N ยบ 9 ANO 2 JAN | FE V 2013
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A cada edição, um leão. Não tem jeito: trabalhar diretamente com empresas e profissionais que promovem o dia a dia da Comunicação na Região Metropolitana no Vale do Paraíba faz da Lettering um reflexo claro do comportamento do nosso mercado. Se, por um lado, o cenário em 2012 chegou a assustar, fazendo muita gente recuar ou mesmo aguardar ventos melhores (especialmente no segundo semestre), por outro, foi o que bastou para que uma outra leva buscasse novos horizontes. O fato é que, entre todos, a expectativa é de que 2013 reserve surpresas melhores em todas as modalidades para a nossa região: seja em investimentos das empresas novas mídias, de maneira especial nas digitais, seja em eventos e feiras corporativos e esportivos, em cursos e treinamentos para melhorar a imagem diante da opinião pública. Está tudo aí dentro para você conferir. É o mercado da Comunicação crescendo e a Lettering fazendo parte desse processo. Que nossos leões sejam menos famintos e mais dourados. Avante!
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THIAGO GUSTAVO
RODRIGO ABREU
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EDITORA LETICIA MARIA MtB: 27.773 DIRETORA DE CRIAÇÃO KARINA R DIAS SECRETÁRIA DE REDAÇÃO MARIA CLARA CARVALHO DIRETORA COMERCIAL DIANA RAMOS ATENDIMENTO COMERCIAL STELLA VELOSO CONSELHO EDITORIAL AISLAN GRECA CASSIO ROSAS GUSTAVO GOBATTO JOSUÉ BRAZIL OSWALDO RODRIGUES IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA Editora Papel Brasil Rua Coronel Gomes Nogueira 44 - Sala 11 Centro - 12010-120 - Taubaté-SP 10 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA PUBLICIDADE comercial@revistalettering.com.br 12 3426.2968 revistalettering.com.br @Lettering_ facebook.com/revistalettering É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.
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din-din
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camila gouvêa
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bem na fita júlia freire
um só espírito
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andré leite
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imune às intempéries camila gouvêa
um toque de mídia júlia freire
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na passarela da fama simone gonçalves
colaboradores thiago gustavo é fotógrafo. rodrigo abreu é ilustrador. ELUANDA ANDRADE é ESTUDANTE DE PROPAGANDA. Luzimar goulart gouvêa é revisor. vanessa campos é escritora e ilustraDora. VÍVIAN MISAWA É WEBDESIGNer. Edu cesar É fotÓgrafo. JOÃO JUSTI É fotÓgrafo.
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@analu_assis Minhas Letterings chegaraaam! E estão recheadas! Obrigada @Lettering_ @robsonvendedor @lettering_ boa leitura pra se atualizar... @henriquebarros7 @Lettering_ edição 8, devidamente consumida. @KaiquesOliveira A @lettering_ mandou as edições que faltavam para completar a minha coleção!
Encontre seu exemplar Taubaté/SP Banca de Jornais e Revistas Sta. Terezinha Praça Sta, Terezinha, 129 – Centro Amo Café Rua Pedro Costa, 105 – Centro Loja 02 Ao Leite Café Rua Anizio Ortiz Monteiro, 615 – Centro Café Chicão Rua Jacques Félix, 470 – Centro Doces Vera Rua Francisco de Barros, 148 – Centro Donna Bella – Casa de Delícias Praça Félix Guisard, 229 Empório Buona Vitta Rua Dr. Emilio Winther, 299 – Centro Padaria do Jarbas Praça Barão do Rio Branco, 65 – Centro Pizzaria e Restaurante Peperone Rua XV de Novembro, 348 – Centro São José dos Campos/SP
Julio França Olha só Revista Lettering, vou ler hoje entre um mamá e uma troca de fralda ;)
Thiago Thiart Muito bom artigo Revista Lettering, É muito importante estar ligado ao conhecimento, novidades e aprimorar nossas habilidades! - Levando pra minha Agency!
Fran’s Café Av. Anchieta, 175 Provence – Casa de Chá e Café AV. Barão do Rio Branco, 646 – Jardim Esplanada II Quiosque Philosofy Rua Fagundes Varela, 141 – Jardim Maringá Bibliotecas de faculdades, centros universitários e universidades dos cursos de Comunicação e Negócios Rotas atualizadas www.revistalettering.com.br
a foto da edição 8 foi feita por thiago gustavo. uma bolha d’agua. tendo como missão valorizar a comunicação sob suas mais variadas vertentes, é postura da lettering respeitar as imagens de suas capas, não estampando nelas manchetes e outras chamadas.
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mercado
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entre altos e baixos, grandes resultados
EDU CESAR
Entre anúncios do fim do mundo – que, felizmente não acabou –, desaquecimento econômico do país e tantas outras interferências, o mercado publicitário ainda tem motivos para comemorar. Foi um ano de bons trabalhos, prêmios conquistados por muitas agências e profissionais do ramo – o que vem desmitificando aquela ideia de que somente meia dúzia de profissionais pode ser os ‘bambambans’ –, e o crescimento de 8,15%, conforme divulgado pela pesquisa do Sinapro (Sindicato das Agências de Propaganda de São Paulo), registrando, portanto, um faturamento acumulado de R$ 21,8 bilhões. Segundo a pesquisa, entre os altos e baixos, inclusive com um setembro desastroso – situação inédita desde 2006 –, o setor publicitário conseguiu manter a estabilidade em relação a meses que antecederam a temporada, entre janeiro e setembro (período avaliado pela estudo). A surpresa está, sem dúvida, no bom desempenho da mídia cinema, que apresentou uma ascensão de 15,78%. Nossa realidade Mesmo com o saldo positivo, não há de se negar que o mercado também foi cauteloso no Vale do Paraíba. Para o economista Roberto Koga, por ser uma região de expressiva atuação nacional e internacional, o Vale pode fazer uma avaliação positiva do ano de 2012, de modo geral. “A Região Metropolitana do Vale Paraíba tem uma economia expressiva voltada ao mercado nacional e internacional e isso repercute os mesmos efeitos da conjuntura nacional”, explica o economista, que lembra os efeitos da desaceleração econômica do país. Segundo Cassio Rosas, presidente da Associação de Profissionais de
Propaganda do Vale do Paraíba (APP-Vale), embora com várias intempéries, o mercado do Vale registrou avanços em 2012. “Temos um saldo positivo, apesar das dificuldades do ano, tais como recessão, eleição etc.” A lembrança de Koga não passa pelo esquecimento de profissionais já experientes do mercado, como Oswaldo Rodrigues, da Página Comunicação, de São José dos Campos, que ressalta que, embora a agência tenha tido um saldo positivo, a economia refletiu diretamente na retração do setor. “Senti o mercado um pouco retraído. Historicamente o segundo semestre é mais aquecido, mas não foi o que ocorreu. Penso que isso é resultado também da retração da economia do país, pois a perspectiva de crescimento esteve abaixo do esperado. No caso específico do Vale, o ano eleitoral (no que se refere às contas públicas) e a retração do mercado imobiliário foram alguns dos fatores que comprometeram nosso crescimento.” Para quem vive diretamente a realidade regional, não há dúvida de que, mesmo com passos mais curtos, o mercado avançou, sobretudo pelo incentivo do setor de serviços, como bem esclarece Sergio Arándiga, da Grafia Comunicação, de Taubaté. Para ele, mesmo com a fragilidade dos investimentos em Comunicação dos setores automobilístico e de aviação, o ganho existiu. “Já no que diz respeito ao setor de serviços, observamos um grande crescimento, sobretudo daquelas empresas que atendem ~as demandas da nova classe média brasileira”. Só que nem tudo é um mar de rosas. Nelson Campos, da BC&C Comunicação e Design, de São José dos Campos, aponta alguns pontos não tão animadores.
conquista de prêmios e de contas expressivas dentro e fora do vale tem mostrado o nível de profissionalismo das agências regionais, apontando para uma mudança de postura do cliente e um cenário mais promissor
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o economista roberto koga alerta que, mesmo em momentos de pouca expansão econômica, é mais do que necessário se investir em comunicação: “a publicidade é a alma do negócio.”
Embora concorde com a desenvoltura do setor, ele lembra que isso nem sempre é sinônimo de que esteja tudo às mil maravilhas. A competitividade com agências de fora, em casos de grandes empreendimentos, para ele, é um dos principais fatores negativos. “Mesmo assim, o mercado regional é enorme e muito promissor, caso os empresários resolvam fazer algo para suas empresas em termos de Comunicação”, destaca. Para ele, o mercado valeparaibano tem agências e profissionais de alto nível, capazes de atender a todo o tipo de cliente. “Muitas agências do Vale atendem diversos clientes de fora de nossa região com muita competência, mas não a determinados clientes locais, que, quando crescem um pouco, migram para agências da capital”, lamenta. Avanços palpáveis Como em todo negócio, não seria correto mensurar os ganhos e também as perdas somente pela questão financeira. É óbvio que é ela quem faz a diferença e é a responsável pelo estabelecimento de novos planejamentos e investimentos. Mas, na análise dos nossos profissionais, muito mais que a expansão econômica (ainda que tímida), o mercado ganhou com mudanças de posturas, que vão desde o mercado, que está mais acolhedor e profissionalizado, até os clientes, que já conseguem, ainda que em um processo gradativo, enxergar a importância de se investir em Comunicação. “O mercado está mais sólido”, garante Cássio. “Vemos melhores campanhas, agências crescendo, profissionais melhores, clientes mais maduros
e mais confiantes. Ainda temos muito que evoluir, mas é nítido o nosso crescimento e o nosso amadurecimento”. Na visão de Deborah Meister, da Tríadaz Propaganda e Marketing, de Taubaté, o mercado não somente está mais sólido, como já comporta, inclusive, novas modalidades e produtos oferecidos no setor de Comunicação. “O mercado do Vale está mais acolhedor com a Comunicação, de modo geral”. Para a jornalista, esse acolhimento é responsável por uma prestação de serviços cada vez mais versátil. “Além da Publicidade, hoje atuamos no gerenciamento de conteúdo, assessoria de imprensa e serviços de web – incluindo redes sociais e sites”. O mesmo defende Sergio Arándiga, em relação a novas atuações no setor. “Ações de Relações Públicas e as de intervenção no PDV (ponto de vendas) são as que têm tido bastante procura. Marketing de guerrilha e administração e integração das redes sociais têm ganhado seu espaço pouco a pouco”. Bons ventos Se os números e a economia retraída ainda não convencem, as realizações de algumas agências demonstram claramente que o otimismo deve prevalecer em 2013. A Tríadaz, por exemplo, com aumento de 28% em seus resultados, teve seu marco com a inserção de sua nova sócia, Deborah Meister. “Decidi investir na agência e tornar-me sócia do Jonas Maduro (até então, único proprietário), por enxergar excelentes oportunidades de crescimento, sendo que, com a aquisição de 50% das cotas, já comemoramos a chegada de novos clientes”.
Outra agência que também deu um passo importante em sua trajetória foi a Página, que se uniu à Central Business, com sede em São Paulo. “A fusão foi a grande notícia da empresa, em 2012. Após mais de um ano de análises e negociações, as empresas operam em conjunto desde julho do último ano”, conta Oswaldo. Com prudência, o publicitário deixa claro que o projeto não está ligado a uma avaliação de curto prazo. “As fusões, independentemente do porte, têm sido uma tendência, uma oportunidade de união de empresas, culturas, competências, buscando prestar um serviço cada vez melhor aos clientes”. Paixão e compromisso com os resultados são, segundo Oswaldo, alguns dos elementos que uniram as empresas que, com a fusão, contam com escritórios em São Paulo, São
José dos Campos, Mogi das Cruzes e Rio de Janeiro. 2013 promete Depois de um 2012, que manteve a estabilidade mesmo sendo um ano de dificuldades, o ano de 2013 tem tudo para ser melhor. Pelo menos, é o que se espera, com base nas estimativas econômicas, que indicam um crescimento de 4% do PIB. Contudo, em uma visão técnica, ainda é cedo para fazer qualquer previsão. “É necessário o acompanhamento do cenário internacional, já que, em 2012, a perspectiva era parecida e acabamos fechando o ano bem abaixo disso”, lembra o economista Roberto Koga. Mas se, por um lado, o economista não revela previsões entusiasmantes, por outro, sua análise é animadora para o campo da Comunicação. “Num
para deborah meister, da tríadaz propaganda e marketing, de taubaté, o setor acena para excelentes oportunidades de crescimento. ”Tanto que decidi investir, me tornando sócia da empresa, e já comemoramos a conquista de novos clientes.”
JOÃO JUSTI
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Diego Migotto
Na avaliação de sergio arÁndiga, da grafia comunicação, de taubaté, o setor de serviços segurou boa parte dos investimentos em publicidade no ano de 2012: “observamos crescimento por parte de empresas que têm o foco na nova classe média brasileira.”
momento de pouca expansão econômica, a Publicidade é a alma do negócio”. E é justamente o que espera Cássio, que se baseia nos dados informados pelo Sinapro. Otimista por natureza, como se autodefine, o presidente da APP espera um crescimento entre 10% e 15% para o novo ano. Para isso, o mercado regional, mesmo numa conjuntura mais precavida, não perde seu ritmo. A própria APP Vale já tem uma agenda preparada para manter aquecido o círculo de relacionamentos e, por consequência, as trocas de experiências entre os profissionais de Comunicação de toda a região. Além do já tradicional Gole do Galo, que volta a todo vapor, Cássio adianta alguns eventos que movimentarão o cenário regional, no campo da
comunicação. “O Mídias do Vale acontecerá em maio de 2013 e será um grande evento, com congresso, expositores e muitas surpresas para o nosso mercado. O Comunicavale acontecerá dentro do Mídias do Vale, estendendo-se por três dias, e não somente em um dia, como vinha acontecendo. Teremos, ainda, quatro workshops, com temas e participantes que estamos definindo e o Prêmio APP Vale, que também acontecerá neste ano”. Os grandes eventos que acontecerão em nosso país, como a Copa do Mundo, por exemplo, e o posicionamento geográfico do Vale são aspectos que, em sua leitura, indicam que teremos um bom ano. “Com toda certeza, teremos empresas, marcas e pessoas querendo fazer Comunicação por aqui em sua melhor forma”, avalia Cássio.
Elas só atrapalham, por isso, decidimos quebrá-las. Isso significa quebrar distâncias entre pessoas, paradigmas, barreiras físicas e criativas. Somos uma agência onde todos ouvem, mas também falam. E se você nos perguntar quem mais ganha com isso, sem dúvida, a resposta será: nossos
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clientes. Sem paredes, todos participam das ideias e estão disponíveis. O resultado é uma comunicação diferente, que atinge os objetivos e que tem aquela pitada de superação.
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Hay que comunicar-se, pero sin perder la identidad, jamás!
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Se desenvolver ferramentas de comunicação eficientes já é um grande desafio para as empresas, desafio maior é para aquelas que operam com os sistemas de franquias ou filiais. Mais que criar ações, os comunicadores que atuam nessas organizações precisam ficar atentos às diferenças entre os mercados e os públicos e adequar as propostas a cada realidade. Em alguns casos, dependendo do porte da empresa e da demanda de trabalho, é necessário até constituir mais de uma equipe de Comunicação para que elas possam atuar em diferentes frentes. Parece muito? Não, mesmo. E você vai entender! Certa vez, foi desenvolvida, para a Embraer, uma campanha de sustentabilidade em que um dos anúncios trazia a imagem de uma borboleta branca. A arte ganhou versões em vários idiomas e depois foi enviada para os escritórios locais, em diversas partes do mundo. “A responsável pelo departamento de Comunicação em Cingapura me retornou dizendo que não gostaria de usar aquele anúncio, pois, na cultura oriental, a borboleta branca representa a alma de alguém que já morreu. Não seria nada legal apostar em um elemento que representa a morte no anúncio de uma empresa aeronáutica”, conta Helena Bonésio, analista de Marketing sênior que atuou cinco anos no Departamento de Marketing da Embraer e, hoje, é responsável pelo Marketing digital da Citroën do Brasil. Para usar a mesma campanha em Cingapura, então, a borboleta branca
foi substituída por uma borboleta azul e a arte, com esta pequena alteração, pode ser veiculada normalmente, sem nenhum tipo de prejuízo ao projeto. “Sem o apoio de alguém da região, certamente teríamos errado e ofendido a cultura local. Por isso é muito importante ter, nas filiais, alguém com entendimento daquele mercado, capaz de saber o que melhor se adequa ao perfil daquele povo. Qualquer empresa com uma matriz que tenta entender todos os mercados, sem nenhum apoio das filiais, está fadada ao fracasso”, afirma Helena. É claro que, para contribuir com a estratégia de Comunicação definida pelas empresas, tanto os profissionais que atuam nas matrizes, quanto aqueles responsáveis pelas filiais e franquias precisam conhecer muito bem a marca e seu DNA. Mas as responsabilidades de um e de outro são diferentes dentro do processo. “É natural que os profissionais que atuam na matriz tenham um poder de decisão maior que os das filiais, pois estão mais próximos das decisões estratégicas que acontecem na alta diretoria da empresa e têm mais informações para trabalhar. No entanto, ninguém melhor do que os integrantes das equipes nas filiais para entender o mercado em que estão inseridos e saber qual a melhor forma de atuar regionalmente”, diz Helena Bonésio. Num contraponto, a ausência de profissionais atuando localmente pode acarretar prejuízos, como uma Comunicação desalinhada, um problema para uma marca que precisa ter a mes-
matrizes e filiais>
THIAGO GUSTAVO
maior desafio é manter a força da marca em todos os seus aspectos, adequando a forma e o conteúdo das peças ao público-alvo
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Como alinhar a comunicação?
“é muito importante ter nas filiais alguém com entendimento daquele mercado. qualquer matriz que tenta entender todos os mercados sem nenhum apoio das filiais está fadada ao fracasso ”, diz helena bonésio, da citroen do brasil
É comum que as campanhas sejam criadas pelas matrizes e, posteriormente, repassadas às filiais É papel da filial analisar a campanha e avaliar se a mesma se adéqua ou não ao seu mercado. Profissionais que atuam em mercados locais precisam ter liderança, ser atuantes Contratar uma empresa de pesquisa para realizar um pré-teste com o target do produto pode orientar o departamento de Comunicação. Com base no resultado, é possível fazer uma análise se a campanha deve seguir ou não Muitas vezes, a campanha é criada pensando no mercado em que a matriz atua, e o projeto acaba não sendo bem aceito em outros mercados. Isso justifica o investimento em equipes de comunicação que atuam regionalmente e a parceria com agências de publicidade local
divulgação
ma imagem e ser percebida da mesma forma, seja em outro estado do Brasil, seja em outro país, ou em qualquer lugar do mundo. “A identidade da marca deve ser respeitada em qualquer situação. Isso traz credibilidade para o consumidor, pois ele sabe com quem está falando e se relacionando. Nenhum de nós gostaria de se casar com uma pessoa que a cada dia se posiciona de uma forma, a cada dia está com um humor diferente, pois nunca saberemos qual a verdadeira identidade dela. Com as marcas acontece a mesma coisa. Queremos nos relacionar com uma marca que sempre é a mesma, que nos trata da mesma forma e tem um discurso sólido. Só assim conseguiremos confiar nela”, afirma a analista de Marketing da Citröen. Na prática, manter a Comunicação alinhada pode se tornar uma tarefa menos complicada quando as estratégias são compartilhadas e discutidas. O diálogo frequente entre matrizes e franquias, ou filiais, é o que garante que a marca seja percebida da mesma forma nos quatro cantos do mundo, ainda que as primeiras tenham uma responsabilidade maior no controle das ações desenvolvidas pelas últimas, a fim de que todos respeitem a estratégia macro da empresa. E as campanhas? Se a cultura muda de um local para o outro, por menor que seja a distância, nada mais natural que comunicadores que atuam localmente proponham adequações às campanhas para os mercados nos quais estão inseridos. Joacyr Peniche Portugal Beça Filho, executivo da JB Propaganda, de São José dos Campos, que atende a rede de concessionárias Val Du Lion (Peugeot) do Vale do Paraíba, conta que as campanhas acabam sendo re-
gionalizadas, mas sempre respeitando os objetivos propostos pela montadora e pela matriz das concessionárias. “Na maioria das franquias, o franqueado, além do treinamento inicial que antecede a abertura do negócio, recebe um treinamento voltado para cada uma das áreas de seu novo negócio, o que permite que o mesmo esteja totalmente alinhado à política e às normas do franqueador, além de dispor de um manual para consulta no dia a dia. No caso das concessionárias, embora a maioria delas tenha mais liberdade que uma loja franqueada, não é muito diferente”, afirma o executivo da JB. Para Paulo Eduardo de Araujo Davoli, diretor do grupo Davoli e Operador da Marca Peugeot, a maior preocupação das filiais e franquias deve estar em transmitir entendimentos únicos e com o mesmo foco, não tendo diferenças em tratativas comerciais com clientes. Segundo ele, esta é a política da marca Peugeot e do grupo Davoli. “Embora tenhamos um único grupo de Comunicação para todas as lojas, respeitamos sempre as características de cada região, com seus hábitos regionais, políticos, culturais, sociais etc. Sabemos que existem particularidades e respeitamos muito isso”, afirma Davoli. O que vale destacar: sempre há como personalizar campanhas propostas, mas não se pode esquecer nunca do DNA da empresa.
diálogo constante e estratégia de marketing bem definida é condição sine qua non para que a imagem da organização seja única em qualquer lugar do mundo
Restrições Embora haja um consenso entre os profissionais da Comunicação de que as campanhas devem, sim, ser adaptadas para os mercados regionais, há também algumas limitações ou restrições para as franquias e para as filiais que vão além da verba, às vezes reduzida. “Existem limitações em várias sirevistalettering.com.br
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JOão JUSTI
PARA DAVOLI, DA PEUGEOT, O FOCO DA REDE DEVE SER O MESMO: “embora tenhamos um úNICO GRUPO DE COMUNICAÇÃo para todas as lojas, RESPEITAMOS SEMPRE AS CARACTERÍsticas de cada regiÃO, com seus hábitos regionais, políticos, culturais, sociais.”
tuações. Desde a forma como usamos uma imagem, até uma palavra que não podemos usar. Procuramos respeitar todas as limitações, mas, quando não concordamos com alguma coisa, mostramos nosso lado e a matriz entende na maioria das vezes”, afirma Helena Bonésio. Segundo ela, os profissionais que atuam localmente precisam ter consciência de que conhecem muito mais o mercado em que eles estão inseridos do que qualquer outra pessoa. “No entanto, quem conhece melhor a estratégia da empresa são aqueles que estão na matriz. O principal desafio é alinhar esse conhecimento do mercado com o conhecimento sobre a estratégia da empresa. Por isso, acredito que a Comunicação frequente entre todos é sempre a melhor forma de garantir o sucesso da marca”. Para o profissional que atua a partir de diretrizes de um planejamento de Comunicação macro, a melhor forma de contribuir é entender profun-
damente os objetivos da empresa e apoiar a matriz com informações sobre o mercado em que a filial atua. “Só alguém que vive uma determinada cultura sabe como se comunicar com aquele mercado. O apoio das filiais é extremamente valioso para o sucesso da Comunicação em todas as praças de atuação da empresa”, diz a analista de Marketing da Citröen. Segundo Meriellin Albuquerque, especialista em Marketing e formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, em artigo publicado no portal “Sua Franquia. com”, “a franquia nunca pode esquecer que seu ativo mais importante é sua marca, e ela deve transmitir seus atributos e encantar atuais e potenciais consumidores. Existem vários canais de Comunicação e pontos de contato, por isso é importante que todos eles estejam alinhados com a estratégia de Markering central, para evitar informações difusas. Uma Comunicação alinhada garante vantagem competitiva”.
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plataformas digitais têm despertado a atenção de empresas que querem estar próximas de seu público de maneira mais criativa
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tocar para ser tocado Basta um clique para baixar jogos, participar de uma campanha publicitária, interagir com um escritor, escolher o menu do jantar, decidir que curso prestar, postar as fotos de um jeito despojado ou mesmo chamar um táxi. Sim, os aplicativos móveis têm atraído a atenção de desenvolvedores e também de empresas, que sempre estão em busca de novas ferramentas para fortalecer o relacionamento com seu público. Mas nem sempre foi assim. A utilidade dos aplicativos, ou simplesmente apps, amadureceu ao longo dos cinco anos de existência do universo digital portátil, marcado pelo lançamento do iPhone 3G, em 2008. A companhia norte-americana tirou das mãos das operadoras a comercialização de aplicativos e incentivou os desenvolvedores. O sonho de fazer fortuna com um app para smartphone já inspirou mais de 4.800 brasileiros a se cadastrarem na Apple Store para desenvolver aplicativos para a iPhone. Isso sem contar outros milhares que tentam o sucesso em plataformas como as do Blackberry e do Android. Salvo raras exceções, o retorno com a venda mal cobre os gastos. O instituto de pesquisas em tecnologia Gartner estima que, até o final de 2012, as lojas de aplicativos móveis somarão mais de 45,6 bilhões de downloads, sendo que 90% deles são de aplicativos gratuitos. Só a loja da App Stores (loja de aplicativos da Apple) deve alcançar 21 bilhões de downloads, 74% a mais que em 2011. O crescimento também vale para as
redes sociais. O Facebook anunciou, no último mês de dezembro, que existem mais de 350 milhões de apps, com 1 milhão de usuários ativos em cada um deles, sem contar os quase 200 mil aplicativos para iOS e Android integrados à rede social de Mark Zuckerberg. Este boom serviu para que as empresas visualizassem um novo nicho de mercado. Segundo a Associação Mobile Marketing na América Latina (MMA-Latam), o mercado nacional de soluções móveis corporativas dobra de tamanho a cada ano e gerou uma receita de US$ 6,8 bilhões no ano passado em todo o mundo. Também pudera. De acordo com dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em junho de 2012, 10,4 milhões de usuários portavam equipamentos 3G, com acesso à internet. Se não bastassem os celulares inteligentes, a nova tendência dos tablets já desponta no cenário brasileiro como mais uma oportunidade para o ramo. Somente nos três primeiros meses do ano passado, mais de 370 mil aparelhos foram vendidos por aqui. O mercado corporativo é, hoje, o principal foco das empresas que apostam nos aplicativos e buscam novos nichos para vencer a concorrência. Mais do que jogos, os apps assumiram caracterísitcas educacionais, institucionais, de serviço, venda e fortalecimento de imagem. Apesar da tendência e das oportunidades de interação geradas pelos aplicativos, a região ainda os experimenta. Para José Augusto, proprietário da iTM Sense, de São José dos Campos, o mercado no Vale revistalettering.com.br
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do Paraíba tem se firmado aos poucos. “Por mais que haja uma alta demanda no setor de tecnologia, as empresas ainda admitem os aplicativos como coadjuvantes em ações de negócio ou publicitárias”, explica. A empresa desenvolve soluções integradas e convergentes em gestão de capital humano, e-learning, aprendizado organizacional, m-learning, apps, e-books, jogos e games empresariais e de entretenimento para diversas empresas da região, além de multinacionais. A constatação vem ao encontro da utilização dos aplicativos como ferramentas publicitárias. A gerente de atendimento e planejamento da Click Now, outra empresa joseense com 14 anos de mercado, Michele Lourenço, comenta que as empresas entendem que os apps podem auxiliar no planejamento de Marketing como um todo. “Poucas realmente sabem quais funcionalidades se aplicam em benefício de seus clientes e potenciais clientes. É preciso entendê-la como um novo modelo de negócio, capaz de atrair e fidelizar a atenção do público”, completa. Independentemente do porte da empresa, o desenvolvimento de aplicativos pode ser um grande aliado se esse ambiente on-line estiver integrado a todos os processos estratégicos das empresas. Pensando assim, os benefícios das funcionalidades aparecem e a organização pode disponibilizar facilidades aos seus clientes, gerenciar e implementar a ideia sem comprometer as demais áreas. “Quando a empresa sabe para onde quer ir e qual parcela do mercado digital quer atingir, conseguimos imaginar o caminho a seguir e planejar. Há diversas estratégias para entender como um aplicativo poderá ser útil à empresa”, explica Michele, da Click Now.
Para não ficar para trás, basta pensar na concorrência. Os negócios que não conseguem oferecer um diferencial inovador e competitivo tendem a perder espaço. Um clique de interatividade Não é clichê. A interatividade é a força motriz das novas ferramentas digitais. E os aplicativos podem oferecê-la. Os apps desenvolvidos para fins publicitários, ao contrário do que muitos pensam, não são meros visualizadores de propaganda ou anúncios de parceiros. Os conhecidos “advergames”, os jogos publicitários, são um exemplo e uma opção para quem quer atrair a atenção. Febre nas redes sociais, eles mesclam divulgação e entretenimento com uma finalidade bastante específica: atrair a atenção para a marca. No Vale do Paraíba, o uso dos apps como mídia começa a ganhar força. O conhecido e necessário planejamento precisa ser executado em detalhes para garantir que o aplicativo cumpra seu objetivo. É só imaginar que os aplicativos móveis saem à frente de mídias impressas, exteriores (outdoor) e televisão, por exemplo. Eles são carregados o dia inteiro por seus donos que, na correria do dia a dia, utilizam seus smartphones para adiantar tarefas ou passar o tempo. A vida moderna exige facilidade. Em 2011, a Click Now desenvolveu um aplicativo para Facebook para a Conexão FGV (Fundação Getúlio Vargas), que queria divulgar sua campanha de matrículas. A ideia era mostrar ao usuário, de maneira lúdica, a trajetória de uma carreira de sucesso depois da passagem pela FGV. Quando o usuário se conectava à rede social, as mudanças e transformações em sua vida profissional eram apresentadas
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através de uma pesquisa no Google e pelo perfil da própria rede, evidenciando seu “futuro” sucesso. “A Conexão FGV tem focado, cada vez mais, seu esforço de Comunicação para o digital, sempre com o apoio das mídias convencionais. E as mídias sociais têm sido o foco direto de relacionamento com nosso target, principalmente o Facebook. Por isso, nada mais natural do que utilizar essa rede com todo o seu potencial. Os smartphones e tablets nos possibilitaram uma maior aproximação com o público-alvo, com abordagens em momentos nos quais ele está mais pré-disposto a ser impactado pela comunicação”, diz Francisco Mota, gerente de marketing da instituição. Ainda segundo ele, o índice de acessos durante o período que o aplicativo ficou disponível na fanpage e na landing page da campanha surpreendeu e contribuiu para o aumento no número de matrículas no período, se comparado com o ano anterior.
E como tudo é questão de costume, o lançamento de um aplicativo chama a atenção de usuários da rede, que, por sua vez, chamam a atenção de outros. Essa é a força do marketing digital, sua capacidade de propagação. Uma vez que a empresa invista em uma ação planejada e inovadora, cativará um público fiel, sempre em busca de mais novidades. Uma outra vantagem do aplicativo é que a ferramenta pode agregar outras funcionalidades e utilidades. Os clientes do restaurante Barbaresco, de São José dos Campos, estão desfrutando de um aplicativo criado para a exibição do cardápio. Criado pela empresa iTMSense, que tem em sua cartela de clientes nomes como McDonalds, Wizard, Sky e Embraer, o app mostra todo o menu, além de anúncios relacionados e sugestões. “Está chamando muito a atenção dos clientes. Para nós, além de incorporar a tecnologia e melhorar a qualidade
Devido à facilidade em mensurar resultados, a conexão fgv, com atuação no vale, decidiu reforcar os investimentos em internet: “redimensionamos o budget para cerca de 40% da nossa verba”, revela o gerente de marketing da instituição, francisco mota
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de nosso cardápio, o contexto sustentável pesou bastante. Com um menu virtual, diminuímos muito a utilização de papel para as impressões, fortalecendo a imagem do restaurante e oferecendo uma opção versátil para o cliente. Do ponto de vista institucional, o investimento é indiscutivelmente vantajoso”, destaca o proprietário Alberto Castro. O custo do desenvolvimento de aplicativos varia de R$ 5 mil a R$ 120 mil, dependendo de suas funcionalidades, plataformas e nível de interatividade. “Acredito que o investimento valha a pena. Esse custo varia conforme o projeto e a análise de que ele deve ser compensador ou não parte da premissa de utilidade e da definição de métricas de interação”, esclarece a gerente da Click Now, Michele Lourenço. O fato é que, desenvolvendo aplicativos, é possível reduzir tempo com processos de relacionamento, enxugar custos nos processos de comunicação e divulgação e, principalmente, fortalecer e estabelecer novos relacionamentos com o público-alvo. A mensuração do resultado também conta com a tecnologia. Há programas específicos e gratuitos, desenvolvidos por empresas, como a Google, por exemplo, que permitem o gerenciamento do investimento. Com a ferramenta, é possível acompanhar detalhes sobre a visitação e estatísticas de páginas e sites, além de tornar possível a verificação de variáveis interessantes, como a quantidade de visitas por dia. “Nossos aplicativos já dispõem dessa ferramenta em sua programação. Assim, é possível acompanhar a evolução e sua utilização em tempo real, de forma prática e profissional. Ganham a empresa detentora do app e também os anunciantes (quando for o caso), que podem medir por quantas
vezes o anúncio foi visualizado”, explica José Augusto, da iTMSense. Um diferencial a mais para os clientes que apostam nos aplicativos. “Como as ações digitais possibilitam uma mensuração real do ROI (Retorno sobre o Investimento), por meio do cruzamento de dados, que vão desde o número de acessos até o nível de interesse por determinados conteúdos e produtos, o investimento é melhor aproveitado do que em outras mídias. Entendemos hoje que, devido a essa capacidade de mensuração e aos resultados satisfatórios, o investimento torna-se cada vez mais interessante. Por isso mesmo, atualmente a Conexão FGV passou a investir cada vez mais no digital, redimensionando o budget para essa mídia em aproximadamente 40% de sua verba anual em Marketing”, explica o gerente da Conexão FGV. Importante lembrar que os aplicativos podem assumir variadas formas. Só para citar dois nichos em expansão, vale destacar o e-learning e o e-commerce. O primeiro tem atraído a atenção de instituições e empresas que buscam incrementar sua plataforma educacional ou oferecer cursos e ferramentas que auxiliem na educação de seus clientes. O e-commerce, já forte tendência no mundo digital, tem assumido diferentes formas para atingir e suprir as necessidades dos clientes. Os aplicativos direcionados para a venda de produtos e serviços têm saído da lista negra de consumidores, temerários com a segurança das transações. Com um bom planejamento, é possível investir em um app e obter um bom retorno, basta saber utilizá-lo. Os aplicativos são os centímetros quadrados mais valiosos da comunicação e, indiretamente, uma conexão constante com o consumidor.
iOS ou Android? Como apresentado anteriormente, a fatia de smartphones do mercado é composta basicamente de dois sistemas operacionais, que influem diretamente na hora de desenvolver um aplicativo. O iOS é o sistema operacional móvel da Apple, fabricante do iPhone. Já o Android é o concorrente desenvolvido pela Google, baseado em Linux, presente em diversas marcas de smartphones. Cada um deles apresenta especificidades únicas para a utilização da web e de seus aplicativos. O iOS sai na frente devido à popularidade e à tecnologia dos aparelhos móveis da Apple e da App Store. Mas é preciso lembrar que as outras fabricantes já dispõem de modelos e atualizações de sistema tão eficientes e modernos quanto o iOS, sem contar que atraem uma parcela da população que não tem poder aquisitivo para adquirir os aparelhos da gigante da informática.
Melhor do que escolher a plataforma para o desenvolvimento de um app é contar com a evolução e a inovação da tecnologia da informação para fazer com que a ferramenta possa ser utilizada no maior número de plataformas possível. “Mesmo ainda havendo uma certa preferência para desenvolvimento de aplicativos para iOS, devido ao fato da popularidade e da interface dos aparelhos da Apple, procuramos sempre dar preferência para as plataformas integradas. Entendemos que não há mais espaço para a segmentação e sobrevive quem consegue atingir uma parcela de público maior”, explica o sócio proprietário da iTMSense. O ideal é pensar em oferecer uma ferramenta que integre utilidade, interatividade e inovação. Sem esquecer que, além dos celulares, é preciso explorar a tendência do uso de tablets, que possibilitam outros milhares de aplicações e criações.
José augusto dos santos, da ITm sense, de são josé dos campos: “a adesão tem sido gradativa. Por mais que haja demanda, as empresas ainda admitem essa ferramenta como coadjuvante em ações de negócio ou publicidade.”
JOÃO JUSTI
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Por que eu invisto em Comunicação? Felix Guisard, Sócio proprietario da Guisard Empreendimentos Imobiliários
Revista Lettering: Há quanto tempo a Guisard Empreendimentos investe em Comunicação? Felix Guisard: Em dezembro de 2006, lançamos o loteamento “Altos do Cataguá”, de alto padrão, com 250 lotes de 1.000m2, clube, muro, portaria etc, com arquitetura neoclássica, dirigido a um público maduro e conservador. Começamos então a ter a assessoria de uma agência, a Publicarte. Fizemos as primeiras perspectivas artísticas e um plano de mídia baseado nas pesquisas de mercado. Em abril de 2011, lançamos o loteamento “Cataguá Way”, com quase 600 lotes, dirigido a um público jovem e moderno, com arquitetura neomoderna, lotes menores e toda a infraestrutura do anterior, mas com uma novidade, a área comercial. Desta vez, o plano de Marketing foi muito elaborado e o investimento maior. Criamos várias promoções, inclusive com a participação dos compradores de lotes residenciais e comerciais. Os compradores comerciais anunciaram conosco, mostrando o futuro comércio que irão explorar. Foi uma nova fase.
Se o empreendedor não investir em marketing, ele pode inviabilizar o negócio. os resultados na velocidade de vendas e na evolução dos preços é evidente
RL: Como avalia os resultados obtidos com o apoio da Comunicação no segmento de seus negócios? FG: Se o empreendedor não investir em Marketing, ele pode inviabilizar o negócio. Os resultados na velocidade de vendas e na evolução dos preços é evidente. RL: Quais são os canais de Comunicação mais utilizados para atingir o seu consumidor? FG: A TV é o melhor meio, sendo que a líder de audiência é a que mais gera resultados, as demais são mais baratas mas geram poucas visitas no plantão. Também usamos o emplacamento, com outdoors na cidade (somente no período de lançamento) e no local, pois é um investimento de muito retorno, devido à localização do empreendimento. Também usamos panfletagem como apoio nos finais de semana de campanha. Os demais meios, como rádio, revistas locais e jornais, são usados somente no lançamento e para Propaganda institucional, pois quase não geram visitas. RL: A que o senhor atribui o desempenho de sua marca? FG: A um conjunto de fatores, como um projeto bem elaborado, baseado em pesquisas de mercado que apontem as reais necessidades do consumidor, localização do empreendimento, obra de qualidade, bom relacionamento com o consumidor, preço justo e flexibilidade dos planos de pagamento, além do investimento em um bom plano de Marketing. RL: O que recomendaria para o empresário que iniciará seus investimentos em Comunicação? FG: No meu ramo, é indispensável conseguir uma área bem localizada, fazer um estudo demográfico da cidade, pesquisar bem o mercado e os hábitos do consumidor, ter parceiros confiáveis e investir com confiança. Não podemos deixar margem para erros.
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notícia & cia
THIAGO GUSTAVO
TREINAMENTO antigafe
Ela é parte do capital da empresa. Por isso a preocupação com a imagem institucional tem o poder de tirar o sono de dirigentes. O novo século formou cidadãos e consumidores mais conscientes e críticos, que analisam e julgam um conjunto de ações e impressões que determinam se uma empresa é “confiável”, ou não. Basta um deslize e a opinião pública, com toda a sua fragilidade emocional, pode colocar a perder anos de esforço e idoneidade. Neste processo, a imprensa assume o papel de formadora de opinião e, com todos os seus perfis e instabilidades, exige atenção e respeito. Mas quem pode enfrentar esse “monstro”? A formação de porta-vozes é peça estratégica nas instituições que querem estar preparadas para lidar com a imprensa. O media training é uma ferramenta útil neste preparo. O treinamento ganha destaque com a consciência da importância da Comunicação institucional como estratégia de Marketing. As empresas querem e investem para que seus porta-vozes estejam alinhados e preparados para conceder uma entrevista, sempre que necessário. Frente às câmeras ou mesmo a um gravador, a confiança e o domínio do conteúdo podem sustentar a credibilidade de uma empresa. Geralmente realizado por jornalistas com experiência em
redação e variados veículos de Comunicação, o media training assumiu, ao longo dos anos, uma postura mais profissional e alcançou a cartela de serviços oferecidos por grandes empresas de comunicação corporativa. Com três livros publicados na área (“Crise e Comunicação Corporativa”, “Mídia Training” e “Falar para Liderar”), o jornalista Heródoto Barbeiro, da Rede Record, acumulou experiência ao longo de 30 anos de carreira. Consultor de media training (MT), Barbeiro diz que nos últimos cinco anos as empresas entenderam que, com a popularização das mídias sócias, o relacionamento ético com a mídia ficou ainda mais importante. “Na medida em que as empresas se tornam mais conhecidas, maiores e divulgadas, necessitam mais de uma aproximação com a mídia. Gafes na Comunicação podem resultar em impactos na marca, um ativo importante. Um treinamento pode melhorar a percepção que o público faz da marca e de como seus produtos ou serviços são avaliados”, explica. Pequenas empresas também já começam a ter a percepção de que o preparo para lidar com a imprensa em geral é benéfico. A relevância do treinamento de mídia começa a ser enxergada assim que elas entendem que a impressão causada durante uma entrevista pode ter o mesmo impacto e retorno de uma campanha de
quanto mais conhecida uma empresa se torna, mais é imprescindível que seus representantes tenham desenvoltura no trato com a imprensa
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Marketing ou uma Publicidade. Isso vale tanto para uma matéria rotineira, em que a empresa é solicitada como fonte para determinado tema, quanto para casos em que é preciso realizar um gerenciamento de crise. Heródoto Barbeiro ratifica a importância do MT nesses casos, já que é preciso que o porta-voz tenha mais desenvoltura e domínio de conteúdo para informar corretamente os profissionais. A diretora de Relações Institucionais da multinacional BASF, Gislaine Rossetti, acredita que o treinamento é imprescindível para os porta-vozes da empresa. A empresa, que tem unidade em Guaratinguetá, produz componentes químicos para indústrias. “O treinamento é realizado em parceria com uma empresa de São Paulo. Nele, o enfoque é apresentar a dinâmica da imprensa, suas necessidades, preparar o executivo para atender aos jornalistas com a postura e linguagem ade-
quadas, além de reforçar a urgência do jornalista em conversar com as empresas”, explica. Realizado ao longo de todo o ano, o treinamento inclui uma explanação sobre as peculiaridades de cada veículo, troca de ideias, orientações e oficinas práticas, que ensinam princípios básicos, como postura em uma entrevista televisiva e eloquência do discurso. Basicamente, o media training aborda a forma e o conteúdo. A forma diz respeito à apresentação do porta-voz. Para os homens, é preciso ter cuidado com roupa, cabelo e barba. As mulheres devem ter cuidado com decotes, cabelo e acessórios. Dependendo das características desses itens, pode haver ruído na Comunicação, já que podem chamar mais a atenção que o assunto da entrevista. Na abordagem de conteúdo, objetividade, clareza e concisão são fundamentais. Discursos prolixos e técnicos certa-
“o objetivo é apresentar a dinâmica da imprensa, suas necessidades, preparar o executivo para atender os jornalistas com postura e linguagem adequada”, explica a diretora de Relações Institucionais da Basf, Gislaine Rosseti
divulgação
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edu moraes/divulgação record
grande ou pequena,O tamanho da empresa não importa: “o que muda nesses casos é apenas o enfoque”, esclarece o jornalista heródoto barbeiro, um dos profissionais mais requisitados para o oferecimento de media trainings
mente serão “jogados fora” pelo editor no momento de fechar a matéria. “Durante o treinamento, a dinâmica da imprensa é apresentada aos participantes, inclusive de acordo com a particularidade e especialidade da mídia de cada região. O executivo é sempre orientado a transmitir informações relevantes e importantes ao veículo para o qual dará entrevista e que sejam, principalmente, de interesse da imprensa e da empresa, respectivamente”, completa Gislaine Rossetti, da BASF. O treinamento para pequenas, médias e grandes empresas é o mesmo e segue os mesmo passos. O que muda, de acordo com Barbeiro, é o enfoque do MT, que varia conforma o core business da empresa. Esta precisa conhecer os veículos de imprensa especializados para manter-se ativa na mídia, o que é muito interessante financeiramente, visto que há visibilidade e reforço dos investimentos do Marketing em publicações que geram mídia espontânea. Até mesmo a postura dos porta-
-vozes nas mídias sociais serve como matéria de estudo. Com mais de 37 milhões de brasileiros conectados ao Facebook, pelo menos sete horas por mês, a imagem corporativa das empresas circula, inevitavelmente, na rede. Declarações de porta-vozes podem percorrer o mundo, impactar diretamente a imagem corporativa (para o bem ou para o mal) e até prejudicar estrategicamente o posicionamento de mercado de uma empresa. “O treinamento irá fornecer as ferramentas, mas o importante é que o porta-voz e a empresa mantenham um relacionamento ético com a mídia”, lembra Barbeiro. Quem? De nada adianta a assessoria de imprensa investir em esforços para divulgar uma ação ou tema institucional, se o porta-voz colocar todo o investimento em mídia a perder. Saber lidar com a imprensa faz parte da formação profissional atual. A escolha do porta-voz deve ser feita em uníssono com os objetivos e
estratégias da empresa. Além de ter domínio sobre o universo corporativo, o profissional deve enquadrar-se na forma e conteúdo desejados (nada que não possa ser moldado com o treinamento e a prática). Cabe à empresa definir quantos e quem serão os escolhidos. “É opção da empresa. O que tenho visto nos últimos anos é que as corporações optam por treinar um porta-voz por setor”, lembra o jornalista Heródoto Barbeiro.
A decisão pode ser bastante interessante, já que divide responsabilidades e dá mais flexibilidade para o trabalho da assessoria de imprensa. A multinacional BASF possui uma política definida de quem são os porta-vozes autorizados a falar sobre determinado tema, como resultados financeiros, ações de Marketing ou políticas de recursos humanos. Os gestores capacitados são os responsáveis por orientar os colaboradores que
arte: eluanda andrade
Fonte: Media training: melhorando as relações da empresa com os jornalistas, de Nemércio Nogueira. Editora de Cultura. revistalettering.com.br
Dicas de ouro Entrevistas para a televisão costumam exigir mais atenção dos porta-vozes. Além de proporcionarem mais visibilidade, são pouco tolerantes a erros e seu alcance diante da opinião pública é imediato. Mas isso não quer dizer que entrevistas a veículos impressos não exijam profissionalismo. Lembre-se que o jornalista irá editar a entrevista. Mesmo regidos pelo princípio da “imparcialidade”, as impressões pessoais podem influenciar no material final. Respeito, postura e segurança, sempre! 1 – É o jornalista quem deve receber sua atenção e não as lentes da câmera. Exceção vale para horário político. Nesse caso, você deve olhar diretamente para a câmera, como se estivesse olhando nos olhos do eleitor. 2 – Nada de segurar o microfone. Esta é uma das funções do repórter, para que ele possa conduzir a entrevista. Se o microfone for o de lapela, um técnico vai instalá-lo na gola de sua roupa. 3 - Falando em movimentos, cuidado com gestos exagerados. Isso não significa ficar imóvel ou cruzar os braços. Modere seus movimentos, evite balançar o corpo e capriche na postura se estiver sentado. A palavra-chave é naturalidade. 5 - É fundamental apresentar visual limpo e asseado na hora da entrevista. Nada de roupas amassadas, manchadas ou cabelos despenteados. Prefira cores lisas e tecidos sem brilho. As mulheres devem ter cuidado com a sensualidade, pois comprometem a credibilidade e tiram a atenção do telespectador. 6 – Bom vocabulário faz toda a diferença para o porta-voz. Vícios de linguagem e erros de concordância e conjugação não pegam nada bem. Independentemente do seu cargo ou ocupação, o português tem de ser falado corretamente. 7 - Para os homens, a maquiagem é necessária quando o local da gravação é o estúdio. Para as mulheres, nada de exageros para não parecer que foi feita uma produção para a entrevista. Fonte: http://www.artigonal.com/marketing-e-publicidade-artigos/ quem-precisa-de-media-training-985191.html
somente os porta-vozes são autorizados a falar com a imprensa e que este contato deve ser realizado por meio da área de comunicação corporativa. “Quando temos profissionais capacitados, asseguramos que o relacionamento da empresa com o jornalista seja realizado de maneira adequada, transmitindo informações que sejam do interesse tanto da empresa como da imprensa e, consequentemente, contribui para a imagem positiva da empresa”, conclui Rossetti. Eu prometo... A célebre frase que costuma nortear propagandas políticas também esconde armadilhas. Elaborar um discurso baseado em propostas de trabalho é um dos principais direcionamentos do media training para políticos, ou aspirantes. Cada vez mais incorporado ao plano de marketing político, o treinamento tornou-se um importante aliado de governantes e representantes da população. Nesse caso, a “imagem institucional” a ser preservada é a do próprio político, que depende de uma série de fatores para manter sua credibilidade. Saber portar-se frente às câmeras, driblar provocações, reconhecer os veículos e sua linha editorial são expertises importantes para quem está na linha de frente da opinião pública. Assessores de imprensa têm um importante papel na construção da imagem de representantes públicos, bem como os porta-vozes designados para cada área de governo. O discurso deve sempre estar alinhado e o aprendizado é diário. Há empresas especializadas em realizar esse treinamento e profissionais experientes, que buscam administrar a imagem política.
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batendo um bolão
O Marketing Esportivo virou a menina dos olhos das empresas brasileiras e não somente das grandes patrocinadoras dos nossos grandes times de futebol. As nem tão grandes assim, com atuação regional e até local, também estão descobrindo que podem aumentar sua visibilidade, atrelando sua marca ao que é esportivamente correto. Não importa a modalidade. O aquecimento para entrar em campo começou. Especialista no setor há 8 anos, o publicitário Márcio Amaral, da Vertical Marketing e Publicidade, de Tremembé, explica que o futebol, ainda, lidera a preferência dos investimentos nessa modalidade e dá dicas de como se fazer valer da Lei de Incentivo ao Esporte. Para ele, identificar o público-alvo faz toda a diferença no planejamento das ações, que podem ser feitas sob medida para atingir resultados mais efetivos para o patrocinador. Quer que sua empresa entre para o time? Então, aproveite: o Brasil é o País, 2013 é o ano.
ENTREVISTA
JOÃO JUSTI
Revista Lettering: Copa das Confederações, Copa do Mundo, Olimpíadas... É possível dizer que, nunca antes da história deste País, o esporte esteve tão em voga? Márcio Amaral: Realmente, vivemos momentos de evidência pela questão de sediarmos competições desse porte. Porém, temos de ter a visão macro e devemos tratar cada assunto com pontualidade. Somos considerados o país do futebol, o maior exportador de jogadores de alto nível no mundo, destaque em várias modalidades esportivas, mesmo que não seja em sua totalidade. A visão que temos é que isso não pode ser apenas sazonal, por uma questão política e de Marketing, mas, sim, a verdadeira essência de valorizar no dia a dia o esporte dentro de nosso país. RL: Que tipo de modalidade esportiva é considerada de maior retorno para o investimento? Os mais populares? Por que isso acontece, na sua opinião? MA: Indiscutivelmente, o futebol. Por se tratar de um esporte para as massas. Temos em cada cidade deste país um time de futebol que mexe com a paixão do torcedor, seja ele profissional ou amador. Historicamente, o futebol leva multidões aos estádios e a qualquer lugar em que aquela camisa com o brasão estiver. Associar a marca a modalidades mais populares é disseminar seus produtos e serviços para diversas classes sociais, assim, com um trabalho específico, pontuar ações que revertam lucro ao patrocinador apoiador. RL: Quais outras modalidades es-
portivas o senhor poderia destacar como sendo atrativas para patrocinadores? Na nossa região existem casos que merecem destaque? MA: Podemos afirmar que todas as modalidades esportivas são atrativas para o patrocinador de maneira geral, pois são consideradas benéficas sob o aspecto sociocultural e atrai visibilidade contínua. O segundo maior esporte hoje no Brasil é o MMA (Mixed Martial Arts), que atrai adeptos de várias artes marciais e alcança uma crescente considerável de apaixonados pelo esporte. Temos de dar a atenção devida também aos esportes individuais. Temos excelentes esportistas que precisam de apoio para obter melhores resultados e, assim, conquistar os índices que possam levá-los às Olimpíadas de 2016. Na nossa região, temos casos claros de que o investimento tem resultado para o patrocinador. Posso destacar a nadadora Fabíola Molina, que coleciona inúmeras conquistas nacionais e internacionais, além de quebras de recordes brasileiros e sul-americanos. No esporte coletivo, temos o basquete de São José dos Campos, que participa da NBB. Recentemente, foi à final do torneio nacional e obteve o título paulista. Em Taubaté, o destaque para fica com handebol masculino, considerada a 3º maior potência do país e que, atualmente, tem alguns de seus jogadores convocados para a Seleção Brasileira. O importante é fomentar e fazer crescer os exemplos existentes e criarmos novos pólos para disseminar a atividade esportiva seja ela qual for, com leis de incentivo, com patrocínios ou apoios, além de mostrar ao
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“a imagem da empresa associada a um clube, instituição ou projeto tem visibilidade em todos os aspectos: o consumidor dará preferência para a marca que patrocinar o seu time do coração”
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patrocinador que toda ação sócio-educativa sempre vai impulsionar a sua imagem perante a sociedade e seus consumidores. RL: Como avaliar a força de um patrocínio, a partir do olhar de quem paga a conta? MA: Primeiramente, identificar o público-alvo da empresa patrocinadora para que se possa realizar ações customizadas para atingir o objetivo. Assim traçado, temos totais condições de avaliar o que o produto está agregando à marca, seja ela institucional ou com crescimento de vendas para o público desejado.
“historicamente, o futebol leva multidões aos estádios. Agregar a marca em modalidades mais populares é disseminar seus produtos e serviços para diversas classes sociais”
RL: Em relação à mídia espontânea (especialmente na TV), como esse tipo de investimento pode ser rentabilizado? MA: Em se tratando de Marketing esportivo, o grande mote é a empatia frente ao público e à mídia e, principalmente, a fidelização de seus consumidores. A imagem da empresa associada a um clube, instituição ou projeto tem a visibilidade em todos os aspectos e quando você trata com um ‘consumidor torcedor’ ele automaticamente terá preferência pelo produto que apoiar seu time de coração. RL: Como funciona a Lei de Incentivo ao Esporte? Temos exemplos consideráveis aqui na nossa região? MA: A Lei de Incentivo ao Esporte existe nas esferas federal e estadual. Quanto à lei paulista, temos na sua totalidade uma ferramenta grandiosa para o desenvolvimento de todos os tipos de esporte. Os proponentes que podem realizar projetos são pessoas jurídicas de direito público ou pri-
vado, sem finalidade econômica, de natureza esportiva (cujo ato constitutivo disponha expressamente sobre sua finalidade esportiva), ou seja, é a entidade que será responsável pela apresentação, execução e prestação de contas de projetos desportivos ou paradesportivos. O diferencial maior da lei é a renúncia do ICMS devido como fonte de recurso e forma de patrocínio. O Estado entendeu que, para se ter um projeto esportivo, seja ele de alto rendimento ou de cunho social, é necessário um grande investimento para que se possam realizar com profissionalismo e estrutura eficaz projetos sólidos e objetivados. Com o incentivo fiscal, podemos realizar diversos projetos em várias áreas esportivas com parceria de grandes empresas. Além do recurso do investimento não sair de seus proventos, o patrocinador tem uma publicidade em todos os materiais e locais em que o projeto que ele incentiva estiver acontecendo. Outro fator importante da lei é que os projetos aprovados têm duração de um ano, podendo ser celebrados novos convênios subsequentes de mesma duração, o que garante a fiscalização do que foi investido no projeto e seus resultados para que possa prosseguir. Ressalto ainda que a empresa patrocinadora agrega valores, como a responsabilidade social, interatividade e imagem positiva frente à sociedade, podendo por lei fazer a contabilidade social de sua empresa com todos os atendidos do referido projeto. Na nossa região, já existem alguns projetos aprovados e alguns em andamento, tanto na esfera federal quanto na estadual, porém ainda é muito pouco para que
JOÃO JUSTI
“com o incentivo fiscal podemos realizar projetos em várias áreas esportivas, em parceria com grandes empresas. Além do recurso do investimento não sair de seus proventos, o patrocinador tem publicidade em todos os materiais e locais onde projeto acontecer”
tenhamos vários pólos fomentando o esporte nas cidades de nossa região para, assim, transformar em cidadãos nossas crianças e jovens. RL: Que passos uma empresa que pretende iniciar investimentos em Marketing esportivo deve dar? MA: O Marketing esportivo é uma ferramenta estratégica, para a obtenção de retorno institucional que trabalha a lembrança e a projeção da marca entre seus consumidores. Seja projeto incentivado ou patrocínio espontâneo, o primeiro passo é procurar uma empresa especializada em Marketing Esportivo, para que seus investimentos sejam bem alo-
cados e que tenham uma projeção de futuro. O segundo passo é analisar, em conjunto com essa empresa, projetos idôneos e que tenham uma direção definida e aparente para que a imagem da patrocinadora não sofra nenhum desgaste. Importante também é inserir o projeto no planejamento da empresa, para que funcionários e diretoria entendam o sentido desse investimento e, assim, possam apoiá-lo e fomentá-lo de ideias. Após escolhido em que investir, o vital para atingir o máximo do benefício é certificar e acompanhar a evolução, solicitando prestação de contas por meio de relatórios de funcionabilidade e objetivos alcançados. revistalettering.com.br
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Nós compreendemos o seu público alvo, eles são:
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E conhecemos muito bem nossos clientes, eles são:
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Mestra Comunicação abre o ano com novidades A agência joseense Mestra Comunicação passa a planejar e a executar todas as ações de Publicidade das empresas BotuPharma (Botucatu), Lattecoère do Brasil (Jacareí) e Originalle (São Paulo) e também da CCR/Nova Dutra (São Paulo). Para atender o volume de trabalho, a agência reforçou sua equipe com as contratações da redatora Luciana Kerbauy, vinda da Chelba Agência Digital, de São Paulo, e das estagiárias Isadora Fialho e Nathália Freitas. Além do retorno de Thiago Meneghetti, que assume o cargo de diretor de eventos do Grupo Mestra. As novidades continuam. Em março, será apresentada a BR Bravo, nova empresa do grupo Mestra.
Ateliê de Letras investe na formação de redatores Com ênfase na capacitação, no treinamento e na qualificação de redatores publicitários profissionais, o Ateliê de Letras Redação Estratégica, de São José dos Campos, se prepara para lançar a Acadêmia de Redatores Publicitários. O objetivo do curso é formar profissionais aptos a ocupar cargos de redatores publicitários e produtores de conteúdo em agências e em departamentos de Comunicação e Marketing das empresas.
Vittali é a nova conta da Trade Valle A agência Trade Valle, de Taubaté, conquista a conta da loja Vitalli, especializada em produtos de diversas grifes famosas.
Phocus Interact reforça equipe O departamento de Novos Negócios da agência digital Phocus Interact, de São José dos Campos, acaba de ganhar um novo reforço, a jornalista Ticiane Toledo. A expectativa é de que ela traga novas oportunidades do mercado digital não somente para a Phocus como também para seus clientes e parceiros.
Cliente da Arriba! é notícia na imprensa nacional A Assessoria de Imprensa da Arriba! Comunicação comemora mais um resultado positivo para o departamento. Desta vez, em um veículo de abrangência nacional. A recente conquista da equipe foi uma matéria na revista Quatro Rodas. A reportagem, de página inteira, está na edição de janeiro da publicação e fala sobre um dos produtos de tecnologia da empresa Noxt.
Agência de Imprensa alavanca marca em campanha de Marketing Digital Desde novembro, a Agência de Imprensa, de São José dos Campos, passou gerir todo o conteúdo informativo do site e das redes sociais da empresa de games e eletrônicos 1000 STORE. Em dezembro de 2012, a fanpage do cliente já contabilizava 1000 fãs, o que representa um crescimento de 70%. Para alcançar o resultado, a AI desenvolveu uma campanha promocional para a loja, aliando as ações entre a página no Facebook e o site da empresa. Com o slogan “Fim do Mundo com estoque zero”, produtos com preços especiais eram anunciados, atraindo o público e fomentando as interações.
Studio Chocolate divide parceria com o INPE A Produtora Studio Chocolate, dos sócios Júlio Dias e Bruno Maia, celebra o crescimento da empresa, que está há 2 anos no mercado. A produtora já acumula trabalhos para clientes de São Paulo e, no momento, se dedica à coprodução, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, do longa metragem Fragmentos de Paixão, que será lançando em breve na rede Cinemark. Regionalmente, o Studio Chocolate assina os comercias de TV para a rede de Drogarias Onofre e para a Vinac Consórcios.
Vincere lança e-book e fecha novos contratos para 2013 A Vincere Comunicação, de Taubaté, começou o ano a mil: lançou e-book gratuito “Internet e eleições 2012: a prática do compartilhamento” e ministrou treinamento de mídias sociais para o núcleo de Comunicação do Esporte Clube Taubaté, além de personalizar as mídias sociais do time que está com nova diretoria.
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faça chuva, faça sol
prever ações de comunicação tendo em vista as diferentes épocas do ano é a saída para manter o nome da empresa sempre em evidência
Verão lembra praia, que lembra Ubatuba, que fica lotada no verão. Inverno lembra montanha, que nos remete a Campos do Jordão, que tem sua alta temporada no inverno. Academias vivem lotadas, mas, no verão, as pessoas não frequentam academias, pois estão em Ubatuba. E, no inverno, é bem verdade, o frio desanima aquelas outras que fogem das piscinas, mesmo que elas sejam aquecidas, porque estão subindo a Serra. Esses são casos típicos de negócios que contam com a interferência da sazonalidade, aliás, muito comuns, inclusive, em nosso mercado regional. Mas o que se pode fazer com esses altos e baixos que já até fazem parte da previsão de muitos empresários dos setores hoteleiros, esportivos e até mesmo do comércio? Não existe outro caminho se não o do planejamento. Se as altas e baixas temporadas já são esperadas, a palavra de ordem é planejar. E dentro desse esquema, o Marketing deve estar na linha de frente como antídoto para diminuir efeitos que interfiram na saúde da empresa, como explica o publicitário e coordenador de pós-graduação do Senac, de São José dos Campos, o professor Carlos de Santis. “A importância do planejamento de Marketing em que há a influência da sazonalidade é ainda maior, se assim podemos dizer”. Juliana Viola, gerente do setor comercial do Hotel Fazenda Mazzaropi, de Taubaté, afirma que segue essa cartilha em seu segmento. “Sem dúvida, o Marketing é essencial para manter a credibilidade da empresa, pois facilita e promove a imagem e as vendas. É
ele que permite adaptações no plano de vendas e detecta a necessidades de alteração de preços e a criação de promoções atraentes”, pontua. Segundo Juliana, o Hotel Fazenda Mazzaropi conta, além de sua imagem bem consolidada (ele está entre os melhores hotéis fazendas do Brasil), com as ações previstas pelo planejamento de Marketing para manter a estabilidade do negócio. “Como o hotel tem um fluxo de hóspedes bem maior nos finais de semana, feriados e férias escolares, procuramos otimizar a ocupação criando atrações de lazer e programação em todos os dias do ano. Mesmo na baixa temporada e durante a semana, temos monitores com programação para o dia todo, oferecemos uma grande variedade de atividades, inclusive apostando na estrutura para crianças abaixo de 2 anos. Além, é claro, de promoções com diárias bem mais atrativas e descontos que podem chegar até 30% sobre as tarifas no balcão”. Criatividade a favor dos negócios Criatividade e ousadia são elementos que podem ajudar a empresa a minimizar o impacto da tal sazonalidade. Mas Santis dá a dica de que, para haver bons resultados, é preciso que o investimento em Marketing seja constante. “O ideal é que haja investimentos também fora de épocas sazonais, de modo que o consumidor sempre tenha contato com a marca, independentemente se for ou não o momento de compra”. E é assim que o Hotel Fazenda Mazzaropi tem se mostrado diferenciado no mercado. Além das atrações voltadas ao turismo receptivo, o hotel
marca forte
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renan riso
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DIVULGAÇÃO
Na Cia athletica, de são josé dos campos, a preocupação é com a fidelização e com o conforto do cliente: “temos planos continuados e destacamos o aspecto da climatização, porque aqui, o clima do inverno é quente”, conta o diretor da empresa Alberto marques
também recorre às ações de eventos como forma de manter aquecida a sua rotatividade de clientes. “Atuamos com eventos e convenções, que colaboram para o aumento da ocupação nos períodos de baixa estação. Temos um centro de convenções com 10 salas com capacidade para até 500 participantes, com profissionais especializados para acompanhar eventos simultâneos”, conta Juliana. Já a conceituada academia Companhia Athletica, de São José dos Campos, se utiliza dos recursos de fidelização e conforto para manter a sua clientela estável durante o tempo todo. “Temos planos continuados (pacotes). Além disso, destacamos o aspecto da climatização do nosso ambiente, já que, na Companhia Athletica, o clima no inverno é quente”, ressalta Alberto Marques, diretor da empresa. Para manter a estrutura e a vasta carteira de opções, Juliana explica
que, no caso do Hotel, é preciso se investir em ações que atraiam o cliente o tempo todo. “Fazemos anúncios mensais em publicações específicas de lazer, mantemos nosso site e nossas redes sociais sempre atualizados, inclusive com os lançamentos de promoções, trabalhamos intensivamente o relacionamento com o nosso cliente e buscando a fidelização”. Para isso, o Hotel investe na contratação de uma agência, que trabalha na Comunicação Visual e na identidade da empresa e de profissionais que trabalham na área de assessoria de imprensa. Juliana ressalta que a agência contratada pelo Hotel Fazenda Mazzaropi também exerce a tarefa de fazer as pesquisas de mercado, isto é, a leitura do campo em que está inserido, com os apontamentos que direcionarão as futuras ações. “As pesquisas nos auxiliam na criação de novas estratégias
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de vendas para fidelização de nossos clientes e captação de novos clientes. Além disso, são elas (as pesquisas) que nos permitem elaborar novos projetos que garantam a satisfação das necessidades de nossos clientes”. Já no caso da Companhia Athletica, embora não trabalhe com promoções, as ações são intensificadas em Propaganda. “Usamos spots nas principais rádios e, no ano passado, chegamos a fazer inserções na TV Vanguarda, além de realizarmos o constante uso da ferramenta de e-mail-marketing para alunos e prospects”, conta Alberto. Profissionalismo dá o tom do negócio Mesmo com tanto exemplo prático, é comum perceber que muitos empresários acreditem que os altos e baixos são naturais e “que é assim mesmo, já, já melhora e o movimento começa a aumentar”. Mas Santis deixa claro que as coisas
não funcionam bem assim e que erros muito comuns acontecem quando o negócio sofre com a interferência da sazonalidade. “A questão é que devido a essa influência pode-se incorrer em dois erros. Um deles é uma falsa visão de que, por se tratar de um produto ou serviço sazonal, não há a necessidade de investimentos em Marketing, pois o mesmo poderá ter uma procura espontânea. O outro é investir somente na época dessa sazonalidade, ou seja, não posicionar a marca na mente do consumidor fora da época sazonal, deixando assim que a sorte ajude na lembrança da marca ou da empresa”. “Não há uma fórmula mágica, mas há, sim, muito trabalho, muita pesquisa, muita criatividade e inovação. A eficiência deve ser sempre acompanhada da eficácia, ou seja, saber o que fazer e como fazer para atingir os objetivos propostos”, finaliza o publicitário Carlos de Santis.
divulgação
o professor carlos de santis, do senac de são josé dos campos, alerta para casos mais específicos: “a importância do planejamento de marketng em que há influência da sazonalidade é ainda maior.”
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“O BNDES reservou para 2013 ao menos R$ 170 milhões para investimento em empresas emergentes inovadoras, as chamadas startups.” Folha on-line
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criar novas oportunidades fora do ambiente convencional pode ser estratĂŠgia certeira para a conquista de novos clientes
feiras e exposições
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todo produto tem de ir aonde o povo está
Diante da necessidade de oferecer e ampliar as vantagens oferecidas aos clientes, empresas investem na realização de negócios fora do ambiente de vendas, com participações em feiras e exposições, no melhor estilo “se Maomé não vai à montanha, a montanha vai à Maomé”. Além da aproximação com o consumidor, a prática garante uma Comunicação eficiente com os possíveis compradores. A proposta é quebrar as barreiras físicas do ambiente de vendas e buscar novos mercados, geralmente em locais com expectativa de grande circulação de público, ou que reúnam consumidores de segmentos específicos, como feiras setorizadas, que atraem os dispostos, interessados, ou, ao menos, curiosos por saber mais sobre determinados produtos. Um prato cheio para empresas e marcas que procuram expandir sua cartela de clientes, sejam elas firmas consolidadas no mercado ou novatas, que batalham espaço na preferência do público. O ingresso em feiras e exposições mostra-se uma opção para grandes e pequenos, velhos e novos, desde que preparados para investir e se planejar
para o evento escolhido. A participação pode ocorrer numa ocasião promovida pela própria firma ou por meio da inclusão da marca num evento já consolidado. No primeiro caso, um dos caminhos mais comuns é a realização de exposições de produtos da empresa. No segundo, estão as feiras e mostras segmentadas. Efeito vitrine Empresários apontam que a presença nos eventos garante o “efeito vitrine”, muitas vezes necessário para que a marca ou o produto sejam conhecidos pelos consumidores. O contato próximo e facilitado com o público permite uma Comunicação eficaz com compradores, de acordo com os profissionais. Marco Antonio Lahoud, diretor executivo da Retail Detail, firma que atua com soluções para o varejo, afirma que, em alguns casos, a presença nos eventos chega a ser determinante para o sucesso de vendas da empresa, em especial para firmas novas, que precisam se “apresentar” para o público. Ele destaca também que, para atingir o efeito desejado, o empreen-
para se relacionar bem com o público presente, deve-se planejar todas as ações de comunicação. fazem a diferença materiais de qualidade, incluindo os convites e uma boa recepção
dimento precisa de uma organização impecável na feira ou exposição escolhida, sob pena de amargar o resultado inverso: a rejeição do consumidor – o “efeito vitrine” deixa a empresa exposta, o que deve ser bem administrado. “A empresa só consegue visibilidade se ocupar o espaço de maneira profissional, com um ponto bem montado”, disse ele, que, atualmente, trabalha no planejamento e na implantação de marcas internacionais no país. Entre os itens que devem ser pensados para realizar uma exposição estão escolha e aluguel de espaço, definição de datas, compra ou aluguel de equipamentos (como, por exemplo, o estande que será usado), contratação de mão de obra, organização da estrutura (decoração, iluminação etc) e obtenção das licenças necessárias (alvará do Corpo de Bombeiros, da prefeitura). A Comunicação requer atenção extra, já que o relacionamento com o público e a exposição da marca ou produto são os objetivos centrais da ação. É preciso planejar os materiais de divulgação (tanto do evento quanto da firma) e o contato com a imprensa e projetar os canais de Comunicação com o público – enviar convites a pessoas de interesse, planejar o atendimento que será oferecido no período do evento e como manter o relacionamento com as pessoas contatadas na ocasião. E, claro, as etapas acima partem de um planejamento prévio executado pela empresa, com a definição do material que será apresentado, o porquê, os custos e os resultados esperados. Comunicação implícita Empresários defendem também que a participação bem planejada
em eventos estratégicos garante às marcas a oportunidade de passar aos clientes uma imagem positiva, de firma respeitada e sólida. Para realizar o Feirão do Imóvel, evento anual que reúne, em Taubaté, empresas do setor da construção civil, a Acist (Associação das Construtoras, Imobiliárias e Serviços Correlatos de Taubaté) começa a preparar os detalhes do evento com cerca de cinco meses de antecedência. O Feirão, que está em sua sétima edição, reuniu, em 2012, 30 empresas participantes, dispostas em 55 estandes montados numa área de 1.200 metros quadrados no Taubaté Shopping. Toda a realização foi feita pela própria Acist. Para o presidente da entidade, Gustavo Guarnieri, as principais vantagens que o evento oferece para os clientes são as facilidades, a segurança e as ofertas. “As pessoas têm a possibilidade de, num só local, visitar diversas imobiliárias e ainda fazer consultas sobre financiamentos, já que a Caixa Econômica Federal é nossa parceira”, disse ele. O banco, responsável por programas como o Minha Casa, Minha Vida, mantém um ponto de atendimento no Feirão durante os quatro dias de evento. No local, os interessados em adquirir um imóvel podem obter informações sobre as linhas de crédito e fechar financiamentos. Guarnieri avalia que, além da comodidade de poder visitar diversos estandes num só espaço, os clientes têm confiança em realizar um negócio num ambiente como o Feirão. “São grandes construtoras, com uma entidade encabeçando o evento com a
JOÃO JUSTI
O feirão do imóvel realizado anualmente emtaubaté chega a gerar R$ 15 milhões em novos negócios. o presidente da acist, gustavo guarnier, conta que o maior atrativo ao cliente é encontrar tudo o que precisa em um único lugar: “As pessoas visitam imobiliárias e ainda estudam opções de financiamento.”
Caixa como parceira, as pessoas confiam nisso”, disse. Assim, de acordo com ele, a presença em eventos de porte colabora para que os participantes alcancem a almejada imagem de credibilidade. De volta à montanha A Acist estima que 80 mil pessoas passaram pelo Feirão nos quatro dias de evento e movimentaram cerca de R$ 15 milhões em fechamentos de negócios. O detalhe é que, segundo o presidente da entidade, a maioria das vendas é realizada em até 15 dias depois da feira, ou seja, depois do evento. “Os clientes conhecem, levam propostas para avaliar e, após alguns dias, retornam às construtoras para realizar as compras”.
A característica reforça o potencial dos eventos como captadores de clientes e, por isso, evidencia a necessidade de uma comunicação eficiente com os compradores, que permita trabalhar as vendas no pós-evento. Nesse sentido, a exposição é um meio de “fisgar” o consumidor e levá-lo a se tornar um cliente. “Muitas pessoas gostam do que veem e nas exposições que realizamos e depois procuram a loja para conhecer outras peças”, disse Leandro Pasin, proprietário da Pasin Premier, marca de móveis, decoração e ambientes planejados em Taubaté. A Pasin Premier realiza, desde 2008, exposições de seus produtos, em feiras que oferecem promoções e condições facilitadas de pagamento – são realizadas três por ano. O proprierevistalettering.com.br
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todo cuidado é pouco: “a empresa só consegue visibilidade se ocupar o espaço de maneira profissionaL, com um ponto bem montado”, diz marco antonio lahoud, da retail detail
tário das lojas ressalta que leva para os eventos apenas peças da coleção atual. “As queimas de estoque são realizadas nas lojas”, disse. Nessas ocasiões, segundo ele, além de coletar contatos de clientes, a Pasin procura saber os objetos que os consumidores não encontraram. “Às vezes a pessoa quer um móvel específico, de uma determinada cor ou modelo que não temos. Pegamos o contato do cliente e ligamos quando conseguimos a peça. A pessoa fica feliz de se sentir lembrada. Mesmo que o móvel só chegue meses depois, ela gosta de saber que a loja não se esqueceu de seu pedido”. As experiências dos empresários apontam para uma visão similar sobre o papel das feiras e exposições. Eles apostam nas ferramentas não como um fim em si, mas como uma estratégia para se sobressair diante da concorrência e dos avanços no mercado. A presença em ações específicas
integram uma lista de atividades desenvolvidas em prol da conquista e da fidelização de clientes. Apresentam a oportunidade de atingir públicos não esperados, como pessoas que passeiam pelo shopping, sem compromisso, e clientes que buscam um produto, mas precisam de incentivos extras para optar pela marca A ou B, como consumidores que analisam e esperam a hora certa e as condições ideais para adquirir uma nova mobília ou uma casa. “Temos pessoas que se tornam nossos clientes por meio das exposições. Elas ficam sabendo da marca e dos produtos quando visitam o estande”, relatou o proprietário da Pasin Premier. Assim, as exposições se mostram uma opção interessante para que firmas atraiam novos clientes, reforcem suas marcas no mercado, consolidem a imagem da empresa e ofereçam um diferencial, sempre esperado e bem-vindo pelos consumidores.
MARCO ANTONIO LAHOUD
LÍNGUA: COMO A QUEREMOS? luzimar goulart gouvêa Professor Mestre em Teoria e História Literária. Professor da Unitau e da Fatec Bragança Paulista. O uso da língua nas situações de Comunicação é quase sempre um problema. Mais especificamente, na área de Publicidade e Propaganda, a língua que se usará nas peças publicitárias requer um cuidado muito grande no seu trato. Primeiramente, é necessário que se faça uma série de escolhas: que língua vou usar? Qual é o tom que quero passar? Qual é o público-alvo a atingir? Para essas primeiras perguntas, devemos ter em mente que há uma língua falada e uma língua escrita, basicamente, que condicionam um certo uso de língua. Sociolinguisticamente, não há “erro” na língua falada. Se houver Comunicação, a língua se fez compreender e atingiu sua finalidade primordial. A língua escrita requer um cuidado enorme e é regida por normas de escrita prescritas por uma gramática, que se convencionou chamar, justamente, de gramática normativa. Ora, no momento da construção das peças publicitárias, além da linguagem visual, além da criatividade, além dos recursos computacionais, das cores e de tudo o mais, haverá um uso de língua que, dependendo do público para quem essas peças serão feitas, deverá dar o tom certo para a campanha toda e essa língua tem de estar impecável, adequada, apelativa, comunicando-se eficientemente com aquele que vai, afinal, consumir o produto. É bom lembrar: a primeira coisa que o cliente final consome do produto é a Propaganda. É bom, então, que a propaganda tenha uma boa lábia. Essa lábia é o que podemos chamar de tom do texto publicitário. O tom é que dá ao texto a proximidade com o consumidor, que é um leitor em primeira e última instâncias. O vínculo afetivo do texto publicitário com o consumidor é exatamente garantido pelo tom. O tom vem sustentado nas peças também pelo uso da cor e pelas escolhas de outras naturezas na criação, que envolvem desde a qualidade do papel até a música. O tom dá
o estado de relaxamento do leitor da Propaganda: tenso, atento, entregue, vencido. E se houver um “erro” de uso de língua nisso tudo? É possível até ouvir, de dentro da cabeça do leitor/consumidor, aquela musiquinha distorcida das propagandas quando algo não dá certo. Um erro ortográfico, nas Propagandas transmitidas oralmente pelo rádio e mesmo pela TV, pode não ser percebido. Mas, e quando é um erro de concordância verbal ou nominal? O ouvinte da Propaganda o perceberá, certamente. E aí? Aí parece, e podemos usar nossa imaginação visual, que houve uma mancha num cartaz, uma distorção radical da cor, uma rasura na textura do folder, coisas desse tipo. O problema do uso da língua na Publicidade e Propaganda, em praticamente todos os meios de Comunicação, é que a língua é um recurso usado concomitantemente com outros recursos. Imagem e palavra estão quase sempre juntas. Uma reafirma a outra, num processo metalinguístico em que se reforça a venda. Apesar de saber que o uso “correto” da língua é também um instrumento de controle social, as leis de mercado, que também são instrumentos de controle social, parecem exigir o uso de uma língua sem “erros”. Nenhuma empresa ou produto quer ter sua imagem “manchada” por um erro. A facilidade da Comunicação, seus efeitos e suas finalidades, tudo pede um uso de língua fácil e correto, limpo, claro, apelativo. No outro extremo, um uso excessivo de correção de linguagem e um vocabulário preciosista e erudito demais podem tornar pedante a comunicação, que se refletirá na imagem da marca ou do produto. Se pensarmos que tanto a língua, como as leis de mercado e as próprias Publicidade e Propaganda são instrumentos de controle social, é fácil perceber que haverá coerência na adoção desse uso de língua porque a língua, por ser social, é uma convenção, um contrato de Comunicação. revistalettering.com.br
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Vanessa Campos facebook.com/vanaeu
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