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No divã
Este material é para você, educador (a)
No coletivo
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todo mundo ganha
Anelise Muxfeldt Trentini Psicopedagoga
Por mais que a experiência escolar, com todos os seus desafios, seja insubstituível na formação humana, o momen to pelo qual estamos passando será, com certeza, de grandes e significativos aprendizados para todos nós.
Nunca passamos por um mo mento como este e erros e tropeços, certamente, vão acontecer. Por isso, é necessário que cada educador registre tudo o que está acontecendo e reflita sobre o que deu e o que não deu certo. Além disso, compartilhe seu conteúdo, atividade de aula e experiência com outros educadores: o mo mento é de colaborar.
Com planejamento, cuidado e senso de colaboração, será possí vel mitigar a crise atual e tentar garantir que o desenvolvimento de nossos alunos não seja inter rompido completamente. E, aqui, cabem as palavras do educador Paulo Freire: “Educação é, sobre tudo, diálogo. É, sobretudo, como aprender a mudar o mundo”. Diante de uma crise desse ta manho, talvez valha a pena uma hora a menos de conteúdo e uma hora a mais para sonhar com um mundo melhor. Há muitos anos, um aluno perguntou à antropóloga nor te-americana Margaret Mead (1901-1978), o que ela considerava ser o primeiro sinal de civilização numa cultura. O aluno esperava que Mead falasse a res peito de anzóis, panelas de barro ou pedras de amolar, mas não. Mead disse que o primeiro si nal de civilização numa cultura antiga era um fêmur quebrado e cicatrizado. A antropóloga explicou que no reino animal, se você quebrar a perna, morre. Você não pode correr do perigo, ir até o rio para beber água ou caçar comida. Você é carne fresca para os preda dores. Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada por tempo suficiente para o osso sarar.
Um fêmur quebrado que cica trizou é evidência de que alguém teve tempo para ficar com aquele que caiu, tratou da ferida, levou a pessoa à segurança e cuidou dela até que se recuperasse. “Ajudar alguém durante a dificuldade é onde a civilização começa”, disse Mead. “Estamos no nosso melhor quando servimos aos outros.”
Sigamos civilizados, na cria ção de estratégias de humanização com coragem, colaboração e amor pela vida.