Nยบ6
ANO 1
JUL|AGO 2012
revistalettering.com.br
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thiago gustavo
rodrigo abreu
Prestes a completar um ano, o Projeto Lettering define, a partir de agora, novos contornos e extrapola o campo da Comunicação para atender demandas gerenciais da classe empresarial do Vale do Paraíba. Claro, porque ela, a Comunicação, como qualquer outra área de uma empresa, tem de estar em sintonia com os demais setores, como ferramenta de gestão, para aumentar as chances de sucesso de qualquer empreendimento. E, como ela não faz nada sozinha, convidamos profissionais de outras áreas, especialmente da Administração e do Marketing, para avaliar sua importância e mostrar como uma empresa pode lançar mão de trabalhos integrados, incluindo a utilização de estratégias de relacionamento com seus diferentes públicos para alcançar os resultados esperados. A palavra de ordem é planejamento. Com ele, dá para se fazer de tudo: definir como fazer, quando fazer e quanto investir. Mas fique tranquilo, caro leitor, não vamos partir para algo tecnicista, como um manual com regras e preceitos exatos, e acabar com o encanto da revista. Mesmo porque esta é uma revista que fala de Comunicação e de tudo o que ela tem de mais bonito. Queremos apenas trazer um maior equilíbrio entre a emoção e a razão . Aliás, como tudo deve ser. Esperamos que goste.
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@ofeliperaphael Parabéns a revista @lettering_ pela iniciativa do #premiolettering
@linc_s O fim do mundo passou e as pessoas curtiram muito. A @Lettering_está de parabéns por reunir todo o mercado com uma injeção de motivação!
@gabsciolini muito bom o prêmio @Lettering_ !! foi quase um #FimDoMundo :p mas só pra dizer que muita coisa boa tem pela frente =)
@leandroribbeiro O prêmio @Lettering_ me fez perceber, como estudante de PP, que vou fazer parte de um mercado que valoriza e reconhece seus profissionais.
Kaique Oliveira O Prêmio Lettering de Comunicação foi massa! Parabéns a todas as agências que levaram para casa o astronauta que pesa 4 kilos! (Fonte: Comunicavale) Acho que todos realmente mereceram. Parabéns para a Revista Lettering e a todos envolvidos! Leticia Maria, keep calm and sorria! :D (Agora o mundo pode acabar)
Patricia Braga Queridos e maravilhosos profissionais da Revista Lettering, Vocês estão escrevendo uma nova história na Comunicação do Vale do Paraíba! É um trabalho incrível, de altíssimo bom gosto e criatividade! Amanhã será um dia maravilhoso e muito especial! Tenho certeza que será um sucesso!!! Pelo pioneirismo, pela organização e pela ideia, PARABÉNS!!! Vou assistir e acompanhar cada grito de vcs daqui! ARRASEM!!!! Beijos enormes!
Viviane Schinetski ... Chegou a Lettering na minha casa! Que orgulho saber que temos algo deste nível na nossa região. Parabéns pelos textos, escolha da pauta, entrevistados e até mesmo anunciantes. Que revista + chique! Arrasaram!
@Fagnerdiniz Vamos compartilhar: acabo de receber a @ Lettering_ aqui na agencia. o/ a foto da edição 5 foi feita por thiago gustavo. tendo como missão valorizar a comunicação sob suas mais variadas vertentes, é postura da lettering respeitar as imagens de suas capas, não estampando nelas manchetes e outras chamadas.
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EDITORA
LETCIA MARIA
EDITORA-ADJUNTA
MtB: 27.773
CAMILA GOUVÊA
ARTE E DESIGN EDITORIAL SECRETÁRIA DE REDAÇÃO
MtB: 51.269
KARINA R DIAS
MARIA CLARA CARVALHO
CONSELHO EDITORIAL
AISLAN GRECA CASSIO ROSAS GUSTAVO GOBATTO JOSUÉ BRAZIL OSWALDO RODRIGUES IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA Editora Papel Brasil Rua Coronel Gomes Nogueira 44 - Sala 11 Centro - Taubaté-SP 12010-120
10 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA PUBLICIDADE
comercial@revistalettering.com.br revistalettering.com.br @Lettering_ facebook.com/revistalettering É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.
thiago gustavo é fotógrafo. JULIA FREIRE é jornalista. ELUANDA ANDRADE é ESTUDANTE DE PROPAGANDA E ASSISTENTE DE ARTE. Luzimar goulart gouvêa é revisor. rodrigo abreu é ilustrador. marina duarte é ESTUDANTE DE PROPAGANDA E assistente de arte. vanessa campos é escritora e ilustratora. fernanda guerra é jornalista. ANDRÉ LEITE É JORNALISTA.
08 O segredo de quem aparece
16 eventos sÃo notícia
20 comunicaçÃo ecolÓgica
36 investimento em comunicaçÃO
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PROPAGANDa
> >
THIAGO GUSTAVO
Corpo, mente e espírito do negócio Seu filho acabou de ver na TV um
escolha já foram pré-determinados
celular muito mais sofisticado do que
por processos psíquicos distintos de
aquele que ganhou há seis meses. Sua
nossa vontade. Portanto, os estímulos
esposa viu no outdoor a nova coleção
da propaganda conseguem desper-
da marca de sapatos que ela mais gos-
tar algo no ser humano, o qual nasce
ta. Você é seduzido por aquele cheiro
fora de sua consciência. Condiciona
único do fastfood que te alimenta nos
sua escolha por meios que escapam
dias exaustivos de reuniões na empre-
à nossa percepção. O desejo que nos
sa.
leva a comprar é, de certa forma, criaAssim como vocês, os clientes de
do por esses estímulos captados de
sua empresa também podem ser mo-
forma inconsciente”, define o profes-
tivados por estímulos a consumir seu
sor Daniel Cardozo Severo, da Univer-
produto ou a contratar seus serviços.
sidade de Taubaté.
É. Como diria o velho ditado, a propa-
A declaração de Daniel deixa cla-
ganda é a alma do negócio. Mas pode
ro que, na maioria das vezes, não é
ser mais: pode e deve ser bonita e es-
o consumidor quem escolhe de fato
tratégica.
este ou aquele produto, de forma pu-
Todos os dias, desde que acorda-
ramente racional. Ao contrário, ele é
mos até irmos para a cama, somos
incitado por estímulos. No caso, as
confrontados com inúmeros estí-
propagandas que são veiculadas nos
mulos. Os aspectos sociais, culturais,
meios de comunicação de massa. São
emocionais e ideológicos, somados
esses elementos que fazem o indiví-
aos desejos internos do indivíduo –
duo escolher, por exemplo, o sabão
aqueles relacionados ao prazer, à au-
que incentiva a criança a se sujar em
toestima, e até mesmo à aprovação
vez daquele que garante o branco
social, nos tornam seres ainda mais
mais branco de todos.
vulneráveis. É aí que a propaganda
Daniel explica que, com o bom-
chega para atiçar todas essas sensa-
bardeio de informações, naturalmen-
ções (muitas vezes, nem conhecidas
te as pessoas vão se deixando ser
de forma consciente).
chamados por elementos externos.
No campo da psicologia, pode-se
”Dentro desse quadro, não há forma
dizer que a Comunicação se utiliza de
de dizermos que nossas escolhas são
uma leitura do ser humano para con-
realizadas 100% de forma voluntária.
dicioná-lo a querer ou desejar deter-
Por exemplo, a moda. As pessoas vão
minado produto. “Se nos detivermos
comprar determinada roupa porque
na psicanálise, por exemplo, compre-
elas, necessariamente, viram em al-
enderemos que o ato da escolha é o
gum lugar, seja numa novela ou um
último elo de um processo psicoló-
num filme. Porque acharam que de-
gico que se iniciou antecipadamente
terminada atriz ou cantora ficaram
e que os objetos disponíveis para a
muito bem vestidas com aquilo, e de-
a quantidade de informações a que somos expostos diariamente lança um desafio a mais às empresas que desejam ter seus produtos, seus serviços e sua marca em evidência: aparecer ao consumidor de forma criativa e estratégica
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sejam ficar tão bonitas ou atraentes
(embalagens, material, ponto de ven-
quanto elas. Impulsionadas por esse
da etc.), o que sente a pessoa naquele
desejo, vão até uma loja e compram
determinado momento de decidir ou
algo parecido com aquilo que viram
não pela compra: o estado de humor,
na televisão ou cinema”, conclui o
o tempo disponível para compra e
professor, que é referendado pelo ge-
uso, a imagem que possui da marca,
rente de Marketing e Relacionamento
o histórico de uso do produto, entre
do Sindicato das Agências de Propa-
muitos outros pontos devem ser con-
ganda (Sinapro/SP), Jilson Veríssimo.
siderados”, destacou.
“Os jovens, classe média, que são heavy users de internet, celular e TV
Anunciar vale a pena
por assinatura e frequentadores de
Tida como braço do capitalismo,
baladas e eventos musicais e esporti-
uma vez que impulsiona o consumo, a
vos, com certeza, recebem muito mais
publicidade, que é a principal motiva-
estímulos do que públicos com outro
dora das ações dos indivíduos, é, para
perfil, como, por exemplo, adultos, na
os publicitários, também o resultado
faixa etária acima de 60 anos, com
de seu trabalho criativo, focado nos
menor intimidade com a tecnologia,
resultados, nos negócios.
e não-frequentadores de eventos esportivos e musicais”, destacou Jilson.
Muitas
vezes
encarada
como
gasto, hoje, ela tem sido aceita pelos
Para o publicitário José Luis Ovan-
empresários como um investimen-
do, da Supera Comunicação, de São
to lucrativo. Michel Millen, diretor
José dos Campos, muitos são os es-
da Clínica Corpore, de São José dos
tímulos associados além do produto
Campos, é um dos que já têm esse
em si. “Muitos são os estímulos que
entendimento. “Eu preciso investir em
influenciam, entre eles a embalagem,
comunicação para atingir o público
material, ponto de venda, posição na
que eu procuro, aquele que dá retor-
gôndola, preço, música ambiente,
no ao meu negócio. É a propaganda
promotores, entre outros”. Para ele, os
que me leva até essa clientela”, avalia
aspectos subjetivos, como os men-
o empresário.
cionados pelo psicólogo e reforçado
Isso também pode ser comprova-
por Jilson, também são fundamen-
do pelos dados do projeto Intermeios,
tais. “Tão relevante quanto tudo isso
que apontam um crescimento de
KEINY ANDRADE
Para jilson veríssimo, do sinaprosp, a expressiva participação brasileira no último festival de cannes mostrou a força das agências nacionais
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Propaganda Subliminar E por falar em estímulos, há mui-
tinha escolhido e já consumia vo-
to mais deles do que se possa visu-
luntariamente o produto, o subli-
alizar em muitas propagandas. Ou,
minar apenas geraria um desejo
pelo menos, já houve.
de consumir mais vezes, somente
As mensagens subliminares -
aumentaria a frequência. Essa tec-
estímulo que não é percebido de
nologia é muito superestimada por
maneira consciente, já foram muito
leigos sem preparo ou curiosos que
utilizadas desde os tempos do ho-
não estudaram a tecnologia e sua
locausto, por Hitler, passando, ao
eficácia neurológica”.
longo do tempo, a ser praticada em
Se, para uma corrente, a mensa-
propagandas famosas de refrigeran-
gem subliminar é um recurso que
tes e até cigarros.
pode contribuir, para outra, ela pode
Segundo o professor Flavio Ca-
ser considerada como meio impró-
lazans, Doutor em Comunicação, os
prio legalmente para se convencer
sinais subliminares agiriam como
o consumidor. Os próprios profis-
mero reforço de hábito de consu-
sionais, como José Luis Ovando, da
mo condicionado e já pré-existente
Supera Comunicação, tem entendi-
(adotando a teoria do Behavioris-
mento sobre as questões legais. “O
mo), área da psicologia que estuda
Código de Defesa do Consumidor
estímulo, resposta e recompensa.
proíbe anúncios disfarçados, dissi-
O autor do livro “Propaganda
mulados”, lembra.
Subliminar Multimídia” explica que
De acordo com o Código do
há várias tecnologias subliminares
Consumidor, Lei 8.078/90, em seu
para os diversos tipos de mídias.
artigo 36, a publicidade deve ser cla-
”Em uma propaganda para a televi-
ra, dirigida e especialmente percep-
são, por exemplo, o receptor perce-
tível a qualquer ser humano de grau
be antes a imagem, e o áudio neste
de intelecção médio, como informe
contexto seria classificado como
publicitário e o anunciante tem o
‘música de fundo, pois há muitas
dever de evidenciar aquilo que se
informações sendo transmitidas em
quer propagar, não tornando obs-
um pequeno espaço de tempo. Es-
cura nenhuma informação.
ses elementos que ficam em segun-
José Luis, no entanto, afirma
do plano seriam um fundo sublimi-
que, hoje, o empenho em se criar
nar”, define.
uma reputação positiva da marca
O uso dessa tecnologia, segundo
acaba tornando dispensável o uso
Calazans, seria um diferencial para
do recurso. “Como hoje o que im-
aumentar a frequência de vendas de
porta para as empresas, sobretudo,
um produto, o qual o consumidor já
é a construção de uma reputação
usa. O pesquisador ressalta que há
positiva, agências e anunciantes
produtos e serviços específicos nos
não se arriscam nesse recurso”.
quais a mensagem subliminar pode
Contudo, o publicitário explica que
ser empregada de forma satisfató-
há meios que tornam a publicida-
ria: “Somente nos tipos de produtos
de algo menos óbvio, mas que, no
ou serviços, que o Marketing chama
entanto, não são classificados como
de bens de conveniência, como ali-
subliminar. “Não creio que seja co-
mentos, refrigerantes etc”.
mum o uso de propagandas subli-
Mesmo diante de estímulos não
minares devido as restrições. Muitos
perceptíveis, Calazans explica que
confundem propaganda subliminar
a propaganda subliminar é apenas
com associativa. Esta é absoluta-
uma ferramenta. O consumidor já
mente participativa”.
DANILO C MONTEIRO
13,89% em investimento publicitário,
público-alvo.
no primeiro trimestre de 2012, o que,
De que adianta anunciar temperos,
sob a análise de Jilson Veríssimo, é
usados por donas de casa, ou sapatos
um saldo positivo. “É um crescimento
sociais, utilizados no vestuário exe-
muito bom, acima de outros merca-
cutivo, por exemplo, em uma revista
dos mundiais”, afirmou.
voltada ao público jovem? Ou, ainda,
De acordo com a pesquisa, os
anunciar aquele novo game em locais
maiores investimentos têm sido apli-
frequentados apenas por advogados?
cados no cinema, na TV paga e na in-
“Não existe propaganda boa ou
ternet. Mas também ratifica a lideran-
ruim, cara ou barata. Existe a propa-
ça de share da TV aberta, que ainda
ganda que traz ou não retorno. Para
leva 65,39% do bolo.
isso, deve atender unicamente o con-
Jilson lembra que, muito embo-
sumidor. Criar para satisfazer quem
ra não se tenham dados precisos de
anuncia é mirar errado. Gostos pesso-
quantas propagandas (ou mensagens
ais, tanto do anunciante quanto de um
publicitárias sejam criadas diariamen-
único profissional da agência, distor-
te), o Brasil tem sido referência nesta
cem a eficácia da campanha. As agên-
área. “O Brasil bateu recorde de ins-
cias acumulam grande experiência
crições no Festival de Criatividade de
obtida em inúmeros segmentos e ce-
Cannes. Isto revela o vigor do merca-
nários de mercado. Ela é fundamental
do brasileiro”.
para aumentar as chances de retorno para os investimentos de Comunicação”, ressalta José Luis.
Onde anunciar? decide
Novamente, é o perfil de seu pú-
anunciar por meio de propagandas,
blico que definirá o que, onde e pra
novamente se volta a questão dos ele-
quem deve ser anunciado. Tudo deve
mentos socioculturais, ideológicos,
ser calculado para, não somente atrair
familiares, bem como os afetivos. Não
a atenção do indivíduo, mas, princi-
basta querer anunciar, ter a campanha
palmente, para tomar a decisão do “Eu
mais bonita, se não se atinge o seu
quero”.
Quando
uma
José luiz ovando, da supera comunicação, de são josé, lembra que fatores como criatividade ou inovação não são decisivos para se agarrar o consumidor. “Não há uma receita única. Tudo varia de acordo com o produto, o serviço e o mercado”
empresa
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“Se focarmos, por alguns instan-
alerta. Portanto, aliadas ao desejo do
tes, nossa atenção nas produções da
receptor, a criatividade, a honestidade
Comunicação (tal como filmes, nove-
e a inovação devem sempre estar in-
las, a própria propaganda, etc.), con-
cluídas em uma propaganda. Porém,
seguiremos observar que sempre há
como reforça José Luis, esses não
a busca de uma vinculação afetiva a
são os únicos ingredientes para uma
certos produtos nessas produções.
propaganda de sucesso. “Embora fun-
Sejam alegres ou tristes, seja uma mú-
damentais, esses elementos não são
sica agitada ou depressiva, o intuito
os únicos. Não há uma receita única,
sempre é de que nesse momento se
irá variar de acordo com o produto
produza no telespectador um senti-
ou serviço e o seu respectivo cenário
mento ou emoção especifica, pois já
de mercado. Esse é um ótimo exem-
se sabe que nossa memória é reche-
plo de como uma agência ajuda um
ada de afetividade. Portanto, a forma
anunciante, pois é capaz de apontar
mais efetiva de conseguirmos fixar
caminhos e soluções”, destaca o pu-
nos consumidores uma determinada
blicitário.
marca é dar-lhe um colorido afetivo. Porque, quando tivermos sentimentos
Investimento em publicidade cresceu 13,89% no primeiro semestre de 2012, segundo projeto intermeios: destaque para cinema, tv paga e internet, além da tv aberta, que detém 65,39% do mercado
Internet, um espaço a ser desbravado
ou emoções semelhantes, buscare-
Se com a TV e o rádio o indiví-
mos determinado produto, que está
duo pode simplesmente mudar de
fixado afetivamente em nossa memó-
estação, da mesma forma que pode
ria, para consumi-lo”, explica o psicó-
pular as páginas de anúncios de revis-
logo Daniel.
tas e jornais, na Internet o empresário pode começar a visualizar um espaço
Consumidor não é bobo, não
de diálogo com seu cliente. É ali, na-
Ainda que o consumidor seja alvo
quele infinito de possibilidades, que
dos milhares de estímulos a ele ofe-
as pessoas se informam, procuram
recidos, é um erro subestimar o seu
assuntos de seu interesse e se relacio-
senso crítico e, principalmente, a sua
nam. “A Internet é um meio diferen-
inteligência. É preciso sempre ter de-
ciado: permite muito mais interação,
finido que é sempre ele o agente ativo
principalmente com as redes sociais.
da relação venda e consumo. ”O con-
Você pode comentar (positiva ou ne-
sumidor só vai olhar e interagir com o
gativamente), compartilhar, dar um
que interessa a ele, com o que chama
“curtir”, conversar com a atendente da
a sua atenção”, esclarece Jilson, da Si-
empresa on-line, enviar um e-mail etc.
napro/SP.
É um meio instantâneo!”, define Jilson.
Partindo dessa premissa, é impor-
Segundo ele, é importante que os
tante saber exatamente o que oferecer
anunciantes se atentem para o cresci-
e onde oferecer. “Outdoor é um caso à
mento da Internet, tanto geometrica-
parte; o consumidor pode ver ou não,
mente, quanto no aspecto da utiliza-
dependendo de diversas variáveis: in-
ção.
teresse, localização, trânsito, clima etc.
“A web hoje é um ponto de conta-
Quanto à TV e ao rádio, o consumidor
to muito importante com consumido-
seleciona se quer ou não ser impac-
res, gera grande impacto, e deve ser
tado por propaganda. Se não quiser,
utilizada por anunciantes de todas as
ele simplesmente “zapeia” - muda
categorias de produtos. O Interactive
de canal ou estação –, ou levanta do
Advertising Bureau Brasil (IAB Brasil)
sofá e depois volta. Em revista e jor-
prevê que neste ano a Internet supe-
nal, acontece algo parecido: se o leitor
rará o meio jornal em fatia do bolo
não quer ver propaganda, ele simples-
publicitário. Isso é reflexo de sua cres-
mente pula as páginas publicitárias”,
cente penetração”, diz Jilson.
CAMINHOS
Ramón Sacilotti TRICAMPEÃO BRASILEIRO DE RALLY CROSS COUNTRY 2008 | 2010 | 2011 CAMPEÃO DO RALLY DOS SERTÕES 2011 VICE CAMPEÃO BRASILEIRO DE RALLY BAJA 2011
BZ Propaganda & Marketing, há 13 anos fazendo dos desafios, inspiração. www.bz.ppg.br
Matriz – São José dos Campos - SP
Filial – Franca - SP
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> >
DANILO C MONTEIRO
EVENTOs
De certo, você já deve ter reparado que os eventos da empresa “X”
O segredo de quem aparece
ganham mais destaque na mídia do que outros do mesmo tipo. Antes de dizer que a grama do vizinho é mais verde ou de acreditar em uma possível teoria da conspiração, existem alguns fatores que devem entrar no foco da questão. Além de uma boa gestão, há um elemento comum a diversas empre-
sas “X” por aí: a assessoria de impren-
jornalista Carmem Alvim, da Teaser
sa em eventos.
Comunicação.
Normalmente associadas à pro-
“Trabalho
com
marketing
de
moção de uma marca na mídia ou a
eventos e sempre usei o evento como
um período de gerenciamento de cri-
ferramenta. Acredito que a mídia dê
se, as assessorias de imprensa tam-
visibilidade a eventos que tragam no-
bém cumprem um papel complexo e
vidades, que sejam notícia e que ve-
essencial na hora de colocar o nome
nham a agregar. Como a Teaser, du-
do cliente na mídia com um evento.
rante mais de vinte anos, procuramos
Com alguns anos de experiên-
fazer inaugurações e lançamentos de
cia no assunto, a jornalista Fernanda
produtos que tragam resultados efe-
Turco, da Performa Comunicação, de
tivos aos clientes, seja de imagem ou
São José dos Campos, desmistifica a
de vendas. Temos casos que foram
situação.
desafiantes”, conta.
“A mídia dá visibilidade para os
Um exemplo citado por ela foi o
eventos, pois neles são apresentadas
lançamento de uma franquia de pro-
novas ideias, produtos e mesmo dis-
dutos eróticos, em que a agência uniu
cussões sobre assuntos de interesse
o evento a uma entidade de preven-
da sociedade. Para o cliente, é um
ção contra a Aids e distribuiu mais
momento de se mostrar, posicionan-
de 4.000 preservativos com imãs de
do o que há de melhor de sua marca.
geladeira.
Nesse sentido, é importante reali-
“Fizemos isso com o nome da
zar ações diferenciadas num evento
marca nas universidades, com uma
para que sua exposição também seja
equipe de promotores, rapazes e mo-
maior”, comenta.
ças, lindos, educados e elegantes. Foi
Porém, ela frisa, expor um produto ou serviço em um evento é só uma parte do caminho para estreitar a relação com a imprensa.
bem legal o resultado”, ressalta Carmem. Exemplos não faltam para ela, que cita um evento para lançar um cre-
“Acredito que é preciso ter crité-
matório. O que parecia inusitado de-
rios ao indicar a participação de seu
mais se transformou com uma ação
cliente num evento, pois é preciso
séria e que envolveu um bom plane-
fazer algumas perguntas importantes
jamento.
no sentido de orientá-lo da melhor maneira possível”.
“Como assim? (risos) Um coquetel no cemitério? Montamos um café
As perguntas que ela cita são
da manhã para a imprensa em hotel e
cruciais no processo: o público que
disponibilizamos uma van para visi-
estará presente no evento interessa
tas monitoradas como opcional. Esse
ao meu cliente? O investimento a ser
novo negócio na nossa região, na
realizado vai compensar no retorno
ocasião, trouxe inovação no segmen-
real? Dentre muitas outras questões,
to, que movimenta inúmeros interes-
estas são as duas que norteiam os
ses. Incrível! Temos de nos reinventar
passos iniciais do processo.
a cada dia e, para isso, a informação
“Se a resposta condizer com as
tem de andar e rápidamente”.
expectativas do cliente, então a parti-
“O evento que mais gera mídia
cipação no evento será a melhor pos-
espontânea é aquele que tem dife-
sível”, salienta Fernanda Turco.
rencial, com o qual conseguimos
A visão dela é compartilhada pela
Visibilidade na imprensa se deve à apresentação de novas ideias, produtos e discussões de interesse público
transformar o interesse da comuni-
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dade, mexer com o entorno, gerar
mesmo a valorização do persona-
curiosidade, expectativa, interaçao”,
gem. No entanto, muitos manuais de
complementa Carmem.
imagem corporativa não permitem a exposição de seus executivos”, diz.
Colhendo resultados
“Assim, a Assessoria de Imprensa
No universo da Comunicação, há
deve estabelecer uma nova estratégia
uma grande diferença entre divulgar
de exposição do cliente para abran-
um evento em grande escala para a
ger também esse veículo. É impor-
imprensa ou deixá-lo restrito a cír-
tante destacar que, para cada tipo de
culos menores. E, quando a opção é
cliente, deve ser estabelecido um pla-
pelo primeiro tipo de ação, o planeja-
no estratégico de trabalho”, salienta a
mento conta. E muito.
jornalista.
“O importante é que o cliente leve uma novidade sobre si mesmo e capitalize o máximo de visibilidade de sua marca”, alerta Fernanda Turco. Com diversas possibilidades de evento, como saber qual deles gera mais mídia espontânea nos veículos
“É importante realizar ações Ainda mais diferenciadas”, sugere Fernanda Turco, da performa comunicação, de são josé
da imprensa? “depende do segmento em que a empresa está inserida. Para cada segmento, há uma indicação de participação em eventos e uma estratégia de geração de mídia. Acredito que a mídia espontânea é a conquista de credibilidade da empresa junto à imprensa. Isso porque uma matéria publicada corretamente num veículo de Comunicação é o reconhecimento da imprensa e da comunidade sobre a atuação profissional de seu cliente, de seu produto e de seu posicionamento”, responde Fernanda. Cautela com as colunas sociais Convidar a imprensa para um evento não deve ser confundido com a notícia e o noticiado. “Tudo depende da estratégia de exposição que você vai apresentar para o cliente e, principalmente, do que ele deseja. No meu modo de ver, a coluna social é o início de uma divulgação sobre o assunto que virá ou
GILBERTO AUGUSTO DE FREITAS
colunismo social. Há um limite entre
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economia verde
> >
Na era da ecologia, tudo vira marketing (e vice-versa)
Praticidade ou cuidado com o
práticas. É o jeito mais eficiente e eco-
meio ambiente? A polêmica envol-
logicamente correto de transportar as
vendo a utilização de sacolas plásticas
compras e tem sido adotado por mi-
em supermercados e outros estabe-
lhões de cidadãos paulistas, conscien-
lecimentos do Estado ainda divide
tes. Isso porque as políticas públicas
opiniões, ao mesmo tempo em que
voltadas para a preservação do meio
fomenta ideias e oportunidades de in-
ambiente se refletem diretamente na
vestimento em Comunicação na área
relação da empresa com o cliente, que
ecológica.
passa a observar e a incentivar aque-
THIAGO GUSTAVO
As tentativas de substituir a co-
las que adotam práticas sustentáveis.
nhecida “sacolinha” por alternativas
Para o especialista em Marketing
sustentáveis, que no meio ambien-
ambiental, José Maria Silva Júnior, su-
te demora cerca de três séculos para
primir a distribuição das sacolas plás-
se decompor, geraram discussões e
ticas ou vendê-las não foi uma deci-
acordos entre comerciantes e gover-
são favorável às empresas do ponto
no, além de inúmeros consumidores
de vista estratégico. “Sem ter como
insatisfeitos, que se veem equilibran-
carregar as compras, muitos consu-
do os produtos na volta para a casa.
midores acabam comprando menos,
De alguns anos para cá, os esfor-
o que não agrada o comerciante. A
ços para minimizar essa transição
tendência é que as empresas voltem
passam por sugestões de embalagens
a distribuir sacolas ou sacos biodegra-
ecológicas, confeccionadas com ma-
dáveis, mesmo porque precisam ofe-
terial biodegradável, reutilizáveis e
recer uma alternativa de embalagem.
Mídia de sacos e sacolas surge como oportunidade para empresas que querem aliar seus esforços no campo da preservação ambiental a um novo posicionamento de mercado
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revistalettering.com.br
Henrique de Oliveira, da Mídia Pane, de são josé: “utilizamos um espaço nas embalagens para divulgar esses valores”
O meio ambiente ainda está em alta como apelo de marketing? “Nunca esteve tão em alta”. A
agora é ser sustentável”, destaca.
afirmativa é do especialista em
Mas cuidado. Somente o ape-
marketing ambiental, José Maria
lo ambiental não é suficiente para
Silva Júnior, que aponta o investi-
atrelar a imagem de uma instituição
mento em sustentabilidade como
à questão ecológica. Muito mais
uma das alternativas mais utiliza-
abrangente, a “economia verde”
das atualmente por empresas que
exige investimento e principalmen-
buscam agregar seu produto ou
te planejamento, já que envolve
serviço a um valor com alto apelo
um conjunto de processos e ações
mercadológico.
que contribuem para o desenvol-
Nos últimos meses, as dis-
vimento sustentável efetivamente.
cussões em torno do desenvol-
“Tentativas superficiais de atrelar a
vimento sustentável tomaram o
imagem de uma empresa ao meio
lugar principal nas instituições e
ambiente com simples campanhas
nas reuniões de criação e pauta
de incentivo ou apoio e discursos
da mídia brasileira. A Rio+20, que
elaborados, mas sem base prática,
aconteceu entre os dias 13 e 22 de
não funcionam”, alerta o especialis-
junho no Rio de Janeiro, concla-
ta. É preciso investir.
mou a sociedade civil e as nações
Ações bem planejadas, cons-
para discutir e traçar metas para
cientes, que envolvam o processo
que a política de desenvolvimen-
produtivo amparam, por si só, a
to sustentável alcance resultados
aposta no marketing ambiental. “A
palpáveis e incentive a mudança
mudança de atitude é positiva e o
de comportamento da população
consumidor atual tem mais pro-
mundial nos próximos anos.
priedade e acesso à informação
Para José Maria, assim como
para analisar e aceitar a nova pos-
as ações defendidas na reunião, o
tura. Não basta uma empresa criar
marketing responsável é recente,
um slogan e dizer que apoia o re-
mas apresenta grandes perspecti-
florestamento, por exemplo, se não
vas de crescimento. “O marketing
investir em projetos de refloresta-
sempre acompanhou as tendên-
mento”, enfatiza José Maria, que
cias e, por isso, o investimento
ainda destaca uma nova postura do
em marketing ambiental não é
mercado. “Daqui para a frente, nem
mais casual. As empresas já per-
tanto o preço ou a qualidade do
ceberam que o consumidor está
que se produz ou oferece é o que
exigente e quer ter à disposição
mais importa. O diferencial agora
produtos e serviços que tenham
é o conjunto, a soma de esforços
clara demonstração de preocupa-
para contribuir com a qualidade de
ção com o meio ambiente. A moda
vida”.
DANILO C MONTEIRO
Vão se destacar aquelas que focarem
de Oliveira, sócio fundador e diretor
na questão ecológica e não na econô-
de Marketing da empresa. Mas não basta vender uma ideia
mica”, aponta. A solução é inovar e aproveitar as
sustentável. E preciso pensar em todo
alternativas propostas pelo Marketing
o processo e oferecer uma alternati-
ambiental para fortalecer a imagem
va de qualidade. As tintas utilizadas
institucional. A mídia de sacos e sa-
na impressão dos sacos de pão são
colas tem atraído novos investimen-
atóxicas, sem solventes, o papel utili-
tos e o Vale do Paraíba já conta com
zado é certificado pela FSC (Conselho
empresas especializadas em unir a
de Manejo Florestal) e a sobra de todo
necessidade
material produzido é reciclada.
do
biodegradável
às
oportunidades de divulgação desses produtos.
A diretora de relacionamento e também sócia da Mídia Pane, Vanessa
A proposta de anunciar produtos
Oliveira, chama a atenção para o ne-
e serviços no saco de pão impulsio-
gócio e acredita que o investimento
nou os resultados da Mídia Pane, uma
em mídias ecologicamente corretas
empresa joseense que já atua em 16
é uma tendência. “Percebemos que
municípios da região. A ideia é colo-
algumas empresas que nos contrata-
car o anunciante frente a frente com
ram neste ano migraram do panfleto
seu público, fomentando a sustentabi-
para o saco de pão por conta do acú-
lidade. “Cada vez que lançamos uma
mulo de lixo causado pela panfleta-
campanha, procuramos utilizar um
gem e pela forma como a informação
espaço da embalagem para difundir
chega ao consumidor”, destaca.
esses valores, deixando claro que é
Com tantas opções de mídia,
possível divulgar uma ideia de forma
oportunidades de Marketing diferen-
simples, sem causar ônus ao meio
ciadas atraem a atenção do público e,
ambiente. Como profissionais de Co-
ao mesmo tempo, consolidam um di-
municação, temos o dever de fomen-
ferencial no investimento da empresa
tar essa parceria”, diz Henrique André
anunciante. A famosa ecobag é outra
Especialistas alertam que ações da chamada comunicação ecológica devem ser planejadas, para que represente instituições que, realmente, desenvolvam ações em prol da preservação do planeta
revistalettering.com.br 24 | 25
alternativa viável para a aplicação do marketing sustentável. Com tamanhos variando de médio a grande, as sacolas reutilizáveis são feitas de tecido ou material biodegradável, que garantem sua durabilidade e a durabilidade da mensagem transmitida. Um dos primeiros símbolos de embalagens ecológicas, as ecobags são um dos produtos favoritos quando o assunto é incentivo ao desenvolvi-
Para LEandro guedes, da bio Bolsa, de são josé, as chamadas ecobags têm sido cada vez mais procuradas: clientes vão de supermercados a grandes empresas
mento sustentável. “As sacolas podem e devem ser utilizadas como ferramenta de Marketing, tanto em campanhas internas, quanto externas de empresas que têm a preocupação de estarem alinhadas à preservação do planeta”, incentiva Leandro Guedes, sócio da fabricante Bio Bolsa. Há quatro anos no mercado valeparaibano, a empresa fornece o material a clientes que estão preocupados em associar suas marcas a ações ambientais. “Universidades, construtoras,
DANILO C MONTEIRO
panificadoras, grandes empresas, supermercados, a cartela de clientes é bem diversificada. Isso porque a distribuição das sacolas como brindes ou mesmo sua comercialização divulgam os esforços sustentáveis dessas instituições, ao mesmo tempo em que prolongam a vida de seu investimento”, diz Guedes. O custo x benefício desse tipo de Marketing costuma ser compensador, se analisada as associações e o diferencial da mídia, que é um atrativo. No caso do saco de pão, por exemplo, uma embalagem é vista, em média, por quatro pessoas. Se comparada com outros meios, mais tradicionais, na relação custo x benefício, o anunciante sai ganhando. “As empresas mais conscientes têm essa percepção. Sabem que podem produzir menos material gráfico e atingir um número maior de pessoas de forma inovadora, respeitando seus valores, colaborando com o meio ambiente e obtendo resultados”, lembra o diretor de Marketing da Midia Pane.
Polegar opositor
Grandes incendios comecam com pequenas faiscas
Essa recém-descoberta espécie se destaca por seu dom para provocar. Também conhecidos como Trolls, são originários dos cantos mais inexplorados da internet. Com seus polegares opositores, estão cada vez mais perigosos, pois perceberam que, com um pouco de atrito, era possível gerar faíscas. Mas não se iluda e tome muito cuidado! Essas faíscas, que parecem inofensivas, já queimaram muitas marcas por aí.
revistalettering.com.br 30 | 31
Por que eu invisto em comunicação Por Veridiano Tavares Filho Vinac consórcios
Revista Lettering A que o senhor atribui a força da marca Vinac? Veridiano Tavares Filho Ao tratamento dado aos clientes, que cria um clima de amizade, carinho e confiança. Não podemos deixar de falar na tradição: com mais de 30 anos, podemos dizer que a Vinac já atendeu 3 gerações. O investimento em propaganda também é um fator importante para isso. RL Quais veículos de comunicação são os mais apropriados para atingir o seu público-alvo? VTF A empresa patrocina o Globo Esporte há mais de 20 anos (desde o início das operações da TV Globo em São José dos Campos), além de vários outros programas na Record, na Bandeirantes e no SBT, e investe periodicamente em mídia avulsa na televisão, que é o principal meio de comunicação com seus clientes, visto que seu “garoto propaganda” precisa de um espaço audiovisual para efetivar as campanhas.
“Apoiar projetos do terceiro setor, incentivar o esporte e a cultura fazem parte da estratégia da empresa para fortalecer sua marca e contribuir para o desenvolvimento de sua região”
RL Por que a Vinac também investe em patrocínios? VTF A Vinac acredita que, apoiando esses três setores, está ajudando no desenvolvimento de toda a região. Por isso, não patrocina apenas programas ou eventos esportivos, já participou de alguns culturais e educativos. RL Que dicas daria para o empresário que iniciará seus investimentos em comunicação? VTF Transforme o relacionamento empresarial em parceria empresarial. Dessa forma, todos levam vantagens nas negociações e nos resultados. RL Que estratégias vocês aplicam para atingir os resultados esperados? VTF Pela característica do produto, faz-se necessária uma marca forte, que transmita credibilidade, afinal o cliente não leva fisicamente o produto na hora da compra. Uma grande preocupação da empresa é vincular-se à marcas que também tenham comprometimento com a satisfação dos seus clientes e com a qualidade. Apoiar projetos do terceiro setor, incentivar o esporte e a cultura, também faz parte da estratégia da empresa para fortalecer sua marca e contribuir para o desenvolvimento de sua região.
Nº7
A capa da edição de aniversário da Lettering está em branco. Envie uma foto ou ilustração para contato@revistalettering.com.br até o dia 27/08. Formato letter (215,9 x 279,4mm) | imagem em 96dpi | RGB. Tomara que a sua seja a escolhida!
ANO 2
SET | OUT 2012
revistalettering.com.br
revistalettering.com.br FOTOS: GILBERTO AUGUSTO DE FREITAS
> >
danilo c monteiro
MARKETING VIR AL
É bastante provável que você co-
Nasceu para causar Ele se espalha rapidamente, com a ajuda decisiva das MÍDIAS DIGITAIS, mas nem sempre é tão simples e barato quanto parece
Twitter.
nheça o hit “Pônei maldito/ pônei mal-
“A definição exata para o termo Mar-
dito/ venha com a gente atolar!/ Odeio
-keting viral é confusa e pode, muitas
barro/ odeio lama/ que nojinho/ não vou
vezes, se misturar com termos como
sair do lugar!” E, enquanto lê esta maté-
Marketing de guerrilha, flashmobs, Ma-
ria, deve estar se divertindo novamente,
rketing de emboscada e afins. Mas, de
como quando assistiu a esse vídeo pela
uma maneira geral, podemos dizer que
primeira vez. E, o mais importante, sabe
é a ação de Marketing criada para se
exatamente a que ele se refere.
espalhar, como um vírus da gripe, por
Foi com a ideia de associar a dócil
exemplo, e que, portanto, passa de pes-
imagem dos pôneis à Nissan do Brasil,
soa para pessoa”, explica Armindo Fer-
mais especificamente à agressiva pi-
reira, diretor da agência Cruz e Ferreira.
cape Frontier, que a agência Lew´Lara\
O problema é que fazer uma ação
TBWA conseguiu fortalecer a marca
de Marketing se propagar nas redes so-
da montadora e ainda fazer com que
ciais e virar o assunto de centenas, de
a campanha se tornasse um exemplo
milhares ou de milhões de pessoas nem
bem-sucedido do chamado Marketing
sempre é tão simples e fácil quanto a
viral, atingindo milhões de acessos com
disseminação de uma virose pelo ar.
o vídeo, milhares de recomendações do
“Há este mito de que é fácil fazer
mesmo e colocando a palavra # pônei
uma ação de Marketing viral, mas, na
em primeiro lugar no trend topics do
prática, envolve muito planejamento
SUA AGÊNCIA É CRIATIVA, OUSADA, PREMIADA E FOCADA EM RESULTADO? DESCULPE PERGUNTAR, MAS SE ELA NÃO É NADA DISSO, O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO COM ELA? Ligue (12) 3624-7167 e traga sua conta para a Molotov.
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Travessa do Rafael | n° 12 | Ed. Luique | 2° andar | salas 23/24 | Centro | Taubaté - SP | atendimento@molotovpropaganda.com.br
e, às vezes, até licenças e autorizações
outro material com uns caras vestidos
de órgãos públicos. Além disso, precisa
com uma cabeça de lâmpada. A ideia
ser uma ideia criativa, envolvente e com
era registrá-los andando pela cidade e
uma mensagem simples, que possa ser
interagindo com as pessoas, e depois
entendida e compartilhada rapidamen-
subir esse material para a internet”, con-
te”, afirma Ferreira.
ta Pulice.
Na prática. Alguns exemplos de si-
O empresário afirma que tinha a
tuações nas quais esse tipo de ação
consciência de que era muito difícil
pode funcionar bem, justamente por
produzir um viral e de que seu vídeo
conterem mensagens simples e de fácil
entrasse para a lista de hits, mas, mes-
compartilhamento, são os lançamentos
mo assim, produziu um “filme com uma
de produtos ou as tentativas de ativação
‘pegada’ mais solta e com boa qualida-
de uma determinada marca nas redes
de, na expectativa de que as pessoas
sociais digitais, como é o caso dos da
curtissem o material”.
Nissan, com os “pôneis malditos”.
“A ideia tem de ser criativa e de fácil entendimento, diz armindo ferreira, da cruz e ferreira, de jacareí
“Escutamos algumas pessoas espe-
Este é o caso também da produtora
cialistas nesse tipo de material e procu-
Outracena, que precisava “se mostrar”
ramos fazer com uma linguagem mais
para o mercado. Renato Pulice, proprie-
de internet”, afirma Pulice.
tário da empresa, conta que procurou
E deu certo. Mesmo antes de o vídeo
uma agência de propaganda para de-
ser finalizado, durante a atuação dos
senvolver a estratégia de comunicação
“cabeças de lâmpadas”, a curiosidade do
com este objetivo. Os criadores então
público motivou uma série de especu-
apresentaram a ideia da “lâmpada” com
lações nas redes sociais, no bate-papo
o slogan: “Não deixe que uma produção
nas mesas de bar etc., até que as pesso-
ruim acabe com a sua ideia.”
as pudessem finalmente entender que
“Embora fosse clichê, dava para
o objetivo era mostrar para o mercado
construir uma comunicação interes-
que havia na região uma nova opção de
sante em cima desse tema, tinha ro-
empresa especializada em produção de
teiro de um filme, peças gráficas, novo
filmes.
site, ficou bem legal. Depois disso, em
“E isso foi alcançado, mas com uma
uma reunião, surgiu a ideia de produzir
equipe superenvolvida e ações que le-
dANILO C MONTEIRO
Crie o enxoval completo: making of, blogs, reações à campanha, logos, personagens, avatares.
Explorar motivações e emoções comuns, como surpresa, espanto, amor, ódio, humor, compaixão, ternura. É fundamental o público/consumidor sentir algo. O conteúdo somente é retransmitido quando provoca uma emoção real.
Faça algo inesperado, diferente. Mantenha o foco na criação de uma história interessante e surpreendente.
Gere engajamento do público. Crie meios de participação e comentários em mídias sociais, votações. Não restrinja o acesso a nada. Não obrigue a se registrar. Não use códigos ou senhas. Não obrigue a se tornar membro. Não obrigue a instalar plugins. Tudo deve estar aberto e acessível.
Permita qualquer tipo de compartilhamento, cópia, mashup, download, uso, modificação, tradução, dublagem e remixagem.
Fonte: Luiz Agner, professor do curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Integradas Hélio Alonso
vavam as pessoas para o nosso site,
os especialista da área, que é o fato de se
no qual podiam assistir ao vídeo”, diz
ter uma preocupação constante com o
o dono da produtora. Segundo ele, o
planejamento, que precisa prever todas
auxílio de profissionais especializados
as variáveis imagináveis dentro da ação,
neste tipo de mídia foi imprescindível
bem como planos de contingência caso
para produzir um material de qualidade,
surja algo realmente inesperado.
com uma linguagem diferenciada e, na
Ainda de acordo com ele, é muito
medida do possível, que surpreendesse
difícil afirmar que esta é a melhor opção
o telespectador. Mas também foi deter-
para este ou aquele caso, mas é “mais
minante o fato de a ação de Marketing
uma opção dentro do variado leque que
viral ter feito parte de um projeto maior
temos hoje de soluções em comunica-
de comunicação.
ção” e por isso é tão importante que a
“Havia uma agência de propaganda, assessoria de mídias sociais, assessoria
1. Distribuir produtos e serviços grátis; 2. Garantir a sua transferência sem esforços; 3. Explorar atitudes e sentimentos comuns às pessoas; 4. Utilizar redes de comunicação. Fonte: Luiz Agner, professor do curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Integradas Hélio Alonso
ação esteja totalmente integrada ao plano geral de comunicação da empresa.
de imprensa e outros envolvidos. Assim,
“O viral pode não funcionar quando
fechamos todos os caminhos para al-
é feito só por fazer ou por ser hype. Se a
cançar nosso público”, conta.
ação não integra um objetivo de comu-
Receita. Mas ainda que muitas expe-
nicação claro, ou se não tem aderência
riências bem-sucedidas tenham sido re-
com o perfil da marca/empresa, acaba
alizadas, o fato é que não existe uma re-
ficando muito forçado e não cola. Pode
ceita de bolo para se produzir uma ação
ser um tiro no pé quando é uma ação
de Marketing viral que consiga atingir
mal planejada e que acaba resultando
seus objetivos.
em buzz negativo para a marca e o po-
No entanto, segundo o diretor da
der do viral se volta para o ataque desta
Ferreira e Cruz, Armindo Ferreira, há
mesma marca de forma negativa”, alerta
uma regra geral, um senso comum entre
Ferreira.
revistalettering.com.br 34 | 35
MARINA DUARTE
O marketing viral não tem relação com direitos autorais ou com exclusividade. Importa deixar o conteúdo livre para que se espalhe e cresça.
INVESTIMENTO NEGÔCIOS
> >
THIAGO GUSTAVO
Comunicação na hora certa
A resposta dos especialistas é
Hoper Alexandre Gonçalves Noguei-
unânime sobre quando uma empresa
ra, que atua na área de planejamento
deve investir em Comunicação: sem-
estratégico.
pre. Para eles, não importa o tama-
Nogueira lembra que a Comu-
nho, o ramo de atuação ou o tempo
nicação corporativa abrange o con-
em que uma empresa está no mer-
junto de atividades que visam geren-
cado, a Comunicação tem um papel
ciar a imagem de uma organização
fundamental nas vendas e na conso-
junto aos seus públicos de interesse,
lidação da marca. E para quem pensa
ou seja, pode ser utilizada de forma
em começar a investir em Comunica-
a fortalecer a imagem da empresa,
ção, um alerta: há momentos que po-
tanto externa quanto internamente.
dem ser transformados em oportuni-
“Além da Comunicação de Marketing
dades para dar início a um trabalho de
por meio de propaganda direciona-
comunicação e fazer dela uma aliada
da para clientes visando estimular
no crescimento e no fortalecimento
vendas, outras ações e públicos tam-
das empresas. E, acredite, a hora certa
bém podem justificar investimentos,
pode ser agora.
tais como promover a motivação e
“Algumas das mudanças no am-
o orgulho dos colaboradores, estrei-
biente de negócios que podem jus-
tar laços comerciais com parceiros,
tificar investimentos e profissiona-
conquistar a confiança de investido-
lização da função de Comunicação
res, manter boas relações com sindi-
corporativa são o acirramento da
catos e governo, produzir conteúdo
concorrência, o aumento da exigên-
relevante para a imprensa e a opinião
cia e a deterioração da lealdade de
pública.”
clientes e colaboradores às marcas, a
Diretor executivo da Mestra Co-
segmentação da mídia, e a introdução
municação, de São José dos Campos,
acelerada e o impacto das novas tec-
o publicitário Seigi Yamauchi acredita
nologias. Mesmo organizações sem
que o investimento em Comunicação
fins lucrativos, como governo, sindi-
deve ser planejado e implementado
catos, ONG’s e universidades, podem
a partir da análise das sazonalidades
se beneficiar de uma gestão mais
do negócio, com picos e períodos de
profissionalizada de sua Comunica-
quedas, da entrada de concorrentes e
ção, obtendo maior pró-atividade da
de lançamentos de novos serviços e
gestão de sua imagem e fortalecendo
produtos. “Toda empresa deve sem-
sua relação junto aos seus públicos
pre investir em Comunicação, antes
de interesse”, afirma o consultor da
mesmo de abrir suas portas. É muito
a maior parte das empresas decide apostar em divulgação nos momentos em que a concorrência aperta, mas quem entende do assunto adverte: o momento ideal é “sempre”
revistalettering.com.br 36 | 37
comum empresas realizarem um planejamento de investimentos quando abrem e lançam novos produtos e não reservam um valor para investir em comunicação. Não adianta ter o melhor negócio, ou o melhor produto do mundo se seus potenciais clientes não sabem sobre ele também.” Para garantir que a decisão de investir em Comunicação faça do momento escolhido o momento certo, é preciso ter em foco o papel da comunicação dentro de uma instituição, como explica o sócio e diretor de criação da agência Arriba Comunicação, Gustavo Gobbato. “As pessoas às vezes confundem investir em Comunicação com a compra de espaços publicitários, a compra de mídia. Investir em Comunicação é algo diferente de ser apenas isso. Uma fachada bem feita e condizente com o negócio já é um investimento em comunicação. Pode ser algo muito simples, como um cartão de visitas, como uma carta a um cliente ou o desenvolvimento de um site: qualquer ponto de contato da marca com o público é uma forma de Comunicação”, afirma Gobbato, para quem diferentes ramos de atividade exigem diferentes soluções. “Para uns, pode ser o próprio investimento
Verba para comunicação deve estar prevista no orçamento Muito ligada ao quando investir
mento de Comunicação, segundo
em Comunicação está a questão
Seigi Yamauchi, diretor executi-
financeira, ou seja, o quanto inves-
vo da Mestra Comunicação. “Mas
tir. Para os especialistas, grandes ou
existem algumas media que nor-
mais modestas, as verbas devem
malmente
estar previstas no orçamento de
Yamauchi, que exemplifica: “Seg-
modo que os investimentos sejam
mento Imobiliário – lançamentos
permanentes, mas possam ser in-
– 3% a 6% do VGV (valor geral de
crementados em momentos-chave,
vendas) ; Segmento de Varejo –
como lançamentos de produtos ou
datas comemorativas – 4% a 6%
campanhas de fortalecimento da
do histórico de vendas do ano
marca.
anterior; Segmento de Internet –
funcionam”,
ressalta
A consultora do Sebrae-SP, Lídia
e-commerce – 6% a 10% do fatu-
Mota destaca que a divulgação deve
ramento; Segmento automotivo –
ser constante para que uma empre-
1% a 4% do valor do carro.”
sa possa desenvolver sua marca
Já Gustavo Gobbato, da Arriba
e reforçar seu posicionamento no
Comunicação, destaca que o ce-
mercado. “O ideal é que ela defina
nário regional é importante para a
uma verba de Comunicação – um
definição da verba a ser investida
percentual de até 5% sobre o fatu-
em Comunicação. “Para gerar um
ramento anual ou de acordo com
budget de Comunicação, é preciso
os objetivos da empresa – e faça
ter em mente a região, o segmento
um planejamento de todas as ações
de atuação da empresa, o timing,
que irá desenvolver no decorrer do
o público e, principalmente, os ob-
ano”, explica.
jetivos a serem alcançados, pois
O ciclo de vida da empresa ou
todos são fatores que influenciam
do produto que será divulgado
nessa decisão. O que existe é uma
também entra no cálculo do orça-
verba viável.”
em mídia, para outros, a Assessoria de Imprensa, para outros, o Marketing GILBERTO AUGUSTO DE FREITAS
SEIGI YAmauchi, DA MESTRA COMUNICAÇÃO, DE são josé, DEFENDE QUE o trabalho de divulgação deve ser iniciado antes mesmo de abrir o negócio: “não adianta ter o melhor produto do mundo se ninguém sabe disso”
S O M A T S E
M E S
. S A R s. . V e r A to smo a L d PAssos rerta, me
no abe s do boca é ão s de n a mo p l u c esta a s Ma orque Ép
P. S e M de d rea ESP á s a ação nde. o m adu gra e d ten da gr de é . a ra ting ilida ém o g A rke sab amb Ma espon ção t A r atisfa As NÓS TEMOS FÉ NA COMUNICAÇÃO. E NOS TALENTOS DO VALE!
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revistalettering.com.br
dANILO C MONTEIRO
“Uma fachada bem feita e condizente com o negócio já é um bom começo”, avalia Gustavo Gobbato, da Arriba Comunicação, de São josé
Formação de equipe e interatividade são principais desafios a serem vencidos Para que a comunicação tenha
Fibria no interior de São Paulo, como
Marketing e a propaganda para que os
um papel relevante na empresa e real-
essencial para empresas que buscam
empresários percebam a importância
mente a ajude na construção de uma
reconhecimento nos dias atuais. “Apli-
do papel das agências e dos profis-
imagem positiva, é preciso ter alguns
car na prática a Comunicação de via
sionais de propaganda para o sucesso
cuidados, que vão da escolha dos pro-
dupla inclui a disposição das empre-
de suas empresas. Entre as empresas
fissionais ou agências até a disposição
sas em ouvir e não apenas expressar
atendidas no Sebrae na região do Vale
em ouvir o que o público tem a dizer.
sua posição quando interessa. Isso
do Paraíba e Litoral Norte, poucas são
Consultor na área de planejamen-
faz toda a diferença para se construir
as que possuem uma verba destinada
to estratégico, Alexandre Gonçalves
um relacionamento de confiança com
para o Marketing.”
Nogueira cita a formação da equi-
seus públicos. Nesse sentido, a Fibria
Como dica para as empresas que
pe como um dos principais desafios
pode citar bons exemplos de rela-
querem iniciar um trabalho na área
a serem vencidos para o sucesso da
cionamento construído em conjunto
de Comunicação, Gustavo Gobbato,
Comunicação nas empresas, assim
com as comunidades próximas, re-
da Arriba Comunicação, ressalta que
como a capacidade de interatividade
sultando em oportunidades reais de
o cuidado com a empresa deve ser
com o público. “A Comunicação é,
desenvolvimento local. Para a área
como o cuidado com nossa própria
ou deveria ser, um canal de mão du-
de Comunicação, é sempre mais fácil
saúde. “Quando cuidamos da nossa
pla. Clientes, colaboradores e outros
apoiar esse processo quando existem
própria saúde, queremos o melhor
grupos de interesse vêm se tornando
ações efetivas acontecendo, ou seja,
médico. Miramos o mais alto possível
cada vez mais ativos e exigentes, de-
quando o discurso é um reflexo da
em profissionalismo dentro de nossas
mandando das organizações a capa-
prática.”
possibilidades financeiras. O mesmo
cidade de inserir esses novos padrões
A consultora do Sebrae-SP, Lídia
deve acontecer com a saúde das mar-
de comportamento em suas estraté-
Mota acredita que o principal desafio
cas. Para cuidar bem de um negócio,
gias de Comunicação.”
é conseguir fazer Comunicação efi-
é preciso contar com profissionais
A Comunicação de via dupla tam-
caz e de qualidade com baixo inves-
sérios de Comunicação e comprome-
bém é citada por Nanci Contarini,
timento. “O segredo é a criatividade.
tidos com o resultado das ações de
coordenadora de Comunicação da
É necessário também desmistificar o
Comunicação”, afirma.
de relacionamento, para outros, uma
importante para os funcionários que
campanha de incentivo para força de
não têm acesso ao meio digital. Pro-
vendas. O que importa mesmo é que,
duzimos eventos internos e externos
quanto mais próximas de seu público,
e trabalhamos com a assessoria de
as marcas estão, mais laço haverá,
imprensa para divulgar assuntos rele-
mais confiança. Por isso, esse é um
vantes para a mídia regional, além de
patrimônio a ser construído e valori-
orientar e de treinar os porta-vozes
zado”.
para esse atendimento”, explica Nanci
Para Gobbato, os investimentos
Contarini, coordenadora de Comu-
em publicidade, por exemplo, de-
nicação da Fibria no interior de São
vem levar em conta o ciclo de vida
Paulo.
do negócio, que são o lançamento, o
Para Nanci, o maior retorno do
crescimento e a maturação, pois, em
trabalho de Comunicação na empre-
cada uma dessas fases, os objetivos
sa é a cultura do diálogo e da transpa-
a serem alcançados são diferentes,
rência e o fortalecimento de imagem
assim como a relação da empresa
e reputação, que geram valor para a
com seus públicos de interesse. “No
marca. “No que diz respeito ao públi-
início, é preciso focar em ações que
co interno, na última pesquisa realiza-
provoquem o público a conhecer e,
da em dezembro de 2011, os empre-
com isso, gerar-se experimentação
gados reconheceram a Fibria como
com a marca, o que requer paciência
uma empresa sustentável e disseram
e investimento até que se atinja um
que os veículos de Comunicação in-
verdadeiro retorno. Já na maturação,
ternos os mantêm informados sobre
é possível trabalhar programas de fi-
o que acontece na empresa. Quando
delização e Marketing de relaciona-
se trata de público externo, a pesqui-
mento, além de, trabalhar ações ins-
sa realizada em novembro de 2011
titucionais.”
mostra que 78% dos entrevistados
Exemplo do uso da Comunica-
pontuaram como ótima/boa a ima-
ção como apoio para a estratégia de
gem da empresa, reconheceram que
negócios da empresa é a Fibria, líder
gera desenvolvimento para a região,
mundial em celulose de mercado,
além de terem percebido a melhoria
que procura apresentar, por meio da
no relacionamento entre empresa e
Comunicação, seu compromisso com
comunidade.”
a sustentabilidade e promover uma relação de parceria e confiança com
Diagnóstico deve ser o primeiro passo
os públicos de interesse. “A área de
Com a decisão de quando investir
Comunicação atua em Comunica-
em Comunicação, vem também a de
ção interna e externa para alcançar
como investir e é aí que entra a im-
os diversos públicos de interesse da
portância de se fazer uma análise cri-
empresa. Temos um sistema integra-
teriosa da situação da empresa, que
do de Comunicação, produzimos ma-
somente um profissional capacitado
teriais institucionais e veículos como
para isso poderá fazer. “O primeiro
o jornal Vital, jornal interno mensal,
passo para investir em Comunicação
e o Fibria Notícias, newsletter digital
é a realização do diagnóstico da situ-
semanal enviada para diversos públi-
ação da empresa. A partir dessa aná-
cos e também para a imprensa. Abas-
lise, é possível traçar um prognóstico
tecemos diariamente nossa intranet
com o tipo de Comunicação adequa-
com conteúdo noticioso, produzimos
da à situação identificada. O resultado
um jornal trimestral específico para
do diagnóstico encaminha para um
os motoristas que transportam ma-
processo comunicativo que envolve
deira para a fábrica, atualizamos se-
distintas ações relacionadas às mí-
manalmente um mural, ferramenta
dias, sejam elas tradicionais ou alter-
Verbas devem constar do orçamento anual das empresas, com provisões para se manter na mídia de forma permantente e também em momentos-chave, como o lançamento de produtos ou em campanhas de fortalecimento da marca
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nativas, de massa ou segmentadas,
car com ele?’, ‘Por que ele compraria
dependendo das demandas”, destaca
meu produto’. Essas perguntas são
a presidente da Associação Brasileira
essenciais para a eficácia da Comu-
de Pesquisadores em Comunicação
nicação.”
Organizacional e Relações Públicas
Lidia ressalta que pequenas e mi-
(Abrapcorp), professora Claudia Pei-
croempresas não devem negligenciar
xoto de Moura.
a importância da Comunicação para
Para ela, as empresas devem esta-
seus negócios e devem, sim, separar
belecer um planejamento estratégico
uma verba para a divulgação e para
para ações que aproximem a organi-
a captação de clientes. “Quando se
zação e os seus públicos de interes-
trata de empresas pequenas, é neces-
se, com a finalidade de criar e manter
sário então otimizar suas verbas de
um relacionamento duradouro entre
propaganda e tentar atingir o público-
ambos. “As vantagens para as em-
-alvo da maneira mais direta possível.
presas estão vinculadas ao êxito nos
Isso significa pensar com cuidado no
relacionamentos
ao
público e nas ações, preferencialmen-
fortalecimento da imagem e da repu-
te criativas, para atingi-los. Quando se
tação organizacional com a utilização
trata de lojas de rua, salões de beleza,
das mídias, ao desenvolvimento dos
padarias e comércios em geral vol-
processos de Comunicação organiza-
tados para a conveniência, o ideal é
cional, institucional e mercadológica”,
criar estratégias de Comunicação fo-
afirma.
cadas no bairro ou na região de atu-
Consultora do Sebrae-SP, Lídia
ação. Quando se trata de empresas
Mota aponta a definição do público-
que vendem para outras empresas, o
-alvo e do meio de Comunicação
ideal é investir em ações direciona-
adequado para atingi-lo entre os pri-
das para os decisores das empresas,
meiros passos para acertar em uma
fazendo ações preferencialmente de
estratégia de Comunicação e divul-
Marketing direto. Em outras palavras,
gação. “É necessário se perguntar
cada empresa terá uma estratégia de-
‘Quem é o meu cliente?’, ‘Onde ele
finida de acordo com seus objetivos e
está?’, ‘Como consigo me comuni-
seu público-alvo.”
DIVULGAÇÃO
Nanci Contarini,da fibria, em jacareí, diz como fazer a diferença: “Aplicar na prática a comunicação de via dupla inclui a disposição em ouvir e não apenas expressar sua opinião”
institucionais,
Resultado
www.facebook.com/RegionalMarketing revistalettering.com.br 54 | 55
Em quase um ano de operação, implantamos um jornalismo regional competente e imparcial, com uma equipe de jornalistas e colunistas renomados. Apresentamos uma seleção musical de bom gosto e uma nova forma de monitorar o trânsito, com entradas de 15 em 15 minutos. Inovamos nossa programação com a primeira Jornada Esportiva em FM no Eixo São Paulo-Rio, com os boletins da Rádio ONU, Conexão Mantiqueira, cobertura exclusiva do Vale Histórico e com as previsões meteorológicas da Clima Tempo. E sabe qual é a explicação para esse sucesso? Só fizemos uma rádio como ela deve ser. A Rádio que o Vale do Paraíba merecia. Agora você tem opção. Sintonize a SP-RIO FM 90,3. A rádio que viaja com você.
> >
THIAGO GUSTAVO
MARKETING ou comunicAÇão
Responda rápido: sua empresa sabe a diferença entre Marketing e Comunicação? A resposta pode influenciar diretamente no planejamento estratégico das instituições, que já entendem os investimentos em Comunicação como ferramenta indispensável na conquista de mercado e nos esforços de aproximação com o público-alvo.
Parece mas não é apesar de serem ingredientes de um mesmo bolo, ambos têm funções distintas: enquanto o primeiro trabalha no planejamento de ações com foco no negócio, a segunda dá forma e conteúdo ao que foi planejado
Embora ambos trabalhem sinergicamente, Marketing e Comunicação
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são ingredientes diferentes de um
estratégias gerenciais, possibilitou a
mesmo bolo. Enquanto o profissional
convergência de ideias em resultados
de Marketing atua na delimitação, no
mensuráveis, e estimulou o estudo e
planejamento estratégico e na men-
a capacitação de profissionais focados
suração de resultados, os profissionais
na chamada Comunicação Integrada
de C omunicação são responsáveis
de Marketing.
por interpretar as diretrizes e oferecer
Integrar as duas áreas é uma tendência, DE CERTA FORMA recente, sendo resultado do alinhamento do marketing e da comunicação às estratégias gerenciais
as melhores ferramentas para execu-
Desmistificando
tar as ações e alcançar os resultados.
Colocar os pingos nos is se faz
Ou seja, dar forma e conteúdo ao que
necessário para que a empresa tenha
foi planejado.
a plena visão do seu negócio e con-
Para o presidente executivo da As-
centre seus esforços em áreas estra-
sociação Brasileira de Comunicação
tégicas. É nesta hora que o Marketing
(Abracom), Carlos Henrique Carvalho,
e a Comunicação assumem diferentes
a confusão entre as duas áreas está
delimitações em torno de um objetivo
justamente no fato de atuarem em
comum.
consonância. “Talvez a construção se
Para a publicitária Carmola Bastos,
deva à existência de pontos de conflu-
as funções se fundem. “Em um traba-
ência entre o Marketing e a Comuni-
lho eficaz, é preciso que as duas este-
cação corporativa, que muitas vezes
jam presentes. Uma não se sobressai
se utilizam de ferramentas semelhan-
em relação à outra. As duas são im-
tes para atrair os públicos. É o caso de
portantes porque são juntas”, define.
eventos promocionais, que, também
O próximo passo é compreender
muitas vezes, misturam, de fato, técni-
que o Marketing está relacionado ao
cas do Marketing com as técnicas das
mercado, ao conjunto de ações, en-
Relações Públicas”.
quanto a Comunicação é uma ferra-
A integração das duas áreas é uma
menta desse processo mais amplo.
tendência recente, mesmo porque,
Assim, enquanto o profissional de
há duas décadas, pouco se falava em
Marketing desenha o cenário do mer-
marketing. A experiência, alinhada às
cado em que atua, estabelecendo as
ELUANDA ANDRADE
revistalettering.com.br
Para Liv MUhlbauer, da Vergê studio, de taubaté, as funções devem ser bem delimitadas dentro da empresa para que os esforços sejam otimizados e os resultados, mais efetivos
melhores estratégias e definindo um
dos dois profissionais monitorar o an-
planejamento, o profissional de Co-
damento das ações. “É preciso se es-
municação, por sua vez, executará e
tabelecer metas. O Marketing vai atuar
coordenará as ferramentas necessá-
no campo da pesquisa, fazer levan-
rias para o sucesso das ações.
tamentos mercadológicos. Já o pu-
Liv Mühlbauer, da Vergê Stúdio, de
blicitário, por exemplo, vai avaliar os
Taubaté, diz que é necessário definir
resultados obtidos com determinada
a posição de cada um dos profissio-
campanha”. A mensuração e análise
nais dentro da empresa. “É fato que
dos resultados fornecerão dados im-
todas as áreas precisam do Marketing
portantes à empresa e nortearão pla-
no âmbito administrativo, enquanto
nejamentos subsequentes, tanto mer-
regente de diversas ações que com-
cadológicos quanto administrativos.
põem um negócio, mas a falta de formação, de conhecimento técnico
O M arketing
e teórico faz com que ações errône-
Ligado ao escalão executivo da
as sejam tomadas, causando, muitas
empresa, o Marketing é um setor vol-
vezes, resultados indesejados, princi-
tado à administração, ao cérebro em-
palmente no que tange a investimen-
presarial.
tos decorrentes dessas ações.” Para a
Embora muitas empresas já en-
publicitária, a falta de entendimento
tendam o Marketing como ferramen-
das duas áreas pode gerar um grande
ta gerencial, outras ainda emperram
ruído, principalmente quando resul-
quando o assunto é investimento fi-
tam em contratações equivocadas de
nanceiro.
profissionais. Para evitar ruídos e atrasos na
A Comunicação
execução do planejamento, ambas as
Pode-se até pensar que a Comuni-
equipes devem estar alinhadas e fazer
cação esteja voltada para o operacio-
jus ao termo Comunicação Integrada.
nal. E está, já que é ela a responsável
Carmola explica, ainda, que é papel
por fazer acontecer tudo aquilo que DANILO C MONTEIRO
ELUANDA ANDRADE
o profissional de Marketing elaborou.
plica Carmola.
“Enquanto o Marketing é centrado
Liv identifica o seu papel como o
em um esforço de venda, a Comuni-
de assessorar o cliente. “Nossa atua-
cação corporativa trabalha com rela-
ção se dá na ajuda do entendimento
cionamentos, procurando convencer
dos nossos de que Comunicação é a
públicos específicos, utilizando para
ferramenta que trabalha na tradução
isso canais de diálogo e oferecendo
das estratégias delineadas no planeja-
argumentos, números e experiências
mento de Marketing. E que, se bem re-
que permitam às pessoas a tomada de
alizadas, executadas com criatividade,
decisões racionais a respeito de um
inusitadamente, impactando, fixando
tema, de uma marca, de um produto
conceitos e atributos que o Marketing
ou de um serviço”, destaca o presiden-
bem desenvolvido destacou, poderá
te da Abracom.
otimizar o planejamento, os resulta-
Mas é errado limitar a área so-
dos e a resposta esperada”.
mente à criação de campanhas, orga-
Em síntese, o certo é que uma em-
nização de eventos ou assessoria de
presa que vislumbre o sucesso poten-
imprensa. Ela é maior, uma vez que
cialize os atributos das duas áreas para
seu profissional tem de entender de
tornar palpável os resultados esperados.
Marketing.
É nisso também que aposta Liv. “Não
“O cliente não chega só para pedir
acredito no trabalho da Comunicação
uma peça, ele quer o resultado e é por
sem o Marketing e vice-versa. Não pos-
isso que o profissional de Comunica-
so dizer quando utilizar um ou outro,
ção tem de estar afinado ao de Marke-
pois não creio num Marketing eficaz
ting, porque ele tem de saber fazer a
sem uma boa Comunicação para tradu-
leitura do planejamento, participar do
zir suas descobertas e decisões, assim
processo, identificar, fazer aponta-
como não creio numa Comunicação
mentos, enxergar o diagnóstico”, ex-
sem uma boa base de planejamento.”
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revistalettering.com.br
ENTREVISTA
> >
JOSÊ RENATO PULICE MCSS
“O cliente fala: ‘Esse programa eu nunca vi, eu não assisto’. Eu digo: ‘ótimo, porque você não faz parte do público’”
Confiança se conquista Sócio de uma das mais expressivas agencias de propaganda do Vale do Paraíba, a Regional Marketing, José Renato Pulice é um profissional de referência para o mercado. Chegou na região na época da instação da TV Globo Vale do Paraíba, hoje TV Vanguarda, para atender à demanda de comerciais que iriam, aos poucos, mudar a cara da propaganda pelas bandas de cá. E mudou. Neste bate-papo com a Lettering, ele sinaliza os avanços na área e fala sobre a relação entre anunciante e agência, que, para ele, é uma construção de confiança e que gera segurança. Para ambos.
Revista Lettering O mercado do
ciais e em sites de vídeos e atingir um
Vale do Paraíba avançou nos últimos
grande público. Como você avalia essa
anos. O que ainda falta? As empresas
democratização do fazer comunica-
estão investindo certo?
ção versus o campo da comunicação
José Renato Falta mudar a postura,
profissional?
independentemente do que você tem
JR Nos veículos maiores, principal-
de tecnologia hoje. Você, empresário
mente nas emissoras com sinal aberto,
ou anunciante, tem de ter a postu-
a questão da qualidade vai continuar
ra de procurar ser respaldado por um
sendo preservada, até porque eles co-
profissional que entende daquilo que
locam uma série de critérios técnicos
está fazendo e que vai procurar levar a
para a entrega de material. Por mais
mensagem da melhor forma possível,
que você tenha um recurso técnico
para que ela tenha o melhor resultado,
muito bom na mão, nós estamos fa-
para que rentabilize o investimento
lando de captação. Aí, você precisaria
dele. Não adianta, por exemplo, querer
ter todo o processo de produção que
que sua empresa, serviço ou produto
ainda vai passar por edição. Isso é mui-
apareça na TV, em um programa de
to importante para a finalização de um
grande audiência, com um material
material. Acredito que isso deva acon-
de baixa qualidade. Aquilo não vai ter
tecer mais nas mídias digitais, porque
retorno.
daí passa, de repente, sem grandes
Aí é que vem a questão do investimento. Propaganda cara não existe,
problemas, até porque não existe uma controle técnico tão apurado.
existe propaganda mal feita. Quando
Amador e profissional? Isso vai
bem feita, a propaganda retorna cada
continuar separando o joio do trigo,
centavo investido, com juros, com cor-
porque não tem como você não perce-
reção, com rentabilidade. Agora, aque-
ber um material bem produzido, bem
la que não volta é propaganda cara.
editado. Aquilo acaba sendo referência para você. Mas claro que vai continu-
RL Hoje, todo mundo virou fotó-
ar existindo aquele tipo de anunciante
grafo, cinegrafista, produtor e pode co-
que ainda não mudou o seu tipo de
locar qualquer material nas redes so-
pensamento, que continua pensando
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no barato, no mais fácil, naquela coisa de fazer caseiro. Claro que não vai ser o melhor caminho. RL No nosso mercado do Vale do Paraíba isso é frequente? JR Eu, graças a Deus, procuro nem ver. De vez em quando, aparece alguma coisa que acaba chamando a atenção por uns dias. Mas, pelo menos naquilo que a gente considera uma mídia importante, de retorno, não se vê muita coisa de qualidade não. RL Quanto seria o
investimento
ideal em comunicação? JR O anunciante que tem experiência dentro da Comunicação já sabe o que ele deve dedicar para investir FOTOS: Danilo c Monteiro
nessa área. Vai depender muito do produto, da própria competição dele no mercado, claro, mas para propaganda sugerimos algo em torno de 5%, 6% do faturamento. Se for um lançamento, o investimento deve ser muito maior. Mas, para uma manutenção de um produto, para deixá-lo em evidência no mercado, ele deve ter um custo composto, numa margem de 5%.
“O cliente vem com você na medida em que ele se sente à vontade. Ele não quer correr risco, Propaganda não é um jogo de azar. Você tem de passar para ele a segurança do que vai fazer com o dinheiro dele. Na medida em que ele viva a experiência de pegar o dinheiro empregado e ver o retorno, você está sendo diferente”
No caso do mercado imobiliário, por exemplo, o percentual é bem mais baixo: uma faixa de 2%, 3%. Mas é importante deixar claro que, quando a gente fala dessa verba em torno de 5%, muitas vezes estão incluídos outros tipos de ações de Marketing, de merchandising, como um evento, por exemplo. RL E, na sua opinião, as empresas daqui definem seus investimentos em mídia em um planejamento anual ou vão “dançando conforme a música?” JR Não existe uma regra. O anunciante, logicamente, vai avaliar até onde ele pode pendurar o chapéu dele, até porque, às vezes, se tem outros
recursos na questão do investimento.
ressante, porque isso é um problema
Por exemplo, no varejo, vira e mexe, é
comum que temos com o anunciante.
preciso fazer campanhas cooperadas,
Fazemos um planejamento de mídia
com fornecedores dividindo a conta,
para o cara e falamos para ele: “está
o que, de repente, fazia parte daquilo
aqui a programação de mídia”. O que
que já havia sido estipulado. Mas, nor-
ele faz? Pega o mapa, olha e fala: “Zorra
malmente, procura deixar como regra
Total? Pô, mas eu não assisto esse pro-
para que aquilo não extrapole o que foi
grama”. Eu falo: “eu não fiz esse para
planejado
você, eu fiz para o cara que vai comprar o seu sapato, na sua loja. Não fiz
RL As empresas estão sabendo se comunicar bem?
para você essa campanha”. O cliente fala: “Esse programa eu
JR Dentro do que é a propaganda,
nunca vi, eu não assisto”. Eu digo: “óti-
acho que foi profissionalizado mui-
mo, porque você não faz parte do pú-
to, temos um nível bom. De vez em
blico”. (risos)
quando, aparece algo que surpreende a gente. O Valecap, por exemplo, é uma
RL Na sua opinião, qual o maior
estratégia que, dentro do público que
desafio para uma boa comunicação?
eles procuram atingir, dá certo: eles
Criação ou mídia?
fazem uma coisa tão escrachada, tão popularesca, que tem tudo a ver.
“Propaganda cara não existe, existe propaganda mal feita. Quando bem feita, a propaganda retorna cada centavo investido, com juros, com correção, com rentabilidade”
JR Tem de ter de tudo, não basta ser só criativo. A eficiência está em harmonizar tudo. Juntar com quem
RL É muito comum ver pessoas co-
você tem de falar, como falar e o que
nhecidas do grande público referenda-
falar. Se você não conjugar esses três
rem uma propaganda. Isso funciona?
fatores, você começa a comprometer o
JR Funciona, desde que quem es-
seu resultado. Ser criativo e, de repente,
teja falando tenha credibilidade. Se ele
não saber falar ou veicular no lugar er-
tem credibilidade, vende. Ele vira uma
rado, então, provavelmente, seu resul-
espécie de porta-voz. Eu lembro que
tado não vai ser bom.
usamos o Antônio Leite uma época para uns comerciais do Carrefour. Era ótimo fazer testemunhal com ele, era
RL A relação entre cliente e agência é complexa? Demora para se firmar?
perfeito. E até, no caso, como o Carre-
JR O cliente vem com você na me-
four está na área do varejo, ele falava
dida em que ele se sente à vontade.
com a dondoca e falava com a em-
Ele não quer correr risco, ele não quer
prega da dondoca também. A mesma
fazer um investimento e correr risco.
coisa que a Ana Maria Braga faz, que
Não é um jogo de azar, na medida em
é aquela coisa de dona de casa. Mas,
que você consegue passar para ele a
claro, cada caso é um caso.
segurança do que vai fazer com o dinheiro dele. Na medida em que ele viva
RL Uma propaganda de resultado
a experiência de pegar o dinheiro em-
também requer um bom planejamen-
pregado e ver o retorno, você está sen-
to de mídia, ou seja, o anúncio ser visto
do diferente. Já coloquei campanha no
por quem vai comprar os produtos e/
ar sem o cliente ter aprovado, tamanha
ou serviços anunciados. Quem anun-
é a confiança dele no nosso trabalho.
cia aceita isso?
Assim, quando se tem segurança, ele
JR Você tocou numa questão inte-
fica com você o resto da vida.
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Boliche Filmes e Fotos reforça time A jornalista Fabiana Ferreira é a mais nova contratada da Boliche Filmes e Fotos. A profissional será responsável pelo atendimento e pela produção da agência.
Novos clientes e novos desafios A Huesker Brasil, a Arevale Artefatos de Cimentos e a Vita Sol Produtos Orgânicos são os novos clientes da Alameda Assessoria de Comunicação, sediada em São José dos Campos. Focada no atendimento a empresas para assuntos relacionados à construção e à manutenção da imagem institucional e mercadológica, a Alameda acaba de incrementar seus serviços com a implementação do Núcleo de Mídias Sociais, que permitiu a contratação de novos profissionais de comunicação.
Molotov Propaganda conquista prêmio no Show Up 2012 A Molotov Propaganda, sediada em Taubaté, foi uma das grandes vencedoras do Show Up 2012, prêmio idealizado pela Meio e Mensagem. Ao todo, foram 4 peças escolhidas, distribuídas nas categorias Mídia Impressa, Rádio e Digital.
Resolução Gráfica muda de endereço para ampliar serviços A Resolução Indústria Gráfica, de Taubaté, acaba de mudar seu parque gráfico para o Distrito de Quiririm. A transferência, segundo o empresário José Helio do Nascimento Júnior, permitirá que a escala de produção aumente, e a entrega do serviço ocorra dentro de prazos menores. O investimento também é uma resposta para o setor de embalagens, que vem ganhando espaço na região. O objetivo é que 50% do faturamento da empresa venha deste segmento. Atualmente, a Resolução Indústria Gráfica atende o Vale do Paraíba, região do Alto do Tietê, São Paulo e Campinas.
Arriba Comunicacão! anuncia novas contratações
Phocus investe em planejamento estratégico
A agência Arriba! Comunicação, de São José dos Campos, continua crescendo. Agora, a agência reforçou o time de jornalistas com as contratações de André Leite e Laís Reis, que assumem o Departamento de Assessoria de Imprensa e Conteúdo, e da Relações Públicas Thacianne Ferreira, responsável pelas Mídias Sociais.
A Phocus Interact ganha mais um talento para reforçar a sua equipe. Trata-se de André Quintanilha Bittencourt, que passa a ser o coordenador de projetos da empresa. Será ele quem fará todo o planejamento estratégico, de forma a garantir a entrega dos projetos com a qualidade Phocus.
O segundo semestre promete A Tríadaz Propaganda e Marketing confirmou a contratação de Gustavo Moraes, diretor de arte, que passou a integrar o time de criadores da agência. Formado em Webdesign e estudante de Publicidade e Propaganda, o profissional tem passagens pela Arriba! Comunicação e Lire Propaganda. O segundo semestre promete ser de muito trabalho para a equipe, que acaba de fechar contrato com a Oversoune, com o Hotel Rainha do Brasil e com a marca da IMMA - Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia, de Porto Velho (RO), que já fez parte da cartela de clientes da agência.
ClickNow cria campanha digital A ClickNow, agência de São José dos Campos, responsável pela comunicação digital da campanha de matrículas para os cursos de Pós-Graduação da Conexão FGV resolveu inovar e, para isso, criou uma nova experiência em navegação para os usuários. A landing page foi elaborada com um estilo diferente para simular a ascensão profissional e, assim como em um elevador, a cada andar o internauta recebe informações sobre o curso e a Instituição. Para reforçar o conteúdo da página, a ClickNow também criou um infográfico sobre planejamento de carreira e o manual do candidato para auxiliar interessados na hora da escolha. A estratégica propõe também o relacionamento com púbco por meio de ações nas plataformas digitais e nos serviços de móbile.
Comunicação, Negócios e a construção de sentido Por Aislan Greca Grupo de Comunicação do Vale
Em nosso dia a dia talvez muito de
informando um operário para usar um
cação, por mais bem feita que seja, vai
nós não percebemos, mas vivemos em
capacete ou editar um manual para um
atingir se não estiver envolvido num
uma das regiões mais industrializadas
grupo de gestores conhecer o planeja-
sentido mais amplo.
e tecnológicas do nosso país.
mento estratégico?
A comunicação é para realmente
Celeiro de grandes idéias e corta-
Claro que não. Hoje, com os re-
fazer algo se tornar comum, além da
da por uma rodovia por onde circula
cursos tecnológicos de que dispomos,
produção técnica facilmente obtida,
mais da metade do PIB do Brasil, o Vale
qualquer pessoa com boa redação
hoje, em nossa sociedade. A função
do Paraíba é, certamente, um dos po-
pode fazer esse simples trabalho de
nossa como comunicadores é dar o
los econômicos mais importantes da
informar, que é bem diferente de co-
sentido e responder a essa pergunta:
América Latina. Mas o que tudo isso
municar. Então, qual o papel do comu-
“o que estou fazendo aqui ?” dentro de
tem a ver com comunicação organiza-
nicador neste processo? E aí, que entra
um mar de informações úteis e inúteis
cional ? Na minha opinião, tudo.
essa história do Vale do Paraíba de que
que circulam na frente de cada um de
Muitos de nós, comunicadores do
falei anteriormente. O papel do comu-
nós? O comunicador é aquele que dá
Vale, trabalhamos direta ou indireta-
nicador é o de construir sentido, é ex-
a razão dentro da emoção, a noção
mente para as indústrias ou fornece-
plicar e dar a noção para as pessoas do
de pertencimento a um mundo cor-
dores dessas e nosso trabalho, num
seu papel nos mais diferentes aspectos,
porativo construído sob a premissa de
momento ou noutro, entra na vereda
e isso poucos diletantes sabem fazer.
organogramas e linhas de montagem desmembradas do todo.
da comunicação interna, seja no de-
Provoco com as seguintes ques-
senvolvimento de uma campanha, na
tões: será que o empregado de uma
O valor do negócio está no enten-
organização de um evento ou numa
indústria tem ideia da importância do
dimento de cada empregado sobre sua
ação de relacionamento para os em-
Vale para o Brasil? Será que um ope-
parte no sistema, não como a arcaica
pregados, ou “colaboradores” ,como
rário sabe que uma idéia desenvolvida
visão de engrenagem mecanicista e
preferir.
neste celeiro tecnológico que é o Vale
excludente, mas de sistema, em que
Apegados no tecnicismo de uma
pode revolucionar o mercado aeroes-
é possível não somente fazer parte,
região extremamente cartesiana em
pacial, automobilístico, de petróleo e
como também interferir na gestão do
sua cultura devido ao ramo de negócio
gás e o de tantas outras atividades ins-
todo.
no qual trabalhamos, nós, comunica-
taladas nesta importante região ? Será
Assim, empresário ou gestor de
dores imersos também nessa mesma
que um trabalhador de uma determi-
uma empresa, saiba que, ao contratar
cultura, desenvolvemos instintivamen-
nada empresa sabe, ao receber as me-
o serviço ou profissional de comuni-
te, na maioria das vezes, campanhas e
tas do ano, que a sua atividade impacta
cação, você está comprando não so-
ações frias, extremamente estrutura-
além dos muros da organização?
mente um banner bonito ou um site
das, tayloristas, respeitando minucio-
Esta é a nossa responsabilidade
esteticamente perfeito, mas um agente
samente os manuais de gestão e de
como comunicadores. Dar noção do
que constrói sentidos e é isto que deve
segurança industrial das organizações.
todo. Convencer, persuadir e integrar,
ser levado em conta e cobrado de cada
Será que uma empresa, dentro
utilizando o lado direito do cérebro.
um de nós comunicadores na hora de
deste contexto, realmente precisa de
Algo que nenhum informativo, ou
prestar este serviço.
um comunicador para fazer um cartaz
qualquer outra ferramenta de comuni-
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Por Vanessa Campos Escritora e ilustradora. Tem dois livros publicados e um blog www.facebook.com/vanaeu
revistalettering.com.br