its Teens Joinville - 86

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Revista its Teens Joinville nº 86 2024 | R$ 14,85

Renata Bomfim

Gerente de projetos especiais

/ EMBAIXADORES

Nesta edição de junho, você vai conferir assuntos que, além de movimentarem as escolas da rede, também nos provocam a refletir temas importantes e necessários, que vão além do Dia da Consciência Negra: logo na capa, apresentamos o projeto de educação antirracista, em que alunos aprendem sobre o tema e ilustram com imagens de mulheres negras bolsas de diferentes formatos.

Além disso, você lê na revista its Teens deste mês curiosidade sobre como é a preparação de um astronauta para as expedições e, com dica prática e exemplos, relembra (ou aprende) como funciona porcentagem e proporção na matemática, o ciclo da água e quais são os aplicativos que podem ser aliados da sustentabilidade no dia a dia.

Aproveite e compartilhe com a sua turma! Boa leitura!

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI

DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL

ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS

DESIGNER GRÁFICO

CATIELLE PARIZOTTO GERENTE DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES catielle.parizotto@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA

GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

JULIANA POMPEU BARELLA

LUIS FERNANDO LENZ

GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

SAMARA DA SILVA BRIGIDO SAZANA GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA samara.sazana@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR

GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES

GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville A

GERENTE COMERCIAL OESTE juliana.barella@ndtv.com.br

/ EXPEDIENTE
REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA
/ EDITORIAL
Davi Carvalho de Andrade Davi Junkes do Nascimento Igor Ludgero Cabral Clara de Souza Medeiros Bogo Amanda Máximo Domingo Anna Júlia Mendes da Silva EM Governador Pedro Ivo Campos EM Doutor Hans Dieter Schmidt EM Professora Elizabeth Von Dreifuss EM Professora Virgínia Soares EAM Carlos Heins Funke
4 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024
EM Pastor Hans Müller

ADIVINHE AS EXPRESSÕES

CADAREGIÃODOBRASILÉRICAEMCULTURAEREGIONALIDADE,RESULTANDOEMUMAGRANDE VARIEDADEDETERMOSEEXPRESSÕES.MASVOCÊCONSEGUIRIAADIVINHAROQUEELESSIGNIFICAM? FAÇAOTESTEEDESCUBRAOQUEQUEREMDIZERASGÍRIASDESTACADAS.

O João está dormindo no macio

a) Alguém em uma poltrona confortável.

b) Alguém que vive folgado.

c) Alguém que sonha muito.

Estudei o dia inteiro, agora estou brocado.

a) Cansado.

b) Se sentindo confiante.

c) Com fome.

Essa ida ao shopping me deixou completamente quebrado.

a) Com dor.

b) Sem dinheiro.

c) Chateado.

Não seja abestado, preste atenção no que a professora está explicando.

a) Orgulhoso.

b) Mal educado.

c) Bobo, tonto.

Ela conseguiu atingir a primeira colocação na premiação, tem uma égua de largura

a) Muita força de vontade.

b) Muita inteligência.

c) Muita sorte.

“Para de mula, menino”!

a) Ficar com a cara fechada.

b) Perturbar.

c) Mentir.

Fazer esse trabalho manual foi mais custoso do que eu imaginava. Vi a Maria hoje

a) Cansado.

b) Muito agitado.

c) Feliz.

Ele está cheio de leotria.

a) Conversa fiada.

b) Gingado.

c) Estilo.

a) Fácil.

b) Difícil.

c) Rápido.

Ela foi pousar na casa da amiga.

a) Comer.

b) Passar a tarde.

c) Dormir fora de casa.

/ DIVERSÃO NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 5
depois da corrida, ela está toda esgualepada. 10 5 4 3 2 1 9 8 7 6

Por que as cobras trocam de pele?

DIÁRIO ESCOLAR

Gravidade zero: como os astronautas vivem durante as expedições?

CONHECIMENTOS

GERAIS

Porcentagem e proporção: como usar?

Nova fase, novas emoções

WI-FI

Meio ambiente no bolso: 5 eco-aplicativos para utilizar no dia a dia

Ciclos da água: saiba as etapas da bebida mais consumida no mundo

SPOILER

O morro dos ventos uivantes

Jogos indígenas: como funcionam?

NOTÍCIAS

DAS ESCOLAS

EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

Escola de Pais incentiva práticas parentais saudáveis na Rede Municipal de Ensino

Tesouros da Ilha de Páscoa: como surgiram as estátuas moais?

GALERIAS

É dançando que se aprende

Crescer

Por uma educação antirracista

Adivinhe as expressões

6 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 07 18 12 30 08 24 14 32 36 10 28 15 33 42 16 34 43 / CONTEÚDO
FUNCIONA? CAPA
NOSSO
COMO
COMPETIÇÃO
PLANETA
CULTURA POP
SAIDEIRA
DIVERSÃO
VOCÊ SABIA?
DANÇA MURAL DOS ESTUDANTES

POR QUE AS COBRAS TROCAM DE PELE?

Seja pela agilidade, pela capacidade de camuflagem ou pelo perigo que apresentam, as cobras são animais que intrigam muitas pessoas. Apesar da maioria ter medo destes répteis, é fato que eles possuem habilidades fascinantes, incluindo a troca total da pele. Mas você sabe como isso acontece?

Conforme crescemos, nosso corpo precisa se adaptar às novas mudanças e com as cobras não é diferente. De tempos em tempos, os répteis precisam “fabricar” uma nova pele para se ajustar ao novo tamanho, já que, devido às escamas, a antiga não se estica o suficiente e, assim, é descartada. O processo, conhecido como ecdise, é de extrema importância para a saúde do animal. Além de remover parasitas e renovar

as camadas danificadas, a troca também ajuda a eliminar toxinas acumuladas ao longo do tempo. A frequência muda conforme a necessidade do animal, dependendo de vários fatores como idade, alimentação e condições do ambiente em que vive. No geral, cobras mais jovens trocam de pele a cada quatro semanas, enquanto as mais velhas realizam esse processo cerca de cinco a oito vezes por ano.

como hipóxia, as espécies não conseguem obter a quantidade de oxigênio necessária na água, levando-as à morte por sufocamento. A situação vem se tornando mais comum nos últimos anos devido à interferência nos mares e rios, causando o aumento da poluição e da temperatura — fatores que estão contribuindo para as mortes em massa dos animais. COMO OS PEIXES NÃO SE AFOGAM NA ÁGUA?

Em cada ambiente da Terra, os seres vivos ali presentes desenvolveram as características necessárias para sobreviver naquele local específico. Enquanto conseguimos sentir a brisa das árvores e respirar profundamente, o espaço ideal para os peixes obterem oxigênio é debaixo d’água. Mas você já se perguntou como eles não se afogam?

Diferentemente dos humanos, que têm o pulmão como o órgão responsável pela respiração, as brânquias dos peixes são as encarregadas de capturar o oxigênio na água e liberar o gás carbônico (CO2) da corrente sanguínea. No entanto, existem algumas situações que podem levar os animais a se “afogarem”. Sofrendo um processo conhecido

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7 / COMO FUNCIONA?

DIETA ESPACIAL

Seja na Terra ou no espaço, a alimentação cumpre um papel muito importante na saúde e no bem-estar. Para manter um bom condicionamento e garantir a nutrição, é seguida uma dieta especial com três refeições por dia.

O cardápio é pensado para que os astronautas ingiram de 2.500 a três mil calorias diariamente e dividido em três terços: duas partes vêm do suprimento de alimentos que a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) pré-selecionam e embalam para cada missão. Já a terceira porção vem da escolha e gosto de cada astronauta. A comida pode ser desidratada, pré-cozida, enlatada ou embalada em papel alumínio, incluindo até mesmo vegetais e sobremesas congeladas. No entanto, precisam ser de fácil armazenamento e durar por longos períodos.

Apesar de existir uma maior variedade de consumo atualmente, nos primórdios das expedições as coisas eram diferentes. Em meio à corrida espacial, em 12 de abril de 1961, Yuri Gagarin, da União Soviética, fez história ao ser o primeiro humano a viajar no espaço e a comer em gravidade zero. Ingerindo uma pasta de carne espremida em um tubo de alumínio, e de sobremesa uma calda de chocolate, comprovando que a mastigação e a deglutição eram possíveis mesmo em ambientes de microgravidade.

Gravidade zero: como os

astronautas

vivem durante as expedições?

HIGIENE EM ÓRBITA

Para manter o bom convívio entre a tripulação, os astronautas precisam manter uma rotina de atividades comuns do cotidiano durante a missão, incluindo necessidades básicas como escovar o dente, tomar banho e dormir.

Apesar de serem afazeres simples, executá-las na microgravidade se torna um desafio. A Estação Espacial Internacional (ISS), por exemplo, orbita a Terra em uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora, a uma altitude de 400 quilômetros, o que faz com que a água e a pasta de dente flutuem no ar.

Para conseguir realizar a higiene bucal, os astronautas utilizam um produto comestível e engolem a pasta de dente após a escovação, limpando a boca com toalhas molhadas.

Você já ouviu falar da frase “O céu é o limite”? Embora a colocação tenha o intuito de motivar muitos a continuarem tentando, algumas pessoas vão além e a Terra se torna apenas um ponto azul distante em meio à vastidão da galáxia. Utilizando trajes especiais, embarcando em naves e deixando a gravidade para trás, os astronautas vão em direção a uma experiência única, prontos para desbravar o universo. Prontos para expandir as fronteiras e explorar novos horizontes, o processo é longo até chegar ao momento da contagem regressiva do lançamento da expedição. Com treinamentos físicos, mentais e técnicos, as etapas os preparam para os possíveis desafios durante a jornada. Mas já parou para pensar como eles se alimentam ou até mesmo fazem as necessidades básicas? Continue lendo e descubra.

8 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / DIÁRIO ESCOLAR

CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA NO ESPAÇAO

Fora da órbita terrestre e sem a atração gravitacional, é comum que o sangue se acumule na cabeça, fazendo com que o coração trabalhe mais que o comum. A concentração na parte posterior do olho, ao redor do nervo óptico, pode desencadear alterações na visão, como a diminuição da nitidez.

Além do mais, o cérebro tem a impressão de que o corpo está com excesso de fluido, resultando em uma menor produção de sangue, o que pode prejudicar os astronautas ao retornarem à Terra, causando uma sensação de cansaço e até desmaios.

astronautas

MOVENDO O CORPO

Estar longe da Terra, sem a força constante da gravidade, pode desencadear alguns danos à saúde física e mental dos tripulantes. A ausência do peso afeta a massa muscular e óssea dos astronautas, principalmente nos tecidos das costas, pescoço, panturrilhas e quadríceps. Para evitar prejuízos graves, os ocupantes mantêm uma rotina de exercícios diários, incluindo esteiras, bicicletas ergométricas e uma série de agachamentos e supinos.

HORA DO SONO

Sem peso para mantê-los deitados e imóveis, os membros da tripulação precisam se segurar com cintos ou presilhas para não flutuar enquanto dormem e evitar colisões com objetos. Com o horário prescrito de oito horas de sono, na ISS, os astronautas repousam em sacos de dormir dentro de cabines individuais.

Em um ambiente composto por iluminação artificial, muitos utilizam máscaras para dormir e protetores de ouvido, para bloquear a luz e ruídos.

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como usar?

POR

REDAÇÃO ITS TEENS

Da divisão das fatias de pizza com os amigos até cálculos complexos vistos em sala de aula, a porcentagem e a proporção se fazem presentes em nossas vidas. Para além dos conceitos abstratos, as medidas são ferramentas que nos auxiliam no dia a dia, desde reproduzir uma arte até entender o crescimento de uma população. Aprenda sobre os conceitos matemáticos e veja como estes recursos podem ser aplicados nas situações do cotidiano.

10 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / CONHECIMENTOS GERAIS

Na prática

MAS PARA NÃO FICAR APENAS NA TEORIA, QUE TAL APRENDER COMO FAZER A APLICAÇÃO CORRETA? VAMOS LÁ.

Exemplo 1

Em uma mercearia, o pacote de bolacha custava R$ 5. No entanto, houve um acréscimo de 15%. Qual é a quantia do aumento em reais? E qual é o novo valor do produto?

Resposta: primeiramente, precisamos identificar o valor da referência, ou seja, qual corresponde a 100%, neste caso, R$ 5. Em seguida, é hora de calcular o valor do aumento a partir da forma fracionária, multiplicando o numerador com numerador e denominador com denominador, veja:

Então, o aumento será de R$ 0,75, e o novo valor da bolacha será de R$ 5,75.

Exemplo 2

Em uma caixa de doces com 120 docinhos, 40 deles são brigadeiros. Qual é a porcentagem deles em relação a quantidade total?

Resposta: neste caso, 120 totaliza os 100%, então, a tarefa é descobrir a fração que representa os 40 doces. Para isso, a multiplicação é feita com número por denominador, ou seja, 40x100, veja:

Isso significa que os 40 brigadeiros representam 33,3% da caixa de doces.

Proporção

Você sabia que é possível calcular a medida de um muro sem mensurá-la com uma trena, apenas utilizando como base a sua própria altura e a sombra projetada? Isso é viável devido aos princípios da proporção.

Ao ficar ao lado da parede, meça sua própria altura e a da sombra, juntamente com a do muro. Utilizando esses dados como base, determine a proporção entre a sua altura e a sua sombra, por exemplo: se você mede 1,60m e a sombra 1,40m, a proporção é de 1,60m para 1,40m. Agora, juntamente com as informações da sombra do muro, é possível estimar a altura. Caso a sombra do muro seja de 20 metros, é necessário multiplicar esse número por 1,60m e o dividir por 1,40m. Conclui-se então que o resultado é de aproximadamente 22,8 metros.

Ou seja, a proporção é uma maneira de comparar coisas, como tamanhos e quantidade, utilizando da igualdade entre duas ou mais razões. O professor Alex observa que esse conhecimento pode ser aplicado também em outros componentes curriculares. “Nos mapas em Geografia ou até mesmo em Ciências, em algumas atividades quando envolve objetos muito pequenos, como células e átomos.”

Outros exemplos são a velocidade média de um móvel ou a densidade de uma solução química.

Na prática

AGORA QUE VOCÊ APRENDEU UM POUCO MAIS SOBRE A PROPORÇÃO, CHEGOU O MOMENTO DE ENTENDER COMO PODE SER APLICADO EM SITUAÇÕES DO COTIDIANO.

Exemplo 1

Imagine que você tem duas caixas de chaveiros. Numa delas há dez chaveiros rosas e cinco azuis. Já na segunda caixa, 20 rosas e dez azuis. Neste caso, como saber se a proporção de chaveiros é a mesma?

Resposta: na primeira caixa, a proporção é de dez rosas para cinco azuis, simplificando seria o mesmo que dois para um. Na segunda caixa, acontece a mesma coisa: 20 para dez, também dois para um. Ou seja, mesmo que o número total de chaveiros seja diferente, a proporção nas duas caixas é a mesma.

Exemplo 2

Um aquário contém inicialmente 60 litros de água e 15 peixes. Se mais cinco peixes forem adicionados ao aquário, qual volume de água será necessário para que o aquário continue a ter a mesma proporção inicial?

Resposta:primeiramente, é preciso entender a proporção de peixes para litros de água, ou seja, se temos 60 litros para 15 peixes, cada um deles ficaria com quatro litros. Adicionando mais cinco peixes, é necessário fazer a multiplicação dos litros pela quantidade de animais — 20x4 = 80. Então, para que continue a mesma proporção, serão necessários 80 litros.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 11

COMO FUNCIONAM? INDÍGENAS:

Com foco nos povos tradicionais, alunos de Joinville aprendem na prática aquilo que é realizado nas tribos

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos aprendem sobre a tradição indígena em campeonato esportivo.

Tempo de leitura: 6 minutos

Associados ao descobrimento do Brasil e figuras presentes nos livros de história, os povos indígenas — com suas vestimentas características, traços e costumes únicos — deixaram marcas na cultura brasileira e de outros locais do mundo. Os primeiros registros históricos não especificam uma data concreta, mas basta observar o nosso país para identificar os traços que foram deixadas por aqueles que vieram antes. Mas você sabia que, além dos costumes, também há influência desses povos nos esportes?

Os primeiros jogos entre tribos foram registrados em 1996, com apoio dos órgãos organizadores. Em Joinville, os grupos dos sétimos anos da Escola Municipal Professor Bernardo Tank vivenciaram uma experiência similar, desafiados pelo professor de Educação Física Eduardo Rafael Budal Arins. O foco era trazer para a quadra e sala de aula o conhecimento compartilhado nas tribos.

Em parceria com os professores de História Tatiane Aparecida Martini e Sideni Ferreira de Araújo, e os professores de Geografia Daiane Naiara Biancatti e Maicon Voigt, o tema foi abordado nas práticas corporais, mas também marcou presença naquilo que foi visto em cada componente curricular, seja para entender a

localização das tribos ou aspectos do cotidiano. “Eles até questionavam: ‘como vamos fazer isso na escola?’. Falei: ‘vamos fazer tudo de forma adaptada’. Das 12 ou 13 provas que existem nos Jogos dos Povos Indígenas, eu procurei trazer de cinco a seis”, conta Eduardo, que começou a pensar no projeto em 2020. Mais do que apresentar aquilo que faz parte da matriz curricular, a atividade foi uma chance de os estudantes conhecerem aquilo que é visto como importante para aqueles que estão presentes na história do Brasil. “Deixamos livre no primeiro momento. Se quisessem pintar o braço, escrever o nome da tribo, pintar o rosto, fazer alguns traços que caracterizam alguma coisa”, menciona o educador.

/ COMPETIÇÃO 12 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024
A força foi essencial na luta empurra adversário

ULTRAPASSANDO OS LIMITES DA QUADRA

Em parceria com os demais professores, a temática foi abordada em sala de aula, apresentando aspectos significativos na vida e evolução dos povos indígenas. Para Gustavo Machado, 12, sétimo ano, uma lição foi aprendida: “É preciso valorizar os povos indígenas porque eles são as nossas raízes”, diz o jovem. Enquanto as turmas do sétimo ano participaram da atividade em formato de projeto, com foco em cultura e costumes, os demais anos da unidade também tiveram a oportunidade de conhecer os esportes durante as aulas de Educação Física — foi apenas no primeiro caso que os confrontos ganharam a dimensão de competição. “É uma experiência, pode-se dizer, quase que única. É bem difícil acontecer, então vai marcar a geração deles”, finaliza Eduardo.

Para organizar a competição, o professor dividiu as salas em 21 tribos e promoveu os confrontos entre os grupos, levando em consideração o período de aula. Além do conhecimento das novas práticas, com jogos adaptados, a experiência foi pensada para além dos muros da escola. “Procurei trabalhar esses tipos de características: equilíbrio, força de caminhada, lateralidade, principais (atributos) do deslocamento do dia a dia”, salienta o educador, que todo ano apresenta uma inovação para as turmas.

Pensando nas habilidades que foram desenvolvidas, vale destacar as capacidades que vão acompanhar as turmas ao longo dos anos. “Eu vejo a questão motivacional e o espírito de equipe que foram as principais questões, um querendo ajudar o outro”, completa o professor. No caso de Maria Eduarda Souza, 12, sétimo ano, a ação foi uma chance para descobrir novas habilidades, como a força durante o cabo de guerra. “Gostei muito porque ficamos em grupo [...] foi bem produzido”, pontua a aluna.

O cabo de guerra foi uma das disputas para os alunos dos sétimos anos

ESPORTE PREFERIDO

Se você ficou curioso e quer saber aquilo que foi praticado pelas turmas, confira a lista dos esportes disputados:

CABO DE GUERRA

CANOAGEM

CORRIDA DE TRONCO

FUTEBOL DE CABEÇA

LUTA EMPURRA ADVERSÁRIO

LUTA REMOVE COLETE

O futebol de cabeça foi adaptado para a realidade na escola; o objetivo era conseguir acertar o gol em menos tempo

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Fotos: EM Professor Bernardo Tank/Divulgação

Turmas da Escola

Municipal Amador Aguiar analisam metamorfose do Aedesaegypti

Para conter os números da dengue em Joinville e promover a conscientização, as turmas da Escola Municipal Amador Aguiar estão aprendendo a observar o mosquito de outra forma: pelo microscópio.

A iniciativa faz parte do projeto “Detetives da dengue” e tem como intuito capturar o inseto por meio de garrafa pet, água, fita adesiva e tule. Com algumas armadilhas e larvas, os estudantes do quinto ano estão compreendendo os estágios da metamorfose e a importância da prevenção.

Se você quer saber mais do projeto desenvolvido na escola, confira a edição 83, de março, em que a unidade foi capa da revista its Teens.

Estudantes produzem caixa de memórias em atividade de produção textual

Com o intuito de lidar com as emoções e lembranças, os estudantes do sétimo ano da Escola Municipal Professora Lacy Luíza da Cruz Flores aproveitaram a produção de texto para expor memórias e momentos que foram vivenciados ao longo da vida.

O projeto, intitulado “Toda memória tem uma história”, teve como ponto de partida o filme “Dona Cristina perdeu a memória”. O passo seguinte foi a produção escrita e a confecção das caixas onde foram armazenadas as criações, expostas no quiosque da unidade.

Na EM Paul Harris, grupos do oitavo ano criam cartões com circuitos elétricos

EM Paul Harris/Divulgação

Com o objetivo de conhecer o funcionamento de uma corrente elétrica, estudantes do oitavo ano da Escola Municipal Paul Harris realizaram uma atividade em grupo: a confecção de cartões com led. O foco era criar desenhos que pudessem ser combinados com eletricidade, acendendo as luzes de acordo com a ideia de cada equipe. Utilizando papel sulfite, papel alumínio, bateria e led, os alunos soltaram a imaginação e aprenderam na prática como é o funcionamento de um circuito elétrico.

“É ser humano”/Divulgação

Projeto promove treinos de basquete e cheerleader para alunos dos 11 aos 16 anos

Com foco na prática esportiva e bem-estar, o projeto “É ser humano” está apresentando aos estudantes dos 11 aos 16 anos como é a rotina de um jogador de basquete e de uma cheerleader (líder de torcida).

Com treinos gratuitos no horário após as aulas, a ideia surgiu depois do encontro com o ex-jogador de basquetebol da seleção brasileira e do Flamengo Carlos Henrique Nascimento e a curiosidade sobre os esportes. Os encontros são semanais e a iniciativa está sendo dirigida pelos professores de Educação Física Fernando da Silva e Mônica Reali.

14 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
Foto: EM Amador Aguiar/Divulgação Foto: EM Professora Lacy Luíza da Cruz Flores/Divulgação Foto: Foto: Projeto

ESCOLA DE PAIS

INCENTIVA PRÁTICAS PARENTAIS SAUDÁVEIS

NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

A Secretaria de Educação da Prefeitura de Joinville realiza desde o ano passado o programa Escola de Pais, que busca fortalecer o vínculo entre os pais e responsáveis com as unidades escolares, além de incentivar práticas parentais saudáveis. Neste ano, o programa foi lançado com uma live aberta para toda a comunidade com o tema “Excesso de telas e seus impactos no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes”. O vídeo está disponível no YouTube, no canal Mídias Educacionais Joinville. Estiveram presentes o

oftalmologista Renan Oliveira e a advogada familiarista Eduarda Salomon, para passar orientações e informações aos familiares dos alunos da Rede Municipal de Ensino.

O objetivo do encontro online foi promover o uso consciente e equilibrado das tecnologias digitais pelos membros da comunidade escolar, visando a segurança, o bem-estar e o sucesso na aprendizagem de todos.

Os interessados em participar do programa Escola de Pais podem procurar a unidade em que as crianças estão matriculadas para obter

informações sobre horários e datas dos encontros.

Ao todo, são cinco encontros programados para o período da noite, com vivências que buscam encontrar caminhos para estabelecer relações saudáveis em família. Também é um espaço para troca de experiências e socialização dos pais e responsáveis. Em 2023, 108 escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs) municipais realizaram o programa, com a participação de 1.046 pais, mães e responsáveis, que concluíram a formação, impactando indiretamente mais de 1,7 mil alunos.

/ EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA
Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 15

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos da Rede Municipal aprendem sobre costumes germânicos e coreografia em grupo de dança folclórica.

Tempo de leitura: 5 minutos

Com roupas características, falas coordenadas e o objetivo de compartilhar conhecimento e cultura: é assim que surgem as interpretações das danças germânicas. Conhecidas pelo ritmo e pelo desenrolar diferenciado, em que o centro da atenção está no grupo e não na competição, a forma como o corpo é colocado em movimento diz muito mais — é aqui que estudantes da Escola Municipal Adolpho Bartsch estão reforçando bons costumes e a ligação familiar.

Colocando

o corpo

em movimento, estudantes estão percebendo que os benefícios vão além do físico, trabalhando a cultura, o emocional e os laços familiares

A iniciativa partiu da professora de Artes Daniela Krüger Holz, que descobriu a proximidade com o tema enquanto incentivava a participação dos filhos, em 2016. Desde então, a família passou a comparecer em grupos e eventos sobre a cultura germânica, proximidade que impulsionou a criação do grupo e a procura pela formação em contextos educacionais das danças folclóricas germânicas. “Trazemos a dança e explicamos a história, [...] tem umas que remontam um tempo bem antigo; outras são mais novas, então tentamos trazer essa história para as crianças”, conta a educadora, enfatizando que a meta é explicar e compartilhar as danças que já existem, sem criar novas melodias, as professoras Magda Priscyla e da Anabel Holz auxiliam Daniela durante a prática.

E na brincadeira de memorizar os passos e compreender aquilo que está sendo dito, os jovens estão aprendendo sobre

assuntos que vão além da sala de aula — algumas coreografias falam sobre as estações e meses do ano. “Traz a bagagem histórica e não existe competição, dança folclórica não se compete, é a vivência da cultura. Com isso vem o fortalecimento da união das pessoas, estão ali para um momento de lazer, passando valores e o aprendizado para os menores”, salienta Daniela, acrescentando que a atividade é uma forma de treinar a lateralidade, coordenação e a relação com a música, já que muitas canções contam com repetições. Outro ponto que está sendo trabalhado é que cada participante está entendendo que os movimentos não devem ser utilizados como uma disputa com os demais, já que o intuito das danças germânicas é promover a interação e momentos de descontração entre os dançarinos. “Quando vamos nos apresentar, estamos de costas, porque não é uma coreografia que fazemos para apresentar para um público. É uma coreografia feita para comunidades, um momento de diversão, então elas são circulares porque você aprende, vai agregando e chamando pessoas”, explica a professora, que participa do grupo folclórico Windmühle, da Sociedade Lírica. Além da turma na Escola Municipal Adolpho Bartsch, a profissional também é voluntária em um grupo na Sociedade Rio da Prata. Para aqueles que estão aprendendo as danças e uma nova língua, a iniciativa é uma chance de estar em movimento. “Aprendemos vários movimentos e as línguas dependendo da música. Quando fazemos uma música, a professora sempre explica sobre o que é e sobre o que fala”, acrescenta Bianca Della Giustina Schumacker, 9, quinto ano. No caso de Filipe da Silva Ribeiro, 10, quinto ano, os ganhos são na coordenação motora e agilidade.

16 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / DANÇA

É durante os encontros que a turma conhece os costumes e passos da cultura germânica

ALÉM

DO CORPO

Se no passado a locomoção entre as regiões era restrita, fator que impulsionava a criação de diversas danças em cada localidade, agora os gestos são compartilhados. Entretanto, engana-se quem pensa que o ganho está apenas no corpo, já que a relação com os parentes, por exemplo, é outro item que está sendo modificado por conta das práticas. “Acabam tendo uma noção do idioma. Eles recebem os áudios no grupo e já vão conversar com os avós. Está acontecendo essa ligação, quando eles recebem o áudio querem saber o que é que está falando”, comenta a responsável pela ideia.

Pensando na saúde mental, o conhecimento das capacidades e limitações também é algo que está sendo aperfeiçoado com a turma. “Trabalha a questão afetiva, emocional, valorização, autoconhecimento, autoestima. Melhora muito o comportamento, então acabam brincando e aprendendo [...], libera serotonina, que é o hormônio do humor e regula o humor”, finaliza Daniela.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 17
Fotos: Daniela Krüger Holz/Divulgação
18 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / CAPA

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

alunos confeccionam bolsas com desenhos de mulheres negras para promover a educação antirracista. Tempo de leitura: 10 minutos

Foto: Leve
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Fotogra

Compreender a cultura dos povos e sua importância para construção da sociedade é uma tarefa que demanda conhecimento. Com diversas origens e características, cada povo possui uma forma única de celebrar conquistas, deixando marcas no tempo que podem incluir vestimentas, cores, conceitos e até mesmo acessórios. Em Joinville, os estudantes da Escola Municipal Professor Edgar Monteiro Castanheira estão acompanhando na prática como o ensino antirracista é fundamental para conhecer outras tradições, por meio do projeto “Conscientização do empoderamento da mulher negra e por uma educação antirracista, usando a arte e os sentimentos, na confecção de imagens afro”.

A pintura e as ilustrações estão ganhando um novo significado na unidade, possibilitando novos conhecimentos. Com desenhos de mulheres negras, cada ilustração é pintada e adornada por um grupo de indivíduos — alguns começam com os primeiros traços, mas a finalização da obra não fica com a mesma pessoa, já que a ideia é que o ato de compartilhar seja capaz de gerar o respeito e o cuidado com aquilo que foi feito antes.

“Somos formadores de pessoas que vão atuar na sociedade. O ensino de Matemática, Língua Portuguesa e História é importantíssimo, mas, permeando tudo isso, vejo que os alunos precisam ter a sensibilidade, o respeito, o amor ao próximo e, assim, serão pessoas bem resolvidas e felizes”, comenta a idealizadora da ideia, a supervisora Carla Simone Schubert de Almeida Coelho.

A proximidade com o tema surgiu durante uma atividade escolar, o que fez a professora apresentar a ideia em sala de aula. “Tenho algumas pautas importantes na minha vida profissional. Uma delas tem sido a educação antirracista, somatórias de pequenas ações que engrandecem a vida escolar. As crianças e os jovens precisam dessas reflexões a respeito do outro, da sensibilidade, do belo e da arte”, opina a educadora.

O diferencial da iniciativa está no resultado, já que os jovens são responsáveis por produzir um item que está sendo levado para fora do espaço educativo, que são as bolsas de diversas cores e formatos. É colocando a mão na massa que cada um percebe a importância da educação antirracista. “Eles têm essa percepção de que um tem um olho maior e outro menor, que tem cílios ou não. Será que não é a mãe que tem esse detalhe? Quem é que ele percebe que vem na memória dele enquanto mulher?”, expõe a assessora técnica pedagógica de gestão na Secretaria de Educação e suplente no Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial (COMPIR), Jandinara Cristina Soares, que salienta o papel da diversidade nas escolas e a relevância da convivência com aqueles que pensam diferente.

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POR ANA CAROLINE ARJONAS

Para além do objetivo, a possibilidade é essencial para conhecer as próprias características e traços, entendendo que a construção do futuro deve ser pautada em possibilidades igualitárias. “O nosso objetivo é justamente trabalhar de forma integral o ser humano que está conosco na escola, que passa por nós, não só aprendendo sobre os nove componentes, mas também sobre a vida”, menciona Carla.

Trabalhar a imagem que cada um tem de si também foi um dos pontos abordados, mostrando como cada traço é significativo e como cada detalhe é fundamental para a percepção daquilo que somos e merecemos. “É através das atitudes, das ações, de encarar a vida de forma muito positiva, de forma muito empoderada”, pontua Carla.

Para aqueles que estão acompanhando o desenvolvimento do projeto, vivenciando as experiências e os aprendizados, aquilo que é debatido em sala é algo único, que nunca foi feito na escola. “Conseguimos aprender um pouco mais da cultura negra e a valorizar um pouco mais. Nem todo mundo sabe, mas muitas pessoas negras costumam usar muitos acessórios e cores. Usamos bastante a criatividade, fazendo conforme é a cultura deles”, diz Joselyz Luisanny Mejias Sanchez, 15, nono ano, que compartilha o mesmo sentimento com Vitoria de Souza Prata, 14, também do nono ano.

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Joselyz Luisanny Mejias Sanchez Vitoria de Souza Prata

Presente em diversos componente curriculares

Por mais que a iniciativa tenha nascido da necessidade de proporcionar uma atividade fixa durante as aulas com professores substitutos, o fato é que a temática tem extrapolado os minutos da aula, sendo aplicada em outros componentes curriculares.

Em História, por exemplo, os desenhos são formas de explicar o imperialismo, enquanto os encontros de Geografia podem remeter à cultura da África.

Além do momento com os estudantes, a prática despertou a curiosidade dos educadores, que agora contam com um espaço para pintar e decorar nos momentos de descanso — aqui eles também são produtores.

A produção das sacolas é uma parceria entre os estudantes, que aprendem sobre respeito e cultura durante a atividade

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“Eu posso, eu consigo, eu sou capaz”

Agora que as etapas estão definidas e os adolescentes sabem como é o passo a passo da produção, chegou o momento de incentivar o comando dos nonos anos, aplicando um novo componente à arte: o aprendizado.

O objetivo é que os estudantes participem de um grupo de estudos sobre o tema, compartilhando situações do dia a dia e questionando formas de promover a educação antirracista. “Elas (meninas negras) têm que ser tocadas, encantar-se com a própria força e poder. Ter a responsabilidade de ser e de agir, de forma consciente e segurança dentro de sua cultura, dentro da sua cor e levar para a vida a certeza que nós, mulheres, somos capazes de

tudo o que desejarmos”, comenta a supervisora, justificando a escolha pelas turmas que estão no último ano na Rede Municipal. Outra novidade é que as bolsas serão vendidas para a comunidade. O primeiro teste será na festa junina da unidade, momento em que o público vai observar o resultado e realizar as compras — a ideia é incluir os desenhos em outros materiais que podem ser vendidos ou utilizados na própria escola, como pastas e cadernos escolares. “Com o dinheiro arrecadado, vamos comprar livros para a escola sobre o tema. A outra parte é para trabalhar com as meninas negras a questão do cabelo”, finaliza Carla.

Lei 10.639

Aprovada em janeiro de 2003, a Lei 10.639 estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas públicas e particulares. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55,5% da população se identifica como preta ou parda, conforme números do Censo 2022.

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Fotos: Leve Fotogra fi a

Nova fase, Novas emoções

“DIVERTIDA MENTE 2”, O PRÓXIMO FILME DA DISNEY E PIXAR, CHEGA AOS CINEMAS ESTE MÊS COM PERSONAGENS

INÉDITOS E REFLEXÕES SOBRE AS MUDANÇAS DA VIDA

POR GUSTAVO BRUNING

Você já deve ter percebido que todos mudamos um pouco de vez em quando. Do corte de cabelo ao que vestimos todas as manhãs, do gosto musical às matérias da escola que mais nos atraem. Muitas vezes as mudanças são escolhas diretas, mas, em alguns casos, acontecem quando menos esperamos.

E são as mudanças que acompanham a adolescência que chegam com tudo na vida de Riley, em “Divertida Mente 2”, o novo filme da Disney e da Pixar. O longa estreia nos cinemas em 20 de junho.

Agora com 13 anos, a garota desembarca no Ensino Médio e se prepara para um acampamento de hóquei, o que traz desafios inéditos, como se enturmar. As cinco personificações de emoções que já conhecíamos — Alegria, Tristeza, Medo, Nojinho e Raiva — terão outras companhias!

24 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / CULTURA POP

O QUE TEREMOS EM

“DIVERTIDA MENTE 2”?

Após a adaptação de Riley à mudança de cidade, as cinco emoções que integram sua central de controle estão empolgadas com a etapa que está por vir. É aí que toca um alarme e um novo grupo de personagens passa a dividir o espaço.

EMOÇÕES

À FLOR DA PELE

A continuação vem com uma jornada ainda mais profunda pela mente de Riley, passando por lugares como o “Abismo do sarcasmo” e o “Sistema de crenças”. E mais: veremos o que acontece quando as emoções são reprimidas. Para o diretor Kelsey Mann, tudo vai ser “maior e mais explosivo”, principalmente a turbulenta puberdade. A meta, segundo ele, é permitir que adolescentes exercitem ainda mais a autorreflexão e o amor próprio. Não haveria mudança se não tivéssemos a chegada de quatro emoções. A ideia original era que fossem nove, mas algumas ficaram no percurso. Conheça cada uma das novas personagens!

ANSIEDADE

É ela que assume o controle da central de comando e lidera a nova trupe, preparando Riley para as consequências negativas e atuando como um combo de esgotamento e entusiasmo.

INVEJA

De aparência fofa e pouco ameaçadora, ela sabe muito bem o que quer e não esconde o ciúme que cultiva por tudo que os outros têm.

TÉDIO

Ela parece pouco se importar com o que ocorre ao redor, sempre entediada e sem energia. A apatia toma conta dessa emoção, que gosta de ficar no celular e revirar os olhos.

VERGONHA

Ele adora passar despercebido, sem chamar a atenção, o que acaba sendo difícil para um cara gigante. A timidez faz com que ele se sinta constrangido com facilidade e queira se esconder.

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ATIVANDO A MEMÓRIA: 3 COISAS QUE VOCÊ

AS EMOÇÕES COEXISTEM

Cada emoção tem a sua importância, até mesmo as que parecem desnecessárias. A coexistência delas ajuda a manter o equilíbrio e o olhar apurado para o mundo.

PERSONALIDADE PRÓPRIA

As construções imaginárias chamadas de ilhas de personalidade representam o que somos e mais valorizamos. No caso da Riley de 11 anos, havia as ilhas da família, amizade, honestidade, bobeira e hóquei.

AS MAIS FUNDAMENTAIS

Os momentos memoráveis e mais tocantes da vida se transformam em memórias base. São aquelas valiosíssimas, que têm o poder de resgatar sensações do passado.

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MUDAR PARECE ASSUSTADOR?

Nem todos os amigos do seu círculo seguirão ao seu redor para sempre. É capaz de a sua banda favorita sair das suas playlists. Aquele lugar que você adora frequentar pode deixar de ser o cenário dos rolês. E tudo isso faz parte! À medida que os anos passam, seus gostos vão mudando e você vai optar pelo que faz sentido no momento. Isso pode parecer assustador, mas é melhor do que seguir estagnado, só por medo de enfrentar o desconhecido.

Assim como Riley faz no primeiro filme, é importante conversar com os amigos e a família sobre medos, frustrações, desejos e conquistas. Externar o que se passa na sua cabeça é uma boa forma de interpretar o que está rolando na sua central de comando.

Só assim você ficará confortável para encarar as mudanças, conhecer novas pessoas, saborear novas comidas, assistir novos filmes e abraçar o ineditismo das experiências.

/ CULTURA POP
PRECISA
LEMBRAR DE “DIVERTIDA MENTE”
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TRAILER DE SUCESSO

A espera pelo filme é tão grande que a primeira espiadinha no longa bateu o recorde como o trailer de uma animação da Disney mais assistido no lançamento, com 157 milhões de visualizações em 24 horas. O recorde anterior era de “Frozen 2”, de 2019, com 116,4 milhões.

EVOLUÇÃO NATURAL

Apesar de se passar apenas dois anos depois, a continuação de “Divertida Mente”, lançado em 2015, levou quase uma década para sair do papel. E é aí que está a questão: não adianta apressar esses processos. A chave é deixar as coisas evoluírem e refletir sobre isso. Isso acontece também com os personagens da ficção, que amadurecem e desenvolvem novas características entre um filme e outro. Confira alguns casos no universo da Pixar:

WOODY

“Toystory” (1995)

Quando conhecemos o cowboy de brinquedo, ele se mostra extremamente ciumento em relação ao seu dono, Andy. Mas a cada filme foi se tornando um amigo mais leal e aceitando novos brinquedos no pedaço.

MIKE E SULLEY

“Monstros S.A.” (2001)

Assistindo a prequel, “Universidade Monstros”, é que percebemos o quanto essa dupla já havia amadurecido. O tempo permitiu que ambos aprendessem a trabalhar em equipe, valorizando as habilidades um do outro. Já na série “Monstros no trabalho” vemos a recompensa, com Mike e Sulley no comando da empresa.

MARLIN

“Procurando Nemo” (2003)

O trauma no começo do filme fez com que Marlin se tornasse um pai superprotetor. Quando o vemos novamente, em “Procurando Dory”, nos deparamos com um peixe-palhaço capaz de confiar no filho e deixá-lo explorar o oceano.

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MEIO AMBIENTE NO BOLSO:

5 ECO-APLICATIVOS PARA UTILIZAR NO DIA A DIA

É inevitável admitirmos que, enquanto de um lado a tecnologia no mundo avança, do outro existe uma necessidade de cuidados ainda mais atentos com o planeta. Com a exploração de recursos naturais para a fabricação de componentes e baterias, além do baixo índice de reciclagem ou reutilização, os cientistas ambientais têm levantado questionamentos. Porém, a tecnologia por si só não é a culpada, mas, sim, o jeito como está sendo utilizada, afinal, ela é somente uma ferramenta. Por isso há diversos recursos que podem ser usados para ajudar o planeta — e os aplicativos podem nos educar e muito nesse sentido. É claro que as ações devem ser coletivas e organizadas, mas um bom começo para entender o quão complexo é o problema é tomar consciência e agir.

/ WI-FI
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Heróis da Terra

Com usuários em mais de 150 países, o Earth Hero (que significa “herói da Terra”) tem uma comunidade ativa nas diversas ações que cada pessoa pode fazer para ajudar o planeta. O aplicativo calcula que, apenas no primeiro semestre, estimulou a redução de mais de 140 mil toneladas de carbono emitidas na atmosfera, tudo graças a um sistema que estimula a mudança de hábitos de consumo das pessoas.

A cada mudança, mais pontos você vai ganhando para subir de nível, como se fosse um jogo. Porém, a real transformação é como essas novas ações vão se incorporando ao nosso modo de levar a vida.

Foco na floresta e na vida

Unir o útil ao agradável é o cenário ideal, e um aplicativo que pode nos ajudar nisso é o Forest. Para nós, amantes da tecnologia, é realmente difícil ficar longe do celular, principalmente quando precisamos nos concentrar nos estudos. Mas esse aplicativo nos permite manter o foco e ajudar a reflorestar o mundo, medida essencial para revertermos o desmatamento e o aquecimento global.

Aqui você cultiva árvores virtuais quando deixa o celular parado enquanto faz suas tarefas — e é nesse tempo que suas plantinhas vão crescendo no jogo e você vai acumulando moedas. O melhor é que essas árvores virtuais se tornam reais quando você usa essas moedas do jogo para plantar árvores na vida real! Desde seu lançamento, o aplicativo já promoveu o plantio de mais de 1,5 milhão de árvores. Tudo isso nos auxiliando a sermos mais produtivos em nossas tarefas, ou seja, unindo o útil ao agradável.

Esta é mais uma dica de aplicativo internacional com versão em português que pode nos educar a mudar hábitos e transformar a vida no planeta: Desafio Ambiental. Como o próprio nome sugere, ele tem uma dinâmica de jogo semelhante a vários outros aplicativos do tipo, mas, de fato, esse é o desafio de todos nós para salvar o planeta, não é mesmo?

Sendo assim, o aplicativo é bem informativo e estimula ações para se educar em diversas áreas: produção de lixo, pegada de carbono, poluição sonora, qualidade da água, entre outros.

Uma das indústrias que mais produzem e prejudicam o ambiente é a da moda. Todos nós adoramos nos vestir com estilo e comunicar ao mundo como a gente é pelas nossas roupas, porém, a forma de fazer isso mostra nossa personalidade tanto quanto o que vestimos.

O movimento da moda consciente é algo que trata do uso do material até o trabalho colocado no processo. Por isso, o aplicativo Moda Livre informa bem sobre quais lojas e marcas são conscientes e utilizam isso para melhorar o processo de produção, com critérios explicativos e as ações de cada uma.

Onde

Muitas vezes, a coleta seletiva não passa pelo seu bairro ou você não sabe onde descartar lixo pesado, como móveis velhos ou outro material de grande volume. Uma alternativa é usar essa nossa dica. Quer reciclar ou descartar e não sabe onde? O aplicativo Cataki pode ser uma das soluções.

Com quase quatro mil trabalhadores cadastrados e presente em mais de 1,3 mil cidades do país, o aplicativo deixa mais fácil a tarefa de procurar quem possa fazer esse serviço. Um facilitador para um tipo de trabalho importantíssimo feito por pessoas que trabalham duro e merecem nosso respeito, admiração e valorização.

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Desafio Ambiental
catar?
A moda é verde

CICLOS DA ÁGUA:

REDAÇÃO ITS TEENS

Você sabia que a água é a bebida mais consumida no mundo e que, além disso, ocupa 70% do espaço disponível na Terra?

Além de ser fundamental para nos manter hidratados e eliminar toxinas do nosso organismo, a substância é crucial para manter a vida no nosso planeta, ajudando a regular o clima global e a transportar nutrientes para os diferentes seres.

“As primeiras formas de vida surgiram na água e só depois de muito tempo começaram a colonizar a terra firme’’, conta Antônio Augusto, professor de Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

No entanto, para ela ser consumida pelos seres humanos, é necessário que se movimente por diferentes locais do planeta nas suas variadas formas. Tal processo é denominado de “ciclo da água”.

“Começa com a evaporação da água nos oceanos, desloca-se em forma de nuvens, alcança a terra firme na forma de chuva e prossegue escoando sobre a superfície até chegar ao mar novamente”, reforça o professor.

Tais procedimentos são chamados de evaporação, condensação, precipitação, infiltração e transpiração.

1. Evaporação

O calor proveniente do Sol aquece a água dos rios, lagos, mares e oceanos. Nesse momento, ocorre a transformação do estado líquido para o gasoso, à medida que se desloca da Terra para a atmosfera, chamado de evaporação. Um exemplo é quando algum familiar abre a panela de pressão e sai aquela fumacinha, já percebeu?

Entenda as cinco

etapas do ciclo da água na natureza

Relembre os estados físicos da água

Líquido: presente nos rios, mares, oceanos e nos lençóis subterrâneos, sendo essa a principal forma que a água está disposta no planeta. Quando ela se encontra nesse estado, as moléculas estão mais afastadas uma das outras, o que a leva a adquirir a forma em qualquer recipiente que seja despejada.

Sólido: nesse modo, a água pode ser vista nos picos das montanhas e icebergs. As moléculas estão mais próximas umas das outras, levando a substância a adquirir forma e volume definidos.

Gasoso: pode ser observado na atmosfera, parecendo um vapor. As moléculas ficam afastadas umas das outras, não possuindo nem forma e nem volume definidos.

30 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / NOSSO PLANETA

SAIBA AS ETAPAS DA BEBIDA MAIS CONSUMIDA NO MUNDO

2. Condensação

Essa fumacinha da água esfria, acumula na atmosfera e se condensa na forma de gotículas, as responsáveis pela formação de nuvens. Tal processo leva a outra transformação — a condensação. Nesse instante, a água passa do estado gasoso para o líquido.

5. Transpiração

Uma parte dessa água que foi para baixo do solo pode ser absorvida pelas plantas, que, depois de utilizá-la, a devolvem para a atmosfera por meio da transpiração.

3. Precipitação

Com muita água condensada na atmosfera, tem início o processo de precipitação, em que as gotículas se tornam tão pesadas que começam a cair no chão, provocando as chuvas.

A importância do ciclo e conservação da água

Como vimos, a água é um recurso natural de que precisamos para sobreviver. Mas, além da sobrevivência humana, o recurso é responsável por manter a umidade do ar, abastecer lençóis freáticos e conservar a vida de plantas e animais por todo o mundo. Além disso, desempenha um papel importante na atividade agrícola, nas indústrias e na geração de energia elétrica.

“A regularidade do ciclo da água garante que as chuvas, que são a principal fonte de abastecimento para os humanos, os animais e as plantas, continuem acontecendo”, esclarece Antônio.

Com isso, essa substância é a fonte mais importante disponível na Terra, porém, já é o recurso mais escasso no planeta. E, por isso, é crucial ter a consciência de que ela precisa ser economizada, de forma a evitar desperdícios.

4. Infiltração

Quando o vapor da água cai em formato de chuva na superfície terrestre, ocorre o processo de infiltração, em que uma parte vai alimentar os lençóis subterrâneos — tal zona fica abaixo do solo, funcionando como um reservatório de água.

É possível economizar de diversas maneiras no dia a dia, entre elas:

● Diminuir o tempo de banho;

● Desligar a torneira ao escovar os dentes;

● Reaproveitar a água utilizada na máquina de lavar e fechar bem as torneiras.

Se cada um utilizar a água de forma correta e consciente, podemos economizar para um futuro melhor.

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Se você gosta de histórias intensas e emocionantes, “O morro dos ventos uivantes” é uma leitura imperdível. Este clássico da literatura inglesa, escrito por Emily Brontë, é uma poderosa história de amor e vingança que se passa no interior sombrio da Inglaterra.

A trama gira em torno de duas famílias: os Earnshaw e os Linton. Quando o Sr. Earnshaw traz para casa um menino órfão chamado Heathcliff, a vida de todos muda para sempre. Heathcliff cresce como um irmão para Catherine Earnshaw, e os dois desenvolvem uma ligação profunda. No entanto, as coisas se complicam quando Catherine decide se casar com Edgar Linton, um vizinho rico, para melhorar sua posição social.

Sentindo-se traído, Heathcliff desaparece por alguns anos e volta determinado a se vingar. Ele se torna um homem rico e amargo, causando sofrimento a todos ao seu redor, inclusive a si mesmo. Mesmo assim, o amor intenso e destrutivo entre Heathcliff e Catherine continua a assombrar a todos, mesmo após a morte de Catherine.

O romance é cheio de personagens complexos e momentos dramáticos. Heathcliff, com seu desejo de vingança, e Catherine, com sua paixão conflituosa, são figuras inesquecíveis. A narrativa explora temas como o amor obsessivo, a vingança e a redenção, tudo isso ambientado em um cenário sombrio.

“O morro dos ventos uivantes” é uma leitura envolvente que combina emoção, drama e um toque gótico. É uma história sobre os extremos do amor e do ódio e como esses sentimentos podem moldar e destruir vidas. Recomendo este livro para quem aprecia narrativas profundas e impactantes, que ficam com você muito tempo após a última página.

Prepare-se para uma viagem emocional pelo tenebroso interior da Inglaterra e descubra por que “O morro dos ventos uivantes” continua a ser um dos romances mais amados de todos os tempos.

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

O menino do pijama listrado John Boyne Dom Quixote Miguel de Cervantes

O menino maluquinho Ziraldo Alves Pinto

O sapo que virou príncipe Jon Scieszka

32 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024 / SPOILER

TESOUROS DA ILHA DE PÁSCOA: como surgiram as estátuas moais?

Gigantes cabeças feitas de pedra, dispostas ao chão em uma ilha no meio do Oceano Pacífico, tornaram-se parte do cenário de um dos mistérios arqueológicos mais curiosos do mundo. As intrigantes estátuas são símbolos culturais de uma civilização antiga que esconde incógnitas até os dias de hoje.

Localizadas na Ilha de Páscoa, uma província pertencente ao Chile, as enormes figuras, chamadas de moais, levantam diversas questões sobre sua criação e propósito. Em uma contagem levantada por pesquisadores, foram identificados ao menos 1.043 moais completos ao redor da região.

Acredita-se que as estátuas tenham sido erguidas entre os anos de 1300 e 1600, pelos polinésios que habitavam a ilha. A teoria principal é que o povo rapa nui as construíam como um “recipiente” para os espíritos dos caciques. Utilizando pedras vulcânicas, resultado do extinto vulcão Rano Raraku, os escultores possuíam um método secreto para concluir a obra, cuidando para não ofender as entidades durante o processo.

Alguns dos moais foram erguidos sobre estruturas chamadas de ahu, contemplando até 15 estátuas, e possuem cerca de quatro metros de altura, pesando dez toneladas. Outros estão parcialmente enterrados em pedreiras, podendo ter uma estrutura ainda maior, como é o caso do “El Gigante”, com 20 metros de altura e 200 toneladas.

Apesar da imagem mais marcante ser a das grandes cabeças espalhadas pelo gramado, escavações feitas anteriormente mostram os corpos de pedra enterrados no solo, incluindo pescoço, tronco, braços e mãos. Também foram encontrados restos humanos, os quais acredita-se que eram dos caciques ali representados.

Mas se as estátuas possuíam uma estrutura corporal maior, por que somente a parte superior é aparente? Pesquisadores acreditam que causas naturais, como deslizamentos de terra e erosões, foram as responsáveis por soterrar os moais.

Com a chegada dos primeiros europeus, em 1722, e o aumento populacional, muitos dos recursos naturais da ilha foram esgotados. O desmatamento, juntamente com epidemias e o comércio de escravos, levou à diminuição dos habitantes, que hoje somam menos de dez mil pessoas.

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Na Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda, os alunos de oitavo e nono anos vivem a experiência de jornalistas na unidade. Com uma equipe de sete estudantes e supervisão da integradora de mídias e metodologias Maria Bernadete do Aragão, os repórteres mirins são responsáveis por desenvolver os conteúdos e levar as informações para a comunidade escolar por meio do informativo “Espaço Zulma”.

Na Escola Municipal Pauline Parucker, em uma atividade desenvolvida pela professora Gislaine Michels, as turmas do nono ano produziram uma releitura da obra “Monalisa”. Confira o desenho da estudante Alana Cristine Pereira de Souza, inspirada no personagem Castiel, da série “Supernatural”.

/ MURAL DOS ESTUDANTES
Fotos: EM Professora Zulma do Rosário Miranda/Divulgação
34 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024
Foto: Alana Cristine Pereira de Souza/Divulgação
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Pensando na inclusão dos estudantes autistas, na Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer foi construída uma caixa sensorial, coordenada pela auxiliar Lays Cintia Brietzke, com o objetivo de trabalhar os sentidos das crianças.

São da Escola Municipal Senador Carlos Gomes de Oliveira dois estudantes vencedores do 4º Concurso de Desenho realizado pela NDTV Joinville. Arthur Eduardo Izidoro ficou em primeiro lugar e Emanuel Felipe de Oliveira Lofy ocupou a terceira colocação. Dê uma olhada nas obras de arte e na dedicação dos estudantes!

NA ESCOLA MUNICIPAL PAUL HARRIS, A ESTUDANTE DO OITAVO ANO EMANUELLY MUNIZ DE SOUZA E SEUS COLEGAS DE GRUPO CRIARAM UM BOOKTRAILER SOBRE O LIVRO “A ILHA DO TESOURO”, DE ROBERT LOUIS STEVENSON. CONFIRA O VÍDEO ACESSANDO O QR CODE.

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Fotos: EM Professora Karin Barkemeyer/Divulgação Foto: Emanuel Felipe de Oliveira Lofy/Divulgação Foto: Arthur Eduardo Izidoro/Divulgação

Nos últimos meses, as unidades educativas de Joinville foram Conexão Leitura

tomadas pela literatura e o prazer de encontrar nas páginas dos livros inspirações e novas histórias para contar Confira nesta galeria temática a forma como cada escola abordou o tema durante o programa “Conexão Leitura”

EM Governador Heriberto Hülse

Boa Vista

Na abertura da 4ª Mostra Maker “Ler e criar, o que vamos inventar?” , as turmas da escolas participaram com maquetes, desenhos no chromebooks e criações de personagens e jogos envolvendo as histórias do “Sítio do Picapau Amarelo”

/ GALERIAS
36 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024

EM Presidente Castello Branco - Extensão Boa

Inspirados no teatro musical, os estudantes

apresentaram o livro “O caso do bolinho”, de Tatiana Belinky

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Vista

EM CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira COMASA

Na unidade, o início do programa se deu com a entrega do “Passaporte da leitura ” , simulando um voo na Companhia

Aérea CAIC Airlines - Portão 568, para o recebimento da sacola literária com o tema “Viagem encantada”

/ GALERIAS 38 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024

Com contações de histórias narradas

EM Evaldo Koehler Zona Rural pela turma do quinto ano, a unidade também contou com a apresentação da personagem Emília, dos livros de Monteiro Lobato

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EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Aventureiro

Ao todo, quatro turmas de oitavo e nono anos criaram a gincana “Sítio do Picapau Amarelo” , inspirados na obra literária, e aplicaram com os anos iniciais do Ensino Fundamental. Veja como a ação movimentou a escola!

40 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024
/ GALERIAS

Com a leitura e o debate da obra “A bolsa amarela”,

EM Professora Lacy Luiza da Cruz Flores Itinga de Lygia Bojunga, os estudantes dos sextos e sétimos anos confeccionaram a própria bolsa, utilizando diferentes técnicas e materiais, como crochês, tricô e EVA

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 41

CRESCER

Nós nascemos, somos bebê, criança e adolescente, como cresce essa gente!

O tempo passa como vento, tão rápido que adormecemos, e pensamos em trabalhar, mas nunca parando de brincar!

Alguns só pensam no futuro, esse é o erro de muitos, esquecem de viver o agora, então ficam presos lá fora.

Então, por isso, o tempo devemos aproveitar, viver o agora sem se preocupar, nunca deixando a angústia atrapalhar!

/ SAIDEIRA
POR Gabrielly Fontana Costa
42 ITS TEENS - JOINVILLE / JUNHO 2024
Estudante da EM Valentim João da Rocha

RESPOSTAS

A expressão “dormindo no macio” é falada entre os moradores do Centro-Oeste, e quer dizer viver folgado, usado com pessoas que levam uma vida sem preocupações, que estão relaxadas.

Parte do dicionário “baianês”, “leotria” refere-se a uma conversa fiada ou frescura. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Gíria da região Norte do Brasil, “brocado” é usado quando se está com muita fome.

Com falantes em várias partes do país, principalmente no Sudeste, o termo “quebrado” é utilizado para se referir a alguém que está sem dinheiro.

Comum no Rio Grande do Sul, a gíria “esgualepada” é usada para pessoas ou animais que estão muito cansados ou machucados, podendo se referir também a algo mal cuidado ou danificado.

Uma gíria muito comum do Nordeste, “abestado” é utilizado para falar sobre alguém bobo, ingênuo e desatento, mas de maneira amigável, sem a intenção de ofender.

Falada no Norte brasileiro, “égua de largura” é uma expressão popular que significa muita sorte ou alguém sortudo.

Parte das expressões regionais do Pantanal, “para de mula” é usado de forma descontraída, como um pedido quando alguém está perturbando outra pessoa.

Falado muitas vezes em Minas Gerais, o termo “custoso” é sinônimo de uma situação ou alguém difícil de lidar.

Utilizada pelos paranaenses, “pousar” é uma gíria usada para se referir a dormir na casa de outra pessoa.

/ DIVERSÃO NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 43
Revista its Teens Joinville nº 86 2024 | R$ 14,85

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