Lettering 2ª ed. NOV|DEZ 2011

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Nยบ2

ANO 1

NOV/DEZ

revistalettering.com.br


ANÚNCIO RESOLUÇÃO GRÁFICA


ANÚNCIO RESOLUÇÃO GRÁFICA

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fotos das capas fernando candelária

ilustração rodrigo abreu


A primeira ediçã o da Lettering foi bem recebida: emails chegam a todo momento à nossa redação; posts no twitter e na nossa fan page demonstram o entusiasmo do mercado pela proposta; agências fechando no vos negócios a partir dos anúncio s publicados na revista. Tudo ind ica que ela está no caminho certo . Temos a consciê ncia de que, mais que a quali dade editorial e gráfica da revista , o que a fez ser bem recebida fo i a necessidade de um veículo de co municação que trouxesse à agen da regional nada mais que a próp ria comunicação; de um veículo qu e mostrasse a empresas dos m ais variados portes que a com unicação, feita de maneira profi ssional, deve ser uma grande aliad a para os seus negócios. Mas, é claro, não

adianta os profissionais de co municação defenderem o se u peixe: qualque r empresário quer ver de perto o retorno do seu inv estimento. Por isso, a segund a edição da Lettering traz esse assunto em alguns momento s, além de, claro, abordar a comun icação sob os seus mais variado s aspectos: seja ela interna, merca dológica ou de relacionamento. Esperamos que es ta edição continue propon do novas provocações.

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Nossa homenagem ao gĂŞnio da tecnologia, que sempre nos inspirou a pensar diferente.

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COLABORADORES thiago gustavo é fotógrafo. denise costa é jornalista. rodrigo abreu é ilustrador. luzimar goulart gouvêa é revisor.

08 revistas customizadas

16 economia

30 eventos

50 endomarketing

EDITORA LETICIA MARIA MtB: 27.773 EDITORA-ADJUNTA CAMILA GOUVÊA MtB: 51.269 DESIGN EDITORIAL KARINA R DIAS CONSELHO EDITORIAL AISLAN GRECA, CASSIO ROSAS, GUSTAVO GOBATTO, JOSUÉ BRAZIL E OSWALDO RODRIGUES. IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA TIRAGEM 10 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA PUBLICIDADE comercial@revistalettering.com.br revistalettering.com.br @Lettering_ facebook.com/revistalettering Editora Papel Brasil Rua Coronel Gomes Nogueira 44 Sala 11 Centro Taubaté-SP 12010-120 É

proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.

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REVISTAS CUSTOMIZADAS

> >


A informação que fideliza o cliente Qual empresário não deseja ter

fessora Angela Loures, da Universida-

uma relação que ultrapasse os limi-

de de Taubaté, que leciona a disciplina

tes da troca, do consumo, para ter um

de produção de revistas a alunos do

vínculo mais próximo, fidedigno, com

curso de jornalismo.

seu cliente? Certamente, a resposta será: todos! Pois há formas de comunicação

customizada também foca no entre-

que conseguem estabelecer este vín-

tenimento – já que a leitura deve ser

culo, atraindo o cliente/consumidor

um hábito de prazer, de descontra-

por meio da sensibilidade, do prazer,

ção, até mesmo um hobby. Sua linha

da percepção de se unir a ele por as-

também foge dos elementos factuais,

suntos em comum, sem deixar de lado

temporais, mas, como qualquer outra

o quesito informação.

revista, pode investir na profundidade

Trata-se das revistas customizadas, que, embora já existam há tempos, registraram um boom nos últimos cinco anos.

fernando candelária

Como uma revista de mercado, dessas que se compram em bancas, a

de assuntos, permitindo ao leitor conteúdo de reflexão e análise. “As revistas têm funções culturais mais complexas que a simples trans-

Uma revista customizada, em re-

missão de notícias. Além de informar,

sumo, é uma ação de comunicação

elas entretêm, instruem, divertem, tra-

de determinada empresa. É uma re-

zem análise e levam à reflexão”, escla-

vista dirigida a um certo público, com

rece Angela.

temas segmentados, de acordo com

Por seu caráter promocional e

o interesse do cliente daquela orga-

por pertencer a um plano de comu-

nização e, na maioria das vezes, são

nicação, as revistas customizadas não

impressas.

devem ser lançadas no mercado sem

Embora as revistas sejam um pro-

que tenham razão de ser. Conforme

duto editorial conhecido em bancas,

afirma Angela, nada deve ser feito de

as customizadas existem pelo desejo

forma aleatória. “É preciso que se fa-

de a empresa oferecer ao consumi-

çam pesquisas para definir o perfil

dor o seu conceito, a sua visão e o

do público-alvo. A partir daí, se defi-

seu produto, com doses de informa-

ne a linha editorial, e, absolutamente

ção, mas sobre o assunto que os une:

tudo, desde o nome ao conteúdo e ao

sua atuação no mercado. “As custo-

formato”, diz a professora, que é re-

mizadas são dirigidas a um público

ferendada pelo presidente da Anatec

segmentado, restrito, específico e

(Associação Nacional de Editores de

determinado que se queira atingir. O

Publicações), Pedro Renato Eckers-

conteúdo é, normalmente, focado em

dorff. “É preciso ter um norte, saber o

assuntos próximos da área de atuação

que se pretende. A pesquisa é funda-

das empresas que as produzem. O di-

mental para a produção de uma cus-

ferencial dessas revistas está em seu

tomizada”, afirma Pedro.

objetivo promocional”, define a pro-

A proximidade com o público e o

A escolha dos assuntos das publicações customizadas deve ser estratégica: o segredo é mostrar a empresa como parceira, indo além da simples relação de consumo

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THIAGO GUSTAVO

esclarecimento sobre a importância

sua vez, estão entre os mais conheci-

em se investir em comunicação são

dos, tais como a revista do Grupo Pão

premissas que têm levado o merca-

de Açúcar, a Revista Mais, e a Revista

do de comunicação a ganhar cada

da Gol Linhas Aéreas.

vez mais espaço. Nessa mesma linha,

Atenta às tendências do mercado

segue o setor das customizadas, que,

mundial, a Editora Globo também não

segundo Pedro, tem perspectiva de

ficou de fora e, há quatro anos, criou

uma vida longa e um mercado cada

um departamento especializado na

vez mais promissor.

criação de produtos customizados.

“Atualmente, temos cerca de 500

Entre os produtos que levam sua mar-

títulos catalogados. É inegável o poder

ca, destacam-se a revista DIVA, que

dessa ferramenta de venda”, conclui

contempla as principais marcas da

Pedro, que destaca alguns fenôme-

Unilever e os catálogos quinzenais das

nos, como a publicação da Picadilly,

lojas Renner.

que conta com uma tiragem de 1,4 milhões de exemplares.

Mesmo tornando-se uma tendência há cerca de cinco anos, as custo-

As constatações do presidente da

mizadas não nasceram ontem e pro-

Anatec podem ser claramente perce-

metem vida longa. Muito antes de a

bidas no mercado por meio da movi-

febre virtual chegar, esses veículos já

mentação de editoras, que investem

eram produzidos pela RCM Editora,

cada vez mais nesse segmento, con-

que atua há 27 anos, desenvolvendo

tribuindo para que as empresas estrei-

produtos customizados, como a Na

tem seus laços com o cliente.

Poltrona, da empresa de ônibus Via-

A editora TRIP, uma das principais

a revista da unimed de são josé dos campos é um dos exemplos de sucesso na região: traz entretenimento, fala de saúde, qualidade de vida, bem-estar, e, claro, da unimed

ção Itapemirim.

representantes do ramo das customizadas, tem um setor específico para a

A FORÇA DO PAPEL

produção de seus produtos que, por

Como toda ação de comunicação,

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a elaboração de uma revista customi-

EXEMPLOS REGIONAIS

A da Oscar Calçados tem a inten-

zada deve constar de um planejamen-

O Vale do Paraíba soma cases de

ção de ser um canal direto e constante

to estratégico. E como toda ação, uma

sucesso, como as publicações Uni-

com o consumidor. Segundo a editora

deve complementar a outra. É com

med com Você, da Unimed de São

executiva da revista, Jussara Medrado,

essa visão que Pedro Renato ressal-

José dos Campos, e a Oscar Fashion

a utilização da marca Oscar, já conso-

ta que, muito embora as ferramentas

Shoes, da Oscar Calçados.

lidada na região, é uma estratégia de-

digitais sejam a ‘bola da vez’, o papel

“Criamos a revista devido à ne-

ainda tem seu espaço garantido e, em

cessidade de entregar aos clientes da

muitos casos, ainda é a melhor opção.

operadora uma publicação totalmen-

Aliás, o leitor – cliente – é o foco.

“A empresa Ticket, do ramo de alimen-

te dirigida, que não falasse só dos ne-

Portanto, muito mais do que se pro-

tação, por exemplo, tinha sua revista

gócios da Unimed, mas que levasse

duzir uma revista com a cara da em-

que foi substituída por um produto na

informações sobre saúde, entreteni-

presa, a grande sacada de uma revis-

Internet. O resultado foi um fracasso

mento, bem-estar e qualidade de vida,

ta customizada está em desenvolver

total, pois as pessoas, em restaurantes,

sempre de forma leve com temas de

uma publicação que atraia o leitor.

não acessavam a rede. Rapidamente, a

interesse geral”, explicou a Gestora de

Nesse aspecto, a qualidade gráfica,

revista retornou e a Internet, para esta

Marketing da operadora, Margarete

desde a escolha do papel até o cui-

finalidade, saiu de cena”, revela.

Calusa Sato.

dado na impressão, é elemento extre-

terminante para aproximar ainda mais empresa do cliente.

Cheio de histórias para contar, já

De acordo com Margarete, a publi-

mamente crucial, afinal um verdadei-

que as revistas customizadas fazem

cação já passou por algumas reestru-

ro leitor é exigente, crítico e, portanto,

parte de seu universo, numa ampli-

turações, desde o seu surgimento, em

cliente especial.

tude muito maior, o presidente da

2006, visando oferecer uma leitura

Anatec relata um outro case em que

mais agradável ao leitor.

Pensando nisso, é preciso que se atente também para a qualidade es-

destaca a funcionalidade de uma pu-

tética do material a ser oferecido a

blicação customizada. “Uma rede de

seu consumidor. “Embora seja um

farmácia lá de Santa Catarina, a Ange-

material fácil e rápido de se produzir,

loni e Cia, lançou uma revista dessas

sempre temos o cuidado de orientar o

e, graças à publicação, mudou o seu

cliente na escolha do papel, do acaba-

conceito. Hoje, muito mais que vender remédios, a ideia é que a drogaria é um lugar para se viver bem, pois tem grande atuação na área de cosméticos”.

Lucimar lopes, da resolução gráfica: “Para que publicações desse tipo tenham sucesso, precisam ter conteúdo direcionado e de qualidade”

mento e em outros aspectos técnicos, para que o resultado final seja uma revista bem impressa, com qualidade. Não há nada mais prazeroso do que ler uma revista bem redigida, bonita e que nos agregue informações úteis”, reforça a Executiva de Contas da Resolução Indústria Gráfica, de Taubaté, Lucimar Lopes. As revistas customizadas são ferramentas facilmente adaptáveis a qualquer mercado, como reforça Pedro Renato. Além do cunho estritamente mercadológico, há de se destacar as suas funções cultural e de entretenimento. Assuntos agradáveis, que atrelem conhecimento à fideliza-

DANILO MONTEIRO

ção do cliente, são uma boa estratégia para uma empresa que tenha o objetivo de estabelecer, além da relação de consumo, uma parceria com seu cliente.


RELACIONAMENTO É O MOTE Além de estreitar relacionamentos, a revista customizada pode também ampliar sua relação com o fornecedor. Como? O publicitário Gustavo Gobbato, sócio-proprietário da Arriba! Comunicação, de São José dos Campos, exemplifica com a experiência de sua própria agência, que é responsável pela produção da Revista Nova Freitas, do ramo imobiliário, que tem uma tiragem de 20 mil exemplares e periodicidade bimestral. Embora tenha parte destinada a conteúdo, com espaços para entrevistas exclusivas com personalidades e seções fixas informativas, a publicação conta com a parceria de anunDIVULGAÇãO

ciantes para tornar o projeto viável. “No caso da Nova Freitas, esse recurso é indispensável. Os anúncios internos são feitos normalmente pelas construtoras que possuem lançamentos comercializados pela própria imobiliária, o que permite uma sinergia per-

Para pedro Eckersdorff, da ANATEC, Atualmente, existem cerca de 500 títulos catalogados. “É inegável o poder desta ferramenta de venda”

feita entre os objetivos do anunciante e os do veículo. Outros anunciantes não costumam ser tão frequentes, mas sempre com alguma afinidade

cios de seus parceiros, que acabam

da Rossi Construtora e, hoje, a última

no ramo imobiliário, como o ramo de

pagando o custo de sua produção, o

edição tem a quarta capa, também

materiais de construção e o de deco-

investimento é baixíssimo e o resul-

da Rossi, utilizando a imagem de Ive-

ração, por exemplo”, explica Gustavo.

tado é garantido, conforme endos-

te Sangalo. É evidente que credencia,

Para Lucimar, da Resolução, por

sa Gobbato. “Um projeto como esse

mas, mais do que os anúncios, o con-

terem características voltadas à ques-

para um anunciante regional, como

teúdo é que faz a diferença”.

tão mercadológica, as revistas custo-

é a Nova Freitas, só se torna viável

Com tantos argumentos, não há

mizadas podem perfeitamente unir os

tendo uma parte de suas páginas co-

como questionar que, na era do co-

interesses da empresa e do anuncian-

mercializadas. Mas de uma coisa não

nhecimento, quando a informação

te, formando um casamento perfeito.

abrimos mão: a capa não é comercia-

é moeda e relacionamentos são pa-

“Para que publicações desse tipo te-

lizada. Caso contrário, a proposta da

trimônio, a produção de uma revista

nham sucesso, precisam ter conteúdo

revista se esvaziaria”.

customizada segue a tendência e atua

direcionado e de qualidade. Com isso,

Além de uma estratégia no as-

como uma ferramenta bem sucedida

os anunciantes, na maior parte do

pecto financeiro, a parceria com em-

para os bons negócios. A visita a um

mesmo segmento, vendem seus pro-

presas de renome contribui para re-

parente, um bom café com um amigo

dutos e serviços”, conclui.

afirmar a credibilidade da empresa

e um virar de páginas de uma revista

Além de uma ferramenta promo-

idealizadora da publicação, sempre

de leitura agradável, mesmo com toda

cional, a publicação torna-se uma

que aliada à qualidade do conteúdo

revolução tecnológica, são sempre

ação viável no aspecto financeiro da

produzido, conforme lembra Gustavo.

ações indispensáveis à necessidade

empresa, uma vez que, com os anún-

“Já tivemos anúncios de página dupla

de humanizar.

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ECONOMIA

> >


fernando candelária

Não corra, que o bicho não pega

A palavra de ordem vigente no

ciar o nome da empresa, mas que é

mercado é fragilidade. De verbete

um luxo somente para o momento

dos dicionários, ela passou à cate-

em que a empresa passa longe da

goria de lema do administrador pre-

corda bamba econômica.

cavido após a crise econômica que

“É como se você olhasse para o

assolou mercados em 2008. De acor-

seu corpo e tivesse de escolher qual

do com especialistas do setor, como

parte dele você vai extirpar”. É com

George Soros, presidente do conse-

este exemplo que Paulo Nassar, dire-

lho da Soros Fund Management, em-

tor-geral da Associação Brasileira de

presa de fundo de cobertura, as con-

Comunicação Empresarial (Aberje) e

sequências duram até hoje.

Doutor em ciência da comunicação,

Iniciado em 2006, o pontapé ini-

classifica de retrógada a dispensa da

cial da crise surgiu com grandes ins-

comunicação durante os períodos de

tituições financeiras americanas que

crises.

entraram em colapso após colherem

“Este é o pensamento de quem

os resultados da facilidade na ofer-

ainda não entendeu o papel estraté-

ta de crédito. Com o efeito dominó,

gico da comunicação na gestão de

todos os mercados foram afetados.

uma empresa contemporânea. A co-

No Vale do Paraíba, um clima tenso

municação é fundamental para que

começou a pairar há pouco mais de

uma organização seja bem recebida

dois meses, com as montadoras dan-

pela sociedade”, explica.

do férias coletivas aos funcionários

Para ele, a comunicação em uma

e guardando uma quantidade signi-

empresa tem a função de ajustar a

ficativa de automóveis em seus res-

imagem e a atuação a seu tempo e

pectivos pátios.

região. Para quem já investe em co-

Isso, para o dicionário informal

municação ou para quem pretende

do empresário, é um sinal de que

iniciar um investimento na área, Nas-

está na hora de refrear gastos supér-

sar faz uma análise da função, sob um

fluos. Da quantidade de vezes que a

viés crítico. “Uma parte considerável

diarista comparece à empresa até os

do empresariado brasileiro ainda tem

custos com a comunicação, vista por

uma mentalidade de que a comuni-

uma parte de seus investidores como

cação vai esconder algo para vender

um recurso que serve para eviden-

a empresa. A comunicação não deve

O clima de incertezas na economia chegou à região no segundo semestre deste ano, com alguns reflexos sentidos pelas montadoras, que deram férias coletivas

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DANILO MONTEIRO

Gustavo viCtor, da talk2me, de taubaté, treinou funcionários e investiu pesado nas redes sociais: resultado supreendente

ser vista como um instrumento con-

empresários têm o que comemorar

trolador e taylorista”.

quando uma participação de lucros

De acordo com Nassar, que criou

da indústria é anunciada, o oposto

a teoria do move holder (que expli-

exato acontece quando há um reces-

ca a dinâmica público-empresa, em

so coletivo ou demissão em massa,

que as partes interessadas se reúnem

com famílias sendo obrigadas a re-

de forma digital e híbridas), o ideal é

planejar suas contas para que as des-

que as empresas apostem no diálogo

pesas básicas sejam mantidas em dia.

franco com os consumidores e clien-

Ou seja: tudo o que faz parte supérflua de um orçamento familiar é

tes. Encarar a comunicação como

logo cortado. No topo da lista está o

algo essencial é a primeira ação para

estudo de uma segunda língua. No

substituir o verbete fragilidade pelo

entanto, apostar no próprio negócio

verbete êxito.

de forma estratégica pode ser um caminho para trabalhar o potencial de

PRATICANDO A CORAGEM

todas as situações.

Com a expectativa de que a alta

Este é o caso do empresário Gus-

que o dólar, fenômeno que tem

tavo Victor, de 27 anos, proprietário

ocorrido nos últimos meses, mexes-

de uma franquia da escola de idiomas

se também no bolso do brasileiro,

Talk2Me, em Taubaté.

o Governo Federal adotou medidas

“Resolvi

investir

primeiramen-

protecionistas para que os mercados

te em meus funcionários, com trei-

nacionais, de diferentes segmentos,

namentos e incentivos e, depois de

pudessem respirar mais aliviados e

verificar que eles estavam realmente

desafogar o acúmulo de produtos

preparados, soltamos a campanha

não consumidos. A mais polêmica

nas redes sociais e o resultado foi

ação até agora foi o aumento do Im-

surpreendente”, revela.

posto sobre Produtos Industrializa-

O empresário ainda complemen-

dos (IPI) sobre os veículos de fora do

ta a fala com uma lição que teve a

Mercosul, em setembro.

partir da descoberta da comunicação

No Vale do Paraíba, se todos os

como uma extensão da administra-


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ção. “Um cliente só fica fidelizado se

Em um quarto vídeo, a equipe

se sentir parte da empresa, se sentir

abordou todas as mudanças realiza-

que a empresa se preocupa com ele

das na escola e, com o fim da expec-

ou com qualquer um dos seus medos

tativa gerada pelos três vídeos an-

e problemas, principalmente em se

teriores, os resultados ficaram mais

tratando do ensino de línguas estran-

evidentes.

geiras e intercâmbio. Acabamos nos tornando ‘pais’ desses clientes”.

certas Empresas, como a Il Tartufo Bistrô, de são josé dos campos, preferem dispensar os investimentos em mídia de massa e apostar em ações de marketing direto e em assessoria de imprensa

“Essa ação, por incrível que pareça, tem um custo muito baixo em

Na Talk2Me, alguns casos surgi-

relação a outras formas de propa-

ram a partir da crise de outras áreas

ganda. O que se precisa na realidade

do mercado, como um aluno que,

é colocar a boca no trombone, utili-

após ser demitido em uma dispensa

zando as redes sociais”, explica Gus-

em massa, procurou a escola para

tavo Victor.

fazer um intercâmbio e apostar em

Junto com a ação dos vídeos,

uma experiência internacional para

foi incluída uma promoção, na qual

turbinar o currículo.

quanto maior fosse o número de in-

Gustavo Victor investe em comu-

dicações e pessoas que entrassem

nicação desde que abriu a escola,

para a rede da escola, mais chances

em 2008, e as primeiras empreitadas

teriam de concorrer a prêmios que

foram em outdoors e panfletagem,

enchem os olhos do público-alvo da

porém descobriu que ter o nome de

escola, como iPads e iPods.

um investimento divulgado da maior

Outro caso em que a crise se

forma possível não significaria ter o

tornou margem para o sucesso é de

melhor retorno.

São José dos Campos. O empresário Luiz Roberto Assencio Ferreira, de 58

SEGMENTAÇÃO

COMO

CAMI-

anos, encontrou na assessoria de co-

NHO, COMUNICAÇÃO COMO ALIA-

municação uma extensão da admi-

DA

nistração de seu negócio, o Il Tartufo Em 2011, a matriz da marca pas-

sou por algumas reformulações e,

Bistrô, que completa dois anos em novembro.

com elas, Gustavo Victor encontrou

“Não sou favorável à comunica-

com a Balaio Comunicação uma for-

ção de massa. As ações que fazemos

ma de propagar a marca, segmen-

são de marketing direto ou asses-

tando a divulgação e agregando va-

soria de imprensa, que, a meu ver,

lor à marca.

é a melhor ferramenta, pois sempre

“Após analisar qual o público-alvo da nossa escola, verificamos que

estamos na mídia a custo - praticamente - zero”, analisa.

a maior parte dele está conectada

O bistrô faz um trabalho junto

quase que constantemente na Inter-

às secretárias executivas, envian-

net. Sentamos juntos para ver de qual

do vouchers (um título que vale um

maneira iríamos abordar o público.

determinado valor) para que conhe-

Assim, criamos a ideia de questio-

çam, se sintam confortáveis com o

nar as pessoas em três vídeos, com a

serviço oferecido e, então, possam

provocação ‘O que você gostaria de

recomendar aos gerentes e diretores

mudar em sua vida?’”.

das corporações.


Efeito dominó O Prof. Dr. Luiz Carlos Laureano da Rosa, economista e pesquisador do Núcleo de Pesquisa Econômica e Social (Nupes) da Universidade de Taubaté (UNITAU), analisa o atual panorama econômico por um viés preocupante. “Como o mundo, hoje em dia, é globalizado, todos dependem de todos. Assim, podemos considerar que o Brasil também está vivendo um momento de crise, logicamente melhor do que outros países (EUA e Europa) devido, principalmente, ao consumo inter-

DIVULGAÇãO

no”, explica o professor, que ressalta

a falta de consumi-

dores vivida nos dois grandes polos econômicos. Um alerta aos empresários está relacionado ao fim do

Para paulo nassar, da aberje, cortar os investimentos em comunicação em tempos de crise é pensamento de quem ainda não entendeu o papel estratégico que ela tem

ano. “O final de ano é sempre atípico em relação aos outros meses. O consumo sempre aumenta devido ao recebimento dos trabalhadores do 13º salário e da Participação nos Lucros e Resultados. Nesse sen-

CORAGEM ENQUANTO NECESSIDADE BÁSICA Longe de um padrão convencio-

e também a qualidade dos pratos da

tido, sou bastante otimista em

casa, por onde passam cerca de 200

relação à nossa economia, ao

pessoas por semana.

nosso crescimento, principal-

nal, Luiz acredita que, com as crises,

Dentro do vasto leque de op-

mente em nossa região, que

os investidores têm de se expor ainda

ções que a comunicação oferece, a

é tipicamente industrial. Só

mais e buscar serviços diferenciados.

mais adequada, neste caso, foi a as-

me preocupo com a inflação,

“Colocamos música ao vivo com

sessoria de imprensa. “Não adianta

ou seja, o governo deve estar

piano todas as noites e no almoço de

você não ter produtos diferenciados

atento para não deixá-la sair

domingo”, conta ele, que também re-

e promoções se o cliente não toma

de controle”, diz Laureano.

forçou o preço, a facilidade de esta-

conhecimento. O custo versus bene-

cionamento, o ambiente climatizado

fício é excelente”.

revistalettering.com.br 20 | 21


DANILO MONTEIRO

Só um site resolve? Que as empresas devem acom-

nhecimento superficial da comunica-

panhar a velocidade com que o mer-

ção, acreditam que ‘seguir a onda’ da

cado vem se aproximando das novas

Internet é a alternativa para divulgar

tecnologias de comunicação, isso

sua empresa, sua marca, garantindo,

todo mundo sabe. O que muitos ain-

assim, os resultados almejados. Inten-

da podem não ter refletido é sobre em

ções à parte, o fato é: a equação não é

quais ferramentas e de que maneira é

tão simples assim.

melhor investir para se obter os resultados esperados.

Conforme destaca Armindo Ferreira, especialista em Marketing e dire-

“Montei um site para minha em-

tor da empresa Cruz & Ferreira, de Ja-

presa porque ninguêm pode estar fora

careí, nem sempre a solução da moda

da internet”. Este é o pensamento de

é a melhor resposta. “Isso não quer

inúmeros empresários, que, com ob-

dizer que o empresário não deva in-

jetivos até pertinentes, mas com co-

vestir num site. Contudo, é importante


saber que ações isoladas nunca são as

plo a não ser seguido, descartando-a.

melhores. Um ponto de comunicação

O site é uma vitrine 24 horas por dia,

deve puxar o outro”, enfatiza.

7 dias por semana, 365 dias ao ano

Para quem deseja investir em

e é o maior vendedor da imagem da

ações digitais, é preciso que se enten-

empresa”, defende Eduardo, que res-

da que investimentos nessa área de-

salta que, como em qualquer estraté-

pendem de um relacionamento que

gia de comunicação, a palavra-chave

normalmente não se consegue do dia

para um site que traga resultados é

para a noite. “É um investimento im-

planejamento. “Analisar qual o seu

portante e deve ser feito de forma pro-

público, seus objetivos, usabilidade e

fissional, mas não existem milagres.

navegabilidade é fundamental”, des-

Em muitos casos, mídias tradicionais

taca Eduardo, que completa: “Ainda

ainda são melhores para curto prazo”,

como parte do planejamento, um dos

pondera Armindo.

principais requisitos é o site da sua

Outro ponto relevante se refere à

empresa aparecer mais que o site de

utilização profissional das ferramentas

seus concorrentes. Para isso, é neces-

digitais. Da estética à atualização, o in-

sário ter um bom posicionamento nos

vestimento em ações digitais deve ser

mecanismos de busca, como Google,

periódico, segundo Armindo. “Como a

Bing e Yahoo. Mais da metade dos in-

tecnologia e a estética da internet mu-

ternautas em todo o mundo chega a

dam muito rápido, se um site fica mais

um site por meio de uma busca. Por-

de dois anos desatualizado, ele pa-

tanto, posicionar-se à frente deve ser a

rece a fachada de uma empresa sem

primeira estratégia a ser considerada”.

pintura, com arranhões”, compara.

É sabido que, no mundo dos ne-

Para o especialista em Marketing,

gócios, a palavra da vez é networking.

a criação de um site é importante e

Nessas situações, a boa aparência é

deve, sim, ser analisada. Mas destaca

o cartão de visitas do profissional. A

que, na dúvida, é sempre necessário

imagem se sobrepõe, ainda que num

que busque as soluções com profis-

primeiro momento, à qualidade pro-

sionais especializados. “Se eu tivesse

fissional, delegando-lhe a credibilida-

um problema cardíaco, não procuraria

de necessária para boas oportunida-

um açougueiro para resolver o proble-

des. Esta mesma linha é aplicada para

ma. Infelizmente, há muito empresá-

uma empresa. Portanto, empresários,

rio fazendo isso com sua comunica-

fiquem atentos, pois o site faz a vez

ção digital e o resultado a gente pode

do cabelo bem penteado, da roupa

imaginar!”

com bom caimento e da leveza da

O discurso de Armindo é sustenta-

maquiagem. “Sites mal produzidos ja-

do pelo de Eduardo Costa, da Phocus,

mais serão investimento. Na verdade,

de São José dos Campos. “A ferra-

são resultado de uma necessidade de

menta de comunicação mais impor-

estar na Web a qualquer custo, já que

tante, desde que a Web tomou forma,

os concorrentes, provavelmente, esta-

é o site. É por meio dele que o con-

rão”, pondera Eduardo sobre a estética

sumidor faz sua análise e julgamen-

de uma página na Internet.

to, podendo rotular a empresa como

Para o diretor da Phocus, sites

exemplo de organização, qualidade e

feitos sem os mínimos critérios não

excelência a ser seguida ou, ao con-

representam investimento feito por

trário disso, rotulá-la como um exem-

uma empresa, mas, sim, falta de en-

ENTENDENDO A NECESSIDADE DE ENTRAR NA REDE, MUITOS EMPRESÁRIOS LANÇAM “PERFIS” INDISCRIMINADAMENTE, CRIAM SITES E BLOGS, SEM TER UMA ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DEFINIDA E O CONTROLE DO QUE FALAM DE SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS

revistalettering.com.br 22 | 23


Blog ou site?

DANILO MONTEIRO

Opinião unânime na atualidade é

empresa e seu produto.

de que as empresas devem mergu-

Começando pelas definições, a

lhar na rede e conceber, de uma vez

jornalista e blogueira Ariane Fonseca

por todas, sua vida digital. Justamen-

explica que, enquanto um site tem

te por isso, é preciso que empresá-

um formato mais tradicional, os blo-

rios e profissionais de comunicação

gs já são mais populares, algo mais

estejam cientes da funcionalidade

intimista e menos formal. “Em resu-

de cada recurso e da melhor aplica-

mo, sites são conjuntos de páginas

bilidade de cada um deles para cada

da web que apresentam conteúdo

tipo de resultado esperado.

institucional de uma empresa, com

Muitos empresários, na ânsia de

informações básicas como ‘quem

acertar, acabam pecando por não sa-

são’, ‘produtos’, ‘serviços’, ‘equipe’,

berem utilizar o melhor instrumento.

‘portfólio’, ‘contato’, entre outros. É

Muitos, acreditando na necessidade

o modelo tradicional de páginas na

de “entrar na onda”, criam uma sé-

internet. Os blogs, por outro lado,

rie de perfis, lançam sites e mantêm

ficaram populares por serem um

blogs, expondo sua imagem e a de

canal fácil de opinião, uma página

sua marca na internet sem a mínima

para o autor expressar o que pensa.

noção do que realmente se espera.

A linguagem é mais coloquial, a in-

Para esses casos, é preciso dar a

teração, por meio dos comentários,

definição de cada um deles e apon-

é bem maior e o conteúdo é dividido

tar a medida certa para o uso desses

por categorias e tags. Na área cor-

instrumentos, até mesmo para que o

porativa, os blogs começaram a ser

cliente saiba onde, de fato, encontrar

usados como a área de notícias de

as informações que busca sobre a

um site”, explica.

COM FORMATO MAIS TRADICIONAL, SITES TRATAM DE CONTEÚDO INSTITUCIONAL DA ORGANIZAÇÃO. NOS BLOGS, A LINGUAGEM MAIS COLOQUIAL PRIVILEGIA A OPINIÃO DE QUEM O ESCREVE


revistalettering.com.br


EMBORA SEJAM OPÇÕES SIMILARES, SITES E BLOGS NÃO DEVEM CONCORRER ENTRE SI: O IDEAL É QUE FAÇAM PARTE DE UMA ÚNICA ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO

Mesmo sendo vistos como

seja no site, seja no blog, não pode

opções, blogs e sites são instru-

se perder. “A questão estética deve

mentos diferentes e, portanto, não

ser levada em conta. A identidade

devem concorrer entre si. Muito

visual da empresa é fundamental

embora uma plataforma possa

também no universo online. As es-

abrigar um blog ou site, o ideal é

tratégias de comunicação, o cuida-

que se defina o papel de cada um,

do com os trabalhos, o profissiona-

dentro de um planejamento de co-

lismo, todos devem ser o mesmo”,

municação.

reforça a jornalista.

Nesse aspecto, Ariane define

Enfim, no mundo dos negócios,

a usabilidade de cada um dos ins-

o que não falta é ferramenta para fa-

trumentos, reforçando a premissa

zer a sua mensagem chegar ao seu

de que, para ambos, o que pesa é a

público-alvo. Contudo, saber como

estratégia. “É uma questão de pre-

e qual dessas ferramentas utilizar

ferência e de estratégia. Algumas

para levar ao seu cliente, além da

empresas preferem ter um site tra-

qualidade de produtos e serviços

dicional para apresentar seu conte-

prestados, o máximo de informa-

údo institucional, até mesmo com

ções, que possibilitem um relacio-

um canal de notícias e, além disso,

namento de confiança e credibilida-

um blog. O canal de notícias é usa-

de devem ser os principais objetivos

do para as informações formais e

da empresa.

o blog, para conteúdos mais informais”, explica.

Seja um blog ou um site, ou ainda o uso complementar dos dois, o

Outra preocupação, levantada

importante é se fazer chegar, é se

pela blogueira Ariane, se refere à

fazer entender e se fazer ser a opção

identidade visual da empresa, que,

escolhida pelo cliente.

Pergunte-se

OUTRAS QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS

Qual público se deseja atingir? Qual o perfil do grupo que se deseja atingir?

Posicionamento nos mecanismos de busca (Gooogle, Bing,

Quais os objetivos do site? Será um site institucional? Irá vender produtos on-line (loja virtual)?

Yahoo etc). ojeto: Usabilidade e navegabilidade são fundamentais. O site deve, desde o seu planejamento e, principalmente na fase de design, fornecer todas as soluções e técnicas para que o visitante não se “perca” e que a navegação e distribuição de conteúdo seja facilmente percep-

Será um site informativo? Terá hotsites e/ou blogs corporativos agregados?

tível por qualquer usuário.

Baseado nas respostas acima, qual conteúdo será disponibilizado para os usuários?

tes e visitantes, abrindo canais de comunicação e relacionamento

Qual estrutura (de hardware e software) é necessária para alcançar os objetivos do site?

O cliente deve ter voz sempre (seja no site, seja nas redes sociais

Qual a frequência de atualização de novos conteúdos?

é fundamental nos novos tempos em que as redes sociais deram

Canais de comunicação - estar “disposto” a servir a seus cliene ajudando o cliente a utilizar seus produtos e serviços. A empresa deve evitar a comunicação de mão única, da empresa para o cliente. em que a empresa está presente). Fornecer ferramentas e conteúdo para promover a interatividade e o relacionamento com seu cliente voz a todos.


DANILO MONTEIRO

Sem sombra de dúvidas, os sites são a “porta da frente” de toda e qualquer empresa que deseja transpor o seu aspecto territorial

tendimento de sua importância como

o diretor da Phocus, apenas 20% da

ferramenta de comunicação. “A ur-

procura pelos seus serviços repre-

gência em se ter um site sem primar

sentam empresas que não possuem

pela qualidade corrompe o processo.

sites. “Toda empresa precisa ter o

A má escolha do fornecedor e o custo

seu site. Acreditamos 100% nisso.

sendo preponderante na escolha do

Esse foi o grande motivo de nossa

profissional que irá produzir o serviço

existência: saber que todas as em-

são exemplos de uma falta de preparo

presas terão uma vida digital que

do departamento de comunicação da

pautará a sua vida física. Hoje, o

empresa”, diz.

‘ser’ é mais importante que o ‘estar’”,

Obviamente, nenhum empresário

destacou.

quer o mal de sua empresa. Mas há

Os argumentos de Eduardo se en-

de se alertar que estar bem informa-

quadram perfeitamente nos moldes

do sobre o mercado digital é certeza

impostos pela era da globalização,

de agregar valor à sua organização. E,

os quais romperam fronteiras físicas,

para isso, como disse Armindo Ferrei-

democratizando o acesso às diversas

ra, assim como defende Eduardo Cos-

culturas, à tecnologia, à variedade de

ta, é preciso profissionalizar as ações.

línguas e, com toda certeza, aos bons

“Como profissionais da área, é nosso

negócios. Portanto, nesta aldeia glo-

dever preparar nossos clientes. Toda

bal, as ferramentas digitais são, sem

agência digital é, antes de tudo, uma

dúvida, portas e janelas que permi-

evangelizadora”, define Eduardo, so-

tem o fluxo bem-sucedido de infor-

bre a relação com o cliente, que, nem

mações e relacionamentos empre-

sempre, conhece a funcionalidade de

sariais. Mas, incontestavelmente, são

um site para sua empresa.

os sites a “porta da frente” de toda e

O caminho é sem volta. São 15 anos de Internet comercial. Segundo

qualquer empresa que não mais se limite às muralhas territoriais.

revistalettering.com.br 26 | 27


Por que eu invisto em comunicação Por Cadu Severo Diretor da Ergplan Engenharia

DANILO MONTEIRO

Revista Lettering - Qual a sua pretensão ao investir em publicidade?

ganhe conhecimento e força no mercado. As campanhas sempre possuem

Cadu Severo - Eu sempre invisto

um cronograma de ação com metas e

em Comunicação, seja para um pro-

objetivos bem definidos, que são so-

duto específico ou para o institucional

mados às ações de vendas de nossos

da empresa. No caso dos produtos,

parceiros, as imobiliárias.

minha pretensão é o conhecimento do produto pelo mercado e pelo seu público-alvo. Já no caso do Institucio-

RL - Em qual mídia sua empresa mais investe? Por quê?

nal, é para reforço e fixação da marca

CS - No momento, investimos bas-

da minha empresa, a Ergplan. Dessa

tante em distribuição de folhetos nos

forma, quando lançamos um novo

semáforos da cidade. É a mídia que

produto, conseguimos que a força da

mais leva visita aos plantões de ven-

marca ajude na sua repercussão.

das. Nossa distribuição é dirigida e o folheto entregue é de qualidade, de

“Investimos em folhetos, que é a mídia que mais leva visitas aos plantões de venda e também em jornal, que continua sendo um veículo em que as pessoas TRADICIONALMENTE buscam informações sobre imóveis. ”

RL - Como são definidas as ações

acordo com o perfil do cliente, para

de comunicação em sua empresa?

garantir os bons resultados. Investi-

Vocês contam com serviços especia-

mos sempre em jornal e revista, pois

lizados ou agem por intuição?

o jornal continua sendo um veículo

CS - A Ergplan conta com a asses-

em que as pessoas tradicionalmente

soria em comunicação da Líre Propa-

buscam informações sobre imóveis, e

ganda. Essa, além de desenvolver as

a revista, pela segmentação, por falar

peças e todos os materiais necessá-

direto com o cliente que quero atingir.

rios para as campanhas, também nos

E a internet, por ser atual, rápida, com

auxilia nos planos de comunicação e

excelente feedback.

marketing. As ações são definidas em conjunto entre as equipes de venda,

RL - A empresa consegue visualizar

a agência e eu. Costumamos levantar

os resultados obtidos por meio da Co-

dados por meio de pesquisa e defini-

municação?

mos as ações a partir desses resulta-

CS - Não é fácil medir tais resul-

dos e também da análise do mercado.

tados, mas no meu caso, posso mensurar por meio de vendas, do número

RL - Quais as principais ações que você pode destacar?

de visitas ao plantão e também pelas ligações em nosso escritório. Além dis-

CS - Posso destacar as campanhas

so, em nossos plantões de vendas os

de lançamento, que sempre são mais

corretores fazem uma pesquisa com

ousadas, contam com investimen-

os clientes para identificarmos o perfil

to maior em mídia para que produto

do mesmo e como ele chegou até nós.


revistalettering.com.br


EVENTOS

> >


1001 motivos para se comemorar! Oba, hoje é dia de festa! Quem não

feiras de negócios, são esses aconteci-

gosta de se encontrar com amigos, se

mentos que promovem o mais direto

reunir para aquele happy hour com

contato com os diversos públicos. É

o pessoal do escritório, ou ter o seu

um contato mais próximo, mais direto

nome na disputada lista daquela festa

e humano.

de lançamento?

Segundo pesquisa realizada pela

E, claro, esses eventos não são

Franceschini Análise de Mercado e en-

meros encontros, momentos de des-

comendada pelo MPI – Meeting Pro-

contração, uma “festinha” para relaxar.

fessionals International, anualmente,

Para os profissionais de comunicação,

são realizados mais de 270 mil eventos

essa ‘festança’ toda é sinônimo de es-

corporativos no Brasil, dos quais 53%

tratégia e, para as empresas, deve ser

são voltados a relacionamento externo,

vista como trabalho.

26% são para o público interno e 18%

Mais do que reunir pessoas, um

para a divulgação de metas e estraté-

evento pode ser aproveitado para

gias das empresas. E, com um núme-

atrair a atenção para as ações de uma

ro tão alto de eventos, vem crescendo

empresa de forma a beneficiar sua

também a procura por profissionais es-

marca. Despertar o interesse do públi-

pecializados para atender a demanda

co e informá-lo, enquanto conquista

da melhor forma.

fernando candelária

sua confiança, é fundamental. Quando bem organizado, um evento empresa-

PLANEJAMENTO É TUDO

rial pode ser uma ótima ferramenta

Planejar um evento não é uma ta-

para alinhar a comunicação e corri-

refa fácil. A seleção dos convidados, o

gir ou esclarecer visões erradas sobre

local para a festa, o cerimonial e uma

as atividades, políticas e objetivos do

lista enorme de itens é que vão garantir

público com relação à empresa ou à

o sucesso de um momento que deve,

marca.

durante todo o tempo, mobilizar as

Ações de comunicação relacio-

pessoas. Mas se cada detalhe é impor-

nadas aos eventos empresariais são

tante, o primeiro deles está associado

importantes para ajudar a definir no-

ao formato e ao objetivo de sua realiza-

vas estratégias, motivar vendedores,

ção. “Os eventos podem ter várias fun-

estreitar laços com os clientes, gerar

ções quando feitos com o objetivo de

mídia espontânea e comemorar bons

se atingir resultados de comunicação e

resultados. Os eventos são oportuni-

marketing, e essas funções devem ser

dades ótimas de reunir pessoas em

estabelecidas durante o planejamento

torno de uma mesma meta: o desen-

da ação, levando em conta o perfil da

volvimento da empresa.

marca que está promovendo o evento

As sensações que um evento deve

e suas necessidades de comunicação’,

despertar nas pessoas que participam

pontua a relações públicas Regia-

dele é que vai resultar na impressão fi-

ne Avigo, sócia da Origem Gestão de

nal. E, sendo especial, pode alavancar

Eventos, de Taubaté.

a imagem da organização perante o

Regiane ainda ressalta a importân-

público, modificando a ideia e o com-

cia desse planejamento na pré-defi-

portamento em relação à empresa.

nição do evento. “É importante saber

De pequenos coqueteis às rodadas e

que existem vários formatos de even-

No Brasil, 53% dos eventos corporativos tÊM como foco o relacionamento com o público externo; 26% o interno e 18% a divulgação de metas e estratégias. No total, são 270 mil por ano.

revistalettering.com.br 30 | 31



tos e que se deve escolher o que melhor atenda à necessidade em questão numa relação custo/ benefício, levando em consideração verba disponível, público a ser atingido, enfim, metas a serem obtidas com a ação”, destaca a relações públicas. Pela complexidade de se organizar uma ação de tamanha exposição, muitas empresas vêm optando por recorrer a uma ‘mãozinha’ de profissionais atuantes no ramo, que ficam responsáveis por garantir o sucesso de DIVULGAÇãO

seu evento. “Ele pode ser um sucesso, mas para isso é preciso que ele seja planejado com cuidado e executado da melhor maneira, otimizando o que for possível, com o limite de manter a

caso dos 30 anos da empresa Ladeira

qualidade do resultado”, afirma Fran-

Miranda, trabalhamos com uma equi-

cine Maia, da Maia Comunicação, de

pe de jornalistas, relações públicas e

Taubaté.

até pessoas que não são da área”, ex-

Para o presidente do Conselho Fe-

plica Francine Maia.

deral de Relações Públicas (Conferp),

Para a comemoração, foi realiza-

Flávio Schmidt, todo evento tem uma

do um concerto de música clássica

razão para existir, um objetivo a ser

com o maestro João Carlos Martins,

cumprido e o planejamento é funda-

no Fabelle Buffet, e um coquetel para

mental. “Essencialmente, o profissional

receber os convidados. “Desde a lista

de relações públicas tem na sua ativi-

de convidados até os cuidados para

dade o planejamento e a organização

que a acústica do local ficasse perfeita,

de eventos e vai sempre buscar o pla-

foi um desafio para todos nós”, conta

nejamento estratégico em qualquer

Francine Maia, responsável pela orga-

exercício”, afirma.

nização do evento. E os desafios da equipe organiza-

CASES DE SUCESSO

dora em obter bons resultados conti-

E essa visão de que há necessida-

nuam mesmo após o evento. “O plane-

de de planejamento parte dos próprios

jamento é sempre feito pensando-se

empresários. Para comemorar os 30

no resultado posterior e não somente

anos da Construtora Ladeira Miranda,

na festa em si”, explica Flávio Schimi-

celebrado em agosto deste ano, a em-

dt. “O evento é usado como um ins-

presa buscou a assessoria de profissio-

trumento para levar conhecimento, e,

nais especializados. “Nossa empresa

portanto, para gerar uma opinião po-

procura transmitir excelência em tudo

sitiva em torno da empresa ou do as-

que faz e, para um evento dessa mag-

sunto que um evento gera, para que as

nitude, precisávamos ser bem asses-

pessoas carreguem isso para a frente,

sorados para que tudo saísse perfeito”,

com uma opinião pronta”, completa.

ressalta Cristiano Ladeira Miranda.

para a relaçÕES Públicas regiane avigo, da origem eventos, de Taubaté, é preciso equalizar os seguintes fatores: verba disponível, público a ser atingido e metas a serem obtidas com a ação

E quando a festa vira notícia, a em-

O reconhecimento da profissiona-

presa sai na frente da concorrência e,

lização de um evento, como ação de

com isso, o trabalho de assessoria de

negócios, já permite que sua execução

imprensa é fundamental. “Há a divul-

rompa os limites do universo de RP. “No

gação na imprensa, que favorece mui-

revistalettering.com.br 32 | 33


tíssimo o resultado desse evento. Por isso, dar a devida atenção a jornalistas

Tipos de eventos

e colunistas é fundamental”, explica Francine Maia. No caso da festa dos 30

No mundo corporativo, existem diversos tipos de eventos. Além

anos da Ladeira Miranda, a visibilidade

das festas e encontros, que promovem o necessário networking.

não esteve restrita ao Vale do Paraíba.

Existem alguns encontros mais formais, mas não menos focados em

“A repercussão chegou aos meios de

negócios. Para evitar a confusão, confira a definição dos principais.

comunicação de São Paulo, uma vitória para uma empresa do interior do

Palestras

Convenção

Um dos métodos mais an-

Costuma ser realizada por

tigos de discussão. São apre-

entidades empresariais ou em-

CUIDADOS

sentações acompanhadas de

preendimentos individuais e é

Os empresários que planejam or-

períodos de perguntas e de-

uma reunião de profissionais de

ganizar um evento, seja ele para o

bates de forma interativa com

uma mesma empresa ou profis-

público interno, seja para o externo,

o público para buscar uma

sionais congêneres de empre-

devem tomar alguns cuidados para

conclusão.

sas diferentes. Podem ser para

não cometer deslizes frequentes. “O

vendas, lançamento de produto

erro mais comum é otimizar custos

SemináriO

ou serviço, congraçamento e

de forma exagerada e deixar de reali-

Tem como característica

comemorações.

zar o evento da maneira que se deve.

principal atividades para desenvolver

capacidades,

Estado”, comemora a jornalista.

Ou, ainda, colocar sua festa nas mãos

co-

de quem não sabe exatamente o que

nhecimentos e aprendizagem

Simpósio

sob a orientação de treinado-

É uma reunião de especia-

Nesses casos, Regiane comenta

res especializados. O intui-

listas de alto renome, sob a di-

que vários fatores são responsáveis.

to é de somar informações e

reção de um moderador, para

“Muitas vezes, a empresa que está pro-

experiências, sem necessa-

apresentação de tema de gran-

movendo o evento não está conscien-

riamente chegar a uma con-

de interesse e geralmente de

te das possibilidades de ação que os

clusão. Pode durar até várias

caráter científico a uma audiên-

eventos oferecem. Outro ponto é o fato

semanas.

cia selecionada. As perguntas

de muitas agências de eventos não se

são escritas e identificadas, sem

envolverem de verdade com o cliente

teor de polêmica.

e acabarem organizando eventos que

Conferência Tem como característica

fazer com ela”, explica Francine.

não estão totalmente alinhados com o

uma reunião informativa, na

conceito da marca ou com a necessi-

qual há a exposição realizada

Brainstorming

dade do promotor, e, com isso, os re-

por uma autoridade em de-

É caracterizada pelo estí-

sultados percebidos não parecem con-

terminado assunto para um

mulo livre do cérebro dos par-

grande número de pessoas.

ticipantes para estimular a pro-

Outro erro comum é a visão quan-

Nesses casos, há a presença

dução de ideias para obter a

to a prazos e a resultados. “O empre-

de um presidente de mesa

solução de alguns problemas

sário tem uma visão imediatista e

para condução dos trabalhos

definidos. Grupos de pessoas

uma visão de resultado. Então, tudo o

e as perguntas acontecem

devidamente orientadas põem-

que ele faz é esperando que as coisas

somente por escrito e devida-

-se a emitir ideias sobre uma

aconteçam imediatamente e que o re-

mente identificadas ao final

questão, que vão sendo inter-

sultado seja imediato. E não é assim”,

da exposição.

cambiadas e aperfeiçoadas sem

afirma Flávio Schimdt. É muito comum

juízo prévio de valor.

que uma ação seja mais planejada

Tipos de eventos

vincentes”, enumerou Regiane.

e contínua. O resultado de todas as ações não é imediato, demorando um pouco mais. “Nem tudo é demorado,


A PROPAGANDA MUDOU. O CONSUMIDOR MUDOU. AS CRENÇAS MUDARAM. EM MEIO A ISSO, SÓ UMA COISA NÃO MUDOU: NOSSA CAPACIDADE DE RENOVAR E FAZER TUDO DIFERENTE.

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É isso que acontece quando se mistura estratÊgia com ousadia criativa.

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DIVULGAÇãO

A Construtora ladeira Miranda, de taubaté, apostou num megaevento organizado pela maia comunicação: concerto com o maestro joão carlos martins, para receber os convidados

mas tudo tem uma estratégia. Isso faz

sa, seja qualitativa ou quantitativa,

com que você planeje antes de dar um

conforme melhor se adequar a cada

passo para a realização de alguma coi-

caso”.

isso.”, confessa Kavalcante. NETWORKING

sa. Depois que o empresário percebe

De qualquer maneira, no caso de

Sem dúvida, sair, encontrar pes-

o laço do resultado, pronto, ele já não

eventos, a proposta é sempre voltada

soas, trocar idéias é sempre uma

se preocupa mais como antes”, conclui

ao relacionamento. Assim, agradar

grande satisfação. E quando a diver-

Flávio Schimdt.

o seu público é fundamental e, sem

são pode ser associada ao trabalho,

Embora as ações não sejam ime-

dúvida, o primeiro resultado a ser ob-

a situação fica melhor ainda. Trocar

diatas, um outro alerta dado por Re-

tido. Nesse sentido, outra dica que a

salas fechadas de reuniões, ternos

giane se refere à mensuração dos re-

jornalista Francine Maia recomenda

sufocantes e o tempo cronometrado

sultados que um evento proporciona.

aos empresários é se preocupar em

das diversas atividades pela oportu-

“Poucas empresas da área de eventos

fazer com que um evento seja sem-

nidade de conversar informalmente,

colaboram e instruem os promotores

pre o melhor. “Ou o empresário reali-

ainda que sobre negócios, em am-

a buscarem mapear os resultados.

za um evento para ser memorável ou

bientes agradáveis, pode gerar resul-

Essa é uma tarefa difícil, já que mui-

é melhor não fazê-lo”, afirma.

tados positivos para a empresa e para o próprio empresário/ profissional.

tas vezes os eles são bastante intangíveis. Conforme a modalidade do

TE VI NA COLUNA SOCIAL

evento, é possível utilizar métodos já

Estar na coluna social após um

o famoso networking não deve se

conhecidos, como o ROI (Return On

evento demonstra o quão bem rela-

limitar apenas às festas, regadas a

Investment), por exemplo.”

cionado você é e possibilita o conta-

comes e bebes, como bem alerta

Contudo, é preciso lembrar que

Na maior parte dos eventos, é

to com pessoas que podem ser seus

Regiane Avigo. “Quando se fala de

possível se medir os resultados, como

futuros clientes. “Ter essa visibilidade

networking temos de lembrar que

explica Regiane. “Feiras e rodadas de

é conceituar seu nome e sua imagem

se trata de um processo contínuo,

negócios, que são eventos mais vol-

junto a um público “elitizado” ”, afir-

que necessita de constante esforço

tados para o trade, permitem uma

ma Beto Kavalcante, colunista e edi-

de manutenção. O evento pode, sim,

mensuração mais precisa, ao pas-

tor do site Afinidades Eletivas.

propiciar o contato com uma rede

so que o retorno vem por meio de

Os eventos são como vitrines e

valiosa de pessoas, mas, se esse re-

contratos fechados e vendas feitas.

reúnem pessoas importantes que,

lacionamento irá se desenvolver e

Mesmo assim, o retorno pode vir em

ali, possibilitam a oportunidade de

continuar com o passar do tempo,

um período bem posterior ao evento.

um primeiro contato e, muitas vezes,

vai depender de como cada pessoa

Para outros eventos, sempre é pos-

dali, dá-se o pontapé inicial para um

ou empresa guiará esses contatos

sível fazer alguma forma de pesqui-

negócio. “Até mesmo eu já fiz muito

após o final do evento.”

revistalettering.com.br 36 | 37


ENTREVISTA

> >

ANTÔNIO LINO PINTO MCSS

DANILO MONTEIRO

“A quantidade de empresas anunciantes tem aumentado muito. Quando não, pelo menos, as verbas têm sido aumentadas em função da concorrência acirrada”


O valor da propaganda

Que criatividade, que nada! Vamos falar de dinheiro! Tanto para quem promove quanto para quem quer ser promovido. Afinal, o motivo que leva qualquer empresário a investir em comunicação, especialmente em publicidade, é o retorno financeiro imediato que ela promete. É ele que faz as empresas, inclusive as de comunicação, e as marcas prosperarem. E não há mal nenhum que seja assim: a propaganda, da forma como a conhecemos hoje, surgiu como uma necessidade do mundo moderno, como algo inerente à prática da concorrência entre as empresas e as marcas. A ideia básica é e sempre foi a seguinte: “quem não é visto não é lembrado”. E quando todas se esforçam para ser vistas? Ah, é aí que a criatividade faz toda a diferença! Mas como a intenção aqui é ser pragmático, ouvimos o que pensa Antônio Lino Pinto, diretor financeiro de uma das mais expressivas agências da atualidade, a Talent. Autor do livro Pequenas Agências, Grandes Resultados – como gerenciar na prática uma agência de propaganda, lançado pela Clio Editora, no mês de setembro. Lino também está à frente do Sinapro (Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo) e é um defensor do direito à prosperidade econômica, não somente das empresas, mas também das agências que fazem essas empresas ganharem dinheiro. Lino analisa o novo momento por que passa a publicidade e defende a necessidade de o mercado se fortalecer – não importando o tamanho da agência.

Revista Lettering - Como o senhor

crescimento excepcional dos investi-

avalia o investimento em propaganda

mentos em mídia no Brasil. O PIB da

no Brasil? Acredita que isso é replica-

propaganda tem crescido em percen-

do em proporções menores, como o

tuais muito acima do PIB brasileiro. É

interior dos estados, por exemplo?

fácil perceber isto, pela quantidade

Antônio Lino Pinto - Não temos

de agências internacionais no Brasil.

dados cem por cento confiáveis so-

Das 20 maiores, listadas no ranking

bre os investimentos em propaganda.

do IBOPE, quase todas são ou têm

Porém, a metodologia de apuração

participação de capital estrangeiro. A

tem sido a mesma, portanto a evo-

quantidade de empresas anuncian-

lução dos investimentos é real. Este

tes também tem aumentado muito,

levantamento tem nos mostrado um

quando não, pelo menos as verbas

revistalettering.com.br 38 | 39


têm sido aumentadas em função da

acreditam que, ao invés de investi-

concorrência acirrada.

mento, a comunicação é gasto? ALP - Isso também é algo que está

RL - Um dos principais questio-

mudando. Imagino que isso tenha

namentos da classe empresarial em

surgido em épocas de pouca ou qua-

relação à comunicação refere-se à

se nenhuma concorrência e quando

mensuração dos resultados, ou seja,

alguns produtos representavam qua-

como calcular o lucro do investimen-

se 100% do mercado. Hoje mudou, o

to. É possível fazer esse tipo de aferi-

anunciante sabe que, se ele não inves-

ção, transformando a análise em algo

tir em propaganda, seu produto será

mais objetivo?

substituído pelo concorrente e até

ALP - Sempre se tentou calcular

pode correr o risco de desaparecer.

esse resultado. E um cálculo muito difícil. Continuo achando que a me-

RL - O senhor acaba de lançar o

lhor forma de aferição é o resultado

livro Pequenas Agências, Grandes Re-

das vendas e a consolidação da marca

sultados. O que o motivou a orientar

com o passar do tempo. Uma forma

quem está começando ou que, embo-

de uma pequena empresa medir a in-

ra esteja há algum tempo no mercado,

tensidade de sua marca seria por meio

ainda não tem a real dimensão do seu

de pesquisas. Imagino ter bons insti-

negócio? Alguma nova constatação?

tutos no mercado.

ALP - A ideia do livro veio meio por acaso. Venho fazendo palestras

RL - Em tempos de crise, é comum

pelo Sindicato de SP e pela Fenapro, a

uma retração dos investimentos em

Federação Nacional das Agências de

comunicação, seja em propaganda ou

Propaganda, em todo o Brasil e aca-

em áreas como a comunicação inter-

bei reunindo um material muito im-

na. Na sua opinião, por que isso ainda

portante sobre os principais pontos

acontece?

recorrentes e discutidos nessas pales-

ALP - Isso tem mudado. As empre-

tras. Daí, tomei a decisão de colocar

sas atentas e com objetivos de longo

em um livro, de maneira bem simples,

prazo aproveitam este momento para

esperando que isso possa ajudar quem

reforçar sua mídia e, com isso, fazer

está começando ou mesmo quem está

com que seu produto apareça mais.

há mais tempo no mercado e ainda

Uma das razões da redução é o fato

não está atento para a necessidade de

de a propaganda ser um dois itens de

uma gestão financeira mais aprimora-

desembolso com mais facilidade de

da. Também há a importância de uma

ser suspenso e a um custo mais ba-

atenção maior à gestão da empresa,

rato que, por exemplo, a redução de

coisa que, no dia a dia, com a atenção

pessoas, cujo custo acaba sendo mui-

voltada ao cliente, essas empresas dis-

to elevado quando se inclui os encar-

cutem muito pouco o seu negócio.

gos trabalhistas na dispensa e que, no caso de uma retomada da economia a

RL - O que recomenda aos jovens

recontratação, é demorada. Os custos

empreendedores da área de comuni-

com serviços são sempre os mais fá-

cação para serem empresários de su-

ceis de serem cortados, pois normal-

cesso, independentemente do tama-

mente não implicam em encargos e

nho da empresa?

podem ser retomados imediatamente, quando a onda passa. RL - Como convencer aqueles que

ALP - As oportunidades e os desafios são muitos:

“precisamos encontrar uma maneira de fazer com que o nosso trabalho seja mais valorizado e que não seja confundido com uma simples prestação de serviços”


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www.facebook.com/RegionalMarketing


DANILO MONTEIRO

“O anunciante sabe que, se ele não investir em propaganda, seu produto será substituído pelo concorrente e até correndo o risco de desaparecer”

- Precisamos criar novas lide-

neira de fazer com que o nosso tra-

ranças. Em um mercado com tantas

balho seja mais valorizado e que não

agências, o número de líderes está

seja confundido com uma simples

muito abaixo do necessário;

prestação de serviços.;

- Precisamos enfrentar uma ver-

- Precisamos evitar o leilão de pre-

dadeira guerra contra a propaganda.

ços. Quanto mais reduzimos nossa re-

Todo dia tem um projeto de lei, ou

muneração, mais difícil será fazer um

uma Anvisa, ou uma entidade não go-

trabalho criativo e de qualidade;

vernamental tentando cercear o direi-

- O anunciante precisa se cons-

to do consumidor. Eles estão sempre

cientizar de que uma boa idéia preci-

tentando decidir o que deve ou não

sa de bons profissionais de produção

ser veiculado. Veja o caso da Hope, re-

para executá-la e que, às vezes, o me-

centemente (comercial estrelado pela

nor preço inviabiliza a materialização

modelo Gisele Bündchen foi retirado

dessa grande ideia;

do ar por ser considerado de cunho

- Precisamos apoiar mais nossas

machista). Eles precisam entender que

Entidades para que continuem lutan-

nosso mercado é maduro o suficiente

do pelos nossos princípios, entre eles:

para estabelecer regras claras e que

1-

Ética na propaganda;

nosso consumidor é inteligente o sufi-

2-

Liberdade de expressão;

ciente para entender que a propagan-

3-

Não aos Bureaux de mídia;

da só o ajuda, já que ela lhe dá opções

4- Manutenção das agências

de escolha de forma clara e objetiva; - Precisamos encontrar uma ma-

full-service 5-

Auto regulamentação


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danilo monteiro

smvp - O EVENTO SOBRE NOVAS MÍDIAS DO VALE

A Triadaz está animada E tem razões de sobra! Além de lançar a nova embalagem do Café Pindense, produto já bastante conhecido em todo estado de SP, a agência conquistou quatro novos clientes. Joalheria Brasil, Prolim, Ahlstrom e Pé de Moleque se juntam à Tríadaz Propaganda e Marketing, nas filiais do Vale e de Minas Gerais. E para reforçar seu time, garantindo a qualidade de seu trabalho, fez quatro contratações de peso, como

o executivo de contas Diego Marques, ex-Supera, formado pela PUC-Campinas, a publicitária Aniê Neubauer, que passou por grandes agências de Campinas, como a Webcompany Comunicação Digital e AVANTI! Comunicação, e integra o time de atendimento, e, entre os criativos, Pedro Flauzino, designer, que veio da agência paulistana Ogilvy FAV, tendo passado anteriormente pela Teaser e Cabrillano, no Vale.

Comunicação à beira mar

A Boliche está de casa nova

O Serramar Shopping, em Caraguatatuba, nem foi inaugurado, e já conta com equipes de peso na prestação de serviços em comunicação. Para desenvolver suas campanhas publicitárias e seu plano de mídia, o primeiro grande shopping center do Litoral Norte de São Paulo escolheu a Arriba! Comunicação, de São José dos Campos. Já para cuidar do relacionamento da empresa com a imprensa e seus demais públicos, o novo empreendimento contará com a Fuoco! Assessoria e Conteúdo, de Caraguatatuba, que também dará suporte para a rede CenterPlex Cinemas, que passará a operar no novo empreendimento.

Com um trabalho no ramo de produção de vídeo já consolidado na região, a produtora Boliche, de São José dos Campos, traz ao mercado algumas novidades. A começar pelo nome, que agora, passa a ser Boliche Filmes, Fotos e Café, a produtora expande suas atividades também para o ramo de fotografia. Outra novidade é a mudança de sede. Com um espaço mais amplo e diferenciado, a Boliche passa a disponibilizar um aconchegante espaço para reuniões, boas conversas e, claro, negócios. “Nosso café será um ambiente para relacionamento”, define Portella, diretor da produtora.

A 3ª edição do Social Media Vale do Paraíba (SMVP), o mais importante evento sobre novas mídias da região e também um dos mais importantes do interior de São Paulo, promete agitar o mercado da comunicação regional. A ser realizado nos dias 25 e 26 de novembro, no Novotel de São José dos Campos, sob o tema “O mundo já é cloud e as pessoas também”, o SMVP colocará em pauta assuntos como crowdsourcing, compras sociais, blogs, fanpages, empreendedorismo e o mercado da comunicação digital no interior paulista. Para o evento deste ano, está prevista a participação de profissionais em evidência no mercado como Mário Soma (Pólvora e BlogContent), Marina Miranda (Mutopo), entre vários conferencistas convidados. Além de conferências, o evento deste ano contará com paineis, sessões especiais e com um espaço de negócios: a Social Media Business Area, onde ficarão expositores de todo o estado. O SMVP conta com apoio institucional de APADi (Associação Paulista das Agências Digitais), da APP Vale (Associação dos Profissionais de Propaganda do Vale do Paraíba) e do CECOMPI (Centro para Competitividade e Inovação do Cone-leste Paulista), e deve reunir cerca de 300 pessoas.

Do Vale para o exterior A agência BZ Propaganda acaba de inaugurar sua nova sede em Miami, nos Estados Unidos, e já conta com dois fortes clientes: a empresa de lâmpadas de indução American Light Fixtures, e a importadora Group Comex Import. Além dessas duas contas, o diretor da agência, Mário Celso Stefano do Prado, comemora a chegada de um novo cliente, mas faz suspense: “Só adianto que é do ramo automotivo”.


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um brinde aos novos projetos

Um case de sucesso O 6º Acerte o Passo, promovido pela Unitau (Universidade de Taubaté), muito mais do que uma feira de orientação profissional, se tornou um case de sucesso para o Vale. E o melhor: grande parte de sua produção e execução aconteceu pelas mãos dos estagiários da Assessoria de Comunicação (ACOM) da Universidade. Seguindo o mote “E se você não nasceu pra ser estrela do pop?”, a campanha contou com um comercial de 30” para TV, flyers, outdoor, anúncios de revista e jornal, uma série de miniprogramas para rádio, além da mídia espontânea gerada na imprensa regional. Aí está a demonstração de que dá para aprender fazendo e fazendo bem feito! Parabéns à garotada! E por falar em Unitau, a Phocus Interact, de São José dos Campos, acaba de entregar a primeira etapa do novo site da UNITAU (Universidade de Taubaté). Com um layout mais limpo e uma arquitetura que preza pela funcionalidade, a página entrou no ar em meados de outubro. Contudo, devido à sua complexidade (mais de 10 mil páginas), o projeto será finalizado num prazo de 12 meses, com todas as ferramentas em funcionamento.

São José dos Campos ganhou um novo espaço para quem deseja promover os mais variados tipos de evento. O Interative Hall deu início às suas atividades no dia 27 de outubro, com uma verdadeira festa de arromba, organizada pelo Buffet Trópikos Expresso Gourmet, que, na ocasião, lançou o blog “Chegou a hora”. Idealizado pelos proprietários do Trópikos, o blog www.chegouahora.com. br tem a intenção de ser um grande aliado aliado tanto para quem deseja planejar e realizar quanto apenas para quem quer ir a um evento.

a caçula do Vale A Roatá Comunicação Inteligente é a caçula entre as empresas de Assessoria de Imprensa e geração de Conteúdo do Vale do Paraíba. E, em tão pouco tempo, já comemora importantes contas e parcerias com agências de publicidade do Vale: o VFC (Vale Fighting Championship), evento ocorrido em agosto e que promete mais eventos de MMA no Vale, com a Molotov Propaganda; a empresa Engeseg, especializada em segurança patrimonial, com a Arriba! Comunicação; a Escola DeRose, de São José dos Campos e a Choperia do Fritz, de Taubaté, em parceria com a BZ Propaganda e Marketing.

Em NOVEMBRO TEM bate papo sobre e-commerce A Vincere Comunicação realiza, no dia 21 de novembro, a 2ª edição do Bate Papo sobre E-commerce do Vale do Paraíba. O evento será realizado no auditório da Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos, a partir das 18h. Gratuito, ele tem o objetivo de promover a discussão em torno do comércio eletrônico. Assim como na primeira

edição, realizada em outubro, no departamento de Comunicação Social da Unitau, em Taubaté, o encontro vai contar com a participação da idealizadora do projeto, Ligia Dutra, que percorre o país desde 2008, palestrando sobre o tema. As inscrições podem ser feitas pelo endereço www.vincerecomunicacao.com.br/blog.

Gentileza gera gentileza Com o intuito de incentivar hábitos mais gentis e chamar a atenção para o Dia Mundial da Gentileza, celebrado no dia 13 de novembro, a Atmosfera Entretenimento de Marcas reuniu profissionais da Cruz & Ferreira e da Phocus Interact para criarem a Atmosfera Gentil. Trata-se de um hotsite em que as pessoas “trocam gentilezas”, formando uma verdadeira rede de contatos. Pelo hotsite, os usuários criam sua atmosfera e, na medida em que vão interagindo, trocando

gentilezas, seu ambiente virtual vai ficando mais completo, mais bonito. Integrado ao facebook, a Atmosfera Gentil permite a utilização de ferramentas como o compartilhamento das gentilezas recebidas, entre outras. Já no twitter, pequenas doses de gentileza são lançadas diariamente, provocando em seus usuários um sentimento de bem-estar e de gentileza, que é replicado pelos retuites. Afinal, gentileza gera gentileza.

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FOTOS Gilberto Augusto de Freitas

Requinte, bom gosto e um clima para lá de descontraído marcaram a festa de lançamento da Revista Lettering, realizada no dia 30 de agosto, no Pátio Eventos, em São José dos Campos. O evento reuniu cerca de 200 pessoas, entre jornalistas, publicitários, relações públicas e empresários de toda a região, numa noite em que o assunto da ordem foi comunicação. Na ocasião, foram apresentados, além do projeto da nova publicação, as ações a serem desenvolvidas em 2012 em prol do fortalecimento e da visibilidade do mercado da comunicação: uma premiação voltada aos profissionais do Vale do Paraíba e uma outra aos cases de sucesso. Confira algumas imagens da festa que marcou o início da Lettering.



THIAGO GUSTAVO

De dentro para fora

INTEGRANDO CONCEITOS DE RECURSOS HUMANOS AOS DO MARKETING MODERNO, FERRAMENTA TEM SIDO UTILIZADA PELAS EMPRESAS PARA TRANSFORMAR FUNCIONÁRIOS EM BONS PROPAGADORES DE SUA MARCA, PRODUTOS E SERVIÇOS

Grande é o temor das empresas,

de recursos humanos, tem ganhado

com um certo número de colaborado-

a atenção das empresas, na busca de

res, em ver seus corredores se trans-

uma relação mais direta e sem ruídos

formando em balcões não-oficiais de

com aqueles que levam suas visões,

informações a respeito da organiza-

suas versões e suas opiniões para o

ção. A chamada rádio-peão, tão co-

lado de fora: os funcionários.

mum nas empresas, pode gerar um

Em vez de boataria e comentários

fluxo anticíclico, comprometendo o

que se alongam pelo processo de ‘tele-

curso das informações repassadas,

fone sem fio’, estratégias de comunica-

primeiramente ao público interno e,

ção são pensadas e colocadas em prá-

posteriormente, em proporções até

tica por meio de boletins por e-mails,

maiores, além dos portões da empresa,

jornais internos, murais, comunicados

replicadas aos públicos externos.

on-line, entre outros.

Para conter esta prática quase

Contudo, mais do que essa visão

inevitável entre os colaboradores, as

simplista, de meros funcionários, o

organizações têm reconhecido cada

endomarketing visa transformar o pú-

vez mais a importância das ações de

blico interno em primeiros clientes e,

comunicação interna. O chamado en-

portanto, lança mão de ações que mo-

domarketing, que mescla conceitos do

tivem e promovam o pertencimento

marketing tradicional com elementos

desses indivíduos. A ideia é convencer

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reconhecidamente um patrimônio: o

os próprios colaboradores sobre o valor

Imagine se, em sua empresa, um

da marca, do produto de determinada

grupo de pessoas desmotivadas, des-

empresa, tornando-os consumidores

crentes daquilo que fazem, comentar

Mas, é bom estar ciente que, para

e propagadores daquele produto e/ou

entre amigos suas impressões acerca

motivar e implantar o sentimento de

serviço, como bem define o experiente

do ambiente corporativo de maneira

pertencimento em seu grupo, não bas-

profissional de RH, Washingotn Sori. “A

negativa. Acredite: a propaganda boca

ta enviar periodicamente e-mails com

maior importância do endomarketing

à boca pode equivaler aos resultados

meia dúzia de informações, tentando

é que ele serve como elemento de

de milhões investidos no horário nobre

domesticar o bicho da rádio-peão, se

ligação entre o cliente, o produto e o

da principal emissora de TV.

não se estabelece uma mudança de

público interno.

insatisfeitos com

cultura na organização, na qual se pri-

Deixando de lado as teorias clás-

as condições de trabalho e com os

me pelo diálogo e pelo envolvimento

sicas da Administração, defendidas

próprios produtos lançados, irão fa-

de todos no mesmo objetivo.” Hoje, o

por Taylor, Ford e Fayol, os modelos

zer uma contra-propaganda cada vez

que faz diferença em qualquer empre-

contemporâneos vão além, enxergan-

que multiplicam fora da empresa a

sa são as pessoas. E as pessoas têm de

do seus funcionários, não mais como

sensação de descontentamento que

estar motivadas, felizes e orgulhosas

produtores, mas como aliados dos

os dominam”. Segundo o administra-

dos valores compartilhados com a em-

negócios e responsáveis pelo sucesso

dor, a recíproca também é verdadeira.

presa. O endomarketing deve permitir

(ou fracasso) da corporação. “Quem

Logo, se o colaborador estiver satisfei-

que as pessoas compreendam e acei-

nunca ouviu falar que, antes de vender

to, transmitirá essa sensação para seus

tem a missão, a visão, os valores e as

um produto para seus clientes, as em-

ambientes externos.

estratégias do negócio, assim como os

funcionário.”

“Funcionários

produtos e serviços da empresa”, refor-

presas precisam convencer seus co-

Portanto, antes de convencer o seu

laboradores a comprá-lo? E ‘vender’ o

público-alvo, é preciso lembra-se do

produto para o colaborador passa a ser

seu primeiro público, o mais próximo,

Utilizar-se do endormarketing não

tão importante quanto para o cliente”,

o mais direto e o que pode emprestar-

somente para coibir informações rui-

diz Sori.

-lhe grande credibilidade, aquele que é

dosas pode ser o passo a ser dado para

ça Sori.

estar à frente em um mercado cada vez mais competitivo. Esse instrumento, que tem sido tendência entre as organizações, pode ser melhor aproveitado,

“Funcionários insatisfeitos com as condições de trabalho e com os próprios produtos lançados, irão fazer uma contrapropaganda cada vez que multiplicam fora da empresa a sensação de descontentamento que os dominam”. DEFENDE O ESECIALISTA EM RECURSOS HUMANOS WASHINGTON SORI

criando, inclusive, uma atmosfera de valorização, capaz de propiciar um espaço para a criatividade e a inovação. Além, é claro, de agregar valor, na medida em que sua própria mão de obra também é o primeiro público consumidor de seu produto e/ou serviço. A realidade é que, utilizando-se de técnicas e estratégias que acompanham a modernidade, em vez de um simples pátio de produção, sua empresa pode se tornar para sua equipe um espaço onde todos se sintam coautores do sucesso, consumidores de produtos de qualidade e transmissores de informações positivas que, ao eleva-

DIVULGAÇãO

rem a marca da empresa, elevam também a sua autoestima e sua conduta, por fazerem parte deste grupo.

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Enfim, o crescimento sustentável Por Fernando Abreu Vice presidente – APP Vale

O mercado publicitário do Vale

cias ganhando prêmios importantes

nos incerto do que se vislumbrava no

finalmente cresceu de verdade. Há

no cenário estadual, temos nossas

passado.

anos, tem se dito que em matéria de

agências se expandindo para grandes

Vejo muitos veículos melhorando

comunicação, o Vale é o futuro, afinal

mercados, temos um parque gráfico

sua equipe, sua programação, vejo

é o famoso eixo Rio-São Paulo, mas

de ponta, produtoras cada vez mais

jornais expandindo, revistas nascen-

nem tudo que se exclama é absoluto.

estruturadas e profissionais. Quando

do, cada qual com sua proposta edi-

A publicidade valeparaibana sempre

antes tínhamos um ou outro profis-

torial, vejo, agências se expandindo

procurou um lugar ao sol e sempre

sional gabaritado, hoje, temos uma

e crescendo, e vejo junto a isso tudo,

patinava de certa forma. As grandes

lista de bons e criativos fotógrafos.

o trabalho da APP Vale, que veio para

contas regionais sempre ficaram em

Temos eventos específicos da área,

auxiliar a nós profissionais, nesse mo-

mãos “estrangeiras”, os pequenos ne-

seminários e afins, temos profissionais

mento de mudanças.

gócios nunca anunciavam e, quando

da região cuidando da comunicação

A APP Vale, como todos devem

o faziam, era sempre de forma empí-

corporativa das grandes empresas

saber, é um capítulo da APP Brasil,

rica. Se a concorrência fazia outdoor,

instaladas aqui.

que já tem mais de 7 décadas de tra-

todo mundo fazia outdoor. Agência

Um ótimo exemplo disso tudo

balho em prol do profissional de pro-

era coisa supérflua. O que valia mes-

é essa revista que você está lendo.

paganda, e, hoje, no Vale, está firme

mo era negociar diretamente com o

Quem há poucos anos atrás diria que

no propósito de auxiliar as faculdades

contato do veículo e deixar a “arte” por

seria possível editar algo desse nível

a adequar seus currículos ao que o

conta do próprio veículo, ou de um

com conteúdo ligado somente à área?

mercado atual pede, de auxiliar as

sobrinho que gostava de informática.

Nem conteúdo havia.

agências e veículos a obterem infor-

A comunicação interna das grandes

O desafio agora é acompanhar-

mações importantes e pesquisas de

empresas ou era feita, sem generali-

mos esse crescimento também de

mídia, de auxiliar os profissionais na

zações, por escritório na matriz, ou,

forma sustentável. Temos de nos pre-

obtenção de bagagem técnica, com

aqui, por pessoas vindas de lá.

parar, de nos qualificar, de buscar mais

palestras, workshops, festivais e pre-

Bem, pessoal: a boa nova é que

informação e formação. As faculda-

miações, a fim de fomentar a troca de

essa realidade está finalmente mu-

des e universidades regionais tem de

experiências e o crescimento profis-

dando de forma sustentável. Digo isso

atentar para um mercado cada vez

sional. Isso tudo dentre outras mis-

de cima de meus 17 anos de labuta no

mais carente de bons profissionais, e

sões.

nosso mercado. Vi nesse tempo muita

que agora tem, mesmo que de forma

Vamos, juntos, contribuir para

coisa acontecer, ou quase. Tudo que

paulatina, como melhorar os salários

o fortalecimento cada vez maior de

se disse sobre crescimento e desen-

desses profissionais, o que também

nosso segmento para que, num futuro

volvimento e nunca passou de tenta-

no passado era um tiro no pé: a agên-

não tão distante, não nos lembremos

tivas e frustrações, hoje, vemos mui-

cia pagar bem sendo que era mal re-

mais que um dia essa realidade não

to claramente acontecendo. Temos

munerada. Pelo menos hoje, o volume

passava de um sonho.

uma rede de veículos sérios muito

de Jobs é maior e, com bons profissio-

bem estruturada, temos mais agên-

nais, as agências têm um futuro me-

As palavras de ordem são: União e Profissionalismo!


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