Make It Positive Magazine 3 by Revista Make it Positive

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Psicologia Positiva • neurociência • coaching • saúde • conhecimento

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no caminho do

flow Mihaly Csikszentmihalyi comenta estratégias simples para promover o flow, em entrevista exclusiva

Veja também: Como desenvolver resiliência e esperança Mindfullness (parte 2) Capital humano positivo Empreendedorismo e atitude positiva

psicologia positiva Fazendo a diferença no mundo:

A formação

Neste curso de Psicologia Positiva (PP), além do sólido embasamento teórico, o diferencial é a oportunidade de constituir uma jornada de 320h em contato com suas forças pessoais e desenvolver um projeto prático em PP, desde a ideia até a execução.

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Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento

2 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010

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Simplicidade e observação

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Ano I – n o 3 – abr./mai./jun. 2016 www.makeitpositivemag.com

ihaly Csikszentmihalyi, um dos fundadores da Psicologia Positiva, cultiva não só o gosto pelo aprendizado como a atenção às coisas simples da vida. Entrar em flow com estas últimas é algo que para ele acontece com facilidade (imagine ser casado durante 63 anos e atingir flow conversando com o/a cônjuge, como ocorre com ele e sua esposa?). Caminhar nas montanhas e cozinhar, duas outras atividades corriqueiras citadas por ele como garantia de flow em seu cotidiano, dividem espaço com a pesquisa, que lhe proporciona muito prazer. O renomado cientista sintetiza anos de estudo em uma prática nada complexa, para os iniciantes em uma vida mais prazerosa, engajada em atividades mais gratificantes: simplesmente observe-se. E ele não fala de mergulhos profundos e individuais no self, mas de manter um olhar atento ao dia a dia, verificando quais tarefas nos levam a níveis de flow elevado, que façam parte de um projeto de uma vida bem vivida, da qual nos orgulharemos no futuro. O pesquisador é destaque desta edição de MIP Mag, que também traz artigos que ressaltam outros importantes elementos de uma vida da qual possamos nos orgulhar: resiliência e esperança, algumas das características dos otimistas e das pessoas mais felizes ou satisfeitas com sua jornada neste plano. No âmbito das instituições positivas, um dos pilares da Psicologia Positiva, este número traz artigo que comenta o novo diferencial organizacional: o capital humano positivo. A atitude empreendedora e positiva e o Inquérito Apreciativo são abordados em outros textos, assim como a continuidade da série de artigos sobre mindfulness. Boa leitura!

MIP Mag é uma publicação trimestral do Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC). É proibida a reprodução sem autorização do IPPC e dos autores. As informações ou opiniões contidas nesta publicação não refletem necessariamente a posição do IPPC. Diretoria Lilian Graziano Fabio Appolinário Conselho editorial Lilian Graziano Membros do Instituto Arthur Ranieri Claudia Ribeiro Cléa Graziano Fabiola Bernardo Frank Roman Lidia Pagni Mara Laimgruber Apoio

Associação de Psicologia Positiva da América Latina Realização:

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comunicação • conteúdo • desenvolvimento humano www.ponto-a.com • comunicacao@ponto-a.com @PontoA_falecom • Tel./Fax (11) 3042-5900

Edição e coordenação (coordinator): Jussara Goyano

Jussara Goyano

(Coach certificada pelo Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento e

jornalista, editora desta publicação)

Arte e projeto gráfico (design): Monique Elias Tradução (translator): Fabíola Bernardo Revisão: Marta Sá (Português) e Marina Werneck (Inglês) Contatos com a redação: Tel./ Phone number: +55 11 3042 5900 E-mail: mipmag@psicologiapositiva.com.br Endereço para correspondência/ Adress: Rua Helena, 140, cj. 111/112, Vila Olímpia, S. Paulo – SP – Brasil CEP: 04552-050 Comercial e Marketing: Cléa Graziano E-mail: clea@psicologiapositiva.com.br Tel.: +55 11 9 5328 4010

sumário

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Entrevista Mihaly Csikszentmihalyi aborda flow e estratégias para obtê-lo

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Psicologia Positiva • neurociência • coaching • saúde • conhecimento

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no CaMinho do

flow Mihaly Csikszentmihalyi comenta estratégias simples para promover o flow, em entrevista exclusiva

Bem-Estar Mindfulness (parte 2): benefícios e aplicações O poder da esperança Como promover resiliência

Veja também: Como desenvolver resiliência e esperança Mindfullness (parte 2) Capital humano positivo Empreendedorismo e atitude positiva

imagem da capa: freepik/montagem: Monique Elias

Neurociência Realidade virtual para treinar a compaixão

Empresas Capital humano positivo, o diferencial das companhias

Leitura The Upside of Your Dark Side, de Todd B. Kashdan e Robert Biswas-Diener

A importância do empreendedorismo e do comportamento positivo

e mais...

Inquérito Apreciativo: ferramenta de empatia e envolvimento

Positive News Positive WIKI Sua Felicidade 4

imagens: freepik/divulgação

Testimonial Transformações por meio do autoconhecimento

entrevista

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APENAS observe... imagens: divulgação

Para Mihaly Csikszentmihalyi, atentar-se às tarefas que dão prazer, aumentando sua frequência, seria o suficiente para promover flow. E não dá para ser criativo sem gostar do que se faz • Por Jussara Goyano •

entrevista

Imaginei

suficiente

inteligentes viver vidas

alegres, prazerosas significativas 6

imagens: divulgação

“Q

uando criança, na II Guerra Mundial, ele percebeu que a menos que as pessoas levassem a sério sua responsabilidade de fazer do mundo um lugar melhor para se viver, a lei da entropia inevitavelmente resultaria em uma deterioração constante da condição humana.” Este é um trecho significativo da biografia de Mihaly Csikszentmihalyi, enviada à MIP Mag como referência para esta introdução de sua entrevista. Talvez esse pensamento explique por que ele se tornou um dos criadores da Psicologia Positiva, muitos anos mais tarde. De acordo com essa mesma biografia, ele nasceu em 1934, em Fiume, Itália (hoje Rijeka, Croácia), filho de e preencher a sua vida com isso. Entrar pais húngaros. Em 1956 deixou a Itália para continuar em flow não requer autoconhecimento seus estudos nos Estados Unidos (com apenas US profundo, mas, sim, algum esforço em $ 1,25 e sem outros recursos financeiros, o que não observar e reorganizar a vida. o impediu de receber um PhD em Desenvolvimento Quando o senhor decidiu Humano pela Universidade de Chicago, em 1965). Depois estudar flow ? disso, e durante os anos em que lecionou Sociologia Foi há 40 anos, comecei a estudar e Antropologia em Lake Forest College – “ele não pessoas que pareciam apreciar o que havia estudado nenhum desses assuntos”, também de estavam fazendo (artistas e acordo com sua biografia –, ele desportistas primeiro e, depois, desenvolveu o modelo básico “ cirurgiões, programadores de da experiência de flow, um dos computador e, então, trabalhadores conceitos mais importantes em que, se somos em geral) – porque eu vi muitas Psicologia Positiva [consulte, a inteligentes o pessoas ao meu redor que pareciam respeito, o glossário desta edição]. resignadas a uma vida em que Até o final dos anos 1990, de encontravam pouquíssimo prazer ou volta à Universidade de Chicago, para enviar um alegria – especialmente no trabalho. ele escreveu vários livros (Flow, Imaginei que, se somos inteligentes um deles, foi traduzido para 28 homem à Lua, o suficiente para enviar um homem idiomas, tornando-se um grande devemos ser à Lua, devemos ser inteligentes o best-seller internacional). Ele suficiente para encontrar maneiras também publicou mais de 200 de viver vidas que sejam mais artigos em revistas indexadas. No o suficiente alegres, prazerosas, significativas… momento ele lidera um programa de doutorado em Psicologia para encontrar mais gratificantes. Positiva na Universidade de maneiras de Sabemos que para algumas Claremont, Estados Unidos. pessoas o flow acontece Csikszentmihalyi respondeu espontaneamente, enquanto brevemente a algumas das para outros nem tanto. Alguns perguntas enviadas por MIP Mag que sejam nem sequer sabem o que os faz sobre o conceito de flow e sobre mais entrar nesse estado. Que tipo as estratégias para chegar a de orientação podemos dar esse estado: segundo ele, basta , a alguém que está buscando prestar atenção ao que você ” essa motivação? Quais as gosta de fazer e faz você crescer

entrevista

“Para alguns, o flow é uma diversão, e, para outros, pode vir de atividades criminosas. Mas o que é importante para o bem-estar é encontrar o flow em atividades que fornecem oportunidades para o seu crescimento”

Flow traz felicidade?

“É o envolvimento total do flow, em vez da felicidade, que faz com que atinjamos a excelência na vida. Podemos ser felizes experimentando o prazer passivo de um corpo descansado, do sol quente, ou a alegria de um relacionamento sereno, mas este tipo de felicidade é dependente de circunstâncias externas favoráveis. A felicidade que segue o flow é de nossa própria criação, e isso leva a um aumento da complexidade e do crescimento na consciência.”

ferramentas que uma pessoa pode usar para uma autoavaliação, antes de entrar em psicoterapia e um processo de coaching?

(Psychology Today/ Finding Flow: The Psychology of Engagement with Everyday Life, Mihaly Csikszentmihalyi)

Prestar muita atenção ao que te faz feliz. Talvez manter um diário com o que foi o ponto alto do seu dia e qual foi o ponto mais baixo. Depois de um tempo você pode começar a fazer mais das coisas que te fazem feliz, e menos do que faz você infeliz.

Mas o que é importante para o bem-estar é encontrar o flow em atividades que fornecem oportunidades para o seu crescimento, e que potencialmente ajudem outras pessoas, e que, quando você estiver velho, possa olhar para trás com orgulho de uma vida bem vivida.

Poderíamos dizer que o flow dependerá sempre de um profundo autoconhecimento, certo?

Não necessariamente. Basta prestar atenção ao que você gosta e ao que é provável que seja bom para você no futuro.

E sobre a relação entre flow e criatividade (esta última, uma habilidade exigida em várias posições e profissões em empresas)?

Flow e propósito de vida estão essencialmente relacionados?

Para alguns, o flow é uma diversão, e para outros, pode vir de atividades criminosas.

Flow não conduz necessariamente à criatividade, mas é um requisito necessário da criatividade. Se você não gostar do que você está fazendo, você só vai fazer o que é esperado, aquilo que você é pago para realizar.

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O que o faz entrar em estado de flow?

Quando eu era jovem, eu tinha flow na leitura, na pintura e na escalada. Agora, aos 82, encontro flow em escrever, fazer pesquisa, conversar com minha esposa (com quem sou casado há 63 anos), caminhar nas montanhas, brincar com meus netos, cozinhar para minha esposa e meus amigos.

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mindfulness (parte 2)

Um exercício de consciência plena no momento presente • por Fabio Appolinário •

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magine as seguintes cenas: a) você acorda no meio da noite pensando sobre uma discussão desagradável que teve no dia anterior com um colega de trabalho ou alguém da família e não consegue mais adormecer, inundado por pensamentos negativos e emoções negativas que permanecem ruminando em sua mente até

o raiar do sol; b) você tem um tarefa mental importante para realizar, como estudar aquela matéria de que não gosta muito ou preparar um relatório particularmente enfadonho sobre questões que não lhe animam em nada, mas não consegue se concentrar direito porque inúmeras outras prioridades (férias, o livro interessantíssimo que está lendo, o filme

que está ansioso para ver no cinema) insistem em vir à sua mente, tornando a tarefa já naturalmente entediante uma tortura digna do “Inferno de Dante”; c) você tem um desafio importante na próxima semana (apresentar um projeto, dar uma palestra, negociar algo importante com um cliente particularmente difícil, ir bem numa prova) e passa boa parte do tempo se torturando mentalmente a respeito das mil coisas que podem dar errado, o que afeta o seu sono, seu ânimo, seu humor, seu nível de energia e até mesmo sua saúde. Estas situações são familiares a todos nós, seres pensantes. E o problema parece que reside exatamente aí: os nossos pensamentos. Mas espere um pouco. O que seria de nós sem o pensamento? Toda a arte, a literatura, a ciência e a cultura humanas foram produzidas por meio do pensamento. Toda a comunicação, todo o raciocínio e o argumento crítico que impede que nos tornemos verdadeiros idiotas inúteis são frutos do pensamento. Então como uma coisa maravilhosa como o pensamento (aquele monólogo mental que continuamente se passa em nossas cabeças) pode ser algo tão horrível e ao mesmo tempo tão sublime? Algo capaz de produzir todo o sofrimento do mundo e simultaneamente engendrar algumas das mais extraordinárias realizações da humanidade?

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Mente, pensamento e consciência A maioria das pessoas parece mergulhada permanentemente numa espécie de transe, no qual encontram-se presas a fantasias e devaneios a respeito do futuro, ruminações e lembranças do passado ou enredadas em abstrações e autonarrativas desestabilizadoras que geram turbilhões de emoções boas e ruins, produzindo um estado permanente de ansiedade, expectativa e confusão. Alguns chamam esse transe de mindlesness. Não se trata de uma “mente desgovernada”, como defendiam os psicólogos cognitivistas do meio do século passado: tratase, antes, de uma mente sem consciência dos seus próprios pensamentos e de suas emoções. Mas como assim? A consciência não são os pensamentos? Bem, aqui parece que temos uma questão fundamental: você não é os seus pensamentos. Sua mente é algo muito maior do que isso. Certamente pensamentos são eventos que acontecem em sua mente – e são eventos realmente importantes, que merecem toda a sua consideração. Mas existe pelo menos outro processo de igual importância, e que é sistematicamente ignorado pela maioria das pessoas: a consciência. Mindfulness tem a ver com o desenvolvimento deste segundo processo mental fundamentalmente importante para que alcancemos a paz, o equilíbrio e a tão almejada serenidade interior, não importando o que esteja acontecendo a nosso redor.

A maioria das pessoas parece mergulhada numa espécie de transe , presa a fantasias e devaneios a respeito do futuro ou ruminações e lembranças do passado 9

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Mindfulness significa parar de “brigar” com os pensamentos e as emoções e passar a observar esses processos a partir da tomada de consciência destes (processos). Para ter uma mente equilibrada de fato, precisamos desenvolver estes dois aspectos de nossa mente: devemos aprimorar nossos pensamentos, tornando-os mais precisos, refinados e críticos (coisa que provavelmente temos feito por meio do processo de educação formal e informal desde sempre) e nossa consciência do momento presente, do que está acontecendo em nossa mente, em nosso corpo e no ambiente neste preciso instante (coisa que temos ignorado igualmente desde sempre, uma vez que isso nunca nos foi ensinado por nossos pais e muito menos pelos nossos professores). Esta é a raiz do problema: toda a nossa cultura (a ocidental, pelo menos) pautou-se no império do pensamento, da linguagem e do raciocínio – o que, repito, foi e continua sendo extremamente importante para nós como seres humanos. Mas isso é insuficiente.

Se quisermos alcançar níveis elevados de felicidade, paz e equilíbrio, temos que ir muito além e resgatar esta “parte perdida” das nossas funções mentais: a consciência. A boa notícia é que, assim como os processos de pensamento podem ser aprimorados, nossa consciência sobre eles também pode ser aperfeiçoada. No entanto a grande dificuldade reside no seguinte: ao passo que fomos ensinados desde sempre a pensar – a ponto de acharmos essa atividade tão absolutamente natural e automática –, o mesmo não ocorre com a consciência. Dela geralmente nunca ouvimos falar. Se ocorre vez ou outra em momentos fugidios é porque se trata também de função natural da mente, desde o nosso nascimento. Apenas não foi uma faculdade aprimorada e desenvolvida sistematicamente como o pensamento o foi no processo educacional. E é exatamente por isso que a maioria das pessoas considera bastante difícil desenvolver essa faculdade, inclusive porque o caminho proposto com mais frequência para esse desenvolvimento é a meditação – prática que, embora seja milenar no Antigo Egito, na Índia e para outros povos orientais, para nós ainda é estranha, difícil, artificial, ainda mais quando associada a experiências religiosas que não são predominantes no mundo ocidental. A má notícia é que você não vai sair do transe enquanto não desenvolver sua mente de maneira integral: pensamentos e consciência no mesmo nível de aprimoramento. Há, no entanto, diversas formas de fazer isso, desde que você assuma que é uma necessidade

A meditação, embora seja milenar entre povos orientais, para nós é estranha, ainda mais quando associada a

práticas religiosas

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não predominantes no Ocidente

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O importante é encontrar técnicas que funcionem para você , em sua presente condição de vida –

Uma atividade experimental de mindfulness Quando estiver tranquilo(a), num ambiente seguro, escolha um objeto qualquer da cozinha ou de sua mesa de trabalho (um lápis, o telefone, o saleiro – qualquer objeto comum). Pegue-o em suas mãos e observe-o atentamente por um minuto ou dois. Não julgue, não crie histórias nem faça associações mentais com o objeto (por exemplo: este foi o saleiro que ganhei de minha mãe). Veja detalhes que nunca havia reparado, sinta o peso, o cheiro, a textura. Observe as cores, as ranhuras, a forma do objeto. Perceba este objeto de uma maneira que você nunca antes havia percebido. Não faça reflexões a respeito, apenas perceba o objeto.

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e encontre a disciplina fundamental para começar e manter um ritmo de desenvolvimento até atingir esse objetivo. A meditação é um caminho seguro, estudado sistematicamente pelas melhores universidades e instituições de pesquisa do mundo todo nos últimos cinquenta anos e cujos resultados não são mais postos em questionamento pela ciência. Porém existe a possibilidade de que este não seja o melhor caminho para você, pelo menos neste momento da sua vida. Talvez você não consiga sequer ficar sentado parado por três minutos em silêncio. Talvez você padeça de algum comprometimento neurocognitivo como o Transtorno de Déficit de Atenção (com ou sem hiperatividade), o que poderia tornar a prática da meditação tradicional uma atividade bastante frustrante. Ao longo desta série de artigos sobre mindfulness, gostaria de explorar com você algumas possibilidades para iniciar esse caminho – inclusive com algumas técnicas meditativas tradicionais e outras um tanto inusitadas. O importante realmente é que você encontre processos, técnicas ou meios que funcionem para você, dada a sua presente condição de vida – pessoal, profissional, física e mental.

pessoal, profissional, física e mental

MSYIATD UA Quando perceber que está “pensando” sobre o objeto, gentilmente volte somente a percebê-lo. Tente fazer isso despreocupadamente pelo menos mais duas vezes com outros objetos quaisquer em outros momentos. Se gostar do exercício, repita-o quando quiser. Fabio Appolinário é administrador e psicólogo, além de mestre e doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo, consultor, coach e psicoterapeuta, diretor científico do Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento e da Positive Business School (PBS). E-mail: appoli@psicologiapositiva.com.br

saiba mais Brantley, J. Calming your anxious mind: how mindfulness & compassion can free you from anxiety, fear & panic. 2. ed. Oakland: New Harbinger Publications, 2007. Kabat-Zinn, J. Mindfulness for beginners: reclaiming the presente moment – and your life. Boulder: SoundsTrue, 2012. Yongey Mingyur Rinpoche. A alegria de viver: descobrindo o segredo da felicidade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Silverton, S. Viver agora. São Paulo: Alaúde, 2012.

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a essencial esperança english version click

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Uma reflexão sobre o conceito de esperança e fatores associados: a força pessoal relacionada com os pensamentos, sentimentos e as crenças positivas LIGADOS ao futuro freepik

• por Fábio Roberto Munhoz dos Santos •

omo sabemos, a Psicologia Positiva desde sua origem busca promover e agrupar estudos sobre os aspectos positivos do viver. Dentre esses aspectos positivos, temos o tema da esperança. Segundo a classificação das forças e virtudes contida no guia Character Strenghts and Virtues (Seligman e Peterson, 2004), sendo essas forças mensuradas individualmente através do inventário VIA (Values in Action [Valores em Ação]), a “esperança” é uma força pessoal que se situa dentro das virtudes de transcendência; as demais virtudes são a sabedoria, as virtudes humanitárias, a

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coragem e a temperança. Estudos realizados com o inventário VIA indicaram uma associação significativa da força “esperança” com fatores como bem-estar geral, felicidade e resiliência. O conceito típico da esperança envolve a percepção de que “algo desejável pode acontecer”. Em última análise, a esperança nos anima e estimula constantemente, é ela que nos faz seguir em frente acreditando na realização de projetos e metas almejadas. Peça fundamental na motivação, essa força impulsiona nosso ser para seguir e romper horizontes. No senso comum, a esperança pode ser vista como algo muito “filosófico” ou “espiritualista” para se estudar cientificamente, mas o tema tem sido objeto de muitos estudos com rigor acadêmico. Por meio de instrumentos de mensuração, pesquisadores já reuniram algumas evidências da esperança: ela impulsiona o indivíduo a ter melhor desempenho, promove mais bem-estar e sucesso, aumenta a motivação para as atitudes e ações e se correlaciona com melhor saúde e longevidade.

Teoria da Esperança de Snyder Para Snyder (1994), um dos mais referenciados pesquisadores do tema, o conceito de esperança envolve a percepção de que podemos conquistar metas ou resultados desejados. Acredito que a maior contribuição da Teoria da Esperança de Snyder seja salientar o aspecto cognitivo, ou seja, o foco no processo de crenças e pensamentos envolvidos na esperança. O aspecto emocional é contemplado paralelamente; a esperança contribui naturalmente para o fluxo de emoções positivas, de bemestar e de felicidade. A Teoria da Esperança de Snyder é composta de três elementos: A – Metas. Parte-se do pressuposto de que as ações humanas são direcionadas por objetivos. Esses objetivos ou alvos são expressos

O conceito típico da esperança envolve a percepção de que “algo desejável pode acontecer”. Em última análise, ela nos anima e estimula constantemente

em pensamentos, isso proporciona o componente cognitivo que ancora a Teoria de Snyder. Os objetivos podem ser de curto ou longo prazo, mas precisam ter um valor pessoal suficiente para ocupar o pensamento consciente. B – Caminhos. Para alcançar seus objetivos, a pessoa deve ser capaz de gerar rotas ou caminhos para chegar a seus objetivos ou suas metas. Snyder denomina este processo de “pathway think”; é a disposição cognitiva para conceber planos ou caminhos viáveis para realização das metas almejadas. É sempre recomendável desenvolver as rotas alternativas, caso a rota principal tenha de ser interrompida. C – Motivação. É o componente motivacional na teoria esperança, a percepção de ser capaz para atuar nos caminhos escolhidos, de modo a atingir os objetivos desejados. Snyder denomina este processo de “agency think”. Estudos com a escala de Snyder mostram que o

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Esperança e resiliência

Compaixão e esperança

Em uma pesquisa abordando os temas “esperança” e “resiliência”, uma equipe de pesquisadores coordenada por Ong (2006) demonstrou que os indivíduos com maior nível de esperança são os mais resilientes, mostram uma diminuição na reatividade em uma situação de estresse e apresentam uma recuperação emocional mais eficaz diante das adversidades. Os níveis altos de esperança promovem menores níveis de depressão e maiores níveis de autoeficácia, otimismo e bem-estar. A esperança tem sido descrita como uma estratégia de enfrentamento efetiva para indivíduos com doenças crônicas. Em pacientes oncológicos, por exemplo, os escores altos de esperança são determinantes de baixos níveis de ansiedade e depressão. Em meu

Um tema interessante no universo das forças pessoais é o estudo das combinações e das interfaces entre elas. É muito profícuo saber como determinadas forças interagem com outras e como elas podem ser utilizadas em conjunto, dentro de abordagens teóricas e práticas. Vamos aqui considerar a relação entre os conceitos de esperança e compaixão. Em recente pesquisa sobre esse tema, constatei que existem alguns trabalhos abordando essa interface – a combinação esperança-compaixão. Particularmente, acredito que elas combinam perfeitamente. A esperança envolve sentimentos e crenças em relação a sairmos de um ponto A (situação atual) e chegarmos ao ponto B (situação desejada). Quando a situação atual envolve alguma adversidade

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elemento “agency” está mais associado à resiliência, à menor depressão e à autoeficácia. Esse elemento pode ser expresso no pensamento “Eu posso...”.

trabalho de doutorado na Unifesp, realizado com 113 jovens portadores de diabetes tipo 1, constatamos que a esperança está associada a fatores como melhor parâmetro fisiológico de controle glicêmico (HbA1c), menor nível de sintomas depressivos e maior nível de resiliência (Santos, 2015). Os resultados desses estudos sugerem a inclusão dos elementos da esperança no desenvolvimento de intervenções e programas para promoção de resiliência. Por exemplo, desenvolver intervenções para auxiliar os clientes a estabelecer metas claras, produzir caminhos para a realização de suas metas e nutrir o sentido de autonomia e eficácia na realização de seus objetivos.

Estudos sugerem a inclusão dos elementos da esperança no desenvolvimento de intervenções e programas para promoção de resiliência, como auxiliar os clientes a estabelecer metas claras, nutrir o sentido de autonomia e eficácia na realização de seus

objetivos

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A esperança envolve sentimentos e crenças em relação a sairmos de um ponto A (situação atual) e chegarmos ao ponto B (situação desejada). Quando a situação atual envolve alguma adversidade ou sofrimento, os sentimentos de aceitação e gentileza fazem a diferença

ou sofrimento, os sentimentos de aceitação e gentileza fazem a diferença. Os sentimentos de aceitação e acolhimento são expressões da compaixão; eles reduzem o estresse e neutralizam as reações de julgamento e autocrítica. Podemos considerar a compaixão como uma emoção positiva acompanhada de pensamentos e crenças compassivas. Um tema amplamente investigado por estudos acadêmicos. Esses trabalhos demonstram que experimentar a compaixão reduz o estresse, a depressão e a ansiedade. Demonstraram também que nesses estados compassivos se ativam regiões do cérebro relacionadas à felicidade e às emoções positivas. A compaixão envolve a percepção do sofrimento de si e do outro e, o mais importante, a intenção genuína de aliviar tal sofrimento. Vejo que nessa “intenção de aliviar o sofrimento” existe algo da esperança, no sentido de conceber uma situação futura mais positiva e desejada. Dentre raros trabalhos que abordam conjuntamente a esperança e a compaixão, vale citar aqui o estudo de um grupo de pesquisadores coordenado por McKee (2006) realizado com líderes de empresas. Para eles, o líder mais adaptativo e com mais sucesso diante das adversidades é o que eles denominam de “líder ressonante”; segundo o autor, um líder que tem as habilidades de gerenciar adequadamente suas próprias emoções e as das outras pessoas. O estudo de McKee apresenta três elementos necessários para assegurar e sustentar o “líder ressonante”; são eles: mindfulness, compaixão e esperança.

Mindfulness: Significa desenvolver e manter uma completa consciência de si mesmo, dos outros e do meio ambiente. O líder ideal está sempre atento, consciente e perceptivo de si mesmo, dos outros e do ambiente. Compaixão: O líder ressonante se utiliza de empatia e compaixão para com seus subordinados e superiores. Seja diante das dificuldades ou mesmo nas oportunidades, ele sempre estabelece bons vínculos e sabe perfeitamente se colocar no lugar do outro. Esperança: O líder ressonante enfrenta as incertezas com esperança e promove a crença de que os objetivos são realizáveis. Ele motiva e inspira os outros para atingir suas metas ou realizar seus objetivos. Dessa forma, nutre a esperança e a inspiração, permitindo às pessoas acreditar na viabilidade de um futuro melhor. Fábio Roberto Munhoz dos Santos é psicólogo, com doutorado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), mestrado em Psicobiologia e especialização em Medicina Comportamental e Terapia Cognitiva também pela mesma instituição. Formou-se no VIA Institute on Character – Ciência e Prática da Psicologia Positiva, com Christofer Peterson. Certificado em “Positive Psychology Coaching” pela Positive Acorns, é membro da International Positive Psychology Association (Ippa) e conselheiro da Associação de Psicologia Positiva da América Latina (Appal).

saiba mais Santos, F. R. M. et al. (2015). Hope matters to the glycemic control of adolescents and young adults with type 1 diabetes. Journal of health psychology, 20(5), 681-689. Ong, A. D. et al. (2006). Hope as a source of resilience in later adulthood. Pers Indiv Differ, 41:1263-73. Snyder, C. R. (1994). The psychology of hope. New York: The Free Press. McKee et al. Mindfulness, hope and compassion: a leader’s road map to renewal. Ivey Business Journal 70.5 (2006): 1-5.

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Os caminhos da resiliência

”Emoções positivas” são vias de acesso para nos tornarmos mais resilientes

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• por lilian graziano •

rasil, anos 90. Em uma época em que ter aids era o mesmo que receber uma sentença de morte, um rapaz decide doar um rim para retribuir o fato de ter conseguido fugir do destino funesto que sua miserável infância nas ruas parecia lhe garantir. Era a primeira vez na vida que o rapaz se sentia forte o bastante para oferecer sua ajuda a outra pessoa. Faz os testes, submete-se à cirurgia. E, porque a vida às vezes pode ser bastante cruel, contrai, nesse processo, o vírus HIV. Estados Unidos da América, Guerra do Vietnã. Bob Shumaker, um então piloto da marinha, está sobrevoando o território inimigo quando seu avião é abatido. Para escapar da morte certa, ejeta-se no último instante. Com seu paraquedas abrindo somente a poucos

metros do chão, Bob quebra a coluna, o que seria o menor dos seus problemas, visto ter sido imediatamente capturado pelo inimigo que lhe manteria preso por oito longos anos, alguns dos quais em uma das mais cruéis prisões vietnamitas. Bob passa a ser torturado de maneiras impensáveis para a maioria de nós: barras de ferro lhe são enfiadas pela garganta, cordas são amarradas em seus membros, forçando-os a ficar em posições extremas. Como se a tortura não bastasse, Bob é transferido para uma solitária sem janelas, onde passa três anos sem ver a luz do sol. Em cenários nos quais a revolta e o trauma seriam consequências naturais, esses dois seres humanos incríveis contrariam o provável. O brasileiro se torna militante da conscientização sobre a aids, passa a sua vida

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Diferentes níveis de resiliência podem ser atribuídos à genética, mas trata-se de uma característica que também pode ser

a limpo, ressignifica seus relacionamentos e começa a ter uma vida melhor do que tivera antes de contrair o vírus. O americano, por sua vez, passa seus anos de solitária imaginando como seria a casa que construiria se conseguisse sair da prisão. O tempo ocioso lhe permite concluir que seriam necessários 5.227 pregos. Além disso, desenvolve um código por meio do qual consegue se comunicar com prisioneiros de outras celas, os quais ele não podia ver, com o objetivo de ensinar-lhes (e aprender) outras línguas. Tudo por meio de simples batidas na parede. Quando finalmente consegue sair da prisão, sua esposa relata ter recebido de volta o mesmo marido alegre com o qual se casara. Além disso, ao serem questionados sobre se voltariam ao passado a fim de eliminar as experiências traumáticas de suas vidas, caso isso fosse possível, ambos são categóricos em

desenvolvida

Mas, afinal, o que é resiliência?

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responder que não, pois tais experiências os tornaram seres humanos melhores. Surpreendente? Não se considerarmos o fato de estarmos falando de pessoas resilientes. Para os pesquisadores da resiliência é comum tanto fazer esta pergunta quanto escutar este tipo de resposta por parte de seus entrevistados.

Originalmente o conceito de resiliência vem da Física; corresponde à capacidade de um material de retornar ao seu estado normal após acumular energia quando submetido a um processo que o força, sem que este material, no entanto, sofra ruptura. Partindo desse conceito não é difícil compreendermos por que a Psicologia tomou essa mesma palavra para indicar a capacidade humana de resistir à pressão das situações adversas sem sucumbir a nenhum tipo de dano psicológico. Em linhas gerais, podemos dizer que a resiliência emocional corresponde não apenas à capacidade de superação de problemas, mas, sobretudo, ao crescimento por meio deles. Entretanto por que algumas pessoas são mais resilientes do que outras? Tenho certeza de que a resposta a essa pergunta passa por aspectos ligados à personalidade que, justamente por isso, residem em boa parte nas diferenças genéticas. Enganam-se, contudo, aqueles que imaginam se tratar de uma característica que não possa ser desenvolvida. Existem muitos programas que têm por objetivo o desenvolvimento da resiliência. Na University of Pennsylvania há o Penn Resiliency Program, que, por meio de várias ações

distintas, atende um público de alunos com idades que variam de 8 a 22 anos. Na Austrália, por sua vez, existe uma iniciativa para promover a resiliência entre professores, um programa chamado Keeping Cool Project, do qual participam pesquisadores da Murdoch University (Austrália Ocidental), da Curtin University of Technology (Austrália Ocidental) e da RWTH Aachen University (na Alemanha). Isso sem falar no programa de desenvolvimento de resiliência que Martin Seligman conduz desde 2009 junto ao exército americano, o Comprehensive Soldier Fitness, o maior projeto de consultoria do mundo, que atende nada menos do que um milhão de pessoas, entre militares e seus familiares. Em 2011, quando saíram os primeiros artigos científicos sobre esse trabalho, vimos generais encantados com a possibilidade de ir além no exercício de promoção da resistência física dos militares. Era possível deixá-los mais resistentes do ponto de vista psicológico, e isso era de fundamental importância. Como vemos, há muito o que fazer quando o objetivo é tornar as pessoas mais resilientes. Porém o mais interessante é a maneira como isso é feito. De fato, um leitor leigo poderia se perguntar como seria possível um exercício capaz de tornar alguém mais resiliente. Além disso, como seria, exatamente, um exercício de resiliência? Pois é. Não seria. Não existem exercícios de resiliência. A resiliência é uma capacidade trabalhada indiretamente.

A resiliência pode ser uma espécie de

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bem-estar

Em linhas gerais, podemos compreender as emoções positivas como aquelas que são agradáveis de serem sentidas e que provocam a aproximação entre pessoas, tais como a gratidão, o perdão, a alegria, o otimismo, etc. O mais interessante é que o predomínio de tais emoções, além da já discutida relação com a resiliência, também é responsável pela melhoria do desempenho cognitivo, da longevidade, da rede de apoio social e, é claro, dos níveis de felicidade, conforme comprovam diversos estudos em Psicologia Positiva. Devido ao próprio bem-estar que estas emoções positivas proporcionam, o seu estudo e o da promoção da felicidade talvez dispensem justificativas. Contudo é interessante notarmos que talvez haja uma relação indireta entre felicidade e crescimento pessoal. Se o predomínio de emoções positivas pode nos tornar mais resilientes e a resiliência corresponde à capacidade de não esmorecer diante das dificuldades

“efeito colateral”

de uma vida na qual as emoções positivas predominam

Emoções e funcionalidade Todos os programas de resiliência citados trabalham as emoções positivas. Isto porque são elas que tornam o sujeito mais resiliente. Dizendo de outra forma, os pesquisadores descobriram qua a resiliência pode ser uma espécie de “efeito colateral” de uma vida na qual as emoções positivas predominam. No entanto, ainda que o estabelecimento de uma relação de causalidade entre emoções positivas e resiliência não esteja muito claro, a correlação entre ambas é incontestável.

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bem-estar

Se as emoções positivas nos tornam resilientes, capazes de crescer ultrapassando os obstáculos, ao sermos felizes nos tornamos, também,

seres humanos melhores

e, mais do que isso, de crescer ultrapassando os obstáculos, ao sermos felizes nos tornamos, também, seres humanos melhores. Vale lembrar, no entanto, que talvez seja importante ampliarmos as pesquisas considerando a chamada segunda onda da Psicologia Positiva, na qual as fronteiras entre emoções positivas e negativas se mostram mais tênues. Isso porque é bem possível que a resiliência, conforme a definimos aqui, somente seja concebível quando as emoções negativas relacionadas ao evento traumático forem plenamente vivenciadas durante tal evento. Não tenho dúvidas de que a permanência nesse tipo de emoção (negativa) é prejudicial, chegando mesmo a ser devastadora em alguns casos. Contudo minha experiência com acompanhamento de sequestros me mostra claramente o quanto a vivência das emoções negativas em uma situação traumática é indispensável, podendo mesmo se configurar numa condição para

a postura resiliente. É chegada a hora de abandonarmos expressões maniqueístas tais como positivo e negativo, indo fundo no que chamo de “funcionalidade das emoções”. É lá que as coisas se tornam menos óbvias e, também, mais verdadeiras. lilian graziano é psicóloga, doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), diretora do Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC). graziano@ psicologiapositiva.com.br. Site: www. psicologiapositiva.com.br

saiba mais Graziano, L. (1998). Vítor e sua vitória: A construção da identidade de um militante através da aids. Dissertação de Mestrado. Universidade São Marcos, São Paulo. Jr. Casey, W. G. (2011). Comprehensive Soldier Fitness: A Vision for Psychological Resilience in the U.S. Army. American Psychologist, 66, 1-3. Reivich, K. & Shatté, A. (2002) The Resilience Factor: 7 essential skills for overcoming life’s inevitable obstacles. Random House, New York.

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onde investir

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versão em inglês

O Capital Psicológico Positivo será um novo marco no mundo das organizações do século 21

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• por Mônica Portella e Ricardo de Sá •

s empresas sempre tiveram preocupações com o seu capital, o que envolvia os ativos tangíveis de uma organização como prédios, fábricas, instalações, equipamentos, dados, patentes, tecnologia, móveis e utensílios. Historicamente, os recursos físicos que compõem o capital econômico da empresa. À medida que avançamos no século 21, as organizações estão reduzindo sua dependência das fontes tradicionais de capital (como o econômico) e avançando para formas de capital mais intangíveis, como o capital humano, social, intelectual e o capital psicológico positivo.

O capital humano, por sua vez, referese aos empregados (pessoas) em todos os níveis de uma organização. Segundo Sveiby (2001), o valor de uma empresa está cada vez mais condicionado a bens como relacionamentos interpessoais, conhecimentos, ideias, criatividade, etc. Os bens tangíveis de uma empresa (terra, imóveis, instalações, equipamentos, etc.) são cada vez mais parecidos entre si. O que pode fazer a diferença é o capital humano, o capital intelectual e o capital psicológico positivo. Luthans (2004) propôs uma nova maneira de pensar sobre os recursos ou o capital que se pode aplicar na força de trabalho, uma visão 20

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Definir metas, desmembrá-las

que enfatiza o trabalhador individual, assim, as habilidades, o conhecimento, os talentos, os pontos fortes e as capacidades dos empregados representam recursos estruturais. A pergunta-chave do capital tradicional era: O que você tem? Avançamos para a pergunta-mestra do capital humano: O que você sabe? Edvison e Malone (1999) conceituam o capital intelectual, comparando uma empresa a uma árvore e consideram a parte visível (tronco, galhos e folhas) ao que está descrito nos organogramas e nas demonstrações contábeis. A parte da árvore que está abaixo da superfície, ou seja, as raízes, representa o capital intelectual (conhecimento, expertise, educação formal, habilidades interpessoais, habilidades intrapessoais, etc.). Dessa forma, podemos definir capital intelectual como

os fatores dinâmicos, mais ocultos, que embasam a parte visível de uma empresa. Snyder e Lopes identificam outra forma de capital: o capital social, que seria composto com nossos relacionamentos, nossa rede de contatos e amigos. Aqui a pergunta a ser respondida é: Quem você conhece? Vale lembrar que o capital social ajuda as pessoas que compõem uma organização a estabelecer metas viáveis para grupos e equipes, bem como resolver desafios de forma harmônica. Para Luthans (2004), as empresas devem reduzir sua dependência das fontes tradicionais de capital e investir mais em formas alternativas de capital, como o capital psicológico positivo, que apresenta quatro características: 1. singular; 2. mensurável; 3. desenvolvível; e 4. tem impacto sobre o desempenho do indivíduo. Essa forma de capital envolve quatro variáveis, a saber: a autoeficácia (Bandura, 1977), a esperança (Snyder, 2002), o estilo atributivo otimista (Seligman, 2005) e a resiliência (Masten, 2001). Esses elementos estão relacionados, mas, de acordo com o conceito original e com a nossa avaliação, nenhum deles alavanca por si só os outros e/ou tem uma importância ou função superior. Os quatro elementos estão intimamente relacionados, e, ao trabalharmos com um deles, potencializando-o, os outros capitais (ou elementos) podem ser indiretamente potencializados. Por exemplo, ao trabalhar o otimismo, podemos nos tornar mais resilientes. Ao estimular a resiliência, o otimismo

em metas menores e produzir rotas alternativas são elementos fundamentais do conceito de

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esperança

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Positiva nas forças humanas (qualidades, talentos e pontos fortes) em lugar de mera redução de danos. Para Achor (2012), o que esperamos de nós mesmos e das pessoas (nossas crenças) se manifesta em palavras e atos comportamentais que podem ter um poderoso efeito em nosso comportamento e no comportamento das outras pessoas. Ou seja, a cada momento, querendo ou não, podemos estar predispondo nosso cônjuge, nossos filhos, amigos, clientes, empregados, chefes, pares, parceiros, entre outras pessoas, a alcançar o sucesso ou o fracasso.

pode melhorar, bem como o senso de autoeficácia. Ao passo que, ao potencializarmos nosso senso de autoeficácia, podemos nos tornar mais esperançosos.

Autoeficácia A autoeficácia envolve a confiança na própria capacidade de atingir um objetivo, sendo que a crença de que se pode realizar o que se quer está no centro da ideia de autoeficácia. Para Bandura (1997), a autoeficácia pode ser definida como as crenças das pessoas em suas capacidades de produzir efeitos desejados por meio de suas próprias ações e seus comportamentos. Segundo Maddux (2002), autoeficácia refere-se àquilo que a pessoa acredita poder fazer com suas habilidades em determinadas circunstâncias. A autoeficácia é um padrão cognitivo aprendido, não herdado geneticamente, que se desenvolve durante a infância. A autoeficácia possibilita uma sensação de controle que leva à produção de neuroendócrinos e catecolaminas (neurotransmissores envolvidos na administração do estresse) (Bandura, 1991). A sensação de autoeficácia reduz ainda a atividade cardíaca e faz baixar a pressão sanguínea, facilitando a resposta de enfrentamento. Bandura enfatizou fatores de capacitação que ajudam as pessoas a escolher e estruturar seus ambientes e sua vida, de forma que estabeleçam rumos bem-sucedidos. Essa visão está em sintonia com a ênfase da Psicologia

Esperança O conceito de esperança envolve a definição de metas claras, junto com as capacidades percebidas para produzir rotas que levem a essas metas (pensamentos de caminho) e energias necessárias para usar essas rotas (pensamentos de agência). A teoria da esperança de Snyder enfatiza cognições que são construídas com base no pensamento voltado para metas. Esperança pode ser definida como o pensamento direcionado a metas, no qual a pessoa usa o pensamento baseado em caminhos (capacidade percebida de encontrar rotas que levem às metas desejadas) e o pensamento baseado em agência (motivações para usar as rotas). De acordo com Snyder (2009), as

O otimista está envolvido com o presente e orientado para resultados positivos que almeja no futuro

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O sistema de crenças das pessoas resilientes permite reavaliar situações e regular suas emoções

Estilo atributivo otimista Segundo Seligman (2010), o estilo explicativo ou atributivo pode ser definido pela forma como explicamos para nós mesmos as coisas que nos acontecem. O estilo atributivo é formado na infância até sete anos de idade, mas pode ser modificado. Ele pode ser otimista ou pessimista. Ele determina até que ponto o indivíduo pode se tornar desamparado (acreditando que não há nada que se possa fazer para modificar uma situação, tolhendo-se os movimentos e impedindo-se de agir) ou proativo diante das dificuldades. Indivíduos com estilo atributivo otimista interpretam os acontecimentos de forma contrária à do pessimista, portanto um evento negativo é interpretado como algo externo a ele (ligado a outras pessoas ou circunstâncias), específico (só nesta situação) e temporário (só desta vez), e um evento positivo é visto como pessoal, abrangente e permanente.

Resiliência

A resiliência pode ser descrita como a capacidade de resistir e de lidar bem com a adversidade. A resiliência tem dois aspectos essenciais: continuidade e recuperação na eventualidade de uma adversidade ou mudança. Bonanno (1991) define resiliência como a capacidade de, na ocorrência de um trauma, uma mudança radical ou adversidade, seguir em frente, munido com um senso de significado (ou propósito) e motivação. O sistema de crenças das pessoas resilientes permite fazer reavaliações das situações e regular suas emoções por meio de: 1) crença de que é possível encontrar um significado na vida; 2) crença de que pode influenciar no seu meio ambiente e nos acontecimentos; 3) crença de que as experiências positivas e negativas levam ao crescimento e ao aprendizado. Estabelecer metas e planejar o futuro são fatores que podem ajudar a lidar com a adversidade, bem como com a capacidade de acreditar em si mesmo e reconhecer as próprias qualidades.

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pessoas com alta esperança têm configurações emocionais positivas e uma sensação de prazer oriunda de seu histórico de sucesso. A teoria da esperança propõe que a busca bem-sucedida por objetivos desejados, em especial quando se supera algum tipo de impedimento ou adversidade, resulta em emoções positivas e em iniciativas continuadas de busca de objetivos. Para Snyder (2009), um vínculo bom e forte com os cuidadores é importante para o desenvolvimento da esperança, enquanto eventos traumáticos foram relacionados à diminuição da esperança na idade adulta. Ou seja, para o autor, a esperança representa uma configuração mental que pode ser aprendida, principalmente no que se refere a atingir metas.

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O conceito de capital

Mônica Portella é psicóloga, diretora científica e de cursos de extensão do PSI+, IIPSI+ e CPAF-RJ; pós-doutora em Psicologia (PUC-RJ), doutora em Psicologia Social (UFRJ), mestra em Psicologia Cognitiva (UFRJ), professora/supervisora da equipe clínica, de coaching e docente do PSI+ e da pósgraduação em “Psicologia Positiva: Uma Integração com o Coaching” e do MBA em Psicopositiva (PSI+/ AVM) e da pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental (CPAF-RJ/AVM); psicoterapeuta cognitivo-comportamental positiva e coach em Psicologia Positiva. É também autora de livros e artigos sobre Psicologia Positiva.

psicológico positivo

pode beneficiar adultos e crianças, profissionais e leigos em

todos os sentidos

As pesquisas indicam que a resiliência pode ser aprendida. Os programas que visam a promover a resiliência destacam: a promoção das competências sociais, emocionais e cognitivas; estímulo à autodeterminação; cultivo de identidade clara e positiva; criação e recompensa dos vínculos; construção de crenças voltadas para o futuro; e reconhecimento de comportamentos positivos e funcionais. [Veja a relação entre resiliência e emoções positivas aqui.] O investimento no capital psicológico positivo pode ajudar a aumentar a funcionalidade, a eficácia e a eficiência de uma empresa. Este conceito pode beneficiar ainda adultos e crianças, profissionais e leigos em todos os sentidos, ajudando o ser humano a tornarse mais esperançoso, otimista, resiliente e autoeficaz. O desenvolvimento do capital psicológico positivo leva o indivíduo a atingir altos níveis de bem-estar e qualidade de vida.

Ricardo de Sá é mestre em Sistemas de Gestão com ênfase em Responsabilidade Social (UFF); psicólogo, arte-educador (artes cênicas) e ator; especialista em Psicologia Positiva (PSI+/AVM); especialista em Educação Estética (UNI-RIO); fez curso de Gestão no INSEAD (na França); é personal and executive coach (ICI – Integrated Coaching Institute), professor da pós-graduação de Psicologia Positiva Integrada ao Coaching e do MBA em Psicopositiva do (PSI+/AVM).

saiba mais Achor, S. O Jeito Harvard de Ser Feliz. Tradução: Cristina Yamagami. São Paulo: Saraiva, 2012. Buckingham, Marcus. Empenhe-se! Ponha-se seus pontos fortes para trabalhar: 6 passos decisivos para alcançar máxima performance. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Luthans, F.; Luthans, K. W.; Luthans, B. C. Positive psychological capital: beyond human and social capital. BusinessHorizons, 2004. Portella, Mônica. A Ciência do Bem-Viver. Rio de Janeiro: EDITORA CPAF. 2011. Portella, Mônica. Capital Psicológico Positivo. IIPsi+, Rio de Janeiro:. 2015. Seligman, Martin E. P. Felicidade Autêntica: Usando a nova Psicologia Positiva para a realização permanente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

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Seligman, Martin E. P. Aprenda a ser otimista. 2ª edição. Rio de Janeiro: Nova Era, 2005.

Snyder, C. R.; Lopez, S. J. Psicologia Positiva: Uma abordagem científica das qualidades humanas. Porto Alegre: Artmed, 2009.

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empreendedorismo e comportamento positivo versão em inglês

• por Andréa Dal Maso •

er empreendedor é um grande desafio e requer o uso de forças pessoais, de maneira que qualquer pessoa possa seguir a sua trajetória, em busca de realizar sonhos e superar obstáculos. Este comportamento vai além da capacidade empreendedora, requer fazer escolhas, tomar decisões, correr riscos, persistir, inovar, quebrar paradigmas e ousar. Sim, ousadia que supera as expectativas dos próprios empreendedores. Pequenos negócios podem se tornar grandes ou se manter pequenos até sucumbir, a diferença é como cada pessoa faz uso das próprias forças para ousar. O empreendedorismo impulsiona as pessoas a explorar novos caminhos e descobrir forças por elas desconhecidas. freepik

O empreendedorismo e o comportamento positivo formam uma composição impactante na vida das pessoas e nos negócios

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negócio lucrativo. O empreendedor é alguém muito criativo, que consegue ver oportunidades onde os outros não veem.

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Forças pessoais

Um país de empreendedores Segundo o GEM, Global Entrepreneurship Monitor, no relatório executivo de 2014 sobre empreendedorismo no Brasil, considerando os dados mais recentes da população brasileira entre 18 a 64 anos, há cerca de 130,7 milhões de brasileiros e estima-se que o número de empreendedores no Brasil seja de 45 milhões. É como se toda a população da Argentina ou do Canadá estivesse buscando novas oportunidades que impactam o cenário nacional, por meio de um comportamento positivo, o de empreender.

Atitude empreendedora Fernando Dolabela menciona, no livro O Segredo de Luíza (editora Sextante, 2012), que o empreendedorismo é abrangente, contempla toda e qualquer atividade humana e, portanto, inclui empreendedores na pesquisa, no governo, no terceiro setor, nas artes, em qualquer lugar. O empreendedor é definido pela forma de ser, não pela maneira de fazer. Para o autor, a meta é que todos se preparem para empreender na vida. Dolabela desenvolveu a metodologia da oficina do empreendedor, que trata de uma importante alternativa à tendência centenária das universidades de formar empregados. Já o que faz um empreendedor é um conjunto de atitudes e comportamentos que o predispõem a ser criativo, a identificar a oportunidade e saber agarrá-la. E a encontrar e gerenciar os recursos necessários para transformar a oportunidade em um

O curioso é que, na prática da consultoria organizacional, tanto homens como mulheres criativos e arrojados, por vezes, têm dificuldades de perceber o quanto suas forças pessoais são subutilizadas, o quanto poderiam ser canalizadas na prática de empreender e gerir o seu negócio. Por mais estranho que soe, parece natural às pessoas estarem mais familiarizadas com as suas fragilidades do que com as suas forças, o que gera uma dificuldade em reverter esta mentalidade que limita a visão da sua real capacidade de realização.

Comportamento organizacional positivo Por outro lado, se algumas pessoas limitam a sua capacidade de realização, outras pessoas podem expandir. Fred Luthans iniciou um estudo sobre o comportamento organizacional positivo

Estudos mostram os caminhos que levam à compreensão de que o comportamento organizacional positivo e o empreendedorismo podem

promover mudanças na criação de novas empresas e gerar impactos sociais positivos

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e a influência das capacidades psicológicas no desempenho organizacional. Autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência são quatro capacidades que se caracterizam como entidades positivas, relativamente únicas e específicas do comportamento organizacional positivo. Estes estudos mostram os caminhos que levam à compreensão de que o comportamento organizacional positivo e o empreendedorismo podem promover mudanças na criação de novas empresas e gerar impactos sociais positivos. Um exemplo concreto, com resultados comprovados de todo esse fenômeno que inclui empreendedorismo, psicologia positiva, forças pessoais e o comportamento organizacional positivo, é o caso da empresa Beleza Natural, uma rede de cabeleireiros, originária do Rio de Janeiro, que se transformou em referência mundial por sua cultura de excelência e serviço. Foi citada como um dos dez casos mais emblemáticos de empreendedorismo da última década no livro Crazy Is a Compliment (Louco é elogio, em tradução livre), escrito pela presidente da Endeavor Global, Linda Rottenberg: de uma empresa caseira, passou, em 2014, a um faturamento de 250 milhões de reais, com a meta de chegar a 120 lojas até 2018, a rede de cabeleireiros está no caminho para cumprir as palavras proféticas de Zica, uma das fundadoras, e conquistar o mundo. Os quatro sócios souberam utilizar com maestria suas forças e potencializaram suas virtudes e seus talentos, na trajetória de criação e gestão desta

Homens e mulheres

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Resultados concretos

por vezes, têm dificuldades de perceber o quanto suas forças pessoais são subutilizadas, e o quanto poderiam ser canalizadas na prática de

empresa. O impacto desta organização, da atuação dos seus líderes, na esfera social e econômica na vida de muitas pessoas é surreal, tanto no Brasil como fora do Brasil. Estes empreendedores, por meio de comportamentos positivos, ampliaram o seu negócio e causaram um impacto social. Se, por um lado, há os que fazem um bom uso das suas forças e potencializam os seus negócios, por outro lado, a maioria desconhece suas verdadeiras forças e sua capacidade empreendedora. Em meio a isso, se despontam novos desafios que impulsionam a empreender: a aplicação prática de comportamentos positivos na vida e nos negócios e a capacitação das pessoas que podem gerar uma cadeia de transformação, sustentabilidade e prosperidade. Vale a pena seguir este caminho, pois tem valor e significado.

o seu negócio

Andréa Dal Maso é sócia-diretora da Dal Maso Consulting, master coach e psicóloga organizacional. Site e blog: http://www.dalmasoconsulting.com.br/pt/ http://www.dalmasoconsulting.com.br/blog/

criativos e arrojados,

empreender e gerir 27

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positivamente

O Inquérito Apreciativo desvenda muito mais que pessoas e vai além dos processos organizacionais • Por Andréa Perez Corrêa •

em precisar ser um especialista da área de negócios ou dos temas corporativos, é possível entender que as organizações vêm desempenhando um papel de importância no desenvolvimento da humanidade. Todos os produtos, serviços, tecnologias, lazer, entre outros segmentos, são foco de atuação das organizações. Sem que elas se estruturassem seria impossível atender ao crescimento demográfico ao longo de nossa história. Segundo o IBGE, numa pesquisa de 2013, no Brasil, já contávamos com 5,77 milhões de empresas, empregando 41,9 milhões de pessoas entre assalariados, sócios e proprietários. Nesse contexto, voltar nosso olhar para a aplicabilidade da Psicologia Positiva ou de outras abordagens focadas nos aspectos positivos dos indivíduos é uma postura convidativa. Com a inclusão do pilar das organizações positivas na proposta da Psicologia Positiva, possivelmente já se tinha descortinado este cenário.

Inquérito Apreciativo e foco no positivo Sabemos que a Psicologia Positiva acolheu diversos estudos precursores sobre bem-estar e qualidades humanas para construir a sua abordagem e o Special Issue on Happiness, Excellence, and Optimal Human Functioning (2000) da American Psychlogist comprova esta afirmação. Com essa mesma atitude, uma das metodologias abraçadas também neste campo é o Inquérito Apreciativo (IA), abordagem desenvolvida tendo como condução o uso de questionamentos sobre aspectos positivos das pessoas e organizações, com foco numa revolução positiva da liderança para a mudança, com base nas experiências e qualidades

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convergem na valorização dos aspectos positivos das experiências e qualidades positivas dos

positivo, antecipatório, da simultaneidade e poético (ver quadro 1) e considera que a mudança pode ser originada pelo reconhecimento do que os indivíduos têm de melhor, desvendado por meio de questões (inquérito) positivas (apreciativo) e considerando que a conexão com o positivo de cada um favorece um futuro de sucesso no âmbito individual e no coletivo, contribuindo para o favorecimento das organizações.

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positivas, para construção de um futuro de sucesso e sustentável. A concepção do IA é atribuída a David Cooperrider, que, em 1980, deu início a uma pesquisa, com Suresh Srivastva, no programa de Doutoramento em Comportamento Organizacional da Case Western Reserve University, desenvolvido na Cleveland Clinic, em Ohio. Este estudo vem recebendo contribuições significativas não apenas de Cooperrider, mas também de ícones como Diana Whitney, Jane Dutton e Jaqueline M. Stravos. O IA é aplicado em organizações de pequeno a grande porte, de áreas privadas e públicas, com temáticas como: ensino superior, trabalho social, saúde e educação. Além disso, o IA já originou desmembramentos como a Liderança Apreciativa (WHITNEY; RADER, TROSTEN-BLOOM, 2010) e o Coaching Apreciativo (OREM, BINKERT & CLANCY, 2007) e o envolvimento de autores da IA permeia os eventos da Psicologia Positiva, como foi a participação de Cooperrider no 4º Congresso Mundial de Psicologia Positiva em 2015. Apesar dos quadrantes teóricos distintos entre as duas abordagens, como pontua Marujo e outros (2007) – a Psicologia Positiva com rigor científico, marcado pela ideia de uma realidade objetiva e mensurável e pela necessidade de uma teoria ideológica unificadora; e o Inquérito Apreciativo, que aponta que a realidade é construída pelo discurso que enfoca a subjetividade, enquadrando-se numa abordagem valorativa, relativizando a objetividade – muitas são as convergências das duas temáticas. São elas a valorização dos aspectos positivos das experiências e qualidades positivas dos indivíduos, além de um foco na construção de organizações positivas. O IA (COOPERRIDER, WHITNEY, STRAVOS,2008) é baseado, inicialmente, em cinco princípios: construtivista,

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Simu ltane idad e

A Psicologia Positiva e o Inquérito Apreciativo, apesar dos quadrantes

Poético

Princípios do Inquérito Apreciativo

• construtivista: a realidade é construída com base em nossos discursos;

• positivo: as mudanças não conseguidas por meio das emoções positivas dos indivíduos e das questões positivas favorecem esta postura; • antecipatório: vislumbrar um futuro positivo, antecipa as ações necessárias no presente;

• simultaneidade: à medida que questionamos, a realidade se cria simultaneamente às respostas que damos;

• poético: as histórias que expressamos, pesquisamos e estudamos definem novas possibilidades para nossa realidade.

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Para que essa proposta ocorra, a partir da definição de um tópico afirmativo – tema a ser abordado durante o IA – é aplicado o que os autores chamam de Ciclo 4D (Discover / Dream / Design / Destiny) – ver quadro 2. Discovery (Descoberta)

Destiny (Destino)

TÓPICO

Dream (Sonho)

Design (Planejamento)

• Descoberta: identificação das melhores experiências positivas e das qualidades humanas que sirvam como recursos e catalisadores para um futuro positivo. • sonho: delineamento do melhor futuro e de anseios, alinhavando com as melhores experiências do passado e do presente • planejamento: identificações de etapas, mudanças e adequações essenciais para a concretização do que foi definido como sonho. • destino: análise da implantação imediata da mudança, diagnosticando o que já pode ser feito rumo ao que se deseja atingir. Entendida a importância das organizações e o framework do IA, destaca-se neste artigo - por experiências já vivenciadas de aplicação em contexto organizacional e de ensino – a percepção da dimensão de resultados que surgem quando as pessoas são submetidas a questionamentos positivos, delineados com base nos seus princípios e etapas do ciclo.

O poder das perguntas positivas Segundo Whitney e seus colaboradores (2013), “se você desejar verdadeiramente mudar o mundo, você precisa mudar a sua forma de fazer perguntas. Neste momento, um novo mundo se forma a sua volta”. Partindo de aplicações em universos logicamente menores que “o mundo” como os autores figurativamente apontam, é impressionante constatar o quanto esta afirmação é uma verdade. A experiência de responder a perguntas positivas, formuladas de acordo com o IA, gera, em primeiro lugar, resultados individuais que superam as expectativas tanto do respondente como do condutor do processo. Os participantes se surpreendem verdadeiramente consigo mesmos e com os outros Acostumados a indicar e dar relevância a aspectos negativos da vida, da vivência organizacional, dos líderes e dos processos, somos surpreendidos com o quanto responder

Com as identificações positivas constatadas, os envolvidos se nutrem de um bem-estar potencializado, além de uma empatia significativa, decorrendo num desejo de querer fazer pelo outro

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É lógico que

a perguntas positivamente formuladas nos revela e nos fortalece. Identificar por meio delas quais são nossas melhores experiências, revelar nossas histórias de sucesso, nos conscientizarmos, pela nossa fala, de quais são nossas qualidades positivas e vislumbrar um futuro ideal ou sonhador, utilizando-nos de tudo isso, definitivamente nos faz acreditar na força deste processo Além disso, o poder de questionamentos positivos de pessoas cujas atribuições ou atividades coadunam com o mesmo propósito faz surgir uma atmosfera, um ambiente, um sentir que superam as expectativas concretas de levantamento de histórias ou qualidades, de idealização de futuro, com planejamento e ações. Vai muito além disso. De forma coletiva, as interseções positivas que são identificadas destacam-se pela forma por meio da qual revelam o melhor de todos, as aspirações mais preciosas e um desejo genuíno de contribuição com os partícipes. E em decorrência disso, com as identificações positivas constatadas, os envolvidos se nutrem de um bem-estar potencializado, além de uma empatia significativa, decorrendo num desejo de querer fazer pelo outro. E, em qualquer contexto, essa atitude favorece as relações interpessoais, fomentando desejos de contribuir com o próximo, o que, para a organização, gera resultados absolutamente positivos. É lógico que formular perguntas positivas não é tarefa das mais fáceis para quem está acostumado a olhar o lado mais obscuro das pessoas e das organizações e até de si próprio. Acrescente-se, ainda, o fato de que as pessoas não estão

formular

perguntas positivas não é tarefa das mais fáceis para quem está acostumado a olhar o lado

mais obscuro das pessoas e das organizações e até de si próprio.

Mas que tal tentar?

acostumadas a ser inquiridas de forma apreciativa. Mas, como tudo na vida é um hábito, que tal você começar a perguntar de forma positiva e partir para criar um novo mundo? Andréa Perez Corrêa é pós-graduada em Psicologia Positiva e coaching, mestranda em Sistemas de Gestão na Universidade Federal Fluminense, membro-fundadora do Instituto Brasileiro de Psicologia Positiva (IBRPP), docente do MBA Desenvolvimento Humano e Psicologia Positiva do Instituto de Pós-Graduação (IPOG). Dedicase à disseminação da Psicologia Positiva e é criadora da Biblioteca Positiva.  E-mail: acorrea97@hotmail.com. Site: www.ibrpp.com. br. Facebook Andréa: http://on.fb.me/1O97CZm. e Biblioteca Positiva: http://on.fb.me/1Mejd8T

saiba mais (e referências) CSIKSZENTMIHALY, M. ; SELIGMAN, M. E. P. (2000) Special Issue on Happiness, Excellence, and Optimal Human Functioning. American Psychologist. Washington,DC. American Psychological Association. COOPERRIDER, D. L.; WHITNEY, D.; STRAVOS, J. M. (2008) Manual de Investigação Apreciativa. Para Líderes da Mudança.Rio de Janeiro: Qualimark, COOPERRIDER, D. L.; WHITNEY, D. (2005) Appreciative Inquiry. A positive Revolution in Change. San Francisco: Berret-Koehler. WHITNEY, D.; TROSTEN-BLOOM, A.;COOPERRIDER, D.; KAPLIN, B. S. (2013) Encyclopedia os Positive Questions. Using Appreciative Inquiry to Bring Out the Best in Your Organization. Brusnwick: Crown Custom Publishing. WHITNEY, D.; RADER, K; TROSTENBLOOM, A. (2010) Appreciative Leadership: Focus on What Works to Drive Winning Performance and Build a Thriving Organization. McGraw-Hill.

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neurociência

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Compaixão

e realidade virtual Novas tecnologias de realidade virtual aliadas a conhecimentos em Psicologia Positiva permitem desenhar intervenções psicológicas altamente eficazes • por marco callegaro •

m estudo realizado na Inglaterra promete revolucionar as possibilidades de intervenção em situações de redução nos níveis de humor. Pacientes com depressão foram submetidos a uma nova técnica, que associa neurociência, terapia cognitiva, conhecimentos de Psicologia Positiva e tecnologia de realidade virtual. Para compreender esta nova técnica é necessário introduzir alguns conceitos que foram utilizados. Um destes conceitos é o de “corporificação virtual”. A corporificação virtual ocorre quando uma pessoa que está imersa em realidade virtual tem a sensação de que o seu corpo virtual é o seu corpo, e passa a sentir tudo que acontece com seu corpo virtual como

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neurociência

profundas alterações no

humor

como proprietário de um braço de borracha. Inúmeras pesquisas foram feitas com essa ilusão de corporificação, verificando-se efeitos psicológicos e fisiológicos variados, como mudanças de percepção de tamanho quando se usa um corpo virtual pequeno ou grande, ou mesmo mudanças de atitudes implícitas de preconceito racial inconsciente quando se utiliza um corpo virtual de diferente cor da pele. Com uso da realidade virtual, esta ilusão da corporificação pode ser amplificada e explorada com os recursos de imersão em um ambiente desenhado. Outros conceitos importantes empregados nesta nova técnica envolvem um tipo de terapia cognitiva que foi chamado de terapia “focada na compaixão” por seu criador, o psicólogo britânico Paul Gilbert. A compaixão é um processo complexo por meio do qual a empatia, a tolerância ao estresse, a coragem, a sabedoria, a motivação e os atos de bondade interagem tanto na esfera intrapessoal como interpessoal. A terapia cognitiva focada na compaixão tem muitas interfaces com a Psicologia Positiva, em especial por enfatizar o papel da compaixão na saúde mental. Segundo Gilbert, a autocompaixão é

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A imersão em ambiente virtual com experiências baseadas em estímulo À AUTOCOMPAIXÃO pode produzir

se fosse a si próprio, em primeira pessoa. Em outras palavras, o sujeito imerso em realidade virtual pode transferir o sentido de seu corpo real e físico para um corpo virtual. Obviamente, tratase de uma ilusão, mas que é vivenciada com extremo realismo pela pessoa. Na verdade, não é necessário sequer o uso de realidade virtual para se chegar a esta ilusão; a realidade virtual apenas potencializa e dá novos horizontes a um fenômeno curioso de nosso cérebro. Este fenômeno pode ser produzido com auxílio de uma mão falsa de borracha, por exemplo. O truque para implantar o sentimento de que um braço de borracha é a mão verdadeira é relativamente simples e, com sorte, pode ser reproduzido em casa. Imagine um sujeito que senta em frente a uma mesa e coloca o braço direito escondido na parte de baixo, enquanto acima, na mesa, fica um braço de borracha, com uma toalha recobrindo a ligação entre o ombro verdadeiro e o braço falso. O braço falso está colocado no lugar do verdadeiro, e agora a ilusão é desencadeada com sincronização de toques. O experimentador toca simultaneamente no braço verdadeiro e no braço falso, usando as duas mãos, uma por cima da mesa e a outra por baixo. Os toques são sincronizados, dois toques, depois um, depois três, repete dois toques e assim por diante, como se fosse uma mensagem de telégrafo. A sequência de toques sincronizados é interpretada pelo cérebro como se fosse a evidência de que o braço falso é o braço verdadeiro, pois o sistema visual diz que o braço de borracha está no lugar do verdadeiro, e cada toque visto no braço falso é também sentido no braço verdadeiro. A única conclusão a que o cérebro pode chegar é a ilusão de que “este é meu braço”. Se o experimentador subitamente desfere uma martelada no braço falso, o sujeito mergulhado na ilusão dá um pulo, pois sente uma estranha transferência de sensações que o coloca

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A nova técnica está

engatinhando em termos de pesquisa e aplicação, mas parece apontar para um

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futuro promissor

naturalmente reguladora do humor e está ligada às emoções positivas pró-sociais, como cuidado e proteção, sentimento de conexão com os outros e de valor pessoal. Uma intervenção que encoraje a autocompaixão pode ser efetiva se reduzir a autocrítica que bloqueia os afetos positivos e contribui para a depressão. Para testar estas ideias, uma equipe liderada por Gilbert realizou um experimento no qual foi criado um cenário virtual em que pacientes deprimidos ficaram imersos durante oito minutos. Os sujeitos passaram pela experiência de corporificação de seu corpo virtual, e na primeira fase interagiam de forma compassiva com uma criança virtual que chorava. Os sujeitos confortavam a criança com palavras e gestos, e na segunda fase um grupo dos participantes

corporificava o corpo virtual da criança, e assim podia experimentar uma gravação de seus próprios esforços compassivos para confortar a criança, mas desta vez na perspectiva da criança. Quando comparados a um grupo que viram os mesmos gestos e palavras, mas em uma perspectiva de terceira pessoa, sem corporificar, verificaram-se grandes diferenças. No grupo que sentiuse como a criança sendo confortada, houve dramático aumento na autocompaixão, redução da autocrítica e na severidade da depressão. Esta nova técnica está engatinhando em termos de pesquisa e aplicação, mas parece apontar para um futuro promissor, permitindo oferecer mais recursos para a imersão em experiências emocionalmente intensas e com poder de estimular nossa mente compassiva. Com a ilusão da corporificação e o emprego de realidade virtual, podemos explorar intervenções para reduzir a autocrítica e aumentar a autocompaixão, o que pode ser importante tanto no desenvolvimento de novas terapias para estados negativos, como depressão, quanto para melhorar o bem-estar mental de pessoas saudáveis. marco callegaro é psicólogo, mestre em Neurociências e Comportamento, diretor do Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva (ICTC) e do Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC). Autor do livro premiado O Novo Inconsciente: Como a Terapia Cognitiva e as Neurociências Revolucionaram o Modelo do Processamento Mental (Artmed, 2011). É presidente atual da Associação de Psicologia Positiva para a América Latina (APPAL). www.appal.org.br (Associe-se!)

saiba mais Embodying self-compassion whitin virtual reality and its effects on patients with depression. Falconer, J. Caroline, et al. BJPsych Open (2016) 2, 74-80. doi: 10.1192/bjpo.bp 115.002147.

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A Importância do autoconhecimento …e a contribuição da Psicologia Positiva nesse processo

• Por Betânia Albuquerque •

primeira vez que fiz o VIA (Values in Action – inventário criado por Peterson e Seligman, um teste autoaplicável que tem como objetivo identificar nossas forças pessoais) – foi em 2015, quando iniciei minha formação em Coaching Positivo pelo Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC). Quando recebi o resultado e li que a primeira força pessoal era Inteligência Social, descrita da seguinte forma “Você é

uma pessoa consciente das motivações e dos sentimentos das outras pessoas. Sabe o que fazer para se adaptar a diferentes situações sociais e consegue deixar os outros à vontade”, pensei “Isso não faz o menor sentido!”. Um dos temas centrais da Psicologia Positiva é a proposta de focar em nossos pontos fortes e positivos. As forças e virtudes do caráter – que se baseiam em estudos coordenados por Martim Seligman, ph.D., e Christofer Peterson,

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ph.D., que procuraram um consenso sobre as virtudes em diferentes culturas, religiões e filosofias – são capacidades pessoais preexistentes que faz nos sentirmos energizados quando fazemos uso delas. São recursos internos que também nos ajudam na superação de cada problema ou desafio que encontramos em nossa caminhada. Isso eu já havia estudado e sabia, mas como poderia eu, que me considerava uma pessoa tímida e introvertida, ter Inteligência Social como principal força? A frase “sabe o que fazer para se adaptar a diferentes situações sociais e consegue deixar os outros à vontade” não me deixava confortável. Eu não me enxergava dessa forma, muito pelo contrário: como uma típica introvertida, me via totalmente desconexa e perdida em algumas situações sociais. Terminei minha certificação “A frase ‘sabe o tanto de origem interna com uma sensação estranha em relação àquela força, e, sendo quanto externa. Diz respeito que fazer para ela a minha principal força, isso à capacidade de entender e realmente me incomodava. administrar emoções; avaliar se Nessa época eu já havia iniciado de forma acurada seus próprios a diferentes minha jornada de autoconhecimento sentimentos, suas emoções, seu e desenvolvimento pessoal. Talvez desempenho e seus motivos; agir por conta disso e dos insights que sabiamente em relacionamentos; e consegue tive na minha formação, comecei identificar conteúdo emocional a me observar e tentar identificar nas expressões e nos gestos dos deixar os outros melhor as minhas principais forças. outros e usar esta informação à vontade’ não No entanto a inteligência social para facilitar as interações.” era algo que ainda me intrigava. Após essa leitura, comecei me deixava Pensando nisso, resolvi fazer o VIA a me observar ainda mais novamente alguns meses depois eu e logo me identifiquei e... adivinha? Lá estava ela como claramente nessas condições, não me enxergava primeira força novamente. As outras principalmente nas externas. forças até mudaram um pouco de .” Eu sempre tive uma posição, nada muito controverso, sensibilidade extremamente mas aquela que me intrigava continuava no mesmo lugar. aguçada em relação aos sentimentos e Decidi então estudá-la melhor para entendê-la e poder aos gestos dos outros e às entonações fazer uso dessa capacidade com o objetivo de favorecer alheias; me sentia até mesmo mal por o meu desenvolvimento. Eu não podia ser negligente isto, por identificar o que o outro estava comigo. Antes de promover e motivar essa percepção no sentindo, porque, muitas vezes, me trazia outro, eu precisava compreendê-la e merecia fazer isso. tristeza e raiva, e eu não sabia por que Nessa busca encontrei uma tradução que mexeu mais isso acontecia. comigo, por meio dela passei a ter mais percepção e um Identifiquei, após a minha autosentimento melhor em relação a minha principal força. observação e após os meus estudos As coisas começavam a ficar mais claras. sobre a Psicologia Positiva, que eu estava “Inteligência social aqui é entendida como a habilidade dosando de forma desequilibrada minha de processar informação emocional (hot intelligence), principal força, em vez de identificá-la e

adaptar

situações sociais

confortável,

dessa forma

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usá-la a meu favor. Eu estava me identificando e trabalhava na área comercial, tendo no totalmente com ela e percebi que isso me relacionamento com pessoas a minha maior desgastava, e, mais que isso, por conta desse habilidade. Nunca fui agressiva e extrovertida, meu sentimento (sobre o que o outro sentia) talvez fosse até estranho para aqueles da área e da minha percepção sobre isso (imaginar o que eu me saísse tão bem em meus resultados, que os outros pensavam), eu me angustiava e nem eu mesma sabia de onde vinha essa minha me retraía diante de algumas situações sociais habilidade, já que os melhores vendedores novas; usar a minha principal força de forma tinham perfis totalmente diferentes do meu. desequilibrada aumentava a minha introspecção A minha capacidade de entender os e a minha timidez. Além disso, por conta da minha meus clientes na sua mais profunda dor “ignorância” sobre como eu poderia facilitar as ou necessidade, fosse ela profissional ou minhas interações quando me pessoal, era gigante. Eu criava “Fui durante muitos relacionamentos duradouros colocava no lugar do outro, eu estava gerando problemas com esses clientes e era anos em meus relacionamentos, sempre lembrada por eles. principalmente familiares. Consegui perceber nessa e Me colocar no lugar do minha reflexão que a empatia trabalhava na área outro havia se tornado um que eu gerava era uma das problema, eu realmente sentia comercial, tendo no principais responsáveis por muito e queria muito resolver isso, eu realmente gerava situações alheias que não experiências especiais entre estavam em minha alçada, nós e sem precisar usar de mas essa manifestação técnicas de vendas habituais turbulenta era apenas interna. do mercado corporativo, e a minha maior Muitas vezes me incomodava que já eram tão maçantes habilidade. Nunca a forma como uma pessoa para os clientes. Acredito que tratava uma terceira, me esse era o diferencial que fui agressiva e incomodava tanto que eu me fazia ter resultados tão , talvez significativos nas empresas me entristecia ou ficava com raiva dessa pessoa. Eu sentia fosse até estranho para onde trabalhei. Mas eu nunca intensamente o que a terceira parei para pensar sobre isso, aqueles da área que eu pessoa estava sentindo, eu não me conhecia, vivia no eu realmente tinha a nítida automático, pensar sobre isso me sensação de saber o que era perda de tempo. em meus resultados” se passava com ela. Numa Só depois de conhecer a simples conversa trivial ou Psicologia Positiva e me em uma reunião de trabalho essas sensações aprofundar no meu autoconhecimento que eu estavam presentes. Quando se tratava de alguém consegui enxergar a inteligência social como próximo, era ainda mais forte. uma verdadeira força pessoal e comecei a Entendi então que o fato de eu não me entender que eu poderia usá-la a meu favor. Um conhecer o suficiente fazia com que eu usasse verdadeiro “superpoder”. Ouvi esse termo ser inadequadamente a minha força, e por isso não dito pela professora Lilian Graziano, do IPPC, a sentia como algo que iria me ajudar a florescer. várias vezes. E só depois de um tempo consegui Por outro lado, por meio dessa minha reflexão assimilar e entender como isso é verdadeiro e também relembrei acontecimentos importantes profundo. Algo muito forte que me caracteriza e positivos nos quaisl estavam presentes a como pessoa única nesse universo, algo muito inteligência social. especial que tenho e que me energiza quando o Fui durante muitos anos executiva de contas utilizo de forma consciente e equilibrada.

executiva de contas

relacionamento com pessoas

extrovertida

saísse tão bem

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querendo resolver situações do outro por identificar que esse outro está sofrendo, mas agora consigo me perceber melhor e identificar que estou me cobrando por questões que eu não posso resolver e comecei a ressignificar isso, tendo em mente que esse outro é competente o suficiente para resolver seus problemas. Hoje eu entendo o porquê de isso acontecer e conduzo minha emoção para a aceitação e a confiança. Isso me traz a paz que eu tanto busquei. Também identifiquei que a minha principal força é um dom a ser Pessoas com inteligência social utilizado de forma expressiva e “Descobri têm a “estranha” capacidade de genuína no meu atual trabalho e que a minha captar indicações não verbais que também traz muitos benefícios sutis, de decifrar a linguagem para aqueles com quem convivo. Eu corporal das pessoas, a entonação verdadeiramente me conecto com e as expressões faciais. Percebem o outro e consigo entregar o meu se alguém que está sofrendo, se diante do estado melhor naquele momento único. deseja falar sobre sua perda ou E isso realmente me realiza e me emocional gostaria de ser distraído por uma conecta com a minha missão de vida. fofoca qualquer. Sabem discernir Descobri que as minhas principais dos outros é entre dar apoio moral a um colega forças como a inteligência social e fundamental para a capacidade de amar e ser amada que foi repreendido pelo chefe ou deixá-lo sozinho, porque são marcas de alguns dos maiores a entendem a vontade do outro. professores, terapeutas e demais Notam se um filho que sofreu sua . profissionais que dedicam a vida a primeira rejeição com amigos quer cuidar dos outros, e isso me encheu E que quando eu de alegria, já que sempre tive essa conselhos ou prefere entender isso sozinho. estou vivenciando necessidade interna e não tinha Descobri que a minha muita clareza sobre ela. essas duas emoções sensibilidade aguçada diante do Hoje eu faço escolhas mais estado emocional dos outros é conscientes e que estão totalmente positivas entro em fundamental para a empatia e a alinhadas com o meu verdadeiro eu. e me sinto Isso faz com que eu me sinta feliz compaixão. E que quando eu estou vivenciando essas duas emoções plena. Minha evolução e a minha extremamente ebusca positivas entro em flow e me sinto por ser a melhor versão de extremamente realizada. mim mesma são contínuas, e eu ” Eu simplesmente me sei que esse foi só um dos passos encontrei com algo que me parecia muito estranho. da minha linda jornada de florescimento Identificar, entender e dosar essa força foram ações (mas foi um grande passo, e eu agradeço que simplesmente me libertaram. Hoje me sinto por isso todos os dias). maravilhosamente bem quando percebo estar fazendo uso dela, e, mais que isso, uso para verdadeiramente Betânia Albuquerque é coach de vida, entender a mim mesma, o outro e o mundo. empreendedora e idealizadora do projeto VIVER e MELHOR Ainda tenho as minhas “loucuras” quando me pego

sensibilidade aguçada

empatia e a compaixão

flow

realizada

leituras

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Tudo tem seu lado bom... Uma abordagem de Todd Kashdan e Robert Biswas-Diener sobre as emoções negativas • por Andréa Perez Corrêa •

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omeçar a pensar no estudo da Psicologia Positiva, dando atenção às emoções positivas, é uma tarefa absolutamente fácil, considerando, logicamente, o pilar sobre o aspecto subjetivo de seu arcabouço. Além disso, o “positivo” envolve as temáticas desse movimento, que enobrecem esse aspecto em suas teorias, intervenções e pesquisas. E é claro que isso é justificável e quase obrigatório, pois, tendo a Psicologia Positiva em sua concepção o objetivo de retomar duas missões da Psicologia – tornar a vida das pessoas mais produtiva e satisfatória e identificar e desenvolver talentos, não apenas restringir-se ao desenvolvimento de estudos que gerem a cura de patologias e transtornos –, certo grau de foco positivo em suas propostas é mais que bem-vindo. Talvez a grande dimensão do acolhimento do público aos seus temas possa ter se dado, exatamente, por conta do condicionamento de negarmos ou pelo menos evitarmos nossas emoções negativas, já que, inclusive, no contexto social aceitável, os declaradamente ou ocasionalmente raivosos, medrosos, tristonhos – entre os que sentem outras “emoções repelentes” – acabam sendo discriminados. Com a evolução dos temas da Psicologia Positiva e, acima de tudo, por conta da abertura indispensável a novos conceitos e da aplicável refutação de teorias no campo da ciência, alguns estudiosos vêm propondo novos caminhos para a elevação do bem-estar, trazendo uma tônica diferenciada ao que pode também gerar felicidade em nossas vidas. A dica de publicação desta edição traz exatamente uma nova temática, abordando as emoções positivas e o “viver o todo” de

leituras

Na obra, o foco é a abordagem das emoções negativas e quais contribuições positivas elas podem gerar, se deixarmos de negá-las, evitá-las e considerá-las como nocivas

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nossas emoções, viver o que os autores chamam de “inteireza”, do inglês wholeness, como forma de identificar caminhos inovadores para sermos mais felizes. Vamos à dica: The Upside of Your Dark Side (algo como O Lado pra Cima do seu Lado Negro, em livre tradução), trabalho de Kashdan e Biswas-Diener de grande contribuição ao novo desdobramento ou à nova fase do desenvolvimento da Psicologia Positiva, chamada de Segunda Onda. O tema foi capa de nossa segunda edição de MIP Mag, de autoria de Lilian Graziano (Se ainda não leu, não perca!). Na obra, o foco é a abordagem das emoções negativas e as contribuições positivas que elas podem dar, se deixarmos de negálas, evitá-las e considerá-las como nocivas. Todos sabemos que, para a nossa evolução, emoções negativas como o medo, por exemplo, fizeram com que a humanidade chegasse aos dias atuais e nos fará perpetuar ainda por um bom tempo. Como autores da Psicologia Positiva, atuando há mais de uma década, desde que a Psicologia Positiva estava ainda se alicerçando (Finding its legs!), como afirmam, Kashdan e BiswasDiener nunca negaram essa importância, mas consideraram em seus trabalhos as emoções positivas, levando em conta que uma conjugação entre as duas seria ideal. De alguma forma, a Psicologia Positiva e suas propostas tão atraentes de uma postura absolutamente

positiva fazem com que seja realmente tentador olharmos a vida apenas sob a óptica do que é bom, do que vai bem, ainda mais com bases tão sólidas na ciência. Nesse sentido, a atitude reflexiva em nada engessada ou influenciável desses dois estudiosos, abertos a um olhar mais panorâmico sobre os estudos das emoções – apesar de todos os convites ao que muitos chamam de happiology e do qual se mantiveram afastados por quinze anos –, é absolutamente apreciável, já que o conhecimento se constrói e se molda por este caminho. O que os autores destacam é que à medida que vivenciarmos essas emoções negativas também construiremos resultados positivos em nossas vidas. Além disso, como estudiosos relevantes também do campo da Psicologia Positiva, não estão propondo negar ou desmerecer as emoções positivas estudadas até então. Nas palavras dos autores, isso pode ser resumido da seguinte forma: “Para prosseguir em sua jornada de crescimento pessoal, amor e sentido e propósito na vida, você precisa se tornar consciente de todos os seus aspectos, incluindo as suas tendências obscuras, e ser ágil o bastante para integrá-las no repertório do seu comportamento como necessário.” (p. 220) Partindo do princípio básico de que todas as emoções são úteis, os autores desenvolvem no livro uma abordagem que conduz o leitor a entender que todos os estados psicológicos trazem vantagens à geração de maior bem-estar. Consideram que restringir-se a considerar as emoções positivas como unicamente

leituras úteis faz com que percamos um Autores humana”, indicam como útil manancial de possibilidades considerar a proporção 80:20, no recomendam de novas vivências e novos que diz respeito à contribuição caminhos. Afirmam quanto a das emoções positivas (80%) e a isso o seguinte: “Não sugerimos emoções negativas (20%) para a proporção 80:20 uma ajuda extra à felicidade nossa felicidade. ou um ímpeto de negatividade, Sou absolutamente suspeita no que diz respeito mas ambos.” E destacam que as para falar se vale a pena ou não à contribuição pessoas que vivem suas vidas adquirir o livro por dois motivos: com essa inteireza são as mais primeiro, porque considero das saudáveis e frequentemente as que, para nos desenvolvermos (80%) mais bem-sucedidas. como profissionais de um Suas afirmações, como relatam determinado segmento, e no livro, são resultados de precisamos nos atualizar no inúmeras pesquisas científicas. que se refere a nossos avanços, No corpo do livro, o leitor tem buscando sempre os últimos (20%) para a acesso a diversos comentários trabalhos e propostas, até para desses estudos, e ao final, disseminarmos aqueles com os nossa em 49 páginas, muitos deles quais concordemos; em segundo são indicados e resumidos com demonstrações de lugar, porque há muito tempo acompanho seus resultados, o que gera uma leitura à parte e o trabalho dos autores, os quais aprecio, muito enriquecedora a quem deseja aprofundar-se na verdadeiramente, por sua dedicação abordagem proposta. Com isso a leitura do corpo do à pesquisa, em especial, a de campo, livro, podemos dizer, é “limpa”, e o considero uma obra cujos experimentos são trabalhosos que desperta o interesse do público leigo, já começando e requerem muito empenho. Sendo pelo título absolutamente criativo que aguça a assim, minha afirmação é: compre o livro curiosidade em destaque numa estante de livraria. correndo! Até a próxima! Numa construção textual metafórica e figurativa, Andréa Perez Corrêa é pós-graduada em diversas passagens, a leitura torna-se leve e fluida, em Psicologia Positiva e Coaching, mestranda facilitando a compreensão dos temas, além de fazer com em Sistemas de Gestão na Universidade que o leitor se interesse por cada página que vem a seguir, Federal Fluminense, membro-fundadora do Instituto Brasileiro de Psicologia Positiva (IBRPP), entre as 286 páginas divididas em 7 capítulos. Estes docente do MBA Desenvolvimento Humano e últimos transitam entre uma abordagem bastante ampla Psicologia Positiva do Instituto de Pós-Graduação sobre a felicidade, passando pelo detalhamento sobre o (IPOG). Dedica-se à disseminação da Psicologia que os sentimentos ruins podem ter de bom, destacando Positiva e é criadora da Biblioteca Positiva.  E-mail: o quanto as emoções positivas também podem conduzir à acorrea97@hotmail.com. Site: www.ibrpp.com. “ruína” (lembre-se de que usam termos figurativos), além br. Facebook Andréa: http://on.fb.me/1O97CZm. e Biblioteca Positiva: http://on.fb.me/1Mejd8T de aprofundar a temática do mindfulness, trazendo uma visão reflexiva, entre outros temas. Além disso, o livro indica varias estratégias sobre Ficha técnica como o leitor pode conduzir as temáticas, tornando sua The Upside of Your aplicação ainda mais convidativa. E ainda, apesar de Dark Side concentrar-se nas emoções negativas, ao final do livro Autores: Todd B. você percebe que está diante de uma nova maneira de Kashdan e Robert Biswas-Diener construir o bem-estar, a inteireza que conduz a uma vida Editora: Hudson mais plena e feliz. Street Press Apesar de alertarem nas notas que não tomam isso Ano: 2014 como uma “exata descrição científica da psicologia

considerar

emoções positivas emoções negativas

divulgação

felicidade

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Índia: menos crianças em conflitos armados opera na província de Manipur, no Nordeste da Índia. Não há relatos de que a organização recrute ou use crianças. No entanto, eles costumavam ter muitas crianças em seu grupo no passado, principalmente antes da assinatura do primeiro acordo de “Suspensão de Operações” com o governo em 2005. A fim de monitorar sua conformidade com os Atos de Compromisso assinados, a Geneva Call conta com o monitoramento de organizações locais de direitos humanos. (Fonte: GoodNews Agency)

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Em 2 de março de 2015, a Organização pela Reunificação de Zomi (ZRO) assinou o Ato de Compromisso da Geneva Call para proteger crianças do conflito armado. Ao assinar esse ato, a ZRO afirmou publicamente seu compromisso de respeitar os mais altos padrões internacionais em termos de proteção infantil nesse tipo de confronto. Nele estão incluídos a proibição do recrutamento de crianças-soldados e o uso de menores de 18 anos nos conflitos. A ZRO é um movimento étnico armado que

Esta seção prestigia e divulga o trabalho da Good News Agency, que proporciona boas notícias às mídias do mundo inteiro, com material em inglês, italiano e português. (clique no link para saber mais)

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O motivo de os sorrisos serem contagiantes

A United Religions Initiative (URI), da Bulgária, comemorou a Semana Mundial de Harmonia Interfé no maior centro cultural do sudeste europeu, o Palácio da Cultura Nacional, em Sofia. O Palácio Cultural cooperou sediando a exibição intercultural de estudantes GIFT of LOVE recentemente. O evento foi organizado pela “BRIDGES – Fórum para o Diálogo da Europa Oriental” CC (URI Europa) em cooperação com o Centro de Estudos Étnicos e Migração de Refugiados da Europa (CERMES) e o Centro Cultural Búlgaro-Europeu. O projeto inter-fé inclui trabalhos artísticos de 35 estudantes de duas universidades búlgaras (Nova Universidade Búlgara e Universidade Veliko Tarnovo) manifestando o entendimento dos jovens a respeito do amor ao outro, ao próximo, ao diferente. Mais de 150 pessoas estavam presentes durante a abertura oficial e todas tinham origens diversas: líderes religiosos, diplomatas, membros búlgaros do Parlamento Europeu, professores de universidades proeminentes, jornalistas e estudantes. Cristãos ortodoxos, católicos, protestantes, muçulmanos, judeus e ateus se reuniram para a Semana Mundial de Harmonia Inter-fé. (Fonte: GoodNews Agency)

(Fonte: ScienceDaily.com)

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Exibição que constrói pontes entre culturas e harmonia entre religiões

Sorria! O sorriso faz com que todos num mesmo ambiente se sintam melhor, porque eles, consciente ou inconscientemente, estão sorrindo com você. Há cada vez mais evidências científicas que mostram que o instinto para a mímica facial nos permite ter empatia e até mesmo experienciar os sentimentos de outras pessoas. Se não podemos espelhar o rosto de outra pessoa, acabamos limitando a nossa capacidade de ler e devidamente reagir a suas expressões. Em seu artigo, Paula Niedenthal e Adrienne Wood, psicólogos sociais da Universidade de Wisconsin, descrevem como as pessoas em situações sociais simulam as expressões faciais dos outros para criar respostas emocionais em si desta. A simulação das expressões nos ajuda a reconhecer o que os outros estão sentindo, pois cria uma associação da mesma com os tempos, no passado, quando fizemos essa expressão. Os seres humanos atingem esse significado emocional das expressões faciais em questão de apenas algumas centenas de milissegundos. “Você reflete sobre seus sentimentos e, em seguida, gera algum tipo de decisão baseado nesse reconhecimento. O mais importante é o resultado: você toma as medidas adequadas – se aproxima da pessoa ou se afasta”, diz Niedenthal.

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Seu cérebro pode ter sido projetado para o altruísmo

Um novo espaço estruturado pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) está pronto para receber imigrantes e refugiados que estavam vivendo em meio à lama e ao frio no campo Basroch, em Grande-Synthe, na França. Essa operação está sendo realizada junto ao município de GrandeSynthe. O objetivo é oferecer um abrigo onde as pessoas possam se manter secas e em condições de vida mais aceitáveis. Essa reação pretende satisfazer às necessidades básicas dos refugiados, mas a MSF sentiu que era igualmente importante melhorar as áreas de vida da comunidade. Dessa forma, associações locais que ajudam os refugiados estão construindo cozinhas, uma escola e um parque infantil, já que a população do campo Grande-Synthe engloba muitas famílias e aproximadamente cem crianças. (Fonte: GoodNews Agency)

(Fonte: ScienceDaily.com)

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França: melhorias para refugiados

Desativando temporariamente uma parte do cérebro envolvida no impulso-controle, os neurocientistas descobriram evidências convincentes de que fomos projetados para o altruísmo. A descoberta sugere possíveis caminhos para tratar pessoas que não experimentam a empatia. Depois de explorar as áreas do cérebro que incentivam nossos impulsos empáticos – e desativar temporariamente outras regiões que se opõem a esses impulsos –, dois neurocientistas da UCLA descobriram um lado otimista da natureza humana. Enquanto os participantes realizavam uma série de atividades, os pesquisadores mapearam os cérebros dos participantes com ressonância magnética funcional, prestando atenção à atividade em várias áreas do cérebro. Os pesquisadores analisaram a amígdala, o córtex somatossensorial e a ínsula anterior, áreas associadas com a percepção de dor e emoção e de imitação. Duas outras áreas no córtex pré-frontal, que é responsável pela regulação do comportamento e pelo controle dos impulsos, também foram analisadas. Os participantes que apresentaram respostas mais fortes nas áreas do cérebro associadas com a percepção de dor e emoção e espelhamento emocional foram os mais generosos. Os pesquisadores se referiram a essa tendência como “ressonância pró-social” ou impulso de espelhamento, e eles acreditam que o impulso possa ser a principal força por trás do altruísmo. Os resultados de ambos os estudos sugerem possíveis caminhos para o aumento da empatia, que é especialmente importante no tratamento de pessoas que sofreram situações dessensibilizantes como prisão ou a guerra.

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Nesta seção você verá conceitos e definições da Psicologia Positiva abordados ao longo da revista. (Elaboração: Equipe IPPC)

Flow

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O conceito de flow foi desenvolvido pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, que, a partir do estudo do processo criativo, interessou-se pelo fenômeno da motivação intrínseca. O estado de flow, também chamado de experiência máxima, faz com que o indivíduo se envolva completamente na atividade que está exercendo, empregando nela aquilo que de melhor ele tem a oferecer. Por essa razão, nos momentos de flow, atividade e sujeito tornam-se um só. Ao agir na sua zona de excelência, o sujeito que experimenta o estado de flow não precisa de supervisão, controle ou qualquer tipo de monitoramento externo na medida em que a atividade exercida lhe é intrinsecamente recompensadora. O flow pode ser conseguido em qualquer tipo de experiência. Porém há pessoas que o conquistam no exercício profissional, tornando seu trabalho uma importante fonte de gratificação e, por extensão, de felicidade. Hoje já existem empresas no mundo todo interessadas em promover o flow no ambiente organizacional, numa típica iniciativa na qual todos saem ganhando.

Enquanto as correntes tradicionais da psicologia tendem a buscar meios de lidar com experiências negativas, a Psicologia Positiva busca maximizar os efeitos das experiências positivas. O Savoring, por sua vez, visa a saborear os bons momentos, e é uma forma de intensificar e ampliar seus poderes, de modo a fazer as lembranças, reminiscências e antecipações positivas mais fortes e ativas do que as negativas em nosso funcionamento mental.

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Savoring

Felicidade:

Partindo da ideia de felicidade de Aristóteles (eudaimonia), ainda no século IV a.C., a Psicologia Positiva acredita na felicidade como resultado de uma vida virtuosa. Não parte da ideia de que só devemos ter ocorrências positivas na vida para nos considerarmos felizes, mas, sim, colocarmos na balança todos os momentos e ter uma percepção positiva da vida, um foco no que há de bom e que pende a balança para uma vida feliz.

positive wiki

Locus de controle

Trata-se de um constructo que visa explicar de onde o indivíduo percebe ser a fonte de controle de sua vida. Existem dois tipos de locus de controle: o locus de controle externo (quando o indivíduo percebe sua vida como sendo controlada por fatores externos a ele mesmo) ou o locus de controle interno (quando o indivíduo sente estar ele próprio no controle de sua vida). Embora oscilem

entre essas duas percepções, as pessoas têm um estilo de locus de controle predominante, e na pesquisa de Lilian Graziano sobre felicidade e locus de controle, essa pesquisadora encontrou uma correlação positiva significativa entre locus de controle interno e felicidade. (Para

saber mais acesse: http://www.teses.usp.br/ teses/disponiveis/47/47131/tde-23052006164724/pt-br.php)

Forças pessoais

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A partir do conceito de felicidade como resultado de uma vida virtuosa, os pesquisadores estudaram vários códigos de conduta da cultura oriental e ocidental, tais como bíblia, alcorão, bushidô etc., procurando virtudes comuns a todos eles. Chegaram, assim, a seis virtudes: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, moderação e transcendência. O próximo passo surgiu do questionamento: quais as características que um ser humano

deveria ter para conquistar tais virtudes? Os pesquisadores chegaram, assim, a 24 características, as quais denominaram de forças pessoais. Nesse sentido, as forças pessoais são: • Gratidão • Bravura e Valor • Justiça e Equidade • Humor • Liderança • Perdão • Bondade e Generosidade • Cidadania • Entusiasmo e Energia • Criatividade e Originalidade • Curiosidade • Espiritualidade e Senso de Propósito • Apreciação da Beleza e da Excelência • Capacidade de Amar e Ser Amado • Humildade e Modéstia • Esperança • Amor pelo Conhecimento • Inteligência Social • Integridade e Autenticidade • Perspectiva e Sabedoria • Prudência • Pensamento Crítico e Lucidez • Perseverança • Autocontrole e Autorregulação

sua felicidade english version click

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arquivo pessoal

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“S

ubir num palco com seus melhores amigos, cantar, se soltar cada vez mais e crescer junto com eles é, com certeza, um sentimento incrível. Ser parte de uma banda é uma das minhas maiores felicidades.” Marina Werneck, formada em Relações Internacionais

(Na foto, à esquerda, no vocal da banda The Publers)

Este espaço é seu! Conte pra gente suas vivências no email mipmag@psicologiapositiva.com.br 48

Aproveite a programação de 2016! Mindfulness: Consciência Plena em Ação

Inúmeros estudos têm mostrado que o estado mental denominado de mindful (aquele obtido por meio das técnicas de mindfulness, ou consciência plena) pode trazer uma variedade de benefícios físicos, mentais e sociais, transformando a vida das pessoas. Neste curso você aprenderá a iniciar sua prática de mindfulness, estruturando-a de acordo com suas necessidades individuais, agenda e vida profissional, além de aprender a lidar com as principais dificuldades que surgem quando introduzimos essa nova rotina em nossas vidas. Além da teoria e das últimas descobertas da psicologia e das neurociências sobre o tema, o curso apresentará inúmeras técnicas e práticas que serão vivenciadas pelos participantes. 25 horas/aula • 1/7/2016 a 3/7/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui

Virtudes e Forças Pessoais

Virtudes e Forças Pessoais (Character Strengths) são, sem dúvida, os temas mais importantes da Psicologia Positiva (PP). Sendo assim, não é possível um trabalho consistente em PP sem um profundo conhecimento acerca do significado de cada uma das forças pessoais. Isto porque acreditamos que todo e qualquer ser humano possui cinco forças que o definem enquanto tal e que juntas, representam aquilo de melhor ele teria para oferecer ao mundo. E como trabalhar esse melhor? Neste curso você aprenderá como fazê-lo, em uma abordagem focada não só em estudos e teorias recentes sobre o tema, mas nas práticas mais eficazes de desenvolvimento humano a partir das Forças Pessoais dos indivíduos. 25 horas/aula • 20/05/2016 a 22/05/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui

Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento

49 CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia

make itmag positive

Psicologia Positiva • neurociência • coaching • saúde • conhecimento

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on the path of

flow Mihaly Csikszentmihalyi talks about simple strategies to promote flow in an exclusive interview

Also in the issue: How to increase resilience and hope Mindfulness (part 2) Positive human capital Entrepreneurship and positive attitude

psicologia positiva Fazendo a diferença no mundo:

A formação

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Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento

2 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010

editorial

Simplicity and observation

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Ano I – n o 3 – abr./mai./jun. 2016 www.makeitpositivemag.com

ihaly Csikszentmihalyi, one of the founding fathers of Positive Psychology, nurtures not only the passion for learning but also encourages awareness for the simple things in life. Geetting into flow state through simple activities is something that happens easily for him (can you imagine being married for 63 years and having a flow experience just by talking to your spouse, like it happens with him and his wife?). He spends his time taking a hike in the mountains and cooking, two other ordinary activities mentioned by him as a guaranteed flow in his daily life, as well as doing research, which gives him great pleasure. The renowned scientist summed years of studies in a simple practice for beginners to have a more pleasant life, engaged in more rewarding activities: simply observe yourself. He is not talking about deep and individual searches within yourself, he only means paying attention to your daily routine, checking what are the tasks that lead to high flow levels. Those tasks would be part of a project of a well-lived life that we would be proud of in the future. The researcher is featured in this issue of the MIP Mag which also brings you articles that highlight other important elements of a life that we can be proud of: resilience and hope, some of the characteristics of optimistic people and also of people who are happier or more satisfied with their journey in this world. In the context of the positive institutions, one of the pillars of Positive Psychology, this issue also brings you an article that comments on the new distinction in the corporate field: the positive human capital. The entrepreneurial and positive attitude and the Appreciative Inquiry are topics covered in other pieces in the magazine, as well as the continuity of the series of articles on mindfulness.

Associação de Psicologia Positiva da América Latina Realização:

ponto a

comunicação • conteúdo • desenvolvimento humano www.ponto-a.com • comunicacao@ponto-a.com @PontoA_falecom • Tel./Fax (11) 3042-5900

Edição e coordenação (coordinator): Jussara Goyano

We hope you enjoy your reading!

Arte e projeto gráfico (design): Monique Elias

Jussara Goyano

(Coach certified by the Institute of Positive Psychology and Behavior and

journalist, editor of this issue)

Tradução (translator): Fabíola Bernardo Revisão: Marta Sá (Português) e Marina Werneck (Inglês) Contatos com a redação: Tel./ Phone number: +55 11 3042 5900 E-mail: mipmag@psicologiapositiva.com.br Endereço para correspondência/ Adress: Rua Helena, 140, cj. 111/112, Vila Olímpia, S. Paulo – SP – Brasil CEP: 04552-050 Comercial e Marketing: Cléa Graziano E-mail: clea@psicologiapositiva.com.br Tel.: +55 11 9 5328 4010

summary

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editorial

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Interview Mihaly Csikszentmihalyi discusses flow and strategies to achieve it

make itmag positive

Psicologia Positiva • neurociência • coaching • saúde • conhecimento

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on the path of

flow Mihaly Csikszentmihalyi talks about simple strategies to promote flow in an exclusive interview

Also in the issue:

Wellness Mindfulness (part 2): benefits and applications

How to increase resilience and hope Mindfulness (part 2) Positive human capital Entrepreneurship and positive attitude

cover image: freepik/montagem: Monique Elias

Neuroscience Virtual reality to manage compassion

The power of hope How to boost resilience

Corporate Positive human capital is the new distinction in the corporate field

Reading The Upside of Your Dark Side, by Todd B. Kashdan and Robert Biswas-Diener

Entrepreneurship & positive behavior

Appreciative Inquiry: a tool for empathy and engagement

and more... Positive News Positive WIKI Your happiness 4

images: freepik/divulgação

Testimonial Transformation through self-awareness

interview

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simply observe... personal file

For Mihaly Csikszentmihalyi, paying attention to the tasks that give you pleasure and increasing their frequency in your life would be enough to promote flow. You cannot be creative without loving what you do • BY Jussara Goyano •

interview

“A

personal file

s a child in World War II he realized that unless people took their responsibility to make the world a better place to live in seriously, the law of entropy would inevitably result in a steady deterioration of the human condition.” This is a significant part of Mihaly Csikszentmihalyi’s biography sent to MIP Mag as a reference, which perhaps explains why he became one of the founding fathers of Positive Psychology many years later. According to the same biography, he was born in 1934 in Fiume, Italy (now Rijeka, Croatia), and was the son of Hungarian parents. In 1956, he left Italy to continue his studies in the United States (he had only US$1.25 and no other financial resource, but managed to finish his studies, receiving a PhD in Human Development from the University of Chicago, When did you decide to study flow ? in 1965). It was 40 years ago, I started to After this, and during the years he taught study people who seemed to really Sociology and Anthropology at the Lake Forest enjoy what they were doing (artists, College – he hadn’t studied any of these topics athletes at first; then surgeons, before, according to his biography –, he developed computer programmers; then workers the basic model of the flow experience, one of the in general) — because I saw too most important topics in Positive Psychology. many people around me who seemed Till the end of the nineties, back at the University resigned to a life where they found of Chicago, he wrote several books (Flow, one very little joy — especially at work. of them, was translated into 28 languages and I figured that if we were smart became one of his international enough to send a man to the best-sellers). He also published “I moon, we should be smart over 200 articles in Indexed journals. Now, he and Prof. that if we were enough to find ways to live lives that were more joyful, Jeanne Nakamura lead a doctoral smart meaningful — more rewarding. program in Positive Psychology at Claremont University. to send a man We know that for some Csikszentmihalyi answered to the moon, people the flow happens briefly to the questions sent by spontaneously, while for MIP Mag about the flow concept we should be others not so much. some and a simple way to get into this state: according to him all enough don’t even know what makes them get into that state. you have to do is pay attention to find ways What kind of guidance can to what you like to do and that we give to someone who’s makes you grow and fill your to looking for this motivation? life with it. Getting into the flow that were What tools can a person use state doesn’t require deep selffor a self evaluation, before awareness, but it requires the more getting into psychotherapy effort to observe and reorganize ” and a coaching process? your life.

figured

enough

smart

live lives

joyful, meaningful 6

interview

“For some, flow is a diversion, and for a few flow might come from criminal activities. But what is important for well-being is to find flow in activities that provide

Does Flow bring happiness? “It is the full involvement of flow, rather than happiness, that makes for excellence in life. We can be happy experiencing the passive pleasure of a rested body, warm sunshine, or the contentment of a serene relationship, but this kind of happiness is dependent on favorable external circumstances. The happiness that follows flow is of our own making, and it leads to increasing complexity and growth in consciousness.”

opportunities for growth”

Pay close attention to what makes you happy. Perhaps keep a diary of what was the high point of your day, and what was the bottom. After a while, you can start doing more of the things that make you happy, and less of what makes you unhappy . . .

(Psychology Today/ Finding Flow: The Psychology of Engagement with Everyday Life, by Mihaly Csikszentmihalyi)

We could say that flow will always depend on deep self knowledge, right?

Not necessarily. Just paying attention to what you like, and what is likely to be good for you in the future . . .

flow in activities that provide opportunities for growth, and that potentially help other people, and that when you are old you can look back with pride on a well-lived life.

Are flow and life purpose essentially related? Please explain this relation...

What about the relation between flow and creativity (this last one is a demanded ability in several positions and professions in companies)?

For some, flow is a diversion, and for a few flow might come from criminal activities. But what is important for well-being is to find

Flow does not necessarily lead to creativity, but it is a necessary requirement of creativity. If you don’t enjoy what you are doing, you will just do what is expected, what you get paid for.

personal file

Could you tell us what makes you get into the flow state?

When I was younger, I got most flow from reading, painting and rock-climbing. Now, at 82, I find flow from writing, doing research, talking with my wife (we were married 63 years ago), walking in the mountains, playing with my grandchildren, cooking for my wife and friends.

wellness

mindfulness (part 2) An exercise of full awareness at the present time • by Fabio Appolinário •

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magine the following scenes: a) you wake up in the middle of the night thinking about an unpleasant discussion you had with a colleague or a family member the day before and you are unable to fall back asleep, overwhelmed by negative thoughts and emotions that keep coming up in your

mind until dawn; b) you have to perform an important mental task, such as studying something you do not like very much or preparing a particularly boring report about issues that do not excite you at all, but you can’t concentrate properly because several other priorities (your vacation, the very

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interesting book you are reading, the movie you are dying to see in the cinema) keep coming back to your mind, turning the already naturally boring task into a torture likely to be found in “Dante’s Inferno”; c) you have an important challenge next week (presenting a project, giving a speech, negotiating something important with a particularly difficult client, passing an exam) and spend most of the time torturing yourself mentally about the zillion things that can go wrong, which affects your sleep, spirit, mood, level of energy and even your health. Situations like those are familiar to all of us, thinking beings; and the problem lies precisely there: our thoughts. But wait a second. What would we be without our ability to think? All human art, literature, science, and culture were produced through our thinking. All communication, reasoning, and critical argument that prevent us from becoming complete useless idiots are due to our thoughts. So, how can such a wonderful thing like thinking (that mental monologue that continuously takes place in our minds) be something so horrible and at the same time so magnificent? How can it be something that can produce all the suffering in the world and some of the most extraordinary accomplishments of humanity at the same time?

Most people seem to be permanently immersed in sort of trance , tied to illusions and reveries about the future or ruminations and memories about the past

Mind, Thinking and Consciousness Most people seem to be permanently immersed in a state of trance, in which they are tied to illusions and reveries about the future, ruminations and memories about the past or entangled in abstractions and destabilizing self-narratives that create a vortex of good and bad emotions, causing a permanent state of anxiety, expectation, and confusion. Some call such trance “mindlessness”. It is not about an “uncontrolled mind” as cognitive psychologists from the middle of last century would put it: it is rather a mind with no consciousness of its own thoughts and emotions. But how is that so? Isn’t consciousness made of our thoughts? Well, it seems we have an essential issue here: you are not your thoughts. Your mind is something much larger than that. Thoughts are certainly events that take place within one’s mind – and are really important events, that deserve our full consideration- but there is at least another process of equal importance, and that is systematically ignored by most people: consciousness. Mindfulness has to do with the development of this second mental process that is essentially important for us to achieve peace, balance and the much pursued inner serenity, regardless of the events around oneself. Mindfulness means stop “struggling” with thoughts and emotions and start observing such processes by becoming aware of them. In order to have a truly balanced mind, we need to

wellness

Meditation,

develop both aspects of our mind: we should improve our thoughts, making them more accurate, refined and critical (something we probably have been doing through the formal and informal education process since always) and our awareness of the present moment, of what is going on in our mind, in our body, and in the environment at this precise moment (something we have – equally since always- ignored once it was never taught by our parents, much less by our teachers). This is the very root of the problem: all our culture (the Western culture, at least) is focused in the empire of thoughts, language and reasoning – which, I repeat, was and still is extremely important for us as human beings; but that is not enough. If we want to reach levels of happiness,

peace, and balance we have to go beyond and rescue that “lost part” of our mental functions: consciousness. The good news is that, just like thinking processes can be improved, our awareness about them also can be enhanced. The greatest difficulty resides in the fact that whereas we have always been taught to think – to a point that we deem this activity as absolutely natural and automatic, the same is not true about consciousness, something we have generally never heard of. If it sometimes occurs, for brief moments, that is also because it is a natural function of our mind, since birth. It simply has not been systematically improved and developed as thinking has been in the educational process. And that is exactly why most people consider very hard to develop such faculty; another reason is because the most frequently suggested path towards such development is meditation – a practice that, despite being age-old in ancient Egypt, India and other Eastern cultures, for us it is still weird, hard, artificial especially when associated to religious practices that are not predominant in the Western world. The bad news is that you are not getting out of the trance until you develop your mind in an integral manner: thoughts and consciousness at the same level of refinement. There are many ways to do this, as long as you assume that it is a necessity and you find the necessary discipline to begin and keep up a development rhythm until you reach that goal. Meditation is a safe path; one that has

despite being an ancient practice among Eastern peoples, for us it is still weird, especially when associated to religious practices that are not predominant in the West

wellness

What really matters is that you find techniques that work for you, for the characteristics –

personal, professional, physical, and mental – of the life you currently lead

been systematically studied by the best universities and research centers in the world for the last 50 years, and whose results are no longer questioned by science. But there is the possibility that this is not the best way for you, at least at this point in your life. Maybe you are unable even to sit still for three minutes in silence. Maybe you suffer from a neurocognitive dysfunction such as Attention Deficit Disorder (with or without hyperactivity), which could make traditional meditation a very frustrating activity. Along this series of articles about mindfulness, I would like to explore some possibilities with you in order to get started in that path – including some traditional meditation techniques as well as some rather unusual ones. What really matters is that you find the processes, techniques or means that work for you, for the characteristics – personal, professional, physical, and mental - of the life you currently lead.

MSYIATD UA just perceiving it. Try to do it carelessly at least two other times with other objects at other times. If you like the exercise, repeat it whenever you like. Fabio Appolinário is a business manager and a psychologist, he has a Masters Degree and a PhD in Psychology from the University of São Paulo. He is a consultant, coach, and psychotherapist, as well as the Scientific Director of the Institute of Positive Psychology and Behavior (IPPC) and the Positive Business School (PBS). E-mail: appoli@psicologiapositiva.com.br

to learn more

An experimental mindfulness activity: When you are relaxed, in a safe environment, choose an object from the kitchen or from your desk (a pencil, the telephone, the salt shaker – any ordinary object). Take it in your hands and observe it carefully for one minute or two. Do not judge it, do not create stories or make any associations to the object (e.g.: this was the salt shaker I got from my mother, etc.). Watch for details of the object that you have never noticed, feel its weight, its smell, and its texture. Observe its colors, its notches, its form. Notice the object in a way that you never did. Do not reflect upon it; just observe it. If you notice that you are “thinking” about the object, gently go back to

Brantley, J. Calming your anxious mind: how mindfulness & compassion can free you from anxiety, fear & panic. 2. ed. Oakland: New Harbinger Publications, 2007. Kabat-Zinn, J. Mindfulness for beginners: reclaiming the presente moment – and your life. Boulder: SoundsTrue, 2012. Yongey Mingyur Rinpoche. A alegria de viver: descobrindo o segredo da felicidade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Silverton, S. Viver agora. São Paulo: Alaúde, 2012.

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the essential hope portuguese version clique

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A reflection on the concept of hope and some associated factors: the strength associated with the positive thoughts, feelings, and beliefs related to the future • by Fábio Roberto freepik

Munhoz dos Santos •

s we know, from its very beginning Positive Psychology has sought to promote and assemble studies about the positive aspects of living. One of such positive aspects is hope. According to the classification of the strengths and virtues shown in the Character Strengths and Virtues’ guide (Seligman and Peterson, 2004) these strengths are measured individually through the inventory VIA, therefore “hope” is a strength that is part of the virtue of transcendence; the other VIA virtues are wisdom, humanity, courage, and temperance. Studies conducted with the

wellness

VIA indicated a significant association between the strength of “hope” and factors like general wellbeing, happiness, and resilience. The typical concept of hope involves the perception that “something desirable might happen”. Ultimately, hope continuously encourages and motivates us, it is hope that pushes us to move on in the belief that desired projects and goals can be attained. It is an essential element of motivation; it pushes us to walk forward and open horizons. In common sense, hope is seen as something too “philosophical” or “spiritual” to be studied by science. Nevertheless, it has been the theme of many studies compliant with academic rigor. Using measuring tools, researchers have already gathered some evidence related to hope: it drives individuals to better performance, promotes higher levels of wellbeing, increases motivation for attitudes and actions, and, it relates to better health and longevity.

Snyder (1994), one of the most cited researchers of the topic, states that the concept of hope involves the perception that one can attain desired goals or outcomes. I believe the greatest contribution of Snyder’s Theory of Hope is to emphasize the cognitive aspect, that is, the focus on the process of beliefs and thoughts related to hope. The emotional aspect is also addressed: hope naturally contributes to the flow of positive emotions, wellbeing and happiness. Snyder’s Theory of Hope is comprised of 3 elements: A – Goals. It is based on the assumption that human actions are directed by goals. Those goals or targets are expressed by thoughts, which provides the cognitive component that bases Snyder’s theory. The goals can be for the

The typical

concept of

hope involves the

perception

that “something desirable might happen”. Ultimately, hope continuously

encourages and motivates us

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Snyder’s Theory of Hope

short or the long term, but they need to have enough personal value to occupy conscious thinking. B – Pathways. In order to reach one’s goals, one has to be able to create routes or pathways to attain such objectives or goals. Snyder calls this process “Pathways Thinking”, it is the cognitive predisposition to conceive viable plans or pathways for the attainment of desired goals. It is always advisable to develop alternate routes, in case the main route is blocked. C – Motivation. It is the motivational component of the theory of hope; it refers to the perception that one is able to act on the chosen pathways in order to attain the desired goals. Snyder calls this process “Agency Thinking”. Studies with Snyder’s scale showed that the “agency” element is more associated with resilience, lower depression, and self-efficacy. This element can be expressed by the thought: “I can...”

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Hope and Resilience In a research covering the themes of “hope” and “resilience”, a team of researchers coordinated by Ong (2006) showed that the individuals with higher levels of hope are the most resilient, show decreased reaction in face of stress, and present more effective emotional recovery in face of adversities. High levels of hope promote lower levels of depression and higher levels of self-efficacy, optimism, and wellbeing. Hope has been described as an effective confrontation strategy for individuals with chronic illnesses. In oncologic patients, for example, high scores of hope are determinant of low levels of anxiety and depression. Research conducted for PhD Thesis at UNIFESP, conducted with 113 young people with type 1 diabetes, showed that hope is associated with factors such as better physiological parameter of glycemic control (HbA1c), lower level of depression symptoms, and higher level of resilience (Santos, 2015). The results of these studies suggest the inclusion of the hope elements in the development of interventions and resilience promotion programs. For example, developing interventions to help clients establish clear goals, produce pathways to attain their goals and foster the sense of autonomy and efficacy in the attainment of their objectives.

Compassion and Hope An interesting theme in the domain of strengths is the study of the combinations and interface between them. It is very fruitful to know how certain strengths interact with others and how they can be used in

association, within theoretical and practical approaches. Let us consider here the relationship between the concepts of hope and compassion. In a recent survey on this topic, I noticed that there are some studies about that interface, the combination hope-compassion. I particularly believe that they are a perfect match. Hope involves feelings and beliefs related to leaving a point A (current situation) and arriving at a point B (desired situation). When the current

The results of these studies suggest the inclusion of the hope elements in the development of interventions and resilience promotion programs. For example, developing interventions to help clients establish clear goals, produce pathways to attain their goals and foster the sense of autonomy and efficacy in the attainment of their objectives

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Hope involves feelings and beliefs related to leaving a point A (current situation) and arriving at a point B (desired situation). When the current situation involves adversity or suffering, feelings of acceptance and kindness make the difference

situation involves adversity or suffering, feelings of acceptance and kindness make the difference. Feelings of acceptance and welcoming are expressions of compassion; they reduce stress and neutralize reactions of judgment and self-criticism. We can consider compassion as a positive emotion combined with compassionate thoughts and beliefs. It is a widely investigated theme in academic studies, which show that experiencing compassion reduces stress, depression, and anxiety. They also show that such compassionate states activate brain regions related to happiness and positive emotions. Compassion involves the perception of one’s own suffering and the suffering of others and, most importantly, the genuine intention of relieving such suffering. In this “intention of relieving the suffering” I see something of hope, in the sense of conceiving a more positive and desired future situation. Among the rare works that address hope and compassion jointly, it is important to mention the study of a group of researchers coordinated by McKee (2006), conducted with company leaders. For the researchers, the most adaptive leader and the most successful in face of adversities is what they call “Resonant Leader”, a term that refers to a leader that is able to adequately manage his own emotions and those of other people. McKee’s study presents 3 elements necessary to ensure and sustain the “Resonant Leader”: mindfulness, compassion, and hope. Mindfulness: it means developing and maintaining

full awareness of oneself, others, and the environment. The ideal leader is always aware, conscious, and perceptive of his/her own self, others and the environment. Compassion: The resonant leader uses empathy and compassion with his subordinates and superiors, whether in face of difficulties or even in opportunities, s/he always establishes strong bonds, and knows how to put himself in others’ shoes. Hope: The resonant leader faces uncertainties with hope, and promotes the belief that goals are attainable. He motivates and inspires others to reach their goals or accomplish their objectives. Thus, such leader fosters hope and inspiration, allowing people to believe in the feasibility of a better future. Fábio Roberto Munhoz dos Santos is a psychologist, he has a PhD from Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), a MS in Psychology and an specialization degree in Behavioral Medicine and Cognitive Therapy also from the same institution; training on the VIA Institute on Character. Science and Practice of Positive Psychology with Christofer Peterson. He holds a Certification on “Positive Psychology Coaching” by the Positive Acorns. He is a member of the International Positive Psychology Association (IPPA) and advisor of the Latin America Positive Psychology Association (APPAL).

to learn more Santos, F. R. M. et al. (2015). Hope matters to the glycemic control of adolescents and young adults with type 1 diabetes. Journal of health psychology, 20(5), 681-689. Ong, A. D. et al. (2006). Hope as a source of resilience in later adulthood. Pers Indiv Differ, 41:1263-73. Snyder, C. R. (1994). The psychology of hope. New York: The Free Press. McKee et al. Mindfulness, hope and compassion: a leader’s road map to renewal. Ivey Business Journal 70.5 (2006): 1-5.

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The paths of resilience “Positive emotions” are the access road to become more resilient

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• by lilian graziano •

razil. Nineties. At a time when having AIDS was a death sentence, a young man decides to donate a kidney as a way to give back for the fact he managed to escape the tragic destiny that his miserable childhood in the streets seemed to have ensured for him. It was the first time in his life that the young man felt strong enough to offer to help somebody else. He makes the tests, and submits to surgery. And because life can sometimes show its brutal ways, he gets the HIV virus in the process. USA. Vietnam War. Bob Shumaker, then a marine pilot, is flying over enemy territory when his plane is shot down. In order to escape

a sure death, he ejects himself from the plane at the last second. Because his parachute only opens up a few meters from the ground, Bob breaks his spine, which would become the lesser of his problems as he was immediately captured by the enemy and kept imprisoned for 8 long years, some of which in one of the most cruel Vietnamese prisons. Bob is tortured in ways that are unimaginable for most of us: iron bars strung down his throat, ropes tied to his limbs forcing them in extreme positions. As if torture was not enough, Bob is transferred to a solitary with no windows, where he spends 3 years unable to see the sunlight. In scenarios where rebellion and trauma

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Different levels

would be natural consequences, those two amazing human beings contradict the probable outcome. The Brazilian young man becomes an activist for AIDS awareness, he reassesses his entire life, gives new meaning to his relationships and starts to lead a life that is better than the one he had before he got the virus. The American man, in his turn, spends his years in solitary confinement imagining the house he would build if he ever got out of prison. The idle time allows him to realize that he would need 5,227 nails for his endeavor. Furthermore, he develops a code to communicate with prisoners in other cells, whom he could not see, in order to teach them (and learn) other languages. Everything through simple knocks on the wall. When he finally manages to get out of prison, his wife reported she welcomed back the same cheerful husband she had married.

of resilience

Also, when asked about whether they would return to the past in order to scratch out the traumatic experiences from their lives, if that was possible, both categorically state that they would not, as those experiences made them better human beings. Surprising? Not if we consider the fact that we are talking about resilient people. For researchers on resilience it is common to both ask that question and get that answer from their interviewees.

may be attributed to genetics, but it is an attribute that can also

be developed

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But what is resilience after all?

The concept of resilience originally comes from Physics. It corresponds to the ability that a material has to return to its natural state, after accumulating energy when submitted to a process that forces it, without collapsing. Based on that concept, it is not hard to understand why Psychology borrowed the same word to refer to the human ability to withstand the pressure imposed by adverse situations without giving way to any psychological damage. Generally, we can say that emotional resilience corresponds not only to the ability to overcome problems, but especially to grow through them. But why some people are more resilient than others? I am sure that the answer to this question involves aspects related to personality traits, which is precisely the reason why it is greatly due to genetic differences. However, it is not right to suppose that resilience is a characteristic that cannot be developed. There are many programs aimed at developing resilience. In the University of Pennsylvania, the Penn Resiliency Program assists a public of students varying in age from 8 to 22.

wellness

exercise of resilience be exactly? Well, it would not be. There are no resilience exercises. Resilience is fostered indirectly.

Emotions and functionality

In Australia, on the other hand, there is an initiative to promote resilience among teachers called Keeping Cool Project, in which researchers from Murdoch University (Western Australia), Curtin University of Technology (Western Australia) and RWTH Aachen University (Germany) take part. Not to mention the resilience development program that Martin Seligman conducts since 2009 in the American army called Comprehensive Soldier Fitness - the largest consulting project in the world, which assists no less than one million people, among soldiers and their families. In 2011, when the first scientific articles about this work were published, we saw generals marveled at the possibility of going beyond the promotion of physical endurance in the military. It was possible to make them more psychologically resistant and that was extremely important. As we can see, there is a lot to do when the aim is to make people more resilient. But more interesting is how this is done. In fact, a layman reader might ask how would an exercise to make someone more resilient be possible. Also, how would an

All the resilience programs listed above work on positive emotions. That is because positive emotions are what makes people more resilient. In other words, researchers detected that resilience might be a sort of “side effect” of a life in which positive emotions prevail. But even if a causal relationship between positive emotions and resilience is yet to be clearly established, correlation between them is indisputable. Generally speaking, positive emotions can be understood as the ones that are pleasant to feel and that bring people closer, such as gratitude, forgiveness, joy, optimism, etc. The most interesting point is that the dominance of positive emotions, in addition to the already mentioned connection with resilience, is also related to improvement in cognitive performance, longevity, social support network, and, of course, in levels of happiness, as proven by several studies on Positive Psychology. Due to the wellbeing that they bring, the study of positive emotions and the promotion of happiness need no further reason. However, it is worth noting that there may be an indirect connection between happiness and personal growth. If the dominance of positive emotions is able to make people more resilient and resilience is the ability to persevere in face of difficulties and moreover to grow from overcoming obstacles, then we can state that when we are happy we also become better human beings.

Resilience might be a sort of “side effect” of a life in which positive emotions prevail 18

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wellness

If positive emotions make us more resilient, more able to grow from overcoming obstacles, then we can state that when we are happy we also become better human beings It is also important to remember that it may be important to expand research on the topic to consider the so called second wave of Positive Psychology, in which the boundaries between positive and negative emotions are found to be more tenuous. The reason is because it is possible that resilience, as defined here, is only possible when the negative emotions related to the traumatic event are fully experienced during that event. I have no doubt that the permanence of this sort of emotion (negative) is damaging, even devastating in some cases. However, my experience in counseling on kidnapping situations clearly tells me how essential it is to experience negative emotions in a traumatic situation; it could even be considered a condition for a resilient attitude. It is time to let go of Manichaean

expressions like positive or negative, and go deep in what I call “functionality of emotions”. It is at that place that things become less obvious, and also more truthful. lilian graziano is psychologist who earned a PhD in psychology from the University of São Paulo (USP) and is also the director of the IPPC. E-mail: graziano@psicologiapositiva.com.br. Site: www.psicologiapositiva.com.br

learn more Graziano, L. (1998). Vítor e sua vitória: A construção da identidade de um militante através da aids. Dissertação de Mestrado. Universidade São Marcos, São Paulo. Jr. Casey, W. G. (2011). Comprehensive Soldier Fitness: A Vision for Psychological Resilience in the U.S. Army. American Psychologist, 66, 1-3. Reivich, K. & Shatté, A. (2002) The Resilience Factor: 7 essential skills for overcoming life’s inevitable obstacles. Random House, New York.

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where to invest Positive Psychological Capital is to be a new milestone of the corporate world in the 21st century • by Mônica Portella e Ricardo de Sá •

ompanies have always worried about their capital, which involved its tangible assets such as buildings, factories, facilities, equipment, data, patents, technology, furniture and fixtures - historically, the physical resources that make up a company’s economic capital. As the 21 st century progresses, organizations are decreasing their dependence on traditional sources of capital (such as economic capital) and advancing towards more intangible ones

such as human, social, intellectual and positive psychological capital. Human Capital, in its turn, refers to employees (people) in all levels of an organization. According to Sveiby (2001), the value of a company is increasingly conditioned to assets such as: interpersonal relationships, knowledge, ideas, creativity, etc. A company’s tangible assets (land, real estate, facilities, equipment, etc.) are becoming more and more similar. The difference lies in their Human

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Defining goals, break them

Capital, Intellectual Capital, and Positive Psychological Capital. Luthans (2004), proposed a new way of thinking about resources or capital applied to a workforce, a view that emphasizes the individual worker. In that sense, an employee’s abilities, knowledge, talents, strengths, and competences are structural resources. The key question in the era of traditional capital was ‘What do you have?’ We have progressed to the key question of the human capital era: ‘What do you know?’ Edvison and Malone (1999) define Intellectual Capital by comparing a company to a tree and considering the visible part (trunk, branches, and leaves) as what is described in the organization charts and financial statements. The part of the tree below the surface, that is, the roots, represent the

intellectual capital (knowledge, expertise, formal education, interpersonal abilities, intrapersonal abilities, etc.). Thus, we can define intellectual capital as the dynamic, more concealed factors that underlie the visible part of a company. Snyder and Lopes have defined another type of capital: the Social Capital, which is made of one’s relationships, network of contacts and friends. Here, the question posed is ‘Whom do you know?’ It is worth to note that social capital helps people that are part of an organization to establish feasible goals for groups and teams, as well as to face challenges in a harmonious manner. Luthans (2004) states that companies should reduce their dependence on traditional sources of capital and invest on more alternative forms of capital, such as positive psychological capital, which presents four characteristics: it is 1. Unique; 2. Measurable; 3. Developable and 4. Impactful on individual performance. Positive Psychological Capital involves four variables, namely: selfefficacy (Bandura, 1977), hope (Snyder, 2002), the optimistic attributional style (Seligman, 2005) and resilience (Masten, 2001). These elements are related, but according to the original concept and with our evaluation, none of the elements leverages the others on its own and/or has superior importance or function. The four elements are closely related and, when we work on one of them, strengthening it, the other forms of capital (or elements) can be indirectly strengthened. For example, by working on strengthening optimism, one can become more resilient. When encouraging resilience, optimism might

down in smaller goals and producing

alternative routes is essential to the concept of Hope

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help people choose and structure their environments and their life in a manner that allows them to establish successful pathways. This vision is in line with Positive Psychology’s emphasis on human strengths (qualities, talents and core strengths) as opposed to merely reducing damage. Achor (2012) states that what one expects from oneself and from people (one’s beliefs) is expressed through words and behaviors that might have a powerful effect on their own behavior and in that of other people. In other words, at any given time, whether we want to or not, we might be predisposing our spouse, children, friends, clients, employees, bosses, peers, partners, etc. to success or to failure.

Hope be improved, as well as the sense of self-efficacy. The same way, strengthening one’s sense of self-efficacy might make one more hopeful.

Self-efficacy Self-efficacy involves trust in one’s own ability to reach a goal, and the belief that one can achieve a desired goal is the core idea of self-efficacy. Bandura (1997) states that self-efficacy can be defined as beliefs people have in their ability to produce the desired effects through their own actions and behaviors. According to Maddux (2002), self-efficacy refers to what someone believes they can do with their abilities in given circumstances. Self-efficacy is a learned cognitive pattern - as opposed to a genetically inherited trait - that is developed during childhood. Self-efficacy allows a feeling of being in control that leads to the production of neuroendocrine transmitters and catecholamines (neurotransmitters involved in stress management) (Bandura, 1991). The sense of self-efficacy also reduces cardiac activity and lowers blood pressure, making confrontation response easier. Bandura emphasized capacitation factors that

The concept of Hope involves the definition of clear goals, along with perceived capabilities to produce pathways that lead to attaining such goals (pathways thinking) and the necessary energy to use such routes (agency thinking). Snyder’s Theory of Hope highlights cognitions that are formed based on goal-oriented thinking. Hope can be defined as the goal-oriented determination based on which one devises pathways (perceived ability to find routes that lead to the desired

Optimists are

involved with the present and oriented by the positive results they wish in the future

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The belief system of resilient people allows

outcome) and employs agency (motivation to take such routes). According to Snyder (2009), high hopers have positive emotional sets and a sense of zest that stems from their history of success. Hope theory states that the successful pursuit of desired goals, especially after overcoming obstacles or adversities, results in positive emotions and continued efforts towards objectives. Snyder (2009) states that a good and strong bond with caregivers is important for the development of hope, whereas traumatic events were related to decreased hope in adulthood. In other words, for Snyder hope represents a mental configuration that can be learned, especially in terms of attaining goals.

reassessment

(it happened only in this situation) and temporary (it happened only this once) and a positive event is seen as personal, comprehensive, and permanent.

Resilience

Resilience can be described as the capacity to resist to and deal well with adversity. Resilience has two essential aspects: continuity and recovery in the event that a difficulty or change occurs. Bonanno (1991) defines resilience to identify those that when faced by trauma, radical change, or adversity were able to move on, while holding a sense of meaning (or purpose) and motivation. The belief system of resilient people allows reassessment of situations and regulation of their emotions through: 1) belief that it is possible to find a meaning in life; 2) belief that they can influence their environment and the events; 3) belief that their positive and negative experiences lead to growth and learning.

of situations and regulation of their

emotions

Optimistic Attributional Style According to Seligman (2010), the explanatory or attributional style is defined as the way people explain to themselves the things that happen to them. The attributional style is formed in childhood, until seven years of age, but it can be modified. It can be pessimistic or optimistic. It determines the extent to which people can become helpless (believe that there is nothing they can do to modify a situation, hindering their own movements and preventing themselves to act) or proactive in face of hardships. Individuals with optimistic attributional style construe lifeâ&#x20AC;&#x2122;s events in a way that is opposite to the pessimistic style. Thus, a negative event is seen as external (related to other people or circumstances), specific

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Concept of Positive

Psychological Capital may benefit adults and children, professionals and laymen in

every way

Establishing goals and planning the future are factors that can help deal with adversity, as well as the ability to believe in oneself and acknowledge one’s own qualities. Research indicates that resilience can be learned. Programs aimed at promoting resilience emphasize the promotion of social, emotional and cognitive competences; encouragement of self-determination; fostering of a clear and positive identity; creation and reward of bonds; construction of beliefs directed to the future and acknowledgement of positive and functional behaviors. [See the relationship between resilience and positive emotions here.] Investment on Positive Psychological Capital can increase the functionality, efficacy, and efficiency of an organization. This concept might also benefit adults and children, professionals and laymen in every way, helping people become more: hopeful, optimistic, resilient and self-efficient. Development of Positive Psychological Capital leads people to attain higher levels of wellbeing and quality of life.

Mônica Portella is psychologist, scientific director and director of graduate courses from PSI+, IIPSI+ and CPAF-RJ. Post-doctor in Psychology (PUC-RJ). PhD in Social Psychology (UFRJ). MS in Cognitive Psychology (UFRJ). Professor/supervisor of the clinical practice, coaching, and educational team of PSI+ and the Graduate course on “Positive Psychology: An Integration with Coaching” and of the Psychopositive MBA (PSI+/AVM) and the graduate course on Cognitive Behavior Therapy (CPAF-RJ/ AVM). She is also a Cognitive Behavior Positive Psychotherapist and Positive Psychology Coach; author of books/articles on Positive Psychology. Ricardo de Sá is MS on Management Systems with focus on Social Responsibility (UFF); Psychologist, Art Educator (Performing Arts) and Actor; Expert on Positive Psychologist (PSI+/ AVM); Expert on Aesthetic Education (UNI-RIO); Management Course at INSEAD (France); Personal and Executive Coach (ICI - Integrated Coaching Institute). He is a professor at the Graduate Course on Positive Psychology Integrated to Coaching and the Psycho-positive MBA at (PSI+/AVM).

to learn more Achor, S. O Jeito Harvard de Ser Feliz. Tradução: Cristina Yamagami. São Paulo: Saraiva, 2012. Buckingham, Marcus. Empenhe-se! Ponha-se seus pontos fortes para trabalhar: 6 passos decisivos para alcançar máxima performance. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Luthans, F.; Luthans, K. W.; Luthans, B. C. Positive psychological capital: beyond human and social capital. BusinessHorizons, 2004. Portella, Mônica. A Ciência do Bem-Viver. Rio de Janeiro: EDITORA CPAF 2011. Portella, Mônica. Capital Psicológico Positivo. IIPsi+, Rio de Janeiro:. 2015. Seligman, Martin E. P. Felicidade Autêntica: Usando a nova Psicologia Positiva para a realização permanente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

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Seligman, Martin E. P. Aprenda a ser otimista. 2ª edição. Rio de Janeiro: Nova Era, 2005.

Snyder, C. R.; Lopez, S. J. Psicologia Positiva: Uma abordagem científica das qualidades humanas. Porto Alegre: Artmed, 2009.

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ENTREPRENEURSHIP and POSITIVE BEHAVIOR

• by Andréa Dal Maso •

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eing an entrepreneur is a great challenge that requires the use of one’s strengths so that anyone can pursue their pathway, seeking to accomplish dreams and overcome obstacles. That behavior goes beyond an entrepreneurial ability, it requires choices, decision-making, taking risks, persisting, innovating, breaking paradigms and daring. Yes, daring in such a way that exceeds the own entrepreneurs’ expectations. Small businesses may become big or stay small until capitulating; the difference is how each person uses his/her own freepik

Entrepreneurship and positive behavior make an impacting combination on people’s life and on businesses

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alternative to the historical inclination of universities to prepare people to be employees. Meanwhile, what defines an entrepreneur is a set of attitudes and behaviors that predisposes s/he to identify an opportunity and know how to seize it; as well as to find and manage the necessary resources to turn the opportunity into profitable business. Entrepreneurs are very creative and they notice opportunities where others do not see a thing.

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Strengths

strengths to dare. Entrepreneurship drives people to explore new pathways and discover strengths previously unknown to them.

A country of entrepreneurs According to the Global Entrepreneurship Monitor – GEM’s 2014 executive report about entrepreneurship in Brazil, considering the most recent data on the Brazilian population between 18 and 64 years of age, there are approximately 130.7 million Brazilian in that age group and it is estimated that the number of entrepreneurs in the country is 45 million. It is as if the entire population of Argentina or Canada were seeking new opportunities that impact in the national landscape by means of a positive behavior, that of becoming an entrepreneur.

Entrepreneur’s attitude Fernando Dolabela mentions in his book O Segredo de Luíza (Luiza’s Secret, Sextante Publishing House, 2012) that entrepreneurship is comprehensive; it comprises all human activities and, therefore, includes business ventures in research, the government, the third sector, the arts, in any sector. Entrepreneurs are defined by their way of being, not by the way they do things. The author states that the goal is that everyone gets prepared to be an entrepreneur. Dolabela developed the entrepreneur’s workshop methodology, which addresses an important

Rather surprising is the fact that, in the exercise of organizational consulting, creative and bold men and women sometimes have difficulty to realize how their strengths are being underused, or how these could be directed to undertaking and managing their own business. As odd as it may sound, it seems natural to people to be more familiar with their weaknesses than their strengths, which results in difficulty to revert this mindset that limits the vision about their actual ability to accomplish.

Studies show ways that lead to the understanding that positive organizational behavior and entrepreneurship may promote changes in the creation of new companies and generate

positive social impacts

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Positive organizational behavior On the other hand, if some people limit their ability to accomplish, others may expand it. Fred Luthans initiated a study on positive organizational behavior and the influence of psychological abilities in organizational performance. Self-efficacy, optimism, hope and resilience are described as four positive dimensions that are relatively unique and specific of positive organizational behavior. These studies show ways that lead to the understanding that positive organizational behavior and entrepreneurship may promote changes in the creation of new companies and generate positive social impacts.

An actual example, with proven results of such phenomena that includes entrepreneurship, positive psychology, personal strengths and positive organizational behavior is the case of Beleza Natural (Natural Beauty), a chain of hair salons from Rio de Janeiro that became a world reference for its culture of service excellence. It was listed as one of the most emblematic cases of entrepreneurship of the last decade in the book Crazy Is a Compliment, written by the CEO of Endeavor Global, Linda Rottenberg. From a homemade company to an enterprise with R$ 250 million in revenue in 2014 and the goal to have 120 shops until 2018. The hair salon chain is on its way to fulfill the prophetic words uttered by Zica, one of the founders, and conquer the world. The four partners skillfully used their strengths and powered their virtues and talents for the creation and management of the company. This organizationâ&#x20AC;&#x2122;s impact, and the impact of its leaders, on the social and

Creative and bold men and

women sometimes have difficulty to realize how their strengths are being underused, or how these could be directed to

undertaking and managing

their own business 27

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Concrete results

economical realm of the life of many people is surreal, both in Brazil and abroad. By means of positive behavior, those entrepreneurs expanded their business and caused social impact. If, on one hand, there are those who make good use of their strengths and leverage their businesses, on the other hand, most people are unaware of their true strengths and entrepreneurial skills. In the midst of it all, new challenges drive the will to start a business: the practical application of positive behaviors in life and in business, the qualification of people that may generate a chain of transformation, sustainability, and prosperity. This is a path worth taking as it is one of value and meaning. AndrĂŠa Dal Maso is partner-director of Dal Maso Consulting, Master Coach and organizational psychologist. Site and blog: http://www.dalmasoconsulting.com.br/pt/ http://www.dalmasoconsulting.com.br/blog/

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Positive Questions

Appreciative Inquiry unravels much more than people and goes beyond organizational processes • by Andréa Perez Corrêa •

ne can see how organizations have played an important role in the development of human kind with no need to be an expert in business or corporate matters. All products, services, technologies, entertainment, among other segments, are focused by organizations’ actions. If they had not been structured it would have been impossible to meet the demands of demographic growth along our history. According to a research from IBGE (Brazilian Institute of Geography and

Statistics), conducted in 2013, Brazil had already 5.77 million companies then, which employed 41.9 million people including employees, partners, and company owners. In that context, turning our attention to the applicability of Positive Psychology, or other approaches centered in people’s positive traits, is an inviting stance. As the pillar of positive

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Asking

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theoretical stances

between Positive Psychology and

Appreciative Inquiry, they

organizations is part of Positive Psychology’s proposition, this scenario had possibly been discerned already.

Appreciative Inquiry and focus on the positive

converge in the valuation of positive aspects, positive experiences and

qualities of individuals

i c i pa tor y

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We know that Positive Psychology incorporated several pioneer studies about wellbeing and human qualities in building its approach and the Special Issue on Happiness, Excellence, and Optimal Human Functioning (2000) from American Psychologist demonstrates that. In tune with that attitude, one of the methodologies also embraced by the field of PP is the Appreciative Inquiry - IA, an approach developed based on the use of questions about the positive aspects of people and organizations, focused on a positive revolution of leadership towards change based in positive experiences and qualities to build a successful and sustainable future. IA’s conception is attributed to David Cooperrider who started a research with Suresh Srivastva in 1980 for the Doctorate in Organizational Behavior program from Case Western Reserve University, conducted in the Cleveland Clinic, Ohio. This study has received significant contributions not only from Cooperrider, but also from icons such as Diana Whitney, Jane Dutton and Jaqueline M. Stravos. IA is used from small to large organizations, in the private or public sector, with areas such as: higher education, social work, health and teaching. Furthermore, IA has already given rise to developments such as Appreciative Leadership (WHITNEY; RADER, TROSTEN-BLOOM, 2010) and Appreciative Coaching (OREM, BINKERT & CLANCY, 2007) and the engagement of IA scholars pervades

Positive Psychology events as seen in the participation of Cooperrider in the 4th World Congress of Positive Psychology in 2015. Despite the different theoretical stances between the two approaches, as Marujo and others (2007) point out – Positive Psychology with its scientific rigor, marked by the idea of an objective measurable reality and by the need of a unifying ideological theory; and Appreciative Inquiry, which points out that reality is built by subjectivityfocused talking, framed in a value adding approach, making objectivity relative – the two subject areas converge in many ways. The valuation of positive aspects, positive experiences and qualities of individuals as well as a focus on the construction of positive organizations are examples. IA (COOPERRIDER, WHITNEY, STRAVOS,2008) is initially based on five principles: constructionist, positive, anticipatory, simultaneity and poetic (see table 1) and points out that change can originate from the acknowledgment of the best in people, which is unveiled through positive (appreciative) questions (inquiry) and considering that the connection to the positive in each individual favors a successful future both individually and collectively, contributing for the benefit of organizations. Po s

iti

Simu ltane ity

Despite the different

Poetic

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Table 1 • Principles of Appreciative Inquiry

Table 2

• discovery: identification of the best positive experiences and the human qualities that work as resources and catalysts for a positive future.

• constructionist: reality is created in conversations;

• positive: change requires people’s positive emotions and positive questions favor that attitude;

• dream: outlining the best future and wishes, connecting those with the best experiences of the past and present

• anticipatory: envisioning a positive future anticipates necessary actions in the present

• simultaneity: as we ask questions reality is simultaneously created with the answers given;

• design: identification of stages, changes, and adjustments essential for implementing what was defined as dream,

• poetic: the stories we express, research and study define new possibilities for our reality.

• destiny: analysis of the immediate implementation of change, diagnosing what already can be done towards the wished goal.

In order for that proposition to take place, based on the choice of an affirmative topic– theme to be addressed during the IA – what the authors call 4D Cycle (Discover / Dream / Design / Destiny) is applied – see table 2. Discovery (Descoberta)

Destiny (Destino)

TOPIC

Dream (Sonho)

Design (Planejamento)

After grasping the importance of organizations and the framework of IA, this article highlights – through experiences of application in the organizational and educational contexts – the dimension of the results that come up when people are subject to positive questioning that is designed based on its principles and the stages of the cycle.

The power of positive questions According to Whitney and colleagues (2013), “if you truly want to change the world, you need to change the way you ask questions. At that point, a new world comes up around you”. Based on applications in universes obviously smaller than “the world”, as the authors figuratively state, it is impressive to realize how truthful this statement is. The experience of answering positive questions made according

The positive identifications found nurture the parties involved with strengthened wellbeing, as well as significant empathy, which derives in a desire to do more for others 30

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Of course

to IA generates individual results that exceed the expectations of the respondent and the process conductor. Participants are truly surprised with themselves and others. We are used to point out and highlight negative aspects of life, organizational experience, leaders, and processes, so we are surprised by how revealing and empowering it is to answer questions raised positively. Identifying through those questions what are our best experiences, our best success stories makes us aware, by means of our own speech, of our positive qualities and helps us envision an ideal or dreamlike future using all that insight; it definitely makes us believe in the power of that process. Furthermore, the power of positive questions to people whose tasks or activities have the same purpose gives rise to an atmosphere, an environment, a feeling that surpasses the concrete expectations of surveying stories or qualities, of idealizing a future, with planning and actions. It goes way beyond that. Collectively, the positive intersections identified stand out by the way they display the best in everyone, the most precious aspirations and a genuine wish to help participants. Therefore, the positive identifications found nurture the parties involved with strengthened wellbeing, as well as significant empathy, which derives in a desire to do more for others. And, in any context, that attitude favors interpersonal relationships, fostering the wish of being helpful to others, which generates extremely positive results to the organization. Of course raising positive questions is no easy task for those used to look at the most obscure side of

raising positive

questions is no easy task for those used to look at the

most obscure side of people, organizations and

even oneself. But

how about trying?

people, organizations and even oneself; added to the fact that people are not used to being appreciatively inquired. But, as everything in life is a habit, what if you start to ask positive questions and set out to create a new world? Andréa Perez Corrêa é pós-graduada em Psicologia Positiva e Coaching, mestranda em Sistemas de Gestão na Universidade Federal Fluminense, membro-fundadora do Instituto Brasileiro de Psicologia Positiva – IBRPP, docente do MBA Desenvolvimento Humano e Psicologia Positiva do Instituto de Pós-Graduação (IPOG). Dedicase à disseminação da Psicologia Positiva e é criadora da Biblioteca Positiva.  E-mail: acorrea97@hotmail.com. Site: www.ibrpp.com. br. Facebook Andréa: http://on.fb.me/1O97CZm. e Biblioteca Positiva: http://on.fb.me/1Mejd8T

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Compassion and virtual reality New virtual reality technologies coupled with knowledge in Positive Psychology allow the design of highly efficient psychological interventions • by marco callegaro •

study conducted in England promises to revolutionize intervention possibilities in situations of reduced levels of mood. Patients diagnosed with depression were submitted to a new technique that associates Neuroscience, Cognitive Therapy, knowledge on Positive Psychology and virtual reality technology. In order to understand this new technique, it is necessary to introduce some of the concepts applied on it. One of such concepts is the notion of virtual embodiment. It occurs when a person is immersed in virtual reality and feels as though a virtual body is

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neuroscience

in a virtual environment with experiences based on

encouraging self-compassion may produce

profound mood changes

psychological and physiological effects such as changes in the perception of size when a smaller or bigger virtual body is used, or even implicit attitude changes in unconscious racial prejudice when a virtual body with a different skin color is used. The use of virtual reality allows the enhancement and exploration of such embodiment illusion through the resources provided by immersion in a designed environment. Other important concepts used in this new technique involve a type of Cognitive Therapy that was called “focused on compassion” by its creator, the British psychologist Paul Gilbert. Compassion is a complex process in which empathy, tolerance to stress, courage, wisdom, motivation and acts of kindness interact both in the intrapersonal and the interpersonal realms. Cognitive therapy focused on compassion has many interfaces with Positive Psychology, especially as it emphasizes the role of compassion in mental health. According to Gilbert, self-compassion is a natural mood

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Immersion

one’s own, and everything that happens to the virtual body is felt as if happening to one’s own body, in the first person. In other words, someone immersed in virtual reality can transfer the sense of their real physical body to a virtual body. Obviously, it is an illusion, but the person submitted to it experiences it with extreme realism. In fact, it is not even necessary to use virtual reality to reach such illusion; virtual reality simply enhances it and adds new horizons to a curious brain phenomenon. That phenomenon may be produced with the help of a fake rubber hand, for example. The trick of instilling the feeling that a rubber arm is one’s real hand is relatively simple and, with a bit of luck, can be replicated at home. Imagine a man sitting on a table with his right arm hidden below the table whereas above it lies a rubber arm, with a towel covering the connection between the real shoulder and the fake arm. The fake arm is placed where the real one should be and then the illusion is triggered through touch synchronization. The experimenter simultaneously touches the real arm and the fake arm using both hands, one over the table and the other underneath it. The touches are synchronized, two touches, then one, then three, again two touches and so on, as if it were a telegraph message. The sequence of synchronized touches is interpreted by the brain as evidence that the fake arm is the real arm, as the visual system sees that the rubber arm is in the place of the real one, so each touch seen in the fake arm is also felt in the real arm. The only conclusion the brain is able to reach is that “this is my arm”. If the experimenter suddenly hits the fake arm with a hammer, the subject immersed in the illusion jumps, as he feels a strange transference of sensations as though the rubber arm was his own. Countless researches were conducted with such illusion of embodiment, with varied resulting

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The new technique is in its early stages in terms of research and application, but it appears to point to a promising future

regulator and it is connected to the positive pro-social emotions such as care and protection, feeling of connection with others and feeling of personal value. An intervention that encourages self-compassion may be effective if it reduces the self-criticism that blocks positive affects and contributes to depression. To test these ideas, a team led by Gilbert conducted an experiment that created a virtual scenario in which depressed patients would be immersed for eight minutes. The participants went through the experience of embodying a virtual body. In the first phase of the study, they would interact compassionately with a virtual crying child. Participants would comfort the child with words and gestures and, on the second phase, a group of

participants would embody the childâ&#x20AC;&#x2122;s virtual body and experiment a recording of their own comforting efforts towards the child, but this time from the childâ&#x20AC;&#x2122;s perspective. When compared to a group that was exposed to the same gestures and words, but coming from a third person, not from their embodiment in the first phase, significant differences were found. In the group that felt like the child being comforted (by their own words), there was a dramatic increase in self-compassion, reduction in selfcriticism and in the severity of depression. This new technique is in its first steps in terms of research and application, but it seems to foretell a promising future, as it provides more resources for immersion in emotionally intense experiences with the power to stimulate our compassionate mind. The illusion of embodiment and the use of virtual reality allow the exploration of interventions to reduce selfcriticism and increase self-compassion, which may be important for the development of new therapies for negative states, such as depression, and also to improve the mental wellbeing of healthy individuals.

marco callegaro is a psychologist, master in Neuroscience and Behavior, director of Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva (ICTC ) and Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC ).The author of the award-winning book Novo Inconsciente: Como a Terapia Cognitiva e as NeurociĂŞncias Revolucionaram o Modelo do Processamento Mental (Artmed, 2011). He is the current president of the Latin America Positive Psychology Association (APPAL). www.appal.org.br (Become an associate!)

to learn more Embodying self-compassion whitin virtual reality and its effects on patients with depression. Falconer, J. Caroline, et al. BJPsych Open (2016) 2, 74-80. doi: 10.1192/bjpo.bp 115.002147.

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The relevance of self-knowledge

…and the contribution of Positive Psychology to this process

• by Betânia Albuquerque •

h e first time I took the VIA – personal strengths inventory (selfadministered online assessment tool that aims to identify one’s personal strengths) – was in 2015, at my Positive Coaching Training at the Institute of Positive Psychology and Behavior (IPPC). As I got the results and learned that my top strength

was Social Intelligence - described as: “You are aware of other people’s motivations and feelings. You know what to do to adapt to different social situations and you are able to leave others at ease” - I thought to myself: “That makes no sense!” One of the core themes of Positive Psychology is the focus on people’s strong

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and positive traits. Character strengths and virtues – based on research coordinated by Martin Seligman, PhD and Christopher Peterson, PhD, which looked for a consensus about virtues in different cultures, religions and philosophies – are pre-existing personal competencies that energize us when used. They are internal resources that also help us overcome the problems or challenges that come our way. I had already studied that and knew about it, but how could I – who considered myself a shy and introvert person - have Social Intelligence as my top strength? The statement “you know what to do to adapt to different social situations and you are able to leave others at ease” did not make me comfortable. I did not see myself that way; on the contrary, I saw myself as the typical introvert, totally disconnected and lost in some social interactions. I finished my certification with a strange feeling about that strength and, since it was my top strength that really bothered me. At that time I had already started my selfknowledge and personal development journey, maybe due to that fact and the “The sentence insights I had in my coaching “Social intelligence is the ability course, I started to pay more to process both internal and ‘know what to external emotional information attention to myself and tried to identify my main strengths do to to (hot intelligence). It is about the better. But Social Intelligence ability to understand and manage different was something that still emotions; to accurately assess intrigued me, so I decided to one’s own feelings, emotions, take the VIA again a few months performance and reasons; act and can leave later, and guess what? There wisely in relationships; identify was social intelligence as my emotional content in others’ others at ease’ top strength again. The others expressions and gestures and did not make me use that information to facilitate even changed positions a little, nothing very controversial, but I interactions.” the one who puzzled me was After reading that, I began still in the same spot. did not see myself to pay even more attention I then decided to study it to myself and soon I clearly ” better so I could understand identified myself in those and use that talent in a way that descriptions, especially the would benefit my development, I could not neglect it. external ones. Before promoting and motivating such perception in I have always had an extremely keen others I needed, and deserved, to do that to myself. sensibility in terms of others’ feelings, In that search I found a translation of the strength gestures, and intonation; I even felt bad definition that made more sense to me, and gave about that. Identifying what others were better perception and feeling about my main feeling often made me sad and angry, strength, so things began to clear up: and I did not know why that happened.

adapt social situations

comfortable, that way

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I noticed, after self-observation and after For many years I was an account executive my studies about Positive Psychology, working in the commercial sector, and that I was unbalanced in the use of my top developing relationships with people was my strength, instead of identifying myself greatest ability. I have never been aggressive totally with it, I realized that it worn me out and outgoing, maybe it was even strange for and, more than that, because of that feeling those in the area that I got such good results, (about what others felt) and my perception not even I knew where that ability came about it (imagining what they thought) I got from, since the best salespeople had profiles distressed and restrained myself from new completely different from mine. social interactions. Using my top strength My ability to understand my clients in their out of balance increased my introspection deepest pain or need, whether professional or and shyness. Furthermore, personal, was huge. I created “For many years I due to my “ignorance” long-lasting relationships about how I could make my with those clients and I they was an interactions easier when I always remembered me. put myself in others’ shoes, I working Reflecting upon it, I realized was creating problems in my that the empathy I created in the commercial relationships, especially in was one of the main reasons my family. sector, and developing for it, I really created special Putting myself in others’ experiences with them shoes had become a with no need for the usual problem; it really moved corporate sales techniques, me too much and made which were so boring for me want to solve other clients. I believe that this was my greatest people’s issues that were was the difference that made ability. I have never beyond my reach. But that me achieve such significant turbulent state was uniquely been aggressive and results in the companies internal. I was frequently where I worked. But I had maybe it never stopped to think about bothered by the way a person would treat another, was even strange for that, I did not know myself, so much so that it made I lived in the autopilot; for those in the area that me sad or angry towards me thinking about that was a that person. I intensely waste of time. I got felt what that mistreated Only after coming across person was feeling, I had the Positive Psychology ” clear sensation that I knew and diving deeper in what s/he was going through. In a simple self-knowledge I was able to see Social conversation or in a work meeting, those Intelligence as a true strength and began to feelings were there. If it happened to someone understand how I could use it to my benefit; closer to me, it was even stronger. a true “superpower”, an expression I heard I realized then that the fact that I did from prof. Lilian Graziano, from IPPC, many not know myself enough made me use my times. It took me some time to take it in strength inappropriately, which prevented me and understand how true and deep that is: from seeing it as something that would help something very strong that makes me unique me flourish. On the other hand, through my in this universe, something very special that I reflection I also remembered some important have and that energizes me when I use it in a positive facts in which Social Intelligence conscious and balanced manner. showed up: People with social intelligence have the

account executive relationships with people

outgoing,

such good results

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are suffering; but now I am better able to realize that and identify that I am asking myself to do things that I can’t do. I can now give it another meaning, keeping in mind that the other person is competent enough to solve his/her own problems. Nowadays I understand why this happens and lead my emotion to acceptance and trust. That brings me the peace I longed for. I also saw that my main strength is a gift to be used in a significant and genuine manner in my current work and that also brings a wealth “strange” ability to capture subtle of benefits to those with whom “I found out non-verbal cues, to decipher I relate. I truly connect with that my people’s body language, their others and I can give my best at intonation and facial expressions. that particular moment. And that They realize if someone who is really fulfils me and connects me to other people’s suffering wishes to talk about to my mission in life. their loss or if they would like I found out that my top emotional states to be distracted by some gossip. strengths such as Social is essential for They know how if they should Intelligence and the Ability offer moral support to a colleague Love and Be loved are and to that has been reprimanded by the signature of some of the their boss or if they should . greatest teachers, therapists, leave them alone, because they and other professionals that And that when understand what the other person dedicate their life to caring for wants. They notice if a kid who I am experiencing others and that fills me with has been rejected by friends for joy, since I have always had those two positive this internal need and did not the first time wants advice or if they prefer to work that out on understand it very well. emotions I get their own. Today, my choices are in a state of I found out that my keen more conscious and they are sensibility to other people’s and feel extremely completely in line with my emotional states is essential for true SELF. That makes me ” feel happy and fulfilled, my empathy and compassion. And that when I am experiencing development and quest for those two positive emotions I get in a state of flow becoming the best version of myself and feel extremely accomplished. is permanent and I know that this was I simply found myself with something that seemed only one of the steps of my beautiful so odd to me at first. Identifying, understanding and journey towards flourishing (but it was adjusting that strength freed me pure and simple. a great step and I am grateful for it Today I feel wonderfully well when I realize that I every day). am using it, and, more than that, that I truly use it to understand myself, others and the world. Betânia Albuquerque, life coach, I still have my “insanities” as when I catch myself entrepreneur and creator of the project VIVER e MELHOR (LIVE and BETTER). trying to solve other people’s issues if I notice they

keen sensibility

empathy compassion

flow

accomplished

reading

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Everything has its bright side… versão em português

An approach from Todd Kashdan and Robert Biswas-Diener on negative emotions • by Andréa Perez Corrêa •

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h inking about the study of Positive Psychology, focusing on positive emotions is an extremely easy task considering, of course, the subjective aspect of its theoretical framework. Furthermore, the “positive” is embedded in this movement’s themes, which is a distinguishing aspect of its theories, interventions and research. And this is definitely justifiable and almost mandatory as Positive Psychology’s very conception was to resume two of Psychology’s missions – to make people’s lives more productive and satisfactory, and to identify and develop talents; as opposed to restricting the field to the development of studies that find the cure of pathologies and disorders –, therefore, a certain degree of positive focus in its proposals is more than welcome. Maybe the greatest dimension of the public’s reception to PP’s themes is given by people’s denying or at least their avoiding of negative emotions, since even in an acceptable social context, those openly or occasionally angry, fearful, or sad – among other holders of “repellent emotions”, end up being discriminated against. With the evolution of Positive Psychology themes and, above all, due to the essential openness to new concepts and the refutation applicable to scientific theories, some scholars have proposed new pathways to increase wellbeing, proposing a different vision towards things that can bring happiness to people’s lives. This issue’s reading suggestion shows a new approach to positive emotions and

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The book focuses on the approach to negative emotions and the positive contribution they can generate, if we stop denying them, avoiding them or considering them damaging

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to “living the whole” of our emotions, living what the authors call “wholeness” as a way to identify innovative ways of being happier. Here it is: the book The Upside of Your Dark Side, written by Todd Kashdan and Robert Biswas-Diener, a great contribution to the new development phase of Positive Psychology called the Second Wave – which was the cover theme of MIP Mag’s second issue explored in an article written by Lilian Graziano (If you haven’t read it yet, don’t miss it!). The book focuses on the approach to negative emotions and the positive contributions that they can generate, if we stop denying them, avoiding them and considering them damaging. We all know that, for our evolution, negative emotions such as fear have allowed human kind to see the light of current days and it will continue to contribute to perpetuate our existence for a long time. As Positive Psychology scholars that have been working for more than a decade, since Positive Psychology was still finding its legs as they put it, Kashdan and Biswas-Diener have never denied such importance, but they also considered the positive emotions in their work, taking in account that a combination of the two would be ideal.

Somehow, Positive Psychology and its greatly attractive propositions of an absolutely positive attitude make it really tempting for us to look at life only from the perspective of what is good, of what goes well, and more so due to its solid scientific base. In that sense, the reflective, and not at all plastered or open to influence, attitude of these two scholars, who are open to a broader view for the study of emotions – despite the continuous call to what many label happiology, from which they have kept their distance for 15 years – is absolutely notable since knowledge is built and molded this way. The authors emphasize as people experience these negative emotions in the course of their lives, they will also build positive results. Furthermore, as important scholars also in the field of Positive Psychology, they are not proposing to deny or disregard the positive emotions studied thus far. In their words this can be summed up as follows: “To progress on your journey of personal growth, love, and meaning and purpose in life, you need to become aware of all aspects of yourself, including your darker tendencies, and be agile enough to integrate them into your behavioral repertoire as needed.” (p. 220) Assuming the basic principle that all emotions are useful, the authors developed an approach that leads the reader to understand that all psychological states bring advantages to the generation of greater wellbeing. They argue that considering only the positive emotions as useful will lead us to lose a worth of possibilities of new experiences and pathways. In that sense, they state: “We don’t suggest

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an extra helping of happiness or a dash of negativity; contribution of positive emotions (80%) we suggest both”; and they emphasize that those and negative emotions (20%) to our who are able to live that sense of wholeness are the happiness. healthiest and, frequently, the most successful people. I am absolutely biased in telling if the Their claims, as stated in the book, are the result book is worth buying or not for two of countless scientific researches. In the body of reasons: first, because I think that as the book, the reader finds several comments about professionals seeking development in such studies and, in forty-nine pages towards the a field of knowledge, it is necessary end of the book, many of them are appointed and to be updated on its advances, by summarized including the demonstration of their always looking for its latest works and results, a section that resembles approaches, even if only The authors an extremely interesting separate to disseminate the ones reading passage to those who we agree with; second, recommend wish to further study the proposed because I have been approach. In that sense, I consider following the authors’ the body of the book as “easy” work for a long time, the 80:20 reading, a work that is able to raise and I truly appreciate the interest of laymen audiences, them for their dedication proportion for as suggested by the very creative to research, especially, the contribution title itself, which triggers people’s field research, whose curiosity in the bookshop shelves. experiments are hard work of Several passages of and require substantial (80%) effort. That being said, all metaphorical and figurative textual structure turn reading into I can say is ‘go for it right and an easy and smooth experience, away!’ See you next issue. making it easy to understand the topics and turning each next page, (20%) to our Andréa Perez Corrêa é pósamong the 286 pages divided graduada em Psicologia Positiva e in 7 chapters, interesting to the Coaching, mestranda em Sistemas reader. The last ones address a de Gestão na Universidade rather broad approach on happiness, including the Federal Fluminense, membro-fundadora do Instituto Brasileiro de Psicologia Positiva – IBRPP, detailing of what bad feelings have that is good and docente do MBA Desenvolvimento Humano e emphasizing how much positive emotions can also Psicologia Positiva do Instituto de Pós-Graduação lead to one’s “ruin” (remember their use of figurative (IPOG). Dedica-se à disseminação da Psicologia expressions), as well as deepening the theme of Positiva e é criadora da Biblioteca Positiva.  E-mail: mindfulness by means of a new reflective vision, acorrea97@hotmail.com. Site: www.ibrpp.com. among other themes. br. Facebook Andréa: http://on.fb.me/1O97CZm. e Biblioteca Positiva: http://on.fb.me/1Mejd8T In addition to that, the book recommends several strategies on how the reader can manage the themes, making its application even more inviting. Also, in Specifications spite of concentrating on negative emotions, at the The Upside of Your end of the book the reader realizes that it presents a Dark Side new way of increasing wellbeing, the wholeness that Authors: Todd B. leads to a more complete, happier life. Kashdan e Robert Biswas-Diener Although the authors claim in the notes that they Publisher: Hudson do not consider the 80:20 proportion to be an “exact Street Press scientific description of human psychology”, they Month/Year: 2014 say it is useful to consider it as indication of the

considering

positive emotions negative emotions

divulgação

happiness

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India: Less children in hostilities operating in the province of Manipur in North-East India. The ZRO is not reported to recruit or use children however; they used to have many in their rank in the past, especially before the signature of first “Suspension of Operations agreement” with the government in 2005. In order to monitor their compliance with the Deeds of Commitment they have signed, Geneva Call relies on the monitoring of local human rights organizations. (Source: GoodNews Agency)

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On 2nd March 2015, the Zomi ReUnification Organisation (ZRO) signed Geneva Call’s Deed of Commitment protecting children in armed conflict. In signing this Deed the ZRO publicly asserts its commitment to respect the highest international standards in terms of child protection in armed conflicts. It includes the prohibition to recruit child soldiers and use under-18 children in hostilities. The ZRO is an ethnic armed movement

This section spreads the work of the Good News Agency, wich publishes good news in English, Italian and Portuguese languages.

positive news

Why smiles are contagious

The United Religions Initiative – URI – Bulgaria commemorated the World Interfaith Harmony Week at the biggest cultural center in Southeast Europe, the National Palace of Culture in Sofia (URI is a global grassroots interfaith network). The Cultural Palace cooperated by hosting the intercultural student exhibition GIFT of LOVE recently. The event was organized by “BRIDGES – Eastern European Forum for Dialogue” CC (URI Europe) in co-operation with the Center for European Refugees Migration and Ethnic Studies (CERMES) and the Bulgarian-European Cultural Center. The interfaith project included art works by 35 students from two Bulgarian Universities (New Bulgarian University and Veliko Tarnovo University) manifesting the understanding of young people of LOVE towards “the other”, towards “our neighbor”, towards the different. Over 150 people were present during the official opening and they were all of various backgrounds: religious leaders, diplomats, Bulgarian members of the European Parliament, prominent university professors, journalists and students. Christian Orthodox, Catholics, Protestants, Muslims, Jews, atheist gathered together for the World Interfaith Harmony Week. (Source: GoodNews Agency)

(Source: ScienceDaily.com)

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Exhibition that builds bridges between cultures and brings harmony among religions

Smile! It makes everyone in the room feel better because they, consciously or unconsciously, are smiling with you. Growing evidence shows that an instinct for facial mimicry allows us to empathize with and even experience other people’s feelings. If we can’t mirror another person’s face, it limits our ability to read and properly react to their expressions. In their paper, Paula Niedenthal and Adrienne Wood, social psychologists at the University of Wisconsin, and colleagues describe how people in social situations simulate others’ facial expressions to create emotional responses in themselves. In “trying on” your friend’s expression, it helps you to recognize what they’re feeling by associating it with times in the past when you made that expression. Humans extract this emotional meaning from facial expressions in a matter of only a few hundred milliseconds. “You reflect on your emotional feelings and then you generate some sort of recognition judgment, and the most important thing that results is that you take the appropriate action-you approach the person or you avoid the person,” Niedenthal says.

positive news

Your brain might be hard-wired for altruism

A new site developed by Médecins Sans Frontières (MSF) is ready to welcome migrants and refugees who were living in the mud and cold at the Basroch camp in GrandeSynthe, France. This operation is being carried out jointly with the municipality of Grande-Synthe. The goal is to provide shelter where the refugees can stay dry under more acceptable living conditions. This response was intended to meet refugees’ basic needs, but MSF felt that it was equally important to improve community living areas. Local associations assisting the refugees are thus setting up kitchens, a school, and a playground, as the GrandeSynthe camp’s population includes many families and approximately 100 children.

(Source: ScienceDaily.com)

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France: New quarters for the GrandeSynthe camp

By temporarily inactivating a part of the brain involved in impulse-control, neuroscientists have discovered compelling evidence that we’re hardwired for altruism. The discovery suggests possible avenues for treating the empathically challenged. After exploring the areas of the brain that fuel our empathetic impulses – and temporarily disabling other regions that oppose those impulses – two UCLA neuroscientists are coming down on the optimistic side of human nature. While the participants experienced a series of activities, the researchers scanned participants’ brains with functional magnetic resonance imaging, paying close attention to activity in several areas of the brain. One cluster they analyzed – the amygdala, somatosensory cortex and anterior insula – is associated with experiencing pain and emotion and with imitating others. Two other areas are in the prefrontal cortex, which is responsible for regulating behavior and controlling impulses. The participants who had the strongest responses in the areas of the brain associated with perceiving pain and emotion and imitating others were the most generous. Researchers referred to this tendency as “prosocial resonance” or mirroring impulse, and they believe the impulse to be a primary driving force behind altruism. The findings suggest potential avenues for increasing empathy, which is especially critical in treating people who have experienced desensitizing situations like prison or war.

(Source: GoodNews Agency)

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In this section you will see psychology concepts and definitions covered throughout the magazine. (Preparation: Team IPPC)

Flow

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The concept of flow was developed by the psychologist Mihaly Csikszentmihalyi who, by the study of the creative process, became interested in the phenomenon of intrinsic motivation. The state of flow, also called “optimal experience”, causes the individual to fully engage in the activity he/she is carrying out, employing the best of what he/she has to offer. Therefore, in times of flow, activity and subject become one. By acting in his area of excellence, the subject experiencing flow state needs no super vision, control, or any type of external monitoring to the extent that the activity carried is intrinsically rewarding to him. The flow can be achieved in any experiment. But there are people who achieve it in professional practice, making their work an impor tant source of gratification and, by extension, of happiness. Today there are companies around the world interested in promoting the flow in the organizational environment, in a typical initiative in which everyone wins.

Whereas traditional psychology approaches tend to look for ways to deal with negative experiences, Positive Psychology seeks to maximize the effects of positive experiences. Savoring, in turn, aims the appreciation of good moments and a way to enhance and magnify their power on our mental function in order to make positive memories, reminiscences and anticipation stronger and more active than their negative counterpar ts.

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Savoring

Happiness:

Starting from Aristotle’s idea of happiness (eudaimonia), as early as in the fourth century BC, Positive Psychology believes in happiness as a result of a virtuous life. It doesn’t start from the idea that we should only have positive occurrences in life to consider ourselves happy, but rather to put all the moments we live in the balance and have a positive perception of life, which includes experiencing positive emotions, low levels of negative moods and high satisfaction in relation to life.

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Locus of control

It ’s a construct that tries to explain where the source of control of a person’s life is perceived. There are two types of locus of control: The External locus of control (when people see their life as controlled by external factors) or the internal locus of control (When people feel they are in control of their own lives). Although people alternate between

these two perceptions, they have a predominant locus of control style and in Lilian Graziano’s research on Happiness and locus of control, the researcher found a significant and positive correlation between internal locus of control and happiness. (Learn more in: ht tp://www. teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde23052006-164724/pt-br.php)

Character Strenghts

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Starting from the concept of happiness as a result of a virtuous life, the researchers studied various codes of conduct of Eastern and Western culture, such as the Bible, the Koran, bushido, etc, looking for common virtues in all of them. Thus they reached six virtues: wisdom, courage, humanity, justice, temperance and transcendence. The next step came up from the question: What traits a human being should have to achieve such

virtues? Researchers then arrived at 24 features, which they have called character strenghts. In this sense, the character strengths are: Creativity Curiosity Judgment Love of learning Perspective Bravery Perseverance Honesty Zest Love Kindness Social Intelligence Teamwork Fairness Leadership Forgiveness Modesty & Humility Prudence Self-regulation Appreciation of Beauty & Excellence Gratitude Hope Humor Spirituality

your happiness portuguese version clique

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“B

eing on stage with some of your best friends, singing, becoming more and more comfortable in your own skin and growing with them is definitely an incredible feeling. Being in a band is a big part of my happiness. Marina Werneck, with a degree in International Relations (In the photo, on the left, the lead singer of The Publers)

This space is yours! Tell to us your experiences in mipmag@psicologiapositiva.com.br 48

APROVEITE A PROGRAMAÇÃO DE 2016! MINDFULNESS: CONSCIÊNCIA PLENA EM AÇÃO

Inúmeros estudos têm mostrado que o estado mental denominado de mindful (aquele obtido por meio das técnicas de mindfulness, ou consciência plena) pode trazer uma variedade de benefícios físicos, mentais e sociais, transformando a vida das pessoas. Neste curso você aprenderá a iniciar sua prática de mindfulness, estruturando-a de acordo com suas necessidades individuais, agenda e vida proﬁssional, além de aprender a lidar com as principais diﬁculdades que surgem quando introduzimos essa nova rotina em nossas vidas. Além da teoria e das últimas descobertas da psicologia e das neurociências sobre o tema, o curso apresentará inúmeras técnicas e práticas que serão vivenciadas pelos participantes. 25 ��/�� • 1/7/2016 � 3/7/2016 ��: �� IPPC ��

VIRTUDES E FORÇAS PESSOAIS

Virtudes e Forças Pessoais (Character Strengths) são, sem dúvida, os temas mais importantes da Psicologia Positiva (PP). Sendo assim, não é possível um trabalho consistente em PP sem um profundo conhecimento acerca do significado de cada uma das forças pessoais. Isto porque acreditamos que todo e qualquer ser humano possui cinco forças que o definem enquanto tal e que juntas, representam aquilo de melhor ele teria para oferecer ao mundo. E como trabalhar esse melhor? Neste curso você aprenderá como fazê-lo, em uma abordagem focada não só em estudos e teorias recentes sobre o tema, mas nas práticas mais eficazes de desenvolvimento humano a partir das Forças Pessoais dos indivíduos. 25 ��/�� • 20/05/2016 � 22/05/2016 ��: �� IPPC ��

Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento

49 CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia