Revista Frigorífico Nov11

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MULTIVAC LĂ­der mundial em mĂĄquinas para embalagens a vĂĄcuo

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Índice

04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigorícos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 Entrevista: Aurora implanta sistema de rastreabilidade na cadeia produtiva de suínos

34 CAPA Os benefícios da Tecnologia da Informação em plantas frigorícas

38 Esteiras transportadoras: processos seguros no manuseio de alimentos 40 Embalagens termoformadas ganham mercado de cárneos 43 Rússia pode renegociar acordo de carnes com Brasil ainda este ano 44 Documento aponta proposições para superar gargalos logísticos 46 Piscicultores e proprietários de frigorícos do TO apontam entraves 48 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigos Técnicos) 60 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho

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Tecnologia pode aumentar produção brasileira de carnes e grãos "Até o ano de 2050, o mundo terá de aumentar a produção agropecuária em mais de 70%", diz CNA Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu armou em entrevista concedida à agência de notícias e rede de televisão Bloomberg, em Nova York, Estados Unidos, no dia 1º de novembro, que a capacidade da produção agrícola brasileira poderá triplicar e da pecuária dobrar, nos próximos anos, apenas com o uso de tecnologia, sem a necessidade de mais terras. A senadora liderou comitiva da CNA que esteve nos EUA com o objetivo de construir uma agenda agropecuária comum entre os dois maiores produtores de alimentos do mundo. Na oportunidade, Kátia lembrou que tanto Brasil quanto Estados Unidos têm papel de destaque num cenário futuro de aumento da demanda mundial por alimentos. "Até o ano de 2050, o mundo terá de aumentar a produção agropecuária em mais de 70% para atender a toda a sua população. Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos têm condições de aumentar a produção em um primeiro momento simplesmente investindo em tecnologia", explicou a presidente da CNA. Além do potencial de crescimento da produção de alimentos, outro tema abordado durante a entrevista foi a proteção da oresta Amazônica. A presidente da CNA lembrou que 85% do Bioma Amazônia es-

tão preservados com orestas nativas. Em todo o Brasil, as áreas preservadas representam 61% do território. "Apenas 38,7% do território nacional estão nas mãos do setor privado e apenas 27,7% do território são usados para atividades agropecuárias. Os 11% restantes, mesmo sendo áreas privadas, ainda mantêm a vegetação original, porque são áreas protegidas", armou a senadora. Ela também apresentou dados relativos à preservação dos demais biomas: Caatinga (53,6%), Cerrado (51,5%), Mata Atlântica (27%), Pampa (41,3%) e, por último, Pantanal (86,7%). A presidente da CNA ressaltou, ainda, que os produtores rurais são os principais interessados na preservação ambiental e defendeu que os debates sobre esse tema sejam conduzidos por cientistas, sem a interferência de grupos ambientalistas radicais. "Agricultor não tem interesse nenhum em causar danos ao meio ambiente. Sem água e sem terreno fértil é impossível produzir. Nós, mais do que ninguém, temos interesse nesse diálogo, mas é preciso fazê-lo de forma séria e com o apoio da ciência", armou. CNA, com edição da RF.

Ubabef: América Latina destaca-se como protagonista no fornecimento mundial de alimentos O diretor de Mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin, destacou a produção avícola nas Américas e os grandes desaos que o setor terá nos próximos anos, que será o de atender à demanda alimentar dos cinco continentes, de forma sustentável. Ele participou do workshop “Resposta Emergencial a Doenças Avícolas na América do Sul”, realizado em Cananeia, São Paulo (SP), no dia 31 de outubro. “No dia em que o mundo atingiu 7 bilhões de habitantes, ressaltamos que a América Latina, juntamente com os Estados Unidos, detentora de abundante oferta de água, terras e condições climáticas, tem condições de produzir e fornecer alimentos para essa população, que deverá atingir 9 bilhões até 2050. Hoje já somos protagonistas neste cenário, ofertando alimentos seguros, com os melhores níveis de sustentabilidade e as menores taxas de intervenção no meio ambiente do planeta”, armou Santin. Com a intenção de aprimorar a comunicação e o planejamento dos países fronteiriços e dentro do próprio país, especialmente em situações de crise sanitária, o workshop teve como objetivo coordenar ações de resposta a focos de doenças animais no continente sul-americano, por meio do estudo de caso da inuenza aviária. Promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Serviço de Inspeção e Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos EUA, participaram do encontro técnicos e representantes da produção avícola de Brasil, Equador, Bolívia, Chile, Suriname, Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Peru, Guiana Francesa e EUA. A programação de palestras se estendeu até o dia 04 de novembro. Ubabef, com edição da RF.

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Brasil e Ucrânia firmam acordos de cooperação bilateral Representantes do governo brasileiro e ucraniano assinaram dois acordos de cooperação no dia 25 de outubro, no Palácio do Planalto, em Brasília. O objetivo dos protocolos de intenção assinados é fortalecer a pesquisa agropecuária na Ucrânia e incentivar a cooperação bilateral na área agrícola. O memorando de entendimento entre os ministérios da Agricultura dos dois países prevê a promoção de um fórum consultivo para facilitar as relações bilaterais em agricultura entre Brasil e Ucrânia. A parceria pretende aumentar a discussão de assuntos relacionados à defesa animal e produtos de origem animal, temas tossanitários, capacitação técnica e produção de biocombustíveis. Com relação à participação de representantes de entidades privadas, universidades, centros de pesquisa, agências governamentais e associações de ambos os países, a mesma será incentivada para criar mais canais de debate. A Embrapa e a Academia Nacional Ucraniana de Ciências Agrárias (Naas) protocolaram o outro acordo de cooperação para o intercâmbio nas áreas de pesquisa agrária e tecnologia e ampliação de programas cooperativos, previstos no memorando.

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A intenção da proposta é fortalecer as relações bilaterais principalmente nas áreas de desenvolvimento agrário, pecuária, pesquisa e economia de recursos naturais. Da parte brasileira, participaram do encontro a presidente da República, Dilma Rousseff, o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, e o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, que responde interinamente pela pasta. Comércio - Em 2010, as exportações brasileiras de produtos agropecuários para a Ucrânia totalizaram US$ 226,7 milhões. A pauta do comércio com o país da Europa Oriental está concentrada, principalmente, em carne suína in natura (US$ 105,2 milhões), café solúvel (US$ 44,5 milhões), carne bovina (US$ 38,8 milhões) e fumo (US$ 30,2 milhões). No mesmo período, as importações brasileiras de produtos agropecuários ucranianos totalizaram US$ 392,7 mil. A pauta está concentrada, sobretudo, em couro (US$ 172,5 mil), bras e produtos têxteis (US$ 134,1 mil) e fumo (US$ 57,4 mil). Mapa, com edição da RF.


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Primeiros embarques de carne suína à China começam em janeiro O Brasil já começa a viver a expectativa de exportar carne suína para a China, dado principalmente que o acordo rmado entre estes países começa a vigorar no nal deste mês. Em abril, foi rmado um acordo que autoriza, inicialmente, três frigorícos brasileiros a exportar à China: uma planta da Aurora, de Santa Catarina; um frigoríco da Brasil Foods, de Goiás; e uma planta da Marfrig, do Rio Grande do Sul. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto, a expectativa é embarcar no primeiro ano cerca de 50 mil toneladas. "Temos a expectativa de que em novembro algo já seja exportado à China. Entretanto, ainda é cedo para sabermos", frisou o executivo. De acordo com relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), a previsão é que os chineses consumam mais de 51 milhões de toneladas de carne suína em 2012, aumento de quase 4% se comparado com o montante estimado para este ano, de 49,7 milhões de toneladas. A Cooperativa Aurora, que já mantém negócios com os chineses para a venda de carne de ave, espera fechar o seu primeiro contrato para suínos no primeiro mês de 2012. "Nós estamos trabalhando nesse projeto da produção de suínos para a China, e a Aurora estará com uma produção apta a ser exportada no primeiro mês de 2012. Nós já exportamos carne de frango para eles, temos os canais e os clientes para fazer isso", garantiu o diretor de Exportações da empresa, Dilvo Casagranda. A principal razão para postergar o primeiro negócio com a China são as exigências de processo produtivo que aquele país requer. Entre eles o mais importante é a questão da rastreabilidade. "Existe

CONEXÃO GLOBAL

a demanda e o interesse, mas não rmamos o primeiro contrato para este ano ainda porque não temos como fazer isso", disse. Casagranda armou que o processo para inserir a rastreabilidade no processo produtivo já foi nalizado. Entretanto, os primeiros animais a serem rastreados o foram em agosto deste ano. "Estamos introduzindo o processo de rastreabilidade na cadeia para que possamos provar a eles que nossa produção atende às suas exigências. O processo está praticamente pronto e está em fase de produção. Como a rastreabilidade vem desde o animal jovem, não podemos pegar um animal adulto, abater e dizer que ele era rastreado desde o início. E os primeiros animais foram alojados e rastreados em agosto". Por m, o executivo comentou que a Aurora preparou algumas unidades produtoras para atenderem às exigências chinesas. Entre elas, algumas terão produção exclusiva para a China. "Estamos implantando o sistema em algumas propriedades, que atenderão somente a China. Isso nos dará mais tranquilidade para comercializar com eles", contou. Preços - Enquanto os primeiros embarques não acontecem, os preços dos suínos seguem em patamares mais estáveis. No início de outubro a expectativa do mercado era de um pequeno recuo dos valores, dados principalmente os volumes menores de exportação em setembro. Foi notada, porém, estabilidade. "Acredito que como nestas duas semanas de outubro o mercado não demonstrou queda, podemos até ver os valores subirem. Geralmente este mês a busca por esta proteína começa a aumentar; o pico de demanda é novembro", disse o analista da Safras & Mercado, Felipe Netto. DCI, com edição da RF.

Um giro rápido

A competição entre Brasil, Austrália, Índia e Estados Unidos no mercado internacional de carne bovina deverá car mais acirrada em 2012, segundo projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). O USDA estima que no ano que vem a Índia ultrapasse os EUA em volume de carne exportada, após três anos de diminuição da diferença de volume exportado pelos países, tornandose o terceiro maior exportador. Para o Brasil, que deve disputar lado a lado a liderança com a Austrália, o rebanho e a produção de carne deverão continuar a crescer nos próximos anos. O forte consumo interno será um fator positivo, mas que deverá desviar, em parte, o destino da carne que seria exportada para o mercado doméstico. Contrariando as expectativas do governo brasileiro de reverter a situação, o embargo russo às carnes brasileiras completa quatro meses. Atualmente, só uma planta de carne suína e 31 de bovina estão exportando para o país. As restrições impactaram no volume, porém, os preços melhores e a abertura de novos mercados têm ajudado os exportadores. A Rússia é um dos maiores consumidores de carne brasileira. Desde o início do embargo, no dia 15 de junho, 164 plantas estão proibidas de vender para os russos. Além disso, estão embargadas as vendas de qualquer frigoríco dos Estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. O Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia alega problemas sanitários. 8



Embarques de carne suína, de frango e bovina têm crescimento Exportações brasileiras de carnes continuam apresentando resultado acima da média As exportações brasileiras de carnes suína, bovina e de frango in natura (não processada) aumentaram em volume no mês de outubro na comparação com setembro, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Quando comparadas a outubro de 2010, apenas as vendas externas de carne de frango registraram aumento. No caso da carne suína, os embarques cresceram 9,4% para 38,4 mil toneladas em outubro, ante 35,1 mil toneladas exportadas em setembro. Na comparação com as 42,3 mil t vendidas em outubro do ano passado, houve queda de 9,22%. A receita das exportações em outubro foi de US$ 120,2 milhões, ante US$ 101,5 milhões em setembro e US$ 113,5 milhões em outubro de 2010. O preço médio da carne suína in natura vendida ao mercado externo subiu 8,3% em outubro, para US$ 3.127 por tonelada, ante US$ 2.888 em setembro, e apresentou alta de 16,7%, ante US$ 2.680 no mesmo período do ano passado. Os embarques de carne bovina subiram para 74,7 mil t em outubro, o que representa aumento de 0,67% ante 74,2 mil t em setembro. Na comparação com outubro de 2010, quando 76,4 mil t foram embarcadas, houve queda de 2,23%. A receita dessas exportações foi de US$ 393,4 milhões em outubro, ante US$ 390,8 milhões em setembro e US$ 345,1 milhões em outubro de 2010. O preço médio da carne bovina exportada em

outubro cou estável ante setembro: US$ 5.269 por tonelada. Na comparação com os US$ 4.518 apurados em outubro de 2010, houve aumento de 16,6%. As exportações de carne de frango aumentaram 9,2% em outubro, para 303,2 mil toneladas, ante 277,7 mil toneladas embarcadas em setembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado (293,3 mil t), o aumento foi de 3,37%. A receita desses embarques em outubro foi de US$ 601,5 milhões, ante US$ 567,7 milhões em setembro e US$ 490,7 milhões em outubro de 2010. O preço médio da carne de frango in natura exportada caiu 2,9% em outubro para US$ 1.984 por tonelada, ante US$ 2.044 em setembro, mas cou 18,6% acima dos US$ 1.673 praticados em outubro do ano passado. Bons resultados - Embora tenha sofrido redução na receita cambial de quase 9% em relação ao início do mês, as exportações brasileiras de carnes vêm apresentando resultado acima da média: para uma receita diária de US$ 74,849 milhões nos primeiros cinco dias úteis de outubro, apresentaram média de US$ 68,297 milhões nos quatro dias úteis subsequentes (dias 10 a 14, com feriado). Com isso, a média diária dos nove primeiros dias úteis do mês (de um total de 20 dias úteis) permaneceu no melhor nível de todos os tempos, situando-se em US$ 71,937 milhões, um valor 16,8% superior ao alcançado em setembro passado e 21,7% maior que o observado há um ano, em outubro de 2010. Agência Estado e DCI, com edição da RF.

Exportações do agronegócio batem recorde: US$ 90,3 bilhões As exportações do agronegócio brasileiro atingiram a cifra recorde de US$ 90,3 bilhões nos últimos 12 meses (outubro/2010 a setembro/2011). O valor representa uma expansão de 24,8% em relação aos US$ 72,3 bilhões registrados no mesmo período de 2010. Já as importações cresceram 33,6% e alcançaram o montante de US$ 16,6 bilhões no intervalo, compondo uma diferença que resultou num superávit da balança comercial do setor de US$ 73,6 bilhões. Dentre os principais setores exportadores destacam-se o complexo soja, com vendas totais de US$ 22,2 bilhões e um incremento de 35,6%; o complexo sucroalcooleiro, com exportações de US$ 15,9 bilhões e uma variação positiva de 25,1%; e as carnes, com valor comercializado de US$ 15 bilhões e elevação de 12,1%. Complementam as cinco primeiras posições os produtos orestais (US$ 9,6 bilhões) e o café (US$ 8,1 bilhões). As variações foram obtidas por meio de comparações com os números do ano anterior. Os destinos mais representativos das exportações brasileiras seguem sendo a Ásia – que absorveu 30,8% de todas as vendas do agronegócio brasileiro no último ano – e a União Europeia, responsável pela compra de 26,2% dos produtos comercializados pelo Brasil. Na análise por países, a China permanece como grande destaque e em contínuo crescimento. Sozinho, o país adquiriu 16% (US$ 14,4 bilhões) de todos os produtos agrícolas brasileiros exportados nos últimos 12 meses. Dentre os crescimentos das exportações mais expressivos, destacam-se Argélia (76,4%), Japão Mapa, com edição da RF. (54,3%) e Espanha (49,3%).

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Aumento nas vendas é reflexo da chegada das festas de final de ano Setor de aves está confiante: vendas devem crescer neste último trimestre com aumento do consumo Produtores de carne de frango de todo o Brasil se preparam para o aquecimento nas vendas, reexo da chegada das festas de nal de ano e da valorização do dólar, outro forte aliado para o aumento da comercialização. Até para o setor de carne suína, prejudicado pelo embargo russo, o cenário de prejuízo começou a mudar já a partir de outubro. O setor de aves está conante, uma vez que as vendas devem aumentar neste último trimestre, quando normalmente o produto é mais consumido. Os países asiáticos também costumam elevar as importações no período para garantir estoques. De acordo com o gerente de relações com o mercado da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Adriano Zerbini, o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, com cerca de 140 a 150 mercados, com uma diversicação de países que traz benefícios para o exportador. "Nós acreditamos que o Brasil deva fechar o ano com cerca de 3% de aumento em volume e manter até 23% de acréscimo em receita", disse Zerbini. A expectativa é fechar o ano com exportação recorde,

na ordem de quatro milhões de toneladas. Já a carne suína, que foi mais prejudicada com o embargo russo, conta com um volume menor de exportação, com estimativa de chegar ao m de 2011 com 500 mil toneladas do produto vendidas para outros países. Cerca de 40 mil t a menos que no ano passado. No entanto, a crise já começa a perder força graças ao mercado interno, com os brasileiros consumindo mais essa variedade de carne. Além disso, Hong Kong e Ucrânia têm conseguido absorver as vendas do produto que eram feitas para a Rússia. Há ainda uma previsão positiva para os próximos dias com a abertura de novos mercados compradores, como a China e a África do Sul. As vendas para os dois países podem chegar a cem mil toneladas. Os primeiros embarques para a China devem ocorrer em dezembro, estando três plantas aprovadas para exportar, em Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As negociações com a África do Sul devem ser intensicadas com negociações em andamento entre os dois país. Canal Rural, com edição da RF.

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Comércio no Ibas quadruplica, mas países ainda travam disputas bilaterais Representantes brasileiros e sul-africanos negociam barreiras em vinho, carne suína e frango congelado A relação comercial entre Índia, Brasil e África do Sul quadruplicou desde 2003, quando foi criado o Fórum do Ibas. Mas apesar dos esforços diplomáticos de aproximação entre as três potências emergentes, ainda há pontos de disputa no comércio bilateral. Os pontos de maior conito estão nas relações entre Brasil e África do Sul. Enquanto os sul-africanos reclamam de entraves burocráticos no acesso dos seus vinhos ao mercado consumidor brasileiro, o Brasil reivindica o m de barreiras sanitárias adotadas pela África do Sul contra a carne suína em 2005, por conta de um surto de febre aftosa no Maranhão. Para discutir o embate, diplomatas e empresários dos dois países se reuniram dia 17 de outubro em Pretória (AS), na véspera da quinta cúpula do Fórum do Ibas, que foi concebido há sete anos para fortalecer as relações Sul-Sul – uma política de aumentar laços políticos e econômicos entre países emergentes do hemisfério Sul. No dia 18, o Fórum do Ibas contou com a participação dos três chefes de Estado: a presidente Dilma Rousseff; o primeiroministro indiano, Manmohan Singh; e o presidente sul-africano, Jacob Zuma. Carne e vinho - Entre 2003 e 2010, a corrente de comércio entre os países do Ibas – grupo composto por Índia, Brasil e África do Sul – saltou de US$ 4 bilhões para US$ 16 bilhões. A secretária de Comércio Exterior do governo brasileiro, Tatiana Prazeres, atribui esse salto tanto às iniciativas políticas dos governos como ao crescimento econômico das potências, que ampliaram suas relações com novos parceiros comerciais. Entre janeiro e setembro deste ano, só o comércio entre Brasil e África do Sul já superou todo o valor de 2010. Apesar do incremento nas relações, ainda há contenciosos bilaterais. Em Pretória, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, discutiu a barreira sanitária à carne suína brasileira. Desde o embargo adotado em 2006, o governo brasileiro estima que deixou de exportar US$ 30 milhões ao ano em carne suína para a África do Sul. "O problema é que a Rússia também adotou restrições à carne suína brasileira nos últimos anos. Como a Rússia representava 45% das compras de carne suína brasileira, a busca por novos mercados, como a África do Sul, se tornou estratégica para o Brasil", disse o adido agrícola brasileiro em Pretória, Gilmar Paulo Henz. O Brasil reclama que a África do Sul é um dos poucos países do mundo que ainda não abandonaram a barreira sanitária, já que o problema da febre aftosa já foi superado há seis anos. Em contrapartida, os sul-africanos querem que o Brasil facilite o acesso do 06 12

vinho aos consumidores brasileiros. Eles pedem que três pontos sejam facilitados: o m da exigência de um teste que avalia a qualidade das uvas do vinho – considerado desnecessário para produtos sul-africanos, que têm qualidade reconhecida –, a agilização do desembaraço nos portos e mais informações sobre os selos adotados pela Receita Federal. Ou seja, nas negociações bilaterais, o m da barreira à carne suína está atrelado ao maior acesso dos vinhos africanos ao mercado brasileiro. As negociações estão em andamento desde o ano passado, porém, Henz acredita que um acordo pode ser rmado até o nal do ano. Frango brasileiro - Um ponto mais delicado nas relações comerciais é o pedido feito por empresários do setor privado sul-africano para sobretaxar cortes de frango brasileiro, que é o principal produto de exportação para o país, seguindo leis antidumping locais. Entre janeiro e agosto deste ano, o frango congelado representou 12% das exportações para a África do Sul (ou R$ 134 milhões). Segundo o adido agrícola, 70% do frango consumido no África do Sul é de origem brasileira. Disputa entre os setores privados dos dois países, o pedido antidumping foi feito ao Itac, o equivalente ao Cade brasileiro, sendo que o órgão regulador sul-africano deve decidir até dezembro se adotará a sobretaxa contra o frango brasileiros. O governo brasileiro tem argumentado que o Brasil não pode evitar os baixos preços dos seus frangos exportados, atribuídos à alta competitividade do setor. Alguns cortes de frango brasileiro já pagam uma tarifa de 28% – muito acima dos 8% cobrados de frango importado da União Europeia, que se benecia de um acordo bilateral com a África do Sul. "Ainda assim, o frango brasileiro ganha em preço na África do Sul", disse Henz. Missões empresariais já foram feitas entre os dois países apenas para tratar do tema. Uma fonte diplomática disse à BBC Brasil que o entrave causa certa perplexidade entre negociadores, já que vai contra o espírito de aproximação dos últimos anos promovido dentro do âmbito do Ibas. Índia - Com a Índia, o Brasil tem relações comerciais menos conituosas. Os dois países zeram um acordo no ano passado, dentro do Sistema Geral de Preferências Comerciais, que precisa ser aprovado pelos Congressos de ambos. Feito isso, haverá redução nas tarifas cobradas de diversos produtos comercializados entre as duas nações. BBC Brasil no O Estado de S. Paulo, com edição da RF.



Receita da BRF cresce e chega a R$ 6,3 bilhões no 3º trimestre Números decorrem do desempenho operacional registrado especialmente nos negócios de carnes A BRF Brasil Foods fechou o terceiro trimestre com receita líquida de R$ 6,3 bilhões, valor 10,4% superior ao obtido em igual período do ano anterior. O lucro bruto cresceu 13,5%, somando R$ 1,6 bilhão. O EBITDA chegou a R$ 722,5 milhões, atingindo margem de 11,5%, e o lucro líquido totalizou R$ 365 milhões, aumento de 73%. Os resultados positivos foram proporcionados pelo desempenho operacional, segundo comunicado divulgado em nota pela empresa, registrado especialmente nos negócios de carnes e reforçado pela captura de sinergias, mesmo diante do cenário desaante de câmbio e os custos elevados das principais matérias-primas, que pressionaram as margens no trimestre. A receita no mercado interno cresceu tanto na atividade de carnes (18,5%) quanto em lácteos (8,2%) e ultrapassou R$ 3,8 bilhões, crescimento de 14%. O destaque cou por conta dos produtos processados de carnes (industrializados e congelados), que proporcionaram aumento de receita na ordem de 24%. Por sua vez, a receita com as exportações foi de R$ 2,5 bilhões, 6% superior ao 3º tri de 2010. A performance registrada nos mercados do Extremo Oriente, Europa, Oriente Médio e Américas amenizaram as perdas geradas pelo banimento do mercado russo. Na maior parte do trimestre, o câmbio afetou a competitividade dos produtos comercializados internacionalmente pela companhia. Os investimentos da BRF totalizaram R$ 252,6 milhões, dos quais mais de 61,4% destinaram-se a projetos de produtividade, melhorias e automação, e 32,6% a novos projetos. Acumulado 2011 - No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 18,6 bilhões. O lucro bruto totalizou R$ 4,7 bilhões no período, o que equivale a um crescimento de 21%. Já o lucro líquido entre janeiro e setembro atingiu R$ 1,2 bilhão, aumento

de 180% ante o acumulado no mesmo período ano passado, proporcionado pela recuperação mercado externo nos dois primeiros trimestres ano e o bom desempenho no mercado interno. EBITDA, de R$ 2,3 bilhões, apresentou elevação 39 %, com margem de 12,5%.

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BRF na Argentina - A Brasil Foods vai começar o processo de fusão das empresas argentinas adquiridas no início do mês com a unidade argentina da Sadia a partir de 2012. Até o m do ano, a empresa pretende desenhar o modelo do processo de fusão com a Avex, ligada à produção de frangos, abatedouro e produção agropecuária, e a Dánica, líder em margarinas e dona de uma rede de distribuição refrigerada considerada de grande importância para as operações no país vizinho. O presidente da BRF, José Antonio do Prado Fay, informou que a subsidiária a ser criada após a fusão vai passar a se chamar BR Foods Argentina. A expectativa é de que o processo de fusão seja semelhante ao enfrentado pela Sadia e a Perdigão no Brasil. As primeiras reuniões para desenhar o modelo de fusão das três companhias começaram a ser feitas no início deste mês, segundo informou o Valor Econômico. As unidades terão como foco tanto o próprio mercado argentino, como a pauta de exportações da companhia. “A Argentina é mais do que prioridade, é uma pérola. Acredito profundamente no país, que tem potencial enorme. A Argentina é tão ou mais competitiva do que o Brasil. As terras argentinas são muito rentáveis”, disse Fay, após participar de reunião da Apimec-Rio. No encontro, o dirigente informou que a Argentina é estrategicamente o único lugar onde a companhia procura manter produção de carne fora do Brasil, devido aos baixos custos de produção. O investimento total na aquisição das empresas foi de US$ 150 milhões, com US$ 22 milhões de dívida líquida. BRF e Valor Econômico, com edição da RF.

Presidente da BRF fala sobre venda de ativos da companhia O presidente da Brasil Foods, José Antonio Fay, armou que os ativos da companhia que precisam ser alienados por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), já estão sendo estudados pelos interessados. "É um processo formal de M&A (fusão e aquisição). As empresas assinam um acordo de condencialidade e no momento está havendo um estudo dos ativos por parte dos interessados. Nós sabemos quanto eles valem, mas as empresas têm que avaliar", disse. O processo de venda está sendo conduzido pelo Banco BTG Pactual, conforme a empresa já havia informado. Questionado sobre os possíveis compradores dos ativos, Fay não se pronunciou, mas disse que o grupo é composto de empresas nacionais e internacionais. "Tem oportunidade para todo mundo. O conjunto (de interessados) é bastante interessante", disse. Agência Leia

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Negociações da BRF com a Doux causam mal-estar com Cade Órgão antitruste acredita que a BRF está dando sinais de que pretende expandir suas aquisições A BRF continua em negociações para a aquisição de ativos ligados à operação de produção e abate de suínos da Doux Frangosul em Caxias do Sul (RS), armou no dia 26 de outubro o presidente da companhia, José Antonio do Prado Fay. Sobre as conversas da BRF com a Doux, Fay ressaltou que não há nenhum impedimento por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nessa operação. "Quando falamos que estamos em conversa com a empresa, estamos falando de compra de ativos, e não de negócios", ressaltou, declarando que, fora isso, a companhia não tem nenhum outro interesse de aquisição no Brasil. Apesar da armação, o Cade já questionou a BRF sobre a compra de ativos da Doux. O órgão antitruste manifestou que a BRF não poderia crescer por meio da compra de outras empresas, mas apenas pela ampliação de sua própria capacidade de produção. O órgão antitruste acredita que a BRF está dando sinais de que pretende expandir as suas aquisições, antes mesmo do cumprimento das medidas que foram impostas para a aprovação da compra da Sadia pela Perdigão, que deu origem à companhia.

O problema é que as medidas que foram acertadas pela BRF com o Cade envolvem justamente a venda de plantas e de outros ativos, como centrais de abates de animais, até março de 2012. A companhia estaria, portanto, fazendo um movimento contrário ao que foi determinado, pois está comprando novos ativos no momento em que deveria vendê-los. As últimas consequências desse movimento podem ser a revisão do acordo que aprovou a compra da Sadia pela Perdigão. "Nós vamos ter que tomar providências necessárias no caso Doux", disse o conselheiro do Cade, Ricardo Ruiz, sem antecipar o que pretende fazer. Desistência - A BRF - Brasil Foods pretende cumprir o acordo com o Cade para a venda de ativos e, se o órgão achar ruim, a companhia pode desistir da aquisição de uma planta de suínos da Doux. "Somente seguiremos em frente com a negociação [com a Doux] se ela não ferir o que foi acertado com o órgão antitruste", disse o vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello. Valor Econômico e Agência Leia, com edição da RF.


Aurora construirá novo centro de distribuição em SP Para aperfeiçoar a operação de distribuição na grande São Paulo, a Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) – um dos maiores conglomerados agroindustriais do país – informa a construção de um Centro Logístico de Distribuição e Armazenagem no município de Arujá (SP), mediante investimento de 45 milhões de reais. Segundo explicam o presidente Mário Lanznaster e o vice-presidente da empresa, Neivor Canton, não se trata propriamente de uma nova unidade da Aurora, e, sim, uma transferência de local da atual unidade comercial de Guarulhos (SP), que não suporta mais o crescente volume de cargas em função do crescimento das operações. Para a operação, foi adquirido um terreno de 205 mil m² no valor de 9 milhões de reais situado no bairro da Fazenda Velha, perímetro urbano da cidade de Arujá. “O investimento está denido, mas não tem data para iniciar,” expõem os dirigentes, “porque as obras somente serão iniciadas quando for vendida a atual unidade de Guarulhos”. Amplo e moderno, o novo Centro Logístico de Distribuição e Armazenagem na região metropolitana de São Paulo será formado por um conjunto de 18.884 m², incluindo escritórios, armazéns, câmaras frias, salas para treinamento, setor comercial, área de segurança do trabalho, enfermagem, restaurante e vestiários, repouso de motoristas, portaria e balança. A obra empregará a mais moderna tecnologia do setor. A capacidade total de armazenagem será denida pelo projeto, ainda em fase de elaboração. Não serão gerados novos empregos, mas haverá a transferência dos 324 funcionários de Guarulhos, que atuam nas áreas operacionais e de vendas. MB Comunicação, com edição da RF

Seara é premiada com o Troféu Ponto Extra A Seara, do Grupo Marfrig, foi eleita pela Associação Paulista de Supermercados como a melhor empresa da categoria "perecíveis refrigerados" em evento realizado dia 19 de outubro na sede da Associação, em São Paulo. O Troféu Ponto Extra foi entregue à Seara após análise de vários critérios quantitativos, como participação de mercado e evolução de vendas, e qualitativos, como cumprimento de prazos, rupturas e entrega correta de pedidos, entre outros. A votação foi realizada online pelos supermercadistas e todos os dados foram auditados pela empresa BDO, que entregou os resultados em envelopes lacrados apenas no momento de anunciar o vencedor de cada categoria. O Grupo Marfrig assumiu a Seara Alimentos em janeiro de 2010 e, desde lá, a participação de mercado da marca vem apresentando crescimento contínuo e expressivo. Na categoria Congelados, saltou de 4,5% no início de 2010 para 8,7% na última leitura total Brasil da Nielsen (Ago - Set 11), o que representa um crescimento de 93% de market share. Já na categoria Industrializados, a participação no total Brasil passou de 4% no início de 2010 para 7,5% em agosto de 2011, um aumento de 87,5%. "Essa é uma importante conquista para a equipe Seara, que se empenha em oferecer excelentes produtos e um padrão elevado de atendimento aos supermercadistas", destaca o diretor de marketing da companhia, Antonio Zambelli. O Troféu Ponto Extra é um dos mais importantes reconhecimentos do setor varejista nacional e tem como objetivo o fortalecimento, a integração e a melhoria da qualidade de gestão da cadeia supermercadista e seus fornecedores. Texto Assessoria de Comunicações, com edição da RF

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Estudo avalia que carne de frango será preferência mundial antes de 2020 Desaada a crescer, relatório do Rabobank também expõe que avicultura está numa encruzilhada A indústria do frango vem operando, mundialmente, em um ambiente extremamente turbulento, caracterizado – entre outros fatores – pelos preços elevados e voláteis das matérias-primas, incerteza quanto à recuperação econômica, instabilidade política no Oriente Médio (um dos mais importantes mercados importadores de carne de frango), restrições e mudanças frequentes na política de importação de mercados-chave (como Rússia, China e México), reexos do impacto do terremoto no Japão (um dos maiores importadores mundiais do produto) e surtos de Inuenza Aviária na Ásia. Mas em estudo no qual analisa as perspectivas da avicultura mundial, o Rabobank manifestou a opinião de que, antes de 2020, apesar dos percalços vivenciados pela avicultura, a carne de frango irá conquistar a preferência no mundo todo e superar a carne suína, até agora a mais consumida do globo. Em outros termos, as perspectivas para a indústria avícola “são brilhantes” – arma o banco em relatório recém-divulgado. No estudo “Encruzilhada para o crescimento: a avicultura (de corte) internacional no horizonte de 2020”, Nan-Dirk Mulder, do Rabobank, diz que “na próxima década, à medida que a população mundial se expande e tem seu poder aquisitivo aumentado, a carne de frango será a proteína vencedora”. Isso, entretanto, não virá “de mão beijada”. Frente às turbulências citadas, “a indústria terá que enfrentar o

desao de atender o crescimento previsto de 30% nos próximos 10 anos”. A expectativa de uma demanda crescente na Ásia parece ser a chave principal para esse crescimento. E uma vez que as matérias-primas alimentadoras dessa indústria são mais abundantes nas Américas (do Norte e do Sul), os futuros investimentos globais serão cada vez mais uma via de dupla direção entre companhias asiáticas e norte e sul-americanas. Em termos regionais, embora o Brasil se mantenha como o principal operador do mercado exportador de carne de frango, países como Ucrânia e Argentina apresentam, no longo prazo, grande potencial de crescimento. Por outro lado, Tailândia e China permanecerão como principais supridores de mão de obra intensiva para a industrialização de produtos avícolas – o que deixa subentendido, também, que a concorrência asiática aos produtos brasileiros pode ir muito além dos têxteis e calçados e chegar, por exemplo, até o frango. Na opinião de Mulder, a questão da sustentabilidade deve adquirir importância crescente no mercado futuro. “ONGs e consumidores estarão mais preocupados com a sustentabilidade da indústria do frango. Ao mesmo tempo, o bem-estar animal terá importância crescente. Assim, quem atende países desenvolvidos precisa agir pro-ativamente [para enfrentar esses desaos]”. AviSite, com edição da RF

Rabobank enumera as vantagens da carne de frango Entre as principais vantagens apresentadas pelo frango para que o mesmo ocupe a posição de proteína mais consumida do mundo, o Rabobank destaca o preço ("ovos e carne de frango são as proteínas de origem animal mais acessíveis aos consumidores"), a percepção de saúde e o fato de que a carne de frango não enfrenta as restrições experimentadas pelas carnes suína e bovina. Ademais, o banco ressaltou no estudo que a maior eciência na conversão alimentar e o curto ciclo de vida do frango são consideradas vantagens adicionais em tempos de matérias-primas alimentares caras, compensando os benefícios proporcionados pelo "boi de capim" (carne produzida em terras de baixa qualidade) e pelo pós-processamento da carne suína (embutidos que põem m à alta perecibilidade da carne in natura). Com essa "declaração de sustentabilidade" do frango, o Rabobank estima que enquanto a demanda mundial de carnes deve se expandir à razão de 1,9% ao ano nas duas próximas décadas – sendo que 2010 é o ponto de partida do estudo –, a de carne de frango tende a apresentar um crescimento de 2,4% ao ano, com maior valorização nos primeiros 10 anos. Dessa forma, para uma demanda estimada em 99 milhões de toneladas em 2010, o produto tende a chegar aos 128 milhões de toneladas em 2020 e aos 160 milhões de toneladas em 2030. E isto, comparativamente ao registrado em 2000, corresponde a uma expansão de quase 130% em três décadas – contra menos de 70% da carne suína e perto de 40% da carne bovina. AviSite, com edição da RF

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"Avicultura brasileira é forte e competitiva, mas pouco valorizada" Dirigentes discutiram desaos do setor avícola durante 22° Congresso Brasileiro de Avicultura Ao fazer um balanço sobre a posição do Brasil no mercado internacional, o secretário executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Schaefer, armou que a tendência de expansão do comércio internacional brasileiro poderá se conrmar. “A tendência de expansão de nosso comércio internacional, que já vinha se apresentando, poderá se conrmar. Hoje vericamos novos mercados com o crescimento de países emergentes em regiões como Ásia, América Latina, África e Leste Europeu. Há um investimento de cerca de R$ 6 milhões para estimular as exportações para novos mercados”, disse. “Neste sentido, o mercado de carnes está atento e o setor de aves tem realizado um contínuo trabalho para aumentar a presença do frango brasileiro em cada vez mais países”, continuou Schaefer, durante apresentação no painel “Desaos e perspectivas do comércio internacional” realizado no 22° Congresso Brasileiro de Avicultura, dia 26 de outubro. No mesmo debate – que contou com a participação do presidente da USA Poultry and Egg Export Council (USAPEEC), Jim Sumner, e que teve como moderador o diretor de Mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin –, a avicultura dos Estados Unidos também foi analisada. Sumner – que também é presidente do IPC (Conselho Internacional de Avicultura) –, informou que a porcentagem de produção exportada pelos EUA passou de 6% em 1990 para 20% em 2010. “Essa participação deve aumentar levemente em 2011, graças ao aumento da demanda mundial por carne de frango mais acessível. As exportações terão uma função mais importante em elevar a produção norteamericana à medida que o consumidor doméstico estiver nivelado”, armou. Mas, apesar de ter uma grande participação no mercado mundial, o setor avícola norte-americano também enfrenta desaos, segundo Sumner. Entre os pontos abordados ele citou a recessão americana, que tem ocasionado queda no consumo interno, e o preço dos insumos. “Um dos maiores desaos para o setor avícola dos EUA ainda será os altos preços do grão para rações, im-pulsionados pela obrigatoriedade do biocombustí-vel”, armou. “Os preços de milho e soja aumentaram signicativamente nos últimos anos, o que aumen-tou tremendamente a tensão sobre os avicultores americanos”, continuou Summer. O presidente da USAPEEC destacou o trabalho realizado pela Ubabef para o desenvolvimento do se-tor, assim como do apoio do governo brasileiro para que a avicultura se mantenha como um dos segmentos mais importantes do agronegócio. 06 20

Competitividade - Em outro painel realizado no mesmo dia, o presidente da BRF, José Antonio Fay, e o diretor geral da Seara Alimentos, Mayr Bonassi, sob moderação do jornalista Ricardo Boechat, da Rede Bandeirantes, debateram o tema “Competitividade, o grande desao do agronegócio”. Em sua apresentação, Bonassi destacou que apesar de pouco valorizada, a avicultura brasileira tem competitividade e reputação fortes, ressaltando a vocação agroindustrial, o alto controle sanitário e a reputação idônea. Mencionou pontos fortes como oferta de insumos, mão de obra qualicada, excelentes condições climáticas, água em abundância e sistema produtivo integrado. Mas alertou como pontos francos os baixos investimentos do país em infraestrutura, o que leva a las nos portos e a concentração no transporte rodoviário. Ele destacou, ainda, a legislação e a carga tributária trabalhista, além do câmbio. O diretor geral da Seara frisou, porém, que a avicultura brasileira precisa valorizar a reputação destacando diferenciais como sustentabilidade, mão de obra qualicada e grãos com garantia de origem. “Tudo isto tem de valer mais”, argumentou, sugerindo a criação de um Label Brazil (Selo Brasil). José Antonio Fay, por sua vez, estimou em 15% a 30% a vantagem de custos da avicultura brasileira frente a seus concorrentes. Mas frisou se tratar de um setor extremamente volátil e sujeito a diversas variáveis. Ele concluiu a apresentação chamando para a necessidade de atenção em quatro áreas: educação, clima, infraestrutura e reconhecimento da importância do setor avícola. “A educação, por exemplo, é um de nossos maiores gargalos. Existe hoje uma enorme diculdade de recrutar mão de obra qualicada em várias áreas. A vantagem comparativa de mão de obra barata é algo do século passado”, frisou. Logística - No dia 27 foi a vez do diretor do Departamento de Temas de Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, André Arantes do Nascimento, e do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, discutirem o tema “Desaos logísticos para a produção e exportação de aves”. O diretor Financeiro e Administrativo da Ubaef, José Perboyre, foi o moderador do painel. Ao abordar o assunto “Plano Plurianual 20122015 e a Logística de Transportes”, o representante do ministério informou que o governo está atento aos problemas de infraestrutura de logística que o país tem enfrentado. “Neste sentido, vericamos que são necessários, entre outras iniciativas, o incre-


mento da indústria naval e ferroviária brasileira; a mudança do modelo de concessão ferroviária, com a revisão do marco regulatório; a conteineirização no setor ferroviário; acesso terrestre aos portos; incremento da navegação de cabotagem; e de eixos de integração e desenvolvimento na América Latina”, disse Nascimento. Segundo ele, o governo, a partir de informações do Plano Nacional de Logísitca de Transportes e do Plano Nacional de Transporte Ferroviário, provisionou investimentos do próximo Plano Plurianual a serem aplicados para a solução de alguns dos problemas infraestrutura logística no país. Estão previstos investimentos de R$ 35,3 bilhões para o programa de transporte ferroviário, visando à ampliação do sistema nacional em bitola de maior capacidade, de modo integrado com os demais modos de transporte. Para o transporte marítimo há um orçamento de R$ 8,5 bilhões para ampliar a capacidade portuária, por meio da adequação da infraestrutura e superestrutura nos portos. Também serão aplicados R$ 2,8 bilhões para fortalecer os corredores hidroviários, garantindo condições de navegabilidade, além dos investimentos previstos pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O representante do ministério encerrou sua apresentação falando das suas expectativas para o setor, que tem função fundamental para o agronegócio brasileiro e, em especial para a avicultura. Entre os pontos apontados por Nascimento estão o estabelecimento de uma visão integrada do sistema portuário com os demais modais e com o Plano Nacional de Logística de Transportes, a modernização do trâmite aduaneiro, assim como a redução da tarifa do frete ferroviário e a redução de trechos subutilizados da malha ferroviária. Já o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, apontou os custos e os principais problemas do setor avícola com os gargalos da infraestrutura logística brasileira. Segundo ele o país perde competitividade devido aos altos custos causados por perdas na produção, por falta de condições adequadas de logística. Ele usou o exemplo do Paraná, maior produtor e exportador e grãos e aves. Segundo Grolli, o Oeste do estado tem uma perda anual de US$ 60 milhões por não contar com um bom escoamento de suas safras de grãos e carnes ao Porto de Paranaguá. “Hoje as pesquisas indicam que para 76% dos empresários do setor o maior entrave para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil é a falta de infraestrutura logística, seguido das altas cargas tributárias”, armou Dilvo. “A infraestrutura no Brasil tem se mostrado ineciente, com reexo direto no ranking mundial de competitividade, onde alcançamos a 56ª colocação. É importante frisar que o país poderia economizar US$ 8 bilhões com uma melhor logística de transporte e infraestrutura adequada”, concluiu. Ubabef, com edição da RF 21


Pecuária: consumo no mercado interno sobe e exportação aumenta Faturamento com o produto no país chegou a crescer 22% em relação ao registrado em 2010 A pecuária é uma das atividades humanas mais antigas, com registro na pré-história. E lembrando o Dia Nacional da Pecuária, comemorado em 14 de outubro, a assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Adriana Mascarenhas, arma que o setor tem motivos para comemorar. "O momento é positivo já que o consumo no mercado interno está absorvendo um volume importante do produto e a oferta de animais para abate, principalmente de pasto, está bastante reduzida", analisa. De acordo com Adriana, era previsto a partir da segunda quinzena de outubro a redução na oferta de animais de connamento, com os frigorícos tendo como estratégia reservar animais de connamento para um momento ainda mais restrito de oferta de animais de pasto. Para atender a demanda, a indústria está procurando comprar produtos via mercado spot (de indústria para indústria). Em relação ao mercado externo o cenário também é positivo. As exportações da carne brasileira in natura apresentaram um aumento em setembro. Segundo

dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o faturamento com o produto no país no mês foi US$ 390,8 milhões, um crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2010. No mesmo período, Mato Grosso do Sul negociou US$ 30,3 milhões, uma elevação de 22%. No total, foram exportados 5,8 mil toneladas do produto no Estado. Mato Grosso do Sul detém 20 milhões de cabeças de gado atualmente. Os principais importadores da carne sul-mato-grossense são Irã, Egito, Rússia, Hong Kong e Venezuela. Dia Nacional da Pecuária - Do latim pecus, a palavra pecuária signica cabeça de gado. Contudo, a atividade vai além e engloba a criação de suínos, aves, cavalos, ovelhas, coelhos e búfalos, por exemplo. A pecuária possui duas formas de produção: intensiva ou connada, que é a criação de gado preso em pequenos espaços, com alimentação baseada em ração; e a extensiva, com o rebanho solto e alimentado com capim. Sato Comunicação, com edição da RF

Sistema Famato realiza diagnóstico da pecuária nos EUA Representantes de sindicatos rurais, da Famato e do Senar-MT foram aos Estados Unidos para participar de uma Missão Técnica com o objetivo de conhecer de perto o sistema de trabalho da pecuária de corte norte-americana e, de quebra, realizar um intercâmbio institucional com entidades rurais daquele país. A iniciativa visou qualicar as lideranças rurais para o desenvolvimento de melhorias na pecuária matogrossense. "Nosso foco é aprimorar as lideranças rurais de nosso Estado, conhecendo melhor como é o modelo de produção da pecuária de corte norte-americana", observa o superintendente da Famato, Seneri Paludo. Já o superintendente do Senar-MT, Tiago Mattosinho, explica que esse tipo de ação contribui para a formação e qualicação de novas lideranças, uma das metas estratégicas da entidade. "A troca de informação e o conhecimento sobre técnicas diferentes com certeza serão trazidos para os sindicatos de Mato Grosso, contribuindo para o processo de formação do produtor rural". Durante a programação, realizada entre os dias 19 e 29 de outubro, foram feitas visitas a centros de connamento, lojas de equipamentos e insumos agropecuários, revendas de fabricantes, casas de leilão de gado, fazendas e ranchos. Além disso, a missão incluiu visitas à sede do Departamento de Agricultura e Pecuária dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), e ao Farm Bureau, similar à CNA brasileira. Antes da volta à Cuiabá, os cerca de 20 representantes marcaram presença no Rodeio Prossional da Associação de Cowboys (American Royal Gold Tour). Os Estados Unidos detêm hoje o segundo maior rebanho comercial no mundo, cando atrás do Brasil – são aproximadamente 103 milhões de cabeças de gado bovino. Historicamente, o país produz carne em um volume superior à demanda, mas nos últimos anos uma série de fatores levou os norte-americanos a importarem o produto do Canadá. A tecnologia de produção é o grande destaque. Mais informações sobre a programação e as novidades da Missão Técnica nos EUA podem ser adquiridas no blog da Famato (www.blogdafamato.wordpress.com). A Famato é a entidade que reúne e representa os sindicatos rurais de todo o Estado. Ao lado do Imea e do Senar-MT (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso), ela forma o Sistema Famato. Famato, com edição da RF

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Relatório do CICB expõe números do mercado nacional de couros e peles As exportações brasileiras de couros e peles movimentaram US$ 163,2 milhões em setembro, embarcando 25,4 mil toneladas, segundo apontam os dados contabilizados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio (Secex), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. A receita representa aumento de 28% em relação ao mesmo mês de 2010 e queda de 15% em relação a agosto deste ano. “O valor das exportações no acumulado foi de US$ 1,56 bilhão, um crescimento de 19% em relação ao período anterior, mas não se reetiu no aumento de volume, que cou estacionado, em razão da diculdade de recuperação dos negócios no mercado internacional”, explica o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich. Segundo o executivo, a diminuição do volume de couros bovinos exportados em setembro já ilustra este quadro: foram 1,9 milhão de unidades, queda de 16% em comparação ao mês anterior e de 2% em relação a setembro de 2010. Em sua análise, a expectativa de faturamento em 2011 é de uma receita ao redor de US$ 2 bilhões, aquém dos US$ 2,2 bilhões registrados em 2007, o ano pré-crise, e que será atingida com grau de diculdade bem maior para as empresas curtidoras.

“Estamos perdendo competitividade industrial devido aos obstáculos internos como o câmbio, a excessiva carga tributária, as altíssimas taxas de juros, a falta de crédito para capital de giro e outros entraves do já conhecido Custo Brasil. A aguda crise econômica mundial certamente também está dicultando as nossas vendas”, salienta. Apesar deste cenário, a indústria brasileira do couro – uma das maiores exportadoras mundiais – vem se esforçando para diversicar cada vez mais seus mercados, além de aumentar o leque de produtos de maior valor agregado. Um dos exemplos bem-sucedidos é o programa Brazilian Leather, conduzido pelo CICB em parceria com a Apex-Brasil, que apresenta resultados expressivos para a visibilidade e aumentar o valor do couro brasileiro, alavancando os negócios do setor. Ranking - No balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros nos nove meses do ano, em relação ao acumulado do ano passado, o relatório do CICB informa a liderança do Rio Grande do Sul (US$ 382,54 milhões, 24,5% de participação) como maior exportador nacional, seguido por São Paulo (US$ 343,13 milhões, 22% de participação), Paraná (US$ 176,89 milhões, 11,3%) e Goiás (US$ CICB, com edição da RF 133,57 milhões, 8,6%).

RS: faturamento com exportação já ultrapassou em 27,2% o total de 2010 Dados divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que o faturamento do Rio Grande do Sul para a carne bovina industrializada, no período de janeiro a setembro deste ano, já ultrapassou em 27,2% o faturamento total do ano de 2010, sendo, neste momento, o maior faturamento registrado para o Estado desde 2005. Nos três trimestres deste ano, o volume em tonelada equivalente carcaça (tec) foi 19,8% maior do que o mesmo período de 2010. O preço médio da

tonelada, em 2011, é de US$1.744 contra US$1,2 mil registrado em 2010, diferença de 45,3%. Com relação à carne in natura, setembro mostrou receita e volume exportado 170% maiores com relação a agosto. Em contrapartida, em setembro deste ano o faturamento foi 25,6% menor do que o mesmo mês do ano passado. Referente à receita das exportações totais (carne bovina in natura + industrializada), o estado está a apenas 0,5% de atingir o total obtido em 2010. Scot Consultoria

Importação de carne bovina brasileira pela UE registra volume recorde A União Europeia registrou, em setembro, volume recorde de importação de carne bovina brasileira em 2011, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em setembro, foram exportadas 19,24 mil toneladas equivalente carcaça (tec) para o bloco. O faturamento gerado com as vendas chegou a U$ 85,93 milhões. Entretanto, em comparação com 06 24

igual período do ano anterior, quando foram exportadas 22,28 mil tec, houve recuo de 13,64% no volume de vendas. No acumulado do deste ano, as exportações para o bloco europeu somaram 148,84 mil tec. Já de janeiro a setembro de 2010, foram embarcadas 185,79 mil tec de carne bovina, ou 19,88% menos. Scot Consultoria


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Programa Alagoas Mais Ovinos já registra 37% de crescimento Um novo relatório da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e do Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocaprinocultura indica crescimento de 37% do rebanho do Programa Alagoas Mais Ovinos. Isso signica que 1.700 animais já nasceram a partir das matrizes cedidas aos agricultores por meio de contrato de empréstimo, nos anos de 2009 e 2010. O maior aumento foi registrado em Pariconha, onde o rebanho cresceu 78,5%. No município de Delmiro Gouveia, o crescimento foi de 69%, em São José da Tapera foi de 68,5%, e em Água Branca 67,62%. Na primeira fase, o Programa beneciou 740 famílias em mais de 20 municípios do Sertão e da Bacia Leiteira, com mais de 5.300 animais, entre ovelhas mestiças de Santa Inês, carneiros puros de origem, cabras e bodes. Cada agricultor inserido recebeu sete ovelhas e cada grupo de quatro agricultores compartilhava um carneiro reprodutor. Todos os agricultores beneciados foram selecionados pelas Prefeituras Municipais e pelo APL. Os produtores tinham um prazo de carência de dois anos e, a partir do terceiro ano, começariam a devolver dois animais por ano, que a Seagri e o APL iriam recolher para repassar a outras famílias. Mas, devido ao crescimento do rebanho, algumas famílias já devolveram as crias, todas fêmeas e geneticamente melhoradas, que foram recolhidas e repassadas a agricultores da comunidade quilombola Cajá dos Negros, em Batalha. "Essas entregas de animais ao Estado antes do prazo são sinais de que o programa está dando certo, o rebanho está aumentando e com isso estamos fortalecendo a ovinocultura em Alagoas", enfatizou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas. "A criação de ovelhas e cabras é uma vocação do agricultor sertanejo, que agora encontra possibilidades de melhoria. Com o Alagoas Mais Ovinos, não há apenas o repasse dos animais, há também capacitação dessas famílias, assistência técnica, orientação sobre manejo e acompanhamento de médicos veterinários. Por isso temos os resultados antes do esperado", completou. "Outro objetivo do Alagoas Mais Ovinos é a melhoria genética dos animais, o que já está ocorrendo. Com isso, o agricultor poderá aumentar seu rebanho mais rápido, produzir carne, couro, leite, abastecer os abatedouros, e diversicar sua produção. Tudo isso visa à inclusão sócio-produtiva das famílias beneciadas", esclareceu o gestor do Programa, o zootecnista Luciano Barros. Agência Alagoas no FarmPoint, com edição da RF.

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Japão e Coreia do Sul devem abrir mercado para suínos de Santa Catarina Aproveitando o momento, Cooperativa Aurora faz planos de investimentos no continente asiático O Governo japonês mostrou-se totalmente interessado em importar carne suína de Santa Catarina, durante reunião do Ministério da Agricultura do Japão com a comitiva catarinense. O governador Raimundo Colombo e a vice-ministra parlamentar, Hiroko Nakano, discutiram o avanço nas negociações, que deve ser nalizada em 2012. Santa Catarina negocia a abertura de mercado com o governo japonês desde 2007, quando conquistou o título de Estado livre de febre aftosa sem vacinação, o único do Brasil a possuir esse certicado. Desde então os catarinenses precisam concluir etapas, sendo que até a própria presença do governador do Estado, como autoridade máxima, é exigida pelos japoneses. "Esta é uma área em que precisamos e temos muitas condições de crescer e desenvolver a economia catarinense, por isso a importância da nossa visita ao Ministério", explica Colombo. O embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, reiterou a prioridade máxima da Embaixada no sentido de ocializar a abertura do mercado japonês aos catarinenses. A vice-ministra parlamentar, Hiroko Nakano, armou que também é de interesse do Japão importar carne suína de Santa Catarina, mas as etapas precisam ser respeitadas. "Estamos avançando bem nas negociações, inclusive gostamos muito do sistema sanitário, e esperamos resolver o mais rápido possível a importação da carne suína catarinense", adiantou Nakano durante a reunião. A abertura do mercado japonês representará a volta do crescimento catarinense na área, que está estagnada na exportação de 250 mil toneladas de carne suína por ano. O presidente da Cidasc, Enori Barbieri, estima que Santa Catarina possa conquistar 30% do mercado japonês, que é o maior e que me-

lhor paga. "Projetamos exportar cerca de 400 mil toneladas de carne suína ao Japão, o que nos daria a oportunidade de dobrar a nossa capacidade de exportação", conclui Barbieri. Entre agosto e setembro de 2011, os técnicos da agência sanitária japonesa estiveram em Santa Catarina para auditar o sistema sanitário do Estado. Durante as inspeções, estiveram em estruturas públicas, como fronteiras e divisas, e nos frigorícos de empresas para inspecionar o trato da sanidade animal em Santa Catarina. Planos - Otimista em relação à abertura do mercado asiático, a expectativa de Santa Catarina também recai sobre a Coreia do Sul, igualmente prestes a dar um posicionamento sobre a análise de risco da situação sanitária do estado. Aproveitando o momento, a Cooperativa Aurora, que realizou uma missão à Coreia e ao Japão em meados de outubro, armou que, depois da abertura destes mercados, não descarta a ideia de investir na instalação de uma unidade cooperativada na Ásia. Tanto que o executivo já começa a fazer planos para estes mercados. "Acredito que após abrirmos aqueles mercados, podemos conversar com eles para abrir uma unidade da Aurora com cooperativas japonesas ou coreanas. Mas isso é um segundo passo, vamos aguardar a abertura", garantiu o presidente da Aurora, Mário Lanznaster. "Tentamos fechar parcerias com algumas cooperativas da Europa, principalmente França e Espanha, mas como o estado catarinense não exporta ainda para estes locais, esse projeto está parado. Mas no dia que abrirmos nós vamos retomar essas conversas. E no Japão e na Coreia faremos o mesmo", concluiu. Secretaria de Estado da Comunicação de SC e DCI, com edição da RF

Suinocultores de MT de olho em investimento sueco no Brasil Foi realizada uma reunião com a missão ocial de técnicos da "the Swedish Board of Agriculture", Agência de Governo Sueco responsável pela execução das políticas organizadas pelo Ministério da Agricultura da Suécia, para identicar áreas de interesse dos estrangeiros. A Acrismat participou da reunião, e detalhou aos empresários todo o potencial do mercado suínicola a eles. "Os suecos acompanharam e viram como é a criação de suínos do nosso Estado, capacidade de crescimento do mercado e facilidade e proximidade de transformação de proteína vegetal em animal", revelou. A análise foi compartilhada pelo Superintende Federal de Mato Grosso, Francisco Moraes Chico Costa, que acredita no potencial da suinocultura."Os aspectos bem positivos em relação à criação de suínos no Estado, apontou aos integrantes da missão que uma da melhores opções de investimento é a suinocultura". Acrismat

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Publicação do Cepea traz números da suinocultura brasileira Os preços do suíno vivo e da carne subiram com força em setembro, inuenciados pelo bom volume de carne exportada em agosto, conforme dados divulgados em outubro pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A notícia reforçou os argumentos dos suinocultores ao pedir preços mais altos por seus animais. A indústria, por sua vez, com a necessidade de repor estoques, concedeu o aumento. Para o animal, a resposta mais rápida nos preços ocorreu nos estados de Minas Gerais e de São Paulo, onde há maior presença de produtores independentes e as bolsas de comercialização de suínos possuem grande inuência no mercado. As valorizações do suíno nas regiões de São Paulo foram mais intensas na primeira quinzena do mês – a maior delas, de 20,1%, foi registrada na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba). Quanto às carcaças, negociadas no atacado da capital paulista, também tiveram forte valorização entre 31 de agosto e 15 de setembro. No período, o quilo da carcaça comum valorizou 14,5% e o da especial, 12,6%. Em Minas Gerais, mesmo tendo respondido rapidamente às novidades do mercado, o preço do suíno vivo apresentou aumento mais expressivo na segunda quinzena. O destaque foi para o Sul de Minas, que acumulou alta de 16,6% no período. Nos estados do Sul e Centro-Oeste do País, as valorizações ao longo do mês foram mais gradativas e também se concentraram na segunda quinzena.

Os destaques no Sul do Brasil foram os aumentos de 17,4% na região de Arapoti (PR), de 15,3% no oeste catarinense e de 10,6% na região de Erechim (RS). Quanto ao Centro-Oeste, na segunda quinzena, destacou-se o aumento de 12,8% na região de Sorriso (MT) e de 9,7% em Goiânia (GO). O principal fator que contribuiu para essas fortes valorizações foi mesmo a exportação. A incerteza no volume de embarques, mês a mês, diculta o planejamento da produção. Nesse contexto, oferta e demanda se desajustaram por várias vezes ao longo de 2011. Após o período de festas no nal de 2010, a carne suína e, consequentemente, o animal vivo, desvalorizaram no mercado interno. Após o carnaval veio a primeira recuperação dos preços, seguida de um novo recuo em junho, chegando às piores médias do ano. Foi o aumento dos embarques em junho que proporcionou alguma recuperação ao mercado, fomentando a demanda por animais para abate e reposição de estoques de carne. Em agosto, houve recuo novamente e, em setembro, registrou-se recuperação das perdas recentes. A instabilidade nos preços, em particular do animal vivo, é que tem ditado os ganhos e perdas no poder de compra do suinocultor frente ao milho e ao farelo de soja nos últimos meses. Os preços desses insumos têm se mantido relativamente estáveis. Essa constatação mostra, portanto, que o preço do suíno tem sido o indicativo principal sobre o melhor momento de compra de insumos. Cepea no Agrolink, com edição da RF

Setor ainda espera por normativa após meio ano da abertura de mercado Apesar da abertura do mercado chinês há seis meses, os três frigorícos habilitados ainda aguardam a publicação de uma instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para viabilizar os embarques de cortes suínos para aquele país. A Cooperativa Aurora, de Chapecó (SC), já alojou 4.300 animais para o abate previsto para janeiro, mas o clima é de incertezas. Sem o aval do Mapa, as negociações não avançam. "Hoje, está tudo no escuro. Não sabemos o que e nem quanto vamos vender", arma o diretor de Agropecuária da cooperativa, Marcos Zordan. O cumprimento das exigências dos chineses, como alojamento, abate e armazenamento segregados, além da rastreabilidade, também tornam o processo oneroso. A expectativa é que, após os primeiros embarques, o volume aumente, diluindo custo. "É um investimento, porque hoje não é um bom negócio", diz Zordan. 06 30

Otimista, o Marfrig, que possui planta autorizada em Itapiranga (SC), espera embarcar já este mês. A outra planta liberada é da Brasil Foods, de Ouro Verde (GO). O secretário de Relações Institucionais do Mapa, Célio Porto, não foi localizado para falar sobre a morosidade. De fora da primeira leva, os gaúchos mobilizamse. O diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, aposta numa missão ocial do Estado à China em 2012, pedido feito ao governador Tarso Genro. Inicialmente, 26 plantas do país apresentaram interesse em exportar para o país, sendo 10 no Rio Grande do Sul. "Somos qualicados e temos condições de oferecer as garantias necessárias", declara. Contrariando as expectativas setoriais, a visita da presidente Dilma Rousseff à África do Sul não reverteu o embargo africano ao Brasil, em vigor desde 2005, após focos de aftosa no país. Correio do Povo no CNA, com edição da RF


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Aurora implanta sistema de rastreabilidade na cadeia produtiva de suínos: experiência será uma das primeiras e mais complexas do País atributos de credibilidade perante os fornecedores, produtores, clientes e fornecedores, complementa o dirigente. A implantação do projeto de rastreabilidade é resultado de parceria rmada com o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarnes) e as empresas Khor Tecnologia da Informação e a Agromanager Sistemas.

Mário Lanznaster, presidente da Aurora m avançado sistema de rastreabilidade para a cadeia produtiva da suinocultura está sendo implantado pela Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral Aurora/Aurora Alimentos) envolvendo 13 cooperativas agropecuárias e 1.600 produtores rurais. Essa experiência em rastreabilidade será uma das primeiras e mais complexas do País e, de acordo com a empresa, permitirá detectar, registrar e rastrear insumos ou produtos desde a sua origem (na granja) até o destino nal (na mesa do consumidor). “O mercado exige um diferencial de competitividade no país e no exterior porque tornou-se um indicador de segurança alimentar rastrear a história do produto da granja à mesa do consumidor nal”, conta o presidente da Aurora, Mário Lanznaster. Com base nesse argumento, desde 2006 a Coopercentral vinha discutindo a rastreabilidade como uma ferramenta essencial para a vericação dos

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Qual é a importância e a vantagem da adoção do sistema de rastreabilidade? Mário Lanznaster – Rastreabilidade é uma ferramenta permanente para aplicação ocasional que está relacionada com a eciência logística e de processos, com qualidade e segurança alimentar, e constitui-se em diferencial competitivo. A adoção da rastreabilidade fortalece o sistema cooperativo, serve de apoio para a prevenção de problemas, proporciona informação dentro da empresa para facilitar o controle de processos e a gestão, protege a marca, identica a origem e, ainda, a responsabilidade dos problemas. Para os consumidores e clientes, os benefícios decorrerão da garantia de atendimento a qualquer problema com a máxima eciência, do cumprimento de normas e da conança no produto adquirido. Já as vantagens para os órgãos governamentais residem na facilidade em auditorias, scalizações e no combate à falsicação, bem como no apoio na segurança contra o terrorismo. Como se processa a implantação da rastreabilidade na Coopercentral Aurora? Lanznaster – A implantação da rastreabilidade está sendo coordenada pela assessora técnica de produção da Aurora, Eliana Bodanese, e exige um grande esforço inicial de toda a cadeia de produção. Os resultados imediatos deste esforço podem ser percebidos nas melhorias de processos, garantias de procedência dos suínos abatidos e maior controle sobre os produtos fabricados pela empresa, além de agilizar a emissão de documentos sanitários ociais. Tendo em vista a necessidade de organização da informação para que se gere um sistema consistente de rastreabilidade, todos os elos da cadeia especializam-se, em procedimentos e organização. Você acredita que o mercado reconhece e valoriza essa inovação? Lanznaster – Não só valoriza como, também, exige essa inovação. A exportação para alguns mer-


cados é condicionada à rastreabilidade dos produtos. Conquistando estes mercados mais exigentes, aumentamos nosso volume de exportação, consolidamos nossa marca, geramos conabilidade e maior demanda de produção no campo. Este processo favorece a cadeia como um todo. Qual o modelo tecnológico adotado para implantar a rastreabilidade dos produtos suínos Aurora? Lanznaster – Em junho de 2011 implantamos o R-Sui, Sistema de Rastreabilidade da Carne Suína. Juntamente com o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (SC) e as empresas que o representam, tivemos participação ativa na denição deste sistema, que foi concebido para atender a rastreabilidade a partir do mercado mais exigente: a União Europeia. Na ferramenta orientada por uma equipe de prossionais de SC e desenvolvida pelas empresas Khor Tecnologia da Informação e Agromanager Sistemas, podemos ter acesso integral a toda informação relativa ao percurso físico dos animais, dos insumos utilizados na criação e, principalmente, dos registros relacionados a estes animais no frigoríco. As empresas Khor Tecnologia da Informação e Agromanager Sistemas zeram a adaptação dos conhecimentos práticos e necessidades legais dos sistema que foi traduzido em um software chamado R-SUI. Quais as etapas que serão cumpridas nesse processo? Lanznaster – A identicação dos animais é fundamental para o funcionamento do sistema de rastreabilidade. A partir da identicação dos animais, que é atribuído ao código de rastreamento do lote, a cada fase de produção são inseridas as informações de alimentação, vacinas, medicamentos e outras pertinentes àquele lote. Na eventual transferência desses animais para outra propriedade especializada nesta fase criação, um novo código de rastreamento é gerado e associado à nova propriedade, sempre informando o sistema sobre a documentação ocial pertinente à movimentação, até a destinação desses animais ao frigoríco, onde outras identicações são geradas e associadas às carcaças dos animais, que já estão com origem devidamente especicada. No frigoríco, o SIF [Serviço de Inspeção Federal] e o

"A exportação para alguns mercados é condicionada à rastreabilidade dos produtos. Conquistando estes mercados mais exigentes, aumentamos nosso volume de exportação, consolidamos nossa marca, geramos confiabilidade e maior demanda de produção no campo."

"Os resultados imediatos deste esforço [implantação da rastreabilidade] podem ser percebidos nas melhorias de processos, garantias de procedência dos suínos abatidos e maior controle sobre os produtos fabricados pela empresa, além de agilizar a emissão de documentos sanitários oficiais." controle de qualidade acompanham a produção e registram todas as condicionantes para atender as exigências nacionais e internacionais, descartando aquelas carcaças que porventura não atendam às especicações do mercado de destino. Na expedição dos produtos aprovados, os contêineres são também identicados e indexados ao lote de origem. As informações da rastreabilidade do lote, portanto, acompanham a carga dos animais? Lanznaster – Sim. Toda carga de animais vivos ou industrializados possui uma documentação especíca que une uma fase de rastreabilidade à outra. O consumidor pode rastrear o produto que está adquirindo? Lanznaster – Hoje, a rastreabilidade via R-SUI é exigida e aplicada à produção destinada à exportação para alguns mercados, que exigem tais controles como condicionante à compra e, consequentemente, à valorização do produto nal. Porém, na esfera do mercado interno, já há no Brasil legislações que regulamentam a organização das informações de produção e industrialização de modo a garantir que, em caso de necessidade, seja possível buscar a origem dos produtos. Neste momento o sistema está sendo completado para mercado externo, porém, num segundo momento, há a pretensão de disponibilizarem-se estas informações diretamente aos consumidores, a exemplo do leite. Em que área está mais avançada a rastreabilidade? Lanznaster – Na área do leite, a Aurora lançou em dezembro de 2010, em parceria com a Tetra Pak, a rastreabilidade ativa, um sistema de coleta, integração e controle das informações de fabricação de um alimento em todas as suas fases: recepção da matéria-prima, processamento, envase, controle de qualidade e distribuição. As informações são disponibilizadas online para utilização da indústria ou até mesmo para os consumidores nais, por meio de um website. Cada caixinha de leite possui um código único que traz consigo inúmeras informações que podem ser acessadas de imediato pela internet. Entrevista concedida à MB Comunicação, com edição da RF.

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Por Danielle Michelazzo e Carolina Sibila

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os últimos anos, graças ao avanço tecnológico, o trabalho se tornou mais eciente com a informação e com a comunicação. De tão importante dentro de uma organização a informação é considerada, sobretudo, um verdadeiro patrimônio, algo de valor. Existem casos que a informação é tão relevante que acaba sendo armazenada em um banco de dados de uma grande instituição, por exemplo, de forma que jamais será perdida ou modicada. Quando digitalizada, a informação se transforma em um conjunto de dados classicados e organizados de maneira que seu acesso seja mais fácil. Porém, muitas vezes ela é utilizada ou organizada de modo incorreto, e é aí que entra o papel da Tecnologia da Informação, hoje tão falada no meio empresarial. A TI – como é conhecida a Tecnologia da Informação – pode ser denida como um conjunto de atividades e soluções providas por recursos de computação que permitem o armazenamento, o acesso e o uso das informações. As aplicações da TI são muitas e estão ligadas às mais diversas áreas, e já podem ser consideradas uma necessidade dos novos tempos, já que a informação está cada vez mais volumosa e aproveitável. Para se ter uma ideia mais exata da surpreendente evolução desse setor, os computadores eram, originariamente, grandes máquinas que tornavam possível a automatização de determinadas tarefas em instituições de ensino/pesquisa, grandes empresas e nos meios governamentais. Mas, com o passar do tempo e as novidades que foram sendo implementadas, tais equipamentos começaram a se tornar cada vez menores, mais poderosos e conáveis. E mais: com o progresso das telecomunicações, aos poucos os computadores passaram a “se comunicar”, mesmo estando em lugares distantes, até mesmo em países diferentes. Em suma, a Tecnologia da Informação vem fazendo verdadeiros milagres e, por que não dizer,

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RECONHECIMENTO

A adoção dos sistemas de TI vem sendo cada vez mais incorporada pelas empresas. Na maioria dos casos elas buscam uma gestão eciente e controle do processo. Em outros, a busca por um sistema de Tecnologia de Informação é motivada por exigências de mercado, como os controles de qualidade e sanitários exigidos para exportação para diversos países. Simioni

o trabalho com a informação vem se consolidando como o centro de tudo. Mas, antes de utilizar as TI’s, é imprescindível o conhecimento de suas dimensões: a utilização correta, os benefícios oferecidos, a contribuição para o desempenho empresarial, os desaos de sua governança e administração e, também, o papel dos executivos como gerenciadores. Isso porque os impactos causados pela TI nas grandes organizações são notórios, seja nas estruturas, nas relações pessoais entre os trabalhadores ou no sistema tecnológico. Porém, os maiores benefícios desaparecem quando as estratégias organizacionais, as estruturas e os processos são alterados juntamente com os investimentos em TI. Aplicação nos frigorícos Nas plantas frigorícas, a Tecnologia da Informação também é fundamental. Segundo explica o diretor proprietário da AIS Tecnologia e Sistemas, Alexandro Simioni, é justamente a TI que permite que os frigorícos – assim como todo e qualquer negócio bem estruturado – controlem seus processos industriais e administrativos com agilidade, precisão e organização. “Além disso, a TI permite que o frigoríco possa atender às normas legais exigidas pelos principais mercados”. Por isso a adoção dos sistemas de TI vem sendo cada vez mais incorporada pelas empresas. “Na maioria dos casos, as empresas buscam uma gestão eciente e controle do processo. Em outros, a busca por um sistema de TI é motivada por exigências de mercado, como os controles de qualidade e sanitários exigidos para exportação para diversos países”, relata Simioni. Ademais, os benefícios oferecidos e as recongurações de negócio induzidas pela TI são efetivos para o negócio, que incluem a redução de custo obtida, por exemplo, pela integração interna de processos e áreas; o aumento da produtividade conseguido pela automação localizada de processos; a melhoria da qualidade resultante da utilização de tecnologia nos próprios produtos e serviços ou mesmo nos processos para garantir a sua efetividade; e a inovação conseguida com novas práticas e processos possíveis por meio da utilização intensa do sistema de informação. Gerente de Marketing da Accesstage – empresa que desenvolve projetos e presta serviços que envolvem a integração e o intercâmbio de informações –, Peterson Barroso Pais conta que a Tecnologia da Informação pode ser uma grande aliada na gestão do tempo, principalmente de gestores que, entre outras atividades, dedicam parte de seu dia ao gerenciamento de relatórios. “O tempo destinado a gerir relatórios de vendas realizadas com cartões, por exemplo, pode ser reduzido em cerca de 30% se a empresa investir na 35 35 3


ferramenta certa. Assim, o trabalho pode ser focado em ações que resultem no aumento de vendas e na conquista de novos clientes. Para o setor frigoríco, segundo aponta Simioni, a TI trouxe maior controle, mais produtividade e ferramentas de apoio à decisão. Com sistemas de TI, o executivo arma que os frigorícos conseguem crescer com sustentação. “Seus benefícios devem ser denidos e medidos pelos usuários e devem ser direcionados para os negócios”, complementa. Mas apesar de todos os melhoramentos que a Tecnologia da Informação pode trazer, ele lamenta que muitos empresários ainda a encarem erroneamente como um gasto a mais para a empresa, e não como um investimento. “Os empreendedores deveriam pesquisar e ver os resultados positivos e benefícios que a TI pode trazer às suas organizações”, observa Simioni.

Nesse sentido, para cada uma dessas áreas dentro da TI, existem subdivisões. Em desenvolvimento, há prossionais que atuam apenas com softwares comerciais (como ERP), outros que trabalham apenas com a criação de ferramentas para dispositivos móveis, outros que concentram suas atividades na internet, e assim por diante. Em outras palavras, há quem atue com banco de dados, e há quem trabalha com desenvolvimento, infraestrutura, redes, segurança, gestão de recursos, entre outros. Cada qual na sua especialidade. Para quem deseja seguir a carreira da Tecnologia da Informação, há alguns cursos de graduação como Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação, havendo, inclusive, os cursos de tecnólogo e outros com foco mais técnico, além de certicação e cursos de pós-graduação. RF

DICAS DO PROFISSIONAL

O prossional do setor

Peterson Barroso Pais

A utilização de TI, seja nos frigorícos ou em outros segmentos mercadológicos, exige prossionais extremamente qualicados e aptos aos desaos da atividade, tanto dos terceiros prestadores de serviços quanto dos prossionais internos de uma organização. Quem trabalha no ramo da Tecnologia da Informação é responsável por desenvolver, implantar e atualizar soluções. Devido à sua amplitude, a área é dividida em várias especializações, tal como acontece na medicina e no direito, por exemplo, o que faz com que hajam prossionais capacitados para todos os setores.

COMPETITIVIDADE

As ferramentas podem ser utilizadas para melhorar e viabilizar a logística de distribuição e, assim, atuar como facilitador na entrega e retirada de produtos. Além disso, atividades como emissão de relatórios gerenciais de vendas de distribuição, controle de tabelas de preços, gerenciamento de estoques e monitoramento da qualidade e integridade dos pedidos podem ser otimizadas com ferramentas eletrônicas que, em conjunto ou separadamente, possibilitam às redes um elevado grau de competitividade, agregando controle aos processos já existentes e possibilitando novas oportunidades de negócios.

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MONITORAMENTO

Além dos gastos, as informações que fazem parte da rotina da empresa também precisam ser protegidas e bem administradas, para que promovam o crescimento contínuo e o sucesso do negócio. São inúmeros dados, como tabelas de preços, gerenciamento de estoque, qualidade e integridade do produto e relatórios sobre vendas e distribuição de mercadorias. O monitoramento incorreto dessas informações pode ser o estopim para o fracasso de empresas de todos os portes, desde pequenas até grandes organizações.

GERENCIAMENTO

Assim, para se manter rme entre os concorrentes, é necessário investir em ferramentas que facilitem o gerenciamento de todas as informações do dia a dia da empresa. Anal, sem investimento não há crescimento.


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Por Carolina Sibila

ESTEIRAS TRANSPORTADORAS Processos mais seguros no manuseio de alimentos

modulares plásticas, das quais ele faz algumas ada indústria alimentícia, a qualidade dos vertências. “As planas tendem a escorregar, pois produtos é um dos principais fatores a ser trabalham por atrito nas polias lisas, apresentam considerado e deve ser garantido por boas alongamentos consideráveis com o tempo devido ao condições de segurança, esterilização, higifato de necessitarem de tensionamento constante, ene e limpeza durante todo o processo de produção. exigindo constante monitoramento e podem desar, Sendo assim, a utilização de esteiras transportadoras, permitindo o crescimento de fungos e bactérias”. também conhecidas como correias transportadoras, “Já as correias modulares plásticas necessitam tem como objetivo oferecer processos mais seguros de grande quantidade de água e tempo para sua no manuseio de alimentos. higienização, devido à xação dos seus módulos ser As esteiras transportadoras exercem a função de através de juntas direcionais e pinos, gerando fendas transportar o material em longas distâncias e são que absorvem uídos e detritos, que propiciam ideais para o transporte de todos os tipos de progrande potencial de crescimento dutos, mesmo se muito abrasivos e de fungos e bactérias. Além disso, úmidos. Além disso, elas podem ter também apresentam alongamenseções diferentes que podem ser “Sendo as esteiras utilizadas tos constantes com o tempo, uma escolhidas com base no material a vez que criam folgas nos pinos e ser transportado. para manusear alimentos, juntas e não possuem cabos de Nos frigorícos, as correias tamtodos os equipamentos tração”, esclarece o diretor. bém são essenciais para seu bom exigem reparos e grandes funcionamento. “Elas garantem tocuidados com a lubrificação Correias termoplásticas do o movimento e transporte das carcaças dentro do abatedouro ou das peças e, principalmente, As correias termoplásticas são frigoríco, seja para recolhimento com os produtos usados na também muito utilizadas pela indas partes que não serão usadas ou fabricação.” dústria alimentícia, principalmente para transporte de carcaças pelos nos frigorícos, por possuírem vários estágios de limpeza, corte muitas vantagens sobre as correias e resfriamento da carne”, explica o planas e as modulares plásticas. As termoplásticas gerente de vendas para América Latina do segmento possuem um acabamento liso, com alta resistência de Food e Beverage da Danfoss, Fábio Gomes. a cortes, o que facilita a limpeza e não marca o “Toda indústria tem a necessidade de transportar material transportado. materiais. No caso dos frigorícos, é muito importante Suas emendas são feitas com o mesmo material, que os equipamentos sanitários sejam escolhidos de com perfeita continuidade da superfície de cantos ou forma correta, ou seja, não devem ser o ponto de orifícios, impossibilitando a impregnação de resíduos contaminação para o processo ou para a carne que e, consequentemente, a proliferação de bactérias. está sendo processada”, completa Gomes. Ademais, suas bordas são vedadas e protegidas. De acordo com o diretor Comercial da Bormax Rasgos, furos ou qualquer outro estrago na correia Correias e Mangueiras Industriais, Igor Buscatti, as pode ser reparado com uma simples solda, com ou correias mais comuns na indústria alimentícia em geral sem aplicação de uma peça adicional. e nos frigorícos são as correias planas e as correias

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Além disso, devido à sua alta resistência a abrasão, podem substituir os pesados transportadores de correntes de aço, evitando vibrações, barulho, desgaste de peças de junções, pinos e etc., tornandose um projeto mais barato e prático. Sua alta durabilidade, juntamente com a diminuição do tempo de manutenção e limpeza, aumenta a produtividade do processo, justicando com vantagens sua aquisição. Higienização As leis para a produção de alimentos, na maioria dos países, determinam um controle muito severo quando o assunto é higiene. Na indústria alimentícia, é importante que, quando os produtos são transferidos de um local para outro em uma esteira, ela sempre seja utilizada mantendo os materiais limpos, seguros e com capacidade de oferecer tais condições por um longo tempo. De acordo com Buscatti, nos frigorícos, para que tais condições sejam oferecidas, o ideal é que as superfícies das correias transportadoras sejam lisas, para evitar o acúmulo de fungos e bactérias, além de facilitar sua higienização. “Elas podem também ser perfuradas quando aplicadas em transportadores nas operações de lavagem e classicação de alimentos, ou ainda receber a aplicação de bordas laterais e taliscas, de acordo com a aplicação especíca em cada tipo de indústria alimentícia ou frigoríco”. Além disso, o executivo também arma que as esteiras devem ser obrigatoriamente atóxicas, pois têm contato direto com alimentos. Elas devem ser produzidas com materiais especiais como, por exemplo, o poliuretano. “Mas, como os materiais utilizados na fabricação de correias não têm a capacidade de eliminar bac-

térias, qualquer correia que entre diretamente em contato com alimentos deve ser higienizada diariamente, evitando-se assim a proliferação de fungos e bactérias”, explica o diretor da Bormax. A higienização geralmente é feita com água quente pressurizada e produtos químicos especiais e, ainda segundo Buscatti, existe um protocolo diário de limpeza nas indústrias alimentícias e frigorícas em geral, incluindo as esteiras transportadoras. Manutenção O uso das esteiras transportadoras na indústria de alimentos é tão importante que mantê-las limpas e com a manutenção em dia é uma das prioridades deste segmento. Sendo as esteiras utilizadas para manusear alimentos, todos os equipamentos exigem reparos e grandes cuidados com a lubricação das peças e, principalmente, com os produtos usados na fabricação. Uma das coisas essenciais para a qualidade dos produtos alimentícios é a conabilidade das esteiras. Por isso, é imprescindível que esses equipamentos sejam fabricados com materiais resistentes, o que aumenta seu tempo de vida útil e diminui ao máximo os riscos de corrosão e outros danos que possam deixar as máquinas inutilizáveis. A higienização também é essencial para a manutenção das correias transportadoras e muitos produtos já foram criados para facilitar esse procedimento. “Na Danfoss, foi desenvolvido o sistema VLT® FlexConcept, que tem como vantagem a possibilidade de ser submetido aos mais diversos processos de limpeza. Os equipamentos são desenhados para constante limpeza devido ao seu elevado grau de proteção e pinturas com capacidade de suportar o ataque das soluções utilizadas em higienizações”, exemplica Rodrigues. RF

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Por Carolina Sibila

ganham mercado de cárneos Para o aquecimento da água, a fonte de energia s túneis de encolhimento, desenvolvidos há pode ser elétrica, como por resistências elétricas, ou aproximadamente 30 anos, estão cada vez por vapor (caldeiras). No Brasil, tem-se a utilização mais modernos e são construídos com alta das duas tecnologias, mas com predomínio do vatecnologia no processo de encolhimento por. Para ambos os casos, a temperatura da água de materiais retráteis. São utilizados principalmente deve car entre 80 e 90 graus para um eciente enno enfardamento de embalagens e, assim, permitem colhimento. maior automação, eliminando grande parte da mão Nos frigoríco, a temperatura deve ser mantida de obra e de material, sem baixar a produtividade e baixa, assim como a umidade relativa do ar e, para reduzindo os custos. isso, o túnel de encolhimento deve ter o máximo de Além dessa vantagem, o sistema de termoenisolamento térmico, como cortinas duplas de entrada colhimento foi elaborado para reduzir o excesso e saída, recirculação de água e vapor e lataria em inox de material que, muitas vezes, tem na embalagem dupla, evitando, assim, perda de calor e desperdício dos sacos a vácuo. Isso porque quanto mais a emde energia elétrica. balagem estiver envolvendo o produto, seja um corte de carne fresca vermelha ou um embutido, mais irá Sistemas de embalagem protegê-lo, imitando uma segunda pele do produto sem bordas de selagem pouco atraentes. Antes de passarem pelos túneis de encolhimento, “Como os produtos já são embalados manualos produtos passam por sistemas de embalagens mente no saco ou automaticamente na termoforconstituídos por equipamentos cuja função é aconmadora a vácuo, a função do processo de encolhidicionar o produto a uma embalagem hermeticamenmento é basicamente de reduzir as bordas onde te fechada, para a sua proteção e vida de prateleira. a embalagem foi selada para se conquistar uma “Os túneis de encolhimento fazem parte de uma aparência melhor”, explica o diretor geral da Multivac etapa posterior, pois o produto já embalado é endo Brasil, Michael Teschner. viado ao túnel para que ocorra o Alguns produtos são embalados encolhimento da embalagem”, exem lme termoencolhível e preciplica Teschner. sam de uma fonte de calor externa “A substituição das Ainda segundo ele, há dois tipos para que haja o encolhimento da embalagens em saco pelas de passagem de produto pelos túembalagem. Daí, surge a necessitermoformadas deve-se a neis de encolhimento: os contínuos, dade do túnel de encolhimento. Por isso, de acordo com Teschner, os vários motivos, principalmente que são movimentados por esteira transportadora com ajuste de velotúneis de encolhimento podem ser ao aumento de produção, cidade, onde a água quente molha de duas fontes para troca térmica: redução de mão de obra as embalagens com chuveiros, ou ar quente ou água quente. no processo de embalagens cortina de água + jatos de água Por se tratar de produtos mais laterais; e os intermitentes, em que e redução de risco de sensíveis ao calor, como cortes de os produtos entram até o meio do carnes frescas, embutidos e queicontaminação.” túnel, onde há uma plataforma e jos, os modelos mais comuns nos um pistão, que faz esta plataforma frigorícos são os de água quente. descer até contato total com a água quente, por “Com água quente, a troca térmica é mais eciente, tempo determinado, e depois subir. o calor trocado com o plástico termoencolhível da No Brasil, o modelo mais comum é o contínuo, embalagem se dá de forma mais rápida e homogênea pois, devido ao crescimento desordenado de muitos e, desta forma, praticamente não há transferência de frigorícos, o uxo de produtos se tornou muito incalor para o produto embalado”, esclarece o diretor.

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Foto: Multivac

EMBALAGENS TERMOFORMADAS


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tenso e impossibilitou encolher por lotes, como no modelo intermitente. Além deste, existem diversos tipos de sistemas de embalagens que estão cada vez mais adaptados às necessidades do mercado. Os mais comuns são os sacos de plásticos, porém, já é notável devido à quantidade, a substituição das embalagens em sacos por embalagens termoformadas, que hoje são bastante encontradas na Europa, América Latina e Estados Unidos. “Como as embalagens termoformadas já são adaptadas para o produto, quase não há necessidade de lmes termoencolhíveis e, com isso, retira-se o processo de encolhimento (alto consumo de energia) e utiliza-se embalagem com custo inferior ao material termoencolhível”, arma Teschner. Para alguns produtos como frango inteiro ou algumas linguiças maiores e de forma irregular, a embalagem termoformada com lmes para encolhimento, a base de PVDC ou EVOH, podem ser alternativas interessantes, pois garantem o aspecto de uma segunda pele em volta do produto. “Em geral, a substituição das embalagens em saco pelas termoformadas deve-se a vários motivos, principalmente ao aumento de produção, redução de mão de obra no processo de embalagens e redução de risco de contaminação. É o tipo de embalagem que vai predominar os mais variados mercados e aplicações”, completa o diretor. Ainda no Brasil, segundo Teschner, a procura das empresas brasileiras por modelos de sistemas de embalagens americanos ou europeus aumenta ca-

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da vez mais, pois as vantagens são maiores. “Como resultado, tem-se embalagens mais bem apresentadas no ponto de venda, com redução do desperdício de material, taxas de barreira de oxigênio e água superiores à média do mercado, tornando os produtos mais saudáveis e proporcionando maior tempo de prateleira, em alguns casos até substituindo o congelamento por apenas refrigeração”. Conservação Para que a qualidade dos produtos seja mantida e não seja colocada em risco a saúde dos consumidores, é fundamental que a manutenção dos túneis de encolhimento seja feita frequentemente e que alguns pontos sejam bem observados. Por exemplo: é muito importante que o túnel tenha um ótimo controle de temperatura e tempo de contato com a água quente por toda superfície da embalagem. Caso contrário, o resultado são embalagens mal encolhidas, com muitas pontas e excesso de migração de sangue nestas pontas. “Quando isso acontece, os produtos são encontrados nas prateleiras de supermercados mal embalados e mais um saco plástico é amarrado ou preso com ta plástica, comprometendo tanto a imagem do supermercado quanto da marca do produto”, alerta Teschner. Por isso, cabe também ao consumidor vericar se não há violação na embalagem do produto a ser comprado, principalmente das carnes, pois, caso a embalagem esteja infringida, o alimento pode estar impróprio para consumo por estar contaminado em virtude da má conservação. RF


Rússia pode renegociar acordo de carnes com Brasil ainda este ano A decisão do governo russo de reabrir a negociação do acordo de carnes com o Brasil e com outros exportadores foi vista com surpresa pelo setor produtivo. O país toma a medida às vésperas da negociação nal para sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC). Até o momento, a retomada das discussões não foi conrmada pelo governo brasileiro. "A conclusão do acordo deve ser assinada no próximo dia 15 de dezembro, o capítulo das carnes está praticamente encerrado", armou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Segundo o dirigente, não deve haver alteração na cota denida para a carne suína, considerando que falta muito pouco para a conclusão do acordo "Mesmo que haja alguma mudança no acordo previsto para as outras carnes, não deve ser nada muito grande", avalia o presidente da Abipecs. A Rússia irá rever o acordo das carnes por pressão dos Estados Unidos, que estão aproveitando o câmbio para ampliar o mercado exportador. Os nor-

te-americanos querem reaver a cota estabelecida com o mercado russo. "A cota dos EUA é diferente daquela determinada para o Brasil, por isso, não acredito que sejamos atingidos com as mudanças", arma o presidente do Fórum de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira. Segundo ele, os russos buscam mercados pelo preço e a carne norte-americana é mais cara, porque os EUA atendem mercados seletos, como o Japão e Coreia, que preferem cortes especiais e pagam mais por isso. Uma das mudanças previstas no acordo já acertado com o Brasil é o estabelecimento de uma cota para carnes especiais, a exemplo da Cota Hilton, determinada pela União Europeia. "Uma cota para cortes especiais pode ser positiva para o Brasil", destaca Nogueira. "A Rússia é importadora de cortes dianteiros, de menor valor, e a possibilidade de vender produtos com valor agregado representa uma oportunidade para o exportador brasileiro", saPortal DBO, com edição da RF. lientou.

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Documento aponta proposições para superar gargalos logísticos no Brasil Trabalho foi realizado a partir de consultas detalhadas junto aos associados da Ubabef A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) apresentou na abertura do 22º Congresso Brasileiro de Avicultura, em São Paulo, um documento com 63 proposições para a superação de gargalos na infraestrutura logística, e que afetam o setor avícola. “As expectativas são de grande crescimento no consumo mundial de carne de frango nos próximos anos. Mas ainda enfrentamos muitos entraves logísticos no transporte de produção, tanto nas rodovias e ferrovias quanto nos portos. É uma ameaça sobre a competitividade. De nossa parte procuramos, além de mapear os problemas, sugerir soluções”, destacou o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra. O trabalho foi realizado a partir de consultas detalhadas junto aos associados da Ubabef e workshops coordenados pelo diretor Financeiro e Administrativo da entidade, José Perboyre Ferreira Gomes. E, além de empresas do setor avícola, envolveu também segmentos importantes na área logística, como representantes de empresas de transporte marítimo e operadores portuários. “Esta ação multidisciplinar foi fundamental para conseguirmos harmonizar posicionamentos entre todas as empresas envolvidas no processo de exportação e no mercado interno. A expectativa agora é de que tenhamos soluções de curto prazo para as

demandas do setor. No caso de demandas de médio e longo prazo, buscaremos acompanhamento com reuniões junto ao poder público”, armou Perboyre. Segundo levantamentos, o custo logístico do Brasil equivale a duas vezes o custo dos EUA. Conforme a Ubabef, estima-se que 12% da receita das exportações se percam com gargalos de infraestrutura. “O Brasil é o maior exportador e o terceiro produtor mundial de carne de frango. Mas não podemos nos acomodar com essa posição. A concorrência no mercado internacional é feroz, e irá aumentar ainda mais. Enquanto isso, importantes concorrentes nossos, como os Estados Unidos, não apresentam tamanha desvantagem na logística. Países emergentes como China e Índia crescem e ganham competitividade pelos investimentos que vêm fazendo, enquanto o Brasil parece estagnado”, frisou o presidente executivo da Ubabef. O documento destaca a necessidade de aumento do calado em alguns portos, além de ampliação de terminais de cargas; expansão de linhas ferroviárias para o escoamento da produção de grãos; e revisão de valores de pedágios para transporte de carga em rodovias, entre outras medidas. As proposições da Ubabef também incluem sugestões para racionalização de processos. Ubabef, com edição da RF

Importação brasileira de carne bovina australiana sobe 381% em 2011 As exportações australianas de carne bovina para o Brasil registraram aumento de 381% durante os nove primeiros meses de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010. De acordo com informações do Meat and livestock Australia (MLA), o volume exportado no período foi de 969 toneladas equivalentes de carcaça (tec). O principal produto exportado da Austrália para o

Brasil em 2011 foi a carne de traseiro, representando cerca de 81% do volume, o equivalente a 782 tec. Deste total, 370 tec foram de alcatra completa e 366 tec de picanha. Segundo a Scot Consultoria, o crescimento da classe média brasileira e o consequente aumento do consumo de proteína de origem animal têm elevado as importações de carne bovina de alta qualidade. Scot Consultoria

Sisbov amplia foco sobre produtos que cumprem exigências do mercado A plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), parceria entre a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deve evoluir da inclusão de bovinos e bubalinos para todos os produtos agrícolas. Essa é a expectativa do grupo que desenvolve o sistema. Segundo o vice-presidente de Finanças da CNA, Ademar da Silva Júnior, a plataforma, de R$ 12 milhões, está na fase nal de ajustes. Ele adianta que de suínos a hortaliças controlados e rastreados poderão ser inseridos, pois já cumprem protocolos 06 44

sanitários para exportação. A intenção, após consolidar o cadastro do Sisbov, é incluir no sistema todos os produtos que cumpram exigências do mercado interno ou externo de classicação como orgânicos. No Estado, aves e suínos são controlados pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), sob a tutela da Secretaria da Agricultura, que reúne cadastro dos produtores, atualização de estoques, entradas e saídas por lote e faz a emissão da Guia de Trânsito Correio do Povo, com edição da RF Animal (GTA).


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Piscicultores e proprietários de frigorícos do TO apontam entraves A falta de licença ambiental é o maior entrave que os produtores de peixe têm encontrado para conseguirem se manter no mercado. A maioria dos criadores do Tocantins trabalha de forma clandestina, sem a licença que lhes permitiria comercializar a produção para frigorícos habilitados, o que acaba fazendo com que muitos desistam da atividade. Mas esse é apenas um dos problemas que o setor enfrenta. Isso porque além da diculdade em conseguir a licença, há ainda barreiras como a falta de planejamento para administrar o negócio, de acesso a tecnologias e de assistência técnica e extensão rural. Preocupada com a questão, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), senadora Kátia Abreu, reuniuse este mês, na sede da Federação, em Palmas (TO), com produtores de peixe em tanque escavado e empresários da cadeia produtiva, para discutir o tema e ouvir as principais diculdades dos piscicultores.

Participaram do encontro a subsecretária de Pesca e Aquicultura e presidente da Comissão Nacional de Piscicultura da CNA, Miyuki Hyashida, o secretário de Estado das Oportunidades, Omar Henneman, e dirigentes de órgãos do governo ligados ao setor. Um dos pontos abordados durante a reunião foi a rigidez para a obtenção da licença ambiental no Tocantins, Estado que possui uma das leis mais rigorosas neste aspecto. O chefe de Assuntos Estratégicos e Relações Institucionais do Ministério da Pesca e Aquicultura, Luis Alberto de Mendonça Sabanay, explicou que a legislação brasileira permite até 999 hectares de lâmina d’água (tamanho da camada de água no tanque) sem a necessidade de se realizar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para a obtenção da licença. Contudo, segundo a legislação tocantinense, esta exigência no Estado é feita a partir de 50 hectares de lâmina d’água. Os proprietários de frigorícos também apresentaram suas reclamações. Armaram que possuem


capacidade para absorver a produção, mas não podem comprar o peixe sem a licença ambiental. Responsável pelo frigoríco Piracema, no município de Almas, a 230 quilômetros da capital Palmas, o empresário Sérgio Paulo Barbosa é um dos que se encontra nessa situação. “Tenho capacidade para processar até 14 toneladas de peixe por dia, mas só estamos processando duas toneladas. Eu poderia comprar toda a produção dos produtores da região, mas eles não têm a licença e nós não podemos comprar o peixe sem o documento. O resultado é que 80% da minha estrutura está parada”, revela. No Tocantins, há quatro frigorícos em funcionamento: dois em Almas, um em Aliança do Tocantins e outro em Porto Nacional. No encontro, os representantes dos frigorícos também reivindicaram a redução na carga tributária. Os produtores que comercializam para fora do Estado pagam 12% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que afeta a competitividade do produto no mercado. Depois de ouvir as demandas, a presidente da CNA e da FAET disse que está tratando pessoalmente da elaboração da licença ambiental única, que será votada novamente dentro da Lei de Diretrizes Orça-

mentárias (LDO). Um novo encontro entre governo estadual e piscicultores está marcado para o próximo dia 27, para levantar o número de produtores que não possuem a licença ambiental e regularizá-los junto ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), o que lhes permitirá atender às demandas dos frigorícos. A senadora Kátia Abreu informou que a FAET, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), irá capacitar os produtores rurais do Estado, por meio de cursos de capacitação em gestão, área técnica, comercialização, custos e legislação da pesca e da aquicultura. Nesta primeira etapa, o curso irá beneciar 40 produtores de todo o Estado. Na reunião, também cou decidido que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) irá treinar os técnicos do Naturatins para a emissão de licenças ambientais. “No Brasil, os técnicos ambientais não estão preparados para emitir as licenças porque eles não conhecem a piscicultura como deveriam, e essa falta de informação é que ajuda a dicultar a liberação das licenças”, armou a presidente da CNA e da FAET. CNA (com info. da Assessoria de Com. da FAET), com edição da RF


Frigoríco Marba completa meia década com ações sustentáveis Em 1961, era fundado na cidade de São Paulo um dos frigorícos que, ao longo desses 50 anos, se tornaria um dos mais conhecidos no Brasil: o Marba. Durante todo esse tempo, a empresa desenvolveu, produziu e comercializou produtos alimentícios de alta qualidade, sempre para satisfazer o gosto de seus consumidores. O grande marco na história do Marba foi em 1980, quando já instalado em São Bernardo do Campo, se tornou uma empresa de administração familiar e, com isso, fortaleceu as relações com fornecedores, clientes e funcionários. No ano de 86, todos os esforços foram voltados para a mortadela que, mais tarde, viria a se tornar seu principal produto. Na década de 90, foi inaugurada uma nova fábrica da Marba e, após a adaptação de suas instalações, a empresa passou a produzir mais de 200 toneladas de produtos diariamente para atender às demandas do mercado. Em 1999, ela amplia seu mix de produtos e, além da mortadela e dos embutidos de carne bovina e suína, passou a produzir mais produtos, que foram divididos em 2 marcas: Marba e Paulicéia. Nos últimos anos, para continuar ampliando seu mix de produtos, houve uma integração à fábrica de São Bernardo do Campo: uma nova unidade produtiva, moderna e com equipamentos de alta tecnologia, seguindo todos os padrões de exigências da empresa na fabricação de alimentos. Responsabilidade social - A preocupação com a sociedade e com o meio ambiente deve ser responsabilidade de todos, principalmente de grandes empresas. Por isso a Marba desenvolveu alguns programas em prol da natureza, como o Programa de Tratamento de Euentes, que garante toda a água descartada pela empresa, e o Programa de Tratamento dos Resíduos Sólidos Gerados, que se enquadra nas normas ambientais para descarte.

Perdigão investe em estratégia digital para mostrar em campanha que salsicha é muito mais que hot dog A Perdigão, marca da BRF Brasil Foods, está dando continuidade à campanha lançada em setembro para divulgar a versatilidade da linha de salsichas da marca. Nesta segunda fase, a ação é focada na plataforma digital e mantém a linguagem bem-humorada para mostrar que o produto pode ser utilizado como ingrediente principal de diferentes receitas, muito além do hot dog. Ao todo, três novos weblms, um concurso cultural e peças de mídia online foram desenvolvidos pela agência Young & Rubicam em parceria com a Energy. Os vídeos estreiaram no início deste mês e podem ser conferidos no site da campanha. Com direção de cena de Joca Guerra-Peixes, os vídeos reproduzem com muito bom humor a linguagem típica dos programas de culinária da TV. Neles, o cantor Falcão, famoso pela interpretação de “I’m 06 48

not dog no”, é mais uma vez o garoto-propaganda. O ícone brega assume o comando do fogão e faz as receitas de Panqueca, Suê e Escondidinho, todas utilizando salsicha Perdigão, seguindo as ordens da chefe de cozinha, Gislaine Oliveira. Já o concurso cultural “Muito mais que hot Dog” convidou o internauta a acessar até o último dia 19 o site www.muitomaisquehotdog.com.br, e escolher uma ou mais receitas do site. Em seguida, ele devia preparar e enviar uma foto do prato escolhido para o Facebook ocial da marca. As três fotos que mais receberem “likes” serão premiadas com: 1° lugar: geladeira, fogão e micro-ondas Inox Continental; 2° lugar: fogão Inox Continental; e 3° lugar: microondas Inox Continental. A BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com portfólio com mais de 3.000 itens.


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McDonald's lança sanduíches com carne Angus da maior participação dos pecuaristas que buscam a excelência na pecuária e a parceria de frigorícos que conam no nosso trabalho e na raça”, ressalta Paulo de Castro Marques, presidente da ABA. A assinatura do acordo entre a entidade e a Arcos Dourados aconteceu no dia 11 deste mês, em São Paulo. “Já estamos conversando com outras redes de restaurante para levar a carne Angus para seus cardápios também”, destaca Marques. A rede de fast food McDonald’s acaba de incluir dois sanduíches com carne Angus em seu cardápio. Os lanches Angus Deluxe e Angus Bacon já podem ser encontrados nos restaurantes da rede em São Paulo e Brasília desde o dia 16 de novembro. "O gado Angus é um dos mais apreciados em todo o mundo pela excelência e nobreza de sua carne, caracterizada por ser tenra, suculenta e muito saborosa", explica Roberto Gnypek, diretor de Marketing da Arcos Dourados, empresa que opera a marca McDonald’s na América Latina. A expectativa é de que os sanduíches estejam disponíveis em todas as lojas da rede McDonald´s no Brasil em breve. “Para nós, da Associação Brasileira de Angus (ABA), esta é a consagração da qualidade da carne Angus e do nosso Programa de Carne Certicada, que cresce ano após ano a partir

Preferência pelo Angus - Segundo informa a ABA, esta é a primeira vez que um sanduíche recebe o nome de uma raça bovina na rede de restaurantes no País. O “Angus Deluxe” e o “Angus Bacon” já são comercializados nos restaurantes do McDonald´s na Argentina. A decisão da rede de fast food em ofertar sanduíches com selo da ABA, de acordo com o diretor de marketing da Arcos Dourados, está baseada na preferência dos clientes, que prezam por produtos de qualidade com preços acessíveis. “Os consumidores estão acostumados com hambúrguer de picanha, fraldinha etc. Agora, queremos inserir no cotidiano do brasileiro a carne de Angus e mostrar que esta é realmente uma carne diferenciada”, arma. No Brasil, toda a carne utilizada na produção dos sanduíches Angus do McDonald’s é processada com exclusividade pelo Marfrig Group e submetida ao processo de certicação da ABA.

Aurora lança peito de Blesser recheado: pronto para assar Peito de Blesser® Recheado Aurora é o nome da novidade que a Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) está levando às gôndolas de todo o país a partir deste mês. O prato combina a carne de Blesser® com um recheio especial, contendo a afamada linguiça tipo calabresa Aurora e uvas passas. Temperado e pronto para assar, o Peito de Blesser® Recheado Aurora chega ao consumidor congelado, com validade de 140 dias e em embalagens na forma de caixa de 10kg, contendo 8 peças de aproximadamente 1,25kg cada. Esse lançamento para o mercado nacional amplia o mix da linha “Boas Festas Aurora” e atende as necessidades dos consumidores que desejam produtos práticos para as festas de Natal e Ano Novo. “Esse é um produto diferenciado e de fácil preparo”, ressalta o diretor comercial Leomar Somensi. O produto é destinado, principalmente, aos consumidores que buscam praticidade, comodidade e conveniência no momento das refeições. Com ele, a Aurora amplia sua já expressiva presença no segmento de carnes congeladas e voltadas às festas de m de ano (temperadas e prontas para assar). A linha da qual faz parte o peito de Blesser recheado é formada por sete outros produtos apreciados pelos consumidores: o tradicional Blesser® (carne suculenta, macia e pronta para ser assada com tempero exclusivo); lombo temperado (produzido com carne suína selecionada e temperado); lombo recheado (corte selecionado que combina a carne nobre suína com o recheio de linguiça calabresa defumada); tender suíno (presunto tenro que combina temperos especiais); tender de frango (resultado da seleção de cortes nobres de peito de frango cozido e defumado); sobrepaleta recheada (carne suína com o recheio da tradicional linguiça toscana Aurora) e pernil sem osso (pernil temperado sem osso). 06 50


Adesivo selante de poliuretano da Vick é destaque no segmento Aplicados em pontes, pavimentos, juntas de pisos, rodovias, edifícios, entre outras obras, os adesivos selantes à base de poliuretano têm se tornado um dos materiais preferidos de engenheiros e arquitetos devido as suas qualidades, como alta capacidade de movimentação (alongamento e compressão), união de materiais de variados coecientes de dilatação, resistência a intempéries, alta durabilidade e resistência aos raios UV. Foi desenvolvido para selar, vedar e calafetar uma innidade de materiais com usos em indústrias, instalações frigorícas, indústria automobilística, vagões ferroviários, estruturas submersas, construção civil e construção naval, entre outros. É ideal para juntas de pisos, prémontados, trincas, vidro, cerâmica, tanque, metal, plástico, reservatório, vedação de esquadrias de madeira, metal e plástico. “O adesivo selante proporciona um acabamento perfeito em termos de estética, qualidade e facilidade de aplicação e remoção”, comenta Sílvia Orrù, gerente de Marketing da Vick.

de outubro e 11 de dezembro. Um lme publicitário será veiculado nas cinco maiores emissoras de televisão, que terá suporte de peças nas principais revistas do país e também nos maiores portais de internet. A campanha de outubro a dezembro será apenas a primeira etapa de um planejamento que está previsto até março de 2011, dentro do cronograma previsto para os próximos cinco anos. Sobre a JBS - Fundada em 1953, a JBS é a maior empresa em processamento de proteína animal do mundo, atuando nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, latas e transporte. A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países. Com acesso a 100% dos mercados consumidores, a JBS possui 134 unidades de produção no mundo e mais de 125 mil colaboradores focados no sucesso da companhia, sustentado pelo espírito empreendedor e pelo pioneirismo.

Friboi inova em publicidade voltada à cadeia da carne bovina A JBS vai revolucionar a cadeia da carne bovina brasileira. A companhia colocou em prática um processo de reestruturação de suas marcas que terá duração de cinco anos. Ao longo dos próximos 18 meses, a JBS irá concentrar seu portfólio de produtos sob as duas principais bandeiras do grupo: Friboi e Swift. Dentro dessa estratégia, está a inovação de colocar marca na carne in natura, produto encarado apenas como commodity. A partir de agora, as embalagens receberão uma nova identidade visual criada para a Friboi, garantindo ainda mais segurança, qualidade e origem do produto aos consumidores de todo o país. A reestruturação conta com o maior plano de comunicação da história da cadeia da carne in natura nacional. De forma pioneira, a meta é fazer com que Friboi seja reconhecida como a principal marca de produtos alimentícios de carne. O plano de construção da marca leva ao consumidor os conceitos de garantia de origem e qualidade, além de reorganizar o mix de produtos e melhorar a presença nos pontos de venda. Além disso, outros produtos serão agregados ao portfólio da Friboi. Serão mais de 500 itens à disposição do consumidor. Entre os produtos estão os supergelados (hambúrguer, quibes e almôndegas), industrializados (ambres, salsichas e mortadelas) e os da categoria in natura. Pioneira no mercado da carne, a marca carrega consigo a trajetória de conança da companhia, traçada com simplicidade e parcerias sólidas, construídas em quase 60 anos. A partir de pesquisas com consumidores por todo o Brasil, a marca, que também é reconhecida como a mais lembrada em todo o território brasileiro, segundo a pesquisa da TNS, foi vinculada diretamente a atributos como conança e tradição. Por isso, seu conceito passa a ser: “Friboi - Conança é nossa história”. Todo o trabalho de marca tem como intuito destacar a Friboi entre os alimentos de qualidade que o consumidor cona. Mais do que acreditar no estabelecimento, o cliente terá a garantia de conança desde a origem. Para divulgar essas mudanças foi elaborado um projeto de comunicação integrada, contemplando arquitetura e posicionamento de marca, propaganda, trade marketing, ativação dos pontos de vendas e estratégia digital. A primeira campanha publicitária da história da JBS e da cadeia da carne bovina cará no ar entre 23 51


Lançamento de tecnologia, participação em projeto e palestra marcaram a participação da Microblau na Febrava 2011 A Microblau superou expectativas em sua participação durante os quatro dias da Febrava 2011, uma das maiores feiras do setor de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar da América Latina, que reúne as principais empresas e prossionais do setor. No evento, a empresa apresentou soluções completas em controladores microprocessados para automação de utilidades industriais e comerciais, especialmente para os sistemas de refrigeração, ar condicionado e energia elétrica. Na ocasião, foi lançada a tecnologia Bee, tecnologia de comunicação (transmissão e recepção) via rádio frequência implementado, que garante comodidade e organização para o local onde os produtos foram instalados, não havendo necessidade dos tradicionais cabeamentos. Com baixo custo de implementação (quando comparada ao Wireless e ao Bluetooth), a tecnologia é ideal para locais onde há necessidade de reforma ou retrot com diculdade de passagem de cabeamento na estrutura existente. A empresa também foi destaque ao participar do Projeto sala Limpa Itinerante da SBCC, que é sucesso nas feiras do setor e atrai os participantes pelo fato de ser móvel e mostrar ao público como uma sala desse tipo funciona na prática. Na sala, a Microblau expôs

o EXXA-SL com IHM Touch Screen, equipamento desenvolvido para monitorar temperatura, umidade e pressão de ambientes críticos classicados, como as salas limpas. Também na ilha temática, a Microblau ofereceu aos participantes uma palestra sobre automação. “Estar perto do público para mostrar nossos produtos faz toda a diferença. Os resultados foram excelentes e pretendemos repetir a dose em 2013”, disse a diretora de marketing, Luciana Kimi, sobre a participação da empresa na feira. Selo Inovação Abrava - A Microblau foi premiada com o Selo Inovação Febrava 2011, da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). O selo é concedido às empresas que se destacam com produtos inovadores no evento. A entrega do selo foi feita no próprio stand da Microblau. A Microblau é uma empresa fornecedora de controladores microprocessados para automação de utilidades industriais e comerciais, especialmente para os sistemas de refrigeração, ar condicionado e energia elétrica. A empresa também é destaque no desenvolvimento de equipamentos e softwares de alta tecnologia.

De olho no mercado, Heatcraft lança solução Monobloco Frigoríco Sempre focada em oferecer soluções alinhadas com as necessidades do mercado e com a mais moderna tecnologia mundial, a Heatcraft, empresa pertencente ao Grupo Lennox, lançou recentemente no Brasil o monobloco frigoríco Plug-in até 16HP. A solução combina evaporador e unidade condensadora em uma única unidade, dispensando o uso da casa de máquinas, proporcionando menor tempo de instalação e reduzindo a quantidade de refrigerante no sistema. “O Plug-in está preparado para ser instalado, pois é fornecido com carga de gás refrigerante e testado em câmara de teste na fábrica. Nenhum trabalho ou componente adicional é necessário. Basta instalar e usar”, explica Alexandre Donegatti, analista de pro06 52

dutos da Heatcraft. Único no mercado com base estrutural em perl de aço, o produto é mais resistente e robusto. Ele ainda conta, com compressor com proteção de sobrecarga, quadro elétrico protegido contra curto circuito dos compressores e de todos os componentes elétricos, disjuntores individuais de cada circuito, o que possibilita a execução de manobras, facilidade na manutenção e segurança. Outro recurso de grande importância do lançamento da Heatcraft é a solução de multicompressores herméticos, com circuitos independentes, que possibilita o controle ajustável de capacidade que garante menor consumo energético quando não é requerida toda a capacidade do sistema.


Ansell retoma trabalhos focados no mercado frigoríco A Ansell, líder mundial em barreiras de proteção, é também fabricante de luvas de proteção para diversos segmentos da indústria. Fundada em 1905 em Richmont, na Austrália, e presente no Brasil desde 1996, a empresa retoma os trabalhos focados no setor frigoríco apresentando ao mercado nacional produtos inovadores com tecnologia de ponta já comercializados nos mercados NorteAmericano, Europeu e Asiático, entre outros. O mix com cerca de 23 produtos foi selecionado criteriosamente pelos especialistas Ansell para atender linhas completas, desde a plataforma de desembarque até as docas de expedição. Com luvas para todos os postos de trabalho, destaca-se entre elas a linha Safeknit® Profood, confeccionada em Dyneema® em diferentes níveis de resistência ao corte, o que proporciona o tato necessário para a mão da faca e proteção certa para a mão do produto, além do mangote que completa a linha. A tradicional luva de latex natural Canners And Handlers® está disponível na cor azul e tem em sua fórmula a proteína do latex isolada, o que elimina o risco de alergias aos usuários. Também recebe o tratamento clorado em ambos os lados eliminando, assim, a ploriferação de micro-organismos e aumentando consideravelmente a resistência às inúmeras higienizações. Desta forma, foram eliminados os tratamentos químicos com vernizes que visavam facilitar o calçar das luvas, porém, elevavam potencialmente os riscos de contaminações aos produtos manuseados. Além dos produtos inovadores, a Ansell disponibiliza aos seus clientes o programa Guardian®, que é apresentado em forma de serviço e gerenciado pelo Food Specialist Ansell. Trata-se de uma metodologia global baseada em sete diciplinas e 35 boas práticas que proporcionam ao cliente melhor relação custo x benefício, redução de acidentes, racionalização de cadastros, padronização, treinamentos, controles e a proteção e satisfação do usuário. Com este novo projeto a Ansell tem como objetivo alavancar negócios no setor e apresentar um novo conceito em luvas para manuseio de alimentos.

Grupo InVivo inaugura laboratório em Descalvado

Nilton Perez, Cedric Van Den Bossche (ao centro) e Luis Antônio Panone (à direita)

O Grupo InVivo inaugurou no Brasil o laboratório de análises de rações animais, matérias-primas, suplementos e alimentos de maneira geral, em Descalvado (SP), dia 4 de outubro. Na ocasião, o diretor do laboratório, Cedric Van Den Bossche, declarou a importância do lançamento para a região. “Estamos dando uma ferramenta de análises top de linha para o agronegócio e para as indústrias de alimentação”, disse. Estiveram presentes no evento mais de 70 pessoas da cidade de Descalvado e região, entre elas o prefeito Luis Antônio Panone; o presidente da

Evialis, Nilton Perez; e representantes da Embrapa e de outras empresas do setor. O novo espaço oferece mais de 70 tipos de análises e realiza cerca de 10 mil por mês. “O prédio foi desenhado pensando no uxo de material e na facilidade de trabalho dos analistas. Além das pesquisas feitas aqui, também estamos trabalhando em conjunto com o laboratório InVivo Labs da China que é especializado em análises por tecnologia de cromatograa líquida e gasosa que completa a nossa carteira de serviços com determinações de vitaminas, aminoácidos e anti-oxidantes”, reforça Cedric. Resultado da fusão dos laboratórios Lareal (França, Vietnam, Brasil, China) com o Laboragro e o laboratório Inzo, o novo pólo de laboratórios InVivo Labs já nasce como uma referência internacional da indústria de análises para nutrição animal e alimentação humana. Com mais de 70 análises em seu portfólio, o laboratório inclui a maioria dos testes químicos de nutrição, bem como testes de microbiologia em alimentos, rações e contaminação de superfícies. Além disso, são realizados trabalhos especícos como digestabilidade in-vitro, pesquisa de contaminação por microscopia e análises microbiológicas de swab. 53


Brado e Seara estimam produzir mais de 1 milhão de kits natalinos Pelo sexto ano consecutivo, a Brado está realizando a montagem da linha de kits natalinos da Seara, marca global do Grupo Marfrig. A Unidade de Itajaí é responsável pela elaboração de 1,2 milhão de kits, desde a produção e armazenagem até a expedição. As operações começaram no dia 3 de outubro e vão até o dia 20 de dezembro. “A cada ano que passa a parceria da Seara com a Brado ganha força e as operações crescem com sucesso. Este resultado é fruto de um trabalho impecável feito com planejamento logístico de ponta a ponta, além da responsabilidade e comprometimento em todo o processo desde a montagem até a expedição. O Kit não é apenas um produto, e sim um presente para toda a família, por isso o cuidado precisa ser redobrado para que chegue com sucesso à mesa dos brasileiros, pois estamos lidando com a emoção das pessoas numa época tão especial como o Natal”, arma a diretora de negócios e serviços, Linda Machado. A novidade para este ano é que além da produção, a Brado também é responsável pela gestão de armazenagem das embalagens, utilizando a estrutura do Mega Centro Logístico Itajaí, anexo a Unidade da Brado. A previsão é que sejam produzidos mais de 15 mil kits por dia até o nal do ano. A estimativa é

de crescimento de 60%, em comparação a 2010. “Para atender a demanda, investimos intensamente em contratações e infraestrutura. Para superarmos os resultados mais uma vez, contamos com a colaboração da nossa equipe em todas as etapas dos processos, garantindo, assim, a satisfação do cliente e o êxito das ações, com dedicação e qualidade nos serviços”, explica o gerente comercial da Unidade de Itajaí, Douglas Goetten. A Seara fornece cerca de 50 tipos de kits padronizados, com uma combinação personalizada conforme a preferência do cliente, além de serem compostos por produtos tradicionais e pela Linha Festa, especiais para as datas comemorativas. O Ave Classy, o peru e os cortes de tender, pernil e lombo são os principais atrativos dos kits. A novidade deste ano é a possibilidade de inclusão do corte bovino com a maminha da alcatra. “A parceria entre a Seara e a Brado na operação de Kit Festa fortalece a marca como um canal alternativo e rentável, aumentando a presença da Seara nos lares brasileiros e também a experimentação dos produtos. Além do caráter emocional envolvido, que atinge diretamente os colaboradores presenteados”, conclui o gerente nacional de logística da Seara Alimentos, Vitor Luiz Berto.

Agroceres PIC lança matriz Camborough com road show pelo País A Agroceres PIC vem realizando uma série de eventos para lançar a matriz global Camborough no Brasil, entre eles um road show que está percorrendo algumas das principais regiões produtoras de suínos do país, tais como Belo Horizonte (MG), Chapecó (SC), Toledo (PR) e São Paulo (SP). Representantes de agroindústrias, produtores, clienteschave e pesquisadores e técnicos ligados a universidades e centros de pesquisa acompanham as palestras e apresentações das características da nova fêmea. Segundo a empresa, MG foi escolhida para abrir a série de lançamentos por concentrar um grande número de Multiplicadores de Rebanho Fechado (MRFs), sistema de produção para qual se destina a nova fêmea da Agroceres PIC. A adoção de MRFs tem crescido no Brasil. Tanto que, hoje, produtores com plantéis a partir de 400 matrizes têm optado pelo sistema. Nele, as avós são alojadas na própria granja para a produção interna de fêmeas para reposição de plantel. 06 54

A partir deste primeiro evento, as avós AG 1010 e/ou AG 1020 – direcionadas à produção da Camborough – passam a estar disponíveis no mercado brasileiro. Até o nal do ano, a estimativa da Agroceres PIC é de que cerca de 70% do total de avós produzidas por ela sejam para a produção da Camborough. “Com o lançamento mantemos o compromisso estratégico da Agroceres PIC em garantir aos clientes produtos inovadores e com tecnologia de ponta; não apenas melhorando os produtos já existentes, mas trazendo para a suinocultura brasileira o que há de vanguarda no mundo”, arma o diretor superintendente da Agroceres, Alexandre Furtado da Rosa. "A nova matriz se encaixa perfeitamente no conceito de balanço econômico, no qual se priorizam índices zootécnicos cujo foco está em obter mais quilos de carne por desmamados/porca/ano. O que prioriza verdadeiramente a lucratividade do produtor”, explica o diretor de Serviços Técnicos da PIC-USA, José Henrique Piva.


Indústria de Confecções Leal faz 45 anos baseada em trajetória de sucesso Fundada por Raymond Levy – um imigrante que chegara ao Brasil na década de 50 –, a Indústria de Confecções Leal teve suas atividades iniciadas em setembro de 1966, na cidade de São Paulo, mais precisamente no bairro da Mooca. Inaugurada como uma pequena empresa familiar especializada na fabricação de roupas e uniformes, a Leal, que ao longo de uma bem-sucedida trajetória foi conquistando a preferência de empresas em todo o país, acaba de completar 45 anos. Após quase meio século atuando no mercado brasileiro, a empresa oferece, hoje, uma linha completa de equipamentos testados e aprovados nos mais exigentes testes nacionais e internacionais, visando garantir a segurança total do trabalhador nas atividades em redes energizadas, riscos de queda, locais connados, infraestrutura e trabalhos especiais. Além disso, a Leal já realizou treinamento de capacitação para mais de 15 mil trabalhadores em todo o Brasil. História - Com o evidente crescimento da companhia logo em seu início e a conquista de grandes mercados nacionais, juntaram-se ao fundador seus dois lhos, Jacques e Alain Levy. No início dos anos 90, com a empresa já consolidada no mercado, mas decididos a ampliar os negócios da família, Jacques e Alain, então membros da diretoria, decidiram iniciar as operações no setor de energia, oferecendo equipamentos de proteção para trabalhos elétricos e trabalhos em altura. Diante do grande desao assumido e visando atender ao exigente mercado de segurança brasileiro, a Leal montou uma equipe técnica formada por engenheiros extremamente qualicados e tornou-se distribuidora exclusiva dos maiores fabricantes mundiais de EPI’s e EPC’s, trazendo ao país o que havia de melhor em produtos e tecnologia. Rapidamente a Leal conquistou a conança dos trabalhadores, tornando-se referência nas grandes empresas do setor de Energia, assim como em outros mercados como Telecomunicações, Construção Civil e Indústrias em geral, pela qualidade e inovação dos produtos, sempre de acordo com as Normas Regulamentadoras. Atualmente a empresa – que é presidida pelo fundador, Raymond Levy, e dirigida pelos lhos, Jacques e Alain – possui sua sede administrativa e uma unidade fabril na cidade de São Paulo, além de uma unidade fabril em Campo Limpo Paulista (SP), com mais de 15.000 m² de instalações e cerca de 500 funcionários. Também conta com 3 Centros de Distribuição para atender a todo território nacional.

Destaque: Sunnyvale completa 33º aniversário Aos 33 anos completados em outubro, a Sunnyvale mantém o foco na tecnologia e permanece voltada a desenvolver soluções para diversos setores da economia. Marca reconhecida e respeitada no mercado nacional com uma rede de distribuidores e apoio técnico ao cliente que cobre, praticamente, todo o país, possui certicação ISO 9001 desde 1990, o que garante aos clientes a certeza de qualidade em seus produtos. Fundada pelo visionário Luiz Mititomo Nishikawa, que decidiu montar uma empresa para importar, revender e prestar serviços de pós-vendas e equipamentos para alta tecnologia, a empresa teve início em 1978, quando Nishikawa anteviu que mais cedo ou mais tarde o mercado brasileiro teria de se abrir às novas tecnologias, a m de melhorar os processos produtivos. Desde o início até os dias de hoje, a Sunnyvale procura rearmar seu compromisso de trazer ao mercado as mais avançadas tecnologias. Tanto que o nome Sunnyvale é uma alusão aos notáveis avanços tecnológicos que despontavam no chamado Vale do Silício nos Estados Unidos, o “Vale do Sol”. Foi uma das primeiras a trazer a então revolucionária tecnologia de codicação a jato de tinta, hoje complementada por gravação a laser e laser Yag, e responsável pelos principais produtos comercializados pela empresa. Difundiu as vantagens de se embalar produtos a vácuo e a importância dos equipamentos para a inspeção e controle de qualidade, como detectores de metais e inspeção por raio-x. Possui, ainda, a linha de robôs para paletização e equipamentos especiais para a indústria do plástico e da borracha, tais como injetoras, periféricos e máquinas de corte para pers. 55


Curso de Especialização em Tecnologia de Carnes 2012 O Centro de Tecnologia de Carnes (CTC) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) comunica o início do período de inscrição para o Curso de Especialização em Tecnologia de Carnes 2012. Trata-se de um curso teórico e prático que oferece uma visão global das indústrias das áreas de bovinos, suínos, aves e pescado com forte embasamento na tecnologia de processamento dos produtos cárneos dessas indústrias. Tanto as aulas de processamento quanto as aulas de abate e cortes cárneos são realizadas em na planta piloto do próprio CTC, ao passo que as práticas voltadas para a microbiologia e para as análises síco-químicas são realizadas em laboratórios especializados igualmente do Centro. Criado em 2000, o curso já formou mais de 250 alunos em 14 turmas, com o mérito de transformar o conhecimento adquirido pelo CTC/ITAL em valiosas contribuições para as empresas. Segundo o CTC, o sucesso do Curso de Especialização em Tecnologia de Carnes, medido pela satisfação e resultados prossionais alcançados pelos ex-alunos, se deve à união da teoria com a prática nas empresas. Com duração de 2 anos e aulas às sextas-feiras e sábados, uma vez por mês, na cidade de Campinas (SP), o curso possui certicado emitido pelo ITAL, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que se tornou um dos Institutos mais respeitado do país na área de alimentos. Outras informações desta pós-graduação e como

proceder para se inscrever encontram-se no site www.ital.sp.gov.br/ctc, pelo telefone (019) 37431884 ou no próprio CTC/ITAL, sito à Av. Brasil, 2880, Jd. Chapadão - Campinas (SP). Formato - O formato do curso está voltado para a multiplicidade de objetivos dos participantes e permitirá que, ao seu nal, os mesmos estejam aptos: a) a trabalhar na produção, controle de qualidade e gerenciamento de unidades de produção de produtos cárneos; b) a compreender o signicado dos insumos e equipamentos no processamento de produtos cárneos; c) a compreender melhor os fundamentos técnico-cientícos de utilização de processos e de conservação de produtos, se com experiência empírica prévia; d) a explorar os potenciais de tecnologias emergentes como agregadoras de valor a produtos e diferenciais de competitividade; e) a se preparar para uma futura atividade de pós graduação que poderá ser realizada mais facilmente. O curso possui os seguintes diferenciais: disciplinas voltadas à formação do novo perl prossional; quadro de professores com experiência na área; aulas práticas na planta-piloto e nos laboratórios que facilitam a assimilação do conhecimento por parte dos alunos; visitas em frigorícos e empresas de processamento de carnes; rigor acadêmico e seleção criteriosa dos alunos visando criar uma turma com conhecimentos variados.

Cuiabá vai sediar Congresso Abraves pela primeira vez em 2013 Cuiabá vai sediar pela primeira vez o Congresso Abraves, em 2013. A cidade venceu as eleições para denir a sede nacional da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos (Abraves), e assumiu a responsabilidade de organizar o 16º Congresso Abraves. O Estado do Mato Grosso já tem apoio de outros estados e entidades para realizar um evento histórico e conseguiu reunir toda a cadeia produtiva em torno do objetivo de promover a união do setor. “Esse evento vai acontecer no mesmo ano em que a Abraves MT vai comemorar 10 anos e será marcado pelo resgate do espírito abraveano no País”, destacou a professora da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), atual vice-presidente da Abraves MT e secretária eleita da Abraves Nacional, Vânia Maria Arantes. Perspectivas - A suinocultura do Mato Grosso deve registrar, nos próximos anos, um dos maiores cres06 56

cimentos no país. O estado tem, hoje, o 5º maior rebanho brasileiro, com 120.000 matrizes, além de disponibilidade de grãos e projetos para instalação de plantas de grandes grupos. “A expectativa é de crescimento em torno de um terço em relação aos dias atuais. E sediar um evento do porte da Abraves é uma oportunidade de levar mais qualicação técnica a toda região, especialmente porque a atividade evolui rapidamente, como está acontecendo com a suinocultura em nosso Estado, aumentando o desao e a demanda por qualicação prossional. E o Congresso pode contribuir com esse cenário, o que é muito positivo”, disse Vânia. Ela ressalta que além de todas estas boas perspectivas, Cuiabá também sediará os jogos da Copa em 2014, o que implicará na implementação de projetos de infraestrutura, como expansão da rede hoteleira e do aeroporto, até 2014. Muitos desses projetos, no entanto, já deverão ser efetivamente realizados até 2013, podendo ser aproveitados para o evento da Abraves.


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Condições bioclimáticas durante o transporte de pintos de um dia: estudo avaliou os efeitos das condições de transporte dos animais nas respostas produtivas e siológicas A avicultura brasileira tem enfrentado diversos desaos nos últimos anos para manter-se na liderança mundial. Em fevereiro de 2010 foi observado um décit de 11 mil toneladas, comparado com o mesmo mês em 2009. Com isto, aumentaram as preocupações com a lucratividade, aliado com a baixa quantidade de pesquisas no setor. “Há escassez de informações relacionadas à logística pré-porteira da avicultura de corte, principalmente quanto ao conforto térmico de pintos de um dia em trânsito”, arma o pesquisador da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq) e do Núcleo de Pesquisa em Ambiência (NUPEA), Frederico Márcio Corrêa Vieira. “A área de logística de transporte de carga viva é carente de informações no Brasil, aumentando os prejuízos da avicultura brasileira”, explica. Baseado nesta demanda, o zootecnista desenvolveu sua tese de doutorado “Transporte animal: inuência das condições bioclimáticas no desempenho produtivo e siológico de pintos de um dia”. Orientada pelo professor Iran José Oliveira da Silva, do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB), a pesquisa avaliou os efeitos das condições simuladas de transporte dos animais, submetidos aos diferentes níveis de estresse térmico e posição das caixas de transporte, nas respostas produtivas e siológicas. Segundo aponta o estudo, durante o transporte de pintos de um dia, foi observada pouca padronização, principalmente no que se refere ao conforto térmico dos animais. “Sabe-se que os caminhões climatizados possuem grande heterogeneidade térmica ao longo do perl da carroceria. A densidade de animais por caminhão também é variável, podendo chegar a 60 mil pintos transportados nas laterais e no corredor da carroceria, aumentando os núcleos térmicos em diversos pontos da carga”, arma o autor. Outro ponto levantado por Vieira é o tempo de exposição. “Ele determina a intensidade dos efeitos negativos nos animais em jejum, sendo que a duração da viagem pode ultrapassar 36 horas”. Ainda segudo ele, outros fatores importantes também podem contribuir para a desuniformidade do lote e perdas antes do alojamento. De acordo com o pesquisador da USP/Esalq, a distância, a vibração da carga, a qualidade das estradas, o tempo de viagem, os tipos de caixas e de carrocerias 06 58

climatizadas também interferem no processo. A pesquisa concluiu que, mesmo em situação de conforto, recomenda-se que o transporte de pintos de um dia não ultrapasse 3 horas, visando o elevado bem-estar, conforto térmico e sobrevivência destes animais até a chegada à granja. “É muito importante a escolha de granjas que sejam relativamente próximas ao incubatório, obedecendo obviamente uma distância mínima relacionada a aspectos de biosseguridade”, explica. Além disso, a condição térmica deve ser observada rigorosamente nos baús climatizados utilizados no transporte de pintos, para evitar o estresse, tanto por frio quanto por calor excessivo, durante o transporte e alojamento nas granjas. “A faixa ideal de temperatura no interior do caminhão é entre 29 e 34,6°C e umidade relativa em torno de 60%, considerando que existe um gradiente de temperatura entre o ambiente interno das caixas e o ambiente do baú climatizado entre 0,7 e 1,6°C para esta faixa térmica”, analisa o pesquisador. Apesar do frio ser a maior preocupação nesta fase, o estresse por calor de pintos de um dia também merece atenção no setor, para evitar perdas. Termotolerância A necessidade de se padronizar a temperatura durante o transporte dos animais advém da baixa termotolerância dos pintos, termo que denomina a resistência do indivíduo às condições hipertérmicas. Segundo lembra Vieira, sabe-se que as aves jovens possuem maior tolerância às altas temperaturas do que às baixas. “Esse fato está relacionado com a imaturidade da termorregulação corporal. A ave possui maior necessidade de manter sua temperatura corporal elevada”. O pesquisador arma, também, que o aumento da temperatura ambiente corresponde ao aumento da temperatura supercial das aves. “Este fato é consequência de que a capacidade de perda de calor sensível pelas aves jovens pode ser reduzida com o aumento da temperatura, resultando, assim, em aumento da temperatura cloacal e utilização de mecanismos de perda de calor latente”, conclui. Assessoria de Comunicação (Acom) - USP/Esalq


Pesquisador da Embrapa Gado de Corte fala sobre a Febre Aftosa e o foco no Paraguai A Febre Aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta gado bovino, búfalos, caprinos, ovinos e outros animais de casco fendido. A doença tem grande importância para o setor agropecuário, sendo considerada uma das maiores preocupações tanto dos governos como de pecuaristas devido aos prejuízos econômicos causados pela interferência na produção e produtividade do rebanho afetado, pelos investimentos e gastos para a execução de programas de saúde animal e pelo embargo e restrições na importação e exportação do comércio nacional e internacional. A aftosa exige medidas preventivas para que não se alastre e sua noticação é obrigatória. A doença interfere na diminuição da produção de leite de 30 a 40% e de carne também, em torno de 20 a 30%. Já a economia é afetada amargando sérios prejuízos, incluindo a morte de animais. A produtividade das fazendas com foco também é diretamente afetada, reetindo no desenvolvimento do rebanho. Isso porque a aftosa debilita os animais e causa abortos, pré-dispondo o rebanho a adquirir outras doenças como mamites, por exemplo. Ademais, os animais afetados são descartados, além de outras consequências, tais como a desvalorização dos animais oriundos da fazenda contaminada, a interdição da propriedade que ca impedida de comercializar seus produtos, aumento da mão de obra, perda de tempo e de dinheiro para tratar lesões secundárias. Medidas preventivas na fronteira No início do mês de outubro deste ano, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) conrmou foco de Febre Aftosa em 13 animais com menos de 24 meses, na fazenda Santa Helena, na província de San Pedro, Paraguai. E mesmo a localidade não fazendo fronteira com o Brasil, a notícia assustou a todos, já que o Paraguai faz divisa com dois estados brasileiros; Mato Grosso do Sul e Paraná. A última vez em que foram registrados casos de aftosa no Paraguai foi em julho de 2003 e, no Brasil, em 2005. Por conta do quadro, o Paraguai parou as exportações e a expectativa é de que o produto local deixe de ser embarcado por 60 dias. Sem falar que, com o novo foco, o País vizinho perde seus status sanitários de livre de aftosa com vacinação. O prejuízo estimado é em US$ 300 milhões, segundo a Câmara Paraguaia da Carne.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que, com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), elaborou o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), acompanha a situação no Paraguai. Em razão do cenário paraguaio e visando proteger o rebanho brasileiro, medidas preventivas já foram tomadas objetivando a intensicação das ações de vigilância e prevenção na fronteira. Tais medidas contam com a colaboração dos governos estaduais, por meio das secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas. São elas: - Aumento do contingente de scais federais agropecuários na fronteira com o Paraguai; - Colocação de barreiras volantes na região para scalizar o trânsito de animais e produtos; - Suspensão temporária da importação de animais vivos e produtos in natura provenientes do Paraguai; - Mapeamento de propriedades de maior risco dentro do Brasil. O Mapa também se colocou à disposição do Paraguai para ajudar nas medidas de erradicação do vírus. Saiba mais A Febre Aftosa é causada por um RNA-vírus. Pertence à família Picornaviridae, gênero Aphtovirus, e possui sete tipos imunologicamente distintos ( A, O, C, SAT 1, 2, 3 e Ásia 1), dentre os quais foram identicados pelo menos 60 subtipos. No Brasil estão presentes apenas os sorotipos A, O e C. A vacinação contra um subtipo pode não proteger contra o outro. O vírus é resistente a inuências externas, incluindo desinfetantes comuns, e às práticas usuais de armazenamento de carne. A transmissão ocorre por meio da ingestão de alimentos que contém o vírus. Entretanto, a doença pode ser transmitida pelo vento em um raio de 60 Km. O diagnóstico da febre aftosa pode ser realizado pelos sinais clínicos e testes sorológico, como xação de complemento, vírus soroneutralização e ELISA. Informações adicionais sobre a Febre Aftosa podem ser obtidas no endereço eletrônico: www. agricultura.gov.br/febreaftosa. Embrapa Gado de Corte no Agrosoft

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Vendas de Natal *Por Fábio Lemos Como todos os anos, começa agora uma corrida maluca por um melhor faturamento de vendas. Com a proximidade das festas natalinas, comerciantes estão em busca de conseguir superar seus números de vendas e deixar o caixa mais gordo. Para que isso aconteça de forma satisfatória, alguns fatores devem ser levados em conta. Infelizmente, a maioria dos pequenos e médios empresários tende em incorrer em erros passados, não levando em conta pontos importantes, como contratação de temporários, passando pelo treinamento, propaganda direcionada, cuidados com o estoque, logística e nalizando na performance de cada prossional ao atender o cliente. No Brasil, diferentemente de outros países, o pequeno empresário tem pouco acesso a informações relevantes de como administrar e dirigir uma empresa, e passam a gerir suas empresas baseados em suas experiências do cotidiano. Não que essa forma de administrar seja errada, mas conduzir uma empresa ao sucesso e fazer com que seja lucrativa exige alguns conhecimentos especícos de gestão administrativa e, principalmente, de gestão de pessoas. Conhecimentos básicos podem fazer toda a diferença no quesito sucesso empresarial, proporcionando bons lucros e longevidade corporativa, visto que a mortalidade das empresas no Brasil é muito grande. É fato que para se conseguir bons resultados nas vendas é preciso investir, mas quando o assunto é treinamento, este é visto como algo desnecessário, como custo, e não como investimento. E, dessa forma, a maioria dos colaboradores começa a trabalhar de forma mais ou menos, tem perl mais ou menos para exercer a função de vendedor e atendente, tem um tempo mais ou menos para treinar sobre o produto ou serviço, gerando, por consequência, resultados mais ou menos, proporcionando lucros mais ou menos aos empresários. O pior diagnóstico é que, nesta época do ano, temos a oportunidade de aumentar nossa carteira de clientes, melhorando as perspectivas para 2012, mas, pelo simples fato de não conseguirmos atender as expectativas dos novos clientes e por falharmos no atendimento aos clientes antigos, geramos uma insatisfação geral. Como Consultor Empresarial e especialista em vendas e atendimento, minha principal busca é pro-

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porcionar aos meus clientes comerciantes formas simples de reverter esse quadro, bem como apontar soluções concretas para aumentar suas vendas e melhorar o desempenho de seus colaboradores. Assim, selecionei 3 passos para turbinar as suas vendas. 1) Primeiro Passo Como Contratar: a ideia de que identicar o perl certo para vendas e atendimento é uma questão de sorte, é incorrer em um erro comum, pois todo prossional precisa apresentar algumas características e comportamentos básicos. A diculdade se encontra em percebê-las e contratar o prossional certo. Em primeiro plano, o candidato deve apresentar o requisito básico que é ser carismático, pois, por mais que tenha falta de algumas habilidades, o carisma contagia e passa para os clientes uma energia positiva e cativante. Normalmente, os carismáticos são facilmente identicados pelo sorriso espontâneo, por apresentar uma aparência alegre, uma comunicação com uidez e leveza. Estas pessoas podem ser identicadas pelo semblante amplo, pelo brilho nos olhos, são predispostas a ajudar e tendem a trabalhar melhor em equipe, aprendendo com maior facilidade. Ao contrário, evite os de fala mansa, cabisbaixos e prolixos. Pessoas desmotivadas também não são recomendadas. 2) Segundo Passo Conhecimento – Empresa - Produto: muitas vezes deixado de lado, o brieng de uma empresa é fundamental para o melhor desempenho do novo colaborador, já que ele, muitas vezes, por não ter as informações necessárias em mãos e em sua mente, presta um atendimento/serviço mais ou menos. Sabemos que o cliente de hoje tem plena consciência de seu poder dentro de qualquer negociação. Ele pesquisa mais, tem mais informações sobre sua empresa ou o produto que deseja adquirir, havendo casos em que o cliente sabe mais do produto/serviço do que o próprio atendente/vendedor. Assim, nossa atenção deve estar voltada para informar de forma clara e objetiva os conceitos, valores, e missão de sua empresa. Da mesma forma, o novo colaborador deve ter em mãos todas as informações necessárias sobre seu produto ou serviço. É claro que isso dá trabalho


(=0*<3;<9( e :<056*<3;<9( 2 cadeias produtivas na maior feira de negĂłcios da AmĂŠrica Latina e despende tempo, mas vale lembrar que seu maior patrimĂ´nio sĂŁo seus clientes, e uma empresa sĂł sobrevive quando consegue fazer a conexĂŁo entre bons produtos ou serviços e um atendimento diferenciado. Portanto, crie para a sua empresa uma cartilha que possa resumir as informaçþes necessĂĄrias para o conhecimento completo da instituição. 3) Terceiro Passo Treinamento: estĂĄ aqui a alma do sucesso. NĂŁo basta contratar a pessoa com o perď€ l certo. O que lhe darĂĄ os resultados esperados serĂĄ o tempo investido no treinamento do seu pessoal. A histĂłria nos comprova que times, proď€ ssionais e empresas que vencem, estĂŁo constantemente treinando e qualiď€ cando seus talentos e colaboradores. Como nĂŁo tenho como lhe ensinar aqui como treinar sua equipe, que ferramentas usar, como fazer reuniĂľes de treinamento mais produtivas, como ensinar, questionar, fazer pensar, discutir, avaliar, monitorar e crias açþes de desenvolvimento contĂ­nuo, proponho que vocĂŞ me envie um email para fabio@ rcreventos.com.br e solicite o plano "Como treinar e preparar equipes para melhores resultados".

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Sucesso e Boas Vendas!


A venda começa em você! Vendas é uma prossão estimulante! Exige boa comunicação, conhecimento técnico, persistência, dedicação e é um prato cheio para quem gosta de fugir de tarefas rotineiras. Mas vendas está longe de ser algo fácil de fazer e é preciso car de olho em alguns pontos para obter sucesso e realização nesta prossão. Vamos a eles: Acreditar no produto que vende. Você compraria os produtos que vende? Você cona na empresa fornecedora, na qualidade, na assistência técnica, enm; você é o maior fã do seu produto? A venda começa em você e seus resultados serão melhores ou piores a partir do momento em que você tem consciência do quanto gosta do seu produto. Seja engajado. O seu comprometimento não deve ser só com as metas a serem batidas, mas também em conhecer tecnicamente o que seu produto faz. Quais sãos seus benefícios? Ela ajuda o cliente em quê? Como o cliente pode obter os melhores resultados ao comprar de você? A venda não termina na entrega do pedido. Vendas é relacionamento, e quanto mais você conhecer e repassar os benefícios do seu produto ao comprador, melhor e mais duradoura será a sua relação. Postura comercial é diferente da postura pessoal. Vendedores cometem erros gigantescos ao agir durante a apresentação ou negociação do seu produto como se fossem amigos íntimos do cliente. Amizade ajuda a vender, mas sozinha não vende! Cuidado com o vocabulário, atenção ao que é ético ou não e demonstre interesse genuíno em ajudar. Sua reputação é o seu maior patrimônio, então trate de cuidar

bem desse valioso tesouro. Excelentes vendedores não se preocupam com a comissão. Esqueça a comissão e pense em como resolver o problema do seu cliente. A dica é bem simples: vendedor bom é aquele que entende que o problema do seu cliente é problema seu também! O cliente quer se sentir amparado e ter o máximo de certeza possível de que fez a compra correta, com a pessoa certa. Cliente bom é aquele que indica. As pessoas só indicam o que gostam e no que conam. Conança é a palavra chave. E conança se adquire com ações, não com palavras. Antes de comprar um produto ou serviço, o cliente compra de você. Sua credibilidade, comportamento, alto astral, enm atributos pessoais que podem ser desenvolvidos e que fazem toda a diferença no processo de decisão. Vendas é uma prossão! Não uma etapa de transição enquanto não se consegue algo melhor. De nada adianta técnicas de vendas, sistemas de CRM ou softwares de gestão se você ainda não acredita, não gosta ou não coloca um sorriso no rosto ao ir para o seu trabalho. Não usufrui da informação disponível e faz tudo sempre do mesmo jeito esperando resultados diferentes. Em vendas VOCÊ deve ser o seu maior cliente! Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos. Diretor da Clientar - Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de "Paixão por Vender" (Editora EKO), entre outros livros. Site: www.pauloaraujo.com.br. Twitter: @pauloaraujo07

Empresário dá dicas para alcançar o sucesso Qual a diferença entre um executor de tarefas e um empreendedor? Um acorda todos os dias e faz o que é preciso. O outro levanta, agradece por mais um dia, e traça estratégias para concretizar o seu sonho, o de ter o seu próprio negócio. Anal, nada de grandioso na vida foi criado sem entusiasmo e uma boa dose de convicção como foco. Rogimar Rios, de apenas 35 anos, já vivenciou toda essa trajetória. Desde acordar para fazer o que era “preciso” até mentalizar todos os dias como que daria vida a grande empreitada de sua vida. “Na realidade, todas as obras dos seres humanos foram criadas primeiro na mente e depois no mundo material. Todos os planos e projetos nascem em visões e possibilidades. Sem visão, não há realidade”. Conra as dicas de Rios para se tornar um empreendedor de sucesso: - Saiba lidar com personalidades desaadoras. Ouça-as com o coração e com os olhos, não somente com os ouvidos. 06 62

- Tenha determinação e disciplina. Anote ideias e faça seu planejamento com dia, hora e local em que tudo deverá acontecer. - Seja inteligente, saiba usar seus pensamentos a seu favor, pois eles determinam a sua frequência e seus sentimentos lhe dizem imediatamente em que frequência você está. Quando se sente mal, você está na frequência que atrai coisas ruins, prejudicando o alcance de suas metas. - Tenha meta e siga um método. Quando uma pessoa tem os dois, ela rompe barreiras. - Tenha fé, mas não deixe de agir para modicar a realidade. Vá do pensamento à ação. - Empreendedor deve encontrar, avaliar e desenvolver a oportunidade de criar algo novo. - Tire proveito do fracasso. Saiba usar a experiência sem sucesso em aprendizado. Contato: @RogimarRios e pelo blog www.rogimarrios.com


Nova lei: aviso prévio prolongado Entrou em vigor em outubro, a nova regra que concede aviso prévio de até 90 dias para demissões sem justa causa, dependendo do tempo de trabalho do empregado na mesma empresa. A Lei nº 12.506/11 foi sancionada sem vetos pela presidente Dilma Roussef, no dia 11 do último mês. De acordo com o texto legal, o aviso prévio, em caso de demissão sem justa causa, será proporcional ao tempo de serviço na mesma empregadora. Para os trabalhadores que laboraram na empresa por um ano, nada muda. Eles continuam sujeitos ao aviso prévio de 30 dias. Já aqueles empregados que permanecerem na mesma empresa além desse primeiro ano, o aviso prévio será acrescido de três dias por ano de serviço prestado à empresa, limitados a 60 dias, totalizando o aviso prévio de até 90 dias. A advogada e especialista em Direito do Trabalho, Clarisse Ferreira, da Veloso de Melo Advogados, exemplica que o empregado que permanecer na empresa por 10 anos terá direito a 60 dias de aviso prévio, e aquele que permanecer na mesma empresa por 20 anos, terá direito aos 90 dias. “Nesse caso, o empregado terá que trabalhar por todo esse período com a redução da jornada diária em duas horas ou sete dias corridos sem prejuízo do salário integral, nos termos do artigo 488 da CLT, que não sofreu qualquer alteração com a edição da nova lei. Já para aquele que permanecer por mais de 20 anos, pode optar por não cumprir o aviso prévio, e a empresa descontará o valor correspondente a três remunerações do empregado em suas verbas rescisórias, o que equivale aos 90 dias de aviso prévio que este empregado estaria sujeito devido ao tempo que trabalhou”, esclarece a especialista. Vale ressaltar que as empresas devem se atentar para os termos de suas convenções coletivas, pois existem algumas de determinadas categorias que prevêem a obrigatoriedade de dispensa do cumprimento do aviso prévio quando o empregado pede demissão para trabalhar em outra empresa. “Nesses casos, a rma deve exigir a comprovação da nova contratação e não poderá descontar o valor correspondente ao aviso prévio nas verbas rescisórias do obreiro”, destaca Clarisse Ferreira. O aviso prévio é aplicado de forma bilateral, onerando tanto a empresa quanto o empregado. “Assim, o empregador que pré-avisar o empregado terá que observar esses novos prazos, e os empregados, no caso de pedido de demissão, deverão cumprir esses mesmos prazos”, naliza a advogada da Veloso de Melo Advogados. Saiba mais: - Aqueles que trabalham com carteira assinada, desde que sejam demitidos após a entrada em vigor da nova lei (13/10/2011), quando já contarem com mais de um ano de trabalho na mesma empresa, serão beneciados. - Os empregados domésticos têm todos os direitos previstos na Constituição Federal e o aviso prévio é um deles, que está inserido no artigo 7º, inciso XXI, da CF, sendo que a nova lei veio para regulamentar o referido dispositivo constitucional. - A demissão pode ser anulada na vigência do aviso prévio, desde que a parte que foi pré-avisada da rescisão concorde a anulação, seja ela o patrão ou o empregado. - O novo prazo do aviso prévio afeta as demais verbas rescisórias. O prazo do aviso prévio integra o tempo de serviço do empregado para todos os efeitos. Então, se o empregado tiver direito a 90 dias de aviso, por exemplo, as férias e o 13º salário proporcionais serão calculados com 3/12 a mais, o FGTS incidirá sobre todas essas verbas (FGTS, férias e 13º salário) e, consequentemente, a multa de 40% também será calculada sobre tais recolhimentos. Veloso de Melo Advogados possui experiência acumulada de mais de 15 anos no atendimento a empresas de diversos setores e localidades do Brasil. Direito Ambiental, Contratos, Licitações, Societário, Trabalhista e Tributário são algumas das áreas de atuação do escritório. Info.: (61) 3242-9058/2845 ou atendimento3@proativacomunicacao.com.br

Dica de leitura "Conexões Empreendedoras: Entenda por que você precisa usar as redes sociais para se destacar no mercado e alcançar resultados". A atitude empreendedora é a fascinante expressão do poder de realização humana e existe desde que homens e mulheres organizaram-se em grupos, descobriram o fogo, aprenderam a semear, construíram cidades. Essa vocação empreendedora é razão e prova das inúmeras revoluções tecnológicas vividas por nossa sociedade. Das grandes navegações às máquinas a vapor, chegamos ao século XXI diante de mais uma revolução: as mídias sociais na web 2.0 oferecem acesso amplo e de baixo custo à comunicação interativa em tempo real, aumentando exponencialmente nossas possibilidades no intercâmbio de informações e compreensão da diversidade cultural. Há novos meios para se comunicar e há novas questões a fazer. Entrelaçando conceitos de empreendedorismo, de redes sociais e novas mídias digitais, o livro Conexões Empreendedoras apresenta uma perspectiva diferenciada de possibilidades e aprendizados ao leitor, revelando caminhos a serem trilhados e contribuindo para o fortalecimento do desejo de realização existente em todos nós. Escrito por Renato Fonseca de Andrade, ele analisa as possibilidades de ações empreendedoras. O potencial empreendedor é essência: a decisão de empreender é escolha protagonista. Título: Conexões Empreendedoras Editora: Gente Autor: Renato Fonseca N. de páginas: 152 Preço médio: R$ 22,90

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