N ยบ12 ANO 2 JUL | AGO 2013
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“be water, my friend�
2 anos
assine a lettering revistalettering.com.br revistalettering.com.br
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@CleberErmeriano Matéria super interessante da @Lettering_ sobre #redessociais #Socialmedia ótima revista!!
@senecarolina E parabéns pelo evento!! @Lettering_ #premiolettering
Encontre seu exemplar Taubaté/SP Banca de Jornais e Revistas Sta. Terezinha Praça Sta, Terezinha, 129 – Centro Amo Café Rua Pedro Costa, 105 – Centro Loja 02 Ao Leite Café Rua Anizio Ortiz Monteiro, 615 – Centro Café Chicão Rua Jacques Félix, 470 – Centro
@bittencourt_ka Acabei de voltar do Prêmio @Lettering_ , muito bom! Parabéns aos premiados!
@CarlosSantis Galera de Publicidade amanhã tem o Prêmio Lettering em Taubaté, o maior e melhor momento do mercado de comunicação do Vale! @Lettering_
Doces Vera Rua Francisco de Barros, 148 – Centro Donna Bella – Casa de Delícias Praça Félix Guisard, 229 Empório Buona Vitta Rua Dr. Emilio Winther, 299 – Centro Padaria do Jarbas Praça Barão do Rio Branco, 65 – Centro Pizzaria e Restaurante Peperone Rua XV de Novembro, 348 – Centro São José dos Campos/SP Fran’s Café Av. Anchieta, 175 Provence – Casa de Chá e Café AV. Barão do Rio Branco, 646 – Jardim Esplanada II
Gabrielle Giacomini Parabéns pra toda galera, em especial pra Leticia, Karina e Thiago. Prêmio Lettering cada ano melhor! Que venha 2014.
Quiosque Philosofy Rua Fagundes Varela, 141 – Jardim Maringá Bibliotecas de faculdades, centros universitários e universidades Rotas atualizadas www.revistalettering.com.br
Jéssica Rocha ... agora bóra se arrumar para o Prêmio Lettering Revista Lettering, que a noite promete.
a foto da edição 11 foi feita por thiago gustavo. coração de criança - laboratório de anatomia da unitau. tendo como missão valorizar a comunicação sob suas mais variadas vertentes, é postura da lettering respeitar as imagens de suas capas, não estampando nelas manchetes e outras chamadas.
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A palavra-chave desta edição é conteúdo. Não é por acaso, mas é pura coincidência. Você pode até não acreditar, querido leitor, mas, quando nossa equipe se reúne para definir os assuntos que irão compor a próxima revista, a maior preocupação é abordar temas que contemplem as áreas básicas da comunicação – propaganda, jornalismo, relações públicas, web – além de prezar pela qualidade das matérias, claro. Ou seja, não se pensa em um tema comum entre elas. Tudo flui conforme as demandas aparecem. Curiosamente, esta edição, que encerra um ciclo de 24 meses de Lettering, acabou convergindo para um único desfecho: a importância do conteúdo. Ele está presente do início ao fim: seja nas duas reportagens que tratam da força da mídia espontânea, na que fala sobre as apresentações profissionais ou na matéria sobre mídia alternativa; na entrevista exclusiva com o presidente do Grupo Meio&Mensagem, no artigo final. Também está no anúncio do nosso programa de assinaturas. (Ah, e a tirinha da nossa querida Vana Campos fecha essa questão com chave de ouro). Não, isso não deve ser por acaso. Um sinal? Talvez. Não um sinal desses que “vêm do além”, mas um sinal dos tempos, dos novos tempos. Deixe, portanto, que o seu conteúdo determine a forma da comunicação que você quer empreender daqui para frente, seja como empresário, seja como profissional da área. Pode apostar: é isso que vai fazer a diferença.
a ilustração desTa edição foi feita por CAMILA MORITA e rodrigo abreu. diálogos. CAMILA MORITA > é arte educadora. No coletivo Semo, produz arte digital, serigrafia, pintura em tela. nos trampos individuais faz pintura acrílica em tela, ilustrações e pesquisas com carimbos e fotocópias.
flickr.com/photos/camilamorita
Rodrigo Abreu > Nascido no vale do paraíba, é publicitário, ilustrador e grafiteiro. Formado pela Unitau, em 2001, já trabalhou como diretor de arte para diversas agências de publicidade de Taubaté e São José dos Campos. Atualmente, vive em Taubaté, onde pinta pela cidade com o coletivo Turma da Rua.
turmadaruablog.wordpress.com
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THIAGO GUSTAVO
CAMILA MORITA E RODRIGO ABREU
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THIAGO GUSTAVO um apaixonado por imagens, cores e formas. Atua na área de criação e fotografia. é apaixonado por duas coisas: sua esposa Ariane e seus aparatos tecnológicos com uma certa maçã estampada.
http://cargocollective.com/thgo
LUZIMAR GOULART GOUVÊA mais conhecido como Luzi ou Luti, é alegre e paciente, amante das palavras, da literatura e da língua portuguesa. adora Passar uma horinha no campo, cozinhar e jogar conversa fora. VANA CAMPOS escritora. Entre uma leitura e um bom filme de mistério, dedica-se à vida de blogueira, além de escrever, ilustra e faz quadrinhos para deixar o mundo mais alegre.
www.vaidepijama.blogspot.com.br
SIMONE GONÇALVES tem 26 anos, é jornalista formada pela Unitau. Adora gatos, todos os filmes que não assustam, uma boa literatura. também não dispensa um bom prato de comida. ANDRÉ LEITE carinhosamente chamado de Dé pelos mais chegados, tem 28 anos e atua na área de assessoria de imprensa. Gosta de comer em bons restaurantes, dormir muito aos fins de semana e rir do tamanho do próprio nariz. CAIO ANTÍDIO tem 22 anos e é um pisciano sonhador, tímido e indeciso, está cursando Jornalismo pela Unitau, faz estágio na lettering e adora música, cinema e quadrinhos.
JÚLIA FREIRE tem 27 anos e escolheu o jornalismo para espalhar a informação para o mundo. Gosta de ler e encontrar amigos, é prática, mas também ansiosa e é dependente de internet. JOÃO JUSTI é jornalista, curioso e não sabe lavar louça. Escolheu a fotografia de forma inconsciente por influência das HQs do Homem-Aranha. Gosta de viagens, música, internet e cultura e de atormentar sua namorida.
http://www.joaojusti.com.br
VÍVIAN MISAWA é meio brasileira e meio japonesa. Trabalha como assistente de marketing digital E FAZ PÓS em Design Digital. é apaixonadA por música, quadrinhos, filmes, tatuagens e a moda hipster.
http://vivianmisawa.wordpress.com
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muito além do gogó
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Simone Gonçalves
quando a marca é notícia
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Simone Gonçalves
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tudo é propaganda cAIO ANTÍDIO
antes de comunicar André leite
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na boca do povo Júlia freire
EDITORA LETICIA MARIA MtB: 27.773 DIRETORA DE CRIAÇÃO KARINA R DIAS ESTAGIÁRIO CAIO ANTÍDIO ASSISTENTE ADMINISTRATIVA FLÁVIA GUEDES CONSELHO EDITORIAL AISLAN GRECA CASSIO ROSAS GUSTAVO GOBATTO JOSUÉ BRAZIL OSWALDO RODRIGUES IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA Rua Coronel Gomes Nogueira 44 - Sala 11 Centro - 12010-120 - Taubaté/SP 10 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA PUBLICIDADE comercial@revistalettering.com.br 12 3426.2968 revistalettering.com.br @Lettering_ facebook.com/revistalettering É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.
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DANILO C MONTEIRO
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forma & Conteúdo
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convencendo a plateia
Um ramo de atuação amplo, heterogêneo e relativamente novo – embora com conceitos simples de longa data – ganha espaço em empresas e com pessoas e se mostra uma peça importante de comunicação para o sucesso de negócios e ações de diferentes segmentos. São as apresentações, parte do “vender o peixe”. Versáteis, podem ser utilizadas em situações diversas, como captação e convencimento de clientes, apresentação de resultados, exposição de campanhas, motivação da equipe e outras. Oferecem a possibilidade de que a mensagem (ou as mensagens) seja passada de forma eficiente ao público, com conteúdo conciso, atraente, de forma interessante, bonita e impactante, longe das tradicionais apresentações “feijão com arroz”, muitas vezes feitas “só por fazer”. Longe disso, há empresas que atuam especificamente no setor. Especializaram-se em produzir apresentações modernas, planejadas, eficientes e focadas em chamar e
prender a atenção do público. E elas conseguem atingir em cheio o objetivo proposto. Assim, as apresentações deixam de ser parte acessória da mensagem que se pretende passar e funcionam como parte do processo, com direito a serem realizadas por uma equipe completa e especializada, como relata Marco Franzolim, diretor de criação da MonkeyBusiness, empresa que tem entre seus clientes marcas como Vivo, Visa, UOL, Nestlé, OI, Ford e Fiat. “O trabalho de uma equipe multidisciplinar é fundamental para uma boa apresentação. Existe o trabalho investigativo do atendimento, a consolidação das ideias feitas pelo planejamento, um bom roteiro criado pelos roteiristas da agência, uma direção de arte única e eficiente criada pelos diretores de arte e slides surpreendentes criados pelos designers”, disse. Franzolim revela que percebeu na prática o impacto positivo gerado por boas apresentações – experiência que o levou a montar a empresa e a se dedicar ao ramo. “Trabalhei como revistalettering.com.br
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divulgação
eduardo abas, sócio diretor da soap, que atende a empresas como Coca Cola, Souza Cruz, Bayer e TelefOnica, alerta: “apresentar um resultado ou vender um produto são momentos em que não há uma segunda chance”
diretor de arte em nove agências de São Paulo e nelas a equipe já fazia apresentações, não como o trabalho principal, que era a propaganda, mas acabávamos ajudando nossos clientes com suas apresentações com certa frequência. Acontece que sempre que fazíamos boas apresentações surpreendíamos os clientes e os resultados eram muito bons.” Essa cadeia de profissionais necessários para a montagem de uma apresentação mostra que realizar um trabalho completo, que surpreenda e que conte com objetivos bem definidos, demanda tempo e estrutura. Isso gera resultados e, por isso, ele tem sido procurado por empresas e profissionais, que buscam formas alternativas e interessantes de interagir com o público-alvo. Eduardo Abas, sócio diretor da Soap, afirma que o principal trabalho – cerca de 70% do processo – está na produção do projeto: em pensar, planejar, identificar o conteúdo, o pú-
blico, os objetivos, e, aí sim, produzir, estrategicamente, uma apresentação de resultados e não na forma da apresentação em si. “O resultado final pode nem ser a apresentação de powerpoint em si, que é apenas o apoio visual, podemos optar por utilizar apenas anotações numa lousa, que seja. O mais importante é definir o conteúdo e a melhor forma de atingir os objetivos e o público”, disse. A Soap foi fundada em 2003 e trabalha com “soluções” em apresentações. Entre seus clientes estão Coca Cola, Souza Cruz, Bayer, Telefonica e L’Oreal. O belo sempre atrai Uma apresentação com apelo visual e bem estruturada favorece o resultado da proposta, de acordo com os profissionais que atuam no setor, além de colaborar, em alguns casos, para que a mensagem possa chegar ao público, que não necessariamente está previamente interessado.
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O publicitário Renan Riso, da BLZ Endormarketing & Comunicação, de Taubaté, destaca dois trabalhos realizados para a Embraer. Um deles contemplava a apresentação, para uma empresa externa, do sistema de TV interno. O outro continha o resultado de uma pesquisa de opinião realizada com os funcionários. Nos dois casos, foi deixada de lado a apresentação comum, que poderia ser a compilação de dados e resultados em folhas de papel impressas, e se optou por um trabalho de impacto e visualmente interessante. “A apresentação é uma espécie de processo de venda. Quando estamos apresentando algo, seja uma proposta de campanha, resultados, um produto ou um serviço, estamos vendendo. O cliente vai comprar se acreditar tanto quanto nós acreditamos. Ele precisa ser atraído desde o começo pelo que estamos defendendo. A apresentação é metade do caminho para alcançar o resultado”, afirmou ele. O sócio diretor da Soap, Eduardo Abas, destaca que a apresentação é sempre um momento definitivo. “Apresentar um resultado e vender um produto são momentos em que não há segunda chance”, afirma ele, que ressalta a importância de trabalhar a emoção nas apresentações. “Temos de levar em conta a emoção, não só a razão, e pensar no que é relevante de fato para aquele público, não pensar só no próprio umbigo.” O fato de o público receber um material bem elaborado influencia em sua receptividade, de acordo com a pedagoga Maria Aparecida Campos Diniz, que também comenta outros fatores que colaboram para que a plateia permaneça atenta em uma apre-
sentação oral (leia no final da reportagem). De acordo com ela, perceber que houve esmero na preparação do projeto leva o receptor da mensagem a se sentir valorizado, afinal, aquele que está passando o conteúdo demonstra ter tido cuidado e trabalho para elaborar. Quanto ao modelo, tamanho e formato das apresentações, os profissionais da área afirmam que existe uma tendência de redução no número de slides de um projeto, a pedido dos próprios clientes, preocupados com a dispersão do público. Na MonkeyBusinnes, a média são 46 slides, número que, de acordo com a empresa, já foi superior. Os profissionais também destacam que não existe um modelo padrão e que cada demanda precisa ser analisada para a elaboração de um projeto condizente. Contudo, o emprego das apresentações é abrangente, já que pode servir a diferentes públicos e ser utilizada para praticamente qualquer setor. Na Monkey, há trabalhos, por exemplo, sobre resultados de vendas de alimentos e bebidas, apresentação de produtos alimentícios, resultados financeiros de empresas no mercado, diferentes campanhas, entre outras. Em comum, as apresentações, em sua maioria, são bastante visuais (com cores e formatos diferenciados) e têm reduzida parte escrita em cada slide – normalmente, são pinceladas do assunto abordado. Além do PowerPoint Alguns recursos, programas e aplicativos disponíveis no mercado se colocam como soluções para a realização de apresentações mais
interessantes. Entre eles estão: Prezi, Haiku Deck, ScreenChomp, Keynote e PechaKucha. O Haiku Deck é um app para iPad que aposta na ampla utilização de imagens e na utilização de frases enxutas para as apresentações. Uma boa vantagem dele é o banco de imagens gratuitas que podem ser utilizadas pelo usuário, o que facilita a realização do trabalho. O ScreenChomp também é um app da Apple e permite a realização de vídeos, nos quais o usuário pode inserir trilha sonora ou narração. Ele também permite marcações, como uma caneta digital. Os usuários da Mac contam ainda com o Keynote, um dos programas de edição de slides mais utilizados por quem já ultrapassou o limite PowerPoint. O Prezi é outra das soluções que mais tem encontrado adeptos. Trata-
-se de um modelo de apresentação com visual moderno, um que as etapas da apresentação ficam num mesmo ambiente, plano. Se o usuário reduzir o tamanho das ‘cenas’ pode ver todo o conjunto, como se olhasse para ele por cima. Já o Pecha Kucha tem como proposta impor em tempo limite para qualquer apresentação: 6 minutos e 40 segundos – 20 slides em 20 segundos cada. O objetivo é que o usuário explore diferentes imagens para expor os conceitos que gostaria de passar na apresentação. Há ainda outras opções, que podem ser facilmente se utilizadas pelos internautas, com maiores ou menores doses de profissionais – o SnapGuide tem feito sucesso como ‘guia’ ou ‘manual’ para que blogueiros, por exemplo, postem o passo a passo de uma receita culinária, de look, uma maquiagem, um penteado etc.
a Monkey Business atende a clientes como uol, vivo, nestlé e ford. O diretor de criação da empresa, Marco Franzolim, explica que, para gerar bons resultados, é necessário contar com uma equipe multidisciplinar, que se dedica desde a apuração das informações até a uma direção de arte impecável
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atenção ao tamanho da apresentação para não dispersar o público: a tendência hoje é reduzir o número de slides
Contudo, os profissionais que escolheram as apresentações como ramo de atividades defendem que um trabalho voltado para a área empresarial (seja para o público interno ou externo) deve ser realizado por uma equipe especializada, que atuará desde a concepção da apresentação, passando pela elaboração do conteúdo e layout até chegar ao resultado final. “Costumamos fazer o paralelo com as agências de publicidade: os clientes podem fazer suas campanhas contratando alguns profissionais, mas nunca no nível de uma boa agência. O mesmo acontece com as apresentações: os softwares de apresentação são bastante didáticos. Tanto o PowerPoint como o Keynote e o Prezi são simples de operar. Mas, o pensamento estratégico e criativo por trás destes softwares é o grande diferencial’, disse o diretor de criação da MonkeyBusiness, Marco Franzolim. A forma não é tudo Com a experiência de professora há mais de 30 anos, a pedagoga e pós-doutora Maria Aparecida Campos Diniz destaca que, para conseguir prender uma plateia numa apresentação ao vivo, é necessário que um conjunto de fatores seja previamente
planejado. “O conteúdo da apresentação é fundamental”, pontua ela, “e também é importante a escolha de um lugar adequado, que não colabore para a desatenção”, continua. Nesse caso, a profissional coloca como exemplos salas situadas em locais barulhentos ou cuja disposição de cadeiras e mesas distancia o público da apresentação, ou, ainda, espaços com pouca iluminação ou mal arejados. Maria Aparecida ressalta que é importante colher informações sobre o público-alvo e planejar conteúdo, formas de comunicação e linguagem mais adequados para serem empregados, além de utilizar recursos como um tom de voz adequado (se for o caso) e a definição de um tempo limite para a explanação (se houver a presença de uma palestrante). A pedagoga aponta ainda que o sucesso de se passar uma mensagem depende do interesse do público. Se for “fisgado” desde o início de uma explanação, ele pode ter mais chances de absorver o conteúdo. Um método para isso, de acordo com ela, é propor questionamentos ao público já de início, com o propósito de incentivar a reflexão e aguçar a curiosidade, conquistando assim um público mais atento.
o ã ç a r u : s s n o Me ultad ara o s cina p mo. e r de A va o Achis d s u r ví
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Nós temos fé na comunicação. ADM, AGCO, Anepac, AON, Bimbo, Catho, Cooper, Cosan, CSP, Dixie Toga, Embraport, ESPM, Eucatex, Gerdau, Givaudan, Heatcraft, Itaú, Johnson & Johnson, Klabin, MWL Brasil, Monsanto, Oxiteno, Parker, Pioneira, Raízen, Rumo Logística, Rich’s, Sindareia, TGestiona, Universal Jóias, Vale Fertilizantes, Valeflex, nossos clientes, também.
#AGENCIASEMPAREDES revistalettering.com.br
w w w. s u p e r a c o m u n i c a c a o . c o m . b r
a imprensa como avalista
ção pode ser melhor aproveitada, uma vez que as diferentes mídias têm suas especificidades. Um projeto interessante, mas que seja carente de aspecto visual, por exemplo, pode minar as chances de uma empresa de ser notícia na televisão. Nesse caso, faltam boas imagens para uma matéria, o que é elemento fundamental para essa mídia. Em outro caso, o lançamento de um produto pode ser importante para um segmento específico, e, logo, para uma mídia segmentada; mas não para a imprensa como um todo, já que atingirá apenas uma pequena parcela de seu público. “De forma bem simplista, jornais são atraídos por temas que despertam o interesse de seu público leitor. Quanto maior o interesse, mais espaço a informação vai ocupar. O que desperta o interesse do público? Repercussão da informação, exclusividade e ineditismo são coisas que explicam isso”, afirma o editor chefe dos jornais O Vale e Gazeta de Taubaté, Hélcio Costa. Conhecendo a imprensa Conhecer o perfil dos veículos de imprensa envolve entender suas características técnicas (como o caso da televisão) e suas rotinas (jornais
THIAGO GUSTAVO
figurar como referência ou parte de um conteúdo editorial num respeitado veículo de comunicação pode não ser tão difícil quanto parece: a condição básica é o interesse público
Receber o “reconhecimento” da mídia por um trabalho, uma ação ou um projeto realizado. Ver as “boas” atividades e práticas no noticiário. É possível? De um lado, empresas reclamam da ausência de espaço nos veículos de comunicação para suas realizações. De outro, jornalistas apontam a falta de conhecimento e entendimento das marcas sobre as engrenagens da comunicação como o empecilho para que elas possam se tornar notícia. Figurar no conteúdo editorial de um jornal, revista, site, blog, televisão ou rádio representa para as empresas uma aparição nobre, em um espaço que não pode ser comprado (nos veículos sérios e éticos, é claro) e é concedido para assuntos relevantes. Para os veículos de comunicação, ter em sua programação um conteúdo interessante também é vantagem. Sendo assim, o anseio das marcas em ter uma ação divulgada na mídia pode ser a mesma vontade dos veículos de imprensa em darem espaço para as atividades. De acordo com jornalistas da região, o que é preciso é afinar a comunicação entre ambas as partes. Para começar, é preciso que as empresas saibam identificar o que realmente pode interessar para a imprensa, e para qual veículo a informa-
mĂdia espontânea >
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impressos e rádios, por exemplo, tem dinâmicas diferentes). Esse conhecimento parte do princípio de que a empresa está aberta a passar as informações que lhe serão pedidas, caso a sugestão vire notícia. Se os responsáveis não estão dispostos a conceder entrevistas, a mostrar imagens de seus produtos, entre outros, então é melhor nem tentar iniciar uma tratativa para a divulgação de seu projeto. Também é importante fazer a seleção e divulgação dos conteúdos de maneira profissional, função dos assessores de imprensa, jornalistas que atuam para marcas, associações, grupos etc, com o propósito de ser a ‘ponte’ com a mídia. Isso porque os veículos não têm como “adivinhar” o que
acontece no interior das empresas. É necessário que elas dêem esse passo. “Tem muita coisa boa, de utilidade pública, que vale reportagem, que a gente não fica sabendo nas redações. Se a assessoria não nos avisar, não vamos descobrir. Mas isso não quer dizer que qualquer release que chega é matéria. É preciso relevância”, disse o editor chefe da TV Band Vale, Claudio Nicolini. Profissionais da região destacam outros itens que devem ser observados pelas empresas sobre o funcionamento dos veículos de imprensa, entre eles o ritmo acelerado das redações, em especial dos veículos diários. A jornalista da Revista Personi, Camila Saad (que já atuou dos “dois lados”: em redação e em assessoria de imprensa),
A jornalista Camila Saad, da Revista Personi, DE TAUBATé, dá a dica: “a melhor forma de despertar o interesse por uma ação se dá por meio das empresas de assessoria. Elas têm estratégias que identificam que tipo de informação a imprensa procura”
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acredita que esse é um dos principais causadores de “ruídos” na comunicação entre empresa e imprensa. “Na redação, geralmente, o dia é muito corrido e atribulado. Os jornalistas têm deadlines [tempo limite para a finalização da matéria], horários marcados com fontes [entrevistados]. Então, acredito que o que mais incomoda é quando a assessoria ou o responsável pela marca toma muito tempo do jornalista para tentar convencê-lo de emplacar uma matéria. Que fique claro que não são os telefonemas e as visitas que incomodam. Mas a insistência ou o fato do telefonema se estender por muito tempo”, disse. Outra iniciativa também criticada pelos profissionais da imprensa é o volume acentuado (e desinteressante) de e-mails enviados para as redações. Muitos veículos são bombardeados com sugestões de matérias sobre áreas as quais sequer cobrem. O consenso expressado pelos jornalistas é de que é necessário selecionar informações que possam interessar a determinados veículos e, então, sugerir pautas. “Muitas vezes, o mesmo material é divulgado para toda a imprensa. Eu não quero fotos de 10 megas, alta definição, isso é para impresso”, disse o editor chefe da TV Band Vale. “Muita coisa é muito local, serve para a mídia local. Para mídia regional, o espaço fica mais difícil. E dá-lhe releases. Aí, às vezes, você deleta coisas boas. Fazemos a triagem, mas as empresas poderiam focar melhor o que e para quem. Teriam mais resultados. Isso deve ser somado a um bom relacionamento da assessoria com a redação”, revela Nicolini.
Exposição As mídias também têm políticas diferentes para o trato com empresas. Algumas permitem a divulgação do nome da marca e de seus responsáveis, enquanto outros evitam essa iniciativa (com exceções específicas), como a Rede Globo. Um dos itens do manual de princípios e valores da Globo aborda a utilização de espaço editorial para fins de publicidade: “Como princípio, é indesejável que proveitos publicitários sejam proporcionados à revelia da TV Globo em favor da empresa, marca de produto, serviço, causa ou instituição, ainda que incidentalmente. Convidados e entrevistados deverão ser devidamente orientados a respeito. Jornalistas, artistas, apresentadores, diretores e equipes técnicas deverão zelar pelo cumprimento dessa norma.” Assim, nos programas jornalísticos da emissora, salvo as exceções, não são mencionadas as empresas que figuram nas matérias. O objetivo é não fazer promoção da marca em questão. Em situações em que se mostra necessário expor o nome da empresa ou nas quais não há o caráter ‘promocional’ da marca (e nesse item entram as chamadas notícias ‘negativas’) os nomes podem ser expostos. Já outras empresas de mídia optam por sempre mencionar o nome da marca. É importante que a empresa saiba e respeite qual é a política da mídia – cobrar e/ou tentar forçar a figuração do nome da marca em um veículo que não adota esse modelo pode passar uma imagem ruim ou antiprofissional da marca, reduzindo suas chances de uma nova aparição na mídia. revistalettering.com.br
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DANILO C MONTEIRO
“tem muita coisa boa, de utilidade pública que vale reportagem, mas Não é qualquer release que chega na redação que vira matéria: é preciso relevância”, explica o editor chefe da TV Band Vale, Cláudio Nicolini
Como se sair bem Entre as perguntas que os jornalistas da região orientam as empresas a se fazerem para verificar o que pode ser uma sugestão de matéria (uma pauta) estão: ela é importante/interessante para um grande número de pessoas? Ela aborda um serviço relevante que será prestado para uma comunidade? Ela é inédita? Trata de uma prática que contribuiu para a melhoria da sociedade, do meio ambiente, do trânsito, da saúde etc? Aborda algum assunto que está em evidência? Traz um novo conhecimento para a sociedade? Possui um elemento humano interessante (uma história pessoal, uma experiência coletiva bem sucedida, entre outros)? Interfere no cotidiano de um grande número de pessoas? Como exemplos de iniciativas que podem virar notícias estão projetos sociais que beneficiem um amplo
número de pessoas, que auxiliem na recuperação e (ou) preservação do meio ambiente, que colaborem para melhoria de serviços ou costumes (ações educativas no trânsito, campanhas por mais seguranças em escolas, de incentivo à cultura) e que abordem iniciativas de serviços gratuitos oferecido à população (cursos, ações de orientação de saúde etc). Também têm espaço na mídia notícias sobre promoções, novos produtos, investimentos, empregos, orientações e dicas sobre diferentes temas. “Investimentos e empregos são notícias sempre bem-vindas. O lançamento de novos produtos, novas ações de mercado que atraiam a atenção do público também geram notícias atrativas. Boas campanhas de publicidade repercutem fora do espaço habitualmente destinado a elas. Ações de estratégia positiva, como, por exemplo,
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O colunista social Beto Kavalcante, de taubaté, diz que sempre procura destacar aspectos positivos de pessoas e de empresas, especialmente quando promovem ações de responsabilidade social ou de cunho cultural: “o empresário vê que vale a pena, que ele será reconhecido. Todos ganham”
o uso do Idea da Fiat pelo papa Francisco em sua visita ao Brasil, sempre rendem retorno para as marcas”, disse o editor do O Vale, Hélcio Costa. Se a empresa atua num ramo específico, uma forma de tentar ganhar espaço na mídia é disponibilizando fontes para determinados assuntos, ou seja, profissionais gabaritados em diferentes temas, que, de acordo com a necessidade dos veículos, poderão ser acionados para entrevistas sobre um tema relacionado a sua área de atuação. Como exemplo, um cardiologista pode ser convidado para dar uma entrevista sobre os cuidados necessários com a saúde (leia reportagem sobre o assunto na página 52). Após identificar ações que possam interessar à imprensa, é necessário ter (ou formar) uma boa rede de relacionamentos nos veículos e fazer as sugestões de pauta de maneira profissional. “Na prática, a melhor forma de
despertar o interesse em publicar notícias é por meio da assessoria de imprensa. Acredito que os releases bem elaborados são a melhor forma de chamar a atenção da imprensa para um assunto. Afinal, as assessorias têm estratégias, elas estudam os meios de comunicação e sabem que tipo de informação cada veículo procura”, disse a jornalista da Revista Personi, Camila Saad. Enfim, o caminho para ver a empresa no noticiário, de acordo com os profissionais da área segue, de maneira simplista, o caminho: identificar conteúdos interessantes, garantir meios para a realização das matérias (imagens, entrevistas...), direcionar o conteúdo para um ou mais veículos, de forma planejada, e contar com um bom relacionamento na mídia. Esse último item não tem relação com presentes ou tentativas de “agradar” jornalistas. E sim com uma postura correta e profissional por parte da empresa. DIVULGAçÃO
Onde as grifes aparecem Além de figurar nas matérias propriamente ditas, as empresas podem ganhar visibilidade também nas colunas sociais, espaços dedicados, geralmente, a retratar a vida social de pessoas influentes, destacar eventos ou atividades importantes, abordar os bastidores da política, do mercado e dos acontecimentos do momento. O colunista social do jornal Gazeta de Taubaté e editor do site Afinidades Eletivas, Beto Kavalcante, afirma que tenta fazer de sua coluna um espaço mais aberto a iniciativas positivas, sejam de pessoas ou empresas, e que salienta ações de cunho social e cultural. Ele acredita que a aparição da empresa em uma coluna, assim como em uma matéria, rende saldos positivos para a marca, mas também pode incentivar outros empresários a adotarem práticas que visam melhorar a sociedade. “É claro que a empresa acaba se promovendo, mas também acaba influenciando outras empresas a investirem em ações sociais, por exemplo. O empresário vê que vale a pena, que ele será reconhecido. Todos ganham.” Notícia ruim vende mais? E como agir em um momento de crise, no qual a empresa acaba sendo notícia, sem querer? Uma explosão, um incêndio, demissões, uma denúncia. Qual a melhor saída? O silêncio, nesses casos, vale mais que muitas palavras? E as notícias negativas chamam mais a atenção do leitor? E são mais destacadas pela imprensa? De acordo com os jornalistas, não. Ambos os tipos – “positivas” e
“negativas” – têm espaço. E não, novamente, os profissionais não devem se omitir. Soluções como “não aparecer”, “não comentar” e “não ser encontrado”, segundo os jornalistas, é prejudicial para as marcas, que perdem a oportunidade de explicar sua situação e de dar um retorno para a população sobre o caso. Deixar de se posicionar na mídia, em situações assim, pode representar abrir espaço para que outro fale no lugar da empresa – seja ele um cliente insatisfeito, uma autoridade policial ou um trabalhador indignado, por exemplo. E, porque, nesses casos, o nome da empresa é quase sempre mencionado? A explicação dos veículos é de que afirmar que uma explosão aconteceu “em um supermercado de Taubaté” não é o mesmo que identificar exatamente o local, o bairro, a rua em que a tragédia aconteceu. Omitir o nome, nesse caso, poderia levar o consumidor a acreditar que o problema aconteceu em qualquer um dos estabelecimentos. Sob o risco de gerar uma confusão coletiva é que, normalmente, os veículos que optam por não divulgar as marcas abrem exceções em tais situações. A conduta, contudo, é polêmica. “Acho que sempre se deve falar o nome. Fico muito irritado, quando dão uma notícia, como um assalto ou algo importante e não falam. Isso é sonegar ao público a informação completa. Independente de ser positiva ou não. Muitas emissoras de TV estão adotando essa prática. Espero que isso mude para o futuro”, disse o jornalista Robson Bastos, doutor em comunicação e professor na UNITAU. revistalettering.com.br
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Por que eu invisto em Comunicação? Cristiano ladeira miranda Ladeira Miranda – Engenharia e Construção
Revista Lettering: Há quanto tempo a Ladeira Miranda investe em comunicação? Cristiano Ladeira Miranda: Sempre investimos, porém, há alguns anos a empresa mudou bastante e começou uma fase de modernização, que, felizmente, incluiu a comunicação. Desde então, todos os anos, avaliamos nossas estratégias para que nossa identidade esteja sempre visível à sociedade.
Em primeiro lugar, procure uma agência de publicidade séria e competente. Pensem juntos qual a imagem deseja que sua empresa tenha no mercado e comecem a trabalhar
RL: Como avalia os resultados obtidos com o apoio da comunicação no segmento da empresa? CM: Muito satisfatórios. Nossa identidade tem sido percebida com êxito no mercado, nossos clientes nos mostram isso de forma clara quando dão preferência a nossos produtos não só pela qualidade deles, mas também pela marca Ladeira Miranda, que já é consolidada no Vale. RL: Quais os meios de comunicação mais utilizados para atingir o público-alvo? CM: Os meios mais tradicionais ainda compõem a maior parte da nossa comunicação. Investimos bastante em TV, rádio, jornais e revistas da região. Já há bastante tempo, temos uma publicação própria, um informativo desenvolvido pela nossa assessoria de imprensa e já publicamos duas revistas. Há quase três anos, passamos a investir em comunicação na internet, que começou pela reestruturação no nosso website e início nas redes sociais (que são uma for-
ma muito interessante para interagir e criar um relacionamento próximo com nossos clientes, algo que prezamos muito). Atualmente, já disponibilizamos dois aplicativos para mobile e a intenção é continuar mudando e abrangendo todas as plataformas disponíveis. RL: A que atribui o desempenho da empresa na região? CM: Acredito que o sucesso da Ladeira Miranda se dá todos os dias porque somos mais que propaganda, realmente acreditamos naquilo que dizemos e propomos no mercado. A sustentabilidade, a ética e a excelência são coisas intrínsecas a nós, fazem parte do nosso DNA, qualquer funcionário daqui respira isso. Nós queremos mais do que vender imóveis, queremos mudar a sociedade com o que fazemos. Dessa forma, plantamos trabalho, regamos com valores sólidos e, no final, colhemos, inevitavelmente, o sucesso. RL: Quais recomendações daria para o empresário que iniciará investimentos em comunicação? CM: Em primeiro lugar, procure uma agência de publicidade séria e competente (isso faz muita diferença). Então, pensem juntos qual imagem deseja que sua empresa tenha no mercado e comece a trabalhar para ser essa empresa. No mais, os publicitários encarregados de criar a estratégia de comunicação indicarão o melhor caminho de acordo com o nível de investimento que você pode fazer.
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pra começo de conversa Onde estou? Para onde vou? Como vou? Basta responder a estas três perguntas, de forma intuitiva e estruturada, para ter um bom planejamento de comunicação. A receita, aparentemente simples, é do Gerente de Planejamento e Gestão, Ativação de Patrocínios, Pesquisa e Métricas da Vale, Paulo Henrique Soares, um dos nomes mais conhecidos no Brasil quando o assunto é Planejamento em Comunicação. A comunicação não é uma ciência exata e apresenta inúmeras variáveis que precisam ser conhecidas. Só assim é possível criar, desenvolver e colocar em prática estratégias capazes de gerar os resultados esperados pelo cliente a cada nova demanda. E o mercado já entende isso. Basta olhar para a realidade das agências de comunicação e constatar. Tem gente especializada em planejamento pesquisando a realidade e o cenário de mercado de cada cliente. Segundo Thélio Bonesio, diretor de planejamento da Arriba! Comunicação, de São José dos Campos, um bom planejamento é fruto de muita pesquisa. Seja análise de observação, resultado quantitativo de um questionário ou transcrição qualitativa de um grupo de discussão. Para ele, a pesquisa é extremamente relevante para as ações de comunicação e marketing. Somadas à experiência de mercado e aos cases da literatura, as pesquisas ajudam nas decisões do
planejador e, muitas vezes, mostram cenários jamais imaginados, podendo até mudar todo o direcionamento do investimento do anunciante. “Já me deparei com cliente que tinha problemas de conversão de vendas no PDV (ponto de venda) e queria mais campanha de massa. No entanto, uma simples pesquisa de observação mostrou que o problema estava na força de vendas, que não tinha todo o conhecimento de um produto extremamente técnico, direcionado a um target (público-alvo) altamente qualificado. Na ocasião, uma campanha de massa virou uma planejada ação de endomarketing”, conta o diretor da Arriba!. Um bom planejamento também deve ouvir o cliente, afinal, ninguém melhor que ele para explicar o negócio, os objetivos da campanha, o estereótipo do público-alvo, as características do produto ou do serviço. “Tudo isso associado a uma equipe de comunicação preparada tende a resultar em bons planejamentos. Resumindo, um bom planejamento deve contemplar, de forma muito clara, os objetivos de comunicação e os objetivos de negócio para aquela ação ou campanha”, afirma Cássio Rosas, Diretor de Operações e Planejamento da KMS Comunicação e Marketing. Direto ao ponto Sem distinção, de um pequeno varejista a um grande shopping, de uma danilo c monteiro
Planejamento
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primeiramente, ĂŠ necessĂĄrio conhecer o que se quer. uma pesquisa bem feita somada a um bom know-how podem apontar que caminhos levam a resultados mais eficientes em um menor perĂodo de tempo revistalettering.com.br
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thelio bonesio, da arriba! comunicação, de são josé dos campos, diz que um olhar mais atento ao processo pode fazer toda a diferença: “um cliente queria aumentar sua campanha de massa porque seu produto não vendia o esperado. na verdade, o problema era treinar quem vendia. investiu-se, então, no endomarketing”
pequena construtora a uma grande urbanizadora, toda empresa que investe em comunicação precisa de um bom planejamento para não dar “tiro no escuro”. De acordo com Robson Mikio Furuzawa, gerente de marketing do Vale Sul Shopping, um bom planejamento evita que os varejistas, por exemplo, tomem decisões sem informação, sem conhecimento sobre o mercado e os consumidores. Além disso, a pesquisa auxilia a empresa na criação de barreiras de entrada para novos concorrentes e evita desperdício de recursos que podem ser aplicados de forma incorreta por empresas que trabalham sem planejamento. “Em um mercado tão competitivo, não entender o comportamento dos consumidores e as tendências de mudanças pode levar o varejista a oferecer produtos e serviços que não sejam atrativos ou que não atendam as necessidades dos clientes”, afirma Mikio. No caso de uma construtora, ou urbanizadora, por exemplo, conhecer
as variáveis da comunicação por meio de uma planejamento estratégico pode impedir um resultado negativo de vendas no dia de lançamento de determinado produto. “Isto fica muito claro com os lançamentos de Alphaville Urbanismo. Independentemente da região do Brasil, a etapa controle do planejamento é essencial para analisarmos a performance dos corretores de venda e do interesse dos clientes sobre o empreendimento a ser lançado. A partir daí, passamos para a etapa avaliação do planejamento, na qual verificamos, com o cliente, se serão necessárias novas ações para que o resultado de vendas seja satisfatório no dia do lançamento”, afirma Thélio Bonesio. Conhecer todo o cenário no qual o cliente está inserido, além de garantir resultados mais efetivos, também tem papel importante na construção da imagem e da credibilidade de profissionais e das agências de comunicação. “Dentre as várias situações, o que mais se evita planejando comunica-
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ção são as surpresas, principalmente as surpresas negativas, inesperadas. Planejando, é possível prever respostas, situações, caminhos. Além disso, evita-se a cobrança por parte do cliente/anunciante sobre o retorno, colocando em dúvida o trabalho do profissional de propaganda”, explica Cássio Rosas.
SE LIGA Quem precisa de planejamento? Qualquer empresa que investe em comunicação, afinal, a assessoria de comunicação de uma agência deve ser estratégica. Comunicar sem planejar é quase como que pedir para não ter resultado. Qual o perfil do planejador? Profissional que sabe ouvir o consumidor; ele percebe e entende como a marca entra no dia a dia das pessoas. Por que planejar? A comunicação está cada vez mais complexa, envolve uma série de variáveis, e é direcionada a um consumidor-alvo multifacetado e multicanal. Isso sem falar do anunciante que solicita resultados precisamente mensuráveis. O objetivo da comunicação é persuadir, para ampliar vendas e lucros. Não é para gerar polêmica (e mídia gratuita), não é para ganhar prêmios, não é para massagear egos inflados, não é para jogar dinheiro fora. Quais ferramentas do planejador? Marketing, Diagnóstico Estratégico, Avaliação de Condições Mercadológicas e Pesquisa.
Planejado, mas maleável É incontestável a importância de definir métricas e índices de performance para acompanhamento e mensuração de resultados, o que, segundo Rosas, ajuda a minimizar o risco de um deslize ou de um descuido que possa colocar a reputação de uma empresa, de um produto ou de um serviço em xeque. Mas também é importante saber que, nem só de bons planejamentos vive a boa comunicação. Identificar oportunidades de investimento ao longo do desenvolvimento de uma campanha também pode ser decisivo e tão estratégico para o negócio do cliente quanto qualquer ação estudada e prevista. No mercado varejista, por exemplo, a capacidade de adaptação sempre foi uma característica muito valorizada, pois o setor é muito dinâmico. Assim, ações isoladas, que são realizadas a partir de oportunidades ou mesmo de uma necessidade de adaptação a uma mudança de cenário econômico, ou mudança de comportamento dos consumidores, são importantes para a sobrevivência e crescimento das empresas. “Se a empresa possuir um planejamento bem estruturado, tiver um posicionamento de mercado bem definido e um conhecimento profundo de seus clientes, saberá avaliar e aproveitar as oportunidades que surgem de acordo com demandas e dispensar
JOÃO JUSTI
quem se planeja sempre sai ganhando: “se a empresa tem um planejamento bem estruturado, saberá avaliar e aproveitar as oportunidades de acordo com as demandas e dispensar as ações que não estejam alinhadas com a imagem da empresa”, revela o gerente de marketing do vale sul shopping, robson Mikio furuzawa
as que não estão alinhadas e que podem prejudicar a imagem da empresa. Ações isoladas devem representar oportunidades e não um sistema de trabalho, não pode ser o modelo de gestão da empresa”, explica o Gerente de Marketing do Vale Sul. Segundo Mikio, um bom exemplo para essas situações são os eventos realizados no shopping e que não estavam no planejamento anual, tais como exposições, eventos lúdicos e recreativos ou promoções. “Apesar de serem eventos de oportunidade, contribuem para melhorar a experiência do consumidor em suas visitas ao shopping e para fortalecer o relacionamento com eles. Algumas vezes,
os varejistas precisam mudar seu calendário promocional de liquidações para adaptar-se a mudanças de clima ou mesmo a um contexto econômico.” Em outras áreas de mercado, essa maleabilidade com o planejamento também é importante, pois são naturais as ocorrências internas e externas que podem comprometer o resultado, como uma ação inesperada do concorrente ou um problema de produção interno do cliente. “Cabe ao planejador estudar novamente a situação, avaliando os riscos, e propor novos caminhos que estejam alinhados aos objetivos da empresa”, diz Bonesio. revistalettering.com.br
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o futuro da mídia Não dá para mudar de assunto, muito menos, torcer o nariz: a mídia impressa perde espaço, a cada dia, para as plataformas digitais e terá, mesmo, de se reiventar se quiser sobreviver. Sem custos de impressão e de distribuição, e por oferecer acesso a informações atulalizadas 24 horas por dia, as plataformas on-line passaram a ser a melhor (para muitos, a única) opção, tanto para quem oferece quanto para quem consome notícia e entretenimento. O problema é que a conta não fecha: a publicidade ainda não provou por “a+b” que a internet dá o retorno esperado a quem anuncia, assim como as mídias tradicionais. Com exceção do rádio e da TV, como a mídia vai sobreviver? “Da mesma forma”, afirma o presidente do Grupo Meio & Mensagem, José Carlos Salles Neto. Segundo ele, jornais e revistas impressos podem sobreviver por muito tempo se oferecerem conteúdos mais elaborados, com base em análises, investindo num maior aprofundamento dos temas. Pelas ponderações feitas por Salles Neto sobre esse e outros assuntos, acredite: não dá para virar as páginas da Lettering sem ler cada linha desta entrevista exclusiva.
Revista Lettering: Na cadeia produtiva da mídia, quem paga o salário do jornalista é o publicitário, que, por sua vez, é remunerado direta e também indiretamente pelas empresas que investem em propaganda. Se a preferência hoje é buscar informações no universo digital, meio em que, ainda, a publicidade não é rentável, quem vai pagar a conta da geração de informação jornalística nas plataformas on-line? Salles Neto - Tudo é uma questão tempo para se se ajustar dentro de uma nova realidade. A gente passou por isso no passado com a televisão vindo para o mundo da comunicação e com o pensamento de que o rádio não teria mais espaço. Aí está um exemplo típico, o rádio demorou um tempo para se encontrar, para se ajustar ao seu nicho e hoje tem um importância grande den-
tro do mercado, o seu volume de verba para poder prestar uma serviço de alto nível e alta qualidade. A internet é uma revolução porque mexe com toda mídia: ela acabou com as fronteiras. Você tem acesso a qualquer coisa no mundo, a qualquer hora, a qualquer momento acessando o seu computador, o seu telefone. Quem mais está sofrendo as conseqüências dessa revolução é a mídia impressa. A gente passou a ter informações em tempo real, o que tira um pouco o papel que a mídia impressa fez e faz até hoje. Mas eu acredito que ela vai continuar tendo sua razão de ser, exercendo um papel importante dentro da comunicação, só que com uma outra configuração, muito mais voltada à analise dos fatos. O fato em si todo mundo já vai saber, o desafio vai ser como analisar isso, como entender
ENTREVISTA
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“A gente coloca muito dinheiro no digital e continua vivendo do off-line, se investe em uma e continua ganhando com a outra. só que o anunciante ainda é tradicional” DANILO C MONTEIRO
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“A TV é uma mídia que tem um poder muito grande junto ao consumidor e vai continuar tendo por muito tempo. A internet vem crescendo, mas, na verdade, quem vem crescendo muito mesmo é o google. Ele é um caso à parte, é invejável”
isso de uma maneira mais profunda e como entender isso com credibilidade. Vejo portais por aí que têm informação mas que estão perdendo cada vez mais o fôlego, perdendo audiência, perdendo cada vez mais faturamento em detrimento das mídias tradicionais. Por quê? Porque são elas que têm a sua marca, tem sua credibilidade para passar informações e dados. As empresas jornalísticas que têm uma marca forte, que gozam de um prestigio grande no mercado, vão continuar sobrevivendo e atendendo ao mercado nas suas várias plataformas e mídias, seja no impresso, seja no digital, com a qualidade que já vêm prestando hoje na mídia tradicional. RL: Enquanto isso não acontece, como sobreviver? As assinaturas seriam uma saída? SN: A gente vai ter de trabalhar com plataformas. Hoje não se susten-
ta. Hoje quem sustenta as mídias jornalísticas na internet continua sendo a mídia impressa. A gente coloca muito dinheiro no digital e continua vivendo do off-line, se investe em uma e continua ganhando dinheiro com a outra. É evidente que assinatura é uma receita importante, mas não paga a conta de ninguém. RL: Nesse caso, as assinaturas entrariam apenas como um diferencial? SN: Nós, empresas de mídia de maneira geral, vendemos audiência. Eu, por exemplo, não faço a Meio&Mensagem, eu tenho uma plataforma de mídia para você utilizar da melhor maneira possível e sou eu quem vai dizer qual é a melhor maneira possível, se (a informação) vai estar no impresso, se vai estar no tablet. Até porque hoje, você não vende publicidade separando impresso e tablet de maneira nenhuma. Você tem o site, o
mobile, você tem o que você quiser fazer dentro de uma plataforma em que se tem várias posições para se comunicar com o seu público consumidor. E ainda existe uma área de eventos que, de alguma maneira, potencializa tudo isso, colocando você em contato com o seu público. RL: A TV é uma mídia forte, que abocanha mais de 65% do bolo publicitário. Ela passará ilesa aos efeitos das mídias digitais? SN: Sem dúvida nenhuma. A TV vai continuar tendo a força que tem, tendo o prestígio que tem no mercado, porque é uma mídia que tem um poder muito grande junto ao consumidor. A internet vem crescendo, mas, na verdade, que vem crescendo muito é o Google, o resto é o resto. Agora, o Google é um caso à parte, ele é invejável. RL: Recentemente, o governo francês fez um acordo bilionário com o Google, para permitir o acesso às informações geradas naquele país, como forma de sustentabilidade na mídia. Essa seria uma saída para outros países? SN: É, por enquanto só o Google ganha dinheiro na internet, mas acho que a solução não é você punir alguém ou cobrar alguém, a solução é você ter uma maneira de continuar forte junto ao seu público. Então, como é que eu construo uma marca (referindo-se a um veículo de informação)? Onde o consumidor de informação tenha interesse em estar perto dela, tenha interesse em se relacionar com ela, tenha interesse em entender o trabalho que ela está executando no mercado. Como eu faço isso? Ou eu tenho uma marca forte, uma marca desejada e uma marca indispensável, da qual eu preciso para estar bem informado ou eu vou morrer daqui a um tempinho. O
Google vai continuar, essa é uma área de internet que eu acredito que não vá sofrer nenhum abalo, o resto é tudo momentâneo, como o Facebook que começa a cair. RL: De que forma essa revolução está sendo vista dentro das agências? SN: Está todo mundo pensando qual é o seu talento. Porque, senão, o mundo muda e você fica esperando as coisas acontecerem. Dentro das agências ela passa por um outro processo, um processo de entender a comunicação cada vez mais integrada. Eu não acho que o caminho seja o de você ter as agências de propaganda mais tradicionais e as agências do mundo digital separadas. Para mim, isso não existe: existe um negócio chamado agência de comunicação, o que vai me fazer chegar ao meu público consumidor de alguma maneira. RL: Na sua opinião, as revistas terão, como plataforma impressa, uma sobrevida maior que os jornais? SN: As revistas têm muito mais facilidade porque não são diárias: são semanais, quinzenais, mensais. Elas têm um tempo maior de maturação para fazer análises, para poder entregar um conteúdo muito mais diferenciado. Quando a gente lançou o Meio&Mesagem, os leitores ficavam esperando a edição no domingo em casa, toda a informação que aconteceu no mercado durante aquela semana. Hoje eu não dou mais esse tipo de informação na minha edição impressa, porque o leitor já viu, já saiu na internet e em todo o lugar e ele está cansado de saber. Hoje nós temos a informação mais aprofundada. É preciso trabalhar a informação. E é aí onde o jornalista vai ser cada vez mais valorizado, porque não vai apenas escrever matérias como também interpretar e entregar
“vejo portais por aí que têm informação mas que estão perdendo cada vez mais o fôlego, perdendo audiência, perdendo faturamento em detrimento das mídias tradicionais. as empresas jornalísticas que têm uma marca forte vão sobreviver”
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um “prato pronto” para o leitor. Para isso, ele tem de ter uma expertise. Não dá pra ter mais jornalista que escreve sobre qualquer coisa. Quando ele fizer uma análise tem de ser algo em que a pessoa se sinta realmente bem informada. Como os veículos de comunicação vão ser mais analíticos, os jornalistas terão de ser mais qualificados.
“O que vem por aí é apenas uma reinvenção com uma roupagem diferente. a gente vai ter que se readaptar. agora, O papel de buscar a informação e deixar tudo isso relevante continua sendo missão de cada um de nós”
RL: Quando a TV por assinatura surgiu, pregava-se que ela não veicularia propaganda, que não existiria intervalo comercial. Isso não se sustentou. SN: A propaganda é a grande fonte de receita de todo mundo. A gente vai entregar o conteúdo no digital e no impresso, essas duas coisas continuarão existindo para o leitor. Há uma tendência de crescimento gradativo de digital pelo fato da geração que está vindo. É uma geração que não sabe que existe impresso. RL: Só que a publicidade da internet chega a incomodar, não? SN: Isso vai mudar. Você não vai pular o digital, porque você não vai ter jeito de pular esse conteúdo. RL: Isso não desperta certa “raiva” em relação ao produto?. SN: Não dá raiva do produto. Você tem raiva da revista que tem um anúncio? RL: A criatividade fará diferença? SN: É uma questão de hábito. Você está vendo televisão e aparece o comercial. Você não muda o canal o tempo todo. RL: Uma saída poderia ser anúncios interativos... SN: Sim. Aqui (na Meio&Mensagem) eu deixo você fazer um anúncio dife-
rente que tenha movimento, que tenha vídeo, porque você está utilizando o digital. Tem um grupo francês que está fazendo um trabalho interessante no tablet. Você vai “subindo” a matéria (demonstra isso com os dedos). De repente, aparece um comercial e, conforme você vai “subindo” a matéria, automaticamente, o comercial começa a rodar. Se você não quiser ver é só você “subir” mais que o comercial para. Você decide se quer ou não vê-lo. Isso é uma das primeiras coisas que eles estão fazendo. Mas vão ter muitas outras coisas em que você vai poder interagir RL: E o anunciante? É entusiasta disso ou ainda é tradicional? SN: O anunciante ainda é tradicional. Ele quer ter certeza do que ele está fazendo. RL: Como os novos profissionais podem se preparar? SN: Precisamos preparar gente qualificada para trabalhar, gente que tenha a expertise na área jornalística, que vai trabalhar, falar e escrever. Essa função cabe a cada um de nós, editores, que temos um trabalho no mercado junto da nossa equipe como também também junto da comunidade. Eu acho que a gente faz isso com determinação e competência, porque a gente tem que preparar quem vai trabalhar. Não existe jornalista, publicitário e profissional de marketing pronto. Esse papel de preparo cada um de nós vai exercer. E a gente está muito preocupado com o que vem por aí e o que vem por aí é apenas um reinvenção com uma roupagem diferente. A gente vai ter que se readaptar. O papel de buscar a informação e deixar tudo isso relevante vai continuar sendo missão de cada um de nós.
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O inusitado que vende
Diariamente, deparamo-nos com elas: seja em bares, em restaurantes, em shoppings, em banheiros etc. As chamadas mídias alternativas estão ganhando cada vez mais espaço no mercado e, com isso, uma maior atenção de empresas que buscam se destacar em meio à concorrência. Mas, o que realmente é a mídia alternativa? A princípio, ela não tem um conceito único que a defina. Ela surgiu como uma necessidade das pequenas empresas se comunicarem com seus consumidores, diferenciando-se e fugindo dos meios de comunicação de massa comuns, como TVs, jornais impressos e rádios. Tradicionalmente, a mídia de massa sempre foi considerada a melhor maneira de se comunicar com o público-alvo. Hoje, muita coisa mudou: exposto a muita informação, o consumidor está muito mais seletivo, portanto, é preciso criar estratégias para atrair sua atenção e fidelizá-lo.
“A mídia alternativa visa chamar a atenção pelo inusitado e pela surpresa, seja pelo seu contexto ou por uma adequação singular entre o posicionamento do produto e a ação”, explica Alexandre Lima, diretor da Agência Mind, de Cruzeiro. É importante ressaltar que alguns dos motivos que têm levado empresas a encontrar uma alternativa para se comunicar é o fato de que, hoje, nos encontrarmos diante de uma nova geração, que consome a mídia de uma forma diferente. Com o avanço das tecnologias, os hábitos de mídia mudaram. O consumidor não quer apenas ser passivo em relação à informação, mas participar dela e divulgá-la. Blogs, vídeos no Youtube e as redes sociais (como é o caso do Facebook, que permite o compartilhamento da informação) são grandes exemplos que confirmam essa tendência. Nesse sentido, pensando uma
THIAGO GUSTAVO
O sucesso das formas não convencionais de propaganda deve-se, em parte, à nova geração de consumidores, atraída por tudo o que se mostra diferente e inovador
MĂdia alternativa
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Os meios mais utilizados são a publicidade em mobiliário urbano como ônibus (os chamados busdoor) e estações de metrô. também destacamse embalagens de pizza, elevadores, banheiros e calotas de rodas dos táxis
maneira atrativa e diferente de chamar a atenção das pessoas de forma indireta, a Agência Mind elaborou, no carnaval deste ano, uma ação para a Prefeitura de Porto Real. A peça denominada Leque Folia abordava assuntos de grande relevância no período: a dengue e a AIDS. “Acreditávamos que o leque seria a peça ideal durante o carnaval, já que a cidade possui um clima relativamente quente. Com o corte especial na área do olhos formando uma máscara, a peça tornou-se ainda mais ideal, pois uniu a utilidade (abanar) com a tradição carnavalesca (máscara)”, afirma Leonardo Lombardi, diretor de criação da agência. “O objetivo era conscientizar os foliões de forma lúdica e direta, pois são assuntos sérios que não condizem com o clima alegre do carnaval, se abordados de modo convencional”, completa a redatora Aline Oliveira, da Mind. De acordo com o diretor da Agência Mind, uma ação bem pensada e planejada quase sempre terá resultados positivos para atingir o seu público-alvo. “Mídia alternativa requer um cuidado maior no planejamento e na execução, porque a liberdade de formato quase sempre acarreta maiores custos de produção, ou riscos imprevistos, já que muitas ações demandam interação com o público, ou podem estar sujeitas a fatores meteorológicos, restrições legais e urbanas etc”, salienta Alexandre. Nesse sentido, a segmentação exerce um papel muito importante: é vital saber com quem se está falando para que a mensagem possa
ser dirigida e bem aceita pelo grupo de pessoas definido como estrategicamente interessante para a marca, possibilitando experiências positivas e um bom recall de marca. “De nada adianta fazer uma campanha genial para quem não é cliente potencial do seu produto”, complementa. Juliana Matheus, assistente de planejamento da Agência Ogilvy & Mather, acredita que a relação entre a ação promocional e o público gera uma experiência ampliada para a marca. “Facilita a criação de laços emocionais entre ambos, algo que 99,9% das marcas almejam”, considera. O aumento do alcance da mensagem, a liberdade criativa e a empatia que ela provoca, a liberdade de formato e de contexto, a possibilidade de fazer ações ultrassegmentadas, e eventualmente burlar a indiferença natural, que obrigatoriamente tem-se em relação à publicidade convencional, são alguns dos fatores positivos que vêm contribuindo para o uso dessa nova mídia. E os resultados? Saber se a propaganda nas campanhas e ações estão sendo bem vistas e, com isso, gerando resultados positivos, é uma das maiores preocupações por parte dos profissionais que estão nos bastidores da elaboração do trabalho. Executivos estão mais atendos a essa questão: medir os resultados obtidos pela publicidade programada em uma ação. Esse é um assunto controverso e que sempre resultou em discussões com o ROI (Return of Investment),
ou, em português, retorno do investimento, o qual mede a taxa de lucro obtido pelo dinheiro ganho e perdido por meio de um investimento. A verdade é que fica difícil quantificar os resultados desse tipo de mídia, o que acaba gerando dúvida em relação a sua eficácia. Alexandre Lima conta que os dados técnicos ainda são bastante frágeis a respeito da performance dessas novas formas de ação, o que acaba, muitas vezes, se tornando um ponto negativo para esse tipo de abordagem. “Sabemos muito bem como são os hábitos de consumo do leitor de jornais, do internauta ou do ouvinte de rádio, mas não há dados consolidados precisos de toda a miríade de mídias
alternativas que existem no mercado e surgem a cada dia”, comenta. Para todos os gostos Atualmente, o mercado da comunicação apresenta uma infinidade de opções de mídias alternativas, e como o próprio nome já indica, por serem alternativas, a cada dia novos modelos são inventados. Alguns modelos são mais comuns e já estão bastante consolidados, como é o caso da publicidade em mobiliário urbano (pontos de ônibus e estações de metrô), os busdoors, a publicidade na embalagem de pizza e a mídia em elevadores de prédios. Mas existem também as alternativas menos usuais, como é o caso dos envelopamentos de trens, a publici-
Na opinião da publicitária juliana matheus, da Ogilvy & Mather, a mídia alternativa mostrase eficiente na medida em que gera maior empatia junto aos consumidores: “Facilita a criação de laços emocionais entre ambos, algo que 99,9% das marcas almejam”
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Alexandre lima, da agência mind, de cruzeiro, lembra que toda ação deve ser bem planejada. ”A liberdade de formato quase sempre acarreta custos de produção ou riscos imprevistos, já que muitas ações demandam interação com o público ou podem estar sujeitas a fatores meteorológicos, restrições legais e urbanas”
dade em banheiros, bikedoors e até mesmo a propaganda em calotas das rodas dos táxis. Juliana Matheus, da Ogilvy & Mather, acredita que em termos de mídia alternativa, o festival de Cannes vem sendo uma boa vitrine das possibilidades para a publicidade e cita como exemplo o case “Immortal Fans”. “Nessa ação, torcedores do Sport Clube Recife se cadastravam pela fanpage do time e tornavam-se doadores de órgãos para a posteridade”, comenta. Juliana ainda cita peças que são consideradas até então “comuns”, mas que acabam se tornando uma alternativa e, assim, transformando-se em objetos úteis, como é o caso da ação da Coca-Cola, que incentivava seus consumidores a reutilizar uma revista velha para torná-la um docking para amplificar o som do celular
smathphone, ou, então, o outdoor da IBM, que se transformava tanto em um banco, como também em um toldo. Exemplos de campanhas alternativas bem-sucedidas como essas citadas por Juliana não faltam. Aliás, o surgimento de novas mídias tem sido visto por muitos especialistas como fundamental para estimular a criatividade e acompanhar a evolução humana. O interessante é perceber que as mídias tradicionais, muitas vezes, compõem as estratégias de toda uma campanha, atuando como coadjuvante” das provocações das ações consideradas alternativas. Por isso, mais importante de tudo é que se complementem e transmitam uma única mensagem e que nunca, jamais, se acomodem a uma zona de conforto.
SEU TALENTO PODE TE LEVAR LONGE VEM AÍ O PROGRAMA CAÇA TALENTOS DO GRUPO MESTRA
Todo mundo tem um talento que vai descobrindo aos poucos. Para te dar uma forcinha, o Grupo Mestra decidiu trazer de volta o programa Caça Talentos, destinado a estudantes da área de Comunicação Social. Seja qual for a área de seu interesse, as empresas do Grupo abrirão as portas a um grupo selecionado de estudantes, com dinâmicas para conhecer o dia a dia, entender melhor o mercado e concorrer a vagas de estágio. Além disso, os currículos serão disponibilizados a grandes clientes do grupo, no setor de construção e varejo, criando um verdadeiro banco de talentos e oportunidades. Para inscrever-se, basta enviar um e-mail para cacatalentos@grupomestra.com.br, com seus dados de contato, até o dia 5 de setembro. Aproveite! É uma grande oportunidade de mostrar todo seu talento!
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14/09 das 9h ás 13h Local – Sede do Grupo Mestra Rua Padre Rodolfo, 168 – Vila Ema São José dos Campos
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aparecer em reportagens e artigos veiculados pela mídia é estratégia de muita gente que, por força de códigos de ética e conduta, não podem investir em propagandas tradicionais
As agendas dos profissionais liberais, ao contrário do que muitos pressupõem, podem estar repletas de compromissos. E não somente os relacionados a um atendimento, à assessoria ou a algum diagnóstico. A presença desses profissionais na mídia tem se tornado cada vez mais perceptível e há motivos estratégicos para que isso aconteça. A construção de uma imagem sólida, e consequentemente de uma reputação confiável, é um deles, voltados principalmente à fidelização de clientes. A comunicação passou a ser ativo estratégico para esses profissionais e a assessoria de imprensa, uma ferramenta potencial para a Promoção de vendas e serviços (o quarto “P” do conhecido conjunto de Marketing Mix, proposto por Philip Kotler). Vale deixar claro que a assessoria de imprensa é bem diferente dos trabalhos publicitários ou de propaganda, inclusive eticamente barrados por alguns conselhos de classe. Seu objetivo é fazer a ponte entre o profissional e seu conhecimento e o jornalista, responsável pela edição de materiais jornalísticos para os diversos veículos. O principal objetivo dessa relação de investimento é conquistar espaços da chamada mídia espontânea, caracterizada por não ter custos (relativos à compra de espaços na mídia). Assim, a assessoria de imprensa trabalha para que o profissional liberal em questão
seja a primeira opção daquela revista setorizada, daquela reportagem na emissora líder, daquele colunista ou daquela sessão de jornal quando for necessária uma opinião técnica e/ou complementar para explicar melhor um determinado tema. Vantajoso? Diversos profissionais da região defendem que sim. Eles seguem uma tendência observada há algum tempo no mercado brasileiro. O aumento do acesso aos cursos universitários, a saturação do mercado de trabalho em alguns setores e o desejo de empreender, por exemplo, fizeram com que o número de profissionais liberais aumentasse nos últimos anos. A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) estima que haja mais de cinco milhões deles no país. Diferentemente dos autônomos, eles têm sempre nível superior ou técnico, são registrados em algum órgão ou conselho e responsáveis pelos produtos de seus trabalhos. Médicos, advogados, jornalistas, psicólogos, nutricionistas, dentre outras categorias, integram o grupo que busca liberdade, autonomia e horários de trabalho flexíveis. Para a diretora de jornalismo da Código BR Comunicação, de São José dos Campos, Bianca Totti, os profissionais liberais têm entendido cada vez mais o poder da mídia como fator de posicionamento no mercado. “Eles estão de olho nos resultados das empresas e na influência da mídia. São um
THIAGO GUSTAVO
a construção de um (re)nome
profissionais liberais
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O médico dermatologista érico Di Santis, de Taubaté, afirma que recebe novos clientes em seu consultório, em virtude de artigos que escreve em revistas e jornais da região: “Para o médico é uma forma positiva de se tornar conhecido como formador de opinião em sua área de domínio. É uma forma ética de publicidade”
novo nicho em que estamos investindo e já notamos crescimento, apesar de ser um processo lento pois muitos ainda precisam entender e se adaptar ao funcionamento da assessoria de imprensa”, explica. André Leite, gerente de assessoria de imprensa, conteúdo e mídias sociais da Arriba! Comunicação, de São José dos Campos, concorda com Bianca. Ele aponta que as expertises das assessorias ainda são pouco exploradas na região e chama a atenção para outras possibilidades. “Mais que sugerir pautas e agendar entrevistas, o assessor também pode auxiliar no desenvolvimento de artigos e outros conteúdos para a alimentação de blogs, por exemplo, ou a redação de artigos que podem despertar o interesse da imprensa e render mídia espontânea”, destaca. O ideal é que o profissional liberal entenda e aproveite tais ferramentas para reforçar, positivamente, a sempre presente relação custo x benefício.
Segundo fulano de tal... Pense rápido e responda: de onde você conhece o médico Drauzio Varella? A primeira imagem que pode vir a sua cabeça é de algum de seus quadros voltados à saúde e bem-estar veiculados no Fantástico. Em entrevistas já concedidas, ele conta que descobriu a mídia há cerca de 25 anos, quando entrevistado por um amigo da rádio Jovem Pan. Na época, o oncologista foi abordado por inúmeros conhecidos e entendeu que estava prestando um serviço ao público. Daí para frente sua “audiência” só melhorou e ele começou a preocupar-se com a qualidade e com o benefício das informações de seus quadros. Foi espontâneo. O jornalismo propriamente dito trabalha com o que é notícia: fato de relevância urgente. Seu ideal é informar e não vender. E é aí que está a oportunidade para os profissionais liberais. As pessoas têm à disposição milhares de canais de informação, são bombardeadas com
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centenas de e-mails marketing, mas só prestam atenção naquilo que tem conteúdo. Aliado à necessidade diária das redações em conseguir fontes idôneas para explicar ou opinar sobre inúmeros temas, pode-se entender o alcance e os benefícios que a mídia espontânea pode ter. O consultor de recursos humanos e diretor da Ágora, Soluções em Treinamentos Corporativos, Luiz Henrique Lopes, investiu logo no início. “A empresa é recente e optei por contar com uma assessoria de imprensa desde o início, para que a equipe de jornalistas conheça muito bem o nosso negócio e já nos apresente ao mercado editorial da forma como queremos ser vistos. Estamos em fase de planejamento estratégico, mas já nos lançamos por meio de notas e temos tido boa receptividade da imprensa. Nosso foco agora é tornar a marca conhecida por meio do meu histórico profissional e da experiência adquirida ao longo dos anos”, conta. Lopes figura em uma das categorias de fontes especializadas mais requisitadas pela imprensa, voltada à qualificação profissional e empregabilidade, tendência em um país em desenvolvimento. “São bastante requisitados também profissionais da saúde, psicólogos, consultores empresariais e de treinamento, economistas e atletas profissionais. Com o desenvolvimento de novas áreas no mercado de trabalho, também aumentam as demandas por profissionais de marketing, coaching, internet, comportamento, consumo, etc”, enumera Bianca Totti, da Código BR. Conhecido na imprensa valeparaibana, o dermatologista Érico Di Santis, conselheiro da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Estado de São Paulo, diz que essa relação é interessan-
te tanto para o médico, quanto para o público e a imprensa. “Para o médico, é uma forma positiva de se tornar conhecido como formador de opinião em sua área de domínio e defender sua ideologia. Digo que é uma forma ética de publicidade”, completa. Aproveitando a deixa, é importante salientar que os profissionais e seus respectivos assessores devem ficar atentos às regulamentações impostas pelos conselhos a que respondem. O Conselho Federal de Medicina dispõe na Resolução 1974, de 2011, um “manual” que estabelece os critérios da propaganda em medicina. O mesmo acontece, por exemplo, com dentistas regidos pelo Código de Ética Odontológica, de 2003, e com os advogados, que devem seguir as orientações do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. A intenção é coibir possíveis abusos e consequente lesão às pessoas assistidas. Filho de jornalista, Di Santis começou sua relação com a imprensa ainda na faculdade. “Tinha uma coluna de jornal (Sobre Saúde) e falava de tudo: hepatite, enxaqueca, depressão. São temas que vendem, que suscitam a curiosidade das pessoas”, diz. Ele afirma que já recebeu clientes em seu consultório que marcaram uma consulta por reflexo de um artigo ou de uma entrevista, inclusive de outros estados. Quem também colhe os frutos da exposição na mídia espontânea é a nutricionista Sheila Maria Costa e Castro. Presença constante na mídia regional (Jornal O Vale, TV Aparecida, TV Novo Tempo, Rede Vanguarda) quando o tema é alimentação saudável, novidades no mundo da nutrição e emagrecimento, Sheila também recebe pacientes que gostaram de suas participações em reportagens. “Não me revistalettering.com.br
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QUANDO O ASSUNTO é A BUSCA POR UMA ALIMENTAÇãO SAUDáVEL, a nutricionista sheila castro SEMPRE é PROCURADA PELA IMPRENSA. DE QUEBRA, DIVULGA A SUA ATIVIDADE PROFISSIONAL: “ao ler ou assistir uma entrevista minha, com certeza, a pessoa leva em consideração o que ouve para julgar a minha competência”
deixo levar por modismos e quando surge algo novo procuro a fundamentação científica, antes de me pronunciar sobre o assunto. Quando alguém lê uma entrevista minha ou assiste na TV a um programa em que eu falo sobre nutrição, com certeza leva em consideração o que ouve para julgar a minha competência”, enfatiza. Sheila é uma prova de que há espaço na mídia espontânea para boas colaborações. Assim como os médicos acima, sua incursão começou com ações pequenas, voltadas à necessidade de informação. “Há seis anos, quando iniciei meu trabalho na Unimed, percebi o interesse dos funcionários pela nutrição e comecei a enviar um e-mail na sexta-feira, com esclarecimentos das dúvidas da semana. A empresa gostou e desde então as orientações viraram textos informativos replicados semanalmente”, lembra. Desde então, ela é fonte da revista e do site da empresa sobre temas relacionados, e os próprios colegas de profissão a indicam a jornalistas. “Acredito que uma matéria no jornal ou uma entrevista na TV são oportunidades para a pessoa avaliar o profissional e, se ele expõe suas ideias com coerência e clareza, certamente se tornará referência na área”, conclui. A nutricionista tem razão. Da mesma forma que a mídia espontânea pode fortalecer a imagem de um profissional liberal, também pode desacreditá-lo. É aí que voltamos à importância da orientação de um assessor de imprensa. Gurus Mais do que conseguir uma inser-
ção ou uma nota em um veículo de comunicação, a meta de uma assessoria de imprensa é trabalhar a imagem de seu cliente e fazer com que ela retorne em benefícios. É essa ação constante que resultará em menções do profissional em canais de grande audiência, que conferem confiabilidade ao serviço prestado e o posicionam como boa referência no segmento. Ter a imprensa mencionando um serviço ou um posicionamento é uma propaganda valiosa, pois o jornalista está reconhecendo sua expertise. A entrevista ainda é a principal ferramenta da assessoria de imprensa para o profissional liberal, posicionando-o como fonte de informação relevante. “O principal foco é posicionar esse profissional como um formador de opinião, com participação ativa no
divulgação
mercado e com conteúdo de qualidade para ser propagado. Os clientes que buscam assessoria de imprensa preferem aparecer de forma instrutiva, e não comercialmente. Dessa forma, ganham visibilidade com valor agregado”, explica a diretora da Código BR Comunicação. Esse valor agregado também inclui técnicas de comunicação que profissionalizam e aumentam as chances de bons espaços. Profissionais especializados, um planejamento bem traçado, sugestões de pauta e releases coesos, um follow (contato) ativo com os jornalistas, mensuração de resultados, acompanhamento e treinamento são serviços imprescindíveis. Bem como a disponibilidade do profissional liberal para atender às solicitações dos jornalistas, que são urgentes, e o alinhamento contínuo com sua equipe de comunicadores. O jornalista André Leite resume um pouco dessa dinâmica. “O primeiro passo é levantar temas sobre o universo de atuação do cliente que sejam de interesse público. Normalmente, o assessor de imprensa já passou por uma redação, ou, no mínimo, conhece o funcionamento de uma, o que o ajuda na hora de vender” a pauta para seu colega jornalista. Com essa expertise, ele deve alimentar os veículos com frequência, fortalecendo vínculos entre os temas trabalhados e o profissional”, explica. O indício de que o trabalho está sendo executado com qualidade, e o fortalecimento da reputação dando resultados, é quando o processo se inverte e as redações entram em contato com a assessoria, buscando o conhecimento de seu cliente.
Considerando que o total de pessoas com acesso à internet no Brasil, no primeiro trimestre de 2013, chegou a 102,3 milhões (metade da população brasileira), segundo o IBOPE Media divulgou no mês de julho, e que o conteúdo produzido pelas redações também abastecem sites, blogs, portais e afins, o investimento em estratégias direcionadas à mídia digital também deve ser observado. As assessorias de comunicação têm se especializado no tema e apresentam, cada vez mais, alternativas para que a informação chegue sinergicamente a todos os meios, incluindo as redes sociais. “Quando um profissional interage com seu público, a propagação da mensagem é maior e gera tráfego para o conteúdo produzido. É nessa linha que as mídias sociais têm importância para o profissional liberal. Mas, para ter sucesso na iniciativa, é preciso dar retorno às demandas que surgem com esses canais, atualizar constantemente, monitorar e, principalmente, ter conteúdo de alto nível para transmitir”, observa Bianca Totti. Quanto mais menções na imprensa, mais registros de entrada nos buscadores on-line, como o Google, e mais pessoas localizando o serviço e/ ou profissional, inclusive os jornalistas, que alimentam a mídia espontânea, que retornam o investimento. “O benefício supera, e muito, o custo, se é que posso chamá-lo assim. Uma frase que sempre repito aos meus colegas médicos é “Nunca diga não à imprensa”. Todos só ganham com uma parceria saudável”, arremata o dermatologista Érico Di Santis.
o médico oncologista drauzio Varella descobriu, por acaso, a força da imprensa. há 25 anos, após ser entrevistado por um amigo da rádio jovem pan, foi abordado por vários conhecidos seus que tinham ouvido o programa. dedicou-se, a partir daí, a melhorar sempre a qualidade das informações prestadas, como um verdadeiro serviço de utilidade pública
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Coordenador de Redação da Supera é premiado
Arriba! amplia carteira de clientes e faz novas contratações DIVULGAÇÃO
O Coordenador de Redação da Supera Comunicação Vitor Morais e sua parceira de TCC Isadora Fialho, foram os vencedores da categoria “Edição de livro” do Intercom/Expocom Sudeste 2013. “O Fabuloso Destino da Redação nas Novas Mídias”, escrito pela dupla, tem uma linguagem despojada, conteúdo rico e um projeto gráfico diferenciado, que contou com a colaboração do Diretor de Arte da Supera, André Di Paula. A Expocom, Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação, é um prêmio destinado aos melhores trabalhos produzidos por alunos de graduação em Comunicação Social. O próximo passo para Vitor e Isadora é conquistar o prêmio nacional durante a Intercom que será realizada em Manaus, entre os dias 04 e 07 de setembro.
A Arriba! Comunicação comemora o fechamento de novos contratos, desta vez com a Marina 188, uma empresa do segmento náutico com sede em Paraty (RJ); a ViaBrasil, empresa de transporte aéreo e rodoviário; a TC Empreendimentos, que atua no ramo da Construção Civil; as Editoras Santuário e Ideias & Letras; e a Tenaris, líder no fornecimento de tubos e serviços para a indústria energética mundial. Com a ampliação da carteira de clientes, a agência também fez novas contratações e reforçou a equipe: Vívian Misawa (Assistente de Mkt Digital), Gustavo Farias (Assistente de Mkt Digital), Carla Machado (Assistente de Projetos), Isadora Fialho (Redatora) e Marília Pereira (Coordenadora de Contas).
performa implanta programa de visitas na fíbria
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A Performa Comunicação, de São José dos Campos, iniciou novos trabalhos para implantação do Programa de Visitas Corporativas da Fibria, nas unidades de Jacareí, São Paulo e Três Lagos, em Mato Grosso do Sul. Dois profissionais da Performa são responsáveis pela recepção de visitas corporativas, cuidando desde o planejamento até a geração de análises relacionadas à produtividade e demais detalhes, possibilitando à Fibria avaliar a ação e implementar melhorias. O sistema de Visitas Corporativas desenvolvido pela Performa é completo e permite o atendimento a visitantes de origem institucional, governamental e comercial.
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O que faremos? Já é fato conhecido que todo o cenário de comunicação mudou radicalmente nos últimos anos. Foram muitos fatores que levaram à mudança do teatro das nossas operações. Fui ter uma melhor compreensão e entendimento de tudo que mudou e de como mudou a partir da leitura de alguns livros. Eu os li numa sequência aleatória, mas que mostrou ser, com o passar do tempo, uma ordem lógica e bastante útil. O primeiro livro que me ajudou a começar a entender as coisas foi “A Economia da Atenção”, de Richard P. Adler e Charles M. Firestone. Ele traz o conceito de consumidor multi-impactado e que passa a economizar sua atenção em função dos impactos diários a que está exposto. A obra, publicada no Brasil em 2003, começa a nos mostrar que a comunicação tradicional enfrentava dificuldades para obter resultados. O segundo livro que me abriu as portas para o novo cenário foi “Publicidade + Entretenimento” (2007), de Scott Donaton. O autor prega a união entre as indústrias de comunicação e entretenimento para que ambas possam sobreviver aos novos tempos. Essa ideia, hoje, parece bastante comum e presente, mas na época o livro mostrava como alguns setores da comunicação e até alguns clientes clamavam por um novo modelo. O autor escreve sobre passar de “uma mudança da intrusão para o convite”. A terceira obra da minha sequência de esclarecimento do novo mundo dos negócios em comunicação foi “Buzzmarketing”, de Ben McConnel & Jackie Huba. Este livro trata da força do marketing boca a boca, potencializado pelas novas tecnologias digitais. Foi lançado no Brasil em 2006 e é super divertido de ler. Também lança focos em coisas novas e interessantes, como criar comunidades, “napsterizar” seu conheci-
mento, criar uma causa e proporcionar experiências memoráveis aos consumidores. A quarta obra da minha “jornada de revelação” foi a mais impactante de todas. Pelo menos para mim. Trata-se de “O declínio da Mídia de Massa”, escrito por Joseph Jaffe. Ele é um tanto cínico ao escrever e bastante ácido com as mídias tradicionais. Mas é brilhante. Aponta para a mudança no jogo de marketing: quem manda agora é o consumidor. E decreta: comunicação puxada é muito mais atrativa (consegue mais a preciosa atenção) do que comunicação empurrada (o modelo tradicional de interrupção). Ele mostra como o consumidor evoluiu e tornou-se difícil de ser convencido e/ou persuadido. Ok, mas... e agora? O que faremos? Isso – o que fazer em termos de comunicação agora – tem nos tomado tempo em discussões, painéis, palestras, simpósios, seminários, cursos e bate papos na sala dos professores e nos bares. Todo mercado discute, propõe, fala, sugere e aponta. Muita coisa boa tem surgido, mas há muita perda de tempo e energia em muitas outras coisas. Eu me atrevo a dizer que o que faremos é gerar conteúdo. Conteúdo (bem) embalado em diferentes e diversas formas, mas conteúdo. Há muitas e boas plataformas possíveis e disponíveis. Como nunca tivemos. Nossa maior habilidade será criar, produzir, organizar, ajudar a distribuir, compartilhar e expor conteúdo. Novas possibilidades como “branded content”, “transmedia storytelling”, “gamefication”e “crowdsourcing” têm se destacado e entregado bons resultados. E são, todas, baseadas em conteúdo interessante, relevante, atraente e útil para o novo consumidor. Geremos bons conteúdos!
JOSUÉ brazil Publicitário, professor e coordenador do curso de Publicidade e Propaganda do Departamento de Comunicação Social da UNITAU e editor do blog Publicitando
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