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pará zero zero n°12

Na Hora da Luz Ensaio Fotográfico de Sammiliz Samm por Renato Reis


A Edição Especial da REVISTA PZZ - ARTE, EDUCAÇÃO E CULTURA (N.12), publicou em sua capa, através da decisão do fotográfo Renato Reis, SAMMILIZ SAMM, vocalista da banda de rock “MADAME SAATAN”, e na mesma edição foi publicado um pequeno depoimento autobiográfico da cantora com fotos de Ana Flor e o Ensaio Fotográfico “Na Hora da Luz” por Renato Reis. O novo álbum do Madame Saatan, tem produção assinada por Paulo Anhaia quem tem no currículo dois Latin Grammy e já trabalhou com bandas como: Velhas Virgens, Oficina G3 e Charlie Brown Jr. Foi masterizado por Alan Douches (Mastodon, Misfits, Aerosmith) , lançado pelo Selo Doutromundo Discos com distribuição da Tratore e Fora do Eixo. A banda paraense radicada em SP há 3 anos, lança um disco mais pesado de puro rock, ritmos, batidas amazônicas .Foi um dos lançamentos mais aguardados do rock nacional em 2011. A banda gravou em Belém o clipe da música Respira com direção de P.R Brown, diretor americano que trabalhou com grande nomes da música mundial como: Slipknot, Audioslave, Smashing Pumpkins, Prince entre outros. O clipe de Respira está disponível no site da banda :

www.madamesaatan.com


Respira Peixe-homem engole o homem Joga do barco para os braços Do barro da morte Fecho os olhos cheios de água Invoca a chuva para apagar Um grande fogo Respira Da cidade que mora embaixo Do céu de rios Calor,concreto, aço e lama Da cidade que dorme tarde Na grande onda que afoga O peixe-homem Respira, respira Respira, respira Respira, respira

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por Sammliz (cantora, compositora, vocal-

Foto: Ana Flor

ista da banda paraense Madame Saatan)

As minhas lembranças de infância mais marcantes de música não vêm de versos cantando o mururé e nem de olhos de boto no fundo dos olhos de toda paisagem. O que me vem logo no cheiro da memória são os carimbós e lundus roots por que passei muitos verões nos interiores do Estado do Pará, o velho brega que torava nos radinhos das moças que trabalhavam em casa e logo em seguida, e a mais marcante, é o rock. Rock original gringo e o mutante feito no Brasil. Minha memória musical afetiva é feita de extremos e nela nunca couberam os grandes e médios ícones da música dita mpp/mpb. É céu e inferno. Não é morna como as águas de Mosqueiro. Escorregando no rastro enlameado do vai-evem de headbangers de cabelo complicado que iam ao banheiro enxarcá-los para voltar a bater cabeça insanamente em frente do palco, ao lado das poucas moças que frequentavam, quase todas bem mais velhas que eu, e pegando puxões de orelha dos meus pais que invariavelmente iam até lá me buscar, para meu horror e vergonha, quando eu perdia a hora de voltar pra casa. E eu perdia sempre. Foi vendo centenas de moshs e apresen-

tações memóraveis de muitas bandas e músicos hoje já esquecidos que eu soube que era ali que eu bateria o ponto. Aquele era o meu meio, aquilo era música para meus ouvidos e aquele público estranho, incompreendido e visceralmente apaixonado era o que eu queria pra mim. Aí eu casei com o rock. Virgem.

‘‘Minha adolescência foi embalada ao som das bandas clássicas de rock e das que faziam shows no Teatro Waldemar Henrique. Foi ali que decidi que era exatamente aquilo que eu queria fazer’’. Alguém já disse que Belém não tem vocação para o rock e isso soou muito engraçado, porque a morena é praticamente uma encubadora do tal elemento. Cidade com muitos problemas sócio- econômicos, recalques e contrastes é lugar bacana para produzir, por exemplo, bandas de metal como o Stress, primeira banda de heavy metal do Brasil, e outras centenas de bandas de pop rock suavidade, alternativo, experimental, punk, pós punk, hard core, crossover, thrash, black, death e a nomenclatura que o cabôco quiser imaginar. A “terra do já teve” já teve banda que até o diabo duvida e continua parindo muitas mais. Entre fases mais ou menos prolíficas a cena local vai se renovando.

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não foi divulgado, tem produção assinada por

sacudir as cabeças e tirar as pessoas do coma, Paulo Anhaia quem tem no currículo dois Latin como faz? Faz tecnobrega, e é por isso que,

Grammy e já trabalhou com bandas como: Vel-

mesmo correndo o risco de ser apedrejada por has Virgens, Oficina G3 e Charlie Brown Jr. Foi uma grande parte de quem veste a suada cami- masterizado por Alan Douches (Mastodon, Missa preta, alguns fazedores desse ritmo têm meu

fits, Aerosmith) e será

apoio e respeito. Provocar é preciso, senão o lançado pelo Selo Doutromundo Discos com dismundo encareta de vez e Belém, na verdade o tribuição da Tratore e Fora do Eixo. A banda Brasil, tem uma certa vocação pra isso. Os dois

paraense radicada em SP há 3 anos promete

ritmos têm algumas semelhanças entre si, já que um disco mais pesado mas trazendo ainda suas não nasceram em "bairros nobres" e provocam

sutis pinçeladas de ritmos da região de origem.

catarse entre seus admiradores.Eu sempre vou

É um dos lançamentos mais aguardados do rock

achar muito mais interessante a visceralidade.

nacional em 2011. A banda gravou em Belém

"Tem rock no Belém? mas lá não é só música o clipe da música Respira com direção de P.R do Calypso? ", perguntam ainda muitos aqui em

Brown, diretor americano que trabalhou com

SP para onde eu mudei com meu conjunto para

grande nomes da música mundial como: Slip-

tentar viver de música e isso sinceramente não

knot, Audioslave, Smashing Pumpkins, Prince

me aborrece nem um pouco. Gosto mesmo é entre outros. Lançamento do clipe será na sede dar um sorriso e fazer cara de "mal vocês gunda semana de agosto e o lançamento ofisabem..." .

cial do disco será setembro em Belém.Teaser

Belém é sim a terra do carimbó, da guitarra- do clipe de Respira está disponível no site da da, do Calypso, do tecnobrega e isso tudo é o banda : máximo. Mas Belém se apropriou tão bem das guitarras que não importa o que digam, o que mostrem, o que esteja na moda estampada em todos os jornais. O tal de roquenrol estará sempre por aí surpreendendo,atraindo sua horda de fiéis amantes e seguidores para desespero de alguns, alegria dos juvenis e dinossauros em geral e a salvação de todos. Amém. O novo álbum do Madame Saatan, cujo nome ainda

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Foto: Ana Flor

E se não tiver rock nessa cidade para


1,5 cm 2,0 cm


ENSAIO FOTOGRテ:ICO


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