nova linha de amidos extra secos Tate & Lyle, fornecedora global de soluções para ingredientes e alimentos, anunciou a expansão de sua variedade de amidos nativos, com a introdução de dois produtos de amido extrassecos: MERIZET® 116 e MERIZET® 118, com baixo teor de umidade, em geral, de 5% a 7% respectivamente. Os amidos extrassecos são utilizados em massas congeladas, sopas desidratadas, massas, molhos, sobremesas e outras misturas secas em que o controle da umidade é crucial. Eles melhoram a estabilidade e tempo de validade do produto final, ajudando a evitar o desenvolvimento de umidade no produto durante o armazenamento. Os amidos extrassecos são fundamentais para as misturas secas vendidas 06 52

nos mercados tropicais. Gerente de Produtos Texturantes na Tate & Lyle Speciality Food Ingredients, Clotilde Feuillade comenta que há uma demanda cada vez maior no mercado por amidos extrassecos, cuja produção é de alta complexidade. "Por isso, é com grande satisfação que apresentamos essas duas novas variedades, ajudando os fabricantes a formular seus produtos com mais facilidade”, diz. As duas novas referências de amido são feitas a partir do milho não geneticamente modificado e fabricadas na principal unidade europeia da Tate & Lyle, na Holanda. Embora a fábrica seja especializada em amidos modificados, ela também produz amidos nativos com valor agregado, tais como os amidos granulados MERIZET® 150 e MERIZET® 158 para uso em doçaria e confeitaria.


Frigma lança Sistema de Umidificação Quebra Zero para frigoríficos O resfriamento das carcaças, durante a maturação sanitária, é período obrigatório para que a carcaça atinja 4ºC no miolo da alcatra podendo, assim, seguir para os pontos de consumo, respeitando a cadeia de frio, com temperaturas que reduzem a multiplicação bacteriana. Também é extremamente importante nas indústrias frigoríficas que destinam seus produtos para o mercado internacional, principalmente a União Europeia e países que seguem as normas dos EUA – o controle com a diminuição do pH para destruição do vírus da febre aftosa, inativado quando este atinge valores abaixo de 5,9 após 24 horas de resfriamento em câmara frigoríficas com temperatura e ventilação controladas que exigem, assim, mínimas de 2ºC por 4 horas. A utilização do frio nas unidades frigoríficas é inevitável, trazendo como consequência grandes prejuízos, pois todos os dias há uma grande perda de peso das carcaças mantidas 24/36 horas nas câmaras de resfriamento para a conservação sanitária, sendo que o processo causa uma perda de peso que chega ao nível de 2%, significando que a cada 1000 bois armazenados, perdem-se por evaporação 20 bois. Ou seja, 20 bois desaparecem por “quebra” das carcaças todos os dias. Contudo, a Frigma informa que levantamentos

de testes feitos com sucesso desde o ano de 2001 comprovam que existe solução para esse problema de quebra, com o Sistema de Umidificação Quebra Zero. A Frigma se apresenta como pioneira a publicar essa proposta em âmbito nacional, desde 2003. Os padrões de abate e refrigeração que são normatizados pelo Ministério da Agricultura, através do Regulamento de Inspeção Industrial Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) – que é a base legal do controle sanitário exercido sobre os frigoríficos brasileiros –, bem como exigências sanitárias de países importadores que precisam ser respeitadas, dentro do princípio de igualdade imposto pela Organização Mundial de Comércio (OMC), acabam causando prejuízos econômicos. A Frigma, com esse lançamento, assegura que no processo de resfriamento de carcaças para maturação sanitária não haja perda de peso, isto é, se a quebra de frio estiver até 2,5% ela será eliminada. Este novo sistema é totalmente automático, necessitando somente ser acionado o “start” para iniciar todas as operações de cada dia, após o completar das câmaras frias. O Sistema de Umidificação Quebra Zero obedece a resolução MA DIPOA NR 2, de 09/08/2011. A Frigma ainda garante a instalação do sistema com completa ausência de contaminação cruzada.

Mais proteção e segurança: Fujiwara anuncia nova bota de PVC A Fujiwara lança este mês no mercado, um novo modelo de bota de PVC: a Gran Atlantis. O produto será comercializado em duas versões, cano longo e cano curto, e estará disponível nas cores preta e branca. A bota de cano curto terá 28 centímetros de altura e a de cano longo, 38. Segundo o gestor industrial Ricardo Michel, esse é um grande diferencial do modelo, por oferecer uma área maior de proteção ao usuário, em comparação com as outras botas disponíveis no mercado. Além do formato anatômico da forma, o que garante mais conforto, o equipamento de proteção individual apresenta uma ranhura na parte externa, na altura do calcanhar, para facilitar a retirada do calçado. A matrizaria foi toda desenvolvida na Europa e possui tecnologia e design italianos. De acordo com a gestora de P&D da BSB, Andresa Bolzan, a bota contém alto teor nitrílico, o que facilita a higienização, e grande resistência à abrasão. O solado é antiderrapante e foi projetado com ranhuras que facilitam a remoção de resíduos do solo que possivelmente possam aderir à bota. O modelo pode ter como opcionais palmilha e biqueira de aço, o que protegem os trabalhadores contra queda de objetos nos pés e perfurações, conforme as normas técnicas. Convenção - A apresentação do modelo foi feita durante a 3ª Convenção de Vendas da Fujiwara, realizada em Lins (SP). Durante o evento, também foram apresentadas as metas da empresa para 2012. A projeção é aumentar os negócios em 30%. “A meta é oferecer além dos commodities, como a botina de elástico, produtos com alto valor agregado, como a nova bota de PVC e calçados em nobuk, por exemplo”, disse Emerson David, gerente nacional de Vendas. James Lourenço, diretor da BSB, ressaltou que esse é um período para superar desafios junto com a equipe. “As metas devem ser vistas diariamente para a obtenção de bons resultados semanais, mensais e anuais”, disse. 53


Sansuy lança barco inflável próprio para piscicultura A Sansuy, fabricante de laminados flexíveis de PVC e seus manufaturados, lançou o Acquatrator 850, direcionado ao setor de aquanegócios, durante o Show Rural Coopavel, ocorrido entre os dias 6 e 10 de fevereiro na cidade de Cascavel (PR). Com um estande de 3.510 m2, a empresa expôs mais de 20 produtos no evento e realizou palestras técnicas sobre armazenagem, biodigestores e aquanegócios. Destaque da Sansuy na feira, o Acquatrator 850 é um barco inflável movido a motor, capaz de transportar até 850 quilos de ração para peixe até os tanques-rede, que são viveiros submersos na água. O barco mede 3,60m de comprimento por 1,75m de largura, pesa 110kg, comporta até seis pessoas e é confeccionado em lona de PVC flexível e resistente à abrasão. Além do Acquatrator 850, a Sansuy aproveitou para destacar outros produtos de seu portfólio voltados ao agronegócio. Dentre eles, o Vinitanq (tanque-rede), o Vinitank e a Vinimanta foram desenvolvidos especificamente para a produção de organismos aquáticos, e oferecem flexibilidade e resistência a tanques e viveiros. O Vinitanq é fabricado com o legítimo Sannet, uma tela de poliéster de alta tenacidade recoberta com PVC flexível resistente à intempérie e é oferecido para viveiros de pequeno, médio e grande volume. O Vinitank é confeccionado com laminados de PVC flexível reforçado com fios de poliéster de alta tenacidade. Já a Vinimanta é uma geomembrana flexível de PVC com formulação adequada para revestimento de lagoas para a criação de organismos aquáticos. Adequado à armazenagem de grãos, o Vinimazem não possui estrutura e mantém-se inflado por ventiladores. A cobertura com laminado de PVC reforçado com tecido de poliéster é aditivada com retardante a chama, anti-UV, antifúngico e antioxidante. Esta tecnologia proporciona durabilidade e impermeabilidade. Para pequenos, médios e grandes criadores, com projetos exclusivos e adaptados a cada propriedade, o Vinibiodigestor proporciona melhor aproveitamento dos dejetos animais e outros efluentes orgânicos. Entre as vantagens da sua utilização estão a produção de biofertilizantes e biogás para a geração de energia elétrica ou térmica. O sistema ainda contribui para a diminuição dos gases do efeito estufa, redução de odores e proliferação de moscas e doenças relacionadas à contaminação orgânica. Além destes, a Sansuy ainda disponibiliza o Vinigalpão, cisterna rural, abrigo rural, cobertura para algodão, barracas, reservatórios para água, cobertura para graneleiro, sider e containeres para adubo, ração e outros.

Javali: Temra fortalece presença no mercado de carnes exóticas Visando alcançar maior visibilidade no mercado alimentício e ampliar o consumo de carnes exóticas, a Temra, empresa que é referência no Brasil na criação e produção de carne de javali, está em fase de renovação de sua identidade visual. Segundo o diretor e especialista em branding da agência Tre Comunicação, Kito Castanha, o objetivo do projeto é repaginar a identidade visual da marca, assim como desenvolver novas embalagens para os produtos. “A Temra é uma empresa que faz produtos de excelência e que precisa sempre atrair novos consumidores. Esse é o nosso desafio”, afirma. Andre Fleury Silveira de Alvarenga e Maria Teresa Há 15 anos no mercado, a empresa é especializada em ofeFleury de Alvarenga, diretores da Temra recer carne de javali de excelência para o consumo. O projeto foi idealizado pelo engenheiro agrônomo André Fleury Silveira de Alvarenga, que após muitos estudos e experiências, conquistou um produto de sabor, textura, maciez e gordura ideais para agradar aos paladares mais exigentes. Reconhecida pelo seu sabor e qualidade nutricional, atualmente o javali está conquistando os restaurantes mais badalados das grandes cidades, entre eles o Barbacoa e o DOM, considerado o sétimo melhor restaurante do mundo, coordenado pelo reconhecido chef Alex Atala. O javali é um animal muito antigo, originário do norte da África e sudeste da Ásia. Na América, é considerado exótico, pois não faz parte da fauna da região. O índice de colesterol nesse tipo de carne é quase inexistente. Quando comparada à carne bovina, ainda apresenta 85% menos calorias, 31% mais proteínas e 15% mais minerais. 06 54


Danfoss apresenta linha de transmissores com radar onda guiada Os novos transmissores de nível de líquido AKS 4100 e AKS 4100U da Danfoss incorporam a tecnologia de onda guiada (TDR - Time Domain Reflectometry) totalmente adaptada para Refrigeração Industrial. Apresentando alta flexibilidade e confiabilidade, o transmissor foi projetado especificamente para medir nível de uma variada gama de fluidos refrigerantes, incluindo amônia, HCFC, HFC e CO2 em vasos separadores de líquido, acumuladores de sucção, tanques de líquido, etc. Os transmissores estão disponíveis em duas versões: cabo e coaxial. Na versão cabo, é adequado para todas as aplicações de Refrigeração Industrial, exceto para aplicações navais. O cabo do transmissor possui 5 metros de comprimento, sendo facilmente ajustável para se adequar à aplicação efetiva. Está disponível com e sem o Display IHM. Já na versão coaxial, é adequado para todas as aplicações de Refrigeração Industrial, incluindo navais, e está disponível nos comprimentos: AKS 4100 de 500 mm até 2.200 mm; e AKS 4100U de 19,2

polegadas até 85 polegadas. O display opcional é usado para comissionamento e ajustes em campo, e é facilmente montado no AKS 4100 ou no AKS 4100U. São disponíveis vários idiomas e tanto na unidade SI como na US. TDR - A tecnologia radar de onda guiada TDR (Time Domain Reflectometry – Reflectometria por Domínio do Tempo) é diferenciada. O conversor de sinal do AKS 4100 ou do AKS 4100U emite pulsos eletromagnéticos de baixa intensidade e alta frequência com um intervalo de cerca de um nanossegundo, que se desloca na velocidade da luz entre a base até a superfície do líquido. Assim, os pulsos são refletidos pela superfície do líquido, guiados pelo cabo de volta à base, analisadas pelo Conversor de Sinal do AKS 4100/4100U e então convertidos em uma leitura do nível do líquido.

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Painel Conjuntural de Mercado leva debates à AveSui Criado para servir como espaço privilegiado de discussão sobre temas relacionados às cadeias de produção de avícola e suinícola, o Seminário Internacional de Aves e Suínos, que integra a programação técnica da XI Feira Latino-Americana da Indústria de Aves e Suínos - AveSui América Latina, será aberto pelo Painel Conjuntural de Mercado, dia 02 de abril (segunda-feira). Trata-se de importante fórum onde as principais tendências e os rumos da avicultura e da suinocultura nacional – os potenciais, os desafios, as dificuldades e diversas outras informações que envolvem o atual cenário destes mercados – serão debatidos por renomados especialistas. Organizado pela Gessulli Agribusiness, o Painel Conjuntural de Mercado deste ano terá a presença de renomados especialistas mundiais. Mário Sérgio Cutait, presidente da International Feed Industry Federation (IFIF), abordará na palestra de abertura o tema 'Nutrição Animal e Sustentabilidade', tema este escolhido como parte da estratégia criada de produzir sinergias entre os diferentes segmentos envolvido com a produção de aves e suínos. A palestra seguinte será ministrada pelo chefe geral de Planejamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, com o tema 'Projeções de Grãos e Carnes para o período 2011/2012 a 20121/2022'. Cícero Bley, superintendente de Energias Renováveis da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, falará sobre 'Geração de Energias com Biogás - Oportunidades Econômicas para a Sustentabilidade da Suinocultura'.

O encerramento do Painel Conjuntural de Mercado caberá ao economista e sócio-fundador da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, que explicará a agroindústria na nova fase do desenvolvimento brasileiro – o cenário internacional e a demanda de alimentos e energia, a expansão do mercado consumidor brasileiro e as condições para o aumento da produção. Análise de especialistas - Sendo um dos objetivos da AveSui 2012 reunir em um único local representantes de todos os elos da cadeia produtiva de aves, ovos e suínos da atualidade, a Gessulli Agribusiness espera com o painel proporcionar uma análise criteriosa de especialistas do Brasil e exterior sobre as últimas tendências da economia global e seus efeitos para o futuro destas cadeias produtivas. “Esta é uma das únicas oportunidades para que os setores se reúnam e se organizem para enfrentar os desafios do futuro, e assim garantir competitividade e rentabilidade para a produção nacional”, informa a diretora da AveSui América Latina 2012, Andrea Gessulli. O Painel Conjuntural acontece dia 02 de abril, a partir das 9h, e abre oficialmente o XI Seminário Internacional de Aves e Suínos da AveSui 2012 – que segue até o dia 04. Para inscrições e mais informações sobre grupos, seminários e eventos paralelos, acesse o site www.avesui.com, ou entre em contato com a Gessulli através do telefone (11) 2118-3133.

SINSUI 2012: III Simpósio de Reprodução de Suínos Buscando repetir o sucesso do II Pré-Simpósio SINSUI 2011, que contou com a presença de aproximadamente 350 participantes, a Minitub do Brasil realizará o III Simpósio de Reprodução de Suínos no dia 15 de maio de 2012. O evento é direcionado aos técnicos que atuam nas áreas de reprodução e centrais de inseminação, e os temas abordados discutirão a qualidade e a eficiência da produção das centrais de inseminação de suínos, dando continuidade aos assuntos discutidos no II Simpósio. Programa - Tendo como moderadora Isabel Scheid, da Scheid Assessoria Agropecuária, o III Simpósio de Reprodução de Suínos irá debater os seguintes temas: - Padrões e procedimentos utilizados na Europa para

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a produção de doses de sêmen suíno. Com Martin Schulze, do Institute for Reproduction of Farm Animals – Schönow e. V.; - Novos conceitos na diluição do ejaculado suíno: como as células espermáticas respondem aos desafios impostos? Com Karl Fritz Weitze, da TiHoHannover, Alemanha; - Experiência e resultados da aplicação do sistema computadorizado de análise espermática (Sperm Vision) em um programa de inseminação artificial em suínos. Com Rafael Kummer, da Master Agropecuária, Videira - Redução do número de espermatozóides na dose: quais são os principais cuidados e controles desde a produção até a inseminação. Com Alexandre Marchetti, da Minitub do Brasil.


Feira Biomassa & Bioenergia promove seminário inédito junto com a AveSui Entre os dias 02 e 04 de abril de 2012, São Paulo será palco do I Seminário de Biomassa & Bioenergia, quando serão apresentados grandes nomes da pesquisa ligada ao tema, para a discussão de assuntos práticos que fazem parte do cotidiano das empresas que atuam na produção e processamento de aves e suínos. A programação faz parte das atrações da I Feira Biomassa & Bioenergia, que acontece em conjunto com a Feira Latino-Americana da Indústria de Aves e Suínos, a AveSui América Latina. Durante o seminário serão apresentados três painéis que abordarão os seguintes temas: o mercado da biomassa no Brasil, aplicação da biomassa na produção e na agroindústria; produção e utilização de carvão vegetal, experiências práticas na geração de energia elétrica e produção de carvão com biomassa, bio óleo, transformações de matérias primas, florestas energéticas, nova tecnologia para hidrogênio, biogás e tendências deste mercado. O I Seminário de Biomassa & Bioenergia será coordenado pelo analista e engenheiro florestal Waldir Ferreira Quirino, responsável pela área de energia do Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro, e pela Embrapa Florestas, representada pelo chefe-geral da unidade Ailtom Damin da Silva e pelo pesquisador Antonio Francisco Bellote. “O painel apresentará grandes nomes e temas práticos ligados à produção e à aplicação de bioenergia na produção e na agroindústria”, explica a diretora da AveSui, Andrea Gessuli. Para a programação do seminário, a Gessulli Agribusiness oferece uma visão conjuntural do mercado de biomassa e bioenergia brasileiros; expõe o ciclo de produção, potencial econômico, comercialização e gestão sustentável e a contribuição da silvicultura para a produção de biomassa florestal; e, por fim, os participantes do painel irão aprender sobre as tecnologias de alto valor agregado para produção de energia a partir da biomassa florestal. Outras informações - Para inscrições e mais informações sobre grupos, seminários e eventos paralelos, acesse os sites www.avesui.com e www.feirabioenergia.com.br, ou entre em contato com a Gessulli Agribusiness através do telefone (11) 2118-3133, e converse com um representante da empresa. Serviço: - AveSui América Latina 2012 - Feira Biomassa & Bioenergia - AveSui Reciclagem Animal Data: 02 a 04 de Abril de 2012 Local: Expo Center Norte, em São Paulo (SP) Tel.: (11) 2118-3133 E-mail: avesui@gessulli.com.br Sites: www.avesui.com / www.bioenergia.com.br

Feira da Indústria Latino-Americana Feira da Indústria de Aves eLatino-Americana Suínos de Aves e Suínos

02, 03 e 04 de abril 02,Paulo 03 e 04 de| abril São | SP Brasil São Paulo SP20h | Brasil Das 12h| às Das 12h às 20h

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Manejo tranquilo do rebanho e contenção correta são fundamentais para sucesso reprodutivo Na busca por resultados reprodutivos no rebanho, é muito importante ter atenção com o manejo dos animais e encarar a inseminação com uma etapa de um processo mais abrangente que é a fertilização. “Fertilizar é diferente de inseminar e exige todo um planejamento para um projeto de sucesso que tem início na escolha do sêmen e termina na inseminação em si, ato mecânico que exige apenas treinamento”, explica o médico veterinário Renato dos Santos, consultor técnico da Beckhauser, fabricante de troncos e balanças e que atua de acordo com o conceito de manejo racional. O veterinário pontua que para o ato de inseminar, o inseminador precisa de treinamento que o integre ao projeto, de forma que ele se “vista” da responsabilidade de fertilizar, chamando para si todo o manejo com os animais. Em caso de grandes fazendas, nas quais o inseminador fica por necessidade no curral, cabe a ele treinar seus terceiros no manejo do reconhecimento da vaca em cio e no manejo de conduzi-la ao curral sem agressão. “É importante providenciar água e alimento de acordo com a necessidade do animal para que na chegada ao curral ele fique por um período de descanso de, no mínimo, 20 minutos, com espaço suficiente

para evitar competição e brigas. É preciso que o animal esteja tranquilo na hora de ser conduzido para a seringa em direção ao tronco para ser inseminado”, orienta Renato. A importância do cuidado com o manejo se deve ao fato de que o desempenho normal da função reprodutiva depende totalmente da ação dos hormônios, e a produção desses hormônios sofre influência direta do estresse. “Quando um animal é mantido em ambiente inadequado, seu organismo desencadeia uma série de reações hormonais na tentativa de restabelecer o equilíbrio orgânico, chamado de homeostase”, explica o veterinário. “Em situações agudas, o hipotálamo libera adrenalina, noradrenalina e catecolaminas, as quais desencadeiam reações imediatas, próprias de situações emergenciais, que causam mudanças em quase todo o sistema endócrino. A adrenalina é secretada para promover o fornecimento rápido de energia, com aumento da glicemia, dos batimentos cardíacos, da taxa respiratória e circulação. Seus efeitos são bastante drásticos e todo esse processo prejudica o resultado da inseminação”, completa o consultor da Beckhauser.

Pesquisa da UFSCar desenvolve biossensor para detectar O colesterol contido nos alimentos tem atraído grande interesse da população, pois seu nível no sangue é um parâmetro importante no diagnóstico e prevenção de doenças. Nesse sentido, saber quais alimentos são ricos em colesterol é de vital importância. Aluna de mestrado do Programa de Pós–Graduação em Ciência dos Materiais (PPGCM) do Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade (CCTS), campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Tâmera Taís de Lima Souza elaborou uma pesquisa que teve como objetivo desenvolver um biossensor para detectar o colesterol em amostras de alimentos tais como ovos, carnes e outros. O trabalho teve a orientação da professora Marystela Ferreira, do Departamento de Física, Química e Matemática (DFQM) da Universidade. De acordo com a orientadora, o estudo faz parte de um projeto maior de desenvolvimento de biossensores para a análise de diferentes compostos, como 06 58

a glicose e o ácido úrico. "O processo é o mesmo, o que faz a diferença é a enzima utilizada para a reação", explica Marystela. Em todos os estudos o foco é o desenvolvimento de biossensores clínicos mais acessíveis, práticos e baratos, que deverão ser utilizados na prevenção das doenças. Em sua dissertação, com o título "Estudo da Hemoglobina em Filmes Nanoestruturados como Mediador Eletroquímico na Aplicação em Biossensores", a aluna realizou estudos sistemáticos para a aplicação da hemoglobina atuando como mediadora de elétrons, utilizando a técnica da automontagem para a imobilização da hemoglobina. Essa técnica também foi utilizada para imobilizar a enzima colesterol oxidase. Para Tâmera, o mais interessante em seu trabalho foi o resultado. "A resposta final foi de acordo com o esperado", observando que "os filmes finos apresentaram um bom desempenho como biossensor amperométrico na detecção de colesterol em baixas


Por isso, a condução dos animais para a seringa, brete e tronco deve ser feita por peão que conheça comportamento e temperamento dos bovinos, e evite situações que causem estresse. Uso correto do tronco de contenção O uso correto do tronco de contenção para inseminação é outro fator de grande importância para o sucesso da fertilização. De acordo com o veterinário, a contenção em tronco deve ser feita com calma para que o equipamento não fique marcado na memória da fêmea bovina como local a ser evitado por lembrar ansiedade, medo, dor ou agressão. De acordo com Santos, se houver a necessidade de acionar as peças de contenção (pescoço e vazio), isso deve ser feito com o animal parado para não lesionar ou causar dor. “Nestes trabalhos a pressa será certamente um fator causador de estresse”, res-salta. Outra recomendação é para vacas que mesmo no Programa Intensivo de IATF não aceitam a condução tranquila: deverão ser destinadas à cobertura natural, diminuindo a perda de sêmen e aumentando a possibilidade da fertilização. “À primeira vista pode parecer aos produtores e técnicos uma preocupação excessiva e dispendiosa, mas certamente eles se surpreenderão com os benefícios que essa mudança de atitude trará à rotina de trabalho, às pessoas envolvidas com o manejo dos animais e, principalmente, com o retorno financeiro

que virá agregado em termos de percentual na fertilização com sêmen”, garante o veterinário. Economicamente, o mérito reprodutivo é considerado cinco vezes mais importante que o desempenho de crescimento e 10 vezes mais importante que a qualidade final do produto. “No Brasil, essa relação é maior do que 300 vezes para os sistemas de produção de bovinos de corte em regime exclusivo de pastagens. Diante disso, a melhoria do sistema de produção de carne bovina brasileira passa necessariamente pela melhoria no manejo reprodutivo e nos processos de seleção para características reprodutivas”, conclui o consultor da Beckhauser. Mais informações e dicas de manejo podem ser consultadas na página da Beckhauser na internet (www.beckhauser.com.br/dicasde manejo.php). Renato dos Santos, médico veterinário e consultor técnico da Beckhauser, por Attuale Comunicação.

o colesterol em alimentos concentrações". A alta sensibilidade e seletividade dos biossensores foram atribuídas à natureza do filme automontado e à capacidade de reconhecimento das biomoléculas. Outra observação destacada pela professora Marystela foi que os resultados alcançados pelo biossensor na análise das gemas, foram compatíveis com as taxas informadas pelo distribuidor de ovos. "Essa constatação também foi muito importante para verificarmos a eficácia do estudo", completa. Tâmera Taís defendeu sua dissertação de mestrado pelo CCTS no dia 24 de fevereiro e pretende continuar os estudos com um doutorado na área.

Informativo da Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos. E-mail: ccs@ufscar.br

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Pesquisa testa antioxidante natural da pitanga para a conservação da linguiça Uma pesquisa que investe na inovação tecnológica para propor uma alternativa natural aos antioxidantes artificiais utilizados pela indústria de alimentos, visando aumentar o período de conservação dos produtos nas prateleiras dos mercados, vem sendo contemplada pelo programa de Auxílio à Pesquisa (APQ 1), da Faperj. Coordenado pelo médico veterinário e professor Fábio da Costa Henry, do Laboratório de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), o projeto está testando o uso de um antioxidante natural extraído da pitanga (Eugenia flora L.), para a fabricação de uma linguiça frescal ovina de maior durabilidade. De acordo com Henry, a escolha da carne de ovinos para a pesquisa – mais especificamente a de carneiro –, atende ao perfil econômico do estado do Rio de Janeiro. "Entre os estados da região Sudeste, o Rio aparece em terceiro lugar no ranking nacional do rebanho ovino, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com destaque para a produção da região de Campos dos Goytacazes, município sede da UENF", ressalta o professor. "O objetivo é elaborar um embutido com o antioxidante natural da pitanga e a carne de carneiro produzida em Campos. É importante aproveitar a produção ovina do norte fluminense, realizada especialmente por pequenos produtores, e estimular esse nicho de mercado", justifica. Em andamento até o fim de 2012, o projeto começou a ser desenvolvido na UENF em 2010. Desde então, Henry coordena a fabricação experimental de linguiça frescal de carne ovina, enriquecida com extrato aquoso de pitanga, e a realização de diversos testes para avaliar a qualidade do produto. "Estamos verificando a influência do extrato de pitanga, reconhecido por suas propriedades antioxidantes, sobre o perfil lipídico da linguiça frescal de carne ovina". Em outros termos, a ideia é utilizar o alto potencial antioxidante da pitanga – fruta abundante na biodiversidade de Campos – para retardar a deterioração da gordura da linguiça, que ocorre com mais rapidez após o processo de irradiação. A irradiação dos alimentos é uma tecnologia amplamente utilizada pela indústria alimentícia para a prevenção das perdas econômicas que decorrem da contaminação e deterioração por micro-organismos. "A radiação, em doses controladas, faz com que as bactérias encontradas nos alimentos sofram uma mutação no DNA, impedindo sua multiplicação e sobrevivência. Por isso ela aumenta o tempo de prateleira dos alimentos", explica Henry. 06 60

Mas o tratamento por exposição à radiação pode ocasionar algumas alterações físicas, químicas e sensoriais nos alimentos. Daí a importância de usar, na hora da fabricação do alimento, aditivos com propriedades antioxidantes. "A adição do extrato da pitanga é capaz de desacelerar a oxidação da linguiça de carne ovina irradiada naturalmente. Ela combate os radicais livres formados pela decomposição dos lipídios, que alteram o sabor do produto", destaca. Inovação tecnológica para os alimentos Para avaliar a qualidade da linguiça, produzida em caráter experimental com extrato de pitanga, serão adotados três tipos de análises laboratoriais: fisicoquímica, sensorial e microbiológica. "A análise fisicoquímica foi empregada para avaliar a composição do produto, enquanto a sensorial vai mensurar a aceitação do produto junto ao consumidor, após submetê-lo a degustadores. Já a análise microbiológica será responsável em verificar o nível de contaminação da linguiça, para saber se está própria para o consumo". "Já definimos a formulação certa do antioxidante de pitanga e as concentrações adequadas do teor de carne e de gordura para a fabricação da linguiça. Este ano, vamos fazer a análise microbiológica, acompanhada da sensorial", completa Henry. Depois que o produto chegar ao estágio final, o próximo passo do pesquisador será fechar parcerias com o setor produtivo, para permitir que a inovação tecnológica seja adotada no processo de fabricação de linguiça. "A adição de um antioxidante natural, em substituição aos antioxidantes sintéticos normalmente utilizados pela indústria de alimentos, pode ser uma alternativa mais saudável", ressalta, lembrando que o efeito dos antioxidantes naturais da pitanga ainda não havia sido estudado. Além do professor, participam do projeto a química e professora da UENF, Daniela Barros de Oliveira (responsável pela elaboração do extrato de pitanga); e os estudantes Felipe Roberto Ferreira Amaral do Valle (zootecnista e doutorando do programa de pósgraduação em Produção Vegetal da universidade), Yara de Souza Lisboa (bolsista de iniciação científica e aluna do sexto período de Zootecnia da UENF) e Éverton Nunes Alves (bolsista de iniciação científica e aluno do décimo período de Medicina Veterinária da UENF). Assessoria de Imprensa da Faperj.


Como lidar com o desinteresse do cliente *Por Fábio Lemos Diferentemente das objeções, que são uma pedra no sapato dos vendedores, o desinteresse inicial do cliente age como um balde de água fria, desmotivando a maioria dos vendedores. É impressionante como a maioria dos clientes que prospectamos demonstra falta de interesse em nossos produtos ou serviços. As desculpas são sempre as mesmas: “não tenho verba disponível”, “meu estoque está cheio”, “estou contente com o fornecedor atual”, “me envie seu material”, “passe no próximo semestre”, entre outras que estamos sujeitos a escutar o tempo todo. É importante que você entenda, antes de tudo, que o cliente enxerga mais riscos do que qualquer outra coisa antes de fazer um negócio pela primeira vez, não tendo interesse por não conhecer você, sua empresa e, principalmente, não saber o que irá ganhar em fazer negócios com você. Neste tipo de cenário, o que nós, vendedores, devemos fazer, é criar o interesse, em um primeiro passo, fazer com o que cliente deseje nos ouvir. Assim, sua primeira prospecção deve ter como foco criar o interesse futuro. Não aborde o cliente já querendo tirar o pedido, faça uma apresentação de vendas descompromissada, deixe evidente que você não quer vender neste momento, mas sim que se trata de uma visita para que o cliente conheça sua empresa, seus produtos, as possibilidades de economia, de maior margem de lucro e das vantagens. Usemos um exemplo para estabelecer a abordagem inicial:

Cliente: Estou satisfeito com meu fornecedor atual e não penso em mudar. Vendedor: Entendo perfeitamente a sua forma de pensar, aliás, a maioria dos clientes que tenho visitado me disse a mesma coisa. Mas o motivo da minha visita é fazer o mesmo que fiz a estas outras empresas, que hoje são clientes: propor um aumento real de 5% a 10% em sua margem de lucros. Aumentar sua lucratividade em 10% é um bom negócio para sua empresa? Cliente: Sim, claro que é, mas isso é conversa de vendedor. Vendedor: Entendo como o senhor se sente a respeito, pois muitos vendedores prometem e não cumprem. Eu só preciso de 15 minutos do seu tempo para lhe apresentar como nossos produtos/serviços podem aumentar sua lucratividade. A partir daí, exponha todas as vantagens do seu produto: Vendedor: Nosso produto XYZ passou por uma bateria de mudanças, reduzindo o consumo mensal em 5%, gerando um lucro importante ao final de um ano. Apenas nesse item é possível imaginar quanto o senhor economizaria. Além disso, nosso sistema operacional também mudou e hoje temos um aumento real de produtividade de mais de 10%. Nossos clientes estão muitos satisfeitos com os resultados obtidos e a economia gerada, o que significa mais dinheiro no caixa. Neste ponto, você pode dar o fechamento no cliente: Vendedor: Quero ter a oportunidade de fazer bons negócios com o senhor e proporcionar, através do meu produto, mais economia e maior lucratividade para sua empresa. Para que eu consiga provar isso, podemos começar uma parceria com apenas uma máquina para que o senhor comprove e veja os lucros. Consigo fazer a entrega na próxima semana. Basta me dizer se na quarta ou na quinta. Lembre-se: o desinteresse inicial de um cliente é um sinal evidente que você deve fazer as perguntas adequadas, ter na manga um benefício que assegure vantagens ao cliente para, posteriormente, fechar o negócio. Ao se deparar com o desinteresse do cliente, use do seu arsenal de perguntas para descobrir os motivos, suas necessidades e, se possível, verificar alguma insatisfação com o fornecedor atual. Sua próxima ação é fechar o pedido! Sucesso e Boas Vendas! 61


Pérolas de Vendas Convenção de vendas é um grande barato! Convenções oferecem oportunidades de rever e fazer amigos, aprender novos conceitos e técnicas. Convenções de vendas são momentos mágicos, únicos... Mas o que eu mais gosto é de estar nas populares rodinhas em volta das mesas de coffee break, onde posso ouvir e aprender com colegas vendedores. E nesses anos todos, atendendo empresas em seus eventos, colecionei algumas frases que desejo agora compartilhar com você. Eu as chamo de 'Pérolas de Vendas'. Frases fantásticas, algumas de uma simplicidade e verdade tamanhas que chegam a assustar, além de serem muito divertidas. 1. "Se você não faz parte da solução, faz parte do problema!" - Essa é quando o gerente quer dar aquele recadinho de forma indireta aos que não atingem as metas. Pense nesta frase pelo lado positivo. A pergunta que você tem que fazer todos os dias é: "Em que eu estou ajudando meu cliente? A reduzir custos, a aumentar a lucratividade, a qualidade ou produtividade? Eu agrego valor à empresa em que trabalho?" Esteja sempre do lado da "solução". 2. "Depois que inventaram o 'tá ruim', ninguém mais disse 'tá bom!'" - Quando você visita o cliente e pergunta como andam os negócios, a resposta é quase sempre a mesma: "Tá fraco", "tá ruim" ou "já esteve melhor". O impressionante é que ano após ano as vendas aumentam e eu nunca encontro alguém que diz: "Tá bom demais!" Não pergunte ao seu cliente se seus negócios vão bem, pergunte se gostaria de ajuda para vender mais. 3. "Quem pede recebe, mas quem se desloca tem preferência!" - Dizem que o autor da frase é Gentil Cardoso, ex-técnico de vários clubes cariocas, como Flamengo e Botafogo. Aqui a explicação é simples: seja pró-ativo, não espere e faça acontecer. Inove, prospecte, crie oportunidades. 4. "Sempre fica um pouco de perfume nas mãos

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de quem entrega flores!" - Chegue sempre com um belo sorriso, bem disposto, apresentável e com um interesse genuíno em resolver os problemas do cliente. Esqueça a comissão e pense na solução. Dinheiro sobrando é sempre consequência de um bom trabalho realizado. 5. "Para vender bem tem que ter preço e produto bom!" - Essa de tão óbvia que chega a doer. Mas este é um dos princípios da competitividade, ou seja, qualidade e preço compatível com o que o mercado oferece. Pode também ser uma boa desculpa para quem não atinge as metas ou um alerta quando muita gente diz isto para você. O fato maior é que se toda empresa tivesse o melhor produto e o menor preço, não precisava de vendedor, bastava ter um excelente call center e uma boa mídia no mercado, que o produto se vendia sozinho. É para isso que existem os profissionais de vendas. Para mostrar o quanto você, sua empresa e seus produtos podem contribuir com o crescimento do seu cliente. 6. "Fé em Deus e pé na tábua!" - Quem tem fé vai mais longe, levanta com firmeza quantas vezes for necessário e sabe que nunca está sozinho. Agradeça sempre ao Criador pelo trabalho que você tem e pelos clientes que atende. Ao entrar em qualquer lugar, seja para fazer uma venda, pós-venda ou até mesmo no concorrente, peça em silêncio que Ele abençoe a casa e as pessoas que lá estão. Deseje de coração muita saúde, paz e prosperidade ao próximo. Você vai perceber que adquirindo este hábito, receberá sempre em dobro. Afinal, você merece nada menos do que o melhor. É o que eu lhe desejo! Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos, diretor da Clientar - Projetos de Inteligência em Vendas, e autor de Paixão por Vender (Ed. EKO), entre outros livros. Informações sobre palestras ou treinamentos de Motivação, Talentos e Vendas pelo telefone (41) 3267-6761. Site: www.pauloaraujo.com.br.


Investimentos em ações de mídia online oferecem resultados efetivos Novos investimentos, clientes e parceiros em potencial, projetos qualificados e muito empenho são alguns fatores que acarretam bons resultados às empresas, sejam elas de qualquer natureza. Mas, para aumentar o faturamento de seu negócio, que tal ganhar dinheiro na internet? Escolhendo corretamente a estratégia, prestando atenção nas tendências do mercado e agindo com cautela, alguns fatores podem contribuir diretamente nesta questão. Neste “mundo virtual” que hoje faz constantemente parte do nosso dia a dia, é perceptível a presença de inúmeros tipos de mídias que podem ser utilizadas e exploradas para gerar lucro. Mas, o grande diferencial está em focar naquelas que realmente possam gerar vendas efetivas, e fazer com que o retorno em dinheiro seja mais rápido e direto. Se você pudesse apostar em alguma mídia, qual delas seria? Grande parte dos investidores responderia nas redes sociais, graças a expansão e “barulho” que vêm fazendo atualmente. Apesar de ser muito boa e fundamental para a construção da marca, é imprescindível optar também por outras mídias para alavancar o seu negócio. Digo isso, pois a venda em si está associada a ações como: envio de E-mail Marketing, Links Patrocinados, Rede Display e Otimização de Sites, mais conhecido como SEO (Search Engine Optimization). Para que você possa investir em tais ações, primeiramente, é de suma importância que seja feito um estudo sobre cada uma das mídias em que irá focar. Se for necessário, pergunte até mesmo a empresas especializadas neste segmento, já que é sempre bom ficar inteirado sobre o assunto, principalmente em reuniões com possíveis fornecedores de mídia online. Feito isso, basta analisar se a estratégia traçada está de acordo com o mercado de atuação e política da empresa para entrar em ação. Em média, como ocorre em todo formato de mídia, é possível começar a verificar o retorno em 90 dias, já que a mídia atual online tem como ponto positivo a rápida mudança de budget, e veicula quase que instantaneamente os resultados captados. Para finalizar e fazer com que todo o investimento online valha à pena, lembre-se que só é possível ganhar dinheiro na internet se houver uma métrica muito bem instalada para mensuração de resultados. Boa sorte! Tamara Costa é diretora geral da linksearch, formada em Marketing. Iniciou carreira em 1998, criando uma empresa de desenvolvimento de sites e, em 2001, já atuava com web.

Dica de leitura A vida não é exatamente um mar de rosas para a maioria dos líderes de inovação e intraempreendedores - esses tomadores de riscos assertivos e inovadores que apaixonadamente transformam ideias em produtos rentáveis. Eles desafiam o reino das vacas sagradas, enfrentam os desafios e causam reações imediatas de defesa dos menos talentosos. Eles lutam diariamente para libertar o pensamento empreendedor enquanto lidam com um exército de pessoas ferozmente dedicado à manutenção do status quo. A questão para os líderes de negócios é simples: como os líderes de inovação e intraempreendedores podem operar livremente em uma corporação que quer manter as coisas como elas são? A resposta também é simples... E é o que o autor Stefan Lindegaard busca "revelar" no livro A Revolução da Inovação Aberta. Para uma empresa se manter competitiva no mercado, é preciso ter inovação. No entanto, como identificar as oportunidades e implantá-las? O livro fala bem sobre isso, segundo opina a coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Rosemary Lopes. O título mostra, ainda, como é possível envolver públicos de fora da empresa no desenvolvimento de inovação – e que esta não deve ser uma tarefa de um departamento ou de uma única pessoa. Por meio de exemplos de empresas e possíveis obstáculos que o empreendedor poderá encontrar neste caminho, o autor também fala sobre como aproveitar os funcionários na inovação do negócio. Fundamental para saber se a inovação aberta é ideal para a sua organização, os conceitos do livro vêm sendo aplicados por diversas empresas brasileiras, que já têm Stefan Lindegaard como a principal referência no assunto. Título: A Revolução da Inovação Aberta Subtítulo: A chave da nova competitividade nos negócios Autor: Stefan Lindegaard Editora: Évora N. de páginas: 256 Edição: 1ª Preço médio: R$ 54,90 63


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