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EXPOSIÇÃO DE PINTURA

Paulo Ponte Despertar sentimentos Desde 2016 a patentear a expressão artística através da pintura, Paulo Ponte expôs, de 14 a 28 de abril, várias das suas coleções na Galeria da SRNOM. Estando bem presente, nos seus 19 quadros, a paixão pela música e pela filosofia, conseguir estimular os sentimentos de quem vê as obras é o objetivo fulcral dos trabalhos de Paulo Ponte. Texto José Rui Baptista › Fotografia Medesign

A

Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) continua a ser palco para a divulgação das artes plásticas no Norte. Entre 14 e 28 de abril, a Galeria do Centro de Cultura e Congressos da SRNOM recebeu as mostras de Paulo Ponte. Natural do Porto, com formação em Comunicação Visual, na área de Design Gráfico, pela Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos, em

1989, desde a infância que a expressão artística exerceu um grande fascínio na vida de Paulo Ponte. E do desenho à pintura, passando pela fotografia, a música esteve também sempre presente na sua vida, e consequentemente na sua obra. Em 2016, regressa a uma das formas de expressão prediletas, a pintura. “Comecei, precisamente, por fazer um quadro, e a intenção era que representasse a minha paixão pela música e no que é, para mim, o seu expoente máximo, Mozart. Esse trabalho chama-se “Por Amor”. Depois, não parei mais de pintar”, contou Paulo Ponte, durante a explicação de “Por Amor”, uma das series expostas na SRNOM, onde o autor homenageia os seus dez compositores favoritos, compositores que, através da sua música, glorificam o imenso prazer de viver. “9LvB”, “Expressões” e “Sinestesia” foram as outras coletâneas que o autor trouxe e esta sua exposição. Para além da materialização das sensações e estímulos criados por obras musicais, com destaque para Beethoven – a quem dedica uma coleção por inteiro –, deixou bem representado o outro tema que marca a sua vida, a filosofia, onde figuras históricas como Sophia de Mello Breyner e Jean-Jacques Rousseau são glorificadas. Relativamente ao processo criativo, Paulo Ponte confessou que o trabalho de um artista plástico pode ser “solitário”, mas que é fulcral conseguir despertar sentimentos a quem vê as obras. “Embora os quadros possam parecer abstratos, não o são de maneira nenhuma. Gosto imenso de ouvir o que as pessoas veem e sentem nos meus trabalhos. Podem não ser coincidentes, já que cada pessoa pode ver um momento da sua vida que eu nunca experienciei, mas, para mim, isso é importante, porque consegui passar uma mensagem para a pessoa”, explicou. n


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