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ISRAEL E A CALÚNIA DO APARTHEID Por André Lajst
Muitas são as provas de que a democracia israelense não admite segregação racial. Nomes como Salim Joubran, que foi juiz da Suprema Corte de Israel, e Mansour Abbas, membro da Knesset que recentemente foi alçado à integrante da coalizão que pode iniciar um novo governo, ajudam a desmantelar o argumento do apartheid, tantas vezes usado por grupos que desejam colocar em xeque o direito de Israel existir.
E
m 1991, estive em Israel pela primeira vez. Meus pais, meu irmão e eu nos mudamos para o país em setembro, após o fim da Guerra do Golfo. Eu era criança, porém me lembro de certa vez estar em um escritório do Ministério do Interior com minha família, onde brinquei com a bengala de um senhor árabe muito simpático que aguardava sua vez nas cadeiras do salão principal. Em algum momento, escutei gritos do lado de fora. Um israelense gritava por algum motivo, que pode ou não estar relacionado com o fato de o senhor árabe estar dentro do recinto. De repente, o israelense quebrou o vidro que separava esse salão e a calçada. Em três minutos, ele foi preso e levado pela polícia. Por diferentes razões, não permaneci em Israel e, em 2003, retornei a Israel, dessa vez como estudante do Ensino Médio. Era o auge da Segunda Intifada, quando os atentados suicidas ocorriam quase que semanalmente em bares, restaurantes, ônibus e locais públicos. Lembro-me bem que toda vez que ia entrar em locais públicos, estações de ônibus ou trem, passava por controle de raio X, detectores de metal e perguntas dos seguranças.
servi à Inteligência da Força Aérea por dois anos e me tornei um israelense. Os controles de segurança sempre estiveram presentes para todos, sem exceção. Em determinados casos, os seguranças eram árabes, beduínos ou drusos, de religião islâmica ou cristã. Esses três episódios em que contei experiências pessoais, servem para concluir o óbvio. Israel se preocupa com a segurança de seus cidadãos e utiliza formas preventivas e ferramentas de tecnologia conhecidas no mundo todo para proteção contra ações violentas. Quem revista ou quem é revistado não está baseado em etnia, raça ou religião. Diga-se de passagem, quem revista, quando está de folga, também é revistado. A acusação de que Israel comete o crime de apartheid é mais uma forma de tentar deslegitimar o país. A lógica é clara: Quanto mais crimes contra a humanidade forem atribuídos a Israel, mais pessoas começarão a condenar a existência do país e questionar sua legitimidade, pressionando governos a mudarem suas posições, isolando Israel e, consequentemente, enfraquecendo-o. Apesar das acusações e protestos e da campanha global por boicote, Israel possui um crescimento considerável em sua economia, foi reconhecido por mais quatro nações árabes e está longe de estar isolado como nação.
Em 2006, voltei como cidadão do país. Morei em Israel por 10 anos. Nesse tempo, aprendi hebraico fluente, 32