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david julius, vencedor do Nobel de Medicina Dois neurocientistas norteamericanos, David Julius, judeu de origem russa, e Ardem Patapoutian, um libanês de ascendência armênia, foram homenageados em conjunto pela descoberta, individual, dos principais mecanismos que ampliam o conhecimento das nossas sensações de calor, frio e pressão. Seu trabalho aborda a grande questão de como sentimos o ambiente que nós cerca. “A descoberta revolucionária dos laureados, este ano, nos permite entender de que maneira o calor, o frio e a força mecânica podem desencadear impulsos nervosos que nos permitem perceber e adaptarnos ao mundo”, afirmou o júri do Nobel. “Suas descobertas dos receptores de temperatura vêm melhorando o tratamento da dor causada por várias doenças. Em nossa vida, aceitamos essas sensações sem tentar entendê-las, mas de que
York, onde, à época, viviam grandes contingentes de imigrantes judeus russos. Os avós de Julius haviam fugido do antissemitismo na Rússia czarista em busca de uma vida melhor. Ele é professor na Universidade da Califórnia, em São Francisco.
David Julius
maneira os impulsos nervosos são desencadeados de modo a tornar perceptíveis a temperatura e a pressão? É esta a pergunta que os laureados, este ano, com o Prêmio Nobel, responderam”. avid Julius nasceu em 1955 e D cresceu em Brighton Beach, Nova
Alguns cientistas expressaram seu desapontamento com o fato de os comitês do Nobel não terem dado importância às pesquisas por vacinas contra a COVID-19 desenvolvidas usando a tecnologia do RNA mensageiro. Mas, as indicações tinham que ser enviadas até 1o de fevereiro, pouco mais de dois meses após as primeiras vacinas com o mRNA terem sido administradas, antes, portanto de que seu impacto sobre a pandemia fosse claro. Esse timing impossibilitou que a tecnologia da vacina concorresse ao prêmio, este ano.
IsraAID RESGATA afegãos IsraAID (Agência internacional humanitária de Israel) organizou a retirada secreta de 167 refugiados afegãos. Foram, até agora, duas operações resultantes do empenho humanitário colaborativo de governos, organizações, ativistas e patrocinadores. O complicado processo foi idealizado e liderado por ativistas como Aaron G. Frenkel, empresário e filantropo internacional. Na década de 1980, Frenkel utilizou suas conexões no setor aeronáutico para ajudar a Agência Judaica a transportar judeus da Europa Oriental e da ex-União Soviética, antes de seu colapso. Seu papel foi
fundamental na emigração de cerca de um milhão de judeus. “Quando ocorrem eventos perturbadores como a atual situação no Afeganistão, temos a obrigação de agir como verdadeiros líderes”, disse. Em 6 de setembro, 42 mulheres, meninas e seus familiares, todos em estado de grande vulnerabilidade, foram retirados do Afeganistão e levados para os EAU. Novamente, em 2 de outubro último, 125 afegãos, entre os quais juízes, ciclistas, jornalistas, apresentadores de TV, ativistas de direitos humanos, familiares de diplomatas afegãos, 71
artistas, policiais e cientistas foram retirados do país e levados para a Albânia. Todas essas pessoas são especialmente vulneráveis de acordo com a lei do Talibã e correm o risco de sofrer represálias por parte deles. Muitas das mulheres e mocinhas desses grupos eram símbolo do empoderamento e liderança femininos em seu país. Após escapar do Afeganistão, os refugiados passaram a salvo por países vizinhos a caminho dos EAU e da Albânia, antes de se estabelecerem no Canadá, França ou Suíça. DEZEMBRO 2021