its Teens Joinville - 20

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Revista Its Teens Joinville nº 20 2017 | R$ 9,80

ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE JOINVILLE CONTAM COM SALAS DE RECURSOS PARA ATENDER CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA




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32 GALERIAS

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SUSTENTABILIDADE

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CAPA

WI-FI

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CULTURA POP

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ENERGIA

conteúdo 8 | CULTURA POP

10 | WI-FI

14 | ENERGIA

Onde esconderam os hits das divas do pop que não ficaram entre as dez colocadas no Hot 10 da Billboard, gente? Desde 1984 as mulheres estão entre os nomes mais bem colocados, mas parece que esse jogo virou. No topo da lista, menino Ed Sheran desbanca qualquer um com “Shape of you”. Se bem que Selena Gomez ficou bem encostada nos destaques conquistando a 11ª posição com “It ain’t me”.

No fim de abril foi lançado o último celular BlackBerry do mercado – ou pelo menos é isso que a fabricante diz. O BlackBerry KeyOne será a despedida do aparelho com a marca que foi uma das mais populares dos anos 2000, o que bate até um pouco de saudades para os mais velhos que muito usaram o teclado analógico.

O processo de economia de energia que se inicia no telhado da Escola Municipal Professor Júlio Machado da Luz, no Nova Brasília, com a instalação das placas de energia solar, tem a concretização efetiva dentro da sala de aula: quando o tema vira conteúdo para a disciplina de matemática.

22 | CAPA

28 | SUSTENTABILIDADE

32 | GALERIAS

Quem passa entre as salas da Escola Municipal Professora Virgínia Soares, no bairro Floresta, vê brilhar de longe dois corações em vermelho numa porta branca: é a sala de recursos multifuncionais, em que a professora Carla Simone Schubert de Almeida Coelho, 44, simboliza o amor que se multiplica para os 37 alunos que precisam do atendimento educacional especializado.

A caixa de sapato que seria descartada para a reciclagem, virou material pedagógico para as professoras Cristiane Bachel, 36, de matemática, e Silmara Ferrari Diniz, 50, de arte. Ao se depararem com o alto número de tabletes danificados na Escola Municipal Avelino Marcante, no Bom Retiro, as duas resolveram unir as disciplinas para desenvolver cases e criar o projeto: “Quem disse que medir, cortar e proteger não dá matemática?”.

Se você fez questão de ser fotografado pelas lentes da its, corre para ver o seu rostinho publicado na nossa galeria.

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


DANCING BRASIL COM XUXA MENEGHEL SEGUNDA, 22H30

Classificação indicativa: Livre


EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br

JÉSSICA STIERLE

Diretor Superintendente Reynaldo Ramos Jr. | reynaldo@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC

Mais do que nunca “o diferente é ser normal” tem se tornado verdade. Enche o coração saber que adultos impulsionam a educação para que todos tenham direito ao conhecimento e informação.

Ao conhecer os alunos e professores que fazem parte da Atendimento Educacional

Especializado (AEE), tenho certeza de que você vai mudar a forma como enxerga a educação da sua cidade. Uma pitada de amor, carinho e zelo mudam qualquer circunstância, e na escola isso é revertido em inteligência e futuros promissores. Depois de conhecermos e nos encantarmos com o que é realizado nas unidades, tá na hora de dividir tudo o que descobrimos com você, afinal de contas, é na escola que a gente acontece.

Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Michel Teló Part. Maiara e Maraisa - Modão Duído Cheat Codes feat Demi Lovato - No Promises Lady Gaga - Million Reasons Ed Sheeran - Perfect

Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br

OS CULPADOS

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3,000 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

LUCAS INÁCIO

MATEUS PEREIRA SILVEIRA

facebook.com/revistaits @revista_its

PRISCILA ANDREZA DE SOUZA 6 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

RENATA BOMFIM

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Rua Ministro Calรณgeras, 680 Centro - Joinville - SC 47 3422-1951

Rua Santa Catarina, 2684 Floresta - Joinville - SC 47 3422-1272

Rua Sรฃo Brรกs, 136 Vila Nova - Joinville - SC 47 3422-9965

/gilbertoautoescola


CULTURA POP

CADÊ AS MULHERES

na Billboard?

Olha só a listagem divulgada no mês de abril pela Billboard:

1. “Shape of You,” Ed Sheeran 2. “That’s What I Like,” Bruno Mars

3. “Humble.,” Kendrick Lamar 4. “Sign of the Times,” Harry Styles 5. “Something Just Like This,” The Chainsmokers & Coldplay

Depois de 33 anos, nenhuma mulher ficou entre os dez primeiros colocados do Hot 100 Billboard Onde esconderam os hits das divas do pop que não ficaram entre as dez colocadas no Hot 10 da Billboard, gente? Desde 1984 as mulheres estão entre os nomes mais bem colocados, mas parece que esse jogo virou. No topo da lista, menino Ed Sheran desbanca qualquer um com “Shape of you”. Se bem que Selena Gomez ficou bem encostada nos destaques conquistando a 11ª posição com “It ain’t me”. Mas com boa colocação ou não, as mulheres continuam com força e ganhando cada vez mais espaço. Seguida de Selena, Julia Michaels, AnneMarie e Alessia Cara ocupam boas colocações. 8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

6. “iSpy,” KYLE feat. Lil Yachty 7. “Mask Off,” Future 8. “XO TOUR Llif3,” Lil Uzi Vert 9. “Body Like a Back Road,” Sam Hunt 10. “Paris,” The Chainsmokers


RESPIRA, NÃO PIRA E ESCUTA ALOK Parece que o DJ sensação do momento não para mais de lançar hit. Pelo menos é o que tudo indica com a nova parceria com o cantor americano IRO! A música “Love is a temple”. Haja coração, amigo!

XOXO, Gossip Girl

Os queridinhos do Upper West Side, Ed Westwick e Leighton Meester, nossos eternos Chuck Bass e Blair Waldorf, parecem não entrar na onda de um revival de Gossip Girl. Em entrevista a uma rádio americana, Ed comentou que não fez coisas suficientes desde o fim da série para se sentir confortável para revisitar a história. Leighton apelou para a idade “Eu comecei ‘Gossip Girl’ há 10 anos, quando eu tinha 20, e hoje eu tenho 30. Eu amei fazer, mas agora estou fazendo outras coisas que eu amo”, disse a atriz. #choracoleguinhas

TOMBEI Ao que tudo indica, os meninos do BTS, grupo de K-pop, também estão avançando para territórios americanos. Registrados ao lado do produtor Steve Aoki! numa foto divulgada nas redes sociais, já ligou o alerta dos fãs: será que vem parceria por aí? Aguardemos os próximos capítulos.

#VEMJOHN Prepara os lenços - e o bolso - porque o menino John Mayer desembarca no Brasil em breve. A tour “The Search For Everything” rola em outubro, ainda dá tempo de economizar e aproveitar a época de meia-entrada.

E O MUNDO DÁ VOLTAS… Alô, produção? Katy Perry versão 2017 poderia facilmente substituir a Miley Cyrus de 2013 ou estamos enganados?

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WI-FI Por Lucas Inácio

O ÚLTIMO DOS BLACKBERRYS

No fim de abril foi lançado o último celular BlackBerry do mercado – ou pelo menos é isso que a fabricante diz. O BlackBerry KeyOne será a despedida do aparelho com a marca que foi uma das mais populares dos anos 2000, o que bate até um pouco de saudades para os mais velhos que muito usaram o teclado analógico. Ele vem com sistema Android, 3GB de memória RAM, duas câmeras de 8 e 12MP e preço de US$549 (aproximadamente R$1,7 mil), além do teclado tradicional já citado. Um celular comum com preço alto e que aposta na nostalgia para ganhar uma graninha.

MARAVILHAS DA

TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its

REALIDADE VIRTUAL PARA O POVO

Ok, não é tão popular como o título sugere, mas de fato a Acer anunciou o lançamento de um equipamento de realidade virtual com preço mais acessível ao público. O Acer Mixed Reality terá preço estimado de U$300 e conta com um desenho mais discreto que os óculos de realidade virtual lançados até o momento. Ainda não se sabe quando o aparelho vai começar a ser comercializado, mas isso indica que estamos próximos da popularização da tecnologia VR, deixando os gamers fissurados pela novidade.

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AJUDINHA NO MORRO Para quem curte fazer trilha de bicicleta, é comum aquele trecho para profissionais em que a galera não consegue subir ou, quando sobe, é carregando a magrela no braço. Mas uma tecnologia já está ganhando adeptos entre os praticantes do mountain bike: a bicicleta elétrica. Movida por um motor elétrico que dá uma forcinha naqueles trechos mais difíceis, os modelos avançados recarregam durante as pedaladas da prova e não precisam necessariamente de tomada. O equipamento tem seus haters, mas está se tornando cada vez mais popular nos EUA e pode ser encontrada no mercado brasileiro, inclusive. O preço é meio salgado (a partir de R$ 4 mil), mas pode ser um estímulo para elevar seu nível.

FUTEBOL TOUCH SCREEN O Campeonato Brasileiro começou e agora os viciados em futebol devem estar empolgados, por isso fica a dica para bater aquela bolinha no seu celular com o Dream League Soccer 2017. O jogo tem toda parte de contratações e gerência dos times e de estádio, mas o legal mesmo é ir para campo e desafiar a galera online. O gráfico lembra o de alguns jogos clássicos de futebol e tem recursos semelhantes aos jogos de PS2. Fica a dica para quem não aguenta esperar os fins de semana para ver seu time jogar.

PARA OS FÃS DE NOIR Difícil ver uma foto feia em preto e branco, mas na hora de clicar a gente sabe que não é tão fácil assim fazer uma. Por isso, um aplicativo de fotos chamado Hypocam pode ajudar a fazer aquelas fotos mara com o uso de luz e sombra. O app só tem uma opção de filtro: P&B, mas ele tem várias outras opções para mexer na composição das fotos, como contraste, exposição, brilho e medição de iluminação. Além disso, para quem quer aprender a compor fotos desse tipo, o Hypocam apresenta dicas bem legais e ensina como fazer, aí você não vai precisar ficar só babando nas fotos dos outros.

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ESCOLA ABERTA

Notícias das

Escolas

TEATRO ALERTA CRIANÇAS E ADOLESCENTES SOBRE ABUSO SEXUAL ASSUNTO FOI ABORDADO COM OS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL PAULINE PARUCKER Alertar as crianças quanto à violência sexual e apresentar formas e locais para pedir ajuda. Esses foram objetivos do teatro “Escuta que não é brincadeira”, apresentado nesta segunda-feira (22/05/2017) para mais de 600 alunos do 4º ao 9º ano da Escola Municipal Pauline Parucker, no bairro Boehmerwald.

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A tarefa de explicar às crianças as diferenças entre gestos de carinho e de abuso sexual, como se defender e onde procurar ajuda coube à boneca de pano Araceli e ao soldado Brigadeiro. Eles são os brinquedos dos irmãos Marina, de 6 anos, e Heitor, de 9. “A gente não deve deixar ninguém tocar nas nossas partes íntimas, e não deve fazer isso com o outro”, alerta a boneca Araceli. A apresentação, da Casa Teatral Produções, fez parte da programação

organizada pela Secretaria de Assistência Social – SAS, por meio dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social – CREAS, para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio. Foram cinco espetáculos em escolas e também em seminário sobre o assunto realizado na sexta-feira. A coordenadora do Creas Sul, Luciane Gamper Fagundes, destaca que o espetáculo, além de abordar as formas de abuso, enfatiza onde procurar ajuda. “Essa ajuda pode vir da escola, da família, dos postos de saúde, dos Creas, dos Cras, do Disque 100. Às vezes, a família não acredita, não ouve. O espetáculo mostra que as crianças e adolescentes podem buscar apoio em outros locais, com profissionais que estarão pontos para ajudar”, ressalta. Para a orientadora da escola, Bernardete Ferreira, ações como essa servem para prevenir e alertar. “Se é algo que acontece desde muito cedo, a criança acha que é normal. Por meio do teatro, ela vê que isso não pode estar acontecendo, que ninguém pode tocar em certos locais, e acaba se sentindo encorajada a pedir ajuda”, ressalta.


CRIANÇAS DO CEI LÍRIO DO CAMPO TROCAM EXPERIÊNCIAS COM ÍNDIOS DA ALDEIA TARUMÃ FAMÍLIAS DOS ALUNOS TAMBÉM ESTIVERAM NO ENCONTRO E PARTILHARAM UM CAFÉ COM OS ÍNDIOS O Centro de Educação Infantil Lírio respeito pela cultura indígena”, completa. ta por ela em cinco anos, já que seu do Campo, no bairro Fátima, em JoinvilO encontro foi realizado no pátio do filho mais velho também estudou na le, promoveu na tarde desta quarta-feira CEI, com a presença de 20 pessoas da al- unidade. “É um projeto diferente de (17/05/2017) o encontro de suas 200 deia, entre adultos e crianças. Os índios todos os outros. Vejo que meu filho crianças com integrantes da aldeia Tarumã, apresentaram seu coral e peças de artesa- está aprendendo melhor, sem decorar. de Araquari. O evento atende à curiosidade nato. O cacique Sergio Moreira explica que Em casa, ajudamos a fazer uma flecha, de uma turma sobre os índios, despertada integrantes da aldeia já estiveram em esco- e ele sabia o que os índios usam para no desenvolvimento do projeto “De Norte a las, mas essa é a primeira vez que visitam pintar, por exemplo. Está tendo a oporSul, em tudo o sabor de uma história”, que um centro de educação infantil. tunidade de ter um contato direto com incentivou os alunos a conhecerem sobre Ele acrescenta que esses encontros os índios, e isso ele nunca mais vai esas regiões do Brasil. são uma troca de cultura e ajudam os ín- quecer na vida”, ressalta. “Para iniciar o projeto, contamos a dios a se atualizarem com os dyruá (hoA diretora do CEI, Priscila Ribeiro história do Brasil e de seus primeiros habi- mem branco). “Mas o mais importante é de Miranda, explica que o projeto teve, tantes, os índios, fato que despertou o inte- poder mostrar para as pessoas que houve desde o início, o objetivo de ir além das resse das crianças. Partindo disso, começa- uma evolução: existe o índio do passado e questões básicas trabalhadas no dia a mos a explorar a cultura deles, a construir existe o índio do presente”, destaca. A al- dia. Cada turma trabalha, com o envolartesanatos. E para enriquecer o conheci- deia conta com 10 famílias, num total de vimento da família, uma região do Brasil, mento, decidimos trazer os índios para cá”, 40 pessoas. e as turmas interagem. Os índios chamaexplica a professora Kessia Fruit Garcia. As famílias das crianças também esti- ram a atenção das crianças por serem os A turma de Kessia, do 2º período veram no encontro e partilharam um café primeiros habitantes. “Como seria muito (crianças de 5 anos), ficou com a região com os índios. Também providenciaram a difícil levarmos todas as crianças do CEI Norte, justamente a que apresenta o maior doação de mais de 200 quilos de alimentos à aldeia, fizemos o convite para que os número de indígenas no Brasil, aguçando para a aldeia. índios viessem até aqui. E todos se enainda mais a curiosidade das crianças. “É Para Ana Amélia Zuge, mãe do alu- gajaram para organizar o encontro, da importante para elas saberem como os ín- no Miguel, 5 anos, o projeto envolveu servente ao vigilante. Estou muito orgudios vivem hoje, como se vestem, e adquirir as famílias de de uma forma nunca vis- lhosa”, destaca Priscila.

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#KERO

Baphônica esta jaqueta das lojas Renner como o lema da its, inclusive. A gente não amou, a gente já faz juras de amor eterno! #medá R$219,00

#Kero Os nossos queridinhos do momento também podem ser o de vocês, né? Prestem atenção o que roubou os nossos corações nesta edição:

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A coleção de esmaltes da Vult não para de crescer! Desta vez a marca aposta em mais 8 esmaltes cremosos e 1 perolado, que trazem tons elegantes e sóbrios, que vão bem em qualquer ocasião, desde a rotina escolar, até para aquele rolê com o contatinho R$6,50


A gente está sem estrutura para estas coleções de botas e tênis que estão em alta e, só por isso, fizemos um destaque do mês: Aquela tendência de tênis cano alto já virou clássico que não tem nada a ver com o clima, mas com estilo… e põe estilo nisso. O modelo masculino SK8-HI está disponível no site da Vans… e nos nossos desejos também! R$279,99 Lançamento da Kolosh, o abotinado é a cara da estação com 12 modelos diferentes para que você possa combinar com todos os looks da vida, miga! Valor não divulgado no site da loja

O boné deixou de ser usado apenas pelo público masculino e invade cada vez mais os looks das meninas que não dispensam uma ousadia na composição. Este modelo da Vans com a cor da estação também tem a mesma cor do nosso coração e, olha só, que incrível. R$89,99

QUERO CAFÉÉÉÉÉ! Porque com essa nova caneca da Imaginarium perfeita para viagem, agora não tem desculpa ficar sem o combustível de muita gente por aí… até o nosso. R$49,90

O que é que você ainda não viu nesse DVD para não viciar, Brasil? Porque aqui na redação é Marília Mendonça da hora que entra até a hora que sai… para continuar ouvindo no carro. Só entrar no site da Som Livre para correr e comprar esses hinos que embalam nossas produções! R$29,90

Lacradora, a Melissa Stellar é a aposta de quem não quer passar desapercebida naqueles dias que pedem pés protegidos do frio do sul! Com salto tratorado e fechamento em amarração, esta bota é tudo que você precisa para dar um upgrade no visual. Gostou? Veja as cores disponíveis no site da Portinhola: www.portinhola.com.br R$290,00 ou em até 6x de R$48,33

Para esquentar os pés e os looks de inverno, o segredo é investir em calçados de veludo. O material se consagra como ‘A’ tendência da temporada, surgindo em várias versões. A carta coringa é esse modelinho da Piccadilly, que pode ser usado em qualquer situação. Vale a aposta! R$199,18

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CAPA Por Renata Bomfim

Escolas da rede municipal de Joinville contam com salas de recursos para atender crianças com deficiência

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Quem passa entre as salas da Escola Municipal Professora Virgínia Soares, no bairro Floresta, vê brilhar de longe dois corações em vermelho numa porta branca: é a sala de recursos multifuncionais, onde a professora Carla Simone Schubert de Almeida Coelho, 44, simboliza o amor que se multiplica para os 37 alunos que precisam do atendimento educacional especializado. Desde que entrou numa sala de aula de ensino regular, Carla lembra que sempre foi privilegiada de ter alunos com necessidades específicas. “Eu tive um aluno, na EM CAIC Professor Mariano Costa, que todas as salas de aula eram no primeiro andar e esse aluno fazia uso de muletas”, recorda. “Era uma angústia para mim, porque eu imaginava aquele aluno caindo. Então, nós tínhamos combinado assim: ele subia e eu ia atrás dele, porque se ele caísse, eu o seguraria e todos os outros alunos me segurariam; embora todos caíssem juntos, ele não se machucaria tanto”.


Professora Carla Simone Schubert de Almeida Coelho, 44, comeรงou este ano o atendimento com o aluno Israel Stahnke Lozada, 6

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Na pedagogia há 17 anos, há seis foi indicada para trabalhar com atendimento educacional especializado pelo Núcleo de Educação Especial da Secretaria de Educação de Joinville e recebe formação específica para trabalhar com alunos como Israel Stahnke Lozada, 6, diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista, caracterizado como uma dificuldade para se ter interação social) e altas habilidades. quando se tem o desenvolvimento acima da média. “Este é o primeiro ano dele aqui, mas nós vamos trabalhar o enriquecimento curricular, porque ele se alfabetizou com quatro anos”, aponta Carla. “Além disso, vamos trabalhar a questão da socialização com o outro, que é uma situação que a mãe co-

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locou, porque ele não percebe o outro também como protagonista.” Sempre atento a tudo o que acontece ao seu redor e observador, Israel já sabe o que ser quando crescer: construtor. O menino, alfabetizado antes de entrar na vida escolar, lê tudo o que vê pela frente e tem curiosidade para aprender a mexer em até na câmera do fotógrafo, que mesmo com palavras em inglês, acredite: consegue ler. No outro lado na cidade, mais especificamente na Escola Municipal Valentim João da Rocha, no bairro Vila Nova, a professora de atendimento educacional especializado, Geisa do Nascimento Hendel, 40, também se depara com um alu-

no que, assim como Israel, tem TEA e altas habilidades. Miguel Cattoni Borba, 8, está no terceiro ano e sabe falar em inglês, espanhol e até cantar e traduzir músicas em japonês. Fã de youtuber como Rezende Evil e do canal AuthenticGames, o estudante ingressou este ano no curso de robótica oferecido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e sonha construir seus próprios jogos. Dentro da sala de aula, Miguel tem o apoio da auxiliar de ensino Ana Paula Portella Batista, 22, que o acompanha nas atividades e aprendizado durante o período escolar. Apesar de não ter frequentado o atendimento do AEE no ano passado, ele também era monitorado pela Geisa e pelos professores do ensino regular.


NA FUNÇÃO! A sala de recursos multifuncionais não serve como reforço escolar, mas como apoio ao desenvolvimento do aluno. O objetivo de ter este espaço dentro do ambiente escolar é possibilitar ao professor de atendimento educacional especializado identificar, elaborar e organizar os recursos de acessibilidade ao conhecimento e todas as estratégias de apoio para o professor e para o aluno, como esclarece a professora Carla.

Professora Geisa do Nascimento Hendel e os alunos Miguel Cattoni Borba e Ana Cristina Machado Costa

“Eu aprendi os idiomas e coloco no tradutor da internet”, comenta Miguel. Fissurado por séries japonesas, aprendeu o idioma enquanto assistia a seriados de desenhos. Mas, em contrapartida, há alunos que já construíram uma história dentro do AEE, como é o caso da Ana Cristina Machado Costa, 12, aluna do sétimo ano, diagnosticada com deficiência intelectual, frequenta há três anos o atendimento. “A Ana teve muito progresso, e isso não foi só o trabalho do atendimento educacional especializado, mas de todos. Ela é uma aluna que se supera a cada ano, e a família é muito presente, acompanha e se preocupa”, destaca Geisa.

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A TECNOLOGIA A FAVOR DA EDUCAÇÃO

Entre os alunos com necessidades específicas, Carla percebeu que um, em especial, tem um vínculo muito forte com o celular. A professora identificou que o aluno, diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista), ficava instável quando não tinha o aparelho telefônico em mãos. Foi, então, que ela, junto com a professora de sala de aula, resolveu usar a tecnologia em prol do ensino. “Não é ficar com o celular por ficar. Houve uma adaptação do conteúdo e a gente se utilizou daquela situação que ele precisa ao nosso favor.”

De olho no planejamento Para atender o aluno na sua especificidade, cada professora de AEE constrói um planejamento específico para cada atendimento. De acordo com Geisa, tudo começa a partir de um estudo de caso. “Nós temos uma conversa com a professora de sala de aula regular e com a família do aluno e depois fazemos uma avaliação. Nós temos todo o histórico da criança, todas as dificuldades que ela enfrenta, e a partir desse estudo de caso que se desenvolve um plano de atendimento educacional especializado e diagnosticamos o que cada aluno precisa.”

Reconhecimento nacional A iniciativa da professora Carla ganhou repercussão nacional e colocou o projeto das sacolas das habilidades em sexto lugar, no concurso promovido pela Universidade Federal do Ceará. “As sacolas contam com jogos e recursos pedagógicos que contemplam as várias habilidades para o aprender: atenção, concentração, raciocínio lógico e verbal, memória e outros. São jogos prontos e confeccionados, eles levam para casa para brincar com a família, elemento importante do projeto”, destaca a professora. “As crianças, de um modo geral, precisam ter atividades exitosas. Porque isso é uma questão de nível cerebral.

“Nosso maior desafio é ainda fazer com que as pessoas entendam e compreendam que o lugar da criança com deficiência é no ensino regular, que é possível. Que não é a criança que tem que mudar, nós é que precisamos fazer isso.” Geisa do Nascimento Hendel

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INFORME-SE! Só na rede municipal de ensino, 53 escolas contam com as salas de recurso multifuncional para atender alunos que precisam de atendimento educacional especializado no contraturno escolar.

“Nós temos condições psicológicas e também cerebrais de aprender. Isso me dá certeza de que todo ser humano evolui, independente da sua condição. Eu não acredito e não aceito o ser humano que diz que não aprendeu nada, isso não existe. Nós nos transformamos todos os dias, então, todos os estímulos que recebemos - e os estímulos que nós também proporcionamos aos outros - nos fazem diferentes.” Carla Simone Schubert de Almeida Coelho

Parte da equipe pedagógica da Escola Municipal Professora Virgínia Soares REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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SUSTENTABILIDADE

Fotos: Renata Bomfim

Por Renata Bomfim

“Quem disse que medir, cortar e proteger não dá

MATEMÁTICA?” 22 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


Projeto de capas para tablet apresentado na 32ª Feira Catarinense de Matemática é classificado para etapa nacional

Professoras e alunas representantes do projeto de capas para tablet na 32ª Feira Catarinense de Matemática

A caixa de sapato que seria descartada para a reciclagem virou material pedagógico para as professoras Cristiane Bachel, 36, de matemática, e Silmara Ferrari Diniz, 50, de arte. Ao se depararem com o alto número de tablets danificados na Escola Municipal Avelino Marcante, no Bom Retiro, as duas resolveram unir as disciplinas para desenvolver cases e criar o projeto: “Quem disse que medir, cortar e proteger não dá matemática?”. A ideia, que era para ser apenas com uma turma do oitavo ano, deu tão certo que foi ampliada na escola para as turmas que recebem o aparelho eletrônico, do sexto ao nono ano. “Numa reunião feita aqui na escola, uma professora lançou a ideia de uma solução para proteger os tablets”, relembra a professora Silmara. “Ela pensou, então, em capinhas para proteger os tablets, jogou para o grande grupo, e eu e a professora Cristiane abraçamos a ideia. Como estava na época da 32ª Feira Catarinense de Matemática, nós nos candidatamos.” Para as alunas do nono ano que representaram a escola nas etapas municipal, regional e estadual, Barbara Luiza Barbosa Emrich, 14, e Lauren Campos Oedimann, 14, a ideia das capas para os tablets foi muito mais em conta e contribuiu para diminuir o número de ocorrências com aparelhos quebrados. Na pesquisa feita para o trabalho interdisciplinar, como conta a professora Cristiane, o resultado apontou que 222 tablets estavam em uso, 42 com as telas quebradas e 22 danificados por outros motivos. “Foi uma ideia que deu certo”, comenta Lauren.

ARTE E MATEMÁTICA: A COMBINAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE Para tirar a ideia do papel, o primeiro passo começou durante as aulas de matemática da professora Cristiane. “Para fazer os cálculos, nós começamos a medir as caixas de sapatos e calculamos a área e, para isso, fizemos vários retângulos, que seria mais fácil de calcular. Depois disso, foi feito o cálculo do volume usando comprimento, altura e largura”, destaca a professora. Para Barbara, foi difícil no início entender todos os cálculos, mas depois deu certo. Além do cálculo, a turma também pesou a quantidade de papelão utilizada para ver quanto material que seria descartado poderia ser reutilizado. Depois de recortada, as capas de tablets passaram a ganhar vida nas aulas de arte da professora Silmara. Com o espaço para os alunos soltar a criatividade, cada um personalizou as capas do seu jeito: uns escolheram tecidos coloridos; outros preferiram pintar. Para deixar ainda mais protegido, o interior das capas foi revestido com plástico bolha ou até mesmo com tecido, para amortecer os possíveis impactos. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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ENERGIA Por Renata Bomfim

SOL + TECNOLOGIA X ECONOMIA =

CONHECIMENTO

Conheça a escola Professor Júlio Machado da Luz, a primeira a receber a instalação de placas de energia solar em Joinville

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O processo de economia de energia que se inicia no telhado da Escola Municipal Professor Júlio Machado da Luz, no Nova Brasília, com a instalação das placas de energia solar, tem a concretização efetiva dentro da sala de aula, quando o tema vira conteúdo para a disciplina de matemática. Instalado na escola há quase um ano por meio de uma parceria entre o Ins-

tituto General Motors (IGM) e o Rotary Club de Joinville, a implementação espera surtir efeito de 30% na fatura mensal da escola. “O nosso consumo varia, em média, de mil reais”, aponta a diretora, Vanessa Triervailer de Souza, 35. “O objetivo é pensar mesmo no meio ambiente, na sustentabilidade. O projeto visa à economia de energia e à preservação do meio ambiente.” Segundo dados de 2015


VOCÊ FAZ A DIFERENÇA! Para despertar a consciência e ajudar na preservação do planeta, você precisa dar este passo. Como fazer, você sabe, mas não custa reforçar. da unidade, o consumo de energia, em média, chegava a atingir 1500 kW hora/mês. Com a chegada da energia fotovoltaica, a economia busca atingir 500 kW hora/mês. A unidade é a primeira a ter instalação de energia fotovoltaica, e isso motivou a galera a atrelar a iniciativa aos projetos pedagógicos. A professora Mirian Schattschneider, 41, iniciou com os alunos do terceiro ano ainda no ano passado e pretende levar a ideia para as que estão começando esta fase na escola este ano. “Quando o aparelho foi instalado, eu pensei em fazer uma pesquisa na casa dos alunos com a conta de energia deles”, relembra. “Nós fizemos um cálculo para ver o consumo de cada casa e trabalhamos com a questão da matemática colocando em gráficos quanto cada família gastava em média.” Para começar o trabalho ainda no início do ano letivo, a professora desenvolve com os alunos um mapa conceitual, em que cada um constrói o seu de forma individual. Todo esse processo se encaminha para analisar os dados em forma de gráfico. Enquanto constrói o seu mapa com palavras que se relacionam com educação, Maycon, 8, incluiu a palavra a dois sentidos: ouvir e aprender. Os mesmos que se aplicam na economia de energia que, segundo ele, faz tudo certo. “Eu faço tudo certinho: apago as luzes quando saio e fica toda uma escuridão”, aponta o garoto, que aprendeu sozinho a desenvolver essa consciência. Para que a economia seja ainda mais efetiva na escola, o próximo passo, de acordo com Vanessa, diretora da escola, é trocar todas as lâmpadas pelas de LED, que com apenas 10W têm a mesma potência para iluminar um ambiente que uma incandescente de 60W ou a fluorescente compacta com 15W.

REUTILIZE MATERIAL Por que não fazer bloco de anotação com aqueles papéis que você descartou, mas que ainda têm utilidade? E aquela lata de alumínio que ainda pode usar como porta-lápis e organizar o material da escola em casa? Nem tudo tem apenas uma única utilidade, e o ambiente agradece a cada ação diferente que você toma.

ECONOMIZE ÁGUA Você já parou para pensar que aquela água da chuva tem utilidade para lavar a calçada, em vez de contar com a água da torneira? Além disso, a água que a máquina de lavar joga fora, por que não colocar nos baldes e usar para lavar os tapetes? Pequenas ações podem contribuir para diminuir o impacto e o consumo de água no planeta. Até porque se fosse para dizer que os dentes não se escovam com a torneira ligada, isso você não deve fazer mais, né, jovem?!

RECICLE DE FORMA CORRETA Se você não tem como descartar o material nas lixeiras corretas, fazer a separação do lixo reciclável do lixo orgânico já é um avanço. E, claro: lave o material, quando necessário, para colocar na reciclagem.

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MAS... COMO FUNCIONA O PROCESSO

DE ENERGIA FOTOVOLTAICA?

Você já deve ter visto por aí lugares que no telhado têm umas placas para captar a energia solar, não é mesmo? Mas você sabe como funciona essa economia e como ela trabalha em paralelo com a energia elétrica? Calma que nós vamos ajudar você a matar essa curiosidade toda. Acompanhe esse processo no infográfico: Que os raios do sol que recebemos são essenciais para a nossa vivência, isso você já deve ter aprendido em sala de aula. Mas, além disso, ele pode ser transformado em energia solar e gerar eletricidade. A energia fotovoltaica, que é o nome que esse processo recebe, significa a junção de duas palavras: foto, que significa luz; e voltaica, que vem de volt.

1 Todo o processo de energia solar começa pelo

painel que, ao receber os raios, produz a energia fotovoltaica. Para que todo esse processo comece, os painéis juntos se conectam ao conversor solar.

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O inversor solar se encarrega de transformar a energia solar em energia elétrica para ser usada na unidade instalada.

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O que sobra dessa geração e energia vai para os fios que se conectam ao poste da rua. Como nem sempre o sol está presente, como durante a noite e em dias nublados, essa energia volta para a unidade e o relógio controla a entrada como crédito consumido. Na conta de luz, esse valor é abatido.



EDUCAÇÃO

Fotos: Renata Bomfim

Por Renata Bomfim

Que tal

CUSTOMIZAR o seu material?

Com materiais que você pode ter em casa, as capas dos seus cadernos podem ficar bem diferentes e originais 28 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Bem, amigos, chegamos na metade do ano letivo e aquelas capas dos cadernos que brilhavam no início do ano já começam a perder o brilho e até arranhões no material começaram a aparecer. Por isso, que tal customizar as capas de cadernos ou até mesmo dos livros didáticos com materiais que você pode ter em casa mesmo? Pensando em ideias diferentes, criativas e de baixo custo, visitamos o Ateliê de Arte da Escola Municipal CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira, no bairro Espinheiros, para ajudar você a ter duas capas de cadernos bem diferentes. Com a professora de arte e educação Silmara Ferrari Diniz, 50, e os alunos do 9º ano Anderson D’Grazzia, 15, e Milena Cardoso da Fonseca, 14, as ideias foram feitas em dois modelos de caderno: um de desenho e outro de brochura. Mas você pode soltar a criatividade e adaptá-la da forma que quiser.


Liberando a criatividade COMO FAZER? Escolha a cor do papel camurça que você deseja que seja o principal e, no verso, faça linhas com dois centímetros de distância. A ideia é que você mantenha as tiras presas no papel e só mantenha soltas as tiras do segundo papel camurça. VOCÊ VAI PRECISAR DE: • 2 folhas de papel camurça de cores diferentes • 1 fita dupla face • 1 lápis • 1 régua • 1 caderno do seu gosto • 1 tesoura

Após deixar a primeira base do papel camurça bem presa na fita dupla face, as tiras unitárias que você recortou são colocadas uma de cada vez, fazendo o movimento em cima e embaixo para dar o visual quadriculado. Para revezar, a tira seguinte faz o movimento contrário, ficando por cima do papel camurça que a tira anterior não ficou.

Depois de recortar a quantidade de tiras necessárias, que pode variar de acordo com o tamanho do caderno que você resolver encapar, você vai precisar colar a fita dupla face fora a fora perto do espiral, caso seu caderno seja desse modelo, ou de brochura. Desse modo, você gruda o papel camurça que recortou e cola na fita o lado que segura todas as tiras.

Para prender, você precisa abrir o caderno e na parte de trás da capa colar a fita dupla face ao redor. Assim você fecha o papel camurça na parte de dentro, colando na ordem que aparece.

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VOCÊ VAI PRECISAR DE:

COMO FAZER? Com o papel vegetal aberto, você vai dobrá-lo ao meio para fazer a marcação.

Abra o papel e escolha as cores do giz de cera que darão o colorido a sua capa.

Feito isso, com a tesoura você vai raspar o giz de cera em cima de um lado apenas do papel vegetal. Vale lembrar que não é preciso raspar todo o giz de cera, o ideal é até o ponto de você conseguir espalhar bem para que não fique nada embolado.

Se você não souber manusear um ferro de passar, agora é a hora de pedir ajuda para um adulto. Dobre novamente o papel ao meio e passe o ferro por cima. Você vai notar que o giz de cera vai derreter e começar a dar uma pintura bem diferente. Espere a folha esfriar por cinco minutos. Depois disso, é só encapar o seu caderno com a parte do giz de cera para fora. Lindo e diferente, não é mesmo?

SOBRE O ATELIÊ DE ARTE Na Escola Municipal CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira, o Ateliê existe há nove anos e sempre teve a professora Silmara à frente do projeto. Com o objetivo de oferecer atividades para os alunos no contraturno escolar, o projeto atende cerca de 80 alunos de cinco escolas municipais da região, incluindo o próprio CAIC: EM Professora Maria Reginal Leal,

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• 1 caderno • 1 tesoura • 1 folha de papel vegetal • 1 fita • 1 caixa de giz de cera • 1 ferro de passar roupa

EM Dom Jaime Barros Câmara, EM Aluizius Sehnem. Para os amigos Milena e Anderson, que estão no nono ano e se despedem do CAIC, o interesse em participar do Ateliê de Arte veio logo que viram as exposições dos quadros feitos por outros alunos na escola. Acostumados a fazer todos os trabalhos juntos, os amigos são o apoio da professora Silmara.


PAPO DE LEITOR Por Mateus Pereira Silveira

O DIÁRIO DE ANNE FRANK A LEITURA ESSENCIAL DA LITERATURA MUNDIAL Publicado pela primeira vez em 1947, “O Diário de Anne Frank” é um dos títulos mais citados quando se fala em literatura sobre os fatos da Segunda Guerra Mundial. De grande valor histórico, hoje, o livro consta em diversas listas de leituras essenciais da literatura mundial. Se você ainda não leu o livro, não se sinta pressionado como se fosse uma obrigação imediata. Eu mesmo só tomei a decisão de conhecer a história este ano. De forma resumida, é um relato sincero de uma adolescente que, em meio a uma fase natural de questionamentos sobre a sua vida, vê o sofrimento de seu povo no período nazista. No ano de 1942, a irmã mais velha de Anne, Margot, recebeu uma convocação para se apresentar a um campo de trabalho forçado. No dia seguinte, a família decide se esconder no “Anexo Secreto”, em Amsterdã, lugar que foi compartilhado pelos Frank com a família Van Pels e o dentista Fritz Pfeffer (nomeado no livro como Albert Dussel), durante dois anos, até serem descobertos. Semanas antes da mudança, Anne havia ganho um diário como presente de aniversário que ela chama carinhosamente de ‘Kitty”, sendo que em suas páginas, a menina começa a escrever seu cotidiano e relacionamento com os moradores do Anexo. Dotada de forte personalidade, em muitas oportunidades ela é vista como petulante e encrenqueira, características que ela discorda e expõe seu ponto de vista. Além das rotinas e comportamentos adotados para a família não ser descoberta, o diário traz o relato de desavenças entre os moradores do esconderijo, principalmente entre Anne e sua mãe, cuja relação não era das melhores. Com o passar do tempo, é possível notar um amadurecimento no comportamento da protagonista, e mesmo com sua ávida busca pelo saber, a garota alterna momentos de euforia com uma profunda tristeza, beirando um quadro depressivo. As esparsas informações sobre a guerra chegavam pelo rádio, e pelos comentários narrados em seu diário, Anne relata que apesar das limitações do esconderijo que vive, ela sofre mais ao saber dos milhares de judeus que sofreram nos campos de concentração e morreram no Holocausto realizado pelo Partido Nazista. LANÇAMENTO DO DIÁRIO E A VERSÃO ORIGINAL Em 1944, o Ministro da Educação holandês, pede por meio de uma rádio inglesa, para as pessoas guardarem seus registros e diários para futuras publicações sobre aquele período. Anne, que nutre o desejo de se tornar uma jornalista ou escritora, passa a fazer edições em suas anotações, porém antes de conseguir finalizar, ela e os outros moradores do Anexo foram presos em agosto do mesmo ano. Os registros foram encontrados após o final da guerra e entregues a Otto Frank, pai de Anne e o único sobrevivente entre os oito moradores do Anexo. Após um período de relutância, ele foi convencido da expressividade do diário, e publicou pela primeira vez em 1947, com uma tiragem de 3 mil exemplares. No entanto, não faltaram polêmicas desde então. Alguns chegaram a contestar a veracidade do livro. Também há o fato de existirem diferentes versões do Diário, desde a edição corrigida pela própria Anne em 1944, até algumas edições feitas por seu pai, que ocultou detalhes relacionados à sexualidade da jovem e as brigas com a mãe, Edith. Sucesso até os dias atuais, com mais de 30 milhões de volumes vendidos, “O Diário de Anne Frank” é um choque de realidade, principalmente pelo desfecho da história, mas uma leitura necessária, por se tratar de um relato verídico e promove uma reflexão acerca da segregação racial, ainda existente em nossa época.

EXTRAORDINÁRIO R.J PALACIO

O PODER DO HÁBITO CHARLES DUHIGG

DEPOIS DE VOCÊ JOJO MOYES

O MUNDO DE SOFIA - JOSTEIN GAARDER PARA TODOS OS GAROTOS QUE JÁ AMEI - JENNY HAN RITA LEE, UMA AUTOBIOGRAFIA RITA LEE

IT: A COISA STEPHEN KING

A ÚLTIMA CARTA DE AMOR - JOJO MOYES

DOIS A DOIS - NICHOLAS SPARKS 1984 - GEORGE

ORWELL

*A seleção do top dez contou com os livros mais vendidos da Saraiva REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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GALERIAS

Karine, Maria Helena, Ketlyn e Fellype

Daniela, Samantha, Maria Eduarda e Rafaela

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM AMADOR AGUIAR ULYSSES GUIMARÃES

Turma da 9B

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Adrieli e Sara


Charles e Eduardo

Gabriely e Alexsandra

Eduarda, Gabriela, Ingrid e Geovanna

Acassio e Gabriel

Eduardo e Ricardo

Patrique e Lucas

Stefani e Matheus

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GALERIAS

Ruan, Cristiano e Marlon

Manasses, Eduardo e Gabriel

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM EMÍLIO PAULO ROBERTO HARDT PIRABEIRABA

Caio e Braian

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Jorge, Vinicius, Dharlisson, Felix e Daniel

Turma 8 - 2


André, Bruna, Mohna e Ana

Gustavo e João

Paola, Eduarda e Emilly

Luana, Thais e Sara

Larissa, Jadine, Endy e Taina

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GALERIAS

Rafael e Luiz Fernando

Carlos Eduardo e Elton

Jessica e Linadra

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM PREFEITO BALTASAR BUSCHLE PARQUE GUARANI

Jhennyfer, Bianca e Julia

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Natalia e Patricia

Emylli e Juliana


Turma 9A

Turma 9B

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GALERIAS

Bianka e Graziele

Tainara e Sofhia

Kauã, Bianca e Julia

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM PROFESSOR HONÓRIO SALDO PIRABEIRABA

Cauan, Barbara e Ana Beatris

Camily, Kauane, Jessica e Maria Eduarda

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Indianara e Krollyn

Nicoly, Fabricio e Gabriela

Milene, Mathias, Jaciane e Willian

Matheus e Joceline

Thainara, Raissa e Gabriela

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GALERIAS

Larissa, Renata e Heloisa

Fotos: Estudio BEND

Alisson e Erik

ESCOLA

EM SADALLA AMIN GHANEM PARQUE GUARANI Eduardo e Gustavo

Turma do 8ยบ ano A

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Elaine e Mirellen


Turma do 9º ano A

Elyan e Renan

Elian e Daniel

João e Pablo

Guilherme e Matheus

a

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itor aV

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an abi eF

a

a Eduard

e e Mari

n Francile

Kathylln e Ludmila

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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza

CAÇA

AOS PRETENDENTES Presta atenção e tome nota, porque eu quero que você entenda de uma vez por todas que quando o cara estiver a fim, ele vai te dizer olho no olho: estou apaixonado por você. Entendeu? Não precisa ler nas entrelinhas. Esqueça-as. Chega de querer identificar os mínimos sinais, toques e piscadas de olho. O amor é iluminado, é preto no branco. Quando uma pessoa se apaixona, ela demonstra com ações e caminha de um jeito estranho. Tem um olhar distraído e praticamente um coração estampado na testa. E outra coisa: vamos parar com joguinhos, ok? Jogos amorosos são tão antiquados quanto as fitas cassetes. Só é válido para quem ainda não tirou as fraldas. E tem mais, amor não é pra qualquer um, somente os corajosos tem o atrevimento de amar. Se já é custoso viver sozinho, pensa em dois. Se já é complicado ser feliz, pensa fazer o outro feliz. Porque esta é a moral do “felizes para sempre”. Romance na vida real não se parece em quase nada com as fantásticas histórias que

lemos, assistimos e ouvimos falar. Mas se você leu tudo até aqui e achou este texto balela, decore somente uma coisa: para ser feliz ao lado de outra pessoa, é fundamental, primeiro, ser feliz sozinho. Sei que parece título de livro autoajuda, mas faz sentido (pra mim faz, se pra você não faz, isso é problema seu). Como ser feliz sozinho? Não sei, estou engatinhando nesta etapa da vida e o que funciona para mim, pode não funcionar para você. Quando descobrir uma cura universal prometo que te conto. “As mulheres criam expectativas de mais”, diz Fulano. “Ele me iludiu! Falou que eu era bonita, me chamou para jantar e sumiu!”, esbraveja Cicrana. Amor não é dependência, pelo contrário, amor é doação. Porque no final (não da vida e sim desta etapa da vida) você vai encontrar quem estava procurando. E também quem estava te procurando vai te achar, ou não. E mesmo assim vai continuar vivendo, porque a vida segue corada. Independentemente de você ter um companheiro ou não.

Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br

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