Itajaí é #2

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´ ´ ITAJAI e nº2 Junho 2013

Para conhecer mais sua cidade

Panorâmica

Como a Rodovia Osvaldo Reis se tornou o novo eixo de expansão do município Horizontes

Conheça os jovens atletas que se preparam para brilhar nas quadras, tatames e pistas

Cidade em crescimento ITAJAÍ COMEMORA SEUS 153 ANOS DE FUNDAÇÃO EM PLENA EXPANSÃO ECONÔMICA E DE OLHO NAS OPORTUNIDADES DO FUTURO


O PACOTE DE OBRAS QUE VAI MUDAR A VIDA DOS CATARINENSES

100

MAIS DE RODOVIAS EM OBRAS

2.000 km

MAIS DE DE OBRAS EM ESTRADAS

INVESTIMENTO DE MAIS DE

R$

3 BILHÕES

OBRAS EM TODAS AS REGIÕES DO ESTADO

No maior investimento em infraestrutura de nossa história, o Governo de Santa Catarina vai trazer mais oportunidades, mais segurança, mais empregos, mais agilidade, mais tempo para você trabalhar, estudar, se divertir. Através de obras como a pavimentação completa da Serra do Corvo Branco, o novo acesso ao sul da Ilha de SC e Aeroporto Hercílio Luz, a duplicação da Avenida Santos Dumont em Joinville, a Via Rápida entre Criciúma e a BR-101, a nova ligação entre Tangará e Campos Novos, a restauração da rodovia Fraiburgo-Videira-Luzerna, recuperação da rodovia em Chapecó - Goio-Ên e pavimentação de Romelândia a Anchieta, entre muitas outras. É mais respeito com você. E com todos aqueles que querem crescer junto com Santa Catarina. Conheça e acompanhe todas as obras em sc.gov.br/pactoporsc

Secretaria de Estado da Infraestrutura


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Editorial

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ITAJAI´

Uma publicação do Grupo RIC FUNDADOR e Presidente Emérito

Mário J. Gonzaga Petrelli

Grupo RIC SC presidente-Executivo

Marcello Corrêa Petrelli Diretor Comercial

Reynaldo Ramos Diretor Administrativo e Financeiro

Albertino Zamarco Jr. Diretor Operacional

Paulo Hoeller Diretor Regional Itajaí

Alexandre Rocha Diretor de Redação Notícias do Dia

Luís Meneghim

Revista ITAJAÍ É Coordenação Geral, diagramação e Fotos

Victor Emmanuel Carlson Gerente Comercial

Robson Cordeiro Editor-executivo

Diógenes Fischer REPORTAGEM

Adão Pinheiro, Anderson Bernardes, Luciana Altmann, Luciana Zonta, Rodrigo Sikorski e Sandro Waltrich Infografia

Joice Balboa Foto da capa

Janaína Muniz (Família Djiovany Luchtenberg, Renata Munari e Eduarda) distribuição

Hannah Mattos REVISÃO

Sergio Luiz Meira IMPRESSÃO

Gráfica Posigraf www.ndonline.com.br/revistaItajaiE Rua Antônio Menezes Vasconcelos Drumond, 29 – Fazenda – CEP 88302-270 – Itajaí/SC Fone (47) 3247-4700

Bons resultados além do setor econômico A cidade de Itajaí continua surpreendendo Santa Catarina com seu forte crescimento econômico. Entre os fatores de atração estão os investimentos destinados a atender a indústria naval em torno da exploração de petróleo e gás na área do pré-sal. A revista Itajaí É começa esta edição mostrando que esse cenário tem incentivado a criação de cursos para qualificação dos trabalhadores. Várias entidades de ensino estão oferecendo oportunidades de aprendizado para atender a esse promissor mercado. Outra demonstração clara do crescimento de Itajaí está no novo corredor de negócios que se forma na cidade: a Rodovia Osvaldo Reis. A revista Itajaí É conversou com emprendedores e secretários municipais para apresentar um panorama da vitalidade deste novo polo comercial da região. E não é só na economia que Itajaí é destaque. Jovens atletas comemoram várias conquistas nacionais e internacionais, mostrando a força da cidade também no esporte. Por outro lado, a revista Itajaí É foi conferir a situação das unidades de saúde do município. Ainda que algumas estruturas sejam referência em atendimento, outras estão em situação aquém da desejada. Temos ciência do permanente desafio do setor da saúde em suprir as demandas da comunidade, e justamente por isso torcemos para que o Centro Integrado da Saúde (CIS), em construção no bairro São Vicente, esteja pronto até o final de 2014. O Grupo RIC tem orgulho de participar, pelo segundo ano consecutivo, das comemorações do aniversário do município com a revista Itajaí É. Esperamos continuar contribuindo para o desenvolvimento da cidade por muitas outras edições. É nesse espírito de congraçamento que presenteamos a população com esta edição e comemoramos os 153 anos de Itajaí. Boa Leitura!

Marcello Corrêa Petrelli Presidente-Executivo Grupo RIC SC

“O Grupo RIC tem orgulho de participar, pelo segundo ano consecutivo, das comemorações do aniversário do município com a revista Itajaí É”

Programa de sustentabilidade

Foram plantadas 500 árvores para a produção desta revista



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Índice

Panorâmica

Almanaque

Combustível para o crescimento.......................................8

O time dos sonhos.......................42 Fotos Victor Carlson

Do mar para a mesa.......................46

Mercado do Peixe: tradição vai mudar de endereço Itajaí quer formar mão de obra capacitada para trabalhar na exploração do pré-sal

Música para todos os gostos...........52

Um corredor de novos negócios.....................................14

Tempo bom para casar...................56 Ambientes com personalidade......60 Sem chance para a timidez...........62

A Rodovia Osvaldo Reis tornou-se um dos principais polos comerciais da cidade

Saúde em busca de soluções..........................................20

Horizontes

Bruna: jornalismo descontraído no programa Ver Mais

Os ídolos do futuro.........................................................28

Opinião

A nova aventura dos Schürmann...................................38

Existimos para proteger...............64

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Panorâmica

CombustĂ­vel para o crescimento


Combustível para o crescimentoPanorâmica

EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL PROMETE REVOLUCIONAR A ECONOMIA DE ITAJAÍ E JÁ CRIA UMA DEMANDA POR MÃO DE OBRA SEM PRECEDENTES NA REGIÃO Texto Sandro Waltrich

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gás, ajudando a reforçar a vocação da cidade para o setor náutico. Várias empresas novas estão se instalando no município com foco na produção de embarcações e manutenção. Entre os exemplos de investimentos se destacam o estaleiro Oceana e o consórcio MGT. Vinculado ao Grupo P2, o estaleiro Oceana Offshore teve sua pedra fundamental lançada no início desse ano e as obras seguem a todo o vapor. A empresa já abriu 237 vagas para contratação até setembro de 2013 e tem planos de recrutar um total de 1,5 mil profissionais nos próximos anos. Já o consórcio MGT, formado pela DM Construtora e TKK Engenharia, é especializado na construção dos módulos com equipamentos de metal que são acoplados ao convés das embarcações que fazem a exploração de petróleo. Fotos Victor Carlson

os 42 anos, Cristiane Guardini resolveu dar uma guinada na vida. Nascida em Itajaí e com um histórico familiar de trabalho na construção de embarcações artesanais, decidiu investir em conhecimento na área. Matriculada no segundo período do curso superior de Tecnologia em Construção Naval, ela tem objetivos claros: “seguir carreira, atuar em um estaleiro e aproveitar as oportunidades”. Cristiane é mais um exemplo que ilustra o novo momento vivido na região a partir da descoberta e exploração de petróleo e gás na área do pré-sal. O aumento da demanda por mão de obra em diversos setores que gravitam em torno do processo extrativo – principalmente na indústria naval e de manutenção e suporte às plataformas – promete alavancar a economia local. Junto com as oportunidades surgem também novos desafios, e o principal deles é a qualificação dos trabalhadores. Diante da baixa oferta de mão de obra capacitada para atuar nessa área, várias instituições já desenvolvem cursos de qualificação para profissionais dispostos a se aperfeiçoar ou ingressar no promissor mercado que se anuncia. Em Itajaí, a expectativa é que a economia ganhe um vigoroso impulso com a abertura de novas oportunidades de negócio e vagas no mercado de trabalho. O município conta com mais de 188 mil habitantes e tem hoje o segundo maior PIB de Santa Catarina, atrás apenas de Joinville. Suas principais matrizes econômicas estão no complexo portuário, na pesca e na agricultura. Com o pré-sal, a perspectiva é que haja um aumento considerável nas demandas de áreas como a construção naval de embarcações offshore e a manutenção dos equipamentos utilizados na exploração de óleo e

Bardall: 70% dos alunos do curso de Construção Naval da Univali já estão empregados na área

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Panorâmica4Combustível para o crescimento

Projeto do estaleiro Oceana Offshore, que deve gerar 1,5 mil postos de trabalho na região O investimento na unidade de Itajaí é de R$ 600 milhões e, assim como o Oceana, a meta é gerar cerca de 1,5 mil empregos diretos.

MAS, DIANTE DA EFERVESCÊNCIA econômica, uma pergunta fica no ar: haverá mão de obra qualificada em número suficiente para atender a toda essa demanda? Apesar da tradição do município no setor naval, a perspectiva é que ocorra uma carência de pessoal em um primeiro momento. Entre as iniciativas do poder público municipal para formar e qualificar profissionais para a nova realidade de mercado estão os cursos promovidos pela Fundação Educacional da Administração Pública de Itajaí (Feapi). A instituição baseia-se na relação de vagas disponibilizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e também em informações das empresas para oferecer cursos específicos de qualificação adequados às necessidades do mercado. Além disso, o município mantém permanente contato com instituições como SENAI, SENAC, Univali e IFES para a articulação de cursos futuros.

Além das iniciativas da prefeitura, outros cursos são oferecidos na cidade, nos quais é possível identificar um tripé de atividades que envolvem a mão de obra para o pré-sal: setor estratégico, pessoal gerencial e base técnica. A tendência é que Itajaí acabe atendendo às necessidades nos aspectos gerenciais e técnicos, uma vez que no setor estratégico as empresas

Santos, do SENAI: oportunidades em todas as áreas técnicas ligadas à indústria naval I T A J A Í

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geralmente optam por profissionais com larga experiência, deslocados de grandes centros e, muitas vezes, de outros países. A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) oferece o curso superior de Tecnologia em Construção Naval, cuja primeira turma foi formada em dezembro de 2008. Desde então, o número de alunos não para de crescer. O curso tem duração de três anos e meio e as aulas acontecem no campus de Itajaí e também em laboratórios especiais localizados no bairro Fazenda. Atualmente são 316 acadêmicos matriculados. De acordo com o professor Roberto Barddal, coordenador do curso, o currículo foi pensado para preparar alunos capazes de atuar nas mais diversas áreas da indústria naval, inclusive na de extração de petróleo. Entre as atividades realizadas pelo tecnólogo em Construção Naval estão o gerenciamento da fabricação de embarcações e gestão de produção nas áreas de soldagem, tubulação, carpintaria e pintura. Os salários partem de R$ 1.500, podendo chegar a R$ 10 mil. “Em Itajaí existe hoje uma situação bastante interessante: temos a construção naval tradicional, que produz embarcações de aço e madeira que são usadas pela indústria local, e também a fabricação em fibra de vidro, voltada para embarcações de esporte e recreio. Nossos estudantes são preparados para todas as frentes”, destaca o coordenador. A diversidade de áreas de atuação, apesar de ser bastante interessante para quem pretende seguir na profissão, acaba agravando o gargalo de mão de obra local a partir do momento em que se intensifica a exploração petrolífera. Estaleiros que produzem embarcações de lazer, por exemplo, passam a disputar profissionais com a indústria naval pesada. “A demanda por mão de obra é gigantesca. Com



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Panorâmica4Combustível para o crescimento

as atividades relacionadas ao pré-sal é certo que teremos dificuldades de pessoal. Para se ter uma ideia, 70% dos nossos estudantes já estão empregados”, pondera o professor Barddal.

NA ÁREA TÉCNICA, DESTacam-se os cursos realizados pelo SENAI, que atua em Itajaí desde 1976. A instituição qualifica profissionais para atividades relacionadas principalmente aos ramos metalmecânico e eletromecânico. Visando à demanda do pré-sal, o SENAI concluiu recentemente 32 cursos voltados à área, qualificando mais de 500 trabalhadores. Os cursos, gratuitos, foram realizados em parceria com a Petrobrás através do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). No momento não há cursos do Prominp em andamento, mas existe a previsão de que ainda no segundo semestre deste ano seja lançado o edital para criação de novas turmas. Porém, um dos cursos de maior sucesso do SENAI está com inscrições abertas. Trata-se do curso Técnico em Construção Naval, que já conta com dez turmas formadas e costuma ser bastante disputado. Para os interessados, as perspectivas são otimistas. De acordo com Geferson Luiz dos Santos, diretor da unidade do SENAI de Itajaí, o grau de empregabilidade dos alunos que concluem o programa é de praticamente 100%. “Trata-se de um curso consagrado, inclusive recebendo alunos de outros estados. Além disso, o mercado está precisando de mão de obra em geral: soldador, tubulador, caldeireiro, eletricista, enfim, há oportunidades em todas as áreas”, ressalta. Para ingressar nos cursos técnicos é necessário ter o ensino médio concluído, ou, no mínimo, estar cursando o segundo ano. Os salários iniciais na área de técnico naval partem de R$1.400.

O SENAI concluiu recentemente 32 cursos na área, capacitando mais de 500 trabalhadores E isso é apenas o começo. Especialistas apontam para um período de pelo menos 30 anos de mercado aquecido na área naval. Números da Petrobrás apontam que o pré-sal já é responsável pela produção diária de 300 mil barris nas áreas de exploração em atividade no país. A expectativa da empresa é de que em 2017 a produção chegue a 1 milhão por dia. O volume surpreendente já exige – e exigirá muito mais – um arsenal de equipamentos e estruturas como plataformas, navios, bases e até submarinos para a efetivação dos trabalhos em alto-mar.l I T A J A Í

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Rumo à qualificação No momento, três cursos voltados à formação profissional para a indústria naval estão com inscrições abertas em Itajaí. Confira quais são: Superior em Tecnologia de Construção Naval (Univali) Duração: 3 anos e meio www.univali.br Técnico em Construção Naval (SENAI) Duração: 2 anos www.sc.senai.br Técnico em Eletromecânica (SENAI) Duração: 2 anos www.sc.senai.br



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Panor芒mica

Victor Carlson

Um corredor de novos neg贸cios


Um corredor de novos negóciosPanorâmica

COM NOVOS EMPREENDIMENTOS E MELHORIAS URBANAS, A REGIÃO NO ENTORNO DA RODOVIA OSVALDO REIS MOSTrA todo o SEU POTENCIAL ECONÔMICO Texto Rodrigo Sikorski

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doras locais, que decidiu apostar na Osvaldo Reis quando muitos ainda duvidavam de seu potencial. O primeiro investimento na rodovia foi o Porto Riviera, condomínio de alto padrão entregue em 2007. Para a gerente de Marketing do grupo, Mariana Russi, o ineditismo dos projetos ajudou a alavancar o eixo econômico hoje existente na região. “Em 2010 lançamos o Riviera Business & Mall, com conceito diferenciado de centro de negócios, com área de serviços, lazer e escritórios integrados”, diz a executiva. “A Osvaldo Reis é estratégica por unir as duas cidades que mais crescem na região: Itajaí com suas indústrias e porto, e Balneário Camboriú, mais voltada para comércio, turismo e lazer”. Com o objetivo de atrair empresários que costumam circular entre as duas cidades, o Grupo Riviera lançou em 2011 o Divulgação

m novo polo comercial está surgindo na cidade. Este é o conceito que ganha forma em torno da rodovia Osvaldo Reis, principal via de ligação entre Itajaí e Balneário Camboriú, os municípios que mais crescem na região da Foz do Rio Itajaí. Seus quatro quilômetros de extensão abrigam um comércio variado, que inclui concessionárias de automóveis, lojas de decoração, postos de gasolina, lojas de móveis e home centers. A construção civil também descobriu o potencial da Osvaldo Reis e hoje é responsável por alavancar o crescimento econômico no entorno, com várias obras recém-concluídas e outras em andamento ao longo da via. O motivo para este ritmo acelerado de expansão está ligado ao bom momento econômico de Itajaí, segunda cidade com o maior Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina e 35ª do Brasil. Outro fator é a badalação turística em torno da Praia Brava, reconhecida como uma das praias mais belas do país. “A Osvaldo Reis se tornou um verdadeiro corredor de negócios, atraindo grandes empreendimentos para a Praia Brava”, diz Onézio Gonçalves Filho, secretário de Planejamento e Orçamento de Itajaí. Ele acredita que a força da economia local faz com que projetos imobiliários inovadores, lojas de marcas famosas e concessionárias de grande porte sejam atraídos para a rodovia. “Seu entorno hoje concentra o maior poder aquisitivo da região. Daqui a pouco será a área com o metro quadrado mais caro e o melhor produto de valor agregado”, define Gonçalves. Este crescimento não passou despercebido pela visão estratégica do Grupo Riviera, uma das maiores construtoras e incorpora-

Mariana Russi: a rodovia é estratégica para a expansão do mercado imobiliário porque une as duas cidades que mais crescem na região

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Panorâmica4Um corredor de novos negócios Fotos Victor Carlson

Residencial da Max Haus na Praia Brava é a primeira obra da incorporadora fora de São Paulo

A rodovia foi o local escolhido para receber o maior homecenter da região: a Cassol Centerlar primeiro complexo multiuso de Santa Catarina: o Riviera Concept, com um projeto que integra áreas residencial, comercial e hoteleira. Para a implantação desta nova proposta no estado, vários empreendimentos com o mesmo conceito foram visitados em todo o país. “Concluímos que o modelo é sensacional e que nossa região precisa de um complexo deste porte”, diz Mariana. O projeto foi embasado em um estudo para avaliar a vocação de negócios da

Osvaldo Reis. Com o resultado positivo, o Riviera Concept saiu do papel com os objetivos de ajudar na descentralização urbana, promover a qualidade de vida e o bem-estar de seus usuários. “Queremos impulsionar melhorias. Temos o sonho de envolver universidades para que jovens talentos da região criem projetos que nos ajudem a desenvolver ainda mais a Osvaldo Reis”, comenta. Outra empresa que acreditou no potencial da rodovia foi a incorpoI T A J A Í

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radora paulista Max Casa, com uma proposta inovadora: os condomínios residenciais Max Haus. Concebido pelo empresário José Paim de Andrade em 2008, este modelo de empreendimento incorpora o conceito de “arquitetura aberta”, que permite aos proprietários criarem seus apartamentos do tamanho e do jeito que quiserem. Antes de começar a construção do Max Haus Praia Brava, a empresa fez uma pesquisa de mercado para decidir qual seria sua primeira área de expansão fora do mercado paulista. Além de Itajaí, estavam no páreo as cidades de Florianópolis e Balneário Camboriú. “Durante a pesquisa foi constatado o crescimento econômico da região, e o fato de a Praia Brava ser um dos destinos mais procurados do país fez com que a construtora optasse por Itajaí”, diz Jean Carlos da Silva, coordenador do stand da Max Haus na cidade. A aposta no desenvolvimento econômico da região é tão grande que este é o primeiro empreendimento da construtora no litoral. Segundo o empresário Luiz Alves Mendes, da construtora Mendes Sibara, a Avenida Osvaldo Reis é um grande centro de comércio e está se tornando cada vez mais importante para a região de Itajaí, cujo mercado de construção civil está em franco desenvolvimento. Um exemplo que ajuda a demonstrar o bom momento do setor foi sua eleição como empresário do ano pela Associação Empresarial de Itajaí (ACII). Sobre o título recebido o empresário disse que não esperava. “Fui pego de surpresa com a minha indicação, mas os 68% dos votos querem dizer que o trabalho que fazemos é sério”, ressaltou.

PARA O SECRETÁRIO MUNICIPAL de Planejamento e Orçamento, todo o crescimento em torno da rodovia faz com que as pessoas que moram em Balneário Camboriú e trabalham em Itajaí ganhem mais opções para fixar


UMA CIDADE NATURALMENTE INSPIRADA PELO MAR. Do porto à pesca, do surfe às regatas, do turismo aos negócios, Itajaí é repleta de riquezas e belezas que encantam e se refletem em todos os lugares. Banhada pelo rio e pelo mar, Itajaí é uma cidade naturalmente privilegiada. Dona de um encanto único, se destaca pelo desenvolvimento econômico e conquista pela beleza, pela gastronomia e pelas inúmeras oportunidades que só um verdadeiro polo náutico pode oferecer.

15 DE JUNHO ANIVERSÁRIO DE ITAJAÍ

ITAJAÍ anos

www.itajai.sc.gov.br


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Panorâmica4Um corredor de novos negócios Victor Carlson

Após drenagem da pista, foram investidos R$ 6 milhões na reforma de canteiros e iluminação zero”, conta o executivo. Werner acredita que com o desenvolvimento da Osvaldo Reis, a ampliação das pistas será mais do que necessária. “Ampliar a via e deixá-la com três faixas seria o ideal”. Instalada há 14 anos na rodovia Osvaldo Reis com sua loja de móveis Artezanalle, Eunice Mariano tem acompanhado o desenvolvimento da via e da região e concorda com a opinião de Werner. Com o movimento aumentando e com os novos empreendimentos chegando, a empresária acredita que

algumas melhorias fariam bem para todos que trafegam por ali. “Falta iluminação, infraestrutura para as calçadas e ciclovias. Uma terceira pista na via ajudaria muito”, ressalta.

RECENTEMENTE, A PREFEITURA

Divulgação

residência. “Muitas construções de alto padrão atendem este público, que tem optado por vir morar na região da Praia Brava”, destaca Onézio Gonçalves Filho. Ele também lembra que até alguns anos atrás as pessoas da classe A costumavam sair da cidade para fazer compras em outras praças, e agora, com o movimento econômico às margens da Osvaldo Reis, este dinheiro permanece em Itajaí. “Além de se transformar em corredor de negócios, a rodovia tornou-se uma vitrine da cidade”, afirma. De olho no potencial de vendas desta vitrine, grandes redes de varejo também começam a se instalar no local. A Cassol trouxe sua Cassol Centerlar, uma loja-conceito da rede especializada em materiais para construção e decoração. “Durante nosso projeto de expansão percebemos a necessidade de oferecer aos clientes do Vale do Itajaí uma loja que atendesse a todas as suas necessidades”, afirma Denise Schmidt, gerente de Marketing da Cassol. “Com o crescimento da construção civil, a Osvaldo Reis foi o lugar ideal para instalarmos o maior homecenter da região”. Projetada em bases sustentáveis, a loja possui captação da água da chuva e aberturas de vidro que possibilitam melhor aproveitamento da luz do dia. A iluminação da área externa é toda feita com lâmpadas LED, mais duráveis e econômicas. A concessionária de veículos Promenac Camvel foi outra rede que também escolheu a Osvaldo Reis para instalar um de seus pontos de venda. De acordo com o diretor Sérgio Ribeiro Werner, já faz algum tempo que há um movimento de revendas se instalando às margens da rodovia, o que contribuiu para o seu crescimento econômico. “Inicialmente fizemos um teste de mercado com a revenda de usados. A partir daí, pudemos sentir o potencial econômico do local e montamos uma concessionária nos padrões da volkswagem para venda de veículos

Mendes: Osvaldo Reis está se tornando cada vez mais importante para a região I T A J A Í

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realizou obras de drenagem na pista e fez um investimento superior a R$ 6 milhões para reformar a iluminação e os canteiros da via. “Um projeto para a criação de uma terceira pista, novas calçadas, uma ciclovia e novos trevos de acessos já está em produção”, ressalta Paulo Praun Cunha Neto, secretário Municipal de Urbanismo. Contudo, ele adverte que serão necessárias algumas desapropriações para viabilizar o alargamento. “Mas isto deve ocorrer em outro momento”, completa. Segundo o secretário, este projeto de reurbanização ainda não tem data para começar. Com a criação da terceira pista, o fluxo de veículos será mais rápido, mas Praun acredita que uma nova saída direta da Praia Brava para a BR-101 já iria ajudar muito a desafogar o trânsito na Osvaldo Reis. “Seria uma ligação muito importante para toda a região, pois os turistas que comprarem imóveis na Praia Brava não precisariam passar por dentro das duas cidades”.l



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Panorâmica Divulgação

Saúde em busca de soluções


Saúde em busca de soluçõesPanorâmica

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Itajaí possui unidades de saúde de referência, mas ainda há problemas para solucionar. saiba QUE PROVIDÊNCIAS ESTÃO SENDO TOMADAS PARA RESOLVÊ-LOS

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cit mensal, coberto pela Fundação Univali, é de R$ 600 mil. O Pequeno Anjo ameaça fechar o pronto-socorro em 1º de julho se não houver apoio dos municípios e do Estado, já que é o único hospital de atendimento infantil para uma região que abrange 11 municípios. A justificativa é que a universidade não tem mais condições de arcar com os altos custos de manutenção. A instalação da rede de urgência e emergência pode fazer com que se aumente o repasse do Ministério da Saúde para os dois hospitais de Itajaí e os de outras quatro cidades que participariam da iniciativa. Cada unidade deve receber R$ 3 milhões para melhorias na infraestrutura e mais um repasse mensal que pode chegar até R$ 300 mil, de acordo com a capacidade de atendimento. O modelo proposto é que

rede de atendimento ao cidadão é ampla, com unidades em praticamente todos os bairros da cidade, mas problemas estruturais em algumas delas e a deficiência financeira dos hospitais preocupam quem é atendido pelo sistema público. A formação de uma rede de urgência e emergência em parceria com outras cidades da região é uma das soluções estudadas pelo município para amenizar a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), apontado como o principal motivo dos problemas nos dois hospitais da cidade. O caso mais grave é o do Hospital Infantil Pequeno Anjo, mantido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e que funciona como hospital-escola da instituição. O défiDivulgação

O novo prédio fica pronto em 2014 e terá 15 pavimentos distribuídos em 21 mil m2

cada um seja responsável por atender diferentes especialidades.

No atendimento básico, não faltam postos de saúde. São 35 no total, distribuídos pelos bairros da cidade. Enquanto alguns são referência de atendimento, outros sofrem com estruturas antigas e/ou com espaço insuficiente para atender à demanda das comunidades. A Secretaria Municipal da Saúde afirma que vai resolver parte dos problemas com a inauguração do Centro Integrado da Saúde (CIS), em construção no Bairro São Vicente, localizado na Avenida Governador Adolfo Konder, que agregará serviços e ampliará o atendimento médico em um dos maiores bairros de Itajaí. Confira nas páginas a seguir um panorama de como está a situação nas principais unidades de saúde da cidade.l

Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen É o maior hospital da região da Foz do Rio Itajaí, que contempla 11 municípios e uma população de aproximadamente 700 mil pessoas. A instituição é referência para alta complexidade nas áreas de ortopedia/traumatologia, cirurgia vascular, cirurgia cardíaca, entre outras especialidades. Desde 2005, o Marieta tornou-se referência também pelo Instituto do Coração (Incor), centro médico composto por unidades específicas que abrangem as áreas de cardiologia, radiologia vascular, neurorradiologia, neurointervenção e radiologia intervencionista. Atualmente, o hospital dispõe de 340 leitos distribuídos em 16 unidades de internação. I T A J A Í

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Entretanto, desde 1979, quando foi construída a segunda torre, a população da região teve um crescimento de 300%, enquanto o número de leitos aumentou apenas 36%. Para reduzir essa desafagem a direção do hospital elaborou o projeto do Complexo Madre Teresa, que em 2012 foi contemplado no Pacto pela Saúde do Governo do Estado com R$ 41,5 milhões para a construção do prédio. Isso vai permitir a abertura de 201 novos leitos, sendo 20 leitos de UTI para adultos. A previsão para a conclusão da obra é dezembro de 2014. Endereço Avenida Marcos Konder, 1111, Centro / Fone (47) 3249-9400 / Horário 24 horas


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Panorâmica4Saúde em busca de soluções Fotos Victor Carlson

Crescem: excelência no cuidado à gestante

Centro de Referência da Criança e da Mulher (Crescem)

Pequeno Anjo: atendimento infantil de alta complexidade ameaçado por falta de recursos

Hospital Infantil Pequeno Anjo Com déficit de mais de R$ 7 milhões por ano, o hospital (que atende ao público infantil de zero a 14 anos de 11 cidades da região) é administrado pela Fundação Univali, que busca parceria com o Governo do Estado e municípios para continuar atendendo. Se até o final de junho não for sinalizado um apoio maior dos municípios atendidos pelo Pequeno Anjo, a universidade promete fechar o pronto-socorro e diminuir o número de leitos para usuários do SUS. Atualmente, o hospital infantil dispõe de 93 leitos. O déficit mensal é de R$ 600 mil e a universidade alega não ter mais condições de arcar com os altos custos de manutenção. A instalação da rede de urgência e emergência pode fazer com que se aumente o repasse do Ministério da Saúde para o Pequeno Anjo, que receberia R$ 3 milhões para melhorias na infraestrutura e mais um repasse mensal previsto de R$ 300 mil. A principal função do hospital na rede seria atuar no atendimento de alta complexidade em neruologia e ortopedia para a saúde infantil. Endereço Praça Irineu Bornhausen, 85, Centro, ao lado da Igreja Matriz / Fone (47) 3249-5300 / Horário 24 horas

O Crescem disponibiliza serviço de orientação em planejamento familiar, prevenção do câncer de colo e de mama para gestantes de alto risco e atendimento a crianças de zero a 5 anos com imunização, alem de pré-natal e pediatria. Endereço Avenida Marcos Konder, s/n, Centro / Fone (47) 3908-5722 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

Codim: na expectativa de novas instalações

Centro de Orientação e Diagnose Municipal (Codim) A estrutura física, cedida pelo Ministério da Saúde, é antiga e inadequada. Para resolver os problemas estruturais, a Secretaria Municipal de Saúde pretende transferir o Codim para o novo Centro Integrado de Saúde (CIS), em 2014. O lugar é sede do Programa de Hanseníase, do Programa de Tuberculose e dos Projetos Bem Me Quer e Redução de Danos para pacientes com Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, e concentra as consultas médicas dos programas e a distribuição de remédios para os tratamentos. Endereço Rua Felipe Schimdt, s/n, Centro Fone (47) 3908-5710 Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

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Consultas de acupuntura na rede pública

Centro de Práticas Integrativas e Complementares da Saúde (Cepics) O Cepics oferece consultas e tratamento com homeopatia, acupuntura, do-in e fitoterapia. O lugar tem apenas um médico para atender à demanda, mas o poder público municipal garante que está no planejamento da Secretaria da


Saúde em busca de soluçõesPanorâmica

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Saúde reforçar e ampliar este tipo de atendimento em Itajaí. Endereço Avenida Marcos Konder, s/n, Centro (atrás da Igreja Matriz) / Fone (47) 3908-6025 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

Espaço pequeno para atender à população

Policlínica Nancy Patino Reiser (Fazenda) O local presta atendimento odontológico, clínico-geral, pediatria, enfermagem, serviço ambulatorial, pré-natal, preventivo do câncer, puericultura, planejamento familiar e imunização. A demanda da comunidade supera a capacidade de atendimento e espaço. A Secretaria Municipal da Saúde já solicitou liberação de verbas ao Ministério da Saúde para a construção de uma nova estrutura física. Endereço Rua Milton da Luz, 200 / Fone (47) 3908-5860 / Horário das 7h às 22h (2ª a 6ª feira)

Policlínica Miro Sedrez (Cordeiros)

Modelo de organização, o Centro Médico Affonso Liberato atende a 4 mil pessoas por mês

Centro Médico de Referência Affonso Celso Liberato (São Judas) É um dos postos de saúde municipais mais bem organizados da cidade. Realiza cerca de 4 mil atendimentos por mês, com ênfase para a saúde do idoso. O local presta serviços de puericultura, saúde bucal básica, pré-natal, preventivo de câncer, planejamento familiar, imunização, saúde do adolescente, dermatologia, geriatria, nefrologia, cirurgia plástica, cardiologia, eletrocardiograma e colocação de DIU. Endereço Rua Carolina Vailatti, s/n, ao lado do Asilo Dom Bosco / Fone (47) 3908-5727 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

CEO: referência em odontologia na região

Centro Especializado em Odontologia (CEO) O lugar oferece atendimento e tratamento nas diversas áreas da odontologia. O centro é referência em atendimento na cidade. Endereço Rua Joinville, 331, Centro / Fone (47) 3908-5758 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

Policlínica Central

A Policlínica é um exemplo para as demais unidades. A gerência local desenvolveu um trabalho de conscientização de prevenção com a comunidade, que agenda consultas com antecedência para reduzir as filas. A unidade oferece atendimento odontológico, clínico-geral, ginecologia, pediatria, enfermagem, serviço ambulatorial, planejamento familiar, pré-natal, entre outros serviços.

A estrutura do prédio é inadequada para uma policlínica. Emprestado do Ministério da Saúde, o prédio é antigo, apresenta infiltração na forração do teto e não tem acesso adaptado para deficientes físicos. Quando um cadeirante necessita de atendimento, o médico precisa realizar a consulta no térreo. A Policlínica será transferida para o CIS em 2014.

Endereço Rua Odílio Garcia s/n / Fone (47) 3908-5751 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

Endereço Rua Felipe Schmidt, s/n – Centro / Fone (47) 3908-5639 e 3908-5638 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

Policlínica Central: espaço físico inadequado I T A J A Í

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Panorâmica4saúde em busca de soluções Victor Carlson

Centro Integrado da Saúde (CIS), em construção no bairro São Vicente Com previsão de ser inaugurado até o final de 2014, o CIS contará com centro de diagnóstico por imagem, posto de assistência médica, consultórios, unidade de pronto atendimento 24 horas, eletrocardiograma, radiologia, sala de urgência, além de espaço para pequenas cirurgias e posto policial. O local reunirá diversos setores da Secretaria Municipal de Saúde. É o caso do Laboratório Central de Análises Clínicas, que terá salas de coleta e dos serviços de análises em tuberculose, hematologia e patologias, além do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). O CIS deverá prestar uma média de 15 mil atendimentos por mês e 2.200 exames radiológicos.

Quando estiver concluído, o CIS terá três blocos em uma área de 5.447 m2

CAPS II: atendimento terapêutico a adultos

Centro de Atenção Psicossocial Adulto (CAPS II) Oferece serviços de psiquiatria, psicologia, enfermagem, assistência social, terapia ocupacional, psicoterapia, grupos de família, oficinas terapêuticas, atividades artísticas e grupo terapêutico. Endereço Rua Silva, 628 – Centro / Fone (47) 3908-5765 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

Posto de Atendimento 24 horas (São Vicente) Oferece atendimento clínico-geral de urgência e emergência durante 24 horas para adultos e crianças. A estrutura, pequena para os quase 6 mil atendimentos por mês, será transferida para o CIS em 2014. Endereço Rua Antônio Cirillo Dutra, s/n, ao lado da Escola Básica Anibal Cesar / Fone (47) 3908-5769 / Horário 24 horas

Endereço Av. Adolfo Konder, s/n, bairro São Vicente

Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (Cordeiros)

inaugurada no dia 10 de junho, que irá ajudar a desafogar a demanda da unidade do Rio Bonito.

A unidade é considerada referência na região nesta categoria e possui uma estrutura de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde e os hospitais, ampliando a oferta dos serviços de urgência e emergência em Itajaí. Inaugurada em 2012, a estrutura de 1.500 m² é dividida em consultórios médicos, salas de exames, raios-x, farmácia, sala de imobilização de fraturas, espaço para atendimento de urgência, sala de eletrocardiografia, sala de observação e de coleta de materiais.

Endereço Rua Nilson Edson dos Santos, s/n, bairro Rio Bonito / Fone (47) 39085746 / Horário de atendimento das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)

Endereço Rua Enedina Dávilla, s/n / Fone (47) 3908-5636 e 3908-5647 / Horário 24 horas

Policlínica Bernardino Miguel Peirão – Rio Bonito A estrutura dispõe de atendimento clínicogeral, pediatria, ginecologia, odontologia, enfermagem, preventivo do câncer, planejamento familiar, serviço ambulatorial, imunização e pré-natal. O local não consegue atender à demanda dos usuário. A falta de médicos gera filas diárias na porta da policlínica na madrugada. Uma das soluções imediatas apontadas pelo poder público municipal é a abertura da nova policlínica no bairro Cidade Nova, I T A J A Í

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CEREDI: diversas especialidades disponíveis

Centro de Referência de Doenças Infecciosas (CEREDI) O Centro dispões de clínica-geral, pediatria, ginecologia, odontologia, enfermagem, planejamento familiar, preventivo do câncer, hematologia, pneumologia, farmacêutico, infectologia, psicologia, fisioterapia, assistente social, transmissão vertical, assistência domiciliar terapêutica, imunização, internação de crianças e adultos. Endereço Rua: Samuel Heusi, 120 / Fone (47) 3908-5726 / Horário das 7h às 19h (2ª a 6ª feira)


Saúde em busca de soluçõesPanorâmica Divulgação

Diversos bairros de Itajaí estão sendo beneficiadas com as obras de saneamento

Obras de tratamento de esgoto beneficiarão os itajaienses

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saneamento básico está diretamente ligado à qualidade de vida e ao bem estar da população. Investir em tratamento de esgoto resulta em menos filas nos hospitais e postos de saúde, menos pessoas doentes e menores gastos com a saúde pública. Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde revela que para cada R$ 1 investido em saneamento básico, R$ 4 reais são economizados em saúde pública. A preocupação com o assunto é tamanha que a Organização das nações Unidas (ONU) tem como metas de desenvolvimento do milênio o tratamento de esgoto e a água potável. Até 2015 a ONU espera que mais de 2 bilhões de pessoas sejam contempladas com estes serviços. Um dos principais problemas da falta de saneamento básico é a falta de investimento do Estado. Percebendo este problema, a municipalização deste serviço aparece como uma solução. Segundo a Associação Brasileira de

Concessionárias de Serviços Públicos de Água e Esgoto, as operadoras deverão investir 18 bilhões em saneamento até 2017. Isso elevará de 10% para 30% a participação no setor. Conforme especialistas, são necessários R$ 200 bilhões em todo o país para que os servi-

Faria: cidade ganha qualidade de vida ao evitar esgoto direto nos rios

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ços atinjam toda a população. No ritmo atual de investimentos, R$ 2 bilhões por ano, a tarefa demoraria 200 anos. Mas, com esta iniciativa, esse tempo cairá para 20 anos. Seguindo esta tendência mundial, o Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura (Semasa) investe no tratamento de esgoto e na qualidade da água. O trabalho na estrutua de tratamento de esgoto foi dividido em cinco etapas. A primeira etapa das obras que iniciaram em 2009, já está na fase final e contempla os bairros Praia Brava, Cabeçudas, Fazenda, Centro, regiões da cidade mais próximas às praias e à foz do rio Itajaí. Nesses locais, o Semasa já assentou toda a tubulação que vai coletar e transportar o esgoto até a uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). No percurso a água residuária ainda passa por estações de bombeamento e por interceptores; obras previstas para a segunda etapa, que contempla os dois bairros mais populosos: São Vicente e Cordeiros. Estima-se que a primeira e a segunda etapas beneficiem cerca de 130 mil pessoas em uma extensão de aproximadamente 190 quilômetros. A terceira será na Vila Operária, Dom Bosco, Nossa Senhora das Graças, Ressacada e São Judas; a quarta compreenderá os bairros São João, Barra do Rio e Imaruí e a quinta e última fase será implementada nos bairros Cidade Nova, Promorar I,II e III e São Pedro. Para o diretor geral do Semasa, Flávio Antônio Lage de Faria, o significado destas obras para a cidade é a qualidade de vida. Este processo reflete diretamente nos mananciais evitando que o esgoto vá direto para os rios. “Com este processo a água do rio não é afetada, evitando problemas de saúde pública”, enfatizou o diretor geral. A previsão é de que o sistema de tratamento de esgoto esteja este ano, com uma capacidade para tratar 520 litros por segundo.l




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Horizontes


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Os ídolos do futuro JOVENS TALENTOS DO ESPORTE DE ITAJAÍ DESTACAM-SE NO CENÁRIO NACIONAL EM DIVERSAS MODALIDADES Texto Anderson Bernardes Fotos Victor Carlson

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tajaí se prepara para receber os Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) em 2014, no mesmo ano em que o país sediará o maior evento de futebol do planeta. A cidade já havia se destacado na edição de 2012, em Caçador, onde conquistou a segunda colocação na classificação geral. Foi o melhor resultado de uma delegação itajaiense desde a criação dos jogos, há 53 anos. Muitas medalhas e troféus foram conquistados pelos atletas ditos “importados”, ou seja, contratados pela cidade especialmente para a disputa. Mas o sucesso na principal competição estadual do esporte amador não se deve apenas ao investimento financeiro, e sim a um trabalho silencioso e obstinado de treinadores e atletas que vivem na cidade. Seja no handebol, modalidade na qual Itajaí sempre teve tradição, seja na vela, com o incentivo gerado pela realização de regatas internacionais na cidade, jovens talentos vêm sendo revelados e já começam a mostrar resultados. Em esportes como atletismo e taekwondo, que têm nos projetos sociais a fonte de sua energia, alunos oriundos de escolas públicas se destacam no meio esportivo, além de trilharem um caminho à margem da violência. Na outra mão desta via, o tradicional Itamirim Clube de Campo atrai atletas de outros estados e se transforma num dos centros de referência do tênis no país. A convergência desses esforços e inicia-

tivas apresenta um panorama positivo para a realização das “olimpíadas catarinenses” em solo itajaiense, no próximo ano, e os jovens terão um lugar de destaque nessa história.

Quando os representantes da Volvo Academy chegaram à Escola Básica José Fernando Potter, no bairro Espinheiros, no início de 2012, Ana Caroline da Silva, uma garotinha de apenas 12 anos, percebeu que surgia ali uma oportunidade de estreitar seus laços com o mar, uma de suas paixões. O grupo formado durante a organização da maior regata de volta

Ana Caroline começou a velejar em 2012, aos 12 anos, e hoje lidera o campeonato catarinense

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Horizontes4Os ídolos do futuro

Aos 18 anos, Rodrigo Pereira é destaque nacional nos 100, 200 e 400 metros na categoria juvenil

ao mundo visitava a escola da rede municipal à procura de estudantes interessados em aprender a velejar. Ana Caroline não perdeu tempo e se apresentou como candidata. Catorze crianças que estudavam no mesmo colégio foram escolhidas para iniciar os treinos junto à Associação Náutica de Itajaí (ANI), mas ela acabou ficando fora da lista. Um dos jovens talentos de Itajaí poderia ter encerrado ali sua carreira no esporte, mas não foi isso o que aconteceu. Ela insistiu com a diretora do colégio e só descansou quando outro colega desistiu dos treinos, abrindo para ela a desejada vaga. Quarenta crianças foram selecionadas para a Volvo Academy em 2012, mas apenas quatro foram escolhidas para formar a equipe de alto rendimento da ANI. Uma delas é Ana Caroline, depois de todas as suas colegas de escola terem desistido. Aos 13 anos ela já estava competindo e garante que a identificação com a vela foi imediata. “Nos primeiros treinos eu já gostei. Não foi fácil, mas depois de praticar bastante finalmente aprendi a velejar”, conta. E aprendeu muito bem. Hoje, Ana é um dos destaques da classe optimist em competições realizadas em Santa Catarina e fora do estado. Já no primeiro ano como velejadora, conquistou a Copa Veleiros de Monotipos na categoria estreante. O feito torna-se mais relevante por ela ter participado de apenas três das nove regatas. Em abril deste ano, Ana conquistou o título da categoria estreante no Campeonato Sul-Brasileiro, disputaI T A J A Í

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do na Baía do Guaíba, em Porto Alegre e que teve a participação de mais de uma centena de atletas nas diversas categorias. No campeonato catarinense de 2013, a velejadora mirim já começou como líder da competição ao vencer a primeira regata do circuito, realizada em Florianópolis.

A história de Rodrigo Pereira dos Santos, 18, também começa numa escola pública da rede municipal: a Escola Básica Olímpio Falconiéri da Cunha, no bairro São Vicente. Foi durante as aulas de Educação Física, aos 13 anos, que ele conheceu o professor Luciano Moser e começou a treinar atletismo. Porém, sua trajetória no esporte correu o risco de ser interrompida precocemente quando precisou abandonar os treinos para começar a trabalhar. Assim que conseguiu um emprego como office-boy, o garoto se afastou das pistas. Para o bem do atletismo itajaiense, seu local de trabalho ficava muito próximo da pista onde a associação criada por Moser fazia seus treinos. Convidado por um colega, ele resolveu fazer uma visita a seu ex-professor e decidiu voltar a treinar. Mas não deixou o trabalho. Office-boy durante o dia, atleta à noite. O treinamento surtiu efeito, com muita dedicação e esforço, e os resultados começaram a aparecer. Para se dedicar ainda mais ao esporte, a vida de office-boy foi deixada para trás. Com recursos do Bolsa Atleta, apoio da Fundação Municipal de Esportes e Lazer e até um patrocínio do ex-patrão, Rodrigo agora é destaque nacional da categoria juvenil nos 100, 200 e 400 metros. É dele a melhor marca nacional dos 100 metros entre os juvenis. São resultados que o credenciam a disputar o Troféu Brasil, principal prova do atletismo brasileiro, na categoria adulto. De quebra, Rodrigo foi convocado para representar o país



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Horizontes4Os ídolos do futuro

Lara (esq.), Leonardo e Ianca: trio de atletas do taekwondo revelados pelo projeto social criado há quatro anos pelo Mestre Lenoir Oliveira no Pan-Americano Juvenil de Atletismo, em Medelín, na Colômbia, na prova de revezamento 4x100 metros.

O apoio de um professor abnegado também faz parte da vida de três jovens atletas do taekwondo de Itajaí. Lara Barroso Roldan, 19, Leonardo Teixeira, 19, e Ianca Olga de Almeida, 17, devem ao Mestre Lenoir Oliveira o início de suas carreiras no esporte. Os três foram revelados pelo projeto “Mil e Uma Formas de Educar”, que tem como base o treinamento na arte marcial de origem coreana. Lara e Ianca foram descobertas pelo mestre na Escola Básica Maria Dutra Gomes, no bairro Dom Bosco. As duas confessam que aceitaram participar do projeto com a intenção de apenas praticar o esporte, sem perspectivas de competir. Mas de 2008 até hoje, os

treinos ficaram cada vez mais intensos e as competições já se tornaram rotina. Em 2012, as duas competiram nos JASC de Caçador e voltaram para casa com medalhas. Lara conquistou uma de bronze e Ianca uma de prata. No início deste ano, elas também participaram do Campeonato Brasileiro Interclubes, realizado em Florianópolis. Lara venceu a categoria adulto, 46 kg, para atletas de faixa colorida. Ianca também foi campeã na categoria sub-21, 53 kg, com atletas de faixa ponta-preta. Já Leonardo Teixeira, 19, começou no esporte como a maioria dos garotos: pelo futebol. Chegou a ser volante na escolinha de futebol mantida pelo Avaí Futebol Clube em Itajaí. “Jogava bem, mas não tinha estatura na época e acabei desistindo”, conta. O convite de um amigo o levou ao I T A J A Í

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projeto do Mestre Lenoir, onde começou sua trajetória no taekwondo. Hoje Leonardo é faixa preta e compete na categoria sub-21, 54 kg. Na primeira luta da carreira, foi derrotado por Michel Ribeiro, atleta de Balneário Camboriú, em uma seletiva estadual realizada em 2012. De lá pra cá, o adversário se tornou freguês. “Já lutamos 13 vezes. Venci 12 e ele só ganhou aquela primeira”, ri. O itajaiense é o atual bicampeão estadual da categoria, conquistou a medalha de prata nos JASC de Criciúma e a de bronze na Copa Brasil, realizada em Maringá, e no Brasileiro Interclubes, disputado em Florianópolis na companhia das colegas de treinamento.

O central da seleção brasileira de handebol juvenil também nasceu em Itajaí. Mas, ao contrá-



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Horizontes4Os ídolos do futuro

rio de outros jovens atletas da cidade, ele não encontrou o esporte em um projeto social ou nas quadras de uma escola pública. Pode-se dizer que o handebol está na vida de Gabriel Monteiro Nascimento, 17, por herança genética. Ele é filho de Cláudia Monteiro do Nascimento, ex-atleta da Seleção Brasileira, campeã Sul-Americana e duas vezes vice-campeã brasileira representando Itajaí. Cláudia hoje coordena o handebol masculino de alto rendimento de Itajaí e é responsável pela formação dos atletas nas categorias de base. Incentivado pela mãe, Gabriel começou no esporte aos nove anos, no Colégio São José, e aos 12 já conquistava o primeiro título importante: as Olimpíadas Escolares de 2007. Participando do grupo formado no São José, ele repetiu o feito em 2009 e também conquistou o Campeonato Sul-Americano Escolar, garantindo vaga para o mundial, disputado em Portugal, onde a equipe itajaiense terminou sua participação na 10ª colocação. No ano passado, a medalha de bronze nos JASC foi sua primeira conquista entre os adultos, mesmo ainda tendo idade para disputar competições como juvenil. No início de 2013, Gabriel conquistou o Campeonato Brasileiro Juvenil e, convocado para a seleção brasileira, ajudou a equipe a chegar à final do Pan-Americano. Em agosto, deve disputar com a seleção brasileira o mundial juvenil, que será realizado na Hungria.

No mundo do tênis, os investimentos e a organização do esporte, mesmo num país considerado de menor tradição, tornam a carreira de um jovem atleta completamente diferente da trajetória da maioria dos candidatos a ídolos esportivos. Um exemplo disso é Tiago Fernandes, 20 anos, que nasceu em Maceió

e hoje treina nas quadras do Itamirim Clube de Campo (ICC). O nordestino veio parar em Santa Catarina em 2007, quando fixou residência em Balneário Camboriú para frequentar a academia de Larri Passos, treinador de Gustavo Kuerten. A mudança para cá foi facilitada porque, ainda competindo como juvenil, Tiago já contava com o mesmo agente que gerenciava a carreira de Guga e foi por indicação dele que veio ao encontro de Larri. Três anos depois de chegar às quadras catarinenses, e justamente no dia do seu aniversário, ele venceu a chave juvenil do Australian Open, um dos quatro maiores torneios do circuito mundial de tênis, feito que nem Guga ou qualquer outro brasileiro havia conseguido realizar. Em 2012, depois de uma grave lesão, Tiago optou por treinar em Itajaí, no Itamirim Clube de Campo. A estrutura do clube, o grupo de atletas que já treinava no ICC e a presença do treinador Marcos Daniel, ex-tenista que chegou a figurar entre os 60 melhores do ranking mundial, foram fatores decisivos para que ele mudasse para a cidade. Os treinos em solo itajaiense começaram

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Gabriel Nascimento, 17 anos, está escalado para a seleção brasileira que disputa em agosto o mundial de handebol juvenil na Hungria


Itajaí. Água para todos durante o ano inteiro. O SEMASA vem trabalhando e investindo em obras que melhoraram a qualidade e a distribuição de água em Itajaí. As obras feitas até agora dobraram a capacidade de abastecimento de 600 para 1200 litros de água por segundo e ampliaram a distribuição e o armazenamento para 20 milhões de litros. Com o trabalho do SEMASA, Itajaí tem água garantida e tratada para todos os bairros durante o ano todo.

SEMASA. Água de qualidade para todos.

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Horizontes4Os ídolos do futuro

O tenista alagoano Tiago Fernandes, 20 anos, escolheu Itajaí como base de treinamento e acaba de conquistar o primeiro título profissional a render frutos em maio de 2013, quando o tenista conquistou seu primeiro título como profissional, o Future de Antalya, na Turquia, um torneio da Associação dos Tenistas Profissionais com premiação de US$ 10 mil. Tiago pretende continuar disputando os torneios de menor porte do circuito profissional durante a temporada de 2013 para melhorar seu posicionamento no ranking da ATP, onde atualmente ocupa a 618ª posição. Ele também não descarta a possibilidade de representar Itajaí nos JASC deste ano, em Blumenau, quando a cidade defende o título de campeã da competição. “Só vai depender do calendário do circuito profissional. Se der para conciliar, posso disputar, sim, os Jogos Abertos”, garante.

TIAGO FERNANDES CONTA COM uma boa estrutura de patrocinadores que investem na sua carreira de atleta. Como a prática do tênis em nível profissional tem custo elevado, ele continua atrás de patrocínio, apesar de já estar bem inserido na indústria do esporte, setor que movimenta cerca de R$ 31 bilhões ao ano só no Brasil. Os demais jovens de Itajaí também se apresentam como ótimas opções para empresas que queriam investir no marketing esportivo. Enquanto isso, o aporte financeiro governamental, através das leis de incentivo ao esporte e do Bolsa Atleta, hoje ainda é a principal fonte de recurso para esses atletas. Os atletas do taekwondo acreditam que as empresas têm mais interesse em apoiar modalidades já consagraI T A J A Í

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das e esportes de equipe, mas estão dispostos a mudar essa realidade e poder levar a marca de futuros patrocinadores em suas viagens para competições fora do Estado. A velejadora Ana Caroline, por exemplo, já tem vaga garantida em duas competições nacionais, o Brasil Centro, em Ilha Bela, em outubro, e o Campeonato Brasileiro, em Recife, em janeiro do ano que vem, num esporte de muita visibilidade para os patrocinadores. “Só me falta marketing; capacidade para competir nessas provas eu tenho”, garante. Na mesma situação está Rodrigo Pereira, que também precisa de patrocínio para ir ao Rio de Janeiro realizar o sonho de correr no Troféu Brasil. “O jeito é continuar correndo atrás”, resume, sempre bem-humorado.l


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Foto: Marcello Sokal

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Horizontes

Vilfredo acompanha de perto a construção do barco que vai repetir a jornada feita há mais de 500 anos por navegadores chineses

A nova aventura dos Schürmann

A FAMÍLIA DE NAVEGADORES MAIS FAMOSA DO PAÍS TRANSFERE SUA BASE PARA ITAJAÍ E PREPARA-SE PARA MAIS UMA VIAGEM DE VOLTA AO MUNDO

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Texto Adão Pinheiro

s movimentos dos metalúrgicos que empunham soldadores elétricos e lixadeiras rotativas dão vida aos detalhes de acabamento do novo veleiro da Família Schürmann, que está sendo construído no Estaleiro Caçapava, no Bairro São João. Em novembro, o clã liderado pelo casal Vilfre-

do e Heloísa parte para refazer um trajeto percorrido por navegadores chineses no século 15 e que não foi repetido até os dias de hoje. A viagem – batizada de Expedição Oriente – tem seu roteiro baseado no livro 1421: O Ano em Que a China Descobriu o Mundo (Ed. Bertrand, 2002), que descreve a jornada de dois anos que levou os chineses até o continente americano

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A nova aventura dos SchürmannHorizontes

Para poder acompanhar O andamento da construção do barco, a família decidiu estabelecer sua base em Itajaí. Mas antes de chegar até a cidade, o casal Schürmann visitou estaleiros desde o Rio de Janeiro a Buenos Aires, na Argentina, para decidir onde construiriam o veleiro. Graças a indicação de um fabricante de hélices, descobriram o estaleiro Caçapava, de propriedade de Jeinson Conick dos Santos. Depois de conversarem por dois dias com o empresário, ficou decidido onde o projeto do Kat ganharia vida. Jeinson é filho de Elmir dos Santos, o “Caçapava”, morto há 10 anos e considerado o melhor caldereiro do Brasil. Ele trabalha com embarcações desde os 12 anos e está fazendo “uma verdadeira obra de arte em aço carbono e inox”, na definição de Vilfredo. “A maio-

Fotos Victor Carlson

sete décadas antes de Cristóvão Colombo. Eles também teriam descoberto a Antártida e chegado à Austrália 320 anos antes dos europeus, dominando noções como longitude três séculos antes do ocidente. Para provar que tal viagem é possível, os Schürmann resolveram embarcar em mais uma aventura oceânica e escolheram Itajaí como ponto de partida. O início da expedição, que parte das águas do Rio Itajaí-Açu, está marcado para o final de novembro. Em sua viagem inaugural, o veleiro Kat levará a família através de rios e oceanos, enfrentando desafios como a ameaça dos tufões no mar da China e a perigosa travessia do Cabo Horn, no extremo meridional da América do Sul. A embarcação foi batizada em homenagem à filha caçula do casal Schürmann, que faleceu aos 13 anos, vítima de complicações do vírus HIV.

Jeinson: tradição familiar na construção naval ganhou a confiança dos Schürmann ria dos fabricantes deste tipo de barco enche a estrutura de massa para tirar as imperfeições. Mas este está perfeito”, elogia o experiente navegador. Kat é o primeiro veleiro construído pelo estaleiro de Itajaí, que no pico dos trabalhos chegou a manter oito

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funcionários em atividade. O projeto é do argentino Nestor Völker e o design do interior leva a assinatura da arquiteta itajaiense Jeane de Amorim Busana Bianchi. A embarcação terá internet banda larga, games e aplicativos para que internautas possam ver as novidades da viagem, vídeos e o barco em 3D. Por meio de um sistema digital, que pode ser controlado por tablet e outros dispositivos móveis, será possível automatizar funções como acender ou apagar as luzes do veleiro. Tudo foi pensado para evitar danos ao meio ambiente. O esgoto será tratado no próprio barco e o lixo orgânico, reaproveitado. Haverá ainda um sistema de energia limpa, por meio de rotores eólicos e painéis solares, dois hidrogeradores e um equipamento capaz de converter água do mar em água potável. Duas bicicletas ergométricas produzirão energia enquanto os navegadores estiverem pedalando. O Kat deve ficar pronto em setembro, cerca de dois meses antes do inicio da expedição. O retorno do veleiro a Itajaí está programado para novembro de 2015. Wilhelm, o filho mais novo, estará a bordo durante toda a viagem. Os outros dois, Pierre e David, embarcam em alguns trechos do percurso. Emmanuel, neto de Vilfredo e Heloísa, também acompanha os avôs durante todo o trajeto. As outras vagas no veleiro serão ocupadas por pessoal técnico. O livro que inspirou a nova viagem da Família Schürmann foi escrito por um comandante de submarino da Real Marinha Britânica. Por 15 anos, o autor estudou as rotas chinesas e apresenta evidências que embarcaMaquete mostra como ficará o veleiro Kat depois de pronto

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Horizontes4A nova aventura dos Schürmann

Infografia Joice Balboa

Expedição Oriente

Em Shanghai, a família atravessará o grande canal da China – uma obra feita a machado pelo homem há mais de 2 mil anos, com 1.740 km de extensão – em direção a Hong Kong

Expedição sai de Itajaí em direção ao oriente e tem previsão de durar dois anos

ções foram as primeiras a dar a volta ao mundo antes dos europeus. A obra é polêmica, o que motivou a reedição do trajeto pelos Schürmann. Enquanto estiverem no mar, a família vai coordenar um programa educacional com abrangência internacional para ensinar matemática, história e geografia através da navegação. “Na última viagem tivemos 2,5 milhões de alunos nos Estados Unidos e 500 mil no Brasil, porque a internet ainda estava iniciando por aqui. Agora com aulas em português, inglês, espanhol, japonês e mandarim queremos captar um público ainda maior entre alunos de 1ª a 5ª séries”, acrescenta o navegador.

Vilfredo Schürmann também foi fisgado por Itajaí por outro motivo: idealizar a construção da nova sede do Instituto Kat Schürmann. A ideia surgiu durante a parada da 11ª edição da Volvo Ocean Race, a mais

importante regata náutica do mundo, em abril de 2012. Na ocasião, Vilfredo fazia comentários da regata para uma emissora de rádio local quando o prefeito o chamou para saber se tinha interesse em transferir a sede de seu instituto de Bombinhas para Itajaí. Ao perceber que a cidade se transformava em um centro náutico cada vez mais dinâmico, a família optou por torná-la sua base operacional. “Se não é o maior polo náutico do Brasil, em pouco tempo será”, destaca Vilfredo. A inauguração da sede do Instituto fará parte da programação alusiva à saída da família de velejadores de Itajaí rumo à Expedição Oriente. Sem fins lucrativos, a instituição fundada em 1999 tem o objetivo de contribuir para a manutenção da qualidade sócio-ambiental dos ambientes marinho e costeiro e desenvolve suas ações por meio do incentivo

a pesquisas e da implementação de programas de educação ambiental. O Instituto Kat Schürmann de Itajaí terá exposição permanente de fotografias das viagens de volta ao mundo feitas pela família e do projeto de descoberta de um submarino alemão bombardeado na Segunda Guerra Mundial. Os restos da embarcação, afundada por um avião americano em águas territoriais brasileiras, foram encontrados a 75 metros de profundidade próximos ao litoral catarinense, em julho de 2007. O submarino foi encontrado por uma equipe de pesquisadores e arqueólogos da Univali e do Instituto Kat Schürmann, que levou mais de cinco anos para localizar o U513. Os trabalhos de busca, tanto no mar como em arquivos da Alemanha, Estados Unidos e Brasil, foram filmados para o documentário U-513, O Lobo Solitário.l

Projetado para navegar em águas oceânicas, costeiras e também em rios, o veleiro Kat tem 23,98 m de comprimento, 6,36 m de largura e dois mastros de 29 m e 27 m. Dos dez tripulantes, cinco fazem parte da família Schürmann. I T A J A Í

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Almanaque Divulgação

Lembrada até hoje com saudades pela torcida, a equipe que disputou o estadual de 1989 marcou a história do futebol em Itajaí

O time dos sonhos HÁ 25 ANOS, O MARCÍLIO DIAS MONTAVA SUA MAIS PODEROSA EQUIPE E ENCANTAVA SaNTA CATARINA COM O LENDÁRIO “SIRI MECÂNICO”

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Texto Anderson Bernardes

repórter de campo Polidoro Júnior, empunhando o microfone da extinta Rede de Comunicações Eldorado, alertava o narrador Roberto Alves que a disputa de pênaltis que definiria o campeão do segundo turno do Campeonato Catarinense de 1989 poderia acabar já na quarta cobrança do time da casa. O estádio Dr. Hercílio Luz, completamente tomado pela torcida marcilista, era o palco de uma festa nunca antes vista no futebol de Itajaí. O goleiro Mauro ainda comemorava mais uma penalidade desperdiçada pelo Joinville, quando o meio-campista Gelson ajeitou a bola embaixo do braço direito e marchou lentamente na direção da marca da cal. O cobrador rubro-anil não tomou muita distância. O goleiro Gilmar esperou até o último instante a definição de seu algoz e voou na direção da bola.

Gelson utilizou a lateral do pé direito e pôs a bola no ângulo, longe das mãos do arqueiro tricolor e no fundo das redes. Quando a bola cruzou a linha, quando Gilmar se desesperou, quando o grito de milhares se transformou numa só massa sonora, o Marcílio Dias atingiu sua consagração. Aquele grupo deixava de ser um time de futebol para se tornar uma lenda, um capítulo antológico da história do futebol catarinense. A conquista da Taça RCE TV, como vencedora do segundo turno do campeonato de 1989, foi apenas uma das façanhas daquela equipe que até hoje é lembrada como uma das melhores já montadas pelo Marcílio Dias. O “Siri Mecânico”, como o time ficou conhecido, ganhou o apelido numa bem-humorada alusão da torcida azul e vermelha à Laranja Mecânica, a incrível seleção holandesa da Copa do Mundo

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O time dos sonhosAlmanaque Fotos Victor Carlson

de 1974. As cobranças de pênaltis vieram depois de uma goleada histórica. O Joinville havia sido completamente dominado e derrotado por 4 a 0 no tempo normal. O meio-campista Gelson, que cobrou a derradeira penalidade, resume aquele jogo em apenas três palavras: “foi um massacre”.

O CICLO QUE se ENCERRAVA naquela noite de 1989 tinha começado um ano antes, quando o Marcílio Dias, sob a batuta do presidente Nelson Abraão de Souza e com o apoio do empresário Manuel Moura, o “Nequinho”, trouxe a Itajaí o treinador Levir Culpi, que já havia se destacado no comando do Atlético Paranaense por duas temporadas. O elenco formado naquele ano era uma mescla de jovens talentos revelados nas categorias de base do Marinheiro, alguns atletas que já eram vinculados ao próprio Marcílio Dias em temporadas anteriores e o reforço de jogadores que se destacaram na disputa do catarinense de 1987. A este último grupo pertenciam atletas como Rosemiro, lateral-direto com passagem pelo Palmeiras, Vasco da Gama e Seleção Brasileira, e que tivera excelente atuação pela Chapecoense antes de chegar ao Marcílio Dias, aos 34 anos. O ponta-direita Sidnei, destaque no Criciúma, o volante Palmito e o atacante Joel, trazido do Atlético Paranaense, também faziam parte do grupo recém-chegado a Itajaí. Despontavam das categorias de base o ponta-esquerda Jairo, que no ano seguinte seria o titular da posição, e Gelson, meio-campista com toque de bola refinado. Já no elenco antes da chegada do novo treinador, o goleiro Mauro foi preterido no início, mas acabou ganhando a titularidade com o tempo. Carlinhos do Parque, lateral-esquerdo que dedicou quase toda a carreira ao rubro-anil, também foi para a reserva, mas seria aproveitado na sequência.

A taça RCE TV, conquistada pelo Marcílio Dias ao vencer o 2º turno do campeonato O time armado por Levir Culpi jogava com três atacantes, nos moldes das grandes equipes do fim dos anos setenta e início dos anos oitenta – com dois ponteiros e um centroavante. O meio campo contava com a habilidade

Anderson era criança na época, mas jamais esqueceu do time que “jogava um futebol que não se pratica mais hoje em dia” I T A J A Í

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de dois meias de criação e apenas um volante, que na época ainda atendia pelo nome de cabeça-de-área. A defesa era tradicional, com quatro zagueiros. Os laterais, no entanto, se revezavam no apoio ao ataque, com destaque especial para Rosemiro, que tinha o fôlego de um garoto mesmo sendo o mais velho do time. O ponto de referência do ataque era o centroavente Joel, de grande estatura e exímio cabeceador. A maioria das jogadas de ataque do Siri Mecânico terminava com a bola viajando da linha de fundo para a pequena área, procurando sempre o arremate preciso do artilheiro da camiseta nove. Ponteiros velozes e um meio-campo habilidoso completavam um sistema ofensivo de alta qualidade. O mesmo não se podia dizer da defesa, que segundo Gelson Silva pecava um pouco para fazer a transição defesa-ataque. “Tínhamos jogadores altos, marcávamos bem, mas a nossa saída de bola não era muito boa”, relembra o meio campista. No gol havia certa insegurança em 1988, com Alemão alternando grandes defesas com saídas precipitadas do gol. No ano seguinte, Mauro assumiu a posição, com uma qualidade técnica que trazia mais segurança ao time e uma personalidade explosiva. “O pessoal da imprensa, principalmente da Capital, dizia que eu era brigão. Eu não era brigão, só não queria perder”, lembra o goleiro. Em 1988, o Siri Mecânico conquistou o direito de disputar uma das semifinais do primeiro turno contra o Criciúma, depois de terminar a fase classificatória na terceira colocação. O adversário tinha a vantagem de jogar por dois empates e decidia a vaga em casa. Para complicar a situação, no primeiro jogo o Marinheiro tinha sido derrotado por 2 a 1 diante de sua torcida. Para piorar ainda mais, no segundo jogo o Criciúma saiu vencendo por 2 a 0, forçando o Marcílio Dias a marcar quatro gols para


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Almanaque4O time dos sonhos

alcançar a classificação. Gelson não estava em campo, mas lembra de um detalhe importante daquela tarde épica. “O Jairo entrou no segundo tempo e fez toda a diferença”, garante. O ponta-esquerda também não esquece aquela atuação. “Eu entrei e dei dois cruzamentos pro Joel fazer os gols, um deles de cabeça”, recorda. O quarto gol marcilista também ficou marcado na memória do radialista Rubens Menon, que transmitia o jogo naquela tarde quente de 1988. “Lembro nitidamente que o Joel testou a bola e, quando o goleiro do Criciúma viu que ela tinha passado, caiu no chão com as duas mãos na cabeça”, conta. Foi dessa forma que o Siri Mecânico conquistou o turno e uma vaga no hexagonal final daquele ano, depois de empatar com o Joinville em 3 a 3, no Ernestão, com mais dois gols do artilheiro Joel. O título de campeão catarinense, no entanto, acabou ficando nas mãos do Avaí, de Adilson Heleno e companhia.

EM 1989, O MARCÍLIO manteve a base do time e, com algumas alterações, voltou a disputar a final do turno contra o Joinville, desta vez em casa e precisando vencer no tempo normal para levar a disputa para a prorrogação. Com um gol olímpico do ponta-direita Rogério Uberaba, o rubro-anil venceu o jogo. O título do turno veio nas penalidades máximas, com uma cobrança precisa de Gelson. A história se repetiu no segundo turno, com 4 a 0 no tempo normal e vitória nos pênaltis com nova cobrança de Gelson. Era este o terceiro e último ato do Siri Mecânico, que também não chegou ao título de 1989, conquistado pelo Criciúma. Mesmo sem os títulos, o Siri Mecânico marcou época e vive nas lembranças da torcida itajaiense. “Era um time de muita qualidade e os adversários, tanto aqui em Itajaí como em qualquer outra cidade do Estado, respeitavam aquela

Wilsinho: “Era um time especial, que vencia pela qualidade e pela união dos jogadores” equipe do Marcílio”, orgulha-se Adão Goulart, ex-jogador e comentarista esportivo. O eletricista Anderson Dorival Fernandes, criança na época do surgimento do Siri Mecânico, ainda guarda recordações dos jogos daquela época. “Meu pai, que é Barrosista, levava eu e meu tio de carro para o estádio. Ele ficava secando o Marcílio em vão”, conta. Anderson não tem dúvida em afirmar que aquele foi o melhor time do Marcílio Dias que ele viu jogar. “Era um time I T A J A Í

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clássico, jogava um futebol que não se pratica mais hoje em dia”, relembra. O volante Wilsinho, que participou daquelas conquistas, tem uma explicação para o carinho que o torcedor tem até hoje pelo Siri Mecânico. “Era um time especial, que vencia e convencia, pela qualidade dos jogadores e também pela união do grupo”, destaca. “Não foi campeão estadual porque não era para ser, coisas do futebol mesmo”, completa.l


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Almanaque

O centro de abastecimento com 37 boxes é o primeiro canal direto entre o público e o produto fesco, muitas vezes recém-capturado

Do mar para a mesa O MERCADO DO PEIXE, QUE EM BREVE DEVE GANHAR NOVAS INSTALAÇÕES, É A PRINCIPAL VITRINE DA TRADIÇÃO PESQUEIRA DE ITAJAÍ Texto Luciana Zonta

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s bancas coloridas com lulas, polvos e camarões garantem uma experiência sensorial única. Os corredores compridos apuram visão, olfato, audição e paladar e concentram um resumo cultural e gastronômico da cidade bem às margens do Rio Itajaí-Açu. O Centro de Abastecimento Prefeito Paulo Bauer – popularmente conhecido como Mercado do Peixe – atrai visitantes de diversas partes do Brasil e do mundo em busca de um produto que é uma das principais fontes de renda da população local: o pescado.

Itajaí é hoje o maior porto pesqueiro do Brasil. Por aqui é desembarcado quase 30% de todo o pescado marinho consumido no País, que abastece dezenas de fábricas e processadoras instaladas na região. O Mercado do Peixe, localizado ao lado do Mercado Público Municipal, é o primeiro canal direto entre o público e o produto fresco, recém-capturado do mar. Nos 37 boxes do centro de abastecimento é possível encontrar desde peixes mais populares, como sardinha, anchova e tainha, até iguarias como carne de siri, camarão rosa e lagostim, uma espécie de minilagosta com alto valor de mercado.

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Do mar para a mesaAlmanaque

Fotos Victor Carlson

O box do comerciante José Walmor Serpa Júnior, dono da JR Pescados, é um dos mais variados do mercado. Além das espécies capturadas pela frota local, ele também vende lula importada da Argentina e salmão do Chile, além de uma linha de empanados responsável por quase 20% do faturamento do ponto. Só de salmão são 500 quilos vendidos por semana, a maioria para apreciadores da culinária japonesa. O tradicional camarão rosa, trazido pelos barcos de Itajaí e Navegantes, também tem boa saída. São quase 300 quilos a cada sete dias. Os congelados – que incluem ostras gratinadas, salgados e bolinhos de pescados – ganham a preferência de quem tem pouco tempo ou pouca prática na cozinha. O sucesso do produto motivou uma expansão no mix de produtos para incluir temperos e acompanhamentos como alcaparras, pimentas e molhos especiais. Filho de um comerciante de pescados, Júnior foi praticamente criado dentro do Mercado do Peixe. O pai, morto há 14 anos, costumava acordar às cinco da manhã para comprar o produto no cais do porto pesqueiro, às margens do Itajaí-Açu. Duas horas depois, o peixe já estava exposto nas prateleiras do box 13, um dos mais populares do lugar. Hoje, a família tem quatro pontos de vendas no local e a JR tem, inclusive, câmara fria para armazenamento de pescado e sistema de monitoramento por câmeras de TV. “O tempo passa, mas o peixe continua sendo a melhor proteína que existe. E a região sustenta este consumo. Em casa, por exemplo, minha família consume de três a quatro vezes por semana”, afirma o empresário. O Centro de Abastecimento Prefeito Paulo Bauer é uma espécie de mosaico social da cidade. Nas manhãs de sábado o lugar é tomado por visitantes de toda a região, além de turistas em passagem pela cidade, que costumam sentar-se nas mesas externas para tomar cerve-

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O sábado é o dia mais movimentado, quando o público local divide o espaço com os turistas

José Walmor Jr. mantém a tradição do pai em um dos boxes mais populares do mercado I T A J A Í

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Almanaque4Do mar para a mesa

Ex-fiscal do Ibama, o aposentado Hélio está sempre no mercado prestando pequenos serviços ja e papear com os amigos. Localizado na região central, o mercado consegue reunir diferentes gerações e classes sociais ao redor de um dos pontos mais pitorescos de Itajaí.

PERSONAGENS

LOCAIS,

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Hélio Osni de Souza, 59 anos, estão sempre por ali. Funcionário público federal aposentado, ele foi fiscal do Ibama na região e por muitos anos foi um dos responsáveis pelas apreensões de pesca irregular no período de defeso. Hoje frequenta o Mercado do Peixe de segunda a sábado, sem faltar um dia sequer. Conhecido dos comerciantes locais, Hélio costuma fazer pequenos serviços para eles em troca de peixe fresco e alguns trocados que complementam a renda mensal da aposentadoria. “Sou um ‘office boy’ não oficial, fico circulando e perguntando quem precisa de mim, nem que seja só para conversar”, conta. Um programa típico de quem visita o mercado aos sábados é escolher um punhado de camarão ou lula à venda nas prateleiras e entregar ao cozinheiro de um dos restaurantes do local para que sejam preparados na hora, ao gos-

to do cliente. No box 30, o menu bilíngue em português e inglês – adaptado em 2012 para atender aos visitantes estrangeiros da Volvo Ocean Race na cidade – mostra as opções e os valores do serviço. O preparo de um quilo de peixe ou frutos do mar ao bafo, soltinho ou à dorê custa de R$ 5 a R$ 12. Em um único sábado, o proprietá-

O peixe fresco, preparado na hora, é uma atração gastronômica imperdível do local I T A J A Í

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rio do ponto, Charles Deggau, chega a entregar até 100 porções. Na safra da tainha, que segue até o final de junho, este número cresce 50%. Nesse período, o restaurante costuma preparar o peixe frito e também recheado. “Virou moda trazer o pescado para nós prepararmos, fica uma delícia”, diz o comerciante, que acaba faturando também com as bebidas consumidas pelos clientes. Temperos e grãos empilhados do chão até o teto atraem a atenção de quem tem paixão pela gastronomia. As paredes altas e largas da Casa das Ervas, uma das lojas mais procuradas do Mercado do Peixe, chamam a atenção pelo visual colorido e organizado. Os produtos são vendidos a granel e pesados na frente do cliente. Segundo a gerente do ponto, Vaneide Leandro, o tradicional tempero brasileiro – uma mistura de ervas frescas usada em vários tipos de comida – é o carro-chefe da loja. Especiarias como mostarda em grãos, pimenta Jamaica, alho em flocos e farinha de ameixa também estão entre as mais pedidas. Chás de vários sabores, castanhas e frutas secas, a exemplo do damasco turco, completam o cardápio de itens da Casa das Ervas, que geralmente agregam sabor às receitas preparadas com os frutos do mar adquiridos nas bancas de peixe. Dentro do mercado, uma floricultura vende plantas e vasos de cerâmica produzidos artesanalmente na região de Tijucas e Canelinha. Logo ao lado, uma família de japoneses administra um ponto de venda de produtos naturais e frutas sem agrotóxico. Em outra banca, mulheres vinculadas à Associação de Produtoras Rurais de Itajaí (Aprai) vendem biscoitos, pães, bolos, tortas, geleias e conservas, além de licor e cachaça artesanal. Moradoras dos bairros Itaipava, São Roque e Rio do Meio, as produtoras abastecem o ponto de venda diariamente com produtos sem conservantes e preparados no fogão à lenha.


Itajaí 153 anos

É um privilégio fazer parte da história e do desenvolvimento desta cidade.

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Almanaque4Do mar para a mesa

Projeto do novo mercado, com dois pavimentos e 2,5 mil metros quadrados de área, que deve ser inaugurado até o final do ano que vem

A ESTRUTURA DEFASADA DO atual prédio do Mercado do Peixe motivou o poder público municipal a desenvolver um novo projeto para o tradicional centro de abastecimento de pescados da cidade. Segundo informações da Secretaria Municipal da Pesca, a última reforma do prédio aconteceu há exatos 20 anos. O novo mercado, previsto para ser inaugurado até o final de 2014, será construído na Avenida Ministro Victor Konder, a popular “Beira Rio”, a poucos metros do local onde está o atual. Com 2,5 mil metros quadrados de área construída, o novo centro de abastecimento será dividido em dois pavimentos. Com design arrojado e fachada de vidro, o projeto do prédio passa por readequações. A parte térrea terá 32 boxes de vendas de peixe, 16 salas para comércio diversificado, escritório para a administração, banheiros feminino e masculino adaptados, escadas e elevador. O pavimento superior terá uma praça de

alimentação e dois restaurantes especializados em frutos do mar. Ao lado da atual estrutura do Mercado do Peixe, o Mercado Público Municipal – famosa vitrine para o

Vaneide, da Casa das Ervas, vende chás e temperos de diversas partes do mundo I T A J A Í

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artesanato e a gastronomia local – reabre em junho após um ano e meio de obras de restauro. Construído em 1917 para comercialização de produtos da pesca, é uma das construções mais características do centro histórico de Itajaí. Entre as opções gastronômicas, os pratos de maior destaque são as comidas típicas com frutos do mar. Nas lojas que comercializam o artesanato local há produtos de palha, cestarias, cerâmica e madeira. Além da reforma na parte interna, o entorno do prédio ganhou nova iluminação e calçadas mais largas. As obras iniciaram em janeiro de 2012, com o restauro da cobertura, incluindo o reparo da estrutura e a substituição de telhas, a execução do projeto elétrico, a sonorização e o projeto preventivo dos bombeiros. Também foi contemplada a instalação do forro da cobertura, a execução dos sistemas hidráulico e hidrossanitário, além do restauro do chafariz, das esquadrias e do piso.l


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Almanaque

Compromisso com a música: o trio formado por Chico Preto (esq.), Giana Cervi e Ricardo Pauletti toca clássicos da MPB no bar Maps

Música para todos os gostos A QUALIDADE E A VARIEDADE DA CENA MUSICAL DE ITAJAÍ PODE SER CONFERIDA NAS CASAS NOTURNAS LOCAIS E NOS PALCOS DO MAIOR FESTIVAL DA REGIÃO Texto Rodrigo Sikorski Fotos David Silva

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as noites de quinta-feira, os músicos Ricardo Pauletti, Giana Cervi e Francisco Luz da Silva Cardoso, o “Chico Preto”, se preparam para mais uma apresentação no Maps, bar de culinária internacional localizado na avenida Ministro Victor Konder, a Beira-Rio. O trio chega por volta das 20h para arrumar os instrumentos e passar o som. Chico chega primeiro e começa a arrumar seus instrumentos de

percussão para o show de logo mais. Ele diz que sonhava em ser músico desde criança. “Toda a minha família trabalha no Porto. Mas se eu fosse um portuário, seria infeliz”, ressalta o percussionista, que dá aulas, é músico de estúdio e também grava jingles publicitários. O próximo a chegar é Ricardo Pauletti. “Caco”, como é conhecido, começou na música cedo, ainda no colégio São José, onde passou pelo coral, fanfarra e flauta doce. Depois estudou violão popular e erudi-

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Música para todos os gostosAlmanaque

to até se formar no curso de Música da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). “Antes de me formar em música fiz três anos de Mecânica e concluí o curso de Arquitetura. Passei tocando violão. Meus colegas viravam a noite fazendo os trabalhos. Eu escrevia uma música e os professores adoravam”, comenta. Pouco depois, junta-se a eles Giana Cervi, uma das cantoras mais famosas de Itajaí. Com 15 anos, ela participava de um grupo de jovens e só após os 18 anos é que começou a cantar na noite. No ano passado, fez um show em Portugal e tocou em mais seis cidades brasileiras através de uma parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc). “O CD Cirandinha me abriu as portas. Através dele surgiram os shows em Portugal e os do Sesc”, explica. Todos reunidos, o trio se prepara e acerta os últimos detalhes. Tocam uma música para conferir se está tudo certo e logo estão prontos para iniciar mais um show. Aos poucos o público chega

e toma as mesas do bar. Com o “ok” do gerente da casa, começa a apresentação. No repertório, clássicos da MPB fazem a alegria dos frequentadores do Maps. Para os músicos, a profissão hoje está muito mais complexa. “Você tem que estudar. Qualquer edital para professor de música exige mestrado”, contou Caco, que vê sua profissão como outra qualquer, onde os mais qualificados garantem o melhor emprego. “Hoje não tem mais aquele estigma de quem toca na noite é doidão”, ressalta.

Os músicos que optam por trabalhar com um repertório de músicas autorais também têm espaço garantido em Itajaí. Uma vez por mês o Greenwich Pub, em parceria com o selo Válvula Rock, promove o Válvula Rock Sessions – uma apresentação com os artistas da cidade, onde são tocadas apenas composições próprias. Formada há 10 anos, a banda Casa de Orates tem no pub uma chance

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de apresentar suas músicas para um público diferente daquele acostumado com bandas cover. O grupo surgiu quando seus integrantes ainda eram estudantes de música nos bancos da Univali e tem um CD gravado, com o próximo lançamento já a caminho. A banda se inscreveu no projeto de Lei de Incentivo à Cultura de Itajaí e com isto conseguiu recursos para produzir os dois CDs. “É um incentivo muito importante para os artistas de Itajaí, uma iniciativa do governo municipal que dá suporte à cultura local”, analisa Marcelo Azeredo, flautista e vocalista da Casa de Orates. O fato de Itajaí abrigar diversos talentos musicais e a necessidade de aprimorar sua formação fez com que a Fundação Cultural Municipal criasse, em 1998, o Festival de Música de Itajaí. Desde então, além dos shows com músicos de renome nacional, o evento promove todos os anos uma série de oficinas que atraem para a cidade

Formada há dez anos, a banda Casa de Orates prepara-se para lançar o segundo CD e apresenta seu repertório autoral no Greenwich Pub I T A J A Í

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Almanaque4Música para todos os gostos

Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Em 1987 mudou-se para São Paulo para poder evoluir ainda mais na profissão escolhida. Em 1989 ingressou no Teatro Municipal de São Paulo e não demorou muito para se mudar para a Itália, berço dos maiores ternores do mundo. Há 13 anos na Itália, Ludo é contratado do Teatro Régio de Turim e viaja pelo mundo todo apresentando sua arte.l

Onde estudar

Criado em 2006, o conservatório municipal oferece aulas gratuitas de formação musical os melhores professores de música do país. “Trata-se de uma oportunidade única para os músicos de Itajaí. Se eles quiserem se aperfeiçoar em guitarra, por exemplo, podem trocar experiências com os melhores professores de guitarra do país. E assim por diante com os outros instrumentos”, lembra Oliver Dezidério, diretor do Conservatório de Música Popular Cidade de Itajaí, que participou da organização do primeiro festival. Com o passar dos anos, o Festival de Música de Itajaí foi se tornando referência para os músicos de Santa Catarina, do Brasil e do exterior. Vários artistas e professores renomados têm procurado a comissão organizadora para participar do evento, que este ano vai para a sua 16ª edição. “O festival foi muito importante para os músicos de Itajaí, pois com ele aprendemos novas técnicas e conhecemos novos talentos”, ressaltou Ricardo Pauletti. Mas os músicos de Itajaí sabem que apenas as oficinas não são suficientes para o aperfeiçoamento musical. Um estudo constante e com qualidade se faz necessário. Para suprir esta demanda, em 2006 foi criado o conservatório.

A instituição fica no bairro São João e oferece aulas gratuitas. Com caráter profissionalizante, os cursos têm a duração de 900 horas/aula. O aluno se forma após três anos de estudos. O conservatório conta hoje com os cursos de canto e mais nove instrumentos. Para se matricular, o aluno tem que passa por uma prova. “Não basta querer entrar no conservatório, é preciso conhecer um pouco de música”, diz Dezidério.

Entre OS MUITOS talentos musicais que nasceram em Itajaí, Ludo Farago é um dos mais pródigos. O garoto que começou imitando o cantor italiano Mário Lanza, passou por São Paulo e tornou-se uma das vozes mais famosas da Itália. Tudo começou quando Ludo tinha 15 anos e adorava ouvir um disco de seu irmão mais velho. O vinil era de Mário Lanza, um tenor italiano, que cantava na Brodway. O garoto então começou a imitar o cantor italiano e descobriu o vozeirão que tinha. A partir deste momento um talento natural surgiu e Ludo não parou mais de evoluir musicalmente. Aos 17 anos fez sua primeira apresentação no teatro Adelaide Konder, na I T A J A Í

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Conservatório de Música Popular de Itajaí. Rua Felipe Reiser, 200 – São João. (47) 33443895. www.conservatoriodeitajai.com.br Licenciatura em Música Univali. Rua Uruguai, 458, sala 204, setor D8 – Centro. (47) 3341-7990. www.univali.br/musica Estação da Música Rua Hilda Breittenbauch, 31 – Centro. (47) 3344-6695. www.escolaestacaodamusica.com.br Ofearte Avenida José Eugênio Muller, 665 – Vila Operária. (47) 3348-5998. Instituto de Música, Canto e Arte de Itajaí Rua Alfredo Trompowski, 317 – Vila Operária. (47) 3348-5839. Escola de Música Laboratório de Música Avenida Getúlio Vargas, 138 – São Judas. (47) 3348-4411. Admita Escola de Música Rua Alberto Werner, 270 – Vila Operária. (47) 3344-5234.

Onde ouvir Maps Bar e Restaurante Av. Ministro Vitor Konder (Beira-Rio), 1114. (47) 3344 1845. Forno de Lenha Pizza Deck Av. Ministro Vitor Konder (Beira-Rio), 1100. (47) 33677841. Greenwich Pub Av. Ministro Vitor Konder (Beira-Rio), 400. (47) 3349-1336. Big Pub Rua Luiz Lopes Gonzaga, 876 – São Vicente. (47) 9987-9234. Showbol Arena Av. Coronel Marcos Konder, 72. (47) 3348-8500. Village Bar Av. Irineu Bornhausen, 1385 – São João. (47) 3398-0864.



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Foto Edson Beline/Divulgação

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Tempo bom para casarAlmanaque

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Tempo bom para casar acompanhando o crescimento no número de casamentos em todo o país, itajaí oferece uma variedade de serviços capaz de agradar aos noivos mais exigentes Texto Luciana Altmann

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vos só aprovam os orçamentos e não precisam se preocupar com mais nada. A idéia é que eles cheguem no dia e esteja tudo ao seu gosto”, diz Dado Reich, um dos principais nomes na assessoria e produção de eventos em Itajaí. Responsável pela assinatura de casamentos como o da top Carol Trentini, ele acredita que a personalização do evento e uma lista com prestadores de serviço de alta qualidade são a “alma do negócio”. O orçamento pode variar muito, depende da disponibilidade dos noivos. “Eu me adapto às expectativas. Faço grandes eventos, com mais de mil convidados e shows nacionais, como também recepções mais intimistas”, conta o promoter, que já tem casamentos marcados para 2015. “O mercado hoje está superaquecido”, avalia Dado, que tem clientes em Itajaí, Joinville, Balneário Camboriú, Foto Marcinho Albani/Divulgação

economia aquecida fez a quantidade de casamentos disparar no país, movimentando o mercado de empresas especializadas em atender à demanda do setor. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casamentos cresceu 25% nos últimos dez anos. No mesmo período, os gastos com festas e cerimônias aumentaram 52%. Ainda de acordo com o IBGE, o Brasil movimenta 10 bilhões por ano no mercado de casamentos, com uma média de R$ 35 mil gastos por cerimônia. E esses números devem crescer ainda mais. Segundo a Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais (Abrafesta), a expectativa de faturamento do setor para 2013 é de R$ 16 bilhões. Para atender a essa demanda crescente, o mercado de matrimônios em Itajaí mantém as portas abertas para a segmentação de novos negócios. Em julho, dos dias 12 a 14, a cidade recebe o evento Exponoivas Litoral, no Centreventos. A expectativa da organizadora Josi Moura é de que mais de 8 mil pessoas – mil delas noivas em potencial – visitem a feira. Um incremento de 14,5% em relação ao ano passado. Para ela, o mercado de casamentos está em expansão em todo o estado. “Santa Catarina tem grande potencial e excelentes profissionais. Precisamos apenas aperfeiçoar cada vez mais nossos serviços”, diz Josi. “A concorrência faz com que o mercado cresça como um todo e nossa região absorva ainda mais mão de obra neste setor”. Realizar um casamento não é tarefa fácil, e as preocupações com orçamento e preparativos para o grande dia costumam desanimar os casais apaixonados. A conveniência, aliada ao aumento no número de casamentos, faz com que surjam cada vez mais negócios especializados na área. “Os noi-

Nos modelos criados em seu ateliê em Itajaí, as estilistas Karen e Xu Tognato apostam em materiais nobres e de alta qualidade

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Almanaque4Tempo bom para casar Divulgação

Rosas brancas e candelabros de cristal em cerimônia religiosa realizada no Castelo Monte Mar

ren. “Nossa proposta é fazer com que cada noiva seja única, pois essa data é muito especial; então prezamos pela realização do sonho de cada mulher”. A estilista Karla Vivian dá algumas dicas para as noivas na escolha do modelo para o grande dia. “O bom senso. A noiva tem que escolher o vestido a partir do seu biotipo, seguindo seu estilo próprio. Uma noiva que se veste em seu dia a dia de uma forma discreta e conservadora deve conservar a sua identidade nessa data especial”, diz Karla, que aponta tendências como a predominância dos detalhes em tule cor de pele, bordados em pérola e uma cartela de cores de pedrarias que são destaque, assim como as rendas, tudo com muita pele à mostra. Com os casamentos cada vez mais personalizados todo sonho é possível. No litoral catarinense, o setor cresce embalado também pelas belezas naturais que convidam a uma cerimônia na praia. Um dos endereços mais procurados é a Praia Brava, em Itajaí. Há hotéis como o Infinity Blue, que além da hospedagem oferece bufê, espaços, serviços de transporte de noivas, SPAs e Dia de Noiva. A maioria dos restaurantes locais também tem cardápios especiais e ambientes climatizados preparados para receber os convidados, seja para um grande evento ou para aqueles mais intimistas.

Style, em São Paulo. Para as estilistas, o crescimento do setor é uma realidade, tanto que ampliaram a equipe e estão à procura de novas costureiras. Com atelier em Itajaí, Karen e Xu primam por um trabalho minucioso feito à mão, em tecidos nobres e importados como rendas e sedas francesas e com detalhes em fitas, pérolas, cristais Swarovsky, pedras, ouro branco e broches personalizados. “Acreditamos que o produto final só fica perfeito se usarmos material de boa qualidade”, diz Ka-

das noivas, mas na nossa região as condições climáticas favoráveis dos meses de abril e setembro já competem pela preferência na escolha dos noivos. “O ideal é reservar com até um ano e meio de antecedência, para garantir a escolha da data, do local e da contratação dos serviços”, orienta o promotor de eventos Dado Reich. Para Carlos Roberto dos Santos, da empresa de decorações que leva seu nome e que atende a cerca de oito casamentos por mês, o

Bordados em pérola são tendência nos vestidos, como nesta criação da estilista Karla Vivian Marinaldo Delabarba/Divulgação

Blumenau e Brusque, no Oeste catarinense, no Paraná e em São Paulo.

A proliferação de feiras e exposições é outro fator que contribui para alavancar o mercado de casamentos. Para as estilistas Karen e Xu Tognato, da Atelieria Bridal & Wedding, estes eventos encurtam o caminho entre noivos e fornecedores de produtos e serviços, já que aproximam o consumidor e o vendedor. Elas costumam participar de todas as feiras na região e do Bride

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Maio continua sendo O MÊS


Tempo bom para casarAlmanaque Divulgação

Do vestido ao bufê: requinte em cada detalhe decorador tem que levar em conta o estilo dos noivos e aliar a isso às novas tendências. “Para este ano temos as flores em tons quentes como o amarelo, o laranja e o vermelho. Os acessórios como vasos, taças e tecidos seguem a mesma linha de tons, podendo-se acrescentar o azul turquesa e o preto”. Outro ponto importante é a música. O Trio Toque de Classe é formado por uma cantora (soprano), um violinista e um pianista e só trabalha com cerimônias de casamento. O custo para tocar durante a cerimônia varia de R$ 1,3 mil a R$ 2 mil; tudo depende do local em que será realizada a cerimônia. Segundo Letícia Liberato, nesse quesito o que se percebe é uma volta ao tradicional. “Muitas noivas hoje preferem entrar com a Marcha Nupcial de Mendelssohn, que estava sendo deixada de lado para entradas com músicas populares”. No mercado de cerimonial para casamentos inovar é fundamental, garante Alexandre Barros de Almeida, da Barros Almeida Eventos. Os noivos estão em busca de exclusividade e muita criatividade. Para ele, os casamentos temáticos, com decorações inspiradas em diferentes culturas, estão cada vez mais em alta. “Apresentações de danças protagonizadas pelos noivos também estão em evidência”, destaca ele, observando que o setor de casamentos em Itajaí e na região encontra-se em verdadeira expansão. “Clientes de todo o Brasil procuram cada vez mais o litoral catarinense para a celebração desta data tão especial”, conclui.l

Serviços

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Léo Eventos (47) 3369-4200 e 9941-8552

l BOLOS E DOCES

contato@leoluzessom.com.br

Salgados e Cia. R. Pernambuco, 124 – Cordeiros / (47) 3247-4300

l RESTAURANTE/RECEPÇÃO

Confeitaria Artística By Djalma Reinaldo

Castelo Montemar R. Antonio M. Vasconcelos Drumond, 1155 / (47) 3348-3771

R. Bubi Kobarg, 44 / (47) 9931-3120

Chef Gilmar Buffet (47) 3246-0046

l LIMOUSINE

Restaurante Cabeçudas R. Samuel Heusi Junior, 217 – Cabeçudas / (47) 3348-7218, 9927-8230 e 9927-8518

Luxus Limousines Av. Marcos Konder, 1207 – Centro / (47) 3045-7799 e 9977-7799 l FOTOGRAFIA

Studio 1 - Edson Beline Rod. Osvaldo Reis, 1540 – Fazenda / (47) 3348-1999 e 9943-1525 Victor Hugo Fotos R. Sete de Setembro, 242 – Centro/ (47) 3349-0009 / (47) 8437-9000

Santo Grill Eventos Av. Ministro Victor Konder, 1212 – Fazenda / (47) 3246-1076 Bokerão Dupera Av. Beira-Rio, 1230 – Fazenda / (47) 3344-0583 Bello Piatto Buffet R. Uruguai, 458, sala 2 – Centro / (47) 3346-9351

João Pereira Fotografia

l ASSESSORIA E CERIMONIAL

R. Antônio Ramos, 467 – São João

Dado Reich (47) 9983-6930

(47) 3349-0444 / 8844-4001

Barros de Almeida Eventos e Cerimonial

João Souza Fotos

R. Pedro Ferreira, 33 – Centro / (47) 9987-6899, 9987-3163 e 3344-3499

R. Brusque, Ed. Guarapari, Bloco B, 490 – Centro / (47) 3249-0800 e 9987-0531 Adriano Moura Fotografia R. Indaial, 725 / (47) 3249-0748 l SOM/MÚSICA

Elegancy Eventos R. José Paulo Silva, 170 – Centro / (47) 3349-6353 Infinity Eventos R. Acyr Cunha, 511 – Centro / (47) 9909-9131

Trio Toque de Classe (47) 8801-7077

GS Produtora de Eventos R. Idalino João Oliveira, 155 / (47) 3346-9098 / 9135-5583

Banda Jonas e Ingrit R. João Luiz Medeiros, 79 – Fazenda / (47) 3363-7178 e 9949-7403

l DECORAÇÃO

Torre de Babel R. Domingos Rampeloti, 655 – São Roque / (47) 3398-1069 e 8414-0366 Tok sonorização R. Cesar Augusto Dalçoquio, 2403 – Salseiros / (47) 3341-1393 l ARTIGOS PARA NOIVAS

Atelieria Bridal & Wedding R. Jorge Tzaschel, 59 / (47) 9987-64 75 e 7811-6769 Deusa Noivas R. Comandante Germano Rauert, 572 – São Vicente / (47) 3248-4342 Atelier Karla Vivian Av. Itaipava 2071 – Itaipava / (47) 3346-5030 Ivanna Corrêa Atelier (47) 3249-0722 l ILUMINAÇÃO

Jorge Luiz Coifman (47) 3345-2188 e 9131-7717 / coifmantv@hotmail.com Juan Iluminação (47) 9948-4342 I T A J A Í

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Carlos Decorações R. Manoel F. Coelho, 599 – São Vicente/ (47) 9101-2308 e 3241-2786 Ramos e Flores R. Brusque, 718 – Centro / (47) 3349-0383 Fábio Festas R. Estefano José Vanolli, 1744 – São Vicente / (47) 3241-6146 e 9158-6670 Desejo Decorações (47) 9963-5164 e 3045-6685 Armazém das Flores R. José Gall, 1215 / (47) 3349-9778 l LEMBRANCINHAS

Ateliê Fabi Guimarães R. Ciriaco Meirinho, 385 – São Judas / (47) 3248-1706 l DIA DA NOIVA

Villa Mer Av. Carlos Drummond de Andrade, 600 – Praia Brava / (47) 3363-6861


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Almanaque Sidney Kair/Divulgação

Quem visita a mostra encontra soluções criativas como o “Life Style Catarina”, espaço apresentado pela arquiteta e urbanista Vanessa Larré

Ambientes com personalidade REALIZADA PELA PRIMEIRA VEZ EM ITAJAÍ, A MOSTRA CASA COR DESTE ANO APOSTA EM NOVAS IDEIAS PARA A CUSTOMIZAÇÃO DE ESPAÇOS INTERNOS

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edição catarinense da Casa Cor, a mais importante mostra de arquitetura e decoração do país, chega repleta de novidades ao seu 17º ano. A principal delas é que o evento passa a ocorrer simultaneamente em duas cidades: Florianópolis e Itajaí. A mostra, que começou no dia 18 de maio e vai até 20 de junho, está sediada no complexo multiuso Riviera Concept, na Praia Bra-

va. Na Capital, a sede é o Jazz Club, um dos condomínios do empreendimento Simphonia Woa, na Beira-Mar Norte. “A capital já tem a tradição de receber o evento, e a região de Itajaí é reconhecida nacionalmente como um dos principais polos do setor de decoração no Brasil. Temos certeza que estar presente nessas duas cidades será um grande trunfo para a Casa Cor”, diz Lucas Petrelli Wilmer, diretor executivo do evento.

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Ambientes com personalidade Almanaque

61 Fotos Lio Simas/Divulgação

O living gourmet de Cintia de Queiroz (esq.) e o loft urbano de Letícia e Leonardo Caldart estão entre os destaques da mostra na Praia Brava Com o tema Design, Arte e Artesanato personalizando a sua casa, a edição 2013 da Casa Cor Santa Catarina tem a proposta de mostrar como esses elementos, juntos, podem agregar valor à decoração. Um júri técnico especializado que terá a missão de eleger os melhores ambientes nas seguintes categorias: Melhor Adequação ao Tema, Melhor Utilização do Artesanato, Melhor Projeto Comercial, Melhor Projeto de Uso Público, Projeto Mais Ousado, Projeto Mais Original, Melhor Projeto de Banheiro, Melhor Humanização de Dormitórios e, é claro, o Melhor Projeto, que levará o selo Top Decor NCD, oferecido pelo Núcleo Catarinense de Decoração. Os resultados serão divulgados no evento oficial de premiação, que acontecerá no dia 30 de maio no Balaroti Diamond Bar.

EM ITAJAÍ, A CASA COR TEM 12 ambientes, sendo três deles réplicas das unidades do Riviera Concept: um apartamento do tipo estúdio, um escritório e uma suíte de hotel. Além disso, o grupo aproveita a oportunidade para promover uma nova campanha, que segue até dia 30 de junho. O cliente que adquirir uma unidade durante o período da mostra ganha a decoração e o projeto de interiores assinado pelas arquitetas Suâmi Pedrollo (apartamento) e Karen Schauffert e Carolina Hernandorena (escritório). “É uma ação inédita dentro da Casa Cor

e uma ideia inovadora do Grupo Riviera, que teve a visão de agregar um produto imobiliário com uma proposta de fomentar negócios através da mostra”, destaca Petrelli. Os profissionais que participaram das últimas três edições da mostra ganharam um bônus em 2013: o privilégio de escolher o tema aplicado em seus ambientes. Com isso, eles tiveram a chance de escolher espaços maiores e carta branca para decidir qual seria a espinha dorsal dos seus projetos. O resultado pode ser conferido em sete ambientes assinados por Moacir Schmitt Jr e Salvio Moraes Jr, Letícia Caldart e Leonardo Caldart, Cintia de Queiroz, Anna Maya e Anderson Schussler, Cristiane Passing, Juliana Pippi, e Marila Filártiga e Beto Gebara, com participação de Helena Neckel.l

Casa Cor em Itajaí Período 18 de Maio a 30 de Junho Special Sale 27 a 30 de junho Riviera Concept Rod. Osvaldo Reis, 3385 - Praia Brava Horário de terça a domingo, das 15h às 21h30 Ingressos R$ 28 (inteira), R$ 14 (meia) e R$ 56 (passaporte) Informações www.casacorsc.com.br | http://facebook.com/casacorsc | http://twitter.com/casacorsc

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Almanaque

Victor Carlson

Bruna, que nunca pensou em trabalhar na frente das câmeras, encarou com competência o desafio de comandar um programa diário


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Sem chance para a timidez COM TALENTO E PROFISSIONALISMO, A JORNALISTA BRUNA RADTKE TEVE QUE DESCOBRIR SEU “LADO B” PARA APRESENTAR O PROGRAMA VER MAIS NA RICTV RECORD Texto Luciana Altmann

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ssa rio-sulense de 26 anos nem pensava em ir parar na telinha. Muito menos à frente de um programa de variedades de grande visibilidade. Mas, em uma dessas surpresas que a vida nos reserva, Bruna Radtke despontou há um ano como apresentadora da edição local do programa Ver Mais, da RICTV Record. Bruna veio a Itajaí para cursar Jornalismo na Univali, mas em 2008 decidiu fazer um intercâmbio no Havaí e trancou a faculdade. Voltou em 2009 e no ano seguinte já estava formada. Com o diploma na mão, estava sempre de olho em alguma oportunidade na área. “Meu sonho era trabalhar para uma grande revista, com matérias investigativas, como a National Geographic, ou então nos bastidores, na produção de algum programa de televisão”, diz a apresentadora. Mas, ainda na faculdade, Bruna percebeu que tinha mais inclinação para o jornalismo de rádio e TV. E foi na rádio Educativa Univali que ela começou sua carreira na comunicação, atuando na produção e apresentação do programa Censura Livre. “Ali eu me encontrei. Notei que tinha voz e que poderia ir para esse lado.

Abri os meus horizontes”, lembra. Quem hoje vê sua desenvoltura diante das câmeras, não imagina que um dos principais empecilhos de Bruna no início da carreira na televisão tenha sido a timidez. Como repórter, passou por uma curta e intensa experiência em um canal fechado e em abril de 2012 encarou o desafio de ser a cara do Ver Mais em Itajaí e região. Segundo ela, foi preciso descobrir o seu “lado B” para se tornar apresentadora. “Tive que sair daquele formato padrão de jornalista, que é mais sério, e ser mais leve, mais descontraída”. Essa nova postura profissional casou perfeitamente com a proposta do Ver Mais. A chegada de Bruna reforçou o novo formato do programa, que ganhou mais reportagens e conteúdo voltado para as mulheres. Hoje, das 13h30 às 14h, ela está na tela da RICTV Record comandando uma revista eletrônica que fala de moda, culinária, beleza e entretenimento, com 60% da audiência do público feminino. “Adoro o que eu faço e, apesar de continuar bastante tímida, estou curtindo o reconhecimento do público e a oportunidade de poder levar informação às pessoas”, destaca.l

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Opinião

Existimos para proteger çoamento de nosso policial, bem como no aparelhamento, na aplicação de novas tecnologias e na aquisição de equipamentos e armamentos de proteção individual. Estamos sempre buscando os meios necessários e adequados para melhorar cada vez mais nossa Corporação, para garantir o bem-estar de nossos integrantes e, por conseguinte, da sociedade catarinense. Garantir a paz e a segurança pública é a essência da missão das organizações da segurança pública. Podemos constatar ao longo do tempo que a Polícia Militar também é historicamente identificada e reconhecida como agente de transformação social, deixando um legado de contribuição à formação da sociedade catarinense, geração após geração, em toda a extensão deste território. Hoje, a Corporação figura entre a mais bem preparada e equipada do Brasil, sobressaindo como aquela que vê no presente uma oportunidade de evolução para o futuro. Como resultado de um planejamento estratégico bem edificado, a Polícia Militar têm investido na capacitação de seus policiais, além da implantação de sistemas de gerenciamento e estratégias operacionais, que são convertidos em benefício da sociedade. Entretanto, os desafios da segurança pública cobram da Polícia Militar, muitas vezes, mais que o limite de sua capacidade, impondo a seus integrantes um grande esforço de estudo e trabalho, pela imperiosa necessidade de mudanças e modernizações, as quais já são perceptíveis.l I T A J A Í

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Divulgação

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Polícia Militar de Santa Catarina comemora no dia 5 de maio seu aniversário de 178 anos. A instituição foi criada pelo presidente da Província de Santa Catarina, Comendador Feliciano Nunes Pires, no ano de 1835. Muitos anos se passaram, acompanhados de profunda e acelerada transformação social. No cumprimento da missão, nos deparamos com diversas situações que exigem ampla revisão dos conceitos que regem a vida em sociedade, o que nos leva a interpretar e compreender cada circunstância, buscando sabedoria e equilíbrio na lide diária. Nesse viés, a Polícia Militar está buscando definir prioridades, objetivos e metas, construídos à luz de princípios e valores, preservando sua história e suas tradições, e, principalmente, se aproximando cada vez mais da sociedade e do cidadão catarinense. Como premissa inicial, entendemos como missão básica a ação de proteger, por meio da proteção à vida das pessoas, o patrimônio público e privado e os direitos individuais, priorizando e direcionando nossos esforços ao bem maior do ser humano, colocando as pessoas em primeiro lugar. Com essa visão, a Polícia Militar Catarinense tem em seus integrantes seu maior valor. Assim estamos em consonância com a política governamental, dando importantes passos para a modernização da Corporação, pelo constante melhoramento do processo de seleção, ensino, capacitação e aperfei-

Coronel Nazareno Marcineiro

Comandante da Polícia Militar

“Hoje, a Corporação figura entre a mais bem preparada e equipada do Brasil, sobressaindo como aquela que vê no presente uma oportunidade de evolução para o futuro”


O Instituto RIC de Atitude Social foi criado pelo Grupo RIC para ser o seu braço nas ações sociais, ambientais e educacionais. Tem desenvolvido, desde sua fundação, uma série de projetos relevantes e conta com parceiros que buscam atuar de forma objetiva e com bons resultados sociais. Veja a seguir alguns dos projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento do Instituto RIC e se torne nosso parceiro dando mais visibilidade para as ações da sua empresa.

Ações do Instituto RIC em Itajaí em 2012

A Primavera foi recebida com lindas flores de papel crepom feitas pelos funcionários, um trabalho Manual e de integração

Duas vezes ao ano, em janeiro e julho temos ação de pesa-

entre os setores.

gem e medição da pressão. Dezembro na festa de confraternização, através do Programa Comemorações pelo Dia Internacional da Mulher (08/03.

de Ginástica Laboral formou-se um coral com todos os fun-

Sessões especiais de Ginástica Laboral,e no final o diretor

cionários e cantamos para nosso vice presidente, diretores

Alexandre de surpresa entrou com rosas e entregou a todas

presentes e familiares, trabalhamos a voz, respiração, emo-

mulheres.

ção e integração dos setores e hierarquias.

No dia Mundial sem Tabaco ( 31/05) e Dia Nacional sem

A Ginástica laboral na TVI trabalha fortalecimento dos mús-

Fumo ( 29/08). Foram abordados os dois funcionários fuman-

culos com atividades ligadas ao tema mensal encaminhado

tes, e passaram o dia sem fumar.

pelo Instituto.

Vivemos as Olimpíadas através de um circuito com vôlei, embaixadinha, bambolê, pula corda, todos vestindo a camiseta de Londres e ao ar livre no pátio da empresa.

institutoric.org.br facebook.com/instituto.ric




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