its Teens Navegantes - 14

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/ EDITORIAL

RENATA BOMFIM

Coordenadora de projetos especiais

Neste mês especial, que celebra o Dia do Professor, mais uma edição produzida pela revista its Teens homenageia aqueles que estão à frente de uma sala de aula e, com maestria, conduzem os estudantes até o conhecimento.

Com uma revista inteiramente dedicada aos profissionais da educação que fazem a diferença na Rede Municipal de Ensino de Navegantes, conheça histórias de oito profissionais que representam todo um time de professores, que se dedicam, entregam e transformam o dia a dia escolar. Da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental, saiba a trajetória e como foi escolher a escola como espaço de trabalho.

Aproveite ainda para conhecer educadores que entraram para a história na vida real (e outros que inspiram na ficção) e se emocione com os depoimentos de crianças e estudantes que homenagearam seus professores com recadinhos especiais.

Parabéns, professores. Nossa gratidão pelo trabalho de vocês.

Boa leitura!

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Alessandro Mafra

“O que me motiva na minha profissão é o olhar e o sorriso de cada aluno quando chego para a hora da Educação Física. É saber que, através desse componente curricular tão querido e importante, posso contribuir para o desenvolvimento motor, cognitivo e psicossocial de cada aluno, promovendo um estilo de vida ativo e saudável por meio de todos os conteúdos que a Educação Física abrange no ambiente escolar, na certeza de que marcarei gerações através do amor que sinto pela profissão.”

Professor há nove anos, Alessandro Mafra é formado e pós-graduado em Educação Física. Atualmente leciona no Centro Educacional Municipal Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC e na Escola Municipal Professora Neusa Maria Rebello Vieira.

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

diário escolar

4 professores que fizeram história na educação - e você precisa conhecer

10-11/

Nos bastidores da educação: você sabe qual é o papel do diretor escolar?

capa

8-9/ 22/ 12-20/

Professores que transformam

diversão

Quantos objetos há na cena?

24-25/ 26-27/

Referências no ensino

profissão do mês cultura pop em sala de aula

6 cursos gratuitos para professores

homenagem spoiler

Você sabe usar abreviaturas?

Organização e Gestão da EscolaTeoria e Prática

28-29/ 30/ 32-41/ 42/

galerias saideira

Professores fascinantes

Clara Luíza Rabelo Peixoto

Professora no Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Natalina Sabel do Amaral, Clara Luíza Rabelo Peixoto atua na área há cinco anos, é formada em Pedagogia, pós-graduada em Fundamentos e Organização Curricular, e atualmente está concluindo o curso de pós-graduação em Educação Infantil numa Perspectiva Pikleriana.

“O que me motiva na minha profissão é acreditar no início da vida e toda sua potência. Trabalhar em prol da construção de relações e vínculos de qualidade com os bebês e crianças. Investir e validar a importância da construção de espaços preparados e pensados para a primeiríssima infância, com o objetivo de oportunizar e garantir seu desenvolvimento pleno, com afeto, respeito e intencionalidade.”

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

4 PROFESSORES QUE FIZERAM HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO -

E VOCÊ PRECISA CONHECER

Na história da educação brasileira, muitos educadores dedicam a vida a fazer a diferença dentro e fora da escola. Seja escrevendo livros, criando métodos de ensino ou entrando para a política, fazem o possível para garantir que a escola seja um local acessível, democrático e que atenda às necessidades do aluno.

E que tal conhecer quatro professores que entraram para a história e se tornaram referência na educação?

1. ANTONIETA DE BARROS (1901 - 1952)

Antonieta de Barros foi uma professora, jornalista e política catarinense que marcou a luta pela educação, igualdade racial e direitos humanos. Inclusive, foi ela quem criou o projeto de lei que instituiu o feriado do Dia do Professor em Santa Catarina. Natural de Florianópolis, foi a primeira deputada negra eleita na história do país e sempre levantou a bandeira da educação para todos, tanto que aos 21 anos de idade fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, com foco na alfabetização de pessoas sem condições financeiras para estudar.

Como jornalista, escreveu sobre política, condição da mulher e, é claro, educação. Em 1937, publicou o livro “Farrapos de Ideias”, obra que teve os lucros da primeira edição aplicados na construção de uma escola para abrigar as crianças filhas de pais internados no leprosário Colônia Santa Tereza. “A grandeza da vida, a magnitude da vida, gira em torno da educação”, disse em sua obra.

2. PAULO FREIRE (1921 - 1997)

Um dos pensadores brasileiros, Paulo Freire dedicou sua vida à educação, defendendo que ela é a maior arma contra a opressão e continua com o poder de transformar a sociedade. Escreveu inúmeros livros e artigos acadêmicos e jornalísticos, criando também um método de alfabetização baseado na vivência dos alunos. Segundo a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), foi usando esse método que ele e outros educadores conseguiram alfabetizar, em apenas 40 horas, um grupo de trabalhadores do interior do Rio Grande do Norte.

3. DARCY RIBEIRO (1922-1997)

Grande defensor da educação pública de qualidade, o mineiro Darcy Ribeiro foi político, antropólogo, sociólogo e escritor. Foi Ministro da Educação e Chefe da Casa Civil até o início do regime ditatorial, quando saiu do Brasil e passou a contribuir com reformas e discussões educacionais em outros países.

Quando retornou, focou em sua carreira política e se elegeu vice-governador do Rio de Janeiro — o que o levou a participar diretamente na implementação dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), que ofereciam aulas em tempo integral e sem custo para crianças e adolescentes de baixa renda.

Em 2012, foi declarado Patrono da Educação Brasileira, mas a influência não foi apenas nacional: os métodos aplicados foram levados para instituições de ensino em diversos países. De Pernambuco para o mundo, Paulo Freire deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça, organizando também planos de alfabetização em países da África.

4. ANÍSIO TEIXEIRA (1900-1971)

Anísio Teixeira é considerado um dos mais importantes defensores do direito à educação no Brasil. Ele acreditava que a escola deveria ser um lugar democrático, que incentiva o pensamento livre de cada estudante, pois dessa forma os jovens cresceriam sendo capazes de construir uma sociedade melhor.

Autor de diversos livros, foi também o criador da primeira experiência de ensino integral no Brasil. Além disso, deixou sua marca no cenário da educação ao fundar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (Capes).

NOS BASTIDORES DA EDUCAÇÃO:

VOCÊ SABE QUAL É O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR?

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Ao contar o Ensino Fundamental e o Médio, o brasileiro passa 12 anos da sua vida na escola, tempo que é crucial para a formação dos cidadãos. Contudo, engana-se quem acredita que ela serve apenas para nos ensinar equações matemáticas ou eventos históricos, apesar de isso ser de extrema importância. É lá que aprendemos o básico para viver em sociedade e a respeitar as diferenças, também desenvolvendo o pensamento crítico. Mas você já parou para pensar sobre quem está por trás disso tudo?

O diretor de uma escola é aquele responsável por garantir o bom funcionamento da instituição, algo que engloba diversas funções. Ele vai estabelecer as metas educacionais, gerir os recursos e coordenar as atividades pedagógicas. Além disso, a interação com a comunidade escolar – alunos, professores, pais e responsáveis – e a garantia de um ambiente seguro para todos também fazem parte de sua lista de deveres.

Como se tornar um diretor?

Para alcançar esse cargo, existem algumas etapas, que, dependendo da instituição, podem variar. No entanto, alguns requisitos estão sempre presentes, como, por exemplo, uma graduação na área da educação. Pedagogia é a melhor opção, porém, outras licenciaturas também podem ser cursadas.

Outro fator importante é a atuação como professor: a maioria das escolas pede no mínimo três anos de experiência na sala de aula, mas essa exigência pode chegar a até oito anos. Por fim, é preciso se candidatar à vaga, ou, no caso de escolas públicas, prestar concurso e obter um bom resultado.

Conheça a trajetória de um diretor

Antônio Carlos Luiz Aragão é, atualmente, o diretor da Escola Municipal Professora Neusa Maria Rebello Vieira, mas sua trajetória iniciou-se em 1997, quando começou a trabalhar em uma escola privada como gestor administrativo. Ele tem graduação nos cursos de Matemática, Normal Superior, Ciências da Religião e História, com experiência em docência universitária. Seu currículo fez com que ele fosse indicado ao cargo de diretor, o que o levou a participar do processo seletivo que resultou no cargo que ocupa hoje.

O interesse pela educação começou quando ele ainda era aluno, sentimento que foi crescendo conforme observou o efeito positivo que os educadores podem ter na vida dos estudantes. “Sempre acreditei no poder transformador da educação na vida das pessoas e na sociedade como um todo”, afirma o diretor, que passou a almejar o cargo quando viu a oportunidade de impactar não apenas sua sala de aula, mas toda a escola.

Para ele, conseguir o título de diretor é algo que demanda vontade e disposição para estar constantemente aprendendo, assim como capacidade para se adaptar às mudanças que ocorrem com frequência na educação. O principal, no entanto, é ter paixão pela área, pois o caminho nem sempre é fácil. “Seja paciente e persistente, pois a jornada para cargos de liderança pode ser desafiadora, mas extremamente gratificante”, conclui.

Foto:

Arquivo pessoal/Divulgação

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Tempo de leitura: 20 minutos

O que você vai encontrar por aqui:

com motivações e trajetórias diferentes, professores levam para a escola muito mais que a educação, entregando conhecimento, proximidade e relacionamento.

Foto: Matheus Nunes

Há quem pense em educação e imagine aquele cenário conhecido por todos, com mesa, cadeiras e uma lousa. Por mais que a tecnologia e as inovações tenham mudado a forma de ensinar e aprender, o imaginário costuma recriar aquele ambiente que já conhecemos. Entretanto, entre as recordações, existe uma que fica gravada na memória e que dificilmente se apaga: a presença de um professor. Seja na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental, sempre encontramos alguém que é inspiração e que deixa um legado — pelo comportamento, abordagem, práticas ou pelo relacionamento que foi desenvolvido ao longo dos anos.

Em Navegantes, oito professores foram convidados para compartilhar suas práticas pedagógicas, mostrando que o ensinar pode ser envolto por descobertas e uma relação que vai além do conteúdo que está no quadro — aqui o lado humano também conta quando o assunto é o desenvolvimento. Conheça a história de cada um deles e como a ligação com a educação foi primordial para mudar a rotina das crianças e dos alunos.

Fotos: Matheus Nunes

Johnny, Eriberto, Ariane, Ronaldo, Lilian, Ana Flávia, Ana Cristina e Tamily

Tudo começa pela Educação Infantil

Os primeiros anos de vida são decisivos, seja na construção do pensamento ou no trabalho com as habilidades. Diante de tantas possibilidades que são apresentadas para aqueles que estão no início de sua história, ter um professor capaz de enxergar além do óbvio é uma oportunidade para abrir portas que jamais serão fechadas. Trabalhando a imaginação e o brincar de forma livre, é nesse momento que os pequenos compreendem que o ensino e a diversão são palavras que podem — e devem — andar juntas.

Nas turmas da professora Ana Flávia Gava, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professor Robson Francisco Lopes, as crianças já sabem que diversos materiais podem ganhar um novo destino, modificando a estrutura da sala de referência ou proporcionando uma experiência diferenciada. Mas como surgiu o desejo de estar à frente do ensino?

Na verdade, a escolha pela educação foi uma troca de carreira, uma vontade que surgiu após o nascimento dos filhos. Por mais que a escolha pela formação tenha sido impulsionada pelo desejo de aprender mais, entrar em uma sala de aula nunca foi o objetivo. “Meu filho apresentou uma dificuldade de aprendizagem. Nessa de não aceitar o diagnóstico, fui me especializar em neuropsicopedagogia, só que na área clínica. Sentia necessidade de entender o universo da sala de aula para agregar na área clínica, só para entender como era a dinâmica, e me apaixonei”, conta Ana Flávia.

No caso de Ana Cristina de Moraes Braz, do CMEI Professora Laci Ana de Borba Cesário, a inspiração veio de muito antes: na época da infância. “Foi através de uma professora, que me afetou de uma forma muito bonita, que me mostrou além das minhas capacidades, que me olhou do jeito certo, que potencializou aquilo que eu tinha de bom, me fez superar as minhas dificuldades, isso dentro da pré-escola. Então o olhar, o encantamento daquela professora durante a prática, tudo aquilo que ela trazia, a forma dela se dirigir, o tom de voz, a doçura. É como se eu estivesse com ela aqui. Eu penso que nós somos um arcabouço de memórias”, explica Ana, que hoje tenta oferecer o mesmo às crianças.

O sentimento é compartilhado com a professora Lilian Gomes Ribeiro, do CMEI Bruce Cranston Kay. Embora a vontade não tenha surgido nos primeiros anos de vida, é como se as escolhas direcionassem o caminho do aprendizado. “Quando cheguei naquela fase de decidir o que fazer, senti que aquilo me puxava de qualquer forma. Por mais que tenha pensado em outras possibilidades, algo me puxava. Acredito que não foi por um acaso e é onde eu me encontro. Eu não sei se eu saberia fazer outra coisa da minha vida e se eu me encontraria tão bem”, destaca a educadora.

Além das histórias, o desejo pelo novo é algo que motiva as professoras, que trazem para a sala de aula novas possibilidades, explorando elementos que, muitas vezes, não são vistos como brinquedos — como argila, caixa de papelão ou reciclados. Isso porque o segredo está na liberdade e no incentivo para que cada um seja capaz de criar a própria realidade, mesmo estando diante dos mesmos materiais. “Acredito muito na afetividade. Todos os dias, quando eu entro, eu não consigo nem deixar a mochila, eles já esperam que eu beije cada um. Começamos com um beijo todos os dias e terminamos com um beijo”, diz Ana Flávia, que acredita no poder da afeição para criar vínculos com os pequenos.

Para Ana Cristina, o segredo está na forma como os dias são planejados e como cada um pode focar na liberdade de ser e de criar. “Com esse tempo de qualidade dedicado ao que as crianças trazem como interesse, surgem os diversos tipos de assunto. Quando há imposição dos temas, tento trazer o máximo de concreto para que possam abstrair”, expõe a educadora, que gosta de oportunizar as interações com o imaginário e o que há ao redor. No caso de Lilian, estar junto com os pequenos é uma chance de proporcionar aquilo que muitos vivenciaram no passado, mas que, com a evolução, está sendo deixado de lado. “É trazer a infância de volta para as crianças, é o que eu busco. Gostamos muito de trabalhar com elementos da natureza”, explica a professora, que acredita na evolução da Educação Infantil, colocando no foco do processo quem mais importa: a criança.

Lilian, professora da Educação Infantil

Ana Flávia, professora da Educação Infantil

Johnny, professor dos anos iniciais

Fotos: Matheus Nunes

Ana Cristina, professora da Educação Infantil

Trilhando o mesmo caminho nos anos iniciais

Se a diversão é fator primordial nos primeiros anos de vida, o contato com a sala de aula pode assustar aqueles que enxergam, pela primeira vez, um modelo estruturado entre as carteiras e a lousa. Porém, essa familiarização pode ser mais tranquila quando os educadores apresentam outros cenários, como no caso do professor Johnny José Tomelin, da Escola Municipal Professora Rosa Maria Xavier de Araújo. Mesmo que o desejo de lecionar não tenha sido o primeiro, a identificação foi instantânea. “Dar aula nunca foi um objetivo. Na época, fui substituir uma professora e gostei, me apaixonei na verdade. Fui me profissionalizando e não me vejo fazendo outra coisa.”

Na tentativa de fazer do espaço e do aprendizado um momento de troca e de colaboração, a ligação com a profissão e com aqueles que estão do outro lado é o que impulsiona o profissional. “O que eu faço quando entro numa sala de aula, primeiro mostro para o aluno que ele é capaz, eu valorizo qualquer vírgula que ele faça, qualquer coisa, porque muitas vezes ele já vem de vários fatores sociais. Eu penso assim e para mim dá muito certo essa técnica”, comenta o educador.

Eriberto, professor de Geografia

Tamily, professora de Ciências

Ronaldo, professor de Geografia

Ariane, de

A construção do cidadão nos anos finais

Você conhece aquelas famílias que mostram aptidão para seguir a mesma carreira? O cenário faz parte da história de Tamily Roedel, professora de Ciências na Escola Municipal Professora Maria Ivone Muller dos Santos. “Nasci e cresci em uma família de professores. Meu pai é professor de História e de Geografia, minha mãe é professora de Português e Inglês, minha avó era alfabetizadora, minha tia era de Matemática. Todos somos professores. Cada um tem os professores que marcaram a sua vida, e eu tenho os que lembro até hoje, os de Química, de Biologia e Ciências, porque eles faziam sempre coisas diferentes e é o que eu procuro fazer com os meus alunos”, comenta a educadora.

Entretanto, a mesma trajetória não condiz com o passado da professora de Português Ariane Ferreira Pereira de Jesus, da Escola Municipal Izilda Reiser Mafra. Criada pelos avós, o aprender foi pautado naquilo que ouvia dos mais velhos. “Venho de uma realidade bem diferente, em que não tinha nenhuma professora na família, bem pelo contrário, venho de uma família em que a maioria não terminou o Ensino Médio, que não tinha ninguém da minha família com Ensino Superior.”

A trajetória de Ariane se assemelha aos passos de Eriberto Honorato Nunes, da Escola Municipal Izilda Reiser Mafra. “Não tenho ninguém na família que tenha essa vocação da educação. Venho de uma família de comerciantes. Um amigo me disse que eu precisava fazer uma faculdade e me incentivou a fazer. Aí entra aquela história do professor, de admirar lá na época de escola. A Geografia entrou nessa história, minha professora me cativou. O curioso é que a encontrei na faculdade e ela foi minha professora de novo”, conta o professor de Geografia.

Outra história que não tinha ligação com a educação, mas foi modificada pela proximidade com o ensinar e aprender, foi a de Ronaldo Lopes, da Escola Municipal Professora Maria Ivone Muller dos Santos e da Escola Municipal Maria Hostim da Costa. “Venho de uma família de avós, bisavós, pai e mãe analfabetos, e todos pescadores. Algo me incomodava, eu não queria ser um pescador e tive o apoio do meu pai. Por conta das dificuldades, sempre trabalhei, desde muito cedo”, explica o educador, que começou a observar o talento para a explicação depois da experiência como instrutor de informática.

Se as histórias se misturam entre os caminhos da vida, o desejo de modificar a trajetória dos alunos é o que há de comum. No objetivo de proporcionar experiências diferenciadas, o que vale é fazer do aprendizado um momento significativo, independentemente das dificuldades. No caso de Tamily, por exemplo, o caminho foi investir em projetos, mostrando para turma como é possível conhecer pessoas de todos os lugares do mundo por meio da educação. “O primeiro que entrei foi na cultura oceânica, por causa do doutorado. Eles apresentaram as oficinas da ‘Década do Oceano’, que começou em 2021, e essas oficinas eu fiz parte de uma delas, eles criaram um projeto e conseguiram trazer para trabalhar a cultura oceânica no Brasil”, explica a educadora, que propôs a participação no Programa Escola Azul, ação que tem mobilizado a turma, seja na construção de perguntas, seja na descoberta daquilo que está ao redor da unidade.

Para Ariane, o foco em sala de aula está na proximidade com o próximo e no valor do ensino, mostrando que aquilo que aprendemos também pode fazer a diferença ao longo da vida, como a interpretação de texto. “Primeiro, penso que os alunos têm que ter confiança em nós. Enquanto aluna, eu sempre pensava que eu tinha que ter um respeito pelo meu professor, mas ao mesmo tempo eu tinha que gostar dele, ter confiança de perguntar. Eu busco ter esse relacionamento com os meus alunos. Busco, enquanto professora, cativar e ter essa sintonia”, elenca a professora, que enxerga o potencial do ensinar e relacionar com propósito.

No caso de Eriberto, a criatividade é o que toma conta do processo, mostrando que a Geografia pode e deve ser muito mais que observar mapas e países. O retorno surge na reação da turma, que é capaz de trazer de longe costumes que agora fazem parte da rotina na escola. “Eles estudam muitas culturas, viajamos pelo planeta. Em uma das apresentações percebemos que em um país eles fazem esse ritual, de levantar para o professor como forma de respeito.”

Na prática de Ronaldo, uma experiência foi decisiva para repensar aquilo que estava sendo apresentado em sala de aula: a convivência com uma aluna que tinha baixa visão. “Trabalho com inclusão, mestrando em educação inclusiva. Em um país como o nosso, que é tão desigual, como é difícil trabalhar uma inclusão, uma aula diferenciada, fazer algo diferente”, declara o educador, que foi responsável por criar um projeto de Braille na escola, provando que todos precisam ter as mesmas oportunidades. Agora os materiais são feitos por meio da linguagem, que também está presente nos mapas que são criados pelos estudantes.

Fotos: Matheus Nunes

professorGeografia

Ariane,Portuguêsprofessora

Oque é ser professor?

Com tantos anos e experiências, como eles enxergam o desafio de ser professor? O que será que não pode faltar quando o assunto é educação? Confira as respostas:

Tamily, 22 anos como professora: “Ser professora é encantar. Quero deixar pessoas melhores para esse mundo, essa é minha lógica de pensamento. Eu, como professora, faço isso, mostrar para eles que eles têm o mundo para explorar. Trago o mundo para a sala de aula.”

Ariane, 20 anos como professora: “Acho que ser professora é saber que, às vezes, um abraço ensina mais do que o conteúdo em si.”

Eriberto, 25 anos como professor: “É suprir uma necessidade que os alunos, muitas vezes, não conseguem. Além de ser professor, nós também somos pai, mãe, psicólogo. Somos tudo.”

Ronaldo, sete anos como professor: “Acho que tem a ver com a inclusão, incluir o aluno em alguma coisa, mas no momento que nos posicionamos verdadeiramente como professor, eles veem em nós possibilidades que eles não conseguem ver em casa. Tentamos mostrar que é possível.”

Jhonny, 23 anos como professor: “Ser professor é acreditar sempre, porque não podemos perder a fé, e não estou falando como demagogia. Você vê o seu aluno e acredita nele. Ser professor é isso, é olhar, por mais que ele já tenha sido desacreditado por todo mundo.”

Ana Flávia, dois anos como professora: “É aprender a receber talvez muito mais do que entregar, é aprender a olhar, se despir de julgamento. Eles ensinam muito mais para nós do que conseguimos ensinar para eles. É a disposição de estar aberto, viver a oportunidade de aprender todos os dias, talvez transferir esse sentimento para eles.”

Ana Cristina, 18 anos como professora: “É o respeito a essa integralidade, a essa criança que tem os mesmos sentimentos, muito mais inocentes e sensíveis. É prestar atenção nos sinais, nesse todo que me é apresentado todos os dias e, com isso, fazer com que eu convença os familiares que aquele ali não é só um lugar que eles deixam as crianças para trabalhar, mas é um espaço de construção, de afeto, de significado que eles vão levar para toda a vida, como eu levei para a minha.”

Lilian, nove anos como professora: “É cuidar e nutrir o crescimento das crianças com carinho, paciência e atenção às suas necessidades individuais, potencializando saberes.”

Foto: Matheus Nunes

Com práticas e incentivos diferentes, os relacionamentos e a proximidade com os alunos é o foco daqueles que estão em sala de aula

Carollyne Nizer Cunha

Carollyne Nizer Cunha possui bacharelado e licenciatura em Ciências Biológicas, é pós-graduada no Ensino de Ciências, em Gestão Escolar e em Administração Escolar.

“Estou na educação há quase dez anos e acredito que ela, somente ela, tem o poder de mudar nossa realidade e de transformar pessoas. Apaixonada pela Educação Infantil, acredito que o nosso melhor, sem dúvida, está na pureza das crianças, na energia e receptividade delas, e que será através de nossas crianças que um mundo melhor poderá ser construído. Acredite nas crianças!”

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

QUANTOS OBJETOS HÁ NA CENA?

Analise a imagem e conte quantos dos objetos escolares a seguir você consegue encontrar

Edson Santana

Com 17 anos de carreira na educação, Edson Santana, formado e pós-graduado em Artes Visuais, é professor nas Escolas Municipais Professora Ilka Muller de Mello e Professora Leonora Schmitz, como também no Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC.

“O que motiva na minha profissão é o brilho nos olhos dos alunos quando produzem seus trabalhos com orgulho. Poder compartilhar o amor que tenho pela arte e apresentar as possibilidades de criações artísticas aos alunos, desenvolvendo a criatividade e a autoconfiança.”

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

REFERÊNCIAS NO ENSINO

MESMO COM DIFERENTES MÉTODOS DE ENSINO, OS PROFESSORES DA FICÇÃO NOS MOSTRAM COMO PODEM SER GRANDES MENTORES

POR

GUSTAVO BRUNING

Seja planejando aulas, seja colocando ordem na turma ou elaborando novas maneiras de ensinar o conteúdo, os professores estão entre as nossas primeiras grandes referências da infância. Nos filmes e séries, os exemplos são incontáveis. Esses profissionais são retratados das formas mais variadas, com perfis e métodos de ensino distintos. Ainda assim costumam ser de grande ajuda aos protagonistas e responsáveis por abrir caminhos para o futuro de maneiras surpreendentes. No fim das contas, cumprem o mesmo papel que os professores do mundo real. Conheça cinco grandes professores da ficção:

Charles Xavier

Ele não apenas fundou uma escola destinada a acolher mutantes, mas também se mostrou ser um grande apoiador das individualidades de cada pupilo. Charles Xavier, da franquia “X-Men”, é um mentor poderoso e extremamente inteligente que, mesmo com um passado doloroso, seguiu firme ensinando novas gerações a aceitarem e desenvolverem suas super-habilidades. Esse grande herói foi quem treinou figuras icônicas como Wolverine, Tempestade, Jean Grey e Ciclope.

Miss Jenn

Você sabe que um professor foi realmente impactante na vida dos alunos quando ele se torna inspiração até mesmo para uma música. Foi assim com Miss Jenn, a professora de teatro da escola East High na série “High School Musical: The Musical: The Series”. Apaixonada pelas artes dramáticas, ela sempre se dedicou intensamente ao trabalho e colocou sua alma nos projetos que desenvolveu. A primeira grande homenagem que ela recebeu da turma foi na primeira temporada, quando todos se uniram para defendê-la apresentando a inesperada música “Truth, Justice and Songs in Our Key”.

Escaneie o QR Code para assistir à performance de “Truth, Justice and Songs in Our Key”.

Remo Lupin

O terceiro ano de Harry Potter na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts trouxe uma boa surpresa: o professor Remo Lupin. Após assumir a disciplina de Defesa Contra as Artes das Trevas, ele se dedicou a preparar os alunos para enfrentar o Bicho-Papão, uma criatura mágica que se transforma no nosso maior medo. Além disso, Lupin foi quem ajudou Harry a conjurar seu primeiro patrono, um feitiço que afasta os dementadores, seres sombrios que sugam a felicidade. Sem dúvida, esse professor soube trazer desafios do mundo real para a sala de aula com maestria.

Jennifer Honey

Em uma escola comandada por uma diretora amedrontadora, coube à Srta. Honey a missão de criar um ambiente harmonioso e seguro dentro da sala de aula. E foi exatamente o carinho dela que conquistou Matilda, uma garota habilidosa e com poderes mágicos. Além de dar apoio emocional à menina, Jennifer Honey simpatizou com a protagonista por também ter vivido em uma família que não a valorizava. Professoras como ela ficam eternizadas no nosso coração.

François Marin

Você lembra que em maio falamos sobre o filme “Entre os Muros da Escola” na revista its Teens? O professor François Marin é uma grande referência quando pensamos em mentores que incentivam o conhecimento. Ele traz desafios muitas vezes desconfortáveis na sala de aula, mas repletos de propósitos. Por meio de perguntas inesperadas e lições desafiadoras, François estimula a turma a sair da zona de conforto e almejar algo grandioso para o futuro. Aulas cheias de energia, que nos colocam para pensar, são realmente revigorantes.

Sua vez!

Agora que você conhece bem esses cinco professores da ficção, veja as principais características de cada um e analise quais mais combinam com sua professora ou professor!

Charles Xavier Focado

Paciente

Miss Jenn Criativa

Irreverente

Remo Lupin

Esperançoso Empático

Jennifer Honey

Respeitosa

Querida

François Marin

Energético

Desafiador

6 CURSOS GRATUITOS PARA PROFESSORES

Formar-se na Educação Básica, investir em uma graduação, ingressar em mestrado, pensar no doutorado. Não importa quantos anos você passe estudando, sempre haverá algo para aprender — isso porque o mundo está constantemente mudando e evoluindo.

Novos conceitos surgem, tecnologias são inventadas e o cenário mundial se altera. Além disso, o conhecimento é a única coisa que carregamos para o resto da vida — e não existe hora para parar de buscar por ele. Por isso, separamos seis cursos gratuitos e disponíveis online que podem ajudar você, professor, na hora de montar a sua aula.

1. PROFESSOR DO FUTURO

Com 17 horas de duração, o curso tem como objetivo oferecer aos professores ferramentas que ajudarão a compreender a educação na era V.U.C.A. (volátil, incerta, complexa e ambígua). Ou seja, serão apresentados novos métodos de ensino, mais ativos e inovadores, compreendendo também os benefícios da educação positiva. O curso é oferecido na plataforma do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na área dos cursos online, e depois de concluído é disponibilizado um certificado digital.

2. ESTRATÉGIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS

Oferecido pela plataforma Escola Virtual, do Governo Federal (EV.G), o curso apresenta diferentes estratégias para aplicação de metodologias de ensino não só no formato presencial, mas no virtual também. Eles abordam conteúdos relacionados ao processo de aprendizagem, focando no aluno e destacando abordagens, modelos e princípios pedagógicos. Com carga horária de 30 horas é possível garantir o certificado.

3. INTRODUÇÃO À LIBRAS

Perfeito para aqueles que buscam deixar a sala de aula mais acessível, o curso de Introdução à Libras também está disponível na plataforma EV.G. São 60 horas de aula que abordam teoria – causas, graus de surdez, legislação – e prática. Assim como o curso anterior, também é oferecido um certificado após a conclusão.

4. LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO

Atividades lúdicas são todas aquelas prazerosas, divertidas e que oferecem entretenimento. Esse curso está disponível na plataforma Aprenda +, do Ministério da Educação (MEC). São 20 horas de duração e, no final, você ganha um certificado, mas atenção: as inscrições vão só até 31 de dezembro de 2023.

5. PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM

Também oferecido pelo Aprenda +, o curso de psicologia da aprendizagem tem carga horária de 40 horas, oferece certificado e aborda assuntos como concepções de aprendizagem, resiliência e autoestima, relações interpessoais e respeito ao próximo, e teorias da aprendizagem. Mas fique atento ao prazo, pois as inscrições vão até 31 de dezembro de 2023.

6. DIVERSIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA INTRODUÇÃO CONCEITUAL

Diferentemente dos outros cursos, esse não oferece certificado, apenas uma declaração de participação, mas ainda assim é uma boa opção para quem se interessa pelo assunto. Durante as cinco horas de duração, você aprenderá mais sobre diversidade no contexto escolar, analisando seu conceito a partir de estudos científicos e da teoria. Ele está disponível no portal da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

— Flávia Michaeli dos Santos, maternal 2 A (Centro Municipal de Educação Infantil Professora Bernardete Maria Sedrez da Silva)

“Professores, vocês são a força do conhecimento, pessoas que nos guiam para um futuro melhor. É uma sorte ter profissionais incríveis como vocês. Educar é um ato de coragem, de amor. Eu os parabenizo pela dedicação, carinho e atenção nos dada todos os dias.”

— Enzo Gabriel Amazonas da Costa, quarto ano 2 (Centro Educacional Municipal Professora Giovana Soares da Cunha/Extensão CMEC Cidade da Criança

“Os professores do CAIC são professores de excelência, sempre à procura de melhores métodos de aprendizagem para a gente e sempre disponíveis. Eu quero agradecer vocês, professores, por contribuir para um futuro melhor para todos. Muito obrigada.”

— Ana Karoliny Ferreira Carneiro (Centro Educacional Municipal Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC)

“Querida professora, você me ensina com amor, eu aprendo com alegria. Parabéns pelo seu dia.”

— Helena Tamagno, de 2 anos e 6 meses, berçário 3 (Centro Municipal de Educação Infantil Professora Maria das Neves Emílio)

“A sala de aula é nossa fábrica de sonhos. E as pessoas que ajudam na nossa idealização de um futuro bom são vocês, nossos professores.”

— Ana Júlia Leal de Souza e Letícia de Luca Salomon, nono ano 2 (Escola Municipal Professora Elsir Bernadete Gaya Müller)

— Arthur Felipe Perão Carlos, jardim vespertino (Centro Municipal de Educação Infantil Recanto dos Baixinhos)

(ESPECIAL)

“Professora querida, você mora no meu coração.”

“Eu amo minha professora. Adoro. Ela é muito querida. Eu te amo, professora.”

“Professora você é muito legal e divertida. Eu gosto das atividades que você faz. Parabéns pra você. Eu te amo até o infinito.”

— Alice Hummel dos Santos (Pré-Escola Municipal Professora Nazir Rodrigues Rebello)

“Esta carta é para todos os professores do Centro Educacional Municipal Clarinda Maria Gaya. Eu só tenho a agradecer a vocês, professores, pela dedicação que têm com seus alunos, ensinando com carinho e paciência. Muito obrigado de coração.”

— Victhor Martins Alcanti, segundo ano 1 (Centro Educacional Municipal Professora Clarinda Maria Gaya)

“Minha professora faz atividades muito legais, é querida e carinhosa. Minha professora é parecida com a Mulher-Maravilha.”

— Matheus Cirillo Herbert, jardim D (Centro Municipal de Educação Infantil Silvete Couto de Miranda)

“Professora, você é muito legal e importante na minha vida.”

— Isabely Sophie (Centro Municipal de Educação Infantil Portal do Saber)

— Ana Julia Machado da Rosa, quarto ano 4 (Centro Educacional Municipal Professora Giovana Soares da Cunha)

“Ser professor é ter coragem, paciência, determinação e amor. É uma profissão que exige esforço, garra e muita empatia. Suas palavras e seus conselhos são inspirações para nós. É gratificante saber o quanto somos importantes para você. Professor, você é nosso maior exemplo. Somos gratos por seus ensinamentos.”

— Letícia Renata Siebert, Lindsey Leonarda Vaz e Emanuele Vitória de Araújo, oitavo ano 3 (Escola Municipal Professora Maria Hostim da Costa)

— Manuela Ramos (Centro Municipal de Educação Infantil Portal do Saber)

— Ludmyla Thaylaine Hartcoph da Silva (Centro Municipal de Educação Infantil Professora Didymea Lazzaris de Oliveira)

— Enzo Miguel da Neves Agostinho e Maria Laura Wilvock Toniolli, jardim (Centro Municipal de Educação Infantil Professora Isabel Flores Pagani)

— Tayllor Daniel (Centro Municipal de Educação Infantil Portal do Saber)

“Professoras, nós te amamos igual o amor de Deus.”

“Você é minha professora preferida.”

“Eu amo muito a minha professora. Eu adoro minha professora. Parabéns, professores.”

“Nossos professores são meus heróis.”

“Obrigada por tudo que vocês fizeram para nós, nunca esqueceremos, amamos vocês. Nunca abandonaremos vocês e tenham um bom ano conosco e espero que também nunca esqueçam de nós.”

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA TEORIA E PRÁTICA

O livro “Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática”, de José Carlos Libâneo, reforça princípios e conceitos de organização e gestão participativa da escola, explicitando que práticas de organização e gestão não são assuntos meramente administrativos ou burocráticos, mas práticas socioeducativas, que influenciam na dinâmica de alunos e professores, rica de interações (e também de contradições) promovendo condições de aprendizagem e desenvolvimento. A ideia chave desenvolvida é a de que não educamos nossos alunos apenas na sala de aula, também as formas de organização e as práticas de gestão — incluindo o ambiente, o clima afetivo, a cultura organizacional, as formas de relacionamento, os modos de resolver problemas e solucionar conflitos — educam e ensinam. Nesse contexto, uma escola bem organizada e gerida é aquela que cria e assegura condições organizacionais, operacionais e pedagógico-didáticas para o bom desempenho de professores e alunos em sala de aula, de modo a se obter sucesso nas aprendizagens. Asseguradas as condições mínimas de funcionamento (físicas, materiais e humanas), a participação é uma condição de compreensão na prática, ou seja, é condição de aprendizagem. Desse modo, pode-se compreender melhor porque os professores, além de suas várias responsabilidades profissionais — tais como conhecer bem a matéria, saber ensiná-la, ligar o ensino com a realidade do aluno e ao seu contexto social — têm outra importante tarefa nem sempre valorizada: a de participar de forma consciente e eficaz nas práticas de organização e gestão da escola. Na visão do autor, a escola ganha, portanto, uma compreensão mais ampla da função educativa, onde as escolas são tidas como instituições aprendentes, ou seja, há uma relação entre os sujeitos e os contextos, de modo que as formas de organização do contexto influenciam a motivação e a aprendizagem das pessoas.

Diretora escolar da EM Professora Maria Tereza Leal

VALÍRIA CAVIGLIA

Viviane Theodorovicz

Atuando na área há dez anos, Viviane Theodorovicz é professora efetiva nas escolas municipais Professora Elsir Bernadete Gaya Müller e Professora Neusa Maria Rebello Vieira. A profissional é formada em Letras Português e suas Literaturas, pós-graduada em Estudos linguísticos e literários e mestra em Letras.

“A educação tem o poder de transformar vidas, de conduzir pessoas ao caminho da ética e do respeito às diferenças, de auxiliar os menos favorecidos a descobrirem ferramentas que lhes proporcionem conhecer seus deveres, a lutar por seus direitos, e os mais privilegiados a construírem uma sociedade justa e menos desigual, de formar cidadãos leitores, críticos, independentes, criativos e apreciadores de todas as formas de artes.”

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

CEM Profª Giovana Soares da Cunha

CEM Profª Giovana Soares da Cunha

CEM Profª Clarinda Maria Gaya

CEM Profª Clarinda Maria Gaya

DIA DOS PROFESSORES

Para contemplar aqueles que fazem da rotina escolar uma eterna descoberta, a galeria desta edição é composta por fotos de quem traz para a escola a curiosidade e o desejo de aprender cada vez mais.

Centro Educacional Profª Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC

Centro Educacional Profª Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC

CMEI Profª Didymea Lazzaris de Oliveira

CEM Profª Giovana Soares da Cunha/ Extensão CEC Cidade da Criança

CMEI Profª Didymea Lazzaris de Oliveira

CMEI Portal do Saber

CMEI Portal do Saber

CMEI Portal do Saber

CMEI Profª Adélia de Souza Fernandes

CMEI Profª Adélia de Souza Fernandes

CMEI Profª Bernardete Maria Sedrez da Silva

CMEI Profª Isabel Flores Pagani

CMEI Profª Isabel Flores Pagani

CMEI Profª Julieta Pereira Muller

CMEI Profª Julieta Pereira Muller

CMEI Profª Maria Carlota Vieira

CMEI Profª Maria Carlota Vieira

CMEI Profª Maria das Neves Emílio

CMEI Profª Maria Carlota Vieira

CMEI Profª Maria da Silva Santos

CMEI Profª Maria da Silva Santos

CMEI Profª Natalina Sabel do Amaral

CMEI Profª Natalina Sabel do Amaral

CMEI Profª Silvete Couto de Miranda

CMEI Profº Robson Francisco Lopes

CMEI Profª Silvete Couto de Miranda

CMEI Profº Robson Francisco Lopes

CMEI Recanto dos Baixinhos

CMEI Recanto dos Baixinhos

EM Profª Elsir Bernadete Gaya Müller

EM Profª Maria Hostim da Costa

EM Profª Maria Tereza Leal

EM Profª Maria Tereza Leal

EM Profª Vergina Guedes Lemos

EM Profª Vergina Guedes Lemos

EM Profª Vergina Guedes Lemos

EM Profª Vilna Corrêa Pretti

Pré-Escola Municipal Profª Nazir Rodrigues Rebello

EM Profª Elsir Bernadete Gaya Müller

PROFESSORES FASCINANTES

“A missão do professor não é dar respostas prontas. As respostas estão nos livros, na internet. A missão do professor é provocar a inteligência, a curiosidade.” Uma citação de Rubem Alves resume de forma tão simples e, ao mesmo tempo, tão sofisticada a nossa real missão no ambiente escolar.

Ao observar o trabalho do educador em cada uma das unidades escolares manifesto um sentimento, ou melhor, uma constatação: nossos professores são fascinantes!

O fascínio de educar está no contexto ativo de professores e alunos que interagem e edificam uma relação baseada na autonomia, no conhecimen to e no aprendizado. Sabedores de que é por meio do conhecimento que se constrói a ação, nós, professores, sabemos que a tarefa do educador é ensinar, permeando pela educação de habilidades e sensibilidades.

Os nossos professores se especializam para transmitir o conhecimento, numa dedicação diária na preparação e execução da melhor aula. Da mesma forma que vocês abraçam a profissão com tanto amor, sintam-se abraçados e recebam a nossa singela homenagem.

Parabéns a todos os professores de Navegantes!

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Antônio Luis Muniz do Amaral

Atuando como professor de Matemática há 13 anos, Antônio Luis Muniz do Amaral é bacharel em Comércio Exterior e licenciado em Matemática com especialização em gestão escolar. Atualmente é efetivo na Escola Municipal Professora Vilna Correa Pretti e no Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC.

“O que me motiva nessa profissão é o significado de uma frase de Marco Aurélio, ex-imperador romano: ‘O que fazemos agora ecoará pela eternidade’. Essa frase traduz o que é ser professor, pois seremos lembrados pela eternidade sobre os ensinamentos e experiências passadas aos alunos dentro da sala de aula.”

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação