Lettering 8ª ed. NOV | DEZ 2012

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N ยบ8 ANO 2 NOV | DE Z 2012

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fotografia: thiago gustavo ilustração: RODRIGO ABREU


Desta vez (mais uma?), os encantos da Propaganda venceram. Com exceção de uma ou outra matéria que fala da Comunicação de uma forma mais ampla, esta edição está repleta de dicas para quem quer conhecer mais sobre, como se diz por aí, “a alma do negócio”. E não é para menos: desde que passou-se a viver num mundo onde a concorrência dá o tom, e isso já tem um tempinho, quem tiver mais habilidade para vender o seu peixe sairá na frente. O fato é que, mesmo isso não sendo novidade, as estratégias da Propaganda evoluem e é importante que você, caro leitor, esteja por dentro do que andam fazendo por aí. Nesse sentido, colocamos em pauta dois exemplos: o primeiro, sobre o que os publicitários chamam de Marketing de guerrilha; o segundo, algumas reflexões sobre como se fazer Propaganda na internet. Na última Lettering do ano, também trouxemos uma reportagem sobre brindes, com sugestões para quem quer que seus produtos, marcas ou serviços apareçam de forma diferenciada e criativa. E, como na concorrência vale tudo, não poderíamos deixar de alertar nossos leitores sobre os riscos que muitos correm por não registrarem suas marcas. Isso mesmo, alguém pode roubá-la de você! É melhor começar a folhear logo a sua edição: está tudo aí. É só conferir.

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EDITORA LETICIA MARIA MtB: 27.773 DIRETORA DE CRIAÇÃO KARINA R DIAS SECRETÁRIA DE REDAÇÃO MARIA CLARA CARVALHO DIRETORA COMERCIAL DIANA RAMOS ATENDIMENTO COMERCIAL STELLA VELOSO CONSELHO EDITORIAL AISLAN GRECA CASSIO ROSAS GUSTAVO GOBATTO JOSUÉ BRAZIL OSWALDO RODRIGUES IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA Editora Papel Brasil Rua Coronel Gomes Nogueira 44 - Sala 11 Centro - 12010-120 - Taubaté-SP 10 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA PUBLICIDADE comercial@revistalettering.com.br 12 3426.2968 revistalettering.com.br @Lettering_ facebook.com/revistalettering É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.

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marca forte

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fernanda guerra

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thiago gustavo é fotógrafo. rodrigo abreu é ilustrador. marina duarte é ESTUDANTE DE PROPAGANDA. ELUANDA ANDRADE é ESTUDANTE DE PROPAGANDA. Luzimar goulart gouvêa é revisor. vanessa campos é escritora e ilustratora. VÍVIAN MISAWA É ESTUDANTE DE WEBDESIGN.

esforço por um clique júlia freire

guerra pela atenção

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redação

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onde a comunicação fica? júlia freire

mimos para os clientes andré leite

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vendas pela TV camila gouvêa

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@orlandocnas @Lettering_ que revista hein! Estão de parabéns!

Encontre seu exemplar

@raphasacchi Saiu um tweet meu e do @alexandrepuppio na @ Lettering_ desse mês, amamos!

Banca de Jornais e Revistas Sta. Terezinha Praça Sta, Terezinha, 129 – Centro

@julio_dx Ótima Edição de Aniversário da Revista @Lettering_ /// sem sombra de dúvida o melhor equilíbrio entre forma e conteúdo impresso na região. @lirepropaganda Acabamos de receber a nova edição da Revista Lettering! Parabéns à equipe da revista pelo excelente trabalho que está demais! @AgenciaBznes A Revista Lettering sempre nos surpreendendo! A edição de um ano chegou, além do cheiro fresco de impressão...

Taubaté/SP

Amo Café Rua Pedro Costa, 105 – Centro Loja 02 Ao Leite Café Rua Anizio Ortiz Monteiro, 615 – Centro Café Chicão Rua Jacques Félix, 470 – Centro Doces Vera Rua Francisco de Barros, 148 – Centro Donna Bella – Casa de Delícias Praça Félix Guisard, 229 Empório Buona Vitta Rua Dr. Emilio Winther, 299 – Centro Padaria do Jarbas Praça Barão do Rio Branco, 65 – Centro Pizzaria e Restaurante Peperone Rua XV de Novembro, 348 – Centro São José dos Campos/SP Fran’s Café Av: Anchieta, 175

Thaís Mazini Parabéns pela edição! Ficou linda! Lucas Resende Parabéns a toda equipe da Revista Lettering pelo seu 1 ano de muito que estão por vir. Agora deixa eu ir lá devora-la #nhac Roberto Santa’ana Apesar de ouvir falar bem a Revista Lettering, ainda não havia visto nenhuma. Hoje após o almoço, fui tomar café numa cafeteria do Taubaté Shopping e me deparei com a última edição e fiquei encantado com a revista. Bela diagramaçao, ótimos textos, o conceito de fazer uma capa clean e bela, ou seja, uma ótima publicação, cuja beleza salta aos olhos, principalmente se comparada as outras publicações de nossa região. Parabéns a equipe e à Leticia Maria, pelo excelente trabalho.

Provence – Casa de Chá e Café AV: Barão do Rio Branco, 646 – Jardim Esplanada II Quiosque Philosofy Rua Fagundes Varela, 141 – Jardim Maringá Bibliotecas de faculdades, centros universitários e universidades dos cursos de Comunicação e Negócios Rotas atualizadas www.revistalettering.com.br

a foto da edição 7 foi feita por joshua smith. banco de imagens: stockvault. e foi colorizada por thiago gustavo. tendo como missão valorizar a comunicação sob suas mais variadas vertentes, é postura da lettering respeitar as imagens de suas capas, não estampando nelas manchetes e outras chamadas.


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direito intelectual

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THIAGO GUSTAVO

Uma marca para chamar de sua Escolher o nome, a área de atuação, o ponto mais adequado, a logística de compra e venda das mercadorias, treinar a equipe... São muitos os passos para você abrir a sua empresa. Mas, aí, um dia seu negócio está lá, todo lindo conquistando seu espaço, quando você recebe uma notificação judicial para que deixe de usar a marca que você escolheu e que estampa letreiros, cartões de visitas, sacolinhas, embalagens, uniformes. Mais do que isso: a marca da qual você se orgulha e que ocupa um espaço na memória e na lista de desejos de seus clientes. Então, você descobre: você pode ter construído uma marca sólida, mas ela não é sua. A marca é de quem registra e, se você não registrou, outros podem tê-la registrado e, sim, podem impedir que você a use. Isso porque o registro de uma marca garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica. Com essa exclusividade (conferida com aval estatal e de abrangência nacional) o titular do registro poderá, dentre outras coisas: impedir que terceiros, desautorizados, façam uso de marcas idênticas ou semelhantes, para ramos de atividade idênticos, semelhantes ou afins; licenciar o uso da marca para terceiros auferindo uma contraprestação em razão desta licença; lançar mão do sistema de franchising como instrumento de expansão de seus negócios, passando ao futuro franqueado uma segurança maior no que se refere à marca negociada. Regulamentado pela Lei nº 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial), o registro de marcas não é obrigatório, mas é cada vez mais comum e necessário para proteger e consolidar

a reputação de sua empresa e garantir espaço num mercado disputado. “Antigamente ter uma marca registrada não era tão importante, apenas para grandes marcas ou empresas de atuação nacional. No entanto, hoje em dia, o registro é uma ferramenta importante para proteger sua marca de concorrentes, principalmente com a entrada das empresas na internet e com o crescimento dos mercados regionais”, afirma Jefferson Cândido de Oliveira, diretor da Braxil, assessoria especializada em propriedade intelectual sediada em São José dos Campos e com 25 anos de experiência na área. “Além disso, com o registro, a marca passa a fazer patrimônio da empresa e passa a ter um valor monetário também, podendo ser avaliada, alugada, licenciada e até vendida, ou seja, agrega um valor que vai além do simbólico e passa a se tornar um bem que pode gerar ainda mais rentabilidade para a empresa.” Para Oliveira, a solicitação de registro de uma marca deve ser feita antes mesmo de uma empresa abrir as portas, diminuindo o risco de problemas com marcas que já existem no mercado – para quem já está atuando, a dica é buscar o registro o quanto antes. “É melhor garantir a marca, ou mesmo escolher uma nova marca para ser registrada ainda no início da empresa, pois o custo de fazer essa troca mais tarde é muito maior, afinal, não é só o nome ou o logotipo que pode ter de ser mudado, há também todo o trabalho para informar seus clientes de uma mudança importante como essa de uma maneira que não afete o andamento dos negócios e a relação que já havia sido estabelecida entre seu público e aquela marca.”

Registro no INPI é o que garante exclusividade de nomes e logomarcas, tendo seu titular a autorização de impedir o seu uso por terceiros para ramos de atividades iguais e afins

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solicitação do registro é recomendável mesmo antes de a empresa abrir as portas: evitar nomes muito óbvios é o primeiro passo para ter pedido deferido pelO ÓRGÃO

Conquiste sua marca registrada No Brasil, o órgão que faz registro de marcas é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria. “É comum pessoas acharem que o registro de sua logomarca junto de determinado Cartório lhe garantirá todos os direitos sobre aquela marca ou que com o registro da empresa automaticamente a marca já está registrada, mas isso não é correto. Ainda que registros dos mais variados (tais como aqueles feitos em Cartórios ou mesmo o registro de domínios feitos por meio do Registro.br), possam servir como elemento de prova de pré-uso de determinada marca, o fato é que somente esse ‘pré-uso’ isolado não supre o registro propriamente dito junto ao INPI”, explica o advogado Ricardo Nogueira Garcez, sócio do escritório Garcez e Sales Advocacia, especializado em Direito de propriedade intelectual e com escritórios em Taubaté e São Paulo. De acordo com o INPI, a marca identifica a origem de um produto ou serviço, bem como serve para distingui-los em um mundo cada vez mais globalizado, simbolizando as características e qualidades dos produtos e serviços oferecidos por pessoas diferentes, auxiliando o consumidor na escolha daquilo que mais atende as suas necessidades. Para ser registrada, a marca pode ser constituída por letras, palavras, nomes, imagens, símbolos, cores, formas gráficas ou por uma combinação destes elementos. O INPI impõe algumas restrições de registro, dentre elas,

brasões, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais; expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes, que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou que atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimento dignos de respeito e veneração; reprodução ou imitação de elemento que caracterize outras empresas e possa confundir o público e objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro. A condição essencial para que o sinal possa ser registrado como marca é a distintividade, ou seja, seu poder de diferenciar um produto ou serviço de outro similar. “O ideal é não colocar em sua empresa um nome óbvio. Nomes como ‘pão quente’, ‘papel e cia’ até podem ser registrados, mas não garantem direito de exclusividade, pois caracterizam o ramo de atividade, fazendo com que essas marcas tenham que conviver com outras marcas com nome igual ou parecido”, defende Oliveira. Os especialistas também recomendam que, antes de iniciar o pedido de registro, o interessado faça, sozinho ou com ajuda especializada, uma busca prévia para verificar se a marca de seu interesse está aparentemente livre para registro. Esta busca pode ser feita on-line, por meio do próprio site do INPI, ou formal, por meio de formulário próprio a ser enviado ao INPI para que o órgão realize a busca e envie o resultado apontando os processos que julgou serem relevantes. “Em ambos os casos, o resultado obtido não alcança os pedidos de registro de marcas depositados nos últimos quatro meses (podendo variar), pois existem processos ainda não publicados no site do INPI e que não aparecerão na busca. Assim, o risco


Custo varia de acordo com andamento do processo Segundo o INPI, o custo do registro de uma marca pode variar de acordo com o tipo de empresa e do andamento do processo. Atualmente, a taxa inicial está fixada em R$ 140 para Micro Empresas, Empresas de Pequeno Porte, Empresários Individuais, Pessoas Físicas, Micro Empreendedor Individual, Associações e Entidades Equiparadas. Para todas as demais modalidades, o valor da taxa para depósito é de R$ 355. Se o pedido for deferido pelo INPI, o interessado deve pagar a taxa final referente à expedição do certificado e vigência do mesmo pelo período de 10 anos, atualmente fixada em R$ 300 ou R$ 745, variando de acordo com o tipo de empresa. Ao final de cada 10 anos da vigência do registro, o interessado terá de prorrogá-lo por meio do recolhimento de taxa no valor que estiver vigente na época da renovação. “O valor do andamento do processo, no entanto, pode variar, pois no caso de haver exigências ou oposições de terceiros ao pedido de registro será preciso recolher as taxas referente aos recursos. No site do INPI é possível encontrar a tabela completa com os valores de todo os tipos de taxa que podem ser cobradas pelo instituto”, afirma a Chefe da Divisão Regional do INPI em São Paulo, Maria dos Anjos Marques Buso.

para o especialista em registro de marcas e patentes, Ricardo Garcez, da garcez e sales Advocacia, de taubaté, é comum supor que um cartório é suficiente: “Embora possam servir de prova, não são garantia de nada.”

sérgio carvalho

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INPI alerta contra golpes no registro de marcas Cuidado com golpistas. Esse é o alerta do INPI quando se trata do registro de marcas. Aproveitando-se de do pouco conhecimento que a maioria dos empresários têm sobre como obter e manter uma marca registrada, pessoas mal intencionadas estão aplicando golpes e cobrando valores indevidos – geralmente altos – por serviços como registro de marca, preferência na fila do registro e agilização do processo, contrariando a prática oficial do instituto. “É importante alertar que o INPI nunca faz ligações e nem envia e-mails oferecendo serviços ou fazendo cobranças de taxas e valores. Todo o processo de registro de marcas e de acompanhamento do processo é feito por meio da internet no site oficial do INPI e todas as taxas são geradas eletronicamente, também no próprio site do INPI, onde também é possível verificar a tabela oficial com os preços cobrados pelo INPI para cada serviço realizado. Além disso, o INPI nunca intimida os usuários com ameaça de fechar a empresa ou de passar a marca para outra empresa”, esclarece a Chefe da Divisão Regional do INPI em São Paulo, Maria dos Anjos Marques Buso. Ela ressalta que a Revista da Propriedade Industrial é o único veículo oficial de publicação das decisões proferidas pelo Instituto e nenhum agente externo ou empresa tem qualquer interferência sobre o seu conteúdo. “Se você receber algum outro tipo de comunicação em nome do INPI que cause dúvida, ligue para o telefone oficial do INPI ou venha ao nosso escritório que prestamos todos os esclarecimentos e orientações sobre o processo de registro. Além disso, só contrate empresas ou agentes especializados depois de pesquisar seu histórico de atuação, verificar se pertencem a alguma associações de classe, como a Associação Paulista da Propriedade Intelectual e a Associação Brasileira da Propriedade Intelectual, dentre outras, e de checar com outros clientes se eles foram bem atendidos”, explica Maria dos Anjos. Serviço INPI em São Paulo Endereço: Rua Tabapuã, 41 - 4º andar - Itaim-Bibi - São Paulo/SP Telefones: (11) 3071-3433/ 3435 / 3436 / 4250 / 3428 Site oficial: www.inpi.gov.br

arte: marina duarte


arte: marina duarte

de alguém já ter efetuado o depósito sempre existirá, mas, certamente, será menor se a busca for realizada”, alerta Garcez. Para conquistar a marca desejada, é preciso encaminhar um pedido de registro ao INPI, o que pode ser feito por meio de um formulário em papel ou pela internet, por meio de um sistema chamado e-Marcas que fica no site oficial do INPI (www.inpi.gov.br). Para fazer o pedido pela internet (que é mais barato), é necessário cadastrar-se junto ao Módulo de Seleção de Serviços do site do INPI, emitir a Guia de Recolhimento da União (GRU) relativa ao pedido de registro e pagar

a retribuição até a data de envio do pedido. Em seguida, é preciso enviar o formulário de pedido de registro de marca, acessando o módulo do e-Marcas. A partir daí, o interessado deve acompanhar a etapa de exame formal (em que o INPI analisa o seu pedido), acessando regularmente a Revista da Propriedade Industrial, publicada semanalmente no site do INPI e conferir a decisão técnica sobre seu pedido. Se ele for aceito, você deverá pagar as taxas finais de expedição de certificado e proteção ao primeiro decênio, uma vez que o registro da marca vale por 10 anos e deve ser renovado a cada década para que você não perca o direito

Antes de iniciar o pedido, é aconselhável fazer uma pesquisa para saber se o nome que se deseja utliizar já possui registro oficial

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INPI alerta contra golpes no registro de marcas Proteger a abrangência da atuação de uma empresa e garantir a identificação do consumidor com seu negócio estão entre os motivos que levaram empresas do Vale do Paraíba a buscarem o registro oficial de suas marcas no INPI. Diretor da Braxil, empresa especializada em propriedade intelectual, Jefferson Cândido de Oliveira destaca a importância da marca registrada como defesa da exclusividade da marca nas cidades onde a empresa atua e pretende atuar: “Cito o exemplo da madeireira Gasômetro do Vale, que obteve o registro de sua marca e, com isso, garantiu sua área de atuação não só na região. Isso porque, em São Paulo havia outra empresa chamada Gasômetro, que pretendia abrir uma loja em uma das cidades já ocupadas pela empresa do Vale. Por ter sua marca registrada, a Gasômetro do Vale conseguiu um acordo em que sua homônima de São Paulo só consegue abrir uma filial depois de solicitar uma autorização. Com isso, a Gasômetro do Vale tem sua marca protegida contra concorrente e garante sua área de atuação e expansão.” Já o laboratório Oswaldo Cruz, sediado em Taubaté e com unidades em diversas cidades da região registrou sua logomarca como forma de criar uma identificação com seus clientes e garantir uma padronização de suas unidades. “Foi muito investimento e dedicação com a nossa logomarca e com o nome em toda região. O que está registrado é a nossa logomarca (registro figurativo), é a Cruz com a cobra e o nome (tudo estilizado) que são de nosso domínio no território brasileiro. Não podemos subestimar a inteligência das pessoas achando que elas só reconhecem alguém ou alguma coisa ou empresas somente pelo nome, a nossa imagem, o nosso rosto muitas vezes têm mais importância do que o nome. Inclusive utilizamos a mesma logomarca no CDA, Centro de Diagnóstico Andrade, que é o laboratório que mantemos em São José dos Campos”, afirma Juvenal Fernando Abreu de Andrade, diretor comercial e gerente administrativo da empresa. “Além disso, os nomes de vultos nacionais, como Vital Brasil, Emílio Ribas, Carlos Chagas, Oswaldo Cruz etc. são de domínio público, portanto o nome não tem dono (só se a família ou eles próprios registraram) assim como o Pelé, Xuxa e outros fizeram. O Laboratório Oswaldo Cruz de São José dos Campos, por exemplo, nada tem haver com o nosso, são completamente diferentes até na logo assim como nas cores. Santo André tem um Oswaldo Cruz, Paraná também e muitas outras cidades do Brasil e são de outros donos e que também usam as suas próprias logomarcas”, explica Juvenal, que acredita que a proteção da marca traz benefícios na relação da empresa com seus clientes. “Nós achamos importante o registro da nossa marca como forma de proteção judicial em casos de uso indevido. Sabemos que para formar uma marca e torná-la conhecida no mercado depende de muito investimento. Os benefícios são vários, pois a marca passa a ser um patrimônio da Empresa, o cliente liga a marca aos bons serviços ou produtos, ao bom atendimento e credibilidade junto ao mercado. Temos orgulho da nossa marca e a cada dia melhoramos na prestação dos nossos serviços retribuindo o prestígio e credibilidade que conquistamos junto ao público do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e São Paulo Capital.”

sobre ela. Quando estiver com o certificado em mãos pode comemorar: você terá conseguido a marca registrada de sua empresa. “Atualmente um pedido de registro de marca está levando em torno de 2 anos e meio para ser objeto de análise final por parte do INPI, deferindo-o ou não. Porém, este prazo pode se estender bastante caso haja alguma intervenção de terceiros (por meio de oposições ou nulidades administrativas) ou exigências feitas pelo Instituto”, esclarece o advogado. Sozinho ou acompanhado O pedido de registro pode ser realizado pelo próprio interessado diretamente no site do INPI. Caso prefira, o interessado pode fazer o pedido por meio de um procurador. No entanto, apesar do procedimento ser aparentemente simples, especialistas recomendam a contratação de um profissional especializado na área e que seja cadastrado no INPI – no site do instituto é possível verificar todos os cadastrados. “Como diz o ditado popular: ‘o barato pode sair caro’. Assim, por desconhecer aspectos mais técnicos da matéria, alguns erros poderão implicar na demora excessiva do trâmite processual em razão de reiteradas exigências feitas pelo INPI ou até mesmo poderá ensejar o indeferimento do pedido de registro em razão do INPI entender que existam alguns dos empecilhos legais para o mesmo. Por isso, caso o empresário conte com a orientação de profissional qualificado desde o início, tais contratempos podem não ocorrer. O que está em jogo é o maior bem da empresa: a marca, e o empresário coerente e certo de suas responsabilidades não vai querer correr maiores riscos com medidas aventureiras”, afirma Garcez.


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quer atenção? declare guerra! O que um grupo de homens de ombros largos em um festival de música, um cartão de visitas que se transforma em microfone e um apito para executivos têm em comum? Aparentemente, nada, mas eles foram utilizados como uma estratégia do que na área da Comunicação é chamado de Marketing de guerrilha. Se a lógica mercadológica é a do “capitalismo selvagem”, este tipo de Marketing foi criado justamente para fomentar a competitividade, mas se baseando principalmente na criatividade. O termo cunhado pelo publicitário americano Jay Conrad Levinson define uma estratégia que utiliza meios e ações inusitados a fim de alcançar o resultado desejado. “O Marketing de guerrilha é uma forma de envolver os consumidores com a marca. Não através da imposição mas por meio da conquista. É um conjunto de estratégias diferenciadas e inovadoras, cujo objetivo é surpreender, pelo inesperado e pelo barulho, pela emoção, pela ousadia e pela agilidade e que, por isso mesmo, conquistam e seduzem os consumidores.” Esta é a defnição de André Rabanea, CEO e criador da Torke + CC. Ele mudou-se de São Paulo para Portugal aos 21 e no seu primeiro ano em terras lusitanas abriu a Torke, a primeira agência de Marketing de guerrilha daquele país. Atualmente, além de colecionar prêmios, ele comanda - agora em parceria com o estúdio de design Cabracega - as unidades de Lisboa, Istambul (Turquia) e São Paulo. Considerado um midas na arte da guerrilha, André recebeu mais de 25 prêmios criativos em festivais nacionais e internacionais, incluindo um Leão em Cannes.

Porém, o conceito bem embasado não é exclusividade dele. “A Guerrilha é uma forma de Comunicação não convencional, não usual, que pelo seu ineditismo causa mais impacto e repercussão entre o público-alvo. Qualquer ação que escape das fórmulas prontas de Comunicação convencional - assim é a Guerrilha, uma ação que não está sendo esperada, surpreende e fica na memória”, define Beatriz Breves, especialista em Marketing de guerrilha e sócia-proprietária do Vergê Studio, em Taubaté. Quanto vale o show? O impacto para chamar a atenção é o foco, porém, ele deve ser conquistado de qualquer forma. “No caso do Marketing de guerrilha, é preciso ter mais cuidado na execução da ação para que o resultado não seja inverso ao esperado e acabe gerando um desconforto no público durante a interação com a marca. É muito importante estar atento a legislações, normas, regras e condutas legais, bem como à dinâmica do relacionamento e à implementação da ação com o público. Uma ideia que pode ser considerada uma boa sacada também pode ser uma ofensa a uma religião, credo, cultura ou grupo por suas peculiaridades de crença e conduta, por exemplo”, explica Beatriz. André exemplifica na prática: “Chamar a atenção pela negativa é pior. Esta é a grande diferença de quem já tem experiência na área versus quem não tem. Não adianta ter um milhão de views no youtube, mas 95% das pessoas derem dislikes no vídeo. Não adianta chamar a atenção da pessoa jogando um balde de água fria nela na rua. Ela vai te odiar e vai gerar um boca a boca negativo.”

THIAGO GUSTAVO


Marketing de Guerrilha

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Com criatividade e ousadia, ações diretas propõem interatividade com o público apostando no inesperado para conquistar e seduzir consumidores revistalettering.com.br

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o que pode ser Um balde de água fria aos que imaginam ser fácil gerar bons resultados em uma ação de rua: “Não adianta ter um milhão de views no youtube , mas 95% DEREM DISLIKES NO Vídeo”, pondera André Rabanea, da tork+CC, com sede em lisboa, portugal

A arte da Guerrilha A história do tal homem dos ombros largos, uma das que abriu esta reportagem, foi uma ação desenvolvida para a empresa de telecomunicações portuguesa Optimus. Em um festival de música, foi criado um serviço chamado “Ombros Largos”. Dez homens de grande estatura ofereciam os seus ombros para as pessoas subirem, de forma que pudessem ver os shows de uma outra perspectiva, ou apenas para procurarem um amigo perdido no meio da multidão. Esse serviço teve uma grande aceitação por parte dos jovens, criando um boca-a-boca que foi passando nos três dias do festival, à medida que mais pessoas pediam o serviço dos ombros largos. O caso do cartão de visitas que se transforma em um microfone, também mencionado na abertura deste texto, foi desenvolvido para o músico e professor de técnica vocal Gui Lessa. “A peça sugere que, para soltar a divulgação

voz, você tem duas opções: enrolar o cartão e usar como microfone ou ligar para o Gui Lessa e ter aulas de técnica vocal, voz e violão”, conta Beatriz. Já o exemplo dos apitos foi desenvolvido para os executivos da Johnson & Johnson. “Este foi o convite para o evento Craques do Futuro, chamando os gestores a comparecerem ao evento de seleção de novos profissionais para a empresa. O convite era composto por um apito e cartões vermelho e amarelo, sugerindo que ele seria o juiz da partida”. Quando entrar em combate Optar por agir com uma ação de guerrilha é um ato que exige coragem, mas acima dela, planejamento. “Todas as marcas querem se diferenciar no mercado. A estratégia pode ser para qualquer produto ou serviço”, diz o criador da Torke. “Normalmente, as empresas buscam por guerrilha em situações que gostariam de ter um retorno mais ime-


diato e assertivo junto ao consumidor. Afinal, a maioria das ações de guerrilha traz interação e impacto como sua principal característica e, quando o consumidor interage com a Comunicação, a lembrança da marca é muito maior, bem como sua resposta tende a ser muito mais rápida”, afirma a publicitária, que ainda complementa ressaltando o fator que é, sem dúvida, a menina dos olhos de qualquer empresa: fazer com que o cliente se lembre de você. “O Marketing de guerrilha é válido para qualquer produto, serviço e público, independentemente deste ser tradicional ou arrojado. Toda empresa precisa de uma Comunicação que mostre a sua personalidade ao consumidor, gerando lembrança e entendimento da marca.” Outros casos O Marketing de guerrilha pode ir de exemplos extremos a alguns que são considerados até simples, mas o impacto para o consumidor é sempre

assertivo. Para promover a segunda temporada da série “The Walking Dead”, o grupo do canal AMC, por exemplo, exibiu um trailer em um cinema americano e durante o comercial, um ator “passeou” pela sala de cinema caracterizado como um zumbi, como na história. O efeito entre o público-alvo, composto basicamente por jovens, foi assertivo e se traduziu em números, com a série batendo recordes de audiência. Em São José dos Campos, uma festa de pré-inauguração de um novo bar chamou a atenção nas redes sociais. Foi exibido um vídeo com uma palavra comum escrita com a ortografia errada. Como o erro saltou aos olhos, gerou um fluxo de comentários e citações da marca nas redes sociais (a maior parte dos usuários elogiou o bar, mas ressaltou o erro de ortografia). Então... quer chamar a atenção de seu cliente de uma forma diferente? Declare guerra!

sérgio carvalho

Como em qualquer embate, todo cuidado é pouco: “deve-se estar atento a legislações, normas e condutas legais”, alerta Beatriz Breves, da vergê studio, de Taubaté

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QUEM NÃO GOSTA DE PRESENTE? Dê uma olhada rápida sobre a mesa do seu escritório. Olhou? É muito provável que você tenha encontrado, entre suas coisas, ao menos uma caneta, uma agenda ou um bloco de anotações que traz a marca de uma empresa “X”. E quem é que não gosta de ganhar, e de guardar, esses brindes corporativos? Por conta dessa ampla aceitação, esse tipo de presente tem se tornado cada vez mais popular, e cada vez mais é utilizado como uma ferramenta de Marketing pelos empresários, por uma série de motivos: porque ajudam a popularizar a marca da empresa, porque fazem com que a mesma seja lembrada e também porque funcionam como mimos, que agradam e conquistam os colaboradores, parceiros e clientes. E é sempre nesta época do ano que a procura aumenta e o mercado dos brindes corporativos fica mais aquecido. Há empresas na região que atuam nesse segmento que chegam a registrar um aumento de até 80% nas vendas, se comparadas às demais épocas do ano. Mas será que essas empresas estão escolhendo bem, têm a consciência do que é um bom presente? Se você tem suas dúvidas, acredite, há pessoas especializadas neste assunto e que atuam em parceria com o departamento de Marketing das empresas para garantir a escolha da melhor opção. Cristiane Martinez é uma dessas veteranas no mercado de presentes corporativos. Trabalhou três anos em uma companhia especializada em consultoria de brindes. Depois, fez parte da equipe de uma terceirizada que prestava serviço para uma grande empresa aeronáutica de São José dos

Campos, em que permaneceu por mais três anos. “Dava apoio à área de Marketing dessa empresa. E foi maravilhoso, pois tive contato com fornecedores internacionais e nacionais, que trabalhavam com presentes que iam do básico ao mais sofisticado. Às vezes, você precisa presentear estudantes, visitantes, funcionários e até presidentes de países, ministros, sheiks etc.”, afirma Cristiane, que hoje é dona de uma loja virtual (e-commerce), especializada em presentes finos e em artigos de decoração, a Presentes & Co. Ainda segundo a empresária, que durante muito tempo atuou como cliente dos fornecedores de brindes, um dos maiores desafios é justamente atender os diversos públicos e fazer com que cada pessoa se sinta única, especial, oferecendo produtos de qualidade e que valorizam à marca. “Foi aí (trabalhando com esta multinacional) que eu conheci o mercado exclusivo do luxo. Mas o luxo não está só no valor do presente. Está também no ‘ser único’, como uma peça de um artesão, por exemplo, feita exclusivamente para o presenteado. Claro que também comprávamos canetas, canecas, bonés, camisetas, mas eram destinados mais para eventos, palestras, visitantes, entre outros fins”, conta. Por onde começar? Para escolher bem um brinde ou um presente, é importantantíssimo, antes de tudo, entender o que exatamente se pretende com aquele mimo. É uma ação de Marketing de incentivo, de reposicionamento de marca ou um simples mimo? “A verdade é que o brinde é, ou, ao menos, deveria ser, um detalhe den-


BRINDES

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Tornar popular a marca da empresa: com esse objetivo, empresas investem cada vez mais na distribuição de “mimos” aos seus clientes

THIAGO GUSTAVO

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O publicitário Thiago kruschewsky dá a dica: “fugir do lugar comum, sem abandonar o foco é o segredo”

tro de algo maior. Dentro da ideia. E a boa ideia pode estar em qualquer lugar. Até mesmo nos velhos bloquinhos e canetas. Basta que você proponha um novo olhar sobre aquilo, que dê ao presenteado algo que nunca lhe foi dado antes, algo com que ele possa se identificar e, posteriormente, relembrar”, afirma Thiago Kruschewsky, que é redator publicitário. Para ele, as melhores opções de brindes são sempre aquelas que têm o poder de amplificar aquilo que a marca quer dizer para seu público, da forma mais clara e criativa possível. E por falar em público, outra dica para acertar em cheio na escolha é conhecê-lo muito bem para, então, adequar a verba disponível à compra. Mas, lembre-se, isso não significa optar sempre pelo mais barato. É clichê, mas cabe bem aqui: “O barato pode sair caro”. “Qualidade e prazo de entrega deveriam ser obrigação, mas ainda encontramos muitos fornecedores ruins e que apenas vendem imagens. Por isso, é muito importante conhecer o fornecedor e sempre pedir amostras

do produto antes de fechar o pedido. Ninguém quer associar a sua imagem à de um produto de má qualidade”, diz Cristiane. Além disso, segundo Carlos Eduardo, da Portelinha Brindes, de São José dos Campos, para quem opta por trabalhar com uma empresa que não tem representantes no Vale, é muito importante se certificar de que a empresa tem um SAC, para que possíveis problemas possam ser resolvidos. Pode ocorrer, por exemplo, de a empresa de brindes, o brindeiro, como são conhecidos, apresentar um layout de um produto e, quando ele chega, termos outro, totalmente diferente do aprovado. Ou, então, fazem o layout com o logo em silk e chega uma tag. Ou propõem o layout à laser e chega em silk, e muitas vezes borrado, ou meio apagado, dando aquela sensação de que está sujo. “Antes de fechar o brinde, procure se informar. Não é só um brinde que você irá fechar, é um produto com o seu logo. E se você der uma caneta para um cliente em uma reunião para fechar um contrato e, na hora em que sérgio carvalho


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ele vai usar a sua caneta, ela estoura na mão dele, ou não funciona? Pode ser bem complicado”, diz Carlos Eduardo.

nesta época do ano, o mercado fica mais aquecido. na região do vale do paraíba, em algumas empresas, o aumento da demanda é de 80%, se comparada às demais épocas do ano

Formas de se dar bem e inovar Ainda que as canetas, agendas e blocos de anotações estejam entre os mais populares dos brindes corporativos, há formas bacanas de inovar. Coisas “ultrapassadas”? Talvez essa não seja a palavra. Quem sabe “inadequadas”. Segundo o publicitário Thiago Kruschewsky, o mais ultrapassado, na verdade, é tratar a escolha do brinde de uma forma aleatória e meramente financeira, desconsiderando o discurso, posicionamento e o público de determinada marca. “A Propaganda tem amadurecido e visto a importância de promover experiências entre marcas e pessoas nos mais diferentes níveis. Por isso, brindes que despertam o paladar, o olfato, a audição, entre outros, têm colaborado bastante com o exercício dos criativos no momento de dar vida à campanha”, afirma. Utilizando-se desse recurso, a chance de ele funcionar e sua empresa ser lembrada se tornam proporcionalmente maior à medida que você consegue despertar e trabalhar a emoção do contemplado. “Por isso, se você unir um discurso consistente, interessante para seu público, com um brinde que seja capaz de entretê-lo, de conduzi-lo a uma experiência única, certamente terá algo perfeito em mãos. Às vezes, você realiza isso com um apetrecho altamente tecnológico e inovador, às vezes, basta um punhado de terra e uma sementinha”, diz Kruschewsky. E não importa se seu brinde é tecnológico e inovador, ou se é simples e tradicional. O bom senso, a adequação e a utilidade é que farão dele um bom

brinde. E isso pode ser bem simples. Por exemplo, há quem sempre invista em agendas, mas ela está perdendo mercado para os cadernos, que costumam ser bem melhor aproveitados. “A escolha do brinde está relacionada à abordagem e ao discurso utilizado pela marca. E, antes de ser criativo, este é um trabalho estratégico. Por isso, este é o momento em que todos devem ter voz: criativos, planners, atendimento, enfim, todos os envolvidos com o trabalho. Uma boa dica para não errar é sempre refletir: ‘após esta ação, o que muda na maneira como meu cliente me enxerga? Essa ação me move para mais perto dele? Soa como algo autêntico, num discurso transparente e natural da marca?’ Certamente as respostas a essas perguntas lhe dirão se você está no caminho certo”, diz o publicitário. E engana-se quem acha que um item está mais alinhado ou é mais indicado para determinado tipo de empresa ou negócio. Para Kruschewsky, fazer isso é desconsiderar o princípio básico da criatividade: a importância do inesperado. “Neste sentido, o criativo deve buscar sempre fugir do lugar comum, amparado por uma boa ideia e pelo alinhamento estratégico. Por exemplo: um termômetro não seria necessariamente um brinde de tanto impacto dado por um hospital, não é mesmo? Mas e se o termômetro fosse entregue na intenção de levar determinado público para um hotsite, em que, por meio de realidade aumentada, a temperatura subisse de tal forma a promover a chegada da nova coleção Primavera-Verão de uma grife? Começaria a ficar mais interessante, não? É isso o que a boa Propaganda deve fazer. Entreter em cima do inesperado, a fim de gerar uma experiência única para seu público.”


Num contraponto proposto por Cristiane Martinez, da Presentes & Co, imagine agora se a sua ação promocional não é preparada e estudada com cuidado, e, na comemoração da semana do Meio Ambiente, por exemplo, você entrega um brinde feito de madeira maciça ou de couro animal? “O fim de ano, assim como outras datas comemorativas, é um fator externo à marca. Isto significa que já existe uma consciência coletiva formada a respeito do assunto. Nesse caso, do fim de ano, pode simbolizar um recomeço, uma transição, uma

mudança vertiginosa, ou algo nesse sentido. Então, cabe à agência ligar os pontos, usando o senso comum, para reforçar o discurso estratégico da marca e a passar uma mensagem positiva, que valorize a maneira com que seu público a enxerga”, reforça Tiago Kruschewsky. E nunca esqueça, por fim, depois de escolher a embalagem certa do brinde. Ela é tão importante quanto o presente e, em muitos casos, pode ser tão bonita e bem feita que acaba sendo considerada um segundo presente. Aí, sua marca ganha duas vezes.

BR IN D E S DI C A S

a andrade

nd arte: elua

EM ALTA

brindes sustentáveis são os preferidos do momento, como as sacolas retornáveis, as sementes de plantas, os kits de jardinagem, as camisetas ecológicas, as canetas recicladas, etc.

INOVADORES

toda a linha dos tecnológicos como os tablets e ipods e aqueles que promovem experiências sensoriais.

BRIN DESPERSONALIZADOS STICKY LINE: organize suas ideias AGENDAS: eficiência começa pelo planejamento CADERNOS: diversidade de tamanhos e estilos ORGANIZERS: muito mais que um caderno, muito mais que uma agenda CALENDÁRIO: sua marca presente no dia a dia Cadernetas e blocos: suas anotações sempre à mão

POPULARES

canetas, agendas, cadernos, blocos, bonés, camisetas, mochilas, canecas, chaveiros, entre outros.

Fonte: Entrevistados e D-Brindes (São José dos Campos)

Fonte: Ótima Padrão de Excelência Gráfica (Pinhais-PR)

PASTAS E FICHÁRIOS: durabilidade e praticidade RISQUE-RABISQUE: praticidade ECO-COURO: legítimo, ecológico e sofisticado PROJETOS ESPECIAIS: dê asas à sua imaginação KITS PROMOCIONAIS: mais de um produto com sua marca ACESSÓRIOS: praticidade para o dia a dia

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Por que eu invisto em Comunicação? Ricardo Meneghin Sócio-gerente da R2 Alimentos (Shazzan Express, Restaurante Vila Nova e Restaurante Panela na Brasa) Revista Lettering: Há quanto tempo a rede Shazzan investe em Comunicação? Ricardo Meneghin: Praticamente, desde a sua fundação em 1998. RL: Como avalia os resultados obtidos com apoio da Comunicação no segmento de seus negócios? RM: Os resultados estão sempre diretamente associados à harmonização do público-alvo, veículo, conteúdo, intensidade e frequência da Comunicação. No nosso caso, sempre que houve acerto nesses quesitos, o resultado atingiu, e muitas vezes, superou nossas expectativas. RL: Quais são os canais de Comunicação mais utilizados para atingir o seu consumidor? RM: Mídia impressa, Outdoor, Busdoor e Mídia eletrônica .

É preciso ter persistência. comunicação é um investimento e, como tal, deve haver sempre uma forma de mensuração dos resultados; às vezes, eles não são visíveis imediatamente

RL: A que o senhor atribui o desempenho da marca Shazzan? RM: Praticamos na empresa a política de melhoria contínua. O desempenho que estamos tendo no mercado reflete nossa determinação em oferecer aos clientes produtos de boa qualidade, com preço justo e ter a humildade de reconhecer que sempre há muito o que melhorar. É preciso um esforço permanente para manter o foco e motivar nossos colaboradores a doar-se para servir o cliente da melhor forma . Além disso, considero imprescindível uma boa estratégia de comunicação com o cliente. RL: O que recomendaria para o empresário que iniciará seus investimentos em Comunicação? RM: Recomendo, primeiramente, definir com clareza o público-alvo, estudar e entender os hábitos e o que valoriza o cliente que se pretende atingir. É importante também buscar uma boa Assessoria de Comunicação, procurar uma assessoria que pense estrategicamente . Alocar os recursos adequados para o investimento na comunicação que devem ser permanentes. Recursos são limitados, portanto, procurar o equilíbrio entre o desejável e o possível. É preciso ter persistência, Comunicação é um investimento e, como tal, deve haver sempre uma forma de mensuração dos resultados. Isso não significa ser imediatista, pois, às vezes, os resultados não são visíveis imediatamente. Todo investimento em Comunicação tem um timming de retorno que precisa ser bem compreendido.


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Faça sua agência ser criativa: isso pode gerar vendas imediatas; no mínimo, uma navegada pelo site de sua empresa


publicidade na internet

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A VEZ DOS ANÚNCIOS DIGITAIS

THIAGO GUSTAVO

Os sites estão repletos deles. Os anúncios na internet já fazem parte da rotina de navegação do internauta. Os mais interessantes e atrativos merecem um clique despretensioso, que pode acabar pela aquisição de um produto, um serviço ou mesmo uma “simples” navegada no site da empresa anunciante. O Marketing digital ganhou fôlego na última década, graças à expansão das possibilidades na rede e à democratização do acesso à internet. Não é modismo nem uma febre passageira, trata-se de uma tendência. Aliado às outras ferramentas de Marketing e à estratégia da empresa, o desafio dessa vertente é ampliar o público e os clientes. Segundo dados divulgados em setembro deste ano pelo Ibope NetRatings, o Brasil superou a marca de 83,4 milhões de internautas. O número de usuários ativos, que acessam a internet de casa ou do trabalho frequentemente, aumentou 11% em relação a 2011, alcançando 50,9 milhões. Isso faz com que sejamos um dos cinco países do mundo que mais acessa a rede mundial de computadores. Se somarmos à explosão de novas possibilidades das plataformas mobile, como tablets e smartphones, o investimento em Marketing Digital torna-se imprescindível. Para a consultora da WSI Digital Marketing Vale, filial da líder de mercado global em soluções de Marketing Digital, Ana Luiza Reusing, a migração dos anúncios para a internet é um movimento inevitável. “A população está envelhecendo. Hoje quem tem menos de 30 anos provavelmente não tem o hábito de ler nada impresso e, cada vez mais, a geração analógica vai ceder lugar à geração digital. Além disso, o custo para se fazer uma campanha on-line é muito menor quando comrevistalettering.com.br

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DE acordo com o Ibope NetRatings, o Brasil é um dos cinco países que mais acessa a internet: 83,4 milhões de internautas atualmente. Só em 2011, o crescimento foi de 11%

parado às mídias impressas, principalmente as de grande circulação. O apelo é ainda mais interessante para as empresas quando agregamos o fator sustentabilidade, já que há uma diminuição do uso de papel”, coloca. Raphael Scofano, da agência taubateana Deze7, ainda não defende uma migração no mercado valeparaibano, mas destaca que os investimentos destinados à mídia digital estão crescendo muito e que os anúncios impressos tendem a se complementar. “As campanhas publicitárias podem levar o leitor além das páginas da revista. Com um simples QR-CODE é possível tirá-lo do impresso e direcioná-lo ao site da empresa, a um outro anúncio interativo, a um filme no youtube e até a um aplicativo sobre o produto ou serviço em que está interessado”. O fato é que as empresas interessadas em expandir seu mercado já aderiram à tendência. De acordo com um relatório publicado pela WSI Global, o investimento do Brasil em publicidade na internet, em 2012, chegará a US$ 710 milhões e a projeção para 2013 é de, pelo menos, 8% a mais. “O fenômeno da internet sem dúvida lançou para as agências uma nova plataforma de Comunicação para o cliente. Para conceber uma estratégia que inclua a internet é sempre bom fazer a seguinte pergunta: meu público-alvo está na internet? Se ele estiver, sem dúvida, dever ser feito um plano que inclua a rede. É claro que o Marketing digital chegou para ficar e deve fazer parte de um plano de mídia completo. O importante é saber utilizar isso. O que não podemos imaginar é que ele será a salvação para todos os males”, destaca o professor de mídia da Univap Celso Meneguetti. A consultora da WSI Vale completa: “as estratégias de Marketing digital

para cada porte de empresa dependerão principalmente do mercado em que atuam, da verba destinada a este trabalho e do tempo e da velocidade que o cliente planeja para atingir seu objetivo”. E para não desperdiçar o investimento, vale a máxima “o ideal é planejar”. Além de integrar o Marketing digital às outras ferramentas já utilizadas pela empresa, algumas providências devem ser observadas: • Pesquisar os locais on-line de preferência de seu público-alvo para direcionar os anúncios; • Analisar a atuação de concorrentes, lembrando que a inovação é essencial para atrair a atenção; • Integrar as ações on-line da empresa com as off-line e as demais estratégias gerenciais e de Marketing; • Estudar projetos apresentados por empresas especializadas em gerenciamento de Marketing digital, para definir a forma de atuação na rede e adequar o orçamento; • Monitorar os anúncios publicitários inseridos na internet. Além de emitir um panorama de retorno do investimento, é possível direcionar as ações para os canais que apresentarem um melhor desempenho. Onde cabe meu anúncio? Sites, blogs, e-commerce, sites de busca, redes sociais. Oferecer espaço aos anunciantes é uma forma de aumentar a rentabilidade desses canais, por isso a oferta é cada vez maior. Os orçamentos, períodos e o retorno variam de um para outro, mas, se bem alinhados, tecem uma rede de possibilidades para as ações de Marketing digital. Para Ana Luiza Reusing, definir a melhor opção depende do cliente e do público-alvo. “O público é delimitado


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De olho neles Conheça alguns tipos de anúncios virtuais. Links patrocinados – Encontrados no topo de páginas de busca, os links são os primeiros a serem visualizados, com redirecionamento imediato a uma página ou site. Muito utilizado para buscas mais concorridas, campanhas temporárias ou mesmo otimização de palavras-chave. O anúncio é criado rapidamente, em forma de texto. A cobrança é feita, em geral, pela quantidade de cliques registrados no link e o anunciante pode controlar o investimento e também mensurar o número de acessos facilmente, utilizando ferramentas gratuitas. Vídeos – As possibilidades de um vídeo on-line atingir proporcionalmente o mesmo nível de engajamento da televisão são cada vez maiores. Os vídeos interativos e virais têm chamado a atenção do mercado publicitário, tornando-se boas opções para anúncios criativos na web. Há variadas plataformas (mais recentes VAST e VPAID) e a resposta do investimento costuma ser de acordo com o tempo e não com a quantidade de cliques. Esse tipo de anúncio deve ser curto, objetivo, criativo e interativo. Vídeos curtos, de 15 segundos, são ótimas opções para chamar a atenção para a marca e aguçar a curiosidade do internauta. Banner – O formato é um dos pioneiros em anúncios da internet, presente na maioria dos sites, e que mais se aproxima dos anúncios impressos convencionais. Com uma arte pré-definida, o mais comum é que o custo seja calculado por page-views (exibição da página), utilizando uma medida chamada CPM (Custo por Mil), que varia conforme o porte e o público de cada site. Há diversos tipos, como o banner estático, o animado e interativo, que possui mais impacto que o anterior por oferecer recursos visuais diferentes. As dimensões seguem uma tabela específica. A mensuração é feita com base na “taxa de click throught”, que indica o percentual de cliques na estrutura. Busca orgânica – O resultado da busca orgânica são os links exibidos logo nas primeiras quatro páginas de um site de busca. Com a escolha das palavras-chave corretas e com a utilização de técnicas SEO (Search Engine Optimization), é possível posicionar o site da empresa nas posições de maior visualização. Há empresas especializadas em implantar a SEO. Pop-up – Talvez o mais polêmico formato, mesmo sendo muito comum na internet. Trata-se de um anúncio que salta na tela assim que o usuário acessa determinado site, obrigando-o a fechá-lo. Há diversos bloqueadores de pop-ups gratuitos, que podem prejudicar o investimento. Quem opta por eles diz que os resultados costumam ser bons para lançamento de produtos, porque têm bom impacto visual e índice de visita. É importante prestar atenção no tempo de duração, no teor da mensagem e no layout, para torná-lo menos invasivo e mais atrativo. E-mail Marketing – É uma ferramenta de grande penetração quando a intenção é manter contato com o público-alvo e ainda é um grande influenciador dos consumidores. O custo é compensador e há empresas especializadas em enviar o montante de uma só vez. É importante definir claramente os objetivos e o conteúdo, ampliar a lista de clientes atuais e potenciais, segmentar as mensagens de acordo com o público, manter dados atualizados e engajamento constante.


Fonte: Internet Advertising Bureau (IAB)- agosto/2011 arte: eluanda andrade

de acordo com o conteúdo da informação que a empresa quer transmitir. É uma regra de toda a ação de Propaganda ou Marketing, on-line ou não. O interessante é que, em Marketing digital, podemos fazer uma campanha totalmente segmentada por idade, sexo, local, interesses”, aponta. É simples: quanto mais visibilidade, maior a procura, maior o preço, mais possibilidade de retorno. Por isso, os sites mais conhecidos costumam atrair mais olhares, o que não significa que outras opções não atenderão à estratégia adotada. Grandes empresas, por exemplo, têm utilizado a força de canais da moda (youtube, blogs e sites) para anunciar cosméticos, vestuário e acessórios. O retorno direcionado ao usuário desses canais costuma ser imediato, ainda mais quando é possível agregar ao produto ou serviço o valor discutido em determinado post ou vídeo. Os sites de busca conhecidos,

como Google, Bing, Yahoo, entre outros figuram entre as principais opções de anunciantes. Isso porque, segundo dados estatísticos, 80% do tráfego da internet começa nesses sites. São mais de 100 bilhões de buscas mensais no Google e mais de 70% dos internautas encontram o que precisam na primeira página. A gigante da internet percebeu o potencial e tem investido no lançamento de ferramentas que viabilizem e facilitem a inserção e o monitoramento dos anúncios de seus clientes no site de busca. Daí a febre dos links patrocinados e da busca orgânica que, segundo os experts são uma poderosa ferramenta e uma das mais ágeis quando a intenção é gerar Publicidade na internet e aparecer na linha de frente. Para quem quer vender, anunciar em site de e-commerce é uma possibilidade vantajosa. Dados recentes apontam que mais de 90% dos usuários ativos da internet já realizaram revistalettering.com.br

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riscos de imagem. Porém, o investimento em ferramentas mais competitivas tende a exigir um aporte maior de verba e, para dar o retorno esperado, deve estar integrado às demais ações de Marketing. De nada adianta fazer com que sua empresa obtenha uma excelente visibilidade na internet, se não houver uma estrutura para amparar o retorno para o negócio e para a imagem da empresa/marca. A consultora da WSI Vale conta que o principal empecilho para a implantação imediata de uma estratégia de Marketing digital no Vale do Paraíba e até em São Paulo é a precariedade dos sites. “Não são poucos os casos em que tenho de que falar com o cliente para investir primeiro em um novo site, antes de dar início ao trabalho de Marketing digital. Caso contrário, seria como construir uma casa com alicerce pobre”, destaca. sérgio carvalho

para o professor de mídia da univap, de são josé dos Campos, celso meneguetti, não existe milagre: “Não podemos imaginar que ela será a salvação para todos os males”

alguma compra nas lojas virtuais. Lucrativa e em expansão, essa nova modalidade de negócio on-line comporta anúncios direcionados aos produtos oferecidos, que pegam carona no consumo do cliente. As redes sociais, como se imagina, não estão excluídas da estratégia de Marketing digital. Também há espaços nelas para a veiculação de anúncios, sem contar que são um termômetro no monitoramento do resultado de diversas ações. Dependendo do público-alvo, são um excelente ponto de partida para a empresa que quer inovar em formatos e ficar na “boca” da opinião pública, mesmo envolvendo maiores

Investir para competir A democratização da internet ampliou a concorrência virtual. Isso significa que as empresas têm mais um obstáculo a vencer na busca por um bom posicionamento de sua marca e/ ou produto e serviço no mercado. O Marketing digital tem conquistado a confiança dos consumidores, que têm à disposição cada vez mais ferramentas para garantir a confiabilidade do anúncio e sua interação com ele. A postura temerária de parte dos usuários em adquirir um produto, por exemplo, ou confiar em uma informação divulgada na rede, tem diminuído e contribuiu para que haja poder na decisão de compra e real fidelização à marca. “Algumas empresas investem em anúncios digitais para correr atrás da concorrência e acabam tendo um retorno tão expressivo que mudam a estratégia”, diz Ana Luiza Reusing,


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“As estratégias de marketing digital dependerão do porte da empresa, do mercado em que atua, da verba e do tempo planejado para atingir os objetivos”, diz Ana Luiza reusing, da wsi Digital marketing vale

sérgio carvalho

da WSI-Vale. Para ela, o ideal é que a empresa invista de 20% a 40% da verba de Marketing em Marketing digital. “Conheço empresas que tem 60% do faturamento atrelado ao Marketing digital e outras que investem 100% da verba destinada e estão muito satisfeitas com o resultado. Tudo depende da estratégia adotada pelo profissional que gerencia o setor da empresa”, completa. As vantagens de investir em Marketing digital já foram apontadas e a possibilidade de segmentação do público-alvo e mensuração dos resultados destacam-se. Mas, e o investimento? Para quem está acostumado a investir em mídias impressas, com valores fixos para determinados tamanhos de anúncios e centimetragem, vale a pena mudar a estratégia? “O ideal é iniciar balanceando o investimento. Pen-

so que existe um conjunto de técnicas e estratégias para consolidar um plano de mídia coerente com o objetivo da empresa”, diz Celso Meneguetti. O custo de anúncios e ações na internet varia muito de acordo com o site, o formato do anúncio e o número de visitas da página. “Para melhor exemplificar, vamos imaginar que uma empresa fez 10 mil panfletos ao custo de R$ 650. A taxa de retorno para esse tipo de publicidade oscila de 1% a 3%, ou seja, um custo alto de mídia, se considerarmos o destino mais comum desse material: o lixo. Por outro lado, se a empresa enviar 10 mil e-marketing, o investimento será de aproximadamente R$ 250,00 com uma taxa de retorno superior a 15%, considerando-se que o envio será realizado por uma empresa séria e com um sistema robusto”, compara Alexandre Louzada, também da agência Deze7. Os métodos de pagamento também variam e dependem do site e da ferramenta utilizada. Em links patrocinados, por exemplo, é por clique. Em blogs e sites menos expostos, há pacotes específicos para cada tamanho de banner, pop-up, ou afins, com custos mensais, trimestrais e até anuais. De acordo com dados do Internet Advertising Bureau (IAB), 59% dos consumidores que visualizam anúncios digitais realizam algum tipo de ação em um prazo de seis meses. A grande atração do Marketing digital para a estratégia da empresa anunciante é sua capacidade de mensuração de resultados. Muito mais eficaz do que veículos impressos, a possibilidade de monitorar o resultado de um investimento permite a mudança de estratégia, ou sua adequação na velocidade que o meio exige. Assim, é possível balancear a verba de Marketing e destiná-la ao meio virtual, quando e o quanto for necessário.


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Comunicar para despertar paixões danilo c monteiro

DANILO C MONTEIRO

O supervisor de Recursos Humanos da LG Eletronics, Luciano Fotim, concorda com a máxima de que a Comunicação exerce papel fundamental para a sobrevivência de qualquer organização moderna. Mas vai além, e defende que o clima favorável e produtivo dentro da empresa só é possível, se os funcionários estiverem satisfeitos com a forma com que são tratados, o que, para ele, só é possível com um fluxo de informações eficiente. “Ninguém se apaixona pelo que não conhece”. Com 15 anos de experiência no mercado corporativo e com especializações na área, Luciano falou a Lettering sobre como a interface RH/Comunicação pode dar bons resultados e fazer todo mundo vestir a mesma camisa.


ENTREVISTA

Revista Lettering: De que forma as ferramentas de comunicação interna podem atuar na construção, reforço ou mudança da cultura de uma empresa, da chamada cultura organizacional? Luciano Fotim: Vários departamentos possuem atuação ampla e estratégica dentro da organização, mas sou audacioso em dizer que o departamento de Comunicação é o de maior destaque neste sentido. Isso porque todas as empresas possuem um termômetro que indica a temperatura do clima, que é a pesquisa de clima organizacional. Essa pesquisa mede, em geral, a satisfação dos empregados com relação à empresa em diversos itens que são medidos através desta pesquisa. Esse instrumento se entranha pela organização, alcançando todos os níveis hierárquicos e todos os setores da empresa, sem nenhuma distinção ou preferência: quanto maior a amplitude e a profundidade melhor. Ainda, para entender a ação da área de Comunicação, uma rápida definição de cultura organizacional, simples, mas funcional: cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que diferencia uma empresa das outras, é a maneira de ser de uma organização, e aí, estou falando desde seus conceitos éticos, regras e políticas internas até a sua estrutura física (ambiente físico). Agora, sim, com todas as definições, cultura e clima organizacional, e como já disse que o departamento de Comunicação é aquele com atuação mais ampla e estratégica, posso explicar. Por meio de suas ferramentas, a área de Comunicação, alcança os empregados de maneira rápida e objetiva. Os quadros de aviso, a intranet, o café com o gerente, a palavra do presidente, os jornais internos, todas as peças são caminhos utilizados pela organização para alcançar o empregado e deixá-lo a par de tudo o que acontece naquele ambiente. É claro que a área de Comunicação deve ter muita atenção e

discernimento na hora de elaborar e divulgar uma informação. A comunicação mal feita é destrutiva e venenosa, incita os empregados contra a organização e desfavorece na construção do clima. Já, o contrário, é agregador, apaixonante e motivador. Quando a empresa começa a apresentar um estado febril, a Comunicação precisa estar com a escuta atenta, e observar quais são os sintomas dessa doença. O empregado não quer só notícia boa, ele quer informação, orientação, direção, ele quer participar. Uma ferramenta da Comunicação que impacta positivamente no clima da organização são as campanhas socioambientais; inserir no contexto empresarial a sociedade, a família e o cuidado com o meio ambiente. Isto agrada os empregados e favorece o clima e é visto com bons olhos pelos stakeholders (públicos de interesse da empresa). RL: É possível que ações estratégicas de comunicação mudem um clima negativo que, por ventura, tenha se instalado na empresa? Como? LF: Para responder a essa pergunta, é importante, primeiramente, identificar os motivos que conduzem uma organização a um clima desfavorável ou negativo. O primeiro ponto a ser considerado é que existe uma relação laboral entre as partes, um contrato de trabalho que rege o que o empregado deve fazer e quanto a empresa deve remunerar pelo serviço prestado. O segundo ponto, e que desmistifica o primeiro, é que não estamos lidando com robôs, logo, as pessoas que formam a organização são dotadas de desejos, necessidades e aspirações. Gestores devem ter o olhar atento para o ambiente organizacional e entender o quanto cada fator contribui para a construção do clima. Interessante que os fatores são os mais diversificados e influenciam no clima numa fórmula fator X pessoa. Por exemplo, para alguns

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“para que exista engajamento, é necessário informar a todos sobre a vida da empresa. está aí a poção mágica para o empregado se apaixonar pela organização”

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danilo c monteiro

aos empregados. Então, respondo à segunda parte da pergunta, a comunicação deve ser clara e reta entre os níveis hierárquicos da organização e deve criar a maior quantidade possível de canais que levem a “palavra da empresa” aos colaboradores. As pessoas não gostam de viver sem informação, sem orientação, sem saber para onde ir, sem saber os rumos da empresa, sem ouvir os seus líderes, enfim, quando isso acontece, percebe-se o surgimento de boatos, rumores, a famosa ‘rádio-peão’, que alimenta os empregados, muitas vezes, com dados inconsistentes e sem fundamentação.

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“O homem não quer mais ser apenas parte de um contrato de trabalho, mas, sim, o construtor de uma história organizacional de sucesso. O atendimento ao empregado é essencial para que ele possa sentir-se parte da organização”

empregados o que importa é a chance de carreira, os desafios; para outros, o conforto e o ambiente físico; há ainda, empregados que são satisfeitos pela estabilidade e segurança e, claro, os que se atraem pela remuneração e os benefícios oferecidos. Bom, identificado, de forma resumida, o que influencia no clima organizacional, podemos começar a falar sobre estratégia de Comunicação. Em minha carreira, tenho percebido que a Comunicação exerce um papel essencial na manutenção do clima dentro da empresa e venho fazendo alguns exercícios para entender como é que isso funciona. Então, já posso responder à primeira parte da pergunta: sim, ações estratégicas de Comunicação contribuem muito para a mudança do clima de uma organização, afinal de contas, uma das coisas que aprendi é que todo empregado precisa e deseja ser cuidado. Cuidado no sentido de carinho, cautela, orientação e responsabilidade. E o que a Comunicação tem a ver com cuidado? Simples, este é o canal direto para que os gestores cumpram esse papel junto

RL: Como a Comunicação pode ser útil no treinamento de lideranças? Que tipo de dicas são importantes passar a quem vai falar em nome da empresa, seja numa apresentação, seja numa entrevista para a imprensa? LF: Temos aqui uma fórmula de sucesso: liderança efetiva + Comunicação assertiva = sucesso! O papel da Comunicação, como disse anteriormente, é fazer com que as notícias da empresa, a palavra do presidente, as diretrizes, sejam difundidas entre todos os empregados. Para isso, a Comunicação (leia-se departamento) conta com algumas ferramentas como o quadro de aviso, o jornal, a intranet etc. mas não é suficiente. Algumas informações precisam de um interlocutor, precisam de pessoalidade. Neste momento, a liderança executa esse papel. Por isso, a liderança deve receber constantes treinamentos sobre a arte de comunicar-se. Frente à equipe, a postura do líder, o tom de voz, a firmeza do olhar são aspectos que podem ser desenvolvidos e fazer toda a diferença. É importante lembrar que o líder no papel de comunicador assume a identidade da empresa. Essa regra faz todo o sentido quando a Comunicação acontece com canais externos, por exemplo, rádios, jornais e emissoras de TV. Por isso,


o departamento de Comunicação deve orientar a liderança no intuito de garantir o sucesso da entrevista ou apresentação e preservar a imagem da organização. Algumas regras de ouro: preparar o discurso, conhecer previamente o receptor da mensagem, conhecer profundamente o assunto e falar o necessário, afinal, boca fechada não fala bobagem!! RL: Como o senhor vê o atendimento ao funcionário para se construir um sentimento de “pertencimento” à empresa - o famoso “vestir a camisa”? LF: Um dos grandes desafios das empresas é manter o clima organizacional favorável e, para isso, é essencial que o empregado esteja satisfeito com a relação que mantém com a empresa. A satisfação do colaborador pode garantir bons resultados à empresa, mas não os melhores. Uma das definições de satisfação no dicionário diz que é o contentamento, prazer que resulta da realização do que se espera, do que se deseja. Ou seja, voltamos ao início, quando falamos da relação laboral entre o empregado e o empregador, onde um oferece a força de trabalho e o outro remunera pelo serviço prestado, ou seja, faça o seu trabalho que será remunerado por isso. Mas vivemos na era da tecnologia, da globalização, da alta competitividade, na era da busca incansável por resultados, mas um resultado feito de forma diferente. Hoje, não adianta mais simplesmente aumentar o preço do produto ou serviço para o cliente final, porque o cliente é muito mais exigente do que o da década passada. Para alcançar o resultado esperado e sobreviver no mercado capitalista tem de fazer mais com menos, em menor tempo e com maior qualidade que a dos seus concorrentes. Muito bem, faço uma pergunta: como conseguir fechar essa equação? Algumas respostas: modernização do parque tecnológico, reengenharias, processos de melhoria contínua, entre outros. Mas

e as pessoas inseridas na organização? Como fazer mais com menos? Como conseguir delas uma resposta superior aos 100%? Não é fácil! Eis que aparece o famoso “vestir a camisa”. Podemos concluir, então, que para a empresa sobreviver neste mercado competitivo um dos seus grandes diferenciais é contar com empregados mais que satisfeitos, ter pessoas que vestem a camisa, que estejam engajadas com o sucesso da organização. A tecnologia, as mudanças de processo, as empresas compram; para ter pessoas engajadas, a empresa precisa manter, e a manutenção é muito mais difícil do que a aquisição. Um dos fatores que mantém uma pessoa engajada é a paixão. Certa vez, conversando com um amigo, muito mais experiente do que eu, ele me disse uma coisa que carrego comigo e compartilho sempre que posso: ninguém se apaixona por alguém ou por alguma coisa sem conhecê-la profundamente. Verdade. Está aí a poção mágica para o empregado apaixonar-se pela organização, sentir orgulho e querer pertencer: conhecer profundamente. E vem, então, o importante papel da Comunicação: oferecer ao empregado informações ricas e variadas que possam dar a ele o sentido de pertencer, de fazer parte. O homem não quer mais ser apenas parte de um contrato de laboro, mas sim o construtor de histórias organizacionais de sucesso. O atendimento ao empregado é essencial para que ele possa sentir-se parte da organização. Assim como um ser humano, a empresa é orgânica. Para o nosso corpo, as veias e as artérias são responsáveis por alimentar nossas células, levando e trazendo sangue, oxigênio e nutrientes necessários para viver. Na organização, esse papel é desempenhado pela Comunicação, que é responsável por levar informações aos empregados, apoiar a liderança no processo de gestão e medir o clima organizacional em busca do melhor resultado. Apaixone-se!

“os quadros de aviso, a internet, o café com o gerente, a palavra do presidente, os jornais internos, todas as peças são caminhos utilizados pela organização para alcançar o empregado e deixá-lo a par de tudo o que acontece naquele ambiente”

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Empregados historicamente por pessoas e empresas para marcar a comemoração de datas, de resultados ou o lançamento de produtos, os eventos ganham, no cenário atual, novo status, o de meio eficiente de Comunicação com o público-alvo. Como um dos pontos fortes centrais, os eventos oferecem flexibilidade – são adaptáveis a diferentes públicos, locais, estruturas e temáticas. Eles também têm como trunfos a possibilidade de serem um canal direto de interação com as pessoas e têm a capacidade de fomentar o relacionamento próximo e até atingir as emoções dos presentes, garantindo a empatia e a fidelização, o que se reflete na eficiência da Comunicação pretendida. Em um evento, tem-se o público presente, o que permite momentos de troca e a aproximação do realizador com as pessoas, já que todos participam de um momento comum. A ocasião é ainda um convite para o relacionamento do público entre si – pessoas se conhecem, se reveem, trocam informações, fazem negócios, em um ambiente deslocado dos habituais postos de trabalho. “Eventos são próprios para Comunicação e excelentes para novas amizades e novos negócios”, afirma Claudir Bustamante, diretor do Aerobuffet São José dos Campos. O potencial da ferramenta e a percepção do papel que ela pode ocupar fazem com que cresça o mercado dos eventos, como avaliam empresários e estudiosos do setor. “O evento é hoje uma das grandes estratégias de posicionamento das empresas, é uma ação de Comunicação e negócios”, disse Aline Fernanda Lima Ferreira, professora do curso de Relações Públicas da Universidade de Taubaté.

Parece festa, Só que é comunicação por simone gonçalves

renan riso


eventos

A gradativa aceitação dos eventos como itens importantes do processo de Comunicação impulsiona e exige mudanças e esmero na elaboração, direcionamento e formas de atuar no setor. Os empresários Ricardo Ferro e Giorgia Andrea Del Vecchio Ferro, do Buffet Tangaroa, destacam a importância do planejamento, da organização e da identificação do público e do perfil do evento. “Evento é planejamento. Todo e qualquer evento precisa ter um planejamento muito bem estruturado”, afirma Giorgia. A preocupação é acertada, segundo a professora da Unitau Aline Fernanda. “O evento é capaz de dar sustentação para a imagem da empresa, por isso tem de ser certeiro. Para ser bem feito, precisa de boa estrutura, equipe de qualidade, enfoque para atuação antes, durante e após a atividade”, aponta ela, que ressalta a necessidade de utilizar dados e experiências do evento após o término dele. A professora explica que essa análise do pós-evento permite verificar a eficiência das medidas adotadas, pensar novas estratégias e, em alguns casos, garante um público a ser trabalhado – já que negócios podem ser realizados após o acontecimento. Assim, ela destaca também o impacto negativo que uma má produção pode ocasionar. “O efeito pode ser inverso.” A apresentação impecável exigida tem um custo, é claro. “As empresas ainda consideram caro realizar eventos, mas é um mercado que está crescendo muito, está aquecido”, diz a professora. As melhores escolhas Diante do potencial dos eventos, como utilizar, da melhor forma, a ferramenta? Há um modelo acertado,

uma data ideal, uma forma que agrade a maior parte do público? Os profissionais da área são enfáticos aos apontarem que é necessário conhecer e analisar bem cada público, para planejar a melhor estratégia. “Não existe uma época certa para se realizar eventos. O que muitas vezes acontece é que dentro de um planejamento estratégico, se podem realizar um evento para o lançamento de um produto, para inauguração de uma marca, desfiles na troca de estação. Isso dependerá do que visa cada cliente”, disse Juliana De Martini, sócia da Anima Soluções Criativas, de São José dos Campos. A ‘carona’ em datas especiais acaba por conduzir empresas a planejar atividades em períodos de festividades sociais, como Natal e Ano Novo, ou particulares, como aniversário do empreendimento. Mas, segundo os profissionais, não há regras, e os eventos podem ser utilizados para criar ocasiões especiais, como lançamentos, ou simplesmente como ferramenta de Comunicação para atrair e fidelizar os clientes. Para o sócio-proprietário do Buffet Tangaroa, em Taubaté, Ricardo Ferro, o acúmulo de eventos aos finais de ano também é decorrente de mudanças de comportamento social. “Houve uma mudança significativa, de 20%, de casamentos que saíram do primeiro semestre para se acumular no segundo semestre, com destaque para setembro, outubro e novembro. Esta mudança acaba traduzindo a sensação de que existe um acúmulo de eventos nos finais de ano.” A escolha do dia e horário para os eventos em geral também é um fator importante a ser observado pelos realizadores. As atividades aos finais de

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Seja um encontro ou uma comemoração: se bem planejado, qualquer movimento nesse setor pode valorizar a imagem da sua empresa

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sérgio carvalho

“eles são próprios para Comunicação e excelentes para novas amizades e novos negócios”, afirma Claudir Bustamante, diretor do Aerobuffet, de São José dos Campos

semana, por exemplo, sugerem que as pessoas estão em período de folga, com a família. Já durante a semana, apostas em coquetéis práticos pode ser uma opção bem sucedida. “Eventos no final de semana facilitam a programação daqueles que vêm de outras cidades e de pessoas que têm a agenda muito atribulada. Mas, hoje, eventos durante a semana despontam como uma boa novidade para entreter a rotina”, afirma Flavia Petit, promotora de eventos do Trópikos Expresso Gourmet, de São José dos Campos. “Nós, produtoras de eventos, devemos sempre estar à frente do novo, do diferente e levar isso sempre ao nosso cliente. Quando enxergamos uma oportunidade de um diferencial, ele pode ser transformado em um evento”, diz Juliana De Martini. Outro quesito a ser considerado é o planejamento de Comunicação. Se há

a intenção de atrair mídia, é necessário que esse fator seja levado em conta na escolha do horário e do local para o evento. A presença de apoiadores de destaque para a ação é uma forma de despertar o interesse de veículos. Um ponto positivo de um evento ‘fora de época’ pode ser a possibilidade de preços mais convidativos ou melhores condições de negociação junto a fornecedores, como prazos estendidos para pagamentos e pacotes de serviços. Quanto ao modelo, os produtores destacam que a organização deve buscar algo adequado ao perfil do público, sejam eles externos, como clientes, ou internos, como funcionários. Os eventos que impressionam Confirmando a tendência de eventos como ferramentas de Comunicação, crescem as atividades temáticas, as ações criativas e bem desenvolvi-


das e os ‘super’ acontecimentos, ocasiões que reúnem diferenciais para surpreender e emocionar os presentes. Para profissionais do segmento, os eventos que reúnem grande produção, novidades ou surpresas são a chave certa para agradar a maior parte do público e, assim, garantir o sucesso da realização. “As pessoas são muito atraídas por propostas diferenciadas e criativas e é por isso que, quando bem efetuados, esses eventos atingem o sucesso”, opinou Flavia Petit. Entre os ‘queridinhos’ dos profissionais, estão as organizações que deixam o trivial de lado e investem em criatividade. “Acredito muito no Marketing Experience, que é o Marketing das sensações, e trazer isso para um evento é sempre a garantia de sucesso, pois é convidar alguém para fazer parte de um momento lúdico. É algo que o convidado não está esperando, chegar em um evento e ser recebido por atores caracterizados e ter uma performance logo na entrada, deparar-se com um cenário interno temá-

sérgio carvalho

tico e ações durante esse evento. Você deixa o convidado encantado com o produto”, afirma a proprietária da Anima, Juliana De Martini. Ela cita como exemplos a estrutura de uma aeronave instalada na Feira do Jovem Empreendedor, realizada em São José dos Campos. A profissional também destaca uma montagem em forma de túnel do tempo criada na entrada de um evento promovido pelo Banco Itaú para funcionários. É emblemático ainda o exemplo da festa Skol Beats, promovida pela Skol. O evento, direcionado ao público jovem, consumidor da cerveja, virou atração descolada e referência. Atende a expectativa do público ‘baladeiro’ com a escolha e com a produção dos espaços-sede, a presença de grandes nomes do cenário musical eletrônico e o repertório antenado com as novidades. “É um evento da área de entretenimento que já tem presença no calendário dos principais acontecimentos, é um negócio no setor”, aponta a professora Aline Ferreira, da Unitau. “Além disso, valoriza a marca”, diz.

“Devemos sempre estar à frente do novo, do diferente, e levar isso aos clientes como uma oportunidade de um evento”, diz Juliana de martini, da anima soluções criativas, de são josé dos campos

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Que sala ela deve ocupar A gestão moderna de empresas já se deu conta: a Comunicação deixou de ser um capricho de imagem para ser uma das protagonistas de um plano de negócios estratégico. Fica impossível imaginar planos de ações empresariais que ignorem o papel da Comunicação e seu poder em lidar com a imagem da instituição. Na era da informação, ferramentas e ações que viabilizem a Comunicação mercadológica e institucional ganham formas e atribuições que agregam valor à empresa e fidelizam o público-alvo. Comunicar não é mais uma despesa e, sim, um investimento. Até aí, tudo bem. Mas como deve ser configurado um setor de Comunicação dentro de uma empresa? Quem deve coordená-lo e a quem ele deve reportar? As áreas de administração, recursos humanos e Marketing costumam concentrar as expertises de controle do setor. Para Vanessa Rodrigues, jornalista e proprietária da Ecoar Comunicação, a decisão depende do porte da empresa e dos objetivos a serem alcançados. “Um dos principais problemas encontrados nas empresas é a falta de um sistema de Comunicação definido. É ideal que se saiba como funciona a organização, suas necessidades e seu público para que se possa traçar objetivos claros”, enfatiza. E para cumprir

seu papel, a Comunicação deve ser vista como missão institucional, que estimule o desenvolvimento de ações de conscientização entre os colaboradores sobre a importância da empresa para eles, enquanto profissionais, e para seus públicos (fornecedor, cliente, consumidor). A palavra de ordem é integração. Daí vem o termo Comunicação empresarial integrada, definido por ser um conjunto articulado de esforços, ações, estratégias e produtos, planejados e desenvolvidos com o único objetivo de agregar valor à empresa e consolidar seu público. Na prática, a Comunicação empresarial integrada elimina a competição entre setores de uma mesma instituição, reunindo-os em torno de um diálogo produtivo e de um planejamento conjunto, que aproveite as capacidades e características de cada setor. Em muitas empresas, essa quebra de paradigma ainda é vista com receio por gestores. “Uma boa Comunicação deve ser feita por todos, caso contrário não obterá o resultado esperado. O primeiro passo é pensar que a Comunicação integrada deve girar em torno de todo o contexto do negócio, passando pelo pessoal, pelo administrativo, pelo produtivo até o pelo resultado. É aí que entram os setores de recursos humanos, administrativo e o Marketing. Esses três, com

thiago gustavo


COMUNICAÇÃo interna

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THIAGO GUSTAVO

A ordem é integrar: com ações pensadas de forma conjunta com outros setores vitais da empresa, os resultados são muito mais certeiros revistalettering.com.br

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os demais departamentos, precisam trabalhar juntos para que a Comunicação integrada ocorra de forma clara”, completa Vanessa Rodrigues. Em geral, as empresas costumam atrelar o setor de Comunicação ao Marketing, já que ambos mantêm uma relação de complementariedade mais evidente. Esta é a prática do Taubaté Shopping. Para a gerente de Marketing Martha Serra, os dois setores convergem tanto em planejamento quanto em ações. “Eles se completam e fazem parte de uma mesma estratégia. A área de Recursos Humanos (RH) também participa ativamente do planejamento e da execução das mais diversas tarefas do empreendimento, como em ações de endomarketing e de relacionamento com lojistas”, explica. Martha também chama a atenção para a necessidade de se manter profissionais capacitados, com visão ampla e expertises específicas dentro do setor de Comunicação. A observação é pertinente porque garante que a execução do trabalho alcance os resultados esperados. Nem sempre colaboradores que já ocupam outras funções terão tempo ou conhecimento para assumir as atividades do setor de Comunicação, embora devam atuar em conjunto com este. A preocupação em garantir um funcionamento harmonioso e planejado das políticas de Comunicação deve pautar a rotina da administração organizacional. O setor administrativo, e aqui incluímos os níveis gerenciais e a diretoria, é parte fundamental do setor de Marketing e Comunicação. Além de ser o responsável direto pelo estabelecimento de metas, ele dita as diretrizes da instituição e do negócio para que o plano de Comunicação integrado esteja alinhado a elas e também é responsável pela liberação de verba para

a execução das ações de Marketing. O ideal é apostar na configuração de um setor de Comunicação que se comunique com os demais, formando um bloco de apoio principal (Comunicação, Marketing, Administração e RH) e incluindo os demais setores da empresa em todo o planejamento. Isso fortalece, não somente o setor de Comunicação, que terá uma visão ampla das necessidades e anseios, bem como o relacionamento entre colaboradores e empresa, que pode ser intensificado com ações de Comunicação interna, direcionada pela Administração/RH, por exemplo. Esta é uma forma de envolver a empresa em um objetivo comum, gerar uma cultura comunicacional e distribuir as competências necessárias no gerenciamento da Comunicação integrada. Terceirizar ou não? Imagine a seguinte situação: uma empresa de médio porte, com um setor de Comunicação seguindo os moldes apontados acima. Quantos profissionais seriam necessários para garantir o cumprimento de um plano que envolva produção de material midiático para divulgação, assessoria de imprensa, peças publicitárias, Comunicação interna e externa, edição de materiais impressos, fotografia, mídias on-line, mídias sociais, plataforma mobile, entre outros? Seguindo a tendência do mercado e a velocidade com que a informação deve chegar aos públicos de interesse, a não ser que a empresa invista em um setor equipado tecnologicamente e em recursos humanos qualificados, a terceirização de parte dos serviços garante a qualidade e a agilidade da Comunicação, como aponta Vanessa Rodrigues, da Ecoar Comunicação. “Comunicação interna, institucional e

pela relação de complementariedade das áreas, Grande parte das organizações adota o modelo em que o setor de marketing dá as diretrizes

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Martha Serra, do taubaté shopping, lembra que é essencial que o setor conte com profissionais competentes que tenham, ao mesmo tempo, visão ampla e talentos específicos sérgio carvalho

web são bons exemplos de serviços terceirizados. A prática ainda reduz custos administrativos e de pessoal, aumenta a especialização da área, gera efetividade e ganhos de competitividade. Mas ainda acredito na ideia de que toda empresa deve manter o seu setor de Comunicação ativo e treinado, até mesmo para trabalhar em conjunto com os serviços terceirizados”, pontua. Cada vez mais envolvidas com o avanço dos meios de Comunicação como um todo, as agências têm investido na captação de clientes e atraído profissionais. De acordo com a Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), atualmente, no Brasil, existem cerca de 1,1 mil agências de Comunicação e que, juntas, formam uma receita que chega perto dos R$ 2 bilhões. A previsão é que o setor cresça 20%, ao final de

2012. O desenvolvimento está atrelado à mudança de postura de algumas organizações quanto à importância estratégica da Comunicação, além do surgimento e convergência de mídias. A contratação de uma agência de Comunicação não diminuiu nem exime todos os setores da empresa da responsabilidade de zelar pela Comunicação. Ela deve ser vista somente como um suporte externo. Atualmente com quatro colaboradores, o setor de Comunicação do Taubaté Shopping conta com o auxílio de uma agência. “Especificamente de Comunicação, optamos por terceirizar propaganda, assessoria de imprensa, geração de conteúdo, rede social e site. A expertise de nossa equipe é o planejamento, o monitoramento e a mensuração dos resultados das ações. O Marketing permite ainda a contratação de diversos outros profissionais para realizar eventos, por exemplo”, explica Martha Serra, gerente de Marketing. De um lado, o suporte e o conhecimento técnico de uma agência são grandes diferenciais na elaboração de estratégias. “É aquela velha história do cada macaco no seu galho. Eles me oferecem o que sabem fazer de melhor e o Taubaté Shopping consegue focar suas atividades no que tem know-how para fazer. Cada um fazendo sua parte da melhor forma”, completa Martha. Do outro lado, as agências devem ser escolhidas de acordo com a afinidade que mantêm com o negócio. “Uma assessoria deve ser parceira, saber ouvir o cliente e seus colaboradores, farejar necessidades e gerar oportunidades para agregar valor à marca e ao trabalho coordenado pelo setor de Comunicação. Mas, para isso, é preciso, antes de tudo, respeitar a cultura organizacional da empresa, para que ela não perca sua identidade”, arremata Vanessa Rodrigues.


cÓDIGO BR RECEBE NOVOS CLIENTES A Código BR, agência de Assessoria de Imprensa e Comunicação corporativa, recebeu nos últimos dois meses quatro novos clientes. Passam a integrar a carteira de empresas atendidas pela agência a Conexão FGV, a CooperEmbraer, a SuperMix Life, maior distribuidora de rações e produtos do mercado pet do Brasil, além das empresas de tecnologia E-Max Telecom e Sentran. Os sócios Bianca Totti e Daniel Giannotti também comemoram o novo site da agência que já se tornou um portal de notícias e pautas para consulta dos jornalistas e mostra um pouco dos trabalhos desenvolvidos pela equipe.

Phocus Interact cria aplicativo que auxilia na busca de emprego A agência digital Phocus Interact, sediada em São José dos Campos, e o Trampos. co, lançaram oficialmente em novembro o primeiro Aplicativo Trampos. Com o aplicativo, o usuário passa a receber pushs quando uma vaga nova é postada no sistema. O aplicativo permite ainda que o candidato envie diretamente um e-mail ao responsável pela vaga, além de compartilhar a informação nas redes sociais, enviar para outros e-mails ou até um SMS para um amigo.

Arriba! Comunicação está cheia de novidades O finalzinho do ano de 2012 para a Arriba! Comunicação, de São José dos Campos, chega com novidades no Departamento de Novos Negócios. A primeira é que a agência acaba de ganhar uma nova concorrência da Alphaville. Outra boa notícia é o contrato recém-fechado com a Arevale Artefatos de Concreto, empresa que produz pisos intertravados e blocos estruturais.

Agência Mind apresenta novo layout para saudar seus 20 anos Com novo slogan “ Transformando problemas em ideias e ideas em soluções”, marca repaginada e site com navegação diferenciada, a agência Mind Comunicação e Marketing de Cruzeiro se prepara para comemorar seus 20 anos de trabalho na região. A mudança atinge também as redes sociais da Mind, que a partir de agora permitem que seus seguidores e fãs tenham acesso direto pelo site.

Conexão FGV inova em campanha para captação de alunos Tecnologia e inovação são as ferramentas que a Conexão FGV usa em sua nova campanha de matrículas da Pós-graduação para o 1º semestre de 2013. Realizada com displays interativos que usam a tecnologia de captura de movimento Kinect, da Microsoft, a ação da Click Now une conceitos de storytelling com transmídia procurando alcançar uma comunicação integrada. Os estudantes do grupo gravaram depoimentos espontâneos sobre o dia a dia de pós-graduação e de como o curso ajuda na carreira e no desenvolvimento profissional. O material gerado será utilizado como matéria prima da campanha de 2013.

Mestra Comunicação comemora atuação no mercado imobiliário A Mestra Comunicação, de São José dos Campos, reúne 14 construtoras em seu portfólio de clientes; 3 delas conquistadas no ano de 2012: ViaPlan, Costa Norte e Canuanã. O último case de sucesso fica por conta da parceria entre Costa Norte e ViaPlan, as construtoras responsáveis pela realização do empreendimento Boulevard Office & Mall em Jacareí, lançado no mês de outubro. A estratégia de lançamento elaborada e executada pela Mestra Comunicação teve como resultado 300 salas comercializadas (80% do total) em menos de 15 dias. A meta é chegar aos 100% ainda em dezembro.

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thiago gustavo

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infocomerciais

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Seus problemas acabaram! O bom e velho megafone que anunciava as ‘pamonhas de Piracicaba’ pode até funcionar nas ruas, principalmente de cidades do nosso interior. Mas a realidade é que a prática de vender algo está a cada dia se reinventando e se tornando – além de uma prática de negócio (uma das principais) – uma atividade criativa e de entretenimento, sobretudo com o uso das ferramentas de Comunicação das quais dispomos, como, claro, a também já cinquentona TV. E, como especialistas definem, venda é sempre venda, independente de sua forma de atuação. E por se tratar de uma relação comercial que, em uma ponta, garante ao empresário maior visibilidade e fixação da marca, e, na outra, garante ao cliente a oportunidade de sanar seus desejos, atrelando necessidade e prazer, a TV se tornou uma grande vitrine de comércio, seja de produtos do dia a dia, como roupas e acessórios pessoais, passando pelos eletroeletrônicos, até os automóveis. Diferentemente das publicidades convencionais, essa forma de ‘fazer negócio’ atrai aquele que visa ter uma relação mais direta com seu interlocutor e uma finalização mais imediata de venda. Em vez de grandes campanhas, é como se o empresário dispusesse sua banca de produtos ao consumidor, pela TV. E é um formato que dá certo, garante a diretora do programa Vale Shop, Astrid Cesar, veiculado pela Band Vale, com cobertura no Vale do Paraíba,

Serra da Mantiqueira e Litoral Norte. Vantagens como custo-benefício relativamente baixo, retorno imediato e diálogo direto com o público-alvo são alguns pontos favoráveis apresentadas por ela. Tais vantagens são reforçadas por José Carlos Alves, gerente da loja Zukein, de São José dos Campos. “É um formato de publicidade econômico e que nos permite direcionar nossa venda, atingindo um grande público. Afinal, quem acessa está, sim, interessado em algum produto anunciado no programa”, acredita o gerente, que afirma recorrer a este tipo de venda há mais de quatro anos. “E o retorno é positivo”, garante. O professor de vendas da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) José Sérgio Ferreira Antonio segue a mesma linha de entendimento do empresário anunciante, porém lança a reflexão sobre o perfil mais crítico do novo consumidor. “O avanço tecnológico tornou o comprador mais exigente, mas também mais bem informado. Quando ele é sensibilizado e se predispõe a comprar um produto pela TV e até mesmo pela internet, ele busca imediatamente informações sobre o que quer adquirir e, via de regra, quando opta por um determinado produto, já tem as informações necessárias e isso supera, na maioria dos casos, a necessidade do contato físico para se decidir.”

Vendas pela TV são ainda mais adequadas a produtos e a marcas que podem ter uma relação comercial direta com o consumidor

Formato da modernidade Para explicar a expansão de venrevistalettering.com.br

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Nós compreendemos o seu público alvo, eles são:

<:o) :): 8-)

Festeiros

Cultos

inteligentes

E conhecemos muito bem nossos clientes, eles são:

:-)

Felizes

www.facebook.com/cruzeferreira


das, de um modo geral, recorremos ao fenômeno econômico da ascensão da classe C, que permitiu o franco aquecimento do consumo. Junta-se aos elementos econômicos a necessidade de se ter maior comodidade e garantia de direitos ao consumidor. “No Brasil, eu diria mais especificamente em São Paulo, esse sistema teve início aproximadamente há 15 anos, com apoio, basicamente, dos hábitos da vida moderna, falta de tempo, velocidade de informações, avanço tecnológico e principalmente pela regulamentação do Código de Defesa do Consumidor”, associa o professor José Sergio. Segundo dados apontados por Astrid Cesar, levantados com a finalidade de se fazer estudos de mercado para o próprio Vale Shop – afinal, é preciso conhecer o terreno onde se atua –, embora a classe C seja maioria no Brasil e tenha essa disposição a um ritmo mais acelerado de consumo, é o próprio consumidor o dono de suas decisões no ato da compra. Segundo o levantamento do Vale Shop, como exemplo, há equilíbrio entre os consumidores dos sexos feminino e masculino, com ligeira predominância das mulheres. Essa realidade se completa com o fato de 75%, em média, serem indivíduos acima de 25 anos e de apenas 2% terem, por exemplo, uma empregada doméstica. Em resumo, isso quer dizer que é o indivíduo o responsável não só por sua compra, mas também pela propagação da marca que consome. Vender é a atração Mas é claro que, como em qualquer tipo de negócio, é preciso se tomar alguns cuidados. Assim como em uma loja, as estratégias têm de

estar bastante claras e delineadas. Um programa desse porte deve manter as características profissionais de quem trabalha com vendas, como muito bem coloca o professor José Sergio. “Para se ter um bom resultado, é preciso preparo. Essa preparação envolve uma boa forma de apresentação dos produtos na TV, contratação de profissionais com as características específicas, estar a par da concorrência para poder praticar preços competitivos, boa logística para entregas rápidas (e de acordo com o que foi anunciado pela TV), sistema de pagamento fácil, objetivo e seguro, para, com isso, ter a preferência”. Além de um formato bem definido, José Sergio ainda ressalta a importância de um perfil bem desenhado dos vendedores, que devem ser treinados e preparados. “Além de reunir as qualidades básicas para o desempenho da função, o apresentador/vendedor deve ter uma boa apresentação pessoal, desenvoltura para falar diante das câmeras, porque é natural associar-se a imagem do vendedor ao produto e à empresa vendedora. Há necessidade de passar credibilidade”, aponta. Nos moldes de um programa de TV, com roteiro e com equipe profissional, os programas voltados à venda recorrem ao dinamismo, ao entretenimento e a doses de jornalismo para se chegar ao objetivo maior, que é vender. Astrid Cesar deixa claro que o papel de quem está ali, na tela, apresentando/ vendendo não é somente oferecer um produto, mas convencer o consumidor de que estará fazendo um bom negócio. “Para isso, nos utilizamos, claro, de muita informação”. Ali, o discurso não é focado somente no preço, mas nos diferenciais de cada produto ou serviço apresenta-

O modelo básico é o de um programa de TV, com roteiro definido e equipe de produção: a aposta para prender o telespectador é o dinamismo, o entretenimento e, claro, o tom jornalístico

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“também mostramos feiras, congressos, eventos de vários formatos. Isso mostra que a empresa pode oferecer mais que um produto palpável”, diz a diretora do programa Vale Shop, veiculado pela TV band Vale, Astrid Cesar

do. “Esse tipo de anúncio permite que a marca esteja sempre em evidência, além, é claro, de também dar suporte às nossas estratégias promocionais”, enfatiza José Carlos, da Zukein. A prática, a mesma loja física, que se encontra nos centros comerciais das cidades, competindo a atenção do consumidor com diversas outras concorrentes – por meio de seus diversos elementos –, ao se utilizar do recurso de venda em programas de TV tem uma grande visibilidade por um grupo maior de clientes potenciais ao mesmo tempo. Venda Indireta “Muitas vezes, a venda indireta traz muito mais resultados do que a venda direta”, pontua Astrid Cesar ao lembrar que o formato desses programas também permite que a empresa demonstre muito mais do que o produto em si, mas também os valores que se somam a sua marca. A abrangência de uma venda

indireta está em mostrar a atuação social da empresa, que prima pela qualidade de seu produto e de sua imagem na comunidade em que está inserida. Nesse aspecto, a diretora do Vale Shop revela que as coberturas dos eventos empresariais também podem ser uma boa estratégia para se atingir a sensibilidade do cliente e fixar a imagem que se pretende em sua vida. “Cobrimos feiras, congressos, eventos de vários formatos com o objetivo de mostrar que a empresa pode oferecer ao seu consumidor muito mais que um produto palpável, mas satisfação e bem-estar somados a ele”. “Em um evento ambiental, por exemplo, a empresa pode demonstrar que se preocupa com o meioambiente e com a realidade de sua comunidade. Assim, está oferecendo ao seu público a imagem de uma empresa responsável e de um produto com muito mais valor. Isso é uma venda indireta”, explica.

sérgio carvalho


Todo dia nasce um consumidor digital Há alguns anos, abordo isso com muita gente. Com a evolução da internet, um novo consumidor surgiu: consome menos papel, é mais ágil e tem maior vontade de contribuir para o sucesso da marca ou para o fracasso dela. E, acredite, amanhã irá nascer um outro consumidor com muito mais habilidade de compartilhamento de interesses que você, sem contar que, futuramente, não haverá mais fronteiras entre as pessoas e seus hábitos. O mundo será um só, muito mais conectado e com uma população altamente digital. É por isso que defendo e comento sempre que, a cada dia, morre um leitor de mídia impressa e nasce um leitor de mídia on-line. E isso significa que o relacionamento desse consumidor com a informação está cada vez mais interativo e diferenciado, o que ajuda muito na construção de novos negócios e no desenvolvimento de novas oportunidades. Não estou dizendo que o jornal ou a revista impressa irão morrer, defendo a sua renovação. Veja o caso da Folha de S. Paulo, que passou a cobrar pelo conteúdo oferecido on-line. Lembre-se que ela foi o primeiro jornal on-line no país e agora é o primeiro, ou um dos primeiros, a cobrar pelo acesso. Justo? A evolução do tempo dirá que sim. Acredito que seja um novo nicho de mercado a ser explorado. Esta revista que você está lendo agora também é disponibilizada em sua versão digital. Aqui, abro um parêntese para exemplificar o que acabo de citar. Você deve estar se perguntando por que pagar por uma notícia se é possível acessar outro portal e ler de graça? Respondo: da mesma forma que hoje, por exemplo, você compra uma música ou um aplicativo na AppStore, pelo simples motivo de se sentir proprietário de algo exclusivo e com um serviço muito mais completo. É a evolução da assinatura,

que acompanha a era digital. Por outro lado, os veículos de informação passaram a ter um desafio muito maior, que é manter e oferecer informações de forma atualizada. Antigamente, o leitor era mais individualista e suas atitudes demoravam para ganhar proporções maiores. Hoje, com a nova cultura do compartilhamento, que vai além do círculo de amizades, as proporções, os resultados e o impacto de uma mensagem foram amplificados de forma absurda. Outro desafio que os veículos de informações já estão enfrentando e que tende a aumentar ainda mais é a participação das pessoas comuns na construção de um assunto ou na difusão dessa informação, como a que acabo de citar. Aquela fonte de informação que, antes, era consultada e apresentada como uma verdade pode ser desmascarada de forma rápida ou valorizada ainda mais nos dias atuais. Um celular na mão e no momento certo, bingo! Você pode virar o autor de um assunto mundialmente conhecido. Um exemplo importantíssimo de como funciona esse novo mundo colaborativo é o sucesso da Rádio SulAmérica Trânsito em São Paulo (92,1FM), do Grupo Bandeirantes. Uma rádio em que o ouvinte auxilia e constrói, junto com o jornalista, o assunto e o roteiro do dia, com participações efetivas na confirmação de situações do trânsito, na correção de informações dadas pelo apresentador e, ainda, com abordagens que incrementam a notícia, como fotos, vídeos e depoimentos in loco. O mundo passou a ser colaborativo e mais dinâmico. Sobreviverá quem se adaptar a esse momento com a consciência de que, em breve, terá de se reinventar para acompanhar a nova evolução digital e de relacionamento que virá. É hora de se preparar para o novo.

Henrique Barros Sócio-diretor de criação da Esgrima Propaganda e Marketing, São Paulo revistalettering.com.br

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Vanessa Campos facebook.com/vanaeu


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