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A INESPERADA DESCOBERTA DO ARQUIVO JUDAICO DO IRAQUE Quando as tropas americanas invadiram o Iraque, em 20 de março de 2003, jamais poderiam imaginar que, numa missão de busca e apreensão, acabariam recuperando dezenas de milhares de documentos, 2.700 livros e outros tantos objetos narrando a vida, os hábitos e a herança de uma das mais antigas comunidades judaicas do mundo.
E
comunitárias. Membros da comunidade haviam relatado editos os obrigando a levar seus livros em hebraico e outros textos judaicos às sinagogas, onde caminhões aguardavam para transportá-los não se sabia para onde. Também não estava claro o que, exatamente, a Mukhabarat esperava encontrar neles. Quaisquer fossem os motivos, a captura do material cultural judaico pela polícia iraquiana fez lembrar pilhagens semelhantes perpetradas pelos nazistas, durante a 2a Guerra Mundial.
sse verdadeiro tesouro recebeu o nome de Arquivos Judaicos Iraquianos e se estende de meados do século 16 à década de 1970. E fornece um registro vívido e sem paralelo da vida judaica em Bagdá. Em 6 de maio de 2003, poucos dias após as forças de coalizão assumirem o controle de Badgá, uma equipe exploratória do Exército Americano, composta por 16 soldados a quem fora atribuída a busca por armas nucleares, biológicas e químicas, entrou no porão do Mukhabarat, a polícia secreta de Saddam Hussein. Inundado com mais de 1,5 metros de água fétida, esse porão continha, boiando nessa água, um patrimônio inestimável de livros, artefatos e documentos judaicos. O porão abrigava material relacionado à vida da comunidade judaica iraquiana.
O TREMENDO EMPENHO EM RECUPERAR E TENTAR IDENTIFICAR O MATERIAL, 2003
Não ficou claro como e por que razão esses registros de valor incalculável sobre a vida dos judeus e seus textos religiosos tinham ido parar nos porões da Mukhabarat. O fato é que claramente haviam sido pilhados de sinagogas e organizações 53
Resgatando os documentos Não tardou para que o exército norte-americano percebesse a importância de sua descoberta e prontamente procurasse ajuda. No clima quente e úmido de Bagdá, os documentos e livros encharcados junho 2022