no divã
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Este material é para você, educador (a)
No coletivo
todo mundo ganha Anelise Muxfeldt Trentini Psicopedagoga
P
or mais que a experiência escolar, com todos os seus desafios, seja insubstituível na formação humana, o momento pelo qual estamos passando será, com certeza, de grandes e significativos aprendizados para todos nós. Nunca passamos por um momento como este e erros e tropeços, certamente, vão acontecer. Por isso, é necessário que cada educador registre tudo o que está acontecendo e reflita sobre o que deu e o que não deu certo. Além disso, compartilhe seu conteúdo, atividade de aula e experiência com outros educadores: o momento é de colaborar.
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its julho 2020
Com planejamento, cuidado e senso de colaboração, será possível mitigar a crise atual e tentar garantir que o desenvolvimento de nossos alunos não seja interrompido completamente. E, aqui, cabem as palavras do educador Paulo Freire: “Educação é, sobretudo, diálogo. É, sobretudo, como aprender a mudar o mundo”. Diante de uma crise desse tamanho, talvez valha a pena uma hora a menos de conteúdo e uma hora a mais para sonhar com um mundo melhor. Há muitos anos, um aluno perguntou à antropóloga norte-americana Margaret Mead (1901-1978), o que ela considerava
ser o primeiro sinal de civilização numa cultura. O aluno esperava que Mead falasse a respeito de anzóis, panelas de barro ou pedras de amolar, mas não. Mead disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga era um fêmur quebrado e cicatrizado. A antropóloga explicou que no reino animal, se você quebrar a perna, morre. Você não pode correr do perigo, ir até o rio para beber água ou caçar comida. Você é carne fresca para os predadores. Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada por tempo suficiente para o osso sarar. Um fêmur quebrado que cicatrizou é evidência de que alguém teve tempo para ficar com aquele que caiu, tratou da ferida, levou a pessoa à segurança e cuidou dela até que se recuperasse. “Ajudar alguém durante a dificuldade é onde a civilização começa”, disse Mead. “Estamos no nosso melhor quando servimos aos outros.” Sigamos civilizados, na criação de estratégias de humanização com coragem, colaboração e amor pela vida.