Nยบ4
ANO 1
MAR|ABR 2012
revistalettering.com.br
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rodrigo abreu
thiago gustavo
A Revista Lettering entra, a partir desta 4a. edição, numa nova fase: fase em que as apostas dos primeiros parceiros foram renovadas; em fase que novos parceiros se juntam a nós; fase em que leitores – empresários dos mais diversos setores e portes – começam a sugerir assuntos para nossas reportagens; fase em que se propõe a realizar a primeira grande premiação da área da comunicação no Vale do Paraíba, reconhecendo os talentos da propaganda, do jornalismo e das relações públicas. E, justamente por tudo isso, fase em que o comprometimento da equipe Lettering se multiplica para trazer, a cada edição, assuntos pertinentes ao mercado regional, com textos mais elaborados e condizentes com que o público-alvo da revista espera e, é claro, com trabalho fotográfico e direção de arte de encher os olhos. Nesta edição, você vai poder ler sobre marcas e design e entender um pouco mais quando sua agência sugere, por exemplo, que o seu logotipo sirva para assinar uma peça e não para ser a informação mais visível dela. Também vai poder conhecer como se destacar numa campanha para vereador, conhecer as vantagens de se investir em rádio e, ainda, descobrir como sua empresa pode desenvolver projetos voltados à comunidade. E, enquanto você lê cada página desta edição (incluindo os anúncios, que estão cada vez mais criativos!), provavelmente, os profissionais que atendem à conta da sua empresa selecionam seus melhores trabalhos realizados entre 1º de janeiro de 2011 a 29 de fevereiro de 2012 para concorrer ao Prêmio Lettering de Comunicação. Incentive-os a vivenciar esse momento tão importante e único, essa fase em que a comunicação do Vale passa a ser reconhecida como coadjuvante do desenvolvimento regional. Acredite nisso. Acredite na força da comunicação. A Lettering acredita. >>
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Cristiano Ferreira A Lettering é show! Talita Vallim Lendo a minha Revista Lettering que chegou hoje chiquérrima! Como sempre ;)” Gisely Jacinto Gostei demais da segunda edição, sou formada em Relações Públicas e me identifiquei muito com as matérias “Eventos” e “Endomarketing” e pra fechar a revista achei uma delícia a linguagem do texto escrito por Fernando Abreu da APP Vale. Vocês estão de parabéns! Aplausos! Sidney Amora Jr. Parabéns a toda a equipe! Estou todo orgulhoso do meu Vale do Paraíba.
@itimartins Eii galerinha, #ficaadica siga a Revista @Lettering_, tudo sobre comunicação. #showdebola ;D @Diniz_DD Coisa linda a @Lettering_ Enfim to degustando! :D @armindoferreira Achei muito legal esse premio da @Lettering_ Uma super iniciativa e que vai bombar no Vale. A Lettering tá arrasando. @josuebrazil Obaaaa! Recebi minha Lettering. Já li quase tudo. Tá boa mesmo!!!
Ana Junqueira Equipe poderosa, resultado poderoso! Alguém tem alguma dúvida???? Parabéns Francisco Marcondes Parabéns a galera da Lettering! Demoro pra chegar aqui, mas acabei de receber as 3 edições! Caprichadas, com conteúdo relevante e muita informação. Orgulho do profissionalismo da região! Parabéns!
A foto da edição 3 foi feita por thiago gustavo. São andorinhas, flagradas em revOADA ao final da tarde, NO CÉU DE maringá - PR TENDO COMO MISSão valorizar a comunicação sob suas mais variadas vertentes, é postura da lettering respeitar as imagens de suas capas, não estampando nelas manchetes e outras chamadas.
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EDITORA
LETICIA MARIA
MtB: 27.773
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KARINA R DIAS
CONSELHO EDITORIAL
AISLAN GRECA CASSIO ROSAS GUSTAVO GOBATTO JOSUÉ BRAZIL OSWALDO RODRIGUES FILHO IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA Editora Papel Brasil Rua Coronel Gomes Nogueira 44 - Sala 11 Centro - Taubaté-SP 12010-120
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É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.
MARKETING POLÍtico 08 20 marca design 40 56 MÍDIA
thiago gustavo é fotógrafo. kelma jucá é jornalista. denise costa é jornalista. rodrigo abreu é ilustrador. marina duarte é assistente de arte. luzimar goulart gouvêa é revisor. vanessa campos é escritora e ilustratora. fernanda guerra é jornalista.
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MARKETING POLÍTICO
> >
Eleitor, por favor, vote em mim!
2012 começou. Para uns, no dia 1º
ta gente, de tantas promessas? “Seg-
de janeiro; para outros, finalmente, de-
mentação é a palavra-chave para uma
pois do carnaval. Mas para os ligados
campanha proporcional, seja de ve-
à política, 2012, certamente, começou
reador ou de deputado. Isso significa
há muito tempo! No mínimo, no ano
que o candidato precisa, em primeiro
passado, quando as principais estra-
lugar, identificar qual é a sua bandeira
tégias das campanhas passaram a ser
de trabalho, qual é o nicho social ou
definidas e se deu início à contagem
geográfico que ele irá representar”,
regressiva para as eleições municipais,
aconselha a consultora política Gil
que acontecem em outubro.
Castillo, da Tupy Company, e diretora
Cada qual com seu desafio, candi-
de planejamento do Politicom - So-
datos a prefeito e a vereador já defi-
ciedade Brasileira de Pesquisadores e
nem, além do arsenal político, a for-
Profissionais de Marketing Político.
THIAGO GUSTAVO
ma que irão adotar para se comunicar
Segundo Gil, que soma na sua
com os eleitores que eles consideram
experiência
profissional
inúmeras
merecer o seu voto. Muitos deles, na
campanhas, inclusive no exterior, a
era do chamado marketing político, já
ideia é aproximar o público eleitor das
entenderam que, “em comunicação,
propostas de cada candidato. “As es-
não importa o que você diz, mas, sim,
tratégias visam sempre o público que
como as pessoas entendem aquilo
se identifica com o perfil de atuação e
que você diz”.
com as propostas do candidato”.
No caso do segundo grupo, o for-
Definido o segmento de atuação,
mado pelos que disputam uma vaga
o segunda lição é gastar a sola do sa-
numa câmara municipal, o desafio
pato. E, nesse campo, durante o cha-
pode ser ainda maior, já que a compe-
mado corpo a corpo, é hora de lançar
tição se dá entre centenas de adver-
mão de materiais criativos, de boa
sários e sua visibilidade nos horários
qualidade e que toquem o coração
eleitorais gratuitos – no caso de cida-
das pessoas.
des que contam com emissoras de TV – é praticamente nula. Como se destacar no meio de tan-
por terem pouca visibilidade no rádio e na TV, candidatos a vereador podem apostar em materiais impressos bem produzidos - os chamados santinhos -, garantindo que sua imagem seja reconhecida mesmo onde não pode estar pessoalmente
“É no corpo a corpo que temos a chance de nos relacionarmos, nos comunicarmos de maneira mais com-
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divulgação
Para Chico santa rita, não há mais espaço para o amadorismo: “qualquer candidato sério, que preze a sua candidatura, tem a consciência da importância da consultoria de marketing político”
pleta: calor humano, olhos nos olhos,
formações é mais que necessário. “As
diálogo. Ninguém confia no que não
pesquisas são ferramentas de traba-
conhece”, diz Pollyana Gama, vere-
lho. Eu sempre trabalho com pesqui-
adora de Taubaté, pelo PPS (Partido
sas quantitativas e qualitativas. Costu-
Popular Socialista), por dois mandatos
mo dizer que a pesquisa quantitativa
consecutivos.
nos coloca o cenário superficial e a
A visão de Pollyana é compartilha-
qualitativa aprofunda esse cenário. É
da pelo diretor da MP Marketing Políti-
como um cirurgião que, para proce-
co, Marcelo Pimentel, que ressalta que
der com uma intervenção cirúrgica,
uma campanha para vereador não é
precisa de exames mais aprofunda-
focada nos meios de comunicação
dos”, compara Santa Rita, que tem em
tradicionais como rádio e TV, mas sim
seu currículo mais de 120 campanhas.
num esforço de relacionamento. “Na
E como em todo relacionamen-
campanha para vereador, é preciso
to há o tempo da conquista, há de se
ter um bom levantamento sobre as
cuidar também da manutenção da
demandas da sociedade. Em segui-
relação construída, conforme ressalta
da, disposição para bater de porta em
o professor do curso de publicidade e
porta”, sugere.
propaganda da Universidade Presbi-
Esse “levantamento de informa-
teriana Mackenzie, Adolpho Queiroz.
ções” seria, por essa óptica, o ter-
“As visitas pessoais têm de ser acom-
ceiro passo da cartilha do moderno
panhadas por mensagens telefônicas,
marketing político - embora desde
pela internet, por cartas pessoais aos
a ideia inicial em participar de uma
moradores/eleitores. E isso, não só du-
campanha ele deva existir. Chamados
rante o processo eleitoral, mas duran-
tecnicamente de pesquisas, para o
te todo o mandato do vereador. Quem
experiente marqueteiro político Chi-
conseguir manter estas relações está-
co Santa Rita, o levantamento de in-
veis e perenes, certamente ganhará a
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divulgação
“segmentação é a palavra-chave para uma campanha de vereador ou deputado. Isso significa que o candidato precisa identificar qual é a sua bandeira de trabalho, qual o nicho social ou geográfico que ele irá representar”, diz gil castillo, da Tupy Company
confiança e o voto do eleitor”, reforça.
Santa Rita.
Utilizar-se da criatividade e de
“A princípio, a própria vida do can-
técnicas de comunicação para afinar
didato constitui seu marketing. No
o discurso, com materiais bem pro-
período eleitoral, ter um profissional
duzidos, incluindo os chamados san-
do ramo ajuda, pois ele colabora para
tinhos, faixas e praguinhas, ajuda a
potencializar os pontos positivos e mi-
imagem do candidato a chegar onde
nimizar os pontos negativos do can-
não foi possível estar pessoalmente,
didato”.
além de trazer impresso aquele nú-
Por isso, atenção: com base nessa
mero extenso que a maioria dos elei-
definição, as atitudes de um candi-
tores leva até às urnas para não correr
dato são avaliadas como um todo e,
o risco de errar.
portanto, podem ser um instrumento de comunicação (positivo ou não) na
Dá para profissionalizar?
época das eleições.
Se sua perspectiva está em não somente concorrer, mas em con-
Fugindo dos ‘achismos’
quistar uma das cadeiras da câmara
De futebol, medicina e política,
de vereadores do seu município, não
todo mundo sabe um pouquinho. É aí
basta somente ter carisma, ser uma li-
que mora o perigo. “As campanhas de
derança e saber pedir votos. Entender
vereadores são marcadas geralmente
o processo e ter ações definidas para
pelo improviso, falta de planejamento
os três meses que englobam o perío-
ou de critérios. Há mais voluntarismo
do eleitoral é critério básico para seus
do que planejamento”, alerta Adolpho.
objetivos. “Qualquer candidato sério,
Mas se a ideia é preparar a sua
que preze a sua candidatura, tem a
campanha de forma técnica, coesa e
consciência da importância da con-
objetiva, a solução está na profissio-
sultoria de marketing político”, ressalta
nalização, que, segundo Gil Castillo,
danilo c monteiro
Marketing x Legislação A regra de se reportar ao planejamento de sua coligação não demonstra somente um planejamento estratégico e uma definição de identidade. Mais que isso, é o cumprimento da legislação que ampara as campanhas, os candidatos, as eleições, de modo geral. Propaganda com CNPJ, nome da coligação, partido, entre outras peculiaridades, são somente exemplos de quão criterioso deve ser o trabalho de uma equipe dentro do processo eleitoral. Toda e qualquer ação de comunicação, ou de outros setores de uma campanha, deve seguir à risca o que preconiza a legislação eleitoral, sob o risco de severas penalidades, chegando, inclusive, à impugnação de candidaturas. Para evitar transtornos no período eleitoral, já tão turbulento pelo clima de competição entre tantos candidatos, a dica é estar atento às informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Acesse www.tse.jus.br
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zação da imagem junto à campanha
período de campanha. “É comum nas
de seu candidato a prefeito. “O vere-
campanhas que muitos opinem. Mui-
ador deve trabalhar em consonância
tas dessas opiniões podem ser impor-
com a mensagem da candidatura ma-
tantes, mas cabe ao profissional aju-
joritária da sua coligação, ajudando a
dar a saber o que considerar ou não”.
divulgá-la em seus nichos de atuação.
segundo
(...) Eles [os candidatos a vereador] são
Marcelo Pimentel, também dá o toque
uma parte importantíssima da cam-
e o equilíbrio entre a objetividade e o
panha. São os ‘avalistas’ do candidato
apelo emocional, ambos importan-
majoritário junto às suas comunida-
tes em uma campanha. “A decisão do
des, ou nichos sociais”, destaca Gil.
A
profissionalização,
eleitor é eminentemente emocional,
Segmentação,
relacionamento,
porém os componentes objetivos de-
pesquisa e discurso adequado. A re-
vem sempre estar bem conjugados
ceita está completa? Não. Em política,
com a emoção”.
antes de dar o primeiro passo nessa
Uma campanha para vereador,
verdadeira batalha, é necessário saber
embora seja mais pontual, como de-
se a munição será suficiente E isso,
finem os especialistas, é também, sem
caro futuro candidato, só com muito,
dúvida, a mais complexa. Num cenário
muito planejamento.
onde o número de candidatos cresce
Por isso, se pretende ocupar uma
consideravelmente a cada eleição, o
vaga na câmara de vereadores de sua
concorrente ainda tem de lidar com
cidade, o seu 2016 pode (e deve!) co-
outros fatores, dentre eles a padroni-
meçar agora. Feliz ano novo.
danilo c monteiro
Marcelo pimentel, da MP Marketing político e governamental, chama a atenção para o equilíbrio dos ingredientes da campanha: “a decisão do eleitor é emocional, porém os componentes objetivos devem sempre estar bem conjugados com a emoção”
evita os famosos “pitacos”, comuns no
A sede de inovar nunca acaba.
BZ Propaganda & Marketing, há 13 anos empresas de destaque bebem da nossa água.
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> >
THIAGO GUSTAVO
COMUNICAÇÃO INTERNA
Quem nunca brincou de telefone sem fio? A brincadeira comum à infância de muitos de nós se torna divertida quando falhas entre o emissor (quem fala) e o receptor (quem escuta) de uma informação promovem distorções no conteúdo original de uma
A fofoca que atrapalha os negócios
determinada mensagem. O problema é quando essa “brincadeira” se torna uma triste realidade dentro do ambiente empresarial, em que cada um fala o que acha que ouviu, dando força à difusão de informações, muitas vezes, sem fundamento. Muito se fala no papel da comunicação interna como uma forma planejada de acompanhar, controlar e avaliar os fluxos de informação de qualquer tipo de organização – seja
privada, pública ou do terceiro setor
discursos do público interno, ou seja,
– com o intuito de gerar engajamen-
não só falar, mas ouvir também é im-
to, comprometimento e motivação
portantíssimo.
do público interno. Mas um dos seus
“Acredito que não há como evitar
maiores desafios é mesmo minimizar
problemas como esse nas empresas,
os efeitos dos ruídos da comunicação,
mas é possível acompanhar o que
tão comuns nas organizações.
está sendo dito nos corredores e criar
Helen Francis, relações públicas e
mecanismos para debater, para re-
professora da Universidade de Tauba-
verter algumas situações, por meio
té, explica que os ruídos e fofocas são
da comunicação planejada. Um bom
fruto natural da convivência entre as
plano de comunicação interna tem a
pessoas no ambiente organizacional
função de minimizar o impacto desse
e que, embora esses ruídos tenham o
fenômeno, mas exterminá-lo jamais”,
poder de gerar interação e identifica-
diz a especialista. O fato é que qual-
ção entre os indivíduos, a falta de uma
quer processo de informação, princi-
comunicação interna planejada e sis-
palmente a sigilosa, envolve algumas
tematizada e a inexistência de canais
pessoas e, no meio disso, alguma coi-
oficiais de comunicação são os maio-
sa pode vazar em quaisquer das fases
res problemas que uma organização
de construção dessa informação.
pode ter. O resultado? A instituição de
E engana-se quem pensa que o
uma rádio-peão ou rádio-corredor,
controle do fluxo de informações, se-
que, dependendo do nível em que
jam elas verdadeiras – e bem funda-
se encontra, pode ser muito maléfica
mentas – ou não, está somente sobre
para a gestão organizacional.
a responsabilidade do profissional de
E de que forma esses ruídos podem
comunicação. Os executivos também
contaminar o ambiente empresarial?
têm papel fundamental nesse proces-
“Depende muito da cultura de cada
so.
organização. Aquelas mais inovadoras
“E é importante destacar que as
têm canal de comunicação mais aber-
pessoas que se envolvem nesse pro-
tos e, portanto, sofrem menos com a
cesso de disseminação oficiosa de
rádio-peão. As mais conservadoras
informação
acabam sendo mais controladoras
correm um sério risco de perder cre-
e mais afetadas por esse fenômeno.
dibilidade e de ficarem vulneráveis
O como e o quanto vai contaminar
profissionalmente, além de deixarem
também dependerão muito do porte
vulnerável no mercado a imagem da
dessas organizações, mas há ‘boatos’
própria empresa em que trabalham.
que podem até vir a afetar o negócio
Então, o fundamental mesmo é evitar,
de uma empresa, como, por exemplo,
por parte do público interno, esse tipo
as de capital aberto”, afirma a relações
de comportamento e, por parte das
públicas.
organizações, o ideal é planejar, con-
dentro
das
a criação de canais oficiais é uma boa saída para evitar ruídos, mas é preciso dar voz aos discursos do público interno, ou seja, a empresa não deve ser a única a falar
empresas
Segundo a especialista, a manu-
trolar e avaliar seu sistema de comuni-
tenção de canais oficiais de comuni-
cação interna, para evitar ao máximo
cação é uma boa saída para evitar ru-
esses ‘ruídos e boatos organizacio-
ídos difundidos pela rádio-peão, mas
nais’”, explica Helen.
não adianta utilizar-se somente daqueles canais que vêm de cima para baixo, é preciso “dar voz e vez” para os
como acabar com os boatos? Assim como qualquer outro ges-
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“não há como evitar problemas como esse nas empresas, mas é possível acompanhar o que está sendo dito e criar mecanismos para reverter algumas situações, por meio da comunicação planejada”, diz a relações públicas helen francis
tor de comunicação, o executivo pode
adequadamente, no momento certo
colaborar com o fluxo de informação,
e na linguagem correta. Para ela, se
prestando atenção no que está sendo
a comunicação interna de uma em-
dito, em qual é a pauta dos corredo-
presa não for priorizada, será difícil
res e, mais, tentar decifrar a origem do
potencializar as habilidades de cada
que está sendo comentado dentro da
colaborador.
empresa.
tínua, ágil e democrática, facilmente
lizar seus discursos oficiais de forma
se criam ruídos no ambiente empre-
intencional e inteligente, conhecer
sarial. Além disso, temos de tomar
e se aproximar dos verdadeiros for-
cuidado se essa comunicação não for
madores de opinião, que não são, de
direta e completa. Mensagens repas-
modo geral, lideranças instituídas pela
sadas com conteúdos não consisten-
empresa, mas são natas, emanadas e
tes criam espaços para que os funcio-
eleitas pelo próprio grupo”, alerta.
nários tirem suas próprias conclusões
Há 10 anos à frente da DonaBella
VIVIAN GASPeRoTTO
“E se a comunicação não for con-
“Além disso, [o executivo] deve uti-
a respeito da informação”, alerta.
Casa de Delícias, com sede em Tauba-
O prejuízo maior causado pela di-
té e com duas filiais – uma na mesma
fusão de informações inconsistentes,
cidade e outra em Campos do Jordão
segundo Suzane Taube, é a criação de
–, a empresária Suzane Taube faz da
percepções distorcidas da imagem da
rádio-peão sua aliada na hora de le-
empresa, dos seus valores e da atu-
vantar ideias e sugestões, que surgem
ação da mesma perante os funcioná-
nas conversas entre funcionários, e
rios.
usa dessa oportunidade para implan-
“Manter-se informado sempre é
tar melhorias e benefícios aos mes-
a melhor saída. Mas saber informar
mos ou solucionar problemas que
também é imprescindível. Fazer reu-
ainda não estejam sob conhecimento
niões periódicas, colocar informativos
da liderança ou direção.
em mural de avisos, ter uma política
“Mas claro que tudo precisa ser fil-
de feedbacks contínuos sobre a per-
trado, usado de forma cautelosa. Tais
formance dos colaboradores são prá-
manifestações sempre serão naturais,
ticas que neutralizam grande parte
dos funcionários, e a empresa deve
das ‘fofocas’. Geralmente, o disse-me-
saber usá-las para transformar o am-
-disse surge da criação de alguém que
biente de trabalho de maneira positi-
não entendeu direito a informação,
va”, afirma a empresária.
imaginou outra coisa e repassou a in-
Segundo Suzane, não adianta a
formação. O importante é ter certeza
empresa ter uma boa equipe se os
das decisões e da publicação clara e
seus integrantes não estiverem bem
rápida da informação a todos os cola-
informados e não se comunicarem
boradores.”
revistalettering.com.br
MARCA
> >
THIAGO GUSTAVO
Imagem e semelhança Pensar em uma maçã no século
plos de grandes empresas associadas
21 vai além de imaginar uma refeição
positivamente a seus líderes, que vão
saudável. A conexão da fruta com a
de Henry Ford e a popularização dos
empresa Apple se tornou inevitável,
automóveis no início do século passa-
com seus produtos transformados em
do, a Jack Welch e suas duas décadas
objetos de desejo no mundo inteiro.
à frente da GE (de 1981 a 2001), Eike
Mas pensar em maçã não é apenas
Batista e suas empresas terminadas
pensar na empresa Apple. A cone-
em “X” e Antônio Ermírio de Moraes
xão vai imediatamente da empresa
e a Votorantim. Em todas, a perso-
ao gênio inovador que, até sua mor-
nalidade de seu gestor é evidente: na
te, no ano passado, esteve por trás de
Ford, a racionalização e dedicação à
sua alavancada rumo aos corações e
pesquisa, aliadas ao espírito inovador
mentes do público: Steve Jobs.
de Henry levaram à criação da linha
Dono de uma personalidade forte,
de montagem e do moderno modo
que amealhava características como
de produção; na GE, o pulso firme de
perfeccionismo, inventividade, per-
Welch para demitir, para recomeçar
sistência e carisma, além da fama de
do zero e para criar um ambiente de
temperamental e irascível com seus
aprendizado e de formação de lide-
funcionários, Jobs criou uma identifi-
ranças a colocaram como a empresa
cação tão profunda com a Apple que
mais admirada do mundo, segundo
é impossível pensar em um sem lem-
a revista americana Fortune, quando
brar-se do outro. Uma identificação
em sua gestão; no grupo EBX, grandes
que, para além da imagem, faz parte
e ambiciosos projetos como o ego e
da história e do desenvolvimento da
as pretensões de Batista o tornaram
empresa enquanto corporação de
o homem mais rico do Brasil e 8º do
sucesso – os 11 anos (de 1985 a 1996)
mundo e, na Votorantim, o enfoque
em que ficou afastado do comando da
no trabalho foi fundamental para An-
Apple coincidiram justamente com o
tônio Ermírio de Moraes administrar
período em que a empresa vivenciou
de forma profissional o grupo familiar
sua maior crise.
fundado por seu avô.
Com a volta de seu fundador, em
São características pessoais como
1996, a Apple experimentou uma das
atenção, dedicação, espírito empre-
mais
arrancadas
endedor, busca da perfeição e amor
rumo ao sucesso, alcançando o al-
no que faz que Olga Maria de Souza
mejado reconhecimento do público
procura levar à Olga Óculos, rede de
e tornando-se referência até mesmo
óticas com lojas localizadas em Tau-
entre seus concorrentes.
baté e Pindamonhangaba. Aliadas ao
impressionantes
Jobs não foi o primeiro a estabe-
nome compartilhado entre loja e pro-
lecer um vínculo tão forte – e indis-
prietária, se tornaram componentes
sociável – com a empresa que geriu
importantes para o sucesso da rede,
e que fundou, em 1976, com seus co-
que em 2011 completou 20 anos de
legas Steve Wozniak e Ron Wayne. No
mercado. “Trabalhei 15 anos como
mundo e no Brasil não faltam exem-
balconista em uma ótica em Taubaté
construir uma identidade totalmente baseada na figura do dono da empresa exige cuidados: ocorrências pessoais negativas ou mesmo falta de carisma podem prejudicar os negócios. Nesse caso, afastar o gestor pode minimizar o desgaste
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que já nem existe mais. Eu era mui-
os meus franqueados. Eu diria que já
to conhecida e os clientes sempre
somos uma família, mesmo antes de
me procuravam. Esta ‘popularidade’
termos inaugurada a primeira unida-
foi um grande motivo da escolha do
de franqueada. Eles serão ‘eu’ nas lojas
nome, pois os clientes vinculariam a
e cuido para que isso seja percebido
loja à minha pessoa”, afirma Olga, que
pelas nossas clientes”, afirma Marina,
destaca entre os desafios empresarias
que faz questão de cultivar sua ima-
dessa ligação manter a credibilidade e
gem também nas cinco lojas próprias,
a qualidade do atendimento.
localizadas em Taubaté e São José dos
Rosto sempre presente na comu-
Campos. “Busco no dia a dia, na sele-
nicação da empresa – sua imagem es-
ção das colaboradoras, treinamentos
tampa o site e as redes sociais em que
e mecanismos de motivação, meios
as lojas estão presentes – Olga acredi-
para assegurar que esse meu ‘espírito’
ta que uma comunicação mais pesso-
esteja nas lojas.”
al contribui para fortalecer a imagem
Vista por Marina como uma im-
das lojas. “Ressaltando o vínculo do
portante vantagem competitiva, a
meu nome à loja, muitas pessoas sa-
associação entre sua imagem e a das
bem quem eu sou, e para os que não
lojas é amparada por sua frequente
sabem é importante, é uma estratégia
participação em eventos e matérias
de marketing. Com o avanço das re-
sobre moda e pelo envolvimento
des sociais, que já fazem parte da vida
pessoal em todas as etapas do negó-
das pessoas, tenho um canal aberto e
cio, como desenho de novas peças,
de interação com meus clientes que
acompanhamento do processo de
funciona 24 horas por dia.”
fabricação e atendimento ao cliente. “Nos dias de hoje, em que a massifica-
Prós e contras da Associação de imagens
VANTAGEM COMPETIVIVA
ção de produtos e marcas impessoais
O crescimento de uma empre-
predominam no mercado, isso é um
Vantagens
sa marca um momento chave para a
enorme diferencial. As pessoas, prin-
Ter um porta-voz com ima-
consolidação ou para o enfraqueci-
cipalmente as mulheres, gostam de
gem forte que represente a marca.
mento da associação entre a marca e
relacionamento, e comprar em uma
Gestor visto como um líder
seu gestor. E é nesse ponto que se en-
loja em que você sabe quem é a pro-
capaz de inspirar seus colabora-
contra outra empresa nascida no Vale
prietária e que leva o seu nome, além
dores.
do Paraíba, a Marina Gheler, empresa
de segurança, quebra essa impessoa-
voltada à fabricação e à comercializa-
lidade”, afirma a empresária.
Transferência das qualidades do administrador para a empresa. Clientes podem se sentir mais
ção de semijoias e acessórios. Apoiada fortemente na imagem de
Fortalecimento da marca
sua proprietária homônima, a empresa
Não apenas os empresários verifi-
se prepara para uma fase de expansão,
cam o efeito positivo de aliar o nome
Desvantagens
por meio de franquias – serão quatro
do gestor ao empreendimento. Philip
Problemas e desgaste na ima-
novas lojas inauguradas em 2012, a
Kotler, um dos principais estudiosos
gem pessoal podem prejudicar a
primeira delas no Shopping Pátio Pau-
sobre Marketing da atualidade, aponta
empresa e vice-versa.
lista, em São Paulo –, e a identificação
essa relação como uma das estratégias
Dependência da imagem de
entre a empresária e sua marca está
para o fortalecimento de uma marca.
uma só pessoa, o que pode gerar
entre uma das condições para a esco-
Sobre marcas patronímicas (aquelas
dificuldade na sucessão.
lha de seus parceiros. “Sabemos que é
que carregam o nome de seus funda-
Líderes fracos ou muito cen-
um dos nossos maiores diferenciais.
dores), a especialista em identidade de
tralizadores conferem imagem
Para que permaneça essa identifica-
marcas Alina Wheeler assinala como
negativa para a empresa.
ção minha com a marca, é necessá-
significativa a transferência que ocor-
rio que haja uma identificação com
re entre aspectos da personalidade do
próximos da empresa.
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JOSé caetano
em expansão, marina gheler semijoias e acessórios aposta no sistema de franquias: “busco meios para me assegurar que o meu ‘espírito’ esteja nas lojas”, diz a proprietária, que dá nome ao negócio
sucessão inspira cuidados
Para Pulice, a associação entre
rosto”, acredita Pulice.
Steve Jobs e a Apple, por exemplo,
Enquanto o exército da maçã
Apoiar a imagem da empresa
não deve ser abalada em curto pra-
começa a dar seus primeiros pas-
na de seu fundador, ou adminis-
zo, mas é a capacidade que seus su-
sos sem seu principal líder, outra
trador, é uma decisão importante,
cessores terão em manter ou não o
empresa vivencia de modo sua-
que traz efeitos que ultrapassam
espírito inovador da marca nos pró-
ve a saída de um líder forte sem
o período de gestão dessa pessoa
ximos anos que fará a diferença.
prejudicar a imagem da empresa.
e podem definir o futuro da com-
“Mesmo com seus produtos de
Fora do comando de sua própria
panhia. “As pessoas passam e as
qualidade inegável, a empresa so-
companhia desde 2008, Bill Gates
empresas ficam. Ou, pelo menos,
freu e vai sofrer muito a perda de
transferiu aos poucos a responsa-
precisam estar preparadas para
Steve Jobs. Por uma razão muito
bilidade sobre a administração da
ficar. O marketing da empresa é
simples: o ramo da tecnologia da
Microsoft para outros executivos.
que vai definir o quanto a suces-
Apple está diretamente ligado ao
Em 2000, o cargo de CEO foi pas-
são será traumática. Uma empresa
aspecto visionário. Porque Steve era
sado para Steve Ballmer, em 2006,
que apostou toda a sua reputação
um visionário. Os próximos e espe-
e Gates anunciou sua retirada
num determinado gestor, difun-
rados lançamentos da marca é que
gradual da direção da empresa e,
dindo essa imagem no mercado,
vão definir o rumo da empresa. O
desde 2008, passou a se dedicar
certamente vai correr maiores
rosto de Steve Jobs, na minha visão,
integralmente a projetos voltados
riscos no momento da sucessão”,
vai estar sempre associado ao ícone
à filantropia, educação e acesso
afirma Mário Sérgio Pulice, sócio
da maçã. Para muitos, ele é um ído-
à tecnologia na fundação Bill &
e diretor de criação da Regional
lo. Não há necessidade de substituí-
Melinda Gates, fundada por ele
Marketing.
-lo ou buscar aceitação de um novo
e sua mulher. Na opinião de Pu-
ronaldo rizutti
dono para a empresa. “Quando o dono já é uma personalidade, a empresa certamente vai ganhar com a associação dessa imagem. Claro que é preciso haver uma certa adequação do estilo pessoal com o negócio da empresa. E aí, toda a imagem da pessoa física será automaticamente associada à jurídica. Por outro lado, se a empresa já tem um nome forte no mercado, pode ser uma boa estratégia para o administrador fazer o seu marketing pessoal para mostrar que é ele quem está por trás daquele sucesso. Isso vai depender da estratégia e até, muitas vezes, da vaidade de cada dono”, explica Mário Sérgio Pulice, sócio e diretor de criação da agência de propaganda Regional
olga souza, da olga óculos, apostou na sua popularidade pessoal para garantir o sucesso de sua empresa, aberta há 20 anos: “As pessoas sabem quem eu sou”
Marketing, de São José dos Campos. Se pode trazer benefícios, investir em uma intensa associação entre proprietário e empresa, também pode representar um risco, se não for bem planejada. Segundo Pulice, antes de tudo, é preciso analisar se esta ligação
pode minimizar a transferência de
é necessária. “As vantagens e desvan-
serviu até mesmo para melhorar
aspectos negativos da persona-
tagens estão obviamente ligadas aos
a imagem da Microsoft, vista por
lidade ou de problemas pessoais
valores agregados. Que credibilidade
muitos como negativa. “Bill Gates
do administrador para a imagem
tem uma empresa de produtos para
saiu do comando visível porque a
da empresa. “O gestor precisa ser
emagrecer se sua imagem estiver li-
sua imagem já estava mais para
humilde e capaz de reconhecer
gada a um empresário extremamente
prejudicar do que para favorecer
quando esse desgaste acontece
obeso? Além disso, mudanças na vida
a Microsoft. É só lembrar da tor-
para sair de cena, antes que a crise
pessoal podem ser associadas à em-
ta na cara em 2008. A sua ‘busca
de sua imagem atrapalhe o bom
presa, tanto para o bem, quanto para
pela resignação’ em projetos mais
andamento do negócio”, afirma.
o mal”, avalia. “Quando a imagem do
lice, aliás, o afastamento de Gates
humanos favorece a empresa nos
Segundo Mello, ter uma equipe
dono se confunde com a imagem da
dias de hoje. É um homem ex-
preparada para lidar com crises e
empresa, os riscos são enormes. Ima-
tremamente inteligente, que ain-
preparar sucessores que possam
gine se o Eike Batista fosse pego numa
da transfere essa imagem para a
assumir a gestão com competên-
falcatrua amplamente divulgada pela
empresa. Mas a Microsoft certa-
cia é fundamental para que a em-
mídia? Ou se fosse encontrado pó de
mente não depende mais dele há
presa continue a ser bem-sucedi-
gesso no cimento Votorantim? Certa-
muito tempo.”
da e bem-vista pelo público. “Por
mente não seria bom para a imagem
Para Sebastião Luiz de Mello,
essas razões, mesmo após a morte
do Antonio Ermírio. Não há como
presidente do Conselho Federal
de Jobs, a Apple continua líder de
evitar os danos de imagem em casos
de Administração, o afastamento
mercado e seus produtos continu-
mais extremos. A decisão sobre correr
do gestor, quando sua imagem já
am com as mesmas referências de
ou não esses riscos é uma decisão di-
está desgastada, é um fator que
qualidade e inovação.”
fícil”, completa.
revistalettering.com.br 26 | 27
Nós compreendemos o seu público alvo, eles são:
<:o) :): 8-)
Festeiros
Cultos
inteligentes
E conhecemos muito bem nossos clientes, eles são:
:-)
Felizes
www.facebook.com/cruzeferreira
Mario sergio pulice, da regional marketing, de são josé dos campos: “se a empresa já tem um nome forte, pode ser uma boa estratégia para o administrador FAZER O SEU MARKETING PESSOAL E MOSTRAR QUE ELE ESTá por trás de todo aquele sucesso”
DANILO C MONTEIRO
Dentre os efeitos negativos da op-
frente, é centralizador e não é obje-
ção pela visibilidade dos empresários
tivo em suas decisões? Com certeza,
está a possibilidade de exposição tam-
nessa empresa, os processos tendem
bém de problemas pessoais ou admi-
a ser conduzidos com mais morosi-
nistrativos que afetem a imagem do
dade e a incidência de retrabalho é
gestor e arranhem a sua credibilidade
maior, desmotivando colaboradores
frente aos públicos interno e externo
em todos os níveis dentro da empre-
da empresa. Por isso, a imagem do
sa. A empresa, para ter sucesso, pre-
gestor tem de ser apresentada cuida-
cisa de um líder. O líder, para brilhar,
dosamente e preservada de situações
precisa de seus colaboradores. Uma
que possam levar a associações nega-
administração encabeçada por líderes
tivas. “É preciso bom senso, discrição.
pautados pela inovação, criatividade,
Alguns gestores, famosos na mídia,
humildade, que antecipam cenários,
expõem sua vida pessoal de tal ma-
será melhor conduzida, pois seus co-
neira que, quando algo ruim aconte-
laboradores estarão mais motivados a
ce, colocam em risco o negócio que
mostrar resultados e encarar desafios,
administram. Isso é bem emblemáti-
mesmo diante das dificuldades.”
co no mundo do futebol: jogadores
Moldadas à imagem e semelhança
envolvidos em escândalos acabam
de seu criador ou gestor, as empre-
deixando passar a crise pessoal para
sas que se apoiam e buscam refletir
dentro do campo”, afirma Sebastião
a personalidade destes não devem
Luiz de Mello, presidente do Conselho
deixar de lado a importância da con-
Federal de Administração.
dução que seu líder faz de suas pró-
Para Mello, o enfoque na gestão
prias qualidades e fraquezas, como
profissional é fundamental para pro-
aponta Mello: “se você quer ser um
mover uma boa associação entre
bom profissional e um bom líder, seja
empresa e empresário, mesmo em
antes uma boa pessoa. Nossas atitu-
momentos de crise. A visibilidade do
des refletem os nossos princípios mais
gestor deve ser apoiada não apenas
enraizados e não há como negar ou
levando-se em conta sua vaidade,
esconder. A mudança precisa vir de
mas seu espírito de liderança, o que
dentro para fora, senão uma hora essa
traz efeitos positivos, tanto para a
falsa liderança começa a ruir. Gesto-
imagem, quanto para a administra-
res: construam suas carreiras em ter-
ção da empresa e a motivação dos
renos seguros e firmes, planejem-se, e
funcionários. “Imagine uma empresa
nunca deixem de lado suas estruturas,
em que o principal gestor não ouve
pois elas serão necessárias para o seu
seus colaboradores, não assume os
crescimento e para o sucesso do seu
erros, não encara os problemas de
negócio”.
revistalettering.com.br 28 | 29
Por que eu invisto em comunicação Clovis Finger D ono da gold finger
Lettering_ Como o senhor percebe a força da Comunicação para o seu tipo de negócio? Clóvis Finger_ Sem ações de
utilizadas pela Gold Finger? CF_ A princípio, investimos em mídias que sejam regionais e não locais. O rádio é uma ferramenta bem
marketing meu negócio não tem
interessante.
resultado. O marketing é quase ou
em mídia impressa – tablóides, flyers
tão precioso quanto os produtos
e revistas –, e TV, que é uma mídia
com os quais trabalho, pois é ele que
espetacular. Também investimos em
mostra, que faz o cliente desejar. É ele
caracterização das lojas de acordo
que agrega valor ao meu trabalho.
com as campanhas.
RL_ Há quanto tempo você investe em comunicação?
Também
investimos
RL_ Na sua opinião, qual dá mais retorno?
CF_ São 30 anos de investimento,
CF_ Não há como dizer qual dá
mas 15 anos de forma ininterrupta.
mais retorno, justamente porque o
No início, não tinha condições de
papel da agência está em direcionar
investir sistematicamente. Foi aí que
cada campanha para o veículo mais
contratei uma agência. Com o supor-
propício. Na campanha em que da-
te profissional, conseguimos realizar
mos desconto de acordo com a ida-
um planejamento, potencializando
de, por exemplo, nosso público é,
e direcionando de forma correta o
certamente, o idoso. Logo, o veículo
dinheiro que investimos. Sozinhos,
que me dará maior retorno é o rádio.
“Com o suporte profissional, conseguimos realizar um planejamento, potencializando e direcionando de forma correta o dinheiro que investimos. Sozinhos, acabamos recaindo em ações desordenadas e gastando mais, sem obter o resultado”
acabamos recaindo em ações desordenadas e gastando mais sem obter o resultado.
RL_ Que conselhos você dá para outros empresários? CF_ Contrate uma agência. Mas
RL_ Quais as principais mídias
uma agência séria e profissional.
revistalettering.com.br 30 | 31
VOCÊ FAZ, VOCÊ CRIA,
MAS O QUE VEM DEPOIS?
O QUE VAI ACONTECER? MUDAR? VOCÊ VAI MUDAR?
FAÇA VALER A ARTE, A MENSAGEM E A BELEZA DO BEM-DIZER.
INSCREVA SUAS PEÇAS E CASES
R$60,00 (01/03/12 ATÉ 21/03/12) R$90,00 (22/03/12 ATÉ 31/03/12)
COMUNICAÇÃO DE MASSA█ TV Reportagem Anúncio RÁDIO Reportagem Spot Jingle IMPRESSO Reportagem Anúncio Fotografia Jornalística OUTDOOR
COMUNICAÇÃO DIRIGIDA█ COMUNICAÇÃO INTERNA Impresso Digital Eventos (case) ASSESSORIA DE IMPRENSA RESPONSABILIDADE SOCIAL
COMUNICAÇÃO PROMOCIONAL█ Folder Catálogo Embalagem Eventos (case)
SITE
COMUNICAÇÃO DIGITAL█
Institucional Prestação de Serviços/ Portal de Informações Hotsite BANNER / WIDGET BLOG CORPORATIVO
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA█ (peça ou case)
COMUNICAÇÃO INTEGRADA█ (case) inscrições e regulamento
revistalettering.com.br/fimdomundo
revistalettering.com.br
> >
danilo c monteiro
EMBALAGEM
Com que roupa eu vou para a prateleira? um produto com funcionalidade idêntica, pode desbancar outro por ser apresentado de forma mais atraente, melhor protegido e transportado ou até por ser mais fácil de ser identificado
O boom da sociedade de consumo
moderna, cujo setor deve movimentar
tem posto o cidadão comum em meio
no Brasil, até o fim do ano, cerca de R$
a uma verdadeira trincheira, em que a
47,6 bilhões, segundo a ABRE (Asso-
batalha se trava no dia a dia das gôn-
ciação Brasileira de Embalagens) – a
dolas de supermercados. Entre tantas
carta na manga que pode fazer a di-
opções de marcas notadamente de
ferença entre ganhar e perder o jogo.
qualidade, fazer-se destacar entre as
Proteção, transporte e identifica-
demais é uma preocupação de que
ção. Essas são apenas algumas das
a empresa não pode se descuidar na
atribuições que a embalagem cum-
hora de dispor seu produto nas prate-
pre desde que o consumo em massa
leiras, lado a lado ao do concorrente.
se expandiu, especialmente no perí-
Se pensada estrategicamente, é a em-
odo após a Segunda Guerra Mundial
balagem – item proeminente na vida
(1939-1945), e cresceu de tal maneira
divulgação
“ela pode ser uma poderosa ferramenta de marketing e, em alguns casos, a única”, diz Fabio Mestriner, da ESPM
que dispensa, nos pontos de comér-
porte sabem da visibilidade que uma
deve partir da compreensão detalha-
cio, a figura do balconista – vendedor
embalagem pode conferir a seus pro-
da de como está organizada a com-
que se encarregava de explicar as ca-
dutos: a garrafa da Coca-cola e o Leite
petição na categoria, para poder posi-
racterísticas do produto, persuadindo
Moça (ou seria leite condensado?), da
cionar de forma consciente o produto.
o cliente na compra.
Nestlé, de tão eficientes já se tornaram
É comum encontrarmos produtos que
modelos clássicos, copiados em todo
estão totalmente fora da linguagem
modo
o mundo. A Mecca Cola, refrigerante
visual predominante na categoria e
exemplar, sendo coringa para as
fabricado em Gaza (território pales-
quando isso acontece, o consumidor
pequenas empresas, que não dispõem
tino que dispensa apresentações),
não considera este produto um com-
de verba para investir em propaganda.
é quase uma rendição silenciosa ao
petidor de verdade”.
“Como o custo da embalagem já
american way of life.
Ainda hoje, a embalagem exerce sua
função
primária
de
Em outras palavras, é preciso, ini-
Independentemente do tamanho
cialmente, um trabalho de análise de
ferramenta
ou do segmento empresarial, o certo
quem entende do assunto para pro-
de marketing – em alguns casos,
é que essa é uma seara em que todos
por uma embalagem que reúna qua-
a única – para 90% dos produtos
devem saber cultivar o espaço para,
lidades, como o design simples, prá-
presentes em supermercados, com
mais tarde, colher resultados. “Qual-
tico e criativo. “Antes de desenvolver
gasto praticamente zero”, ensina o
quer produto concorre numa cate-
qualquer coisa, o primeiro passo é
coordenador do Núcleo de Estudos
goria e é a categoria, que determina
pesquisar e pesquisar muito, usando
da
(Escola
como se trava a competição dentro
a internet como meio para buscar re-
Superior de Propaganda e Marketing)
dela”, argumenta Mestriner, com a au-
ferências de outros mercados, empre-
e coordenador do Comitê de Estudos
toridade de quem trabalha há 25 anos
sas concorrentes, história de produtos
Estratégicos da ABRE, Fabio Mestriner.
na área. Ele complementa: “Uma boa
e hábitos do público em geral”, explica
Não à toa, empresas de grande
estratégia de embalagem e de rótulo
Rodolfo Bazetto, diretor de criação da
está embutido no custo do produto, ela
é
uma
poderosa
Embalagem
da
ESPM
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Grupos de funções da embalagem Funcionar como ferramenta poderosa de marketing, apresentando promoções e ações específicas do produto, é também mais uma das possibilidades da embalagem.
Fonte: Fabio Mestriner, professor-coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e coordenador do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE (Associação Brasileira de Embalagens).
Funções Básicas
Funções Complementares
Servir de veículo de comunicação para mensagens que o fabricante deseja transmitir, como, por exemplo, o site da empresa.
Conter, proteger e transportar, garantindo que o produto chegue até os consumidores mais distantes em perfeitas condições de consumo.
Funções MERCADOLÓGICAS Informar corretamente as características e atributos do produto, além de ser visualmente bonita e/ou chamativa para atrair a atenção do consumidor, agregando valor à marca – o que ajuda no ato da compra.
Jeter siqueira, da jeter design, de são josé dos campos, comemora prêmio conquistado com embalagem criada para a pedigree
danilo c monteiro
BZ Propaganda & Marketing. Realizar
lhe fosse exigido seguir um padrão
visitas nos PDVs (Pontos-de-Venda)
pré-estabelecido internacionalmente.
para observar como as mercadorias
“Trabalhamos com um tempo bastan-
são organizadas e se comportam
te reduzido e de maneira muito afina-
em seu habitat também faz parte do
da com o departamento de marketing
processo que se antecipa à criação
da Mars [dona da Pedigree], que, após
de uma peça. “Estudos comparativos
o relançamento da marca, retomou
entre os produtos, quanto à forma e
o seu crescimento de vendas acima
à cor, são fundamentais para se criar
da concorrência, além de aumentar
algo que se destaque no mercado”,
seu share”, anima-se Jeter Siqueira,
conclui.
sócio-diretor da agência que leva seu
Dito isso, é válido o lembrete de
nome. E como prova de que cases de
que o canal de comunicação entre
sucesso geram prestígio para todo o
a empresa-cliente e a agência deve
time, dentro e fora de campo, a Jeter
estar bem sintonizado, sem ruídos.
Design venceu naquele ano um con-
Nesse sentido, o briefing serve para
curso de embalagem com a peça da
diagnosticar a posição da marca em
Pedigree.
relação aos players do setor e, por ve-
Outro fator determinante para o
zes, calcular onde a empresa pretende
sucesso de uma embalagem é o en-
chegar.
tendimento de que mais que uma
Em 2007, a agência Jeter Design
simples criação, ela deve ser o resul-
relançou para a Pedigree a embala-
tado de um projeto. Para Fabio Mes-
gem de uma linha de snacks, sem que
triner, a embalagem é um produto in-
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divulgação
A linha de produtos Chopp do fritz passou por uma reestruturação visual, tendo como mote o posicionamento de cerveja exclusiva dustrial que precisa vender bem para
veste numa identidade visual que
garantir a sobrevivência das empresas
reflita a originalidade e a história da
que a utilizam. “O designer deve se-
marca. “O primeiro contato do clien-
guir o ‘método’ do design e incluir a
te com o produto é pela embalagem,
arte e a criatividade apenas como
que, por isso, é o primeiro divisor de
abordagens complementares em seu
decisão na hora da compra”, acredita
trabalho, pois são muitos os requisitos
Ingo Schwabe, sócio-proprietário da
técnicos que recaem sobre uma boa
cervejaria Chopp do Fritz.
embalagem e não se pode proceder sem atendê-los”, alerta.
Desenvolvida pela BZ Propaganda, a embalagem do Fritz ilustra um trabalho pensado em acompanhar
Fazendo diferente
a evolução do produto, uma cerveja
Celebrada em bares no happy
artesanal envasada em garrafa alemã
hour, a cerveja é uma das paixões na-
com tampa de porcelana, que, após
cionais, ao lado do futebol e do carna-
aberta, mantém a qualidade da be-
val, sendo mesmo o líquido que lhes
bida. “A reestruturação visual foi fei-
permeia o contato. Nesse mercado de
ta com foco no posicionamento da
consumo tão disputado – o Brasil é o
marca [que existe desde 1993] como
terceiro maior consumidor da bebida,
cerveja exclusiva. O consumidor per-
atrás da China e dos Estados Unidos
cebe esse valor e se identifica”, afirma
–, só mesmo a aposta na diferencia-
o diretor de criação Rodolfo Bazetto.
ção do produto para se permitir entrar
A satisfação por ser o escolhido
num nicho já dominado por grandes
num mar de opções, que coloca à
players mundiais, donos de fatias ge-
frente do consumidor estímulos que
nerosas do setor.
só a experiência sensorial pode lhe
De olho nessa competição pelo
satisfazer o apetite, pode ser resumida
gosto brasileiro, uma cervejaria re-
numa frase do empresário Schwabe:
cém-inaugurada em Taubaté-SP in-
“Eu quero mesmo é ser lembrado!”.
cérebro pequeno boca grande
Esse é o Australopitacos, um dos primos distantes do homo sapiens. Mas essa não é uma espécie em extinção. Na verdade, você já deve tê-lo encontrado em seu habitat natural: o Mercado. São famosos por suas largas mandíbulas e cérebros minúsculos, que os ajudam a produzir uma enorme quantidade de pitacos. Mas tome cuidado. Por mais que os pitacos pareçam baratos, nem sempre o são.
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DESIGN
> >
A relatividade da beleza
Quando um estudante passa no
municação. Com o passar do tempo,
vestibular para o curso de design, uma
essa ‘falta’ vem diminuindo, pois es-
das primeiras dificuldades da profis-
tamos vivendo em uma era em que
são inicia naquele exato instante em
a comunicação é muito mais instan-
que ele visualiza seu nome entre os
tânea e dinâmica. E, isso faz com que
aprovados: explicar aos pais o que um
muitas empresas - que nunca tiveram
designer faz.
um contato com um trabalho de uma
Salvas raras exceções de pais mais
agência de propaganda ou de design
antenados, em muitos casos, a partir
- passem a contemplar, em suas estra-
do momento em que se coloca os pés
tégias de negócios, a contratação de
na profissão, é também parte da rotina
escritórios especializados em comu-
reafirmar qual o papel de um designer
nicação”, ressalta o designer Henrique
e porque o trabalho dele é tão indis-
Barros.
pensável ao sucesso de uma marca.
Sócio-diretor de criação da Esgri-
No mundo das corporações de
ma Propaganda e Marketing, em São
grande porte, as principais marcas,
Paulo, ele tem 12 anos de experiência
além de grandes produtos ou serviços,
no mercado publicitário, inclusive no
se apoiam essencialmente na constru-
Vale do Paraíba, além de três troféus
ção feita por um designer. Ou alguém
de ouro do Expocom (Exposição de
acha possível desassociar a Rede Glo-
Pesquisa Experimental em Comuni-
bo do símbolo criado pelo designer
cação – um dos principais reconheci-
Hans Donner? Ou não reconhecer a
mentos do meio acadêmico).
letra da Cola-Cola, mesmo que com ela esteja escrito... hum... Pepsi?
Completando o currículo extenso – e somente para citar uma conquista recente e que atesta a qualidade da
THIAGO GUSTAVO
o que se faz
agência -, em 2010 a Esgrima ganhou
O papel do profissional da área
um troféu prata e outro bronze no Po-
está além de simplesmente escolher
pai Brasil (The Global Association For
formas ou cores. Está em criar, mas
Marketing At Retail, principal entidade
fazer isso sem recorrer a fórmulas se-
do setor em todo o mundo).
cretas. Desmitificando.
Um dos maiores desafios da relação empresa/ agência é adequar gostos pessoais a escolhas técnicas e, talvez, o mais comum seja o embate pelo tamanho da logomarca. É missão de ambos construir uma parceria sólida: cliente, dando um voto de confiança e agência, resultados
Patrick Vergueiro, designer e dire-
“Não acredito que exista uma mís-
tor de arte multiplataforma na Phocus
tica sobre o que é design. Acredito,
Interact, em São José, compartilha a
sim, em uma falta de cultura de co-
mesma opinião.
revistalettering.com.br 40 | 41
“Desmitificar, é uma palavra mui-
construção de marca, construção de
to sombria! O design inova, ele emo-
percepção, de construção da história
ciona. É o design que faz a mágica de
da marca. Isso é o mais importante”,
deixar tudo mais funcional. Design é,
explica.
na sua essência, forma e função, o
Ainda segundo ele, a agência de
papel do designer é aliar esses dois
propaganda, ou de design, é parte da
elementos de uma maneira que seja
estratégia de negócio da empresa,
agradável, criativa, que interaja com
é uma ponte entre os produtos/ser-
seu possuidor da melhor maneira
viço da empresa e o coração do seu
possível e o principal, que funcione,
consumidor. E, se essa ponte for bem
lógico”, explica ele, que também tem
construída, o acesso ao coração do
no currículo passagem pelo Magno
consumidor fica muito mais rápido,
Studio, de São José dos Campos.
fácil e certeiro.
Parceria a ser construída
ners é que uma parcela considerável
Um dilema clássico para os desigdos clientes insiste em pedir para que
designer é convencer o cliente de
o logo da empresa tenha destaque nas
determinadas escolhas. Barros conta
peças gráficas e campanhas, fato que
como ele ajuda os seus a entender o
se torna pivô de discórdia na relação
papel do designer.
profissional.
“Em todas as prospecções da Es-
“Essa atitude é muito frequente
grima, apresentamos a agência como
em clientes mais conservadores e in-
uma parceira a longo prazo para es-
seguros quanto a mudanças. Por isso,
crever e mudar a história da marca
nunca acreditei que o fato de aumen-
da empresa. E acredito que é isso
tar o logotipo represente a falta de
que deve ser feito. O trabalho de um
conhecimento sobre um bom design.
publicitário ou de designer vai muito
Acredito, sim, em uma insegurança ou
além de criar peças criativas e boni-
em uma insistência em achar que au-
tas. É um trabalho a longo prazo, de
mentar o logotipo fará com que sua
“o trabalho de um publicitário vai muito além de criar peças criativas e bonitas. É um trabalho a longo prazo da construção de marca, construção de percepção, de construção da hitória da marca”, diz Henrique Barros, da esgrima propaganda e marketing
divulgação
Um dos maiores desafios de um
revistalettering.com.br 42 | 43
Como avaliar um bom design?
do tempo da comunicação, ele tem
Com tantas agências disponíveis
em mãos um bom design”, arremata
no mercado, como saber quando
Henrique Barros, da Esgrima Propa-
você está diante de uma boa opção?
ganda e Marketing.
Com a palavra, os profissionais: “Procure se informar sobre a
marca apareça mais. Nessa hora, o
fundamental é apresentar as técnicas
O lado dos clientes
empresa de comunicação que você
Para Ana Paula Cacciari, coor-
que envolvem um trabalho publicitá-
está contratando, veja o portifólio, os
denadora de marketing do Serramar
rio e os impactos que essa comunica-
profissionais que trabalham lá, quem
Parque Shopping, em Caraguatatu-
ção terá no mercado, não importando
são seus clientes, e compare todas as
ba, escolher um bom design é tam-
o tamanho do logotipo”, disse Barros.
informações, não somente o preço”,
bém prestar atenção no todo que a
aconselha Patrick, da Phocus Interact.
Para o publicitário, o essencial é que cada cliente se sinta e, de fato,
empresa oferece.
“Acredito que o maior conselho
“Tem de passar a mensagem,
seja enxergado como único. “Não é
é avaliar a comunicação como um
a ideia principal, de forma criativa,
o logotipo grande que tornará a peça
todo. Não se pode olhar somente
considerando sempre o veículo ou
mais eficiente e, tampouco, o logotipo
uma peça, um só design. É preciso
peça. O trabalho em shopping, es-
pequeno que a transformará em uma
avaliar o histórico desse design, a
pecialmente, é muito dinâmico, pois
verdadeira
linha do tempo da comunicação, o
há necessidades e surgem oportuni-
Existem casos e casos”, argumenta,
que este design trouxe de valores
dades o tempo todo, além de todo o
salientando os papeis: o designer/di-
para a marca, o que ele mudou ou
calendário já traçado no final do ano
retor de arte quer o logotipo peque-
agregou para a empresa. Aconse-
anterior e que tem de ter o crono-
no, porque preza a qualidade visual
lho um olhar mais macro para a si-
grama seguido”, explica.
e estética da peça, e o cliente quer
obra-prima
publicitária.
tuação. Esse olhar 360 graus dirá o
O dinamismo na resolução de
aumentar, porque ele está pagando
verdadeiro valor do design como um
problemas é um ponto valorizado
e acredita que essa atitude fará muito
todo. Mas lembre-se que um bom
por ela, ao apontar as necessidades
bem para sua comunicação, sua mar-
design vende. Um bom design atrai.
de uma campanha no shopping.
ca ficará muito mais visível e logo valerá a pena todo o investimento.
Um bom design inspira. Um bom
“Muitas vezes, no grande volu-
design transforma. Um bom design
me de jobs [trabalhos], com várias
Patrick complementa a fala de for-
constrói o valor da sua marca. Se ele
peças cada, sempre ocorre de faltar
ma incisiva sobre o impasse em rela-
encontrar tudo isso, ou parte des-
uma informação pedida ou de não
ção ao logo. “Temos muitos exemplos
ses itens que citei em toda a linha
se conseguir captar e passar a ideia”.
de marcas que são sinônimos de nicho e estampam em letras garrafais
MARINA DUARTE
seu logo. Só não deve faltar ao designer bom senso. Agora, se essa solução for imposta de maneira arbitrária é ordem, não é design”. De acordo com ele, o que mais se perde nestes caso é a estética, pois a peça com essa característica prioriza o caos e a desinformação. Ele ainda cita uma máxima da área. “O bom design faz a pessoa parar, olhar, querer ter aquilo. Uma peça bem resolvida vira objeto de desejo”.
A antena Sat – An se tornou “Satan”, devido à proximidade das letras
A letra “K” estilizada da marca Kudawara, acabou com conotação sexual
A logo das Olimpíadas 2012, de Londres, também teve conotação sexual
A logo da Pepsi enfrentou problemas por remeter à obesidade e à má alimentação
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Patrick Vergueiro, da phocus interact, de São José dos Campos: “O bom design faz a pessoa parar, olhar, querer ter aquilo. Uma peça bem resolvida vira objeto de desejo”
mercado dos ‘barateiros’ Após a identificação de que tipo
divulgação
go a ela algumas pesquisas pontuais, antes de iniciar o projeto”.
de trabalho o cliente quer, é hora do
Com toda a complexidade envolvi-
designer queimar a massa cinzenta
da no ato de se fazer design, os profis-
para buscar inspiração. Mas se engana
sionais da área ainda têm de lidar com
quem pensa que ele fica esperando a
a falta de visão de alguns empresários,
inspiração vir em um insight criativo.
que preferem investir em opções de
É nessa hora que o lado pesquisador
trabalho mais baratas, mas sem visar
deve entrar em cena.
qualidade. E, ainda, sem levar em con-
“Começo esvaziando a cabeça de
ta que um bom designer entrega para
qualquer forma de julgamento e faço
seu cliente muito mais do que uma
uma busca aprofundada de informa-
material bonito e bem impresso, ele
ções, vasculho tudo que posso sobre
entrega resultados de construção de
o assunto e derivados do qual tenho
marca, como explica Henrique Barros.
que encontrar uma solução, depois
“Entre as agências, os preços irão
vou analisando as possibilidades e de-
variar e também o tempo de execução
finindo o caminho que será seguido.
de cada projeto. É como em qualquer
Com essas soluções mentalizadas,
outra empresa de qualquer outro seg-
vem a produção propriamente dita”,
mento, a variante preço representa a
revela Patrick.
qualidade do trabalho até à estrutura
Barros tem um processo de cria-
que a agência deixará a disposição
ção que ele sugere aos demais mem-
do cliente. Para as empresas, eu diria:
bros de sua equipe. “O processo de re-
‘Consultem sempre um publicitário e
ferência precisa ser constante na vida
contratem sempre uma agência para
de um publicitário, seja ele de criação,
cuidar da sua marca a longo prazo.
ou não. Acredito muito em uma pes-
Não valorize o preço. Cuide da sua
quisa mais ampla e diversificada. Não
marca. Ela é o seu bem mais precio-
acredito que a pesquisa deve ser feita
so’”.
somente na hora da criação do proje-
“A política do mais barato pelo me-
to, pois você corre o grande risco de
nor tempo é que alimenta esse ‘faz de
entrar em conflito conceitual e acabar
conta que tem design aqui’. Conselho:
utilizando conceitos já desenvolvidos
não se iluda, sua empresa será perce-
para outras marcas. Na hora de criar,
bida de terceira linha, se sua comuni-
utilizo toda a bagagem de referência
cação for de terceira linha. O cliente
que adquiro constantemente e agre-
percebe isso”, argumenta Patrick.
E disse Kotler:
Onde quer que exista uma necessidade, há uma oportunidade. E a Supera disse amém. Nós temos
fé na comunicação
e na teoria do posicionamento.
AACD, ABAP, Avon, Bimbo, Cooper, Cosan, Cremato Gourmet, Dixie Toga, Epson, Eucatex, Eurofarma, Gerdau, Givaudan, Heatcraft, Itaú, Johnson & Johnson, Klabin, Monsanto, PepsiCo, Raízen, Redecard, Rumo Logística, Sindareia, TGestiona e Universal Jóias, nossos clientes, também.
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ENTREVISTA
> >
LUCIANA DE BARROS CUNHA MCSS
dANILO C MONTEIRO
“muitas vezes, não é necessário um alto investimento para transformar uma realidade: basta articulação, parceiros certos e dispostos a se dedicarem à causa”
Sua empresa cresce e a sociedade agradece Os novos tempos passaram a exigir novas atitudes por parte das empresas. Em pleno século 21, não é mais aceitável que uma organização se esquive do envolvimento com trabalhos voltados à comunidade. Integrando o setor de Sustentabilidade da Fibria Celulose e Papel, a relações públicas Luciana de Barros Cunha tem inúmeros exemplos de como isso pode ser feito. Com experiência no mercado regional há cerca de 20 anos, ela falou a Lettering sobre as frentes adotadas pela Fibria no campo socioambiental, sobre a mudança de comportamento das corporações no que diz respeito ao comprometimento com a comunidade e também sobre como empresas dos mais variados portes podem e devem trabalhar por uma sociedade mais sustentável.
Revista Lettering_ A senhora atua
tivo de apoiar as empresas entendam
O diálogo é a melhor ferramenta para
no mercado de Vale do Paraíba há
que a responsabilidade social, agora
esse caminho. Claro que digo isso ba-
cerca de 20 anos. Como profissional
num conceito mais amplo denomina-
seada no modelo de relacionamento
de relações públicas, como percebe a
da sustentabilidade, deve fazer parte de
da Fibria, onde atuo. É um trabalho
atuação das empresas em projetos de
seu DNA, como o Instituto Ethos, por
também de conscientização da co-
responsabilidade socioambiental?
exemplo, que pode ajudar na constru-
munidade, que precisa mudar o seu
ção desse caminho.
olhar para as empresas e, ao invés de
Luciana de Barros Cunha_ A maio-
solicitarem doações pontuais, fazerem
ria das empresas investe em projetos
RL_ Na sua opinião, como pro-
propostas de projetos que realmente
ambientais há muito mais tempo do
fissional de relações públicas, qual a
possam contribuir para a melhoria da
que em projetos sociais. As questões
importância do investimento em res-
qualidade de vida daquela região. Com
ambientais ganharam mais destaque
ponsabilidade social, para ambos: de
isso, todos ganham: a empresa, que
depois da Eco92, realizada no Brasil.
um lado, empresas; de outro, a comu-
investiu e contribuiu com o desenvol-
O tema ganhou espaço na mídia, e as
nidade?
vimento das comunidade onde atua,
empresas começaram a ter resultados
LC_ Essa evolução, da forma como
com os investimentos em meio am-
investir em responsabilidade social, é
e a comunidade, que se beneficia do resultado.
biente. Na mesma época, começaram
positiva para ambos. Lembro da épo-
as discussões sobre responsabilidade
ca em que as empresas construíam
social, que seguiu a linha do assisten-
projetos, ou os compravam prontos e
cialismo por muito tempo. Agora, acre-
ofereciam ou aplicavam na comunida-
LC_ A Fibria tem uma política de
dito que as empresas entenderam a
de, sem ao menos saber se era o que
investimento socioambiental, com o
importância desse investimento e sua
a comunidade queria ou necessitava.
objetivo de contribuir para o desen-
responsabilidade para com o desen-
Fico feliz quando percebo a mudança.
volvimento das comunidades onde
volvimento local. Isso significa que o
Acredito que já estamos até num ou-
atua, gerando lucro associado à con-
investimento, obrigatoriamente, tem
tro patamar, pois ouvir os anseios da
servação ambiental, à inclusão social
de gerar benefício para a comunida-
comunidade é parte fundamental do
e à melhoria da qualidade de vida, as-
de, resultando no desenvolvimento da
processo. Hoje, buscamos descobrir
segurando licença social para operar
região a longo prazo. Além disso, atu-
juntos. Ouvimos, discutimos, compre-
e a sustentabilidade do negócio, em
almente, temos entidades com o obje-
endemos e tentamos construir juntos.
consonância com sua missão, sua vi-
RL_ Como a Fibria define o seu investimento social?
revistalettering.com.br 48 | 49
dANILO C MONTEIRO
são e seus princípios. Os investimentos
da cadeia apícola do Vale do Paraíba.
socioambientais
desenvolvidos
Ou seja, contribuir com associações
prioritariamente nos seguintes eixos
de apicultores na melhoria de seus
estratégicos: educação, cultura, ge-
processos, para aumentar a qualidade
ração de trabalho e renda, esporte e
e produtividade. Isso se traduz em ge-
meio ambiente. Seguimos também as
ração de renda, capacitação de jovens
diretrizes do Instituto Votorantim, com
e muito mais.
são
programas voltados à juventude.
O primeiro projeto da Fibria com apicultores foi em Capão Bonito, Sul de
“fico feliz quando percebo a mudança. Acredito que já estamos em outro patamar, pois ouvir os anseios da comunidade é parte fundamental do processo”
RL_ Quais projetos desenvolvidos
São Paulo, desde 2005. A iniciativa deu
pela Fibria nessa área a senhora desta-
tão certo que hoje o projeto existe em
ca como importantes para o desenvol-
todos os estados onde a empresa está
vimento regional?
presente, SP, MS, ES e BA. Aqui no Vale
LC_ Somente aqui no Vale do Pa-
do Paraíba, a Fibria apoia sete iniciati-
raíba, neste ano, são trinta projetos, e
vas voltadas à apicultura, com o envol-
cada um tem seu valor. O Parceria Vo-
vimento de valiosos parceiros, como
torantim pela Educação é um projeto
a Unitau (Universidade de Taubaté), o
desenvolvido junto com o MEC (Mi-
Sebrae e a CATI (Coordenadoria de As-
nistério da Educação e Cultura) e visa
sistência Técnica Integral). Este é outro
à melhoria da qualidade da educação
ponto muito importante na constru-
pública do município onde é aplicado.
ção dos projetos e que a Fibria valoriza
O projeto é dividido em ciclos: em 2011,
bastante: as parcerias, a união de for-
o foco foi a sensibilização da família, do
ças e esforços em busca de interesses
aluno, a valorização do professor, da
comuns e resultados expressivos. Esse
escola e da comunidade. Neste ano, o
projeto acontece em 15 municípios no
foco será a escola dos nossos sonhos e
Vale do Paraíba com apoio do Sebrae
a formação de conselhos escolares. É
na melhoria da gestão. Em Monteiro
um projeto de mobilização social que
Lobato, com capacitação de jovens
oferece ferramentas para que profes-
apicultores, e em São Luiz do Paraitin-
sores, diretores, equipe das Secretarias
ga, Redenção da Serra e Cunha, a Fi-
de Educação e Diretorias de Ensino as
bria cede área para serem colocados
utilizem na busca de melhores resulta-
os apiários. Sabemos que ainda temos
dos na educação. Todo mundo pode
muito trabalho, é um aprendizado, mas
participar! Esse projeto acontece com
acreditamos que estamos no caminho
o apoio da Fibria em Jacareí, Jambeiro
certo.
e Santa Branca. Na minha opinião, o objetivo desse
RL_ Como se dá o relacionamento
projeto deveria ter o foco sempre no
com as comunidades do Vale do Pa-
cidadão. Só assim conseguiremos re-
raíba? A senhora considera que elas
sultados relevantes e poderemos me-
entendem a intenção das empresas,
lhorar a educação da nossa cidade, do
na implantação de projetos de cunho
nosso Estado, do nosso País. Acredito
social, cultural e ambiental?
muito nisso! O mais interessante é per-
LC_ O Vale do Paraíba é uma região
ceber que existem pessoas engajadas,
muito rica, histórica e culturalmente,
que acreditam e se dedicam de corpo
com uma grande diversidade de ca-
e alma para fazer a diferença.
racterísticas e realidades entre os mu-
Outro projeto é o Colmeias II, que
nicípios. O relacionamento também é
consiste em apoiar o desenvolvimento
muito diverso, mas, mesmo os que não
têm conhecimento sobre essas ques-
contribuir e articular, como podem
tões, depois de algumas conversas, o
ajudar nas questões que estão postas
objetivo acaba sempre sendo o mes-
hoje, como mudanças climáticas, a
mo, o de transformar a realidade local.
questão da água, a das fontes renová-
Então, quando o relacionamento che-
veis de energia, tudo fundamentado
ga a esse ponto é que a empresa con-
em seus valores éticos. Somente assim,
segue apoiar boas ideias e iniciativas.
as ações de sustentabilidade estarão na
Como a região compreende uma
estratégia da empresa. Não é simples,
área muito extensa e muitos municí-
exige uma mudança de modelo men-
pios, para definirmos o investimento
tal, mas acredito que esse é o futuro e,
social, fizemos uma priorização, con-
com certeza, estamos construindo um
siderando os índices sociais oficiais e a
caminho nessa direção. Outro ponto
área de atuação da empresa.
importante é que, muitas vezes, não é
priorização,
necessário um alto investimento para
temos um modelo em que vários
transformar uma realidade: basta arti-
profissionais da Fibria fazem o rela-
culação, parceiros certos e dispostos a
cionamento em todas as regiões, prin-
se dedicam à causa.
Mesmo
com
essa
cipalmente os funcionários que têm contato diário com os vizinhos das
RL_ Que retorno institucional uma
operações da empresa. Todos eles,
empresa pode ter por investir em pro-
desde os da operação até os do nível
jetos de responsabilidade social, am-
de gestão, entendem a importância
biental ou cultural?
de ouvir e considerar as dúvidas e an-
LC_ Acredito que boa parte das
seios da comunidade. Por conta desse
grandes empresas já se deu conta de
trabalho, hoje, a comunidade também
que não dá para fazer marketing com
entende melhor a empresa, sabe que
as ações sociais que a empresa reali-
ela precisa manter o seu negócio, que
za ou apoia. O que realmente importa
busca eliminar ou mitigar os impac-
são os resultados desse investimento.
tos provocados por suas operações, e
Então, a divulgação das boas práticas
quando isso é tratado face à face, sem-
se torna uma consequência, algo na-
pre há entendimento.
tural. Acho importante que os veículos de comunicação divulguem o que está
RL_ De que forma a senhora con-
sendo feito. Assim, a sociedade tem a
sidera viável que empresas, indepen-
oportunidade de conhecer modelos de
dentemente do porte, desenvolvam
sucesso que podem ser replicados.
projetos sociais?
Com certeza, quando esse inves-
LC_ Acredito que todas as em-
timento é realizado de forma ética,
presas podem e devem compreender
transparente, com diálogo, gerando re-
de que forma podem contribuir com
sultados sólidos, agrega valor à marca
uma sociedade mais justa. As empre-
da empresa. Mas o mais importante é
sas buscam certificações importantes
a admiração da comunidade pela or-
para sua gestão e diferencial competi-
ganização. Ela começa a ser percebida
tivo, mas ser legitimado pela socieda-
de forma diferente pela sociedade, que
de é fundamental, é o que podemos
reconhece e valoriza sua atuação. São
chamar de licença social para operar.
esses laços de confiança que deveriam
As empresas devem buscar, em seus
ser construídos pelas empresas. So-
negócios as diretrizes para o investi-
mente assim, teremos um futuro me-
mento social, como elas conseguem
lhor para todos.
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Arriba! Comunicação rompendo fronteiras Depois de conquistar o contrato com a AlphaVille Urbanismo, em 2011, e ajudar o cliente no recorde nacional de vendas, por meio de peças modernas e inovadoras que divulgaram o empreendimento aos corretores de São José dos Campos e região, a Arriba! Comunicação repetiu a dose já no início de 2012, vencendo a concorrência do contrato para atuar em Juiz de Fora, Minas Gerais. Novamente, a agência joseense mostrou que sabe fazer diferente e o resultado só poderia ser mais um sucesso de vendas!
Corra, que as eleições estão aí
Com nova equipe de gestão, o Grupo de Comunicação e Sustentabilidade de Vale do Paraíba iniciou suas atividades de 2012 apresentando propostas como a ampliação do número de empresas atuantes e o fortalecimento do benchmarking entre os profissionais. Atualmente, o grupo possui 25 membros, que representam as 15 empresas integrantes, entre elas Embraer, Basf, Fibria, Jonhson & Jonhson, Heinenken, Monsanto e Revap.
A Vincere Comunicação, de Taubaté, volta a atenção para as eleições municipais de 2012. A empresa, que já realiza serviços de monitoramento e gerenciamento de redes sociais para um candidato de Taubaté, acaba de acertar a prestação destes serviços para candidatos de Ubatuba e de Lorena. Além das ações eleitorais, a agência também acaba de fechar com a empresa Égide, que atua em Taubaté, na área de segurança patrimonial e zeladoria, para a realização de seu planejamento de comunicação.
Band Vale 15 anos, as comemorações continuam
Regional conquista conta do Vale Sul Shopping
Biro Biro é estrela de comercial criado pela BZ
Para marcar as comemorações de 15 anos da TV Band Vale, a emissora trará para o telespectador novidades na programação, com os Especiais Band Vale. Nos programas, que acontecerão ao longo do ano, estarão alguns dos principais artistas e bandas da música nacional e internacional. Também estão previstos shows na região do Vale do Paraíba e o lançamento de uma campanha multimídia para marcar a data.
Em janeiro deste ano, o Vale Sul Shopping passou a integrar o portfólio de clientes da Regional Propaganda e Marketing, de São José dos Campos. O Shopping, que já é o maior da região e está com as obras de expansão a todo vapor, elegeu a Regional para desenvolver toda a comunicação que acompanhará seu novo posicionamento no mercado. O primeiro trabalho da parceria foi a campanha criada para a promoção LiquidaTudo - 30 horas de ofertas arrasadoras.
Depois de dar olé em Diego Maradona, em uma campanha interativa da Coca Cola, o exjogador Biro Biro chega para estrelar o comercial de TV e demais materiais de divulgação da Black Cola. Com a gestão da BZ Propaganda e Marketing, que é responsável pelo marketing de todo o grupo KLN, o produto será anunciado, além de nos pontos de venda, também em jornais e revistas de todo o Brasil.
Nova gestÃo do Grupo de ComunicaÇÃo e Sustentabilidade comeÇa o ano a mil
revistalettering.com.br
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A comunicação ganha força na era do empreendedorismo
THIAGO GUSTAVO
A jornalista Francine Maia, diretora da Maia Comunicação, de Taubaté, é a nova coordenadora do Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE), um departamento do Ciesp Taubaté, que tem entre suas missões preparar novas lideranças para atuar na entidade e estimular ações que contribuam para o desenvolvimento regional. Pela primeira vez, o NJE de Taubaté terá sua coordenação composta apenas por mulheres. As outras integrantes são Regiane Avigo, da Origem Gestão de Eventos, e Fernanda Aparecida de Faria Geraldo, proprietária da Alps Idiomas. Entre os projetos da equipe, está uma campanha de educação empreendedora, visitas técnicas às empresas, maior participação nas ações da sede e uma sabatina com candidatos a prefeitos de algumas cidades que compõem a Regional.
Outra conquista internacional para o Vale
Oficina da Comunicação em novo endereço
A A4UATRO, de São José´dos Campos, está em ótima fase! A reestruturação do site da empresa e a aquisição da conta da Haldex, empresa sueca, são as duas mais novas conquistas da agência, que fez um trabalho de prospecção de mercado que superou as expectativas para oferecer à empresa estrangeira a competência e seriedade dos profissionais brasileiros.
A Oficina da Comunicação está em novo endereço. Sediada em Pindamonhangaba, a agência está a todo vapor, com seus novos projetos e o primeiro deles é, sem dúvida, as suas novas instalações, que fica na Rua Dr. Monteiro César 237 – Centro.
ClickNow anuncia novo site e mudanças na comunicação 2012 promete ser um ano decisivo para a ClickNow, de São José dos Campos. Com a veiculação do novo site da empresa, vieram também algumas mudanças de comunicação, relacionamento e posicionamento junto ao mercado. Além dos projetos para canais digitais, a empresa passa a atuar com planejamento e gestão estratégica, sendo seu trabalho baseado em três pilares de execução: planejamento, criação e desenvolvimento. Nessa nova fase, dois projetos merecem destaque: o desenvolvimento de um “buscador corporativo” para a Andrade Gutierrez e a elaboração do novo portal da Belta, considerada, por quatro vezes, a melhor associação de agências de intercâmbio do mundo, pelo prêmio LTM Star Agency Association.
Não para de voar
Atributo de cara nova na Internet
Depois da experiência na Assessoria de Comunicação da Universidade de Taubaté (ACOM) e de uma breve, mas proveitosa, temporada na Molotov Propaganda, a estudante de Publicidade e Propaganda, Marina Ferreira, passa a fazer parte da equipe de comunicação da empresa multinacional LG, em Taubaté. Recentemente, foi citada em uma das palestras do Social Media Week, nos Estados Unidos, como autora de um dos Tumblrs mais engraçados do mundo. É ela também quem agora assina os infográficos da Lettering.
O site da Atributo, de Taubaté, está de cara nova, totalmente integrado à nova identidade visual da agência, que se torna cada vez mais orgânica e viva, em constante mudança e crescimento. Além da nova direção de arte, o site e as redes sociais da agência contam com uma interatividade integrada, contribuindo para uma participação mais dinâmica dos usuários.
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MÍDIA
> >
Bom e barato. E ainda pode ser bonito
versátil, o rádio leva ampla vantagem sobre outros veículos na relação custo/benefício. Mas cuidado: se sua empresa não estiver pronta para atender à demanda, o investimento pode ser um tiro no pé
Quando Carlos Marcondes decidiu
com som, é difícil vender alguns pro-
anunciar sua empresa, a Saframa Imó-
dutos que precisam ser vistos, como,
veis, em uma rádio, há 27 anos, muitos
por exemplo, do segmento imobiliário”,
de seus companheiros do ramo não
afirma Eduardo Spinelli, que é sócio e
entenderam sua decisão precursora.
diretor de criação da Molotov Propa-
“Anunciar imóvel em rádio? Você deve
ganda e professor de Criação Publici-
estar louco”, diziam. Passadas quase
tária da Univap (Universidade do Vale
três décadas, a atitude de Marcondes
do Paraíba).
não só passou a ser compreendida,
“Para mim, no entanto, esse ponto
como se tornou uma prática comum
fraco pode, na verdade, ser um ponto
entre os empresários do meio imobi-
forte, pois obriga que nós, publicitários,
liário.
sejamos cada vez mais criativos, ousa-
Conhecido por ser um veículo de
dos e inovadores. Nesse caso, quanto
grande penetração, o rádio é uma mí-
mais difícil de criar, melhor”, completa
dia relativamente barata, se comparada
o publicitário. Mas como garantir bons
à TV, e tem um excelente custo-bene-
resultados, anunciando em rádio?
fício, tornando-se uma boa solução
Carlos Marcondes garante que
para pequenas empresas que querem
sempre obteve ótimos retornos com
anunciar, mas que não têm verba para
seus investimentos em publicidade
investir no meio televisivo, por exem-
para o rádio e atribui o sucesso de seus
plo.
anúncios à sinergia existente entre ele, “O ponto fraco [do rádio] diz res-
peito à sua limitação. Como só conta
que é quem anuncia e quem cria as campanhas.
Para jorge neri, da studio zap, de são josé dos campos, uma produção de baixa qualidade pode prejudicar o entendimento da mensagem
danilo c monteiro
thiago gustavo
“O empresário conhece a realidade
casos de campanhas institucionais e
gles. Um bom jingle precisa ter uma
do seu público-alvo, está em contato
políticas, nos quais a repetição, a rima
letra simples, uma melodia forte - da-
direto com ele e, por isso, pode dar um
e a melodia contribuem para que o
quelas que a gente canta e assovia jun-
importante subsídio e feedback para
ouvinte assimile e memorize a mensa-
to - e ter a capacidade de transformar
que a agência de publicidade contra-
gem. Já o spot funciona bem quando
um argumento de venda em uma mú-
tada desenvolva seu trabalho. Depois,
o objetivo é divulgar as características
sica memorável.
é confiar no talento e na criatividade
de um produto, formas de pagamento,
“Uma boa produção de rádio é
do profissional de criação”, afirma Mar-
informações como endereço e telefo-
aquela que não mata a ideia. Pelo con-
condes.
ne da empresa.
trário, transforma uma ideia no papel
Ao publicitário, caberá definir o for-
“E, em ambos os casos, é possí-
em uma peça publicitária agradável
mato do anúncio. Um spot ou um jin-
vel utilizar a criatividade para prender
de ouvir”, explica Eduardo Spinelli que,
gle? Jorge Neri, da produtora Estúdio
a atenção do ouvinte. Um spot pode
junto com a Molotov Propaganda, tem
Zap, de São José dos Campos, explica
utilizar o humor para contar uma his-
diversos spots de rádios em seu por-
que a diferença entre os dois é que o
tória com personagens, trilha sonora e
tfólio.
spot é um “anúncio falado”, seja por
efeitos sonoros, fazendo o consumidor
Um dos mais famosos é o spot
um locutor, uma personagem, ou uma
rir, se emocionar e, o mais importante,
“Buzinas”, criado para Buono Veículos
pessoa comum (ou todos juntos), en-
se interessar pelo produto ou serviço
- Concessionária Fiat de Guaratinguetá
quanto o jingle é um “anúncio canta-
anunciado. Já o jingle, quando mais
e produzido pela Digimax Estúdio, de
do”, ou seja, uma música que transmite
‘chiclete’ for, mais eficaz será. Quan-
São José dos Campos. A peça rendeu
a mensagem do anunciante.
do digo “chiclete”, eu me refiro àquela
três prêmios especiais para a agência
música que não sai da cabeça”, afirma
no FAM (Festival de Áudio e Multimí-
Spinelli.
dia), realizado em 2010, em Ribeirão
E ambos podem ser eficazes, desde que se leve em consideração o objetivo de comunicação do anunciante
Mas o publicitário alerta para o fato
Preto: troféu de ouro na categoria “Spot
e do produto a ser ofertado. Segundo
de que, em nossa região, são poucos
Institucional”, “Grand Prix”, e o prêmio
Spinelli, o jingle é recomendado em
os redatores capazes de criar bons jin-
“Talento Criação”, entregue a Eduardo
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senso estético duvidoso são os erros mais comuns entre às produtoras. ∞ Tais erros comprometem a credibilidade e a inteligibilidade da mensagem. ∞ Quem tem melhor tecnologia, vozes, músicos e locutores, cobra mais caro, pois o custo é maior. ∞ O spot é um “anúncio falado” por um locutor, um personagem ou uma pessoa comum (ou todos juntos). ∞ O spot funciona bem quando o objetivo é divulgar as características de um produto, formas de pagamento, informações como endereço e telefone da empresa. ∞ O jingle é um “anúncio cantado”, ou seja, uma música que transmite a mensagem do anunciante. ∞ O jingle é recomendado em caso de campanhas institucionais e políticas, em que a repetição, a rima e a melodia contribuem para que o ouvinte assimile e memorize a mensagem. ∞ No Vale do Paraíba o rádio é um meio extremamente eficaz, devido à grande aceitação popular e à importância que possui em cidades não cobertas pelas emissoras de TV. ∞ As rádios e programas sertanejos são um fenômeno de audiência, mas por ser um estilo popular, nem todo produto é adequado.
MARINA DUARTE
∞ O rádio é um veículo de grande penetração e atinge todas as classes sociais. ∞ A escolha da rádio, do horário e do tipo de anúncio são fundamentais para atingir o público-alvo. ∞ Como é uma mídia relativamente barata, se comparada à TV, o rádio tem um excelente custo-benefício. ∞ O ponto fraco do rádio é a sua limitação. Como só conta com som, é difícil vender alguns produtos que precisam ser vistos, como, por exemplo, os do segmento imobiliário. Nesse caso, a criatividade do publicitário é imprescindível. ∞ Uma boa produção para rádio depende da criação de uma agência de propaganda e de uma produtora de áudio. ∞ A falta de conhecimento técnico sobre áudio e o
Conceito
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Spinelli e Fabiano César, que também
mento técnico sobre áudio (gravação,
é sócio e diretor de criação da Molotov.
mixagem e masterização), o senso es-
“Foi a primeira vez que uma agên-
tético duvidoso e a falta de variedade
cia do Vale do Paraíba recebeu um
vocal (locutores, cantores e atores).
‘Grand Prix’, o troféu de prêmio máxi-
“Esses são os erros mais comuns
mo, em um festival de propaganda do
entre as produtoras. Erros que com-
interior paulista”, conta Spinelli.
prometem a credibilidade e a inteligibilidade da mensagem e, o pior, resultam
Mas é importante lembrar que não
Neri, da Estúdio Zap.
somente à agência cabe a responsabi-
E saiba que não existe mágica, nem
lidade de ser bem sucedida com uma
milagre. Alguns clientes se espantam
boa produção para o rádio. Isso porque
com a diferença de preços entre pro-
outros profissionais de produtoras e
dutoras, mas quem tem melhor tec-
seus terceirizados fazem parte do pro-
nologia, vozes, músicos e locutores,
cesso criativo.
acaba tendo que cobrar mais caro pela
“Quando eu trabalho com compo-
para eduardo spinelli, da moLotov propaganda, de taubaté, o desafio do spot ou do jingle é chamar a atenção do ouvinte: “O jingle, quanto mais chiclete for, mais será eficaz”
em dinheiro jogado fora”, alerta Jorge
produção, pois o custo é maior.
sitores e produtoras de áudio, costumo
“E o anunciante também deve sem-
dar liberdade criativa a esses profissio-
pre evitar contatar a produtora direta-
nais. Gosto que eles se sintam também
mente (a fim de reduzir custos). Nós,
co-autores do material, pois assim o
produtores, não criamos anúncios. E se
envolvimento é maior, a vontade de fa-
alguma produtora disser que cria, fuja.
zer um material diferenciado é maior”,
‘É cilada, Bino!’”.
comenta Eduardo Spinelli. “O resultado,
Para quem se animou a inves-
na maioria das vezes, é uma agradável
tir nessa mídia, o empresário Carlos
surpresa. A produtora sempre tem algo
Marcondes deixa uma última dica. Só
valioso a contribuir.”
anuncie se sua empresa estiver bem
Em contrapartida, podem ser pre-
estruturada e preparada para o retorno
judiciais à peça publicitária e ao resul-
que a publicidade pode te dar. “Do con-
tado do anúncio a falta de conheci-
trário, você se queima. É um tiro no pé.”
danilo c monteiro
Parceria
O desenvolvimento regional da propaganda Por Gisele Toledo Diretora financeira da app/vale
Trazer a discussão do desenvolvi-
paganda em cada contexto, visto que
vez o mais importante seja a identifi-
mento regional do mercado publicitá-
é uma das principais estratégias to-
cação de 52% das marcas que atuam
rio é um privilégio. Após mais de 20
madas pelas marcas nos dias de hoje,
no país são regionais e participam de
anos trabalhando no mercado publici-
afinal, as diferenças entre os estados
ações e eventos locais.
tário regional, resolvi estudar profun-
brasileiros evidenciam a realização de
Sabe-se que várias marcas regio-
damente esse tema e percebi que essa
uma comunicação específica e dire-
nais fazem frente à concorrência das
discussão está sendo amplamente es-
cionada ao segmento desejado.
marcas nacionais, a adequação de
tudada.
A propaganda regional tem to-
produtos e serviços atende de forma
A propaganda em mercados regio-
mado proporções jamais vistas an-
consistente superando a expectativa
nais visa inserir os produtos/serviços
teriormente no mercado publicitário
dos consumidores locais.
dos anunciantes na realidade de cada
e trouxe uma discussão de projeção
Para a empresa que realmente tem
local, adequando a sua comunicação
nacional através do 1º. Fórum Mer-
por objetivo estar alinhada a realidade
às necessidades e características re-
cados Brasileiros, realizado pela ABA
local não existe nada mais conciso e
gionais. Essa prática tem contribuído
– Associação Brasileira de Anuncian-
verdadeiro do que “pensar globalmen-
para alterar o cenário dos anuncian-
tes, a FENAPRO – Federação Nacional
te e agir localmente”. É de longe a mais
tes, das agências de propaganda e dos
da Propaganda, e a revista do CENP -
vencedora estratégia de negócios, o
veículos de comunicação em todo o
Conselho de Normas-Padrão que traz
crescimento dos mercados regionais
país.
em sua edição um artigo sobre esse
é visível tanto no varejo como na indústria.
A propaganda regionalizada passa
evento enfatizando a importância da
a constituir parte do orçamento das
propaganda nos mercados regionais e
Com isso, a propaganda regional
empresas nacionais bem como possi-
fortalecendo a participação dos anun-
vem crescendo e criando novos pos-
bilita que as empresas de médio e pe-
ciantes nacionais em projetos e mídias
tos de trabalho em áreas específicas
queno porte participem do processo
regionais. O publicitário Júlio Ribeiro,
da comunicação, desenvolvendo mão
midiático, o que fomenta os negócios
presidente da Talent, cita que as em-
de obra, elevando o nível de produção
no mercado regional e colabora para
presas que não acreditarem nos mer-
televisiva, proporcionando ao mer-
o desenvolvimento econômico atra-
cados regionais certamente perderão
cado publicitário acesso a divulgar
vés da geração de empregos e novas
share, e a valorização dos mercados
produtos e serviços com valores onde
oportunidades na área de comunica-
regionais não são mais uma questão
o custo benefício são acessíveis ao
ção.
de estratégia, e sim, de sobrevivência,
anunciante local, criando assim, um
Para que a eficiência das campa-
pois como ele mesmo disse: “Davi fi-
crescimento econômico em várias
nhas publicitárias regionais aconteça
cou maior que Golias”. Nesse mesmo
áreas da comunicação, estabelecendo
com o sucesso esperado é importante
contexto, estudos do IBOPE trazem
uma próspera e crescente evolução
e fundamental que se entenda a pro-
aprendizados muito significativos, tal-
do meio.
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Por Vanessa Campos Escritora e ilustradora. Tem dois livros publicados e um blog www. vanessacamposrocha.blogspot.com
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