its Teens Joinville - 48

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Revista Its Teens Joinville nยบ 48 2020 | R$ 13,50


CURTA AS NOSSAS

PÁGINAS. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios. Não fique de fora dessa.

TAMO JUNTO

na escola,

TAMO JUNTO

no mundo.

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editorial

Grupo ND Fundador e Presidente Emérito “in memoriam” Mário J. Gonzaga Petrelli Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ndtv.com.br Diretor Comercial Gilberto Kleinübing | gilberto.k@ndtv.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ndtv.com.br Diretor de Planejamento e Estratégia Derly Massaud de Anunciação Diretor de Conteúdo Luís Meneghim | meneghim@ndmais.com.br Diretor Regional Florianópolis Roberto Ivan Bertolin | bertolin@ndtv.com.br Diretor Regional Joinville, Itajaí e Blumenau Silvano Silva | silvano@ndtv.com.br Diretor Regional Oeste Cristiano Mielczarski | cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

Se tem algo que ficou nítido neste modelo de aula não presencial, foi a necessidade de a educação se reinventar e pensar fora da caixa. Para além de conteúdo e atividade, a aplicação que antes dependia de meios como quadro e caderno está, ainda que de forma temporária, abrindo espaço para um ensino que necessita da tecnologia como suporte e novas ferramentas de aprendizagem. Nessa reinvenção, é bem possível que isso possa significar uma nova imersão da educação, em que um formato deva contar cada vez mais com o outro, e não mais seguir de forma independente. O conteúdo com o uso apenas do caderno e quadro pode ser que não se sustente mais sem o aparato da tecnologia para aprofundamento do assunto. O que antes parecia distante, hoje é realidade do ensino municipal. Para se reinventar nesse processo e tornar efetivo o ensino e aprendizagem, professores vão além do formato de apresentação ou texto na plataforma e exploram as ferramentas do meio com criação de podcast, uso de recursos do cinema para engajar e envolver os alunos. Além disso, aprendem a criar uma rede de apoio e troca de conhecimento entre professores da mesma disciplina para tornar o planejamento ainda mais atrativo. Nesta edição de junho, você vai ter a oportunidade de conhecer essa reinvenção do professor, as novas maneiras de ensino e o resultado de todo esse esforço e dedicação para quem, também de casa, segue cumprindo com seu papel de aluno e desafiando a educação a repensar e envolver uma geração que nasceu conectada, mas que ainda tem muito o que aprender com a tecnologia.

Com carinho, Renata Bomfim

A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Editora Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Leonardo Messias de Jesus Coordenador de Operações Rodrigo Oliveira | rodrigo@ndmais.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ndtv.com.br

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#mandapau

Este espaço é seu: tem algum projeto bacana sendo produzido na escola ou que já foi feito, mas vale estar nas páginas da its teens? Manda a sua sugestão aqui, ó: renata.bomfim@portalits.com.br

Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Diego Ibarreta | diego.ibarreta@ndtv.com.br

Relembre as edições anteriores. Aponte a câmera do seu celular para este tas código de QR Code e tenha todas as revis is icipa mun as escol nas s its teens produzida e. toqu um as apen a ille de Joinv

Gerente Comercial Joinville Flavia Borba Vieira | flavia.vieira@ndtv.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ndtv.com.br Gerente Comercial Itajaí Ivonete Cristina de Castro | ivonete.castro@ndtv.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Jéssica Falk | jessica.falk@ndtv.com.br

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#osculpado

Florianópolis Crystiano Parcianelli | crystiano.parcianelli@ndtv.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3.235 exemplares

Anelise Trentini

Deisemara Sebold

Lucas Inácio

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

Mari Celma Alves

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Neise A. dos Santos

Solange Seger

Vanessa C. M. Randig


06 LOJAS EM JOINVILLE Fátima: Rua Fátima, 604 Aventureiro: Rua Emílio Landmann, 1061 Jardim Paraíso: Avenida Júpiter, 494 Iririú: Rua João Papa XXIII, 913 Costa e Silva: Rua Inambú, 844 Pirabeiraba: Rua Olavo Bilac, 305


conteúdo

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Artigo Cultura pop No divã Educação financeira Wi-fi Notícias das escolas Arte Novas ferramentas Despertando novos formatos no modelo de aula não presencial

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Jedis em treinamento

30 Educação física 32 Galerias 42 Saideira

Todas as vidas importam, mas temos que mostrar isso

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Nosso sinal de respeito a você vem do coração. Janinha - Assistente Administrativa

Nesta época de distanciamento social, novos comportamentos estão sendo adotados. Por isso, lançamos uma saudação simbólica para marcar este cenário. Estendemos a nossa mão a você com um gesto que vem do coração. Ele simboliza todo o carinho, aproximação e dedicação que nossos profissionais têm por você. Com a colaboração de todos, vamos superar este momento.

www.donahelena.com.br

Diretor Técnico: Dr. Bráulio Barbosa – CRM-SC 3379

Nanderson - Enfermeiro

Thiago - Técnico em Enfermagem


artigo

Parada

Pedagógica Por Vanessa Cristina Melo Randig - Diretora Executiva de Políticas Educacionais Deisemara Sebold e Solange Seger - Gerência de Educação Básica Mari Celma Matos Martins Alves - Técnica Pedagógica

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urante os dias 27, 28 e 29 de maio foi realizada em todas as unidades escolares da rede municipal de Joinville a Parada Pedagógica, que teve como objetivo a avaliação da organização e funcionamento do regime especial de atividades pedagógicas não presenciais nos âmbitos de controle, currículo e atendimento. Para a concretização deste trabalho, a Secretaria de Educação organizou, previamente, uma ação de formação continuada com os gestores e equipe pedagógica das unidades escolares. Durante essa formação, buscou-se analisar os marcos regulatórios e normativos do regime e sua relação com as deliberações tomadas; socializar o guia de orientações do regime para os gestores e validar as estratégias de controle de processo; apresentar a pauta da Parada Pedagógica e os instrumentos de levantamento de dados e informações para subsidiar as ações futuras.

A Secretaria de Educação reconhece nos profissionais da educação por estarem inseridos, participando e efetivando o regime especial de atividades pedagógicas não presenciais, o potencial para analisar e avaliar o processo e, portanto, assegurou um momento para que esse debate acontecesse em todas as unidades escolares. A partir da Parada Pedagógica, 87 escolas e 72 centros de Educação Infantil puderam, junto a seus pares, ampliar o debate e a análise da organização e efetivação desse novo regime de trabalho. Durante esses três dias, dedicaram-se a refletir sobre a avaliação da organização e funcionamento da unidade e as formas de qualificar as ações estabelecidas em seus planos de trabalho, bem como avaliar o processo ensino e aprendizagem, conforme currículo da rede municipal de ensino. Importante destacar, também, que este momento abriu a oportunidade aos profissionais da educação de proporem novas estratégias e ações para a efetiva continuidade da oferta de ensino, mantendo a qualidade mesmo diante dos desafios que este contexto nos impôs. Para finalizar, deixamos nosso reconhecimento e agradecimento a todos os profissionais da educação que, de forma rápida e eficiente, se disponibilizaram a reinventar sua prática pedagógica, para seguirmos oferecendo a toda comunidade joinvilense a continuidade do processo de ensino, sem abrirmos mão da qualidade e referência de nossa educação. Gratidão a todos os profissionais que, diariamente, se disponibilizam a aprender para ensinar.

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cultura pop

UNIÃO DE

FORÇAS

Para ampliar vozes de ativistas em meio aos protestos antirracistas que estouraram nos Estados Unidos, após a morte de um homem negro pela polícia, famosos têm abraçado a causa e respeitado o lugar de fala do ativismo negro. Para isso, disponibilizaram suas contas em redes sociais para que ativistas possam assumir o controle e compartilhar suas vivências. Shawn Mendes, que também aderiu aos protestos ao lado da namorada, Camila Cabello, publicou em sua conta no Instagram sobre os jovens que vão usar suas redes sociais para isso, a começar por Zyahna Bryant. Além dessa iniciativa, a sua fundação The Shawn Mendes Foundation começou uma série de conteúdos de materiais explicativos sobre injustiça racial e espaço de doação de fundos para entidades.

Decidi entregar minha plataforma no Instagram e contar minhas histórias para os próximos dias a alguns incríveis jovens transformadores negros nas linhas de frente na luta contra o racismo sistêmico. Por favor, receba-os com amor e solidariedade. O primeiro é @zysaidso. Você também pode ir para @shawnfoundationIG para obter mais informações sobre seus esforços.

SEM PREVISÃO

DE RETORNO

Desde meados de março, várias produções de novelas, filmes e séries foram paralisadas por conta da pandemia do novo coronavírus. Mas em alguns países as gravações passaram a ser retomadas, ainda que dentro de uma série de restrições; e outras já começaram a desenhar um plano de ação. Mas a produção de Stranger Things, que já havia iniciado antes da pandemia, ainda não tem data para voltar. A série que chega na quarta temporada pode demorar, de acordo com Gaten Matarazzo, que interpreta Dustin. Até lá, quem ainda não viu, pode se programar e maratonar as três temporadas e se juntar ao time dos que aguardam os desfechos do mundo invertido.

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novos

tempos

Por conta da violência armada nos Estados Unidos, A Warner anunciou, no início do mês de junho em entrevista a um jornal americano, que vai desarmar os personagens de Pernalonga nos novos desenhos produzidos. Mesmo assim, de acordo com o produtor executivo, não significa que outros instrumentos como bala de canhão e armadilhas fiquem de fora. A intenção é mostrar que a produção está alinhada com os pedidos e mudanças da sociedade.

pausa

Para acalmar ansiedade e qualquer sentimento de angústia neste período de isolamento social, a música Pausa, da cantora Vicka, viralizou nas redes desde o mês de abril, quando ganhou força entre a galera conectada. Com uma letra que fala sobre calma para passar por esse período e numa melodia produzida com arranjos de Rick Bonadio, o vídeo gravado em casa contou com a produção da gravadora Mídia Music.

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no divã

Foto: Divulgação/Freepik

Este material é para você, educador (a)

Comunidade

educativa em rede D Anelise Muxfeldt Trentini Psicopedagoga

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iante de toda a situação mundial provocada pela Covid-19, em que o processo normal de aprendizagem foi afetado e ocorrendo, exclusivamente, nos lares das famílias dos alunos, somos desafiados a criar dispositivos para manter o vínculo com a comunidade educativa. Com um quadro tão incerto e difícil, como fazer para dar continuidade de presença mostrando que estamos aqui, em rede, e que todos estão fazendo o que podem juntos? Temos o compromisso, enquanto comunidade educativa, de manter a qualidade dos vínculos não pelo controle, mas pela conexão que possibilita resgatar o senso de continuidade, de pertencimento e de realidade. A escola continua, está tudo bem com ela e depois que tudo isso passar, ela estará lá pronta para nos receber! Nunca precisamos tanto da colaboração, da lógica de equipe. Isso enriquece

e qualifica as relações. Pais, estudantes e professores como grupo que colabora e em rede que se fortalece para enfrentar esse momento de isolamento social. Esta é a ética do cuidado: cada um contribuindo com o melhor de si na atenção com o outro e na sensibilidade ao tempo vivido. Sabemos que nem sempre teremos as melhores condições para nos conectarmos, mas, sim, a certeza e o compromisso que teremos de fazê-la. Precisaremos entender e aceitar as nossas fragilidades diante desta crise, mas sobretudo agora mais do que antes, com toda a certeza, sabemos que nada substitui a escola nas nossas vidas! Que no retorno às aulas presenciais, no espaço escolar, possamos continuar e seguir juntos, fortalecidos e esperançosos na construção da escola e da sociedade que queremos. “Somos realistas esperançosos”, já diria Ariano Suassuna.


educação financeira

Nota fiscal:

Professor (a) de Língua Portuguesa, este planejamento de aula é para você!

Foto: Divulgação/Freepik

aprenda a interpretar as informações Neise do Nascimento

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oocê já observou que toda venda deve ser acompanhada de uma nota fiscal? Hoje, temos a incidência maior da nota fiscal eletrônica, mas o importante é interpretar cada campo deste documento para entender o que está se pagando. Os primeiro campos que aparecem em uma nota fiscal são os dados do emitente, quem vende o produto e de extrema importância, pois caso o comprador precise realizar a troca do produto, ele possui os dados corretos da empresa. São eles: ● O nome da empresa ou da pessoa (que pode ser uma pessoa jurídica ou uma pessoa física que faça a venda); ● Endereço completo da empresa ou pessoa; ● Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou Cadastro de Pessoa Física (CPF); ● Inscrição Estadual (nove números que são fornecidos pelo estado que a empresa faz parte para empresas do comércio de produtos); ● Inscrição Municipal (caso seja uma empresa que venda serviços). Acompanhe:

Esse modelo acima é a nota fiscal eletrônica que não diverge muito da nota fiscal comum de venda (modelo 1) abaixo:

Logo após os dados do emitente, temos os dados da nota fiscal como série, modelo e número. A nota fiscal eletrônica, além desses dados, ainda tem a chave de acesso, que são 44 números que servem para identificar a nota emitida, o produto vendido e para quem foi vendido. Veja na imagem:

Após os dados do emitente, vem os dados do destinatário, ou seja, quem comprou o produto: ● Nome completo; ● CPF ou CNPJ; ● Endereço completo; ● Inscrição Estadual, caso tenha e seja uma pessoa jurídica; ● A data de emissão da nota fiscal, a data da entrada e a hora da saída da mercadoria; ● Abaixo vem a forma de pagamento se à vista ou faturado (a prazo). Atenção! Observar sempre se todos os dados do comprador estão corretos, pois qualquer campo errado pode ocasionar problemas no momento da troca, se for preciso. Lembrando que a nota fiscal eletrônica, como o próprio nome já diz, é somente por meio eletrônico, o que recebemos quando compramos uma mercadoria é um Danfe (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica), mas que serve como um documento para conferir o que foi comprado e tem validade para futuras reclamações. Ao comprar um produto, sempre solicite a nota fiscal (muitas agora são enviadas por e-mail) e nunca esqueça de antes de retirar o produto ou receber em sua casa através da transportadora, conferir todos os dados, verificar se o nome do comprador e os dados estão corretos e também os dados dos produtos.

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wi-fi

Como seria

sem tecnologia

A tecnologia continua sendo uma das principais aliadas neste novo modo de vida que estamos vivendo em tempos de coronavírus, mas não é apenas no dia a dia que é importante, aliás, ela está sendo fundamental na atuação dos profissionais de saúde. A China, que normalmente já é uma das pioneiras em tecnologia e foi o primeiro país a ter casos da Covid-19, foi quem iniciou o uso de robôs para servir pacientes com a doença, diminuindo a exposição dos profissionais ao vírus. Ainda lá em março, foi noticiado que diversos países da Europa e da Ásia estavam utilizando drones de som para fazer rondas e avisar à população para não se aglomerar em espaços públicos. Mais recentemente, em maio, foi a vez da Índia, segunda maior população do planeta e de locais com grande pobreza, de inovar de um jeito curioso. Eles “fantasiaram” robôs de limpeza como coronavírus (verdes e com aqueles espetos característicos) para atuarem em bairros com o caso da doença. Por aqui, a novidade mais recente, já em junho, foi da startup Human Robotics, com robôs que têm a função de aproximar pacientes com médicos e até seus familiares por videochamadas, mantendo a distância física. Os primeiros testes serão realizados em um hospital de Curitiba e já está sendo avaliada por outros estados. Se já não é fácil com a tecnologia, imagina sem ela.

Óculos

para dirigir

Pelo título dessa nota, parece uma campanha de conscientização, mas na verdade é uma nova patente registrada pela Samsung para óculos de realidade aumentada que auxiliam na direção. A ideia é que a tecnologia possa passar informações em tempo real e ajudar o motorista com postos, restaurantes, oficinas e outras paradas no trajeto, evitando aquela debruçada no painel do carro para consultar o celular em plena rodovia. A ideia é que as informações apareçam na tela dos óculos, como uma realidade virtual que complementa a visão do mundo real. Ainda está em período de desenvolvimento da tecnologia, mas nunca se sabe quando pode chegar ao público. 14

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Lucas Inácio

Não é uma cilada, Bino!

Falando em dirigir, que tal brincar de carga pesada nas estradas da Europa pelo celular?! Pois é, o jogo Europa 2 é um aplicativo de graça – mediante propaganda – que traz a possibilidade de rodar por alguns países do velho continente fazendo entregas e conhecendo seus caminhos em um simulador baseado nas rodovias da vida real com ótimo gráfico. De Berlim a Veneza, de Madrid a Praga, passando por vários períodos de tempo e diversos climas, tudo isso tendo que dosar sua grana e fazer a manutenção do seu carro para as longas viagens.

orar que vai dem Quem disseir à Europa?! para

Da época

dos seus pais

Depois de viajar pela Europa, hora de viajar no tempo e ir para games da época dos seus pais, tudo de graça, sem baixar nada e de forma segura. O Internet Archive (ou “Arquivo da Internet”) é um site que disponibiliza abertamente jogos clássicos dos anos 80 e 90, muitos dos quais foram bem populares por aqui – eu lembro de ter jogado alguns, inclusive. Nomes como Alladin, Príncipe da Pérsia, Carmen Sandiego, Batman e vários outros estão na lista. O legal é que a biblioteca digital tem muitos outros arquivos de mídia como filmes, livros, músicas, tudo disponível da época que a internet era tudo mato. junho 2020 its

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Fotos: Divulgação

notícias das escolas

Maria Clara

Lucas

Caça ao mosquito

da dengue

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Os alunos da Escola Municipal Professora Eladir Skibinski estão preocupados com a dengue. As atividades escolares não presenciais estão focadas na prevenção ao mosquito transmissor. A turma do 2º período B, da professora Ana Carolina, se empenhou nesse assunto. Com o uso de material reciclável, foram propostas a criação de um boneco do mosquito e a confecção de binóculos com rolos de papel higiênico para “caçar” os focos.


Contação de

Foto: Divulgação/Escola Municipal Paul Harris

histórias online

Que tal participar de uma contação de história com as contadoras da Biblioteca Pública Prefeito Rolf Colin? Não precisa e nem pode sair de casa. Com uso de ferramenta de vídeo, a turma do 1º ano da professora Raquel Shattchneider da Escola Municipal Paul Harris participou de contações de histórias. Foi um momento mágico com a contadora Marcia Melo que interpretou a história Lagarta Confusa e puxou a animação com a música Viro, Vira, Virou.

Leitura e

Fotos: Divulgação

criatividade

A criatividade tomou conta dos alunos da Escola Municipal Abdon Baptista. Como estamos mais tempo em casa e se cuidando como forma de prevenção da Covid-19, que tal organizar os livros? A professora Claudia Timm, de Língua Portuguesa, 8º ano, trabalhou com o projeto Livro de Bolso e junto a prática de resenha crítica. Uma calça virou uma biblioteca esperta.

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Fotos: Renata Bomfim

arte

Da janela de casa: expressão da arte pela observação

Aluna da Escola Municipal CAIC Professor Mariano Costa compõe primeira música autoral para atividade de Arte Renata Bomfim A importância de se ter referências de movimentos históricos artísticos, produções cinematográficas e composições musicais que falam sobre a cultura de um povo, além de outras inúmeras formas em que a arte pode ser encontrada, tudo isso soma para o desenvolvimento teórico e cultural do aluno ainda no seu processo de aprendizagem. Na disciplina de Arte dos alunos do Ensino Fundamental, as inspirações servem como base e despertam a potencialidade individual de cada estudante. Nesse processo, ao trabalhar sobre arte e arquitetura com os oitavos anos da Escola Municipal CAIC Professor Mariano Costa pela plataforma Educa Joinville, a professora Fabiana Castegnaro

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lançou um desafio: a partir de intervenções de artistas no cotidiano das cidades e da música “Paisagem da janela”, interpretada por Beto Guedes, os alunos teriam que expressar, em forma de desenho, poema ou música, o que notavam das suas janelas. Conectada com a música desde os oito anos de idade, Beatriz de Souza Vieira resolveu criar a sua primeira composição. “Abri a janela para deixar aquela alegria me alcançar, e no embalo dessa dança, a vida se encheu de esperança. Tudo é tão lindo de se ver, parece um sonho, mas eu vi acontecer. Vida que volta ao normal, o que era sonho, agora é real”, esses são os sentimentos de esperança expressados por Beatriz na música autoral e que ganhou o nome “Da minha janela”.


Professora Fabiana Castegnaro assiste o vídeo com música autoral de aluna como atividade da disciplina

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Ao receber o retorno da atividade, Fabiana se surpreendeu com o trabalho da aluna. Isso porque no meio de tantos desenhos recebidos, Beatriz foi a única que decidiu fazer diferente. “Eu assisti o vídeo, chamei minhas filhas para ver junto comigo e elas logo começaram a cantar. Fiquei muito emocionada, porque no meio de um momento desse, eu não sabia que a Beatriz cantava”, conta a professora. “Todos eles (alunos) têm o potencial e este é o momento de divulgarmos mostrando realmente como é. Imagina, eu recebi uma composição de uma aluna e quantos outros nós não temos por aqui que, às vezes, devido a nossa correria, o professor não tem essa habilidade para resgatar. É justamente a valorização do seu trabalho, de tudo o que o ser humano faz.” Filha de músicos, Beatriz usou o estúdio musical que tem em casa para compor e encontrar a melodia ideal para a letra. Com a ajuda do pai, Evandro Nazário Vieira, a música está em processo de registro no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional (EDA), no Rio de Janeiro, e em julho deve estar disponível em todas as plataformas digitais. Com o desejo de seguir na área da música, Beatriz faz aula de canto e já aprendeu a tocar alguns instrumentos, como ukulele e violão. Com canal no YouTube Bia Souza, ela posta vídeos em formato de cover e interpreta músicas de artistas nacionais e até internacionais. Feliz com o resultado da primeira criação, a adolescente compartilhou uma novidade. “Já fiquei empolgada e está saindo mais uma música, sobre amor”, conta ao dizer que pretende investir na área musical.

E mesmo tendo aula uma vez na semana, nós conseguimos tocar esses alunos e fazer com que essas atividades desenvolvam suas potencialidades para várias realidades, onde eles se encontram.” Fabiana Castegnaro

Para a professora Fabiana, esse período em que todos estão distantes da escola e se reinventando dentro de casa em uma rotina que envolve pais e filhos, a valorização do corpo e da mente, sendo habilidades desenvolvidas nas disciplinas de Artes e Educação Física, tem sido muito valorizadas. “Em arte, principalmente, porque nossos alunos não têm tanto acesso aos museus, as galerias de arte, então, é através dessas aulas que eles começam a ter uma percepção melhor do mundo que os cerca. E mesmo tendo aula uma vez na semana, nós conseguimos tocar esses alunos e fazer com que essas atividades desenvolvam suas potencialidades para várias realidades, onde eles se encontram.” junho 2020 its

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arte

VEM OUVIR!

Com aulas na rede municipal de ensino de Joinville de segundo ao nono ano do Ensino Fundamental, Fabiana Castegnaro buscou alternativas para conseguir dar conta do planejamento, em um meio que exige dedicação e criatividade: internet. Com a ideia de convidar professoras para dividir os trabalhos e criar uma rede colaborativa neste período de aulas não presenciais, surgiu o grupo Quarentena com Arte. Ao todo, nove professoras da mesma disciplina da rede municipal fazem parte e assumiram responsabilidades de planejamento de cada ano, alinhado com as mudanças previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e também o novo currículo municipal. “O ponto positivo de ficar com uma turma é que você consegue pesquisar a fundo e fazer com muita qualidade o planejamento”, comenta Claudine Sehnem de Souza, professora de Arte nas Escolas Municipais Senador Carlos Gomes de Oliveira e Professora Laura Andrade. Com arquivo compartilhado, as professoras se organizam com pastas divididas por anos de ensino e cada uma fica responsável de desenvolver o planejamento de acordo com o ano recebido. Com olhar atento sobre as adequações e revisões dos conteúdos, Andreia Fernandes Nunes Stein, professora de Arte nas Escolas Municipais Pastor Hans Müller e EM Alfredo Germano Henrique Hardt, participou dos estudos do currículo de arte do município e, com o olhar atento às novas mudanças, contribui no grupo o cuidado de tornar as atividades possíveis de serem realizadas pelos alunos. “A questão do desafio maior é que a arte precisa estar junto, estar perto, discutir, e isso é um pouco difícil em relação ao currículo e a gente tem discutido muito sobre essa proximidade que a arte exige”, comenta a professora ao destacar que, por conta da iniciativa de coletividade do grupo, já receberam o convite de repensar as adequações do currículo que possa ter no futuro. A iniciativa, além de despertar a união entre as unidades escolares, também permite que cada professora possa fazer as adequações dos materiais de acordo com a sua realidade e entendimento escolar. Além disso, equipes de supervisão tem elogiado a qualidade dos planejamentos e servido de motivação para que professores de outras disciplinas se inspirem e apliquem dentro do seu grupo de ensino.

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Foto: Renata Bomfim

Ficou com vontade de ouvir a composição da Beatriz? Basta apontar a câmera do celular para este leitor de QR Code e ouça a música “Da minha janela”. Você também pode ajudar a compartilhar a iniciativa da aluna com os professores, colegas de turma e toda a comunidade escolar.

E quem são elas? Saiba quem são as professoras que fazem parte do grupo Quarentena com Arte e que, juntas, constroem planejamentos de ensino para os alunos da rede municipal neste período de aula não presencial. ● Andreia Fernandes Nunes Stein | EM Pastor Hans Müller e EM Alfredo Germano Henrique Hardt; ● Carolina Speckhahn Sanches | EM João Bernardino da Silveira Junior e EM Professora Anna Maria Harger; ● Claudine Sehnem de Souza | EM Senador Carlos Gomes de Oliveira e EM Professora Laura Andrade; ● Fabiana Castegnaro | EM CAIC Professor Mariano Costa e EM Professora Laura Andrade; ● Fabiane Vierheller Harger | EM Governador Pedro Ivo Campos e EM Avelino Marcante; ● Leandra Schmidt | EM Professora Anna Maria Harger; ● Rosane Mugnaine | EM Vereador Arinor Vogelsanger, EM Professora Senhorinha Soares e EM Anaburgo; ● Sheila Katina Huhn | EM Anita Garibaldi e EM Castelo Branco (extensão); ● Silmara Ferrari Diniz | EM Professor Avelino Marcante e EM CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira.



novas ferramentas

Fotos: Renata Bomfim

Professoras Cátia Corrêa Michalovicz e Silvana Carlini aprendem novas ferramentas e exploram a tecnologia no período de aula não presencial

Voz e imagem:

despertando novos formatos no modelo de aula não presencial Além da atenção aos cuidados relacionados à saúde mental dos alunos, professoras da Escola Municipal Pastor Hans Müller desenvolvem atividades de aproximação e exploram novas habilidades da Base Nacional Comum Curricular Renata Bomfim

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esde que foi decretado isolamento social por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, o cuidado com a saúde mental dos alunos e a adaptação ao modelo de aula não presencial foram questionamentos que as professoras Silvana Carlini e Cátia Corrêa Michalovicz, da Escola Municipal Pastor Hans Müller, fizeram e buscaram respostas dentro das habilidades exigidas na reformulação feita pela Base Nacional Comum Curricular para cada turma de ensino.

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Se de um lado, com as turmas nos anos finais do Ensino Fundamental, o Diário do Isolamento abriu espaço para que a professora Silvana, de Língua Portuguesa, pudesse se sentir mais próximas dos alunos por meio de relatos sobre a quarentena com produções de vídeos, apresentações e textos; do outro, a professora Cátia usou o recurso do podcast para analisar a oralidade das turmas de quintos anos e a forma que usam a ferramenta para exploração da aprendizagem efetiva.


Para explicar a atividade e também compartilhar a rotina de casa, Silvana subiu na plataforma Educa Joinville o seu Diário do Isolamento, numa forma de ensinar e de aproximar os alunos com o conteúdo proposto. “Foi uma atividade de aproximação. Eles viram esse lado de a gente mandar muita coisa, e querendo ou não, é um outro ritmo. E eu quis mostrar que para mim também não é fácil”, explica a professora. Para ela, a atividade surgiu como uma necessidade de se sentir mais próxima dos estudantes, já que apenas eles conseguem vê-la, por subir vídeos autorais como parte dos conteúdos da disciplina. Com desabafos sobre a rotina e a adaptação ao período de quarentena, os estudantes puderam compartilhar como tem passado por esse momento. Dessa forma, ainda que um processo menos formal, Silvana buscou trabalhar a oralidade dos estudantes por meio dos materiais produzidos. “O que eu justifiquei para eles sobre esse trabalho é que a Língua Portuguesa é, às vezes, da escrita e leitura, mas também da oralização. É um treino, nós precisamos nos expressar e usando a tecnologia, que é algo que eles gostam.” E assim como Silvana, Cátia também quis ouvir os 105 alunos dos quintos anos que leciona sobre esse período de isolamento social. Com a produção de podcasts para as disciplinas de Ensino Religioso e Língua Portuguesa, a professora resolveu ampliar um formato que já costuma usar no seu dia a dia, mas agora para o ensino. “Eu trouxe essa ideia, pensei que daria certo e gravei uma crônica para eles em podcast”, relembra Cátia ao retomar o conteúdo trabalhado em sala de aula, antes da pandemia. “Como a gente tem a BNCC com novas exigências e habilidades para trabalhar e a questão da oralidade vem muito forte, o podcast é oralidade, então, é muito difícil você fazer com que eles expressem tudo o que sentem oralmente, mas o podcast tem a questão de que a pessoa não aparece, só a voz, e eles ficam mais soltos nesse sentido.”

Produziram um roteiro escrito, o que iriam analisar, as características e, ao invés de escreverem apenas a reflexão sobre a crônica, gravaram em formato de podcast.” Cátia Corrêa Michalovicz

Enquanto em uma disciplina Cátia buscou estudar a origem do podcast; na outra estimulou na produção de interpretação de crônica. “Produziram um roteiro escrito, o que iriam analisar, as características e, ao invés de escreverem apenas a reflexão sobre a crônica, gravaram em formato de podcast”, comentou. “A maioria gravou áudio, muitos direto no WhatsApp, e subiram para a plataforma.” Para as duas professoras, essa necessidade de inclusão digital estimulam os alunos a explorar as ferramentas e entender a tecnologia, também, como meio de aproximação. “Existe a cobrança entre professor e aluno e pude observar a rotina deles, o quanto estão se dedicando e encaixando o estudo e lazer”, diz Silvana. junho 2020 its

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25 Foto: Emily Milioli


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e acordo com estudos, o tempo de concentração para realização de atividades tem variado muito entre as faixas etárias de crianças e adolescentes, cerca de três a 20 minutos, entre um até dez anos de idade. Com a necessidade das aulas não presenciais por conta do isolamento social causado pela Covid-19, atrair os estudantes nos estudos têm sido um desafio constante para professores se reinventarem neste modelo temporário de ensino. Por isso, ao notar uma queda no engajamento de alunos do sexto ano da Escola Municipal Paul Harris dentro da plataforma Educa Joinville, a professora de geografia, Vanessa Lemos Cruz, resolveu contar com recursos de personagens do cinema para explicar os objetos do conhecimento por meio de novas metodologias. Com o apoio do Google Classroom para hospedagem dos conteúdos, Vanessa buscou ir além da construção do formulário básico que estava acostumada a fazer para todas as turmas em que leciona. De uma produção simples, com explicação do conteúdo e exercícios, ela costumava levar cerca de uma hora. Agora, os novos planejamentos levam cerca de um dia e meio. O motivo? É que ao invés de apenas publicar o conteúdo, vídeo e exercícios, a professora resolveu ir além da ferramenta e estruturar o assunto de uma forma mais lúdica, atrativa e dinâmica. A inspiração veio com uma sugestão enviada pela professora de inglês Joseane Correa, que também busca formas diferentes de adquirir habilidades e prender a atenção de uma geração cada vez mais engajada com o universo digital. Ao receber um jogo desenvolvido dentro do Google Drive, mas com uma abordagem mais ampla da geografia e com uma outra temática, Vanessa resolveu criar o seu planejamento de ensino para o sexto ano com base na saga de Star Wars. Com o objeto de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sobre a formação do Planeta Terra, cada módulo publicado na plataforma está dividido por episódio. “Caminho do Jedi”, como recebeu o nome pela professora, faz com que cada assunto seja apresentado por um personagem diferente. “O Universo seria apresentado por Luke Skywalker, o Big Bang por outro Mestre e tudo com a supervisão do Mestre Yoda. Os desafios seriam propostos pelos vilões como Darth Vader e Lord Sith e, claro, o jogador teria ajuda dos personagens mais carismáticos dos filmes como D2R2, C3PO, BB8 e o grandalhão Chewbacca”, descreve.

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Fotos: Emily Milioli

O Universo seria apresentado por Luke Skywalker, o Big Bang por outro Mestre e tudo com a supervisão do Mestre Yoda. Os desafios seriam propostos pelos vilões como Darth Vader e Lord Sith e, claro, o jogador teria ajuda dos personagens mais carismáticos dos filmes como D2R2, C3PO, BB8 e o grandalhão Chewbacca.” Vanessa Lemos Cruz

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Foto: Emily Milioli

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Mas para que o estudante chegue ao final da saga e se torne um novo jedi, é necessário a busca pelo conhecimento. Por isso, os seis episódios programados por Vanessa falam sobre desde a formação do Universo até chegar no assunto Planeta Terra, que é a parte mais demorada e que leva quase um trimestre para ser explicada. Ao finalizar cada conteúdo, uma forma diferente de enviar o formulário também foi pensada para as atividades. Para enviar, o aluno precisa copiar o código da senha disponível. “Mesmo que eles não enviem, eu vou receber da mesma forma, porque eles preenchem o formulário no início com nome e todos os dados. É só mais um jeito de eles se empolgarem e, quanto mais interagirem comigo, melhor.” Sempre alinhada com os recursos da tecnologia em sala de aula, o uso da plataforma Google Classroom não foi uma novidade para a professora. Isso porque há pouco mais de dois anos, no início do ano letivo, ela apresenta para as turmas em que leciona a plataforma e, como extra, permite que os alunos tenham acesso aos materiais. “Eu já tinha minhas turmas todas montadas. Quando a gente parou, não sabia o que fazer, eu coloquei algumas coisas na plataforma para eles não ficarem sem fazer nada”, relembra, ao contar que agora usa apenas o espaço disponibilizado pela Secretaria de Educação até para centralizar os assuntos.

Para atingir os outros anos na plataforma, Vanessa tem usado outros recursos de filmes e séries que possam, também, estar relacionados com os objetos do conhecimento trabalhados, como Indiane Jones, para estudar a formação do território brasileiro com os sétimos anos; De Volta Para o Futuro com as turmas de oitavos para entender sobre globalização, Guerra Fria e assuntos relacionados; e os nonos ainda em fase de análise do tema trabalhado com o apoio cinematográfico. Todo esse trabalho da professora Vanessa foi usado para compartilhar entre os professores da escola na primeira Parada Pedagógica, realizada entre os dias 27, 28 e 29 de maio, pela rede municipal de ensino de Joinville. Dividido por unidade escolar, cada escola programou os encontros virtuais com orientação da Secretaria de Educação sobre reflexões de marcos legais e discussões sobre este período de aulas não presenciais. De acordo com Mônica Cristina Ferreira Sgrott, supervisora escolar da Escola Municipal Paul Harris, desde que Vanessa chegou na unidade, há pouco mais de um ano, foi notório o potencial e a contribuição dela com os alunos. “Vanessa é uma professora dinâmica, sempre tentando inovar os saberes, pensando em ajudar o aluno e prender a atenção, pois hoje, em um mundo cheio de tecnologia, é difícil competir: temos que ousar para ensinar.”

“Eu já tinha minhas turmas todas montadas. Quando a gente parou, não sabia o que fazer, eu coloquei algumas coisas na plataforma para eles não ficarem sem fazer nada.” Vanessa Lemos Cruz

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Fotos: Renata Bomfim

educação física

Atividade escolar promove participação da família para fazer e jogar xadrez

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Aliado do ensino como suporte pedagógico no desenvolvimento de habilidades intelectuais e coletivas, a Escola Municipal Plácido Xavier Vieira estimula alunos na construção do jogo xadrez em família Renata Bomfim

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arafusos sem uso, recortes de espuma sintética (EVA), madeira de artesanato, disposição e criatividade. Essa foi a lista de materiais necessários que Mateus Gabriel Rodrigues, 11, aluno do sexto ano da Escola Municipal Plácido Xavier Vieira, precisou para construir o primeiro jogo de tabuleiro em casa, o xadrez, como sugestão de atividade passada pela professora de Educação Física, Nadiny Zanetti da Silva. Dentro do objeto de conhecimento do sexto ano, faz parte da rotina da disciplina trabalhar jogos de tabuleiros com os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. Com a necessidade de repensar as aulas para o ensino não presencial, Nadiny resolveu ir além do jogo, que desperta no estudante o raciocínio lógico, a concentração, o diálogo e a autonomia, mas também desenvolver as habilidades manuais na criação do xadrez. Além de fazer com que os alunos entendam as regras e posições das peças por meio do embasamento teórico, a hora de colocar a mão na massa contou com o apoio da família na construção. Vanda Cristiane Dias Rodrigues é mãe do Mateus e foi ela quem ajudou o filho a pensar em como fazer a atividade. Artesã, usou dos materiais que tem em casa e um pouco de criatividade para fazer algo durável. Além de recriar as peças principais do xadrez com o apoio de parafuso, mãe e filho ainda pintaram para que cada jogador pudesse ser identificado de forma diferente. “Todas as atividades, eu sugiro que a família se envolva, mesmo nas atividades físicas. Porque como a gente está nesse momento de isolamento, além de ser importante da família se envolver, é importante que se pratique atividade física”, destaca a professora ao falar das habilidades do jogo para este período de isolamento social e a importância de se ter esse tempo em família. O jogo faz parte do objeto do conhecimento do sexto ano e, por mais simples que pareça, para além da disciplina de Educação Física, o xadrez pode ser um excelente aliado para as aulas de matemática, história, língua portuguesa e artes.

Produções da escola:

arah aluna S ito pela fe z re d Xa

Jordan

Xadrez feito pela aluna Maria Eduarda Borges

Todas as atividades, eu sugiro que a família se envolva, mesmo nas atividades físicas. Porque como a gente está nesse momento de isolamento, além de ser importante da família se envolver, é importante que se pratique atividade física.” Nadiny Zanetti da Silva Xadrez feito pela aluna Luiza Carmo

herme Ribeiro Xadrez feito pelo aluno Guil

Mateus Gabriel Rodrigues

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galerias

Yasmin, Ysabelli e Ryan - EM EmĂ­lio Paulo Roberto Hardt

Anna Alice - EM Vereador Arinor Vogelsanger

Adriana - EM de Jovens e Adultos

Rede conect@da

Ana Clara - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou VinĂ­cius, Igor e Athur - EM Avelino Marcante

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Bianca - EM Professora Elizabeth Von Dreifuss

VinĂ­cius e Lucas - EM Anaburgo

Ana Cristina - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Amanda - EM Vereador Arinor Vogelsanger Andrey - EM Anaburgo

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galerias

Eryka - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou

Braian - EM Anaburgo

Daniel - EM Professora Elizabeth Von Dreifuss

Josiane - EM de Jovens e Adultos

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Eduarda - EM Vereador Arinor Vogelsanger


Danielle - EM Emílio Paulo Roberto Hardt

Flávia - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Fátima - EM de Jovens e Adultos

Emily - EM Professora Zulma do Rosário Miranda

Rede conect@da

Gustavo - EM Professora Elizabeth Von Dreifuss

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galerias

João - EM de Jovens e Adultos

Julia - EM Emílio Paulo Roberto Hardt

Rede conect@da

João Gabriel - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Junior - EM Emílio Paulo Roberto Hardt Júlia - EM Vereador Arinor Vogelsanger

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KauĂŁ - EM Anaburgo

Kauan - EM Prefeito Nilson Wilson Bender

Laura - EM Vereador Arinor Vogelsanger

Kenai - EM Prefeito Nilson Wilson Bender Leticia - EM Prefeito Nilson Wilson Bender

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galerias

Lohana - EM Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi

Lorena - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou

Miguel - EM Professora Elizabeth Von Dreifuss

Lucas - EM de Jovens e Adultos

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Lucas - EM Professora Elizabeth Von Dreifuss


Murilo - EM Anaburgo

Marcela - EM Emílio Paulo Roberto Hardt

Lyandra e Ana Julia -EM Emílio Paulo Roberto Hardt

Maria Eduarda - EM Emílio Paulo Roberto Hardt Matheus - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou

Rede conect@da

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galerias

Pedro - EM Professora Elizabeth Von Dreifuss

Tainara - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou

Pierry - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou

Rede conect@da

Petela - EM Anaburgo Professora Claudia - EM Avelino Marcante

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Sarah - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou

Ronaldo - EM de Jovens e Adultos

Professora Fabricia - EM Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi

Sophia - EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou Vinicius - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

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Foto: Divulgação/Freepik

saideira

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ue tempos têm sido os últimos meses, né?! Tudo acontecendo junto e agora, informações importantes que vão estar nos livros de história e nas listas do BuzzFeed do tipo “14 loucuras que marcaram 2020”. A situação está mais difícil para todo o mundo, literalmente, mas dois países de tamanho continental estão com condição especialmente delicada: Estados Unidos e Brasil. De um lado estão eles, os líderes de casos confirmados e falecimentos pela Covid-19; do outro estamos nós, o segundo com maior número nos dois índices. E em meio a esse cenário

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Lucas Inácio

incerto, uma outra doença se manifestou entre os dois países nos casos de George Floyd lá e João Pedro Mattos cá: o racismo. É um ponto comum saber que “não devemos discriminar ninguém pela cor de sua pele”, mas então por que é tão difícil combater isso?! Porque o racismo aparece de diversas formas em nossa sociedade, principalmente naquilo que chamamos de racismo estrutural. É um conceito complexo e difícil de explicar nesse texto, então fica a dica para vocês pesquisarem sobre, mas o fato é que os sintomas aparecem a todo o momento.

As vidas negras no Brasil são as mais atingidas pela violência (74% das mortes violentas do país), pela falta de educação (9,1% dos negros são analfabetos, enquanto o número é 3,9% entre os brancos), pela desigualdade salarial (a média de salários da população branca é 75% maior que a negra), entre vários outros indicadores sociais. Talvez seja um pouco difícil entender o tamanho desses números, então vamos para um exemplo bem atual que é a Covid-19 (vamos utilizar o exemplo dos Estados Unidos pela confiança dos dados). Lá, os negros são 14% do país, mas são 62% das mortes por Covid-19. É claro que o coronavírus não é racista, mas a diferença na estrutura necessária para a prevenção e combate mostram que a construção da nossa sociedade é, por isso esses números não são acaso. Aqui fica um aviso: não podemos simplesmente comparar todos os cenários entre Estados Unidos e Brasil, são histórias, culturas e sociedades diferentes. Porém, o fato de terem aparecido movimentos sociais lá e aqui no mesmo tempo não é coincidência. É tempo de aprender, ouvir e ler bastante, se inteirar sobre o assunto, principalmente com os especialistas, pessoas que tratam disso há muito mais tempo. E vale lembrar: todas as vidas importam, mas algumas delas têm mais dificuldade para viver e sobreviver. Por isso, entender essas diferenças é o primeiro passo para pensar soluções, porque ainda não tem a cura para a Covid-19, mas já sabemos a cura para o racismo: o conhecimento. junho 2020 its

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Bem Catarinense.


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