34 NOTÍCIAS
24.º CONGRESSO NACIONAL DA ORDEM DOS MÉDICOS [1-3 abril 2022]
Antecipar os desafios do futuro O Congresso Nacional da Ordem dos Médicos debateu o que se aprendeu com a pandemia e a necessidade de redesenhar os serviços de saúde. “Cenários para 2040 – A Medicina no tempo pós-Covid” foi o tema deste encontro, realizado em Lisboa. O evento contou com a participação de vários membros do CRNOM nos debates e conferências ao longo dos três dias de congresso.
O
Conferência: “Que governance para o SNS em 2040?”
No segundo dia do congresso, António Araújo, presidiu à conferência “Que governance para o SNS em 2040?”, com Paulo Macedo, antigo Ministro da Saúde, a conferencista. Para o presidente do Conselho Regional do Norte, debater sobre que modelos de governação deveremos atingir no futuro “é fundamental”, numa perspetiva de “mudar” o SNS e o Sistema de Saúde em Portugal.
Debate: “O doente conectado”
Texto José Rui Baptista
24.º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos teve como mote “Cenários para 2040 - A medicina no tempo pós-Covid” e decorreu na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, de 1 a 3 de abril. O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM) esteve representado em várias sessões, que pretenderam antecipar cenários que os médicos irão enfrentar em 2040 e compreender o papel da inovação e da tecnologia na Medicina do futuro. Mi-
de seminários intitulados “10 Reflexões”, que visaram lançar propostas para futuras ações da Ordem dos Médicos. Lurdes Gandra, secretária do CRNOM, moderou, juntamente com António Martins Baptista, o primeiro desses seminários – “O atendimento ao doente urgente. O que temos de mudar?” –, o qual contou com a participação de Luís Varandas, Luz Brazão, Nuno Jacinto e Fernando Moura. Nas conclusões foi destacada a importância da criação de “Portas alternativas à Urgência”, a criação de “Plataformas circulantes” (para a informação clínica do doente agudo poder estar prontamente acessível), e o desenvolvimento de “Sistemas de informação” (que facilitem a autoavaliação, a monitorização e a rápida resposta médica).
guel Guimarães assumiu que projetar o futuro “é um dever da Ordem dos Médicos” e que ele será moldado pelas “decisões que tomarmos hoje”. “Seja agora ou daqui a 20 ou 30 anos, será sempre impossível mudar a Saúde se não mudarmos as políticas”, afirmou o Bastonário da Ordem dos Médicos.
Seminário: “O atendimento ao doente urgente. O que temos de mudar?”
A anteceder o congresso, realizou-se, de 28 de março a 1 abril, um conjunto
Mais tarde, Dalila Veiga presidiu ao debate “O doente conectado”. Na introdução da sessão, a presidente do Conselho Sub-Regional do Porto considerou que a transformação digital da saúde poderá ser “a realidade do futuro” e que isso obrigará a refletir como será a relação médico-doente. Nesse sentido, recordou que as tecnologias trazem “algumas respostas”, a nível da “acessibilidade e monitorização dos doentes”. “Não podemos perder o foco de que a interseção entre a tecnologia e a Medicina, como forma de cuidado de saúde a dar aos doentes, poderá ser o caminho que tenhamos de percorrer”, indicou Dalila Veiga. O debate contou com a moderação de Cláudia Pinto e com a participação de João Pereira, Rui Pereira, Raul Mascarenhas, Fernando Correia e Alexandre Gomes da Silva.