Índice
04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigorícos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 Fábrica da BRF no Oriente Médio vai abastecer 60% do mercado 34 CAPA Boutiques de Carnes: qualidade, sabor e variedade em um só lugar
38 Procura por alimentos saudáveis transforma a indústria alimentícia 42 Portas e Cortinas: a combinação perfeita para câmaras frigorícas 44 Facas e chairas exigem cuidados e manipulação especícos 45 Exportações de couros apresentam recuperação em agosto 46 Suinocultura em pauta: edição histórica consagra o XIV SNDS 49 Setor de rações quer criação de órgão para análise de risco 50 Acontece 56 Calendário de Eventos 58 TEC (Artigos Técnicos) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho * Imagens da capa: Grupo Montana
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FEED 2011: aumento da demanda mundial por alimentos favorece setor brasileiro de carne, afirmam especialistas A FAO, Agência das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, estima que a produção mundial de alimentos precisa crescer em 70%, nos próximos 40 anos, para atender ao consumo da população mundial – que vai aumentar em mais dois bilhões de pessoas. Segundo o órgão, com a melhoria da renda per capita, as pessoas vão consumir cada vez mais proteína animal, devido ao acelerado crescimento econômico dos países emergentes, como China, Índia e o próprio Brasil. Presente na abertura do II Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima (FEED 2011) – organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para discutir o desao de alimentar nove bilhões de pessoas com uma economia de baixo carbono –, o presidente da JBS, Wesley Mendonça Batista, disse estar bastante otimista com a previsão da FAO, por abrir ainda maiores perspectivas de negócios para os próximos anos. "O Brasil continuará a ser um grande player no setor de proteína, e juntos, vamos suprir esta demanda. O maior desao deste fórum é unir todos os elos da cadeia produtiva, desde os fornecedores, produtores, indústria, líderes do setor e varejistas, para que, juntos, possamos discutir estratégias para alimentar uma demanda crescente por alimentos de forma sustentável," disse o CEO da JBS – o maior frigoríco no setor de carne bovina do mundo. Ele acrescentou, ainda, a importância do setor
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agropecuário para a economia do País e para as exportações, e destacou a eciência do modelo de pecuária no Brasil, que é predominantemente extensivo, mas que também tem se destacado no modelo intensivo de produção, aumentando o número de connamentos. Na sua avaliação, os dois métodos de produção têm sido feitos de forma cada vez mais sustentável nos últimos anos. “A cadeia produtiva tem trabalhado e evoluído muito. Tanto os pecuaristas quanto a indústria estão priorizando o modelo sustentável para atender às pressões do mercado internacional por produtos ambientalmente certicados, demanda que tende a ser cada vez maior”, armou. Apesar do desao, o executivo assegurou que o Brasil está preparado para atender às exigências, com condições de se tornar o principal fornecedor mundial de alimentos com práticas que assegurem a sustentabilidade do setor. Poupança ambiental - Presidente da CNA, a senadora Kátia Abreu também destacou a importância do setor agropecuário brasileiro, responsável pela formação de uma “poupança ambiental” a partir de investimentos em tecnologia que garantem a produção de alimento em apenas 27,7% do território nacional. Ela ressaltou que o Brasil foi o único país do mundo que optou por abrir mão de terras férteis em prol da preservação de 61% dos seus seis biomas. ASCOM CNA Canal do Produtor, com edição da RF.
Emergentes se consolidam como principais clientes da carne brasileira Mesmo diante do inevitável reexo da crise no consumo de carne da União Europeia (UE), que importa cortes nobres e paga bem por isso, a pecuária nacional tem, nos países emergentes, um amplo mercado a ser explorado. “Quem tem dinheiro e está comprando carne são os países emergentes", conta o economista Thiago Bernardino de Carvalho, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Esalq/USP (Cepea). Ele lembra que a UE compra principalmente cortes de primeira, como lé mignon, contralé e alcatra, ao passo que os emergentes preferem cortes dianteiros, mais baratos. "A crise de 2008 quebrou frigorícos que dependiam das exportações. De 2006 a 2010, a UE caiu do primeiro para o quinto lugar na lista dos principais destinos da carne brasileira", explica o economista. No caminho inverso, vêm os mercados "emergentes", como Irã, Hong Kong e Egito. "Assim como a Europa, Estados Unidos e Japão também estão em diculdades", complementa. Mercados - De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as exportações brasileiras de carne bovina para o
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Irã cresceram 325% entre 2006 e 2010; para Hong Kong, o salto foi de 141%. "A carne que vai para a China entra por Hong Kong", diz o diretor executivo da entidade, Fernando Sampaio. Com a atual crise, a China pode ser alternativa: "Embora ainda seja um mercado obscuro, pois cada província tem regras próprias de importação". Para Sampaio, "o desao do frigoríco é desmontar o boi e ter um corte para cada mercado". A previsão da Abiec é a de que as exportações de carne bovina fechem este ano em US$ 5 bilhões. Em 2010, foram US$ 4,8 bilhões. Arábia - As exportações do Brasil aos países árabes renderam US$ 1,824 bilhão em agosto, um aumento de 51% sobre o mesmo mês do ano passado, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O valor é recorde mensal. Entre os principais produtos embarcados para a região houve aumento nas vendas de açúcar, minérios, carne de frango, milho, máquinas e equipamentos, produtos químicos inorgânicos, café e bovinos vivos. O Estado de S.Paulo e Anba, com edição da RF.
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Setor de carnes do País reduz dependência do mercado russo Nos primeiros oito meses deste ano, o setor de carnes brasileiro manteve o ritmo das exportações e registrou alta nos valores obtidos, com ligeira queda nos volumes. O crescimento das exportações de carne suína para Hong Kong e Ucrânia compensou as perdas geradas pelo embargo russo. Já no setor de bovinos, a expectativa ainda gira em torno da retomada dos embarques à Rússia, reduzidos nos últimos meses. O setor de carnes do Brasil, que viveu nos últimos dois meses a expectativa de reabertura do mercado russo aos frigorícos do País – após o embargo às unidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul –, parece adaptado a atual realidade. Na suinocultura, o crescimento das vendas para a Ucrânia e Hong Kong foi o divisor de águas. De janeiro a agosto, em comparação aos oito primeiros meses de 2010, a queda nas exportações de carne suína foi de 3,41%, passando de 361 mil toneladas em 2010, para 348 mil este ano. A receita, no entanto, cresceu 7,43% no período, com um faturamento de US$ 951,21 milhões, ante os US$ 885 milhões em 2010. "O fato é que estamos conseguindo exportar quase o mesmo volume sem a Rússia. Hong Kong tem sido um excelente mercado, com o segundo mês de grande crescimento consecutivo, e a Ucrânia também teve um desempenho bastante satisfatório", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. No acumulado do ano, os embarques para o país da eurásia recuaram 20,5%, passando de US$ 453 milhões, vistos no mesmo período do ano passado, para pouco mais de US$ 360 milhões de janeiro a agosto deste ano. Já Hong Kong foi responsável por um crescimento superior a 50% neste período.
CONEXÃO GLOBAL
E a Ucrânia acumulou alta de 45%. "Felizmente, o crescimento das exportações para Hong Kong e Ucrânia compensaram as perdas na Rússia. O Brasil reduziu a dependência do mercado russo de maneira signicativa", comemorou Camargo Neto. Ele também reiterou que as relações com o mercado sul-africano seguem complicadas. Já com o Japão, que realizou uma missão técnica no Brasil na semana passada, a expectativa é de que a resposta chegue em dois meses. Carne bovina - Mais distante dos problemas russos, a bovinocultura brasileira segue na expectativa de crescer até 15% este ano, em relação aos valores exportados. De janeiro a agosto de 2011 o setor obteve US$ 3,46 bilhões, alta de 3,29% ante o mesmo período de 2010. Entretanto, diferente dos suínos, a Rússia permanece na lista preferencial dos embarques, visto que o embargo não atingiu o setor como aconteceu com os porcos. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli, a queda nos embarques para a Rússia nesses últimos dois meses, foi por conta da sazonalidade natural do país, dado ao período de férias, e não com o embargo. "Não estamos sofrendo muito com essa proibição, até porque contamos com muitas plantas habilitadas a exportar para lá em outros estados", disse. O executivo foi à Moscou para participar de um evento voltado ao setor. Apesar do crescimento dos embarques para o Irã, segundo maior mercado para bovinos brasileiros, a Rússia segue com folga como maior importadora da proteína. Em termos de faturamento, fechou os primeiros oito meses do ano com US$ 798 milhões, à frente do Irã (US$ 511 milhões), Hong Kong (US$ 408 milhões), Egito (US$ 244 milhões) e Venezuela, (US$ 172 milhões). DCI, com edição da RF.
Um giro rápido pelo mundo
A Apex-Brasil e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) injetarão R$ 3 milhões numa campanha para o fortalecimento do produto no mundo. O projeto “Pecuária do Brasil” integra o Brazilian Beef, ação de estímulo à exportação mantida desde 2001. O aditivo foi assinado no dia 27 de agosto pelos presidentes da Apex, Maurício Borges, e da Abiec, Antonio Camardelli, na Expointer. A cerimônia teve a participação do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. "A crise é um momento de oportunidade. O mundo não deixa de se alimentar", disse o presidente da Apex. O presidente da Abiec destacou que o setor precisa recuperar espaço. A presidente Dilma Rousseff armou, durante o encerramento da Expointer, no Rio Grande do Sul, que o Brasil vai passar pela crise global com a mesma receita utilizada no passado, baseada em consumo e investimentos. "Nós enfrentaremos essa crise consumindo, investindo, ampliando e criando empresas, diminuindo impostos e plantando e colhendo frutos do trabalho da agropecuária brasileira", disse, ao ressaltar o papel da agropecuária brasileira no cenário internacional. "Esta crise tem de reforçar nosso papel como potência agrícola e pecuária do mundo. Somos um dos poucos países que têm terra fértil, água potável e insolação em quantidade suciente para suprir a demanda mundial por comida." 8
Exportações do agronegócio brasileiro têm novo recorde Balança comercial de agosto atinge US$ 88,3 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses As exportações do agronegócio brasileiro nos últimos 12 meses (setembro/2010 a agosto/2011) alcançaram mais um recorde de valor, atingindo a cifra de US$ 88,3 bilhões. O resultado signicou um crescimento de 24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, os recordes de exportação devem ser mantidos até o m do ano. O resultado positivo levou ao aumento do superávit comercial que chegou a US$ 71,9 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses. Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras, a China apresenta importância crescente. O país asiático foi o destino de 15,3% de todas as exportações no acumulado dos últimos 12 meses (US$13,5 bilhões). Também tiveram crescimento positivo o Japão (50,1%), a Arábia Saudita (41,3%) e a Espanha (41,1%). A Ásia permanece como destaque em relação aos blocos econômicos para onde se destinam as exportações brasileiras, com participação de 29,9% no último ano. A União Europeia cou em segundo lugar, com 26,7%, e o Oriente Médio, em terceiro, com 9,8%. Os produtos mais exportados no período foram os complexos soja (US$ 21,5 bilhões) e sucroalcooleiro (US$ 15,6 bilhões). As carnes aparecem na terceira posição, com o valor exportado de US$ 14,8 bilhões e um crescimento de 12,1% no último ano. Agosto - No que se refere ao oitavo mês do ano, houve um incremento de 34,7% em comparação ao mesmo mês de 2010. Só nesse período, as exportações atingiram US$ 9,8 bilhões, resultando em superávit de US$ 8,3 bilhões. Na análise por destinos, houve um forte crescimento das vendas para os países africanos, de 64%, o que fez com que o continente ultrapassasse o Nafta – zona de livre comércio entre Estados Unidos,
México e Canadá – como importador de produtos do agronegócio brasileiro. Também aumentaram os valores exportados para Ásia (59%), África (63,9%), Oriente Médio (32,7%) e Nafta (28,0%). Em relação aos países, a China manteve-se como o maior mercado importador, com crescimento de 76,5% compras. As vendas para esse destino representavam 14,7% do total das exportações brasileiras em agosto de 2010, participação que subiu para 19,3% em agosto de 2011. Também registraram crescimento as vendas para a província chinesa de Taiwan (132,8%) e para a região especial administrativa de Hong Kong (122,1%). Outros países que tiveram destaque positivo no aumento das compras foram Egito (102,6%), Argélia (101,3%), Irã (77,4%) e Arábia Saudita (73,0%). Destaque - As exportações de carne bovina brasileira congelada com osso para o Oriente Médio cresceram no primeiro semestre de 2011. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o faturamento e o volume das exportações do produto aumentaram 73% entre janeiro e julho na comparação com o mesmo período de 2010. A conguração dos países importadores dentro do bloco, em receita, se alterou. De janeiro a julho de 2010, os Emirados Árabes Unidos foram responsáveis por 48% das compras e a Arábia Saudita por 39%. Já em 2011, houve uma inversão, com a Arábia Saudita sendo responsável por 80,6% das compras enquanto os Emirados Árabes Unidos responderam por 14%. Com relação ao volume, a Arábia Saudita importou 184,9 toneladas do produto de janeiro a julho de 2011, 279% a mais que em 2010. Os Emirados Árabes Unidos importaram 27,4 toneladas, uma retração de 39%. Mapa e Scot Consultoria, com edição da RF.
Brasil Central: "a China brasileira para os próximos anos" A Bienal dos Negócios da Agricultura do Brasil Central, realizada nos dias 11 e 12 de agosto, mexeu com os negócios realizados pelos Estados que formam o Brasil Central: Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. Segundo o sócio da RC Consultores, Paulo Rabelo de Castro, o Brasil Central é a "China brasileira para os próximos anos". Atualmente, o Brasil Central responde por 35% da produção nacional de alimentos e por 18% das exportações do País, porém, sofre com a ausência de modais ecientes de transporte para o escoamento da produção até os portos, o que faz com que os produtores gastem três vezes mais com transporte da safra que os produtores do Meio-Oeste americano. "Apesar da importância dessa região, é lamentável perceber que a infraestrutura que pensamos para o Centro-Oeste até 2020 não vai acontecer e as federações de Agricultura têm que estar unidas para cobrar uma resposta do Governo Federal para melhorar esse cenário. Agrosoft, com edição da RF. Essa região é um novo Pré-Sal brasileiro", disse Castro. 06 10
Carnes apresentam crescimento de embarques em agosto As exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango in natura (não processada) aumentaram em agosto na comparação com o mês de julho. No caso das duas primeiras, contudo, houve queda na comparação com o mesmo período em 2010. Os embarques de carne de frango caram praticamente estáveis quando comparados ao mesmo intervalo do ano passado. No mês, o destaque cou por conta das vendas de carne suína, que cresceram 29% ante julho. No caso da carne bovina, os embarques cresceram 5%, para 65,9 mil toneladas, de 62,8 mil toneladas em julho. Na comparação com agosto de 2010, quando 95,9 mil toneladas foram embarcadas, houve queda de 31,3%. Em receita, as exportações realizadas no mês passado renderam US$ 347,4 milhões, aumento de 9,8% ante 316,2 milhões em julho. Na comparação com agosto de 2010, quando a receita foi de US$ 391,7 milhões, houve queda de 11,3%. O preço médio da carne bovina vendida ao mercado externo foi de US$ 5.272 por tonelada em agosto, 4,7% maior que os US$ 5.037 de julho e 29% maior que os US$ 4.085 de agosto do ano passado. Quanto à carne suína, os embarques cresceram 29%, para 38,7 mil toneladas em agosto, de 30 mil toneladas em julho. Na comparação com agosto de 2010, quando 41,9 mil toneladas foram embarcadas, houve queda de 7,64%. Em receita, as exportações do mês passado renderam US$ 108,7 milhões, aumento de 32% sobre os US$ 82,4 milhões de julho. Já a receita cou praticamente estável na com-
paração com agosto de 2010, quando as exportações renderam US$ 108,1 milhões. O preço médio da carne suína exportada em agosto alcançou US$ 2.808 por tonelada, aumento de 2,4% sobre os US$ 2.742 em julho e de 9% sobre os US$ 2.579 de agosto de 2010. No segmento de carne de frango, os embarques aumentaram 15%, para 318,2 mil toneladas em agosto, ante 276,9 mil toneladas em julho e caram praticamente estáveis ante as 315,3 mil toneladas embarcadas em agosto do ano passado. A receita dessas exportações subiu 6,3% para US$ 590,5 milhões, ante US$ 555,5 milhões em julho e aumentou 12,3% ante US$ 525,7 milhões em agosto de 2010. O preço médio da carne de frango exportada pelo Brasil no período foi de US$ 1.855 por tonelada, queda de 7,5% sobre US$ 2.006 de julho, mas aumento de 11,3% sobre os US$ 1.667 Agência Estado. de agosto de 2010. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, que apresentou a palestra "Negociações Diplomáticas: Como a Carne Suína quebra Barreiras e ganha Mercados", o acesso a mercados é semelhante a uma “corrida com obstáculos”: para se ter sucesso é preciso vencer as barreiras técnicas, ligadas principalmente à questão sanitária; as barreiras tarifárias, com negociações comerciais regionais e multilaterais; e fatores ligados a questão comercial, que envolvem o mercado consumidor, distribuição e logística.
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Irã torna-se o maior comprador de carne bovina do Brasil O Irã ultrapassou a Rússia e tornou-se o maior comprador de carne bovina do Brasil, fortalecendo os laços controversos entre os dois países. Em agosto, o Brasil vendeu US$ 61,7 milhões em carne bovina in natura para o Irã. Com isso, em valor, o país do Oriente Médio tornou-se o maior mercado para a carne brasileira in natura pela primeira vez na história, informou a Associação Brasileira das Indústria Exportadoras de Carne (Abiec). "O Irã se tornou um parceiro comercial muito importante para o Brasil; nós nos tornamos muito mais próximos nos últimos anos", disse o diretorexecutivo da Abiec, Fernando Sampaio. Com o rápido crescimento populacional do Irã e maior estabilidade política num país alimentado pela demanda por commodities, as exportações de carne bovina brasileira para os iranianos cresceram mais de 300 vezes na década passada. Embora o Brasil também exporte grandes quantidades de açúcar e soja para o Irã, a carne bovina é o principal produto de exportação, respondendo por 37% do valor total de embarques nos primeiros seis meses de 2011, conforme o Ministério da Indústria e Comércio (MDIC). "O Irã é um mercado particularmente bom para o Brasil porque compra os
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cortes mais caros e sempre paga em dia", disse. A Rússia alcançou a posição de principal mercado para a exportação de carne bovina brasileira em 2010, mas as encomendas caíram bruscamente nos últimos meses como resultado do embargo à importação de carnes oriundas de 85 plantas frigorícas brasileiras alegando preocupações sanitárias, o que permitiu com que o Irã assumisse o posto. Vale ressaltar, porém, que grupos da indústria armam que o embargo é uma forma de chantagem para que o Brasil apoie a entrada da Rússia na Organização Mundial de Comércio (OMC). Depois de atingir US$ 1,07 bilhão em 2010, as exportações de carne bovina caíram drasticamente nos últimos meses e totalizaram apenas US$ 52,2 milhões no último mês. Com a desaceleração da economia no mundo desenvolvido, o Brasil precisou recorrer cada vez mais aos mercados emergentes como Irã e Rússia para comprar suas exportações. Durante décadas, a União Europeia foi o maior cliente para a carne bovina brasileira, mas após a crise nanceira global de 2008 as exportações de carne para a Europa caíram relevantemente, atingindo apenas US$ 713,3 milhões no último ano. Valor Online, com edição da RF.
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BRF e Copercampos inauguram fábrica em Campos Novos Unidade tem capacidade de produção de 151 mil toneladas de carne suína por ano Em parceria com a Copercampos, a BRF Brasil Foods inaugurou dia 15 de setembro a unidade industrial localizada em Campos Novos, no planaltosul catarinense. Com investimento total de R$ 145 milhões, a fábrica deverá gerar 1,8 mil empregos diretos e 450 indiretos, quando estiver em pleno funcionamento. Para o início da operação, já foram contratados 400 funcionários. Projetada para atender os principais mercados mundiais, a fábrica ocupa um terreno de 172 hectares, com 32 mil m2 de área construída. No início das atividades, serão abatidos diariamente 1.000 suínos, número que será ampliado gradualmente até dezembro de 2012, quando o abate diário deverá atingir 7.000 suínos. A planta produzirá, também, cortes de carne in natura, e fornecerá matéria-prima para ser utilizada na fabricação de produtos industrializados em outras unidades da BRF. A produção anual está estimada em 151 mil toneladas de carne suína, sendo que a maior parte desse montante será destinada à exportação. Ou seja: a BRF ganhará ainda mais eciência nos processos de suínos em Santa Catarina. A Copercampos iniciou a construção da unidade em 2007 e, em abril do ano passado, fechou uma parceria com a BRF, que adquiriu o direito de uso da planta por um período de 10 anos. Para garantir o término da obra, a companhia aportou R$ 63 milhões no projeto. O contrato previa a opção de compra da unidade pela BRF. Devido à importância estratégica da planta, a companhia, em comum acordo com a Copercampos, decidiu exercer a opção de compra. A BRF cará responsável pela gestão de toda a operação fabril, enquanto a Copercampos fornecerá os animais para abate. A cooperativa é uma parceira histórica da BRF. Uma das principais cooperativas da região, com quatro granjas e 78 produtores terminadores, já é uma das principais fornecedoras de grãos, como mi-
lho e soja, da empresa. A nova planta é estratégica dentro do plano de crescimento e internacionalização da BRF. A unidade foi construída com avançados padrões de tecnologia e sustentabilidade, o que permitirá direcionar a produção para os mais exigentes mercados mundiais. “A planta de Campos Novos nos trará mais vantagens competitivas para atender ao potencial aumento da demanda internacional com a abertura de novos mercados”, diz o presidente da BRF, José Antônio Fay. Agora, a companhia contabiliza 12 unidades produtivas e dois centros de distribuição no Estado e emprega mais de 20.000 colaboradores diretos e produtores integrados. Além da proximidade com outras unidades da companhia, Campos Novos tem uma localização estratégica, pois está situada perto de rodovias que fazem ligações para os principais portos do Estado, como Navegantes e Itajaí. Para o presidente da Coopercampos, Luiz Carlos Chiocca, a região e o município de Campos Novos terão duas épocas: uma antes e outra depois da instalação do frigoríco. “Haverá maior geração de emprego e renda e os administradores municipais e estaduais irão se preparar para acompanhar este desenvolvimento, pois o empreendimento possibilitará um retorno em tributos. Para os associados da Copercampos, a fábrica favorece o consumo de milho e suínos, proporcionando liquidez no mercado, além de promover valorização patrimonial dos bens dos associados e de toda comunidade local”, destaca. Desde que rmou a parceria, a BRF prestou consultoria técnica à construção. Dessa forma, a unidade conta com quesitos de sustentabilidade adotados pela empresa, tais como lagoas para captar água da chuva, descarte correto de resíduos, compostagem dos resíduos orgânicos, redução no uso da energia elétrica e reorestamento de áreas localizadas nas proximidades da fábrica. BRF, com edição da RF.
Minerva diversifica produtos mirando pequenos varejistas Para escapar da pressão dos altos preços de matéria-prima e das altas margens no varejo, o Minerva oferece aos pequenos e médios varejistas verduras congeladas, peixes e produtos de outros fornecedores. Com a implementação da nova estratégia de delizar esses clientes e reduzir a dependência das grandes redes, as vendas para pequenos e médios varejistas aumentaram 73,8% no ano em relação ao mesmo período em 2010. "Percebemos que os varejistas tinham essa necessidade e decidimos adotar essa estratégia", armou o diretor presidente do Minerva, Fernando Galleti de Queiroz. Para o varejista de menor porte, o frigoríco especializado em carne bovina oferece outras mercadorias que o mercado precisa, atuando como um distribuidor. O conceito de One Stop Shop, comum em redes de varejo, foi adaptado ao fornecimento. A mudança ajudou a empresa a alterar seu perl de clientes. Há dois anos, a exportação era a principal atividade do Minerva, mas a nova estratégia ajudou a aproveitar o aquecimento do mercado interno. A empresa, que prevê fechar o ano com 50% das vendas no mercado Brasil Econômico, com edição da RF. interno, nos primeiros seis meses de 2011 acumula lucro de R$ 11,2 milhões. 06 14
Food Service: Marfrig cria a Keystone Foods América Latina O Grupo Marfrig acaba de anunciar a criação da Keystone Foods América Latina, empresa especializada na produção, comercialização e distribuição de alimentos para o food service no Brasil. A empresa – que nasce com 4.000 funcionários e faturamento de cerca de R$ 1 bilhão – será uma subsidiária da Keystone Foods, adquirida pelo Marfrig em 2010, e irá concentrar os negócios de food service das divisões Seara e Bovinos Brasil da Marfrig. Os produtos que irão compor o portfólio da Keystone Foods América Latina são os do portfólio do Grupo Marfrig, entre os quais cortes especiais de carnes e hambúrgueres, a linha de sobremesas Bassi e produtos complementares, como batatas fritas congeladas. A expectativa da Marfrig é ganhar sinergia com o atendimento único a grandes clientes no canal food service e com a expansão de seus negócios nesse mercado. Segundo a companhia, a Keystone Foods América Latina assumirá "gradativamente" a gestão integrada das logísticas de armazenamento e de distribuição de produtos no mercado interno das divisões Seara e Bovinos Brasil, que hoje operam separadamente. Farão parte da Keystone Foods América Latina toda a equipe comercial e administrativa do canal
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food service da divisão Bovinos Brasil, centros de distribuição e demais depósitos de passagem, com equipes de armazenagem e de transporte frigoricado dessa divisão. Da divisão Seara, serão absorvidos toda a equipe comercial e administrativa da área de food service, as unidades Braslo Osasco e Braslo São Mateus, o complexo agroindustrial Itapiranga Aves, os 14 centros de distribuição, demais depósitos de passagem e suas equipes de armazenagem e de transporte frigoricado. De acordo com a Marfrig, os funcionários que serão absorvidos pela Keystone Foods América Latina continuarão a fazer parte do Grupo Marfrig, sendo que o número de trabalhadores deve ser mantido. O executivo Rodrigo Vassimon, que nos últimos três anos atuou como vice-presidente da Unilever Food Solutions na América do Sul, será o diretor-geral da Keystone Foods América Latina. A estratégia da Keystone Foods América Latina será desenvolver um modelo de negócio e de gestão semelhante ao da Keystone Foods, que fornece para grandes redes de restaurantes, como o McDonald's, nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Valor Econômico, com edição da RF.
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Avicultura brasileira detém 66% do comércio externo de carnes do País Dia do Avicultor: presidente da Ubabef, Francisco Turra fala sobre destaques e desaos do setor A avicultura brasileira é, hoje, uma das mais avançadas cadeias produtivas do país. Com tecnologia de ponta, diversas condições favoráveis ao desenvolvimento da atividade e total integração do setor produtivo, o segmento ocupa posto de destaque entre os líderes mundiais em exportações de frangos: detém a terceira maior produção do mundo, é a sexta mais expressiva produção de ovos e possui material genético de primeira linha. O alto nível organizacional da cadeia produtiva e a contribuição e união dos vários elos – do produtor à agroindústria – permitiram à atividade chegar a este nível, que hoje serve de modelo para vários outros países. É assim que o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, descreve o cenário do setor no Brasil. Segundo dados da entidade, a produção de carne de frango chegou a 12,230 milhões de toneladas em 2010, um crescimento de 11,38% em relação a 2009. Este ano, mesmo com algums diculdades enfrentadas, os números apontam que as exportações brasileiras de carne de frango atingiram 2,239 milhões de toneladas entre janeiro e julho de 2011, resultado 3,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Esse saldo representou receita de US$ 4,669 bilhões nos sete primeiros meses do corrente ano, 24,3% acima dos US$ 3,756 bilhões de 2010. Das carnes brasileiras, a de frango representou, no ano passado, cerca de 66,4% das exportações. Os maiores exportadores foram Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Turra diz que, em relação ao mesmo mês de 2010, as exportações de julho registraram queda de 13,8% em volumes, com 310,8 mil toneladas, frente as 360,5 mil toneladas do ano anterior. Já em receita o resultado foi positivo, com crescimento de 3,8%, com total de US$ 669 milhões no sétimo mês de 2011, e US$ 644 milhões no ano passado. Mercados - Segundo levantamentos do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Oriente Médio se manteve como a principal região de destino da carne de frango brasileira,
ao importar 1,365 milhão de toneladas em 2010. Para a Ásia, as exportações foram de 1,008 milhão de toneladas, 6,5% acima do vericado no ano anterior. Com o aumento do consumo interno e das exportações, o Brasil se aproxima da China, hoje o segundo maior produtor mundial, cuja produção de 2010 teria somado 12,550 milhões de toneladas, abaixo apenas dos Estados Unidos, com 16,648 milhões de toneladas, conforme projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, sigla em inglês). Desaos - Entretanto, apesar dos números positivos, o setor avícola também enfrenta diculdades. Segundo o presidente, como o país tem uma avicultura fortemente calcada na exportação – cerca de 31% da produção é vendida no exterior –, a política cambial é um dos grandes desaos atuais. “Como produzimos em Real e vendemos em Dólar, quanto mais baixo está o valor da moeda estrangeira, mais sofremos para manter nossa competitividade”, avalia Turra. Além disso, ele ainda lembra que o elevado custo dos insumos inuencia negativamente na cadeia produtiva. “O milho, nosso mais precioso insumo, acumulou altas de até 110% em apenas um ano, em algumas praças”, ressalta. “Temos buscado constantemente a intervenção do governo federal, com relação aos preços do grão. Algumas medidas positivas, como a realização de leilões, têm sido realizadas. Contudo, é preciso uma intervenção mais rme por parte das autoridades para que os custos de produção da avicultura e de outras atividades que dependem deste insumo retomem patamares aceitáveis”, completa. A logística é outra limitação para a avicultura nacional, assim como para todo o agronegócio. A qualidade das estradas, a capacidade de escoamento de diversos portos e a falta de uma estrutura otimizada também impacta na competitividade. Dia do Avicultor - Para exaltar a data, comemorada no dia 28 de agosto, o presidente da Ubabef diz que este dia celebra muito mais que uma prossão. “É o dia em que toda nossa cadeia produtiva vislumbra a capacidade de trabalhar unida, voltada para um objetivo comum: gerar emprego e renda para o homem do campo, e alimentos seguros e acessíveis a toda a população. Alicerce deste fantástico processo, o avicultor é o símbolo máximo de que com vontade e empreendedorismo, é possível crescer e liderar um mercado”, arma Turra. Agrolink, com edição da RF.
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ALA busca intercâmbio de informações para fortalecer defesa sanitária A Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA) elegeu e deu posse a sua nova diretoria, que tem como presidente o argentino Roberto Domenech e como 1º vice-presidente Francisco Turra, presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). A solenidade ocorreu durante a abertura do XXII Congresso Latino-Americano de Avicultura, dia 06 de setembro, em Buenos Aires, na Argentina. Entre as propostas apresentadas pela nova diretoria da entidade para incrementar o setor na região, uma das mais importantes é a decisão dos países produtores avícolas latino-americanos de promoverem um intercâmbio de informações, assim como a de realizarem gestões nos respectivos governos de forma a fortalecer ainda mais a defesa sanitária, tendo em vista o alerta da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre a inuenza aviária. A entidade pretende também apoiar uma campanha para estimular o aumento da produção de milho na América Latina. O motivo principal é a tendência de os Estados Unidos direcionarem cada vez mais sua produção de milho para a produção de etanol.
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Os números mostram que este ano já serão 130 milhões de toneladas destinadas para esse m, e em cinco anos chegará a mais de 250 milhões. “O setor avícola latino-americano não pode se ver às voltas com restrições de um de seus mais importantes insumos, principalmente se ocorrer um aumento da demanda por carne de frango”, declarou Turra. Isso porque segundo ele, a carne de frango é a proteína que melhor pode atender à crescente demanda mundial por alimentos, por sua produtividade, qualidade e sustentabilidade. Brasil na ALA - Francisco Turra foi eleito vicepresidente da área comercial com duas missões principais: empreender ações para evitar medidas protecionistas de mercados compradores e identicar oportunidade para as exportações do setor. “Assumimos com o rme propósito de realizar uma gestão nitidamente empresarial, assim como vamos trabalhar para ampliar o leque de países importadores para aumentar ainda mais a competitividade comercial da avicultura latino-americana”, Ubabef, com edição da RF. armou Francisco Turra.
Pratini de Moraes ressalta importância da carne bovina brasileira O ex-ministro da Agricultura enxerga futuro bastante promissor para a carne bovina do Brasil “O panorama mundial é muito positivo para a carne bovina brasileira. Segundo levantamento da FAO [Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação], o consumo per capita global está hoje em torno de 39 kg por habitante, mas deve aumentar para 47 kg/hab/ano nas próximas duas décadas e ultrapassar os 52 kg/hab/ano em 2050. O consumo aumenta e a população mundial também. Serão 2 bilhões a mais de pessoas nos próximos 40 anos”. A declaração foi feita por Marcus Vinícius Pratini de Moraes, exministro da Agricultura, membro do conselho de administração da JBS e vice-presidente do conselho de administração da Cosan. Ele abriu no dia 13 de setembro, em Goiânia (GO), a Interconf 2011 – Conferência Internacional dos Connadores, iniciativa da Associação Nacional dos Connadores. Na solenidade, Pratini falou para uma plateia de mais de 1.000 pecuaristas brasileiros e de países vizinhos. Ele ressaltou a grande importância do agronegócio – em especial do complexo carnes – para Pratini de Moraes minimizou embargo o superávit da balança comercial brasileira. “Se a economia vai bem russo à carne bovina brasileira é muito por conta do agronegócio, que somente entre janeiro e julho deste ano foi responsável por saldo comercial de US$ 42 bilhões para o país”, disse. O ex-ministro também minimizou o embargo russo à carne bovina brasileira. “É muito mais caro para a Rússia produzir gado lá. O país é um grande importador de nossa carne e continuará sendo. O mesmo não ocorre com frango e carne suína, cujas vendas à Rússia enfrentam entraves que precisam ser negociados”, assinalou Pratini de Moraes. Encerrada no dia 15 de setembro a quarta edição do evento, a Interconf 2011 já se consolida como o mais importante encontro da pecuária de ciclo curto (connamento e semiconnamento) do Brasil. Esse segmento é responsável pelo abate de cerca de 3 milhões de cabeças/ano, equivalente a cerca de 8% da produção total. Conra a seguir alguns temas debatidos por renomados especialistas do setor ao longo dos três dias da conferência: “A economia brasileira, puxada pelo agronegócio, passa por um momento estável, mas sabemos que uma nova crise econômica virá e temos que estar preparados para isso. O que eu vejo é muito planejamento em curto prazo, mas nada que nos fortique para o enfrentamento de uma recessão com tranquilidade no futuro”, apontou o engenheiro agrônomo e ex-vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto. Ele abriu a mesa redonda “Os efeitos da economia na atividade de produção de carne, nos investimentos previstos e nos resultados esperados” pedindo ao setor produtivo da carne nacional uma visão estratégica de longo prazo. Para Guedes Pinto, um dos possíveis gargalos econômicos para a agropecuária é a visão imediatista com a qual os órgãos federais enxergam a atividade. “Estudos demonstraram que a intensicação de apenas 20% da produção permite que o pecuarista acumule ganhos de produtividade média até quatro vezes na comparação com sistemas extensivos, de baixo aporte tecnológico e sem gestão”, disse o professor titular do Departamento de Zootecnia da Esalq/USP, Flávio Augusto Portela, ao citar na mesa redonda “Riscos do sistema produtivo e como atuar sobre esses de maneira preventiva” exemplos bem sucedidos de experimentos feitos por sua equipe e fazendas parceiras, onde foram observadas diferenças acentuadas de ganhos nanceiros em sistemas de recria intensiva a pasto e terminação em connamento, apenas pela introdução de técnicas de manejo de pastagem e suplementação mineral do gado. “O uso intensivo de tecnologia, seja na genética, nutrição e gestão, é a resposta para o avanço da pecuária brasileira nos níveis dos países mais avançados na atividade", disse o zootecnista da Tortuga, Marcos Baruselli, em sua apresentação. A taxa de desfrute da pecuária brasileira nunca foi tão elevada, alcançando a média de 22%. Mas, para Baruselli, os números de desfrute (percentual do rebanho total que vai para o abate anualmente) são apenas razoáveis e ainda não devem ser comemorados, ao passo que países vizinhos, como Argentina e Uruguai, têm taxas superiores a 30%. Texto Assessoria de Comunicação, com edição da RF.
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Exportação de carne bovina cresce 46% no Estado do Mato Grosso Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações da carne bovina de Mato Grosso (MT) tiveram um aumento de 46% no mês de agosto de 2011, comparado ao mês de julho do mesmo ano, o que representa 4,8 mil toneladas (equivalente carcaça) a mais, chegando a 15,4 toneladas. No mês de julho, foi registrada uma queda de 44,1% nas exportações, passando de 18,6 mil toneladas em equivalente carcaça no mês de junho para 10,4 em julho, uma consequência direta do embargo russo. "O cenário começa a mudar e a proteína vermelha produzida nos campos de Mato Grosso entra em outros mercados, o que demonstra que estamos suprindo a demanda perdida", disse o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Esses destinos são Oriente Médio, Venezuela, Hong Kong e, principalmente, a União Europeia. O bloco europeu foi o destaque nas exportações ao dobrar os números de agosto em relação ao mês anterior: de 0,8 mil toneladas equivalência carcaça, passou para 1,92 mil toneladas, registrando um
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aumento de 141,5%. A China passou de 1 mil tonelada para 1,6 mil (eq.car.), o que corresponde a 61,4% de aumento. Já a Venezuela teve um aumento considerável de 54,6 %, saltando de 1,66 mil toneladas para 2,56, enquanto que o Oriente Médio importou do Estado de Mato Grosso 4,2 mil toneladas em julho, passando para 5,5 mil toneladas (eq.car.) em agosto – um aumento de 28,7%. Os demais países foram responsáveis pelo salto na compra de 2,7 mil toneladas em julho para 3,72 em agosto, gerando um acréscimo de 36%. As exportações para a Rússia caíram 100%. Rússia - O mercado russo sempre teve participação preponderante nas exportações da carne bovina no Brasil e, em especial, Mato Grosso. Em 2010, a Rússia comprou 26% da carne exportada mato-grossense e, no mês de agosto deste ano, nem um quilo. Resultado de uma situação iniciado no mês de junho deste ano com o embargo Russo à carne bovina brasileira e que não tem data para acabar. "Mas, como dissemos várias vezes, não podemos car parados, e hoje a carne que antes seguia para a
Rússia já esta sendo vendida para outros mercados", observa o superintendente da Acrimat. Cenário positivo - Mesmo com esta variação positiva em agosto deste ano, o volume ainda é 36,3% inferior que em agosto de 2010, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). No mês de agosto do ano passado foram exportadas 24 mil toneladas e, no mesmo período deste ano, 15,4 mil toneladas. "Mas, o cenário atual é positivo e isso pode ser observado no aumento do abate de bovinos em Mato Grosso neste início da entresafra", avalia o superintendente da Acrimat. Ele ressalta que o abate só aumenta quando existe mercado, "e isso demonstra mercado interno e externo aquecidos, com o aumento do consumo dos brasileiros e das exportações". Segundo levantamento do Imea, o abate foi de 407,0 mil cabeças em julho, um aumento de 6,6% em relação a junho, quando foram abatidas 381,8 mil cabeças. Esse grande volume cou apenas 4,1% abaixo do pico de maio, quando foram abatidas 424,5 mil cabeças em MT. "Temos que nos preparar para suprir a demanda do mercado russo, quando o embargo acabar", disse Vacari. Associação dos Criadores de MT, com edição da RF.
Distribuidores de carne bovina estarão isentos do PIS/Cons Num aperfeiçoamento da legislação de outubro de 2009 que disciplinou a desoneração dos frigorícos da contribuição do PIS/Cons solicitado pela Associação Brasileira de Frigorícos (Abrafrigo), as empresas atacadistas de carne bovina também estão desobrigadas do pagamento destes impostos, segundo disposto na Lei 12.431, de 27 de junho de 2011, que estendeu os benefícios da isenção ao setor. "Havíamos feito esta solicitação à Receita Federal em outubro de 2010, segundo um ofício encaminhado ao Dr. Sandro Serpa, Subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, e agora vimos nosso pedido atendido", informa o presidente-executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar. "É justo porque estas empresas são entrepostos comerciais atacadistas que não realizam a desossa, mas de fato fazem a ligação entre a indústria e o varejo", completa ele. A Abrafrigo também solicitou à RF uma melhor conceituação do que realmente é o "consumidor nal" na cadeia produtiva da carne. "São múltiplas as interpretações decorrentes deste conceito e em muitos casos ca difícil decidir o que está desonerado ou Abrafrigo, com edição da RF. não", conclui.
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Embrapa lança "Programa Rota do Cordeiro" durante o 5º Sincorte O evento vai acontecer entre os dias 24 e 28 de outubro, em João Pessoa, na Paraíba A Embrapa Caprinos e Ovinos vai participar do 5º Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte (Sincorte) com palestras técnicas, cursos e o lançamento do "Programa Rota do Cordeiro". O Sincorte acontecerá de 24 a 28 de outubro, em João Pessoa, na Paraíba (PB). De acordo com a Embrapa, o "Programa Rota do Cordeiro" prevê a instalação de seis Unidades Técnicas de Referência (UTRs), onde serão implantados sistemas integrados de produção de cordeiros para abate, localizados no semiárido brasileiro em regiões tradicionalmente produtoras de ovinos, mas que apresentam baixos índices sociais e grande incidência de extrema pobreza. Para a concretização do projeto, cada UTR contará com centro de inteligência (para a realização de diagnósticos de mercado, monitoramento do setor e análise de tendências para subsidiar tomadas de decisão); núcleo de melhoramento genético (destinado à formação de rebanhos multiplicadores melhorados); vitrine tecnológica (constituídas por tecnologias de convivência com o semiárido) e central de terminação (destinada à padronização da produção com vistas à inserção em mercados especícos). Espera-se que com esse Programa cerca de 720 famílias sejam beneciadas, além do fato que técnicos e produtores serão capacitados continuamente. Durante o Sincorte será assinado, oportunamente, o Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e o Ministério da Integração, para a realização das
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atividades do “Programa Rota do Cordeiro”. Programação do Sincorte - A programação cientíca do 5º Sincorte abrange palestras, cursos, debates e painéis que vão abordar temas como a análise de sistemas sustentáveis de produção animal; perspectivas das carnes ovina e caprina no agronegócio do Brasil; estratégias para incrementar a produção de cordeiros em diversas regiões do País; abate de ovinos e caprinos e comercialização de animais vivos; experiências de países como África do Sul e Canadá; alternativas para regularizar a oferta de carne de cordeiros e cabritos no Nordeste; manejo sanitário, reprodutivos e nutricional; custos de produção, entre outros. Paralelamente ao evento principal irão acontecer, ainda, a Feira Nacional do Agronegócio da Caprinoovinocultura de Corte, o 3º Fórum Nacional sobre a Caprinocultura Leiteira, a 2ª Mostra Tecnológica de Produtos Derivados da Caprino-ovinocultura de Base Familiar no Nordeste e, também, a ilha dos sabores gastronômicos. Nesta haverão diversas atividades, incluindo uma cozinha interativa. O evento é promovido pelo Governo do Estado da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca; Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa); Embrapa Caprinos e Ovinos; Sebrae; Federação da Agricultura do Estado da Paraíba e Instituto Nacional do Semiárido (INSA). Embrapa Caprinos e Ovinos no BeefPoint, com edição da RF.
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Exportações de carne suína têm faturamento 5,33% maior em agosto Brasil reduz dependência do mercado russo e vê vendas para Ucrânia e Hong Kong aumentarem "Felizmente, o crescimento das exportações de carne suína para Hong Kong e Ucrânia compensaram as perdas na Rússia. O Brasil reduziu a dependência do mercado russo de maneira signicativa", comemora o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Consequência do embargo sanitário decretado pela Rússia, em junho – e do câmbio desfavorável –, as exportações de carne suína brasileira, em agosto, caíram 3,8% em volume na comparação com o mesmo mês de 2010. Já o faturamento aumentou 5,33% no período, segundo informações da entidade. Em agosto deste ano o preço médio registrou uma elevação de 9,46%, em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, em comparação aos oito primeiros meses de 2010, a queda nas exportações de carne suína, em toneladas, foi de 3,41%. Já a receita cresceu 7,43%. As vendas externas de carne suína, no período, foram de 348.844 toneladas, com um faturamento de US$ 951,21 milhões. O Brasil exportou 45.887 toneladas em agosto, ante 47.689 toneladas no mesmo mês do ano passado. A receita com os embarques atingiu a cifra de US$ 122 milhões. Exportações para a Rússia - Para a Rússia, as exportações despencaram, em agosto, 87,4% em toneladas (2.922 t em comparação com 23.132 t em agosto de 2010) e 85,4% em valor (US$ 8,9 milhões ante US$ 61,2 milhões).
De janeiro a agosto, as vendas de carne suína para os russos somaram 115.568 t, com uma receita de US$ 360 milhões. Isso signica uma queda de 30,31% em volume e 20,54% em valor. “Passou da hora de resolver o embargo russo. Com a nalização das negociações, as quais mostram o apoio do Brasil à entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio [OMC], resta a questão sanitária. O governo federal precisa agir com rapidez e rmeza”, diz Camargo Neto. Outros mercados - No acumulado do ano, a Rússia ainda é o primeiro mercado da carne suína brasileira, seguido de Hong Kong. Para este cliente, as vendas, em agosto, cresceram 164%: 14.822 t. De janeiro a agosto, Hong Kong importou do Brasil 79.498 t, um crescimento de 26,2% em volume e de 50,70% em valor (US$ 188,24 milhões). Terceiro maior comprador, a Ucrânia surpreendeu, em agosto, com importações de 11.959 t, crescimento de 197% em relação ao mesmo mês de 2010. Em receita, o aumento foi de 228% – US$ 34,4 milhões, ante US$ 10,5 milhões em agosto de 2010. Em contrapartida, as exportações de carne suína para a Argentina caíram 3,6% em volume, em agosto (3.363 t). De janeiro a agosto, as vendas para o país vizinho aumentaram 15,72%, de 21.794 t para 25.221 t. “A Argentina continua a dicultar a liberação de guias de importação em ação protecionista em desacordo com o Mercosul”, arma o presidente da Abipecs. Abipecs, com edição da RF.
Exportações mineiras de carne suína devem retomar crescimento As exportações mineiras de carne suína em agosto de 2011 sinalizam para uma possível retomada de crescimento mesmo com a decisão da Rússia de reduzir drasticamente a compra da carne brasileira. Conforme o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os negócios realizados no oitavo mês de 2011 por Minas Gerais (MG) apresentaram receita de US$ 7,3 milhões, valor 51,8% superior ao registrado em julho. Superintendente da Subsecretaria do Agronegócio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG, João Ricardo Albanez explica que a reação das exportações da carne suína do Estado – mesmo com redução das exportações para o mercado russo – ocorre porque houve o fortalecimento das vendas para outros países como Hong Kong, Ucrânia, Albânia, Cingapura e Equador (estes representando 87% das vendas), além de outros 20 compradores. De acordo com o superintende, mesmo com o embargo ocial à carne suína de apenas três estados brasileiros – Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso – praticamente todo o comércio de carnes do Brasil com a Rússia foi interrompido, inclusive o de Minas Gerais. O presidente da Associação dos Suinocultores de MG (Asemg), João Bosco Martins de Abreu, também acredita na retomada do aumento da receita das vendas externas da carne. “Constatamos agora um esboço de reação, e um dos sinais da mudança de cenário foi a melhoria das cotações da carne suína no mercado SAA/MG, com edição da RF. interno em função do aumento do volume exportado”.
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ABCS inicia projeto de inovação e tecnologia produtiva na suinocultura Em parceria com o Sebrae Nacional, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) desenvolveu um novo programa voltado para a produção brasileira de suínos, principalmente aquela com menor nível tecnológico, que concentra-se na região Norte e Nordeste do Brasil – onde ainda existem rebanhos com menor aporte de tecnologia e também um grande número de criações voltadas basicamente para a agricultura familiar. A expectativa é iniciar um piloto de capacitação já no mês de setembro, nos estados da Bahia e Ceará consolidando, assim, a primeira fase. A partir dos resultados, o projeto passará a nível nacional, estendendo-se a todos os estados liados à ABCS. Com foco em atender a essa demanda, o “Programa de Inovação e Tecnologia Produtiva na Suinocultura”, denominado Suintec, tem como objetivos principais viabilizar o desenvolvimento técnico e produtivo das granjas produtoras de suínos e fomentar ações destinadas a qualicação e aumento da produção agropecuária tecnicada de suínos, com ênfase na capacitação e geração de conhecimento para o produtor. Além disso, visa implementar tecnologias
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e inovações organizacionais, com a valorização de mercados locais. “O foco do programa é contribuir para o desenvolvimento da suinocultura nordestina e consequentemente brasileira, trabalhando para uma maior estabilidade econômica da atividade e mais benefícios sociais para os produtores e trabalhadores da cadeia produtiva”, ressalta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes. O público alvo prioritário são produtores e granjas suínos que tenham entre 50 matrizes e 3 mil matrizes, o que caracteriza pequenos e médios produtores dos estados da Bahia e Ceará e que fazem parte do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS). Nesse projeto-piloto a previsão é atender 39 propriedades, sendo 22 na Bahia e 17 no Ceará. “A implantação do Projeto possibilitará colocar a suinocultura em elevado patamar de competitividade e beneciará os diversos segmentos da cadeia produtiva”, arma o gerente de Agronegócio do Sebrae Nacional, Enio Queijada. ABCS, com edição da RF.
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Fábrica da BRF no Oriente Médio vai abastecer 60% do mercado A fábrica que a Brasil Foods – dona das marcas Sadia e Perdigão – terá nos Emirados Árabes Unidos e que poderá ser instalada em Dubai ou Abu Dhabi vai responder por 60% da demanda local por produtos da empresa. As matérias-primas serão fornecidas pelo Brasil, mas a mão de obra será do país árabe. As informações são do vice-presidente de Assuntos Corporativos da companhia, Wilson Mello. Os investimentos previstos são de US$ 120 milhões, a capacidade de processamento da unidade será de 80 mil toneladas anuais de alimentos e as operações devem começar no nal de 2012. Entre as vantagens de se ter uma fábrica no Oriente Médio, que é o maior mercado do frango brasileiro, Mello cita a proximidade com os clientes, a oportunidade de ampliar a participação no segmento de food service (fornecimento para hotéis, restaurantes, companhias aéreas etc.) e maior exibilidade de desenvolvimento de produtos ao gosto regional. "Nada impede que a partir da produção local a BRF desenvolva outras linhas de produtos e, eventualmente, até marcas regionais", disse o executivo. Sadia e Perdix, como é conhecida a Perdigão naquela
região, estão entre as marcas líderes de mercado no Oriente Médio. Segundo ele, o acordo feito com o Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade), que determina a alienação de ativos para permitir a fusão Sadia-Perdigão, não afeta os negócios no mundo árabe, pois diz respeito somente a operações no Brasil. As unidades têm que ser vendidas a um único comprador. "São ativos de alta qualidade e que juntos conferem à empresa compradora a condição de segunda colocada no mercado brasileiro", acrescentou. "Quem pagar mais, leva". Segue a entrevista: A produção prevista, de 80 mil toneladas anuais, vai abastecer toda a demanda da região, ou produtos acabados continuarão a ser enviados do Brasil? Mello - A produção local deverá atender cerca de 60% da demanda da região. O restante continuará sendo fornecido via exportações. A unidade vai utilizar matérias-primas brasileiras? E a mão de obra? Mello - Sim. O Brasil é o país mais competitivo do mundo na produção de matérias-primas. A fábrica vai processar matérias-primas enviadas do Brasil. Já a mão de obra será local. Qual a vantagem de ter uma fábrica no país árabe? Mello - Há diversas vantagens. Estaremos mais perto dos clientes e do consumidor. Teremos maior adaptabilidade e exibilidade para desenvolver produtos adaptados às demandas regionais. Além da maior penetração no varejo, a fábrica local nos permite ampliar também a presença nos canais food service. Sadia e Perdix já são marcas líderes no Oriente Médio. Há espaço para mais? Mello - De fato, ambas as marcas já têm uma presença importante na região, e dentro da nossa estratégia o peso de ambas não deve perder importância. Mas nada impede que a partir da produção local a BRF desenvolva outras linhas de produtos e, eventualmente, até marcas regionais. Após a fusão, o que muda em relação aos produtos comercializados no Oriente Médio? Mello - Não temos limitações no mercado externo. O que ocorre é que, por conta da avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), tínhamos limitações de operação. Estávamos liberados para operar conjuntamente apenas a parte comercial. Agora, com a aprovação da fusão, vamos
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integrar totalmente nossas operações. Na verdade, após a fusão as mudanças permitirão sermos ainda mais ecientes no atendimento aos nossos clientes no mercado externo. Pelo acordo com o Cade, a BRF deve se desfazer de alguns ativos. Isso envolve algum negócio na região? Mello - Não, todos os ativos a serem alienados estão no Brasil. E essa alienação não trará qualquer tipo de impacto ao atendimento de nossos clientes no mercado externo. Há interesse de grupos árabes nos ativos que serão alienados pela empresa? Mello - Ainda não existe nenhuma proposta formal. Contratamos o banco BTG Pactual para conduzir esse processo de alienação. No momento certo, o banco receberá as propostas formais e iremos analisá-las cuidadosamente. Pelo acordo com o Cade, temos a obrigação de vender todo o conjunto de ativos para um único comprador. E vamos vender para quem oferecer o melhor preço. São ativos de alta qualidade e que juntos conferem à empresa compradora a condição de segunda colocada no mercado brasileiro.
Os investimentos previstos para a instalação da planta frigorífica da BRF no Oriente Médio chegam a US$ 120 milhões. A capacidade de processamento será de 80 mil toneladas anuais de alimentos e as operações devem começar no final de 2012. "Teremos maior adaptabilidade e flexibilidade para desenvolver produtos adaptados às demandas regionais". Quais são os principais problemas que a companhia eventualmente enfrenta no mercado árabe? Mello - Não temos problemas. O Oriente Médio é um mercado importantíssimo, no qual estamos presentes há mais de 35 anos. Hoje, o Oriente Médio responde por quase 32% das exportações da companhia. Temos marcas já consagradas em vários países da região. E, com a construção da fábrica, estamos convictos de que nossa presença local contribuirá ainda mais para o crescimento de nossos negócios nesse mercado. Entrevista concedida à Anba, com edição da RF.
Especial
Por Carolina Sibila
Qualidade, sabor e variedade em um só lugar
ara homenagear uma prossão tão antiga quanto o próprio registro das civilizações, o dia 9 de outubro foi intitulado como o 'Dia do Prossional do Setor Frigoríco', assim como uma classe de trabalhadores que contribui anualmente para que o Brasil ocupe a posição de um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Derivado do árabe as-sog, o primeiro açougue que se tem registro na língua portuguesa é datado de 1254, grafado originalmente como azougue. A partir de então, a evolução do setor não parou e os prossionais vêm se tornando cada dia mais qualicados. Para se ter ideia da dimensão da prossão, em 2006 a Relação Anual de Informações Sociais já registrava mais de 85 mil açougueiros trabalhando formalmente no país. Desse total, São Paulo foi responsável pela contratação de 28.001 prossionais, seguido pelos Estados do Rio de Janeiro (9.951) e Minas Gerais (9.360) – números que destacam o sudeste brasileiro. Já na região Sul o destaque cou por conta do Paraná e seus 7.944 registros, enquanto no Centro-Oeste foi o Estado de Goiás que cou à frente, com 2.777 açougueiros em atividade formal. No nordeste do Brasil, a Bahia apareceu como a maior contratante (1.853) e, na Região Norte, o Pará se sobressaiu ao apresentar 856 prossionais do setor.
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Características prossionais Para ser um açougueiro – como são até hoje conhecidos os prossionais que atuam no varejo –, não 06 34 34
existe uma formação especicamente exigida, pois o aprendizado das técnicas e métodos da prossão surge com a prática. O que existem são alguns cursos de curta duração prossionalizantes, de aperfeiçoamento e especialização, geralmente compostos por uma parte teórica que envolve conceitos técnicos de corte e características das carnes, higiene, armazenamento e refrigeração etc. Há, também, a parte prática, que na maioria das vezes é realizada em parceria com frigorícos. O mais importante é, portanto, que o curso seja de qualidade e reconhecido por instituições competentes. Após realizados os cursos e preparativos, cabe escolher a área na qual atuar. Nos açougues, por exemplo, o prossional pode exercer atividades nas câmaras frias, estocagem, desossa, corte e embalagem ou, até mesmo, ser proprietário do estabelecimento. Há também a possibilidade de trabalhar na seção de carnes de supermercados onde, geralmente, o açougueiro não lida diretamente com o cliente, cando responsável por cortar a carne em um padrão de peso e tamanho e embalá-la para exposição nos balcões refrigerados. Por m, o prossional pode ainda trabalhar em frigorícos. Nesse caso, ele é quem tem o primeiro contato com a carne fresca e, por isso, deve separar os diferentes tipos de carne e realizar a primeira limpeza e inspeção de qualidade. A partir daí a carne segue para os locais onde o consumidor pode comprá-la. Outro fator importante para a formação de todo
Fotos: Grupo Montana
BOUTIQUES DE CARNES
depois de pronta e é sempre embalada a vácuo. Com prossional do setor frigoríco, principalmente darelação à qualidade, trabalhamos com a linha de queles que atuam na linha de produção e varejo, gado precoce e algumas linhas diferenciadas, como é que os mesmos entendam da anatomia dos ania Red Angus”, explica um dos sócios da boutique, mais, principalmente de bois, aves e suínos, que são Vinícius de Freitas Paulino. as carnes mais consumidas pela população. TamSegundo esclarece o executivo, essas linhas bém devem entender da anatomia das carnes, suas de gado ainda não são tão produzidas no Brasil e, características principais e a melhor forma de preDevido à úmidade, exposição por essa razão, a carne precisa ser importada da parar os cortes pararefrigeração que, assim,e constante possam orientar e à água, entre outros fatores "agressivos", balanças Argentina e do Uruguai, o que explica o preço das ajudar o cliente a escolher a carne de acordo com a feitas com aço inox são ideais para atender as carnes nas boutiques ser mais elevado. “O preço é maneira que ela será preparada. requisições da vigilância sanitária e as necessidades mais elevado, mas vale a pena. Na hora do consumo, Além disso, sicamente, é necessário que os prodos frigorícos, entre elas os modelos de piso, de é possível perceber que a qualidade da carne é melhor ssionais que atuam no corte e desossa tenham boa bancada e as balanças com gancho Tendal para por ela ser mais macia, mais saborosa”, arma. visão, rmeza nas mãos, habilidade com objetos pesagem suspensa. Mas, para aqueles que não dispencortantes como facas, capacidade de sam os cortes mais tradicionais, como concentração e, de quebra, capacida““O preço é mais a picanha, o contra-lé, a alcatra e até de de entendimento das solicitações elevado, mas vale mesmo o patinho, Freitas conta que dos clientes. a pena. Na hora do o preço dessas carnes não é tão diconsumo, é possível ferente do aplicado nos açougues e Um novo conceito perceber que a supermercados. “Mas a qualidade ainda assim é superior”, reforça. Quando se fala em açougue, a priqualidade da carne é ons Unirà mente é a Além de trabalhar com carnes de meira imagem que vem : s melhor por ela ser mais o Fot altíssima qualidade, as boutiques de de um ambiente branco, com balcões macia, mais saborosa” carnes também oferecem aos clientes frigorícos, uma vitrine e muitas peum serviço diferenciado, com atendiças de carnes penduradas. Porém, mento especializado. “Os consumidores das classes A prejudicados pela concorrência das grandes redes e B procuram o melhor serviço. Por isso, as boutiques de supermercados, os tradicionais açougues vêm de carne estão sempre inovando. Aqui no Montana, perdendo espaço dia após dia para as chamadas por exemplo, se o cliente precisar, embalamos e boutiques de carnes. cortamos do jeito que ele desejar, sem cobrar nada Mais sosticadas e com seções estrategicamente a mais por isso”, conta o sócio do empreendimento distribuídas e denidas, as boutiques de carne são que já é conhecido em todo o Brasil. extremamente rigorosas no quesito higiene, devido Com relação aos prossionais do setor frigoríco, ao modo de manuseio e exposição do produto e nas boutiques de carnes eles também devem reoferecem, portanto, qualidade indiscutível ao conceber treinamentos e instruções de como funciona a sumidor. Com base nesses conceitos, elas pretendem casa , bem como de que forma atender os clientes. sobreviver à concorrência graças ao diferencial na “Aqui os prossionais, quando entram, recebem um estrutura da loja e qualidade dos produtos oferetreinamento e passam por um período de 70 dias de cidos. experiência”, conta Vinícius. Com preços mais elevados que os aplicados Ainda de acordo com Freitas, nas boutiques é no mercado, as boutiques de carnes apostam nos muito comum a comercialização de produtos que vão consumidores das classes A e B, que prezam pela além do portfólio dos cortes cárneos, como molhos, qualidade dos produtos antes de qualquer outro fator acompanhamentos, churrasqueiras e bebidas, entre e, portanto, não levam em consideração apenas o outras tantas facilidades, para que o cliente encontre preço na hora de comprar. Trata-se de um público tudo que necessita em um só ambiente. Por isso mais exigente e atento às condições de higiene e esses espaços têm um público tão seleto. variedade oferecidas. Assim, a decoração e a forma de exposição dos produtos no ponto de venda são Carnes exóticas alguns dos quesitos mais valorizados na montagem da loja. Para os mais atrevidos e para os curiosos, nas Nesse conceito, há oito anos o Grupo Montana boutiques de carnes também já são encontradas as lançou em Campinas a primeira loja, a Montana famosas carnes exóticas que, apesar de ainda não Carnes & Cia. O empreendimento veio ajudar a conserem apreciadas com tanta frequência pela maioria cretizar o objetivo do grupo de participar de todas dos brasileiros, já conquistaram diversos adeptos as fases da carne – do pecuarista ao consumidor mundo afora. Com a ajuda dos estabelecimentos –, e de suprir a grande procura por um lugar onde comerciais especializados em carnes – como as boufossem encontrados produtos selecionados e de alta tiques –, avestruz, perdiz, faisão, capivara, cordeiro, qualidade. javali europeu, veado, jacaré e outras carnes de “Nosso diferencial é que aqui a carne é pesada 35 35 35
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animais silvestres entram cada vez mais no cardápio dos consumidores brasileiros. Além do sabor diferenciado, elas são consideradas alimentos bastante saudáveis, pois têm menos gordura e baixo valor calórico quando comparadas às carnes de bois e suínos. Por exemplo: 100 gramas de carne bovina tem 225 calorias, a mesma quantia de carne de jacaré equivale a 108 calorias, de capivara 135 e de javali cerca de 160. Por esse motivo e, por que não dizer, pelo “glamour” que acrescentam aos cardápios de restaurantes e churrascarias, vem sendo cada dia mais possível encontrar diversas combinações de pratos com essa matéria-prima. Mesmo em churrascarias populares já é possível pedir partes de javali, capivara e alguns peixes diferentes.
Recentemente, tem-se observado uma invasão de carnes exóticas, não de espécies de outros países, mas também de carnes não convencionais, para todos os paladares e bolsos. Espécies como o boi (Bos taurus) e o suíno doméstico (Sus scrofa), por exemplo, antes de irem para as mesas, passaram por um processo de mais de 5 mil anos de domesticação e elaboração dos exemplares criados para o fornecimento de carne. Por isso, é bom car atento. Ao longo da evolução humana, tentou-se domesticar diversas espécies para a utilização como fonte de alimento, mas apenas algumas se mostraram sucientemente passíveis, em vista de uma razoável relação de custo-benefício, dado a facilidade de trato, tempo de gestação e número de lhotes. Com a capacidade de aprimoramento de matrizes a partir da manipulação genética e a qualidade das rações ministradas aos exemplares destinados ao consumo, a atual tecnologia possibilitou a criação em cativeiro de muitas espécies que até então só eram possíveis de serem consumidas por intermédio de caça – que no Brasil é proibida, sujeita à multa e implicações penais, com exceção dos casos cuja necessidade seja extrema ou que tenha a autorização do Ibama. Por isso torna-se muito importante ressaltar que as carnes exóticas ou silvestres oferecidas em restaurantes e lojas especializadas provêm – ou pelo menos deveriam – de criadouros comerciais devidamente autorizados pelo Ibama, regulamentados por normas de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos órgãos estaduais e municipais relacionados à qualidade de alimentos. E mais: todos os estabelecimentos que comercializam estas carnes também devem ser registrados junto ao Ibama. RF
"Além de trabalhar com carnes de altíssima qualidade, as boutiques de carnes também oferecem aos clientes um serviço diferenciado, com atendimento especializado. Os consumidores das classes A e B procuram o melhor serviço. Por isso, as boutiques de carne estão sempre inovando."
Fotos: Grupo Montana
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dientes
Por Danielle Michelazzo
Foto: Chr. Hansen
Busca dos consumidores por alimentos saudáveis transforma a indústria alimentícia
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centuar as características sensoriais originais dos produtos e, de quebra, auxiliar na conservação do produto nal, é uma das principais tendências do mercado de alimentos. Isso porque conforme explica a analista de P&D da Marsul Proteínas Ltda., Fabrícia Avendano Pinto, sabores exóticos ou com características acentuadas pela adição de aditivos não são mais bem aceitos pelo consumidor, que busca cada vez mais produtos saudáveis e de forte apelo nutricional. Desta forma, o grande desao do mercado de aditivos vem sendo desenvolver produtos que aliem a manutenção das características de qualidade do produto nal às características sensoriais desejadas pelos clientes. “Atualmente, os clientes desejam sabores que remetam a produtos naturais e caseiros, pouco industrializados. Porém, a praticidade da vida atual solicita produtos práticos, fáceis de fazer e que mantenham sua estabilidade ao longo da vida de prateleira, sendo esse um dos principais desaos aos fornecedores de aditivos para a indústria alimentícia”, conta Fabrícia. Gerente de P&D da Temperart Ind. e Com. de Produtos Alimentícios Ltda., Alexandre Santagelo arma que, hoje em dia, a indústria alimentícia não busca apenas a utilização de aditivos, condimentos e corantes separados, e sim utiliza esses itens em conjunto com o acréscimo de ervas e especiarias para causar um impacto sensorial e agradar o consumidor cada vez mais exigente.
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“Os consumidores estão sempre à procura de novidades para aguçar os seus sentidos, e não é diferente com a indústria alimentícia, que busca através de pesquisas contínuas de diversos tipos de produtos em conjunto com os produtos cárneos satisfazer essa necessidade mercadológica”. Nesse sentido, o vice-presidente da Global Utilização de Ingredientes Especiais para Alimentos da Tate & Lyle, Paul Cornillon, acredita que os ingredientes que enriquecem os alimentos e bebidas agregam valores ao produto. “Em um mercado ultra competitivo, ter ingredientes saudáveis na prateleira pode decidir a compra. Por isso é tão importante formular produtos que forneçam, por exemplo, benefícios à saúde digestiva, ao mesmo tempo que reduzam o consumo de calorias e, acima de tudo, sem comprometer o sabor”. "É também muito importante que os fabricantes tenham em mente a necessidade de comunicar de forma efetiva os benefícios nutricionais dos produtos”, complementa o dirigente. Para o diretor técnico da Globalfood – Advanced Food Technology, Rubison Olivo, o princípio básico da indústria de alimentos cárneos é oferecer produtos com qualidade e preço compatíveis, com segurança alimentar. “Este é o grande desao dessa indústria. Mas, com certeza a indústria cárnea está bem preparada e tem competência no atendimento às exigências dos consumidores, nos quesitos de qualidade nutricional, microbiológica e sensorial”.
Alternativas Segundo relata Fabrícia, as composições de blends protéicos e blends condimentados têm sido as principais alternativas para a indústria, de forma a facilitar processos de produção e auxiliar na manutenção o mais próximo possível das características sensoriais originais ao produto nal. Santagelo, por sua vez, conta que a Temperart está sempre em busca de novas tendências e criando inovações. “A busca assegurada por qualidade, que atualmente é o que os frigorícos querem apresentar para seus clientes, resulta em uma parceria em desenvolvimentos e pesquisas sensoriais com relação aos condimentos, aditivos e corantes”. Já a Chr. Hansen Ind. e Com. Ltda., fornecedora global de ingredientes naturais, oferece soluções capazes de atender tanto às necessidades da indústria em termos de cor, sabor, textura e outras características, como às exigências dos consumidores por alimentos mais saudáveis. “Para a indústria cárnea, a Chr. Hansen possui um portfólio completo de corantes naturais e culturas de fermentação que reúne uma série de funcionalidades e atende diferentes necessidades desse segmento, desde acidicação, cura natural e uma gama de cores
para diferentes aplicações”, especica o gerente de vendas das Unidades de Produtos Cárneos & Pratos Prontos e Alimentos & Bebidas da empresa, José Dorival da Silva Junior. Contrapontos Ao falar sobre os reexos que a tendência ao natural crescentemente adotada pela indústria alimentícia – e consequentemente pela indústria frigoríca – vem gerando no mercado de aditivos, condimentos, corantes etc., o diretor da Globalfood faz uma relevante ressalva. Para ele, a utilização racional desses ingredientes é importante e imprescindível para garantir a qualidade dos produtos cárneos e a segurança alimentar dos consumidores. Ainda de acordo com Olivo, o setor cárneo é, de forma geral, bastante dinâmico. Contudo, a maioria das novidades é restringida pela legislação brasileira. “O órgão legislador da área, que é o Ministério da Agricultura (Mapa), é moroso e não acompanha a evolução dos novos desenvolvimentos”, lamenta. Gerente de contas da DVA Brasil, Egle Vanesa Alauzet Heerdt faz outra importante observação sobre a busca constante pela substituição de ingre-
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dientes de origem sintética pelos naturais. ”Essa alteração normalmente é dicultada pela diferença de custo entre essas categorias e pela necessidade de investimentos maiores em embalagens”. Já a analista de P&D da Marsul lembra, contudo, que além do fornecimento de blends que mantenham as características de sabor e de qualidade ao produto nal, o cumprimento das legislações
vigentes de cada país, assim como os percentuais máximos de concentração de determinada matériaprima no produto nal, devem ser respeitados. “Por isso é importante a interação entre fornecedor e cliente e a assistência no processo de desenvolvimento de produtos que gerem uma relação de parceria, conança e responsabilidade neste processo”, reforça Fabrícia. RF
TENDÊNCIA: ALIMENTOS PRONTOS, MAIS BARATOS E COM MAIS SABOR As diculdades econômicas mundiais continuarão a fazer com que os consumidores se preocupem em gastar menos. Para isso, será preciso reduzir as despesas ao comprar alimentos e, nesse sentido, é importante que sejam fáceis de preparar, com o mesmo sabor de feitos na hora. De acordo com o diretor de Desenvolvimento Comercial para América Latina da Tate & Lyle, Ijones Constantino, os fabricantes poderão oferecer uma grande variedade de produtos já prontos para consumir em casa, com muito mais sabor e qualidade a um custo de produção bem mais acessível. “A chave para recriar um prato gourmet em casa é incorporar a mistura certa de amidos e estabilizadores de alimentos, que tenham efeito sinérgico com outros ingredientes”, diz. “O aumento do consumo de produtos saudáveis e menos calóricos é uma tendência mundial, e o brasileiro está cada vez mais interessado em consumir produtos que façam bem à saúde”, acrescenta Constantino, antes de ressaltar que no mercado de ingredientes para a indústria é preciso diferenciar-se da concorrência. "E a tendência mundial tem sido adicionar componentes saudáveis, como as bras, por exemplo”.
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Temperatura ideal
Por Carolina Sibila
PORTAS E CORTINAS
A combinação perfeita para as câmaras frigoríficas as câmaras frigorícas, sabe-se que a temperatura deve ser mantida muito baixa para que as reações químicas e biológicas nos alimentos sejam reduzidas e, assim, seu grau de qualidade possa ser mantido por mais tempo. Como é preciso manter os produtos armazenados por longos períodos, é necessário congelá-los e acondicioná-los e, por isso, foram desenvolvidas as câmaras frigorícas. Também há alguns fatores muito importantes que devem ser conhecidos para que a qualidade do alimento seja mantida por mais tempo, como o tipo e quantidade de produtos armazenados, a checagem de entrada e saída de mercadorias, a quantidade de pessoas que trabalham no ambiente, o conhecimento dos equipamentos utilizados e a necessidade de isolante térmico e impermeabilização. Devido às baixas temperaturas nas câmaras frigorícas, é necessário que o isolamento seja feito com materiais de baixa condutividade térmica para evitar grandes perdas de energia e reduzir a capacidade dos equipamentos de refrigeração. “Quando é preciso uma vedação eciente e um controle rigoroso de temperatura para que o ar quente não entre na câmara e venha a prejudicar a qualidade das carnes, torna-se necessário utilizar materiais resistentes e que operem adequadamente a baixas temperaturas", explica a gerente de marketing da Rayex, Elenice Fernandes. Porém, ainda de acordo com Elenice, para manter a temperatura ideal dentro dos frigorícos, não basta utilizar o material correto. É também imprescindível que a porta mantenha-se fechada o maior tempo possível, que tenha vedação ecaz e rapidez de abertura e fechamento evitando, assim, ao máximo a perda de temperatura e a troca de calor entre o ambiente externo e o interno. "A Rayex desenvolveu as portas Frigodoor que, além dessas características, também contribuem para a economia de energia e aumentam a segurança dos produtos armazenados", conta a gestora. Com relação à higienização de portas frigorícas, elas devem ser projetadas de forma a não acumular resíduos de sujeira, que é o que mais prejudica as câmaras frigorícas, tornando sua higienização mais prática e constante. A limpeza deve ser realizada apenas com sabão neutro. "As portas Frigodoor, por exemplo, são fabricadas
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com estrutura autoportante, ‘sem soldas’, o que está diretamente ligado aos custos e facilidade de manutenção, sem o acumulo de sujeiras", naliza Elenice. Ar versus PVC Apesar de sua grande importância, as portas frigorícas podem não ser totalmente ecazes ao atuarem sozinhas no processo de isolamento térmico, pois, cada vez que são abertas nas câmaras, ocorre troca de temperatura (sai o ar frio ambiente e entra o ar quente). O ar quente que entra deve ser resfriado de acordo com as condições internas, aumentando a carga térmica total. Por isso, uma solução encontrada bastante eciente como isolamento térmico e que auxiliam na conservação com eciência das propriedades necessárias nas câmaras são as cortinas frigorícas – tanto plásticas quanto as de ar. Confeccionadas em tiras exíveis e sobrepostas de PVC, as cortinas plásticas são de simples instalação, fácil manutenção e minimizam gastos com energia elétrica. Por serem maleáveis, permitem imediata passagem de pessoas e materiais e são muito práticas na hora da higienização, já que podem ser retiradas para lavagem. As cortinas de plástico também ajudam na redução de ruídos em razão de sua atuação como barreira de som, impedindo, ainda, a entrada de sujeira, gases, fumaça e contaminantes transportados pelo ar. Nesse sistema, a grande inovação são as cortinas plásticas anti-insetos, aptas a impedir a entrada de insetos voadores, sendo ideais para todos os estabelecimentos que processam e manipulam alimentos e, até mesmo, caminhões para transporte de carga frigoricada. Já as cortinas de ar têm a função de misturar o ar parado junto ao forro com o ar do piso em ambientes não climatizados. Esse ar insuado se dispersa no nível do piso para ganhar uma temperatura uniforme, do piso até o forro. Elas criam uma barreira invisível e tornam desnecessária a instalação de portas automáticas, o que ajuda a evitar acidentes e mantém fácil acesso a empilhadeiras e passagem dos funcionários. A diferença entre os dois produtos é que quando comparadas às cortinas de plástico, as cortinas de
ar acabam sendo mais vantajosas, pois as de PVC, quando abertas, deixam a passagem suscetível à entrada de poeira, insetos e escape de temperatura, tornando necessária, de qualquer modo, a instalação da cortina de ar. Ademais, as cortinas de plástico em ambientes com baixa temperatura acabam enrijecendo, podendo provocar acidentes como cortes no momento da passagem. Além disso, as cortinas de ar são indicadas para todas as áreas, uma vez que por não atrapalharem em nada no quesito visibilidade, acabam por tornar o tráfego de pessoas e mercadorias totalmente seguro. Outra vantagem das cortinas de ar é que elas são igualmente de fácil instalação, pois não necessitam de alterações estruturais. Elas também mantêm os pisos secos, evitando escorregões e facilitando o tráfego de veículos, além do que o ambiente ca com passagem livre e, ao mesmo tempo, totalmente protegido, possibilitando a manutenção da temperatura e isolamento contra entrada de poeira, insetos voadores, fumaça, gases tóxicos e odores. Somados todos esses pontos ao fato de que outras cortinas retêm sujeira e são bem menos higiênicas, as cortinas de ar se destacam como excelentes auxiliares no isolamento de áreas. RF
Foto: Rayex (Vossko)
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Cortes precisos
Por Carolina Sibila
Facas e chairas exigem cuidados e manipulação especícos tens indispensáveis nos frigorícos, as facas e chairas são instrumentos que exigem muitos cuidados na utilização e na manutenção. Por isso, para aumentar a durabilidade destes produtos, é necessário usar o material correto para cada atividade. Além disso, existe uma relação entre as facas e as chairas que deve ser respeitada. O tamanho da chaira nunca deve ser menor que o da lâmina da faca. O aconselhável é que ela tenha 2’’ a mais que a face ou, no mínimo, que seja do mesmo tamanho. Isso ajuda a conservar os instrumentos por mais tempo e garante uma maior segurança ao usuário. O tipo de faca a ser usado nas operações também é muito importante. Os modelos de melhor qualidade são aqueles com cabo em material sintético e lâmina em aço inoxidável. Cada tipo de faca tem o corte ideal e preciso para o que o aparelho deve ser utilizado e, se as facas não forem usadas corretamente, podem acabar inutilizáveis. Para evitar que isso aconteça, há algumas maneiras de conservar as facas por mais tempo, como guardá-las num suporte próprio de madeira ou magnético, mantê-las longe de outros talheres para não danicar o o e, quando for usá-las, utilizar uma tábua de madeira ou de material sintético e lavá-las sempre à mão para evitar manchas. Assim como as facas, as chairas também necessitam de cuidados especiais. Para aumentar a durabilidade, é aconselhável nunca lixar as chairas, não usar produtos abrasivos durante a higienização, lavá-las apenas com água e sabão neutro, sempre secá-las após a lavagem e sempre guardá-las em ambiente seco.
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das faces laterais da faca, para que o o possa ser corretamente executado. A operação de aação é realizada com o auxilio de pedras de aar e aquela de assentamento com o de chairas ou assentadores. A aação também pode ser realizada com lixas, rebolos ou esmeril. Dentre todos os processos, a lixa é o mais produtivo e o que gera uma boa qualidade de o. É importante ressaltar ainda, que quanto menor o grão da lixa, melhor será o o da faca, porém, gasta-se mais lixa. Já são fabricadas lixas feitas com material cerâmico, o que proporciona maior durabilidade da lixa e evita problemas de queima do o da faca. Este cuidado é extremamente importante, pois quando o o é queimado danica-se a faca e não há como recuperar a estrutura inicial feita no tratamento térmico. Segurança Instrumentos altamente cortantes, as facas são objetos que, se utilizados de maneira incorreta, podem provocar graves acidentes. Por isso é indicado nunca segurar a faca pela lâmina, pois sua superfície é polida e facilita o escorregamento. Na hora de cortar, também nunca se deve usar o dedo no dorso da faca para alavancar o corte. Também é indicado que o cabo da faca seja alongado para que se tenha onde apoiar o dedo, evitando choques com ossos e quinas de mesa e sempre usar luvas protetoras. Em casos que seja extremamente necessário transitar com uma faca, é ideal que a ponta esteja para baixo e o braço junto ao tronco do corpo, segurando-a rmemente pelo cabo. Jamais se deve carregar mais de uma faca em uma mão.
Aação Higienização No momento da aação, é fundamental conhecer o tipo de o da faca e o tipo de operação em que ela será utilizada. Os dois mais encontrados são o de 30º e o de 15º. O primeiro possibilita maior durabilidade, pois, na região do o, é encontrada uma quantidade maior de material, o que gera mais resistência quando a faca sofre uma batida na região do o. Já com o o de 15º acontece o contrário. Ele possibilita maior poder de corte da faca, mas a durabilidade do o diminui quando comparada ao de 30º, uma vez que possui menos material na região do o. O o de 15º, ao contrário do de 30º, é indicado para operações onde não há grande risco de contato com o osso. O certo é que independente do tipo de o, toda operação de aação exige a retirada de material 06 44
O processo de higienização de facas e chairas também é muito importante, pois é este procedimento que elimina agentes causadores de doenças, principalmente esporos, bactérias e fungos. Porém, no momento da higienização, é preciso muita atenção, porque se feito de maneira incorreta, pode danicar todo o material. O mais recomendado é a esterilização pelo calor úmido (água a 85ºC, conforme a norma do regulamento técnico da inspeção Tecnológica e HigienicoSanitária de Carnes de Aves, RIISPOA, Decreto nº 1812, de 1996, pág. 21, parágrafo 3.5.11). O tempo de imersão do instrumento deve ser de, no mínimo, 3 minutos – não devendo ultrapassar 20 minutos – para que a qualidade do material não seja comprometida. RF
Exportações de couros apresentam recuperação em agosto De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de couros e peles atingiram no mês de agosto um total de US$ 191,2 milhões em receita e 31,3 milhões de quilos. O valor exportado signica um aumento de 29% em comparação com o mês anterior, e de 14% em relação a junho. “À primeira vista este resultado representa uma reação extraordinária no desenvolvimento das exportações, mas na sua essência é primordialmente consequência da normalização dos embarques para a Itália que foram fortemente reprimidos durante os meses de junho e julho em decorrência do fechamento dos curtumes italianos durante as férias no mês de agosto”, explica o presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Wolfgang Goerlich. De acordo com ele, a média exportada por mês durante o primeiro semestre de 2011 foi de 32,4 milhões de quilos, caiu para 27,3 em junho e 22,6 em julho e, mesmo com a recuperação de agosto para 31,3 milhões de quilos, ainda cou abaixo da média dos primeiros seis meses. O total das exportações do setor couro durante os
primeiros oito meses de 2011 atingiu US$ 1,4 bilhão, superando o valor exportado durante o mesmo período de 2010 em 18% enquanto o volume físico permaneceu estável. A crise econômica internacional, atingindo todos os mercados de consumo, diculta qualquer prognóstico em referência ao comportamento das exportações para os quatro meses restantes do ano. As últimas medidas tomadas pelo governo brasileiro no sentido de baixar os juros e melhorar as perspectivas cambiais representam sinais positivos para o setor exportador. Por outro lado, a situação dos abates e, consequentemente, a disponibilidade de matéria-prima para os curtumes não deve melhorar, e também continuará a comprometer a competitividade e rentabilidade do setor, pelos problemas resumidos no alto “Custo Brasil”. “Levando em consideração todos estes fatores e o enorme esforço do setor para defender e ampliar suas conquistas no mercado externo, acreditamos ser possível atingir a nossa meta de exportar em 2011 um total de US$ 2 bilhões, 15% a mais do que em 2010”, diz Goerlich. CICB, com edição da RF.
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Suinocultura em pauta: edição histórica consagra o XIV SNDS Encontro reuniu pela primeira vez no Brasil produtores, agroindústria e varejo em debate aberto Debates de alto nível, palestrantes renomados e público formador de opinião reunidos em um mesmo evento no Brasil. Este é o balanço do XIV Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (XIV SNDS). “Conseguimos reunir as principais autoridades do setor, desde os produtores até a rede varejista. Eles vieram porque entendem a importância de pensar em conjunto, discutir e apresentar novos pontos de vista sobre a atividade”, defendeu o diretor executivo da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e membro da comissão organizadora do evento, Fabiano Coser. “Este evento foi uma excelente oportunidade para cada elo da cadeia da suinocultura conhecer melhor seus desaos e se organizar em busca de um objetivo em comum”, destacou o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan. “Todos nós temos em comum o fato de querer ampliar esta indústria. Agora precisamos nos organizar para atender este objetivo”, disse o executivo. Milan também destacou a alta qualidade dos debates e reconheceu o alto nível alcançado pelo evento. “As discussões foram extremamente relevantes e ainda tivemos a oportunidade de ver estudos e pesquisas sobre o setor em primeira mão. A ABCS está de parabéns por trazer todos os elos da cadeia produtiva e, certamente, todas as pessoas que estiveram aqui presentes aprenderam muito, pois a associação soube escolher muito bem os temas e trouxe as pessoas certas para os debates”, armou o executivo. Debates abertos - Diretor comercial de aves e suínos da Ouro Fino, Amilton Silva destacou a importância dos debates realizados no XIV SNDS, que deniu como “provocadores”. “Foi o melhor evento ligado ao desenvolvimento da carne suína. As palestras foram de extrema importância e os debates foram provocadores, deixando vários pontos de interrogação sobre nossa forma de trabalhar, não
só no aspecto técnico, como também nos aspectos sanitário e mercadológico”, declarou o especialista. Segundo o gestor, tanto a organização como a presença do público foram excelentes. “A ABCS tem o mérito de conseguir reunir os nomes mais importantes do setor na mesma sala e com a presença da agroindústria, que estava muito aberta para o debate. Precisamos de mais eventos assim e a ABCS é a entidade que tem legitimidade para provocar estas discussões e tem força política para levar estas discussões adiante”, nalizou. Para o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, os questionamentos levantados durante os debates foram importantes para o setor repensar algumas posições. “As informações foram de excelente qualidade, saímos daqui repensando alguns pontos da suinocultura brasileira e com a certeza de que estamos no local certo para a produção, o Brasil é o país da vez e a nossa responsabilidade é muito grande”. Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi foi outro prossional do setor a elogiar o evento. “A ABCS está de parabéns, este evento foi muito bem pensado e apresentou as tendências mais importantes do consumo de carne suína”, disse. Por sua vez, o médico-veterinário e consultor da Integrall, Glauber Machado, ressaltou que o evento superou todas as expectativas. “A ABCS conseguiu superar as expectativas, que já eram muito grandes. É um consenso no mercado que a entidade encontrou uma rede de trabalho extremamente importante com caminho muito bem denido e todo este trabalho foi reetido durante o evento”. “Superou todas as expectativas, foi muito bem focado e importante estar presente”, concluiu o diretor da Vaccinar, Nélson Lopes, ao também avaliar o encontro como extremamente produtivo e interessante. AI do XIV SNDS, com edição da RF.
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CNA vai propor a Mendes Ribeiro crédito para connamento de boi O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, disse no dia 23 de agosto que a CNA irá propor ao novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, a criação de uma linha de crédito especíca para atender aos criadores que investem no connamento de gado. Ele observou que a atividade é responsável pelo abastecimento do mercado durante a entressafra, evitando altas expressivas de preços das carnes. Nogueira elogiou o ex-ministro Wagner Rossi pela inclusão da pecuária de corte no Plano Safra, pois o setor não contava com crédito signicativo para investimento desde 1986. Ele armou que a criação da linha de crédito para a aquisição de matrizes, implantada no Plano Safra deste ano atendeu a um pedido do setor. O líder rural, que também é presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária, armou que o embargo russo às carnes é uma questão comercial e não se deve a problemas técnicos. Nogueira observou que o embargo não atingiu Goiás, que responde por 60% do connamento no Brasil. O gado do connamento vai abastecer o mercado russo nos próximos meses, durante a entressafra da pecuária brasileira, diz ele. Voto de conança - “Estamos conantes que o novo ministro da Agricultura fará um bom trabalho. Ele sempre defendeu a agropecuária do Rio Grande do Sul e agora fará o mesmo pelo Brasil”, disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu, após a conrmação do deputado Mendes Ribeiro (PMDBRS) para a pasta da Agricultura. Segundo ela, a CNA dará todo o apoio necessário para que o ministro implante as políticas públicas que o setor precisa, “especialmente a nova política agrícola para o País, que estamos elaborando com o Governo desde 2008”. Para a senadora, o novo ministro está ligado à agricultura pela vocação do seu Estado, o Rio Grande do Sul, um dos mais importantes pólos de produção do agronegócio brasileiro. Para ela, a sua anidade com a presidente Dilma Rousseff fortalece a posição do ministro no comando da pasta. Além de líder do governo no Congresso Nacional quando então deputado, Mendes Ribeiro (PMDB) é amigo de Dilma Rousseff desde os tempos em que ela atuava no PDT gaúcho. Canal Rural e Jornal do Comércio, com edição da RF.
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Setor de rações quer criação de órgão do governo para análise de risco A criação de um órgão governamental para realizar a análise de risco, com o devido levantamento de todos os elementos que possam gerar impurezas sanitárias na alimentação animal produzida no País, é uma das principais reivindicações da indústria de ração brasileira. Vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Ração Animal (Sindirações), Ariovaldo Zani disse que o governo precisa enfrentar essa e outras questões como a guerra scal entre os Estados, a burocracia no comércio exterior e as demandas do meio ambiente para garantir a continuidade no crescimento do agronegócio e especicamente do setor de rações. O alto custo da matéria-prima para a elaboração de ração é outro problema que, na opinião do dirigente, precisa entrar urgentemente na pauta nacional. Zani lembra que o caso do embargo russo à exportação das carnes brasileiras, com a nítida falta de entendimentos entre os países, evidencia a possibilidade de o Brasil ter um novo gargalo na agricultura. "Hoje a análise do processo de produção de alimentos está delegada à iniciativa privada".
"Entendo que ela precisa ganhar um caráter governamental, pois a análise de riscos é função do governo e os mercados externos só reconhecem os dados apresentados por órgãos ociais", arma. O dirigente ressalta que o Brasil não possui um sistema de análise de riscos sólido, ao contrário dos Estados Unidos que criou o Food and Drug Administration (FDA), órgão responsável pela regulação de alimentos e medicamentos e da Norma de Ingredientes de Alimentos para Animais (IFSA, sigla em inglês) criada pela União Europeia. "Sem um mecanismo semelhante no Brasil corremos o risco de enfrentarmos novos bloqueios", acredita Zani. Para ele, o Brasil possui experiência acumulada no setor. "A Embrapa tem um grande conhecimento nessa área, e poderia ser uma opção para abrigar esse órgão de scalização", aponta. "E o governo já deveria pensar nisso com carinho, pois em breve ninguém mais aceitará nossos métodos, e não conseguiremos implantar o método do dia para a noite. Esse será o próximo gargalo do setor", garante o dirigente do Sindirações. DCI, com edição da RF.
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Novidade em pratos prontos: Aurora lança lasanha verde à bolonhesa A Aurora acaba de apresentar ao mercado brasileiro mais um produto para seu portfólio da linha de pratos prontos: a lasanha verde à bolonhesa. O lançamento é parte da estratégia da Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) para ampliar sua participação neste crescente mercado. A criação da Aurora pode ser considerada um aperfeiçoamento de um dos pratos mais apreciados pela humanidade. De origem italiana, esse prato preparado em camadas, resultado da junção de massa de macarrão em formatos de folhas com queijos e molhos diferentes, ganhou o nome de lasana, lasanum ou lasagna. A história desta receita tem suas raízes nos tempos do Império Romano e tornouse um prato internacional depois que alguns restaurantes de Bolonha criaram a famosa lasanha à bolonhesa no início do século XX. Elaborada com massa de espinafre e preparada com saboroso molho bolonhesa com cobertura suave de molho branco e queijo, a lasanha é uma ótima opção em sabor e praticidade. Vendida congelada, em caixas de 4,8 kg contendo oito caixetas de 600 gramas, o produto tem validade de 180 dias. Nesse mesmo padrão de peso e embalagem, a Aurora já faz sucesso com outras três protagonistas da mesma família: a lasanha à Bolonhesa Aurora (preparada com ingredientes selecionados combinado com um saboroso molho bolonhesa e com cobertura suave de molho branco e queijo), disponível em embalagens de 600g e 1,5kg; a lasanha Toscana Aurora (preparada com um saboroso molho de Linguiça toscana moída, que dá um toque mais picante e saboroso à receita tradicional, com cobertura suave de molho branco e queijo), que pode ser encontrada em embalagem de 600g; e a lasanha Quatro Queijos Aurora (preparada com um saboroso molho de queijos mussarela, gorgonzola, provolone e parmesão com cobertura suave de molho branco e queijo), também presente em embalagem de 600g. “O novo produto atenderá a expectativa e necessidade dos consumidores que desejam produtos práticos e convenientes; e que preferem este tipo de variedade com a massa verde. Além de aumentar a exposição da marca Aurora, ganhar espaço e participação no segmento e fortalecer o mix de pratos prontos Aurora”, resume o diretor comercial Leomar Somensi.
Salmão defumado especial para recheio em gramatura econômica Para oferecer mais praticidade e atender a demanda do mercado food service, a Marcomar, empresa especializada em comercializar produtos do mar de alta qualidade, lançou o salmão defumado para recheio em caixas de 17,5 kg, com 35 pacotes individuais de 460g. Esta nova gramatura facilita o armazenamento e atende o consumo do dia a dia sem desperdícios. Pronto para ser consumido, o produto oferece um peixe nobre e com um sabor diferenciado, devido ao processo de salga e defumação, que acentua o sabor característico do salmão. Com esta novidade cou muito mais prático, saboroso e saudável rechear massas, pizzas e salgados, entre outros pratos e receitas. A novidade da Marcomar foi criada sob as condições especiais de controle de qualidade na produção, que garante realizar um processo minucioso de trituração e limpeza. Saúde - O salmão é conhecido como fonte importante de ácidos graxos ômega-3, que é responsável por combater as placas obstrutivas das artérias. Além disso, o consumo deste peixe pode auxiliar no 06 50
equilíbrio das taxas de triglicérides e colesterol. Por ser uma fonte rica em proteínas e de alto valor nutritivo, incluir esse peixe nas refeições diárias pode auxiliar quem investe nos cuidados com a boa forma e a beleza. Marcomar - Há mais de 11 anos no mercado de food service com solidez e excelência – da origem ao fornecimento –, a empresa possui mais de 4 mil clientes ativos, entre hotéis, restaurantes, supermercados e redes de fast food, comercializando cerca de 8 mil toneladas por ano de peixes e frutos do mar frescos e congelados, nacionais e importados.
Seara Búfalo ganha destaque do Grupo Marfrig na Expoagas 2011 O Grupo Marfrig destacou seu portfólio de produtos industrializados e a base de carnes bovinas, bubalina, avícola e suína num dos principais eventos supermercadista do país, a Expoagas 2011, que aconteceu nos dias 23 a 25 de agosto, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Como destaques, dois lançamentos: a linha Seara Búfalo (lançamento no portfólio da Marfrig, comercializada exclusivamente no Rio Grande do Sul) e a Mortadela Italiana Defumada Mabella. Proteína de alta qualidade nutricional, a carne de búfalo é uma novidade da Seara exclusiva para o consumidor gaúcho. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Búfalo, o rebanho nacional é de aproximadamente três milhões de animais, sendo cerca de 70 mil no Rio Grande do Sul. Os produtos da linha Seara Búfalos são oriundos de pecuaristas parceiros da Marfrig na criação a campo. “São 21 opções de cortes, dentre eles alcatra, patinho, coxão mole e duro, costela em ripa e tiras, alguns oferecidos de forma fracionada e vendidos ex-clusivamente nas principais redes varejistas do Rio Grande do Sul”, detalha o gerente de marketing da divisão bovinos Brasil do Grupo Marfrig, Walter Scheuer. A Empresa também apresenta aos varejistas gaúchos outros destaques em carne bovina que levam a marca Seara, como a linha Angus, a linha Cordeiro e os cortes especiais para churrasco, além dos tradicionais Cortes Brasileiros e o Jerked Beef. Na categoria de alimentos prontos, a Seara deu destaque aos sanduíches para microondas Hot Hit com duas novas opções – X-Bacon e X-Frango com molho oriental –, além das lasanhas congeladas que, entre outros sabores, disponibiliza a exclusiva versão à Parisiense e as pizzas congeladas Seara, com destaque para os sabores calabresa, frango com queijo, mussarela e quatro queijos, que possuem mais recheio do que as pizzas congeladas tradicionais. Ainda na linha de produtos de fácil preparo, o Grupo Marfrig também ressaltou a nova linha de
enlatados Searela, incluindo o enlatado de frango – único no mercado – e a linha de Tortas Congeladas Bassi. “A Expoagas é sem dúvida uma das principais feiras de negócios do varejo do país, possibilitando importantes alianças comercias e gerando importantes parcerias com fornecedores e supermercadistas, que hoje buscam cada vez mais as novidades capazes de agregar valor ao seu negócio, e satisfazer uma nova geração de consumidores, altamente exigentes e conscientes de seu poder de escolha”, complementa Scheuer. Mais novidades - A novidade da Mabella é a Mortadela Italiana Defumada, produzida com carne suína selecionada e o tradicional tempero italiano com grãos de pimenta do reino, garantindo aroma suave, marcado por um produto de categoria Premium. Além disso, não contém amido e possui textura rme e coloração mais clara. Para completar os destaques na feira, a Empresa apresentou o presunto Pena Branca – um produto com textura superior e muito fácil de fatiar, características valorizadas pelo consumidor e pelo trade, segundo explica a empresa. “O mercado gaúcho é muito importante para a Seara e a Expoagas é uma oportunidade ímpar de reunir os varejistas ávidos por novidades que atendam às necessidades dos diferentes consumidores, e essa é a proposta da Seara com sua variedade de portfólio, incluindo novidades em todas as proteínas animais”, destaca o diretor de marketing da Seara, Antonio Zambelli. 51
Selovac apresenta nova seladora, novos colaboradores e diferenciais A mais de 40 anos no mercado brasileiro de máquinas para embalagens, a Selovac destaca-se por optar em fazer a diferença sempre. Com vasta diversidade de modelos e aplicações, desde vácuo até termoformadoras, passando pelas seladoras de bandeja, as máquinas Selovac e Selovac by Ilpra atendem a diversos setores como alimentício, farmacêutico, industrial e de consumo. A forte estrutura em assistência técnica e mais de 28 mil equipamentos vendidos nos últimos 20 anos levam a Selovac a batalhar para manter a liderança que possui no mercado da América do Sul e conquistar ainda mais clientes. "Buscar total satisfação aliada à melhoria contínua de qualidade é o valor que nos fez alcançar mais de 23 mil clientes nacionais e centenas de clientes em outros países", conta a empresa. Com 120 colaboradores e 6 liais próprias espalhadas pelas principais regiões do país, além de Show-Room instalado na matriz SP, a Selovac enumera como diferenciais os 41 anos de tradição no mercado como uma empresa genuinamente brasileira; a capacidade de oferecer customização de projetos especiais e inovadores; a possibilidade de nanciamento via BNDES / Finame; serviços pré e pósvendas (equipe de vendas experiente com pessoal técnico altamente capacitado, completo suporte pré e pós-instalação, treinamento operacional “in loco”, assistência técnica integral em todo o território nacional, fornecimento de peças de reposição originais, vendas
de embalagens MRP - Máxima Resistência a Perfuração e Nylon Poli). Novos colaboradores - Para agregar ainda mais ao time Selovac, foram contratados Geraldo Cofcewicz e Luiz Gustavo Marcondes, respectivamente diretor para Novas Tecnologias e gerente Comercial. Cofcewicz é considerado um dos melhores e mais inuentes prossionais do mercado cárneo mundial. Com invejável currículo, graduado em Engenharia Química pela Universidade de Caxias do Sul e pós-graduado em Tecnologia de Carnes (ITAL e CTC), coordenou o departamento de pesquisa e desenvolvimento para embalagens e produtos na Perdigão por 11 anos, passando 5 anos na Alemã Multivac. Hoje, na Selovac, vem somar como diretor para novas Tecnologias na área de projetos especiais em termoformadoras e termoseladoras. Já Marcondes, atuando desde 1990 no segmento de embalagem também como gerente da divisão Ulma Packaging Weldotron, participou da montagem da lial da Ulma Packaging no Brasil, uma das maiores fabricantes mundiais de máquinas de embalagem para indústria alimentícia. Passou pela Image do Brasil, retornando em 2003 como gerente Comercial da Ulma Packaging. Com forte vivência nos seguimentos frigoríco, aves, suínos e bovinos e indústrias alimentícias, é hoje nosso gerente Comercial da divisão Termoformadoras e Termoseladoras.
Seladora de Bandejas - A Selovac apresenta ao mercado o primeiro passo para processamento de embalagens em alta velocidade: o modelo Foodpack 1402. Totalmente automática, com elevada precisão e tecnologia e totalmente customizável, a Foodpack modelo 1402 é uma seladora de bandejas completamente automatizada voltada às grandes demandas de selagem de bandejas existentes no mercado. A máquina está disponível na versão para selagem apenas e para selagem a vácuo ou e/ou Atmosfera Modicada (ATM). Construída em aço inox com classe de proteção dos painéis IP65, a 1402 é uma máquina ideal para trabalhos em ambientes agressivos, como laticínios, frigorícos e embalagens de produtos a base de molhos ou salmoras. Devido às portas frontais e traseiras que podem ser facilmente manejadas verticalmente, a acessibilidade da máquina é total. Dessa forma, limpeza e manutenção se tornam muito fáceis, rápidas e seguras, além do que o equipamento não acumula água ou qualquer líquido em seu interior. Outro detalhe importante é que a troca de formatos – graças a um sistema mecânico simples – pode ser realizada em poucos minutos. Ademais, com novo sistema de rebobinamento de lme, permite altíssima precisão de posicionamento de imagens quando trabalhando com lmes impressos. Ainda segundo informa a Selovac, o sistema operacional amigável da máquina permite armazenar mais de 30 programas diferentes de trabalho em sua memória. A 1402 possui disponível uma ampla gama de opcionais que podem ser customizados para adaptar a máquina às exigências do trabalho como, por exemplo, sistema de posicionamento de impressão, codicador e desempilhador, entre outros. 06 52
Composto de Galvanização a Frio da Tapmatic aumenta a vida útil de máquinas, equipamentos e estruturas dos frigoríficos Proteger tanques, reservatórios e caixas d’água, roscas transportadoras e acabamento de rodapés da corrosão e dos agentes químicos, sangue e urina – e mantê-los operando por muito mais tempo – é um grande desao para os frigorícos. Como resposta a esta necessidade, a Tapmatic, empresa fabricante dos produtos Quimatic, desenvolveu o CRZ - Composto de Galvanização a Frio. Considerado a mais prática, longa e eciente proteção anticorrosiva para as rigorosas condições de trabalho dos frigorícos, CRZ é utilizado e aprovado pelas principais empresas do setor no Brasil. O produto repara instantaneamente os galvanizados nas câmaras frias, salas de abate, desossa, miúdos e depenagem, suportando o efeito corrosivo do sangue e urina, altos índices de umidade, além de grandes variações de temperaturas, desde as negativas até 350ºC. O composto da Tapmatic protege cordões de soldas, ferro preto, suportes, colunas, vigas de sustentação de nórias, trilhos, cantoneiras, tubos, plataformas, entre outros. A Tapmatic também indica para uso nos frigorícos os produtos da linha Plasteel – revestimentos bicomponentes voltados para a recuperação de superfícies danicadas e também para uso nos equipamentos novos, com excelente adesão sobre todos os tipos de metais, inclusive o aço inox, sempre promovendo uma proteção altamente ecaz contra desgastes e corrosões – e a linha para manutenções elétricas, como o Limpador de Contatos Elétricos, a Fita Isolante Líquida e o Protetor de Contatos Elétricos LC8. A empresa - Presente no mercado brasileiro há 30 anos, a Tapmatic é uma empresa nacional ligada à Tapmatic Corporation dos Estados Unidos e Tapmatic International Corporation da Suíça. A companhia fabrica no país os produtos químicos da marca Quimatic, que são usados e aprovados por indústrias superexigentes de diversos setores (petroquímico, metalúrgico, papeleiro, eletroeletrônico, alimentício, farmacêutico, frigoríco, naval, mineradoras e usinas de bioenergia e açúcar) e também pelo consumidor nal. Os produtos da empresa têm laudos de atoxicidade, biodegradabilidade, certicação de qualidade internacional e são noticados pela Anvisa.
Valvugás anuncia lançamento de novo produto para refrigeração industrial Conhecida no segmento de Refrigeração Industrial pela ampla linha de válvulas e ltros, a Valvugás apresenta ao mercado um novo produto para compor sua linha de Refrigeração: a Válvula de Segurança Dupla. Focada no desenvolvimento de produtos com qualidade diferenciada, alta tecnologia e que efetivamente entreguem benefícios reais ao consumidor, a Valvugás mais uma vez veio atender às exigências e necessidades do mercado. “A Válvula de Segurança Dupla foi lançada para estar em conformidade com o código de segurança mais recente da ANSI/ASH/RAE, NR-13 e NBR-16069 para refrigeração”, ressalta o gerente comercial da empresa, Ricardo Cucato. A tecnologia do produto realiza o alívio de pressão em equipamentos sensíveis, como compressores e demais vasos de pressão, além de todas as partes móveis serem em aço inoxidável e a mola com revestimento Epoxi, o que garante alta durabilidade e precisão na pressão de abertura. “Com a introdução deste produto indicado principalmente para Refrigeração Industrial, a empresa consolida sua atuação no segmento e mostra os seus diferenciais no mercado com novos produtos, qualidade e alta tecnologia”, acrescenta Cucato. 53
Sunnyvale lança no Brasil o Checkweigher da alemã Bizerba Há mais de 30 anos a Sunnyvale oferece à indústria brasileira soluções nas áreas de Codicação Industrial, Inspeção e Controle de Qualidade, Equipamentos e Materiais para Embalagem, Equipamentos Especiais e Equipamentos para Paletização. Representa cerca de 40 marcas de ponta em tecnologia, distribuindo e representando mais de 90 equipamentos. Cuidadosa na escolha de seus parceiros internacionais, a Sunnyvale lança no Brasil dois modelos que complementam a linha de equipamentos para Inspeção e Controle de Qualidade: o Checkweigher modelo CWL Eco e o CWP Neptune. O Checkweigher modelo CWL Eco realiza a vericação dinâmica do peso de produtos de até 32kg ou 60kg em linhas de produção com velocidades extremamente elevadas (até 120 m/min). É possível ser integrado a sistemas de transporte intralogísticos, e pode ser congurado e parametrizado em tempo recorde com o software “Ferramenta de Conguração” da Bizerba. É também de simples integração com outros sistemas, tais como leitores de códigos de barras, aplicadores de etiquetas e codicadoras de alta resolução. Em adição à vericação de pesos, o sistema efetua a contagem de produtos, soma do peso total produzido e armazenamento do peso de cada um dos produtos. O equipamento está disponível em várias dimensões de plataforma, permite comunicação com sistema de medição de volumes, scanner para aplicações com produtos aleatórios (pesos e dimensões distintas), em uma mesma linha de produção. Já o vericador de peso CWP Neptune inspeciona produtos sem embalagem, sendo ideal para aplicações de panicação, embutidos e alimentos não embalados como carnes, peixes, aves etc. Dispõe de total garantia de higiene, pois foi construído de acordo com as normas de higiene do European Hygienic Engineering and Design Group (EHEDG), e possui menores probabilidades de contaminação do que os vericadores de peso convencionais – o design construtivo facilita a desmontagem para higienização, além do que os componentes da máquina e estruturas são arredondadas ou inclinadas, o que também facilita a higiene e manutenção do equipamento. Com garantia de 100% de controle do peso, reduz o desperdício de produtos, além de gerar relatórios e controles estatísticos dos produtos inspecionados. Opera integrado com sistemas de dosagem e embutideiras e efetua a correção automática do peso. Possui grau de proteção IP69k como standard.
Carro de limpeza 6173-89 da Rubbermaid® Commercial é destaque A Rubbermaid® Commercial acaba de lançar o Carro de Limpeza 6173-89. A novidade, indicada para o mercado de higienização prossional, ativo em segmentos como o gastronômico, hospitalar e corporativo, foi desenvolvida para unir alta capacidade de carga, exibilidade de manobra e praticidade no uso. Produzido com a tecnologia de “Estrutura de Teia”, de alta resistência, é mais leve e durável que outros produtos similares produzidos em injetoras tradicionais, possuindo superfície de fácil higienização e 06 54
cantos arredondados para evitar danos a portas e outras estruturas. Com ótimo aproveitamento de espaço interno, que favorece a acomodação e transporte de equipamentos para limpeza, apresenta bolsa de vinil amarela com zíper, cuja capacidade é de 78,7 litros. Também oferece a possibilidade de customização, com a inclusão, por exemplo, de portas com chave que permitem controle e segurança. Além disso, o modelo conta com rodas em dois tamanhos, de 10,2 cm e 20,3 cm, que não marcam o chão ou rangem. Para desaos na área da higienização prossional, o Carro de Limpeza 6173-89 é o aliado ideal.
SBCC terá Projeto Sala Limpa Itinerante A Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC) marcou presença na Febrava 2011 – o principal evento de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar da América Latina – com o Projeto Sala Limpa Itinerante. Durante o evento, foram ministradas palestras e feitas demonstrações na Sala Limpa Itinerante. Além da Sala Limpa Itinerante, a SBCC levou à feira diversos associados que expuseram seus produtos e serviços em vitrines espalhadas pelo espaço da Ilha Sociedade. Entre os associados parceiros que participaram da Ilha Temática Salas Limpas estiveram o Grupo Veco, Asmontec, Abecon, Vectus, Swell, Danfoss e Milare. Sobre a SBCC - A Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação foi fundada a partir da primeira edição do SINCCAL, em 30 de maio de 1989. O pioneirismo da iniciativa teve, na época, o apoio decisivo do Instituto Nacional de Pesquisas Aeroespaciais (INPE), IBM e da Johnson & Johnson. A SBCC é uma sociedade cientíca sem ns lucrativos que congrega diversas empresas e prossionais de diferentes formações para desenvolver atividades no ramo de controle de contaminação em ambientes fechados. Para mais informações acesse www.sbcc.com.br ou escreva para sbcc@sbcc.com.br.
Microblau destaca produtos de sucesso na Febrava 2011 A Microblau, empresa fornecedora de controladores microprocessados para automação de utilidades industriais e comerciais, especialmente para os sistemas de refrigeração, ar condicionado e energia elétrica, esteve presente na Febrava 2011 com diversas soluções. A empresa, que também tem destaque no desenvolvimento de equipamentos e softwares de alta tecnologia, possui vários produtos consolidados no mercado, como o EXXA-SL, NESS-PL e o NESS-LRC. O EXXA-SL é um indicador de temperatura, umidade relativa e pressão diferencial para salas limpas. Ideal para sistemas que necessitam atender a norma CFR21 (art.11) e processo GAMP.
O NESS-PL é um controlador microprocessado para unidade de compressores em paralelo em regime único ou duplo. Desenvolvido para controlar e gerenciar unidades de refrigeração com compressores em paralelo, atende sistemas de resfriados ou congelados, com capacidade para controlar até 5 compressores e 4 grupos de ventiladores. Já o NESS-LRC é um controlador microprocessado para expositores e câmaras frigorícas para aplicações comerciais que, desenvolvido para controlar a temperatura ambiente através do comando das válvulas de controle e ventiladores, efetua todas as rotinas de degelo de forma programada.
Deltafrio apresenta nova identidade visual da empresa
Ao completar 10 anos de atuação no segmento de equipamentos para refrigeração, a Deltafrio vem aumentando a sua área de abrangência de mercado, prossionalizando cada vez mais a sua gestão, ampliando sua gama de produtos e expandindo suas vendas para o mercado internacional.
Para comunicar esta nova fase da empresa, a Deltafrio viu a necessidade de modernizar também a sua Comunicação com o mercado, lançando uma nova identidade visual. Através de uma análise criteriosa de mercado e de design, a empresa , juntamente com sua Assessoria de Marketing, desenvolveu uma nova logomarca, mais moderna e arrojada , que demostra claramente o novo patamar no qual se encontra a Deltafrio. Uma empresa sólida, inovadora , eciente e de competitiva atuação no mercado. 55
22°Congresso Brasileiro de Avicultura terá participação do Ministro Mendes Ribeiro Filho na solenidade de abertura O novo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, conrmou presença na solenidade de abertura do 22° Congresso Brasileiro de Avicultura, evento ocial do setor, que será realizado entre os dias 25 e 27 de outubro no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP). A conrmação foi feita durante reunião entre o ministro e o Presidente Executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, após a solenidade da posse de Mendes Ribeiro Filho, em Brasília (DF). “A presença do ministro brinda o setor em um
momento no qual buscamos trabalhar na busca pela competitividade, frente a grandes desaos no mercado. Para a avicultura brasileira, esta demonstração de proximidade é fundamental”, ressalta Turra. A solenidade de abertura será realizada no dia 25 de outubro, a partir das 11h. Antes, às 9h30, acontecerá o painel “Brasil: Perspectivas e Oportunidades”, com as presenças das Senadoras Kátia Abreu (Presidente da CNA) e Ana Amélia Lemos, e do Diretor Presidente da Embrapa, Pedro Arraes, com mediação de Irineu Guarnier Filho
Congresso Mundial do Couro debate panoramas e perspectivas do setor Com o tema “Presente e Futuro”, o Congresso Mundial do Couro reunirá especialistas de toda a cadeia no dia 9 de novembro, no Rio de Janeiro, no Hotel Sotel Copacabana. Trata-se de um evento ocial do Conselho Internacional dos Curtumes (ICT), com organização do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e Couromoda/Brasil. O Congresso Mundial do Couro ocorrerá no mesmo local e no dia seguinte ao encerramento do Congresso Mundial do Calçado, atividade ocial da Confederação Europeia da Indústria do Calçado, que vai acontecer nos dias 7 e 8 de novembro. Todas as atividades do Congresso Mundial do Couro são baseadas nos negócios do setor, tratando do panorama e das perspectivas do couro dentro de mercados como do calçado, automotivo e de produtos de luxo. Entre palestrantes e debatedores, serão mais de 300 autoridades/experts da cadeia coureira/ mundial, abordando os desaos e as oportunidades para a indústria do couro. Global Leather Summit Tema central: Presente e Futuro (Present and Future) Data: 9 de novembro de 2011 Local: Hotel Sotel Copacabana, Rio de Janeiro (RJ) Quem participa: cerca de 300 especialistas de todos
os setores da indústria do couro, desde empresários a órgãos representativos do setor, técnicos, jornalistas e acadêmicos Quem organiza: o Congresso Mundial do Couro é um evento ocial do International Council of Tanners (ICT), com organização do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e Couromoda/Brasil Apoio institucional: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e APLF Patrocínio Master: Grupo JBS Patrocínio Gold: Lanxess Energizing Chemestry – Sustainable Leather Management by Lanxess e Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec) Patrocínio Silver: Francal Feiras Entidades co-antriãs: Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Ans (AbrameQ) e Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) Media partner: Revista Moda Pelle (Itália) Idioma ocial: Inglês, com tradução simultânea para o Português
LEMBRETE! Serviço: VI Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Carnes Data: 24 a 27 de outubro de 2011 Local: Hotel Colina Verde - São Pedro (SP)
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Empresa promotora: CTC / ITAL - APTA / SAA - SP Informações: eventosctc@ital.sp.gov.br Tel.: (19) 3743-1884 Site: www.apta.sp.gov.br/cursos_eventos1.php?id=1338
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Maciez ao alcance de todos Preferência nacional, a carne bovina ganha maciez com o uso de enzimas A carne bovina é alimento obrigatório no prato do brasileiro. “De primeira” ou “de segunda”, é a preferência nacional se comparada aos segmentos de aves e suínos, ainda que esteja perdendo espaço para as aves, principalmente por conta do seu preço elevado. A cadeia produtiva da carne, também é grande geradora de riquezas para o país. O peso na alimentação Importante fonte de proteína, os nutricionistas recomendam que a carne faça parte de uma dieta balanceada com os nutrientes dos demais grupos de alimentos. Sua maior contribuição à dieta deve-se à quantidade e à qualidade de suas proteínas, à presença de ácidos graxos essenciais e de vitaminas do complexo B (como a B12, ou cobalamina, encontrada apenas em produtos de origem animal) e, em menor proporção, ao seu conteúdo em determinados sais minerais (como o ferro e o zinco). As proteínas da carne apresentam um perfeito equilíbrio de aminoácidos essenciais, ou seja, os que não são sintetizados pelo nosso organismo e precisam ser obtidos a partir da alimentação. No entanto, para o consumidor, não basta que a carne seja nutritiva, ela tem que ser macia e saborosa. Dessa forma, constitui um desao para o setor produtivo, a busca de meios e modos para obter carnes mais macias, uma vez que a maciez é considerada a característica organoléptica de maior inuência na aceitação da carne por parte dos consumidores. No Brasil, a maciez da carne bovina começa a assumir posição de destaque entre as características de qualidade, principalmente como resultado da abertura de mercado. Em seguida, serão abordados os principais fatores relacionados à maciez da carne bovina e mostrar como as enzimas podem auxiliar nesse processo de forma natural. A estrutura da carne São possíveis 21 tipos de cortes entre os considerados “de primeira” e os “de segunda” na carne bovina, no entanto, todos eles possuem praticamente o mesmo valor nutritivo. As carnes de dianteiro, popularmente conhecidas como carnes de segunda, provêm de músculos relativamente pequenos que têm uma função importante na locomoção do animal e na sustentação de certas estruturas, como a cabeça e os órgãos torácicos e 06 58
abdominais. Por esse motivo, têm um alto conteúdo de tecido conjuntivo, que lhes confere resistência. Já as do traseiro, conhecidas como carnes de primeira, provêm de músculos relativamente grandes e individualizados, situados nas regiões do dorso, da pelve e da coxa que, em geral, têm um teor de tecido conjuntivo bem menor. Fatores que inuenciam na qualidade da carne Entre os fatores relacionados à qualidade e à maciez da carne bovina, destacam-se: fatores antemortem (genética, raça, sexo, alimentação, uso de agentes hormonais, idade do animal, estresse e condições ambientais que precedem ao abate) e fatores post-mortem (queda do pH após a morte, união irreversível das bras musculares durante a instalação do rigor mortis, processo de maturação e temperatura da carcaça dos animais recém abatidos). Ainda que esses sejam os principais fatores que inuenciam a maciez da carne bovina durante toda a cadeia produtiva do animal, a mesma sofre inuência de outros processos como transporte, armazenamento, manipulação e método de preparo da carne (temperatura e tempo de cocção). O principal componente da carne é o músculo, sendo o tecido muscular composto por 16% a 22% de proteínas. Os componentes do músculo cujas características determinam a maciez e consistência da carne são as proteínas miobrilares, as do tecido conjuntivo e as do sarcoplasma. Os músculos são compostos por centenas de lamentos contráteis organizados em paralelo, as miobrilas, as quais são constituídas por lamentos nos e grossos, denominados, respectivamente, actina e miosina. Durante a contração muscular, as cabeças de miosina formam pontes com os lamentos de actina, originando um complexo químico conhecido por actomiosina. A formação de actomiosina resulta num estado de rigidez e de relativa inextensibilidade muscular após a morte dos animais e o estabelecimento do rigor mortis. Nos animais vivos ela é um composto transitório, uma vez que as pontes formadas se rompem durante a fase de relaxamento muscular. No estado relaxado, os músculos apresentam o mínimo de sobreposição dos lamentos de actina e miosina. Assim, o estado de contração muscular está diretamente relacionado com a maciez da carne. O lé mignon caracterizase por se uma carne extremamente macia, pois é um exemplo de músculo que é menos utilizado
pelo animal, deixando as bras sem qualquer tipo de rigidez. A quantidade e solubilidade do tecido conjuntivo e o grau das ligações cruzadas intra e interlamentos em uma bra de colágeno, também inuenciam fortemente a maciez da carne. Quanto mais ligações cruzadas, mais insolúvel é o colágeno e, consequentemente, maior é a diculdade para se dissolver durante o processo de cozimento. Animais mais velhos também apresentam maior grau de ligações cruzadas no tecido conjuntivo, tornando-o muito insolúvel. O acém, lagarto, capa de lé e coxão duro são exemplos de cortes de carnes um pouco mais duras, com bras grossas, que exigem mais tempo de cozimento para carem macias. A quantidade e a distribuição da gordura no músculo também inuenciam a maciez. A gordura intramuscular atua como isolante térmico durante a cocção, tornando mais difícil o supercozimento das proteínas musculares, além de lubricar a mastigação e diluir o teor de tecido conjuntivo da carne. Enzimas a favor da maciez Durante muito tempo fez-se uso de meios articiais para o amaciamento de carne através do emprego de ácidos fracos (vinagre e suco de limão) ou do uso de meios enzimáticos, como ocorria entre os índios mexicanos e outros nativos de países tropicais, que utilizavam folhas de mamão para envolver a carne antes da cocção. O amaciamento da carne através de enzimas tem sido objetivo de muitos experimentos e surge como uma técnica ecaz e de fácil uso para agregar valor à carne bovina, despertando o interesse do consumidor. Para superar o desao de alcançar a maciez tão desejada da carne e para atender, dessa forma, as exigências de mercado, as empresas do segmento de produtos cárneos podem contar com uma forte aliada: a papaína. Trata-se de uma enzima proteolítica obtida do mamoeiro (Carica papaya). A papaína é extraída principalmente do látex do mamão verde, ou ainda, do caule e das folhas do mamoeiro. Ela e é capaz de promover a hidrólise das ligações peptídicas das proteínas da carne, produzindo um enfraquecimento estrutural protéico. A ação da papaína sobre as bras de colágeno do tecido conjuntivo e sobre as proteínas miobrilares do tecido muscular contraído resulta no chamado efeito “amaciante” sobre a carne. Empresa especializada na tecnologia de enzimas e outros ingredientes naturais para a indústria alimentícia, a Prozyn possui soluções à base de papaína e de outras proteases que proporcionam uma hidrólise protéica de alta eciência, com baixo custo dose, atendendo as mais variadas necessidades dos fabricantes da indústria da carne. Na fabricação de tempero amaciante, por exem-
plo, a papaína entra como principal ingrediente. Sua temperatura ótima de atuação está entre 65ºC e 80ºC. Dessa forma, seu melhor desempenho ocorrerá no cozimento, quando a temperatura alcança de 70ºC a 85ºC. Já o aquecimento a 90ºC por 30 minutos, inativa totalmente a enzima. Isto explica o fato de o produto não continuar agindo após o cozimento: a papaína desnatura-se e perde sua atividade, ou seja, ela não é mais capaz de atuar sobre as proteínas da carne. O uso do tempero amaciante é simples, bastando apenas perfurar a carne, a m de facilitar a penetração do produto, adicioná-lo sobre a mesma e deixá-lo repousar por cerca de 15 minutos. Não se deve exceder demais esse tempo de modo a evitar um rompimento muito intenso das bras. Em seguida, a carne pode ser preparada como de costume: cozida, assada, grelhada ou frita. Atualmente, os temperos amaciantes são destinados tanto ao comércio varejista quanto ao mercado de Food Service. Outro segmento, no qual as indústrias alimentícias podem se beneciar com a aplicação de proteases é o setor de pratos semiprontos ou de produtos de conveniência. Em pratos de lé a parmegiana, strogonoff de carne ou bifes roles prontos, por exemplo, é possível aplicar a solução à base de papaína para tornar a carne mais macia, fritá-la ou cozinhá-la (quando ocorrerá inativação da enzima) e só depois levá-la ao congelamento. Dessa forma, é possível utilizar carnes originalmente não tão macias e obter menores preços no desenvolvimento desses produ-
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tos, o que facilitaria o acesso a diversas classes de consumidores, cada vez mais exigentes por qualidade e em busca de produtos de rápido preparo. Além da papaína, outras enzimas de origem vegetal têm sido experimentadas, como a bromelina (extraída do abacaxi) e a cina (extraída do go imaturo), bem como outras preparações enzimáticas de origem bacteriana e fúngica. Entretanto, há indicações de que as enzimas proteolíticas bacterianas e fúngicas atuam unicamente sobre as proteínas da bra muscular. Já a papaína, a bromelina e a cina possuem ação efetiva não apenas sobre essas proteínas, mas também sobre o tecido conjuntivo, principalmente sobre a fração de colágeno solubilizada pelo calor. Estudos realizados nas décadas de 50 e 60 mostraram a qualidade da cina como amaciante de carnes. Entretanto, o método de aplicação mais usado ocorria através de injeções ante-mortem da solução de enzima na veia jugular, 15-20 minutos antes do abate, com o intuito de ocorrer melhor distribuição da enzima no sistema circulatório do animal. Outros estudos demonstraram a atividade da bromelina sobre carnes congeladas, uma vez que o processo de refrigeração é o mais utilizado na conservação da carne. Sabe-se que, durante o congelamento, as moléculas de miosina formam ligações cruzadas, gerando um agregado que enrijece a carne. Como a bromelina degrada preferencialmente a miosina, é possível fazer um tratamento prévio, antes do congelamento, para evitar a formação dos agregados protéicos que inuenciam negativamente na maciez da carne. A Prozyn também possui, soluções à base de bromelina, mas vale ressaltar que a papaína é mais termoestável, o que facilita o seu uso em tempero amaciante. Além disso, a papaína destaca-se comercialmente, pois possui uma maior demanda gerada por outras indústrias, tais como a farmacêutica, dermatológica, cervejeira, de couro, pet food, entre outras. Mais por menos Para o consumidor nal, uma das grandes vantagens de utilizar temperos amaciantes produzidos com papaína é a possibilidade de consumir uma carne mais dura e, consequentemente, de menor preço, com a qualidade e maciez semelhantes à de certos cortes cárneos, naturalmente macios, como a alcatra ou contra lé. A enzima é responsável por melhorar a maciez, transformando uma carne mais brosa e dura em uma carne de melhor textura e agradável ao paladar. Já os fabricantes encontram nas soluções da Prozyn diversas vantagens que facilitam o dia a dia da produção: produto em pó, embalagens exíveis 06 60
ao volume de consumo, podendo ser fracionadas para facilitar o processo de produção, dosagens adequadas ao processo, além da facilidade de transporte e de estocagem. E ainda, como principal diferencial de mercado, pode-se destacar a análise de atividade enzimática da matéria-prima e do produto acabado, visando manter a padronização da qualidade do produto nal. Trabalhando dessa forma, a Prozyn está constantemente em busca de soluções que proporcionam aos seus clientes a criação de novos mercados e produtos, redução de custos de formulação e processo, além do aumento da qualidade do produto acabado, agregando valor à cadeia produtiva. REFERÊNCIAS ALVES, D.D.; GOES, R.H.T.B.; MANCIO, A.B. Maciez da carne bovina. Ciência Animal Brasileira, v.6, n.3, p. 135-149, jul./set. 2005. DIAZ, J.A.F. Plan de negócio para la producción de papaína en la séptima región. Curicó: Chile, 2005. FEIJÓ, G.L.D. “Conhecendo a carne que você consome” - Qualidade da carne bovina. Disponível em: http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ doc/doc77/index.html Acesso em: 13 ago. 2008. GIASSI FRIGORÍFICO. Guia sobre carnes. Disponível em: http://giassi.engeplusempresas. com.br/conteudo.php?int=noticia&codigo_not=460 Acesso em: 26 jul. 2008. MAGGIONI, D.; ROTTA, P.P.; MARQUES, J.A., et al. Características histológicas e fatores relacionados à qualidade da carne bovina. Revista Nacional da Carne, n. 375, p. 122-131, 2008. PARDI, M.C.; SANTOS, I.F.; SOUZA, E.R., et al. Ciência, Higiene e Tecnologia da Carne. Goiânia, GO: Editora da UFGV, 2.ed., 624p. 2006. PEDREIRA, C.M.S. Enzimas proteolíticas de plantas usadas no amaciamento da carne: bromelina, cina e papaína. Disponível em: http://www.beefpoint. com.br/?actA=7&areaID=60&secaoID=179&noticia ID=4977 Acesso em: 07 ago. 2008. Outras fontes consultadas: ACNielsen; ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne); CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada); USDA (United State Departament of Agriculture). Artigo de Deise Pires, Especialista da Área de Carnes, divulgado pela Prozyn.
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Com mobilidade se faz economia A tecnologia se consolidou como uma estratégia de economia e de rentabilidade para as empresas, pois possibilita o aprimoramento das atividades e a agilidade na realização dos serviços, consequentemente ela promove uma melhora no atendimento ao cliente. A realização destas ações repetidas vezes em uma organização trará a tão sonhada economia, de mão de obra e de tempo, e o que posteriormente se transformará em lucros. A geração de tantos benefícios pela tecnologia às organizações, fez com as desenvolvedoras se aperfeiçoassem continuamente para apresentar softwares e hardwares mais inteligentes e ecientes para conseguir atender a demanda. Este aperfeiçoamento nos trouxe a disseminação da tecnologia nas empresas e da mesma forma para a sociedade, pois hoje é corriqueira a utilização de algum componente tecnológico no cotidiano, seja um computador ou notebook, um smartphone ou celular, uma máquina digital e um pen drive. Só de smartphones, segundo dados do Gartner, instituto de pesquisas, foram vendidas no mundo 1,6 bilhão de unidades em 2010. Trata-se de um sinal evidente de como as pessoas se voltaram não apenas para a tecnologia, como também para a mobilidade. Desta forma, cabe analisar como as organizações podem fazer uso dela junto aos outros dispositivos e sistemas já utilizados. O ponto de partida está em buscar soluções que sejam adequadas à realidade dos negócios. Há no mercado uma série de dispositivos e sistemas que auxiliam na realização de tarefas à distância, como por exemplo, das áreas de vendas e de pesquisas. Hoje um vendedor já pode chegar a um cliente munido de um pocket ou smartphone e realizar em poucos minutos um grande pedido. Desde a coleta até a transmissão da informação para o setor de distribuição. É permitido, ainda, que seja vericada no ato da compra, a disponibilidade dos produtos no estoque, se o cadastro do cliente contém algum boleto em atraso, a impressão da nota scal, entre outros aspectos que possibilitam maior agilidade por trazer informações de interesse do setor de marketing,
do nanceiro e mesmo de logística. Ao ver uma situação como esta, podemos pensar se a mobilidade realmente contribui para a economia de uma organização. Ou se ela é apenas mais uma invenção e que pode até atrapalhar a vida do vendedor nas ruas e nos estabelecimentos. Vale a reexão sobre o que este pequeno dispositivo móvel pode fazer pela integração de diversas áreas da empresa. Hoje um vendedor tradicional sai às ruas com um talão de pedido, alguns com notebook, um carro e um celular ou rádio. Ao chegar ao cliente, ele verica quais as necessidades e vende uma série de produtos, só que estes podem não estar disponíveis para a pronta entrega. Assim, a venda possivelmente será perdida ou ele terá que ligar ou retornar ao estabelecimento para realizar uma nova venda. Somente com este simples exemplo já conseguimos medir tudo o que foi desperdiçado pela ausência do dispositivo: o tempo do vendedor, o combustível e do mesmo modo a possibilidade de realizar outras vendas para outros interessados. É evidente que esta ação não trouxe vantagem e nem economia para a empresa, somente despesas. Se o vendedor estivesse portando um dispositivo móvel, ele vericaria a disponibilidade em estoque e, em caso negativo, ele até poderia oferecer outro para o cliente e garantir o sucesso da visita. Este tipo de recurso tecnológico pode diminuir a devolução dos produtos, que dentro de uma empresa não pode ultrapassar os percentuais de 6% a 7%. Dispositivos que simplicam tarefas de emissão de pedidos e acompanhamento de ordens de serviços, como também realizam a emissão das notas scais com segurança. Além disso, permitem à distância o gerenciamento da equipe e do que foi vendido pelo líder e a rastreabilidade. Este último caracteriza-se por uma vantagem muito grande nos centros urbanos, devido ao recurso de traçar rotas, que evita que o vendedor que por horas no trânsito, bem como acompanhar qual a região que está e se já realizou uma visita a um cliente que pode alterar consideravelmente a receita em uma empresa. A aplicação da mobilidade promove uma economia de até 20% nas despesas das empresas. Mas é evidente que o efeito positivo só será visto e com mais clareza, se a estratégia estiver atrelada ao planejamento da empresa e se forem explorados ao máximo os seus recursos, bem como vericar as reais vantagens das operadoras de telefonia, dos pacotes de dados e os aparelhos que serão utilizados. Marcos Paulo Amorim é diretor-executivo da Blink Systems,
empresa de soluções em mobilidade. Site: www.blink.com.br E-mail para contato: redacao@atozcomunicacao.com.br
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E as Metas de Atuação? Qual o grande desao de um líder? Direcionar, educar, acompanhar, inspirar, cobrar, motivar e tantos outros verbos no innitivo. Mas de todos os verbos citados, sinto que na prática, o campeão deve ser o cobrar. O problema é como se faz a cobrança. A cobrança hoje, na maioria das empresas é burra! Burra em se traçar uma meta nanceira e seja o que Deus quiser. Números denidos por históricos passados, percentual de crescimento desejado, momento do mercado ou até mesmo intuição. E depois do número denido e divulgado para a equipe começa a eterna correria para atingir o desejado numeral. Mas, e as metas de atuação? Quem deve direcionar, educar, acompanhar, inspirar, cobrar e motivar de uma forma justa? O líder, é claro! Agora entra a minha sugestão. Além de traçar metas nanceiras, criar as metas de atuação que nada mais são do que a forma, o caminho que o líder espera que o prossional de vendas trilhe para atingir determinado objetivo. Deve ser simples, direta e elaborada em conjunto com o seu executor anal, a era do líder impositor já foi faz tempo. Veja algumas dicas: Crie critérios de medição. Elabore uma forma de medir a execução do plano. Estipule um período de duração, nem curto demais, nem longo demais. Um plano de atuação com duração de três a quatro meses está de ótimo tamanho. Faça avaliações constantes e dê um feedback no estilo - totalmente insatisfatório, parcialmente satisfatório, satisfatório e excelente. Seja especíco em cada ponto. Dena a forma como você deseja que o prossional atue e seja especíco. Imagine, por exemplo, que a sua empresa vende produtos para hotelaria: a meta é de prospectar 10 clientes no mês, não é o bastante. O ideal é deixar mais claro. Veja: Prospectar 10 clientes/ mês no grupo: Hotel - subgrupo: Hotel Turismo no Estado de SC e na Região do Vale do Itajaí. Assim ca muito mais claro! Nada de exageros. As metas de atuação não são para ser um tratado governamental com 200 páginas. O ideal é que não passe de uma página e direcione a forma de atuar e seja condizente com a estratégia denida. Direcione o prossional para atividades que agreguem valor e que o auxiliem a manter o foco e a disciplina na sua rotina. Acompanhe e dê feedback. Outro ponto em que os líderes pecam é na questão de acompanhar. Atropelados pela própria rotina acabam por esquecer que a meta principal do líder de vendas é fazer os outros venderem. Sugiro que ao menos uma vez por semana e não mais do que quinze dias, com duração do encontro pré-determinado, se reúna com o prossional e faça a seguinte pergunta: O que você está fazendo para atingir as suas metas? Caso a empresa tenha um sistema de vendas peça para ele mostrar os lançamentos feitos e os negócios, prospecções e recuperações de inativos em andamento. Deixe-o falar, ouça e depois faça suas sugestões ou críticas, sempre construtivas. Essa forma de atuação é simples, direciona e dá foco. Além disso, os membros da equipe se sentem mais seguros e verdadeiramente liderados. Inteligência em vendas é isso! Contribuir para que as vendas aconteçam de forma natural e sustentável, sempre direcionando cada prossional dentro das suas características e pontos fortes. Sem as metas de atuação o m do mês é sempre uma loucura quando a meta não consegue ser atingida. Uma correria danada, preço lá embaixo, vendedores estressados e mal direcionados. Sem estratégia, não há resultados. Sem pessoas bem direcionadas, não há estratégia que funcione. Simples e difícil assim! Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos. Diretor
da Clientar - Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de "Paixão por Vender" (Editora EKO), entre outros livros. Site: www.pauloaraujo.com.br. Twitter: @pauloaraujo07
Dica de leitura O executivo e sua tribo O executivo e sua tribo desaa o conhecimento convencional sobre liderança. O livro prova que muitos conceitos e comportamentos estão, na prática, ultrapassados. E vai além: mostra como eles travam o crescimento de muitas empresas. O relacionamento entre as cheas e as tribos (colaboradores) pode explicar por que grandes empresários frequentemente fracassam em um novo ambiente ou o que leva líderes “medianos” a parecerem melhores do que realmente são. Ou, ainda, por que boas estratégias muitas vezes falham na prática. As divisões e as companhias que são comandadas por "líderes tribais" estabelecem o padrão de desempenho – desde a produtividade e a lucratividade até a retenção do empregado. “Os líderes tribais são ímãs de talento, com pessoas tão ansiosas para trabalhar para eles que aceitariam até uma redução de salário, se necessário”, comentam os autores. Durante dez anos, o trio de consultores entrevistou mais de 24 mil pessoas, em mais de vinte empresas de diversas áreas e tamanhos. As conclusões desse estudo inédito ajudam a identicar o segredo do sucesso de equipes como a que criou o iPod, na Apple, e outras tantas que viraram referência no mundo dos negócios. Título: O Executivo e sua tribo Editora: Planeta do Brasil Autores: Dave Logan, John King, Halee Fischer N. de páginas: 312 Preço médio: R$ 39,90 63
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